Relatório Visita Técnica Central Park

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UNIVERSIDADE POTIGUAR UNP PR-REITORIA DE PESQUISA E GRADUAO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

CLEYTON ANDR SANTOS DE MELO RODRIGO APARECIDO DUARTE DE GOIS ROBSON DAYLLOR COSTA DE LIMA

CONSTRUO CIVIL I: RELATRIO DE VISITA TCNICA OBRA CENTRAL PARK

NATAL

2012 CLEYTON ANDR SANTOS DE MELO RODRIGO APARECIDO DUARTE DE GOIS ROBSON DAYLLOR COSTA DE LIMA

CONSTRUO CIVIL I: RELATRIO DE VISITA TCNICA OBRA CENTRAL PARK

Trabalho apresentado Universidade Potiguar UNP, na disciplina Construo Civil I como requisito avaliativo, para a turma ECI 5 NC. ORIENTADOR: Prof. Hnio/talo.

NATAL

2012 SUMRIO

1 INTRODUO...........................................................................................................3 2 DESENVOLVIMENTO...............................................................................................4 3 CONSIDERAES FINAIS.....................................................................................13 4 REFERNCIAS........................................................................................................14

INTRODUO

No dia 22 de maro, tivemos o prazer de visitar a primeira obra em construo que a turma foi toda junta. O Ecocil Central Park Condomnio Clube. A Ecocil (sigla para Empresa de Construes Civis Ltda., mas atualmente o nome oficial Ecocil Incorporaes S/A) uma empresa brasileira atuante no ramo da construo civil, com sede em Natal, capital do Rio Grande do Norte. Foi fundada em 1948, e atualmente pertence a holding brasileira Ecocil Participaes (Epar). Ao longo da histria a Ecocil j ergueu 4.140 apartamentos, 17.750 casas populares, 1.663 metros de pontes e 350 mil metros de adutoras, alm de monumentos, shopping centers e prdios pblicos. Principais obras

Igreja da Cidade, primeira obra da construtora em 15 de agosto de 1950 Natal Shopping Ponte de Igap Estdio Machado

Arco do Sol Natal Norte Shopping Adutora Serto Central Cabugi Estdio Frasqueiro

O endereo da construtora Av. Brancas Dunas, 45 (esquina com a Av. Integrao) Candelria, Natal RN - CEP 59064-720. A visita tomou parte na Obra do Ecocil Central Park Condomnio Clube, que localizado na BR 101, em Nepolis (ao lado do Makro). O projeto de construo inclui 8 torres com plantas de 2 e 3 quartos, todas com sute, um amplo parque aqutico e mais de 30 opes de lazer e conforto.

DESENVOLVIMENTO

2.1 Locao da Obra: Observamos na visita tcnica em um primeiro contato a locao da obra e as diversas fases para fazer com que este processo seja executado corretamente. Algumas destas fases sero citadas abaixo contextualizadas conforme as discusses pertinentes a visita. 2.2 Gabarito de obra: O gabarito uma estrutura geralmente formada por tbuas e pontaletes de madeira que tem como objetivo a locao de uma determinada obra. Nela sero apontado todos os pontos da fundao contendo eixos de estacas, eixos de pilares, referncia de nvel e outras informaes adicionais.

Foto 1 - ENGENHARIA DE SOLOS E FUNDAES LTDA SO PAULO/SP

Foto 2 - OBRA CENTRAL PARK CONDOMNIO CLUB FOTO RETIRADA DO SITE http://www.ecocil.com.br

2.3 Estacas Hlice Contnua: Este tipo de estaca contnua surgiu na dcada 1950 nos Estados Unidos e em 1987 foi introduzida no Brasil. A execuo da estaca hlice contnua pode ser dividida em trs etapas: perfurao, concretagem simultnea a extrao da hlice do terreno, e colocao da armadura. 2.3.1 Perfurao: A perfurao executada por cravao da hlice no terreno por rotao, com um torque apropriado para que a hlice vena a resistncia do solo, alcanando a profundidade determinada em projeto. A perfurao executada sem que em nenhum momento a hlice seja retirada do furo. O torque aplicado por meio de uma mesa rotativa situada no topo da hlice.

Foto 3 - ENGENHARIA DE SOLOS E FUNDAES LTDA SO PAULO/SP

2.3.2 Concretagem: Atingida a profundidade desejada, inicia-se a concretagem da estaca, por bombeamento do concreto pelo interior da haste tubular. Devido presso do concreto, a tampa provisria expulsa. A hlice passa a ser extrada pelo equipamento, sem girar ou, no caso de terrenos arenosos, girando muito lentamente no sentido da perfurao. 2.3.3 Colocao da Armadura: As estacas hlice contnua tm suas armaduras instaladas somente aps a concretagem, isto pode ser um fator limitante do comprimento da armadura e, tambm, pode impossibilitar o uso destas estacas quando sujeitas a esforos de trao ou quando utilizadas como elemento de conteno. As armaduras podem ser instaladas por gravidade, por compresso de um pilo ou por vibrao sendo esta ltima a recomendada na literatura internacional. 2.4 Bloco de Coroamento: So blocos de concreto armado ou no com bases elevadas resistentes a compresso e tem como principal objetivo a distribuio uniforme das cargas superfcie.

Foto 4 - ENGENHARIA DE SOLOS E FUNDAES LTDA SO PAULO/SP

2.5 Controle Tecnolgico: Norma para qualquer construo que seja feito o controle tecnolgico do concreto estrutural. Seja ele misturado na obra ou dosado em central, devem ser feitos os mesmos ensaios, que hoje so principalmente de abatimento (slump) e resistncia compresso. Quando o concreto comprado usinado, o papel da concreteira prover o produto especificado. construtora cabe a verificao de que o que ela comprou foi realmente recebido. importante que as respostas sejam rpidas o suficiente

para que, no caso de uma no conformidade, seja possvel investigar se houve falha ou se preciso tomar alguma providncia em relao estrutura.

2.5.1 Ensaios: O abatimento feito no estado fresco, no recebimento do concreto. Ainda no estado fresco tambm so bem procurados os ensaios de exsudao, tempo de pega, ar incorporado, massa especfica e reconstituio do trao, que verifica se o teor de cimento est como especificado. J a resistncia compresso, feita no estado endurecido, mede a resistncia mnima e estima o fck, por ruptura dos corpos de prova. O ensaio delicado, e at a velocidade da compresso da prensa influencia nos resultados.

Foto 5 - Reviste Tchne (PINI), IBRACON, ABESC

Mais adiante observamos alguns espaos reservados a servios pertinentes a construo que servem de organizao e facilita bastante a produtividade dos profissionais em seus diferentes campos de atuao.

2.6 Central de Argamassa: A central de argamassa o espao destinado na obra para os preparos das argamassas de diversificados tipos e atribuies. O equipamento mais comum que podemos encontrar em uma central de argamassa a betoneira. Nela so produzidos todos os traos exigidos pelas equipes de pedreiros da construo.

Foto 6 - AGRE ALIANA ENGENHARIA LTDA MANAUS/AM

2.7 Central de Armao: A central de armao o espao destinado s armaes que sero utilizadas na estrutura da construo. Nesta central tambm feito o corte e dobragem do ao conforme orientaes de projetos estruturais.

Foto 7 - AGRE ALIANA ENGENHARIA LTDA MANAUS/AM

2.8 Central de Carpintaria: A central de carpintaria o local destinado para a confeco e corte das formas que sero utilizadas nas estruturas da construo. A madeira pode ter diversas atribuies na obra: Formas de pilares, lajes e vigas, guarda corpos, plataformas, etc.

Foto 8 - AGRE ALIANA ENGENHARIA LTDA MANAUS/AM

Aps estes espaos observamos com bastante ateno a parte estrutural j em andamento de uma das torres. Observamos o tipo de laje adotada e algumas peculiaridades de execuo para este empreendimento.

2.8.1 Formas: Podem ser constitudas de madeira (madeirite) ou de metal, serve para moldar peas estruturais: Vigas, pilares, lajes, etc. Estas formas so conectadas a alguns materiais de cimbramento para que se possa manter em conformidade as tcnicas de procedimentos durante a execuo. 2.8.2 Componentes da Forma: Madeirite - Tipo de compensado bastante utilizado na rea da construo civil. Presilhas - Geralmente utilizadas em fundos de viga para aperto e sustentao da pea. Sanduiche - Pea de madeira responsvel pelo travamento das chapas. Arrocho - Sanduiche usado na direo vertical serve para travar os sanduiches na direo horizontal. Pontalete - Pea de madeira ou metal que tem por finalidade apoiar os assoalhos para a execuo da concretagem. Cubeta Material utilizado para enchimento da laje. Sargento - Serve para apertar os sanduiches dos pilares.

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Foto 9 - CIMBRAMENTO - RECIFE/PE

2.9 Gerenciamento de Resduos Slidos: Art. 8 2o O Projeto de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil de atividades e empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental, dever ser analisado dentro do processo de licenciamento, junto ao rgo ambiental competente.

Art. 9 Os Projetos de Gerenciamento de Resduos da Construo Civil devero contemplar as seguintes etapas: I Caracterizao; II Triagem; III Acondicionamento; IV Transporte; V Destinao;

Foto 10 - BAIAS DE ACONDICIONAMENTO TEMPORRIO DE RESDUOS DO CANTEIRO DE OBRAS

2.10

Laje Nervurada Colmia: Uma laje nervurada constituda por um

conjunto de vigas (vigotas). Esse elemento estrutural ter comportamento intermedirio entre o de laje macia e o de grelha.

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Segundo a NBR, lajes nervuradas so lajes moldadas no local ou com nervuras pr-moldadas, cuja zona de trao constituda por nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte. Alm das vigotas, essas lajes so constitudas de elementos de enchimento, que so colocados sobre os elementos pr-moldados, e tambm de concreto moldado no local. Esses enchimentos podem ser: Cubetas, isopor, blocos, entre outros. Esse tipo de laje nervurada alm de proporcionar uma leveza maior estrutura permite um alcance no vo bem mais considervel sem que haja a necessidade do apoio de vigas.

Foto 11 - LAJE COLMEIA RECIFE/PE

Por fim, observamos o espao construdo destinado rea de vivncia. Nestes locais so efetivadas diariamente as atividades de rotina e necessidades de todos os funcionrios da obra.

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rea de Vivncia: A rea de vivncia formada por diversos ambientes e assim se constitui o canteiro de obra. A rea de vivncia composta por:

2.11.1 Banheiros:

Ambientes

destinados

as

necessidades

fisiolgicas

dos

funcionrios da obra. Estes so dimensionados de acordo com a NR18. 2.11.2 Vestirios: Local onde sero guardados os pertences de todos os funcionrios da obra desde o incio at o trmino das atividades.

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Foto 12 - REA DE VIVNCIA - RECIFE/PE

2.11.3 Salas Tcnicas: So salas que servem de apoio para as atividades burocrticas, onde funciona a parte de gesto que ser direcionada para todos os procedimentos da obra. Nela so estudados os projetos em geral, aplicaes, controles, etc. 2.11.4 Refeitrio: Ambiente destinado s refeies dirias. Deve ser mantido sempre arejado e seguindo as recomendaes das normas quanto higienizao do local. 2.10.4 Alojamentos: So locais onde os operrios repousaram ao trmino das atividades no final do expediente e vo restabelecer suas energias para na manh seguinte retornar ao trabalho.

Foto 13 - ALOJAMENTO RECIFE/PE

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CONSIDERAES FINAIS

A visita permitiu verificar diferenas entre a teoria e a prtica. O fato mais marcante dessas diferenas o de que na prtica, os resultados so bem menos previsveis, pois sempre ocorrem imprevistos, como: equipamentos que se quebram, funcionrios que faltam ou materiais que so entregues atrasados. Por ser uma obra grande, foi percebido o quo importante planejar a logstica do canteiro de obras, por causa do transporte de materiais. Nossa dica : visitem obras! A teoria pode ser perfeita no papel, mas s vamos descobrir a capacidade de edificar e criar do ser humano indo a tais obras, visitando durante os vrios estgios, descobrindo solues para os problemas. Durante a vida do profissional engenheiro (e arquiteto) esse tipo de tour ir fazer parte da rotina para adquirirmos essa experincia. Por que no tomarmos contato com ela agora na faculdade?

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REFERNCIAS

SITE

ECOCIL.

CENTRAL

PARK.

Online.

Disponvel

em

http://www.ecocil.com.br/pt/empreendimento/central-park. Capturado em 16/04/2012. SITE WIKIPDIA. ECOCIL. Online. Disponvel em http://pt.wikipedia.org/wiki/Ecocil. Capturado em 16/04/2012. SITE INOVAO TECNOLGICA. Qualidade na construo pode reduzir custo e prazo. 14/03/2011. Online. Disponvel em www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=qualidade-construcaoreduzir-custo-prazo. Capturado em 16/04/2012.

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