UTI Morte 07-31-49
UTI Morte 07-31-49
UTI Morte 07-31-49
P UBLICAO T RIMESTR AL
DA
A SSOCIAO
DE
FILIADA
WFSICCM
FEPIMCTI
Editorial
ATUALIDADES AMIB uma publicao trimestral da Associao de Medicina Intensiva Brasileira Rua Domingos de Morais, 814, bl. 2, 2 andar, cj. 23, So Paulo, S.P., CEP 04010-100, Fone/Fax: (11) 5575-3832
Editorial
Depois de idas e vinda conseguimos assinar um acordo no qual o Banco Real devolveu em torno de R$ 180.000, j que em nossas iniciativas conseguramos reaver perto de R$ 26.000,00. Pelo acordo autorizamos o Banco Real a conduzir investigaes complementares, policiais inclusive, que permitam definir a autoria dos fatos, com nossa anuncia em todos os nveis que se faam necessrios. As investigaes do Banco Reais at o presente momento no apontaram responsveis. Caso no se comprove responsabilidade da AMIB, o Banco Real assume a responsabilidade definitiva sobre o ocorrido e ns a posse definitiva desse valor. Caso se comprovasse responsabilidade da AMIB, perderamos direito ao dinheiro restitudo. Talvez algum considere essa uma soluo no ideal. Nossa leitura, contudo, de que o Banco Real foi muito correto com a AMIB, conosco, devolvendo perto de US$ 50,000. Tornase assim, novamente, um parceiro comercial em que podemos confiar. Um parceiro comercial que podemos recomendar. E assim tem sido: continuamos com nossa conta no Banco Real e nos sentimos aliviados pelo resultado alcanado, especialmente em tempos como esses que vivemos. Esqueci de dizer que durante esses meses sem dinheiro fomos obrigados a conter despesas. claro que compartilhamos com alguns presidentes de regionais, com nossos conselheiros, e apenas no divulgamos antes pela expectativa de uma boa soluo, o que enfim aconteceu! Faz poucas semanas que esse dinheirinho voltou! E de certa forma parece que s agora o ano vai comear! Que podemos ousar em pensar o futuro, em planejar, em fazer mais e melhores coisas como continuidade ao que muitos que nos antecederam j fizeram! Mas, isso s uma impresso, porque o dia de amanh est a. No espera sequer que sequem as lgrimas de um choro amargo e discreto de quem perdeu amigos como Totonho e Ratton. Isto to verdade que em 07 de novembro de 2002 estaremos em Braslia para a discusso do modelo de Residncia Mdica para a Medicina Intensiva brasileira. mole?! Meu pensamento volta ento, e me surpreendo a imaginar onde andaro esses dois que nos deixaram. Se olham por ns por a, mantendo de certa forma essa parceria que nos foi to prxima e importante e nos negamos a perder. Pode no passar de uma imaginao minha, mas ela me conforta e, assim eu a abrao e deixa estar! Jairo B. Othero Presidente da AMIB
DIRETORIA EXECUTIVA Presidente: Dr. Jairo C. Bitencourt Othero Vice-Presidente: Dr. Jefferson Pedro Piva 1 Secretrio: Dr. Luiz Alexandre A. Borges 2 Secretrio: Dr. Jos Maria da Costa Orlando 1 Tesoureiro Dr. Marcelo Moock 2 Tesoureiro Dr. Odin Barbosa da Silva COMISSES E DEPARTAMENTOS Defesa do Exerccio Profissional: Dr. Roberto Lucio Veroza Ttulo de Especialista Dra. Rosa Goldstein Alheira Rocha Formao do Intensivista: Dra. Mirella Cristine de Oliveira tica: Dr. Eduardo Juan Troster Cursos e Eventos: Dr. Cid Marcos David Publicaes: Dr. Jos Oliva Proena Humanizao: Dra. Raquel Pusch de S. Oliveira Pediatria: Dr. Norberto Freddi Qualidade: Dr. Marcos Freitas Knbel Informtica Dr. Odin Barbosa Emergncia: Dr. Paulo Andr Jesuno Reanimao: Dr. Andr Guanaes Editora do Boletim Dra. Rosane Goldwasser Editor do Clnicas de Terapia Intensiva Dr. Renato Terzi Editor da Revista Dr. Cleovaldo Tadeu dos S. Pinheiro. Terapia Nutricional: Dr. Srgio Henrique Loss Pesquisa: Dr. Maurcio Rocha e Silva; Fisioterapia: Dra. Marta Cristina P. Damaceno; Editor Associado: Dr. Werther Brunow de Carvalho. Infeco: Dr. Nilton Brando; Enfermagem: Denis Faria Moura Jr., Suely Sueko V. Zanei, Andra Medeiros Canuto Editorao Grfica MWS Design, fone: (11) 3399-3028 Jornalista Responsvel: Marcelo Sassine - Mtb 22.869
Os artigos aqui publicados so de responsabilidade de seus autores e as cartas devem ser enviadas AMIB.
VIII CONGRESSO PAULISTA DE TERAPIA INTENSIVA VII FRUM LATINO AMERICANO DE EMERGNCIA 9 A 12 DE ABRIL DE 2003 LOCAL: GRAND HYATT SO PAULO - SP INFORMAES: ASCON (17) 224-0507 FAX: 224-4681 e-mail: [email protected]
Editorial
32ND CRITICAL CARE CONGRESS The Society of Critical Care Medicine (SCCM) THEME: CUTTING EDGE THERAPEUTICS JANUARY 28 - FEBRUARY 2, 2003
San Antonio, TX, USA
For more information , visit:
www.sccm.org
Editorial
Se, por um instante, Deus se esquecesse de que sou uma marionete de trapo e me presenteasse com um pedao de vida, possivelmente no diria tudo o que penso, mas, certamente, pensaria tudo o que digo. Daria valor s coisas, no pelo que valem, mas pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais, pois sei que a cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os demais parassem, acordaria quando os outros dormem. Escutaria quando os outros falassem e gozaria um bom sorvete de chocolate. Se Deus me presenteasse com um pedao de vida, vestiria simplesmente, me jogaria de bruos no solo, deixando a descoberto no apenas meu corpo, como minha alma. Deus meu, se eu tivesse um corao, escreveria meu dio sobre o gelo e esperaria que o sol sasse. Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre estrelas um poema de Mrio Benedetti e uma cano de Serrat seria a serenata que ofereceria Lua. Regaria as rosas com minhas lgrimas para sentir a dor dos espinhos e o encarnado beijo de suas ptalas. Deus meu, se eu tivesse um pedao de vida... No deixaria passar um s dia sem dizer s gentes - te amo, te amo. Convenceria cada mulher e cada homem que so os meus favoritos e viveria enamorado do amor. Aos homens, lhes provaria como esto enganados a o pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saber que envelhecem quando deixam de se apaixonar. A uma criana, lhe daria asas, mas deixaria que aprendesse a voar sozinha. Aos velhos ensinaria que a morte no chega com a velhice, mas com o esquecimento. Tantas coisas aprendi com vocs, os homens... Aprendi que todo mundo quer viver no cimo da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade est na forma de subir a escarpa. Aprendi que quando um recm-nascido aperta com sua pequena mo pela primeira vez o dedo de seu pai, o tem prisioneiro para sempre. Aprendi que um homem s tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajud-lo a levantar-se. So tantas as coisas que pude aprender com vocs, mas, finalmente, no podero servir muito porque quando me olharem dentro dessa maleta, infelizmente estarei morrendo. Rosane Goldwasser Editora do Boletim da AMIB
Nota de falecimento
into-me na dura misso de dar-lhes uma m notcia. Comunico todos o brusco falecimento de nosso colega e saudoso amigo Dr. LUIZ ANTNIO PAOLIELO FACTORE, ocorrido em 11 de outubro de 2002. Nosso queridssimo colega, a quem carinhosamente chamvamos de Totonho, deixou um enorme exemplo a seus alunos e colegas: simplicidade, vontade e prazer em ensinar, pacincia, compreenso, determinao e uma irresistvel simpatia. Era sempre bom estar ao lado de Factore. Seja por seu exigente bom gosto por charutos, seja pelo bom humor inesgotvel traduzido pelas suas gostosas gargalhadas, seja pela competncia e expressivo conhecimento tcnico. Aqui nesta longnqua cidade de Belm, e certamente em vrias e diversas outras longnquas cidades que ele conheceu durante as cansativas jornadas de FCCS, ACLS, etc, a notcia de seu falecimento provocou consternao entre os intensivistas. At mesmo comoo. 4 Ele era assim mesmo. Alegre, conversador, cheio de energia para enfrentar horas seguidas de aulas, viagens aos fins-de-semana e ainda assim reservar um espao a sua famlia e sua profcua atividade profissional, que certamente sempre ser lembrada pelos intensivistas do Brasil. E ele era assim mesmo: um cidado do Brasil! Um brasileiro que se foi e deixou uma enorme legio de rfos. Um brasileiro daqueles mpares que surgem a cada 50 anos ou sculos. Insubstituvel. Em nome da AMIPA (Associao de Medicina Intensiva do Par), e porque no dizer, em nome dos intensivistas brasileiros, manifesto SOPATI, aos paulistas e famlia enlutada de nosso saudoso Totonho, nossos mais sinceros psames pelo seu brusco falecimento, na certeza de que sua memria ser para sempre lembrada com carinho e admirao. Saudades Carlos Barretto Moderador AMIB-Lista
1.Epidemiological Profile of Drowning in Brazil - 144,207 Deaths in 20 Years Study; Szpilman D & Cruz-Filho FES 2.Drowning Classification: A Revalidation Study Based on the Analysis of 930 Cases Over 10 Years; Szpilman D, Elmann J & Cruz-Filho FES; - Apresentao oral 3.Drowning Resuscitation Center - Ten-years Of Medical Beach Attendance In Rio de Janeiro-Brazil; Szpilman D, Elmann J Cruz-FilhoFES; 5
equipe de nutrio composta por nutricionistas e mdicos, que inclui a avaliao diria de todas as prescries de dietas enterais e parenterais. A UTI conta com quatro mdicos assistentes no planto diurno e dois mdicos assistentes no planto noturno. As atividades prticas do servio iniciam-se s 8:00h com a passagem de planto, atividade multidisciplinar com a presena de mdicos, enfermeiras e fisioterapeutas. Em seguida fazemos as evolues, as prescries e os procedimentos invasivos necessrios, com a superviso de um mdico assistente, com o qual discutimos todos os casos e as condutas a serem tomadas. Como se trata de uma UTI aberta temos a possibilidade de discutir os casos com mdicos de diferentes especialidades como oncologia, endocrinologia, pneumologia, cardiologia, cirurgia plstica, etc. Vivenciamos tambm todos os procedimentos a beira do leito como endoscopia digestiva alta, ultrassom, ecocardiograma, dilises, pequenas cirurgias etc, sempre orientados por especialistas. A formao do especializando cumpre o programa proposto pela AMIB, atravs de aulas
Dra. Ivonne Patrcia Ypma, Dr. Jos Guilherme de Oliveira Costa Dr. Ciro Pariotto Neto Especializandos do CEPE
Residncia Mdica
Residncia Mdica
1- CARDIO - CIRCULATRIO Arritmias cardacas; Insuficincia coronariana aguda; Infarto agudo do miocrdio; Tamponamento Cardaco; Tromblise; Disseco artica; Emergncias hipertensivas; Choque cardiognico; Edema pulmonar cardiognico; ICC; Reposio volmica; Disfuno Diastlica; Monitorizao hemodinmica invasiva e no invasiva; Transporte de Oxignio; Metabolismo do oxignio em condies normais e patolgicas; Reanimao crebro-crdio-respiratria. 2-RESPIRATRIO Oxignioterapia; Insuficincia respiratria aguda; Trocas gasosas pulmonares; Estado de mal asmtico; Embolismo pulmonar; DPOC agudizado; Sndrome da Angstia Respiratria Aguda; Broncoaspirao; Suporte ventilatrio mecnico invasivo e no invasivo; Hipoventilao controlada e hipercapnia permissiva; Ventilao mecnica na Asma; SARA e DPOC; Ventilao lquida; Monitorizao da ventilao mecnica; Capnografia; Barotrauma & Volutrauma; Pneumonia Associada Ventilao; Desmame do suporte ventilatrio; Oxigenioterapia Hiperbrica; Gasometria; arterial; xido Ntrico; Edema alveolar no cardiognico. 3- INFECO E SEPSE Infeces comunitrias graves; Infeces nosocomiais; Infeces relacionadas a cateteres; Sepse em todo seu espectro; Choque Sptico; Sndrome da resposta inflamatria sistmica; Disfuno de mltiplos rgos e sistemas; Antibioticoterapia em Medicina Intensiva; Endocardite Bacteriana; Meningites; Infeco em pacientes imunodeprimidos/Inclusive AIDS; Ttano, malria e leptospirose; Colite Pseudomembranosa; Translocao Bacteriana; Descontaminao seletiva do TGI. 4- NEUROLGICO Estados alterados da conscincia; Acidentes vasculares enceflicos; Trombolticos em eventos enceflicos; Hipertenso endocraniana; Polirradiculoneurites; Estado de mal epilptico; Morte cerebral; Miastenia Gravis; Ps-operatrio em neurocirurgia; Ttano. 5- GASTRO-INTESTINAL Hemorragia digestiva alta e baixa; Insuficincia heptica; Abdmen agudo; Pancreatite aguda; Colecistite aguda; Compartimento abdominal. 6- ENDCRINO & METABLICO Coma hiperosmolar, hipoglicmico e Cetoacidose; Crise tireotxica; Coma mixedematoso; Insuficincia supra-renal aguda; Rabdomilise; Calorimetria; Diabetes insipidus; Sndrome de secreo inapropriada de ADH. 7- RENAL Insuficincia renal aguda; Mtodos dialticos. Distrbios Hidro-eletrolticos e cido-bsicos. 8- PR E PS-OPERATRIO Avaliao do Risco Pr-Operatrio; Indicaes de cuidados intensivos; Circulao Extracorprea; Cirurgia no paciente oncolgico; Ps-operatrio em transplantes; Abdome agudo clnico e cirrgico; Sepse abdominal e as laparotomias programadas. 9-COAGULAO Coagulao intravascular disseminada e fibrinlise; Coagulopatia de consumo; Tromblise e anticoagulao; Uso de hemoderivados e substitutos do plasma. 10-POLITRAUMATISMO Politrauma; TCE; Trauma raquimedular; Trauma de face / cervical; Trauma de trax; Trauma de abdome; Trauma de extremidades; Embolia gordurosa; Leses Complexas de extremidades; Sndrome Compartimental abdominal; Sndrome Compartimental de extremidades. 11- GRANDE QUEIMADO Aspectos cirrgicos; Reposio volmica e suporte nutricional; Diagnstico e tratamento das infeces; 12- INTOXICAES EXGENAS E ACIDENTES POR ANIMAIS PEONHENTOS, AGENTES FSICOS E QUMICOS 13-TRANSPLANTE HEPTICO, CARDACO, RENAL E MEDULA SSEA. 14- SUPORTE NUTRICIONAL Na sepse; No grande Queimado; No Trauma grave; Na Insuficincia Heptica e Renal; Imunomoduladores; Nutrio parenteral e enteral. 15- PROCEDIMENTOS INVASIVOS DE DIAGNSTICO E TRATAMENTO: INDICAES E COMPLICAES Intubao traqueal; Traqueostomia Cirrgica / percutnea; Cateterizao arterial; Disseco venosa / Acessos venosos por puno; Marcapasso; Cateterizao da artria pulmonar; Pericardiocentese; Drenagem pleural; Puno liqurica. 16- IATROGENIA EM TERAPIA INTENSIVA 17- MTODOS DE IMAGEM EM MEDICINA INTENSIVA 18- ASPECTOS TICOS E BIOTICOS DA MEDICINA INTENSIVA Princpios Bioticos Pertinentes prtica da Medicina Intensiva; Direitos e deveres do paciente em tratamento intensivo; No oferecer, dar e retirar em Medicina Intensiva; Distansia, eutansia, No reanimar em tratamento intensivo; O paciente incompetente; A terminalidade; A Humanizao em ambientes intensivos; A tica das relaes no gerenciamento de conflitos em UTI; Futilidade e Obstinao teraputica; Doao de rgos e Transplantao; Cdigo de tica Mdica e Resolues dos Conselhos e AMIB; Trabalho Interdisciplinar; O luto, a morte e o morrer Tanatologia; Normas de tica em Pesquisa. 19- SEDAO, ANALGESIA e BLOQUEIO NEUROMUSCULAR EM UTI Protocolos; Os direitos do paciente; Drogas, vias, esquemas posolgicos; Situaes especiais para infuso contnua. 20- OBSTETRICIA Eclampsia; Doena Hipertensiva na gravidez; Hellp Sndrome; Infeco ps-parto; sepse puerperal; Endomiometrites spticas. 21- GERENCIAMENTO E ADMINISTRAO Legislao sanitria; Pagamentos e convnios; Qualidade em MI; Indicadores hospitalares e de gesto; Comisses hospitalares de apoios; gerenciamento de custos em UTI; Controladoria hospitalar. 22- TRANSPORTE DO PACIENTE GRAVE: INTRA E EXTRA-HOSPITALAR 23- INTERAES MEDICAMENTOSAS 24- ANLISE CRTICA DA METODOLOGIA CIENTFICA
Residncia Mdica
25- INDICADORES DE QUALIDADE E NORMAS MNIMAS DE FUNCIONAMENTO DE UTIS Insuficincia heptica e medidas de suporte; pr e ps-operatrio de grandes cirurgias abdominais; Abdmen agudo clnico e cirrgico; 8- SISTEMA ENDCRINO METABLICO Coma hiperosmolar e cetoacidose diabtica; hipoglicemia; Crise tireotxica; Insuficincia supra renal aguda; Rabdomilise; Diabete inspido; Sndrome de secreo inapropriada de ADH 9- RENAL Insuficincia renal aguda; Mtodos dialticos; Distrbios hidro-eletrolticos e cido-bsicos; pr e ps operatrio de grandes cirurgias urolgicas e transplante renal; 10- PR E PS-OPERATRIO Avaliao do Risco pr-operatrio; Ps operatrio de grandes cirurgias (abdominais, neurolgicas, renais, cardaca ou torcicas); noes de Circulao Extracorprea. 11-COAGULAO Coagulao intravascular disseminada, fibrinlise, Coagulopatia de consumo; Anticoagulao; Uso de hemoderivados e substitutos do plasma. 12-POLITRAUMATISMO TCE. Trauma raqui-medular. Sndromes compartimentais. Embolia gordurosa 13- GRANDE QUEIMADO 5- INFECO E SEPSE Sepse; Sndrome da resposta inflamatria sistmica; Disfuno de mltiplos rgos e sistemas; Infeces relacionadas aos mtodos invasivos; antibioticoterapia em Medicina Intensiva; Meningoencefalites; endocardite Bacteriana; Infeco em pacientes imunodeprimidos; infeces neonatais: ttano, infees congnitas; dengue, leptospirose, e outras doenas infecciosas endmicas; 6- NEUROLGICO Comas em geral; Hipertenso endocraniana; Polirradiculoneurites; Estado epilptico; Miastenia Gravis; Infeces do sistema nervoso central; Noes de neuroimagem; asfixia e hemorragia neonatal; pr e ps operatrio de neurocirurgias; trauma craniano 7- GASTRIINTESTINAL Hemorragia digestiva alta e baixa; 14- INTOXICAES EXGENAS E ACIDENTES POR ANIMAIS PEONHENTOS, ACIDENTES POR AGENTES FSICOS E QUMICOS. QUASE AFOGAMENTO 15-TRANSPLANTE HEPTICO, CARDACO, RENAL E MEDULA SSEA. MANUTENO DO DOADOR E MANUSEIO DO PACIENTE TRANSPLANTADO. MORTE ENCEFLICA. 16- SUPORTE NUTRICIONAL Nutrio parenteral e enteral: avaliao e acompanhamento nutricional, vias de acesso, indicaes, composio das formulaes (em Insuficincia Respiratria; Queimado; Trauma; Insuficincia Heptica e Renal; Sepse) 17- PACIENTE ONCOLGICO EM UTI 18- PROCEDIMENTOS INVASIVOS DE DIAGNSTICO E TRATAMENTO . INDICAES E COMPLICAES . Intubao traqueal / traqueostomia/ cricotireotomia; Cateterizao arterial; Disseco venosa; Cateterizao venosa central e de artria pulmonar; insero de Marca-passo; Pericardiocentese e drenagem pleural. Raquicentese; Cateterizao da veia umbelical; Puno intra-ssea. 19- MTODOS DE IMAGEM EM MEDICINA INTENSIVA 20- ASPECTOS TICOS DA MEDICINA INTENSIVA 21- SEDAO, ANALGESIA e BLOQUEIO NEUROMUSCULAR EM UTI 22- TRANSPORTE DO PACIENTE GRAVE: INTRA E EXTRA-HOSPITALAR 23- INTERAES MEDICAMENTOSAS 24- ANLISE CRTICA DA METODOLOGIA CIENTFICA 25- INDICADORES DE QUALIDADE E NORMAS MNIMAS DE FUNCIONAMENTO DE UTIS
Jairo C. Bitencourt Othero Presidente da AMIB Jefferson Pedro Piva Vice-Presidente da AMIB
Reunio da CNRM
A Reunio da Comisso Nacional de Residncia Mdica (CNRM) foi realizada no dia 17 de julho de 2002, no auditrio do Hospital Santa Rita, na cidade de So Paulo. Estiveram presentes: Fernando Osni; Jairo Othero; Jos Luiz Gomes do Amaral; Jos Oliva Proena; Luiz Antnio Factore; Marcelo Moock; Maria Fernanda B. de Almeida; Mauro Kaufmann; Mirella Cristine Oliveira; Norberto Antnio Freddi; Renato Terzi; Renato Viscardi; Rosa Goldstein; Cid Marcos N. David; Ricardo Amorim Garcia.
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Srie Clnicas
Srie Clnicas Brasileiras de Medicina Intensiva lana seu dcimo terceiro volume
m 24 de setembro, durante o Congresso Brasileiro de Cardiologia realizado em So Paulo, foi lanado o livro CARDIOLOGIA INTENSIVA editado por Jos Carlos Nicolau e Edson Stefanini. Na ocasio fizeram uso da palavra, Renato G. G. Terzi, Editor Geral da Srie, os Editores Jos Carlos Nicolau e Edson Stefanini, Paulo Rzezinski diretor Presidente da Editora Atheneu e o Diretor de Publicaes da AMIB, Jos Oliva Proena representando o Presidente da AMIB, Jairo B. Othero. Na ocasio, foi mencionada a parceria AMIB/Atheneu/ AstraZeneca na publicao de livros de qualidade a preo de custo. Foi enfatizada a filosofia deste projeto que permite um programa de educao continuada em Medicina Intensiva. O acesso informao, a atualizao do conhecimento e a orientao para condutas clnicas, so a essncia no atendimento mdico de qualidade. Hoje, grandes mudanas na prtica cardiolgica ocorrem celeremente, porque rapidamente se alastra o conhecimento mdico baseado em evidncias. Por isso, livros de atualizao so importantes para estabelecer marcos de passagem. Este livro um destes marcos. Editado por dois cardiologistas que representam duas tradicionais Universidades de So Paulo, ele traz o que h de mais novo e avanado em Cardiologia Intensiva. Dele se beneficiaro, no s mdicos que atuam em Unidades Coronarianas, mas, principalmente, mdicos intensivistas e outros profissionais, como enfermeiros e fisioterapeutas que atuam em Unidades de Terapia Intensiva Gerais, Brasil afora. Outras novidade, seguramente, devero surgir em Cardiologia Intensiva. No h dvida, entretanto, que este livro representa o estado atual da arte, leitura obrigatria de quem lida com a emergncia cardiolgica e o cardiopata grave. Foi muito grande a procura do livro durante o Congresso. Ao todo, foram vendidos mais de quinhentos volumes da Srie, demonstrao inequvoca de sucesso editorial.
Nota de falecimento
m 23 de setembro do corrente faleceu, em Belo Horizonte, o colega intensivista Jos Luiz do Amorim Ratton. Ratton, como era conhecido na vida associativa, foi um dos fundadores da AMIB e grande incentivador da especialidade, tanto em seu estado natal, como em todo Brasil. Participou, como diretor da AMIB, em diferentes gestes e, at recentemente, presidiu a Comisso de Formao do Intensivista. Mineiro de nascimento e de corao, Ratton era filho de juiz de direito e dono de singular cultura. Era grande admirador de seu conterrneo, Guimares Rosa, que, como ele, tinha uma viso crtica da natureza humana. Esta particularidade, que conferia ao Ratton uma personalidade forte e, s vezes, intransigente, foi fundamental em cimentar os alicerces de nossa Sociedade. Grande companheiro, sempre presente em eventos nacionais e internacionais, tinha sempre um caso para ser contado com mineirssima graa e fala mansa. Ratton foi homenageado na abertura do Congresso Brasileiro do Rio de Janeiro ao qual no compareceu, por j estar enfermo. Em Assemblia Geral da AMIB foi proposta e aprovada a criao do Prmio Jos Luiz do Amorim Ratton para o melhor trabalho cientfico a ser selecionado em todos os futuros congressos nacionais de nossa Sociedade. Uma justa homenagem a um grande homem, cuja lio de vida deve servir de exemplo s futuras geraes de intensivistas. Renato G. G. Terzi 11
Ttulo de Especialidade
Especialistas bem formados e atualizados so com certeza profissionais reconhecidos em seu ambiente de trabalho e na sociedade. No prximo ano a prova de obteno de ttulo j est marcada, ser em outubro, durante a X JORNADA SULBRASILEIRA e em todas as regionais . Procure se informar na sua regional. Temos certeza que seu nome far parte de uma lista como essa!
UF REGIONAL
GO SP RJ SP SP SP MG RN MG BA SP RJ SP MG AM ES SP BA SP MA SP ES SP TO SP RJ ES PI RJ MG SP MG PI SP RJ MG SP SP SP SP RJ RJ MG SP SP RJ SP ES SOTIEGO SOPATI SOTIERJ SOPATI SOPATI SOPATI SOMITI AMIB_AP SOMITI SOTIBA SOPATI SOTIERJ SOPATI SOMITI SATI SOESTI SOPATI SOTIBA SOPATI SOTIMA SOPATI SOESTI SOPATI SONORTI SOPATI SOTIERJ SOESTI SOTIPI SOTIERJ SOMITI SOPATI SOMITI SOTIPI SOPATI SOTIERJ SOMATI SOPATI SOPATI SOPATI SOPATI SOTIERJ SOTIERJ SOMITI SOPATI SOPATI SOTIERJ SOPATI SOMITI
NOME
ADAILTON CARVALHO DE RESENDE ADRIANO MARTINS DE OLIVEIRA ALEX SANDRO ALMEIDA ALMERINDO LOURENO DE SOUZA JNIOR ANA BEATRIZ ALBUQUERQUE MOREIRA BERTECCI ANA CRISTINA TEIXEIRA VEIGA ANA HELENIR BENAGLIA ANALETE ZAGO SCOPEL ANDR CARLOS KAJDACSY BALLA AMARAL ANDRA FONSECA DE AGUIAR MARTINS ANDREA MONTEIRO ALVES MICHELLI ANDRA NASCIMENTO GUARALDO CUNHA ANDRS MARTINS DE LA FLOR LENTI ANTNIO CSAR MARSON AREO FERNANDO BANWART E SILVA CARLA JEAN KACZOR CARLA SOARES FORTES CARLOS ADRIANO PLA BENTO CARLOS ALBERTO DE CASTRO CARLOS BARBUTO CARLOS DARWIN GOMES DA SILVEIRA CARLOS EDUARDO MOTTA DE SIQUEIRA CARLOS MARTIN OHARA SOLIS CARLOS ROGRIO DA SILVA CAROLINA COIMBRA MARINHO CELSO RICARDO EMERICH DE ABREU CSAR GARCIA MACHADO CHRISTIANE CORRA RODRIGUES CIMINI CLUDIA RAMOS DO NASCIMENTO CLAUDIO ANTNIO DE SOUZA CLAUDIO REZENDE MENDONA CLAYTON MARCELO PRADO DE CAMPOS CRISTINE FASOLO PILATI DANIELLE RODRIGUES BULOTO DE SOUZA DAVID JOS OLIVEIRA TOZETTO EDNA FERREIRA EDSON TEIXEIRA FABRINI EDUARDO DA COSTA PINTO EMERSON LOPES FROEDE EMMANUEL ORTIZ AFONSO ERIC PERECMANIS ERICO RIBEIRO NETTO ERIKA CORREA VRANDECIC EUCIDES BATISTA DA SILVA EVELYN DUARTE DA COSTA EVERSON DADALTO
UF REGIONAL
SP BA BA SP MG BA SP SC SP RJ RJ MG MG PR SP SP PI SP SP SP DF SP SP SP MG ES BA MG RJ MG MG DF SP ES SP SP MG RJ MG SP RJ MG MG AM MS ES SOPATI SOTIBA SOTIBA SOPATI SOMITI SOTIBA SOPATI SOCATI SOPATI SOTIERJ SOTIERJ SOMITI SOMITI SOTIPA SOPATI SOPATI SOTIPI SOPATI SOPATI SOPATI SOBRAMI SOPATI SOPATI SOPATI SOMITI SOESTI SOTIBA SOMITI SOTIERJ SOMITI SOMITI SOBRAMI SOPATI SOESTI SOPATI SOPATI SOMITI SOTIERJ SOMITI SOPATI SOTIERJ SOMITI SOMITI SATI SOSMATI SOESTI
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Ttulo de Especialidade
CDIGO
17499 11961 15869 12878 15184 17475 17627 17703 10600 17300 17737 16269 17428 14458 16195 5912 17817 13819 10110 13584 13382 17317 17224 8508 17226 15694 17321 10603 6090 16211 17822 16924 12299 15879 9187 17446 16305 13311 17131 15976 16543 12904 15079 16423 16551
NOME
MONICA LIGEIRO GONALVES MURILO CHIAMOLERA NAIRO JOS DE SOUZA JR. NIVALDO CORTELA PABLO MARTIN LLOMPART SACCHI PATRCIA SERRANO PAULA TESCH SABAINI PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA PAULO ROBERTO PEDRINI PEDRO LUIZ NAGLIS TIBRCIO RAFAEL AUGUSTO SOUZA RANGEL RAFAEL OLIVE LEITE RAQUEL DUTRA MIRANDA RICARDO ALKIMIM TEIXEIRA RICARDO REIS SANGA ROBERTO MACHADO KLUCK ROGERIO DOS REIS VISCONTI ROSANA DUCATTI SOUZA ALMEIDA ROSSANA DALL ORTO ELIAS RUTH GUIMARES DE ALMEIDA SUSIN SAULO MAIA DAVILLA MELO SEBASTIO DOS SANTOS SOUSA JUNIOR SEBASTIO SIQUEIRA DE CARVALHO JNIOR SERAFIM GOMES DE S JR. SRGIO DE AZEVEDO NAVES SRGIO LAGES MURTA SERGIO MAURICIO BUENO URBINI JUNIOR SRGIO WERNER BAUMEL SILVANA LUIZA REZENDE BRANDO SILVIA ANGLICA OVANDO DURAN SILVIA PRADO MINHOTO TEIXEIRA SIMONE TASQUETO BOLZAN SUELAINE ASSUMPO CRTES TALEL SALLE TNIA REGINA FONSECA PAIXO TATIANA HELENA RECH THALES DELMONDES GALVO VALRIA LIMA DA CRUZ VALRIA MACHADO DE OLIVEIRA VILTO MICHELS JUNIOR VIVIANE BORGES PASSOS MINEIRO WILSON JOS LOVATO WILSON PAULO DOS SANTOS WLADIMIR FIGUEIR CUNHA YONARA RIVELLE NEVES DAVID
UF REGIONAL
RJ SP TO MT SP SP SP SP ES RJ RJ RS MG SP SP RS RJ SP MG RS SE MA RJ RJ MG MG SP ES ES SP SP RS RJ SP BA RS BA SP MG SP BA SP PR RJ SP SOTIERJ SOPATI SONORTI SOMATI SOPATI SOPATI SOPATI SOPATI SOESTI SOTIERJ SOTIERJ SOTIRGS SOMITI SOMITI SOPATI SOTIRGS SOTIERJ SOPATI SOMITI SOTIRGS SOTISE SOTIMA SOTIERJ SOTIERJ SOMITI SOMITI SOPATI SOESTI SOESTI SOPATI SOTIPA SOTIRGS SOTIERJ SOPATI SOTIBA SOTIRGS SOTIBA SOPATI SOMITI SOPATI SOTIBA SOPATI SOTIPA SOTIERJ SOPATI
CDIGO
13147 6847 17352 15302 17230 16634 12522 17659 17543 17787 17937 17835 17736 17177 10179 17536 1728 17690 7375 1114 17669 17936 17388 17363 17456 17739 17382 17639 17186 16673 10101 17544 17596 13788 10139 3959 17403 17695 13059 14236 12000 17650 4032 13888 14210 17791 17316 10362 17415 16762 12278 17663 12315 17932
NOME
CARLA MARQUES RONDON CAMPOS CARLOS ROBERTO N. DE DEUS NUNES CAROLINA ESPOSITO VIEIRA CINTIA PEREIRA FERREIRA CINTIA VRANJAC FUNCIA DE AZEREDO CLUDIA AGUIAR DE BARROS CLEDINARA RODRIGUES SALAZAR DANIELA AKASHI DANIELE DA SILVA JORDAN VOLPE ERASMO EUSTAQUIO COZAC FABIO JOLY CAMPOS FABIO ZATTAR GUERIOS FERNANDA MORAES DANIEL FERNANDA ROSTIROLA GUEDES GUSTAVO ALBERTO ARAJO DE PAIVA JANDRA CORREA DE LACERDA JOS BONIFACIO CARREIRA ALVIM JOSE CARLOS FERNANDES JUAN ALBERTO HAQUIN AGUILAR JUAN CARLOS USTARIZ GOMES JULIANA DUARTE DINIZ KARYNA SANTOS FERREIRA LEITE LARISSA DEMJANCZUK PEREIRA LEANDRO TURRA OLIVEIRA LELMA CRISTINA DE CASTRO LISIANE DALLE MULLE MALBA INAJ ZANELLA MALENA TEREZA GIORGETTA REGIS MARCIA XAVIER OLIVEIRA CASTRO ALVARENGA MARCIONEI RANK MARIA APARECIDA OLIVEIRA E SILVA MARIA HELENA DITTRICH MARIA LIEGE BAZANELLA DE OLIVEIRA MARIA REGINA PINTO KOMKA MARINA WEY MARTA MARIA OSORIO ALVES MICHELINE SOUILLJEE MIRIAM RIKA TAGUCHI MIRIAN YUKIKO CHIGUTTI NEYDE MARIA BRITO DE MEDEIROS ORLEI RIBEIRO DE ARAUJO PATRICIA DE OLIVEIRA COSTA PLINIO LEONEL JAKIMIV RONALDO ARKADER SANDRA MARA EVANGELISTI FARAH SANDRA QUINTELA DE ALMEIDA SANDRO LUIS ULIANO DA SILVA SRGIO LUCIANO PINTO SIDNEY CUNHA DA SILVA SILVANA PIAZZA FURLAN SILVIA REGINA DE OLIVEIRA MACHADO SUELI MARQUES PAIVA BULLE OLIVEIRA TNIA HELENA GARRIDO DE ESPINOZA TATIANA DA SILVA SCHEID
UF REGIONAL
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Artigo
A escolha de Sofia
Por Paulo R. Antonacci Carvalho (*)
lanto tranqilo, apenas uma vaga na UTI. s 02:15h, o plantonista da internao peditrica vem UTI com pedido de vaga para lactente com insuficincia respiratria, possivelmente por bronquiolite viral aguda, que est deteriorando rapidamente. No mesmo instante, toca o telefone da UTI com solicitao de leito para criana aidtica em choque, e que no respondeu terapia de reposio volumtrica no setor de emergncia do hospital...
# Qual dos dois pacientes tem mais direito nica vaga da UTI? # Quem toma a deciso? # A deciso deve ser baseada em quais critrios?
Ainda que provocada uma situao de simultaneidade no exemplo acima, infelizmente, esse cenrio no incomum nas UTIs do nosso pas. Frequentemente, estamos frente a esse tipo de impasse ou de escolha em nossa prtica diria nas UTIs. Um leito apenas, dois pacientes com critrios indiscutveis de admisso em UTI, e o mdico plantonista tendo que decidir a quem atender, sabendo que um deles estar sendo sacrificado. o tpico conflito entre a microalocao e a macroalocao de recursos escassos, especialmente nas instituies pblicas de assistncia sade. Embora esse tipo de dilema no devesse ser resolvido ou decidido pelo mdico de planto na UTI, pois se trata de um problema do gestor ou do provedor de servios de sa-
de, na maioria das vezes acaba surpreendendo o intensivista de planto. Para ele, todos os pacientes so iguais, tm os mesmos direitos, e, portanto, devem receber igualmente o tratamento intensivo necessrio. Para o gestor ou provedor dos servios de sade, ainda que o acesso sade seja universal, os recursos so limitados e no esto disponveis de modo igualitrio para todos os pacientes que procuram o sistema. a sndrome do cobertor curto ... Entra nessa discusso a questo tica aplicada alocao de recursos escassos. E a tica, considerada o estudo da justificativa das aes, busca identificar o que correto ou incorreto, adequado ou inadequado, justo ou injusto, analisando cada situao em particular. A abrangncia das decises pode ser por macroalocao, quando no se refere a uma pessoa em particular, mas a todo um grupo de indivduos, ou por microalocao, quando se refere a um paciente ou uma situao especfica, como no cenrio descrito acima. E os critrios mais comumente utilizados tanto para a macroalocao quanto para a microalocao de recursos so a necessidade , o merecimento , a efetividade ou o sucesso provvel, ou mesmo a ordem de chegada(1). Pela necessidade , os recursos deveriam ser priorizados aos que esto em estado de sade mais grave, mesmo sabendo que os custos sero altos e os efeitos da interveno mdica tero pouca repercusso (1). Na situao descrita, ambos os pacientes esto em situao de igual gravidade, ambos necessitam dos cuidados de UTI, e em am-
bos os efeitos da interveno mdica tero repercusso positiva. Pelo merecimento, os recursos escassos deveriam ser alocados para aqueles pacientes que meream receb-los, com base em aes, registros e eventos que j ocorreram (1). Na situao descrita, o paciente aidtico em choque j tem um passado mrbido, estando, portanto, mais suscetvel a complicaes ou a um desfecho desfavorvel, se no atendido convenientemente. Pela efetividade, os recursos escassos deveriam ser alocados para aqueles pacientes que possam fazer o melhor uso para si ou para os outros, o que se expressa pela reduo de custos sociais, retorno produtividade ou melhor qualidade de vida (1). Na situao descrita, em tese, o paciente com bronquiolite viral aguda e insuficincia respiratria, uma vez atendido na UTI, demandaria um menor custo social e teria uma melhor qualidade de vida mdio ou longo prazo, comparado ao paciente aidtico. Pelo sucesso provvel, a priorizao dos recursos estabelecida, preferencialmente com base em dados estatsticos oriundos da experincia da prpria equipe de sade, ou da literatura cientfica, na probabilidade que cada indivduo em particular (microalocao) ou um grupo de indivduos (macroalocao) tem em se beneficiar do recurso que est sendo disputado (1). Na situao descrita, aplicar-se-ia a mesma justificativa descrita no item anterior. Ainda que no se aplique ao exemplo citado, nos casos em que
(*) Pediatra Intensivista da UTI Peditrica do Hospital de Clnicas de Porto Alegre. Integrante da Comisso de Biotica do Hospital de Clnicas de Porto Alegre. Membro do Departamento de Biotica da AMIB. Membro do Departamento de Terapia Intensiva da Sociedade Brasileira de Pediatria. 14
Artigo
a tomada de deciso pressupe algum tempo para discusso, deveria ser chamada uma terceira parte para mediar o conflito (por exemplo, um Comit de Biotica), que obviamente o faria no melhor interesse dos pacientes, mas, de novo, colocando o mdico em condio de impotncia frente situao apresentada. E. Cahn, professor de Filosofia do Direito na New York University (EUA), prope que se nem todas as pessoas que necessitam de tratamento podem ter acesso a ele, a nenhuma delas deveria ser possibilitado o mesmo. Utiliza o argumento de que ningum pode salvar-se custa da vida dos outros. Este critrio denominado como igualdade de acesso real (2) . Em nossa prtica, seria impensvel ou moralmente inaceitvel agir dessa forma, ainda que hipoteticamente fosse a tomada de deciso mais justa, negando aos dois pacientes o recurso da UTI. J. Childress, professor de Biotica da Virginia University e do Kennedy Institute of Ethics / Geogetown University (EUA), afirma que a melhor forma de atingirse a igualdade atravs da aleatorizao das escolhas, seja atravs de sorteios, seja atravs de filas de espera. Este tipo de soluo, segundo o autor, preserva a relao mdico-paciente, pois o critrio de seleo estabelecido fora deste contexto. Esta posio caracteriza a igualdade de acesso provvel (3). Voltando ao cenrio apresentado no incio da discusso, embora a maioria de ns quisesse ter uma soluo pronta e justa para todas as partes envolvidas, no temos uma receita para todos os casos semelhantes a esse. Sempre haver um dilema, sempre haver uma escolha de sofia. A verdade que, ainda que a deciso tenha que ser tomada rapidamente, o mdico de planto sempre dever levar em considerao todas as reflexes apresentadas. Na medida do possvel, ter que dividir com os colegas de planto a tomada de deciso, com base em critrios ticos e morais claramente expressos, e, acima de tudo, levando em considerao o respeito dignidade de cada paciente. Referncias bibliogrficas (1) Goldim JR. tica aplicada alocao de recursos escassos. Ncleo Interinstitucional de Biotica. Hospital de Clnicas de Porto Alegre / Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil, 1998. Disponvel em: http://www.ufrgs.br/ HCPA/gppg.aloca.htm (2) Childress JF. Who shall live when not all can live ? In: Edwards RB, Graber GC. Bioethics. Chicago: Harcourt, 1988. (3) Childress JH. Priorities in the allocations of health care resources. In: Edwards Rb, Graber GC. Bioethics. Chicago: Harcourt, 1988.
Regionais
SOTIERJ
A Sociedade de Terapia Intensiva do Rio de Janeiro, atravs de sua Cmara Tcnica no CRM, realizou no ltimo dia 14/9/2002, no auditrio do CREMERJ, um encontro sobre lceras de Presso: possvel Prevenir? Este tema foi motivado pelos freqentes processos mdicos encaminhados para anlise na Cmara Tcnica de familiares de pacientes que adquirem leses durante a hospitalizao e na UTI. O Frum reuniu aproximadamente 200 profissionais da sade (mdicos e enfermeiros). Foram feitas apresentaes cientficas (fisiopatologia, complicaes, manuseio, novos produtos) e amplamente discutidas as questes ticas, responsabilidades legais e aspectos relacionados ao melhor esclarecimento da populao sobre os riscos de se adquirir as leses. A partir desta reunio dever sair uma Recomendao da sociedade ao CRM, que estaremos disponibilizando no site da AMIB e da SOTIERJ.
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Calendrio FCCS
DATA: SB. e DOM. 12 e 13 outubro 12 e 13 outubro 19 e 20 outubro ORGANIZADOR Fis. Lorena Dr. George Castro Dr. Edwin Koterba ESTADO Goinia/GO So Luis/MA Taubat/SP TELEFONES / CONTATO (62) 9611-1675 (98) 3082-8335 ou (98) 231-3088 c/ Graa (11) 9221-7099 ou (11) 3675-1307 UTI [email protected] e [email protected] (43) 371-2359 c/ Rosi [email protected] (67) 389-2400 c/Cleusa (14) 6802-6274 ou (14) 9775-2872 c/ Adriana [email protected] (92) 657-0350 ou (92)657-0360 c/ Nvea (81) 3426-2230/99699-4310 [email protected] (16) 9991-3630 [email protected] (11) 9221-7099 ou (11) 3675-1307 UTI [email protected] e [email protected] (11) 3069-7197 c/ Kelly Cristina T. Gouva (41) 362-6633 c/ Mary (35) 3722-1802 ou (35) 9987-1260 (44) 264-4466/288-2105 ou (44) 9973-8702 (11) 9988-4360 (71) 380-86621 (51) 3217-3842
02 e 03 novembro 02 e 03 novembro
Manaus/AM Recife/PE
09 e 10 novembro
Ribeiro Preto/SP
09 e 10 novembro
So Paulo/SP
Dr. Luiz Antnio Factore Dra. Mirella C. Oliveira Dr. Jos Tasca Dra. Angelisi Vintin Dr. Juang Horng Jyh Dr. Andr Guanaes Dr. Juarez Barbisan
So Paulo/SP Curitiba/PR Poos de Caldas/MG Sarandi/PR Santo Andr/SP Salvador/BA Porto Alegre/RS
Calendrio TENUTI
DATA: SB. e DOM. 09 e 10 novembro 23 e 24 novembro 30 de nov. e 1 dez 07 e 08 dezembro 14 e 15 dezembro ORGANIZADOR Nut. Lucia Leite Dr. Eduardo Juan Troster Dr. Helio Anjos Ortiz Dra. Liborina (Unimed) Dra. Yuzeth Nbrega ESTADO Natal/RN So Paulo/SP Curitibanos/PR Campo Grande/MS Joo Pessoa/PB TELEFONES / CONTATO (84) 212-2333 ou (84) 982-5507 [email protected] (11) 9931-4106 [email protected] (49) 241-1033 c/ Silvia (67) 389-2400 c/ Cleusa (83) 9332-9311 ou (83) 241-4141 ramal:116 [email protected]
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23 a 25 de outubro de 2003
TEMA CENTRAL
TEMAS PRELIMINARES
Novos Recursos no Choque Sptico Ventilao Mecnica Infeces Nosocomiais: Como enfrentar Organismos Multirresistentes Recrutamento Alveolar e Proteo na SARA Novas Tecnologias: adoo ou estudo? Transplante de rgos Controle da Dor, Sedando e Cuidando Limites das Equipes Frente a Perda da Autonomia Trauma Craniano: Hipotermia, Craniectomia e Monitorao Regional
PROMOO
CURSOS PR-CONGRESSO
CONVIDADOS
Humanizao FCCS Gerenciamento de UTIs Ventilao Mecnica Monitorizao Hemodinmica Neurointensivismo TENUTI
Charles Sprung Israel Jan Bakker Holanda John Marini EUA Jordi Rello Espanha Robert Tasker Inglaterra Marcelo Amato Brasil
REALIZAO