O Batismo Com o Espírito Santo
O Batismo Com o Espírito Santo
O Batismo Com o Espírito Santo
INTRODUO "O que o batismo com o Esprito Santo?" "Eu deveria buscar esta experincia?" Estas perguntas tornam-se cada vez mais comuns ao passo que muitas igrejas modernas propagam seus pontos de vista conflitantes acera desta doutrina. Com certeza, todo filho de Deus deveria desejar voltar Bblia para rever este assunto. I. O REGISTRO DA BBLIA. A Bblia no contm tanto sobre o batismo com o Esprito Santo quanto alguns podem supor. Existem vrios casos de profecia em que o nosso Senhor batizaria com o Esprito e cumpriu-se um registro desta profecia no livro de Atos. As epistolas doutrinrias do Novo Testamento no ordenam que algum busque est experincia e, de fato, nunca menciona isso. Isso obviamente ilumina este assunto para aqueles que acreditam que todo crente deve buscar esta experincia. Procurando o registro na Bblia deveramos notar que o Novo Testamento contm cinco menes da profecia em que nosso Senhor batizaria com o Esprito Santo (Mateus 3:11-12, Marcos 1:8, Lucas 3:16-17, Joo 1:33, Atos 1:4-5). interessante notar que esta profecia mencionada uma vez em cada um dos livros histricos do Novo Testamento. 7 (Mateus, Marcos, Lucas, Joo, Atos)
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Um erro comum assegurado por muitos professores modernos da Bblia a reivindicao que I Corntios 12:13 refere-se ao batismo com o Esprito. Basta somente algum ler o verso e a loucura desta reivindicao fica exposta. No batismo com o Esprito: 1) Cristo est fazendo o batismo. 2) O Esprito o " elemento " pelo qual o batismo termina. Em I Corntios 12:13: 1) o Esprito faz o batismo. 2) o corpo de Cristo o " elemento " pelo qual somos batizados. O contexto de I Corntios 12:13 a igreja local. Pessoas com vrios e diferentes dons espirituais so somadas a igreja local que pode funcionar como um corpo. Paulo usa o corpo humano assim como muitos membros para ilustrar como a igreja local opera. O batismo pelo qual os membros so recebidos pela igreja local obviamente o "batismo nas guas." Isto no pode ser contraditrio ao estabelecido em I Corntios 12:13 aonde o Esprito batiza. Em Joo 4:1 somos assegurados de que Cristo batizou e o verso 2 vai explicar que o ato atual de batismo foi desempenhado pelos apstolos. Joo em sua essncia Disse que o batismo foi levado adiante pela liderana e autoridade de Cristo. Igualmente em I Corntios 12:13 refere-se ao batismo nas guas sendo administrado pela liderana do Esprito. Somente Ele pode, atravs do novo nascimento, fazer um candidato para o batismo, e somente Ele pode conduzir uma igreja para batizar tal pessoa. No livro de Atos temos quatro instncias de grupos que foram batizados com o Esprito Santo. Em Atos 2:1-11, temos um evento que pode ser identificado claramente como batismo com o Esprito (Atos 1:5, 2:33). Tambm podem ser vistos os eventos de Atos 10:44-46 como um batismo com o Esprito levando em conta as palavras de Pedro para igreja de Jerusalm (Atos 11:15-17). Asseguramos tambm os eventos de Atos 8:14-17 e Atos 19:1-7 por serem da mesma natureza. Examinando o registro na Bblia fcil notar que em cada caso as circunstncias eram muito diferentes. O som de um vento impetuoso, as lnguas repartidas como fogo somente foram manifestadas no Pentecostes (Atos 2). Em Atos captulos 2, 10 e 19 eles falaram em lnguas mas no em Atos captulo 8. Em Atos captulos 8 e 19, o batismo est associado ao colocar as mos mas em Atos captulos 2 e 10 no acontece isso. A circunstncia em comum em cada caso era o Esprito sendo derramado sobre um grupo, distinto e diferente. Todos os derramamentos foram acompanhados por sinais que confirmaram o recebimento do Esprito Santo por aquele grupo em particular. vamos, agora, examinar o propsito daquele batismo. II. O "BATISMO", UMA NOVA DISPENSAO 8 DO ESPRITO.
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A palavra " Dispensao " usada de diferentes modos em teologia, para explicar melhor estamos usando a palavra de acordo com seu significado primrio que "dispensando ou distribuio." O batismo com o Esprito foi a dispensao inicial do Esprito pelo poder e bnos do Novo Testamento aos vrios grupos mencionados nas Escrituras (Lucas 24:49). Joo Batista ensinou que somente o Messias poderia batizar com o Esprito (Mateus 3:11). Procedeu-se desta forma porque o dom do Esprito tinha que ser comprado para ns pelo Senhor Jesus. O trabalho do Esprito Santo em nossos coraes uma grande parte da salvao por Cristo. A vinda do Esprito foi prova de que o trabalho remissrio por Cristo estava acabado e aceito pelo Pai, e que Cristo Jesus foi glorificado no Cu (Atos 2:33, Glatas 3:13-14). Em cada caso de batismo com o Esprito registrou-se que um grupo diferente recebeu esta bno. Em Atos 2 foi dado aos judeus crentes. Em Atos 8 foram batizados os crentes Samaritanos. Os Samaritanos foram menosprezados pelos
Judeus por que eram mestios. Em Atos 10 os Gentios receberam o batismo com o Esprito. Atos 19 registrou como Ele veio sobre aqueles que sabiam somente sobre o batismo de Joo. 9 9. Veja a adenda. III. O "BATISMO" COMO UM SINAL. O batismo com o Esprito no era apenas uma ao em que o Esprito era dado como tambm um sinal importante. Joo Batista afirmou claramente que eles podiam reconhecer o Messias pela sua capacidade de batizar com o Esprito. Como j mencionava, o batismo com o Esprito provou que Jesus era o ressuscitado e glorificado Senhor (Atos 2:33). Note, agora, que o batismo com o Esprito no s verificou as reivindicaes de Cristo como tambm a autoridade da igreja local. No dia de Pentecostes (o banquete das primcias), reuniram-se judeus de toda a parte o Imprio romano para adorar a Deus em Jerusalm (Atos 2:1-11). L eles encontraram a primeira igreja composta pelos discpulos humildes de Cristo. O Templo judeu que tinha sido a casa do Pai (Mateus 21:13, Mateus 23:38) permaneceu destitudo por Deus como um aspecto espiritual. A assemblia Crist passava a ser a Casa de Deus (I Timteo 3:15). Comparado grandeza do Templo de Herodes o pequeno grupo de discpulos no era impressionante. Quem acreditaria que esta pequena assemblia era, agora, o lugar divinamente ordenado? O batismo desta primeira igreja com o Esprito certamente verificou suas reivindicaes. O som do vento impetuoso dava uma evidncia audvel do Esprito vindo para a igreja. O aparecimento de fogo era um smbolo da presena de Deus. As lnguas tambm eram um sinal para os judeus no convertidos (I Corntios 14:21-22). Estes sinais deram credibilidade igreja do Senhor e deixaram os judeus inescusveis caso eles rejeitassem as afirmaes concernentes ao evangelho (Heb 2:1-4).10
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A autenticao da igreja do Senhor pelo batismo com o Esprito pode ser claramente ilustrada comparando-se a histria da igreja com o templo de Salomo. 1) Davi juntou o material para o Templo - Joo Batista preparou o material para a igreja. 2) Salomo construiu o Templo - Cristo edificou a igreja. 3) Salomo dedicou o Templo com um sacrifcio - Cristo redimiu a igreja pelo sacrifcio de Si mesmo. 4) Aps a dedicao o smbolo da presena de Deus veio manifestar a aceitao do Templo e demonstrando a Sua inteno de habitar nele. Depois da morte de Cristo o Esprito desceu no dia de Pentecostes, manifestando que a igreja era a casa de Deus. O Batismo com o Esprito em Atos 8:14-17 e Atos 10:44-46 foi o derramamento do Esprito sobre os Samaritanos e os Gentios. Novamente o batismo agiu como um sinal mas dessa vez para os judeus salvos. Isso foi necessrio porque at mesmo naquela poca os judeus Cristos limitavam a salvao ao seu povo. O Batismo dos Samaritanos e dos Gentios com o Esprito provou divinamente que eles tambm poderiam ser salvos e somados s igrejas de Cristo sem que se tornassem proslitos dos judeus. Isto visto claramente na defesa de Pedro sobre suas aes antes da igreja de Jerusalm (Atos 11:1-19). Ele usou o batismo com o Esprito em Atos, captulo 10, como prova que os Gentios foram participantes das mesmas bnos que os judeus Cristos tinham recebido. Se a casa de Cornlio tivesse recebido o Esprito da mesma maneira que ns recebemos hoje nem Pedro e nem a Igreja de Jerusalm teriam sido convencidos de que eles eram participantes das bnos do evangelho. Nesta considerao vemos que as lnguas no foram apenas um sinal aos incrdulos e no salvos como tambm aos Judeus que no acreditaram na salvao e no enxerto dos Gentios. CONCLUSO Concluindo poderamos resumir alguns dos pontos citados nesta lio e tambm poderamos declarar algumas das dedues que podem ser tiradas destes pontos. 1. O batismo com o Esprito foi o derramamento do Esprito sobre vrios povos. 2. A dispensao do Esprito foi possvel devido o trabalho que Cristo concluiu. Realmente foi Cristo quem fez o batismo (Atos 2:33). 3. O batismo no foi dado diariamente aos indivduos, mas a um grupo distinto, em um momento distinto. 4. Uma vez terminada esta experincia no se repetiu porque a vinda do Esprito a qualquer grupo era permanente. Os sinais que cercaram o batismo em particular foram suficientes para dar credito a aquele grupo definitivamente (Atos 11:15-18). O autor nunca buscaria por exemplo ser batizado com o Esprito porque os Gentios receberam isto h mais de mil e novecentos anos, como est registrado em Atos, captulo 10. Isso foi atestado suficientemente atravs de Sinais naquele momento. 5. Ningum buscou esta experincia e tambm no foram estimulados a buscar. O batismo foi dado por Deus em seu tempo. (Veja nos captulos 8 e 10 de Atos como Filipe e Pedro foram abordados por Deus para um certo trabalho em um momento particular em relao ao batismo). 6. Esta experincia no possvel hoje, a menos que algum possa provar a existncia de uma classe particular o gnero humano que nunca recebeu o batismo com o Esprito. Como os Cristos judeus, Gentios e Samaritanos j receberam o batismo isto seria impossvel.
FRUTO DO ESPRITO
INTRODUO Em Glatas 5:17, ns encontramos que dentro do crente existem dois poderes contrrios. O Esprito de Deus habitando em todos os crentes os conduz (vs. 18) no caminho da retido. A carne (velha natureza) est claramente em oposio ao Esprito Santo e a nova natureza. Isto produz uma batalha constante na vida de todos os cristos (Romanos 7:15-23), e os faz almejar a liberao da carne (Romanos 7:24-25; 8:23). Paulo ensina que ambos poderes produziro certas caractersticas e obras na vida de um indivduo que se submete a eles (Glatas 5:19-23). Mesmo que o "trabalho da carne" e os "frutos do Esprito" possam ser produzidos pela vida do crente, Paulo frisou claramente que os crentes so caracterizados pelos frutos do Espirito. A carne de um cristo no est morta mas foi crucificada (Glatas 5:24). A "crucificao" e a "mortificao" so usadas na Bblia para descrever a morte lenta e debilitada do poder da carne na vida de um Cristo. Aqueles cujas vidas so exibies constantes de trabalhos da carne no entraro no reino de Deus (Glatas 5:21). I. A FONTE DOS FRUTOS DO CRISTO Os crentes, as vezes, perguntam-se o porqu eles permanecem lutando contra a carne nesta vida. No Deus Quem nos ensina que todos o bens espirituais so dEle? Nossa velha natureza no produz nada alm de espinhos e roseiras bravas. Tudo o que agrada a Deus em um Cristo deve ser chamado de "fruto do Esprito." O Cristo pode produzir bons frutos somente em submisso ao Esprito Santo. Enquanto ns nos rendemos a Ele estas caractersticas so produzidas em nossa vida. Esta verdade ilustrada pelo Salvador em Joo 15:4-5, pois Ele fala de Sua Pessoa como a "videira" e a dos cristos como as "varas". Sem uma unio espiritual com Cristo atravs do Esprito no haveria fluxo de vida para os filhos de Deus. II. A IMPORTNCIA DOS "FRUTOS DO ESPRITO" A importncia dos "frutos do Esprito" na vida de um Cristo pode ser vista comparando-os aos "dons do Esprito". Ambos so produzidos por Deus, contudo est claro que os "frutos do Esprito" so muito mais importantes, como prova da verdadeira espiritualidade. A. Os "dons do Esprito" no oferecem nenhuma prova da salvao, porque em algumas ocasies eles foram praticados at mesmo pelos no salvos - (Balao, Judas). Os "Frutos do Esprito" porm, podem ser produzidos apenas pelas vidas daqueles que so guiados pelo Esprito Santo. B. Os "dons do Esprito" podem ser usados como meio de glorificao pessoal ao invs de edificao. A natureza dos "Frutos do Esprito" previnem-se de abusos de fins egostas (I Cor 12-14). C. Os "dons do Esprito" so soberanamente dispensados por Deus, enquanto que todo Cristo pode produzir os "frutos do Esprito". s vezes dons espirituais so colocados em vidas de orgulhosos e egostas, enquanto que os frutos espirituais somente podem ser produzidos por consagrao Crist e submisso. D. Amor (um Fruto do Esprito) claramente visto como superior aos "dons do Esprito". (I Corntios 12:31-13:13). Os "dons do Esprito" devem ser regulados pelo amor, ou eles no atingiro a sua finalidade determinada, que edificar o povo de Deus. No deve ser interpretado que estamos desprezando os dons espirituais. Eles tm um propsito determinado por Deus. O ponto a ser lembrado que os " frutos do Esprito" revelam nossa relao com Deus e formam nosso carter Cristo. Sem a produo do Esprito de Cristo em ns pela submisso a Deus, tudo o demais tornar-se-ia em vo e nosso testemunho seria intil. III. A NATUREZA DOS "FRUTOS DO ESPRITO" Em Glatas 5:22-23, ns encontramos nove graas que so manifestadas como "frutos do Esprito". A. Amor. O amor um afeto para com Deus e o homem. produzido pelo novo nascimento (I Joo 4:7-8), e descrito por Paulo em I Corntios 13:1-8. Somente quando somos controlados pelo Esprito de Deus podemos verdadeiramente amar. B. Gozo. Esse gozo santo vem por conhecer a Deus e crer em suas promessas. necessrio para o servio cristo (Deuteronmio 28:47; Salmos 51:12-13), e um atributo de cristos cheios do Esprito. C. Paz. Essa uma calma disposio da mente e do corao vinda da certeza de termos sido perdoados e sabermos que Deus pode satisfazer todas as nossas necessidades (Filipenses 4:6-7).
D. Longanimidade. Essa uma caracterstica crist que se caracteriza por no se sentir ofendido ou provocado facilmente. E. Benignidade Esse um esprito amvel e benevolente visto naqueles que caminham com Deus. F. Bondade. Esta uma moral geral e excelente que no tem motivos secundrios. G. F. Toda f verdadeira produzida pelo Esprito de Deus, seja a f salvadora ou a f exercida diariamente nas promessas de Deus quando surgem necessidades ou aflies. H. Mansido. Esta a disposio de conter-se em conseqncia de um reconhecimento de nossa prpria depravao (Mateus 5:45). I. Temperana. Baseia-se no autocontrole e na moderao encontrados naqueles que vivem somente para a glria de Deus. IV. A UNIDADE DOS "FRUTOS DO ESPRITO" O autor lembra-se de ver um questionrio aonde foi perguntado para os cristos quais dos "frutos do Esprito" eram manifestados nas suas vidas. Esta pergunta tem algumas implicaes errneas. Os crentes podem ter um dom espiritual, contudo nunca o caso dos "frutos do Esprito". Cristos cheios do Esprito tero todos os "frutos do Esprito" porque a "mente de Cristo" (Filipenses 2:5) est neles. Assim que eles so controlados pelo Esprito de Deus tornar-se-o como Cristo em todas as reas do seu carter. Pode ser vista a unidade dos "frutos do Esprito" pelo fato de que todos os frutos podem ser includos junto ao primeiro que "amor". Em Romanos 13:8-10, achamos que o amor cumpre a lei. Todos os deveres do homem podem ser includos sob o comando de amar a Deus e o homem. Seria um estudo proveitoso para o estudante da Palavra de Deus meditar na descrio de Paulo sobre o amor em I Corntios 13:1-8. O aluno logo veria que todos os "frutos do Esprito" so manifestados pelo amor. CONCLUSO A proximidade de nossa relao com o Esprito Santo facilmente julgada pela manifestao dos " frutos do Esprito" em nossas vidas. Ou a carne ou o Esprito est formando a base de nosso carter no nosso dia-a-dia.
O ESPRITO SANTO
OS DONS TEMPORRIOS
INTRODUO Os batistas acreditam historicamente que alguns dons espirituais (e ofcios) pertenceram infncia da igreja do Senhor. Esse foi um resultado natural de posicionamento em relao a Bblia. Eles a asseguraram como "nica regra de f e prtica". Esta posio tambm foi defendida por protestantes ortodoxos. Por outro lado o Catolicismo e a maioria dos cultos sempre reivindicaram possuir dons milagrosos. Profetas inspirados, novas revelaes, curas milagrosas e sinais sempre foram ostentados por estes grupos. Em tempos recentes um movimento religioso chamado "renovao carismtica" tem reivindicado que os dons milagrosos esto sendo rerestabelecidos em seu mbito. Este movimento agora interdenominacional e tem experimentado um crescimento tremendo. Quando a nfase moderna para milagres examinada, pensamos que o caminho est sendo preparado para a vinda do Anticristo (II Tessalonicenses 2:8-12). A sua vinda ser durante um tempo de grande nfase aos milagres (Mateus 24:24; 7:22-23). Convm s pessoas de Deus examinar tudo com o holofote da Palavra de Deus. I. OS NOVE DONS TEMPORRIOS. Em I Corntios 12:8-10, ns temos listados nove dons que foram possudos peculiarmente pelas igrejas apostlicas. Estes dons (assim como o oficio de apstolo e profeta) foram temporrio. Nosso plano definir primeiramente estes dons e ento provar que eles no foram dados por Deus como um dom permanente.
A. A palavra de sabedoria. Esta era a habilidade sobrenatural de tomar decises ou no falar baseando-se em estudo ou premeditao, mas pelo trabalho direto do Esprito Santo na mente (Atos 6:8-10, Mateus 10:19-20). [Por que aqueles que reivindicam possuir este presente contratam advogados quando se envolvem em litgio?] B. A palavra de conhecimento. Esta era a habilidade de saber fatos e compreender situaes em virtude de uma revelao direta pelo Esprito Santo (Atos 5:1-10, II Reis 5:25-26). C. O Dom da f. Isto o que ns chamaramos de "f milagrosa" (I Corntios 13:2, Atos 3:1-9). Esta f no era possuda por todos os crentes, mas era soberanamente dada por Deus segundo o Seu querer (I Corntios 12:11). No deve ser confundida com a f salvadora, comum a todos os crentes. D. Dons de cura. Esta era a habilidade de curar vontade (Atos 9:32-35). A cura foi executada como um sinal (Joo 10:38, Atos 4:2930). E. Operar os milagres. Esta era a habilidade de fazer milagres como um sinal ou a confirmao de que a mensagem era de Deus (Hebreus 2:3-4). F. Profecia. Esta era a habilidade de receber e comunicar outras pessoas mensagens ou doutrinas que vinham da revelao direta de Deus. A Bblia foi escrita por profetas. G. Discernir de espritos. Esta era a habilidade de discernir se aqueles que reivindicavam exercitar dons espirituais eram de Deus ou de Satans. As igrejas primitivas no tinham um Novo Testamento completo para examinar os ensinos dos profetas. H. Lnguas. Esta era a habilidade sobrenatural de falar em idiomas que no haviam sido adquiridos atravs de estudo (Atos 2:111). Isso aconteceu como um sinal (I Corntios 14:22). I. Interpretao de lnguas. Esta era a habilidade sobrenatural de interpretar aqueles que falavam em lnguas (I Corntios 14:27). II. FATOS QUE PROVAM A NATUREZA TEMPORRIA DESTES DONS Nesta seo desejamos provar a afirmao de que alguns dons eram temporrios. Dizendo isto, precisa ser entendido que ns no estamos tentando provar que Deus no cura, faz milagres, ou conduz e ilumina o Seu povo. Todo crente regozija-se quando Deus ouve as suas oraes. H uma diferena, porm, entre Deus que cura em resposta a orao e em um homem que tem o dom de cura como um sinal. O que ns estamos afirmando que esses dons que tinham a finalidade de autenticao ou revelao eram temporrios. Deixe-nos olhar agora a algumas das razes e o por qu esta posio realmente verdadeira. A. As igrejas primitivas tinham necessidades especiais. As igrejas apostlicas tiveram algumas necessidades que no so encontradas nas igrejas hoje, muito obviamente. 1. Ela no tinha o Novo Testamento completo, ento teve a necessidade de vrias revelaes divinas. 2. Ela precisava de sinais para autenticar as revelaes recebidas (Hebreus 2:3-4). Nenhuma das razes dadas pelos Pentecostais modernos para nossa suposta necessidade de dons milagrosos so Bblicas. Eles afirmam que estes dons faro da igreja mais espiritual, porm os dons necessariamente no tiveram este efeito na igreja apostlica (Compare I Corntios 1:7 com I Corntios 3:1-3). Eles reivindicam que: como as pessoas de Deus ainda adoecem, ainda precisamos de dons de cura. Isto revela a falta de entender que os dons de cura agiam como um sinal para os incrdulos. Deus ainda cura de acordo com a Sua prpria vontade mas no como um sinal. No h nenhuma razo Bblica para que as igrejas com um completo e totalmente autntico Novo Testamento necessitem destes nove dons milagrosos. B. O testemunho da histria da igreja. A histria da igreja confirma o ensino de que estes dons milagrosos foram limitados a tempos apostlicos (Hebreus 2:3-4). Joo Chrysostom (345-407 A.D.) o famoso pregador de Antioquia dizia em relao a I Corntios captulo 12. Este trecho todo muito obscuro: mas a obscuridade produzida por nossa ignorncia sobre os fatos referidos e por sua cessao, sendo que os que aconteciam j no mais acontecem. Os Pentecostais reivindicam que a carnalidade e a falta de f so os responsveis para que os dons deixem de existir. Isto porm contradiz vrios fatos:
1. A igreja em Corinto era carnal (I Corntios 3:1-3) contudo tive abundncia de dons . 2. Os dons so soberanamente dados por Deus (I Corntios 12:11). Se eles cessaram tratou-se da vontade de Deus que eles cessassem e no porque faltou f nos crentes. 3. Cristo sempre teve igrejas ss e elas teriam recebido estes dons se elas fossem disponveis (Mateus 16:18). C. O testemunho do Apstolo Paulo. Em I Corntios 13:1-13, Paulo est revelando a importncia do amor e a sua superioridade sobre outros dons. Provando a superioridade do amor ele declara algumas verdades interessantes relativas natureza temporria dos dons milagrosos. Vejamos alguns destes fatos. 1. Em I Corntios 13:10, anunciado um princpio bsico. Somos ensinados que o incompleto ser substitudo com a vinda daquilo que perfeito. A revelao incompleta do vs. 10 ser obviamente os dons milagrosos (vs. 9), e ns acreditamos que a Bblia perfeita. Sendo assim o vs. 10 ensina obviamente que o cnon completo do Novo Testamento seria superior e traria o fim dos dons milagrosos. Alguns tentaram evitar esta lgica dizendo "o que perfeito" referindo-se vinda de Cristo. Esta interpretao ser rejeitada pelas seguintes razes: a. "Perfeito" aplicado a um objeto neutro. difcil acreditar que Paulo referira-se a Cristo como um "o que". b. O contexto no est tratando do retorno de Cristo mas diferentes graus para se completar a revelao: (1) Revelao parcial dos dons espirituais (vs. 9) (2) Revelao completa da palavra de Deus (3) A escritura deve ser interpretada de acordo com seu contexto. c. Em Tiago 1:25 a Bblia tida como "perfeita". 2. Em I Corntios 13:11, temos a insinuao de que os dons milagrosos foram para os tempos da infncia da igreja. 3. Em I Corntios 13:8-13, Paulo parece comparar a permanncia relativa da f, esperana e amor com os dons milagrosos. a. O amor nunca falha (vs. 8). Esta uma graa que ns desfrutaremos at mesmo no Cu para sempre. b. A f e a esperana continuam, quando comparadas aos dons milagrosos (vs. 13, 8-10). Lembremo-nos porm que o amor ainda superior a f e a esperana, pois elas sero desnecessrias aps o retorno de Cristo (Romanos 8:24). c. Os dons milagrosos foram temporrios (vs. 8). Eles no sero eternos como o amor e no continuaro at o retorno de Cristo como a f e a esperana. CONCLUSO Uma vez entendido o real propsito dos dons milagrosos o estudante no deveria ter mais problemas para entender a natureza temporria dos dons temporrios. Hoje em dia no h nas igrejas dons que envolvam uma revelao direta de Deus. Igualmente os dons de sinais que serviam para a confirmao de novas revelaes tm cessado. Aqueles que acreditam que estes dons ainda esto em operao no podem dizer: "A Bblia exclusivamente nossa regra de f e prtica". Para eles a Bblia uma revelao em aberto. As igrejas Bblicas acreditam por outro lado que a Bblia a completa revelao de Deus.