Fichamento Do Livro o Corpo Fala

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FICHAMENTO DO LIVRO O CORPO FALA DE PIERRE WEIL E ROLAND TOMPAKOW

(...)trs bichos de estimao que provavelmente vo fazer parte do nosso vocabulrio para o resto da vida. Vamos desafi-los no capitulo seguinte. (p.6) A caracterstica dominante do smbolo fugir da palavra ou frase escrita por extenso. Frase j grupo de smbolo (palavra), por sua vez tambm composta de smbolo (letras) de fugazes vibraes sonoras. E tudo isso sujeito a um cdigo gramatical de origem emprica a lastrada com a inevitvel impresso semntica, especialmente a deteriorao do significado percebido atravs de geraes. (p. 7) O autor discute aqui a questo da importncia da linguagem na vida humana e as suas representaes simblicas mas alerta para as freqentes mudanas no entendimento dos sentidos. Usemos ento um smbolo: podemos comparar o corpo humano a uma esfinge; sim, quela esfinge dos egpcios ou dos assrios. (p. 8) Trata-se de uma importante comparao estabelecida pelo autor: o mistrio que o homem e seu corpo com a esfinge egpcia que composta por quatro animais distintos. A esfinge era composta de quatro partes: CORPO DE BOI, TRAX DE LEO, ASAS DE GUIA E CABEA DE HOMEM. A esfinge um smbolo que se encaixa muito bem na questo da representao humana e de seu comportamento. Como na lio anterior, tambm aqui as pessoas se situam entre os dois extremos. Por um lado, o homem forte do circo se sente na obrigao profissional de exibir-se a todo momento de peito estufado;por um outro lado, observemos aquele franzino motorista particular diante do seu antagonista do caminho que acaba de amarrotar-lhe o carrinho! Tem o seu raro e breve momento de postura de hipertrofia do eu. (p.11) A partir deste ponto o autor inicia a sua leitura das atitudes corporais e que ela pode nos dizer acerca das verdadeiras intenes por trs dos gestos. Observe sempre a atitude da cabea, se quiser perceber a intensidade do domnio intelectual e espiritual daquela mente, naquele instante, aprovando ou rejeitando as emoes e instintos do seu corpo. (p.14) No decorrer do livro se notar que o autor dar nfase a determinadas partes do corpo como fundamentais para a compreenso dos gestos e das intenes por trs das aes humanas.

Voc s no pode se arvorar em professor daquela lngua ainda estranha. Mas pratique alegremente que o resultado certo! Voc j sabe, pelo menos, que no convm tentar, digamos, vender um seguro para aquela senhora enquanto ela no larga a bolsa do colo! (p.18) O entendimento da linguagem corporal fundamental para uma boa convivncia nos relacionamentos humanos e importantssimo para profissionais como o assistente social. No entanto cabe ser cauteloso quanto s interpretaes e pretensamente se colocar como mestre do conhecimento sobre o comportamento humano. A cabea ora, o leitor j tem prtica bastante para reconhecer que concordo tambm. (p.31) Como j foi dito anteriormente o autor d nfase a certas partes do corpo como as mos e a cabea. Cada um preservou o seu eu, na atitude mental (e corporal) desejada, consciente ou no!(p.32) No nvel consciente, transmite um sorriso educado, pois, tambm neste nvel, anseia por afirmar-se (pessoa educada, de classe, sabe fingir aprovao diante dos convivas) (p.33) As pessoas se traem em suas reaes e revelam aes que seu inconsciente est muitas vezes buscando esconder perante as convenes sociais. Essencial prpria filogenia, no nos faltam exemplos de capacidade de discernimento at nas manifestaes mais primitivas da vida. Todos sabem que, pondo-se um feijo para germinar numa caixinha na qual fizemos um orifcio lateral, a plantinha se estender sempre na direo daquela fresta de luz. (p.36) No importa a realidade ou procedncia da pessoa ou sua situao social ou econmica todos tem direito vida e a suas mais diversas manifestaes. Ora, o homem um ser altamente perceptivo e, certamente, percebe os seus semelhantes. Como no haveria de perceber-lhes a diferena entre a atitude favorvel, neutra ou francamente desfavorvel ao seu eu? E de que maneira, seno pela percepo da linguagem do corpo - antes que inventasse as gramticas e os dicionrios. (p.37) O autor estabelece aqui o quanto antiga a percepo dos gestos, da fala corporal e que essa forma de linguagem antecede linguagem formal das gramticas.

Mas facilmente centrada nos elementos mais bvios da esfinge. Isto pode, alis, ter sido intencional por parte dos antigos sacerdotes, por no quererem atrair a ateno- talvez desrespeitosa dos fiis para a SERPENTE URAEUS, que representaria a maior fora do universo: a ENERGIA!(p.45) Alm destes, outras glndulas endcrinas (gnadas, supra-renais, pncreas, tireide e pituitria) so verdadeiros armazns de energia para fins especficos. A glndula - mestra a pituitrio; em ligao direta com o hipotlamo, por sua vez ligado ao crtex, ativa as demais glndulas citadas por meio dos seus chamados hormnios trpicos. (p.47) Aqui aparece mais um smbolo diretamente ligado esfinge e que representa um elemento fundamental para o ser humano: a energia. Elemento fundamental para termos sucesso no mundo moderno em todas as reas de nossas vidas e que precisa ser sempre trabalhado da melhor forma possvel. Ora, nossos desenhos e fotos nem piscam, no ? So registros simplificados; retratos verdadeiros sim, mas preciso descontar essa diferena, ao comparar o retrato do namorado com a prpria!(p.55) muito importante termos discernimento sobre como as pessoas esto se colocando e fundamental que no confundamos as coisas imaginando que temos conhecimento sobre tudo e sobre todos. A cada instante que passa somos algum j um pouco diferente... (p.58) Essa afirmao bastante verdadeira e j era colocada por Herclito, um filsofo grego que afirmava que nunca entramos no mesmo rio duas vezes. Tanto o rio como ns teremos mudado. O conhecimento muito importante nesse processo tanto em relao qualidade como ao nvel dessa mudana. Se um ser humano est interessado em algum ou algo, a inclinao do seu corpo tende a mostrar naturalmente esta sua inclinao emocional. (p.61) Quem de ns no j testemunhou essa reao em festas e outras ocasies sociais? O desejo por uma pessoa facilmente demonstrado atravs deste comportamento. A boca sensvel ao prazer, satisfao, pois o seio materno ou a mamadeira satisfaz os anseios de todo ser humano em sua fase de lactente. (p.63) Um dos sentidos mais importantes o paladar. Atravs dele sabemos o que podemos comer ou no, o que bom ou ruim. No entanto, a boca tambm pode ser utilizada de forma errada nos causando inmeros prejuzos.

Na moa ao alto, de mo estendida palma para cima (atitude pedinte), o desejo sensual pode ser ou no consciente. Na maioria das atitudes que o leitor observar na prtica, ser decerto inconsciente mesmo. (p.71) Procure notar como comum um homem fazer um gesto inconsciente de proteo qualquer sua companheira , quando algum possvel rival se aproxima, e, sobretudo, procure notar esse gesto de proteo no SEU caso, quando em circunstncia idnticas! (p.77) Comentando umas das muitas ilustraes do livro o autor mais uma vez lembra da influncia do inconsciente sobre nossas aes. muito importante que aprendamos a controlar essas aes feitas sem nosso controle j que podem prejudicar nossa imagem social. Os psicanalistas e os cientistas do comportamento nos apontam, no entanto, exemplos mais inesperados: dormir, voltando posio fetal; aninhar-se como uma criana pequena no colo da pessoa amada e, numa das reaes frustrao, fazer amanha (bater o p, xingar, etc.). Mais uma vez a ao do inconsciente est presente em nosso comportamento que muitas vezes pode se revelar regressivo. J disparou a flecha. Houve a ao, j se descontraiu. Em linguagem de corpo, este no repete monotonamente: Meu EU precisa se esforar sempre para alcanar aquele objetivo. (p.83) Existe um ditado que diz que algumas coisas no voltam: a palavra dita, a flecha lanada... Nossos objetivos devem estar sempre voltados para o engrandecimento de nosso EU. No de forma egosta mas de forma que toda a sociedade seja compensada por isso. Canalizamos nosso fluxo de energia no rumo bom. A tenso foi construtiva. Transformou-se numa ao aprovada e seguimos adiante. (p.87) Nossa energia deve ser utilizada da melhor forma possvel de forma que as tenses no sejam vistas somente como stress de ordem negati va que consome tanto nosso eu fsico como psicolgico. Depois, voc, pela sua capacidade de entender intimamente os seus semelhantes, ter adquirido aquela superioridade de quem j sabe ler melhor que os outros. (p.96) O autor acredita que a partir da utilizao desse mtodo pensado por ele, o da observao da linguagem do corpo, podemos nos tornar melhor enquanto pessoas e, logicamente, enquanto profissionais.

(...) a atual linguagem verbal- qualquer que seja o idioma e por mais que se esmerem os tradutores no nos parece funcionar muito bem como instrumento de entendimento entre os homens... (p.104) No entanto, apesar de todo o poder representado pela linguagem corporal e sua utilizao no mundo moderno ela ainda no pde suplantar as deficincias da linguagem formal e ter sua validade reconhecida. Essas ligaes energticas de que do vida aos gestos da linguagem do corpo- como a tudo mais no universo. Peguemos uma molcula de gua (H2o, ou seja, dois tomos de hidrognio e um de oxignio): (p.114) ressaltada aqui a importncia do amor na vida do ser humano enquanto uma forma de ligao importante com o outro e que traz significativas melhorias para a vida das pessoas, tanto no aspecto fsico quanto psicolgico. E as outras horas h, em que a mera invaso de nossas guas territoriais j um aborrecimento dos maiores; queremos . (p.116) Por que essas invases? Porque nossa cultura tem uma caracterstica dominante, to constante que at a podemos chamar de A CULTURA DA LEI DO MAIS FORTE! (P.117) Elemento importante da teoria do autor a questo do territrio, do espao vital do indivduo, necessrio ao seu crescimento e desenvolvimento. O territrio um elemento importantssimo a ser preservado e que no aceita invases de terceiros nem intervenes constante dos outros sendo estas aes entendidas como agresses nossa individualidade. A observao das reaes cinsicas e verbais (em semantemas perfeitamente harmnicos e ntidos) dos donos objetos ser decerto muito instrutivo para o seu estudo dos gestos humanos... (p.121) Como j foi mencionado a observao elemento importante para apreendermos as intenes por trs dos gestos conscientes e inconscientes das pessoas. Para o leitor familiarizado com a psicologia da possvel evoluo do homem, tal como a encara Cuspensky, isto no constitui surpresa. Simplifique-se o conceito ouspenskiano dentro dos parmetros da nossa esfinge, e, por mera estrapolao lgica, a escala surge como exporemos adiante. (p.132) Grandes tericos sustentam e embasam as teorias do autor e assim validam suas teorias sobre a linguagem corporal dando sustentao ao conhecimento por ele produzido.

Pare j na posio em que voc est sem modificar um gesto; agora observe onde est a sua perna direita, a sua perna esquerda, a sua mo direita, esquerda; a posio da sua cabea; a direo do seu olhar; a sua boa est aberta ou fechada; voc est sentado reto ou curvado? .(p.138) No desanime leitor, por no ser um homem consciente completo! Olhe o perigo dos alvos fixos! (p.140) A auto-observao se constitui em outro elemento importante para a compreenso do poder dos gestos e da linguagem corporal. O constante aprimoramento da tcnica leva a um conhecimento cada vez mais detalhado e preciso do que est sendo defendido pelo autor. importante ter um objetivo bastante claro Afirmava ele que, sorrindo. Conseguia-se, quase automaticamente, remover o estado de tristeza. Experimente leitor, experimente! Esse livro no para ele se ler. para se agir! (p.142) Mais uma vez enfatizada a importncia da utilizao prtica desse mtodo, esclarecendo o autor que no se trata de um livro terico somente. Existem mtodos mais sofisticados com fins psicoterpicos, como por exemplo, o training autgeno de Schulz. (p.145) O autor bastante sincero e coloca que existem muitos outros mtodos que podem ser utilizados para o aprimoramento pessoal e para o crescimento do entendimento das pessoas e seu comportamento. Ento o corpo fala com a boca torta- como algum comunicando- se oralmente, mas de boca traumatizada que exata analogia do que realmente aconteceu! (p.148) Ajudar o leitor, atravs de melhores comunicaes, a aproximar-se cada vez mais desse ideal nunca alcanado que a sua prpria unidade e a unidade interpessoal foi o objetivo ltimo desse livro. (p. 151) Por fim o autor faz uma considerao importante sobre a importncia de seu trabalho na construo de individualidades e coletividades mais slidas de forma que novos paradigmas da comunicao possam tambm fazer parte da interao humana e de uma sociedade cada vez mais democrtica.

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