CB-03 ABNT Passo e Toque

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ABNT/CB-03 PROJETO 03:102.

01-006 OUTUBRO/2008

Medio de resistncia de aterramento e de potenciais na superfcie do solo em sistemas de aterramento


APRESENTAO
1) Este 1 Projeto foi elaborado pela CE-03:102.01 Comisso de Estudo de Aterramento do ABNT/CB-03 Comit Brasileiro de Eletricidade, nas reunies de:

16.09.2004 09.12.2004 30.06.2005 27.10.2005 05.03.2006 04.10.2006 02.02.2007 02.06.2007 05.10.2007 14.03.2008

23.09.2004 24.02.2005 25.08.2005 02.12.2005 14.06.2006 31.10.2006 13.04.2007 06.07.2007 09.11.2007 11.04.2008

18.11.2004 05.05.2005 29.09.2005 12.04.2006 02.08.2006 04.12.2006 04.05.2007 31.08.2007 07.12.2007 09.05.2008

2) No tem valor normativo; 3) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta informao em seus comentrios, com documentao comprobatria; 4) Tomaram parte na elaborao deste Projeto:

Participante Autnomo

Representante Armindo F. Cadihe Carlos Magno Camargo Ivo Eleutrio Bonatti Jos Mak Paulo Jarussi J. Brito

ABRADEE

Carlos Alberto Ribeiro de Avellar

NO TEM VALOR NORMATIVO

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Participante AES Eletropaulo AES SUL B&M Pesquisa e Desenvolvimento Ltda Bandeirante Energia CHESF Claro Telefonia Celular Coli Engenharia Consultor COPEL CPE Engenharia Ltda. CPFL

Representante Sergio L. Caparoz Ithamar Sene Jr. Renato Oling Flavio Faria Ewaldo C.Nogueira Antnio Varejo de Godoy Carlos Henrique Pessin Paulo Csar A. Coli Pedro S. Sumodjo Rosane Maris Ribas Romildo Leite Sales Fumio Nakagawa Alexandre Nogueira Aleixo Pedro Vallone

CTEEP

Sebastio Bonaf Jr. Ricardo Jacobsen Shiguematsu Nosaki Valmir Ziolkowski

Elektro

Wilson Hirakawa Laudemir Carit Emerson R. Furlaneto Vinicius M. Benichio

Eletro-Estudos Engenharia

Paulo Edmundo da Fonseca Freire Dalvir Maquerievki

Eletrosul

Lucio Volnei Galvani Oquigibson Lima Costa

Encontre Engenharia Ltda Enersul Enertec Erico

Dulio Moreira Leite Gerson de Almeida Costa Nonato Antonio de Pdua Ribeiro Srgio R. Oliveira Marcelo Logli

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Participante Fastweld FPTE Fund. Pta. de Tecnologia e Educao

Representante Rinaldo Junior Botelho Nemer Paschoal Fioravante Jr. Juliano Munhoz Beltani Jos Roberto T. Correa

FURNAS

Luiz Carlos da Rocha Santos Arion Barros

Galeno Enhgenharia Consult.Treinamento Gilco Proteo Eltrica Grupo REDE Guismo Engenharia IPT

Galeno Lemos Gomes Igidio Castro Ivan Nord Jobson Modena Mario Leite Luis Ricardo Alfaro Gamboa

Lactec

Renata Jacyszyn Bachega Jos Maurlio da Silva

Masuki Engenharia Megabrs MiOmega Officina de Mydia PEA USP Proelco Projetar Engenharia QUEMC Reis Miranda Engenharia Sota Consultoria e Projetos SC Ltda STS Engenharia UFMG

Luiz Masuki Luis Alberto Pettoruti Manuel Jaime Leibovich Joo G. Cunha Carlos Moreira Leite Jos Roberto Cardoso Antnio Roberto Panicali Gilberto Falcoski Roberto Menna Barreto Armando Pereira Reis Miranda Carlos Alberto Sotille Andr Lima Rodrigues Srgio T. Sobral Silvrio Visacro Filho

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Medio de resistncia de aterramento e de potenciais na superfcie do solo em sistemas de aterramento


Ground resistance and soil surface voltages measurements in earthing systems
Palavras-chave: Aterramento. Potencial. Superfcie. Solo. Medio. Resistncia. Descriptors: Earthing. Grounding. Potential. Surface. Soil. Measurement. Resistance.

Sumrio
1 Escopo 2 2 Referncias normativas 2 3 Termos e definies 3 4 Geral 5 5 Segurana 6 5.1 Durante as medies 6 5.2 Dos equipamentos utilizados 6 6 Medio de resistncia de aterramento 7 6.1 Mtodo da queda de potencial 7 6.2 Mtodo da queda de potencial com injeo de alta corrente 13 7 Medio de potenciais na superfcie do solo 17 7.1 Princpio 17 7.2 Circuito de corrente 17 7.3 Circuito de potencial 17 7.4 Medio da tenso de toque 17 7.5 Medio da tenso de passo 18 7.6 Fonte de injeo de corrente 19 7.7 Comentrios e observaes adicionais para a execuo das medies em subestaes 20 7.8 Correo dos valores de tenso medidos 20 7.9 Determinao das resistncias de contato p-brita (ou solo) 21 8 Medies em instalaes energizadas 23 8.1 Condies de segurana em instalaes energizadas 23 8.2 Condies especficas para realizao de medies em instalaes energizadas 23 8.3 Mtodos adequados medio de aterramento de instalaes energizadas 25 Anexo A (normativo) Mtodo sncrono freqncia industrial 26 Anexo B (normativo) Compensao capacitiva 28 Anexo C (normativo) Especificaes dos equipamentos para a medio de resistncia de aterramento para sistemas eltricos de baixa tenso (at 1 000 V em c.a. e 1 500 V em c.c.) 30 Anexo D (normativo) Mtodo do abatimento 35 Anexo E (informativo) Terrmetro alicate 37 Anexo F (informativo) Mtodo de medio com injeo de corrente com ampermetro e voltmetro e insero de wattmetro adicional 40 Anexo G (informativo) Mtodos alternativos de medio de resistncia de aterramento e potenciais no solo em instalaes energizadas 48
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Prefcio
A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) o Foro Nacional de Normalizao. As Normas Brasileiras, cujo contedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizao Setorial (ABNT/ONS) e das Comisses de Estudo Especiais (ABNT/CEE), so elaboradas por Comisses de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratrios e outros). Os Documentos Tcnicos ABNT so elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2. Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no mbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Nacional entre os associados da ABNT e demais interessados O Escopo desta Norma Brasileira em ingls o seguinte.

Scope
1.1 This standard establishes the criteria and methods for measuring the ground resistance and the soil surface voltages in earthing systems. It defines the general characteristics of equipment that can be used for those measurements and the criteria for evaluating the results. 1.2 This standard also prescribes precautions to be taken for the safety of the personnel involved.

Escopo

1.1 Esta Norma estabelece os critrios e mtodos de medio de resistncia de sistemas de aterramento e de potenciais na superfcie do solo, define as caractersticas gerais dos equipamentos que podem ser utilizados nas medies e os conceitos para avaliao dos resultados. 1.2 Esta Norma prescreve tambm os cuidados que devem ser tomados quanto segurana do pessoal envolvido. Scope 1.1 This standard establishes the criteria and methods for measuring the ground resistance and the soil surface voltages in earthing systems. It defines the general characteristics of equipment that can be used for those measurements and the criteria for evaluating the results. 1.2 This standard also prescribes precautions to be taken for the safety of the personnel involved.

Referncias normativas

Os documentos relacionados a seguir so indispensveis aplicao deste Documento Tcnico ABNT. Para referncias datadas, aplicam-se somente as edies citadas. Para referncias no datadas, aplicam-se as edies mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 5410, Instalaes eltricas de baixa tenso ABNT NBR 5456, Eletricidade geral Terminologia ABNT NBR 5460, Sistemas eltricos de potncia Terminologia IEC 61010-1, Safety requirements for electrical equipment for measurement, control, and laboratory use - Part 1: General requirements NO TEM VALOR NORMATIVO 2/55

ABNT/CB-03 PROJETO 03:102.01-006 OUTUBRO/2008 IEC 61557-1, Electrical safety in low voltage distribution systems up to 1 000 V a.c. and 1 500 V d.c. - Equipment for testing, measuring or monitoring of protective measures - Part 1: General requirements IEC 61557-5, Electrical Safety in Low Voltage Distribution Systems up to 1 000 V a.c. and 1 500 V d.c. - Equipment for testing, measuring or monitoring of protective measures - Part 5: Resistance to earth

Termos e definies

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definies da ABNT NBR 5456 e ABNT NBR 5460 e os seguintes. 3.1 aterramento ligao intencional de parte eletricamente condutiva terra, atravs de um sistema de aterramento

3.2 condutor de aterramento rabicho condutor ou elemento metlico que no estando em contato com o solo faz a ligao eltrica entre uma parte de uma instalao que deve ser aterrada e o eletrodo de aterramento

3.3 corrente de interferncia (no processo de medio de resistncia de aterramento e de resistividade do solo) qualquer corrente estranha ao processo de medio capaz de influenciar seus resultados

3.4 eletrodo de aterramento condutor enterrado no solo, eletricamente ligado a ele, ou condutor embutido em concreto que, por sua vez, est em contato com o solo atravs de uma grande rea

3.5 eletrodo natural de aterramento elemento condutor ligado diretamente a terra cuja finalidade original no de aterramento, mas que se comporta naturalmente como eletrodo de aterramento

3.6 malha de aterramento conjunto de condutores nus, interligados e enterrados no solo

3.7 potenciais perigosos potenciais que podem provocar danos quando aplicados ao elemento tomado como referncia

3.8 potencial transferido valor do potencial transferido para um ponto remoto de um dado sistema de aterramento

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ABNT/CB-03 PROJETO 03:102.01-006 OUTUBRO/2008 3.9 resistncia de aterramento de um eletrodo relao da tenso medida entre o eletrodo e o terra remoto e a corrente injetada no eletrodo

3.10 resistividade aparente do solo resistividade vista por um sistema de aterramento qualquer, em um solo com caracterstica de resistividade homognea ou estratificado em camada, cujo valor utilizado para o clculo da resistncia de aterramento desse sistema

3.11 resistividade eltrica do solo resistividade do solo resistncia entre faces opostas do volume de solo, consistindo de um cubo homogneo e istropo cuja aresta mede uma unidade de comprimento

3.12 resistividade mdia do solo a uma dada profundidade valor de resistividade resultante da avaliao das condies locais e do tratamento estatstico dos resultados de diversas medies de resistividade do solo para aquela profundidade, efetuada numa determinada rea ou local, e que possa ser considerado como representativo das caractersticas eltricas do solo

3.13 sistema de aterramento conjunto de todos os eletrodos e condutores de aterramento, interligados ou no entre si, assim como partes metlicas que atuam direta ou indiretamente com a funo de aterramento, tais como: torres e prticos, armaduras de edificaes, capas metlicas de cabos, tubulaes e similares

3.14 tenso de passo diferena de potencial entre dois pontos da superfcie do solo separados pela distncia de um passo de uma pessoa, considerado igual a 1,0 m

3.15 tenso de toque diferena de potencial entre uma estrutura metlica aterrada e um ponto da superfcie do solo separado por uma distncia horizontal equivalente ao alcance normal do brao de uma pessoa. Por definio considera-se esta distncia igual a 1,0 m

3.16 tenso mxima do sistema de aterramento tenso mxima que um sistema de aterramento pode atingir relativamente ao terra de referncia, quando da ocorrncia de injeo de corrente para o solo

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ABNT/CB-03 PROJETO 03:102.01-006 OUTUBRO/2008 3.17 terra de referncia ou ponto remoto regio do solo suficientemente afastada da zona de influncia de um eletrodo ou sistema de aterramento, tal que a diferena de potencial entre dois quaisquer de seus pontos, devido corrente que circula pelo eletrodo para a terra, seja desprezvel. uma superfcie praticamente equipotencial que se considera como zero para referncia de tenses eltricas

Geral

4.1 Quando da ocorrncia de uma falta para terra numa instalao, as correntes dispersas pelo sistema de aterramento provocam o surgimento de diferenas de potencial entre: a) b)
c)

pontos da superfcie do solo (tenso de passo); partes metlicas aterradas da instalao e o solo (tenso de toque) - caso de estruturas suportes, carcaas de equipamentos e outros; circuitos que, de alguma forma estejam ligados ao sistema de aterramento e pontos distantes da superfcie do solo ou outros sistemas de aterramento afastados (por potencial transferido), de modo geral. o caso dos circuitos de controle e comunicao, cabos pra-raios, blindagem de cabos de potncia, e outros conforme Figura 1.

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Legenda

Ie Ve ET EP

Corrente de ensaio (A) Elevao de potencial da malha de aterramento (V) Tenso de toque (V) Tenses de passo (V) Profundidade da malha de aterramento (m)

Figura 1 Tenses que podem aparecer em uma instalao

4.2 A medio no campo o procedimento mais eficaz para verificao dos valores da resistncia hmica do eletrodo de aterramento e dos valores dos potenciais de passo e toque calculados em projeto, para determinao de valores com finalidade de pesquisa, verificao de nveis de segurana em instalaes antigas, ou ainda, em ensaios de comissionamento de instalaes novas. Assim, a resistncia do eletrodo de aterramento e os potenciais na superfcie do solo de uma instalao so grandezas a serem medidas, visando basicamente: a) b) c) d) verificar a eficcia do eletrodo ou do sistema de aterramento; definir alteraes para um sistema de aterramento existente; detectar possveis tenses de toque e passo perigosos; determinar a elevao de potencial do sistema de aterramento em relao ao terra de referncia, objetivando garantir a proteo do pessoal que mantenham ou no contato com as instalaes, circuitos de comunicao, controle e outros.

NOTA Nesta Norma dois mtodos de medio so apresentados: mtodo da queda de potencial e mtodo da queda de potencial com injeo de alta corrente.

Segurana

5.1 Durante as medies


Devem ser tomadas medidas de segurana relativas a potenciais perigosos que possam ocorrer nas proximidades de sistemas de aterramento ou em estruturas condutoras aterradas. Como medidas de segurana, recomendamse: a) b) c) utilizar calados e luvas com nvel de isolamento compatvel com os valores mximos de tenso que possam ocorrer no sistema sob medio; evitar a realizao de medies sob condies atmosfricas adversas, tendo em vista a possibilidade de ocorrncia de descargas atmosfricas; evitar que pessoas estranhas ao servio e animais se aproximem dos eletrodos utilizados na medio.

5.2 Dos equipamentos utilizados


No Anexo C, em C.3.5 e C.4 esto especificados os requisitos aplicveis aos aparelhos destinados a medir a resistncia de aterramento utilizando uma tenso de c.a. As limitaes de tenso e/ou corrente estabelecidas garantem a segurana dos operadores durante a medio sem exigncias adicionais.

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ABNT/CB-03 PROJETO 03:102.01-006 OUTUBRO/2008 A utilizao de equipamentos de medio em desacordo com os requisitos do Anexo C torna necessria a adoo de medidas de segurana adicionais, tais como as utilizadas para trabalhos em reas energizadas.

Medio de resistncia de aterramento

6.1 Mtodo da queda de potencial


6.1.1 Princpio

O mtodo da queda de potencial recomendado para medio de resistncia de aterramento atravs de equipamento especfico (terrmetro). O mtodo da queda de potencial consiste basicamente em fazer circular uma corrente atravs da malha de aterramento sob ensaio por intermdio de um eletrodo auxiliar de corrente, e medir a tenso entre a malha de aterramento e o terra de referncia (terra remoto) por meio de uma sonda ou eletrodo auxiliar de potencial, conforme indicado na Figura 2.

Legenda

Corrente de ensaio Borne para a sonda ou eletrodo auxiliar de potencial Borne para o eletrodo auxiliar de corrente Borne para a malha de aterramento sob medio

S
H E

Figura 2 Mtodo da queda de potencial 6.1.2 Circuito de corrente

O eletrodo de corrente constitudo de uma ou mais hastes metlicas interligadas e cravadas firmemente no solo, a fim de garantir a menor resistncia de aterramento do conjunto. No Anexo C, em C.3.3 indica-se o mximo valor que um terrmetro deve admitir para a resistncia de eletrodo auxiliar de corrente. 6.1.3 Circuito de potencial

O eletrodo de potencial constitudo de uma ou mais hastes metlicas interligadas e cravadas firmemente no solo, a fim de garantir a menor resistncia de aterramento deste eletrodo. No Anexo C em C.3.3 indica-se o mximo valor que um terrmetro deve admitir para a resistncia de eletrodo auxiliar de potencial.

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ABNT/CB-03 PROJETO 03:102.01-006 OUTUBRO/2008 6.1.4 Procedimento

No processo de medio, o eletrodo de potencial, deve ser deslocado ao longo de uma direo pr-definida, a partir da periferia do sistema de aterramento sob ensaio, em intervalos regulares de medio igual a 5 % da distncia d (Figura 1). Fazendo-se a leitura do valor da resistncia em cada posio, obtm-se a curva de resistncia em funo da distncia conforme indicado na Figura 3.

Figura 3 Curva caracterstica da resistncia de aterramento

6.1.5

Levantamento de curvas tpicas de resistncia de aterramento

6.1.5.1 Fazendo-se um grfico da resistncia medida em funo da distncia do eletrodo de potencial S em relao ao sistema de aterramento sob ensaio E , obtm-se, conforme o caso, uma das curvas indicadas na Figura 4 6.1.5.2 Da anlise da Figura 3 pode-se concluir que:

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ABNT/CB-03 PROJETO 03:102.01-006 OUTUBRO/2008 a) se o deslocamento do eletrodo de potencial S for coincidente com a direo e sentido do eletrodo de corrente H , e este ltimo estiver a uma distncia satisfatria, maior que a zona de influncia do sistema ensaiado E , obtida uma curva semelhante curva "a"; se o deslocamento do eletrodo de potencial S for coincidente com a direo e sentido do eletrodo de corrente H e este ltimo estiver a uma distncia insuficiente, menor que a zona de influncia do sistema ensaiado E obtida uma curva semelhante curva "b"; se o eletrodo de potencial S se deslocar na mesma direo e em sentido contrrio ao eletrodo H , para o outro lado do sistema sob ensaio E , partindo do princpio que o espaamento entre H e E seja satisfatrio, obtida uma curva semelhante curva "c".

b)

c)

6.1.5.3 O trecho horizontal (patamar) das curvas "a" e "c" da Figura 4 representa o valor da resistncia de aterramento do sistema sob ensaio. Do ponto de vista prtico, pode-se considerar que o trecho horizontal (patamar) atingido quando, obedecido o disposto em 6.1.5: a) b) nas medies reais, de modo geral, a curva resistncia funo da distncia levantada at que se obtenha o trecho horizontal da curva da resistncia em funo da distncia; teoricamente o valor da resistncia de aterramento obtido com o eletrodo de potencial S se deslocando em sentido contrrio ao eletrodo H ligeiramente menor que o real, conforme indica a Figura 4.

Legenda

X Y Z

rea de influncia do sistema de aterramento sob medio E Terra remoto rea de influncia do eletrodo auxiliar de corrente H Resistncia de aterramento do sistema sob medio (valor verdadeiro da resistncia de aterramento do sistema E ) Curvas de resistncia de aterramento em funo do espaamento e posio relativa dos eletrodos auxiliares de potencial e de corrente

Rv

a , b, c

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ABNT/CB-03 PROJETO 03:102.01-006 OUTUBRO/2008 Figura 4 Curvas tpicas de resistncia de aterramento em funo das posies relativas dos eletrodos auxiliares de potencial e de corrente 6.1.5.4 Para a verificao do trecho horizontal (patamar) da curva quando da aplicao do mtodo da queda de potencial, o mtodo da queda de potencial o eletrodo de corrente H deve estar a uma distncia d da periferia do sistema de aterramento sob ensaio E de pelo menos trs vezes a maior diagonal d deste sistema (Figura 3). No entanto, devem ser feitas verificaes, mudando a posio do eletrodo de potencial S 5 % de d para a direita S1 e para esquerda S 2 da posio inicial S , para garantir que as medies esto sendo executadas sem sobreposio das reas de influncia do sistema de aterramento sob ensaio e o eletrodo de corrente. No h sobreposio entre as reas de influncia se a porcentagem entre a diferena dos valores medidos com o eletrodo de potencial em S1 e S 2 e o valor medido em S , no ultrapassar 10 %. 6.1.6 Interferncias de elementos metlicos enterrados

A localizao do eletrodo de corrente H deve ser tal que ao longo do caminhamento at o sistema de aterramento E no existam condutores eltricos enterrados como, por exemplo, tubulaes, contrapesos contnuos de linhas de transmisso etc., a fim de evitar erros nos valores medidos.

6.1.7

Sentido de movimentao do eletrodo de potencial S

6.1.7.1 A Seo 6.1.5.2 comenta, de maneira sumria, os resultados obtidos com a movimentao do eletrodo de potencial S em dois sentidos: no mesmo sentido do eletrodo de corrente H ou em sentido contrrio. 6.1.7.2 Cabe salientar que ambos os procedimentos tm vantagens e desvantagens.

6.1.7.3 Teoricamente, o deslocamento do eletrodo potencial S no mesmo sentido do eletrodo de corrente H apresenta, para um determinado ponto S n , o valor verdadeiro da resistncia do sistema de aterramento sob ensaio. Para um solo homogneo, sistemas de aterramento pequenos e afastamento d adequado entre H e E , este ponto dista de E , 61,8 % da distncia d . 6.1.7.4 Para solos no homogneos e/ou sistemas de aterramento complexos, torna-se muito difcil determinar a localizao adequada de S n . Em carter ilustrativo, a Figura 5 apresenta para sistemas de aterramento pequenos (que possam ser representados, para fins tericos, como um eletrodo hemisfrico), um grfico relacionando p/d (em valores percentuais) com h/d (sendo h a profundidade da primeira camada do solo no homogneo), para diversos valores do coeficiente de reflexo K , dado por:

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2 1 2 + 1

K=

[1]

Figura 5 Posio do eletrodo auxiliar de potencial para um solo de duas camadas

6.1.7.5 Outra vantagem do deslocamento supracitado que, caso o eletrodo de corrente H no esteja suficientemente afastado de E , tal fato pode ser constatado durante as medies, uma vez que, conforme j comentado, a curva resistncia em funo da distncia no apresentar o patamar tpico. 6.1.7.6 De acordo com o comentrio feito em 6.1.5.2-c), a movimentao do eletrodo de potencial S em sentido contrrio ao eletrodo de corrente H apresenta, teoricamente, valor de resistncia inferior ao verdadeiro, que denominado de limite inferior da resistncia real. Entretanto, considerando-se o papel do valor da resistncia dentro dos procedimentos globais de anlise dos sistemas de aterramento, a aproximao obtida , de modo geral, perfeitamente aceitvel, desde que H esteja adequadamente afastado de E. A grande vantagem deste procedimento a minimizao dos efeitos de acoplamento entre os circuitos de corrente e potencial. Em muitas situaes, a nica alternativa prtica vivel dentro do mtodo da queda de potencial. Para sistemas de aterramento de grandes dimenses, este procedimento no recomendado. 6.1.7.7 As medies devem ser executadas com os eletrodos de corrente e potencial alinhados e na mesma direo e sentido, caso contrrio erros podem ser introduzidos. 6.1.8 Acoplamento entre os cabos dos circuitos de corrente e potencial

6.1.8.1 O efeito do acoplamento entre os cabos de interligao dos circuitos de corrente e potencial torna-se um fator importante nas medies de resistncia de aterramento com valores muito baixos, particularmente envolvendo sistemas de aterramento de grande porte os quais exigem grandes comprimentos de cabos para a realizao das medies.

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ABNT/CB-03 PROJETO 03:102.01-006 OUTUBRO/2008 6.1.8.2 Considerando-se que, na faixa de 60 Hz, o acoplamento indutivo entre dois cabos lanados paralelamente, pode ser to alto quanto 0,1 /100 m, os erros cometidos nas medies podem ser considerveis. 6.1.8.3 Outro aspecto que o acoplamento pode provocar um crescimento na curva de resistncia de aterramento versus distncia, na regio onde ela deveria ter uma inclinao zero, dificultando a interpretao dos resultados. 6.1.8.4 a) b) c) Como regra prtica, os problemas de acoplamento usualmente so:

desprezveis nas medies de resistncias de aterramento acima de 10 ; importante nas medies de resistncias de aterramento abaixo de 1,0 ; passveis de anlise, em cada caso, nas medies envolvendo resistncias entre 1,0 e 10 .

NOTA O procedimento usual para evitar (ou minimizar) os efeitos do acoplamento entre os condutores de interligao afastar fisicamente os dois circuitos.

6.1.9

Aumento da corrente de ensaio

6.1.9.1 A maneira mais simples de aumentar as correntes de ensaio reduzir a resistncia de aterramento do eletrodo de corrente (uma vez que a tenso j est determinada pelas caractersticas do instrumento de medio). Isto pode ser feito aumentando-se o nmero de hastes em paralelo, ou utilizando-se hastes de maior comprimento e/ou diminuindo-se a resistividade do ponto de instalao do eletrodo auxiliar de corrente. 6.1.9.2 Para garantia da exatido das leituras, o valor mximo admissvel da resistncia de aterramento de cada eletrodo auxiliar usualmente especificado pelos fabricantes dos instrumentos de medio. 6.1.9.3 A resistncia de aterramento do eletrodo de corrente usualmente deve ser inferior a 500 . Como regra prtica, a relao entre a resistncia de aterramento do eletrodo de corrente e a resistncia do sistema de aterramento sob ensaio no deve exceder 1 000:1, sendo preferveis relaes abaixo de 100:1.

6.1.10 Correntes parasitas 6.1.10.1 Potenciais galvnicos, polarizao e correntes contnuas parasitas podem interferir seriamente nas medies feitas com instrumentos de corrente contnua. De modo geral, os instrumentos usados operam em corrente alternada (no necessariamente senoidal). 6.1.10.2 Correntes alternadas parasitas, circulando no solo, no sistema de aterramento sob ensaio ou nos circuitos de ensaio, tambm podem interferir. O procedimento mais comum para minimizar o problema realizar os ensaios com uma freqncia diferente das correntes parasitas presentes. Instrumentos que permitem variar a freqncia da tenso aplicada so particularmente adequados para o caso. A utilizao de filtros e/ou instrumentos de banda estreita so tambm alternativas viveis. Para os instrumentos que utilizam uma corrente de freqncia superior industrial recomenda-se, alm de utilizar filtro de banda e do sistema de retificao sincrnica, que cumpram com a equao abaixo:
F=

(2n + 1) f
2

[2]

onde
F a freqncia do instrumento, expressa em hertz (Hz);

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f a freqncia industrial, expressa em hertz (Hz);

n nmero inteiro. O Anexo C, em C.3.3 determina qual o valor mximo de tenso espria, provocada por corrente parasita, mnimo admissvel para um medidor de resistncia de aterramento sem provocar erro. 6.1.11 Limitaes na aplicao do mtodo da queda de potencial 6.1.11.1 Em determinadas situaes torna-se muito difcil ou mesmo impossvel a aplicao do mtodo da queda de potencial conforme descrito anteriormente. Entre estas situaes, destacam-se as seguintes: a) instalaes urbanas em regies densamente povoadas: em regies densamente povoadas, freqentemente impossvel lanar os circuitos de corrente e potencial nas distncias necessrias para se fazer uma medio confivel; b) sistemas de aterramento de grandes dimenses: A medio da resistncia de aterramento de sistemas de grande porte apresenta vrias dificuldades. A mais evidente a necessidade de se estender os circuitos de corrente e potencial distncias muito grandes, as vezes de vrios quilmetros, o que dificulta enormemente a medio. Outro aspecto importante que estes sistemas apresentam, usualmente, resistncias de aterramento muito baixas (inferiores a 1,0 ). Nestes casos, a incerteza quanto aos resultados obtidos em decorrncia de vrios fatores (acoplamento, impedncias de circuito de ensaio, sensibilidade do instrumento e outros) pode ser aprecivel; Alm disso, em sistemas de aterramento de grandes dimenses, a reatncia pode ser significativa quando comparada com a resistncia e, neste caso mais adequado analisar a impedncia (que funo da freqncia) cuja medio deveria ser feita injetando-se correntes com freqncias prximas de 60 Hz. 6.1.11.2 Nos casos de subestaes onde so evidentes as limitaes apresentadas nas alneas 6.1.11.1-a) e 6.1.11.1-b), existe a alternativa de se utilizar como circuito de corrente, uma linha de transmisso desenergizada que chegue instalao e como circuito de potencial, um circuito de comunicao (por exemplo: telefnico), ou mesmo uma linha de transmisso cuja rota seja afastada do circuito de corrente. 6.1.11.3 A utilizao de instrumento em alta freqncia entre 20 kHz e 30 kHz permite a obteno de patamares em menores distncias em comparao com as distncias obtidas com freqncias prximas industrial. 6.1.11.4 Entretanto, tais solues so muito mais adequadas ao mtodo de injeo de alta corrente, descrito em 6.2. Tal mtodo, em funo dos nveis bem mais elevados de corrente injetada no sistema de aterramento, associado procedimentos para correo dos resultados, pode propiciar medies bastante confiveis, superando as limitaes inerentes ao mtodo da queda de potencial.

6.2 Mtodo da queda de potencial com injeo de alta corrente


6.2.1 Princpio

O mtodo consiste em circular uma alta corrente entre o sistema de aterramento sob ensaio e o solo, atravs de um eletrodo auxiliar de corrente, medindo-se os potenciais na superfcie do solo, obtendo-se a resistncia de aterramento. O mtodo de injeo de alta corrente recomendado para a medio dos potenciais na superfcie do solo, bem como da resistncia de um sistema de aterramento particular ou impedncia de um sistema de aterramento global (envolvendo subestaes com cabos pra-raios das linhas de transmisso, neutro de alimentadores e outros).

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ABNT/CB-03 PROJETO 03:102.01-006 OUTUBRO/2008 Havendo limitaes importantes na aplicao do mtodo da queda de potencial com baixas correntes, a injeo de alta corrente consiste em alternativa confivel para a determinao da resistncia ou impedncia de sistemas de aterramento. 6.2.2 Circuito de corrente

O eletrodo de corrente, de modo geral, consiste numa torre, um trecho de uma linha de transmisso, numa malha de aterramento de subestao adjacente, ou malha de aterramento auxiliar construda especificamente para este fim. Para no limitar demasiadamente a corrente injetada, o eletrodo de corrente deve ter uma resistncia baixa, de valor compatvel com o sistema de medio. Para se evitar a superposio entre as regies de influncia, a conexo do circuito de corrente com o eletrodo de corrente deve estar a uma distncia mnima superior a cinco vezes a maior dimenso do sistema de aterramento sob ensaio; observa-se que esta distncia funo da configurao do sistema de aterramento, do sistema eltrico e do tipo de solo. O procedimento usual utilizar como circuito de corrente as fases de uma linha de transmisso desenergizada pertencente instalao sob ensaio, ligando-as estrutura (simulando um curtocircuito) a uma distncia adequada do sistema de aterramento, conforme indicado na Figura A.1. 6.2.3 Circuito de potencial

O eletrodo do potencial consiste de uma haste metlica cravada firmemente no solo. No processo de medio, o eletrodo de potencial S deve ser deslocado radialmente, a partir da periferia do sistema de aterramento sob ensaio E , fazendo-se a leitura da tenso entre S e E com um voltmetro de alta impedncia de entrada. Tendo em vista a caracterstica fsica do eletrodo de corrente (usualmente, uma LT desenergizada), o eletrodo de potencial deve-se deslocar numa direo que faa um ngulo entre 90 e 180 em relao direo do eletrodo de corrente, para evitar possveis acoplamentos entre os dois circuitos. A resistncia do sistema de aterramento sob ensaio E :
R= V I

[3]

onde
V a tenso medida, expressa em volts (V); I a corrente total injetada no sistema de aterramento sob ensaio E , expressa em ampres (A);
NOTA Para efeito da medio da resistncia de aterramento, quanto maior a corrente injetada, maior a confiabilidade dos valores obtidos, devido menor influncia relativa das correntes de interferncia. Entretanto, alm das possveis limitaes da fonte de injeo de corrente, existem os problemas relativos segurana do pessoal envolvido nas medies.

6.2.4

Medies em sistemas de aterramento interligados

6.2.4.1 Conforme j dito anteriormente, os ensaios de injeo de corrente se aplicam especialmente s malhas de aterramento de subestaes, usinas e outros. Nestes casos, por razes prticas, de modo geral, a corrente injetada exclusivamente entre a malha e o eletrodo de corrente auxiliar, desconectando-se daquela, todos os caminhos alternativos de retomo. Entretanto, muitas vezes h interesse em se verificar o comportamento do sistema de aterramento como um todo, envolvendo no s a malha, como tambm os cabos pra-raios, de linha de transmisso, neutros de alimentadores, blindagem de cabos de potncia isolados e outros que por ventura a ela estejam ligados em condies operativas normais.

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ABNT/CB-03 PROJETO 03:102.01-006 OUTUBRO/2008 A nica maneira direta de se fazer esta verificao realizar os ensaios de injeo de alta corrente com todos os caminhos de retorno ligados malha, conforme indicado na Figura 6, selecionando-se uma linha de transmisso como circuito de corrente.
NOTA No caso de se ter vrias linhas de transmisso saindo da subestao, a rigor, a simulao de curto-circuito (circuito de corrente) deveria ser feita em cada uma delas, verificando a influncia do acoplamento da LT com as correntes de retorno pelo solo, na distribuio de corrente pelos condutores da malha e, portanto, nos potenciais na superfcie do solo. Contudo, devido s dificuldades inerentes, tal procedimento raramente utilizado.

Figura 6 Mtodo de injeo de grandes correntes

6.2.4.2 As correntes retomando pelos diversos caminhos do sistema de aterramento interligados (pra-raios de LT's, neutros de alimentadores e outros) podem ser determinadas diretamente atravs de ampermetros para corrente eficaz. Entretanto a corrente que retoma pela malha no pode ser determinada diretamente. Um procedimento aplicvel instalar um circuito de medio diferencial atravs de transformadores de corrente (TC's) nos diversos caminhos de retomo, conforme indicado na Figura 7.
NOTA Devido s grandes reas abrangidas pelos sistemas de aterramento interligados pode ser necessria a utilizao de uma das fases da linha de transmisso como circuito de potencial.

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Legenda

Ie IM

Corrente de ensaio (A) Corrente de malha (A)

I A , I B Correntes pelos cabos pra-raios (A) RSE


Resistncia de aterramento da instalao ()

Figura 7 Monitorao da corrente de malha

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6.2.5

Medio em sistemas de aterramento com terrmetro tipo alicate

O Anexo E descreve o principio de funcionamento e aplicao do citado medidor.

Medio de potenciais na superfcie do solo

7.1 Princpio
aconselhvel que o levantamento dos perfis de potenciais na superfcie do solo e das tenses de toque e passo seja realizado com injeo de alta corrente. Para medio de tenses de passo e de toque em determinados locais tais como casas, edificaes simples e locais onde no h suspeita de fortes correntes parasitas, tambm se pode introduzir a medio com terrmetro comum deixando para o fabricante a instruo para medio. Nas medies de potenciais na superfcie do solo devem ser utilizados voltmetro e ampermetro ou instrumento dedicado que cumpram com as condies descritas em 7.2 e 7.3.

7.2 Circuito de corrente


O circuito de injeo de corrente deve ser estabelecido de uma forma anloga ao da medio da resistncia de aterramento devendo, quando necessrio, receber tratamento adequado com o objetivo de possibilitar a circulao de um valor de corrente compatvel com o sistema de medio.

7.3 Circuito de potencial


As medies de potenciais devem ser efetuadas nos pontos assinalados em projeto ou em regies estratgicas de subestaes existentes com voltmetro de alta impedncia de entrada, de modo geral, no inferior a 1 M/volt (particularmente adequados so os voltmetros eletrnicos).

7.4 Medio da tenso de toque


Esta medio deve ser feita entre as partes metlicas, estruturas metlicas, carcaas de equipamentos ligadas ao sistema de aterramento sob ensaio e o eletrodo de potencial cravado no solo, a um metro de distncia da parte metlica envolvida, conforme indicado na Figura 8.

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Figura 8 Medio de potencial de toque

7.5 Medio da tenso de passo


No caso das tenses de passo, a tenso deve ser medida entre dois eletrodos de potencial cravados no solo e afastados de um metro, conforme indicado na Figura 9.

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Figura 9 Medio de potencial de passo

7.6 Fonte de injeo de corrente


7.6.1 A fonte de injeo de corrente deve ter potncia e tenso adequadas para fornecer corrente suficientemente elevada de modo a reduzir os erros nas medies, devido s correntes de interferncia que normalmente circulam no solo. 7.6.2 A fonte pode ser um grupo motor-gerador ou um transformador isolador (abaixador ou no) ligado a uma rede primria ou secundria de distribuio que passe nas proximidades do sistema de aterramento sob ensaio. No Anexo A apresenta-se um exemplo ilustrativo de montagem, utilizando-se um transformador com chave reversora, cuja finalidade inverter a corrente injetada, eliminando-se atravs de clculos, o efeito das correntes de interferncia (mtodo sncrono freqncia industrial, ver A.1). 7.6.3 recomendvel que se utilize uma fonte de alimentao com tenso de sada ajustvel.

7.6.4 O Anexo B apresenta uma alternativa para se elevar a corrente injetada, reduzindo-se a impedncia do circuito de corrente atravs de compensao capacitiva. 7.6.5 O Anexo D apresenta alguns mtodos aplicveis no caso das correntes de interferncia serem significativas em relao corrente injetada no ensaio.

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7.7 Comentrios e observaes adicionais para a execuo das medies em subestaes


7.7.1 Os cabos pra-raios e contrapesos de linhas de transmisso, neutros dos alimentadores, blindagem e capas metlicas de cabos isolados que chegam instalao devem ser desconectados do sistema de aterramento sob ensaio. 7.7.2 Para efeito de medio dos potenciais na superfcie do solo, quanto maior for a corrente injetada maiores sero as tenses medidas e, portanto, maior a confiabilidade dos valores obtidos devido a menor influncia relativa das correntes de interferncia. Entretanto, alm das possveis limitaes da fonte de injeo de corrente, existem os problemas relativos segurana do pessoal envolvido nas medies. 7.7.3 Para produzir tenses na superfcie do solo da ordem de volt, pode-se estabelecer como regra prtica, tenso de ensaio do gerador/fonte de alimentao da ordem de 100 V. 7.7.4 a) Os locais preferenciais para medio dos potenciais na superfcie do solo so os descritos a seguir:

fato bem conhecido (e comprovado no s por simulaes tericas como por ensaios de campo) que as maiores tenses na superfcie do solo (tenses de toque, passo e outros) surgem nas regies perifricas dos sistemas de aterramento. Assim, desde que, por limitaes de tempo, nem sempre possvel se fazer um mapeamento completo da instalao, tal fato deve ser levado em conta na seleo das regies a serem investigadas. Naturalmente, o fato de selecionarem-se as regies perifricas como preferenciais, no significa que a regio central deva ser ignorada, mas sim que pode ser pesquisada com menor detalhe;
NOTA No caso de sistemas de aterramento projetados com tcnicas de espaamento no uniforme, onde a densidade de condutores muito maior na periferia do que no centro, a regio central deve tambm ser investigada com rigor, tendo em vista a possibilidade de se encontrar nesta regio, tenses significativas.

b)

Outro aspecto importante diz respeito medio das tenses de toque nas partes metlicas aterradas conforme indicado anteriormente. Desde que, de antemo, no se sabe em qual ponto, em torno da parte metlica investigada, obtida a maior tenso, recomenda-se realizar vrias medies (no mnimo trs) em direes diferentes (particularmente as direes que se afastem dos condutores enterrados do sistema de aterramento e/ou as que se aproximem da periferia). Cabe lembrar que para os ensaios com todo o sistema de aterramento interligado, correntes acima de 100 A so, de modo geral, necessrias para que as tenses medidas na superfcie do solo sejam da ordem de volt.

c)

7.8 Correo dos valores de tenso medidos


As medidas devem ser referidas ao valor real de corrente de malha I M , determinada para a pior condio de defeito para a terra. Desta forma obtm-se a equao abaixo:
VR = Ve I M Ie

[4]

onde
VR a tenso real durante uma falha para a terra, expressa em volts (V); Ve a tenso medida durante o ensaio, expressa em volts (V); I M a corrente de malha, expressa em ampres (A); I e a corrente de ensaio, expressa em ampres (A).

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7.9 Determinao das resistncias de contato p-brita (ou solo)


7.9.1 Uma das investigaes que podem ser realizadas no ensaio de injeo de corrente a determinao da resistncia de contato p-brita (ou solo) bem como a tenso aplicada diretamente sobre a pessoa. 7.9.2 Neste caso, utilizam-se dois pesos de 25 kg, barra de contato da base de 200 cm cada e duas resistncias, uma de 1 000 (simulando a resistncia do corpo humano) e outra de 3 000 , conforme montagem indicada na Figura 10. Para melhorar a resistncia de contato peso-brita comum utilizar-se um feltro umedecido em gua. Alm disso, interessante fazer a investigao com a brita primeiramente seca e depois molhada no ponto de medio. 7.9.3 A tenso que surge sobre a "pessoa" a tenso medida nos terminais da resistncia de 1 000 . Para a determinao da resistncia de contato peso-brita, so necessrias duas medies: com a resistncia de 1 000 e com a resistncia de 3 000 . Reportando-se aos circuitos equivalentes representados na Figura 10, as seguintes relaes podem ser obtidas: a) No circuito para a tenso de toque obtm-se as equaes 5 e 6:

Vf = V1K +
Vf = V3K +

R V1K CT 1 000 2

[5]

V3K R CT 3 000 2

[6]

b)

Resolvendo-se o sistema obtm-se a equao 7:


RCT = 2(V3K V1K ) V1K V3K 1 000 3 000

[7]

c)

No circuito para a tenso de passo obtm-se as equaes 8 e 9:

Vf = V1K + Vf = V3K +

V1K 2 RCP 1 000 V3K 2 RCP 3 000

[8]

[9]

Resolvendo-se o sistema obtm-se a equao 10:


RCP = V3K V1K V1K V3K 2 1 000 3 000

[10]

onde
V1K a tenso medida nos terminais do resistor de 1 000 , expressa em volts (V); V3K a tenso medida nos terminais do resistor de 3 000 , expressa em volts (V); RCT a resistncia de contato pr-brita, simulando a tenso de toque, expressa em ohms ();

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RCP a resistncia de contato pr-brita, simulando a tenso de passo, em ohms ().
NOTA Na realidade, a tenso V1K aplicada com uma resistncia de 1 000 no exatamente a mesma que a existente no caso de 3 000 , tendo em vista no se tratar de fonte de tenso constante e sim resultado de queda de tenso provocada pela disperso da corrente pelo solo. Contudo, a aproximao considerada , para fins prticos, admissvel.

Legenda S F L solo feltro embebido em gua e sal 1,0 metro para tenso de passo B P V pedra britada (brita) peso de 25 kg voltmetro eletrnico

Figura 10 Medio das tenses de toque e passo

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Medies em instalaes energizadas

Cada vez mais necessrio realizar medies com instalaes energizadas, de modo a manter a continuidade do servio. Esta situao tem importncia maior quanto maior o impacto da descontinuidade do servio. Isto feito, devem ser adotadas providncias para que seja possvel realizar as medies sob diversos condicionantes, que so determinantes nesse tipo de atividade. Alm disto, as medies em instalaes energizadas introduzem situaes e peculiaridades que no existem ou so muito inferiores quando no esto energizadas, como, por exemplo, a presena de tenses entre neutro e terra ou rudos e harmnicas. Assim, toda medio de aterramento a ser realizada em instalaes energizadas deve ser realizada apenas se todos os condicionantes dos itens a seguir sejam obedecidos. Adicionalmente, todos os preceitos citados anteriormente nesta norma devem ser seguidos e, quando necessrio, adaptados situao de instalaes energizadas. A escolha do mtodo de medio deve levar em considerao aspectos de segurana dos profissionais, praticidade de medio e o seu escopo, seja ele voltado ao estudo de fenmenos em freqncia industrial ou de transitrios. A etapa de planejamento ser crucial na definio do mtodo a ser utilizado.

8.1 Condies de segurana em instalaes energizadas


Toda instalao energizada est sujeita a eventos dos sistemas aos quais est conectada, ou seja, pode estar sujeita a curtos-circuitos, elevaes de potencial e sobretenses transitrias. Em especial, qualquer instrumento conectado a esta instalao tambm estar sujeito a tais sobretenses e, portanto, ter em seus bornes tenses elevadas e perigosas para os seres humanos e aos equipamentos. Deve-se considerar que os circuitos de medio envolvidos no processo de medio estaro sujeitos, por conseqncia, a elevadas tenses. O circuito de corrente, caso utilizado, trar um problema adicional: ele estar sujeito s tenses de transferncia, chegando ao limite da elevao de tenso da malha (Ground Potencial Rise GPR), ou seja, maior elevao de potencial do sistema. Portanto, necessrio prover a todos os circuitos envolvidos na medio de proteo de sobretenso e sobrecorrente, atravs de dispositivos adequados s tenses e correntes envolvidas. A malha auxiliar de corrente, ento, tambm ter sua elevao de potencial e criar tenses perigosas ao seu redor, com possveis tenses de passo e toque perigosas. Essa malha, portanto, deve estar sob superviso e sinalizada. O eletrodo de potencial, caso exista, tambm estar sujeito a potenciais perigosos e, portanto, tambm deve estar sob superviso e sinalizado. Todos os cabos tambm estaro sujeitos a tenses perigosas e sua isolao deve ser adequada aos nveis de tenso envolvidos. No se deve permitir a aproximao de pessoas aos circuitos de medio. Os profissionais envolvidos na medio devem utilizar EPIs adequados s tenses que sero desenvolvidas em situaes de curto-circuito. Deve-se expor o mnimo tempo possvel os profissionais s situaes de risco, adotando-se chaves seccionadoras ou disjuntores para abrir os circuitos de medio envolvidos. Desta forma esses circuitos estaro energizados apenas nos instantes quando a medio efetivamente realizada.

8.2 Condies especficas para realizao de medies em instalaes energizadas


As instalaes energizadas esto sob forte influncia dos sistemas aos quais se conecta. Deve haver tenses e correntes fluindo pelos diversos elementos do sistema de aterramento, e deve-se considerar os efeitos das harmnicas e sub-harmnicas, caso existam. Essas influncias podem ser difceis de serem desconsideradas no processo de medio, caso no sejam adotadas aes mitigatrias descritas a seguir: 8.2.1 Planejamento e programao

Toda medio em instalaes energizadas deve ter um cuidado maior nas etapas de planejamento e programao. Toda a instalao deve ser inspecionada, e todas as conexes entre os elementos do sistema de aterramento devem ser identificadas, inclusive aquelas provenientes de blindagens de cabos de potncia. Deve-se avaliar a possibilidade de estas conexes estarem ou no efetivas. NO TEM VALOR NORMATIVO 23/55

ABNT/CB-03 PROJETO 03:102.01-006 OUTUBRO/2008 As reas envolvidas devem ser previamente escolhidas, assim como o encaminhamento dos cabos ou a utilizao de estruturas de linhas de transmisso (cabos fase ou guarda). A etapa de planejamento deve determinar o mtodo de ensaio a ser utilizado. A possibilidade ou no de desconexo de elementos do sistema de aterramento, a dificuldade de utilizao de circuitos de medio etc., devem ser verificadas e consideradas nessa etapa. 8.2.2 Diviso da corrente pelos elementos do sistema de aterramento

O sistema de aterramento de uma instalao energizada pode estar conectado a diversos elementos de aterramento, como neutros de alimentadores, cabos-guarda, blindagens de cabos de potncia e interligaes entre malhas. Essas conexes possibilitam uma diviso da corrente de curto-circuito e, portanto, de correntes injetadas em medies de aterramento. Essa diviso pode ser fundamental na determinao da corrente que efetivamente flui pela malha para o solo. Isto significa que, escolhida a metodologia de medio, pode ser necessria a desconexo dos circuitos de aterramento da malha a ser medida, ou escolher um mtodo alternativo que permita a medio simultnea das correntes que fluem pelos diversos elementos, para que seja considerada apenas a corrente que flui da malha para o solo. A desconexo dos elementos do sistema de aterramento deve ser realizada com procedimentos adequados a instalaes energizadas, como aterramentos temporrios, pois se estar abrindo correntes de valor considervel. E estas correntes sero to maiores quanto maior for o desequilbrio do sistema, incorrendo em maior corrente do neutro para o sistema de aterramento, e maior para cada elemento desconectado. O ltimo elemento deve ter, portanto, a maior corrente de circulao. Especial ateno deve ser adotada quando da desconexo de cabos ou conexes que podem estar corrodos ou mecanicamente deteriorados. Cabos-guarda sob tenso mecnica so potencialmente perigosos quando da sua desconexo, e podem romper-se e cair sobre os cabos de fase e causar tenses perigosssimas diretamente nos profissionais envolvidos. Essas desconexes devem ser planejadas e executadas sob rigorosa superviso. A desconexo de elementos do sistema de aterramento da instalao no deve ser um fator impeditivo na escolha do mtodo de medio, mas pode ser determinante na sua definio. Caso seja necessria a desconexo ela pode ser realizada, desde que obedecidas as condies de segurana para essa tarefa. Em casos onde a desconexo de elementos seja perigosa ou de difcil execuo, deve-se adotar outro mtodo de medio, com a instalao energizada ou no, em que a desconexo no seja necessria.
NOTA No se deve desconectar os neutros dos transformadores de potncia sob pena de deixar os sistemas isolados e, portanto, sem referncia de terra, inclusive com impossibilidade de deteco de corrente de curto-circuito pelos rels de proteo da instalao.

8.2.3

Rudos e tenses

As instalaes energizadas esto sujeitas a rudos e tenses, esprias ou de desequilbrio, harmnicas ou outras. Esses rudos introduzem uma dificuldade adicional, e podem at impossibilitar determinados mtodos de ensaio. Os medidores devem suportar os rudos e serem seletivos com os sinais injetados, de modo a filtrar os resultados decorrentes do sinal injetado. Caso os rudos ou mesmo os nveis de tenso entre terra e neutro impossibilitem ou dificultem sobremaneira o ensaio deve-se adotar a utilizao de mtodos e/ou equipamentos alternativos ou a medio ser realizada apenas com a instalao desenergizada. Um equipamento para efetuar esse tipo de ensaio deve ter sensibilidade suficiente para detectar tenses da ordem de milivolts (mV) geradas pela injeo de corrente da ordem de dezenas de miliampres (mA), seletivamente filtrados dos rudos presentes no sistema. 8.2.4 Religamentos

No perodo em que a instalao estiver sob ensaio deve-se bloquear os religamentos dos circuitos aos quais se conectam a instalao. Depois, torna-se necessrio contactar as reas de operao das concessionrias NO TEM VALOR NORMATIVO 24/55

ABNT/CB-03 PROJETO 03:102.01-006 OUTUBRO/2008 envolvidas para que os circuitos que se conectem instalao tenham seus rels de religamento desabilitados de modo a bloquearem imediatamente no primeiro evento que houver na rede. 8.2.5 Sensibilizao de rels de alta sensibilidade (51GS ground sensor ou outros)

A injeo de grandes correntes pode sensibilizar os rels de alta sensibilidade. Deve-se considerar a possibilidade da atuao desses rels quando da injeo da corrente de ensaio. 8.2.6 Possibilidade de retorno remoto

Deve-se avaliar a possibilidade de haver uma energizao remota em instalaes conectadas instalao sob ensaio. Caso exista, como no caso de gerao em pontos internos ou externos instalao, essa possibilidade deve ser considerada como tal, ou proceder desconexo do circuito sob suspeita.

8.3 Mtodos adequados medio de aterramento de instalaes energizadas


Os mtodos de queda de potencial, de medio simultnea de correntes do sistema ou de injeo de corrente de altas freqncias so possibilidades a serem consideradas para realizao destes ensaios, alm de outros que obedeam aos critrios citados. Os mtodos descritos nos captulos anteriores podem ser adequados s medies de instalaes energizadas, desde que obedecidas as condies descritas em 8.1 e 8.2. Outros mtodos podem ser utilizados, desde que obedecidas as mesmas condies e que os resultados possam ser separados dos efeitos das correntes e tenses que fluam pelos sistemas. Cada mtodo possui caractersticas mais adequadas ao escopo final e possuem facilidades e dificuldades que devem ser avaliadas quando do planejamento da medio.

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Anexo A (normativo) Mtodo sncrono freqncia industrial

Legenda CH A/CH B CH C chaves para inverso de polaridade da fonte com intertravamento chave de by-pass da fonte corrente de ensaio resistncia de aterramento da instalao resistncia de aterramento das estruturas da linha de transmisso

I e (A ) RSE Rt

Figura A.1 Mtodo sncrono freqncia industrial Circuito de corrente

A.1 A corrente de ensaio na freqncia de 60 Hz deve ser fornecida por uma fonte em que se possa mudar a polaridade, por exemplo, transformador. Inicialmente devem ser medidas a corrente de interferncia I i e a tenso de interferncia Vi , com a fonte de alimentao desconectada. A fonte de alimentao ligada e so lidas a tenso Va e a corrente I a . A.2 Invertendo-se a polaridade da fonte so feitas as leituras da tenso Vb e da corrente I b .

A.3 A corrente de medio I e fornecida pelo sistema de alimentao, e a tenso Ve , provocada pela passagem dessa corrente pelo sistema de aterramento, so calculadas pelas equaes abaixo:

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2 I a2 + I b I i2 2

Ie =

[11]

Ve =
Onde

Va2 + Vb2 Vi 2 2

[12]

I e a corrente de ensaio, expressa em ampres (A); I a a corrente de medio numa determinada polaridade, expressa em ampres (A); I b a corrente de medio de polaridade defasada de 180 da corrente I a , expressa em ampres (A);

I i a corrente de interferncia, expressa em ampres (A);


Ve a tenso de ensaio, expressa em volts (V);

Va a tenso de medio numa determinada polaridade, expressa em volts (V);


Vb a tenso de medio de polaridade defasada de 180 da tenso Va , expressa em volts (V); Vi a tenso de interferncia, expressa em volts (V).

A.4 A Figura B.1 exemplifica o circuito de corrente utilizando-se o mtodo sncrono freqncia industrial para eliminao de interferncia.

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Anexo B (normativo) Compensao capacitiva

B.1 Pode ser estabelecida uma compensao capacitiva visando diminuir a impedncia da linha de transmisso utilizada para servir de circuito de corrente (ver Figura B 1).

Legenda

R0 ( / Km) X 0 ( / Km ) L(Km) CC (F )

resistncia de seqncia zero reatncia indutiva de seqncia zero comprimento do circuito de corrente capacitncia de compensao

Figura B.1 Esquema bsico da configurao de um circuito de corrente com compensao capacitiva B.2 No caso do circuito de corrente utilizar-se das trs fases interligadas de uma linha de transmisso por um determinado comprimento, tem-se a equao abaixo:
X 1 = X L

[13]

onde
X 1 a reatncia indutiva de seqncia zero, expressa em ohm (); X a reatncia indutiva de seqncia zero por unidade de comprimento, expressa em ohm por quilmetro (/km); L o comprimento do circuito de corrente, expresso em quilmetro (km).

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ABNT/CB-03 PROJETO 03:102.01-006 OUTUBRO/2008 B.3 Na correo da reatncia indutiva para freqncia da fonte deve ser utilizada a seguinte equao:

X ' 1 = X 1
onde

f f

[14]

X ' 1 a reatncia indutiva de seqncia zero para freqncia da fonte de medio, expressa em ohm ();
f a freqncia da fonte de medio, expressa em hertz (Hz); f a freqncia industrial, expressa em hertz (Hz).

B.4

O valor da capacitncia de compensao dado pela seguinte equao:

CC =
onde

10 6 1 2 f X

[15]

C C a capacitncia de compensao, em microfarad (F ) .

NO TEM VALOR NORMATIVO

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ABNT/CB-03 PROJETO 03:102.01-006 OUTUBRO/2008

Anexo C (normativo) Especificaes dos equipamentos para a medio de resistncia de aterramento para sistemas eltricos de baixa tenso (at 1.000 V em c.a. e 1.500 V em c.c.)

C.1 Escopo e campo de aplicao


Este Anexo define os requisitos aplicveis aos equipamentos destinados a medir a resistncia de aterramento e/ou resistividade especfica do solo, utilizando uma tenso de c.a.

C.2 Termos e definies


Para os efeitos deste Anexo, aplicam-se as definies da Seo 3 e as seguintes:. C.2.1 tenso de medida tenso existente entre os bornes (E) e (S) do equipamento de medio C.2.2 tenso de interferncia em modo srie tenso alheia ao sistema que est superposta tenso de medida C.2.3 resistncia total de aterramento resistncia entre o borne principal do aterramento e terra de referncia

C.3 Requisitos
Alm dos requisitos de segurana que devem nortear o projeto de qualquer equipamento de medio, aplicam-se os abaixo indicados. C.3.1 A tenso de sada presente nos bornes (E) e (H) deve ser uma tenso alternada.

Tanto a freqncia como a forma de onda do sinal, deve ser escolhida de maneira que as interferncias eltricas, em particular as procedentes de instalaes funcionando freqncia da rede de distribuio (60 Hz), no afetem os resultados das medies de forma excessiva. C.3.2 O fabricante deve mencionar nas instrues de funcionamento se a influencia das tenses perturbadoras de c.a. na freqncia industrial ou contnua ultrapassam os requisitos indicados em 3.3. C.3.3 Dentro do campo de medida marcado ou estabelecido, o mximo erro de operao em valor percentual no deve exceder de 30 % do valor medido (tido como valor convencional) e determinado segundo o estabelecido na Tabela 1. O erro de funcionamento deve ser aplicvel dentro das seguintes condies de funcionamento:

NO TEM VALOR NORMATIVO

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ABNT/CB-03 PROJETO 03:102.01-006 OUTUBRO/2008 injeo de tenses de interferncia no modo srie para as freqncias da rede de 60 Hz e 50 Hz ou para uma tenso contnua entre os bornes (E) (H) e (S). O valor eficaz da tenso parasita em modo srie deve ser menor que 3 V. a resistncia de aterramento do eletrodo auxiliar de corrente e da sonda de potencial no deve ultrapassar 100 vezes a resistncia que se pretende medir, para um mximo de 50 k. C.3.4 O aparelho de medida deve permitir determinar se as resistncias mximas admissveis dos eletrodos auxiliares de corrente e tenso so ultrapassadas. C.3.5 Durante as medidas, no devem aparecer tenses de contacto perigosas. Este objetivo pode ser alcanado atravs de um projeto adequado da fonte de tenso de sada mediante as seguintes providncias: limitar o valor da tenso de sada de circuito aberto a um valor eficaz de 50 V ou um valor de pico de 70 V.
NOTA Estes valores, quando os ensaios se realizam locais com terrenos midos se reduzem a que no ultrapassem de um valor eficaz de 25 V o um valor de pico de 35 V, como indicado na Tabela C.2 da ABNT NBR 5410

quando o valor da tenso de sada de circuito aberto exceder de 50 V eficazes ou 70 V de pico (25 Vef ou 35 V de pico conforme NOTA acima) o equipamento deve limitar o valor mximo da corrente injetada no terreno a 7 mA eficazes, ou 10 mA valor de pico; quando a condio anterior no se cumprir, deve produzir-se uma interrupo automtica do processo de medida nos tempos admissveis que se indicam na Figura 1 da IEC 61010-1.
NOTA Esta Norma aplica-se ao projeto e fabricao de equipamentos dedicados medio da resistncia de aterramento das instalaes de baixa tenso (at 1 000 Vc.a ou 1 500 Vc.c) como indicado no comeo deste Anexo. Portanto os equipamentos destinados medio da resistncia de aterramento de subestaes ou torres de linhas de transmisso de energia ficam fora do escopo deste Anexo. A aplicao deste Anexo em baixa tenso independe da condio de energizao ou no da instalao sob teste. O contedo deste Anexo visa evitar acidentes eltricos potencialmente fatais com os operadores ou as pessoas presentes na vizinhana.

C.3.6 O usurio no deve estar exposto a uma tenso que exceda a tenso de contacto admissvel e o aparelho de medio no deve sofrer danos quando qualquer borne do mesmo disponvel para conexo rede de alimentao for conectado uma tenso igual 120 % de sua tenso nominal. Os dispositivos de proteo no devem ser ativados.

C.4 Marcaes e instrues de funcionamento


C.4.1 Marcaes
Alm da marcao definida na IEC 61557-1, o equipamento de medio deve ter as seguintes informaes marcadas sobre o mesmo, de forma indelvel: a) b) c) d) e) f) tipo de equipamento; unidades da magnitude de medida; campos de medio; tipo de fusvel e corrente marcada para fusveis intercambiveis; tipo de bateria o acumulador e polaridade da conexo no local da bateria; tenso nominal da rede de distribuio e o smbolo para duplo isolamento de acordo com a IEC 61010-1 para equipamentos de medio com alimentao de rede de distribuio;

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ABNT/CB-03 PROJETO 03:102.01-006 OUTUBRO/2008 g) h) i) nome do fabricante ou marca registrada; nmero de modelo, nome ou outros meios para identificar o equipamento (interna ou externamente); referncia s instrues de funcionamento com o smbolo de acordo com a IEC 61010-1, a seguinte informao deve ser indicada sobre o equipamento de medida. 1)

2) o campo de medida dentro do qual se aplica o erro mximo de funcionamento. 3) a freqncia da tenso de sada 4) a designao dos bornes (se houver espao): i) ii) (E): Borne da tomada de terra; (ES): Borne do eletrodo mais prximo tomada de terra

iii) (S): Borne do eletrodo auxiliar de tenso iv) (H): Borne do eletrodo auxiliar de corrente.

C.4.2 Instrues de funcionamento


Alm das indicaes especificadas na IEC 61557-1, as instrues de funcionamento (manual) devem subministrar a informao seguinte: C.4.2.1 Os campos de aplicao (por exemplo, para locais secos, midos ou outras conforme Tabela 19 da ABNT NBR 5410) dos aparelhos destinados a medir a resistncia de terra. C.4.2.2 Se for aplicvel, a influencia das tenses de interferncia em modo srie quando estas so superiores aos valores indicados em C.3.3. C.4.2.3 C.4.2.4 As indicaes relativas ao bom funcionamento do gerador manual (se for utilizado). As designaes dos bornes, quando diferem do indicado na alnea c.4.1-i4).

C.5 Mtodos de ensaio


Devem ser realizados os seguintes ensaios: C.5.1 O erro de funcionamento deve ser determinado segundo o indicado na Tabela C.1. Neste mtodo, o erro intrnseco deve ser determinado dentro das condies de referncia seguintes: a) b) c) d) e) f) valor nominal da tenso de alimentao; quando se utiliza para alimentao um gerador manual, a velocidade nominal em rpm; freqncia nominal da tenso de alimentao para equipamentos de medida alimentados pela rede, segundo o indicado em C.3.3; temperatura de referencia, 23 C 2 C; posio de referencia de acordo com o indicado pelo fabricante; resistncias das hastes auxiliares, 100 ; NO TEM VALOR NORMATIVO 32/55

ABNT/CB-03 PROJETO 03:102.01-006 OUTUBRO/2008 g) h) tenso de interferncia 0 V; erro de funcionamento assim avaliado no deve ultrapassar os limites especificados em C.3.3.

C.5.2 Comprovar que as condies estabelecidas em C.3.5., referentes tenso em circuito aberto, a corrente de curto-circuito o retardo na desconexo, se cumprem em cada um dos alcances disponveis (ensaio de rotina). C.5.3 necessrio comprovar se as resistncias mximas admissveis so superadas para as hastes auxiliares (ensaio de tipo). C.5.4 C.5.5 A proteo contra sobrecarga, de acordo com o indicado em C.3.6 (ensaio de tipo). A conformidade com os ensaios desta parte deve ser registrada. Tabela C.1 Clculo do erro de funcionamento
Requisitos ou ensaios segundo sees ou subsees correspondentes da IEC 61557- 5 5, 6.1 1, 4.2 1, 4.2, 4.3 1,4.2 5, 4.2, 4.3 5, 4.3 5, 4.3 5, 4.3 5, 4.3

Erro intrnseco ou magnitude de influncia Erro intrnseco Posio Tenso de alimentao Temperatura Tenso parasita de modo srie Resistncia das hastes auxiliares Freqncia da rede Tenso da rede Erro de funcionamento A = erro intrnseco Ei = variaes R = ensaio de rotina T = ensaio de tipo

Condies de referncia ou campo de funcionamento especificado Condies de referncia Posio de referncia 90 Nos limites indicados pelo fabricante 0 C e 35 C Ver 4.2 e 4.3 0 a 100 RA; porm 50 k 99 % a 101 % da freqncia nominal 85 % a 110 % da tenso nominal

Cdigo de designao A E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7

Tipo de ensaio R R R T T T T T R

2 2 2 2 2 2 2 B = A + 1,15 E1 + E2 + E3 + E4 + E5 + E6 + E7

B(% ) =

B 100 % valor convencional

C.5.6 Os equipamentos e seus acessrios devem estar projetados e fabricados com dispositivos de proteo dimensionados para categoria de tenso compatveis com as condies dos ensaios a serem realizados.
NOTA Para equipamento destinado a pesquisas em grandes profundidades atravs da medio de Resistividade.

Nestes casos pode-se considerar que so aplicveis todas as especificaes destinadas aos equipamentos para medio de Resistncia de aterramento, exceto aquelas que limitam o uso por falta de sensibilidade ou por pouca tenso de sinal de teste as quais se enumeram a seguir: Em C.3.1, a tenso poderia ser de uma freqncia to baixa (alguns Hz) que em alguma literatura pode-se encontrar como de corrente contnua chaveada ou com inverso de polaridade com freqncia abaixo de 15 Hz.
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desejvel que o equipamento possa cumprir com os requisitos de C.3.2, C.3.3, C.3.4 e C.3.5, porm, a limitao da tenso at 50 V ou a corrente a de curto-circuito a 7 mA podem ser superados para alcanar os objetivos de medio desejados.

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Anexo D (normativo) Mtodo do batimento

D.1 Princpio
Via de regra, as medies descritas nesta norma, devem ser feitas freqncia industrial. Contudo, em reas que tenham sistemas energizados, onde h corrente de desequilbrio circulando no solo, estas podem perturbar as medies. Assim, recomendvel que a corrente de ensaio seja a maior possvel a fim de minimizar o efeito das correntes de interferncia. Entretanto, no caso da utilizao de instrumentos tipo terrmetro para ensaios de aterramento, a corrente de ensaio baixa. Assim, o terrmetro deve operar a uma freqncia no harmnica da industrial. Quando no for disponvel fonte de corrente de valor adequadamente alto para minimizar suficientemente as eventuais correntes de interferncia, indicado um dos seguintes mtodos opcionais.

D.2 Mtodo do batimento


D.2.1 Este mtodo envolve a utilizao de uma fonte, por exemplo, uma unidade geradora de emergncia, que fornea uma corrente cuja freqncia seja de 0,1 Hz a 0,5 Hz acima ou abaixo da freqncia industrial. D.2.2 Segundo a freqncia de batimento, a corrente e a tenso apresentam, cada uma, um mximo e um mnimo, devido defasagem entre a corrente injetada Ie e as correntes parasitas criadas pelo sistema em funcionamento normal. D.2.3 Se o tempo de resposta do instrumento de medio for bastante curto para assegurar a obteno dos valores de corrente mximo e mnimo (Imax e Imin), ento:
Ie = Ie = Ve = Ve = 1 (I max + I min ) para I e > I i 2
1 (I max I min ) para I e < I i 2 1 (Vmax + Vmin ) para Ve > Vi 2 1 (Vmax Vmin ) para Ve < Vi 2

[16]

[17]

[18]

[19]

onde
I e a corrente de ensaio, expressa em ampre (A); Ve a queda de tenso provocada pela corrente de ensaio, expressa em volt (V); I max a mxima indicao de corrente, expressa em ampre (A); Vmax a mxima indicao de tenso, expressa em volt (V);

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I min a mnima indicao de corrente, expressa em ampre (A); Vmin a mnima indicao de tenso, expressa em volt (V); I i a corrente de interferncia, expressa em ampre (A); Vi a tenso de interferncia, expressa em volt (V).
NOTA Os valores de I e e de Ve no dependem dos valores de I i e Vi sendo que estes so medidos somente com o fim de determinar quais frmulas devem ser usadas.

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Anexo E (informativo) Terrmetro alicate

E.1 Principio de operao


O princpio de funcionamento de um medidor deste tipo consiste em um gerador de c.a. que aplica uma tenso numa bobina com N espiras, cujo ncleo ferromagntico envolve um circuito fechado como o indicado na Figura E.1, a qual representa a nica espira do secundrio de um transformador com relao N:1. A tenso aplicada na bobina produzir no circuito fechado uma fora eletromotriz (f.e.m) conhecida.

Figura E.1 Injeo de uma f.e.m num circuito fechado, atravs da bobina

Com outra bobina com (M) espiras pode-se medir a corrente que circula no circuito.

Figura E.2 Princpio de funcionamento de um terrmetro alicate

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A soma das resistncias R x + Rc pode ser obtida pela relao entre a tenso gerada e a corrente circulante. Quando Rc representar um conjunto de eletrodos em paralelo (condio caracterstica de sistemas multiaterrados), pode -se considerar que R x >> Rc . Nesta condio, o instrumento indicar o valor da resistncia de aterramento Rx procurada. A Figura E.3 representa um sistema multiaterrado.

Figura E.3 Sistema multiaterrado

O circuito eltrico correspondente pode ser representado pela Figura E.4

Figura E.4 Circuito eltrico

Neste circuito, o conjunto de eletrodos R1 K Rn est substituindo Rc da Figura E.2 . Quando se aplica uma tenso E no eletrodo R x atravs de um transformador especial sobre o solenide, uma corrente I circula atravs do circuito e podendo-se escrever a seguinte equao:
E = Rx + I
1 1 R k =1 k
n

[20]

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Na condio de:

R x >>

1 1 R k =1 k
n

[21]

pode-se admitir que:


Rx = E I

[22]

E.2 Detalhes construtivos


A maioria dos medidores deste tipo se apresenta como um alicate de dois ncleos partidos dimensionados para poder envolver o eletrodo de aterramento. Um dos ncleos gera a f.e.m que por sua vez produz a corrente que circula no circuito e o outro um transformador de medida de corrente. Para atenuar as perturbaes provocada pela presena de tenses esprias, os equipamentos geralmente trabalham com freqncias de medio diferentes da freqncia industrial (tipicamente entre 1 500 e 2 500 Hz) e possui filtros adequados

E.3 Restries
A principal e grande vantagem de no ter necessidade de cravar hastes auxiliares leva a alguns usurios a acreditar que todos os sistemas de aterramento podem ser medidos com este tipo de medidor. No entanto deve-se ter em conta que no mnimo sejam cumpridas as seguintes premissas: a) O mtodo pode ser aplicado para medio de resistncia de aterramento quando exista um circuito fechado (lao) incluindo resistncia do aterramento que se deseja medir. O equipamento no pode ser aplicado na medio de eletrodos que no formam parte de um lao, como o caso do aterramento simples de um praraios. A resistncia do sistema de aterramento que fecha o lao deve ser muito menor que a resistncia do aterramento sob medio. A distncia entre o aterramento sob medio e o mais prximo dos aterramentos que fecham o lao deve ser suficientemente grande para que as respectivas zonas de influencia no apresentem sobreposio. No caso de aterramentos de mltiplos eletrodos (por exemplo, uma malha de aterramento) no vlida a medio de cada eletrodo por separado para calcular a resistncia do conjunto. A resistncia do sistema sob medio deve ser percorrida pela totalidade da corrente injetada no terreno. No caso de um edifcio com mltiplas descidas do SPDA no se pode aplicar o mtodo para determinar a resistncia de aterramento do conjunto. E se o conjunto estiver interconectado em anel pode-se incorrer no erro de se estar medindo a resistncia do lao fechado quando se envolve a descida do SPDA.

b) c)

d)

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Anexo F (informativo) Mtodo de medio com injeo de corrente com ampermetro e voltmetro e insero de wattmetro adicional

As subsees que seguem tm por finalidade apresentar o mtodo de medio com wattmetro adicional, e os procedimentos necessrios para a determinao da resistncia do sistema de aterramento. O mtodo de medio o de injeo de corrente descrito em 6.2, com a insero de wattmetro.

F.1 Disposio bsica dos componentes


A Figura F.1 apresenta a disposio dos componentes.

MALHA SOB MEDIO

IT

4
Eletrodo corrente auxiliar de

V X12 X14

Eletrodo auxiliar de tenso

X24

Figura F.1 Disposio dos componentes

F.2 Descrio do mtodo


F.2.1 O mtodo apropriado para os casos em que os circuitos de corrente e potencial possuem considervel acoplamento mtuo, condio em que a corrente de teste (IT) e a elevao de potencial (ET) no esto em fase, F.2.2 O mtodo consiste, basicamente, na circulao de uma corrente alternada (IT) entre a malha de terra e o eletrodo auxiliar de corrente (4), com a medio simultnea da:

a) b)

elevao do potencial total (ET) da malha de terra, em relao ao terra de referncia (terra remoto), atravs do voltmetro e do eletrodo de potencial (2); potncia total dissipada (PT) na resistncia (R) entre a malha e o terra de referncia (terra remoto).

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ABNT/CB-03 PROJETO 03:102.01-006 OUTUBRO/2008 F.2.3 F.2.3.1

Para este mtodo: A resistncia de terra do sistema deve ser obtida por:
PT IT 2
k3

Req = k1 k 2

( )

[22]

F.2.3.2

A impedncia de terra do sistema deve ser obtida por:


ET IT

Z eq = k1 k 2

( )

[23]

F.2.3.3

A reatncia de terra do sistema deve ser obtida por:

X eq = Z eq 2 Req 2

( )

[24]

onde
k 1, k 2 e k3 so fatores de correo calculados conforme F.4.1, F.4.2. e F.4.3.

F.3 Localizao dos terminais de medio


F.3.1 Terminais (1) e (3)
Estes terminais devem ser ligados individualmente ao condutor da periferia da malha de terra, bem espaados e, se possvel, a ns da malha constitudos de diversos sub-condutores.

F.3.2 Terminal (2)


O terminal (2) do circuito de medio deve ser instalado na terra remota em relao malha de terra (1), ou seja, em solo com potencial zero ou prximo deste valor. A localizao do terminal (2) deve ser isenta das influncias oriundas da circulao da corrente na malha de terra em medio (1), nas malhas adjacentes, nos sistemas de aterramento das torres das linhas de transmisso e no terminal de corrente (4).

F.3.3 Terminal (4)


O terminal (4) deve ser instalado em um ponto remoto, espaado da malha de terra em medio e do terminal (2), de maneira que a circulao de corrente, pelo mesmo, no altere o potencial da rede (1) e do terminal (2).

F.4 Fator de correo das medies


F.4.1 Fator de correo k1
O fator k1 tem por finalidade considerar a influncia da resistncia interna (RV) do voltmetro e a do eletrodo vertical (Reletrodo) ligado ao terminal (2).
k1 = RV + Reletrodo RV

[25]

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a 2l ln 1 2l d

Reletrodo =

( )

[26]

onde
a a resistividade aparente do solo, expressa em ohm x metro ( m); l o comprimento do eletrodo, expresso em metro (m); d o dimetro do eletrodo, expresso em metro (m).

Observa-se que, para (RV) >> (Reletrodo) a aplicao do fator de correo (k1) torna-se desnecessria, ou seja:
k1 1

F.4.2 Fator de correo k2


O fator k2 deve corrigir as medies efetuadas, com base nas distncias (X12), (X 14) e (X 24) utilizadas. O fator k2 obtido supondo que a malha de terra e os terminais (1) e (4) so constitudos de semi-esferas, e que estas dispersam correntes pelo solo produzindo superfcies equipotenciais esfricas; Para malhas de terra, de grandes dimenses, essa suposio s vlida quando a distncia (X 12) maior que duas vezes a maior dimenso da mesma;
k2 = 1 1+ r r r X 24 X 12 X 14

[27]

onde
r o raio de uma semi-esfera, instalada na superfcie do solo, cujo valor igual metade do raio de um crculo com rea (A) igual da malha de terra. r = 0,5 A

(m)

[28]

F.4.3 Fator de correo k3


Este fator tem por finalidade determinar a resistncia do caminho de retorno pela terra, que deve ser subtrada do resultado obtido, quando os terminais (2) e (4) esto na mesma direo, ou paralelos. Observa-se que esta resistncia colocada em srie com a resistncia da malha de terra, quando se utiliza este mtodo de medio.
k 3 = 0,06 l

( )

[29]

onde
l o menor comprimento dos circuitos de medio (2) e (4), expresso em metro (m).

Para os esquemas de medio em que, por exemplo, os terminais (2) e (4) estejam diametralmente opostos, ou a 90, deve ser considerado k3 = 0.

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F.5 Metodologia para eliminar o erro de medio devido as correntes e tenses externas (rudos)
Estes erros so produzidos por correntes de fuga atravs da malha de terra e/ou tenses induzidas por linhas paralelas, e devem ser eliminados por circuitos de medio especiais, como os apresentados nas Figuras F.2 e F.3.

Fu

LINHA DE TRANSMISSO
Fu FONTE DE CORRENTE

IT

CH 0

TC W PR
CH 1

V 2
ELETRODO DE POTENCIAL ELETRODO DE CORRENTE

PR A 3 1
(OPCIONAL)

X24 X14 CHAVES MEDIES CH2 Aberta Aberta Fechada A I0 I1 I2 W P0 P1 P2 V E0 E1 E2

CH 2

CH0 MALHA SOB MEDIO Fechada


CONECTAR A UM CABO DE SUBIDA DA REDE PRINCIPAL

CH1 Aberta Fechada Aberta

Aberta Aberta

Figura F.2 Esquema bsico de medio com fonte interna

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CHAVES
CH0 Fechada Aberta Aberta CH1 Aberta Fechada Aberta CH2 Aberta Aberta Fechada

MEDIES

A I0 I1 I2

W P0 P1 P2

V E0 E1 E2

X14 LINHA DE TRANSMISSO

IT

CH 0

A V W

PR

Fu

CH 1

PR 1,3

Fu ELETRODO DE

2
MALHA SOB MEDIO X12
CONECTAR A UM CABO DE SUBIDA DA REDE PRINCIPAL

Fonte de Corrente Externa

CH 2

POTENCIAL

4
ELETRODO DE CORRENTE

Figura F.3 Esquema bsico de medio com fonte externa F.5.1

A seqncia de medies que deve ser adotada a seguinte:

a)

Chave CH0 fechada e chaves CH1 e CH2 abertas

Deve ser medida a corrente (Io), a tenso (Eo) e a potncia dissipada (Po) na malha de terra, antes de aplicar a corrente de teste (IT). b) Chave CH1 fechada e chaves CH0 e CH2 abertas

Deve ser aplicada a fonte de alimentao e medida a corrente de teste (I1), a tenso (E1) e a potncia dissipada (P1) na malha de terra. c) Chave CH2 fechada e chaves CH0 e CH1 abertas

Deve ser aplicada a fonte de alimentao e medida a potncia dissipada (P2) e a corrente de teste (I2), circulando 180 defasada de (I1), e a tenso (E2).
A corrente real de teste (IT) deve ser obtida por:

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IT =

(I 1 )2 + (I 2 )2 (I )2 (A ) o
2

[30]

A potncia real dissipada (PT) deve ser obtida por:


PT = P1 + P2 P0 2

(W )

[31]

A tenso real de teste (ET) deve ser obtida por:


ET =

(E1 )2 + (E2 )2 (E )2 (V ) o
2

[32]

F.5.2

A Figura F.4 exemplifica as medies a serem executadas.

As chaves Cha, CHb, CHc devem fornecer as medies de corrente, potencial e potncia que possibilitaro eliminar os rudos eventualmente existentes.

Figura F.4 Seqncia de medies

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F.6 Impedncia de terra das linhas (Ze) e da malha de aterramento do sistema de aterramento (malha, linhas e demais componentes interligados malha)
A partir das medies da corrente de teste (It), das correntes de fuga pelos cabos pra-raios (i) e do clculo da resistncia de terra equivalente do sistema (Req), pode-se calcular a resistncia especfica da malha enterrada assim como a das linhas de transmisso, por:

F.6.1 Malha de aterramento do conjunto interligado (Rc)


Rc = IT i Req IT

[33]

F.6.2 Impedncia de terra equivalente da linha de transmisso (Ze)


Ze = Req IT

( )

[34]

F.7 Potenciais perigosos


A densidade de corrente difundida na terra aumenta nos condutores perifricos, em funo dos acoplamentos resistivos e magnticos entre os condutores da malha de terra, desta forma, embora o potencial do condutor da periferia e dos internos sejam o mesmo em relao a terra remota, observa-se que as diferenas de potencial no solo nas proximidades dos condutores perifricos so maiores. Face ao exposto, aps as medies de potencial da malha de terra em relao a terra remota, o terminal (2) deve ser ligado a eletrodos de prova que toquem a superfcie do terreno nas proximidades do condutor perifrico, para determinao das diferenas de potencial entre pontos ou entre pontos do solo e condutor da malha, para determinao dos potenciais abaixo relacionados:

F.7.1 Gradiente mximo produzido (VG)


Correspondente d.d.p. entre dois pontos externos do solo, na ponta, separados de 1 (m), cujo ponto mdio entre estes pontos deve ter do limite da malha de terra, uma distncia igual ao valor da profundidade da malha.

F.7.2 Potencial de passo mximo produzido (VP)


Correspondente d.d.p. entre dois pontos separados de 1 (m), sobre uma perpendicular interna do condutor perifrico da malha. Observa-se que um ponto, deve estar diretamente sobre o condutor perifrico.

F.7.3 Potencial de toque mximo produzido (VT)


Correspondente d.d.p. entre um ponto do solo situado a 1 (m) do condutor perifrico, no interior da malha e o potencial da superfcie do condutor.

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F.7.4 Potencial de malha mximo produzido (VM)


Correspondente d.d.p. entre a superfcie do condutor perifrico e um ponto do solo situado no centro de uma retcula da malha, situada entre o condutor perifrico e condutor subseqente. Estas medies permitiro avaliar a eficincia do espaamento adotado entre condutores da malha, para controlar os potenciais perigosos na instalao.

F.7.5 Potenciais reais


Os valores reais dos potenciais (VGr, VPr, VTr e VMr) devem ser obtidos considerando a relao entre a corrente de malha (Imalha) e a corrente de teste (IT):
K= I malha IT

[35]

onde
VGr = K VG VPr = K VP VTr = K VT VM r = K VM

(V ) (V ) (V ) (V )

[36] [37] [38] [39]

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Anexo G (informativo) Mtodos alternativos de medio de resistncia de aterramento e potenciais no solo em instalaes energizadas

Esse Anexo descreve brevemente as caractersticas de alguns mtodos de medio de resistncia de aterramento e potenciais do solo para medies em instalaes energizadas, e serve como um guia referencial para definio do mtodo a ser escolhido no planejamento da medio. Apesar da quantidade de mtodos citados acredita-se estar contribuindo com o estado real da arte. Outros mtodos podem ser utilizados desde que comprovem sua eficcia.

G.1 Mtodo da queda de potencial com baixas correntes e onda quadrada


Esse mtodo pode ser aplicado em instalaes energizadas ou no. A medio atravs da injeo de correntes altas [da ordem de at dezenas de ampres (A)] ou baixas [da ordem de dezenas de miliampres (mA)], desde que essa corrente injetada seja de forma de onda e freqncia diferentes das do sistema, e que o medidor possua filtros adequados para selecionar os resultados advindos apenas do sinal injetado, filtrando os rudos e tenses presentes na instalao sob ensaio. Especificamente, essa medio pode ser efetuada com instrumento dedicado, baseado em uma fonte de corrente, para manter o mdulo da corrente constante, com forma de onda que no senoidal e com freqncia que seja diferente, porm prxima da industrial. Como exemplo, pode ser utilizado um instrumento que injete uma corrente de 50 mA com forma de onda quadrada. Alternativamente, um gerador pode ser utilizado, desde que possua as mesmas caractersticas do instrumento dedicado. Para poder executar as medies com este tipo de instrumento necessrio desconectar o aterramento sob ensaio dos demais elementos do sistema de aterramento cabos pra-raios, neutros, blindagens, contrapeso, etc. Em contrapartida, com baixas correntes injetadas, tanto o instrumento quanto seus acessrios so muito mais leves e prticos de serem manuseados, permitindo um rpido levantamento das caractersticas do aterramento.

G.2 Mtodo de injeo de baixa corrente em alta freqncia


O mtodo deve permitir a determinao da resistncia de aterramento e potenciais de superfcie do sistema constitudo de todos os aterramentos interconectados. A configurao para este mtodo similar medio de resistncia de aterramento de um sistema qualquer, com a particularidade de que, os pontos de fixao dos eletrodos de potencial sero nas regies limtrofes da malha. Importante registrar que no ser necessrio especificar a quantidade e o tipo dos aterramentos dos sistemas interconectados, visto que, para a medio da resistncia da malha, a alta freqncia injetada deve garantir o desacoplamento das demais instalaes.

G.2.1 Medio em alta freqncia


O instrumento a utilizar neste mtodo opera numa freqncia tal que a impedncia indutiva do(s) cabo(s) praraios de uma ou mais linhas de transmisso acopladas subestao, em um vo de comprimento normal, seja razoavelmente alta a ponto de se reduzir o efeito dos aterramentos adjacentes ao que se est medindo. Dessa forma, os parmetros (Resistncia + Reatncia) dos cabos pra-raios tendem a infinito, ou seja, sua influencia passa a ser minimizada na medio em alta freqncia, sem a necessidade de seu desacoplamento fsico, com conseqente ganho na operacionalidade assim sendo, a corrente de alta freqncia tender a circular
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na sua totalidade pelo circuito formado agora, pela malha de terra e o eletrodo auxiliar de corrente, elevando os potenciais de superfcie junto aos mesmos. Em conseqncia, ao se deslocar o eletrodo auxiliar de potencial numa regio livre das influncias tanto da malha de aterramento sob ensaio quanto do eletrodo auxiliar de corrente (patamar da curva), obter-se- o valor procurado para a resistncia da malha.
G.2.1.1 Elementos envolvidos na medio de aterramento

No esquema da Figura G.1 encontram-se de forma simplificada os parmetros que compem a medio de alta freqncia

Figura G.1 Esquema simplificado da medio com alta freqncia

Neste esquema possvel identificar os parmetros envolvidos na medio, sendo que:

L1 K Ln representam a parte indutiva da impedncia do circuito formada pelas torres (cabos pra-raios das linhas de transmisso); R1 K Rn representam uma parte da resistncia do circuito (cabos pra-raios das linhas de transmisso); Rat1 K Rat n representam as resistncias dos aterramentos de cada torre das linhas de transmisso; Lm representa a parte indutiva da impedncia da malha de aterramento sob ensaio; Rm representa a parte resistiva da impedncia da malha de aterramento sob ensaio. LE c representa a parte indutiva da impedncia do eletrodo de corrente;

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REc representa a parte resistiva da impedncia do eletrodo de corrente; RatE c representa a resistncia de aterramento do eletrodo de corrente;

LEp representa a parte indutiva da impedncia do eletrodo de potencial;

REp representa a parte resistiva da impedncia do eletrodo de potencial;


RatEp representa a resistncia de aterramento do eletrodo de potencial;

C1, C2, C3 representam o banco de capacitores que pode ser utilizado para compensar a parte reativa do circuito (conforme Anexo B)

G.2.2 Metodologia
Essa metodologia se aplica a sistemas de aterramento, nas condies de energizados, em locais com poucas e pequenas reas disponveis para colocao dos eletrodos de retorno de corrente e de potencial, tais como reas em regies semi-urbanas ou rurais. Nessa metodologia de medio, se utiliza o mtodo convencional da queda de tenso, aplicado, porm, a eletrodos de corrente posicionados relativamente prximos do sistema de aterramento em teste. O levantamento da curva de resistncia de aterramento em funo da distncia do eletrodo de potencial se processar tal como definido no levantamento com as instalaes desenergizadas (ver 6.1.6).

G.2.3 Caractersticas do instrumento


G.2.3.1 O instrumento deve possuir um mdulo gerador de sinal de alta freqncia (algumas dezenas de kHz), com sinais de corrente da ordem de algumas dezenas de mA, controlado por um cristal que d estabilidade freqncia e possua filtros, altamente seletivos, dimensionados para eliminar o efeito das correntes parasitas de freqncia industrial presentes no solo. G.2.3.2 Paralelamente ao requisito constante em C.3.3 que trata dentre outros, da resistncia dos eletrodos auxiliares, recomendvel que o instrumento permita a medio com altos valores dessas resistncias. G.2.3.3 Como se trata de um instrumento dedicado, a corrente de medio no necessariamente deve atender aos requisitos do Anexo C, podendo alcanar algumas dezenas de mA.

G.3 Mtodo da medio simultnea de correntes do sistema


Neste mtodo, adequado para medies de instalaes energizadas, a corrente de ensaio a corrente injetada pelo sistema tipicamente a corrente de desequilbrio que circula pelo neutro dos transformadores de potncia. Essa corrente medida e somada vetorialmente atravs de transdutores corrente/tenso do tipo alicate em pontos relevantes da instalao sob ensaio. Simultaneamente, mede-se tambm a tenso da malha com relao a um eletrodo remoto. Os sinais de corrente (Io) e tenso (Vm) so observados em osciloscpio, de modo a verificar sua correspondncia. O valor da resistncia da malha (Rm) pode ser dado por
Rm = Vm Io

Comparativamente aos mtodos com injeo de corrente, o eletrodo remoto pode situar-se mais prximo da instalao sob ensaio, alm de no ser necessrio o uso de fonte de corrente para a realizao da medio. Em contrapartida, deve-se desconectar o aterramento sob ensaio dos demais elementos do sistema de aterramento
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cabos pra-raios, neutros, blindagens, contrapeso, etc. Adicionalmente, sero necessrios tantos transdutores quanto forem as fontes de corrente de seqncia zero da instalao. Esse mtodo no se aplica, portanto, em instalaes que no possuam fontes de corrente de seqncia zero, como no caso de subestaes de seccionamento de circuitos sem transformadores de potncia. A Figura G.2 ilustra a utilizao do mtodo:

LD

T F

Alimentador 1
TSA

IoSEC TSA

Barramento BC IoBC

Alimentador 2
T A

IoTSA

IfAl1 IfAl2

Usina

SE fonte

Vm
IoT F PERFIL DE POTENCIAL IoT F IoTSA 3Io IfAl2 IfAl1 Eletrodo remoto de potencial

Figura G.2 Aplicao do mtodo de medio simultnea de correntes do sistema

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