Pesquisa ICMO

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 42

RESUMO

A construo de materiais optomtricos muitas vezes se d com a utilizao de materiais e mtodos comuns ao nosso dia a dia. Estes materiais podem ser desenvolvidos utilizando-se de um senso lgico se o individuo tiver objetividades da situao onde se quer chegar. Como o exemplo os estimuladores visuais utilizam-se basicamente da sensibilidade ao contraste que o paciente possui, com isto, as alteraes na freqncia espacial e no contraste leva-nos a estimular diretamente o crtex visual. Os testes de acuidade visual utilizam-se do princpio visual expresso em minutos, ou seja, dependendo do tamanho do objeto e a distancia do objeto ao paciente, teremos uma rea maior ou menor de estimulo retiniano, com isto quantifica-se a acuidade visual de um pessoa, de resto os testes de acuidade visual sofrem alteraes de acordo com a poca e as condies locais onde os testes so aplicados. Os tratamentos motores so baseados em princpios fisiolgicos de estmulos musculares, que se assemelham aos tratamentos feitos em fisioterapias, para fortalecimento de tnus muscular.

ABSTRACT

The construction of optometric materials many times is made being used the materials and methods current in our daily life. These materials can be developed by using a logical sense if the individual has an aim of the situation to be achieved. As the example of the visual stimulators which use basically the sensitivity in contrast to what the patient has, with this, the alterations in the spacial frequency and in the contrast lead us to stimulate directly the visual cortex. For the tests of visual accuracy it is used the principle of the visual expressed in minutes, it means, depending on the size of the object and the distance of the object from the patient, we will have a bigger or smaller area of retinian stimulus, with this, the visual accuracy of a person is quantified, furthermore the tests of visual accuracy suffer changes according to the time and local conditions where the tests are applied. The motor treatments are based in philosophical principles of muscular which are similar to the treatments done in phisiotherapy aiming the strentghtening of the muscular tonus.

SUMRIO
1 - Introduo 2 - Reviso de literatura 2.1 -Testes de acuidade visual 2.1.1 - Bailey Louie 2.1.2 - Raquetes de olhar preferencial 2.1.3 - Broken well test 2.2 - Testes sensoriais 2.2.1 - Estimulador optocintico 2.2.2 - Luzes de worth 2.2.3 - Bagoline 2.3 - Testes de reabilitao 2.3.1 - Ps-imagem 2.3.2 - Estimulador visual CAM 2.3.3 - Crculos concntricos de acomodao 2.3.4 - Esteriogramas 2.3.5 - Lanternas vermelho verde 2.3.6 - Separador de remy 2.3.7 - Cheiroscpio 3 - Materiais e mtodos 4 - Resultados e discusso 4.1 - Testes de acuidade visual 4.1.1 - Bailey Louie 4.1.2 - Raquetes de olhar preferencial 4.1.3 - Broken well test 4.2 - Testes sensoriais 4.2.1 - Estimulador optocintico 4.2.2 - Luzes de worth 4.2.3 - Bagoline 4.3 - Testes de reabilitao 4.3.1 - Ps-imagem 4.3.2 - Estimulador visual CAM 4.3.3 - Crculos concntricos de acomodao 4.3.4 - Esteriogramas 4.3.5 - Lanternas vermelho verde 4.3.6 - Separador de remy 4.3.7 - Cheiroscpio 5 Consideraes finais 6 Referencias 7 Anexos 4 5-21 8-11 8 10 11 13-15 13 14 15 16-21 16 17 18 18 19 20 21 22 23-35 23-26 23 25 26 27-29 27 28 29 29-35 29 30 32 32 33 34 35 36 37-38 39-42 3

1 INTRODUO

Esta pesquisa trata de aparelhos ou testes optomtricos de simples construo, quando fala-se em materiais de simples construo leva-se em conta materiais que podem ser construdos utilizando-se de matria-prima comuns e de fcil obteno no mercado. O objetivo da pesquisa foi elaborar de uma forma simples uma base de informao para a construo de alguns materiais optomtricos, pois os mesmos materiais que foram relacionados no so encontrados com facilidade no mercado brasileiro. A tarefa de identificar as referencias cientificas desta pesquisa foi rdua pois ainda temos uma deficincia muito grande de literaturas sobre o tema, mas mesmo assim pde-se elaborar alguns dos materiais mais importante nos tratamentos da viso como o CAM e o cheiroscpio que esto descritos de forma simplificada nesta pesquisa, fazendo assim com que o leitor compreenda a forma com que se elabora estes materiais. Para melhor compreender a pesquisa dividiu-se os materiais de forma distinta para que facilita-se o entendimento dos mesmos.

2 REVISO DE LITERATURA

Para compreendermos o processo visual devemos levar em conta trs etapas do mecanismo da viso Primeira etapa, Optica ou Fsica. Segunda etapa, fsico-qumica. Terceira etapa, psicofisiolgica.

A primeira etapa do processo visual caracterizada pela incidncia dos raios luminosos provenientes do meio externo que passam atravs dos meios pticos e diptricos do globo ocular sobre a retina, que a camada sensitiva do nosso olho, esta etapa muito estudada pela fsica ptica, pois a qualidade e a forma com que esta imagem se incide sobre a retina, depende dos meios pticos que podem ser perfeitamente mensurados no que se refere as suas dioptras capacidades e imperfeies, grande parte dos trabalhos est voltada para esta etapa do processo visual, inclusive as tabelas de mensurao da viso foram elaboradas levando-se em conta esta etapa da viso. A segunda etapa, fsico-qumica no to conhecida como a primeira devido a sua complexidade, no entanto sucintamente podemos caracteriz-la pela transformao de energia luminosa em uma excitao que da origem a um impulso nervoso que vai ao crebro atravs das vias pticas causando uma sensao visual com caractersticas distintas, como intensidade, cor e durao. Um bom pensamento a respeito o de RIO (1984, p.255) cuando la sensacin visual alcanza el nvel de la conciencia, aparece la percepcin em la mente, y las sensaciones sintetizadas dan lugar a una percepcin. Na terceira etapa onde temos as nossas maiores duvidas sobre o processo visual, pois mesmo que um retinograma ou um encefalograma registrem os locais das mensagens nervosas, no conhecemos o mecanismo ou os aspectos psicofisiolgicos do processo visual, o que temos no passa de meras hipteses e teorias. A imagem final percebida pelo sujeito no mais uma imagem retiniana, mas sim um conjunto de sensaes sucessivas que aliada ao consciente e a nossa memria faz com que percebemos o mundo ao nosso redor. 5

Cada individuo enxerga o mundo de uma perspectiva nica devido a todo o seu processo de aprendizagem e evoluo, ocorre tambm que devido a formao fisiolgica de cada pessoa, fruto de seu ambiente e sua evoluo, com isto temos indivduos com diferentes capacidades pticas, a esta capacidade optica se da o nome de acuidade visual. Existem varias definies elaboradas ao longo do tempo para acuidade visual, algumas destas foram escritas a mais de trs sculos atrs, sucintamente a acuidade visual de uma pessoa vem a ser a capacidade que a mesma tem de definir forma detalhes e objetos utilizando-se da viso. Quando se fala em medida da acuidade visual, temos vrios mtodos e vrios materiais que podem ser utilizados para tal fim, no entanto todos so baseados nos mesmos princpios, o mnimo visvel, o mnimo separvel e o poder de alinhamento. Trata-se como mnimo visvel a possibilidade de discernir um teste elementar do fundo sobre o qual este, esta colocado, ou seja, o mnimo visvel o dimetro aparente do menor ponto ntido que pode ser reconhecido sobre um fundo uniformemente iluminado. No podemos ento confundir mnimo visvel com mnimo perceptvel, mnimo visvel enxergar nitidamente um menor objeto e mnimo perceptvel perceber a existncia de um ponto sem que este esteja ntido, um bom exemplo disto quando olhamos para uma estrela sem o auxilio tico. O que percebemos olhando para uma estrela, devido a sua grande luminosidade um ponto brilhante sem uma rea distinta. Portanto o que vemos so raios difratados da estrela que no representam a dimenso da mesma ento podemos dizer que percebemos a sua presena, mas no a vemos realmente. Mnimo separvel a denominao dada a possibilidade de discernir os elementos constituintes de um teste e no simplesmente distinguir um teste comum isolado com relao ao fundo que o rodeia, com isto temos nosso principal conceito de estudo, pois em cima do mnimo separvel que a maioria dos estudos sobre os elementos que constituem o sentido de enxergar as formas, foram feitos. Se denomina poder de alineamiento a la facultad de poder discernir ligeras diferencias en el alineamiento de una recta o de poder distinguir las modificaciones em el paralelismo em los bordes de una lnea (RO, 1984, p. 343). Temos tambm a viso binocular que est dividida em trs nveis, percepo simultnea, fuso, e esteriopsa, quando um destes trs fatores esto em 6

desconformidade com o habitual, perdemos a binocularidade, ou seja a capacidade de enxergarmos com ambos olhos simultaneamente, portanto temos que levar em conta se o paciente realmente possui os trs graus de viso binocular, para sabermos se ele realmente est enxergando com os dois olhos e para isto avaliamos: A percepo simultnea se caracteriza pelo paciente que realmente percebe a imagem com ambos olhos, e para que isto ocorra deve-se ter todas as suas vias pticas em perfeito estado de funcionamento. A fuso, que a capacidade do crebro, de tornar as duas imagens retinianas recebidas, em uma s imagem cortical, e para que isto ocorra, temos que ter em ambos olhos imagens iguais em contraste, tamanho e detalhes, sucintamente podese dizer que ambos olhos tem que ter, as mesmas capacidades pticas. A esteriopsa por sua vez a viso de profundidade, a noo de dimenses que s possvel termos quando temos binocularidade. No podemos esquecer que todo este processo visual desenvolve-se por conta da emisso de luz e o contraste que a mesma tem sobre as diferentes superfcies, ou seja no adianta termos viso e energia luminosa se no tivermos contraste. Quando colocamos um teste preto sobre um fundo branco provocamos contraste, agora se ambos fossem brancos no os enxergaramos, utilizando-se do contraste podemos tambm definir a acuidade visual como exemplo podemos utilizar testes com listras brancas e pretas e alternando as espessuras das mesmas modificamos o contraste e como temos os valores das espessuras das listras mensuramos a acuidade visual que segundo SPALTON ( 1995, p. 1.3) a acuidade mnima resolutvel de (30 40 ciclos por segundo ou 1 0,5 minutos de arco) Sabendo que o tamanho de uma imagem formada na retina inversamente proporcional a distancia que o objeto est do olho e Levando em conta o mnimo separvel, o mnimo visvel e o fato de um cone na regio macular ter um dimetro mdio de 0,004mm. Duke Elders faz suas concluses.
Um padro mais conveniente a se adotar na avaliao da acuidade visual o tamanho do ngulo visual, ou seja, o tamanho do ngulo formado por duas linhas traadas das extremidades do objeto atravs do ponto nodal do olho. Verifica-se que para se produzir uma imagem do tamanho mnimo de 0,004mm, o objeto deve subentender um ngulo visual de 1 minuto. Isto ento, tomado como padro da acuidade visual normal ELDERS (1997, p. 157).

Com Isto podemos deduzir a seguinte formula para a determinao das escalas para a tomada de acuidade visual: T = D x tan( ). Onde T o tamanho do objeto, D a distancia do objeto at o paciente, e o ngulo visual expresso em minutos. Infelizmente no se tem um mtodo perfeito para se tomar a acuidade visual de uma pessoa, pois so inmeros os fatores que interferem neste processo, visando diminuir estas interferncias criou-se algumas normas para tornar estas mensuraes mais precisas e para que todos falassem a mesma lngua.

2.1 Testes de acuidade visual

2.1.1 BAILEY LOUIE

A tabela de optotipos de Bailey Louie assim como as tabelas de snellen so utilizadas na tomada de acuidade visual com o diferencial da tabela de Bailey Louie ser mais precisa do que a tabela de snellen. Esta tabela foi desenvolvida com o intuito de resolver alguns problemas das tabela de Snellen, o principal problema apresentado pelas tabelas de Snellen o fato de no apresentarem a mesma quantidade de caracteres em suas diferentes linhas, o segundo problema que a diminuio do tamanho dos caracteres no acontece gradativamente, eles diminuem de tamanho em saltos, nem sempre iguais. A tabela de Bailey Louie apresentada a 4 metros de distancia do paciente, compreendendo os caracteres de 20/200 a 20/10 das tabelas de Snellen, possuem tambm uma diminuio gradativa em cada linha do teste alem do fato de terem a mesma quantidade de caracteres com o mesmo grau de dificuldade de leitura, sendo que estes caracteres geralmente so nmeros, pelo fato de serem melhor assimilados pelos pacientes, mas eventualmente pode aparecer em forma de letras. 8

Tcnica

Comea-se o procedimento ocluindo o olho esquerdo do paciente e, pede-se que o paciente leia a primeira linha do teste em voz alta, percebendo que a leitura est correta parte-se para a segunda linha, e assim sucessivamente at o momento em que o paciente no leia mais o teste corretamente ou no enxergue os caracteres do teste, quando isto ocorrer deve-se anotar a ultima linha correspondente a qual o paciente teve sucesso em sua leitura, posterior a este procedimento deve-se repetir o teste com o outro olho. Quando o paciente, no enxerga nem a primeira linha do teste deve-se aproximar o paciente a dois metros da tabela, com isto dobramos os ngulos visuais, tendo assim uma tabela que compreende as escalas de 20/400 a 20/20.

Interpretao

Os dados obtidos com o teste de acuidade visual com a tabela de Bailey Louie so de certa forma os mesmos obtidos com os da tabela de snellen. Na lateral do teste deve constar a escala de acuidade visual que por sua vez expressa em forma de frao, como o exemplo 20/200, esta frao corresponde ao percentual de acuidade visual do paciente, para termos esta porcentagem basta dividirmos o numerador pelo denominador, multiplicando o resultado por cem, assim podemos afirmar que uma pessoa que tem acuidade visual de 20/200 possui 10% de viso para longe.

2.1.2 RAQUETES DE OLHAR PREFERENCIAL

Quando necessitamos, tomar a acuidade visual em crianas abaixo dos 2 anos de idade, os testes de Snellen e Bailey Louie tornam-se ineficientes, pois estes testes necessitam da interao e comunicao do paciente, que nesta idade ainda no esto desenvolvidos o suficiente para aplicarmos o mesmo. Uma boa soluo para isto usarmos as raquetes de olhar preferencial, que so raquetes listradas onde a uma distancia pr-definida podemos mensurar a acuidade visual do paciente que expressa em ciclos por centmetro (cpcm) ou em ciclos por grau (cpd).

Tcnica

Estas raquetes so colocadas frente do paciente em par onde uma raquete listrada e outra de cor uniforme, conforme afastamos as raquetes uma da outra, temos que observar em qual das raquetes o paciente fixa a sua ateno, pois devido a raquete listrada possuir uma freqncia espacial maior que a de cor uniforme a preferncia do paciente se voltar para ela. Conforme o poder resolutivo e ptico que o paciente apresenta, ele ir preferir as raquetes listradas. Este teste inicia-se com as raquetes de menor ciclo/cm, trocando-as gradativamente pelas de maior ciclo/cm, at que o paciente no fixe mais a sua ateno nas raquetes listradas, ou seja, no as enxergue mais. Procedendo assim com a anotao, que pode ser feita em cpd. importante manter as raquetes em uma distancia fixa em relao ao paciente para que os valores no sejam alterados, pois para cada distancia temos valor de ngulo visual diferentes, lembrando que a distancia recomendada a de 57cm onde temos os cpcm iguais aos cpd.

10

Interpretao

Cada raquete possui uma marcao de identificao expressa em ciclos por centmetro, conforme se realiza o teste deve anotar o resultado em cpd conforme a tabela abaixo:

Distancia em centmetros

Ciclos por centmetro (cpcm) 0.25 0.12 cpd 0.25 cpd 0.4 cpd 0.5 cpd 0.5 0.25 cpd 0.5 cpd 0.75 cpd 1.0 cpd 1.0 0.5 cpd 1.0 cpd 1.5 cpd 2.0 cpd 2.0 1.0 cpd 2.0 cpd 3.0 cpd 4.0 cpd 4.0 2.0 cpd 4.0 cpd 6.0 cpd 8.0 cpd 8.0 4.0 cpd 8.0 cpd 12.0 cpd 16.0 cpd

29 cm 57 cm 86 cm 114 cm

Depois que se anota os valores obtidos no teste, deve ser feita uma anlise dos dados levando em considerao a idade do paciente e temos assim os valores esperados por este teste em relao idade que so descritos em um grfico (apndice A).

2.1.3 BROKEN WELL TEST

O teste de Broken foi elaborado para ser aplicado em crianas que no possuem uma comunicao desenvolvida o suficiente para utilizarmos as tabelas de snellen ou Bailey Louie e j esto muito ativas para usarmos as raquetes de olhar preferencial, se fossemos falar em idade, seria em crianas na faixa de 2 a 4 anos de idade. O teste consiste em cartas com o desenho de um carro onde as suas rodas so anis de landolt, que podemos dizer estarem furados e estes por sua vez so elaborados sob o ngulo visual de um minuto, na realidade o fator de maior 11

importncia neste teste so realmente os pneus do carrinho (anis de Landolt), pois ao apresentarmos a uma distancia de 3m para o paciente, devemos lhe perguntar, em quais das cartas os pneus do carro esto furados, com isto podemos ento mensurar a acuidade visual do paciente.

Tcnica

O teste de Broken deve ser apresentado ao paciente em pares, em uma das mos se segura o teste onde o desenho do carro possui os pneus furados e na outra mo o teste que tem os pneus normais, trocando-os de mo constantemente para que se tenha certeza de que o paciente esteja realmente enxergando o teste e isto feito a uma distancia de 3 do paciente comeando sempre com os carros que possui o maior ngulo visual, diminuindo-os gradativamente conforme o paciente responda as perguntas corretamente. Ao apresentarmos o teste devemos perguntar ao paciente em qual das mos o desenho do carro tem seus pneus furados, a partir do momento que o paciente comea a responder errado deve-se anotar a ultima escala que o mesmo respondeu corretamente.

Interpretao

O teste de Broken apresenta marcaes expressas em forma de escala de Snellen, ou seja, fracionada. Esta frao corresponde ao percentual de acuidade visual do paciente, para termos esta porcentagem basta dividirmos o numerador pelo denominador, multiplicando o resultado por cem, assim podemos afirmar que um paciente que tem acuidade visual de 20/50 possui 40% de viso.

12

2.2 Testes sensoriais

2.2.1 ESTIMULADOR OPTOCINTICO

O estimulador consiste em um tambor giratrio adaptado a um cabo onde possa ser segurado pelo examinador e pode apresentar-se listrado de branco e preto, com uma freqncia de 0,25cpcm ou com figuras coloridas com o espaamento de 0,25 cpcm e deve rotacionar tanto para a direita quanto para a esquerda em varias velocidades.

Tcnica

O tambor deve ser apresentado ao paciente a uma distancia de 50cm do paciente, de forma que este dirija a sua ateno para o mesmo sem que se distraia com outros elementos, em seguida com uma das mos o examinador deve rodar o tambor at que o paciente apresente um nistagmo, posterior a este procedimento o examinador deve rotacionar o tambor no sentido oposto ao inicial e verificar novamente a presena do nistagmo. Interpretao O estimulador optocintico desencadeia o nistagmo optocintico que um movimento em mola por conseqncia do movimento do estimulador. Este nistagmo apresenta duas fases, a lenta, onde o olho segue o estimulo e a fase rpida onde o movimento do olho contrrio ao estimulo. A presena deste tipo de nistagmo nos sugere que o paciente tem imagem cortical e que a correspondncia do crtex visual com os ncleos motores do olho esto normais, ou seja, as vias visuais e motoras esto fisiologicamente funcionais.

13

2.2.2 LUZES DE WORTH

O teste de worth utilizado para avaliarmos se o paciente possui binocularidade, o teste consiste em quatro crculos que medem em torno de 3cm de dimetro, retroiluminados sendo que dos quatro crculos 2 so verdes 1 vermelho e outro branco com os espaos entre eles pretos, o teste tambm acompanhado de um filtro da cor vermelha que devem ser colocados diante do paciente.

Tcnica

Com o paciente a uma distancia media de 4m do teste e com os filtros verde no olho direito e vermelho no olho esquerdo pergunta-se quantas luzes o paciente esta vendo e de que cor elas so.

Interpretao

O filtro verde anula o circulo de cor vermelha tornando-o preto e o filtro vermelho anula o circulo de cor verde e ambos tingem a cor branca, portanto se o paciente responde que esta vendo trs crculos de cor verde, porque no esta enxergando com o olho direito que esta com o filtro vermelho, se o paciente responde que esta s esta enxergando dois crculos de cor vermelho, significa que o mesmo no est enxergando com o olho esquerdo que est com o filtro de cor verde, se o paciente responde que esta vendo quatro crculos porque o mesmo possui viso binocular e est enxergando com ambos olhos.

14

2.2.3 BAGOLINE

O teste de bagoline de simples, consiste em uma espcie de culos que tem suas lentes estriadas, um lado com as estrias a 45 o outro lado com as estrias a 135, este aparato usado para testarmos a binocularidade de uma forma mais aguada.

Tcnica

Colocas-se o teste de bagoline no paciente e em seguida com uma lanterna ilumina-se o centro do bagoline perguntando ao paciente se o mesmo enxerga a lanterna em forma de cruz ou se enxerga apenas raios diagonais.

Interpretao

Se o paciente reportar enxergar a luz em forma de cruz significa que o mesmo possui binocularidade. Se o mesmo responder que apenas visualiza raios diagonais deve-se averiguar o eixo dos raios comparando com o eixo das estrias da lente para determinar com qual dos olhos o paciente no esta enxergando.

15

2.3 Tcnicas de reabilitao

2.3.1 PS-IMAGENS

A ps-imagem um mtodo de terapia pratico que pode ser utilizados para o tratamento da ambliopia, fixao excntrica, correspondncia anmala, estrabismos constantes e nistagmos. O material necessrio um flash de maquina fotogrfica e filtros pretos com desenhos transparentes para produzir as imagens. Quando estamos utilizando a ps-imagem, provocamos um estimulo maior que o habitual, este um fator muito importante que facilita o trabalho com pessoas ambliopes. O fato de a imagem transferir-se para o olho ambliope um sinal de que as vias pticas esto fisiologicamente funcionais, conforme o paciente relata que a imagem transferida se posiciona sobre o optotipo que o mesmo visualiza, significa que a fixao est menos excntrica, os eixos visuais esto mais alinhados e o tratamento surtindo o efeito desejado.

Tcnica

O flash disparado monocularmente no olho com a pior acuidade visual, a uma distancia de 40cm do paciente, pedindo para que o paciente fixe sua ateno no centro do flash. Aps o disparo, ocluimos o olho ao qual foi disparado o flash e pedimos para que o paciente pisque at que a imagem seja transferida para o outro olho e o paciente tenha a conscincia de sua existncia. Com a imagem transferida para o olho ambliope pedimos para o paciente que olhe para um optotipo correspondente a sua acuidade visual tente colocar a imagem transferida sobre o optotipo notando assim uma melhora da acuidade visual, deve-se 16

pedir ao paciente que se concentre e tente manter o maior tempo possvel o olho nesta posio.

2.3.2 ESTIMULADOR VISUAL CAM

O estimulador visual CAM (Cambridge) est baseado em estudos realizados por Campbell e colaboradores (1974), que observaram que as clulas do crtex visual, respondem de uma forma sensvel ao movimento de linhas de uma certa largura e orientao. Apoiando-se neste descobrimento, criaram o estimulador visual para o tratamento da ambliopia. Este aparelho consiste em um motor que impulsiona uma placa giratria, onde se adaptam alguns discos que contem umas faixas de alto contraste e de diferente freqncia espacial. Sobre os disco se coloca um acrlico transparente inerte, para que o paciente possa desenhar ou escrever, tornando assim o processo mais fcil de ser executado, e mais compreensvel para o paciente, j que o mesmo no vai apenas ter que ficar olhando para o estimulador. O teste possui sete discos que podem ser utilizados e giram uma volta por minuto.

Tcnica

O paciente com o olho de melhor acuidade visual ocludo inicia o tratamento utilizando o disco com maiores as faixas. O paciente deve executar o tratamento por 1 a 2 minutos e logo se deve trocar o disco por um de maior freqncia, diariamente pode-se fazer este tratamento por uns 10 minutos. O tratamento com o estimulador visual deve persistir at que se tenha a acuidade visual desejada ou at quando notar que no ha evoluo de acuidade visual.

17

2.3.3 CRCULOS CONCNTRICOS DE ACOMODAO

Os crculos concntricos foram desenvolvidos para estimular a acomodao monocularmente. este material foi elaborado sobre uma lamina transparente que permite que o paciente visualize a distancia pelo teste. O teste por sua vez possui trs crculos concntricos que diminuem gradativamente de espessura e de tamanho quanto menor seja o circulo e tambm possuem um pequeno desenho ao centro que permita a fixao em viso prxima. Com o procedimento de olhar longe pelo teste e em seguida olhar perto, no teste, o paciente exercita a sua acomodao tornando-a mais estvel.

Tcnica

O tratamento inicia-se com a ocluso de um dos olhos do paciente, com os crculos concntricos em uma das mos o paciente posiciona na sua linha de viso o teste a uma distancia de mais ou menos 30 centmetros. Com os crculos posicionados o paciente deve fixar a sua ateno em um objeto distante e logo em seguida nos crculos que esto em sua mo.

2.3.4 Esteriogramas

Os esteriogramas so utilizados para trabalharmos a falta de convergncia e consistem em duas imagens pretas em um fundo branco que distam 65mm uma da outra em mdia, e tem um tamanho de 3cm, sendo que os 65mm a mdia da distancia pupilar. Quando aplicamos este tratamento o paciente deve produzir o dobro de convergncia para a distancia a qual est olhando.

18

Tcnica

Posicionando o esteriograma a 30cm em uma das mos em sua linha de viso o paciente inicia o teste fixando o centro das imagens, logo em seguida deve colocar um objeto entre o esteriograma e seus olhos fixando o mesmo com isto notar que aparece uma terceira imagem dos desenhos que se fundiro, com isto o paciente deve permanecer o maior tempo possvel observando esta terceira imagem, de preferncia tirando ocasionalmente intermedirio sem que se perca a fuso desta terceira imagem.

2.3.5 LANTERNAS VERMELHAS VERDE

As lanternas vermelho-verde so materiais muito simples de serem produzidos, e so de suma importncia no tratamento da ambliopia. Os materiais consistem em duas lanternas com foco definido, sendo que uma projeta luz verde e outra projeta luz vermelha, alem disto para executarmos o tratamento, necessitamos de um tapa olho e filtros verde e vermelho para os culos do paciente.

Tcnica

A terapia comea com o paciente tampando o olho com a pior acuidade visual, com o seu melhor olho e uma das lanternas na mo, o paciente deve seguir com a sua lanterna, o foco da lanterna do terapeuta que est projetado em uma parede branca. Conforme o paciente vai aumentando a velocidade com que persegue o foco o terapeuta deve aumentar a velocidade com que movimenta a lanterna, este 19

procedimento deve durar em torno de um minuto, ou at que o paciente se acostume com o procedimento, aps isto trocamos o oclusor (tapa olho) para o olho de melhor acuidade visual e retomamos os procedimentos. Conforme a evoluo do paciente podemos adicionar frente a seus culos, filtro verde e vermelho, ento com os dois olhos abertos o paciente deve repetir os procedimentos anteriores. Esta uma boa forma de tornar o tratamento de ambliopia mais atrativo para o paciente.

2.3.6 SEPARADOR DE REMY

O separador de Remy ao contrrio do esteriograma auxilia no tratamento de insuficincia de divergncia, da mesma forma que os esteriogramas, o separador de Remy constitudo de duas figuras que distam em torno de 65mm e de tamanho mdio de 4cm, s que esto elaborado sobre um fundo transparente que fixado a um cabo de cor preta em forma de uma pistola que facilita a divergncia por no permitir o cruzamento das imagens. O objetivo do tratamento produzir o Maximo de divergncia ao olharmos um ponto distante.

Tcnica

O paciente deve posicionar o separador de remy frente ao seu rosto e olhando em um ponto distante deve tentar fundir as duas imagens que o separador trs em sua extremidade.

20

2.3.7 CHEIROSCPIO

O cheiroscpio um equipamento para o tratamento da ambliopia, este equipamento consiste em uma armao com dois orifcios onde o paciente com um dos olhos visualiza um desenho refletido por um espelho e com o outro olho tenta desenh-lo. um equipamento de simples construo que facilita o tratamento da ambliopia e anti-supressivo, pois faz com que o paciente tome conscincia de que recebe duas imagens distintas, fazendo com que o crtex tenha que receber, assimilar e coordenar estmulos simultneos.

Tcnica

O tratamento inicia-se com o paciente posicionado em frente ao cheiroscpio com ambos olhos abertos e visualizando um desenho previamente inserido no equipamento deve desenh-lo em uma folha que tambm posta no mesmo. Com isto um dos olhos visualiza o desenho e com o outro tenta reproduzi-lo.

21

3 Material e mtodos

Esta pesquisa basicamente bibliogrfica, o seu desenvolvimento se deu utilizando de computao grfica e de diversos mtodos de impresso de materiais, como a serigrafia, off-set, impresso trmica, impresso a laser, plotagem e utilizouse muitos materiais alternativos como o plstico, papeis, acrlicos e madeiras. A coleta dos dados para a elaborao da pesquisa deu-se sobre a literatura existente na biblioteca da universidade do contestado-UNC.

22

4 Resultados e discusso

4.1 Testes sensoriais

4.1.1 TABELAS DE OPTOTIPOS DE BAILEY LOUIE

As tabelas de optotipos devem ser feitas sob um fundo branco com os caracteres pretos para obtermos o contraste mnimo recomendvel que de 80%, o tamanho deve ser de 5 minutos de arco e detalhes de um minuto, levando em conta os ngulos visuais e seus respectivos tamanhos de caracteres, para isto temos a seguinte frmula: T = D x tan(). Tamanho = distncia em mm x tangente (ngulo em minutos 12). As tabela de optotipos Bailey Louie geralmente possuem 14 linhas e cada linha contem a mesma quantidade de caracteres que no caso so cinco. Com a seguinte tabela, podemos ver os tamanhos dos caracteres para sua respectiva acuidade visual, projetado para uma distancia de 4 metros.
Tamanho do caractere (mm) 58,18 46,54 36,36 29,09 23,27 17,45 14,54 11,64 8,73 7,27 5,82 4,36 3,64 2,91

Equivalente de Snellen 20/200 20/160 20/125 20/100 20/80 20/60 20/50 20/40 20/30 20/25 20/20 20/15 20/12.5 20/10

ngulo Visual 10,00 8,00 6,25 5,00 4,00 3,00 2,50 2,00 1,50 1,25 1,00 0,75 0,63 0,50

Tendo em mos os tamanhos dos optotipos passamos para a fase de construo dos mesmos, estes podem ser construdos no computador utilizando 23

programas grficos, e posteriormente impressos, os optotipos devem ser bem desenhados e de fcil compreenso pelo paciente, se seguirmos estes princpios podemos criar qualquer tipo de optotipo. Aplicando os clculos para um optotipo de 20/200 teremos ento uma rea para desenharmos que pode ser demarcada como o exemplo abaixo e os exemplos do apndice B:

Para dimensionarmos a tabela usaremos as recomendaes do conselho de oftalmologia de Budapeste que nos indica que horizontalmente o optotipo deve ter um espaamento 1,4 vez o seu tamanho, e verticalmente deve ter no mnimo uma vez a sua altura.

Com respeito s marcaes ou legendas das tabelas, fica a critrio de cada um, colocar aquilo que lhe seja mais til para o uso no dia a dia.

24

4.1.2 RAQUETES DE OLHAR PREFERENCIAL

As raquetes de olhar preferencial devem ser construdas de um material leve e resistente, que seja, de fcil manuseio, como o acrlico. As raquetes devem medir em torno de 20cm de dimetro em sua parte circular e ter um cabo, em torno dos 13cm com uma espessura media de 4mm como sugere a figura que esta em seguida. Em relao s cores, estas devem ser brancas e com as inscries em preto para conseguirmos um alto contraste. As listras das raquetes possuem medidas especificas que so feitas sob a razo do ciclo por centmetro, ou seja, se uma listra branca possui 5mm e a listra preta tambm possui 5mm de largura, temos ento um ciclo por centmetro, a expresso ciclo por centmetro neste caso considerado o intervalo que compreende duas listras. Com isto temos ento para cada padro de raquete, uma medida da largura das listras. Ciclos por Largura das centmetro listras 0,25 20mm 0,5 10mm 1,0 5mm 2,0 2,5mm 4,0 1,25mm 8,0 0,625mm Alem das trs raquetes criadas com os seis padres necessrios deve-se criar uma raquete com uma cor cinza chapada, e do outro lado desta raquete de cor uniforme deve conter um desenho que chame a ateno do paciente, como um rosto, um palhao. Que pode ser visto na figura abaixo.

4.1.3 BROKEN WELL TEST 25

Para a construo do broken os fatores de maior importncia so pneus que so anis de landolt. Os anis de landolt so crculos de tamanho de 5 minutos de arco com espessura e abertura de 1 minuto de arco projetados para uma distancia 3m, usando a seguinte formula T = D x tan(). Os anis tm a seguinte configurao:
Equivalente de Snellen 20/200 20/100 20/70 20/50 20/30 20/25 20/20 20/15 ngulo visual minutos 10,00 5,00 3,50 2,50 1,50 1,25 1,00 0,75 Tamanho do caractere 43,6mm 21,8mm 15,3mm 10,9mm 6,5mm 5,5mm 4,4mm 3,3mm

Estes anis devem ser inseridos como as rodas do carro, com as aberturas orientadas a 0, 90, 180, 270 graus aleatoriamente, o corpo do carro deve possuir as linhas mais finas possveis para que no tenha maior destaque que os pneus. Os carros devem compreender as escalas de 20/200 a 20/15 e so construdos em livretos separados, um com os pneus furados e outro com pneus inteiros.

26

4.2 Testes Sensoriais

4.2.1 TAMBOR OPTOCINTICO

O tambor optocintico consiste em um cilindro em torno de 20cm de dimetro com uns 30cm de comprimento o mesmo inserido em um cabo giratrio, este cilindro pode ser feito com vrios materiais como latas, canos, etc. Quanto as suas caractersticas o mesmo pode ser listrado ou com figuras coloridas. Se for listrado deve ter suas listras de tamanho 0.25cpcm (2cm) e se for com figuras estas devem ter no mximo 3cm com espaamento horizontal de 3cm. Cabe ressaltar que o tambor com figuras coloridas prendem mais a ateno do paciente.

27

4.2.2 LUZES DE WORTH

Este equipamento de fcil construo, para construirmos as luzes de worth podemos utilizar ploter ou papel adesivo que so recortados e colocados sob uma lamina de vidro com as seguintes configuraes. Crculos devem medir 3cm de dimetro e ter um espaamento entre os crculos 3cm, entre os crculos o fundo deve ser de cor preta. O mesmo deve ser retro iluminado de modo que apaream somente os crculos coloridos que so distribudos da seguinte forma, na parte superior deve ser

inserido o circulo vermelho, na parte inferior o filtro branco e nas laterais os filtros verdes, como o desenho abaixo: Um fator importante a ser observado que as cores a serem usadas devem ser anuladas pelos filtros correspondentes, ou seja, o filtro vermelho deve anular a cor verde e o filtro verde deve anular a cor vermelha.

28

4.2.3 BAGOLINE

O bagoline de fcil construo pois o que necessitamos de duas laminas de acrlico transparente, uma armao de culos, uma rgua e um objeto de ponta fina com uma agulha ou alfinete para fazermos as estrias no acrlico. Primeiramente deve-se pegar o acrlico e fazer as estrias que distam no maximo 1mm uma das outras obtendo assim uma espcie de lentes listrada, uma observao importante que o bagoline no deve diminuir a acuidade visual mas sim produzir raios nas imagens que se observa. Posterior a isto deve-se colocar as lentes na armao sendo que umas das lentes deve ter o eixo das estrias a 45 e a outra a 135 com mostra a figura a baixo.

4.3 Testes de Reabilitao

4.3.1 PS IMAGEM

Para construirmos um aparelho de ps imagem necessitamos de um flash de maquina fotogrfica e material para cobrirmos a luz de forma que possamos produzir desenhos sobre ela. Para isto podemos usar ploter, papel adesivo ou at transparncias impressas no computador, dede que estes no permitam que a luz passe.

29

Ento teremos que desenhar ou recortar alguns desenhos que medem 2mm de largura e tem em media 3cm de altura desde estes caibam em frente ao flash. Um bom exemplo de desenho so os seguintes:

Obs: a luz deve passar somente pelos locais transparentes, onde esta tampado com o material no pode passar luz.

4.3.2 ESTIMULADOR VISUAL CAM

Este equipamento um dos mais complexos a serem desenvolvidos que est relatado nesta pesquisa. Primeiramente deve-se fazer uma caixa ou invlucro para acomodar os componentes que iro dar movimento aos discos giratrios, esta caixa pode ser feita se madeira, acrlico, alumnio conforme a disponibilidade da pessoa que ira constru-la, esta caixa consiste em uma bancada na forma de uma maquina de escrever que mede em torno de uns 40cm de largura por uns 20cm de comprimento conforme o desenho abaixo.

30

Todos estes valores podem ser alterados o que devemos levar em considerao que o paciente quando posicionado sobre o equipamento deve se sentir confortvel para poder desenhar ou escrever. Para impulsionar os crculos devemos usar um motor que tenha uma rotao a cada minuto para isto podemos utilizar uma maquina de relgio que seja continuada e que os segundeiros no andem em salto ou um outro motor que gire a uma rotao por minuto, por exemplo, se usarmos um motor de secador de cabelo ou de um liquidificador, o que temos que fazer colocarmos um regulador de voltagem para diminuirmos as rotaes do mesmo, enfim pode ser usado qualquer tipo de aparato para impulsionar os discos desde que este produza uma rotao a cada minuto nos discos. Em relao aos discos estes devem ser feitos, usando o mesmo principio das raquetes de mirada preferencial, ou seja, o ciclo por centmetro (CPCM) no total so sete discos listrados com 0.5, 1, 2, 3, 4, 6 e 8 ciclos que devem ser construdos de forma que seja de fcil troca no equipamento. Estes discos medem em torno de vinte centmetros de dimetro e quanto mais leve for o material com que so feitos, mais fcil ser de encontrar aparelhos que o faam girar. Um fator importante que se coloque uma tampa transparente por cima do equipamento para que o paciente ao desenhar no toque nos discos impedindo assim o seu funcionamento.

31

4.3.3 CRCULOS DE ACOMODAO Para construirmos os crculos de acomodao necessitamos apenas de folhas de transparncia. Os crculos devem ser concntricos sendo que o primeiro circulo possui 25mm de dimetro e 2mm de espessura, o segundo circulo possui 17mm de dimetro e 1,5mm de espessura e o terceiro circulo mede 10mm de dimetro e 1mm de espessura, no centro deste terceiro circulo deve ser feito um desenho de uns 3mm como mostra a figura abaixo, que est em seu tamanho real.

4.3.4 ESTERIOGRAMAS

Os esteriogramas podem ser construdos utilizando-se de cartolina branca, no formato de seis centmetros por onze centmetros, os desenhos devem ter dimetro de trs centmetros e devem ser feitos de forma que o paciente ao executar o teste funda duas imagens incompletas em uma s imagem completa. Os traos dos desenhos devem ter em mdia 1,5mm de espessura e serem pretos. 32

Cabe lembrar que a distncia entre o centro de uma figura a outra deve ser de 65mm, como uma mdia das distancias pupilares. Um bom exemplo o desenho abaixo e os do apndice D.

4.3.5 LANTERNAS VERMELHO VERDE

Para a construo das lanternas vermelho verde necessitamos de duas lanternas e dois materiais para serem utilizado como filtros, sendo um vermelho e o outro verde, estes filtros pode ser feitos de plsticos coloridos acrlicos ou at lentes tingidas. O que temos que observar se as lanternas possuem foco definido e se a luz colorida que projetada pela lanterna, pode ser anulada pelos filtros que esto diante do paciente.

33

4.3.6 SEPARADOR DE REMY

Os separadores de remy so construdos com acrlico de 4mm de espessura em media por serem mais resistentes quebra, para isto ento necessitamos de chapa de acrlico incolor e acrlico preto. O acrlico incolor devemos recort-lo com uma medida em torno de 7 cm por 11cm e com uma abertura para encaix-lo como no exemplo abaixo:

Os desenhos do separador podem ser os mesmos dos esteriogramas que so feitos na cor preta que neste caso ficam sob um fundo incolor, j o acrlico preto deve ser recortado na forma de uma pistola com uma abertura na extremidade para o encaixe do acrlico incolor, este cabo mede em torno de 30cm, como o exemplo seguinte:

Cabe ressaltar que quanto mais desenhos sejam feitos mais atrativo se torna este tratamento para o paciente.

34

4.3.7 CHEIROSCPIO

O cheiroscpio pode ser construdo de madeira, acrlico ou at mesmo de alumnio. Este equipamento consiste em um quadrado de 40cm de extenso por 20cm de altura, com uma largura de 11cm, na sua parte superior possui dois orifcios de 3cm de dimetro que distam 2cm um do outro. O aparelho deve conter um espelho inclinado que reflita a parede interna do equipamento, como o demonstrado na figura abaixo.

Quando este equipamento for construdo, o ideal que se coloque-o sobre uma base que permita inclin-lo para facilitar a pratica do tratamento para o paciente.

35

5 CONSIDERAES FINAIS
Esta pesquisa proporciona uma forma simplificada de construir materiais optomtricos, alem de demonstrar que com algum conhecimento cientfico e criatividade pode-se desenvolver muitos outros materiais utilizando-se do senso lgico. Este tema ser mais bem aprofundado quando a necessidade pelos aparelhos optomtricos se tornar mais evidente, pois um tema to abrangente como este poder ainda ser mais bem pesquisado quando buscarmos literaturas no exterior.

36

REFERENCIAS
AGUILAR, Mariano. MATEOS, Felipe. ptica fisiolgica tomo 02, Universidad Politcnica de Valencia, 1994. ALVES, Aderbal de Albuquerque, Refrao. 3. ed. Rio de Janeiro: Cultura Mdica, 2000. DANTAS, Adalmir Monter, Oftalmologia Peditrica, Rio de Janeiro, Editora Cultura Mdica, 1995. BARDINI, Rossana. Anlisis y tratamiennto de los problemas visuales em optometria comportamental. Bruselas. Sociedad europea de optometria, 1989. _____. La funcin visual em el anlisis optomtrico . Madrid. Grfiacas Valencia SA. 1983. EDWARDS, Keith, LLEWELLYN, Richard. Optometria. Barcelona. Masson, S.A. 1993. ELDER, Duke, Prtica de refrao em oftalmologia . So Paulo: Livraria Atheneu, 1984. GARCIA, M. Rosa Borr; FARRAN, Marina Casta; PARRA, Juan Carlos Ondategui, Optometria (manual de exmenes clnicos). 3. ed. Mxico: Alfaomega grupo editor, 2001. MOREIRA, Jos Belmiro de Castro. Oftalmologia Clnica e Cirurgica, Rio de Janeiro. Editora Atheneu, 1995. PEREIRA, Helena Bonito Couto, Dicionrio escolar de espanhol: Michaelis. So Paulo: Melhoramentos Ltda, 2002.

37

PICKWELL, David, Anomalias de la visin binocular . 2. ed. Espanha: Ediprint, S.C.C.L., 1996 SCHEIMAN, Mitchell e WICK, Bruce, Disfuncin Acomodativa. Philadelphia: J. B. Lippincott Company, 1994. SPALTON, David J; HITCHINGS, Roger A; HUNTER, Paul A. Atlas colorido de oftalmologia clinica. 2. ed. So Paulo: Manole, 1995. VAUGHAN, Daniel G., ASBURY, Taylor, RIORDAN-EVA, Paul. Oftalmologia geral. 4. ed. So Paulo: Atheneu Editora, 1998. RIO, Emilio Gil del, ptica Fisiolgica Clinica, 5 ed, Barcelona, Editora Toray, 1984.

38

Anexos

39

Apndice A Valores esperados no teste de olhar preferencial

40

Apndice B Exemplos de Optotipos de Bailey Louie

41

42

Você também pode gostar