PROCESSOS DE FUNDIO

24de Agosto de 1961: inaugurao oficial das instalaes do Seixal da Siderurgia Nacional.

Pas sem siderurgia, no um pas, uma horta

ANLISE DE UMA SIDERURGIA

FLUXO

ANLISE DE UMA SIDERURGIA

Preparao do minrio e do coque Alto forno Acearia Vazamento/fundio Laminagem e forja Acabamento
O alto-forno constitui ainda o principal aparelho utilizado na metalrgica do ferro. A partir dos primeiros fornos, dos tipos mais rudimentares, em que os gases eram perdidos na atmosfera, constantes aperfeioamentos tcnicos vm sendo introduzidos e a capacidade diria paulatinamente elevada, aproximando-se, nos dias atuais, de 10.000 toneladas de ferro gusa em 24 horas.

FERRO COMO ELEMENTO DA NATUREZA

As matrias-primas necessrias para a obteno do ao so: o minrio de ferro, principalmente a Magnetite O4Fe3, hematite, (Pirites 48% ferro)
Mineral de ferro um oxido ou outros minerais que se tm de transformar em xidos. Coque metalrgico Combustvel duro com pouco enxofre. Fundente Serve para se combinar com a slica
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MATRIA PRIMA PARA CARREGAMENTO DO ALTO FORNO

COQUE E CALCRIO

PROCESSOS DE OXIDAO
Chama-se oxidao ao fenmeno da combinao de uma substncia com o oxignio. Portanto se uma substncia pela ao direta do oxignio ou por outro meio qualquer, aumentou a sua percentagem ou teor de oxignio, diz-se que sofreu uma oxidao.

A metalurgia do ferro consiste essencialmente na reduo do xidos dos minrio de ferro, mediante o emprego de um redutor, que um material base de carbono- o carvo- o qual atua igualmente como combustvel e, indiretamente, supridor do carbono para as ligas ferro-carbono de alto carbono, que so os principais produtos do alto-forno.
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PROCESSOS DE REDUO
Chama-se reduo ao fenmeno pelo qual se d o desaparecimento ou diminuio do teor de oxignio duma substncia. H substncias que favorecem as oxidaes; tais substncias chamam-se oxidantes. Pelo contrrio, h substncias que favorecem as redues; tais substncias dizem-se redutoras. Como substncias oxidantes, podemos citar o oxignio do ar e, duma maneira geral , todas as substncias que tm grande % de oxignio com tendncia a liberta-lo. o caso do carbono e do oxido de carbono, que captando o oxignio de outras substncias se combinam com ele para formar respetivamente xido de carbono e anidrido carbnico.

Reduo de um mineral de magnetite O4Fe3.

C+O -> CO xido de carbono e CO+O->CO2 anidrido carbnico

O4Fe3+2C ->3Fe+2CO2
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ALTO FORNO
O alto forno carrega-se com minrio, coque metalrgico e fundente castina alternadamente e em marcha continua. Para obter uma tonelada de gusa usa-se cerca de 2000kg de minrio com 60% de ferro, 1000kg de coque e 400kg de fundente castina.

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CONSTRUO DO ALTO-FORNO

Como se v, trata-se de uma estrutura cilndrica, de grande altura, que compreende essencialmente uma fundao e oforno propriamente dito. Esta, por sua vez, constituda de trs partes essenciais: cadinho, rampa e cuba.

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CADINHO
O cadinho corresponde parte do alto-forno onde se acumulam o metal fundido e a escria, resultantes das reaes que ocorrem no seu interior. O cadinho tem forma cilndrica e construdo em chapa grossa de ao, com revestimento interno de material refratrio de natureza slicoaluminosa ou de blocos de carbono. Entre a chapa de ao e o revestimento refratrio so colocadas placas retangulares de ferro fundido, contendo no seu interior tubos de gua, por onde esta circula, promovendo o resfriamento e proporcionando, assim, melhor condio do material suportar as temperaturas elevadas que ocorrem nessa regio e as presses devidas ao peso da carga. O dimetro do cadinho, dependendo da capacidade do forno, pode ser mais ou menos igual ou maior que 10 metros. A altura do cadinho supera frequentemente 4 metros. Na parte inferior do cadinho, acerca de 1m do fundo, situa-se o furo de corrida do gusa, o qual, durante a operao do forno, permanece fechado com massa refrataria colocada sob presso e,por Acima do furo de corrida do gusa, a cerca de 2,0 a 2,40m do fundo , situam-se os furos de corrida de escria, geralmente em nmeros de dois. Na parte superior do cadinho, a cerca de 3,25m do fundo situam-se as ventaneiras , atravs das quais soprado ar pr-aquecido e sob presso. O nmero de ventaneiras, de formato cnico, construdas de cobre e refrigeradas a gua, varia de 20 a 32

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RAMPA
A rampa tem formato tronco-cnico; suas dimenses variam desde o dimetro do cadinho at 10,5 ou mais, com altura que pode superar 4m. A rampa corresponde zona, de certo modo, mais quente: a a espessura do refratrio menor que a do cadinho, exigindo, em conseqncia, um resfriamento externo mediante o emprego de placas metlicas por onde circula a gua. A inclinao da rampa da ordem de 80 a 82 em relao horizontal,

Cuba
A cuba, tambm de forma tronco-cnica, tem a seo menor voltada para cima, no topo ou goela. Sua altura, a partir da rampa, pode superar 25m
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REAES NO ALTO FORNO

Transformao (RODUO) do minrio em gusa; Combusto do coque para aquecimento do alto Forno e libertao de CO que o elemento redutor do minrio; O CO2 libertado nas reaces de reduo reage com o Carbono dando origem ao aparecimento de mais CO; medida que o minrio vai descendo dentro do Alto forno, para alm das reaces de reduo do oxido de ferro, tambm se verifica a reduo e eliminao do mn, P, Si

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FAZ A LEGENDA DA IMAGEM:

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RECUPERADORES
Recuperador de calor so constitudos por uma srie de canais de material refratrio, que so aquecidos pelos gases vindos do alto forno antes de seguirem para a chamin. Os recuperadores trabalham alternadamente a aquecer o ar que se injeta no forno ou a serem aquecidos pelos gases que saem deste pela parte superior e se dirigem para a chamin.

Torre cilndrica (30m e dimetro de 7m) Cmara de combusto Tubos refratrios silcio aluminados Temperatura 1300C Temperatura de sada 800 C

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SISTEMA DE LIMPEZA
O alto-forno tem um sistema de limpeza cujo composto pelos seguintes acessrios: Coletor de poeiras

Grande cilindro (15m e dimetro de 6m) Elemina resduos dos gases de escape Ao entrarem, diminuem de velocidade, mudam se sentido e depositam por gravidade. As poeiras ferrosas so eliminadas por magnetizao.

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SISTEMA DE LIMPEZA

Lavadores, que empregam, atualmente, um precipitador eletrosttico, o qual permite a gerao de um campo eltrico que ioniza as partculas de p, atraindo-os para as paredes do parelho. Da so levadas ao fundo, por intermdio de uma camada de gua que escorre pelas paredes.

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PRODUTOS DO ALTO-FORNO
O principal produto do alto-forno o ferro gusa, cuja utilizao feita nas aciarias, para onde encaminhado no estado lquido e transformado em ao. O ferro fusa ainda utilizado no estado slido como principal matria-prima das fundies de ferro fundido. H vrios tipo de ferro gusa, basicamente, uma liga ferro-carbono de alto teor de carbono e teores variveis de silcio, mangans, fsforo e enxofre, devido as matrias-primas utilizadas e o processo de produo. De uma modo geral, a maioria dos ferros gusas possveis de serem obtidos em alto-forno est compreendida na seguinte faixa de composies: Carbono - 3 a 4,5% Silcio - 0,5 a 4,0% Mangans - 0,5 a 2,5% Fsforo - 0,05 a 2,0% Enxofre - 0,20% max. A escria tambm uma produto do alto-forno, depois de solidificada pode ser empregado como lastro de ferrovias, material isolante, etc. Sua mais importante aplicao d-se na fabricao do chamado cimento metalrgico.

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DIAGRAMA FERRO CARBONO

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OBTENO DE GUSAS
Inicialmente tem-se o minrio de ferro na forma de minrio, que composto pelo metal ferro (Fe) e por impurezas denominadas ganga. Primeiro, necessrio liberar o Fe da ganga usando um redutor, que nesse caso o coque. A reduo do minrio de ferro nada mais do que a retirada do oxignio. Para que a reduo ocorra necessrio fornecer uma grande quantidade de calor que obtida da prpria queima do coque. O oxignio liberado se junta a uma parte do carbono presente no coque e forma alguns dos resduos desse processo, que so: monxido de carbono (CO) e dixido de carbono (CO2). O Fe j em estado lquido liga-se tambm ao carbono presente no coque e se acumula no fundo do alto forno (cadinho). Os fundentes ajudam na aglomerao da ganga formando a escria.

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DENTRO DO ALTO FORNO, TEM-SE A SEGUINTE SEQUNCIA DE ACONTECIMENTOS:

Introduz-se a carga, composta de Minrio de ferro, coque e fundente; Entre 300C e 350C ocorre a dessecao o vapor de gua contido na carga eliminado; Entre 350C e 750C ocorre a reduo o xido de ferro (minrio de ferro) perde o oxignio. Entre 750C e 1150C ocorre carburao o Fe combina-se com o carbono formando o ferro gusa; Entre 1150C e 1800C ocorre a fuso o gusa passa para o estado lquido. Em torno de 1600C ocorre a liquefao o gusa se separa da escria

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GUSA

Embora o ferro gusa seja uma liga constituda basicamente de Fe + C, ainda no pode ser considerado ao devido ao seu elevado teor de carbono que fica entre 4% e 4,5%. Para que esse valor chegue a nveis compatveis com o do ao (2,11%C no mximo) necessrio o processo de converso do ferro gusa em ao, que acontece na prxima etapa. Aps sangria do alto forno , a Gusa armazenada em misturadoras com a finalidade de: Homogeneizar a sua composio Armazenar quantidades de matria prima Reduzir a presena de enxofra por adio de mangans (formao de MnS que se formando MnO e gs sulfuroso que se libertam da Gusa)

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GUSAS

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MISTURADOR DE GUSAS
O misturador um equipamento intermdio, com a funo de armazenar e levar o ferro gusa at ao conversor, sem permitir o arrefecimento.

Homogeneizar a sua composio; Armazenar maiores quantidades de matria prima; Reduzir a presena de enxofre por adio de mangans

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OBTENO DE GUSAS

A Gusa em seguida tratada nos convertidores, fornos Martin ou fornos Eltricos

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CLASSIFICAO DOS PROCESSOS

Quanto a acidez ou basicidade: Bsico quando se utiliza xido de calcrio ou cal para eliminar o enxofre e o fosforo e com refratrios de xido de mangans ( Bsicos) ou de trixido de crmio (neutros); cido quando se utiliza granito para formao de escria e refratrios base de silcio.

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CLASSIFICAO DOS PROCESSOS

Quanto origem da fonte de aquecimento; Processos em que a finte de calor obtida pela combusto de gases, petrleos ou de energia eltrica; Processos em que a fonte se deve a reao de O2 (oxido de ferro e impurezas.
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IMPUREZAS
O enxofre uma impureza muito difcil de ser eliminada. No ao, podese combinar com o ferro e formar o sulfeto ferroso (FeS), que faz o ao se romper, com facilidade ao ser laminado, forjado ou vergado em temperaturas acima de 1.000C. Assim, o teor mximo de enxofre permitido de 0,05%.

O enxofre provm da pirites, SFe, ou do coque que se usa no alto forno, para separar o enxofre do coque, utiliza-se a cal, que se junta na carga do forno de preparao do ferro., deste modo forma-se o sulfurete de clcio, Sca, que se separa do ferro com a escria.

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IMPUREZAS
O fsforo um elemento cuja quantidade presente no ao deve ser controlada, principalmente, nos aos duros, com alto teor de carbono. Quando ultrapassa certos limites, ele faz o ao ficar mais duro ainda e, por isso, mais frgil a frio. Isso quer dizer que a pea de ao, com valores indesejveis de fsforo, pode quebrar facilmente quando usada em temperatura ambiente. Um teor de fsforo em torno de 0,04% faz o ao se romper se for deformado a quente, porque forma um composto que se funde a uma temperatura muito menor (1.000C) que a do ferro (1.500C). Em aos de baixo teor de carbono, por outro lado, seu efeito nocivo menor, pois nesse caso o fsforo auxilia no aumento da dureza, e tambm aumenta a resistncia trao, a resistncia corroso e a trabalhabilidade.

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OBTENO DOS AOS

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OBTENO DOS AOS

Os aos so constitudos de Ferro e Carbono, sendo que o carbono no mximo de 2% na composio. Tambm possui como impurezas (elementos qumicos alm de Ferro e Carbono, abaixo de 2%) os elementos Silcio, Mangans, Fsforo e Enxofre. O teor de carbono num ao aumenta sua dureza e resistncia, porm abaixa sua soldabilidade (facilidade de se soldar) e ductilidade (capacidade de se alterar o formato do material permanentemente).

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OBTENO DOS AOS

Podemos classificar os aos em 3 categorias: - Baixo Carbono: quando o teor de carbono menos que 0,30%. utilizado para chapas, perfis estruturais, barras, tubos, arames e estruturas. - Mdio Carbono: quando o teor de carbono est entre 0,30% e 0,60%, utilizado para chapas, barras, tubos, eixos, engrenagens, trilhos, machados, faces, entre outros elementos de mquinas e ferramentas.

- Alto Carbono: quando o teor de carbono est entre 0,60% e 1,20%, utilizado principalmente para barras, ferramentas industriais, matrizes, ferramentas para preensagem, etc.
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PROCESSOS MAIS UTILIZADOS PARA

OBTENO DE AOS

Conversores

Aos so ligas ferrocarbnicas em que a percentagem de carbono oscila entre 0.10% e 1.5%. Os aos obtm-se, exclusivamente, a partir das gusas que constituem, atualmente, a primeira etapa da preparao dos ferros. Os mtodos usuais de preparao so: processo dos conversores; processo Siemens-Martin; processo dos fornos de cadinho; processo dos fornos eltricos.

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CONVERSOR - BESSEMER
constitudo por uma carcaa de chapas de ao, soldadas e rebitadas. Essa carcaa revestida internamente, com uma grossa camada de material refratrio, isto , aquele que resiste a altas temperaturas. Seu fundo substituvel e cheio de orifcios por onde entra o ar sob presso.

Este forno no precisa de combustvel. A alta temperatura alcanada e mantida, devido s reaes qumicas que acontecem quando o oxignio do ar injetado entra em contato com o carbono do gusa lquido.

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PROCESSOS MAIS UTILIZADOS PARA

OBTENO DE AOS

Forno Martin
Bastante semelhante ao Bessemer: ele tambm basculante, tambm processa gusa lquida e tambm usa ar nesse processo. A diferena est no revestimento refratrio desse conversor, que feito com um material chamado dolomita, que resiste ao ataque da escria base de cale , por isso, esse material permite trabalhar com uma gusa com alto teor de fsforo. As reaes qumicas que acontecem dentro desse conversor so as mesmas que acontecem no conversor Bessemer, ou seja Oxidao das impurezas, combusto do carbono e oxidao do ferro. Esse processo porm tem duas desvantagens: no elimina o enxofre da gusa e o revestimento interno do forno atacado pelo silcio. Assim, a gusa deve ter baixo teor de silcio.

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PROCESSOS MAIS UTILIZADOS PARA

OBTENO DE AOS

ConversorLD

Usa tambm o principio da injeo do oxignio. A diferena que o oxignio puro soprado sob presso na superfcie do lquido. Essa injeo feita pela parte de cima do conversor. A injeo do oxignio feita por meio de uma lana metlica composta de vrios tubos de ao. O jato de oxignio dirigido para a superfcie da gusa lquida e essa regio de contato chamada de zona de impacto.
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PROCESSOS MAIS UTILIZADOS PARA

OBTENO DE AOS

ConversorLD
A Na zona de impacto, a reao de oxidao muito intensa e a temperatura chega a atingirentre2.500 e 3.000C.Nesse conversor, a contaminao do ao por nitrognio muito pequena porque se usa oxignio puro. Isso um fator importante para os aos que passaro por processo de soldagem, por exemplo, pois esse tipo de contaminao causa defeitos na solda.

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VANTAGENS NA UTILIZAO DE
CONVERSORES Alta capacidade de produo, dimenses relativamente pequenas, simplicidade de operao e o fato de as altas temperaturas no serem geradas pela queima de combustvel, mas pelo calor que se desprende no processo de oxidao dos elementos que constituem a carga de gusa lquido.

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DESVANTAGENS NA UTILIZAO DE
CONVERSORES Impossibilidade de trabalhar com sucata, Perda de metal por queima, Dificuldade de controlar o processo com respeito quantidade de carbono, Presena de considervel quantidade de xido de ferro e de gases, que devem ser removidos durante o vazamento (operao de descarga do conversor).

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PRODUTO FINAL DOS CONVERSORES

aos usados na fabricao de chapas, Tubos soldados, Perfis laminados, arames.

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TRANSFORMAO DE SUCATA EM AO
nos fornos eltricos que se transforma sucata em ao. Por esse processo transforma-se energia eltrica em energia trmica, por meio da qual ocorre a fuso do gusa e da sucata, sob condies controladas de temperatura e de oxidao do metal lquido. um processo que permite, tambm, a adio de elementos de liga que melhoram as propriedades do ao e lhe do caractersticas excecionais. Os fornos eltricos so basicamente de: A arco eltrico; De induo;

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FORNO ELTRICO DE ARCO

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FORNO ELTRICO DE ARCO

constitudo de uma carcaa de ao feita de chapas grossas soldadas ou rebitadas, de modo a formar um recipiente cilndrico com fundo abaulado. Essa carcaa revestida na parte inferior (chama da soleira), por materiais refratrios ,de natureza bsica (dolomita ou magnetita) ou cida (slica), de pendendo da carga que o forno vai processar.

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FORNO DE INDUO
O conjunto que compe esse forno formado de um gerador com motor de acionamento, uma bateria de condensadores e uma cmara de aquecimento. Essa cmara basculante e tem, na parte externa, a bobina de induo. O cadinho feito de massa refratrias, dentro dessa cmara, sucata funde-se por meio de calor produzido dentro da prpria carga.

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VANTAGENS DA PRODUO DO AO NOS FORNOS ELTRICOS:

Maior flexibilidade de operao; Temperaturas mais altas; Controle mais rigoroso da composio qumica do ao; Melhor aproveitamento trmico; Ausncia de problema de combusto, por no existir chama oxidante; Processamento de sucata.
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DESVANTAGENS DA PRODUO DO AO
NOS FORNOS ELTRICOS

Principais desvantagens so o custo operacional (custo da energia eltrica) e abaixa capacidade de produo dos fornos.

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INFLUNCIA DOS ELEMENTOS QUE SE

ADICIONAM

Carbono:

Corpo simples
Diamante carbono puro cristalizado Grafite Carbono puro cristalizado com agregado molecular diferente do diamante Carvo carbono impuro, amorfo

Corpo composto
Compostos orgnicos (animais e vegetais) Compostos inorgnicos (carbonatos, carbonetos)

Forma ligas com Fe at 6%

Liga ferrocarbnica C no estado livre Grafite combinao (CFe3 cementite)

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INFLUNCIA DOS ELEMENTOS QUE SE

ADICIONAM

Carbono

A influncia do carbono no proporcional respetiva percentagem

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INFLUNCIA DOS ELEMENTOS QUE SE

ADICIONAM

Silcio (Si)

um agente desoxidante na produo do ao. Aumenta a resistncia corroso e a resistncia trao, mas prejudica a soldagem. O silcio aumenta significativamente a resistividade eltrica do ao e, por isso, aos com silcio so amplamente usados em ncleos magnticos (motores, transformadores, etc) devido s menores perdas com as correntes parasitas que se formam.

Favorece a formao de grafite, favorece o aparecimento de carbono. Tm um aspeto de cinzento (fratura). Nos aos aumenta a resistncia flexo

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INFLUNCIA DOS ELEMENTOS QUE SE

ADICIONAM

Mangans (Mn)

Em mdia, para cada 1% de mangans, a resistncia trao aumenta 100 MPa. Para aos temperveis, aumenta a dureza aps o processo de tmpera.

Favorece a formao de cementite: Esbranquiada Gusas brancas Atua como redutor melhora combinao com o O2 que o Fe

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INFLUNCIA DOS ELEMENTOS QUE SE

ADICIONAM

Fsforo (P).

considerado um elemento prejudicial, resultante do processo de produo. Torna o ao frgil, efeito que se acentua com o aumento do teor de carbono. Assim, os teores mximos permitidos devem ser controlados com rigor em aos para aplicaes estruturais ou crticas.

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INFLUNCIA DOS ELEMENTOS QUE SE

ADICIONAM

Enxofre (S).

na maioria dos casos, um elemento indesejvel, oriundo do processo de produo. Se combinado com o ferro na forma de sulfeto, deixa o ao quebradio. Entretanto, se combinado com o mangans no forma do respetivo sulfeto, favorece a trabalhabilidade com a formao de cavacos que se quebram facilmente.

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INFLUNCIA DOS ELEMENTOS QUE SE

ADICIONAM

Nquel (Ni): em mdia, para cada 1% de nquel, a resistncia trao aumenta 40 MPa, mas o limite de elasticidade mais favorecido. Melhora significativamente a capacidade de tmpera, possibilitando reduo da velocidade de resfriamento. O nquel altera a alotropia do ferro e teores acima de 25% fazem reter a austenita em temperaturas usuais, fazendo um ao austentico, que no magntico e bastante resistente corroso. Com 36% de Ni, o ao tem o menor coeficiente de dilatao trmica e usado em instrumentos de medio. Em conjunto com o cromo, o ao pode ser austentico com a combinao 18% Cr e 8% Ni.

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INFLUNCIA DOS ELEMENTOS QUE SE

ADICIONAM

Cobalto (Co): aumenta a dureza do ao sob altas temperaturas.

Resistncia do ao + Limite elstico sem aumentar a dureza + Aos com cerca de 2% Co bastante flxiveis

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INFLUNCIA DOS ELEMENTOS QUE SE

ADICIONAM

Cromo (Cr): melhora a resistncia corroso (ao com cerca de 12% Cr resiste ao da gua e de vrios cidos), aumenta a resistncia trao (em mdia, 80 MPa para cada 1% de cromo), melhora a facilidade de tmpera, aumenta a resistncia alta temperatura e ao desgaste.
Resistncia do ao + Dureza do ao + Suporta grandes prees

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INFLUNCIA DOS ELEMENTOS QUE SE

ADICIONAM

Vandio (Va): refina a estrutura do ao, impedindo o crescimento dos gros. Forma carbonetos duros e estveis e usado em aos para ferramentas para aumentar a capacidade de corte e dureza em altas temperaturas.

Menos de 1% de Va aumenta o limote e a carga de rotura dos aos. A maior aplicao em conjunto com o Cr, aos Cr-Va com elevada resistncia fadiga.

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INFLUNCIA DOS ELEMENTOS QUE SE

ADICIONAM

Molibdnio (Mo): melhora a resistncia a altas temperaturas, a resistncia ao desgaste e a dureza aps a tmpera. Para aos inoxidveis, melhora a resistncia corroso. Alumnio (Al): usado em pequenas propores, como desoxidante e agente de controle do crescimento dos gros Tungstnio (W): aumenta a resistncia trao em altas temperaturas. Forma carbonetos bastante duros e usado em aos para ferramentas (aos rpidos).

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FICHA DE TRABALHO

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OBTENO DOS FERROS FUNDIDOS

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OBTENO DO FERRO FUNDIDO

Quando o teor de Carbono passa de 2% , o ao se torna muito duro, e passa a ser chamado de Ferro Fundido. Alm disso, os aos podem ser usados em forma de Ao-liga. Isso se d quando adicionado mais elementos qumicos composio do ao comum, dando-o propriedades especiais que um ao comum no teria, como por exemplo, o Ao Inox, um ao-liga de Cromo, que na quantidade certa, torna o ao inoxidvel. Podemos tambm acrescentar elementos qumicos para tornar o ao mais resistente temperaturas, mais duro, mais dctil, entre outras caractersticas.

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FORNO CUBIL
A gusa retirada do alto-forno pode ser solidificada em blocos. Refundido num forno cubil, junto com sucatas de ferro fundido e ao d origem ao ferro fundido. um ferro de segunda fuso. utilizado para a fabricao de peas fundidas. A temperatura de fuso em torno de 1200 C.

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FERROS FUNDIDOS
Usados em geral para: Resistncia ao desgaste Isolamento de vibraes

Componentes de grandes dimenses

Peas de geometria complicada Peas onde a deformao plstica inadmissvel
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FERROS FUNDIDOS CARACTERSTICAS GERAIS

POSITIVAS NEGATIVAS

Baixo ponto de fuso (relat. aos aos) Elevada dureza e resist. ao desgaste Boa resistncia corroso

Grande fragilidade, logo, baixa ductilidade Deformao plstica impossvel temperatura ambiente Difceis de maquinar

Versatilidade de propriedades e aplicaes

Soldadura muito limitada

Domnio elstico no-linear
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FERROS FUNDIDOS TIPOS BSICOS

FF CINZENTO (Gray iron) FF DCTIL (Spheroidal iron) FF BRANCO (White iron) FF MALEVEL (Malleable iron) Existe sobreposio de composio qumica, pelo que s se distinguem atravs do processamento!

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Tipos bsicos de ferros fundidos, consoante a sua composio, microestrutura e processamento

A Ferrite P Perlite Gf Grafite em flocos Gn Grafite nodular Gr Grafite em rosetas

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FERRO FUNDIDO CINZENTO

MICROESTRUTURA
2,5%C4,0 ; 1,0%Si3,0 Baixa veloc. arrefecimento => Carb. solidifica em forma de grafite (flocos) forma estvel A matriz ferrtica (veloc. baixa) ou perltica (veloc. moderada) Flocos de grafite actuam como entalhes, baixando a tenacidade e a resistncia

PROPRIEDADES
Elevada fluidez=>peas complicadas Boa maquinabilidade (flocos) Grande resist. ao desgaste (grafite) Excelente amortecedor de vibraes Bom comp., mau traco (frgil) Razovel resist. corroso Soldadura difcil Baixo custo (mais barato)

TRATAMENTOS TRMICOS
Recozimentos para alvio de tenses (taxas de arref. diferentes) ou para facilitar a maquinagem (obtendo matriz ferrtica) Tmpera e revenido, ou austmpera, para obteno de martensite (maior dureza) Tratamentos trmicos atuam 70 apenas na matriz=>obteno de grafite em flocos irreversvel

APLICAES
Ferro fundido mais usado (75%) Fundio mecnica em geral Blocos de motores Engrenagens de grandes dimenses Mquinas agrcolas Carcaas e suportes de mquinas Tubagens

FERRO FUNDIDO CINZENTO

NOMENCLATURA
No se faz pela composio qumica, mas sim pela resistncia ASTM A48 Classe 20, 30, ... A Classe determina a resistncia traco mnima, em 1000 psi

Classe

Resist. mnima traco (psi) 20 000

(MPa)

20

138

25
30

25 000
30 000

172
207

35
40

35 000
40 000

241
276

45
50

45 000
50 000

310
344

71

55
60

55 000
60 000

380
414

FERRO FUNDIDO DUCTIL (ou nodular, ou esferoidal)

MICROESTRUTURA
3,5%C4,0 ; 1,8%Si3,0 Pequenas adioes de Mg e Ce Em vez de flocos formam-se ndulos A matriz ferrtica (veloc. baixa) ou perltica (veloc. moderada) Grafite em ndulos origina maior resistncia, ductilidade e tenacidade

PROPRIEDADES
Alta resistncia, tenacidade e ductilidade Excelente maquinabilidade Possibilidade de deformao a quente Grande resistncia ao desgaste Fluidez boa Soldabilidade melhorada Baixo custo (superior ao ff cinzento)

APLICAES
Desenvolvimento iniciado em 1948 Engrenagens e pinhes Cambotas e cames Juntas universais Mquinas de trabalho pesado Vlvulas Orgos sujeitos a desgaste e impacto em geral

TRATAMENTOS TRMICOS
Recozimentos para alvio de tenses (taxas de arref. diferentes) ou para melhorar a ductilidade Tmpera e revenido Tratamentos trmicos actuam apenas na matriz=>obteno 72 de grafite em ndulos irreversvel

FERRO FUNDIDO DUCTIL

NOMENCLATURA
Faz-se pela ASTM A536, em 5 classes: Classe 5 (60-40-18) Classe 4 (65-45-12) Classe 3 (80-55-06) Classe 2 (100-70-03) Classe 1 (120-90-02) Os nmeros entre parentesis significam: 1 - resistncia mnima traco, em 1000psi 2 - tenso de cedncia mnima traco, 1000psi 3 - extenso de rotura em traco
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FERRO FUNDIDO BRANCO

MICROESTRUTURA
2,0%C3,5 ; 0,5%Si2,0 ; 0,5%Mn (anti-grafitizante) Alta veloc. arrefecimento => Carb. solidifica sob a forma de cementite A extrema dureza e fragilidade da cementite caracterizam este ff Em peas de maior tamanho pode obter-se ff branco superfcie e ff cinzento no ncleo

PROPRIEDADES
Grande resist. compresso e ao desgaste (cementite) Extremamente frgil No pode ser maquinado Soldadura virtualmente impossvel Baixo custo

APLICAES
Principal aplicao a produo de ferro fundido malevel Peas sujeitas a elevada compresso e atrito Esferas de moinhos e rolos de laminadores Elevada taxa de arrefecimento limita o tamanho das peas 74

TRATAMENTOS TRMICOS
O nico tratamento trmico que pode ser feito o tratamento para obteno do ferro fundido malevel

FERRO FUNDIDO BRANCO

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FERRO FUNDIDO MALEVEL

MICROESTRUTURA
% elementos constituintes idnticas ao ferro fundido branco Obtido do ff branco por tratamento trmico de maleabilizao A microestrutura obtida resulta da decomposio da cementite em rosetas de grafite, uma matriz de ferrite, perlite ou martensite

PROPRIEDADES
Variando a taxa de arrefecimento, pode obter-se um largo espectro de propriedades Grande resistncia corroso Boa maquinabilidade e vazabilidade Propriedades similares ao ff dctil Alta resistncia, tenacidade e ductilidade

APLICAES
Temperatura
cementite grafite Martensite Perlite Ferrite Temperatura crtica de transformao

Tempo

Aplicao similares ao ff dctil Peas sujeitas a alta temperatura Elementos de ligao Juntas universais Pequenas 76 ferramentas

FERRO FUNDIDO MALEVEL

NOMENCLATURA
Faz-se pela ASTM A47, com 5 dgitos, correspondentes tenso de cedncia e extenso de rotura em traco
Exemplo: ASTM A47 Classe 32510 (ferro fundido malevel com tenso de cedncia mnima em traco de 32,5ksi e extenso de rotura de 10%) Exemplo: ASTM A47 Classe 35018 (idem de 35,0ksi e extenso de rotura de 18%)

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FERROS FUNDIDOS

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PROCESSOS DE FUNDIO
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Introduo o processo de fabricao de peas metlicas que consiste essencialmente em encher com metal lquido a cavidade de um molde com formato e medidas correspondentes aos da pea a ser fabricada. A fundio um dos processos mais antigos e tambm um dos mais versteis, principalmente quando se considera os diferentes formatos e tamanhos das peas que se pode produzir por esse processo Vantagens e desvantagens Sua principal vantagem obter, de maneira econmica, peas de geometria complexa. As peas fundidas podem ser de materiais ferrosos ou no-ferrosos. A fundio permite a obteno de peas com formas praticamente definitivas, com algumas limitaes de tamanho, formato e complexidade, e tambm o processo pelo qual se fabricam os lingotes. a partir do lingote que se realizam os processos de conformao mecnica para a obteno de chapas, placas, perfis, etc.80

O processo de fundio aplica-se a vrios tipos de metais, tais como aos, ferros fundidos, alumnio, cobre, zinco, magnsio e respectivas ligas. Entretanto, o processo apresenta tambm desvantagens. Os aos fundidos, por exemplo, podem apresentar elevadas tenses residuais, microporosidade, zonamento e variaes de tamanho de gro. Tais fatores resultam em menor resistncia e ductilidade, quando comparados aos aos obtidos por outros processos de fabricao como o forjamento.

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MOLDES DE FUNDIO
Os moldes existentes podem ser de materiais tais como areia gesso, moldes cermicos, moldes metlicos, etc.

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FUNDIO EM MOLDE DE AREIA

A matria-prima metlica para a produo de peas fundidas constituda pelas ligas metlicas ferrosas (ligas de ferro e carbono) e noferrosas (ligas de cobre, alumnio, zinco e magnsio, entre outras). O processo de fabricao dessas peas por meio de fundio em molde de areia pode ser resumido nas seguintes operaes: Confeco do modelo - Essa etapa consiste em construir um modelo com o formato aproximado da pea a ser fundida. Esse modelo vai servir para a construo do molde e suas dimenses devem prever a contrao do metal quando ele se solidificar bem como um eventual sobremetal para posterior usinagem da pea. Ele feito de madeira, alumnio, ao, resina plstica e at isopor.

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 Confeco do molde - O molde o dispositivo no qual o metal fundido colocado para que se obtenha a pea desejada. Ele feito de material refratrio composto de areia e aglomerante. Esse material moldado sobre o modelo que, aps retirado, deixa uma cavidade com o formato da pea a ser fundida. Confeco dos machos - Macho um dispositivo, feito tambm de areia, que tem a finalidade de formar os vazios, furos e reentrncias da pea. Eles so colocados nos moldes antes que eles sejam fechados para receber o metal lquido. Fuso - Etapa em que acontece a fuso do metal. Vazamento - O vazamento o enchimento do molde com metal lquido.
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MOLDES EM AREIA VERDE

utilizada areia hmida modelada pelo formato da pea a ser fundida. Este tipo de moldao utiliza-se em peas de tamanho pequeno e mdio. Este tipo de moldao no indicado para peas grandes, assim como para peas de pormenor, dada que a tolerncia dimensional proporcionada reduzida.

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MOLDES DE AREIA SECA

realizada em temperaturas entre 200 e 300C. Resistncia e rigidez da moldao superior. Permite modelao de peas de grandes dimenses e geometrias complexas. Dimensionalmente apresenta preciso e acabamento superficial e bom.

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MOLDES MECNICOS
O material de conformao do molde comprimido atravs de equipamento pneumtico ou hidrulico. Resistncia e rigidez da moldao superior. Permite modelao de peas de grandes dimenses e geometrias complexas. Resolve os problemas dos moldes de areia verde.

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MOLDE DE CERA PERDIDA

Utilizado para modelao de peas de acabamento fino. Consiste num modelo de cera ou plstico de baixo ponto de fuso. A pea de cera ou plstico inserida no material que posteriormente a vai cobrir, dando assim forma ao molde. O material que cobre a pea ter uma granulemetria fina sendo este depois recoberto com um segundo material de maior granulemetria para dar resistncia. O modelo de cera perdida no ser retirado da moldao. Ser pr-aquecido e derreter saindo da moldao, deixando a cavidade da moldao livre. Este sistema no apresenta a utilizao de machos. Pelo seu melhor acabamento final a maquinao necessria ser menor.
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FUNDIO POR INJEO

O molde fabricado por processos tais como electroeroso, laser entre outros, que conferem excelente acabamento superficial das peas. Modelo de cera no ser retirado da moldao. Ser pr-aquecido e derreter saindo da moldao, deixando a cavidade da moldao livre. Este sistema no apresenta a utilizao de machos. Pelo seu melhor acabamento final a maquinao necessria ser menor.
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FUNDIO POR MOLDES METLICOS

Os processos de que fazem uso dos moldes metlicos so a fundio em molde permanente e a fundio sob presso. Fundio por moldes permanentes (lingoteiras) Utilizado na fundio de peas de forma regular, cilndrica ou prismtica. Estas peas resultantes da fundio ir sofrer processos mecnicos posteriores.
Fundio sobre presso O metal de fundio forado a entrar na matriz do molde sob presso. Utilizando na fabricao de peas de formas complexas e de pormenores mais detalhados que os outros processos permitem obter. A presso exercida sob as duas partes do molde mantida at ao arrefecimento do metal injetado no seu interior. Depois de arrefecida a pea, a matriz de moldao aberta e a pea expelida. Este processo permite a utilizao da matriz muitas vezes.

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CONTROLO DE QUALIDADE DAS PEAS

FUNDIDAS
O objetivos desta inspeo a rejeio das peas fundidas e a preservao da qualidade dos matrias primas utilizadas na fundio Tipos de inspeo

Inspeo visual Deteo de defeitos visveis, os quais resultam das operaes de moldao, construo e/ou colocao dos machos, de vazamento do metal no molde ou de limpeza.
Inspeo Dimensional Feitas por pequenos lotes, antes da concluso de toda a srie de fundio.
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PROPRIEDADES MECNICAS
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INSPEO METALRGICA
Anlise qumica Resultam da menor ou maior capacidade de uma substncia se transformar noutra(s), devido a uma diferente associao de tomos, e o modo como isso acontece. Ensaios mecnicos Resultam de um comportamento que no implica formao de novas substncias, mas apenas transformaes fsicas: - propriedades pticas (cor, brilho, ndice de refrao) - propriedades eltricas (condutibilidade eltrica) -propriedades magnticas (ferromagnetismo) Ensaios no destrutivos
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PROPRIEDADES MECNICAS
As propriedades mecnicas dos materiais, so as que definem o comportamento do material segundo um determinado esforo a que ele possa ser submetido. Propriedades qumicas - resultam da menor ou maior capacidade de uma substncia se transformar noutra(s), devido a uma diferente associao de tomos, e o modo como isso acontece. Propriedades fsicas - resultam de um comportamento que no implica formao de novas substncias, mas apenas transformaes fsicas: - propriedades pticas (cor, brilho, ndice de refrao) - propriedades eltricas (condutibilidade eltrica) -propriedades magnticas (ferromagnetismo) - Propriedades nucleares - radioatividade e capacidade de transformao dos ncleos por coliso com outros ou com 94 partculas fundamentais.

PROPRIEDADES MECNICAS
As propriedades mecnicas definem o comportamento do material quando sujeito a esforos mecnicos, pois estes esto relacionados capacidade do material de resistir ou transmitir estes esforos aplicados sem romper e sem deformar. O conjunto de propriedades mecnicas baseado nas seguintes caractersticas do material: Resistncia mecnica - a propriedade apresentada pelo material em resistir a esforos externos. Tais esforos podem ser de compresso, traco, flexo, toro. Plasticidade Propriedade que apresentam certos materiais de se deixarem deformar permanentemente assumindo diferentes tamanhos ou formas sem sofrerem rupturas, aparecimento de fissuras ou alteraes fortes de estrutura quando submetidos a presses ou choques compatveis com as suas propriedades mecnicas.
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Elasticidade - Propriedade apresentada pelos materiais em voltar forma inicial to depressa se cessa o esforo que tenha provocado a deformao. Maleabilidade a maior ou menor facilidade apresentada pelo material em se deformar sob aco de uma presso ou choque. Ductibilidade - Capacidade dos materiais de se deformarem sem se romperem (ou entrar em ruptura). Dureza definida pela resistncia da superfcie do material penetrao, ao desgaste, e ao atrito.

Dureza de risco (escala de Mohs) Dureza de choque ou ressalto (dureza de shore) Dureza de penetrao (Brinell, Meyer,Vickers, Rockwell)
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ENSAIOS MECNICOS
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Ensaios de dureza

INTRODUO
A dureza de um material um conceito lato que pode assumir significados diferentes consoante a rea tecnolgica em que se aplica. Assim pode ser visto como a resistncia que o material oferece deformao permanente, ou penetrao, ou ao desgaste, ou riscagem, ou maquinagem ou ainda como medida de resistncia mecnica. No obstante, todas estas caractersticas esto relacionadas direta ou indiretamente com a capacidade que o material apresenta para se deformar plasticamente.

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Foi o primeiro ensaio de penetrao padronizado e reconhecido industrialmente, sendo a denominao Brinell referente ao nome do seu idealizador J. A. Brinell, o qual props o ensaio em 1900. O ensaio de dureza Brinell consiste em um esfera de ao temperado ou carboneto de tungstnio na superfcie do material ensaiado. A dureza Brinell determinada por meio da razo entre carga aplicada e a rea da calota esfrica resultante, conforme descrito a seguir.

ENSAIO DE DUREZA BRINELL

HB

P 2P Kg / mm2 * D * h * D( D D 2 d 2 )

Em que P(kg) a fora aplicada, D(mm) o dimetro da esfera, d(mm) a dimetro da indentao e h(mm) a altura da impresso. Na pratica, empregam-se com maior frequncia esferas com dimetro de 10 mm, bem como, o tempo de aplicao da carga da ordem de 10 a 15 segundos. A dureza Brinell pode ser correlacionada com o limite de resistncia a trao de materiais metlicos. Apesar de tais relaes no serem necessariamente precisas, so importantes para um estimativa da resistncia de um material 99 quando no se dispe de uma maquina de trao, ou vice-versa.

VANTAGENS E LIMITAES DO ENSAIO BRINELL

O ensaio Brinell usado especialmente para avaliao de dureza de metais no ferrosos, ferro fundido, ao, produtos siderrgicos em geral e de peas no temperadas. o nico ensaio utilizado e aceito para ensaios em metais que no tenham estrutura interna uniforme. Por outro lado, o uso deste ensaio limitado pela esfera empregada. Em alguns materiais podem ocorrer deformaes no contorno da impreciso, ocasionando erros de leitura.

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Exemplo:

Uma amostra foi submetida a um ensaio de dureza Brinell no qual se usou uma esfera de 2,5 mm de dimetro e aplicou-se uma carga de 187,5 kgf. As medidas dos dimetros de impresso foram de 1 mm. Qual a dureza do material ensaiado?

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DUREZA ROCKWELL
As limitaes decorrentes do ensaio de dureza Brinell, especialmente a determinao de dureza com a preciso desejada em materiais duros ou em aos temperados conduziu ao desenvolvimento do ensaio de dureza Rockell proposto pelo americano Stanley P. Rockwell. O procedimento seguido neste ensaio determina resultados rpidos e precisos, independentemente de erros de operao, uma vez que o valor da dureza lido diretamente durante o ensaio.

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ENSAIO

ROCKWELL

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PROFUNDIDADE ALCANADA PELO PENETRADOR

O valor indicado na escala do mostrador o valor da dureza Rockwell. Este valor corresponde profundidade alcanada pelo penetrador, subtradas a recuperao elstica do material, aps a retirada da carga maior, e a profundidade decorrente da aplicao da pr-carga.

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ESCALA DE DUREZA ROCKELL DA CLASSE

NORMAL

Os penetradores utilizados na mquina de ensaio de dureza Rockwell so do tipo esfrico (esfera de ao temperado) ou cnico (cone de diamante com 120 de conicidade).

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ESCALA DE DUREZA ROCKWELL CLASSE

SUPERFICIAL

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DUREZA VICKERS
Coube a Smith e Sandland, em 1925, o mrito de desenvolver um mtodo de ensaio que ficou conhecido como ensaio de dureza Vickers. Este mtodo leva em conta a relao ideal entre o dimetro da esfera do penetrador Brinell e o dimetro da calota esfrica obtida, e vai alm porque utiliza outro tipo de penetrador, que possibilita medir qualquer valor de dureza, incluindo desde os materiais mais duros at os mais moles. A dureza Vickers baseia-se na resistncia que o material oferece penetrao de uma pirmide de diamante de base quadrada e ngulo entre faces de 136, sob uma determinada carga.

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CLCULO DA DUREZA VICKERS

O valor de dureza Vickers (HV) o quociente da carga aplicada (F) pela rea de impresso (A) deixada no corpo ensaiado. Essa relao, expressa em linguagem matemtica a seguinte:

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CLCULO DA DUREZA VICKERS

Encontrar o valor de dureza Vickers de um material que apresentou 0,24 mm e 0,26 mm de medida de diagonal da impresso, aps aplicao de uma fora de 10 kgf,

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ESCALA DE DUREZA VICKERS

Smbolo de dureza 5HV
10HV 20HV 30HV 50HV 100HV

Fora de ensaio (kg) 5

10 20 30 50 100

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VANTAGENS DO ENSAIO VICKERS

O ensaio Vickers fornece uma escala contnua de dureza, medindo todas as gamas de valores de dureza numa nica escala. As impresses so extremamente pequenas e, na maioria dos casos, no inutilizam as peas, mesmo as acabadas. O penetrador, por ser de diamante, praticamente indeformvel. Este ensaio aplica-se a materiais de qualquer espessura, e pode tambm ser usado para medir durezas superficiais.

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Fluncia Fenmeno de alongamento contnuo e que pode conduzir rutura. Esta caracterstica tpica de materiais ferrosos quando submetidos a cargas de trao constantes por longo tempo a temperaturas elevadas.
Resilincia - a maior ou menor reao do material as solitaes dinmicas, isto , a propriedade do material resistir a esforos externos dinmicos (choques, pancada, etc) sem sofrer deformao permanente.

Tenacidade Mede a capacidade de um material tem de absorver energia at entrar em rutura, incluindo a deformao elstica e plstica quando essa energia absorvida progressivamente, dada pela energia consumida para entrar em rutura.

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Tenacidade Ensaio de charpy Mede a energia absorvida no impacto por rea

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Tenacidade fratura A tenacidade avaliada comparando as curvas para diferentes materiais com diferentes comprimentos de trincas.

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ENSAIOS MECNICOS
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Ensaio de trao

Os ensaios mecnicos so um conjunto de procedimentos normalizados que tm como finalidade estabelecer um conjunto de propriedades dos materiais , apresentado a vantagem adicional de industrialmente estabelecer padres de avaliao comuns entre o fabricante e o utilizador.

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ENSAIO DE TRAO

O ensaio de trao consiste em submeter o material a um esforo que tende a along-lo at a rutura. Os esforos ou cargas so medidos na prpria mquina de ensaio. No ensaio de trao o corpo deformado por alongamento, at o momento em que se rompe. Os ensaios de trao permitem conhecer como os materiais reagem aos esforos de trao, quais os limites de trao que suportam e a partir de que momento se rompem.
117

O ensaio de trao consiste em submeter o provete a uma carga de trao, F, continuamente crescente at que se atinja a fartura. Durante o ensaio regista-se em simultneo a variao do comprimento de referncia, atravs de extensmetros (por exemplo, do tipo indutivo ou resistivo) aplicados diretamente sobre o provete, e a fora exercida pelo travesso da mquina de ensaios.

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Geometria caracterstica dos provetes para o ensaio de trao

CURVA DE TENSO NOMINAL-EXTENSO NOMINAL

A curva fora-deslocamento de um ensaio de trao obtm-se representando graficamente a fora de deformao em funo da variao do comprimento de referncia do provete. Para se construir a curva tenso nominal-extenso nominal basta dividir a fora pela rea inicial da seco transversal e o deslocamento pelo comprimento inicial da zona de referncia. Naturalmente que ambas as curvas tero a mesma forma uma vez que a segunda se obtm a partir da primeira aplicando fatores que so constantes. A tenso nominal, a tenso mdia que atua na zona de referncia do provete, obtendo-se o seu valor dividindo a fora F pela rea da seco transversal.

F A0

l l l0 l0 l0

A extenso nominal e a extenso linear que se obtm dividindo 119 a variao de comprimento da zona de referncia pelo respetivo comprimento inicial

DEFORMAO E TENSO

A deformao uma grandeza adimensional e representa um valor mdio especfico da deformao tomado sobre a extenso do segmento observado

A fora F representa o esforo necessrio para manter o equilbrio do sistema. Admitindo que a seo transversal no estado no deformado tenha rea A0, e que a fora se distribui uniformemente em todos os pontos da seo transversal

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REPRESENTAO CURVA DE TENSOEXTENSO

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REGISTOS DE ENSAIOS
Zona elstica linear (zona1)- o material apresenta um comportamento linear entre tenso deformao. Zona de tenso limite de proporcionalidade (zona 2) - zona onde termina a fase elstica e se inicia a fase plstica. Zona tenso de cedncia (zona 3) onde ocorre alongamento do provete, passando a apresentar uma deformao permanente. Zona de Endurecimento (Zona 4) a zona onde o provete vai aumentando a sua resistncia ao ensaio. Zona tenso de ruptura (Zona 5) Indica a fora mxima suportada pelo provete. Zona de estrico (zona 4-5) onde ocorre uma deformao localizada (pescoo), formada em provetes de material dctil.

122

REGIO ELSTICA
Na regio elstica a tenso proporcional extenso, seguindo a lei de Hooke. O mdulo de elasticidade ou mdulo de Young, E , determina-se a partir do declive da curva nesta zona. A regio elstica termina no ponto correspondente tenso limite de elasticidade

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REGIO PLSTICA
Elstica
Tenso, (MPa)
500

250

Nesta regio o volume da zona de referncia mante-se constante aumentando a seu comprimento em conformidade com a reduo uniforme Fractura da rea transversal. A tenso nominal crescente com a extenso em virtude do encruamento do 0.02 0.04 0.05 0.08 0.10 material , Extenso, (mm/mm) O final da zona de deformao plstica uniforme alcanado quando a curva atinge um mximo, o qual define a fora mxima que o provete suporta no ensaio.
Plstica
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TENSO DE ROTURA
No ponto em que a fora mxima, a tenso nominal que lhe est associada designa-se por tenso de rotura, R. Neste ponto os efeitos de reduo de rea de seco transversal e do encurvamento compensam-se, e a partir dai inicia-se a zona de deformao plstica localizada.

125

INSTABILIDADE PLSTICA
Depois do ponto mximo a deformao localiza-se numa zona de menor resistncia do provete ( com origem, por exemplo em defeitos superficiais do provete e/ou em defeitos internos do material),Dando origem a uma estrico localizada. A tenso nominal comea a diminuir continuamente, uma vez que o efeito da diminuio da rea da seco resistente do provete prevalece sobre o aumento do impulso do encruamento.

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COLAPSO DO PROVETE - FRATURA

A acentuada diminuio da taxa de encruamento que se verifica na parte final da curva tenso-extenso acontece o colapso do provete de trao

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Fratura dctil

128

Fratura frgil

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TIPOS DE FRACTURA
Existem duas fases, a de inicio da fissurao e a da propagao das fissuras at separao do material.
Nos materiais com fartura frgil no se observa praticamente a deformao plstica rompendo o provete com uma pequena, ou quase nula, estrico depois de ter atingido o ponto de fora mxima. As facturas dcteis distinguem-se por o material apresentar deformao plstica aprecivel antes e durante a fase de propagao das fissuras.

130

ESTGIOS DE UMA FRACTURA DCTIL

Nos materiais dcteis o mecanismo de fratura tem origem na formao de uma estrico progressiva, que vai alterando o estado de tenso dessa regio, tornando-se triaxial e complexo. Com a progresso da deformao as cavidades vo coalescendo at formarem uma fissura na regio central do provete, numa direo perpendicular da aplicao da fora. Ao alcanar 131 as zonas limtrofes da superfcie do provete, a trajetria de propagao altera-se em direes de 45 (Fractura Taa e cone).

PARMETROS DE RESISTNCIA
Mdulo de elasticidade
A relao entre a tenso,

, e a extenso, , para valores de tenso

inferiores ao da tenso limite de elasticidade, e , linear (lei de Hooke).

E *
Em que E representa o mdulo de elasticidade, ou mdulo de Young, cujo valor corresponde ao declive da curva tenso-extenso em regime elstico. O mdulo de elasticidade pode ser entendido como um parmetro de rigidez do material.
132

PARMETROS DE RESISTNCIA
Coeficiente de Poisson O alongamento do provete na direo axial acompanhado pela contrao lateral uniforme da seco transversal. Define-se coeficiente de Poisson, , atravs do valor absoluto do quociente entre os valores das extenses laterais e longitudinais. Uma vez que ambas as extenses 2 e 3 so negativas a extenso 1 positiva.

3 2 1 1
133

ENSAIO DE COMPRESSO DE MATERIAIS

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ENSAIO DE COMPRESSO DE MATERIAIS

A informao recolhida durante o ensaio de compresso pois til para a anlise de estruturas sujeitas a esforos de compresso ou flexo, ou ambos simultaneamente, bem como a processos de fabrico que envolvam grandes deformaes. Este ensaio permite a determinao da tenso mxima de compresso (objectivo nico da maioria dos ensaios), podemos ainda ficar a conhecer o mdulo de Young, a tenso limite de elasticidade em compresso e toda a curva tenso- extenso.

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RESPOSTA DOS DIFERENTES MATERIAIS:

Materiais Dcteis - apenas possvel determinar as propriedades referentes zona elstica, sendo impossvel medir a carga mxima ou de ruptura. Isto ocorre porque, com a deformao de um metal dctil, a seco transversal aumenta continuamente, aumentando a resistncia do material (contrrio do ensaio de traco). Assim, o metal no rompe, ficando cada vez mais achatado at se transformar em um disco. Ex.: Cobre Materiais Frgeis - No ocorre deformao lateral aprecivel e a ruptura ocorre por cisalhamento e escorregamento, ao longo de um plano inclinado de, aproximadamente, 45o. Ex.: Ferro fundido cinzento.

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ENSAIO DE FLEXO
Neste tipo de ensaio coloca-se uma barra apoiada em cada extremidade como uma viga, esta carregada transversalmente no centro do seu comprimento at a falha ocorrer. Em algumas aplicaes industriais, envolvendo materiais de alta resistncia, muito importante conhecer o comportamento do material quando submetido a esforos de flexo. Quando esta fora apenas provoca uma deformao elstica no material, dizemos que se trata de um esforo de flexo. Quando produz uma deformao plstica, temos um esforo de dobramento. Isso quer dizer que, no fundo, flexo e dobramento so etapas diferentes da aplicao de um mesmo esforo, sendo a flexo associada fase elstica e o dobramento fase plstica.

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TIPOS DE MQUINAS ONDE SE REALIZAM

ENSAIOS DE FLEXO

Se o material for dctil, no haver rutura e a falha ser por escoamento. Se o material for frgil, a viga quebra.

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Ruptura dos corpos de prova no ensaio de flexo para material dctil (a) e frgil (b).

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ENSAIO DE TORO
No nosso dia-a-dia aplicamos este tipo de ensaio quando apertamos um parafuso. Ensaio de toro consiste na aplicao de carga rotativa num corpo de prova geralmente de geometria cilndrica. Neste ensaio mede-se o ngulo de toro como funo do momento torsor aplicado. Muito utilizado na indstria de componentes mecnicos como motores de arranque, turbinas aeronuticas, rotores de mquinas pesadas Os corpos de prova circulares so submetidos a esforos de toro at ruptura a fim de obter as propriedades de corte. Usualmente o corpo de prova marcado com linha longitudinal para facilitar a determinao do ngulo de rotao antes da ruptura. Com a anlise desta marca pode determinar o tipo de comportamento do material.

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MATERIAIS DCTEIS E FRGEIS:

Materiais dcteis haver linha formar uma trajectria helicoidal, Materiais frgeis a linha permanecer recta;

Rutura dos corpos de prova no ensaio de toro para material dctil (a) e frgil (b).
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PROPRIEDADES TECNOLGICAS
So propriedades que conferem ao material uma maior ou menor facilidade de se deixar trabalhar pelos processos de fabrico usuais. As propriedades tecnolgicas so: Fusibilidade: a propriedade que o material possui de passar do estado slido para o lquido sob aco do calor. Principais temperaturas de fuso: Alumnio 650C; Ferro puro 1530 C Aos 1300C a 1400C Zinco 420C Chumbo -330C

142

Soldabilidade: E a propriedade que certos metais possuem de se unirem, aps aquecidos e suficientemente comprimidos. O metal ou liga que passam do estado slido para o lquido dificilmente soldvel (ex: ferro fundido). Temperabilidade: propriedade que possuem alguns metais e ligas de modificarem a sua estrutura cristalina (endurecimento) aps um aquecimento prolongado seguido de um arrefecimento brusco. Fadiga: quando um material sujeito a esforos dinmicos, durante longo tempo, observado um enfraquecimento das propriedades mecnicas provocando a ruptura do material.

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PROPRIEDADES TRMICAS
Esto vinculadas s caractersticas dos materiais quando submetidos a variaes de temperatura. Condutividade trmica so propriedades que possuem certos corpos de transmitir mais ou menos calor. Dilatao - propriedade pela qual um corpo aumenta quando submetido aco do calor.

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PROPRIEDADES ELCTRICAS
A mais conhecida propriedade elctrica de um material a condutividade elctrica. A condutividade elctrica a propriedade que possuem certos materiais de permitir maior ou menor capacidade de transporte das cargas elctricas.

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PROPRIEDADES ELETROMAGNTICAS
Sustentabilidade magntica: a propriedade que caracteriza a maior ou menor facilidade com que os metais renem ou dispersam as linhas da fora de um campo magntico. Os metais que renem de modo acentuado as linhas de fora de um campo magntico denominam-se ferromagnticos. Os metais que renem debilmente as linhas de fora de um campo magntico so designadas de paramagnticos. Os metais que dispersam as linhas de fora de um campo magntico so denominados diamagnticas.
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PROPRIEDADES FSICAS

Das vrias propriedades fsicas destacam-se: Densidade: a relao entre o peso de certo volume de um corpo e o peso de igual volume de gua. Peso especfico: o peso da unidade de volume do corpo.

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PROPRIEDADES QUMICAS
Resistncia corroso: quase todos os materiais so susceptveis de corroso por ataque qumico.

A resistncia dos materiais corroso qumica, devido ao meio ambiente, da maior importncia.

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