Avaliacao Competencias Parentais em Processos de Divorcio
Avaliacao Competencias Parentais em Processos de Divorcio
Avaliacao Competencias Parentais em Processos de Divorcio
Docente Prof. Doutora Rosa Novo Discentes Ana Catarina Ferreira, N.7822 Ana Maria Romo, N. 7815 Ana Rita Ferreira, N7811 Gonalo Silva, N. 7803
- diferenciar adequadamente papis de cnjuges e pais - capacidade de colocar as necessidades dos filhos frente das suas - boa adaptao a situaes novas - proporcionam continuidade de identidade e segurana aos filhos - estabilidade e continuidade dos cuidados - critrios educativos coerentes - mensagens nicas sobre a realidade familiar
Comum acordo
Divrcio
- regulao do poder paternal: interesses dos menores estabelecimento de condies psicolgicas, materiais, sociais e morais favorveis ao desenvolvimento harmnico da criana e sua progressiva autonomizao
Aco judicial
Guarda nica
Guarda Conjunta
Poder paternal exercido por ambos os progenitores: igual responsabilidade sobre a criana favorece a coeso familiar
comunicao efectiva e consensual gerir situaes de conflito capacidade de cooperao competncias parentais ajustados psicologicamente
Vnculo afectivo com ambos os progenitores; instabilidade psicolgica nos menores, quando as condies no esto reunidas.
Guarda Alternada
Progenitores s tomam decises sobre as crianas no perodo em que esto com elas
Elimina a disparidade entre pai que educa e pai que diverte; a criana submetida a diversas mudanas e consequentes adaptaes
Ateno!
Alienao parental: extrema desaprovao para com o outro progenitor, atravs de uma atitude critica e de descredito injustificado. - alienar os filhos em relao ao outro progenitor - dois plos: amado e odiado conflito - crianas com dificuldades nas relaes inter-pessoais - dificuldade em envolverem-se em relaes de intimidade - baixa tolerncia frustrao - conflito com figuras de autoridade.
Ateno!
Parentificao: sobrecarga das crianas com questes e tarefas para as quais no esto preparadas do ponto de vista do desenvolvimento psicolgico - distrbios emocionais - distrbios de conduta Falsas alegaes: deixar mal visto o outro progenitor e comprometer as suas capacidades parentais.
Objectivos gerais da avaliao O objectivo responder ao pedido do tribunal para a regulao do exerccio das responsabilidades parentais, assegurando o melhor interesse da criana. Domnios e nveis a avaliar domnios cognitivo, personalidade, afectivo/emocional;
interpessoal/comunicao, estrutural/desenvolvimento.
comportamental/adaptativo,
nveis individual, das dades, famlia nuclear e famlia alargada. Com isto, o psiclogo deve procurar compreender as diferentes variveis tanto internas, como externas - que so relativas dinmica da famlia e/ou progenitor que est a ser alvo da avaliao, para que possa integrar e dar sentido informao obtida (Schaul, 2005).
Organizao metodolgica
1. Anlise e estudo da informao e dados processuais fornecidos 2. Elaborao de hipteses iniciais 3. Avaliao dos pais e dos menores 4. Averiguao e avaliao das hipteses estabelecidas 5. Redaco do relatrio forense
Permitir um conhecimento mais profundo e abrangente das circunstncias da avaliao e uma melhor adaptao do guio da avaliao s necessidades particulares que o caso impe
A partir daqui o psiclogo pode efectuar uma avaliao do que ser necessrio realizar na avaliao: determinar e planear as caractersticas e durao da interveno e seleccionar as tcnicas mais apropriadas
1. Entrevista conjunta dos pais - consciencializar os pais para os impactos do divrcio na criana, salientando a importncia da tomada de atitudes de minimizao de risco para a mesma.
2. Entrevistas individuais aos pais compreender a perspectiva e viso sobre divrcio e parentalidade. Objectivo fundamental conseguir conhecer dinmica familiar e quais as competncias de cada um dos progenitores no que diz respeito parentalidade, abordando reas da vida do progenitor mas, tambm, aspectos do relacionamento com a criana. 3. Entrevista conjunta com os menores (se existir mais que um filho) ateno forma como os menores interagem e como se relacionam, bem como a vinculao afectiva estabelecida, a ocorrncia de diferenas e semelhanas nos discursos e, ainda, a existncia de conflitos e alianas
H que voltar atrs, de maneira a ampliar e assegurar que a avaliao e as hipteses formuladas permitem responder ao pedido (Ordax & Gmez, 2001)
Evitar a patologizao excessiva, redigir o relatrio a partir de uma perspectiva de resoluo de problemas e no complicar ou tornar o caso mais difcil, as recomendaes devem ser prticas e realistas e deve mencionar o racional suportado pela investigao e pela literatura, de forma a suportar as recomendaes estabelecidas.
2. O pedido a componente mais importante, e como tal, esta deve corresponder primeira seco do relatrio.
3. Apresentao da informao de base recolhida, maioritariamente, na entrevista (e.g. histria de desenvolvimento), bem como informaes recolhidas dos vrios informantes contactados (e.g., relatrios mdicos, legais e escolares).
Tcnicas e instrumentos
O psiclogo o nico profissional creditado para a aplicao de testes psicolgicos. Os testes psicolgicos visam a anlise de diversos domnios, a vrios nveis. Da interpretao dos mesmos pode resultar um novo rumo no processo judicial e consequentemente na atribuio da custdia parental.
1. Entrevista
A entrevista clnica usualmente a abordagem inicial utilizada na tentativa
de recolher informaes sobre um indivduo, devido facilidade e profundidade das informaes que podem ser reunidas. Numa fase inicial, e se possvel, costuma realizar-se uma entrevista conjunta com ambos o progenitores, e posteriormente entrevistas individuais com cada um deles.
1.1. Entrevista no-estruturada
Desvantagens:
- No so to boas para ocorrer o estabelecimento de rapport.
Desvantagens:
- Estabelecimento de rapport complicado.
- educacionais
- sociais Determinar como os pais tm lidado com os problemas da criana; Aceder s motivaes e recursos parentais.
2. Observao
No importa a inteno dos pais, mas o que fazem efectivamente na
interaco com a criana; Comportamentos no-verbais espontneos importantes, porque fornecem dados especficos sobre o modo de funcionamento dos pais e porque tm maior impacto que os comportamentos controlados; Deve observar-se a interaco da criana com ambos os pais, no mesmo momento; Dificuldade em distinguir comportamentos tpicos de comportamentos influenciados pela avaliao.
Personalidade:
MMPI-2 Desvio psicoptico (Pd) desvio pensamento e comportamento, quando
Depresso (D) quando combinada com psicastenia pode diminuir a autoestima da criana; pode comprometer funes parentais. Psicastenia (Pt) falta de confiana, sentimentos de insegurana e
Escalas suplementares
1991; McCrae, 1994, adapt. por Lima & Simes, 1995, como cit. por Antunes,
Caridade & Pereira, n.a.)
O psiclogo deve ainda obter informao colateral de fontes externas ao ncleo familiar (contacto com outros profissionais, como mdicos e professores).
Questes ticas
I. Especificidade do papel do psiclogo e da avaliao forense II. Competncia III. Consentimento informado e confidencialidade IV. Relaes mltiplas V. Recolha e interpretao de dados: aplicao de vrios mtodos
Os psiclogos forenses so tambm responsveis no s pela sua profisso, mas tambm perante todas as partes envolvidas no sistema legal (Goldstein, 2003).
Decidir que dados e pesquisa so aplicveis a uma dada famlia especfica, explicando como que a pesquisa citada lana luz sobre as questes especficas em disputa (Martindale & Sheresky, 2009).
Conhecimento especializado
Permanecer familiarizado com os standarts legais e regulatrios aplicveis, incluindo as leis que governam a sentena de custdia infantil
Manter a imparcialidade
Manter a imparcialidade, uma vez que os casos de custdia envolvem questes de disputas e acusaes complexas e emocionais sobre assuntos do domnio pessoal
Deve ser capaz de explicar as dimenses complexas do funcionamento dos pais e da criana para os advogados e juzes, os quais podem no estar familiarizados com a linguagem psicolgica.
Nas avaliaes forenses, a motivao para distorcer, enganar ou responder defensivamente tender a ter maior probabilidade de ocorrer e, consequentemente, o psiclogo no pode aceitar toda a informao sem question-la. A aplicao de vrios mtodos permite aumentar e melhorar a preciso e a validade das eventuais concluses, opinies e recomendaes. Deve-se corroborar a informao recolhida por terceiros, a fim de procurar consistncia entre as mltiplas fontes de informao. (APA, 2009)
nas situaes em que o psiclogo decide fazer recomendaes sobre a custdia da criana, estas devem ser derivadas de dados e evidncias slidas deve evitar depender de vieses pessoais ou de crenas no suportadas.
Estas recomendaes devem ser baseadas em suposies articuladas e em interpretaes e inferncias que sejam consistentes com os standards profissionais e cientficos estabelecidos (APA, 2009).
Referncias bibliogrficas
Ackerman, M.J. (2006). Forensic Report Writing. Journal of Clinical Psychology, Vol. 62(1), 59-72. Ackerman, M.J. (2006a) APA Code of Ethics and Child Custody Work. American Journal of Family Law, 102110. Ackerman, M.J., & Kane, A.W. (2007). Psychological Experts in Divorce Actions. Wolters Kluwer: USA. American Psychological Association (2009). Guidelines for Child Custody Evaluations in Family Law Proceedings. Washington, DC: APA. Antunes, C., Caridade, S., & Pereira, A. (n.a.). Avaliao dos processos de regulao do exerccio de poder paternal (pp. 289-317).
Fernandez,M., S., Vieshinski, S., E. (2004). Child custody and divorce assessment: Strategies and inventories, In L., Sperry (Eds) Assessment of couples and families: Contemporary and cutting-edge strategies (pp.183205).New York.
Goldstein, A. (2003). Overview of forensic psychology. In I. Weiner (Series Ed.) & A. Goldstein (Vol. Ed.), Handbook of psychology, Vol. 11: Forensic Psychology (pp. 3-20). New York: Wiley. Huss, M. T. (2009). Psicologia Forense: Pesquisa, Prtica Clnica e Aplicaes (pp. 43-310). Artmed, So Paulo
Referncias bibliogrficas
Martindale, D. & Sheresky, N. (2009). Legal and Ethical Issues in Child Custody Evaluations. In Galtzer, F. M., Kraus, L., Galatzer, J., The Scientific Basis of Children Custody Decisions (pp 4967). John Wiley & Sons, New Jersey
Ordax, A. T., & Gmez, F.J. (2001). Evaluacin psicolgica en los supuestos de guarda y custodia. In Gmez, F.J., Evaluacin psicolgica forense: Matrimonio y processos de proteccin con el menor (pp. 61-96). Salamanca: Amar Ediciones. Schaul, B.H. (2005). Considering Custody Evaluations: The Thrills and the Chills. In Gunsberg, L. & Hymowitzs, P., A Handbook of Divorce and Custody Forensic, Developmental, and Clinical perspectives. (pp.31-44). London: The analytic press.