Alfred Adler e A Teoria Da Inferioridade e Compensação

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Alfred Adler e a Teoria da Inferioridade e Compensao Agradecimentos: empresa Atol Indstria e Comrcio Ltda, pela concesso de seu micro-computador

r para a possvel realizao deste trabalho. No espere por pessoas perfeitas para ento se apaixonar, no espere ter dinheiro aos montes para ento contribuir, no espere a enfermidade para saber quo frgil a vida, seja sempre voc autntico e nico! No espere a queda para lembrar-se do conselho, no espere o melhor emprego para comear a trabalhar, no espere ficar de luto, para reconhecer quem hoje importante para voc, no espere ficar sozinho para reconhecer o amor de quem est ao lado, no espere elogios para acreditar em si mesmo, no espere ser amado para amar, no espere a separao para buscar a reconciliao, no espere um sorriso para ser gentil, no espere a mgoa para pedir perdo. Acredite em voc para recomear uma nova vida! Margarete quila 1. Introduo Adler observou que pessoas com fraquezas orgnicas graves tentaro compens-las e atravs dessa compensao rgos antes fracos poderiam tornar-se fortemente desenvolvido por meio de treino e exerccio. Isso resultaria em maior habilidade ou fora do indivduo. Ele achava que em quase todas as pessoas encontramos alguma imperfeio orgnica, ficando com a impresso de que essas pessoas foram dolorosamente testadas no incio de suas vidas, mas lutaram e superaram as dificuldades. 2. Biografia de Alfred Adler Alfred Adler, filho de um comerciante judeu de classe mdia, nasceu num subrbio de Viena (Penzig) ustria no dia sete de fevereiro de 1870. Embora, quando criana tenha sofrido um grande nmero de doenas srias, incluindo raquitismo, Adler lutou muito para superar sua fraqueza fsica. Ele adorava brincar fora de casa com as outras crianas da vizinhana e era um menino muito popular. Sua posterior nfase terica na importncia do interesse social e da compensao

de inferioridades orgnicas no est desligada de suas experincias precoces. Na infncia, Adler enfrentou a morte de perto em vria ocasies. Quando ele tinha trs anos de idade, seu irmo mais novo morreu na cama que eles dividiam. Alm disso, duas vezes escapou por um triz da morte em acidentes de rua e, aos cinco anos, contraiu uma grave pneumonia. O mdico da famlia acreditava que no havia mais esperana, mas um outro mdico conseguiu salv-lo. Adler decidiu tornar-se mdico aps sua recuperao. Aos 18 anos, entrou na Universidade de Viena para estudar medicina. Em toda sua vida, sua clara conscincia dos problemas sociais foi sua principal motivao para o trabalho, formou-se em 1895, estava profundamente interessado no socialismo e compareceu a um certo nmero de reunies polticas. Foi numa dessas reunies que encontrou sua esposa Raissa Epstein, uma estudante originria da Rssia que freqentava a universidade de Viena. Adler obteve seu ttulo de mdico em 1985. Praticou antes Oftalmologia e, depois, Clnica geral. Por causa de seu crescente interesse no funcionamento e adaptao do sistema nervoso, seus interesses profissionais, mais tarde, deslocaram-se para o campo da neurologia e psiquiatria. Por volta de 1900, Adler comeou a investigar a psicopatologia no campo da medicina. Em 1902, Adler tornou-se um dos quatro primeiros membros do crculo ntimo que se desenvolveu em torno de Freud. Adler era aparentemente o membro mais ativo do grupo e gozava de uma alta estima por parte de Freud. Conhecendo a reao favorvel de Adler s suas idias expostas em seu livro sobre a interpretao dos sonhos, Freud convidou-o a juntar-se ao grupo que se reunia semanalmente em sua casa para discutir psicopatologia. Porm, gradualmente, as diferenas entre os dois tornaram-se irreconciliveis, principalmente depois que Adler publicou o seu Studie uber Minderwertigkeit von Organen (Estudo sobre a inferioridade orgnica), em 1907, no qual sustenta que as pessoas tentam compensar psicologicamente seus sentimentos de inferioridade devidos a suas deficincias fsicas. Embora seus pontos de vista sobre a compensao insuficiente d como resultado a neurose, assim designada qualquer manifestao de desordem funcional da mente ou das emoes. Em 1908 ele argumentava que o instinto de agresso primrio e que os demais instintos estavam subordinados a ele. Adler nunca aceitou a teoria original de Freud do trauma sexual, segundo a qual os conflitos sexuais da infncia seriam a causa das doenas mentais, e chegou

mais tarde a reconhecer na sexualidade apenas um papel simblico na busca do homem em superar sentimentos de inadequao. Ele se ops generalizao na interpretao dos sonhos como expresso unicamente de satisfao sexual. Em 1910, embora seu pontos de vista sobre neurose j tivessem comeado a diferir dos de Freud de forma significativa, este ltimo indicou-o para primeiro presidente da Sociedade Psicanaltica Vienense. Por volta de 1911, as diferenas tericas de Adler tinham se tornado inaceitveis para Freud e para muitos outros membros da sociedade. Adler renunciou presidncia e abandonou a sociedade junto com nove dos outros vinte membros. Fundou sua prpria organizao, a Associao de Psicologia Individual, que gradualmente foi se propagando pela Europa. Primeiro no Uber den nervsen Charakter (1912 sobre o carter neurtico). O sistema foi aperfeioado nas edies posteriores desse trabalho e em outras obras, como Understanding Humam Nature, de 1918, publicado depois em alemo Menschenkenntnis, em 1927, com suas conferncias feitas no Instituto Vienense para educao de adultos. Aps esse rompimento, Freud e Adler nunca mais se encontraram. Adler e seus seguidores tornaram-se ativos no campo da educao, especialmente em treinamento de professores, pois Adler acreditava que era de extrema importncia trabalhar com aqueles que formavam a mente e o carter dos jovens, considerando a educao das crianas como essencial para perpetuar os valores sociais, ele recomendava sem descanso a orientao educacional, e em suas clnicas as crianas, os pais e os professores eram aconselhados vista de observadores interessados em seus procedimentos. Adler e seus associados tambm estabeleceram centros de orientao de crianas nas escolas pblicas, onde estas e suas famlias podiam receber aconselhamento. Em meados de 1920, somente em Viena, havia trinta clnicas deste tipo, as clnicas eram visitadas por profissionais estrangeiros, o que estimulou a abertura de clnicas similares em outros pases. Adler publicou muitos escritos e monografias e tambm comeou a dedicar grande parte de seu tempo a excurses para fazer conferncias pela Europa e Estados Unidos. Em 1928, Adler proferiu conferncias na Nova escola para Pesquisa Social em Nova York e, um ano mais tarde, ali retornou para uma srie de conferncias e demonstraes clnicas. Adler saiu de Viena por causa da ascenso do nazismo.

Adler viajou aos Estados Unidos e tornou-se professor visitante na Universidade de Columbia. Foi nomeado professor visitante na escola de medicina de Long Island. Em 1934 suas vrias clnicas em Viena foram fechadas pelos nazistas. Muitos de sues escritos posteriores, como What Life Should Mean to You (O sentido de viver) de 1931, foram de divulgao popular de sua teoria. Assim tambm The Individual Psycology of Alfred Adler, publicado em 1956 e Superiority and Social Interest, de 1964. Adler morreu em Aberdeen na Esccia em 1937, com a idade de 67 anos, durante uma tourne pela Europa, sofreu um infarto do corao na rua, vindo a falecer em poucos minutos. 3. Inferioridade e Compensao A idia de Alfred Adler sobre a inferioridade orgnica apareceu pela primeira vez em 1907, e tentava explicar por que a doena afeta as pessoas de formas diferentes. Ele sugeriu que em cada indivduo certos rgos so mais fracos que outros de algum modo, e isso tornaria a pessoa mais suscetvel doenas envolvendo tais rgos mais frgeis. Adler ampliou sua investigao sobre inferioridade orgnica para o estudo do sentimento psicolgico de inferioridade. Ele criou o termo "complexo de inferioridade" e afirmava que todas as crianas so profundamente afetadas por um sentimento de inferioridade, conseqncia inevitvel do tamanho da criana e de sua falta de poder. Um forte sentimento de inferioridade, ou um complexo de inferioridade, impediria o crescimento e desenvolvimento positivos. Entretanto, sentimentos de inferioridade mais moderados podem motivar os indivduos para realizaes construtivas. Desde a mais tenra idade, a criana passa a perceber que existem outros seres humanos capazes de satisfazer completamente suas necessidades mais urgentes, melhor preparados para viver. A criana aprende ento a dar um valor excessivo ao tamanho, atributo que possibilita a pessoa abrir uma porta, ou fora, a qual habilita a transportar objetos pesados, ou ao direito de dar ordens e exigir obedincia. Esses sentimentos despertam na criana um desejo de crescer, de ficar to forte como os outros, ou mesmo mais forte ainda. 3.1 A Luta pela Superioridade

Adler ressaltava a grande importncia da agresso e da luta pelo poder, e no equiparava agresso com a hostilidade. Ele se referia agresso no sentido de um vendedor agressivo, isto , a agresso como incentivo para a superao de obstculos. Sustentava que as tendncias agressivas humanas tm sido cruciais para a sobrevivncia individual e das espcies e tal agresso pode se manifestar como vontade de poder. Salientava que mesmo a sexualidade freqentemente utilizada para satisfazer a nsia de poder. Encarava a agresso e a vontade de poder como manifestaes de um motivo geral, um certo objetivo de superioridade ou perfeio, isto , seria uma motivao para nos aperfeioar, para desenvolvermos nossas capacidades e potenciais. Para Adler, a luta pela perfeio inata, faz parte da vida, um impulso, um algo sem o qual a vida seria inimaginvel. Esse objetivo de superioridade poderia tomar uma direo tanto positiva quanto negativa. Quando ele inclui preocupaes sociais e interesse pelo bem estar dos outros, desenvolve-se numa direo construtiva e saudvel. Assume a forma de uma luta pelo crescimento, pelo desenvolvimento das capacidades e habilidades e pela procura de um modo de vida superior. Entretanto, algumas pessoas lutam pela superioridade pessoal. Elas tentam realizar um sentimento de superioridade dominando os outros, ao invs de se adequarem a eles. Para Adler, a luta pela superioridade pessoal seria uma perverso neurtica, resultado de um forte sentimento de inferioridade e uma falta de interesse social. Geralmente no consegue dar o reconhecimento e a satisfao pessoal que o indivduo est buscando. A meta da superioridade tem suas razes no processo evolutivo de adaptao contnua ao meio ambiente. Todas as espcies devem evoluir no sentido de adaptar-se de forma mais efetiva, caso contrrio extinguem-se e, assim, cada indivduo levado a lutar por um relacionamento mais perfeito com o meio ambiente. Se esta luta no fosse inata, nenhuma forma de vida poderia se preservar. 3.2 Objetivos de Vida Adler considerava o objetivo de dominar o meio ambiente como sendo muito abstrato para satisfazer a necessidade de uma direo de vida. O objetivo de vida de cada indivduo influenciado por expedincias pessoais, valores, atitudes e personalidade. No um alvo claro e conscientemente escolhido. Enquanto adultos, podemos ter razes definidas e lgicas para a escolha de nossa profisso.

No entanto, os objetivos de vida que nos guiam e motivam formaram-se antes, no incio da infncia, e permaneceram um tanto obscuros e em geral inconscientes. Adler menciona, por exemplo, que muitos mdicos escolhem suas profisses na infncia, da forma como ele o fez, como um meio de enfrentar sua insegurana em relao morte. A formao de objetivos de vida se inicia na infncia como forma de compensao de sentimentos de inferioridade, insegurana e desamparo num mundo adulto. Os objetivos de vida, via de regra, funcionam como defesa contra sentimentos de impotncia, como ponte de um presente insatisfatrio para um futuro brilhante, poderoso e realizador, so sempre um tanto irreais e podem tornarse neuroticamente super desenvolvidos se os sentimentos de inferioridade forem muito fortes. No caso do neurtico h, em geral, uma grande lacuna entre propsitos conscientes e inconscientes, objetivos de vida auto-destruidores, que giram em torno de fantasias de superioridade pessoal e auto-estima, s custas de objetivos envolvendo realizaes verdadeiras. Os objetivos de vida do direo e finalidade para nossas atividades. Eles permitem que um observador externo interprete vrios aspectos do pensamento e comportamento em termos desses objetivos. Por exemplo, algum que luta pela superioridade buscando um poder pessoal desenvolver traos de carter necessrios para atingir esse objetivo, traos tais como ambio, inveja e desconfiana. Adler salienta que esses traos de carter no so nem inatos nem imutveis, mas foram adotados como facetas essenciais da direo do objetivo do indivduo. 3.3 Estilo de Vida Adler comea com uma proposta holstica enfatizando a necessidade de analisar cada indivduo como um todo unificado e achava que o nico caminho que um indivduo escolhe para buscar seu objetivo era seu estilo de vida. Considerava um estilo integrado de adaptao e integrao com a vida em geral. Sua linha, chamada de Psicologia Individual, desenvolveu-se a partir do esforo para compreender o misterioso poder criador da vida, o qual se expressa no desejo de se desenvolver, de lutar e realizar. Esse poder seria teleolgico e se expressaria na luta por um objetivo e, nessa luta, todo o movimento corporal e psquico feito pata cooperar. absurdo estudar movimentos corporais e condies mentais de forma abstrata ou sem relao com um todo individual. Hbitos e traos de comportamento aparentemente isolados adquirem um significado dentro do contexto pleno da vida e dos

objetivos do indivduo e, dessa forma, os problemas psicolgicos e emocionais no podem ser tratados isoladamente. Todo o estilo de vida est envolvido, uma vez que um dado sintoma ou trao no seno uma expresso do estilo de vida integrado do indivduo. 3.4 O Corpo O corpo a maior fonte de sentimentos de inferioridade na criana, rodeada que est por aqueles maiores e mais fortes ou que fisicamente atuam de forma mais efetiva. Adler tambm salientava que o mais importante nossa atitude em relao ao nosso corpo. Muitos homens e mulheres atraentes nunca resolveram sentimentos de feira e no-aceitao que sentiram na infncia, continuam se comportando como se no tivessem atrativos depois de adultos. Por outro lado, atravs da compensao, pode ocorrer que os que tm deficincias fsicas lutem firmemente e desenvolvam seus corpos alm da mdia. 3.5 Relacionamento Social Os relacionamentos sociais so de importncia central nas teorias de Adler. Constituem a expresso direta do interesse social e so essenciais no desenvolvimento de um estilo de vida construtivo e realizador. Vontade A Vontade para Adler sinnimo de luta pela superioridade e realizao de objetivos de vida. Como tal, um elemento central em sua teoria. 3.6 O Interesse Social Embora as teorias de Adler tenham sido simplificadas em demasia por muitos crticos, a maioria enfatizava apenas a agresso e a luta pelo poder pessoal, os escritos mais recentes de Adler esto centrados no conceito de interesse social. Por interesse social Adler entendia o "senso de solidariedade humana, a relao de um homem com outro, a mais ampla conotao de um senso de fraternidade na comunidade humana". Em certo sentido, considerava todo comportamento humano social pois, segundo ele, crescemos num meio social e nossas personalidades so socialmente ali formadas. O interesse social era mais do que a preocupao com a comunidade ou sociedade imediata de algum, ele incluia sentimentos de afinidade para com toda a humanidade e fortes laos com a totalidade da vida. Adler definia o interesse social, em seu sentido mais amplo, como uma preocupao

com a comunidade ideal de todo o gnero humano, como o ltimo estgio da evoluo de nossa espcie. 3.7 Cooperao Um aspecto importante do interesse social o desenvolvimento do comportamento cooperativo. De um ponto de vista evolutivo, a habilidade para cooperar na colheita de alimentos, na caa e na defesa contra predadores tem sido um dos fatores mais importantes na sobrevivncia da raa humana e a forma mais efetiva de adaptao ao meio ambiente. Adler acreditava que somente atravs da cooperao com outros, e operando como um valioso e cooperativo membro da sociedade, podemos superar nossas inferioridades reais ou nosso sentimento de inferioridade. Ele escreveu que aqueles que tm dado as mais valiosas contribuies para a humanidade so os indivduos mais colaboradores, e os trabalhos dos grandes gnios sempre tm uma orientao social. Por outro lado, a falta de cooperao e um conseqente sentimento de inadequao e malogro so as razes de todo estilo de vida neurtico ou inadaptado. 3.8 Crescimento Psicolgico O crescimento psicolgico principalmente uma questo de mover-se a partir de uma atitude autocentrada e do objetivo de superioridade pessoal para uma atitude de domnio construtivo do meio ambiente e de desenvolvimento socialmente til. A luta construtiva pela superioridade e o forte interesse social e cooperao so os traos bsicos do indivduo saudvel. 3.9 Tarefas da Vida Adler discute as trs maiores tarefas com que o indivduo se defronta: trabalho, amizade e amor. Elas, so determinadas pelas condies bsicas da existncia humana, e estes trs laos principais so estabelecidos pelo fato de vivermos num lugar especfico no universo e devemos nos desenvolver dentro dos limites e possibilidades em que as circunstncias nos colocam. Ressaltava o fato de vivermos entre outros de nossa espcie, outros a quem devemos aprender a nos adaptar, que existia dois sexos e que o futuro da raa humana depende das relaes entre eles. O trabalho, para Adler, inclui todas as atividades teis comunidade, e no apenas as ocupaes pelas quais recebemos um salrio. Para Adler, o trabalho fornece um sentimento de satisfao e merecimento apenas na medida em que beneficia outros. A importncia de nosso trabalho est essencialmente baseada em nossa dependncia do meio

fsico. Achava que estamos vivendo neste planeta, unicamente com seus recursos, com a fertilidade de seu solo, sua riqueza mineral, seu clima e atmosfera. Sempre foi tarefa da humanidade encontrar a resposta certa para o problema que essas condies nos apresentam. Sempre, foi necessrio lutar pelo aperfeioamento e maiores realizaes. A amizade expressa nossa pertinncia raa humana e nossa constante necessidade de adaptao e interao com outros de nossa espcie. Nossas amizades especficas estabelecem laos essenciais com nossa comunidade, uma vez que nenhum indivduo jamais se relaciona com a sociedade abstratamente. O empenho amistoso e cooperativo tambm um elemento importante para o trabalho construtivo. O amor discutido por Adler em termos exclusivos de amor heterossexual. Ele envolve uma ntima unio de mente e corpo e a mxima cooperao entre duas pessoas de sexos opostos. O amor se baseia no fato de que cada ser humano um membro de um sexo e no de outro e de que a intimidade entre os sexos essencial para a continuao de nossa espcie. Adler escreve que o vnculo ntimo do casamento representa o maior desafio para nossa habilidade de cooperar com outro ser humano. Um casamento bem sucedido criaria o melhor meio para promover cooperao e interesse social nas crianas. Adler acentuava que esses trs problemas, trabalho, amizade e amor, estariam sempre inter-relacionados. Pensava que a soluo de um ajuda a soluo de outros e, na verdade, podemos dizer que so todos aspectos da mesma situao e do mesmo problema essa necessidade do ser humano preservar a vida e favorec-la no ambiente em que se encontra. 3.10 Obstculos ao Crescimento Adler especifica trs situaes na infncia que tendem a resultar em isolamento, falta de interesse social e desenvolvimento de um estilo no-cooperativo, baseado no objetivo irreal de superioridade pessoal. So eles: inferioridade orgnica, superproteo e rejeio. Crianas com inferioridade orgnica, ou seja, que sofrem de doenas ou enfermidades tendem se tornar fortemente autocentradas. Fogem da interao com outros por um sentimento de inferioridade ou incapacidade de competir com sucesso com outras crianas. Adler salienta, contudo, que as crianas que superam suas dificuldades tendem a compensar sua fraqueza original alm da mdia e desenvolvem suas habilidades num grau incomum.

Crianas superprotegidas e mimadas tambm tm dificuldades em desenvolver um sentimento de interesse social e cooperao. Faltalhes confiana em suas prprias habilidades, uma vez que os outros sempre fizeram tudo por elas. Ao invs de cooperarem com outros, essas crianas tendem a fazer exigncias unilaterais aos amigos e famlia. O interesse social habitualmente mnimo e Adler descobriu que crianas mimadas em geral nutrem poucos sentimentos genunos em relao aos pais, os quais manipulam muito bem. A rejeio a terceira situao que tende a impedir fortemente o desenvolvimento de uma criana. Uma criana no desejada e rejeitada nunca conheceu o amor e a cooperao em casa e, portanto, lhe extremamente difcil desenvolver essas capacidades. Tais crianas no tm confiana em suas habilidades para serem teis e obterem afeio e estima dos outros. Quando adultos. tendem tornar-se frias e duras. Os traos de crianas no-amadas, em sua forma mais desenvolvida, podem ser observados no estudo das biografias de todos os grandes inimigos da humanidade. Neste caso, a nica coisa que se destaca que, quando crianas, foram maltratados. Desenvolveram, assim, dureza de carter, inveja e dio; no podiam suportar ver os outros felizes. 3.11 Luta pela Superioridade Pessoal Quando predominam sentimentos de inferioridade ou quando o interesse social subdesenvolvido, os indivduos tendem a buscar superioridade pessoal pois lhes falta confiana em sua habilidade para atuar efetivamente e trabalhar de forma construtiva com outros. Tais indivduos no do contribuies de real valor para a sociedade e tornam-se fixados em modelos de comportamento autocentrados, levando inevitavelmente a um sentimento de fracasso. Essas pessoas se desviaram dos problemas reais da vida e esto engajadas na luta com a prpria sombra para reassegurarem-se de sua fora. 3.12 Fortalecimento do Interesse Social. A terapia um trabalho cooperativo entre terapeuta e paciente, um relacionamento de apoio que ajuda este ltimo a desenvolver cooperao e interesse social. Alegava que a tarefa do mdico ou psiclogo oferecer ao paciente a experincia de contato com um companheiro e ento capacit-lo, para transferir este interesse social despertado para outras pessoas.

Adler salientava que, freqentemente, o terapeuta deve prover os cuidados, o apoio e o senso de cooperao que o paciente nunca recebeu de seus prprios pais. Uma vez que Adler estava convencido do fato de que o interesse voltado para a prpria pessoa ao invs de para os outros o ncleo da maioria dos problemas psicolgicos, sentia que a maior misso do terapeuta afastar gradualmente o paciente do interesse exclusivo em si prprio, fazendo com que se volte para um trabalho construtivo para os outros, como um membro de valor para a comunidade. 4. Bibliografia Baseado no livro "Teorias da Personalidade"- J. Fadiman, R. Frager Harbra - 1980 Para saber mais: Tipos Psicolgicos - C.G.Jung - Zahar Editores - RJ 1980

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