Apostila Desenho Técnico
Apostila Desenho Técnico
Apostila Desenho Técnico
Projeo Ortogrfica
Cotagem
Apostila de Desenho Tcnico
Parte I
1 - Introduo
Quando alguem quer transmitir um recado, pode utilizar a fala ou passar seus pensamentos
para o papel na forma de palavras escritas. Quem l a mensagem fica conhecendo os
pensamentos de quem a escreveu. Quando algum desenha, acontece o mesmo: passa seus
pensamentos para o papel na forma de desenho. Aescrita, a fala e o desenho representam idias e
pensamentos.
Desde pocas muito antigas, o desenho uma forma importante de comunicao. E essa
representao grfica trouxe grandes contribuies para a compreenso da Histria, porque, por
meio dos desenhos feitos pelos povos antigos, podemos conhecer as tcnicas utilizadas por eles,
seus hbitos e at suas idias.
Veja algumas formas de representao da figura humana, criadas em diferentes pocas da
histria.
O que desenho Tcnico
Desenho das caver nasdo
perodo mesoltico (6000 - 4500
a . C . ) . R e p r e s e n t a o
esquemtica da figura humana.
Desenho egpcio - Representao
plana que destaca o contorno da
figura humana.
Nu, desenhado por Miguel ngelo
Buonarroti (1475-1564).
Aqui, a representao do corpo hu-
mano transmite a idia de volume.
Esses exemplos de representao grfica so considerados desenhos artscos. Embora no
seja artsco, o desenho tcnico tambm uma forma de representao grfica, usada, entre outras
finalidades, para ilustrar instrumentos de trabalho, como mquinas, peas e ferramentas.
O desenho artstico reflete o gosto e a sensibilidade do artista que o criou, J o desenho tcnico,
ao contrrio do artstico, deve transmitir com exatido todas as caractersticas do objeto que
representa. Para conseguir isso, o desenhista deve seguir regras estabelecidas previamente,
chamadas de normas tcnicas. Assim, todos os elementos do desenho tcnico obedecem a
normas tcnicas, ou seja, so normalizados. Cada rea ocupacional tem seu prprio desenho
tcnico, de acordo com normas especficas.
02
Desenho Tcnico
Definio de Desenho Tcnico
O desenho tcnico uma forma de expresso grfica que tem por finalidade a representao de
forma, dimenso e posio de objetos de acordo com as diferentes necessidades requeridas pelas
diversas modalidades de engenharia e tambm da arquitetura.
Utilizando-se de um conjunto constitudo por linhas, nmeros, smbolos e indicaes escritas
normalizadas internacionalmente, o desenho tcnico definido como linguagem grfica universal
da engenharia e da arquitetura.
Assim como a linguagem verbal escrita exige alfabetizao, a execuo e a interpretao da
linguagem grfica do desenho tcnico exige treinamento especfico, porque so utilizadas figuras
planas (bidimensionais) para representar formas espaciais.
Conhecendo-se a metodologia utilizada para elaborao do desenho bidimensional possvel
entender e conceber mentalmente a forma espacial representada na figura plana.
Na prtica pode-se dizer que, para interpretar um desenho tcnico, necessrio enxergar o que
no visvel e a capacidade de entender uma forma espacial a partir de uma figura plana
chamada viso espacial.
O que Viso Espacial
Viso espacial um dom que, em princpio todos tm, d a capacidade de percepo mental das
formas espaciais. Perceber mentalmente uma forma espacial significa ter o sentimento da forma
espacial sem estar vendo o objeto.
Por exemplo, fechando os olhos pode-se ter o sentimento da forma espacial de um copo, de um
determinado carro, da sua casa etc..
Ou seja, a viso espacial permite a percepo (o entendimento) de formas espaciais, sem estar
vendo fisicamente os objetos.
Apesar da viso espacial ser um dom que todos tm, algumas pessoas tm mais facilidade para
entender as formas espaciais a partir das figuras planas.
A habilidade de percepo das formas espaciais a partir das figuras planas pode ser desen-
volvida a partir de exerccios progressivos e sistematizados.
A Figura 1.1 est exemplificando a representao de forma espacial por
meio de figuras planas, donde pode-se concluir que:
1. Para os leigos a figura a representao de trs quadrados.
2. Na linguagem grfica do desenho tcnico a figura corresponde
representao de um determinado Cubo.
03
Desenho Tcnico
A Origem do Desenho Tcnico
A representao de objetos tridimensionais em superfcies bidimensionais evoluiu gradual-
mente atravs dos tempos. Conforme histrico feito por HOELSCHER, SPRINGER E
DOBROVOLNY(1978) um dos exemplos mais antigos do uso de planta e elevao est includo no
lbum de desenhos na Livraria do Vaticano desenhado por Giuliano de Sangalo no ano de 1490.
No sculo XVII, por patriotismo e visando facilitar as construes de fortificaes, o matemtico
francs Gaspar Monge, que alm de sbio era dotado de extraordinria habilidade como
desenhista, criou, utilizando projees ortogonais, um sistema com correspondncia biunvoca
entre os elementos do plano e do espao. O sistema criado por Gaspar Monge, publicado em 1795
com o ttulo Geometrie Descriptive a base da linguagem utilizada pelo Desenho Tcnico.
No sculo XIX, com a exploso mundial do desenvolvimento industrial, foi necessrio normalizar
a forma de utilizao da Geometria Descritiva para transform-la numa linguagem grfica que, a
nvel internacional, simplificasse a comunicao e viabilizasse o intercmbio de informaes
tecnolgicas.
Desta forma, a Comisso Tcnica TC10 da International Organization for Standardization ISO
normalizou a forma de utilizao da Geometria Descritiva como linguagem grfica da engenharia e
da arquitetura, chamando-a de Desenho Tcnico.
Nos dias de hoje a expresso desenho tcnico representa todos os tipos de desenhos utiliza-
dos pela engenharia incorporando tambm os desenhos no-projetivos (grficos, diagramas,
fluxogramas etc.).
O Desenho Tcnico e a Engenharia
Nos trabalhos que envolvem os conhecimentos tecnolgicos de engenharia, a viabilizao de
boas idias depende de clculos exaustivos, estudos econmicos, anlise de riscos etc. que, na
maioria dos casos, so resumidos em desenhos querepresentam o que deve ser executado ou
construdo ou apresentados em grficos e diagramas que mostram os resultados dos estudos
feitos.
Todo o processo de desenvolvimento e criao dentro da engenharia est intimamente ligado
expresso grfica. O desenho tcnico uma ferramenta que pode ser utilizada no s para
apresentar resultados como tambm para solues grficas que podem substituir clculos
complicados.
Apesar da evoluo tecnolgica e dos meios disponveis pela computao grfica, o ensino de
Desenho Tcnico ainda imprescindvel na formao de qualquer modalidade de engenheiro,
pois, alm do aspecto da linguagem grfica que permite que as idias concebidas por algum
sejam executadas por terceiros, o desenho tcnico desenvolve o raciocnio, o senso de rigor
geomtrico, o esprito de iniciativa e de organizao.
Assim, o aprendizado ou o exerccio de qualquer modalidade de engenharia ir depender, de
uma forma ou de outra, do desenho tcnico.
04
Desenho Tcnico
Tipos de Desenho Tcnico
O desenho tcnico dividido em dois grandes grupos:
Desenho projetivo so os desenhos resultantes de projees do objeto em um ou mais planos
de projeo e correspondem s vistas ortogrficas e s perspectivas.
Desenho no-projetivo na maioria dos casos corresponde a desenhos resultantes dos clculos
algbricos e compreendem os desenhos de grficos, diagramas etc.
Os desenhos projetivos compreendem a maior parte dos desenhos feitos nas indstrias e al-
guns exemplos de utilizao so:
Projeto e fabricao de mquinas, equipamentos e de estruturas nas indstrias de processo e de
manufatura (indstrias mecnicas, aeroespaciais, qumicas, farmacuticas, petroqumicas,
alimentcias, etc.).
Projeto e construo de edificaes com todos os seus detalhamentos eltricos, hidrulicos,
elevadores etc.
Projeto e construo de rodovias e ferrovias mostrando detalhes de corte, aterro, drenagem,
pontes, viadutos etc.
Projeto e montagem de unidades de processos, tubulaes industriais, sistemas de tratamento e
distribuio de gua, sistema de coleta e tratamento de resduos.
Representao de relevos topogrficos e cartas nuticas.
Desenvolvimento de produtos industriais.
Projeto e construo de mveis e utilitrios domsticos.
Promoo de vendas com apresentao de ilustraes sobre o Produto.
Pelos exemplos apresentados pode-se concluir que o desenho projetivo utilizado em todas
as modalidades da engenharia e pela arquitetura. Como resultado das especificidades das
diferentes modalidades de engenharia, o desenho projetivo aparece com vrios nomes que
correspondem a alguma utilizao especfica:
Desenho Mecnico
Desenho de Mquinas
Desenho de Estruturas
Desenho Arquitetnico
Desenho Eltrico/Eletrnico
Desenho de Tubulaes
Mesmo com nomes diferentes, as diversas formas de apresentao do desenho projetivo tm
uma mesma base, e todas seguem normas de execuo que permitem suas interpretaes sem
dificuldades e sem mal-entendidos. Os desenhos no-projetivos so utilizados para
representao das diversas formas de grficos, diagramas, esquemas, bacos, fluxogramas,
organogramas etc..
05
Desenho Tcnico
Formas de Elaborao e Apresentao do Desenho Tcnico
Atualmente, na maioria dos casos, os desenhos so elaborados por computadores, pois existem
vrios softwares que facilitam a elaborao e apresentao de desenhos tcnicos.
Nas reas de atuao das diversas especialidades de engenharias, os primeiros desenhos que
daro incio viabilizao das idias so desenhos elaborados mo livre, chamados de esboos.
Apartir dos esboos, j utilizando computadores, so elaborados os desenhos preliminares que
correspondem ao estgio intermedirio dos estudos que so chamados de anteprojeto.
Finalmente, a partir dos anteprojetos devidamente modificados e corrigidos so elaborados os
desenhos definitivos que serviro para execuo dos estudos feitos.
Os desenhos definitivos so completos, elaborados de acordo com a normalizao envolvida, e
contm todas as informaes necessrias execuo do projeto.
APadronizao dos Desenhos Tcnicos
Para transformar o desenho tcnico em uma linguagem grfica foi necessrio padronizar seus
procedimentos de representao grfica. Essa padronizao feita por meio de normas tcnicas
seguidas e respeitadas internacionalmente.
As normas tcnicas so resultantes do esforo cooperativo dos interessados em estabelecer
cdigos tcnicos que regulem relaes entre produtores e consumidores, engenheiros,
empreiteiros e clientes. Cada pas elabora suas normas tcnicas e estas so acatadas em todo o
seu territrio por todos os que esto ligados, direta ou indiretamente, a este setor.
No Brasil as normas so aprovadas e editadas pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas
ABNT, fundada em 1940.
Para favorecer o desenvolvimento da padronizao internacional e facilitar o intercmbio de
produtos e servios entre as naes, os rgos responsveis pela normalizao em cada pas,
reunidos em Londres, criaram em 1947 a Organizao Internacional de Normalizao
(International Organization for Standardization ISO).
Quando uma norma tcnica proposta por qualquer pas membro aprovada por todos os pases
que compem a ISO, essa norma organizada e editada como norma internacional.
As normas tcnicas que regulam o desenho tcnico so normas editadas pela ABNT, registra-
das pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial) como
normas brasileiras -NBR e esto em consonncia com as normas internacionais aprovadas pela
ISO.
06
Desenho Tcnico
Normas da ABNT
A execuo de desenhos tcnicos inteiramente normalizada pela ABNT. Os procedimentos
para execuo de desenhos tcnicos aparecem em normas gerais que abordam desde a
denominao e classificao dos desenhos at as formas de representao grfica, como o caso
da NBR 5984 NORMA GERAL DE DESENHO TCNICO (Antiga NB 8) e da NBR 6402
EXECUO DE DESENHOS TCNICOS DE MQUINAS E ESTRUTURAS METLICAS (Antiga
NB 13), bem como em normas especficas que tratam os assuntos separadamente, conforme os
exemplos seguintes:
NBR 10647 DESENHO TCNICO NORMA GERAL, cujo objetivo definir os termos
empregados em desenho tcnico. A norma define os tipos de desenho quanto aos seus aspectos
geomtricos (Desenho Projetivo e No-Projetivo), quanto ao grau de elaborao (Esboo,
Desenho Preliminar e Definitivo), quanto ao grau de pormenorizao (Desenho de Detalhes e
Conjuntos) e quanto tcnica de execuo (mo livre ou utilizando Computador).
NBR 10068 FOLHA DE DESENHO LAY-OUT E DIMENSES, cujo objetivo padronizar as
dimenses das folhas utilizadas na execuo de desenhos tcnicos e definir seu lay-out com suas
respectivas margens e legenda.
NBR 10582 APRESENTAO DA FOLHA PARA DESENHO TCNICO, que normaliza a
distribuio do espao da folha de desenho, definindo a rea para texto, o espao para desenho
etc.. Como regra geral deve-se organizar os desenhos distribudos na folha, de modo a ocupar toda
a rea, e organizar os textos acima da legenda junto margem direita, ou esquerda da legenda
logo acima da margem inferior.
NBR 13142 DESENHO TCNICO DOBRAMENTO DE CPIAS, que fixa a forma de
dobramento de todos os formatos de folhas de desenho: para facilitar a fixao em pastas, eles so
dobrados at as dimenses do formato A4.
NBR 8402 EXECUO DE CARACTERES PARAESCRITAEM DESENHOS TCNICOS que,
visando uniformidade e legibilidade para evitar prejuzos na clareza do desenho e evitar a
possibilidade de interpretaes erradas, fixou as caractersticas de escrita em desenhos
Tcnicos. Neste livro, alm das normas citadas acima, como exemplos, os assuntos
abordados nos captulos seguintes estaro em consonncia com as seguintes
normas da ABNT:
NBR8403 APLICAO DE LINHAS EM DESENHOS TIPOS DE LINHAS LARGURAS DAS
LINHAS
NBR10067 PRINCPIOSGERAISDEREPRESENTAO EM DESENHO TCNICO
NBR8196 DESENHO TCNICO EMPREGO DEESCALAS
NBR 12298 REPRESENTAO DE REA DE CORTE POR MEIO DE HACHURAS EM
DESENHO TCNICO
NBR10126 COTAGEM EM DESENHO TCNICO
NBR8404 INDICAO DO ESTADO DESUPERFCIEEM DESENHOSTCNICOS
NBR6158 SISTEMADETOLERNCIASEAJUSTES
NBR 8993 REPRESENTAO CONVENCIONAL DE PARTES ROSCADAS EM DESENHO
TCNICO
Existem normas que regulam a elaborao dos desenhos e tm a finalidade de atender a uma
determinada modalidade de engenharia. Como exemplo, pode-se citar: a NBR6409, que normaliza
a execuo dos desenhos de eletrnica; a NBR7191, que normaliza a execuo de desenhos para
obras de concreto simples ou armado; NBR11534, que normaliza a representao de engrenagens
em desenho tcnico.
Uma consulta aos catlogos da ABNTmostrar muitas outras normas vinculadas execuo de
algum tipo ou alguma especificidade de desenho tcnico.
07
Desenho Tcnico
FIGURASGEOMTRICAS.
As figuras geomtricas foram criadas a partir da observao das formas existentes na natureza
e dos objetos produzidos pelo homem.
FIGURASGEOMTRICASELEMENTARES.
Quando comeamos a aprender geometria estudamos, em primeiro lugar, o ponto, a reta e o
plano, que so chamados de entes primitivos.
PONTO
O ponto a figura geomtrica mais simples. No tem dimenso, isto , no tem comprimento,
nem largura, nem altura. Ele considerado o elemento fundamental da geometria, porque todas as
outras figuras geomtricas so formadas pr conjuntos de pontos.
No desenho, o ponto determinado pelo cruzamento de duas linhas ou apenas um simples
toque do lpis. Para identific-lo, usamos letras maisculas do alfabeto latino.
LINHA
Podemos ter uma idia do que linha, observando os fios que unem os Postes de eletricidade
ou o trao que resulta do movimento da ponta de um lpis sobre uma folha de papel.
Alinha tem apenas uma dimenso: o comprimento.
Voc pode imaginar a linha como um conjunto infinito de pontos dispostos sucessivamente. O
deslocamento de um ponto tambm gera uma linha.
Alinha pode ser:
08
Desenho Tcnico
Linha reta ou reta
Para se ter a idia de linha reta, observe um fio bem esticado. A reta ilimitada, isto , no tem incio
e nem fim. As retas so identificadas por letras minsculas do alfabeto latino.
Veja a representao da uma reta r:
Semi-reta
Tomando um ponto qualquer de uma reta, dividimos a reta em duas partes, chamadas semi-retas. A
semi-reta sempre tem um ponto de origem, mas no tem fim.
Segmento de reta
Tomando dois pontos distintos sobre uma reta, obtemos um pedao limitado de reta. Aesse pedao de
reta, limitado por dois pontos, chamamos segmento de reta. Os pontos que limitam o segmento de reta so
chamados de extremidades. No exemplo a seguir temos o segmento de reta CD, que representado da
seguinte maneira: CD.
Plano
Podemos ter uma idia do que o plano observando uma parede ou o tampo de uma mesa.
Voc pode imaginar o plano como sendo formado por um conjunto de retas dispostas sucessi-vamente
numa mesma direo ou como o resultado do deslocamento de uma reta numa mesma direo. O plano
ilimitado, isto , no tem comeo nem fim. Apesar disso, no desenho, costuma-se represent-lo delimitado
por linhas fechadas:
Para identificar o plano usamos letras
gregas. O caso das letras: a (alfa), b
(beta) e g (gama), que voc pode ver nos
planos repre-sentados na figura ao lado .
09
Desenho Tcnico
Concorrentes - Possuem apenas um ponto em comum.
Perpendiculares - Retas concorrentes que formam entre
9
0
l
0
20
NOME
DA
ESCOLA
Exerccios
Desenho Tcnico
31
Tipos de linhas
O desenho de uma pea ou de um conjunto mecnico construido por meio de linhas que reproduzem
a sua conformao externa e por linhas auxiliares que ajudam a construo e o entendimento do mesmo.
Linha de Ruptura
(continua estreita a mo livre)
1
0
40
15
A
Linha de Simetria
(trao e ponto estreita)
A
Plano de Corte
(linha trao e ponto estreita e larga nas
extremidades)
2
5
4
5
2
0
Linha de Centro
(linha trao ponto estreita)
60
Linha de Contorno
(linha continua larga)
Corte Parcial
(continua estreita a
mo livre)
Aresta no visvel
(linha tracejada estreita)
Linha de Cota
(linha contnua estreita)
6
3
0
3
0
Hachura
(linha
continua
estreita)
Cota
Linha Auxiliar
(linha contnua estreita)
Desenho Tcnico
32
A) Identificar os tipos de linhas e reproduzir o desenho abaixo no formato A4 executado
anteriomente, respeitando as espessuras e os tipos de linhas indicadas para cada tipo de
aplicao.
Exerccios
Desenho Tcnico
33
Escalas
Escala a proporo definida existente entre as
dimenses de uma pea e as do seu respectivo desenho.
O desenho de um elemento de mquina pode estar em:
- escala natural 1 : 1
- escala de reduo 1 : 5
- escala de ampliao 2 : 1
Na representao atravs de desenhos executados em escala natural (1 : 1), as dimenses da pea
correspondem em igual valor s apresentadas no desenho.
Na representao atravs de desenhos executados em escala de reduo, as dimenses do desenho se
reduzem numa proporo definida em relao s dimenses reais das peas.
Na escala 1 : 2, significa que
1mm no desenho corresponde a
2mm na pea real.
Na representao atravs de desenhos executados em escala de ampliao, as dimenses do desenho
aumentam numa proporo definida em relao s dimenses reais das peas.
Na escala 5 : 1, significa dizer que
5mm no desenho correspondem a
1mm na pea real.
Desenho Tcnico
34
1) Complete o quadro abaixo:
2) Reproduza o desenho abaixo na escala de ampliao 2:1 e de reduo 1:2.
2
0
10 10
30
1
0
1:10
Exerccios
Desenho Tcnico
35
Esc.: Esc.:
1) Determine, e anote a escala dos desenhos abaixo.
Esc.: 1:10 Esc.: 2:1
2) Determine, e coloque o valor rela das cotas nos desenhos abaixo.
Exerccios
Desenho Tcnico
36
Exerccios
( ) 180
( ) 2:1
S - Soma dos ngulos Internos de um Tringulo
O - Soma dos ngulos Internos de um Quadriltero
V - ngulos Complementares
Y - Reta
NR - Nenhuma Resposta
Z - Retas Concorrentes
( )
X - 50 mm
W- Tringulo Retngulo
( )
U - Tringulo Issceles
T - Circunferncias Concntricas
( )
R - Reta Secante
Q - 50
( )
( )
P - Escala de Reduo
N - Linha Sinuosa
M - Segmento de Reta
L - Tringulo Escaleno
K - ngulo Obtuso
( )
( )
( )
( )
r = s
( ) ngulo menor
( )
( )
R
( ) AB
( ) ngulo de 90
( ) 360
( )
( ) ngulos cuja soma
( ) AB
1) Relacione a coluna com os parnteses:
( )
J - Circunferncias Tangentes
I - Semi-reta
H - Formato A3
( )
G - Vrtice
F - ngulo agudo
E - Tringulo Equiltero
( )
D - Escala de Ampliao
C - Hexgono
B - Circunferncias Secantes
( )
A - ngulo Reto
( )
( ) ngulo maior
( )
( ) AB
( )
( ) 1:5
( )
equivale a 180
que 90
que 90
Desenho Tcnico
37
Projeo Ortogrfica
A projeo ortogrfica uma forma de representar graficamente objetos tridimensionais em
superfcies planas, de modo a transmitir suas caractersticas com preciso e demonstrar sua
verdadeira grandeza grandeza.
Para entender bem como feita a projeo ortogrfica voc precisa conhecer trs elementos: o
modelo, o observador e o plano de projeo.
Modelo - o objeto a ser representado em projeo ortogrfica. Qualquer objeto pode ser toma-
do como modelo: uma figura geomtrica, um slido geomtrico, umapea de mquina ou mesmo
um conjunto de peas.
Observador - a pessoa que v, analisa, imagina ou desenha o modelo.
Para representar o modelo em projeo ortogrfica, o observador deve analis-lo
cuidadosamente em vrias posies.
As ilustraes a seguir mostram o observador vendo o modelo de frente frente, de cima e de
lado.
Observador
Desenho Tcnico
38
Plano de Projeo - a superfcie onde se projeta o modelo.
Diedros
A representao de objetos tridimensionais por meio de desenhos bidimensionais, utilizando
projees ortogonais, foi idealizada por Gaspar Monge no sculo XVIII. O sistema de representao
criado por Gaspar Monge denominado Geometria Descritiva.
Considerando os planos vertical e horizontal prolongados alm de suas intersees, como mostra
a Figura 3.1, dividiremos o espao em quatro regies chamadas de diedros. As quatro regies so
numerados no sentido anti-horrio, e denominados 1, 2, 3, e 4 Diedros.
Utilizando os princpios da Geometria Descritiva, pode-se, mediante figuras planas, representar
formas espaciais utilizando os rebatimentos de qualquer um dos quatro diedros.
Entretanto, para viabilizar o desenvolvimento industrial e facilitar o exerccio da engenharia, foi
necessrio normalizar uma linguagem que, a nvel internacional, simplifica o intercmbio de
informaes tecnolgicas.
Assim, a partir dos princpios da Geometria Descritiva, as normas de Desenho Tcnico fixaram
a utilizao das projees ortogonais somente pelos 1 e 3 diedros, criando pelas normas
internacionais dois sistemas para representao de peas:
sistema de projees ortogonais pelo 1 diedro
sistema de projees ortogonais pelo 3 diedro
Desenho Tcnico
39
O uso de um ou do outro sistema depender das normas adotadas por cada pas. Por exemplo,
nos Estados Unidos da Amrica (USA) mais difundido o uso do 3 diedro; nos pases europeus
mais difundido o uso do 1 diedro.
No Brasil mais utilizado o 1 diedro, porm, nas indstrias oriundas dos USA, da Inglaterra e do
Japo, podero aparecer desenhos representados no 3 Diedro.
Como as normas internacionais convencionaram, para o desenho tcnico, o uso dos 1 e 3 die-
dros importante a familiarizao com os dois sistemas de representao.
Ainterpretao errnea de um desenho tcnico poder causar grandes prejuzos.
Projees Ortogonais pelo 1 Diedro
Para serem denominadas vistas principais, as projees tm de ser obtidas em planos perpen-
diculares entre si e paralelos dois a dois, formando uma caixa.
A Figura 3.3 mostra a pea circundada pelos seis planos principais, que posteriormente so
rebatidos de modo a se transformarem em um nico plano. Cada face se movimenta 90 em relao
outra.
As projees feitas em qualquer plano do 1
diedro seguem um princpio bsico que
determina que o objeto a ser representado
dever estar entre o observador e o plano de
projeo, conforme mostra a Figura 3.2.
Apartir da, considerando o objeto imvel no
espao, o observador pode v-lo por seis
direes diferentes, obtendo seis vistas da
pea.
Ou seja, aplicando o princpio bsico em seis
planos circundando a pea, obtemos, de
acordo com as normas internacionais, as
vistas principais no 1 diedro.
Desenho Tcnico
40
Aprojeo que aparece no plano 1(Plano vertical de origem do 1 diedro)
sempre chamada de vista de frente.
Em relao posio da vista de frente, aplicando o princpio bsico do 1 diedro, nos outros planos
de projeo resultam nas seguintes vistas:
Plano 1 Vista de Frente ou Elevao mostra a projeo frontal do objeto.
Plano 2 Vista Superior ou Planta mostra a projeo do objeto visto por cima.
Plano 3 Vista Lateral Esquerda ou Perfil mostra o objeto visto pelo lado esquerdo.
Plano 4 Vista Lateral Direita mostra o objeto visto pelo lado direito.
Plano 5 Vista Inferior mostra o objeto sendo visto pelo lado de baixo.
Plano 6 Vista Posterior mostra o objeto sendo visto por trs.
Apadronizao dos sentidos de rebatimentos dos planos de projeo garante que no 1 diedro as
vistas sempre tero as mesmas posies relativas.
Ou seja, os rebatimentos normalizados para o 1 diedro mantm,em relao vista de frente, as
seguintes posies:
a vista de cima fica em baixo;
a vista de baixo fica em cima;
a vista da esquerda fica direita;
a vista da direita fica esquerda.
Talvez o entendimento fique mais simples, raciocinando-se com o tombamento do objeto. O
resultado ser o mesmo se for dado ao objeto o mesmo rebatimento dado aos planos de projeo.
Afigura 3.4 mostra o tombamento do objeto.
Comparando com o resultado das vistas resul-
tantes dos reba-timentos dos planos de
projeo, pode-se observar:
O lado superior do objeto aparece em baixo e
o inferior em cima, ambos em relao posio
frente.
O lado esquerdo do objeto aparece direita
da posio de frente, enquanto o lado direito
est esquerda do lado da frente.
Desenho Tcnico
41
AFigura 3.5 mostra o desenho final das seis vistas.
Observe que no so colocados os nomes das vistas, bem como no aparecem as linhas de
limite dos planos de projees.
importante olhar para o desenho sabendo que as vistas, apesar de serem desenhos bidi-
mensionais, representam o mesmo objeto visto por diversas posies.
Com a conscincia de que em cada vista existe uma terceira dimenso escondida pela projeo
ortogonal; partindo da posio definida pela vista de frente e sabendo a disposio final conven-
cionada para as outras vistas, possvel entender os tombos (rebatimentos) efetuados no objeto.
Outra conseqncia da forma normalizada para obteno das vistas principais do 1 diedro que
as vistas so alinhadas horizontalmente e verticalmente.
Para facilitar a elaborao de esboos,
como as distncias entre as vistas
devem ser visualmente iguais, pode-se
relacionar as dimenses do objeto nas
diversas vistas, conforme mostra a Fi-
gura 3.6.
Verticalmente relacionam-se as dimen-
ses de comprimento,horizontalmente
relacionam-se as dimenses de altura e
os arcos transferem as dimenses de
largura.
Desenho Tcnico
42
Exerccios
1) Nomeie os crculos nas projees de acordo com a perspectiva.
Desenho Tcnico
43
Exerccios
2) Nomeie os crculos nas projees de acordo com a perspectiva.
Desenho Tcnico
44
Exerccios
1) Procure analisar os rebatimentos de todas as superfcies que compem cada pea
Abaixo, projetando as seis vistas, para isto utilize um formato A4 na posio de paisagem.
1
4 3
2
Desenho Tcnico
45
Escolha das Vistas
Dificilmente ser necessrio fazer seis vistas para representar qualquer objeto. Porm, quaisquer
que sejam as vistas utilizadas, as suas posies relativas obedecero s disposies definidas pelas
vistas principais.
Na maioria dos casos, o conjunto formado pelas vistas de frente, vista superior e uma das vistas
laterais suficiente para representar, com perfeio, o objeto desenhado.
Em alguns casos, com auxlio de smbolos convencionais, possvel definir a forma da pea
desenhada com uma nica vista.
No importa o nmero de vistas utilizadas, o que importa que o desenho fique claro e objetivo.
O desenho de qualquer pea, em hiptese alguma, pode dar margem a dupla interpretao.
O ponto de partida para determinar as vistas necessrias escolher o lado da pea que ser
considerado como frente. Normalmente, considerando a pea em sua posio de trabalho ou de
equilbrio, toma-se como frente o lado que melhor define a forma da pea. Quando dois lados definem
bem a forma da pea, escolhe-se o de maior comprimento.
Feita a vista de frente faz-se tantos rebatimentos quantos forem necessrios para definir a forma
da pea.
Na Figura 3.8, considerando como frente a direo indicada, as trs vistas preferenciais do 1
diedro so suficientes para representar o objeto. Observe no conjunto de seis vistas que as outras trs
vistas, alm de apresentarem partes ocultas, so desnecessrias na definio da forma do objeto.
No 1 diedro mais difundido o uso da vista lateral
esquerda, resultando no conjunto preferencial com-
posto pelas vistas de frente, superior e lateral esquer-
da, que tambm so chamadas, respectivamente, de
elevao, planta e perfil, mostradas na Figura 3.7.
Na prtica, devido simplicidade de forma da maioria
das peas que compem as mquinas e equipa-
mentos, so utilizadas somente duas vistas.
Desenho Tcnico
46
Exerccio Resolvido
Na Figura 3.9, considerando a frente indicada no objeto, o conjunto formado pelas vistas de frente,
superior e lateral direita o que melhor representa a pea. Na vista lateral esquerda aparecem linhas
tracejadas, que devem ser evitadas.
Quando a vista de frente for uma figura simtrica, conforme mostra a Figura 3.10, teoricamente
poderia utilizar qualquer uma das vistas laterais, porm deve-se utilizar a vista lateral esquerda para
compor o conjunto das vistas preferenciais.
preciso ter muito cuidado com a escolha das vistas, porque o uso de vistas inadequadas pode
levar a solues desastrosas.
Desenho Tcnico
47
AFigura 3.11 mostra que as duas vistas escolhidas em 3.11 (a) podem representar qualquer uma
das peas mostradas em 3.11 (b) se considerarmos os sentidos de observao indicados no
paraleleppedo.
Ainda que parea que o problema est resolvido, a soluo pode ser enganosa como mostrado
na Figura 3.12. As duas vistas escolhidas em 3.12 (a) podem corresponder a qualquer uma das quatro
peas mostradas em 3.12 (b).
As vistas precisam ser escolhidas de modo que o desenho defina fielmente a forma da pea e
que, em hiptese nenhuma, d margem a dupla interpretao.
Exerccio Resolvido
Desenho Tcnico
48
1) Identifique e numere as projees correspondentes a cada pea apresentada em
perspectiva.
Exerccios
Desenho Tcnico
49
Exerccios Propostos
Dadas as perspectivas faa o esboo das trs vistas principais (forntal,
superior e lateral esquerda) das peas dadas, respeitando as propores.
Para desenvolver a viso espacial todo o esforo deve ser concentrado na
automao do raciocnio para os rebatimentos convencionados do 1 diedro.
A automao do raciocnio para os rebatimentos significa que, quando se
olha para um conjunto de vistas deve-se, automaticamente, estar associando
(enxergando) a pea, ou as superfcies que a compem, em suas diferentes
posies.
Na maioria das vezes no se consegue enxergar todos os detalhes da pea,
mas possvel analisar individualmente cada superfcie, e entender suas
posies espaciais em cada vista.
Visando ajudar o desenvolvimento da viso espacial, os exerccios
propostos
devem ser resolvidos seguindo a seguinte metodologia:
1. Considerando a direo indicada, olhando para a perspectiva, faa o de-
senho da vista de frente;
2. No se esquea que o desenho da vista de frente, apesar de ser bidi-
mensional, representa uma pea tridimensional e existe uma terceira
dimenso que est escondida pelas projees ortogonais;
3. Olhando para a vista de frente mas com o sentimento da forma espacial da
pea, sem olhar para as perspectivas, faa a vista superior.
4. Confira as duas vistas com a perspectiva dada; e
5. Tambm sem olhar para a perspectiva, a partir da vista de frente, desenhe a
vista lateral mais conveniente.
Desenho Tcnico
50
2) Executar em esboo as vistas ortogrficas principais (frontal, superior e lateral esquerda)
das peas dadas em perspectiva, respeitando as propores.
Exerccios
Desenho Tcnico
51
Exerccios Exerccios
Desenho Tcnico
52
Exerccios
Desenho Tcnico
53
Exerccios
Desenho Tcnico
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Exerccios
Desenho Tcnico
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Exerccios
Desenho Tcnico
56
Exerccios
Desenho Tcnico
57
Exerccios
Desenho Tcnico
58
A) Complete as projees abaixo.
Desenho Tcnico
59
Projees Ortogonais pelo 3 Diedro
As vistas principais so obtidas em seis planos perpendiculares entre si e paralelos dois a dois,
como se fosse uma caixa de vidro e, posteriormente, rebatidos de modo a formarem um nico plano.
A Figura 3.14 mostra os rebatimentos dos planos que compem a caixa de vidro, onde cada
plano se movimenta 90 em relao ao outro.
Da mesma forma que no 1 diedro, a projeo que representada no plano 1 corresponde ao
lado da frente da pea.
Deste modo, considerando o princpio bsico e os rebatimentos dados aos planos de projeo,
tm-se as seguintes posies relativas das vistas:
Plano 1 Vista de Frente mostra a projeo frontal do objeto.
Plano 2 Vista Superior mostra a projeo do objeto visto por cima.
Plano 3 Vista Lateral Direita mostra o objeto visto pelo lado direito.
Plano 4 Vista Lateral Esquerda mostra o objeto visto pelo lado
esquerdo.
Plano 5 Vista Inferior mostra o objeto sendo visto pelo lado de
baixo.
Plano 6 Vista Posterior mostra o objeto sendo visto por trs.
Assim como no 1 diedro, qualquer projeo do
3 diedro tambm segue um princpio bsico.
Para fazer qualquer projeo no 3 diedro, o pla-
no de projeo dever estar posicionado entre o
observador e o objeto, conforme mostra a Figura
3.13.
O plano de projeo precisa ser transparente
(como uma placa de vidro) e o observador, por trs
do plano de projeo, puxa as projetantes do objeto
para o plano.
Desenho Tcnico
60
A Figura 3.15 mostra as vistas principais resultantes das projees na caixa de vidro e tambm
os tombamentos que devem ser dados pea para obter o mesmo resultado.
No 3 diedro as vistas mais utilizadas, que acabam se constituindo nas vistas preferenciais, so o conjunto
formado pelas vistas de frente, superior e lateral direita. A Figura 3.16 mostra as vistas principais e as vistas
preferenciais do 3 diedro.
Exerccios Resolvidos
Analise as projees das peas abaixo e procure entender os rebatimentos convencionados para
o 3 diedro.
Desenho Tcnico
61
Comparaes entre as Projees do 1 e do 3 Diedros
Visando facilitar o estudo e o entendimento dos dois sistemas de projees ortogonais, normalizados
como linguagem grfica para o desenho tcnico, sero realadas as diferenas e as coincidncias
existentes entre o 1 e o 3 diedros a seguir.
1 - Quanto vista de Frente
Tanto no 1 como no 3 diedro, deve-se escolher como frente o lado que melhor representa a forma da
pea, respeitando sua posio de trabalho ou de equilbrio.
2 Quanto s Posies relativas das vistas
AFigura 3.17 mostra as vistas principais do 1 e do 3 diedros. Para facilitar a comparao, nos dois
casos, a vista de frente corresponde ao mesmo lado do objeto. Como mantida a mesma frente,
conseqentemente, todas as outras vistas so iguais, modificando somente as suas posies
relativas.
Desenho Tcnico
62
As figuras 3.18 e 3.19 fazem respectivamente a comparao dos sentidos dos rebatimentos dos
planos de projees e dos tombamentos do objeto.
Observe que no 1 diedro, olha-se a pea por um lado e desenha-se o que se est vendo do outro
lado, enquanto no terceiro diedro, o que se est vendo desenhado no prprio lado donde se est
olhando a pea.
No se pode esquecer que cada projeo ortogonal representa o objeto em uma determinada
posio e, assim sendo, no 1 diedro qualquer projeo ortogonal corresponde quilo que visto pelo
outro lado da projeo que estiver ao seu lado. Da mesma forma, no 3 diedro qualquer projeo
ortogonal corresponde quilo que visto na direo da projeo que estiver ao seu lado.
Para facilitar o entendimento das inverses dos rebatimentos, as Figuras 3.20, 3.21 e 3.23 comparam
os rebatimentos do 1 e do 3 diedros.
Desenho Tcnico
63
Para facilitar o entendimento das inverses dos rebatimentos, as Figuras 3.20, 3.21 e 3.23
comparam os rebatimentos do 1 e do 3 diedros.
Para desenvolver habilidade na interpretao de desenhos tcnicos necessrio associar,
automaticamente, o conjunto de vistas com os rebatimentos que a pea sofreu.
Em funo de uma maior utilizao, deve ser dada maior nfase no estudo dos rebatimentos
formados pelas vistas preferenciais. A Figura 3.23 mostra a comparao destes rebatimentos.
Desenho Tcnico
64
Na Figura 3.23, no 3 diedro, o objeto seria mais bem representado se fosse utilizado como frente
o lado de trs da pea porque eliminaria a linha tracejada na vista lateral direita.
De acordo com as normas internacionais, na execuo de desenhos tcnicos, pode-se utilizar
tanto o 1 como o 3 diedros.
Para facilitar a interpretao do desenho recomendado que se faa a indicao do diedro utilizado
na representao. Aindicao pode ser feita escrevendo o nome do diedro utilizado, como mostrado
na Figura 3.25 ou utilizando os smbolos da Figura 3.26.
Os desenhos seguintes mostram as trs vistas que melhor representam a pea (conjunto de vistas
que tm o menor nmero possvel de arestas invisveis),mantendo a mesma vista de frente tanto no 1
como no 3 diedros.
Observe que, para manter a mesma vista de frente nos dois diedros, foi necessrio fugir das vistas
preferenciais em um deles.
Desenho Tcnico
65
PERSPECTIVA
uando olhamos para um objeto, temos a sensao de profundidade e relevo.
As partes que esto mais prximas de ns parecem maiores e as partes mais distantes aparentam ser
menores.
A fotografia mostra um objeto do mesmo modo como ele visto pelo olho humano, pois transmite a
idia de trs dimenses: comprimento, largura e altura.
O desenho, para transmitir essa mesma idia, precisa recorrer a um modo especial de representao
grfica: a perspectiva. Ela representa graficamente as trs dimenses de um objeto em um nico plano,
de maneira a transmitir a idia de profundidade e relevo.
Existem diferentes tipos de perspectiva. Veja como fica a representao de um cubo em trs tipos
diferentes de perspectiva:
Perspectiva Isomtrica
Cada tipo de perspectiva mostra o objeto de um jeito. Comparando as trs formas de representao,
voc pode notar que a perspectiva isomtrica a que d a idia menos deformada do objeto.
Iso quer dizer mesma; mtrica quer dizer medida. A perspectiva isomtrica mantm as mesmas
propores do comprimento, da largura e da altura do objeto representado. Alm disso, o traado da
perspectiva isomtrica relativamente simples.
Em desenho tcnico, comum representar perspectivas por meio de esboos, que so desenho
feitos rapidamente a mo livre. Os esboos so muito tis quando se deseja transmitir, de imediato, a
idia de um objeto.
A perspectiva no utilizada nas oficinas de fabricao porque deforma as superfcies e dificil de
cotar. Alm disso, a realizao dessas perspectivas exige um trabalho longo e minucioso. Elas so
utilizadas nos catlogos dos construtores para as peas de reposio.
A figura abaixo apresenta um exemplo de uma perspectiva. Podemos dizer que a vista est
detalhada. Separa os diferentes componentes de um sistema de bielas de um moto, enquanto se
respeita a posio relativa de montagem.
Q
Desenho Tcnico
66
Eixos Isomtricos
O desenho da perspectiva isomtrica baseado num sistema de trs semi-retas que tm o mesmo
ponto de origem e formam entre si trs ngulos de 120. Veja:
Essas semi-retas, assim dispostas, recebem o nome de eixos isomtricos.
Cada uma das semi-retas um eixo isomtrico.
Os eixos isomtricos podem ser representados em posies variadas, mas
sempre formando, entre si, ngulos de 120.
O traado de qualquer perspectiva isomtrica parte sempre dos eixos
Isomtricos.
Esboo em Perspectiva
Qualquer que seja a forma da pea a ser desenhada, para se elaborar um esboo em perspectiva
necessrio desenhar, primeiramente, o paraleleppedo de referncia.
Das perspectivas paralelas, o tipo mais adequado para se esboar, com a finalidade de ajudar na
interpretao das projees ortogonais, a Perspectiva Isomtrica.
Assim sendo, o desenho do paraleleppedo de referncia deve comear pelos trs eixos isom-
tricos. No Passo 1 da Figura 4.17 v-se que um dos eixos isomtricos traado verticalmente e os
outros dois fazem um ngulo de 30 com uma linha horizontal.
Traados os eixos isomtricos, deve-se marcar sobre eles tamanhos proporcionais s medidas de
comprimento, largura e altura da pea representada nas projees ortogonais. Seguindo as medidas
marcadas, traam-se linhas paralelas aos eixos isomtricos at obter o paraleleppedo de referncia,
conforme aparece no Passo 2 da Figura 4.17.
Os Passos 3, 4 e 5 da Figura 4.17 mostram a obteno da forma espacial representada nas
projees ortogonais desenhando nas faces do paraleleppedo as vistas correspondentes. Observe
que quando a pea no possui superfcies inclinadas, todas as linhas so paralelas a um dos trs
eixos isomtricos.
Nos desenhos em perspectivas, normalmente, as arestas invisveis no so representadas.
Desenho Tcnico
67
Exemplo:.
Desenho Tcnico
68
Esboo em Perspectiva de Superfcies Inclinadas
As superfcies inclinadas, quando desenhadas em perspectivas, no acompanham as direes
dos eixos isomtricos.
Nos esboos em perspectivas o traado das superfcies inclinadas no deve ser orientado pelo
ngulo de inclinao da superfcie. Aforma mais correta para traar as superfcies inclinadas marcar
o comprimento dos catetos, que determina a inclinao da superfcie, nas arestas do paraleleppedo
de referncia. A Figura 4.18 ilustra a elaborao do desenho do esboo em perspectiva contendo
superfcies inclinadas.
Quando a superfcie inclinada no for perpen-
dicular a nenhum dos planos de projeo, a melhor
forma de represent-l a em perspecti va
posicionando as projees ortogonais da superfcie
inclinada nas respectivas faces do paraleleppedo de
referncia, conforme mostra a Figura 4.19.
Desenho Tcnico
69
Observao:
A perspectiva isomtrica de circunferncias e de seus arcos ocorre freqentemente.
Como a circunferencia pode ser inscrista em um quadrado, este, ao ser perspectivado, transforma-se
em um losango, que ter uma elipse inscrita. Traam-se os eixos isomtricos X, Y e Z e marcam-se os
lados do quadrado no eixo. Tem-se agora o losango, onde so indicados os pontos mdios dos lados E,
F, G e H.ligam-se os pontos A e C aos pontos mdios. Com centro nos vrtices A e C, traam-se os arcos
GE e FH. Com os centros nos pontos I e J, traam-se os arcos GF e EH, completando a elipse
isomtrica.
A tcnica mensionada a mesma,
Qualquer que seja o plano utilizado.
Observe que, para completar a perspectiva de um slido, ser necessrio outra circunferncia, ou
arco, na face paralela e oposta a primeira, j traada. Essa circunferncia ter as mesmas dimenses e
seus vrtices sero isomtricamente coincidentes, ou seja, sero ligados por linhas paralelas a um dos
eixos isomtricos (como a linha que liga os pontos E e E na figura a seguir, que paralela ao eixo
vertical).
As duas circunferncia em perspectiva sero ligadas por linhas que compem faces do slido
(seriam como os lados de um cilindro); estas linhas so tangentes aos arcos que compem a
circunferncia, e para definir sua posio basta ligar os pontos de interseo entre os arcos traados e
as diagonais maiores dos quadrados isomtricos (pontos 1 e 2).
Desenho Tcnico
70
Esboo em Perspectiva de Superfcies Curvas
Como o crculo pode ser inscrito em um quadrado, conclui-se que um cilindro pode ser inscrito em
um paraleleppedo de base quadrada, conforme mostra a figura 4.20.
O desenho em perspectiva de peas que contenham superfcies curvas elaborado
aplicando-se, passo a passo, a metodologia j exposta. A Figura 4.23 mostra os passos para
elaborao de esboos em perspectiva de peas com superfcies curvas.
:
Observe que o crculo inscrito no quadrado
em perspectiva tem a forma de uma elipse. O
desenho do cilindro em perspectiva ser obtido
traando-se elipses nas faces quadradas e
unindo-as com retas tangentes s arestas do
comprimento do paraleleppedo.
Os passos da Figura 4.21 mostram a
seqncia de elaborao do desenho da elipse
que representa o crculo em perspectiva, e a
figura 4.22 mostra as suas diferentes posies
espaciais.
Desenho Tcnico
71
Exerccios
1)
)
Dadas as vistas, desenhar o esboo em perspectiva.
2 Complete a frase no espao indicado:
O crculo, em perspectiva isomtrica, tem sempre a forma parecida com
.............................................. .
3) Assinale com um X a alternativa correta.
Na representao da perspectiva isomtrica do crculo partimos da perspectiva
isomtrica:
a) ( ) do retngulo auxiliar;
b) ( ) da elipse auxiliar;
c) ( ) do quadrado auxiliar;
d) ( ) do crculo auxiliar.
4) Complete os passos 2 e 3 da
perspectiva isomtrica do crculo
representado na face superior.
a)
b)
5) No desenho a seguir, complete o traado
da perspectiva isomtrica do cilindro.
Desenho Tcnico
72
Exerccio
Exerccios
5) Desenhe no reticulado da direita a perspectiva isomtrica do modelo representado
esquerda.
Desenho Tcnico
73
Dimensionamento
O desenho tcnico, alm de representar, dentro de uma escala, a forma tridimensional, deve conter
informaes sobre as dimenses do objeto representado. As dimenses iro definir as caractersticas
geomtricas do objeto, dando valores de tamanho e posio aos dimetros, aos comprimentos, aos
ngulos e a todos os outros detalhes que compem sua forma espacial.
A forma mais utilizada em desenho tcnico definir as dimenses por meio de cotas que so
constitudas de linhas de chamada, linha de cota, setas e do valor numrico em uma determinada
unidade de medida, conforme mostra a Figura 6.1
As cotas devem ser distribudas pelas vistas e dar todas as dimenses necessrias para viabilizar a
construo do objeto desenhado, com o cuidado de no colocar cotas desnecessrias.
As cotas devem ser colocadas uma nica vez em qualquer uma das vistas que compem o desenho,
localizadas no local que representa mais claramente o elemento que est sendo cotado, conforme
mostram as Figuras 6.2 e 6.3.
Na Figura 6.2, o dimensionamento do rasgo existente
na parte superior da pea pode ser feito somente na
vista lateral esquerda ou com cotas colocadas na vistas
de frente e na vista superior. Observe que as cotas da
vista lateral esquerda definem as dimenses com muito
mais clareza.
Para facilitar a leitura do desenho, as medidas devem
ser colocadas com a maior clareza possvel evitando-
se, principalmente, a colocao de cotas referenciadas
s linhas tracejadas.
Desenho Tcnico
74
Todas as cotas de um desenho ou de um conjunto de desenhos de uma mesma mquina ou de um
mesmo equipamento devem ter os valores expressos em uma mesma unidade de medida, sem
indicao do smbolo da unidade de medida utilizada. Normalmente, a unidade de medida mais
utilizada no desenho tcnico o milmetro.
Quando houver necessidade de utilizar outras unidades, alm daquela predominante, o sm-
bolo da unidade deve ser indicado ao lado do valor da cota.
Na prtica, a escolha das cotas ou a colocao de tolerncias para limitar os erros depender
dos processos utilizados na fabricao do objeto e tambm da sua utilizao futura.
AFigura 6.5 mostra que as dimenses do recorte que aparece na vista de frente pode ser cotado
valorizando o espao retirado [Figura 6.5 (a)], ou pode ser cotado dando maior importncia s
dimenses das partes que sobram aps o corte [Figura 6.5 (b)].
Na Figura 6.3 pode-se observar que as cotas
colocadas na vista de frente representam as
respectivas dimenses com muito mais clareza
do que as cotas colocadas nas vistas superior e
lateral esquerda.
No devem existir cotas alm das necess-
rias para definir as medidas do objeto. O di-
mensionamento ou localizao dos elementos
deve ser cotado somente uma vez, evitando-
se cotas repetidas.
A Figura 6.4 mostra a utilizao de unidades
diferentes. Enquanto a maioria das cotas est
em milmetro e sem indicao da unidade
utilizada, o comprimento da pea, na vista de
frente, est cotado em centmetro, bem como a
largura, na vista lateral, e o dimetro do furo, na
vista superior, esto em polegadas.
A Figura 6.4 tambm mostra a utilizao de
cota com tolerncia de erro admissvel para
uma determinada dimenso. A cota de 200,1
significa que, no processo de fabricao, a
Dimenso da pea poder variar de 19,9 a at
20,1.
Desenho Tcnico
75
Outro exemplo de destaque da importncia de uma determinada dimenso a localizao do furo
em relao ao comprimento da pea, que na Figura 6.5 (a) feito pela face esquerda com a cota de
25, enquanto na Figura 6.5 (b) feito pela face direita com a cota de 55.
De acordo com as dimenses de maior importncia, o construtor da pea far o direcionamento dos
erros conseqentes dos processos de fabricao e a opo por um dos tipos exemplificados na
Figura 6.5 ser feita em funo da utilizao ou do funcionamento da pea.
A cotagem funcional e a definio de tolerncias so matrias especficas da tecnologia de
construo de mquinas e de equipamentos, que fogem dos objetivos deste livro.
Conforme j foi colocado na introduo deste captulo, a meta tratar o dimensionamento de obje-
tos somente com o objetivo de preparar os estudantes de engenharia para a elaborao de esboos
cotados.
Regras para Colocao de Cotas
a)
AFigura 6.6 mostra que tanto as linhas auxiliares (linhas de chamada), como as linhas de cota, so
linhas contnuas e finas. As linhas de chamadas devem ultrapassar levemente as linhas de cota e
tambm deve haver um pequeno espao entre a linha do elemento dimensionado e a linha de
chamada.
As linhas de chamada devem ser, preferencialmente, perpendiculares ao ponto cotado. Em alguns
casos, para melhorar a clareza da cotagem, as linhas de chamada podem ser oblquas em relao ao
elemento dimensionado, porm mantendo o paralelismo entre si, conforme mostra a figura 6.6 (c).
As linhas de centro ou as linhas de contorno podem ser usadas como linhas de chamada, conforme
mostra a Figura 6.6 (b). No entanto, preciso destacar que as linhas de centro ou as linhas de
contorno no devem ser usadas como linhas de cota.
Linha
Auxiliar
Desenho Tcnico
76
Outro exemplo de destaque da importncia de uma determinada dimenso a localizao do furo
em relao ao comprimento da pea, que na Figura 6.5 (a) feito pela face esquerda com a cota de
25, enquanto na Figura 6.5 (b) feito pela face direita com a cota de 55.
De acordo com as dimenses de maior importncia, o construtor da pea far o direcionamento dos
erros conseqentes dos processos de fabricao e a opo por um dos tipos exemplificados na
Figura 6.5 ser feita em funo da utilizao ou do funcionamento da pea.
A cotagem funcional e a definio de tolerncias so matrias especficas da tecnologia de
construo de mquinas e de equipamentos, que fogem dos objetivos deste livro.
Conforme j foi colocado na introduo deste captulo, a meta tratar o dimensionamento de obje-
tos somente com o objetivo de preparar os estudantes de engenharia para a elaborao de esboos
cotados.
Regras para Colocao de Cotas
a)
AFigura 6.6 mostra que tanto as linhas auxiliares (linhas de chamada), como as linhas de cota, so
linhas contnuas e finas. As linhas de chamadas devem ultrapassar levemente as linhas de cota e
tambm deve haver um pequeno espao entre a linha do elemento dimensionado e a linha de
chamada.
As linhas de chamada devem ser, preferencialmente, perpendiculares ao ponto cotado. Em alguns
casos, para melhorar a clareza da cotagem, as linhas de chamada podem ser oblquas em relao ao
elemento dimensionado, porm mantendo o paralelismo entre si, conforme mostra a figura 6.6 (c).
As linhas de centro ou as linhas de contorno podem ser usadas como linhas de chamada, conforme
mostra a Figura 6.6 (b). No entanto, preciso destacar que as linhas de centro ou as linhas de
contorno no devem ser usadas como linhas de cota.
b)
O limite da linha de cota pode ser indicado por setas, que
podem ser preenchidas ou no, ou por traos inclinados,
conforme mostra a Figura 6.7. A maioria dos tipos de
desenho tcnico utiliza as setas preenchidas. Os traos
inclinados so mais utilizados nos desenhos Arquitetnicos.
Em um mesmo desenho a indicao dos limites da cota deve
ser de um nico tipo e tambm deve ser de um nico
tamanho. S permitido utilizar outro tipo de indicao de
limites da cota em espaos muito pequenos, conforme
mostra a Figura 6.8.
Desenho Tcnico
77
c)
d)
e)
f)
Para facilitar a leitura e a interpretao do desenho, deve-se evitar colocar cotas dentro dos
desenhos e, principalmente, cotas alinhadas com outras linhas do desenho, conforme mostra a
Figura 6.11.
Havendo espao disponvel, as setas que limitam a linha
de cota ficam por dentro da linha de chamada com direes
divergentes, conforme so apresentadas nas cotas de 15,
20 e 58 da Figura 6.8. Quando no houver espao suficiente,
as setas sero colocadas por fora da linha de cota com
direes convergentes, exemplificadas pelas cotas de 7, 8 e
12 tambm na Figura 6.8. Observe que a cota de 12 utiliza
como seu limite uma das setas da cota de 15.
Quando o espao for muito pequeno, como o caso das
cotas de 5, os limites da cota sero indicados por uma seta e
pelo trao inclinado.
Na cotagem de raios, o limite da cota
definido por somente uma seta que pode estar
situada por dentro ou por fora da linha de
contorno da curva, conforme est exem-
plificado na Figura 6.9.
Os elementos cilndricos sempre so
dimensionados pelos seus dimetros e
localizados pelas suas linhas de centro,
conforme mostra a figura 6.10.
Desenho Tcnico
78
g)
Outro cuidado que se deve ter para melhorar a interpretao do desenho evitar o cruzamento de
linha da cota com qualquer outra linha.
As cotas de menor valor devem ficar por dentro das cotas de maior valor, para evitar o cruzamento
de linhas de cotas com as linhas de chamada, conforme mostra a Figura 6.12.
h)
Sempre que possvel, as cotas devem ser colocadas alinhadas, conforme mostram as Figuras
6.13 e 6.14.
Desenho Tcnico
79
i)
Os nmeros que indicam os valores das cotas devem ter um tamanho que garanta a legibilidade e
no podem ser cortados ou separados por qualquer linha. A Norma NBR 10126 da ABNT fixa dois
mtodos para posicionamento dos valores numricos das cotas.
O primeiro mtodo, que o mais utilizado, determina que:
nas linhas de cota horizontais o nmero dever estar acima da linha de cota, conforme mostra a figura
6.15 (a);
nas linhas de cota verticais o nmero dever estar esquerda da linha de cota, conforme mostra a
figura 6.15 (a);
nas linhas de cota inclinadas deve-se buscar a posio de leitura, conforme mostra a figura 6.15 (b).
Pelo segundo mtodo, as linhas de cota so interrompidas e o nmero intercalado no meio da linha
de cota e, em qualquer posio da linha de cota, mantm a posio de leitura com referncia base da
folha de papel, conforme mostra a Figura 6.16.
Desenho Tcnico
80
j)
As Figuras 6.17 (a) e (b) mostram, respectivamente, a cotagem de ngulos pelos dois mtodos
normalizados pela ABNT. Alinha de cota utilizada na cotagem de ngulos traada em arco cujo centro
est no vrtice do ngulo.
l)
Para melhorar a leitura e a interpretao das cotas dos desenhos so utilizados smbolos para
mostrar a identificao das formas cotadas, conforme mostra a tabela 6.1.
Os smbolos devem preceder o
valor numrico da cota, como
mostram asfiguras 6.18 (a), (b),
(c), (d) e (e).
Desenho Tcnico
81
m)
Quando a forma do elemento cotado estiver claramente definida, os smbolos podem ser omitidos,
conforme mostram as Figuras 6.19 (a) e (b).
Tipos de Cotagem
a) Cotagem em Cadeia
As cotas podem ser colocadas em cadeia ( cotagem em srie), na qual as cotas de uma mesma
direo so referenciadas umas nas outras, como mostram as Figuras 6.20 (a) e (b), ou podem ser
colocadas tendo um nico elemento de referncia, como mostram as Figuras 6.21 (a) e (b).
Na cotagem em srie, mostrada nas Figuras 6.20 (a) e (b), durante os processos de fabricao da
pea, ocorrer a soma sucessiva dos erros cometidos na execuo de cada elemento cotado.
Desenho Tcnico
82
b) Cotagem em Paralelo
Acotagem mostrado nas Figuras 6.21 (a) e (b) como todas as cotas, de uma determinada direo,
so referenciadas ao mesmo elemento de referncia, no ocorrer a soma dos erros cometidos na
execuo de cada cota.
Acotagem por elemento de referncia, mostrada nas Figuras 6.21 (a) e (b), chamada de cotagem
em paralelo.
c) Cotagem em Aditiva
Outro tipo de cotagem por elemento de referncia a cotagem aditiva. A cotagem aditiva uma
variao simplificada da cotagem em paralelo, que pode ser usada onde houver problema de espao.
Na prtica a cotagem aditiva no muito utilizada porque existe a possibilidade de dificultar a
interpretao do desenho e conseqentemente gerar problemas na construo da pea. AFigura 6.22
mostra o desenho da Figura 6.21 (b) utilizando cotagem aditiva ao invs da cotagem em paralelo.
A origem localizada no elemento de
referncia e as cotas dos outros elementos
da pea so colocadas na frente de pe-
quenas linhas de chamadas que vinculam a
cota ao seu respectivo elemento.
Desenho Tcnico
83
Conforme j foi mencionada anteriormente, a escolha do tipo de cotagem est diretamente
vinculada fabricao e futura utilizao do objeto e, como em quase todos os objetos existem
partes que exigem uma maior preciso de fabricao e tambm existem partes que admitem o
somatrio de erros sucessivos, na prtica muito comum a utilizao combinada da cotagem por
elemento de referncia com a cotagem em srie, conforme mostra a Figura 6.23.
d) Cotagem de Cordas e Arcos
e) Cotagem de ngulos, Chanfros e Escareados
Para definir um elemento angular so necessrias pelo menos duas cotas, informando os
comprimentos de seus dois lados ou o comprimento de um dos seus lados associados ao valor de um
dos seus ngulos, conforme mostra a Figura 6.25 (a). Quando o valor do ngulo for 45, resultar em
ngulos iguais e lados iguais e, nesta situao, pode-se colocar em uma nica linha de cota o valor dos
dois lados ou de um lado associado ao ngulo, como mostra a Figura 6.25 (b).
Adiferena entre a cotagem de cordas
e arcos a forma da linha de cota. Quando
o objetivo definir o comprimento do arco,
a linha de cota deve ser paralela ao ele-
mento cotado.
A Figura 6.24 mostra na parte superior
(cota de 70) a cotagem de arco e na parte
inferior (cota de 66) a cotagem de corda.
Desenho Tcnico
84
Da mesma forma, os cantos vivos dos furos tambm so quebrados com pequenas superfcies
inclinadas, que no caso dos furos so chamadas deescareados. Acotagem dos escareados segue os
princpios da cotagem de elementos angulares e est exemplificada na Figura 6.27
f) Cotagem de Elementos Eqidistantes e/ou Repetidos
A cotagem de elementos eqidistantes pode ser simplificada porque no h necessidade de se
colocar todas as cotas. Os espaamentos lineares podem ser cotados indicando o comprimento total e
o nmero de espaos, conforme mostra a figura 6.28 (a). Para evitar problemas de interpretao,
conveniente cotar um dos espaos e informar a dimenso e a quantidade de elementos.
Desenho Tcnico
85
Os espaamentos eqidistantes angulares podem ser cotados indicando somente o valor do n-
gulo de um dos espaos e da quantidade de elementos, conforme mostra a Figura 6.28 (b).
Quando os espaamentos no forem eqidistantes, ser feita a cotagem dos espaos, indicando a
quantidade de elementos, conforme mostram as Figuras 6.29 (a) e (b).
g) Cotagem de objetos em Meio Corte
Sabendo que as vistas em Meio Corte s podem ser utilizadas para representar objetos simtricos,
conclui-se que a metade que aparece cortada tambm existe no lado no cortado e vice-versa.
Desta forma, as vistas em Meio Corte podem ser
utilizadas para cotagem do objeto utilizando linhas
de cota somente com uma seta indicando o limite
da cota na parte que aparece em corte, conforme
mostra a Figura 6.30.
Aponta da linha de cota que no tem seta deve
se estender ligeiramente alm do eixo de simetria.
Desenho Tcnico
86
1) Identificar nas vistas abaixo as cotas correspondentes na perspectiva isomtrica.
Exerccios
Desenho Tcnico
87
1) Utilizando a perspectiva abaixo, desenhe as projees ortogonais necessrias e a
cotagem da pea. Exercutar o desenho na escala 1:1.
88
2) Utilizando a perspectiva abaixo, desenhe as projees ortogonais necessrias e a
cotagem da pea. Exercutar o desenho na escala 1:1.
89
3) Utilizando a perspectiva abaixo, desenhe as projees ortogonais necessrias e a
cotagem da pea. Exercutar o desenho na escala 1:2.
90
4) Utilizando a perspectiva abaixo, desenhe as projees ortogonais necessrias e a
cotagem da pea. Exercutar o desenho na escala 1:2.5
91
5) Utilizando a perspectiva abaixo, desenhe as projees ortogonais necessrias e a
cotagem da pea. Exercutar o desenho na escala 1:2
92
6) Utilizando a perspectiva abaixo, desenhe as projees ortogonais necessrias e a
cotagem da pea. Exercutar o desenho na escala 1:2
93
Apostila de Desenho Tcnico
Parte II
Cortes e Sees
Vistas Especiais
Tolerncia e Acabamento
Cortes
Cortar quer dizer dividir, secionar, separar partes de um todo.
Corte um recurso utilizado em diversas reas do ensino, para
facilitar o estudo do interior dos objetos. Veja alguns exemplos
usados em Cin-cias.
Sem tais cortes, no seria possvel analisar os detalhes internos
dos objetos mostrados.
Em Mecnica, tambm se utilizam modelos representados em corte
para facilitar o estudo de sua estrutura interna e de seu
funcionamento.
Mas, nem sempre possvel aplicar cortes reais nos objetos, para
seu estudo.
Em certos casos, voc deve apenas imaginar que os cortes foram
feitos. o que acontece em desenho tcnico mecnico. Compare as
repre-sentaes a seguir.
Mesmo sem saber interpretar a vista frontal em corte, voc deve
concordar que a forma de representao da direita mais simples e
clara do que a outra. Fica mais fcil analisar o desenho em corte
porque nesta forma de representao usamos a linha para arestas e
contornos visveis em vez da linha para arestas e contornos no
visveis.
Desenho Tcnico
95
Aplicao do corte em vista
Os cortes podem ser representados em qualquer das vistas do
desenho tcnico mecnico. A escolha da vista onde o corte
representado depende dos elementos que se quer destacar e da
posio de onde o observador imagina o Corte.
Vamos da como exemplo o corte visto de frente.
Observador est em frente pea.
Retirada a parte cortada que fica na sua frente, os detalhes internos
ficam visveis para ele.
Nesta posio, o observador no v os furos redondos nem o fu-
ro quadrado da base. Para que estes elementos sejam visveis,
necessrio imaginar o corte. Imagine o modelo secionado, isto ,
atravessado por um plano de corte, como mostra as ilustraes.
Partes no atingidas
pelo corte: represen-
tam os furos
Superfcies atingidas
pelo corte: represen-
tam a parte macia.
Desenho Tcnico
96
Hachuras
As hachuras so formas convencionais de representar as partes
macias atingidas pelo corte. AABNT estabelece o tipo de hachura
para cada material.
Mas normalmente aplicamos uma hachura geral que repre-
sentada por linhas finas e so traadas a 45 de inclinao, em
relao a base das peas.
Hachuras referentes aos diversos tipos de materiais
Desenho Tcnico
97
Corte Total
Corte total aquele que atinge a pea em toda a sua extenso. Veja.
usado em peas cujos detalhes esto alinhados.
O corte total pode ser Longitudinal ou Transversal.
Corte longitudinal representado na projeo frontal, posterior
ou superior.
Corte transversal tem a mesma caracterstica do longitudinal,
mas este corte representado na vista lateral esquerda ou na direita.
Desenho Tcnico
98
Desenho Tcnico
99
Omisso de Corte
Pinos, rebites, parafusos, porcas, arruelas, chavetas, nervuras, eixos,
braos de polias, dentes de engrenagens, no devem ser desenhadas em
corte, mesmo quando situados na linha de corte.
Desenho Tcnico
100
1) Desenhe a vistas frontal e superior das pea abaixo, aplicando o corte total na vista
frontal. Faa tambm a cotagem.
101
2) Desenhe a vistas frontal e superior das pea abaixo, aplicando o corte total na vista
frontal. Faa tambm a cotagem.
102
3) Desenhe a vistas frontal e superior das pea abaixo, aplicando o corte total na vista
frontal. Faa tambm a cotagem.
103
Corte em desvio por Planos Paralelos
usado para representar detalhes importantes da pea, que no
estejam alinhados. O desvio deve ser feito a 90, conforme a pea
abaixo.
O corte em desvio tambm conhecido como corte composto.
Em uma pea podemos aplicar mais de dois cortes compostos.
Desenho Tcnico
104
1) Desenhe a vistas frontal e a vista lateral esquerda da pea abaixo, aplicando o corte
em desvio na lateral esquerda. Faa tambm a cotagem.
105
2) Desenhe a vistas frontal e a vista superior esquerda da pea abaixo, aplicando o
corte em desvio na vista frontal. Faa tambm a cotagem.
106
Corte em desvio por Planos Concorrentes
utilizado em peas, cujos detalhes formam ngulos superiores a
90.
Observe o flange com trs furos passantes, representada ao lado.
Se voc imaginar o flange atingido por um nico plano de corte,
apenas um dos furos ficar visvel. Para mostrar outro furo, voc ter
de imaginar o flange atingido por dois planos concorrentes, isto ,
dois planos que se cruzam ( P1 e P2 ).
Para representar os elementos, na vista frontal, em verdadeira
grandeza, voc deve imaginar que um dos planos de corte sofreu um
movimento de rotao, de modo a coincidir com o outro plano.
Exemplo de aplicao
Desenho Tcnico
107
1) Desenhe as vistas das peas abaixo utilizando o corte em desvio por planos
concorrentes. Hachurie e faa a cotagem.
108
2) Desenhe as vistas das peas abaixo utilizando o corte em desvio por planos
concorrentes. Hachurie e faa a cotagem.
109
Meio Corte
H tipos de peas ou modelos em que possvel imaginar em cor-
te apenas uma parte, enquanto que a outra parte permanece visvel
em seu aspecto exterior. Este tipo de corte o meio-corte.
O meio-corte aplicado em apenas metade da extenso da pea.
Somente em peas ou modelos simtricos longitudinal e
transversal-mente, que podemos imaginar o meio-corte.
As cotas das partes internas devem ser realizadas por meio de
meia cota (a linha de cota deve ultrapassar o centro da pea e o valor
expresso deve ser o total).
No se representam as linhas tracejadas (aresta no vsiveis).
Quando a linha de simetria for vertical, a metade cortada deve ser
a da direita (fig. A) e se for horizontal a parte cortada ser a inferior
(fig. B).
Desenho Tcnico
110
1) Desenhe a vista frontal e a superior da pea abaixo, utilizando o meio-corte na vista
frontal. Faa a cotagem.
111
1) Desenhe em vista nica aplicando meio-corte na vista frontal. Faa a cotagem.
112
Corte Parcial
usado em peas que apresentam pequenos detalhes, no sen-
do necessrio utilizar cortes totais para mostr-los.
A linha contnua estreita irregular e mo livre, que voc v na
perspectiva, a linha de ruptura. A linha de ruptura mostra o local
onde o corte est sendo imaginado, deixando visveis os elementos
internos da pea. A linha de ruptura tambm utilizada nas vistas
ortogrficas.
Nas partes no atingidas pelo corte parcial, os elementos internos
devem ser representados pela linha para arestas e contornos no
visveis.
Desenho Tcnico
113
1) Desenhe em vista nica aplicando corte parcial na vista frontal. Faa a cotagem.
114
2) Desenhe a vista frontal e a vista superior aplicando corte parcial na vista superior.
Faa a cotagem.
115
Representao esquemtica da rosca
Arepresentao esquemtica de rosca a mais utilizada e a mais
uitlizada em desenho tcnico.
Para roscas visveis, os filetes aparecem representados por
segmentos de reta paralelos ao eixo da rosca.
- O dimetro externo aparece indicado com linha larga contnua
(crista do filete).
- O dimetro interno aparece indicado com linha contnua estreita
(fundo do filete).
Para roscas encobertas, a crista e a raiz so representados por
linhas tracejadas
Desenho Tcnico
116
Seo
a representao da figura obtida ao cortar pea por um plano.
Sua diferena com o corte que a seo s mostra o que se obtm
diretamente com o plano de corte.
Sua principal finalidade mostrar detalhes (raios, nervuras, etc) e
a forma da pea conforme o plano de corte.
Seo traada sobre a vista
So executadas diretamente sobre a vista, em linha fina contnua
permitindo o recurso prtico e satisfatrio de se representar o perfil
de certas partes de uma mesma pea, tais como: nervuras, braos
de volante, etc. O eixo da seo sempre perpendicular ao eixo
principal da pea ou da parte seccionada.
Seo traada na interrupo da vista
Quando as linhas de contorno da pea interferem na clareza da
seo, a vista poder ser interrompida, por liha de ruptura, deixando
espao suficiente para a representao da seo, que neste caso
ser desenhada com linha de contorno.
Desenho Tcnico
117
Seo traada fora da vista
Tem a mesma finalidade da seo anterior. Entretanto, em lugar
de serem desenhadas sobre a vista, so desenhadas fora da vista
com linha de contorno visvel.
Quando se tratar de uma pea com vrios elementos diferentes,
aconselhvel imaginar vrias sees sucessivas para analisar o
perfil de cada elemento.
No desenho tcnico, as sees sucessivas tambm podem ser
representadas: prximas da vista e ligadas por linha trao e ponto;
em posies diferentes mas, neste caso, identificadas pelo nome.
Compa-re as duas formas de representao, a seguir:
Sees sucessivas fora da vista
Desenho Tcnico
118
Sees enegrecidas
Quando a rea da seo a de um perfil de pouca espessura, ao
invs de serepresentarem as hachuras, o local enegrecido.
As sees enegrecidas tanto podem ser representadas fora das
vistas como dentro das vistas, ou, ainda, interrompendo as vistas.
Veja um exemplo de cada caso.
Desenho Tcnico
119
1)Desenhe as peas abaixo em vista nica, utilizando o recurso da seo fora da vista e
faa a cotagem.
120
Encurtamentos
Certos tipos de peas, que apresentam formas longas e cons-
tantes, podem ser representadas de maneira mais prtica.
O recurso utilizado em desenho tcnico para representar estes
tipos de peas o encurtamento.
Arepresentao com encurtamento, alm de ser mais prtica, no
apresenta qualquer prejuzo para a interpretao do desenho.
O encurtamento s pode ser imaginado no caso de peas longas
ou de peas que contm partes longas e de forma constante.
Obs.: S podemos representar o encurtamento em peas quan-
do, na
parte que se imagina retirada, no houver detralhes que precisem
ser mostrados.
Desenho Tcnico
121
Desenho Tcnico
1) Desenhe a pea em vista nica. Aplique corte parcial, afim de
mostrar o furo quadrado e o encaixe do pino, utilize tambm o
recurso do encurtamento.
Desenho Tcnico
122
123
Detalhe Ampliado
Quando a escala utilizada no permite demonstrar detalhe ou
cotagem de uma parte do objeto, este circundado com linha
estreita contnua e designado com letra maiscula X, Y, Z, etc.
O detalhe correspondente desenhado em escala ampliada e
identificado loga a seguir.
Desenho Tcnico
124
Vistas Auxiliares
Avista auxiliar empregada para se obter a forma real de partes
que estejam fora de posio habitual (horizontal ou vertical).
Obtm-se a vista auxiliar fazendo o rebatimento paralelamente
parte inclinada da pea.
Aseta indicada perpendiculamente ao plano de observao do
objeto e designada por letras.
Desenho Tcnico
125
1)Desenhe a pea abaixo em vista frontal uma vista auxiliar, aplique tambm um corte
parcial para mostrar o furo rebaixado de 30mm.
126
Meia Vista
Os objetos simtricos podem ser representados por uma parte do
todo. As linhas de simetria so identificadas com dois traos curtos
paralelos nas suas extremidades, traadas perpendiculamente s
linhas de simetria (fig. 1).
Outro processo consiste em traar as linhas do objeto simtrico
um pouco alm da linha de simetria (fig. 2). Neste caso , os traos
curtos paralelos devem ser omitidos.
Desenho Tcnico
127
1) Desenhe as projees da pea abaixo, substituindo a vista frontal
por uma vista em meio corte e a vista superior uma meia vista. Faa a
cotagem.
Desenho Tcnico
128
129
Extremidade Plana de Eixo (diagonais Cruzadas)
As diagonais caracterizam superfcies planas na extremidade de
eixo e so utilidades nas faces laterais de um prisma, troco de
pirmide ou um rebaixo.
Devem ser traadas com linha contnua estreita.
Vistas Parciais
Certas peas, embora simples, necessitam, devido a pequenos
detalhes, mais de uma vista para sua inteira compreenso. A
representao destas peas pode ser simplificada, deixando-se de
desenhar a Segunda vista por inteiro, mas rebatendo apenas o
detalhe.
Desenho Tcnico
130
1) Represente a pea abaixo em vista nica. Na vista frontal deve ser aplicado um corte
parcial a fim de representar o furo de 16mm com profundidade de 15mm. Aplique,
tambm, a vista parcial onde aparece o furo de 10mm.
131
1) Represente a pea abaixo em vista nica, cortada no sentido longitudinal (corte total).
Aplique a vista parcial para representar a orelha.
132
Vista Simplificada
Avista simplificada , pela sua simplicidade, da maior importn-
cia no desenho tcnico.
Consiste, geralmente, em representar a pea em uma s vista, e ,
por meio de linhas estreitas, completar o desenho com os detalhes
que noficaram esclarecidos na vista apresentada.
Desenho Tcnico
133
1)Desenhe o modelo abaixo em vista nica com corte total, utilize tambm a vista
simplificada para representar os furos, faa a cotagem.
134
Tolerncia dimensional
muito difcil executar peas com as medidas rigorosamente exatas porque todo processo de
fabricao est sujeito a imprecises. Sempre acontecem variaes ou desvios das cotas indicadas
no desenho. Entretanto, necessrio que peas semelhantes, tomadas ao acaso, sejam inter-
cambiveis, isto , possam ser substitudas entre si, sem que haja necessidade de reparos e ajustes.
Aprtica tem demonstrado que as medidas das peas podem variar, dentro de certos limites, para
mais ou para menos, sem que isto prejudique a qualidade. Esses desvios aceitveis nas medidas
das peas caracterizam o que chamamos de tolerncia dimensional.
As cotas indicadas no desenho tcnico so chamadas de dimenses nominais. impossvel
executar as peas com os valores exatos dessas dimenses porque vrios fatores interferem no
processo de produo, tais como imperfeies dos instrumentos de medio e das mquinas,
deformaes do material e falhas do operador. Ento, procura-se determinar desvios, dentro dos
quais a pea possa funcionar corretamente. Esses desvios so chamados de afastamentos.
Os afastamentos so desvios aceitveis das dimenses nominais, para mais ou menos, que
permitem a execuo da pea sem prejuzo para seu funcionamento e intercambiabilidade. Eles
podem ser indicados no desenho tcnico como mostra a ilustrao a seguir:
Neste exemplo, a dimenso nominal do dimetro do pino 20 mm. Os afastamentos so: + 0,28 mm
(vinte e oito centsimos de milmetro) e + 0,18 mm (dezoito centsimos de milmetro). O sinal + (mais) indica
que os afastamentos so positivos, isto , que as variaes da dimenso nominal so para valores maiores.
O afastamento de maior valor (0,28 mm, no exemplo) chamado de afastamento superior; o de menor
valor (0,18 mm) chamado de afastamento inferior. Tanto um quanto outro indicam os limites mximo e
mnimo da dimenso real da pea.
Somando o afastamento superior dimenso nominal obtemos a dimenso mxima, isto , a maior medida
aceitvel da cota depois de executada a pea. Ento, no exemplo dado, a dimenso mxima do dimetro
corresponde a: 20 mm + 0,28 mm = 20,28 mm.
Somando o afastamento inferior dimenso nominal obtemos a dimenso mnima, isto , a menor medida
que a cota pode ter depois de fabricada. No mesmo exemplo, a dimenso mnima igual a 20 mm + 0,18 mm,
ou seja, 20,18 mm.
Assim, os valores: 20,28 mm e 20,18 mm correspondem aos limites mximo e mnimo da dimenso do
dimetro da pea. Depois de executado, o dimetro da pea pode ter qualquer valor dentro
desses dois limites.
Adimenso encontrada, depois de executada a pea, a dimenso efetiva ou real; ela deve estar dentro
dos limites da dimenso mxima e da dimenso mnima.
O que tolerncia dimensional
Afastamentos
2
0 +
0
.
2
8
+
0
.
1
8
Desenho Tcnico
135
Tolerncia
Tolerncia a variao entre a dimenso mxima e a dimenso mnima.
Para obt-la, calculamos a diferena entre uma e outra dimenso.
Acompanhe o clculo da tolerncia, no prximo exemplo:
Conceitos na aplicao de medidas com tolerncia
Medida nominal: a medida representada no desenho.
Medida com tolerncia: a medida com afastamento para mais ou
para menos da medida nominal.
Medida efetiva: a medida real da pea fabricada.
Dimenso mxima: a medida mxima permitida.
Dimenso mnima: a medida mnima permitida.
Afastamento superior: a diferena entre a dimenso mxima per-
mitida e a medida nominal.
Afastamento inferior: a diferena entre a dimenso mnima
permitida e a medida nominal.
Campo de tolerncia: a diferena entre a medida mxima e a medida
m-nima permitida.
Fig.1
Desenho Tcnico
136
Ajustes
Para entender o que so ajustes precisamos antes saber o que so eixos e furos de peas. Quando
falamos em ajustes, eixo o nome genrico dado a qualquer pea, ou parte de pea, que funciona
alojada em outra. Em geral, a superfcie externa de um eixo trabalha acoplada, isto , unida
superfcie interna de um furo. Veja, a seguir, um eixo e uma bucha. Observe que a bucha est em corte para
mostrar seu interior que um furo.
Eixos e furos de formas variadas podem funcionar ajustados entre si. Dependendo da funo do
eixo, exis-tem vrias classes de ajustes.
Ajuste com folga
Quando o afastamento superior do eixo menor ou igual ao afastamento Inferior do furo, temos um
ajuste com folga. Ou seja, o eixo se encaixa no furo de modo a deslizar ou girar livremente.
Ajuste com interferncia
Neste tipo de ajuste o afastamento superior do furo menor ou igual ao afastamento inferior do ei-
xo. Ou seja, o eixo se encaixa no furo com certo esforo, de modo a ficar fixo, temos um ajuste com
interferncia.
Desenho Tcnico
137
Ajuste incerto
o ajuste intermedirio entre o ajuste com folga e o ajuste com interferncia. Neste caso, o
afastamento superior do eixo maior que o afastamento inferior do furo, e o afastamento superior do
furo maior que o afastamento inferior do eixo.
As tolerncias no so escolhidas ao acaso. Em 1926, entidades internacionais organizaram um
sistema normalizado que acabou sendo adotado no Brasil pela ABNT: o sistema de tolerncias e
ajustes ABNT/ISO(NBR6158).
O sistema ISO consiste num conjunto de princpios, regras e tabelas que possibilita a escolha
racional de tolerncias e ajustes de modo a tornar mais econmica a produo de peas mecnicas
intercambiveis. Este sistema foi estudado, inicialmente, para a produo de peas mecnicas com
at 500 mm de dimetro; depois, foi ampliado para peas com at 3150 mm de dimetro. Ele
estabelece uma srie de tolerncias fundamentais que determinam a preciso da pea, ou seja, a
qualidade de trabalho, uma exigncia que varia de pea para pea, de uma mquina para outra.
Anorma brasileira prev 18 qualidades de trabalho. Essas qualidades so identificadas pelas le-
tras: IT seguidas de numerais. A cada uma delas corresponde um valor de tolerncia. Observe, no
quadro abaixo, as qualidades de trabalho para eixos e furos:
Aletra I vem de ISO e a letra T vem de tolerncia; os numerais: 01, 0, 1, 2,... 16, referem-se s 18
qualidades de trabalho; a qualidade IT01 corresponde ao menor valor de tolerncia. As qualidades 01
a 3, no caso dos eixos, e 01 a 4, no caso dos furos, esto associadas mecnica extraprecisa. o
caso dos calibradores, que so instrumentos de alta preciso. Eles servem para verificar se as
medidas das peas produzidas esto dentro do campo de tolerncia especificado. Veja:
Sistema de tolerncia e ajustes ABNT/ISO
Desenho Tcnico
138
No extremo oposto, as qualidades 11 a 16 correspondem s maiores tolerncias de fabricao.
Essas qualidades so aceitveis para peas isoladas, que no requerem grande preciso; da o fato
de estarem classificadas como mecnica grosseira.
Peas que funcionam acopladas a outras tm, em geral, sua qualidade estabelecida entre IT4 e IT
11, se forem eixos; j os furos tm sua qualidade entre IT5 e IT11. Essa faixa corresponde mecnica
corrente, ou mecnica de preciso.
campo de tolerncia, o conjunto de valores aceitveis aps a execuo da pea, que vai da
dimenso mnima at a dimenso mxima.
No sistema ISO, essas tolerncias devem ser indicadas como segue:
Atolerncia do eixo vem indicada por h7. O numeral 7 indicativo da qualidade de trabalho e, no
caso, corresponde mecnica corrente. Aletra hidentifica o campo de tolerncia.
O sistema ISO estabelece 28 campos de tolerncias, identificados por letras do alfabeto latino.
Cada letra est associada a um determinado campo de tolerncia. Os campos de tolerncia para eixo
so representados por letras minsculas, como mostra a ilustrao a seguir:
Volte a examinar o desenho tcnico do furo. Observe que a tolerncia do furo vem indicada por H7.
O numeral 7 mostra que a qualidade de trabalho a mesma do eixo analisado anteriormente. Aletra H
identifica o campo de tolerncia.
Os 28 campos de tolerncia para furos so representados por letras maisculas:
Campos de tolerncia ISO
O
Desenho Tcnico
139
Sistema furo base
Observe o desenho a seguir:
Imagine que este desenho representa parte de uma mquina com vrios furos, onde so acoplados
vrios eixos. Note que todos os furos tm a mesma dimenso nominal e a mesma tolerncia H7; j as
tolerncias dos eixos variam: f7, k6, p6. A linha zero, que voc v representada no desenho, serve
para indicar a dimenso nominal e fixar a origem dos afastamentos. No furo A, o eixo A deve girar com
folga, num ajuste livre; no furo B, o eixo B deve deslizar com leve aderncia, num ajuste incerto; no
furo C, o eixo C pode entrar sob presso, ficando fixo.
Obs.: No furo base o afastamento superior igual a zero.
Para obter essas trs classes de ajustes, uma vez que as tolerncias dos furos so constantes,
devemos variar as tolerncias dos eixos, de acordo com a funo de cada um. Este sistema de ajuste,
em que os valores de tolerncia dos furos so fixos, e os dos eixos variam, chamado de sistema furo-
base. Este sistema tambm conhecido por furo padro ou furo nico. Veja quais so os sistemas
furo-base recomendados pela ABNTa seguir:
Aletra Hrepresenta a tolerncia do furo base e o numeral indicado ao lado indica a qualidade da mecnica.
Sistema eixo-base
Imagine que o prximo desenho representa parte da mesma mquina com vrios furos, onde so
acoplados vrios eixos, com funes diferentes. Os diferentes ajustes podem ser obtidos se as
tolerncias dos eixos mantiverem-se constantes e os furos forem fabricados com tolerncias
variveis. Veja:
O eixo A encaixa-se no furo A com folga; o eixo B encaixa-se no furo B com leve aderncia; o eixo C
encaixa-se no furo C com interferncia.
Desenho Tcnico
140
Veja a seguir alguns exemplos de eixos-base recomendados pela ABNT:
Aletra h indicativa de ajuste no sistema eixo-base.
Entre os dois sistemas, o furo-base o que tem maior aceitao. Uma vez fixada a tolerncia
do furo, fica mais fcil obter o ajuste recomendado variando apenas as tolerncias dos eixos.
Aunidade de medida adotada no sistema ABNT/ISO o micrometro, tambm chamado de mcron.
Ele equivale milionsima parte do metro, isto , se dividirmos o metro em 1 milho de partes iguais,
cada uma vale 1 mcron. Sua representao dada pela letra grega m ( mi ) seguida da letra m. Um
mcron vale um milsimo de milmetro: 1mm = 0,001 mm.
Nas tabelas de tolerncias fundamentais, os valores de qualidades de trabalho so expressos em
mcrons. Nas tabelas de ajustes recomendados todos os afastamentos so expressos em mcrons.
Quando a tolerncia vem indicada no sistema ABNT/ISO, os valores dos afastamentos no so
expressos diretamente. Por isso, necessrio consultar tabelas apropriadas para identific-los.
Observe ao lado desenho tcnico,
com indicao das tolerncias:
O dimetro interno do furo representado neste desenho 40 H7. Adimenso nominal do dimetro
do furo 40 mm. Atolerncia vem representada por H7; a letra maiscula H representa tolerncia de
furo padro; o nmero 7 indica a qualidade de trabalho, que no caso corresponde a uma mecnica de
preciso.
Atabela que corresponde a este ajuste tem o ttulo de: Ajustes recomendados sistema furo-base
H7. A primeira coluna - Dimenso nominal - mm - apresenta os grupos de dimenses de 0 at 500
mm. No exemplo, o dimetro do furo 40 mm. Esta medida situa-se no grupo de dimenso nominal
entre 30 e 40. Logo, os valores de afastamentos que nos interessam encontram-se na 9 linha da
tabela, reproduzida abaixo:
Unidade de medida de tolerncia - ABNT/ISO
Interpretao de tolerncias no sistema ABNT/ISO
Desenho Tcnico
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Desenho Tcnico
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Desenho Tcnico
143
Desenho Tcnico
144
QUAL O AFASTAMENTO INFERIOR DO FURO
QUAL O AFASTAMENTO INFERIOR DO EIXO
QUAL O AFASTAMENTO SUPERIOR DO FURO
QUAL A TOLERANCIA DO EIXO
QUAL A TOLERANCIA DO FURO
QUAL O AFASTAMENTO SUPERIOR DO EIXO
^
H
7
3
0
COM BASE NO DESENHO E NA TABELA, RESPONDA AS PERGUNTAS ABAIXO: 9)
1
0
g
6
1
0
3
0
Exerccios
3) O QUE AJUSTE COM FOLGA?
R: ____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
4) O QUE AJUSTE COM INTERFERENCIA?
R: ____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
5) O QUE AJUSTE COM INSERTO?
R: ____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
6) O QUE SISTEMA FURO BASE?
R: ____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
7) O QUE SISTEMA EIXO BASE?
R: ____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
8) QUAL O SISTEMA MAIS USADO?
R: ____________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
QUAL A DIMENSAO NOMINAL:
O QUE E DIMENSAO EFETIVA:
QUAL A DIMENSAO MINIMA
QUAL A DIMENSAO MAXIMA
TRATA-SE DE UM EIXO OU DE UM FURO:
2
2
0
+
0
.
0
1
0
-
0
.
0
0
5
1
1
0
H
7
~
~
~
~
Desenho Tcnico
145
10) A variao entre a dimenso mxima e a dimenso mnima, denomina-se:
(a) Ajuste com folga
(b) Ajuste incerto
(c) Desvio
(d) Tolerncia
(e) Ajuste com interferncia
11) Com base no ajuste indique o valor da tolerncia.30 K7 / h6. Dados: K 7 -0.018 h6 -0.016
5. Tolerncia do furo
+0.007 0.000
(a) 0.025
(b) 0.023
(c) -0.011
(e) 0.030
(d) 0.016
(e) 0.030
6. Tolerncia do eixo
(b) 0.023
(d) 0.016
(c) -0.011
(a) 0.025
Exerccios
) 12 Analise o desenho tcnico cotado, observe os afastamentos e assinale com
um X o tipo de ajuste correspondente.
13) Um lote de peas foi produzido a partir do desenho tcnico abaixo.Observando os
afastamentos, voc percebe que as peas so acopladas por ajuste incerto.
A seguir esto indicadas as dimenses efetivas de algumas peas produzidas.
Escreva, nos parnteses, ao lado de cada alternativa, a letra (F)
quando o ajuste apresentar folga ou a letra (I) quando o ajuste apresentar
interferncia.
a) ( ) dimetro do eixo: 50,012 mm; dimetro do furo: 50,015 mm.
b) ( ) dimetro do eixo: 50,016 mm; dimetro do furo: 50,008 mm.
c) ( ) dimetro do eixo: 50,018 mm; dimetro do furo: 50,022 mm.
d) ( ) dimetro do eixo: 50,011 mm; dimetro do furo: 50,006 mm.
Desenho Tcnico
146
ACABAMENTO
RUGOSIDADE
Acabamento o grau de rugosidade observado na superfcie da
pea. As superfcies apresentam-se sob diversos aspectos, a saber:
em bruto, desbastadas, alisadas e polidas.
Superfcie em bruto aquela que no usinada, mas limpa com a
eliminao de rebarbas e salincias.
Superfcie desbastada aquela em que os sulcos deixados pela
ferramenta so bastante visveis, ou seja, a rugosidade facilmente
percebida.
Superfcie alisada aquela em que os sulcos deixados pela ferra-
menta so pouco visveis, sendo a rugosidade pouco percebida.
Superfcie polida aquela em que os sulcos deixados pela ferra-
menta so imperceptveis, sendo a rugosidade detectada somente
por meio de aparelhos.
Com a evoluo tecnolgica houve a necessidade de se
aprimorarem as indicaes dos graus de acabamento de
superfcies. Com a criao de aparelhos capazes de medir a
rugosidade superficial em m (micrometro; 1m = 0,001mm), as
indicaes dos acabamentos de superfcies passaram a ser
representadas por classes de rugosidade.
Rugosidade so erros microgeomtricos existentes nas
superfcies das peas.
Desenho Tcnico
147
SINAIS DE RUGOSIDADE
A qualidade das superfcies caracterizada mediante smbolos,
normalizados pela norma NBR 8404 da ABNT, baseada na norma
ISO 1302.
Estes smbolos esto substituindo os antigos tringulos que
representavam sem exatido a qualidade desejada.
Avantagem da rugosidade a preciso do acabamento.
Os smbolos de rugosidade dividem-se em dois tipos:
a) smbolo bsico: representado na superfcie de referncia.
b) Smbolo de grupo: representado direita do formato do
desenho.
Se, na mesma pea, houver superfcies com graus de acabamento
diferentes dos da maioria, os sinais correspondentes sero
colocados nas respectivas superfcies e tambm indicados entre
parnteses, ao lado do sinal em destaque.
c) Quando todas as superfcies de uma pea tiverem o mesmo
acaba-mento, o respectivo sinal deve ficar em destaque.
Desenho Tcnico
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