Relatório de Práticas de Laboratório de Química Orgânica - Universidade Federal Do Pampa - UNIPAMPA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CENTRO DE CINCIAS EXATAS E TECNOLGICAS CURSO DE ENGENHARIA QUMICA CAMPUS BAG - RS

RELATRIO DE PRTICAS DE LABORATRIO DE QUMICA ORGNICA

MARCOS FELIPE PINHEIRO MATHEUS PRADO MACEDO PRISCILA BARUFFI RIBEIRO VITRIA OLAVE DE FREITAS

Disciplina: Qumica Orgnica Experimental I Ministrante da disciplina: Prof Dra. Elisabete de Avila da Silva

Bag 2011

MARCOS FELIPE PINHEIRO MATHEUS PRADO MACEDO PRISCILA BARUFFI RIBEIRO VITRIA OLAVE DE FREITAS

RELATRIO DE PRTICAS DE LABORATRIO DE QUMICA ORGNICA

Relatrio de laboratrio apresentado disciplina de Qumica Orgnica Experimental I do curso de Engenharia Qumica da Universidade Federal do Pampa, como requisito parcial para obteno da aprovao na disciplina. Professora: Dra. Elisabete de Avila da Silva

Bag 2011

LISTA DE FIGURAS

1 Esquema simplificado de uma Cromatografia em Camada Delgada (CCD). 2 Esquema de uma placa de slica utilizada no experimento. 3 Funil de separao utilizado na extrao lquido-lquido. 4 Funil de separao utilizado na separao da fase aquosa e orgnica. 5 Aparelhagem utilizada em uma extrao lquido-lquido e frmula estrutural da cafena. 6 Extrator Soxhlet. 7 Equipamento de extrao slido-lquido Soxhlet. 8 Aparelhagem de uma destilao fracionada. 9 Aparelhagem utilizada em uma destilao fracionada. 10 Aparelhagem utilizada em uma destilao por arraste a vapor. 11 Aparelhagem para destilao por arraste de vapor interno. 12 Esquema de uma filtrao e esquema de uma separao. 13 Frmula estrutural do eugenol e do acetileugenol. 14 Esquema de uma cristalizao e frmula estrutural do AAS. 15 Esquema de filtrao a vcuo e frmula estrutural da acetanilida.

LISTA DE TABELAS

1 Resultados obtidos para o Rf da Placa 1 (Experimento 1). 2 Resultados obtidos para o Rf da Placa 2 (Experimento 1). 3 Resultados obtidos para o Rf da Placa 3 (Experimento 1). 4 Resultados obtidos para o Rf da Placa 4 (Experimento 1). 5 Resultados obtidos para o Rf da Placa 1 (Experimento 2). 6 Resultados obtidos para o Rf da Placa 2 (Experimento 2). 7 Resultados obtidos para o Rf da Placa 3 (Experimento 2). 8 Resultados obtidos para o Rf da Placa 4 (Experimento 2). 9 Valores encontrados para a titulao da fase aquosa. 10 Valores encontrados para a titulao da fase orgnica. 11 Composio qumica da erva-mate. 12 Valores de Ponto de Fuso da cafena. 13 Clculos de rendimentos do procedimento. 14 Massa do leo obtido na extrao. 15 Caractersticas fsicas e qumicas do leo vegetal de girassol bruto. 16 Massa do destilado obtida. 17 Massas obtidas de eugenol e acetileugenol. 18 Valores obtidos para o Rf de cada amostra. 19 Valores ponto de fuso cido Acetilsaliclico. 20 Rendimento do procedimento.

SUMRIO

1. PRTICA 1 - CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA (CCD) .....................1 1.1 INTRODUO.......................................................................................................2 1.2 OBJETIVOS ...........................................................................................................2 1.3 PARTE EXPERIMENTAL ..................................................................................2 1.3.1 Materiais ...................................................................................................2 1.3.2 Procedimento Experimental ...................................................................3 1.3.2.1 Experimento 1: Efeito da polaridade em compostos orgnicos e do solvente no Rf ..........................................................................4 1.3.2.2 Experimento 2: Separao de uma mistura de compostos coloridos (ferroceno, violeta cristal e amarelo de alizarina)..........................5 1.4 RESULTADOS E DISCUSSO ...........................................................................5 1.4.1 Resultados e Discusso do Experimento 1 .............................................5 1.4.2 Resultados e Discusso do Experimento 2 .............................................7 1.5 CONCLUSO ........................................................................................................9 2. PRTICA 2 DETERMINAO DO COEFICIENTE DE PARTIO (K) DO CIDO SALICLICO ENTRE GUA E LCOOL AMLICO ..................................... 10 2.1 INTRODUO ....................................................................................................11 2.2 OBJETIVOS .........................................................................................................12 2.3 PARTE EXPERIMENTAL ................................................................................12 2.3.1 Materiais .................................................................................................12 2.3.2 Procedimento Experimental .................................................................12 2.4 RESULTADOS E DISCUSSO .........................................................................13 2.5 CONCLUSO ......................................................................................................13

3. PRTICA 3 EXTRAO DA CAFENA DA ERVA MATE ................................. 15 3.1 INTRODUO ....................................................................................................16 3.2 OBJETIVOS .........................................................................................................17 3.3 PARTE EXPERIMENTAL ................................................................................17 3.3.1 Materiais .................................................................................................17 3.3.2 Procedimento Experimental .................................................................17 3.4 RESULTADOS E DISCUSSO .........................................................................18 3.5 CONCLUSO ......................................................................................................19 4. PRTICA 4 EXTRAO DO LEO DA SEMENTE DE GIRASSOL ..................21 4.1 INTRODUO ....................................................................................................22 4.2 OBJETIVOS .........................................................................................................23 4.3 PARTE EXPERIMENTAL ................................................................................23 4.3.1 Materiais ................................................................................................23 4.3.2 Procedimento Experimental ................................................................24 4.4 RESULTADOS E DISCUSSO ........................................................................24 4.5 CONCLUSO .....................................................................................................25 5. PRTICA 5 DESTILAO FRACIONADA DO VINHO TINTO .........................26 5.1 INTRODUO ...................................................................................................27 5.2 OBJETIVOS ........................................................................................................28 5.3 PARTE EXPERIMENTAL ...............................................................................28 5.3.1 Materiais ................................................................................................28 5.3.2 Procedimento Experimental ................................................................28 5.4 RESULTADOS E DISCUSSO ........................................................................29 5.5 CONCLUSO .....................................................................................................29 6. PRTICA 6 OBTENO DO LEO ESSENCIAL DO CRAVO DA NDIA ATRAVS DE DESTILAO POR ARRASTE A VAPOR D'GUA ..........................30

6.1 INTRODUO ....................................................................................................31 6.2 OBJETIVOS .........................................................................................................32 6.3 PARTE EXPERIMENTAL ................................................................................32 6.3.1 Materiais .................................................................................................32 6.3.2 Procedimento Experimental .................................................................32 6.4 RESULTADOS E DISCUSSO .........................................................................33 6.5 CONCLUSO ......................................................................................................33 7. PRTICA 7 EXTRAO E SEPARAO DOS CONSTITUINTES DO CRAVO DA NDIA ...............................................................................................................................34 7.1 INTRODUO ....................................................................................................35 7.2 OBJETIVOS .........................................................................................................35 7.3 PARTE EXPERIMENTAL ................................................................................35 7.3.1 Materiais .................................................................................................35 7.3.2 Procedimento Experimental .................................................................36 7.3.2.1 Procedimento Experimental 1 ...............................................36 7.3.2.2 Procedimento Experimental 2 ...............................................36 7.4 RESULTADOS E DISCUSSO .........................................................................37 7.4.1 Resultados e Discusso do Procedimento Experimental 1 .................37 7.4.2 Resultados e Discusso do Procedimento Experimental 2 .................37 7.5 CONCLUSO ......................................................................................................38 8. PRTICA 8 PREPARAO E PURIFICAO DO CIDO ACETILSALICLICO (AAS) ..............................................................................................39 8.1 INTRODUO ....................................................................................................40 8.2 OBJETIVOS .........................................................................................................40 8.3 PARTE EXPERIMENTAL ................................................................................40 8.3.1 Materiais .................................................................................................40

8.3.2 Procedimento Experimental .................................................................41 8.4 RESULTADOS E DISCUSSO .........................................................................42 8.5 CONCLUSO ......................................................................................................43 9. PRTICA 9 SNTESE E PURIFICAO DA ACETALINILIDA .........................44 9.1 INTRODUO ....................................................................................................45 9.2 OBJETIVOS .........................................................................................................46 9.3 PARTE EXPERIMENTAL ................................................................................46 9.3.1 Materiais .................................................................................................46 9.3.2 Procedimento Experimental .................................................................46 9.4 RESULTADOS E DISCUSSO .........................................................................47 9.5 CONCLUSO ......................................................................................................48 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ................................................................................49

1. PRTICA 1

CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA (CCD)

FIGURA 1 Esquema simplificado de uma Cromatografia em Camada Delgada (CCD). (Fonte: www.ff.ul.pt/).

1.1 INTRODUO A cromatografia um mtodo fsico-qumico de separao que est fundamentada na migrao diferencial dos componentes de uma mistura, que ocorre devido a diferentes interaes, entre duas fases imiscveis, a fase mvel e a fase estacionria. A grande variedade de combinaes entre fases mveis e estacionrias a torna uma tcnica extremamente verstil e de grande aplicao em diversas reas como: ambiental, farmacutica, anlises clnicas, medicina legal e outras1. O termo cromatografia foi primeiramente empregado em 1906 e sua utilizao atribuda a um botnico russo ao descrever suas experincias na separao dos componentes de extratos de folhas. Nesse estudo, a passagem de ter de petrleo (fase mvel) atravs de uma coluna de vidro preenchida com carbonato de clcio (fase estacionria), qual se adicionou o extrato, levou separao dos componentes em faixas coloridas. Este provavelmente o motivo pelo qual a tcnica conhecida como cromatografia ( chrom = cor e graphie = escrita)2. Existem vrios tipos de tcnicas cromatogrficas, sendo que, neste trabalho, ser apresentado o estudo realizado atravs da tcnica de Cromatografia em Camada Delgada (CCD). A CCD uma tcnica de adsoro lquido-slido. Divide-se em duas fases fase estacionria: papel, slica e vidro; fase mvel: eluente (solvente). A separao se d pela diferena de polaridade dos componentes de uma mistura pela fase estacionria. As substncias devem ser imiscveis na fase estacionria de maneira superficial. O parmetro mais importante a ser considerado o Rf (Rate of flow), o qual a razo entre a distncia percorrida pela substncia e a distncia percorrida pela fase mvel. Os valores ideais para o Rf esto entre 0,4 e 0,61. 1.2 OBJETIVOS Os principais objetivos deste trabalho so: estudar o efeito da polaridade dos compostos orgnicos e do solvente no Rf e, tambm, realizar a separao de uma mistura de compostos coloridos por Cromatografia em Camada Delgada.

1.3 PARTE EXPERIMENTAL 1.3.1 Materiais Placas Cromatogrficas de Slica; 2

Bquer; Tubo Capilar; Pina; Vidro de Relgio; Rgua; Lpis; Secador; Soluo de benzofenona; Soluo de naftaleno; Soluo de -naftol; Soluo de violeta cristal; Soluo de amarelo de alizarina; Soluo de ferroceno; Solvente hexano; Solvente acetato de etila; Solvente acetona; Solvente cido actico; Solvente etanol.

1.3.2 Procedimento Experimental Separaram-se quatro placas de slica. Antes da preparao de cada placa, saturou-se o meio de eluio (adicionou-se o eluente no bquer, agitou-o e tapou-o com vidro de relgio). Preparou-se o papel de slica, desenhando-se uma linha a 0,5mm das extremidades superior e inferior com um lpis de ponta fina. Na parte inferior, colocaram-se as amostras para anlise. Com o auxlio de tubos capilares aplicou-se as amostras em cada placa. Utilizou-se quatro placas de slica, uma para cada solvente. O esquema de uma placa est esquematizado na FIGURA 2 a seguir.

FIGURA 2 Esquema de uma placa de slica utilizada no experimento. (Fonte: adaptada de DEGANI, 1998). Colocaram-se cada placa na cuba com o auxlio de uma pina de modo que ficassem mais prximas de um ngulo de 90 do fundo da cuba. Deixou-se cada placa dentro da cuba (tapada com vidro de relgio) para o eluente subir at a parte superior. Retiraram-se cada placa da cmara antes de o eluente ultrapassar a linha demarcada. Secaram-se as placas e, aps, colocou-as na estufa durante 5 minutos para a visualizao de machas nas placas, porm, algumas manchas no foram observadas, com isso, colocaram-se as placas em um recipiente com vapores de iodo. 1.3.2.1 Experimento1: Efeito da polaridade em compostos orgnicos e do solvente no Rf. Analisaram-se trs compostos orgnicos: naftaleno, -naftol, benzofenona e, em cada uma das quatro placas utilizou-se as seguintes propores de eluentes: Placa 1: hexano puro; Placa 2: hexano/acetato de etila 50:50; Placa 3: hexano/acetato de etila 90:10; Placa 4: hexano/acetato de etila 75:25;

1.3.2.2 Experimento 2: Separao de uma mistura de compostos coloridos (ferroceno, violeta cristal e amarelo de alizarina). Analisaram-se trs compostos coloridos: ferroceno, violeta cristal e amarelo de alizarina e, em cada uma das quatro placas utilizou-se os seguintes eluentes: Placa 1: acetona; Placa 2: cido actico; Placa 3: etanol; Placa 4: hexano;

1.4 RESULTADOS E DISCUSSO 1.4.1 Resultados e Discusso do Experimento 1 Com as manchas obtidas em cada placa possvel calcular o Rf de cada composto orgnico com seus respectivos eluentes e determinar se o composto considerado polar ou apolar em cada caso. Na Placa 1, onde o eluente utilizado foi o hexano puro, obteve-se os seguintes resultados dispostos na TABELA 1: TABELA 1. Resultados obtidos para o Rf da Placa 1 (Experimento 1). Composto Orgnico Naftaleno - naftol Benzofenona Rf No observado 0,12 0,51

Com estes valores pode-se concluir que a benzofenona, por apresentar um valor de Rf mais alto, considerado apolar, enquanto que o - naftol pode ser considerado um composto polar, pois, devido a estrutura do hexano, sabe-se que ele um solvente apolar, logo, a substncia que apresenta maior Rf neste eluente pode ser considerada apolar tambm, visto que semelhante dissolve semelhante. Na Placa 2, onde os eluentes utilizados foram: hexano/acetato de etila (50:50), obtevese os seguintes resultados dispostos na TABELA 2: 5

TABELA 2. Resultados obtidos para o Rf da Placa 2 (Experimento 1). Composto Orgnico Naftaleno - Naftol Benzofenona Rf No observado 0,25 No observado

Como descrito na TABELA 2, foi possvel observar somente o Rf do - naftol, que pode ser considerado um composto polar, pois, devido a estrutura do hexano e do acetato de etila, sabe-se que uma mistura desses dois solventes obtm-se um solvente apolar, logo, se a substncia apresenta um valor baixo de Rf conclui-se que esta seja polar, neste meio. Na Placa 3, onde os eluentes utilizados foram: hexano/acetato de etila (90:10), obtevese os seguintes resultados dispostos na TABELA 3: TABELA 3. Resultados obtidos para o Rf da Placa 3 (Experimento 1). Composto Orgnico Naftaleno - Naftol Benzofenona Rf No observado 0,33 0,50

Com estes valores pode-se concluir que a benzofenona, por apresentar um valor de Rf mais alto, considerado apolar, enquanto que o - naftol pode ser considerado um composto polar, pois, assim como na Placa 2, sabe-se que uma mistura de acetato de etila e hexano obtm-se um solvente apolar, logo, a substncia que apresenta maior Rf nestes eluentes pode ser considerada apolar. Na Placa 4, onde os eluentes utilizados foram: hexano/acetato de etila (75:25), obtevese os seguintes resultados dispostos na TABELA 4: TABELA 4. Resultados obtidos para o Rf da Placa 4 (Experimento 1). Composto Orgnico Naftaleno - Naftol Benzofenona Rf No observado 0,36 0,48

Com estes valores pode-se concluir que a benzofenona, por apresentar um valor de Rf mais alto, considerado apolar, enquanto que o - naftol pode ser considerado um composto polar, pois, assim como na Placa 2, sabe-se que uma mistura de acetato de etila e hexano obtm-se um solvente apolar, logo, a substncia que apresenta maior Rf nestes eluentes pode ser considerada apolar. 1.4.2 Resultados e Discusso do Experimento 2 Atravs das manchas obtidas em cada placa possvel calcular o Rf de cada composto com seus respectivos eluentes e determinar se o composto considerado polar ou apolar em cada caso. Na Placa 1, onde o eluente utilizado foi a acetona, obteve-se os seguintes resultados dispostos na TABELA 5: TABELA 5. Resultados obtidos para o Rf da Placa 1 (Experimento 2). Composto Ferroceno Violeta cristal Amarelo de alizarina Rf 0,82 0,13 0,67

Sabe-se que a acetona um eluente pouco polar, logo, com os valores descritos na TABELA 5 pode-se concluir que o ferroceno, por apresentar um valor de Rf mais alto, considerado apolar, enquanto que o amarelo de alizarina pode ser considerado um composto polar e, por ltimo, o violeta cristal considerado um composto intermedirio, neste eluente. Na Placa 2, onde o eluente utilizado foi o cido actico, obteve-se os seguintes resultados dispostos na TABELA 6: TABELA 6. Resultados obtidos para o Rf da Placa 2 (Experimento 2). Composto Ferroceno Violeta cristal Amarelo de alizarina Rf 0,93 0,98 0,95 7

Sabe-se que o cido actico considerado polar, logo, com os valores descritos na TABELA 6 conclui-se que o violeta cristal o composto mais polar, em seguida o amarelo de alizarina considerado um composto de polaridade intermediria e o ferroceno considerado o mais apolar, neste meio. Na Placa 3, onde o eluente utilizado foi o etanol, obteve-se os seguintes resultados dispostos na TABELA 7: TABELA 7. Resultados obtidos para o Rf da Placa 3 (Experimento 2). Composto Ferroceno Violeta cristal Amarelo de alizarina Rf 0,78 0,81 0,84

O etanol um eluente polar, assim sendo, com os valores descritos na TABELA 7 pode-se concluir que o amarelo de alizarina, por apresentar um valor de Rf mais alto, considerado polar, enquanto que o ferroceno pode ser considerado um composto apolar, pois, apresenta o menor Rf, enquanto que o violeta cristal o composto de polaridade intermediria, neste meio. Na Placa 4, onde o eluente utilizado foi o hexano, obteve-se os seguintes resultados dispostos na TABELA 8: TABELA 8. Resultados obtidos para o Rf da Placa 4 (Experimento 2). Composto Ferroceno Violeta cristal Amarelo de alizarina Rf 0,67 0,02 0,29

O hexano considerado um eluente apolar, logo, com os valores descritos na TABELA 8 pode-se concluir que o ferroceno, por apresentar um valor de Rf mais alto, considerado apolar, enquanto que o violeta cristal pode ser considerado um composto polar, devido ao seu valor de Rf ser o menor e, o amarelo de alizarina o composto de polaridade intermadiria, neste meio. 8

1.5 CONCLUSO A tcnica de Cromatografia em Camada Delgada estudada neste trabalho possibilitou analisar o comportamento de alguns compostos em relao s suas caractersticas polares ou apolares em meio de diferentes eluentes. Concluiu-se que substncias apolares sobem mais rpido pela fase estacionria das placas se o eluente tambm for apolar, mostrando que semelhante dissolve semelhante. A tcnica tambm possibilitou realizar a separao dos compostos, mostrando que se deve escolher o eluente mais apropriado para a separao de determinadas substncias, levando-se em conta, principalmente, a afinidade entre substncia e eluente. No foi possvel encontrar o Rf para o composto orgnico naftaleno, este fato pode estar relacionado com algum erro cometido durante a aplicao do composto nas placas, considerando que se tenha aplicado uma quantidade demasiada pequena do composto.

2. PRTICA 2
DETERMINAO DO COEFICIENTE DE PARTIO (K) DO CIDO SALICLICO ENTRE GUA E LCOOL AMLICO

FIGURA 3 Funil de separao utilizado na extrao lquido-lquido. (Fonte: www.qmc.ufsc.br/).

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2.1 INTRODUO A extrao lquido-lquido um processo de separao onde ocorre a partio da amostra entre duas fases imiscveis (orgnica e aquosa). A eficincia da extrao depende da afinidade do soluto pelo solvente de extrao, da razo das fases e do nmero de extraes 3. Quando uma soluo (soluto A em solvente 1) agitada com um segundo solvente (solvente 2) com o qual imiscvel, o soluto A se distribui entre as duas fases lquidas. Quando as duas fases se separarem novamente em duas camadas de solvente distintas, um equilbrio ser alcanado de tal forma que a razo das concentraes do soluto em cada solvente C 1 e C2 define uma constante. A constante, chamada de coeficiente de distribuio (ou coeficiente de partio) K, definida por: (1) Onde C1 e C2 so as concentraes no equilbrio, em g.L-1 ou mg.mL-1, do soluto A no solvente 1 e no solvente 2, respectivamente. O coeficiente de distribuio tem um valor constante para cada soluto considerado e depende da natureza dos solventes usados em cada caso4. A extrao lquido-lquido apresenta as vantagens de ser simples (na configurao mais comum usa-se um funil de separao ou tubos de centrfuga) e poder utilizar um nmero grande de solventes disponveis comercialmente, os quais fornecem uma ampla faixa de solubilidade e seletividade3. Para o nosso estudo, utilizou-se um funil de separao conforme mostrado na FIGURA 4 para encontrar o coeficiente de partio (K) do cido saliclico entre gua (fase aquosa) e lcool amlico (fase orgnica).

FIGURA 4 Funil de separao utilizado na separao da fase aquosa e orgnica. (Fonte: www.ff.ul.pt/). 11

2.2 OBJETIVOS Os principais objetivos deste trabalho so: realizar a separao do cido saliclico e calcular a constante do coeficiente de partio (K) do cido entre gua (fase aquosa) e lcool amlico (fase orgnica).

2.3 PARTE EXPERIMENTAL 2.3.1 Materiais Bquer de 250mL; Soluo de lcool amlico; cido saliclico (em p); Agitador magntico; Basto de vidro; Funil de separao; Erlenmeyer; Bureta; Soluo de NaOH 0,1 N; Indicador fenolftalena.

2.3.2 Procedimento Experimental Colocou-se 50 mL de gua destilada e 50 mL de lcool amlico em um bquer de 250 mL. Pesou-se 0,5038 g de cido saliclico e adicionou-o ao bquer. Agitou-se a mistura durante alguns minutos com o auxlio de um agitador magntico para que o cido ficasse bastante distribudo entre os dois solventes. Transferiu-se o lquido para o funil de separao e deixou-se que as duas fases se separassem. Aps a separao, tendo como fase inferior a fase aquosa e superior a fase orgnica, transferiu-se cada uma delas para dois erlenmeyers. Retirou-se alquotas de 10 mL de cada uma das fases e titulou-as, separadamente, com soluo de NaOH 0,1015 M usando como indicador fenolftalena. Realizou-se trs titulaes para cada amostra.

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2.4 RESULTADOS E DISCUSSO Com os valores obtidos das titulaes, realizando-se uma mdia entre eles, possvel calcular o coeficiente de partio (K) do cido saliclico entre a gua e o lcool amlico. Os valores obtidos para a titulao da fase aquosa esto descritos na TABELA 9 e os valores obtidos para a titulao da fase orgnica esto descritos na TABELA 10. TABELA 9. Valores encontrados para a titulao da fase aquosa.
Titulao 1 2 3 Mdia Volume gasto de NaOH 0,1015 M (mL) 0,20 0,20 0,20 0,20

TABELA 10. Valores encontrados para a titulao da fase orgnica.


Titulao 1 2 3 Mdia Volume gasto de NaOH 0,1015 M (mL) 6,60 6,70 7,00 7,77

Com os valores de cada mdia obtm-se o valor de cada uma das constantes (C1 e C2). Assim, para a fase aquosa, com mdia de 0,2mL gasto de NaOH 0,1015 M e, multiplicando este valor por 5 (considerando-se que cada fase tm 50mL, porm realizou-se somente 3 titulaes), temos o valor de 1mmol para a constante C 1 e, para a fase orgnica, com mdia de 6,77mL gasto de NaOH 0,1015 M multiplicado por 5, temos o valor de 33,85mmol para a constante C2. Desta forma, com os valores de C1 e C2, podemos calcular o coeficiente de partio K do cido saliclico entre a gua e o lcool amlico atravs da equao (1), obtendo um valor de 33,85.

2.5 CONCLUSO Com o experimento realizado foi possvel observar que o cido saliclico ficou mais distribudo na fase orgnica (lcool amlico) do que na fase aquosa (gua), pois, durante a 13

titulao, notou-se um volume maior de NaOH necessrio para neutralizar o cido na fase orgnica, indicando que h uma maior concentrao do cido nesta fase do que na fase aquosa (onde utilizou-se um volume menor de soluo de NaOH). O coeficiente de partio K prova o resultado concludo anteriormente, afinal encontrou-se um valor maior do que 1 (um), sendo assim, por regra matemtica (se uma razo deu um valor maior que 1, significa que o nosso numerador maior que o denominador), ou seja, pela frmula (1), e com o valor de K = 33,85, conclui-se que a C2 (fase orgnica) maior que C1 (fase aquosa).

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3. PRTICA 3 EXTRAO DA CAFENA DA ERVA MATE

FIGURA 5 Aparelhagem utilizada em uma extrao lquido-lquido ( esquerda) e frmula estrutural da cafena ( direita). (Fonte: www.qmc.ufsc.br; www.agracadaquimica.com.br).

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3.1 INTRODUO A cafena um composto qumico, com frmula molecular C8H10N4O2, presente em larga escala em produtos do nosso cotidiano 5, como por exemplo, em chocolate, caf, guaran, como tambm na erva mate que tem como costume de uso principalmente na regio Sul de nosso pas6. A erva-mate uma planta nativa do Brasil e Paraguai, produtor de folhas multiuso. Delas, alm do consumo praticamente in natura como chimarro e terer, tambm so extrados vrios produtos utilizados na indstria alimentcia e qumica. Como chs de mate, j tradicionais no mercado do sudeste e sul do Brasil, a erva-mate tem atingido novas fronteiras, como os EUA, Europa e Oriente Mdio. Dentre os seus constituintes, a erva-mate apresenta o objeto de estudo dessa prtica que tem por finalidade quantificar o teor de cafena presente na mesma. Apesar desses valores no serem definitivamente corretos, temos por base alguns estimados devido s diversas pesquisas realizadas7. Com base nos estudos realizados, foi possvel determinar os valores da concentrao mdia de cada componente da erva mate. A TABELA 118 a seguir nos oferece esses dados. TABELA 11. Composio qumica da erva-mate. Anlise Fsico-qumica Cinzas Fibras Gorduras Protenas Glicose Sacarose Cafena Teor Mnimo 5,07 14,96 5,57 8,30 1,30 3,60 0,97 Teor Mximo 6,60 19,95 9,10 13,45 6,14 6,90 1,79

Portanto, com os valores acima, possvel realizarmos a anlise da quantidade de cafena extrada ao fim de nosso procedimento, com a quantidade terica da mesma, para posteriores clculos de rendimento. A tcnica utilizada para a retirada da cafena presente a extrao, onde uma soluo (geralmente aquosa) entra em contato com um solvente (geralmente orgnico), imiscveis, a 16

fim de provocar a transferncia de um ou mais solutos para o segundo solvente, na tcnica utilizada foram necessrias algumas etapas adicionais para que outros componentes indesejveis no fossem quantificados como sendo cafena, como por exemplo, os taninos, a gua, e o cido glico.

3.2 OBJETIVOS No experimento a seguir, tem-se por objetivo a extrao da cafena da erva mate atravs da precipitao de alguns compostos, posteriormente extraes slido-lquido e lquido-lquido e em seguida, anlise da cafena extrada.

3.3 PARTE EXPERIMENTAL 3.3.1 Materiais Bquer 150mL, 250mL; Funil de separao; Proveta 25mL, 100mL; Funil de vidro; Balo de fundo redondo 100mL; Funil de Bchner; Esptula de alumnio; Papel filtro; Evaporador Rotatrio; Bomba de vcuo; Balana Analtica Digital; Celite; Clorofrmio CHCl3 ; Erva mate; Cloreto de Sdio NaCl; Hidrxido de Clcio Ca(OH)2.

3.3.2 Procedimento Experimental Em um bquer de 150mL, levou-se balana analtica, realizar o processo de tarar o mesmo, e iniciou-se a pesagem da massa de erva mate necessria, no caso cerca de 10 gramas 17

da mesma. Simultaneamente, o outro aluno realizou a medio de 125mL de gua destilada que foi adicionada ao bquer que continha a erva mate j pesada. Levou-se esta mistura para um aquecimento durante 15 minutos. Decorrente os 15 minutos, adicionou-se 35 gramas de NaCl, e em seguida 1 grama de Ca(OH)2. Posteriormente, filtrou-se a suspenso formada em um processo de Filtrao Vcuo, transferiu-se o filtrado para outro bquer onde o levou chapa aquecedora durante 1 hora e 15 minutos e evaporou-se a soluo at um volume final de, aproximadamente, 25mL. Em seguida, resfriou-se a soluo, transferiu-se para um funil de separao, realizou-se a lavagem da soluo 2 vezes com 25mL de clorofrmio(solvente) cada, para que solubilizasse toda a cafena presente. Transferiu-se o extrato orgnico (clorofrmio) para um bquer, adicionou-se Na2SO4 (agente secante) para que toda a gua presente fosse retirada, em seguida filtrou-se, e realizou-se a evaporao no evaporador rotatrio. Uma semana a seguir, como os resultados obtidos anteriormente no foram satisfatrios, dividiu-se toda a amostra em duas, e em cada uma adicionou-se mais 20mL de clorofrmio, colocou-se em agitao e em seguida realizou-se a separao. Adicionou-se mais Na2SO4 para retirada da gua presente. Esperou-se durante duas semanas com o experimento em repouso, evaporou-se todo o clorofrmio presente, e ficou presente apenas a cafena que aderiu-se s paredes do bquer. Com o auxilio de uma esptula, raspou-se as paredes do bquer e recolheu-se uma alquota com um tubo capilar e em seguida analisou-se o ponto de fuso.

3.4 RESULTADOS E DISCUSSO A tcnica apresentada exigiu certos cuidados durante a realizao da mesma, para evitar e/ou minimizar os erros durante todo o procedimento. Durante a primeira parte, levouse ao aquecimento a soluo, porm em hiptese alguma poderia entrar em ebulio, caso contrrio os resultados poderiam ser prejudicados. Tambm, adicionou-se Ca(OH)2 para que as taninas presentes comeassem a precipitar. No meio da tcnica realizou-se a extrao da cafena, cuja se apresentou misturada ao clorofrmio, que por apresentar densidade maior que a da gua (1,47g.ml-1) ficou na fase inferior do funil, sendo caracterizado como Fase Orgnica. No final da tcnica, analisou-se o ponto de fuso cujo medido em um aparelho eletrnico especfico, inseriu-se o tubo capilar contendo a amostra em uma pequena cavidade onde iniciou-se o aquecimento da amostra. Duas temperaturas foram anotadas, a primeira (Ti) foi obtida quando o slido iniciou-se a mudana e a outra (Tf) quando todo o slido adquiriu uma aparncia de caramelado. A fim de obter a temperatura de fuso, foi realizada uma 18

mdias nos valores obtidos, com isso comparou-se o valor com o descrito em literatura. Seguem na TABELA 12 a seguir os valores obtidos: TABELA 12. Valores de Ponto de Fuso da cafena. Temperatura Inicial Teoria Prtica 235C 220C Temperatura Final 239C 243C Temperatura Mdia 237C 231,5C

Com base nisso, pode-se observar que a cafena obtida durante o procedimento apresentou valores bem prximos aos tericos9 cerca de 237C. Essa divergncia foi devido algumas impurezas que surgiram durante o decorrer do experimento como por exemplo vidrarias no muito bem lavadas, reagentes contaminados, e at mesmo erros do manipulador como a pesagem de algumas substncias. A seguir, sero exibidos os clculos de rendimento de todo o processo, a fim de analisarmos se a extrao foi eficiente ou no, com base em estudos realizados previamente 7. Segue TABELA 13 com os resultados: TABELA 13. Clculos de rendimentos do procedimento. Massa Inicial (g) Terico Prtico 10,27 10,0293 Massa da cafena bruta (g) 0,12 0,0425 Cafena bruta extrada (%) 1,2 0,4

Conforme pode-se observar acima, o rendimento do procedimento no apresentou valores timos, porm satisfatrios, pois devido literatura 8 os valores de rendimento esto entre 0,97% e 1,79%. Esta divergncia deu-se devido a erros no manuseio de etapas do procedimento, perdas durante o processo, etc.

3.5 CONCLUSO A tcnica realizada para a extrao da cafena, apesar de ser de grande facilidade para a obteno do produto final, ocorreu com grande quantidade de erros durante o decorrer de toda a tcnica. Sendo assim, o rendimento final do procedimento apesar de ter sido baixo, foi 19

bem satisfatrio levando-se em considerao os erros ocorridos durante a realizao do mesmo. Foi necessrio um tempo maior que o descrito no roteiro seguido, porm o restante da tcnica foi realizado com sucesso. Com isso pode-se concluir que para a demonstrao de uma extrao de cafena de plantas, chs, caf, etc, uma tcnica que apresenta valores bem prximos dos reais, sendo assim muito eficiente no quesito rendimento.

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4. PRTICA 4

EXTRAO DO LEO VEGETAL DA SEMENTE DE GIRASSOL

FIGURA 6 Extrator Soxhlet. (Fonte: www.prismresearchglass.com). 21

4.1 INTRODUO O leo vegetal uma gordura formada por triglicerdeos de onde extrado quase que exclusivamente das sementes de oleaginosas e representam um dos principais produtos extrados de plantas da atualidade e cerca de dois teros so usados em produtos alimentcios fazendo parte da dieta humana10. A separao do leo das sementes realizada por extrao slido-lquido. A extrao slido-lquido consiste em remover um ou mais componentes de uma mistura slida (o soluto) usando-se um lquido (o solvente) que capaz de dissolver o soluto. Durante o perodo de extrao, ocorre a transferncia de massa do soluto do slido para o solvente, que ocorre nas seguintes etapas: contato do solvente com o slido, que lhe cede o componente solvel; separao da soluo do slido remanescente por filtrao; destilao ou evaporao, para recuperao do soluto dissolvido no lquido extrator 11. O equipamento utilizado em uma extrao slido-lquido o Soxhlet, material de vidro inventado em 1879 por Franz Ritter von Soxhlet 12. O esquema do Soxhlet est esquematizado na FIGURA 7.

FIGURA 7 Equipamento de extrao slido-lquido Soxhlet. (Fonte: PAVIA, 2005). 22

Neste contexto, no presente trabalho, ser apresentado o estudo realizado para extrair o leo vegetal da semente de girassol, atravs da tcnica de extrao slido-lquido contnua usando um extrator Soxhlet e utilizando hexano como solvente orgnico. O girassol (Helianthus annuus L.) uma planta anual, originria do continente americano, sendo cultivado em todo o mundo. uma espcie produtora de gros e forragem de fcil adaptao aos diversos ambientes, apesar de no ter a mesma tradio de cultivo no pas como algodo, milho e soja, dentre outras culturas. Produz um leo com excelente qualidade industrial e nutricional, sendo o seu uso como leo comestvel, a principal utilizao13. Os leos vegetais so gorduras lquidas provenientes de frutos e sementes, e so obtidos por presso, solventes e posterior purificao e refinao14. O girassol a quarta oleaginosa mais consumida no mundo, depois da soja, palma e granola. Suas sementes so ricas em leo: raramente contm menos de 30%, chegando a ter quantidades superiores a 50% em algumas variedades produzidas por hibridao15. Portanto, com as informaes descritas anteriormente, iremos realizar a extrao do leo vegetal do girassol atravs do uso de solvente orgnico, realizaremos o clculo do rendimento percentual do leo extrado e, aps, analisaremos o valor do ndice de refrao da amostra coletada.

4.2 OBJETIVOS Os principais objetivos da prtica descrita neste relatrio so: realizar a extrao slido-lquido do leo vegetal da semente de girassol, calcular o rendimento percentual e, tambm, analisar o ndice de refrao do leo extrado e compar-los com o valor terico descrito na literatura.

4.3 PARTE EXPERIMENTAL 4.3.1 Materiais Extrator Soxhlet; Sementes de girassol trituradas; Cartucho de papel para extrator; Algodo; Solvente hexano; Pedras de ebulio; 23

Manta aquecedora; Evaporador rotatrio; Frasco de plstico.

4.3.2 Procedimento Experimental Montou-se um extrator Soxhlet, conforme o esquematizado na FIGURA 7. Pesou-se o balo de 250 mL utilizado no extrator, obtendo uma massa de 118,5875 g. Preencheu-se o balo com aproximadamente 180 mL de hexano e colocou-se algumas pedras de ebulio. Pesou-se 16,1707 g de sementes trituradas de girassol e as colocou no cartucho de papel tapando-o com um chumao de algodo para evitar que parte das sementes cassem para o balo e/ou viessem a entupir a tubulao do sifo do extrator. Iniciou-se o processo de extrao aquecendo o balo com uma manta aquecedora. Anotou-se o instante inicial em que o vapor do solvente comeou a gotejar sobre o cartucho. Deixou-se o conjunto realizando ciclos durante 1h30min. Aps, interrompeu-se o aquecimento e levou-se o balo com o leo extrado para um evaporador rotatrio para evaporar o solvente hexano. Aps a evaporao do hexano, pesou-se o balo com o leo obtendo uma massa de 125,7041 g. Transferiu-se o leo obtido para um frasco plstico rotulado.

4.4 RESULTADOS E DISCUSSO Com os valores das pesagens do balo, antes e depois da extrao, podemos calcular a quantidade de leo obtida e, realizar o clculo do rendimento percentual. A TABELA 14 apresenta os valores das pesagens e a massa obtida de leo extrado. TABELA 14. Massa do leo obtido na extrao.
Massa inicial do balo (g) Massa final do balo (g) Massa do leo obtido (g) (Massa final Massa inicial)

118,5875

125,7041

7,1166

O Anexo 5 da Resoluo n 482, de 23 de setembro de 1999, da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria ANVISA16, estabelece os valores de alguns ndices de referncia das caractersticas fsico-qumicas do leo de girassol (para o nosso estudo a classificao do leo leo de girassol bruto: leo obtido pelo processo de extrao). A TABELA 15 apresenta as especificaes tcnicas presentes na Resoluo. 24

TABELA 15. Caractersticas fsicas e qumicas do leo vegetal de girassol bruto ndices Densidade (20C) ndice de Refrao (nD40) ndice de Iodo (Wijs) Acidez (g cido olico/100g) ndice de Saponificao (MG KOH/g) Valores de Referncia 0,918 0,923 1,467 1,469 110 143 Mximo 2,0 188 194

No incio do experimento, a massa das sementes pesadas foi de 16,1707 g, e no final do experimento, a massa obtida de leo foi de 7,1166 g, portanto, considerando a massa inicial da primeira pesagem como sendo 100%, a massa final obtida corresponde a 44% do valor inicial, ou seja, houve um rendimento de 44% de leo vegetal bruto. Utilizando um refratmetro da marca WYA-25-Polax, mediu-se o ndice de refrao do leo, obtendo um valor de 1,4698 nD20 26,6C. Fazendo a correo para um ndice de refrao 40C conforme a tabela da ANVISA, tem-se um valor de 1,4765 nD40, ou seja, este valor est fora do esperado para a extrao de um leo vegetal de girassol bruto. Esta variao pode estar relacionada com o fato de que a amostra, ainda no balo, deveria ter ficado durante mais tempo no evaporador rotatrio, para que mais solvente fosse evaporado; tambm poderia ter sido realizada uma filtrao simples para eliminar possveis impurezas presentes no leo oriundas das sementes, que distorcem a leitura do ndice de refrao.

4.5 CONCLUSO A tcnica descrita neste trabalho possibilitou a extrao do leo vegetal da semente do girassol. Notou-se a eficincia que o extrator Soxhlet apresenta para este tipo de experincia, observando a importncia de utilizar um solvente orgnico adequado, como, por exemplo, o hexano, que dissolve o leo presente nas sementes, transportando este leo junto com o solvente para o balo. O valor encontrado do rendimento percentual de 44% aponta um resultado satisfatrio, visto que o previsto em literatura um rendimento acima de 30%. Foi possvel, tambm, obter um valor para o ndice de refrao do leo extrado, o qual est relacionado com o grau de saturao das ligaes e que afetado por outros fatores tais como: teor de cidos graxos livres, oxidao e tratamento trmico.

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5. PRTICA 5

DESTILAO FRACIONADA DO VINHO TINTO

FIGURA 8 Aparelhagem de uma destilao fracionada. (Fonte: www.obq.ufc.br).

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5.1 INTRODUO O vinho tinto uma bebida alcolica obtida a partir da fermentao dos acares naturais da uva17. O Brasil apresenta atualmente uma produo estimada de 209 000 000 litros de vinho, sendo os principais Estados produtores: o Rio Grande do Sul, com 204 000 000 de litros, Santa Catarina, com 19 000 000 de litros, So Paulo, com 6 000 000 de litros e, ocupando a quarta posio, o Estado de Minas Gerais, com 1345 735 litros 18. O lcool presente no vinho pode ser destilado por um processo simples de separao de misturas, a destilao fracionada. O processo de destilao utilizado para a separao de misturas entre lquidos, lquidos e slidos e slidos de slidos, este ltimo utilizado mais raramente. Existem quatro processos de destilao: destilao simples, vcuo, fracionada e por arraste vapor. O processo de destilao, exceto para a destilao por arraste a vapor, deve ter os dois lquidos a serem separados, miscveis entre si, pois se isso no ocorrer formar-se- duas camadas distintas, nas quais poderiam ser separadas em um funil de separao19. A aparelhagem utilizada para realizar uma destilao fracionada est esquematizada na FIGURA 9 a seguir, a qual contm uma coluna de fracionamento, que consiste essencialmente de um longo tubo vertical atravs do qual o vapor sobe e parcialmente condensado, escoando pelo condensador at o outro balo20.

FIGURA 9 Aparelhagem utilizada em uma destilao fracionada. (Fonte: www.mackenzie.br).

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O vinho tinto um azetropo, ou seja, uma mistura que apresenta ponto de ebulio constante. No momento em que a mistura comea a entrar em ebulio, saindo do balo de destilao e se condensando, tem-se um vapor rico no componente de menor ponto de ebulio e dentro do balo a composio do lquido sofre uma pequena mudana, onde o lquido fica mais rico no componente de maior ponto de ebulio. O processo de destilao deve ser feito o mais lentamente possvel. Quanto menor a velocidade melhor ser a destilao. O aconselhado uma velocidade de gotejamento de 5 a 10 gotas por minuto de lquido no frasco coletor19. Neste contexto, no presente trabalho, iremos apresentar o procedimento efetivado para realizar a destilao do vinho tinto, separando o lcool para posterior estudo de aspectos fsico-qumicos.

5.2 OBJETIVOS Os objetivos desta tcnica sero: realizar a separao entre a gua e o lcool etlico presentes no vinho tinto, a partir do processo de destilao fracionada e, determinar o ndice de refrao e o teor alcolico da bebida utilizada.

5.3 PARTE EXPERIMENTAL 5.3.1 Materiais Vinho tinto; Bquer ; Coluna de fracionamento; Termmetro ; Adapatador para termmetro; Condensador ; Manta eltrica; Balo de fundo redondo; Pedras de ebulio.

5.3.2 Procedimento Experimental Primeiramente, montou-se a aparelhagem de destilao fracionada a presso normal. Em seguida, colocou-se aproximadamente 150mL de vinho tinto em um balo de fundo 28

redondo de 250mL. Acrescentou-se, tambm, algumas pedras de ebulio. Acoplou-se o balo aparelhagem montada colocando-se uma manta eltrica para o aquecimento. A partir deste momento iniciou-se a destilao e coletou-se 2 alquotas de 15mL do destilado, onde em cada alquota anotou-se a temperatura inicial e final de ebulio. A temperatura inicial foi marcada no momento em que a primeira gota caiu no balo. Com as alquotas obtidas, realizou-se a medio do ndice de refrao e, tambm, o grau alcolico do destilado.

5.4 RESULTADOS E DISCUSSO O objetivo da tcnica era coletar 4 alquotas de 15mL cada, porm no experimento realizado foram obtidas apenas 2 alquotas. Este fator pode estar relacionado com a qualidade do vinho. A primeira obtida foi de 15mL e a segunda de apenas 10mL. Na primeira frao a temperatura inicial marcada foi de 79C e a final foi de 82C. Na segunda frao a

temperatura foi de 82C e a final 87C. Foram medidos tambm os ndice de refrao para as 2 alquotas. Para a 1 alquota obteve-se um ndice de 1,3627 nD20, e na 2 alquota obteve-se um ndice de 1,3626 nD20. Encontrou-se um valor de 20% v/v para o grau alcolico, o qual foi obtido utilizando-se um alcometro, porm, este valor representa uma mdia obtida entre a mistura de todos os destilados de cada grupo, ou seja, atravs do obtido de cada grupo, juntaram-se tudo e realizou-se a medio, portanto, este valor no representa o verdadeiro grau alcolico do vinho estudado neste trabalho.

5.5 CONCLUSO O experimento realizado permitiu obter a separao do lcool do vinho tinto atravs da tcnica de destilao fracionada. Com o destilado, foi possvel realizar o ndice de refrao do lcool, o qual se obteve um valor mdio de 1,3627nD20 que est bastante prximo com o terico, de 1,3600nD20. O valor encontrado para o grau alcolico no foi possvel ser medido com o destilado obtido neste experimento devido a pequena quantidade de lcool destilado, porm, realizou-se uma medio geral, com todos os destilados obtidos de cada grupo em aula, encontrando-se um valor de 20% v/v.

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6. PRTICA 6
OBTENO DO LEO ESSENCIAL DO CRAVO DA NDIA ATRAVS DE DESTILAO POR ARRASTE A VAPOR DGUA

FIGURA 10 Aparelhagem utilizada em uma destilao por arraste a vapor. (Fonte: www.qmc.ufsc.br).

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6.1 INTRODUO Os leos essenciais so lquidos oleosos volteis dotados de aroma forte e quase sempre agradvel20. Geralmente, os leos essenciais so uma mistura de hidrocarbonetos, alcois e compostos carbonlicos, ocorrendo em todo o tecido vivo de planta, geralmente concentrados na casca, nas flores, no rizoma e nas sementes. Podem-se obter os leos essenciais a partir de destilao por arraste a vapor21. A destilao por arraste a vapor usada para isolar substncias que se decompem prximos aos seus pontos de ebulio e que so insolveis em gua ou nos seus vapores de arraste22. Na destilao por arraste a vapor a matria-prima recebe uma corrente de vapor, ocorrendo a difuso dos leos essenciais. Os leos volteis e a gua so condensados e, devido diferena de densidade so separados por decantao 23. Existem duas formas de se produzir vapor: externamente e internamente. Para o nosso experimento utilizou-se a Destilao por Arraste de Vapor Interno que consiste em adicionar gua ao balo de destilao atravs de um funil de adio conforme esquematizado na FIGURA 11.

FIGURA 11 Aparelhagem para destilao por arraste de vapor interno. (Fonte: ZUBRICK, 2005). Desta forma, no presente trabalho, ser apresentado o estudo realizado para extrair o leo essencial do cravo da ndia, atravs da tcnica de destilao por arraste a vapor utilizando como gua solvente. O cravo-da-ndia a gema floral seca da rvore Syzygium aromaticum L. sendo usado principalmente como condimento na culinria, devido ao seu marcante aroma e sabor, conferido por um composto fenlico voltil, o eugenol. Nas folhas ele chega a representar 31

aproximadamente 95% do leo extrado e no cravo tambm o principal componente do leo, variando de 70 a 85%. Uma vez que a quantidade de leo pode exceder 15% da composio total do cravo, conclui-se que a quantidade de eugenol no cravo pode chegar prxima a este valor24. Assim sendo, com as informaes apresentadas anteriormente, iremos realizar a destilao do leo essencial do cravo-da-ndia por meio de arraste a vapor dgua, e realizaremos o clculo do rendimento percentual do leo extrado.

6.2 OBJETIVOS Os principais objetivos desta prtica so: realizar a destilao por arraste a vapor do leo essencial do cravo-da-ndia e calcular o rendimento percentual, comparando-o com valores descritos em literatura.

6.3 PARTE EXPERIMENTAL 6.3.1 Materiais Aparelhagem para uma destilao por arraste a vapor (vide FIGURA 11); Cravo-da-ndia; Pedras de ebulio; Graal e pistilo; Manta aquecedora; Frasco de plstico.

6.3.2 Procedimento Experimental Montou-se a aparelhagem para a destilao conforme esquematizado na FIGURA 11. Pesou-se o balo coletor do leo essencial antes de comear o processo, obtendo uma massa de 67,5678 g. Pesou-se 20,3061 g de cravo-da-ndia, triturou-se essa quantidade com o auxlio de graal e pistilo. Colocaram-se algumas pedras de ebulio no balo e transferiu-se a amostra triturada para o mesmo. Adicionou-se aproximadamente 300 mL de gua destilada para o balo. No funil, adicionou-se 250 mL de gua destilada e, aps comear o aquecimento do balo com a amostra na manta aquecedora, deixou-se a gua no funil gotejando lentamente 32

sobre o balo. No final da destilao, quando foi observado que no havia mais leo sendo destilado, pesou-se novamente o balo que coletou o leo, obtendo uma massa de 102,8034 g. 6.4 RESULTADOS E DISCUSSO Com os valores das pesagens do balo, antes e depois da destilao, podemos calcular a quantidade de destilado obtida. A TABELA 16 apresenta os valores das pesagens e a massa obtida de destilado. TABELA 16. Massa do destilado obtida.
Massa inicial do balo (g) Massa final do balo (g) Massa do destilado obtida (g) (Massa final Massa inicial)

67,5678

102,8034

35,2356

No incio do experimento, a massa de cravo pesada foi de 20,3061 g, e no final do experimento, a massa obtida de destilado foi de 35,2356 g. Este valor indica que h presena de gua no destilado, visto que, segundo a teoria, temos aproximadamente 15% de leo essencial no cravo-da-ndia, portanto, deveramos ter encontrado um valor prximo ao de 3,0459 g (15% de 20,3061). Isto indica que se deve realizar uma extrao dos constituintes deste destilado. Porm, este procedimento ser descrito na prxima tcnica: Extrao e Separao dos Constituintes do leo de Cravo-da-ndia. 6.5 CONCLUSO A tcnica descrita neste trabalho possibilitou a destilao do leo essencial do cravoda-ndia. Porm, nada podemos concluir em relao ao rendimento percentual de leo, visto que para realizarmos este clculo, necessita-se de uma extrao e separao da gua que ficou presente no destilado, a qual est descrita na tcnica Extrao e Separao dos Constituintes do Cravo-da-ndia.

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7. PRTICA 7

EXTRAO E SEPARAO DOS CONSTITUINTES DO CRAVO DA NDIA

FIGURA 12 Esquema de uma filtrao ( esquerda) e, esquema de uma separao ( direita). (Fonte: www.prof2000.pt). 34

7.1 INTRODUO Neste trabalho ser realizado o estudo de extrao e separao dos constituintes do leo essencial do cravo da ndia obtido pela tcnica de destilao por arraste a vapor dgua descrito na PRTICA 6 anteriormente deste mesmo relatrio. O leo do cravo da ndia rico em eugenol (cerca de 85%), apresentando, tambm, compostos em menores quantidades, como o acetileugenol (cerca de 10%) e sesquiterpeno cariofilleno21. O eugenol um composto fenlico que tem como ismero o isoeugenol, no qual a dupla ligao migra para uma posio conjugada com o anel benznico. Os produtos dessa reao tm aplicaes farmacuticas e cosmticas em uma variedade de composies florais para fragrncias25. A frmula estrutural do eugenol e do acetileugenol eso representadas na FIGURA 13 a seguir.

FIGURA 13 Frmula estrutural do eugenol e do acetileugenol. (Fonte: adaptado de SANTOS, 2010). Com base nas informaes descritas acima, iremos realizar a extrao e separao do eugenol e do acetileugenol do leo essencial do cravo da ndia obtido na PRTICA 6.

7.2 OBJETIVOS Os principais objetivos deste trabalho so: extrair e separar os constituintes, entre eles o eugenol e o acetileugenol, do leo essencial do cravo da ndia obtido na PRTICA 6.

7.3 PARTE EXPERIMENTAL 7.3.1 Materiais leo essencial de cravo da ndia; Funil de separao; 35

Clorofrmio; Soluo de NaOH 10%; Bquer; Sulfato de sdio (Na2SO4); Funil de filtrao; Papel filtro; Evaporador rotatrio; Soluo de HCl concentrado; Placas cromatogrficas de slica.

7.3.2. Procedimento Experimental 7.3.2.1 Procedimento Experimental 1 Com o leo essencial obtido da PRTICA 6 (35,2356 mL), transferiu-se para um funil de separao todo o lquido. Extraiu-se a suspenso do leo com duas pores de 25mL de clorofrmio. Separou-se os extratos clorofrmicos. Extraiu-se trs vezes, com soluo de NaOH 10%, o leo de cravo da ndia em clorofrmio. Separou-se em duas partes: 1) acetileugenol em clorofrmio (fase orgnica): secou-se com sulfato de sdio (Na2SO4), filtrou-se e evaporou-se, pesando-se o balo (Balo 1) antes e depois da evaporao; 2) eugenolato de sdio em soluo aquosa (fase aquosa): acidificou-se com soluo de HCl concentrado at obter um pH prximo de 1 (um). Obteu-se eugenol em gua, extraiu-se duas vezes com 25mL de clorofrmio. Descartou-se a fase aquosa e, na fase orgnica, secou-se com sulfato de sdio, filtrou-se e evaporou-se, obtendo o composto eugenol, pesando-se o balo (Balo 2) antes e depois da evaporao. 7.3.2.2 Procedimento Experimental 2 Em uma placa cromatogrfica de slica, aplicou-se amostras de eugenol, acetileugenol e da suspenso obtidas anteriormente. Saturou-se um bquer com soluo de clorofrmio/metanol. Colocou-se a placa no eluente e, esperou-se at que o eluente alcanasse a linha demarcada. Secou-se a placa e colocou-a na cuba de iodo para revelao. No foi possvel observar manchas para a amostra da suspenso do leo. Calculou-se o Rf das demais amostras.

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7.4 RESULTADOS E DISCUSSO 7.4.1 Resultados e Discusso do Procedimento Experimental 1 Com os valores das pesagens, antes e depois, do balo, em cada evaporao, possvel calcular a quantidade de eugenol e acetileugenol obtidas. A TABELA 17 apresenta os valores encontrados. TABELA 17. Massas obtidas de eugenol e acetileugenol.
Destilao Massa do balo antes da evaporao (g) 105,3650 Massa do balo depois da evaporao (g) 102,3470 Massa obtida do composto (g) 3,0180

Balo 1

Balo 2

110,2485

105,0918

5,1567

Considerando-se a quantidade de leo obtida de 35,2356 g, como sendo 100%, temos que a massa de acetileugenol corresponde a um rendimento de 8,56%, o qual representa um valor muito prximo com o descrito na literatura, de 10%. Para o eugenol, fazendo-se a mesma considerao da quantidade de leo obtida, como sendo 100%, temos que a massa de eugenol corresponde a um rendimento de 14,64%, o qual representa um valor muito pequeno. Este resultado pode estar relacionado com erros no momento de extrao e separao dos constituintes.

7.4.2 Resultados e Discusso do Procedimento Experimental 2 A TEBELA 18 a seguir fornece os valores encontrados para o Rf de cada amostra estudado por cromatografia em camada delgada. TABELA 18. Valores obtidos para o Rf de cada amostra. Amostra Acetileugenol Eugenol Suspenso do leo Rf 0,91 0,81 No observado 37

A mistura de clorofrmio e metanol fornece-nos um eluente com caracterstica pouco polar, sendo assim, pelos valores de Rf descritos na TABELA 18 pode-se concluir que o acetileugenol o composto mais apolar dentre os trs estudados.

7.5 CONCLUSO Nesta prtica, foi possvel separar o eugenol e o acetileugenol do leo essencial obtido do cravo da ndia. Tambm, foi possvel calcular o rendimento de cada um, sendo que os valores encontrados no foram satisfatrios, porm, deve-se levar em consideraes vrios fatores, desde erros causados pelos analistas at perdas em papel filtro ou em funis de separao. A anlise cromatogrfica possibilitou identificar o componente mais apolar, sendo que este foi o acetileugenol, o qual apresentou maior valor para o Rf na presena de clorofrmio e metanol como eluentes.

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8. PRTICA 8

PREPARAO E PURIFICAO DO CIDO ACETILSALICLICO (AAS)

FIGURA 14 Esquema de uma cristalizao e frmula estrutural do AAS. (Fonte: www.prof2000.pt; www.quimicalizando.com). 39

8.1 INTRODUO O cido acetilsaliclico um composto de grande uso na rea farmacutica, pertencente ao grupo dos antiinflamatrios. Um dos medicamentos mais famosos que a base do cido acetilsaliclico a aspirina. Esse nome foi batizado pela Bayer, que uma empresa do ramo farmacutico, e derivado das seguintes constataes: A de acetil, e Spir originrio da planta que fornece o cido, a Spirea. Os comprimidos de aspirina so constitudos de, basicamente, cido acetilsaliclico, amido (que tem por finalidade ligar os ingredientes), um agente que reduz a irritao cida das membranas mucosas do estmago, pois o produto acetilado no totalmente livre deste efeito de irritao 21.

8.2 OBJETIVOS No experimento apresentado a seguir, tem-se por objetivo a aplicao da tcnica de cristalizao/recristalizao a fim de obter-se, como produto final, o cido acetilsaliclico (AAS).

8.3 PARTE EXPERIMENTAL 8.3.1 Materiais Balo de boca esmerilhada 150mL; Pipeta Graduada 10mL; Pipeta de Pasteur; Condensador de bolas; Bquer 250mL; Funil de Bchner; Kitassato 500mL; Vidro de Relgio; Esptula de alumnio; Papel Filtro; Bandeja; Tesoura; Pra de segurana; 40

Balana Analtica Digital; Bomba de Vcuo; Agitador Magntico com aquecimento; Estufa; Capela; gua destilada; cido Saliclico; Anidrido Actico; cido Sulfrico; Cloreto Frrico; Acetato de Etila; ter de petrleo.

8.3.2 Procedimento Experimental Em um balo de boca esmerilhada de 150mL, pesou-se 5,0074 gramas de cido saliclico. Em seguida, o mesmo foi levado capela, e adicionou-se 7mL de anidrido actico, e 2 gotas de cido sulfrico concentrado. Homogeneizou-se o meio, mexendo o balo. Em seguida, acoplou-se o balo de boca esmerilhada ao condensador de bolas, deixando-o em banho-maria em um bquer com a gua em aquecimento. Ao cair da primeira gota, iniciou-se a contagem de 40 minutos durante o processo de refluxo. Esperou-se alguns minutos para que a soluo resfria-se e realizou-se o teste com cloreto frrico. Sendo bem sucedido o mesmo, prosseguiu-se o procedimento. Levou-se o balo a um banho de gelo, para que o mesmo formasse slidos. Lavou-se esses slidos formados com 50mL de gua gelada. Realizou-se uma filtrao vcuo em funil de Bchner e lavou-se com um pouco de gua gelada. Transferiu-se este slido retido no papel filtro para um vidro de relgio, e adicionou-se acetato de etila a quente at a dissoluo total do mesmo. Levou-se para outro banho de gelo para ocorrer a recristalizao. Pesou-se previamente o papel a ser utilizado na filtrao, a massa 0,6533 g foi anotada para posteriores clculos. Ao transferir o que restou no bquer, lavou-se com 23mL de ter de petrleo. Aps o fim da filtrao, levou-se o papel para a estufa 100C para secagem. Em seguida, obteu-se a massa de AAS produzido, o qual corresponde a 4,0659 g. Uma pequena alquota foi recolhida, e o seu ponto de fuso analisado.

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8.4 RESULTADOS E DISCUSSO A tcnica utilizada para o preparo do AAS a de Cristalizao/Recristalizao, onde de modo geral a tcnica envolve o mtodo de dissolver o material a ser cristalizado em um solvente quente, e resfriar a soluo vagarosamente. A cristalizao um procedimento de equilbrio e produz um material muito puro. Para a obteno do cido acetilsaliclico, foi utilizado o cido sulfrico como catalisador da reao. O mesmo no um reagente consumido no procedimento, ele visa apenas acelerar a reao devido ao tempo disponvel para realizao da prtica. Durante todo o procedimento da tcnica, alguns cuidados tiveram que ser tomados, para que no ocorresse nenhum erro no final do procedimento. Na tcnica, aps os 40 minutos sob refluxo, foi realizado o teste com cloreto frrico. O cloreto frrico utilizado para acusar a presena ou no de hidroxila fenlica, uma pequena alquota da soluo coletada, e aplicase o cloreto, caso a soluo adquira colorao roxa, significa que ainda h hidroxilas fenlicas presentes, sendo assim seria necessrio o balo voltar para o processo de refluxo. Em outro caso, caso surgisse a colorao amarela, significava que no haviam mais hidroxilas fenlicas presentes, indicando assim o fim do sistema de refluxo. Aps esta etapa, foi necessrio a lavagem do mesmo com cerca de 50mL de gua gelada, esta gua foi adicionada pois foi responsvel por retirar o excesso de cido actico presente na superfcie do slido. Ao fim do procedimento, o slido foi lavado com soluo de ter de petrleo. Este reagente foi adicionado para que as impurezas presentes no mesmo fossem retiradas. O ponto de fuso do slido foi analisado, todo o procedimento de como recorrer ao uso do aparelho responsvel por isso j foi descrito em outras tcnicas. Na TABELA 19 a seguir, ser mostrado o valor terico 26 e o valor encontrado na prtica para a temperatura de fuso: TABELA 19. Valores ponto de fuso cido Acetilsaliclico. Temperatura Inicial Teoria Prtica 134C 128C Temperatura Final 136C 134C Temperatura Mdia 135C 131C

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Com base nesses valores, pode-se observar que apesar do AAS obtido durante o procedimento no tenha sido totalmente puro, notou-se grande proximidade entre os valores de ponto de fuso. Teoricamente, pela reao de formao do cido acetilsaliclico temos que: 1 mol de cido saliclico possui uma massa molar de 138 g.mol-1 e, 1 mol de cido acetilsaliclico uma massa molar de 180 g.mol-1. Sendo assim, o rendimento terico seria de 6,5314 g. A seguir, o calculo de rendimento do procedimento ser exibido em forma de TABELA 20 para melhor compreenso. TABELA 20. Rendimento do procedimento. Massa inicial de cido Saliclico (g) Terico Prtica 138 5,0074 Massa AAS (g) 180 4,0659 AAS produzido (%) 100 62,25

Apesar de no ter sido baixo o rendimento, ocorreram perdas de massa durante o processo devido possveis erros no manuseio das vidrarias, pequenas perdas no bquer, etc.

8.5 CONCLUSO A tcnica realizada para a obteno de cido acetilsaliclico algo bem simples e acessvel a todos, pois no exige grandes conhecimentos referentes a manuseios de vidrarias em laboratrios, e no necessita tambm da montagem de equipamentos muito sofisticados. Aps o trmino desta tcnica conclui-se que, apesar do rendimento terico ser em torno de 95%, na prtica foi observado um rendimento de 62,25%. Tendo essa divergncia entre os valores, pode-se dizer que devido o mau manuseio das vidrarias durante toda a prtica, o que acabou acarretando na perda de muita massa, teve grande influncia no resultado final. Mas tambm no se esquecendo dos reagentes, que muitas vezes no se encontram em seus estados reais de concentrao, contribuindo assim para possveis erros no decorrer do processo.

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9. PRTICA 9

SNTESE E PURIFICAO DA ACETANILIDA

FIGURA 15 Esquema de filtrao a vcuo e frmula estrutural da acetanilida. (Fonte: www.analytyka.com).

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9.1 INTRODUO Derivados acetilados de aminas aromticas podem ser preparados por reaes a partir das aminas aromticas juntamente ao anidrido ou acido actico ou a mistura de ambos. Um dos derivados acetilados a acetanilida, que um reagente de partida para vrias snteses orgnicas27. A acetanilida assim como a fenacetina possuem propriedades analgsico-antipirticas. Analgsicos so drogas que aliviam a dor sem causar inconscincia, eles podem atuar perifericamente atravs da modificao dos impulsos nervosos na origem da dor e podem atuar centralmente atravs do bloqueio da transmisso nervosa no sistema nervoso central A acetanilida bastante txica e causa srios problemas no sistema de transporte de oxignio da hemoglobina. Seu derivado p-etoxi, a fenacetina, muito utilizado em combinao com salicilatos, que so substncias excepcionalmente seguras, porm o uso em excesso pode causar efeitos adversos28. As aminas podem ser aciladas de diversas maneiras, utilizando se anidrido actico, cloreto de acetila ou cido actico glacial. O anidrido actico o composto carboxlico mais utilizado e preferido para a sntese em laboratrio da acetanilida, pois sua taxa de hidrlise baixa o suficiente para permitir que a acetilao ocorra em soluo aquosa e que se obtenha um produto de alta pureza e com bom rendimento. Porm a utilizao do anidrido no adequada para o uso com aminas desativadas (bases fracas). A utilizao do acido actico glacial economicamente interessante comercialmente e o uso do cloreto de acetila insatisfatrio para este procedimento 29. Uma recristalizao uma purificao. O seu procedimento vai depender do quo misturado est o produto final e do quo solvel ele em determinados solventes. O procedimento de recristalizao dado em algumas etapas: escolha do solvente, dissoluo e filtrao a quente, cristalizao, filtrao e a secagem dos cristais. Uma etapa importante deste procedimento a escolha do solvente que deve dissolver o slido enquanto quente, no deve dissolver o composto enquanto frio, e deve manter as impurezas dissolvidas nele. Se necessrio pode ser utilizado o carvo ativo que ir adsorver as impurezas ainda presentes 30. Ponto de fuso a temperatura em que o primeiro cristal comea a se fundir at a temperatura em que o ultimo cristal desaparece. O ponto de fuso utilizado para a determinao do grau de pureza do composto e tambm para identificao de amostras desconhecidas. Para a determinao da pureza necessrio analisar a temperatura inicial e a 45

final do ponto de fuso, pois a diferena entre as duas que determina a pureza do composto. Esta diferena deve ser menor que 2C, pois se maior indicar um composto impuro 19.

9.2 OBJETIVOS Os objetivos desta tcnica so: realizar a sntese e purificao da acetanilida, a partir da acetilao da anilina e, determinar o seu ponto de fuso e rendimento experimental.

9.3 PARTE EXPERIMENTAL 9.3.1 Materiais Funil de Buchner; Filtro de papel; Erlenmeyer; Pedras de porcelana; Bquer; Manta eltrica; Acetato de sdio anidro; cido actico glacial; Anilina; Anidrido actico; Carvo ativo;

9.3.2 Procedimento Experimental: Pesou-se 2,0994 g de acetato de sdio em um bquer de 250mL e adicionou-se 7,9mL de cido actico glacial, sob agitao constante at o acetato de sdio dissolver no cido actico, ento adicionou-se 7,6mL de anilina tambm sob agitao constante, em seguida adicionou-se lentamente 8,5mL de anidrido actico. Em um bquer de 500mL, mediu-se 200mL de gua destilada, onde verteu-se a mistura reacional sob agitao at o momento da precipitao. Resfriou-se a mistura em banho de gelo at ocorrer a formao de cristais. Filtrou-se a vcuo, com papel filtro previamente pesado, obtendo-se os cristais de acetanilida. Levaram-se os cristais para secarem na estufa durante 20 minutos. Esperou-se que os cristais resfriassem. Retirou-se uma alquota para a determinao do ponto de fuso, em um tubo 46

capilar. Pesou-se o papel filtro com os cristais, transferiram-se os cristais para um erlenmeyer e adicionou-se gua quente. Deixou-se em aquecimento e adicionou-se 0,5289 g de carvo ativo para realizar a adsoro de impurezas. Aps comear a ferver, realizou-se a filtrao a quente e levou-se o bquer com o filtrado para banho de gelo. Aps, filtrou-se a soluo a vcuo com papel filtro previamente pesado, ento levou-se o papel com os cristais filtrado novamente para secarem na estufa, retirou-se uma alquota com o tubo capilar para determinar o ponto de fuso. Pesou-se o papel filtro com os cristais para determinar o rendimento obtido.

9.4 RESULTADOS E DISCUSSO Aps a primeira secagem dos cristais de acetanilida foi retirada uma pequena alquota para a determinao do ponto de fuso onde foi encontrado temperatura uma inicial de 105oC e temperatura final de 112oC . A massa obtida nesta etapa do procedimento foi de 11,4408 g. Aps esta etapa outro procedimento foi realizado e novamente foi medido o ponto de fuso para analisar a pureza da acetanilida, verificando se a presena do carvo ativado que adsorveu as impurezas contidas na substncia. A temperatura inicial encontrada foi de 110 oC e a final 112oC. A massa encontrada foi de 3,2787 g. Aps, encontrados todos os valores necessrios, calculou-se o rendimento da acetanilida. Para isto, primeiramente determinamos as massas molares da anilina (93,18 g.mol-1) e da acetanilida (135,17 g.mol-1). Ento, a partir da massa encontrada no ltimo procedimento determinamos o nmero de mol da acetanilida, a partir da frmula:

(2)
Onde n o nmero de mols, m a massa e MM a massa molar. Obtive-se um valor de n = 0,02425 mol. Para determinar o nmero de mols da anilina, primeiramente foi encontrada a massa de anilina utilizando a frmula da densidade:

(3)
Onde d a densidade, m a massa e V o volume. A densidade da anilina 1,0217 g.mol-1, obteve-se ento, uma massa de 7,6 g. Depois, calculou-se o nmero de mols para a anilina, encontrando o valor de n = 0, 081 mol.

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Considerando-se 0,081 mol como 100% temos que 0,02425 mol representa 30% do rendimento obtido.

9.5 CONCLUSO Com os valores obtidos de ponto de fuso, pode-se observar que quando se mede o ponto de fuso pela primeira vez, obtm-se uma diferena entre a temperatura final e inicial do ponto de fuso de 7oC, e aps a utilizao do carvo ativo para adsoro das impurezas obtm-se uma diferena de apenas 2 oC. Com isso pode-se concluir que a utilizao do carvo ativo eficiente, pois, na literatura, temos que uma diferena maior que 2oC para uma substncia indica que ela contm impurezas. Na literatura encontrou-se um valor para a variao do ponto de fuso da acetanilida entre 113oC-115oC e o ponto de fuso de 113 oC e o valor encontrado experimentalmente foi entre 110oC-112oC e para o ponto de fuso 111 oC. O rendimento encontrado da acetanilida foi de aproximadamente 30%. Esse rendimento devese a algumas perdas durante a tcnica, como, por exemplo, no momento em que foi transferida a mistura reacional do frasco para o bquer com gua, uma pequena quantidade ficou retida nas paredes do frasco, outra explicao pode ser dada no momento da filtrao vcuo.

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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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22 ARAJO, J. M. A. Qumica de Alimentos. Viosa, MG: UFV, 2008.

23 PAVIA, D. L.; LAMPMAN, G. M.; KRIZ, G. S.; ENGEL, R. G. Introduction Organic Laboratory Techniques: A Small Scale Approach . Second Ed. Canada: Thomson Brooks/Cole, 2005. 50

24 CARVALHO, G. H.; LEAL, P. F.; MEIRELES, M. A. A. DESTILAO POR ARRASTE A VAPOR DE ALECRIM, CAMOMILA, ERVA-BALEEIRA E ERVADOCE: ESTUDO DA CINTICA DE EXTRAO. Unicamp, Campinas, 2008.

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29 ANICETO, C.; FATIBELOO, O. Determinao espectrofotomtrica por injeo em fluxo de paracetamol (acetaminofeno) em formulao farmacuticas. Disponvel em: <http://www.scielo.br/pdf/qn/v25n3/9331.pdf>. Acesso em: 03 dez. 2011.

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