Linguagem Dos Signos PDF
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Mestranda: Luana Marinho Matos Professora: Sonia Afonso, Profa. Dra. Orientador: Luiz Salomo Ribas Gomez, Prof. Dr. Coorientadora: Alice Teresinha Cybis Pereira, Profa. PhD. FLORIANPOLIS SC Abril 2009
LIVRO: O que semitica? Dra. Maria Lcia Santaella Braga; Doutoramento em Teoria Literria na PUCSP (1973) e LivreDocncia em Cincias da Comunicao na ECA/USP (1993); Lucia Santaella Professora titular no programa de Ps-Graduao em Comunicao e Semitica da PUCSP e atribuies que vo alm de pesquisadora e professora no campo da Semitica; Tem 30 livros publicados; Organizou a edio de 11 livros; Suas reas mais recentes de pesquisa so: Comunicao, Semitica Cognitiva e Computacional, Estticas Tecnolgicas e Filosofia e Metodologia da Cincia.
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O FILSOFO Alm dos ttulos descritos, Peirce tambm era matemtico, fsico e astrnomo. Dentro das cincias culturais estudou particularmente Lingustica, Filologia e Histria, com contribuies tambm na rea da Psicologia Experimental. Estudou praticamente todos os tipos Charles de cincia em sua poca, sendo tambm conhecedor de mais de Sanders Peirce dez idiomas.1 (1839-1914) Peirce foi um filsofo adiantado para a poca, pois, alm das dificuldades encontradas nas pesquisas naquele tempo, a evoluo da tecnologia veio comprovar que a utilizao dos signos de fundamental importncia na nossa linguagem ciberntica e, mesmo que inconsciente, a representao dos objetos utilizada a todo instante em nossa cultura. (SANTAELLA, 1983)
1 Fonte:
GNU, 2009.
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O que semitica?
de investigao
para escrever lngua nativa, materna ou ptria, como costuma ser chamada , que tendemos a nos desaperceber de que esta no a nica e exclusiva forma de linguagem que somos capazes de produzir, criar, reproduzir, transformar e consumir, ou seja, ver-ouvirler para que possamos nos comunicar uns com os outros." (SANTAELLA, 1983, p.1) "Enfim, tambm nos comunicamos e nos orientamos atravs de imagens, grficos, sinais, setas, nmeros, luzes...Atravs de objetos, sons musicais, gestos, expresses, cheiro e tato, atravs do olhar, do sentir e do apalpar." (SANTAELLA, 1983, p.2)
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O que semitica?
O estudo veio como resposta Revoluo Industrial, quando a proliferao crescente das linguagens e cdigos da comunicao, foi responsvel por esta conscincia semitica.
todo e
qualquer fenmeno2 como fenmeno de produo de significao e de sentido." (SANTAELLA, 1983, p.2)
"Sem informao no h mensagem, no h planejamento, no h reproduo, no h processo e mecanismo de controle e comando. No caso da vida, estes so necessariamente ligados a uma linguagem, a uma ordenao obtida a partir de um compartimento armazenador da informao como a DNA (substncia universal portadora do cdigo gentico)." (SANTAELLA, 1983, p.2)
2 Fenmenos tudo aquilo que est presente mente, seja real ou no.
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A conscincia o lugar onde ocorrem os fenmenos, que tudo aquilo que est presente mente, seja real ou no. Como parte mais superficial da conscincia encontramos a razo, que sofre influncias do mundo interno e do externo a todo instante, por
isso, deve ser auxiliada e ampliada atravs da estruturao
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A teoria semitica
Dessa maneira, percebe-se que todos os elementos esto
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Interpretante (mente)
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elemento ou representamen aquilo que percebido pela viso (Fig.4) , como as palavras e as imagens. O segundo elemento
ou referente aquilo que est ausente e representado pelo signo. Por exemplo, a imagem apresentada anteriormente (Fig.5) representa todas as cadeiras e, especialmente, as cadeiras Thonet - modelo 209, que so os referentes ou objetos mais especficos do signo. O
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O que semitica? O produto das sensaes e das interpretaes so idias que acontecem e passam a habitar a mente do observador. De acordo
com Santaella (1983), Peirce considera os fenmenos como eventos mentais, isso o distingue de outros pensadores que indicaram os fenmenos como eventos do mundo externo mente. A fenomenologia proposta por Peirce apresenta trs categorias e cada um dos elementos do signo predominante relacionado a uma dessas categorias. Assim, percebe-se que todos os elementos esto necessariamente interligados s categorias denominadas de: 1- qualidade ou primeiridade;
2- reao ou secundidade;
3- mediao ou terceiridade.
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O que semitica?
Na primeiridade, as sensaes percebidas so denominadas cones, nessa condio, o percebido um fenmeno fundamentalmente interno mente. A secundidade marcada pela conscincia dos estmulos que propiciaram as sensaes, implicando no reconhecimento de elementos da realidade externa, cuja existncia resiste vontade da mente, como ndices de realidade. A terceiridade abriga os fenmenos tipicamente simblicos, nos quais as sensaes so nomeadas e relacionadas como smbolo. H uma interposio interpretativa entre a conscincia e a coisa que foi percebida, promovendo a mediao entre essa conscincia e os fenmenos. Os
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A teoria semitica
Ao considerar a imagem da cadeira em estudo como fenmeno no contexto das categorias de Peirce, deve-se entender que, na primeiridade, acontecem as sensaes visuais, tipicamente icnicas.
Primeiramente, h sensaes de cores e formas que, muito rapidamente, sero percebidas, na secundidade, como estmulos
externos mente. Ao mesmo tempo, so tambm estabelecidas as
mediaes conceituais associando, na terceiridade, as sensaes de cores e formas ao conceito de cadeira e tambm a outros conceitos. De maneira mais especifica, as sensaes sero
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A teoria semitica
Com relao cadeira especfica que foi fotografada, a imagem considerada um signo indicial ou ndice, porque a luz refletida diretamente pelo objeto cadeira impressionou e foi registrada pelo aparelho fotogrfico. A imagem da cadeira na mente do observador, como interpretante formado a partir do ndice fotogrfico percebido como signo icnico ou cone que pode ser associado e comparado por analogia a outros diferentes exemplares de cadeira. A imagem estabelece ainda uma associao convencional com a palavra cadeira como um smbolo visual da palavra que seu smbolo verbal ou lingstico. Habitualmente, devido s suas formas e ao uso recorrente, a idia de cadeira tambm simboliza o ato de assentar
e o estado de descanso, podendo ainda representar conforto e relaxamento de acordo com a configurao da cadeira
observada. A imagem em estudo simboliza uma cadeira especfica e, tambm, a idia de cadeira e o conjunto de elementos que apresentam formas semelhantes e cumprem a mesma funo de servir de assento ao usurio.
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A teoria semitica
Na terceiridade, entretanto, o sentido de relaxamento negado pela imagem da cadeira em estudo. A negao devida sensao decorrente da observao da imagem, porque sua aparncia suscita a sensao de cadeira, mas no promove o sentimento de relaxamento. Portanto, a partir das impresses de primeiridade so promovidas associaes de secundidade com modelos e funes de cadeiras, que no so projetadas para o relaxamento, como seria o caso de uma cadeira de praia, por exemplo.
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Arquitetura
R.
Kiefer (1970)4 formularam anlises semiticas empregadas arquitetura. Tais estudos constataram que esta rea, assim como o design, por exemplo, formado por um sistema de comunicao no verbal, e que atravs de signos diferentes
ela se comunica com o usurio.
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Bibliografia
Dicionrio Priberam da Lingua Portuguesa. Priberam Informtica S.A., Lisboa, 2009. Disponvel em: < http://www.priberam.pt/>. Acesso em: 20 abr. 2009. BRDEK, Bernhard E. Histria, teoria e prtica do design de produtos. Traduo Freddy Van Camp. So Paulo: Edgard Blcher, 2006. [Cadeira Thonet - modelo 209]. Altura: 320 pixels. Largura: 320 pixels. 15864 bytes. Formato JPEG. Disponvel em: <http://www.bonluxat.com/>. Acesso em: 30 jun. 2009. SILVA, Natacha C.P. [Composio da trade de um signo]. Florianpolis, 2009. PERASSI, Richard L. S. Semitica. Florianpolis: UFSC, 2008a. ______. Teoria da forma. Florianpolis: UFSC, 2008b.
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