Código de Obras - 1 RJ 2007
Código de Obras - 1 RJ 2007
Código de Obras - 1 RJ 2007
DO RIO DE JANEIRO
DÉCIMA-TERCEIRA EDIÇÃO
2007
www.editoraauriverde.com.br
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2007
EDITORA AURIVERDE
Fundada em 1963
Editora Auriverde
Largo de São Francisco de Paula, n.º 26 – sala 1001
Centro – Rio de Janeiro – RJ, telefax: 21 2224-9957
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A EDITORA AURIVERDE foi fundada em 1963 com o objetivo de di-
fundir o conhecimento da lei ao homem do povo. Na época as obras jurídicas e
de legislação estavam em compêndios e tratados volumosos, ricamente enca-
dernados e de elevado valor, ou seja, o conhecimento da lei estava restrito a
uma elite de advogados, juristas e intelectuais. O homem do povo, a popula-
ção em geral, não tinha acesso ao conhecimento da lei, conseqüentemente,
aos seus direitos. Nasceu então a AURIVERDE, publicando e distribuindo a le-
gislação em pequenas obras de acabamento simples e baixo custo, sendo, in-
clusive, a pioneira na distribuição de livros jurídicos em bancas de jornais.
É essa a nossa filosofia até hoje, levar o conhecimento jurídico ao
maior número possível de brasileiros, de maneira clara, explicada, objetiva e a
um custo acessível. Nossas obras são atualizadas, bem acabadas, com inser-
ções de leis e decretos citados no texto, pois para nós o conhecimento, não só
o jurídico, mas em todas as áreas é o diferencial que fará com que nós brasi-
leiros, façamos do nosso País uma nação mais próspera e justa.
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
§ 2.º Esse direito não será reconhecido ao § 3.º As condutas e atividades consideradas
mesmo possuidor mais de uma vez. lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,
§ 3.º Os imóveis públicos não serão adquiri- pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e
dos por usucapião. administrativas, independentemente da obrigação
....................................................................... de reparar os danos causados.
§ 4.º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata
TÍTULO VIII Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-
grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacio-
DA ORDEM SOCIAL nal, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, den-
tro de condições que assegurem a preservação do
....................................................................... meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recur-
sos naturais.
CAPÍTULO VI § 5.º São indisponíveis as terras devolutas ou
arrecadadas pelos Estados, por ações discrimina-
Do meio ambiente tórias, necessárias à proteção dos ecossistemas
naturais.
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente § 6.º As usinas que operem com reator nu-
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum clear deverão ter sua localização definida em lei
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, federal, sem o que não poderão ser instaladas.
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o .............................................................................
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presen-
tes e futuras gerações. __________
§ 1.º Para assegurar a efetividade desse di-
reito, incumbe ao Poder Público:
I — preservar e restaurar os processos ecoló- LEI N.o 10.257, DE 10 DE JULHO DE 2001.
gicos essenciais e prover o manejo ecológico das
espécies e ecossistemas; Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constitui-
II — preservar a diversidade e a integridade ção Federal, estabelece diretrizes gerais da
do patrimônio genético do País e fiscalizar as enti- política urbana e dá outras providências.
dades dedicadas à pesquisa e manipulação de
material genético; O Presidente da República:
III — definir, em todas as unidades da Fede- Faço saber que o Congresso Nacional decreta
ração, espaços territoriais e seus componentes a e eu sanciono a seguinte Lei:
serem especialmente protegidos, sendo a altera-
ção e a supressão permitidas somente através de CAPÍTULO I
lei, vedada qualquer utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua pro- Diretrizes gerais
teção;
IV — exigir, na forma da lei, para instalação Art. 1.o Na execução da política urbana, de
de obra ou atividade potencialmente causadora de que tratam os arts. 182 e 183 da Constituição
significativa degradação do meio ambiente, estudo Federal, será aplicado o previsto nesta lei.
prévio de impacto ambiental, a que se dará publi- Parágrafo único. Para todos os efeitos, esta
cidade; lei, denominada Estatuto da Cidade, estabelece
V — controlar a produção, a comercialização e normas de ordem pública e interesse social que
o emprego de técnicas, métodos e substâncias que regulam o uso da propriedade urbana em prol do
comportem risco para a vida, a qualidade de vida bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos
e o meio ambiente; cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.
VI — promover a educação ambiental em to- Art. 2.o A política urbana tem por objetivo or-
dos os níveis de ensino e a conscientização pública denar o pleno desenvolvimento das funções sociais
para a preservação do meio ambiente; da cidade e da propriedade urbana, mediante as
VII — proteger a fauna e a flora, vedadas, na seguintes diretrizes gerais:
forma da lei, as práticas que coloquem em risco I — garantia do direito a cidades sustentáveis,
sua função ecológica, provoquem a extinção de entendido como o direito à terra urbana, à mora-
espécies ou submetam os animais a crueldade. dia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura
§ 2.º Aquele que explorar recursos minerais urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao
fica obrigado a recuperar o meio ambiente degra- trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras
dado, de acordo com solução técnica exigida pelo gerações;
órgão público competente, na forma da lei. II — gestão democrática por meio da participação
da população e de associações representativas dos
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
vários segmentos da comunidade na formulação, da população interessada nos processos de im-
execução e acompanhamento de planos, progra- plantação de empreendimentos ou atividades com
mas e projetos de desenvolvimento urbano; efeitos potencialmente negativos sobre o meio
III — cooperação entre os governos, a inicia- ambiente natural ou construído, o conforto ou a
tiva privada e os demais setores da sociedade no segurança da população;
processo de urbanização, em atendimento ao inte- XIV — regularização fundiária e urbanização
resse social; de áreas ocupadas por população de baixa renda
IV — planejamento do desenvolvimento das mediante o estabelecimento de normas especiais
cidades, da distribuição espacial da população e de urbanização, uso e ocupação do solo e edifica-
das atividades econômicas do Município e do terri- ção, consideradas a situação socioeconômica da
tório sob sua área de influência, de modo a evitar população e as normas ambientais;
e corrigir as distorções do crescimento urbano e XV — simplificação da legislação de parcelamen-
seus efeitos negativos sobre o meio ambiente; to, uso e ocupação do solo e das normas edilícias,
V — oferta de equipamentos urbanos e comu- com vistas a permitir a redução dos custos e o au-
nitários, transporte e serviços públicos adequados mento da oferta dos lotes e unidades habitacionais;
aos interesses e necessidades da população e às XVI — isonomia de condições para os agentes
características locais; públicos e privados na promoção de empreendi-
VI — ordenação e controle do uso do solo, de mentos e atividades relativos ao processo de ur-
forma a evitar: banização, atendido o interesse social.
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos; Art. 3.o Compete à União, entre outras atri-
b) a proximidade de usos incompatíveis ou in- buições de interesse da política urbana:
convenientes; I — legislar sobre normas gerais de direito ur-
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o banístico;
uso excessivos ou inadequados em relação à infra- II — legislar sobre normas para a cooperação
-estrutura urbana; entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
d) a instalação de empreendimentos ou ativi- Municípios em relação à política urbana, tendo em
dades que possam funcionar como pólos geradores vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar
de tráfego, sem a previsão da infra-estrutura cor- em âmbito nacional;
respondente; III — promover, por iniciativa própria e em
e) a retenção especulativa de imóvel urbano, conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os
que resulte na sua subutilização ou não utilização; Municípios, programas de construção de moradias
f) a deterioração das áreas urbanizadas; e a melhoria das condições habitacionais e de sa-
g) a poluição e a degradação ambiental; neamento básico;
VII — integração e complementaridade entre IV — instituir diretrizes para o desenvolvi-
as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o mento urbano, inclusive habitação, saneamento
desenvolvimento socioeconômico do Município e básico e transportes urbanos;
do território sob sua área de influência; V — elaborar e executar planos nacionais e
VIII — adoção de padrões de produção e regionais de ordenação do território e de desen-
consumo de bens e serviços e de expansão urbana volvimento econômico e social.
compatíveis com os limites da sustentabilidade
ambiental, social e econômica do Município e do CAPÍTULO II
território sob sua área de influência;
Dos instrumentos da política urbana
IX — justa distribuição dos benefícios e ônus
decorrentes do processo de urbanização; Seção I
X — adequação dos instrumentos de política
econômica, tributária e financeira e dos gastos Dos instrumentos em geral
públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano,
de modo a privilegiar os investimentos geradores Art. 4.º Para os fins desta Lei, serão utiliza-
de bem-estar geral e a fruição dos bens pelos dife- dos, entre outros instrumentos:
rentes segmentos sociais; I — planos nacionais, regionais e estaduais de
XI — recuperação dos investimentos do Poder ordenação do território e de desenvolvimento eco-
Público de que tenha resultado a valorização de nômico e social;
imóveis urbanos; II — planejamento das regiões metropolita-
XII — proteção, preservação e recuperação nas, aglomerações urbanas e microrregiões;
do meio ambiente natural e construído, do patri- III — planejamento municipal, em especial:
mônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e a) plano diretor;
arqueológico; b) disciplina do parcelamento, do uso e da
XIII — audiência do Poder Público municipal e ocupação do solo;
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c) zoneamento ambiental; cluída no plano diretor poderá determinar o parce-
d) plano plurianual; lamento, a edificação ou a utilização compulsórios
e) diretrizes orçamentárias e orçamento anual; do solo urbano não edificado, subutilizado ou não
f) gestão orçamentária participativa; utilizado, devendo fixar as condições e os prazos
g) planos, programas e projetos setoriais; para implementação da referida obrigação.
h) planos de desenvolvimento econômico e social; § 1.o Considera-se subutilizado o imóvel:
IV — institutos tributários e financeiros: I — cujo aproveitamento seja inferior ao mí-
a) imposto sobre a propriedade predial e ter- nimo definido no plano diretor ou em legislação
ritorial urbana (IPTU); dele decorrente;
b) contribuição de melhoria; II — (VETADO).
c) incentivos e benefícios fiscais e financeiros; § 2.º O proprietário será notificado pelo Poder
V — institutos jurídicos e políticos: Executivo municipal para o cumprimento da obri-
a) desapropriação; gação, devendo a notificação ser averbada no
b) servidão administrativa; cartório de registro de imóveis.
c) limitações administrativas; § 3.º A notificação far-se-á:
d) tombamento de imóveis ou de mobiliário I — por funcionário do órgão competente do
urbano; Poder Público municipal, ao proprietário do imóvel
e) instituição de unidades de conservação; ou, no caso de este ser pessoa jurídica, a quem
f) instituição de zonas especiais de interesse tenha poderes de gerência geral ou administração;
social; II — por edital quando frustrada, por 3 (três)
g) concessão de direito real de uso; vezes, a tentativa de notificação na forma prevista
h) concessão de uso especial para fins de moradia; pelo inciso I.
i) parcelamento, edificação ou utilização com- § 4.º Os prazos a que se refere o “caput” não
pulsórios; poderão ser inferiores a:
j) usucapião especial de imóvel urbano; I — 1 (um) ano, a partir da notificação, para
l) direito de superfície; que seja protocolado o projeto no órgão municipal
m) direito de preempção; competente;
n) outorga onerosa do direito de construir e II — 2 (dois) anos, a partir da aprovação do
de alteração de uso; projeto, para iniciar as obras do empreendimento.
o) transferência do direito de construir; § 5.o Em empreendimentos de grande porte,
p) operações urbanas consorciadas; em caráter excepcional, a lei municipal específica a
q) regularização fundiária; que se refere o “caput” poderá prever a conclusão
r) assistência técnica e jurídica gratuita para as em etapas, assegurando-se que o projeto aprova-
comunidades e grupos sociais menos favorecidos; do compreenda o empreendimento como um todo.
s) referendo popular e plebiscito; Art. 6.o A transmissão do imóvel, por ato “inter
VI — estudo prévio de impacto ambiental (EIA) vivos” ou “causa mortis”, posterior à data da notifi-
e estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV). cação, transfere as obrigações de parcelamento,
§ 1.º Os instrumentos mencionados neste ar- edificação ou utilização previstas no art. 5.o desta
tigo regem-se pela legislação que lhes é própria, Lei, sem interrupção de quaisquer prazos.
observado o disposto nesta lei.
§ 2.º Nos casos de programas e projetos ha- Seção III
bitacionais de interesse social, desenvolvidos por
órgãos ou entidades da Administração Pública com Do IPTU progressivo no tempo
atuação específica nessa área, a concessão de
direito real de uso de imóveis públicos poderá ser Art. 7.o Em caso de descumprimento das con-
contratada coletivamente. dições e dos prazos previstos na forma do “caput”
§ 3.º Os instrumentos previstos neste artigo do art. 5.o desta lei, ou não sendo cumpridas as
que demandam dispêndio de recursos por parte do etapas previstas no § 5.o do art. 5.o desta Lei, o
Poder Público municipal devem ser objeto de con- Município procederá à aplicação do imposto sobre
trole social, garantida a participação de comunida- a propriedade predial e territorial urbana (IPTU)
des, movimentos e entidades da sociedade civil. progressivo no tempo, mediante a majoração da
alíquota pelo prazo de 5 (cinco) anos consecutivos.
Seção II § 1.º O valor da alíquota a ser aplicado a cada
ano será fixado na lei específica a que se refere o
Do parcelamento, edificação ou “caput” do art. 5.º desta lei e não excederá a 2 (du-
utilização compulsórios. as) vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada
a alíquota máxima de 15% (quinze por cento).
Art. 5.º Lei municipal específica para área in-
§ 2.º Caso a obrigação de parcelar, edificar
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
ou utilizar não esteja atendida em 5 (cinco) anos, homem ou à mulher, ou a ambos, independente-
o Município manterá a cobrança pela alíquota má- mente do estado civil.
xima, até que se cumpra a referida obrigação, § 2.º O direito de que trata este artigo não
garantida a prerrogativa prevista no art. 8.º será reconhecido ao mesmo possuidor mais de 1
§ 3.º É vedada a concessão de isenções ou de (uma) vez.
anistia relativas à tributação progressiva de que § 3.º Para os efeitos deste artigo, o herdeiro
trata este artigo. legítimo continua, de pleno direito, a posse de seu
antecessor, desde que já resida no imóvel por
Seção IV ocasião da abertura da sucessão.
Art. 10. As áreas urbanas com mais de
Da desapropriação com pagamento em títulos 250m2 (duzentos e cinqüenta metros quadrados),
ocupadas por população de baixa renda para sua
Art. 8.o Decorridos 5 (cinco) anos de cobrança moradia, por 5 (cinco) anos, ininterruptamente e
do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha sem oposição, onde não for possível identificar os
cumprido a obrigação de parcelamento, edificação terrenos ocupados por cada possuidor, são sus-
ou utilização, o Município poderá proceder à desa- ceptíveis de serem usucapidas coletivamente, des-
propriação do imóvel, com pagamento em títulos de que os possuidores não sejam proprietários de
da dívida pública. outro imóvel urbano ou rural.
§ 1.º Os títulos da dívida pública terão prévia a- § 1.º O possuidor pode, para o fim de contar
provação pelo Senado Federal e serão resgatados no o prazo exigido por este artigo, acrescentar sua
prazo de até 10 (dez) anos, em prestações anuais, posse à de seu antecessor, contanto que ambas
iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indeni- sejam contínuas.
zação e os juros legais de 6% (seis por cento) ao ano. § 2.º A usucapião especial coletiva de imóvel
§ 2.º O valor real da indenização: urbano será declarada pelo juiz, mediante senten-
I — refletirá o valor da base de cálculo do ça, a qual servirá de título para registro no cartó-
IPTU, descontado o montante incorporado em rio de registro de imóveis.
função de obras realizadas pelo Poder Público na § 3.º Na sentença, o juiz atribuirá igual fração
área onde o mesmo se localiza após a notificação ideal de terreno a cada possuidor, independente-
de que trata o § 2.º do art. 5.o desta Lei; mente da dimensão do terreno que cada um ocu-
II — não computará expectativas de ganhos, pe, salvo hipótese de acordo escrito entre os con-
lucros cessantes e juros compensatórios. dôminos, estabelecendo frações ideais
§ 3.º Os títulos de que trata este artigo não te- diferenciadas.
rão poder liberatório para pagamento de tributos. § 4.º O condomínio especial constituído é in-
§ 4.º O Município procederá ao adequado divisível, não sendo passível de extinção, salvo
aproveitamento do imóvel no prazo máximo de 5 deliberação favorável tomada por, no mínimo, 2/3
(cinco) anos, contado a partir da sua incorporação (dois terços) dos condôminos, no caso de execu-
ao patrimônio público. ção de urbanização posterior à constituição do
§ 5.º O aproveitamento do imóvel poderá ser condomínio.
efetivado diretamente pelo Poder Público ou por meio § 5.º As deliberações relativas à administração
de alienação ou concessão a terceiros, observando-se, do condomínio especial serão tomadas por maioria
nesses casos, o devido procedimento licitatório. de votos dos condôminos presentes, obrigando tam-
§ 6.º Ficam mantidas para o adquirente de bém os demais, discordantes ou ausentes.
imóvel nos termos do § 5.º as mesmas obrigações Art. 11. Na pendência da ação de usucapião
de parcelamento, edificação ou utilização previstas especial urbana, ficarão sobrestadas quaisquer
no art. 5.o desta lei. outras ações, petitórias ou possessórias, que ve-
nham a ser propostas relativamente ao imóvel
Seção V usucapiendo.
Art. 12. São partes legítimas para a proposi-
Da usucapião especial de imóvel urbano tura da ação de usucapião especial urbana:
I — o possuidor, isoladamente ou em litiscon-
Art. 9.º Aquele que possuir como sua área ou sórcio originário ou superveniente;
edificação urbana de até 250m2 (duzentos e cin- II — os possuidores, em estado de composse;
qüenta metros quadrados), por 5 (cinco) anos, III — como substituto processual, a associa-
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a ção de moradores da comunidade, regularmente
para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á constituída, com personalidade jurídica, desde que
o domínio, desde que não seja proprietário de explicitamente autorizada pelos representados.
outro imóvel urbano ou rural. § 1.º Na ação de usucapião especial urbana é
§ 1.º O título de domínio será conferido ao obrigatória a intervenção do Ministério Público.
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
§ 2.º O autor terá os benefícios da justiça e trário no respectivo contrato.
da assistência judiciária gratuita, inclusive perante § 1.º Antes do termo final do contrato, extin-
o cartório de registro de imóveis. guir-se-á o direito de superfície se o superficiário
Art. 13. A usucapião especial de imóvel urba- der ao terreno destinação diversa daquela para a
no poderá ser invocada como matéria de defesa, qual for concedida.
valendo a sentença que a reconhecer como título § 2.º A extinção do direito de superfície será
para registro no cartório de registro de imóveis. averbada no cartório de registro de imóveis.
Art. 14. Na ação judicial de usucapião especial
de imóvel urbano, o rito processual a ser observado é Seção VIII
o sumário.
Do direito de preempção
Seção VI
Art. 25. O direito de preempção confere ao
Da concessão de uso especial para fins de moradia Poder Público municipal preferência para aquisição
de imóvel urbano objeto de alienação onerosa
Arts. 15 a 20. (VETADOS). entre particulares.
§ 1.º Lei municipal, baseada no plano diretor,
Seção VII delimitará as áreas em que incidirá o direito de
preempção e fixará prazo de vigência, não superior
Do direito de superfície a 5 (cinco) anos, renovável a partir de 1 (um) ano
após o decurso do prazo inicial de vigência.
Art. 21. O proprietário urbano poderá conce- § 2.º O direito de preempção fica assegurado
der a outrem o direito de superfície do seu terre- durante o prazo de vigência fixado na forma do §
no, por tempo determinado ou indeterminado, 1.o, independentemente do número de alienações
mediante escritura pública registrada no cartório referentes ao mesmo imóvel.
de registro de imóveis. Art. 26. O direito de preempção será exercido
§ 1.º O direito de superfície abrange o direito sempre que o Poder Público necessitar de áreas para:
de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo I — regularização fundiária;
relativo ao terreno, na forma estabelecida no con- II — execução de programas e projetos habi-
trato respectivo, atendida a legislação urbanística. tacionais de interesse social;
§ 2.º A concessão do direito de superfície po- III — constituição de reserva fundiária;
derá ser gratuita ou onerosa. IV — ordenamento e direcionamento da ex-
§ 3.º O superficiário responderá integralmen- pansão urbana;
te pelos encargos e tributos que incidirem sobre a V — implantação de equipamentos urbanos e
propriedade superficiária, arcando, ainda, propor- comunitários;
cionalmente à sua parcela de ocupação efetiva, VI — criação de espaços públicos de lazer e
com os encargos e tributos sobre a área objeto da áreas verdes;
concessão do direito de superfície, salvo disposição VII — criação de unidades de conservação ou
em contrário do contrato respectivo. proteção de outras áreas de interesse ambiental;
§ 4.º O direito de superfície pode ser transfe- VIII — proteção de áreas de interesse históri-
rido a terceiros, obedecidos os termos do contrato co, cultural ou paisagístico;
respectivo. IX — (VETADO).
§ 5.º Por morte do superficiário, os seus direi- Parágrafo único. A lei municipal prevista no §
tos transmitem-se a seus herdeiros. 1.º do art. 25 desta lei deverá enquadrar cada área
Art. 22. Em caso de alienação do terreno, ou em que incidirá o direito de preempção em uma ou
do direito de superfície, o superficiário e o proprie- mais das finalidades enumeradas por este artigo.
tário, respectivamente, terão direito de preferên- Art. 27. O proprietário deverá notificar sua in-
cia, em igualdade de condições à oferta de tercei- tenção de alienar o imóvel, para que o Município,
ros. no prazo máximo de 30 (trinta) dias, manifeste
Art. 23. Extingue-se o direito de superfície: por escrito seu interesse em comprá-lo.
I — pelo advento do termo; § 1.º À notificação mencionada no “caput” se-
II — pelo descumprimento das obrigações rá anexada proposta de compra assinada por ter-
contratuais assumidas pelo superficiário. ceiro interessado na aquisição do imóvel, da qual
Art. 24. Extinto o direito de superfície, o pro- constarão preço, condições de pagamento e prazo
prietário recuperará o pleno domínio do terreno, de validade.
bem como das acessões e benfeitorias introduzi- § 2.º O Município fará publicar, em órgão ofi-
das no imóvel, independentemente de indeniza- cial e em pelo menos um jornal local ou regional
ção, se as partes não houverem estipulado o con- de grande circulação, edital de aviso da notificação
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
recebida nos termos do “caput” e da intenção de Seção X
aquisição do imóvel nas condições da proposta
apresentada. Das operações urbanas consorciadas
§ 3.º Transcorrido o prazo mencionado no
“caput” sem manifestação, fica o proprietário au- Art. 32. Lei municipal específica, baseada no
torizado a realizar a alienação para terceiros, nas plano diretor, poderá delimitar área para aplicação
condições da proposta apresentada. de operações consorciadas.
§ 4.º Concretizada a venda a terceiro, o pro- § 1.º Considera-se operação urbana consorciada
prietário fica obrigado a apresentar ao Município, o conjunto de intervenções e medidas coordena-
no prazo de 30 (trinta) dias, cópia do instrumento das pelo Poder Público municipal, com a participa-
público de alienação do imóvel. ção dos proprietários, moradores, usuários perma-
§ 5.º A alienação processada em condições nentes e investidores privados, com o objetivo de
diversas da proposta apresentada é nula de pleno alcançar em uma área transformações urbanísticas
direito. estruturais, melhorias sociais e a valorização am-
§ 6.º Ocorrida a hipótese prevista no § 5.º o biental.
Município poderá adquirir o imóvel pelo valor da § 2.º Poderão ser previstas nas operações ur-
base de cálculo do IPTU ou pelo valor indicado na banas consorciadas, entre outras medidas:
proposta apresentada, se este for inferior àquele. I — a modificação de índices e características de
parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo,
Seção IX bem como alterações das normas edilícias, conside-
rado o impacto ambiental delas decorrente;
Da outorga onerosa do direito de construir II — a regularização de construções, reformas
ou ampliações executadas em desacordo com a
Art. 28. O plano diretor poderá fixar áreas legislação vigente.
nas quais o direito de construir poderá ser exerci- Art. 33. Da lei específica que aprovar a opera-
do acima do coeficiente de aproveitamento básico ção urbana consorciada constará o plano de opera-
adotado, mediante contrapartida a ser prestada ção urbana consorciada, contendo, no mínimo:
pelo beneficiário. I — definição da área a ser atingida;
§ 1.º Para os efeitos desta lei, coeficiente de II — programa básico de ocupação da área;
aproveitamento é a relação entre a área edificável III — programa de atendimento econômico e
e a área do terreno. social para a população diretamente afetada pela
§ 2.º O plano diretor poderá fixar coeficiente operação;
de aproveitamento básico único para toda a zona IV — finalidades da operação;
urbana ou diferenciado para áreas específicas den- V — estudo prévio de impacto de vizinhança;
tro da zona urbana. VI — contrapartida a ser exigida dos proprie-
§ 3.º O plano diretor definirá os limites má- tários, usuários permanentes e investidores priva-
ximos a serem atingidos pelos coeficientes de dos em função da utilização dos benefícios previs-
aproveitamento, considerando a proporcionalidade tos nos incisos I e II do § 2.º do art. 32 desta lei;
entre a infra-estrutura existente e o aumento de VII — forma de controle da operação, obriga-
densidade esperado em cada área. toriamente compartilhado com representação da
Art. 29. O plano diretor poderá fixar áreas sociedade civil.
nas quais poderá ser permitida alteração de uso § 1.º Os recursos obtidos pelo Poder Público
do solo, mediante contrapartida a ser prestada municipal na forma do inciso VI deste artigo serão
pelo beneficiário. aplicados exclusivamente na própria operação
Art. 30. Lei municipal específica estabelecerá urbana consorciada.
as condições a serem observadas para a outorga § 2.º A partir da aprovação da lei específica
onerosa do direito de construir e de alteração de de que trata o “caput”, são nulas as licenças e
uso, determinando: autorizações a cargo do Poder Público municipal
I — a fórmula de cálculo para a cobrança; expedidas em desacordo com o plano de operação
II — os casos passíveis de isenção do paga- urbana consorciada.
mento da outorga; Art. 34. A lei específica que aprovar a operação
III — a contrapartida do beneficiário. urbana consorciada poderá prever a emissão pelo
Art. 31. Os recursos auferidos com a adoção da Município de quantidade determinada de certificados
outorga onerosa do direito de construir e de altera- de potencial adicional de construção, que serão alie-
ção de uso serão aplicados com as finalidades previs- nados em leilão ou utilizados diretamente no paga-
tas nos incisos I a IX do art. 26 desta lei. mento das obras necessárias à própria operação.
§ 1.º Os certificados de potencial adicional de
construção serão livremente negociados, mas con-
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
versíveis em direito de construir unicamente na V — geração de tráfego e demanda por trans-
área objeto da operação. porte público;
§ 2.º Apresentado pedido de licença para cons- VI — ventilação e iluminação;
truir, o certificado de potencial adicional será utiliza- VII — paisagem urbana e patrimônio natural
do no pagamento da área de construção que supere e cultural.
os padrões estabelecidos pela legislação de uso e Parágrafo único. Dar-se-á publicidade aos
ocupação do solo, até o limite fixado pela lei específi- documentos integrantes do EIV, que ficarão dispo-
ca que aprovar a operação urbana consorciada. níveis para consulta, no órgão competente do Po-
der Público municipal, por qualquer interessado.
Seção XI Art. 38. A elaboração do EIV não substitui a
elaboração e a aprovação de estudo prévio de
Da transferência do direito de construir impacto ambiental (EIA), requeridas nos termos
da legislação ambiental.
Art. 35. Lei municipal, baseada no plano dire-
tor, poderá autorizar o proprietário de imóvel ur- CAPÍTULO III
bano, privado ou público, a exercer em outro local,
ou alienar, mediante escritura pública, o direito de Do plano diretor
construir previsto no plano diretor ou em legisla-
ção urbanística dele decorrente, quando o referido Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua
imóvel for considerado necessário para fins de: função social quando atende às exigências funda-
I — implantação de equipamentos urbanos e mentais de ordenação da cidade expressas no
comunitários; plano diretor, assegurando o atendimento das
II — preservação, quando o imóvel for consi- necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de
derado de interesse histórico, ambiental, paisagís- vida, à justiça social e ao desenvolvimento das
tico, social ou cultural; atividades econômicas, respeitadas as diretrizes
III — servir a programas de regularização previstas no art. 2.o desta lei.
fundiária, urbanização de áreas ocupadas por po- Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei mu-
pulação de baixa renda e habitação de interesse nicipal, é o instrumento básico da política de de-
social. senvolvimento e expansão urbana.
§ 1.º A mesma faculdade poderá ser concedi- § 1.º O plano diretor é parte integrante do
da ao proprietário que doar ao Poder Público seu processo de planejamento municipal, devendo o
imóvel, ou parte dele, para os fins previstos nos plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o
incisos I a III do “caput”. orçamento anual incorporar as diretrizes e as prio-
§ 2.º A lei municipal referida no “caput” esta- ridades nele contidas.
belecerá as condições relativas à aplicação da § 2.º O plano diretor deverá englobar o terri-
transferência do direito de construir. tório do Município como um todo.
§ 3.º A lei que instituir o plano diretor deverá
Seção XII ser revista, pelo menos, a cada 10 (dez) anos.
§ 4.º No processo de elaboração do plano dire-
Do estudo de impacto de vizinhança tor e na fiscalização de sua implementação, os Pode-
res Legislativo e Executivo municipais garantirão:
Art. 36. Lei municipal definirá os empreendi- I — a promoção de audiências públicas e de-
mentos e atividades privados ou públicos em área bates com a participação da população e de asso-
urbana que dependerão de elaboração de estudo ciações representativas dos vários segmentos da
prévio de impacto de vizinhança (EIV) para obter comunidade;
as licenças ou autorizações de construção, amplia- II — a publicidade quanto aos documentos e
ção ou funcionamento a cargo do Poder Público informações produzidos;
municipal. III — o acesso de qualquer interessado aos
Art. 37. O EIV será executado de forma a documentos e informações produzidos.
contemplar os efeitos positivos e negativos do § 5.º (VETADO).
empreendimento ou atividade quanto à qualidade Art. 41. O plano diretor é obrigatório para ci-
de vida da população residente na área e suas dades:
proximidades, incluindo a análise, no mínimo, das I — com mais de 20.000 (vinte mil) habitantes;
seguintes questões: II — integrantes de regiões metropolitanas e
I — adensamento populacional; aglomerações urbanas;
II — equipamentos urbanos e comunitários; III — onde o Poder Público municipal preten-
III — uso e ocupação do solo; da utilizar os instrumentos previstos no § 4.º do
IV — valorização imobiliária; art. 182 da Constituição Federal;
12
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
IV — integrantes de áreas de especial interes- CAPÍTULO V
se turístico;
V — inseridas na área de influência de em- Disposições gerais
preendimentos ou atividades com significativo
impacto ambiental de âmbito regional ou na- Art. 46. O Poder Público municipal poderá fa-
cional. cultar ao proprietário de área atingida pela obriga-
§ 1.º No caso da realização de empreendi- ção de que trata o “caput” do art. 5.o desta lei, a
mentos ou atividades enquadrados no inciso V do requerimento deste, o estabelecimento de consór-
“caput”, os recursos técnicos e financeiros para a cio imobiliário como forma de viabilização financei-
elaboração do plano diretor estarão inseridos ra do aproveitamento do imóvel.
entre as medidas de compensação adotadas. § 1.º Considera-se consórcio imobiliário a forma
§ 2.º No caso de cidades com mais de de viabilização de planos de urbanização ou edifica-
500.000 (quinhentos mil) habitantes, deverá ção por meio da qual o proprietário transfere ao
ser elaborado um plano de transporte urbano Poder Público municipal seu imóvel e, após a realiza-
integrado, compatível com o plano diretor ou ção das obras, recebe, como pagamento, unidades
nele inserido. imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas.
Art. 42. O plano diretor deverá conter no mí- § 2.º O valor das unidades imobiliárias a se-
nimo: rem entregues ao proprietário será correspondente
I — a delimitação das áreas urbanas onde po- ao valor do imóvel antes da execução das obras,
derá ser aplicado o parcelamento, edificação ou observado o disposto no § 2.º do art. 8.o desta lei.
utilização compulsórios, considerando a existência Art. 47. Os tributos sobre imóveis urbanos, assim
de infra-estrutura e de demanda para utilização, como as tarifas relativas a serviços públicos urbanos,
na forma do art. 5.o desta lei; serão diferenciados em função do interesse social.
II — disposições requeridas pelos arts. 25, Art. 48. Nos casos de programas e projetos ha-
28, 29, 32 e 35 desta lei; bitacionais de interesse social, desenvolvidos por
III — sistema de acompanhamento e controle. órgãos ou entidades da Administração Pública com
atuação específica nessa área, os contratos de con-
CAPÍTULO IV cessão de direito real de uso de imóveis públicos:
I — terão, para todos os fins de direito, cará-
Da gestão democrática da cidade ter de escritura pública, não se aplicando o dispos-
to no inciso II do art. 134 do Código Civil;
Art. 43. Para garantir a gestão democrática II — constituirão título de aceitação obrigatória em
da cidade, deverão ser utilizados, entre outros, os garantia de contratos de financiamentos habitacionais.
seguintes instrumentos: Art. 49. Os Estados e Municípios terão o pra-
I — órgãos colegiados de política urbana, nos zo de 90 (noventa) dias, a partir da entrada em
níveis nacional, estadual e municipal; vigor desta lei, para fixar prazos, por lei, para a
II — debates, audiências e consultas públicas; expedição de diretrizes de empreendimentos ur-
III — conferências sobre assuntos de interesse banísticos, aprovação de projetos de parcelamento
urbano, nos níveis nacional, estadual e municipal; e de edificação, realização de vistorias e expedição
IV — iniciativa popular de projeto de lei e de de termo de verificação e conclusão de obras.
planos, programas e projetos de desenvolvimento Parágrafo único. Não sendo cumprida a deter-
urbano; minação do “caput”, fica estabelecido o prazo de 60
V — (VETADO). (sessenta) dias para a realização de cada um dos refe-
Art. 44. No âmbito municipal, a gestão orça- ridos atos administrativos, que valerá até que os Esta-
mentária participativa de que trata a alínea “f” do dos e Municípios disponham em lei de forma diversa.
inciso III do art. 4.o desta lei incluirá a realização Art. 50. Os Municípios que estejam enqua-
de debates, audiências e consultas públicas sobre drados na obrigação prevista nos incisos I e II do
as propostas do plano plurianual, da lei de diretri- art. 41 desta lei que não tenham plano diretor
zes orçamentárias e do orçamento anual, como aprovado na data de entrada em vigor desta lei,
condição obrigatória para sua aprovação pela Câ- deverão aprová-lo no prazo de 5 (cinco) anos.
mara Municipal. Art. 51. Para os efeitos desta lei, aplicam-se
Art. 45. Os organismos gestores das regiões ao Distrito Federal e ao Governador do Distrito
metropolitanas e aglomerações urbanas incluirão Federal as disposições relativas, respectivamente,
obrigatória e significativa participação da popula- a Município e a Prefeito.
ção e de associações representativas dos vários Art. 52. Sem prejuízo da punição de outros
segmentos da comunidade, de modo a garantir o agentes públicos envolvidos e da aplicação de
controle direto de suas atividades e o pleno exer- outras sanções cabíveis, o Prefeito incorre em
cício da cidadania. improbidade administrativa, nos termos da Lei n.º
13
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
8.429, de 2 de junho de 1992, quando: Art. 56. O art. 167, inciso I, da Lei n.o 6.015,
de 1973, passa a vigorar acrescido dos seguintes
[Lei n.º 8.429, de 02/06/1992 (D. O. de itens 37, 38 e 39:
03/06/1992):
“Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agen- "Art. 167. ............................................
tes públicos nos casos de enriquecimento ilíci- I — .....................................................
to no exercício de mandato, cargo, emprego 37) dos termos administrativos ou das
ou função na administração pública direta, in- sentenças declaratórias da concessão de uso
direta e fundacional e dá outras providências.”] especial para fins de moradia, independente
da regularidade do parcelamento do solo ou da
I — (VETADO); edificação;
II — deixar de proceder, no prazo de 5 (cin- 38) (VETADO);
co) anos, o adequado aproveitamento do imóvel 39) da constituição do direito de superfície
incorporado ao patrimônio público, conforme o de imóvel urbano;" (NR)
disposto no § 4.º do art. 8.o desta lei;
III — utilizar áreas obtidas por meio do direi- Art. 57. O art. 167, inciso II, da Lei n.o 6.015,
to de preempção em desacordo com o disposto no de 1973, passa a vigorar acrescido dos seguintes
art. 26 desta lei; itens 18, 19 e 20:
IV — aplicar os recursos auferidos com a ou-
torga onerosa do direito de construir e de altera- "Art. 167. ............................................
ção de uso em desacordo com o previsto no art. II — ....................................................
31 desta lei; 18) da notificação para parcelamento, edi-
V — aplicar os recursos auferidos com opera- ficação ou utilização compulsórios de imóvel
ções consorciadas em desacordo com o previsto urbano;
no § 1.º do art. 33 desta lei; 19) da extinção da concessão de uso es-
VI — impedir ou deixar de garantir os requisitos pecial para fins de moradia;
contidos nos incisos I a III do § 4.º do art. 40 desta lei; 20) da extinção do direito de superfície do
VII — deixar de tomar as providências neces- imóvel urbano." (NR)
sárias para garantir a observância do disposto no
§ 3.º do art. 40 e no art. 50 desta lei; Art. 58. Esta lei entra em vigor após decorri-
VIII — adquirir imóvel objeto de direito de dos 90 (noventa) dias de sua publicação.
preempção, nos termos dos arts. 25 a 27 desta lei,
pelo valor da proposta apresentada, se este for, Brasília, 10 de julho de 2001; 180.o da Inde-
comprovadamente, superior ao de mercado. pendência e 113.o da República.
Art. 53. [Revogado pela Medida Provisória n.º
2.180-35, de 24/08/2001.] FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Art. 54. O art. 4.o da Lei n.o 7.347, de 1985,
passa a vigorar com a seguinte redação: [Publicada no “Diário Oficial” da União, de
11/07/2001.]
"Art. 4.o Poderá ser ajuizada ação cautelar
para os fins desta lei, objetivando, inclusive, ____________
evitar o dano ao meio ambiente, ao consumi-
dor, à ordem urbanística ou aos bens e direitos
de valor artístico, estético, histórico, turístico e LEI N.º 6.766, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1979.
paisagístico (VETADO)." (NR)
Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano
Art. 55. O art. 167, inciso I, item 28, da Lei e dá outras providências.
n.º 6.015, de 31 de dezembro de 1973, alterado
pela Lei n.o 6.216, de 30 de junho de 1975, passa O Presidente da República:
a vigorar com a seguinte redação: Faço saber que o Congresso Nacional decreta
e eu sanciono a seguinte Lei:
"Art. 167. ............................................ Art. 1.º O parcelamento do solo para fins ur-
I — ..................................................... banos será regido por esta Lei.
................................................................. Parágrafo único. Os Estados, o Distrito Fe-
28) das sentenças declaratórias de usuca- deral e os Municípios poderão estabelecer normas
pião, independente da regularidade do parce- complementares relativas ao parcelamento do solo
lamento do solo ou da edificação; municipal para adequar o previsto nesta Lei às
........................................................" (NR) peculiaridades regionais e locais.
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
CAPÍTULO I II — em terrenos que tenham sido aterrados
com material nocivo à saúde pública, sem que
Disposições preliminares sejam previamente saneados;
III — em terreno com declividade igual ou
Art. 2.º O parcelamento do solo urbano pode- superior a 30% (trinta por cento), salvo se atendi-
rá ser feito mediante loteamento ou desmembra- das exigências específicas das autoridades compe-
mento, observadas as disposições desta Lei e as tentes;
das legislações estaduais e municipais pertinentes. IV — em terrenos onde as condições geológi-
§ 1.º Considera-se loteamento a subdivisão cas não aconselham a edificação;
de gleba em lotes destinados a edificação, com V — em áreas de preservação ecológica ou
abertura de novas vias de circulação, de logradou- naquelas onde a poluição impeça condições sanitá-
ros públicos ou prolongamento, modificação ou rias suportáveis, até a sua correção.
ampliação das vias existentes.
§ 2.º considera-se desmembramento a subdi- CAPÍTULO II
visão de gleba em lotes destinados a edificação,
com aproveitamento do sistema viário existente, Dos requisitos urbanísticos para loteamento
desde que não implique na abertura de novas vias
e logradouros públicos, nem no prolongamento, Art. 4.º Os loteamentos deverão atender, pe-
modificação ou amplicação dos já existentes. lo menos, aos seguintes requisitos:
§ 3.º (VETADO). [Incluído pela Lei n.º 9.785, I — as áreas destinadas a sistemas de circula-
29/01/1999.] ção, a implantação de equipamento urbano e co-
§ 4.º Considera-se lote o terreno servido de munitário, bem como a espaços livres de uso pú-
infra-estrutura básica cujas dimensões atendam blico, serão proporcionais à densidade de
aos índices urbanísticos definidos pelo plano dire- ocupação prevista pelo plano diretor ou aprovada
tor ou lei municipal para a zona em que se situe. por lei municipal para a zona em que se situem.
[Incluído pela Lei n.º 9.785, 29/01/1999.] [Redação dada pela Lei n.º 9.785, de
§ 5.º Consideram-se infra-estrutura básica os 29/01/1999.]
equipamentos urbanos de escoamento das águas II — os lotes terão área mínima de 125m²
pluviais, iluminação pública, redes de esgoto sani- (cento e vinte e cinco metros quadrados) e frente
tário e abastecimento de água potável, e de ener- mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando a legis-
gia elétrica pública e domiciliar e as vias de circu- lação estadual ou municipal determinar maiores
lação pavimentadas ou não. [Incluído pela Lei n.º exigências, ou quando o loteamento se destinar a
9.785, 29/01/1999.] urbanização específica ou edificação de conjuntos
§ 6.º A infra-estrutura básica dos parcela- habitacionais de interesse social, previamente
mentos situados nas zonas habitacionais declara- aprovados pelos órgãos públicos competentes;
das por lei como de interesse social (ZHIS) consis- III — ao longo das águas correntes e dor-
tirá, no mínimo, de: [Incluído pela Lei n.º 9.785, mentes e das faixas de domínio público das rodo-
29/01/1999.] vias e ferrovias, será obrigatória a reserva de uma
I — vias de circulação; [Incluído pela Lei n.º faixa não-edificável de 15 (quinze) metros de cada
9.785, 29/01/1999.] lado, salvo maiores exigências da legislação espe-
II — escoamento das águas pluviais; [Incluí- cífica; [Redação dada pela Lei n.º 10.932, de
do pela Lei n.º 9.785, 29/01/1999.] 2004.]
III — rede para o abastecimento de água po- IV — as vias de loteamento deverão articular-se
tável; e [Incluído pela Lei n.º 9.785, 29/01/1999.] com as vias adjacentes oficiais, existentes ou proje-
IV — soluções para o esgotamento sanitário e tadas, e harmonizar-se com a topografia local.
para a energia elétrica domiciliar. [Incluído pela § 1.º A legislação municipal definirá, para ca-
Lei n.º 9.785, 29/01/1999.] da zona em que se dívida o território do Município,
Art. 3.º Somente será admitido o parcela- os usos permitidos e os índices urbanísticos de
mento do solo para fins urbanos em zonas urba- parcelamento e ocupação do solo, que incluirão,
nas, de expansão urbana ou de urbanização espe- obrigatoriamente, as áreas mínimas e máximas de
cífica, assim definidas pelo plano diretor ou lotes e os coeficientes máximos de aproveitamen-
aprovadas por lei municipal. [Redação dada pela to. [Redação dada pela Lei n.º 9.785, de
Lei n.º 9.785, de 29/01/1999.] 29/01/1999.]
Parágrafo único. Não será permitido o par- § 2.º Consideram-se comunitários os equipa-
celamento do solo: mentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer
I — em terrenos alagadiços e sujeitos a inun- e similares.
dações, antes de tomadas as providências para § 3.º Se necessária, a reserva de faixa
assegurar o escoamento das águas; não-edificável vinculada a dutovias será exigida no
15
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
âmbito do respectivo licenciamento ambiental, ob- V — a zona ou zonas de uso predominante da
servados critérios e parâmetros que garantam a área, com indicação dos usos compatíveis.
segurança da população e a proteção do meio ambi- Parágrafo único. As diretrizes expedidas vi-
ente, conforme estabelecido nas normas técnicas gorarão pelo prazo máximo de 4 anos. [Redação
pertinentes. [Incluído pela Lei n.º 10.932, de 2004.] dada pela Lei n.º 9.785, de 29/01/1999.]
Art. 5.º O Poder Público competente poderá Art. 8.º Os Municípios com menos de 50.000
complementarmente exigir, em cada loteamento, cinqüenta mil habitantes e aqueles cujo plano dire-
a reserva de faixa non aedificandi destinada a tor contiver diretrizes de urbanização para a zona
equipamentos urbanos. em que se situe o parcelamento poderão dispen-
Parágrafo único. Consideram-se urbanos os sar, por lei, a fase de fixação de diretrizes previs-
equipamentos públicos de abastecimento de água, tas nos arts. 6.º e 7.º desta Lei. [Redação dada
serviços de esgotos, energia elétrica, coletas de pela Lei n.º 9.785, de 29/01/1999.]
águas pluviais, rede telefônica e gás canalizado. Art. 9.º Orientado pelo traçado e diretrizes
oficiais, quando houver, o projeto, contendo dese-
CAPÍTULO III nhos, memorial descritivo e cronograma de execu-
ção das obras com duração máxima de quatro
Do projeto de loteamento anos, será apresentado à Prefeitura Municipal, ou
ao Distrito Federal, quando for o caso, acompa-
Art. 6.º Antes da elaboração do projeto de lo- nhado de certidão atualizada da matrícula da gle-
teamento, o interessado deverá solicitar à Prefei- ba, expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis
tura Municipal, ou ao Distrito Federal quando for o competente, de certidão negativa de tributos mu-
caso, que defina as diretrizes para o uso do solo, nicipais e do competente instrumento de garantia,
traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços ressalvado o disposto no § 4.º do art. 18. [Reda-
livres e das áreas reservadas para equipamento ção dada pela Lei n.º 9.785, de 29/01/1999.]
urbano e comunitário, apresentando, para este § 1.º Os desenhos conterão pelo menos:
fim, requerimento e planta do imóvel contendo, I — a subdivisão das quadras em lotes, com
pelo menos: as respectivas dimensões e numeração;
I — as divisas da gleba a ser loteada; II — o sistema de vias com a respectiva hie-
II — as curvas de nível a distância adequada, rarquia;
quando exigidas por lei estadual ou municipal; III — as dimensões lineares e angulares do
III — a localização dos cursos d'água, bos- projeto, com raios, cordas, arcos, ponto de tan-
ques e construções existentes; gência e ângulos centrais das vias;
IV — a indicação dos arruamentos contíguos a IV — os perfis longitudinais, e transversais de
todo o perímetro, a localização das vias de comu- todas as vias de circulação e praças;
nicação, das áreas livres, dos equipamentos urba- V — a indicação dos marcos de alinhamento e
nos e comunitários, existentes no local ou em suas nivelamento localizados nos ângulos de curvas e
adjacências, com as respectivas distâncias da área vias projetadas;
a ser loteada; VI — a indicação em planta e perfis de todas
V — o tipo de uso predominante a que o as linhas de escoamento das águas pluviais.
loteamento se destina; § 2.º O memorial descritivo deverá conter,
VI — as características, dimensões e localiza- obrigatoriamente, pelo menos:
ção das zonas de uso contíguas. I — a descrição sucinta do loteamento, com
Art. 7.º A Prefeitura Municipal, ou o Distrito as suas características e a fixação da zona ou zo-
Federal quando for o caso, indicará, nas plantas nas de uso predominante;
apresentadas junto com o requerimento, de acor- II — as condições urbanísticas do loteamento
do com as diretrizes de planejamento estadual e e as limitações que incidem sobre os lotes e suas
municipal: construções, além daquelas constantes das diretri-
I — as ruas ou estradas existentes ou proje- zes fixadas;
tadas, que compõem o sistema viário da cidade e III — a indicação das áreas públicas que pas-
do Município relacionadas com o loteamento pre- sarão ao domínio do Município no ato de registro
tendido e a serem respeitadas; do loteamento;
II — o traçado básico do sistema viário principal; IV — a enumeração dos equipamentos urba-
III — a localização aproximada dos terrenos nos, comunitários e dos serviços públicos ou de
destinados a equipamento urbano e comunitário e utilidade pública, já existentes no loteamento e
das áreas livres de uso público; adjacências.
IV — as faixas sanitárias do terreno necessá- § 3.º Caso se constate, a qualquer tempo, que
rias ao escoamento das águas pluviais e as faixas a certidão da matrícula apresentada como atual não
não edificáveis; tem mais correspondência com os registros e aver-
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
bações cartorárias do tempo da sua apresentação, [Redação dada pela Lei n.º 9.785, de
além das conseqüências penais cabíveis, serão con- 29/01/1999.]
sideradas insubsistentes tanto as diretrizes expedi- I — quando localizados em áreas de interesse
das anteriormente, quanto as aprovações conse- especial, tais como as de proteção aos mananciais
qüentes. [Incluído pela Lei n.º 9.785, 29/01/1999.] ou ao patrimônio cultural, histórico, paisagístico e
arqueológico, assim definidas por legislação esta-
CAPÍTULO IV dual ou federal;
II — quando o loteamento ou desmembra-
Do projeto de desmembramento mento localizar-se em área limítrofe do Município,
ou que pertença a mais de um Município, nas regiões
Art. 10. Para a aprovação de projeto de des- metropolitanas ou em aglomerações urbanas, de-
membramento, o interessado apresentará requeri- finidas em lei estadual ou federal;
mento à Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal III — quando o loteamento abranger área su-
quando for o caso, acompanhado de certidão atuali- perior a 1.000.000m² (um milhão de metros qua-
zada da matrícula da gleba, expedida pelo Cartório drados).
de Registro de Imóveis competente, ressalvado o Parágrafo único. No caso de loteamento ou
disposto no § 4.º do art. 18, e de planta do imóvel a desmembramento localizado em área de Município
ser desmembrado contendo:[Redação dada pela Lei integrante de região metropolitana, o exame e a
n.º 9.785, de 29/01/1999.] anuência prévia à aprovação do projeto caberão à
I — a indicação das vias existentes e dos autoridade metropolitana.
loteamentos próximos; Art. 14. Os Estados definirão, por decreto, as
II — a indicação do tipo de uso predominante áreas de proteção especial, previstas no inciso I do
no local; artigo anterior.
III — a indicação da divisão de lotes preten- Art. 15. Os Estados estabelecerão, por decre-
dida na área. to, as normas a que deverão submeter-se os pro-
Art. 11. Aplicam-se ao desmembramento, no jetos de loteamento e desmembramento nas áreas
que couber, as disposições urbanísticas vigentes previstas no art. 13, observadas as disposições
para as regiões em que se situem ou, na ausência desta Lei.
destas, as disposições urbanísticas para os lotea- Parágrafo único. Na regulamentação das
mentos. [Redação dada pela Lei n.º 9.785, de normas previstas neste artigo, o Estado procurará
29/01/1999.] atender às exigências urbanísticas do planejamen-
Parágrafo único. O Município, ou o Distrito to municipal.
Federal quando for o caso, fixará os requisitos Art. 16. A lei municipal definirá os prazos
exigíveis para a aprovação de desmembramento para que um projeto de parcelamento apresen-
de lotes decorrentes de loteamento cuja destina- tado seja aprovado ou rejeitado e para que as
ção da área pública tenha sido inferior à mínima obras executadas sejam aceitas ou recusadas.
prevista no § 1.º do art. 4.º desta Lei. [Redação dada pela Lei n.º 9.785, de
29/01/1999.]
CAPÍTULO V § 1.º Transcorridos os prazos sem a manifes-
tação do Poder Público, o projeto será considerado
Da aprovação do projeto de loteamento rejeitado ou as obras recusadas, assegurada a
e desmembramento indenização por eventuais danos derivados da
omissão. [Incluído pela Lei n.º 9.785,
Art. 12. O projeto de loteamento e des- 29/01/1999.]
membramento deverá ser aprovado pela Prefei- § 2.º Nos Municípios cuja legislação for omis-
tura Municipal, ou pelo Distrito Federal quando sa, os prezes serão de 90 dias para a aprovação
for o caso, a quem compete também a fixação ou rejeição e de 60 dias para a aceitação ou recu-
das diretrizes a que aludem os artigos 6.º e 7.º sa fundamentada das obras de urbanização. [In-
desta Lei, salvo a exceção prevista no artigo cluído pela Lei n.º 9.785, 29/01/1999.]
seguinte. Art. 17. Os espaços livres de uso comum, as
Parágrafo único. O projeto aprovado deve- vias e praças, as áreas destinadas a edifícios pú-
rá ser executado no prazo constante do crono- blicos e outros equipamentos urbanos, constantes
grama de execução, sob pena de caducidade da do projeto e do memorial descritivo, não poderão
aprovação. [Incluído pela Lei n.º 9.785, ter sua destinação alterada pelo loteador, desde a
29/01/1999.] aprovação do loteamento, salvo as hipóteses de
Art. 13. Aos Estados caberá disciplinar a caducidade da licença ou desistência do loteador,
aprovação pelos Municípios de loteamentos e sendo, neste caso, observadas as exigências do
desmembramentos nas seguintes condições: art. 23 desta Lei.
17
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
CAPÍTULO VI crime contra o patrimônio e contra a administra-
ção, não impedirá o registro do loteamento se o
Do registro do loteamento requerente comprovar que esses protestos ou
e desmembramento ações não poderão prejudicar os adquirentes dos
lotes. Se o oficial do registro de imóveis julgar
Art. 18. Aprovado o projeto de loteamento ou insuficiente a comprovação feita, suscitará a dúvi-
de desmembramento, o loteador deverá submetê-lo da perante o juiz competente.
ao Registro Imobiliário dentro de 180 (cento e § 3.º A declaração a que se refere o inciso VII
oitenta) dias, sob pena de caducidade da aprova- deste artigo não dispensará o consentimento do
ção, acompanhado dos seguintes documentos: declarante para os atos de alienação ou promessa
I — título de propriedade do imóvel ou certi- de alienação de lotes, ou de direitos a eles relati-
dão da matrícula, ressalvado o disposto nos §§ 4.º vos, que venham a ser praticados pelo seu cônjuge.
e 5.º; [Redação dada pela Lei n.º 9.785, de § 4.º O título de propriedade será dispensado
29/01/1999.] quando se tratar de parcelamento popular, desti-
II — histórico dos títulos de propriedade do nado as classes de menor renda, em imóvel decla-
imóvel, abrangendo os últimos 20 (vinte) anos, ração de utilidade pública, com processo de desa-
acompanhado dos respectivos comprovantes; propriação judicial em curso e imissão provisória
III — certidões negativas: na posse, desde que promovido pela União, Esta-
a) de tributos federais, estaduais e municipais dos, Distrito Federal, Municípios ou suas entidades
incidentes sobre o imóvel; delegadas, autorizadas por lei a implantar projetos
b) de ações reais referentes ao imóvel, pelo de habitação. [Incluído pela Lei n.º 9.785,
período de 10 (dez) anos; 29/01/1999.]
c) de ações penais com respeito ao crime con- § 5.º No caso de que trata o § 4.º, o pedido
tra o patrimônio e contra a Administração Pública; de registro do parcelamento, além dos documen-
IV — certidões: tos mencionados nos incisos V e VI deste artigo,
a) dos Cartórios de Protestos de Títulos, em será instruído com cópias autênticas da decisão
nome do loteador, pelo período de 10 (dez) anos; que tenha concedido a imissão provisória na pos-
b) de ações pessoais relativas ao loteador, se, do decreto de desapropriação, do comprovante
pelo período de 10 (dez) anos; de sua publicação na imprensa oficial e, quando
c) de ônus reais relativos ao imóvel; formulado por entidades delegadas, da lei de cria-
d) de ações penais contra o loteador, pelo pe- ção e de seus atos constitutivos. [Incluído pela Lei
ríodo de 10 (dez) anos; n.º 9.785, 29/01/1999.]
V — cópia do ato de aprovação do loteamento Art. 19. Examinada a documentação e encon-
e comprovante do termo de verificação pela Pre- trada em ordem, o oficial do registro de imóveis
feitura Municipal ou pelo Distrito Federal, da exe- encaminhará comunicação à Prefeitura e fará pu-
cução das obras exigidas por legislação municipal, blicar, em resumo e com pequeno desenho de
que incluirão, no mínimo, a execução das vias de localização da área, edital do pedido de registro
circulação do loteamento, demarcação dos lotes, em 3 (três) dias consecutivos, podendo este ser
quadras e logradouros e das obras de escoamento impugnado no prazo de 15 (quinze) dias contados
das águas pluviais ou da, aprovação de um crono- da data da última publicação.
grama, com a duração máxima de 4 anos, acom- § 1.º Findo o prazo sem impugnação, será
panhado de competente instrumento de garantia feito imediatamente o registro. Se houver impug-
para a execução das obras; [Redação dada pela nação de terceiros, o oficial do registro de imóveis
Lei n.º 9.785, de 29/01/1999.] intimará o requerente e a Prefeitura Municipal, ou
VI — exemplar do contrato-padrão de pro- o Distrito Federal quando for o caso, para que
messa de venda, ou de cessão ou de promessa de sobre ela se manifestem no prazo de 5 (cinco)
cessão, do qual constarão obrigatoriamente as dias, sob pena de arquivamento do processo. Com
indicações previstas no art. 26 desta Lei; tais manifestações o processo será enviado ao juiz
VII — declaração do cônjuge do requerente competente para decisão.
de que consente no registro do loteamento. § 2.º Ouvido o Ministério Público no prazo de
§ 1.º Os períodos referidos nos incisos III, “b” 5 (cinco) dias, o juiz decidirá de plano ou após
e IV, “a”, “b” e “d”, tomarão por base a data do instrução sumária, devendo remeter ao interessa-
pedido de registro do loteamento, devendo todas do as vias ordinárias caso a matéria exija maior
elas ser extraídas em nome daqueles que, nos indagação.
mencionados períodos, tenham sido titulares de § 3.º Nas capitais, a publicação do edital se
direitos reais sobre o imóvel. fará no Diário Oficial do Estado e num dos jornais
§ 2.º A existência de protestos, de ações pes- de circulação diária. Nos demais Municípios, a pu-
soais ou de ações penais, exceto as referentes a blicação se fará apenas num dos jornais locais, se
18
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
houver, ou, não havendo, em jornal da região. Art. 23. O registro do loteamento só poderá
§ 4.º O oficial do registro de imóveis que efetuar ser cancelado:
o registro em desacordo com as exigências desta I — por decisão judicial;
Lei ficará sujeito a multa equivalente a 10 (dez) II — a requerimento do loteador, com anuên-
vezes os emolumentos regimentais fixados para o cia da Prefeitura, ou do Distrito Federal quando for
registro, na época em que for aplicada a penalida- o caso, enquanto nenhum lote houver sido objeto
de pelo juiz corregedor do cartório, sem prejuízo de contrato;
das sanções penais e administrativas cabíveis. III — a requerimento conjunto do loteador e
§ 5.º Registrado o loteamento, o oficial de re- de todos os adquirentes de lotes, com anuência da
gistro comunicará, por certidão, o seu registro à Prefeitura, ou do Distrito Federal quando for o
Prefeitura. caso, e do Estado.
Art. 20. O registro do loteamento será feito, § 1.º A Prefeitura e o Estado só poderão se
por extrato, no livro próprio. opor ao cancelamento se disto resultar inconveni-
Parágrafo único. No Registro de Imóveis far-se-á ente comprovado para o desenvolvimento urbano
o registro do loteamento, com uma indicação para ou se já se tiver realizado qualquer melhoramento
cada lote, a averbação das alterações, a abertura na área loteada ou adjacências.
de ruas e praças e as áreas destinadas a espaços § 2.º Nas hipóteses dos incisos II e III, o ofi-
livres ou a equipamentos urbanos. cial do registro de imóveis fará publicar, em resu-
Art. 21. Quando a área loteada estiver situada mo, edital do pedido de cancelamento, podendo
em mais de uma circunscrição imobiliária, o registro este ser impugnado no prazo de 30 (trinta) dias
será requerido primeiramente perante aquela em contados da data da última publicação. Findo esse
que estiver localizada a maior parte da área lotea- prazo, com ou sem impugnação, o processo será
da. Procedido o registro nessa circunscrição, o inte- remetido ao juiz competente para homologação do
ressado requererá, sucessivamente, o registro do pedido de cancelamento, ouvido o Ministério Público.
loteamento em cada uma das demais, comprovan- § 3.º A homologação de que trata o parágrafo
do perante cada qual o registro efetuado na anteri- anterior será precedida de vistoria judicial destina-
or, até que o loteamento seja registrado em todas. da a comprovar a inexistência de adquirentes ins-
Denegado o registro em qualquer das circunscri- talados na área loteada.
ções, essa decisão será comunicada, pelo oficial do Art. 24. O processo de loteamento e os con-
registro de imóveis, às demais para efeito de can- tratos depositados em cartório poderão ser exami-
celamento dos registros feitos, salvo se ocorrer a nados por qualquer pessoa, a qualquer tempo,
hipótese prevista no § 4.º deste artigo. independentemente do pagamento de custas ou
§ 1.º Nenhum lote poderá situar-se em mais emolumentos, ainda que a título de busca.
de uma circunscrição.
§ 2.º É defeso ao interessado processar simul- CAPÍTULO VII
taneamente, perante diferentes circunscrições,
pedidos de registro do mesmo loteamento, sendo Dos Contratos
nulos os atos praticados com infração a esta norma.
§ 3.º Enquanto não procedidos todos os re- Art. 25. São irretratáveis os compromissos de
gistros de que trata este artigo, considerar-se-á o compra e venda, cessões e promessas de cessão,
loteamento como não registrado para os efeitos os que atribuam direito a adjudicação compulsória
desta Lei. e, estando registrados, confiram direito real opo-
§ 4.º O indeferimento do registro do lotea- nível a terceiros.
mento em uma circunscrição não determinará o Art. 26. Os compromissos de compra e ven-
cancelamento do registro procedido em outra, se o da, as cessões ou promessas de cessão poderão
motivo do indeferimento naquela não se estender ser feitos por escritura pública ou por instrumento
à área situada sob a competência desta, e desde particular, de acordo com o modelo depositado na
que o interessado requeira a manutenção do regis- forma do inciso VI do art. 18 e conterão, pelo me-
tro obtido, submetido o remanescente do lotea- nos, as seguintes indicações:
mento a uma aprovação prévia perante a Prefeitu- I — nome, registro civil, cadastro fiscal no Mi-
ra Municipal, ou o Distrito Federal quando for o nistério da Fazenda, nacionalidade, estado civil e
caso. residência dos contratantes;
Art. 22. Desde a data de registro do lotea- II — denominação e situação do loteamento,
mento, passam a integrar o domínio do Município número e data da inscrição;
as vias e praças, os espaços, livres e as áreas III — descrição do lote ou dos lotes que fo-
destinadas a edifícios públicos e outros equipa- rem objeto de compromissos, confrontações, área
mentos urbanos, constantes do projeto e do me- e outras características;
morial descritivo. IV — preço, prazo, forma e local de pagamen-
19
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
to bem como a importância do sinal; gidas pelo contrato-padrão.
V — taxa de juros incidentes sobre o débito § 1.º Para fins deste artigo, terão o mesmo
em aberto e sobre as prestações vencidas e não valor de pré-contrato a promessa de cessão, a
pagas, bem como a cláusula penal, nunca exce- proposta de compra, a reserva de lote ou qualquer
dente a 10% (dez por cento) do débito e só exigí- outro instrumento, do qual conste a manifestação
vel nos casos de intervenção judicial ou de mora da vontade das partes, a indicação do lote, o preço
superior a 3 (três) meses; e modo de pagamento, e a promessa de contratar.
VI — indicação sobre a quem incumbe o pa- § 2.º O registro de que trata este artigo não se-
gamento dos impostos e taxas incidentes sobre o rá procedido se a parte que o requereu não compro-
lote compromissado; var haver cumprido a sua prestação, nem a oferecer
VII — declaração das restrições urbanísticas na forma devida, salvo se ainda não exigível.
convencionais do loteamento, supletivas da legis- § 3.º Havendo impugnação daquele que se
lação pertinente. comprometeu a concluir o contrato, observar-se-á
§ 1.º O contrato deverá ser firmado em 3 vias o disposto nos artigos 639 e 640 do Código de
ou extraído em 3 traslados, sendo um para cada Processo Civil.
parte e o terceiro para arquivo no registro imobili- Art. 28. Qualquer alteração ou cancelamento
ário, após o registro e anotações devidas. parcial do loteamento registrado dependerá de
§ 2.º Quando o contrato houver sido firmado acordo entre o loteador e os adquirentes de lotes
por procurador de qualquer das partes, será obri- atingidos pela alteração, bem como da aprovação
gatório o arquivamento da procuração no Registro pela Prefeitura Municipal, ou do Distrito Federal
Imobiliário. quando for o caso, devendo ser depositada no
§ 3.º Admite-se, nos parcelamentos popula- Registro de Imóveis, em complemento ao projeto
res, a cessão da posse em que estiverem proviso- original, com a devida averbação.
riamente imitidas a União, Estados, Distrito Fede- Art. 29. Aquele que adquirir a propriedade lo-
ral, Municípios e suas entidades delegadas, o que teada mediante ato “inter vivos”, ou por sucessão
poderá ocorrer por instrumento particular, ao qual “causa mortis”, sucederá o transmitente em todos
se atribui, para todos os fins de direito, caráter de os seus direitos e obrigações, ficando obrigado a
escritura pública, não se aplicando a disposição do respeitar os compromissos de compra e venda ou
inciso II do art. 134 do Código Civil. [Incluído pela as promessas de cessão, em todas as suas cláusu-
Lei n.º 9.785, 29/01/1999.] las, sendo nula qualquer disposição em contrário,
§ 4.º A cessão da posse referida no § 3.º, ressalvado o direito do herdeiro ou legatário de
cumpridas as obrigações do cessionário, constitui renunciar à herança ou ao legado.
crédito contra o expropriante, de aceitação obriga- Art. 30. A sentença declaratória de falência
tória em garantia de contratos de financiamentos ou da insolvência de qualquer das partes não res-
habitacionais. [Incl5ído pela Lei n.º 9.785, cindirá os contratos de compromisso de compra e
29/01/1999.] venda ou de promessa de cessão que tenham por
§ 5.º Com o registro da sentença que, em objeto a área loteada ou lotes da mesma. Se a
processo de desapropriação, fixar o valor da inde- falência ou insolvência for do proprietário da área
nização, a posse referida no § 3.º converter-se-á loteada ou do titular de direito sobre ela, incumbi-
em propriedade e a sua cessão, em compromisso rá ao síndico ou ao administrador dar cumprimen-
de compra e venda ou venda e compra, conforme to aos referidos contratos; se do adquirente do
haja obrigações a cumprir ou estejam elas cum- lote, seus direitos serão levados à praça.
pridas, circunstância que, demonstradas ao Regis- Art. 31. O contrato particular pode ser trans-
tro de Imóveis, serão averbadas na matrícula rela- ferido por simples trespasse, lançado no verso das
tiva ao lote. [Incluído pela Lei n.º 9.785, vias em poder das partes, ou por instrumento em
29/01/1999.] separado, declarando-se o número do registro do
§ 6.º Os compromissos de compra e venda, as loteamento, o valor da cessão e a qualificação do
cessões e as promessas de cessão valerão como cessionário, para o devido registro.
título para o registro da propriedade do lote adquiri- § 1.º A cessão independe da anuência do lo-
do, quando acompanhados da respectiva prova de teador, mas, em relação a este, seus efeitos só se
quitação. [Incluído pela Lei n.º 9.785, 29/01/1999.] produzem depois de cientificado, por escrito, pelas
Art. 27. Se aquele que se obrigou a concluir partes ou quando registrada a cessão.
contrato de promessa de venda ou de cessão não § 2.º Uma vez registrada a cessão, feita sem
cumprir a obrigação, o credor poderá notificar o anuência do loteador, o oficial do registro dar-lhe-
devedor para outorga do contrato ou oferecimento á ciência, por escrito, dentro de 10 (dez) dias.
de impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, sob Art. 32. Vencida e não paga a prestação, o
pena de proceder-se ao registro do pré-contrato, contrato será considerado rescindido 30 (trinta)
passando as relações entre as partes a serem re- dias depois de constituído em mora o devedor.
20
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
§ 1.º Para os fins deste artigo o devedor-adquirente CAPÍTULO VIII
será intimado, a requerimento do credor, pelo
oficial do registro de imóveis, a satisfazer as pres- Disposições gerais
tações vencidas e as que se vencerem até a data
do pagamento, os juros convencionados e as cus- Art. 37. É vedado vender ou prometer vender
tas de intimação. parcela de loteamento ou desmembramento não
§ 2.º Purgada a mora, convalescerá o contrato. registrado.
§ 3.º Com a certidão de não haver sido feito o Art. 38. Verificado que o loteamento ou des-
pagamento em cartório, o vendedor requererá ao membramento não se acha registrado ou regular-
oficial do registro o cancelamento da averbação. mente executado ou notificado pela Prefeitura
Art. 33. Se o credor das prestações se recu- Municipal, ou pelo Distrito Federal quando for o
sar a recebê-las ou furtar se ao seu recebimento, caso, deverá o adquirente do lote suspender o
será constituído em mora mediante notificação do pagamento das prestações restantes e notificar o
oficial do registro de imóveis para vir receber as loteador para suprir a falta.
importâncias depositadas pelo devedor no próprio § 1.º Ocorrendo a suspensão do pagamento
Registro de Imóveis. Decorridos 15 (quinze) dias das prestações restantes, na forma do “caput”
após o recebimento da intimação, considerar-se-á deste artigo, o adquirente efetuará o depósito das
efetuado o pagamento, a menos que o credor im- prestações devidas junto ao Registro de Imóveis
pugne o depósito e, alegando inadimplemento do competente, que as depositará em estabelecimen-
devedor, requeira a intimação deste para os fins to de crédito, segundo a ordem prevista no inciso I
do disposto no art. 32 desta Lei. do art. 666 do Código de Processo Civil, em conta
Art. 34. Em qualquer caso de rescisão por com incidência de juros e correção monetária, cuja
inadimplemento do adquirente, as benfeitorias movimentação dependerá de prévia autorização
necessárias ou úteis por ele levadas a efeito no judicial.
imóvel deverão ser indenizadas, sendo de nenhum § 2.º A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Fe-
efeito qualquer disposição contratual em contrário. deral quando for o caso, ou o Ministério Público,
Parágrafo único. Não serão indenizadas as poderá promover a notificação ao loteador prevista
benfeitorias feitas em desconformidade com o no “caput” deste artigo.
contrato ou com a lei. § 3.º Regularizado o loteamento pelo lotea-
Art. 35. Ocorrendo o cancelamento do regis- dor, este promoverá judicialmente a autorização
tro por inadimplemento do contrato e tendo havi- para levantar as prestações depositadas, com os
do o pagamento de mais de um terço do preço acréscimos de correção monetária e juros, sendo
ajustado, o oficial do registro de imóveis mencio- necessária a citação da Prefeitura, ou do Distrito
nará este fato no ato do cancelamento e a quan- Federal quando for o caso, para integrar o proces-
tia paga; somente será efetuado novo registro so judicial aqui previsto, bem como audiência do
relativo ao mesmo lote, se for comprovada a res- Ministério Público.
tituição do valor pago pelo vendedor ao titular do § 4.º Após o reconhecimento judicial de regu-
registro cancelado, ou mediante depósito em laridade do loteamento, o loteador notificará os
dinheiro à sua disposição junto ao Registro de adquirentes dos lotes, por intermédio do Registro
Imóveis. de Imóveis competente, para que passem a pagar
§ 1.º Ocorrendo o depósito a que se refere diretamente as prestações restantes, a contar da
este artigo, o oficial do registro de imóveis intima- data da notificação.
rá o interessado para vir recebê-lo no prazo de 10 § 5.º No caso de o loteador deixar de atender
(dez) dias, sob pena de ser devolvido ao deposi- à notificação até o vencimento do prazo contratu-
tante. al, ou quando o loteamento ou desmembramento
§ 2.º No caso de não ser encontrado o inte- for regularizado pela Prefeitura Municipal, ou pelo
ressado, o oficial do registro de imóveis depositará Distrito Federal quando for o caso, nos termos do
a quantia em estabelecimento de crédito, segundo art. 40 desta Lei, o loteador não poderá, a qual-
a ordem prevista no inciso I do art. 666 do Código quer título, exigir o recebimento das prestações
de Processo Civil, em conta com incidência de depositadas.
juros e correção monetária. Art. 39. Será nula de pleno direito a cláusula
Art. 36. O registro do compromisso, cessão de rescisão de contrato por inadimplemento do
ou promessa de cessão só poderá ser cancelado: adquirente, quando o loteamento não estiver re-
I — por decisão judicial; gularmente inscrito.
II — a requerimento conjunto das partes con- Art. 40. A Prefeitura Municipal, ou o Distrito
tratantes; Federal quando for o caso, se desatendida pelo
III — quando houver rescisão comprovada do loteador a notificação, poderá regularizar lotea-
contrato. mento ou desmembramento não autorizado ou
21
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
executado sem observância das determinações do quando for o caso, em pecúnia ou em área equiva-
ato administrativo de licença, para evitar lesão aos lente, no dobro da diferença entre o total das
seus padrões de desenvolvimento urbano e na áreas públicas exigidas e as efetivamente destina-
defesa dos direitos dos adquirentes de lotes. das. [Incluído pela Lei n.º 9.785, 29/01/1999.]
§ 1.º A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Fe- Art. 44. O Município, o Distrito Federal e o Es-
deral quando for o caso, que promover a regulari- tado poderão expropriar áreas urbanas ou de expan-
zação, na forma deste artigo, obterá judicialmente são urbana para reloteamento, demolição, recons-
o levantamento das prestações depositadas, com trução e incorporação, ressalvada a preferência dos
os respectivos acréscimos de correção monetária e expropriados para a aquisição de novas unidades.
juros, nos termos do § 1.º do art. 38 desta Lei, a Art. 45. O loteador, ainda que já tenha ven-
título de ressarcimento das importâncias despen- dido todos os lotes, ou os vizinhos, são partes
didas com equipamentos urbanos ou expropria- legítimas para promover ação destinada a impedir
ções necessárias para regularizar o loteamento ou construção em desacordo com restrições legais ou
desmembramento. contratuais.
§ 2.º As importâncias despendidas pela Pre- Art. 46. O loteador não poderá fundamentar
feitura Municipal, ou pelo Distrito Federal quando qualquer ação ou defesa na presente Lei sem apre-
for o caso, para regularizar o loteamento ou des- sentação dos registros e contratos a que ela se refere.
membramento, caso não sejam integralmente Art. 47. Se o loteador integrar grupo econômico
ressarcidas conforme o disposto no parágrafo an- ou financeiro, qualquer pessoa física ou jurídica desse
terior, serão exigidas na parte faltante do lotea- grupo, beneficiária de qualquer forma do loteamento
dor, aplicando-se o disposto no art. 47 desta Lei. ou desmembramento irregular, será solidariamente
§ 3.º No caso de o loteador não cumprir o es- responsável pelos prejuízos por ele causados aos
tabelecido no parágrafo anterior, a Prefeitura Mu- compradores de lotes e ao Poder Público.
nicipal, ou o Distrito Federal quando for o caso, Art. 48. O foro competente para os procedi-
poderá receber as prestações dos adquirentes, até mentos judiciais previstos nesta Lei será sempre o
o valor devido. da comarca da situação do lote.
§ 4.º A Prefeitura Municipal, ou o Distrito Fe- Art. 49. As intimações e notificações previstas
deral quando for o caso, para assegurar a regula- nesta Lei deverão ser feitas pessoalmente ao inti-
rização do loteamento ou desmembramento, bem mado ou notificado, que assinará o comprovante
como o ressarcimento integral de importâncias do recebimento, e poderão igualmente ser promo-
despendidas, ou a despender, poderá promover vidas por meio dos Cartórios de Registro de Títulos
judicialmente os procedimentos cautelares neces- e Documentos da comarca da situação do imóvel
sários aos fins colimados. ou do domicílio de quem deva recebê-las.
§ 5.º A regularização de um parcelamento pe- § 1.º Se o destinatário se recusar a dar recibo ou
la Prefeitura Municipal, ou Distrito Federal, quando se furtar ao recebimento, ou se for desconhecido o
for o caso, não poderá contrariar o disposto nos seu paradeiro, o funcionário incumbido da diligência
arts. 3.º e 4.º desta Lei, ressalvado o disposto no informará esta circunstância ao oficial competente que
§ 1.º desse último. [Incluído pela Lei n.º 9.785, a certificará, sob sua responsabilidade.
29/01/1999.] § 2.º Certificada a ocorrência dos fatos men-
Art. 41. Regularizado o loteamento ou desmem- cionados no parágrafo anterior, a intimação ou
bramento pela Prefeitura Municipal, ou pelo Distrito notificação será feita por edital na forma desta Lei,
Federal quando for o caso, o adquirente do lote, com- começando o prazo a correr 10 (dez) dias após a
provando o depósito de todas as prestações do preço última publicação.
avençado, poderá obter o registro de propriedade do
lote adquirido, valendo para tanto o compromisso de CAPÍTULO IX
venda e compra devidamente firmado.
Art. 42. Nas desapropriações não serão con- Disposições penais
siderados como loteados ou loteáveis, para fins de
indenização, os terrenos ainda não vendidos ou Art. 50. Constitui crime contra a Administra-
compromissados, objeto de loteamento ou des- ção Pública:
membramento não registrado. I — dar início, de qualquer modo, ou efetuar
Art. 43. Ocorrendo a execução de loteamento loteamento ou desmembramento do solo para fins
não aprovado, a destinação de áreas públicas exi- urbanos sem autorização do órgão público compe-
gidas no inciso I do art. 4.º desta Lei não se pode- tente, ou em desacordo com as disposições desta
rá alterar sem prejuízo da aplicação das sanções Lei ou das normas pertinentes do Distrito Federal,
administrativas, civis e criminais previstas. Estados e Municípios;
Parágrafo único. Neste caso, o loteador res- II — dar início, de qualquer modo, ou efetuar
sarcirá a Prefeitura Municipal ou o Distrito Federal loteamento ou desmembramento do solo para fins
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
urbanos sem observância das determinações cons- Art. 53-A. São considerados de interesse pú-
tantes do ato administrativo de licença; blico os parcelamentos vinculados a planos ou
III — fazer, ou veicular em proposta, contra- programas habitacionais de iniciativa das Prefeitu-
to, prospecto ou comunicação ao público ou a inte- ras Municipais e do Distrito Federal, ou entidades
ressados, afirmação falsa sobre a legalidade de autorizadas por lei, em especial as regularizações
loteamento ou desmembramento do solo para fins de parcelamentos e de assentamentos. [Incluído
urbanos, ou ocultar fraudulentamente fato a ele pela Lei n.º 9.785, 29/01/1999.]
relativo. Parágrafo único. Às ações e intervenções de
Pena: Reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, que trata este artigo não será exigível documenta-
e multa de 5 (cinco) a 50 (cinqüenta) vezes o maior ção que não seja a mínima necessária e indispen-
salário mínimo vigente no País. sável aos registros no cartório competente, inclusi-
Parágrafo único. O crime definido neste ar- ve sob a forma de certidões, vedadas as exigências
tigo é qualificado, se cometido: e as sanções pertinentes aos particulares, especi-
I — por meio de venda, promessa de venda, almente aquelas que visem garantir a realização de
reserva de lote ou quaisquer outros instrumentos obras e serviços, ou que visem prevenir questões
que manifestem a intenção de vender lote em de domínio de glebas, que se presumirão assegura-
loteamento ou desmembramento não registrado das pelo Poder Público respectivo. [Incluído pela Lei
no Registro de Imóveis competente; n.º 9.785, 29/01/1999.]
II — com inexistência de título legítimo de Art. 54. Esta Lei entrará em vigor na data de
propriedade do imóvel loteado ou desmembrado, sua publicação.
ressalvado o disposto no art. 18, §§ 4.º e 5.º, Art. 55. Revogam-se as disposições em contrário.
desta Lei, ou com omissão fraudulenta de fato a
ele relativo, se o fato não constituir crime mais Brasília, 19 de dezembro de 1979; 158.º da
grave. [Redação dada pela Lei n.º 9.785, de Independência e 91.º da República.
29/01/1999.] JOÃO BAPTISTA DE OLIVEIRA FIGUEIREDO
Pena: Reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e
multa de 10 (dez) a 100 (cem) vezes o maior salá- [Publicada no “Diário Oficial” da União, de
rio-mínimo vigente no País. 20/12/1979.]
Art. 51. Quem, de qualquer modo, concorra
para a prática dos crimes previstos no artigo ante- ____________
rior desta Lei incide nas penas a estes cominadas,
considerados em especial os atos praticados na
qualidade de mandatário de loteador, diretor ou LEI N.º 4.591, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1964.
gerente de sociedade.
Parágrafo único. (VETADO). [Incluído pela Dispõe sobre o condomínio em edificações e
Lei n.º 9.785, 29/01/1999.] as incorporações imobiliárias.
Art. 52. Registrar loteamento ou desmem-
bramento não aprovado pelos órgãos competen- [Ver neste livro os artigos 1.314 a
tes, registrar o compromisso de compra e venda, a 1.358 da Lei n.º 10.406, de 10/01/2002
cessão ou promessa de cessão de direitos, ou efe- (Novo Código Civil).]
tuar registro de contrato de venda de loteamento
ou desmembramento não registrado. O Presidente da República:
Pena: Detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e Faço saber que o Congresso Nacional decreta
multa de 5 (cinco) a 50 (cinqüenta) vezes o maior e eu sanciono a seguinte lei:
salário-mínimo vigente no País, sem prejuízo das
sanções administrativas cabíveis. TÍTULO I
CAPÍTULO X DO CONDOMÍNIO
Disposições finais
CAPÍTULO I
Art. 53. Todas as alterações de uso do solo
rural para fins urbanos dependerão de prévia au- Disposições gerais
diência do Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária - INCRA, do Órgão Metropolitano, Art. 1.º As edificações ou conjuntos de edifi-
se houver, onde se localiza o Município, e da apro- cações, de um ou mais pavimentos, construídos
vação da Prefeitura Municipal, ou do Distrito Fede- sob a forma de unidades isoladas entre si, desti-
ral quando for o caso, segundo as exigências da nadas a fins residenciais ou não-residenciais, po-
legislação pertinente. derão ser alienados, no todo ou em parte, objeti-
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
vamente considerados, e constituirá cada unidade para com o respectivo condomínio. [Redação dada
propriedade autônoma, sujeita às limitações desta pela Lei n.º 7.182, de 27/03/1984.]
lei. Art. 5.º O condomínio por meação de parede,
§ 1.º Cada unidade será assinalada por de- soalhos e tetos das unidades isoladas regular-se-á
signação especial, numérica ou alfabética, para pelo disposto no Código Civil, no que lhe for apli-
efeitos de identificação e discriminação. cável.
§ 2.º A cada unidade, caberá, como parte inse- Art. 6.º Sem prejuízo do disposto nesta lei,
parável, uma fração ideal do terreno e coisas co- regular-se-á pelas disposições de direito comum o
muns, expressa sob forma decimal ou ordinária. [Ver condomínio por cota ideal de mais de uma pessoa
neste livro o artigo 1.331 do Novo Código Civil.] sobre a mesma unidade autônoma.
Art. 2.º Cada unidade com saída para a via Art. 7.º O condomínio por unidades autôno-
pública, diretamente ou por processo de passagem mas instituir-se-á por ato entre vivos ou por tes-
comum, será sempre tratada como objeto de pro- tamento, com inscrição obrigatória no Registro de
priedade exclusiva, qualquer que seja o número de Imóveis, dele constando: a individualização de
suas peças e sua destinação, inclusive (VETADO) cada unidade, sua identificação e discriminação,
edifício-garagem, com ressalva das restrições que bem como a fração ideal sobre o terreno e partes
se lhe imponham. comuns, atribuída a cada unidade, dispensando-se
a descrição interna da unidade. [Ver neste livro o
[Os §§ 1.º, 2.º e 3.º, abaixo transcritos, artigo 1.331 do Novo Código Civil.]
foram acrescentados pela Lei n.º 4.864, de
29/11/1965.] [A Lei n.º 4.864, de 29/11/1965, dispõe:
“Art. 6.º No caso de um conjunto de edifica-
§ 1.º O direito à guarda de veículos nas gara- ções, a que se refere o artigo 8.º da Lei n.º
gens ou locais a isso destinados nas edificações ou 4.591, de 16 de dezembro de 1964, poder-se-
conjuntos de edificações será tratado como objeto á estipular o desdobramento da incorporação
de propriedade exclusiva, com ressalva das restri- em várias incorporações, fixando a convenção
ções que ao mesmo sejam impostas por instru- de condomínio ou contrato prévio, quando a
mentos contratuais adequados, e será vinculado à incorporação ainda estiver subordinada a perí-
unidade habitacional a que corresponder, no caso odos de carência, os direitos e as relações de
de não lhe ser atribuída fração ideal específica de propriedade entre condôminos de várias edifi-
terreno. cações.”]
§ 2.º O direito de que trata o § 1.º deste arti-
go poderá ser transferido a outro condômino, in- Art. 8.º Quando, em terreno onde não houver
dependentemente da alienação da unidade a que edificação, o proprietário, o promitente-
corresponder, vedada sua transferência a pessoas comprador, o cessionário deste ou o promitente-
estranhas ao condomínio. cessionário sobre ele desejar erigir mais de uma
§ 3.º Nos edifícios-garagens, às vagas serão edificação, observar-se-á também o seguinte:
atribuídas frações ideais de terreno específicas. a) em relação às unidades autônomas que se
Art. 3.º O terreno em que se levantam a edi- constituírem em casas térreas ou assobradadas,
ficação ou o conjunto de edificações e suas insta- será discriminada a parte do terreno ocupada pela
lações, bem como as fundações, paredes externas, edificação e também aquela eventualmente reser-
o teto, as áreas internas de ventilação, e tudo o vada como de utilização exclusiva dessas casas,
mais que sirva a qualquer dependência de uso como jardim e quintal, bem assim a fração ideal
comum dos proprietários ou titulares de direito à do todo do terreno e de partes comuns, que cor-
aquisição de unidades, ou ocupantes, constituirão responderá às unidades;
condomínio de todos e serão insuscetíveis de divi- b) em relação às unidades autônomas que
são, ou de alienação destacada da respectiva uni- constituírem edifícios de dois ou mais pavimentos,
dade. Serão, também, insuscetíveis de utilização será discriminada a parte do terreno, ocupada pela
exclusiva por qualquer condômino (VETADO). [Ver edificação, aquela que eventualmente for reserva-
neste livro o artigo 1.331 e 1.339 do Novo Código da como de utilização exclusiva, correspondente
Civil.] às unidades do edifício, e ainda a fração ideal do
Art. 4.º A alienação de cada unidade, a trans- todo do terreno e de partes comuns, que corres-
ferência de direitos pertinentes à sua aquisição e a ponderá a cada uma das unidades;
constituição de direitos reais sobre ela independe- c) serão discriminadas as partes do total do
rão do consentimento dos condôminos, (VETADO). terreno que poderão ser utilizadas em comum
Parágrafo único. A alienação ou transferên- pelos titulares de direito sobre os vários tipos de
cia de direitos de que trata este artigo dependerá unidades autônomas;
de prova de quitação das obrigações do alienante d) serão discriminadas as áreas que se consti-
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tuírem em passagem comum para as vias públicas que se refere o artigo 8.º, a convenção de condo-
ou para as unidades entre si. mínio fixará os direitos e as relações de proprieda-
de entre os condôminos das várias edificações,
CAPÍTULO II podendo estipular formas pelas quais se possam
desmembrar e alienar porções do terreno, inclusi-
Da convenção de condomínio ve as edificadas. [Parágrafo acrescentado a este
artigo pela Lei n.º 4.864, de 29/11/1965.]
Art. 9.º Os proprietários, promitentes-com- Art. 10. É defeso a qualquer condômino: [Ver
pradores, cessionários ou promitentes-cessionários neste livro o artigo 1.336 do Novo Código Civil.]
dos direitos pertinentes à aquisição de unidades I — alterar a forma externa da fachada;
autônomas, em edificações a serem construídas, II — decorar as partes e esquadrias externas
em construção ou já construídas, elaborarão, por com tonalidades ou cores diversas das emprega-
escrito, a convenção de condomínio, e deverão, das no conjunto da edificação;
também, por contrato ou por deliberação em as- III — destinar a unidade a utilização diversa
sembléia, aprovar o regimento interno da edifica- da finalidade do prédio, ou usá-la de forma nociva
ção ou conjunto de edificações. ou perigosa ao sossego, à salubridade ou à segu-
§ 1.º Far-se-á o registro da convenção no Re- rança dos demais condôminos;
gistro de Imóveis, bem como a averbação das IV — embaraçar o uso das partes comuns.
suas eventuais alterações. [Ver neste livro o artigo § 1.º O transgressor ficará sujeito ao paga-
1.333 do Novo Código Civil.] mento de multa prevista na convenção ou no re-
§ 2.º Considera-se aprovada, e obrigatória gulamento do condomínio, além de ser compelido
para os proprietários de unidades, promitentes- a desfazer a obra ou abster-se da prática do ato,
-compradores, cessionários e promitentes cessio- cabendo ao síndico, com autorização judicial,
nários, atuais e futuros, como para qualquer ocu- mandar desmanchá-la, à custa do transgressor, se
pante, a convenção que reúna as assinaturas de este não a desfizer no prazo que lhe for estipula-
titulares de direitos que representem, no mínimo, do.
dois terços das frações ideais que compõem o § 2.º O proprietário ou titular de direito à
condomínio. [Ver neste livro o artigo 1.333 do aquisição de unidade poderá fazer obra que (VE-
Novo Código Civil.] TADO) ou modifique sua fachada, se obtiver a
§ 3.º Além de outras normas aprovadas pelos aquiescência da unanimidade dos condôminos.
interessados, a convenção deverá conter: [Ver Art. 11. Para efeitos tributários, cada unidade
neste livro o artigo 1.334 do Novo Código Civil.] autônoma será tratada como prédio isolado, con-
a) a discriminação das partes de propriedade tribuindo o respectivo condômino, diretamente,
exclusiva, e as de condomínio, com especificações com as importâncias relativas aos impostos e ta-
das diferentes áreas; xas federais, estaduais e municipais, na forma dos
b) o destino das diferentes partes; respectivos lançamentos.
c) o modo de usar as coisas e serviços co-
muns; CAPÍTULO III
d) encargos, forma e proporção das contribui-
ções dos condôminos para as despesas de custeio Das despesas do condomínio
e para as extraordinárias;
e) o modo de escolher o síndico e o conselho Art. 12. Cada condômino concorrerá nas des-
consultivo; pesas do condomínio, recolhendo, nos prazos pre-
f) as atribuições do síndico, além das legais; vistos na convenção, a cota-parte que lhe couber
g) a definição da natureza gratuita ou remu- em rateio. [Ver neste livro o artigo 1.336 do Novo
nerada de suas funções; Código Civil.]
h) o modo e o prazo de convocação das as- § 1.º Salvo disposição em contrário na con-
sembléias-gerais dos condôminos; venção, a fixação da cota no rateio corresponderá
i) o quórum para os diversos tipos de vota- à fração ideal de terreno de cada unidade.
ções; § 2.º Cabe ao síndico arrecadar as contribui-
j) a forma de contribuição para constituição ções, competindo--lhe promover, por via executi-
de fundo de reserva; va, a cobrança judicial das cotas atrasadas.
l) a forma e o quórum para as alterações de § 3.º O condômino que não pagar a sua con-
convenção; tribuição no prazo fixado na convenção fica sujeito
m) a forma e o quórum para a aprovação do ao juro moratório de 1% ao mês, e multa de até
regimento interno, quando não incluídos na pró- 20% sobre o débito, que será atualizado, se o
pria convenção. estipular a convenção, com a aplicação dos índices
§ 4.º No caso de conjunto de edificações, a de correção monetária levantados pelo Conselho
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Nacional de Economia, no caso de mora por perío- ção judicial, feita em vistoria.
do igual ou superior a seis meses. [Ver neste livro Art. 15. Na hipótese de que trata o § 3.º do
o artigo 1.336 do Novo Código Civil.] artigo antecedente, à maioria poderão ser adjudi-
§ 4.º As obras que interessarem à estrutura cadas, por sentença, as frações ideais da minoria.
integral da edificação ou conjunto de edificações, § 1.º Como condição para o exercício da ação
ou ao serviço comum, serão feitas com o concurso prevista neste artigo, com a inicial, a maioria ofe-
pecuniário de todos os proprietários ou titulares de recerá e depositará, à disposição do juízo, as im-
direito à aquisição de unidades, mediante orça- portâncias arbitradas na vistoria para avaliação,
mento prévio aprovado em assembléia-geral, po- prevalecendo as de eventual desempatador.
dendo incumbir-se de sua execução o síndico, ou § 2.º Feito o depósito de que trata o parágra-
outra pessoa, com aprovação da assembléia. [Ver fo anterior, o juiz, liminarmente, poderá autorizar
neste livro o artigo 1.341 do Novo Código Civil.] a adjudicação à maioria, e a minoria poderá levan-
§ 5.º A renúncia de qualquer condômino aos tar as importâncias depositadas; o oficial de regis-
seus direitos, em caso algum valerá como escusa tro de imóveis, nestes casos, fará constar do re-
para exonerá-lo de seus encargos. gistro que a adjudicação foi resultante de medida
liminar.
CAPÍTULO IV § 3.º Feito o depósito, será expedido o man-
dado de citação, com o prazo de 10 (dez) dias
Do seguro, do incêndio, da demolição e para a contestação, (VETADO).
da reconstituição obrigatória. § 4.º Se não contestado, o juiz imediatamen-
te julgará o pedido.
Art. 13. Proceder-se-á ao seguro da edifica- § 5.º Se contestado o pedido, seguirá o pro-
ção ou do conjunto de edificações, neste caso dis- cesso o rito ordinário.
criminadamente, abrangendo todas as unidades § 6.º Se a sentença fixar valor superior ao da
autônomas e partes comuns, contra incêndio ou avaliação feita na vistoria, o condomínio em exe-
outro sinistro que cause destruição no todo ou em cução restituirá à minoria a respectiva diferença,
parte, computando-se o prêmio nas despesas or- acrescida de juros de mora à razão de 1% ao mês,
dinárias do condomínio. [Ver neste livro o artigo desde a data da concessão de eventual liminar, ou
1.346 do Novo Código Civil.] pagará o total devido, com os juros de mora a
Parágrafo único. O seguro de que trata este contar da citação.
artigo será obrigatoriamente feito dentro de 120 § 7.º Transitada em julgado a sentença, ser-
(cento e vinte) dias, contados da data da conces- virá ela de título definitivo para a maioria, que
são do “habite-se”, sob pena de ficar o condomínio deverá registrá-la no registro de imóveis.
sujeito à multa mensal equivalente a um doze § 8.º A maioria poderá pagar e cobrar da mi-
avos do imposto predial, cobrável executivamente noria, em execução de sentença, encargos fiscais
pela municipalidade. necessários à adjudicação definitiva a cujo paga-
Art. 14. Na ocorrência de sinistro total, ou mento se recusar a minoria.
que destrua mais de dois terços de uma edifica- Art. 16. Em caso de sinistro que destrua me-
ção, seus condôminos reunir-se-ão em assembléia nos de dois terços da edificação, o síndico promo-
especial e deliberarão sobre a sua reconstrução ou verá o recebimento do seguro e a reconstrução ou
venda do terreno e materiais, por quórum mínimo os reparos nas partes danificadas.
de votos que representem metade mais uma das
frações ideais do respectivo terreno. [Ver neste [A Lei n.º 6.709, de 31/10/1979, deu ao
livro o artigo 1.357 do Novo Código Civil.] artigo 17 a seguinte redação:]
§ 1.º Rejeitada a proposta de reconstrução, a
mesma assembléia, ou outra para este fim convoca- Art. 17. Os condôminos que representem, pelo
da, decidirá, pelo mesmo quórum, do destino a ser menos, dois terços do total de unidades isoladas e
dado ao terreno, e aprovará a partilha do valor do frações ideais correspondentes a 80% do terreno e
seguro entre os condôminos, sem prejuízo do que coisas comuns poderão decidir sobre a demolição e
receber cada um pelo seguro facultativo de sua uni- reconstrução do prédio, ou sua alienação, por moti-
dade. vos urbanísticos ou arquitetônicos, ou, ainda, no
§ 2.º Aprovada, a reconstrução será feita, guar- caso de condenação do edifício pela autoridade pú-
dados, obrigatoriamente, o mesmo destino, a mes- blica, em razão de sua insegurança ou insalubridade.
ma forma externa e a mesma disposição interna. § 1.º A minoria não fica obrigada a contribuir
§ 3.º Na hipótese do parágrafo anterior, a para as obras, mas assegura-se à maioria o direito
minoria não poderá ser obrigada a contribuir para de adquirir as partes dos dissidentes, mediante avaliação
a reedificação, caso em que a maioria poderá ad- judicial, aplicando-se o previsto no artigo 15.
quirir as partes dos dissidentes, mediante avalia- § 2.º Ocorrendo desgaste, pela ação do tem-
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po, das unidades habitacionais de uma edificação, CAPÍTULO VI
que deprecie seu valor unitário em relação ao va-
lor global do terreno onde se acha construída, os Da administração do condomínio
condôminos, pelo quórum mínimo de votos que
representem dois terços das unidades isoladas e Art. 22. Será eleito, na forma prevista pela
frações ideais correspondentes a 80% do terreno e convenção, um síndico do condomínio, cujo man-
coisas comuns, poderão decidir por sua alienação dato não poderá exceder de dois anos, permitida a
total, procedendo-se em relação à maioria na forma reeleição. [Ver neste livro o artigo 1.347 do Novo
estabelecida no artigo 15, e seus parágrafos, desta Código Civil.]
lei. § 1.º Compete ao síndico: [Ver neste livro o
§ 3.º Decidida por maioria a alienação do artigo 1.348 do Novo Código Civil.]
prédio, o valor atribuído à cota dos condôminos a) representar, ativa e passivamente, o con-
vencidos será correspondente ao preço efetivo e, domínio, em juízo ou fora dele, e praticar os atos
no mínimo, à avaliação prevista no § 2.º ou, a de defesa dos interesses comuns, nos limites das
critério desses, a imóvel localizado em área pró- atribuições conferidas por esta lei ou pela conven-
xima ou adjacente com a mesma área útil de ção;
construção. b) exercer a administração interna da edifica-
Art. 18. A aquisição parcial de uma edifica- ção ou do conjunto de edificações, no que respeita
ção, ou de um conjunto de edificações, ainda que à sua vigilância, moralidade e segurança, bem
por força de desapropriação, importará no ingres- como aos serviços que interessam a todos os mo-
so do adquirente no condomínio, ficando sujeito às radores;
disposições desta lei, bem assim às da convenção c) praticar os atos que lhe atribuírem as leis,
do condomínio e do regulamento interno. [Reda- a convenção e o regimento interno;
ção dada pelo Decreto-lei n.º 981, de d) impor as multas estabelecidas na lei, na
21/10/1969.] convenção ou no regimento interno;
Parágrafo único. (VETADO). e) cumprir e fazer cumprir a convenção e o
regimento interno, bem como executar e fazer
CAPÍTULO V executar as deliberações da assembléia;
f) prestar contas à assembléia dos condômi-
Utilização da edificação ou do conjunto nos;
de edificações g) manter guardada, durante o prazo de 5
(cinco) anos, para eventuais necessidades de veri-
Art. 19. Cada condômino tem o direito de u- ficação contábil, toda a documentação relativa ao
sar e fruir, com exclusividade, de sua unidade condomínio. [Alínea acrescentada a este artigo
autônoma, segundo suas conveniências e interes- pela Lei n.º 6.434, de 15/07/1977.]
ses, condicionados, umas e outros, às normas de § 2.º As funções administrativas podem ser
boa vizinhança, e poderá usar as partes e coisas relegadas a pessoas de confiança do síndico, e sob
comuns de maneira a não causar dano ou incômo- a sua inteira responsabilidade, mediante aprova-
do aos demais condôminos ou moradores, nem ção da assembléia-geral dos condôminos.
obstáculo ou embaraço ao bom uso das mesmas § 3.º A convenção poderá estipular que dos
partes por todos. atos do síndico caiba recurso para a assembléia,
Parágrafo único. (VETADO). convocada pelo interessado.
Art. 20. Aplicam-se ao ocupante do imóvel, a § 4.º Ao síndico, que poderá ser condômino
qualquer título, todas as obrigações referentes ao ou pessoa física ou jurídica estranha ao condomí-
uso, fruição e destino da unidade. nio, será fixada a remuneração pela mesma as-
Art. 21. A violação de qualquer dos deve- sembléia que o eleger, salvo se a convenção dis-
res estipulados na convenção sujeitará o infra- puser diferentemente.
tor à multa fixada na própria convenção ou no § 5.º O síndico poderá ser destituído, pela
regimento interno, sem prejuízo da responsabi- forma e sob as condições previstas na convenção,
lidade civil ou criminal que, no caso, couber. ou, no silêncio desta, pelo voto de dois terços dos
[Ver neste livro o artigo 1.337 do Novo Código condôminos presentes em assembléia-geral espe-
Civil.] cialmente convocada. [Ver neste livro o artigo
Parágrafo único. Compete ao síndico a i- 1.349 do Novo Código Civil.]
niciativa do processo e a cobrança da multa, § 6.º A convenção poderá prever a eleição de
por via executiva, em benefício do condomínio, subsíndicos, definindo-lhes atribuições e fixando-lhes
e, em caso de emitir-se ele, a qualquer condô- o mandato, que não poderá exceder de 2 anos,
mino. permitida a reeleição.
Art. 23. Será eleito, na forma prevista na
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
convenção, um conselho consultivo, constituído 1.351 do Novo Código Civil.]
de 3 condôminos, com mandatos que não pode- Art. 26. (VETADO).
rão exceder de 2 anos, permitida a reeleição. Art. 27. Se a assembléia não se reunir para
Parágrafo único. Funcionará o conselho exercer qualquer dos poderes que lhe competem
como órgão consultivo do síndico, para assesso- 15 (quinze) dias após o pedido de convocação, o
rá-lo na solução dos problemas que digam res- juiz decidirá a respeito, mediante requerimento
peito ao condomínio, podendo a convenção defi- dos interessados. [Ver neste livro o artigo 1.350
nir suas atribuições específicas. do Novo Código Civil.]
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
de terreno, já houver sido aprovado e estiver em das unidades imobiliárias aos respectivos adqui-
vigor, ou pender de aprovação de autoridade ad- rentes.
ministrativa, o respectivo projeto de construção, § 1.º O patrimônio de afetação não se comu-
respondendo o alienante como incorporador. nica com os demais bens, direitos e obrigações do
Art. 30. Estende-se a condição de incorpora- patrimônio geral do incorporador ou de outros
dor aos proprietários e titulares de direitos aquisi- patrimônios de afetação por ele constituídos e só
tivos que contratem a construção de edifícios que responde por dívidas e obrigações vinculadas à
se destinem a constituição em condomínio, sem- incorporação respectiva.
pre que iniciarem as alienações antes da conclusão § 2.º O incorporador responde pelos prejuízos
das obras. que causar ao patrimônio de afetação.
Art. 31. A iniciativa e a responsabilidade das § 3.º Os bens e direitos integrantes do patri-
incorporações imobiliárias caberão ao incorpora- mônio de afetação somente poderão ser objeto de
dor, que somente poderá ser: garantia real em operação de crédito cujo produto
a) o proprietário do terreno, o promitente- seja integralmente destinado à consecução da
-comprador, o cessionário deste ou promitente- edificação correspondente e à entrega das unida-
-cessionário com título que satisfaça os requisitos des imobiliárias aos respectivos adquirentes.
da alínea “a” do artigo 32; § 4.º No caso de cessão, plena ou fiduciária,
b) o construtor (Decretos ns. 23.569, de 11 de direitos creditórios oriundos da comercialização
de dezembro de 1933, e 3.995, de 31 de dezem- das unidades imobiliárias componentes da incorpo-
bro de 1941, e Decreto-lei n.º 8.620, de 10 de ração, o produto da cessão também passará a
janeiro de 1946) ou corretor de imóveis (Lei n.º integrar o patrimônio de afetação, observado o
4.116, de 27 de agosto de 1962). disposto no § 6.º
§ 1.º No caso da alínea “b”, o incorporador § 5.º As quotas de construção corresponden-
será investido, pelo proprietário do terreno, pelo tes a acessões vinculadas a frações ideais serão
promitente-comprador e cessionário deste ou pelo pagas pelo incorporador até que a responsabilida-
promitente-cessionário, de mandato outorgado por de pela sua construção tenha sido assumida por
instrumento público, onde se faça menção expres- terceiros, nos termos da parte final do § 6.º do
sa desta lei e se transcreva o disposto no § 4.º do art. 35.
artigo 35, para concluir todos os negócios tenden- § 6.º Os recursos financeiros integrantes do
tes à alienação das frações ideais de terreno, mas patrimônio de afetação serão utilizados para pa-
se obrigará pessoalmente pelos atos que praticar gamento ou reembolso das despesas inerentes à
na qualidade de incorporador. incorporação.
§ 2.º Nenhuma incorporação poderá ser pro- § 7.º O reembolso do preço de aquisição do
posta à venda sem a indicação expressa do incor- terreno somente poderá ser feito quando da alie-
porador, devendo também seu nome permanecer nação das unidades autônomas, na proporção das
indicado ostensivamente no local da construção. respectivas frações ideais, considerando-se tão-
§ 3.º Toda e qualquer incorporação, indepen- -somente os valores efetivamente recebidos pela
dentemente da forma por que seja constituída, alienação.
terá um ou mais incorporadores solidariamente § 8.º Excluem-se do patrimônio de afetação:
responsáveis, ainda que em fase subordinada a I — os recursos financeiros que excederem a
período de carência, referido no artigo 34. importância necessária à conclusão da obra (art.
44), considerando-se os valores a receber até sua
[A Lei n.º 10.931, de 02/08/2004, acres- conclusão e, bem assim, os recursos necessários à
centou o capítulo I-A, com a seguinte reda- quitação de financiamento para a construção, se
ção:] houver; e
II — o valor referente ao preço de alienação
CAPÍTULO I-A da fração ideal de terreno de cada unidade vendi-
da, no caso de incorporação em que a construção
Do patrimônio de afetação seja contratada sob o regime de empreitada (art.
55) ou por administração (art. 58).
Art. 31-A. A critério do incorporador, a incor- § 9.º No caso de conjuntos de edificações de
poração poderá ser submetida ao regime da afeta- que trata o art. 8.º, poderão ser constituídos pa-
ção, pelo qual o terreno e as acessões objeto de trimônios de afetação separados, tantos quantos
incorporação imobiliária, bem como os demais forem os:
bens e direitos a ela vinculados, manter-se-ão I — subconjuntos de casas para as quais este-
apartados do patrimônio do incorporador e consti- ja prevista a mesma data de conclusão (art. 8.º,
tuirão patrimônio de afetação, destinado à conse- alínea “a”); e
cução da incorporação correspondente e à entrega II — edifícios de dois ou mais pavimentos
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(art. 8.º, alínea “b”). artigo.
§ 10. A constituição de patrimônios de afeta- Art. 31-D. Incumbe ao incorporador:
ção separados de que trata o § 9.º deverá estar I — promover todos os atos necessários à boa
declarada no memorial de incorporação. administração e à preservação do patrimônio de
§ 11. Nas incorporações objeto de financia- afetação, inclusive mediante adoção de medidas
mento, a comercialização das unidades deverá judiciais;
contar com a anuência da instituição financiadora II — manter apartados os bens e direitos ob-
ou deverá ser a ela cientificada, conforme vier a jeto de cada incorporação;
ser estabelecido no contrato de financiamento. III — diligenciar a captação dos recursos ne-
§ 12. A contratação de financiamento e cons- cessários à incorporação e aplicá-los na forma
tituição de garantias, inclusive mediante transmis- prevista nesta Lei, cuidando de preservar os recur-
são, para o credor, da propriedade fiduciária sobre sos necessários à conclusão da obra;
as unidades imobiliárias integrantes da incorpora- IV — entregar à Comissão de Representantes,
ção, bem como a cessão, plena ou fiduciária, de no mínimo a cada 3 meses, demonstrativo do es-
direitos creditórios decorrentes da comercialização tado da obra e de sua correspondência com o pra-
dessas unidades, não implicam a transferência zo pactuado ou com os recursos financeiros que
para o credor de nenhuma das obrigações ou res- integrem o patrimônio de afetação recebidos no
ponsabilidades do cedente, do incorporador ou do período, firmados por profissionais habilitados,
construtor, permanecendo estes como únicos res- ressalvadas eventuais modificações sugeridas pelo
ponsáveis pelas obrigações e pelos deveres que incorporador e aprovadas pela Comissão de Re-
lhes são imputáveis. presentantes;
Art. 31-B. Considera-se constituído o patri- V — manter e movimentar os recursos finan-
mônio de afetação mediante averbação, a qual- ceiros do patrimônio de afetação em conta de de-
quer tempo, no Registro de Imóveis, de termo pósito aberta especificamente para tal fim;
firmado pelo incorporador e, quando for o caso, VI — entregar à Comissão de Representantes
também pelos titulares de direitos reais de aquisi- balancetes coincidentes com o trimestre civil, rela-
ção sobre o terreno. tivos a cada patrimônio de afetação;
Parágrafo único. A averbação não será obs- VII — assegurar à pessoa nomeada nos ter-
tada pela existência de ônus reais que tenham mos do art. 31-C o livre acesso à obra, bem como
sido constituídos sobre o imóvel objeto da incorpo- aos livros, contratos, movimentação da conta de
ração para garantia do pagamento do preço de depósito exclusiva referida no inciso V deste artigo
sua aquisição ou do cumprimento de obrigação de e quaisquer outros documentos relativos ao patri-
construir o empreendimento. mônio de afetação; e
Art. 31-C. Comissão de Representantes e a VIII — manter escrituração contábil comple-
instituição financiadora da construção poderão ta, ainda que esteja desobrigado pela legislação
nomear, às suas expensas, pessoa física ou jurídi- tributária.
ca para fiscalizar e acompanhar o patrimônio de Art. 31-E. O patrimônio de afetação extinguir-se-
afetação. á pela:
§ 1.º A nomeação a que se refere o “caput” I — averbação da construção, registro dos tí-
não transfere para o nomeante qualquer respon- tulos de domínio ou de direito de aquisição em
sabilidade pela qualidade da obra, pelo prazo de nome dos respectivos adquirentes e, quando for o
entrega do imóvel ou por qualquer outra obrigação caso, extinção das obrigações do incorporador
decorrente da responsabilidade do incorporador ou perante a instituição financiadora do empreendi-
do construtor, seja legal ou a oriunda dos contra- mento;
tos de alienação das unidades imobiliárias, de II — revogação em razão de denúncia da in-
construção e de outros contratos eventualmente corporação, depois de restituídas aos adquirentes
vinculados à incorporação. as quantias por eles pagas (art. 36), ou de outras
§ 2.º A pessoa que, em decorrência do exer- hipóteses previstas em lei; e
cício da fiscalização de que trata o “caput” deste III — liquidação deliberada pela assembléia
artigo, obtiver acesso às informações comerciais, geral nos termos do art. 31-F, § 1.º
tributárias e de qualquer outra natureza referentes Art. 31-F. Os efeitos da decretação da falên-
ao patrimônio afetado responderá pela falta de cia ou da insolvência civil do incorporador não
zelo, dedicação e sigilo destas informações. atingem os patrimônios de afetação constituídos,
§ 3.º A pessoa nomeada pela instituição fi- não integrando a massa concursal o terreno, as
nanciadora deverá fornecer cópia de seu relatório acessões e demais bens, direitos creditórios, obri-
ou parecer à Comissão de Representantes, a re- gações e encargos objeto da incorporação.
querimento desta, não constituindo esse forneci- § 1.º Nos sessenta dias que se seguirem à
mento quebra de sigilo de que trata o § 2.º deste decretação da falência ou da insolvência civil do
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
incorporador, o condomínio dos adquirentes, por pela deliberação da assembléia geral e prestará
convocação da sua Comissão de Representantes contas aos adquirentes, entregando-lhes o produto
ou, na sua falta, de um sexto dos titulares de fra- líquido da alienação, no prazo de cinco dias da
ções ideais, ou, ainda, por determinação do juiz data em que tiver recebido o preço ou cada parce-
prolator da decisão, realizará assembléia geral, na la do preço.
qual, por maioria simples, ratificará o mandato da § 10. Os valores pertencentes aos adquiren-
Comissão de Representantes ou elegerá novos tes não localizados deverão ser depositados em
membros, e, em primeira convocação, por dois Juízo pela Comissão de Representantes.
terços dos votos dos adquirentes ou, em segunda § 11. Caso decidam pela continuação da obra,
convocação, pela maioria absoluta desses votos, os adquirentes ficarão automaticamente sub-rogados
instituirá o condomínio da construção, por instru- nos direitos, nas obrigações e nos encargos relati-
mento público ou particular, e deliberará sobre os vos à incorporação, inclusive aqueles relativos ao
termos da continuação da obra ou da liquidação do contrato de financiamento da obra, se houver.
patrimônio de afetação (art. 43, inciso III); ha- § 12. Para os efeitos do § 11 deste artigo, ca-
vendo financiamento para construção, a convoca- da adquirente responderá individualmente pelo
ção poderá ser feita pela instituição financiadora. saldo porventura existente entre as receitas do
§ 2.º O disposto no § 1.º aplica-se também à empreendimento e o custo da conclusão da incor-
hipótese de paralisação das obras previstas no art. poração na proporção dos coeficientes de constru-
43, inciso VI. ção atribuíveis às respectivas unidades, se outro
§ 3.º Na hipótese de que tratam os §§ 1.º e critério de rateio não for deliberado em assembléia
2.º, a Comissão de Representantes ficará investida geral por dois terços dos votos dos adquirentes,
de mandato irrevogável para firmar com os adqui- observado o seguinte:
rentes das unidades autônomas o contrato defini- I — os saldos dos preços das frações ideais e
tivo a que estiverem obrigados o incorporador, o acessões integrantes da incorporação que não
titular do domínio e o titular dos direitos aquisiti- tenham sido pagos ao incorporador até a data da
vos do imóvel objeto da incorporação em decor- decretação da falência ou da insolvência civil pas-
rência de contratos preliminares. sarão a ser pagos à Comissão de Representantes,
§ 4.º O mandato a que se refere o § 3.º será permanecendo o somatório desses recursos sub-
válido mesmo depois de concluída a obra. metido à afetação, nos termos do art. 31-A, até o
§ 5.º O mandato outorgado à Comissão de limite necessário à conclusão da incorporação;
Representantes confere poderes para transmitir II — para cumprimento do seu encargo de
domínio, direito, posse e ação, manifestar a res- administradora da incorporação, a Comissão de
ponsabilidade do alienante pela evicção e imitir os Representantes fica investida de mandato legal,
adquirentes na posse das unidades respectivas. em caráter irrevogável, para, em nome do incor-
§ 6.º Os contratos definitivos serão celebra- porador ou do condomínio de construção, confor-
dos mesmo com os adquirentes que tenham obri- me o caso, receber as parcelas do saldo do preço
gações a cumprir perante o incorporador ou a institu- e dar quitação, bem como promover as medidas
ição financiadora, desde que comprovadamente extrajudiciais ou judiciais necessárias a esse rece-
adimplentes, situação em que a outorga do con- bimento, praticando todos os atos relativos ao
trato fica condicionada à constituição de garantia leilão de que trata o art. 63 ou os atos relativos à
real sobre o imóvel, para assegurar o pagamento consolidação da propriedade e ao leilão de que
do débito remanescente. tratam os arts. 26 e 27 da Lei n.º 9.514, de 20 de
§ 7.º Ainda na hipótese dos §§ 1.º e 2.º, a novembro de 1997, devendo realizar a garantia e
Comissão de Representantes ficará investida de aplicar na incorporação todo o produto do recebi-
mandato irrevogável para, em nome dos adquiren- mento do saldo do preço e do leilão;
tes, e em cumprimento da decisão da assembléia III — consideram-se receitas do empreendi-
geral que deliberar pela liquidação do patrimônio mento os valores das parcelas a receber, vincen-
de afetação, efetivar a alienação do terreno e das das e vencidas e ainda não pagas, de cada adqui-
acessões, transmitindo posse, direito, domínio e rente, correspondentes ao preço de aquisição das
ação, manifestar a responsabilidade pela evicção, respectivas unidades ou do preço de custeio de
imitir os futuros adquirentes na posse do terreno e construção, bem como os recursos disponíveis
das acessões. afetados; e
§ 8.º Na hipótese do § 7.º, será firmado o IV — compreendem-se no custo de conclusão
respectivo contrato de venda, promessa de venda da incorporação todo o custeio da construção do
ou outra modalidade de contrato compatível com edifício e a averbação da construção das edifica-
os direitos objeto da transmissão. ções para efeito de individualização e discrimina-
§ 9.º A Comissão de Representantes cumprirá ção das unidades, nos termos do art. 44.
o mandato nos termos e nos limites estabelecidos § 13. Havendo saldo positivo entre as receitas
31
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
da incorporação e o custo da conclusão da incor- salvo se outra forma for convencionada entre as
poração, o valor correspondente a esse saldo de- partes interessadas;
verá ser entregue à massa falida pela Comissão de IV — entregar ao condomínio o valor que este
Representantes. tiver desembolsado para construção das acessões
§ 14. Para assegurar as medidas necessárias de responsabilidade do incorporador (§ 6.º do art.
ao prosseguimento das obras ou à liquidação do 35 e § 5.º do art. 31-A), na proporção do valor
patrimônio de afetação, a Comissão de Represen- obtido na venda;
tantes, no prazo de sessenta dias, a contar da V — entregar ao proprietário do terreno, nas
data de realização da assembléia geral de que hipóteses em que este seja pessoa distinta da
trata o § 1.º, promoverá, em leilão público, com pessoa do incorporador, o valor apurado na venda,
observância dos critérios estabelecidos pelo art. em proporção ao valor atribuído à fração ideal; e
63, a venda das frações ideais e respectivas aces- VI — entregar à massa falida o saldo que
sões que, até a data da decretação da falência ou porventura remanescer.
insolvência não tiverem sido alienadas pelo incor- § 19. O incorporador deve assegurar à pessoa
porador. nomeada nos termos do art. 31-C, o acesso a to-
§ 15. Na hipótese de que trata o § 14, o ar- das as informações necessárias à verificação do
rematante ficará sub-rogado, na proporção atribu- montante das obrigações referidas no § 12, inciso
ível à fração e acessões adquiridas, nos direitos e I, do art. 31-F vinculadas ao respectivo patrimônio
nas obrigações relativas ao empreendimento, in- de afetação.
clusive nas obrigações de eventual financiamento, § 20. Ficam excluídas da responsabilidade dos
e, em se tratando da hipótese do art. 39 desta Lei, adquirentes as obrigações relativas, de maneira
nas obrigações perante o proprietário do terreno. direta ou indireta, ao imposto de renda e à contri-
§ 16. Dos documentos para anúncio de venda buição social sobre o lucro, devidas pela pessoa
de que trata o § 14 e, bem assim, o inciso III do jurídica do incorporador, inclusive por equipara-
art. 43, constarão o valor das acessões não pagas ção, bem como as obrigações oriundas de outras
pelo incorporador (art. 35, § 6.º) e o preço da fra- atividades do incorporador não relacionadas dire-
ção ideal do terreno e das acessões (arts. 40 e 41). tamente com as incorporações objeto de afetação.
§ 17. No processo de venda de que trata o §
14, serão asseguradas, sucessivamente, em igual- CAPÍTULO II
dade de condições com terceiros:
I — ao proprietário do terreno, nas hipóteses Das obrigações e direitos do incorporador
em que este seja pessoa distinta da pessoa do
incorporador, a preferência para aquisição das Art. 32. O incorporador somente poderá ne-
acessões vinculadas à fração objeto da venda, a gociar sobre unidades autônomas após ter arqui-
ser exercida nas vinte e quatro horas seguintes à vado, no cartório competente de registro de imó-
data designada para a venda; e veis, os seguintes documentos:
II — ao condomínio, caso não exercida a pre- a) título de propriedade de terreno, ou de
ferência de que trata o inciso I, ou caso não haja promessa, irrevogável e irretratável, de compra e
licitantes, a preferência para aquisição da fração venda ou de cessão de direitos ou de permuta, do
ideal e acessões, desde que deliberada em assem- qual conste cláusula de imissão na posse do imó-
bléia geral, pelo voto da maioria simples dos ad- vel, não haja estipulações impeditivas de sua alie-
quirentes presentes, e exercida no prazo de qua- nação em frações ideais e inclua consentimento
renta e oito horas a contar da data designada para para demolição e construção, devidamente regis-
a venda. trado;
§ 18. Realizada a venda prevista no § 14, in- b) certidões negativas de impostos federais,
cumbirá à Comissão de Representantes, sucessi- estaduais e municipais, de protesto de títulos, de
vamente, nos cinco dias que se seguirem ao rece- ações cíveis e criminais e de ônus reais relativa-
bimento do preço: mente ao imóvel, aos alienantes do terreno e ao
I — pagar as obrigações trabalhistas, previ- incorporador;
denciárias e tributárias, vinculadas ao respectivo c) histórico dos títulos de propriedade do imó-
patrimônio de afetação, observada a ordem de vel, abrangendo os últimos 20 (vinte) anos, acom-
preferência prevista na legislação, em especial o panhado de certidão dos respectivos registros;
disposto no art. 186 do Código Tributário Nacional; d) projeto de construção devidamente apro-
II — reembolsar aos adquirentes as quantias vado pelas autoridades competentes;
que tenham adiantado, com recursos próprios, para e) cálculo das áreas das edificações, discrimi-
pagamento das obrigações referidas no inciso I; nando, além da global, a das partes comuns e
III — reembolsar à instituição financiadora a indicando, para cada tipo de unidade, a respectiva
quantia que esta tiver entregue para a construção, metragem de área construída;
32
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
f) certidão negativa de débito para com a pre- te interessada.
vidência social, quando o titular de direitos sobre o § 5.º A existência de ônus fiscais ou reais,
terreno for responsável pela arrecadação das res- salvo os impeditivos de alienação, não impede o
pectivas contribuições; registro, que será feito com as devidas ressalvas,
g) memorial descritivo das especificações da mencionando-se, em todos os documentos, extraí-
obra projetada, segundo modelo a que se refere o dos do registro, a existência e a extensão do ônus.
inciso IV do artigo 53 desta lei; § 6.º Os oficiais de registro de imóveis terão
h) avaliação do custo global da obra, atuali- 15 (quinze) dias para apresentar, por escrito, to-
zada à data do arquivamento, calculada de acordo das as exigências que julgarem necessárias ao
com a norma do inciso III do artigo 53, com base arquivamento, e, satisfeitas as referidas exigên-
nos custos unitários referidos no artigo 54, discri- cias, terão o prazo de 15 (quinze) dias para forne-
minando-se, também, o custo de construção de cer certidão, relacionando a documentação apre-
cada unidade, devidamente autenticada pelo pro- sentada, e devolver, autenticadas, as segundas
fissional responsável pela obra; vias da mencionada documentação, com exceção
i) discriminação das frações ideais de terreno dos documentos públicos. Em casos de divergên-
com as unidades autônomas que a elas correspon- cia, o oficial levantará a dúvida segundo as nor-
derão; mas processuais aplicáveis.
j) minuta da futura convenção de condomínio § 7.º O oficial de registro de imóveis respon-
que regerá a edificação ou o conjunto de edifica- de, civil e criminalmente, se efetuar o arquiva-
ções; mento de documentação contraveniente à lei ou
l) declaração em que se defina a parcela do der certidão (VETADO) sem o arquivamento de
preço de que trata o inciso II do artigo 39; todos os documentos exigidos.
m) certidão do instrumento público de man-
dato, referido no § 1.º do artigo 31; [A Lei n.º 4.864, de 29/11/1965, acres-
n) declaração expressa em que se fixe, se centou ao artigo 32 os §§ 8.º, 9.º, 10, 11 e
houver, o prazo de carência (artigo 34); 12, a seguir transcritos:]
o) atestado de idoneidade financeira, forneci-
do por estabelecimento de crédito que opere no § 8.º O oficial de registro de imóveis que não
País há mais de 5 (cinco) anos; observar os prazos previstos no § 6.º ficará sujeito
p) declaração, acompanhada de plantas eluci- a penalidade, imposta pela autoridade judiciária
dativas, sobre o número de veículos que a gara- competente, em montante igual ao dos emolu-
gem comporta e os locais destinados à guarda dos mentos devidos pelo registro de que trata este
mesmos. [Alínea acrescentada a este artigo pela artigo, aplicável por quinzena ou fração de quinze-
Lei n.º 4.864, de 29/11/1965.] na de superação de cada um daqueles prazos.
§ 1.º A documentação referida neste artigo, § 9.º O oficial de registro de imóveis não res-
após o exame do oficial de registro de imóveis, ponde pela exatidão dos documentos que lhe fo-
será arquivada em cartório, fazendo-se o compe- rem apresentados para arquivamento, em obedi-
tente registro. ência ao disposto nas alíneas “e”, “g”, “h”, “l” e
§ 2.º Os contratos de compra e venda, pro- “p”, deste artigo, desde que assinados pelo profis-
messa de venda, cessão ou promessa de cessão sional responsável pela obra.
de unidades autônomas são irretratáveis e, uma § 10. As plantas do projeto aprovado (alínea
vez registrados, conferem direito real oponível a “d” deste artigo) poderão ser apresentadas em
terceiros, atribuindo direito a adjudicação compul- cópia autenticada pelo profissional responsável
sória perante o incorporador ou a quem o suceder, pela obra, acompanhada de cópia da licença de
inclusive na hipótese de insolvência posterior ao construção.
término da obra. [Redação dada pela Lei n.º § 11. Até 30 de junho de 1966, se, dentro de
10.931, de 02/08/2004.] 15 (quinze) dias da entrega, ao cartório do regis-
§ 3.º O número do registro referido no § 1.º, tro de imóveis, da documentação completa previs-
bem como a indicação do cartório competente, ta neste artigo, feita por carta enviada pelo ofício
constará, obrigatoriamente, dos anúncios, impres- de títulos e documentos, não tiver o cartório de
sos, publicações, propostas, contratos, prelimina- imóveis entregue a certidão de arquivamento e
res ou definitivos, referentes à incorporação, salvo registro, nem formulado por escrito as exigências
dos anúncios “classificados”. previstas no § 6.º, considerar-se-á de pleno direito
§ 4.º O registro de imóveis dará certidão ou completado o registro provisório.
fornecerá, a quem o solicitar, cópia fotostática, § 12. O registro provisório previsto no pará-
heliográfica, termofax, microfilmagem ou outra grafo anterior autoriza o incorporador a negociar
equivalente, dos documentos especificados neste as unidades da incorporação, indicando na sua
artigo, ou autenticará cópia apresentada pela par- publicação o número do registro de títulos e do-
33
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
cumentos referente à remessa dos documentos ao concretização do empreendimento.
cartório de imóveis, sem prejuízo, todavia, da sua § 3.º Se, dentro do prazo de carência, o in-
responsabilidade perante o adquirente da unidade corporador não denunciar a incorporação, embora
e da obrigação de satisfazer as exigências posteri- não se tenham reunido as condições a que se refe-
ormente formuladas pelo cartório, bem como de re o § 1.º, o outorgante do mandato de que trata
completar o registro definitivo. o § 1.º do artigo 31 poderá fazê-lo nos 5 (cinco)
Art. 33. O registro da incorporação será váli- dias subseqüentes ao prazo de carência, e nesse
do pelo prazo de cento e vinte dias, findo o qual, caso ficará solidariamente responsável com o in-
se ela ainda não se houver concretizado, o incor- corporador pela devolução das quantias que os
porador só poderá negociar unidades depois de adquirentes ou candidatos à aquisição houverem
atualizar a documentação a que se refere o artigo entregue ao incorporador, resguardado o direito
anterior, revalidando o registro por igual prazo. [A de regresso sobre ele, dispensando-se, então, do
Lei n.º 4.864, de 29/11/1965, elevou para 180 cumprimento da obrigação fixada no “caput” deste
(cento e oitenta) dias o prazo mencionado neste artigo.
artigo.] § 4.º Descumprida pelo incorporador e pelo
Art. 34. O incorporador poderá fixar, para e- mandante de que trata o § 1.º do artigo 31 a obri-
fetivação da incorporação, prazo de carência, den- gação da outorga dos contratos referidos no “ca-
tro do qual lhe é lícito desistir do empreendimento. put” deste artigo, nos prazos ora fixados, a carta-
§ 1.º A fixação do prazo de carência será feita -proposta ou o documento de ajuste preliminar
pela declaração a que se refere a alínea “n” do artigo poderão ser averbados no registro de imóveis,
32, onde se fixem as condições que autorizarão o averbação que conferirá direito real oponível a
incorporador a desistir do empreendimento. terceiros, com o conseqüente direito à obtenção
§ 2.º Em caso algum poderá o prazo de ca- compulsória do contrato correspondente.
rência ultrapassar o termo final do prazo da vali- § 5.º Na hipótese do parágrafo anterior, o in-
dade do registro ou, se for o caso, de sua revali- corporador incorrerá também na multa de 50%
dação. sobre a quantia que efetivamente tiver recebido,
§ 3.º Os documentos preliminares de ajuste, cobrável por via executiva, em favor do adquirente
se houver, mencionarão obrigatoriamente o prazo ou candidato à aquisição.
de carência, inclusive para efeitos do artigo 45. § 6.º Ressalvado o disposto no artigo 43, do
§ 4.º A desistência da incorporação será denun- contrato de construção deverá constar expressa-
ciada, por escrito, ao registro de imóveis (VETADO) e mente a menção dos responsáveis pelo pagamen-
comunicada, por escrito, a cada um dos adquirentes to da construção de cada uma das unidades. O
ou candidatos à aquisição, sob pena de responsabili- incorporador responde, em igualdade de condi-
dade civil e criminal do incorporador. ções, com os demais contratantes, pelo pagamen-
§ 5.º Será averbada no registro da incorporação to da construção das unidades que não tenham
a desistência de que trata o parágrafo anterior, ar- tido a responsabilidade pela sua construção assu-
quivando-se em cartório o respectivo documento. mida por terceiros e até que o tenham.
§ 6.º O prazo de carência é improrrogável. Art. 36. No caso de denúncia de incorporação
Art. 35. O incorporador terá o prazo máximo nos termos do artigo 34, se o incorporador, até 30
de 45 (quarenta e cinco) dias, a contar do termo (trinta) dias a contar da denúncia, não restituir
final do prazo de carência, se houver, para promo- aos adquirentes as importâncias pagas, estes po-
ver a celebração do competente contrato relativo à derão cobrá-las por via executiva, reajustado o
fração ideal de terreno, e, bem assim, do contrato seu valor a contar da data do recebimento, em
de construção e da convenção do condomínio, de função do índice geral de preços mensalmente
acordo com discriminação constante da alínea “i” publicado pelo Conselho Nacional de Economia,
do artigo 32. [A Lei n.º 4.864, de 29/11/1965, que reflita as variações no poder aquisitivo da
dispõe em seu artigo 13: “É de sessenta dias o moeda nacional, e acrescido de juros de 6% ao
prazo máximo concedido ao incorporador, no arti- ano, sobre o total corrigido.
go 35 da Lei n.º 4.591, de 16 de dezembro de Art. 37. Se o imóvel estiver gravado de ônus
1964.”] real ou fiscal ou se contra os alienantes houver
§ 1.º No caso de não haver prazo de carência, qualquer ação que possa comprometê-lo, o fato
o prazo acima se contará da data de qualquer será obrigatoriamente mencionado em todos os
documento de ajuste preliminar. documentos de ajuste, com a indicação de sua
§ 2.º Quando houver prazo de carência, a natureza e das condições de liberação.
obrigação somente deixará de existir se o incorpo- Art. 38. Também constará, obrigatoriamente,
rador tiver denunciado, dentro do mesmo prazo e dos documentos de ajuste, se for o caso, o fato de
nas condições previamente estabelecidas, por encontrar-se ocupado o imóvel, esclarecendo-se a
escrito, ao registro de imóveis, a não- que título se deve esta ocupação e quais as condi-
34
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
ções de desocupação. tivo à fração ideal de terreno e partes comuns, a
Art. 39. Nas incorporações em que a aquisi- pessoa em cujo favor se tenha operado a resolu-
ção do terreno se der com pagamento total ou ção sub-rogar-se-á nos direitos e obrigações con-
parcial em unidades a serem construídas, deverão tratualmente atribuídos ao inadimplente, com re-
ser discriminadas em todos os documentos de lação à construção.
ajuste: Art. 43. Quando o incorporador contratar a
I — a parcela que, se houver, será paga em entrega da unidade a prazo e preços certos, de-
dinheiro; terminados ou determináveis, mesmo quando
II — a cota-parte da área das unidades a se- pessoa física, ser-lhe-ão impostas as seguintes
rem entregues em pagamento do terreno que cor- normas:
responderá a cada uma das unidades, a qual deve- I — informar obrigatoriamente aos adquiren-
rá ser expressa em metros quadrados. tes, por escrito, no mínimo de seis em seis meses,
Parágrafo único. Deverá constar, também, o estado da obra;
de todos os documentos de ajuste, se o alienante II — responder civilmente pela execução da
do terreno ficou ou não sujeito a qualquer presta- incorporação, devendo indenizar os adquirentes ou
ção ou encargo. compromissários, dos prejuízos que a este advie-
Art. 40. No caso de rescisão de contrato de rem do fato de não se concluir a edificação ou de
alienação do terreno ou de fração ideal, ficarão se retardar injustificadamente a conclusão das
rescindidas as cessões ou promessas de cessão de obras, cabendo-lhe ação regressiva contra o cons-
direitos correspondentes à aquisição do terreno. trutor, se for o caso e se a este couber a culpa;
§ 1.º Nesta hipótese, consolidar-se-á, no ali- III — em caso de falência do incorporador,
enante em cujo favor se opera a resolução, o di- pessoa física ou jurídica, e não ser possível à mai-
reito sobre a construção porventura existente. oria prosseguir na construção das edificações, os
§ 2.º No caso do parágrafo anterior, cada um subscritores ou candidatos à aquisição de unidades
dos ex-titulares de direito à aquisição de unidades serão credores privilegiados pelas quantias que
autônomas haverá do mencionado alienante o houverem pago ao incorporador, respondendo
valor da parcela de construção, que haja adiciona- subsidiariamente os bens pessoais deste;
do à unidade, salvo se a rescisão houver sido cau- IV — é vedado ao incorporador alterar o pro-
sada pelo ex-titular. jeto, especialmente no que se refere à unidade do
§ 3.º Na hipótese dos parágrafos anteriores, adquirente e às partes comuns, modificar as espe-
sob pena de nulidade, não poderá o alienante, em cificações, ou desviar-se do plano da construção,
cujo favor se operou a resolução, voltar a negociar salvo autorização unânime dos interessados ou
seus direitos sobre a unidade autônoma, sem a pré- exigência legal;
via indenização aos titulares, de que trata o § 2.º V — não poderá modificar as condições de
§ 4.º No caso do parágrafo anterior, se os pagamento nem reajustar o preço das unidades,
ex-titulares tiverem de recorrer à cobrança judicial ainda no caso de elevação dos preços dos materiais
do que lhes for devido, somente poderão garantir e da mão-de-obra, salvo se tiver sido expressa-
o seu pagamento a unidade e respectiva fração de mente ajustada a faculdade de reajustamento,
terreno objeto do presente artigo. procedendo-se, então, nas condições estipuladas;
Art. 41. Quando as unidades imobiliárias fo- VI — se o incorporador, sem justa causa de-
rem contratadas pelo incorporador por preço glo- vidamente comprovada, paralisar as obras por
bal, compreendendo cota de terreno e construção, mais de 30 (trinta) dias, ou retardar-lhes excessi-
inclusive com parte do pagamento após a entrega vamente o andamento, poderá o juiz notificá-lo
da unidade, discriminar-se-ão, no contrato, o pre- para que no prazo mínimo de 30 (trinta) dias as
ço da cota de terreno e o da construção. reinicie ou torne a dar-lhes o andamento normal.
§ 1.º Poder-se-á estipular que, na hipótese de Desatendida a notificação, poderá o incorporador
o adquirente atrasar o pagamento de parcela rela- ser destituído pela maioria absoluta dos votos dos
tiva à construção, os efeitos da mora recairão não adquirentes, sem prejuízo da responsabilidade civil
apenas sobre a aquisição da parte construída, ou penal que couber, sujeito à cobrança executiva
mas, também, sobre a fração ideal de terreno, das importâncias comprovadamente devidas, fa-
ainda que esta tenha sido totalmente paga. cultando-se aos interessados prosseguir na obra
§ 2.º Poder-se-á também estipular que, na (VETADO).
hipótese de o adquirente atrasar o pagamento da VII — em caso de insolvência do incorporador
parcela relativa à fração ideal de terreno, os efei- que tiver optado pelo regime da afetação e não
tos da mora recairão não apenas sobre a aquisição sendo possível à maioria prosseguir na construção,
da fração ideal, mas, também, sobre a parte cons- a assembléia geral poderá, pelo voto de dois terços
truída, ainda que totalmente paga. dos adquirentes, deliberar pela venda do terreno,
Art. 42. No caso de rescisão do contrato rela- das acessões e demais bens e direitos integrantes
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
do patrimônio de afetação, mediante leilão ou outra tro deste prazo, for denunciada a incorporação.
forma que estabelecer, distribuindo entre si, na Art. 46. Quando o pagamento do imposto so-
proporção dos recursos que comprovadamente bre lucro imobiliário e respectivos acréscimos e
tiverem aportado, o resultado líquido da venda, adicionais for de responsabilidade do vendedor do
depois de pagas as dívidas do patrimônio de afeta- terreno, será lícito ao adquirente reter o pagamen-
ção e deduzido e entregue ao proprietário do terre- to das últimas prestações anteriores à data-limite
no a quantia que lhe couber, nos termos do art. 40; em que é lícito pagar, sem reajuste, o referido
não se obtendo, na venda, a reposição dos aportes imposto e os adicionais, caso o vendedor não
efetivados pelos adquirentes, reajustada na forma apresente a quitação até 10 (dez) dias antes do
da lei e de acordo com os critérios do contrato cele- vencimento das prestações cujo pagamento torne
brado com o incorporador, os adquirentes serão inferior ao débito fiscal a parte do preço a ser ain-
credores privilegiados pelos valores da diferen- da paga até a referida data-limite.
ça não-reembolsada, respondendo subsidiariamen- Parágrafo único. No caso de retenção pelo ad-
te os bens pessoais do incorporador. [Inciso acres- quirente, esse ficará responsável, para todos os efei-
centado pela Lei n.º 10.931, de 02/08/2004.] tos, perante o fisco, pelo recolhimento do tributo,
Art. 44. Após a concessão do “habite-se” pela adicionais e acréscimos, inclusive pelos reajustamen-
autoridade administrativa, o incorporador deverá tos que vier a sofrer o débito fiscal (VETADO).
requerer (VETADO) a averbação da construção das Art. 47. Quando se fixar no contrato que a
edificações para efeito de individualização e dis- obrigação do pagamento do imposto sobre lucro
criminação das unidades, respondendo perante os imobiliário, acréscimos e adicionais devidos pelo
adquirentes pelas perdas e danos que resultem da alienante é transferida ao adquirente, dever-se-á
demora no cumprimento dessa obrigação. explicitar o montante que tal obrigação atingiria se
§ 1.º Se o incorporador não requerer a aver- sua satisfação se desse na data da escritura.
bação (VETADO), o construtor requerê-la à (VE- § 1.º Neste caso, o adquirente será tido, para
TADO), sob pena de ficar solidariamente respon- todos os efeitos, como responsável perante o fis-
sável com o incorporador perante os adquirentes. co.
§ 2.º Na omissão do incorporador e do cons- § 2.º Havendo parcela restituível, a restitui-
trutor, a averbação poderá ser requerida por qual- ção será feita ao adquirente, e, se for o caso, em
quer dos adquirentes de unidade. nome deste serão emitidas as obrigações do Te-
souro Nacional a que se refere o artigo 4.º da Lei
[A Lei n.º 5.143, de 20/10/1966, dispõe: n.º 4.357, de 16 de julho de 1964.
“Art. 15. São revogadas as leis relativas § 3.º Para efeitos fiscais, não importará em
ao imposto do selo e as disposições em con- aumento do preço de aquisição a circunstância de
trário, e o artigo 11 da Lei n.º 1.002, de 24 de obrigar-se o adquirente ao pagamento do imposto
dezembro de 1949, observado o seguinte: sobre lucro imobiliário, seus acréscimos e adicionais.
I — aplicar-se-á a legislação vigente à é-
poca em que se constituiu a obrigação tributá- CAPÍTULO III
ria, no caso de exigência do imposto cujo fato
gerador tenha ocorrido até 31 de dezembro de Da construção de edificação em condomínio
1966;
II — a complementação periódica do im- Seção I
posto do selo deixará de ser obrigatória a par-
tir de 1.º de janeiro de 1967, ainda que a o- Da construção em geral
corrência do respectivo fato gerador seja
anterior à vigência desta lei; Art. 48. A construção de imóveis, objeto de
III — as sanções previstas na Lei n.º incorporação nos moldes previstos nesta lei, pode-
4.505, de 30 de novembro de 1964, regula- rá ser contratada sob o regime de empreitada ou
mentada pelo Decreto n.º 55.852, de 22 de de administração, conforme adiante definidos, e
março de 1965, aplicam-se às infrações das poderá estar incluída no contrato com o incorpora-
respectivas normas ocorridas durante a sua dor (VETADO), ou ser contratada diretamente
vigência, ainda que se relacionem com hipóte- entre os adquirentes e o construtor.
ses de incidência que esta lei revoga.”] § 1.º O projeto e o memorial descritivo das
edificações farão parte integrante e complementar
Art. 45. É lícito ao incorporador recolher o do contrato.
imposto do selo devido, mediante apresentação § 2.º Do contrato deverá constar o prazo da
dos contratos preliminares, até 10 (dez) dias a entrega das obras e as condições e formas de sua
contar do vencimento do prazo de carência a que eventual prorrogação.
se refere o artigo 34, extinta a obrigação se, den- Art. 49. Os contratantes da construção, inclu-
36
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
sive no caso do artigo 43, para tratar de seus inte- seus membros, sua destituição e a forma de pre-
resses, com relação a ela, poderão reunir-se em enchimento das vagas eventuais, sendo lícita a
assembléia, cujas deliberações, desde que aprova- estipulação de que o mandato conferido a qual-
das por maioria simples dos votos presentes, se- quer membro, no caso de sub-rogação de seu
rão válidos e obrigatórias para todos eles, salvo no contrato a terceiros, se tenha por transferido, de
que afetar ao direito de propriedade previsto na pleno direito, ao sub-rogatário, salvo se este não o
legislação. aceitar.
§ 1.º As assembléias serão convocadas, pelo § 4.º Nas incorporações em que o número de
menos, por um terço dos votos dos contratantes, contratantes de unidades for igual ou inferior a 3
pelo incorporador ou pelo construtor, com menção (três), a totalidade deles exercerá, em conjunto,
expressa do assunto a tratar, sendo admitido as atribuições que esta lei confere à comissão,
comparecimento de procurador bastante. aplicando-se, no que couber, o disposto nos pará-
§ 2.º A convocação da assembléia será feita grafos anteriores.
por carta registrada ou protocolo, com antecedên- Art. 51. Nos contratos de construção, seja
cia mínima de 5 (cinco) dias para a primeira con- qual for seu regime, deverá constar expressamen-
vocação, e mais 3 (três) dias para a segunda, te a quem caberão as despesas com ligações de
podendo ambas as convocações ser feitas no serviços públicos, devidas ao poder público, bem
mesmo aviso. como as despesas indispensáveis à instalação,
§ 3.º A assembléia instalar-se-á, no mínimo, funcionamento e regulamentação do condomínio.
com metade dos contratantes, em primeira convo- Parágrafo único. Quando o serviço público
cação, e com qualquer número, em segunda, sen- for explorado mediante concessão, os contratos de
do, porém, obrigatória a presença, em qualquer construção deverão também especificar a quem
caso, do incorporador ou do construtor, quando caberão as despesas com as ligações que incum-
convocantes, e, pelo menos, com metade dos con- bam às concessionárias, no caso de não estarem
tratantes que a tenham convocado, se for o caso. elas obrigadas a fazê-las, ou, em o estando, se a
§ 4.º Na assembléia, os votos dos contratan- isto se recusarem ou alegarem impossibilidade.
tes, serão proporcionais às respectivas frações Art. 52. Cada contratante da construção só
ideais de terreno. será imitido na posse de sua unidade se estiver
Art. 50. Será designada no contrato de constru- em dia com as obrigações assumidas, inclusive as
ção ou eleita em assembléia geral uma Comissão de relativas à construção, exercendo o construtor e o
Representantes composta de três membros, pelo condomínio, até então, o direito de retenção sobre
menos, escolhidos entre os adquirentes, para repre- a respectiva unidade; no caso do artigo 43, este
sentá-los perante o construtor ou, no caso do art. direito será exercido pelo incorporador.
43, ao incorporador, em tudo o que interessar ao Art. 53. O Poder Executivo, através do Banco
bom andamento da incorporação, e, em especial, Nacional da Habitação, promoverá a celebração de
perante terceiros, para praticar os atos resultantes contratos com a Associação Brasileira de Normas
da aplicação dos arts. 31-A a 31-F. [Redação dada Técnicas (ABNT), no sentido de que esta, tendo
pela Lei n.º 10.931, de 02/08/2004.] em vista o disposto na Lei n.º 4.150, de 21 de
§ 1.º Uma vez eleita a comissão, cuja consti- novembro de 1962, prepare, no prazo máximo de
tuição se comprovará com a ata da assembléia, 120 (cento e vinte) dias, normas que estabeleçam,
devidamente inscrita no registro de títulos e do- para cada tipo de prédio que padronizar:
cumentos, esta ficará, de pleno direito, investida I — critérios e normas para cálculo de custos
dos poderes necessários para exercer todas as unitários de construção, para uso dos sindicatos,
atribuições e praticar todos os atos que esta lei e o na forma do artigo 54;
contrato de construção lhe deferirem, sem neces- II — critérios e normas para execução de or-
sidade de instrumento especial outorgado pelos çamentos de custo de construção, para fins do
contratantes ou, se for o caso, pelos que se sub- disposto no artigo 59;
rogarem nos direitos e obrigações destes. III — critérios e normas para a avaliação de cus-
§ 2.º A assembléia geral poderá, pela maioria to global de obra, para fins da alínea “h” do artigo 32;
absoluta dos votos dos adquirentes, alterar a IV — modelo de memorial descritivo dos aca-
composição da Comissão de Representantes e bamentos de edificação, para fins do disposto no
revogar qualquer de suas decisões, ressalvados os artigo 32;
direitos de terceiros quanto aos efeitos já produzi- V — critério para entrosamento entre o cro-
dos. [Redação dada pela Lei n.º 10.931, de nograma das obras e o pagamento das prestações,
02/08/2004.] que poderá ser introduzido nos contratos de incor-
§ 3.º Respeitados os limites constantes desta poração, inclusive para o efeito de aplicação do
lei, o contrato poderá discriminar as atribuições da disposto no § 2.º do artigo 48.
comissão e deverá dispor sobre os mandatos de § 1.º O número de tipos padronizados deverá
37
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
ser reduzido e na fixação se atenderá primordial- custos unitários relativos ao próprio mês ou a um
mente: dos 2 (dois) meses anteriores.
a) o número de pavimentos e a existência de
pavimentos especiais (subsolo, “pilotis”, etc.); Seção II
b) o padrão da construção (baixo, normal, alto),
tendo em conta as condições de acabamento, a qua- Da construção por empreitada
lidade dos materiais empregados, os equipamentos,
o número de elevadores e as inovações de conforto; Art. 55. Nas incorporações em que a constru-
c) as áreas de construção. ção seja feita pelo regime de empreitada, esta
§ 2.º Para custear o serviço a ser feito pela poderá ser a preço fixo, ou a preço reajustável por
ABNT, definido neste artigo, fica autorizado o Poder índices previamente determinados.
Executivo a abrir um crédito especial no valor de Cr$ § 1.º Na empreitada a preço fixo, o preço da
10.000.000,00 em favor do Banco Nacional da Habi- construção será irreajustável, independentemente
tação, vinculado a este fim, podendo o Banco adian- das variações que sofrer o custo efetivo dasobras
tar a importância à ABNT, se necessário. e quaisquer que sejam suas causas.
§ 3.º No contrato a ser celebrado com a § 2.º Na empreitada a preço reajustável o
ABNT, estipular-se-á a atualização periódica das preço fixado no contrato será reajustado na
normas previstas neste artigo, mediante remune- forma e nas épocas nele expressamente previs-
ração razoável. tas, em função da variação dos índices adota-
dos, também previstos obrigatoriamente no
[A Lei n.º 4.864, de 29/11/1965, dispõe: contrato.
“Art. 14. Até 31 de dezembro de 1966, os § 3.º Nos contratos de construção por em-
sindicatos da indústria da construção civil, nas preitada, a comissão de representantes fiscali-
suas respectivas bases territoriais, atenderão zará o andamento da obra e a obediência ao
ao disposto no artigo 54 da Lei n.º 4.591, de projeto e às especificações, exercendo as de-
16 de dezembro de 1964, com base em crité- mais obrigações inerentes à sua função repre-
rios, normas e tipos de prédios padronizados sentativa dos contratantes e fiscalizadora da
que adotarem, mediante estudos próprios ou construção.
contratados. § 4.º Nos contratos de construção fixados sob
Parágrafo único. O incorporador, ao elabo- regime de empreitada reajustável, a comissão de
rar a avaliação do custo global da obra para representantes fiscalizará, também, o cálculo do
atendimento do disposto na alínea ‘h’ do artigo reajustamento.
32 da Lei n.º 4.591, de 16 de dezembro de § 5.º No contrato deverá ser mencionado o
1964, utilizará o custo unitário, divulgado pelo montante do orçamento atualizado da obra, calcula-
sindicato na forma deste artigo, referente ao do de acordo com as normas do inciso III do artigo
tipo de prédio padronizado que mais se apro- 53, com base nos custos unitários referidos no artigo
xime do prédio objeto da incorporação.”] 54, quando o preço estipulado for inferior ao mesmo.
§ 6.º Na forma de expressa referência, os
Art. 54. Os sindicatos estaduais da indústria contratos de empreitada entendem-se como sendo
da construção civil ficam obrigados a divulgar a preço fixo.
mensalmente, até o dia 5 (cinco) de cada mês, os Art. 56. Em toda a publicidade ou propaganda
custos unitários de construção a serem adotados escrita, destinada a promover a venda de incorpo-
nas respectivas regiões jurisdicionais, calculados ração com construção pelo regime de empreitada
com observância dos critérios e normas a que se reajustável, em que conste preço, serão discrimi-
refere o inciso I do artigo anterior. nados explicitamente o preço da fração ideal do
§ 1.º O sindicato estadual que deixar de cum- terreno e o preço da construção, com indicação
prir a obrigação prevista neste artigo deixará de expressa da reajustabilidade.
receber dos cofres públicos, enquanto perdurar a § 1.º As mesmas indicações deverão constar
omissão, qualquer subvenção ou auxílio que plei- em todos os papéis utilizados para a realização da
teie ou a que tenha direito. incorporação, tais como cartas, propostas, escritu-
§ 2.º Na ocorrência de omissão de sindicato es- ras, contratos e documentos semelhantes.
tadual, o construtor usará os índices fixados por outro § 2.º Esta exigência será dispensada nos
sindicato estadual, em cuja região os custos de cons- anúncios “classificados” dos jornais.
trução mais lhe pareçam aproximados dos da sua. Art. 57. Ao construtor que contratar, por em-
§ 3.º Os orçamentos ou estimativas baseados preitada a preço fixo, uma obra de incorporação,
nos custos unitários a que se refere este artigo só aplicar-se-á, no que couber, o disposto nos itens
poderão se considerados atualizados, em certo II, III, IV, (VETADO) e VI, do artigo 43.
mês, para os efeitos desta lei, se baseados em
38
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Seção III prestações, o novo esquema deverá ser comuni-
cado aos contratantes, com antecedência mínima
Da construção por administração de 45 (quarenta e cinco) dias da data em que de-
verão ser efetuados os depósitos das primeiras
Art. 58. Nas incorporações em que a constru- prestações alteradas.
ção for contratada pelo regime de administração, Art. 61. A comissão de representantes terá
também chamado “a preço de custo”, será de res- poderes para, em nome de todos os contratos e na
ponsabilidade dos proprietários ou adquirentes o forma prevista no contrato:
pagamento do custo integral da obra, observadas a) examinar os balancetes, organizados pelos
as seguintes disposições: construtores, dos recebimentos e despesas do
I — todas as faturas, duplicatas, recibos e condomínio dos contratantes, aprová-los ou impug-
quaisquer documentos referentes às transações ou ná-los, examinando a documentação respectiva;
aquisições para construção, serão emitidos em nome b) fiscalizar concorrências relativas às com-
do condomínio dos contratantes da construção; pras dos materiais necessários à obra ou aos ser-
viços a ela pertinentes;
[Lei n.º 4.864, de 29/11/1965, dispõe no § c) contratar, em nome do condomínio, com
3.º do artigo 18: “Não incidirá o imposto do selo qualquer condômino, modificações por ele solicita-
sobre as obrigações a que se refere o inciso II do das em sua respectiva unidade, a serem adminis-
artigo 58 da Lei n.º 4.591, de 16 de dezembro tradas pelo construtor, desde que não prejudiquem
de 1964, inclusive sobre o pagamento das pena- unidade de outro condômino e não estejam em
lidades aplicadas na forma do disposto nos §§ desacordo com o parecer técnico do construtor;
8.º e 9.º do artigo 63 da mesma lei, bem como d) fiscalizar a arrecadação das contribuições
sobre a utilização desses recursos em pagamen- destinadas à construção;
to dos débitos de responsabilidade do condomí- e) exercer as demais obrigações inerentes a sua
nio, quer feito diretamente pela comissão de re- função representativa dos contratantes e fiscalizado-
presentantes, quer não.”] ra da construção, e praticar todos os atos necessá-
rios ao funcionamento regular do condomínio.
II — todas as contribuições dos condôminos Art. 62. Em toda publicidade ou propaganda
para qualquer fim relacionado com a construção escrita destinada a promover a venda de incorpo-
serão depositadas em contas abertas em nome do ração com construção pelo regime de administra-
condomínio dos contratantes em estabelecimentos ção em que conste preço, serão discriminados
bancários, as quais serão movimentadas pela for- explicitamente o preço da fração ideal de terreno e
ma que for fixada no contrato. o montante do orçamento atualizado do custo da
Art. 59. No regime de construção por admi- construção, na forma dos artigos 59 e 60, com a
nistração, será obrigatório constar do respectivo indicação do mês a que se refere o dito orçamento
contrato o montante do orçamento do custo da e do tipo padronizado a que se vincule o mesmo.
obra, elaborado com estrita observância dos crité- § 1.º As mesmas indicações deverão constar
rios e normas referidos no inciso II do artigo 53, e em todos os papéis utilizados para a realização da
a data em que se iniciará efetivamente a obra. incorporação, tais como cartas, propostas, escritu-
§ 1.º Nos contratos lavrados até o término ras, contratos e documentos semelhantes.
das fundações, esse montante não poderá ser § 2.º Esta exigência será dispensada nos
inferior ao da estimativa atualizada, a que se refe- anúncios “classificados” dos jornais.
re o § 3.º do artigo 54.
§ 2.º Nos contratos celebrados após o térmi- CAPÍTULO IV
no das fundações, esse montante não poderá ser
inferior à última revisão efetivada na forma do Das infrações
artigo seguinte.
§ 3.º Às transferências e sub-rogações do Art. 63. É lícito estipular no contrato, sem
contrato, em qualquer fase da obra, aplicar-se-á o prejuízo de outras sanções, que a falta de paga-
disposto neste artigo. mento, por parte do adquirente ou contratante, de
Art. 60. As revisões da estimativa de custo da três prestações do preço da construção, quer es-
obra serão efetuadas, pelo menos semestralmente, tabelecidas inicialmente, quer alteradas ou criadas
em comum entre a comissão de representantes e o posteriormente, quando for o caso, depois de pré-
construtor. O contrato poderá estipular que, em fun- via notificação com o prazo de 10 (dez) dias para
ção das necessidades da obra, sejam alteráveis os purgação da mora, implique na rescisão do contra-
esquemas de contribuições quanto ao total, ao núme- to, conforme nele se fixar, ou que, na falta de
ro, ao valor e à distribuição no tempo das prestações. pagamento, pelo débito respondem os direitos à
Parágrafo único. Em caso de majoração de respectiva fração ideal de terreno e à parte cons-
39
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
truída, adicionada na forma abaixo estabelecida, com a previdência social, não impedirão a aliena-
se outra forma não fixar o contrato. ção por leilão público. Neste caso, ao condômino
§ 1.º Se o débito não for liquidado no prazo somente será entregue o saldo, se houver, desde
de 10 (dez) dias, após solicitação da comissão de que prove estar quite com o fisco e a previdência
representantes, esta ficará, desde logo, de pleno social, devendo a comissão de representantes, em
direito, autorizada a efetuar, no prazo que fixar, caso contrário, consignar judicialmente a impor-
em público leilão anunciado pela forma que o con- tância equivalente aos débitos existentes, dando
trato previr, a venda, promessa de venda ou de ciência do fato à entidade credora.
cessão, ou a cessão da cota de terreno e corres- § 8.º Independentemente das disposições
pondente parte construída e direitos, bem como a deste artigo e seus parágrafos, e como penalida-
sub-rogação do contrato de construção. des preliminares, poderá o contrato de construção
§ 2.º Se o maior lanço obtido for inferior ao estabelecer a incidência de multas e juros de mora
desembolso efetuado pelo inadimplente para a em caso de atraso no depósito de contribuições,
cota do terreno e a construção, despesas acarre- sem prejuízo do disposto no parágrafo seguinte.
tadas e as porcentagens expressas no parágrafo § 9.º O contrato poderá dispor que o valor
seguinte, será realizada nova praça no prazo esti- das prestações pagas com atraso seja corrigível
pulado no contrato. Nesta segunda praça, será em função da variação do índice geral de preços
aceito o maior lanço apurado, ainda que inferior mensalmente publicado pelo Conselho Nacional de
àquele total (VETADO). Economia, que reflita as oscilações do poder aqui-
§ 3.º No prazo de 24 (vinte e quatro) horas sitivo da moeda nacional.
após a realização do leilão final, o condomínio, por § 10. O membro da comissão de representan-
decisão unânime de assembléia-geral em condi- tes que incorrer na falta prevista neste artigo esta-
ções de igualdade com terceiros, terá preferência rá sujeito à perda automática do mandato e deve-
na aquisição dos bens, caso em que serão adjudi- rá ser substituído segundo dispuser o contrato.
cados ao condomínio. Art. 64. Os órgãos de informação e publicida-
§ 4.º Do preço que for apurado no leilão, se- de que divulgarem publicidade sem os requisitos
rão deduzidas as quantias em débito, todas as exigidos pelo § 3.º do artigo 32 e pelos artigos 56
despesas ocorridas, inclusive honorários de advo- e 62 desta lei sujeitar-se-ão à multa em importân-
gados e anúncios, e mais 5% a título de comissão cia correspondente ao dobro do preço pago pelo
e 10% de multa compensatória, que reverterão anunciante, a qual reverterá em favor da respecti-
em benefício do condomínio de todos os contra- va municipalidade.
tantes, com exceção do faltoso, ao qual será en- Art. 65. É crime contra a economia popular
tregue o saldo, se houver. promover incorporação, fazendo, em proposta, con-
§ 5.º Para os fins das medidas estipuladas tratos, prospectos ou comunicação ao público ou aos
neste artigo, a comissão de representantes ficará interessados, afirmação falsa sobre a constituição do
investida de mandato irrevogável, isento do im- condomínio, alienação das frações ideais do terreno
posto do selo, na vigência do contrato geral de ou sobre a construção das edificações.
construção da obra, com poderes necessários pa- Pena — reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro)
ra, em nome do condômino inadimplente, efetuar anos, e multa, de 5 (cinco) a 50 (cinqüenta) vezes
as citadas transações, podendo para este fim fixar o maior salário-mínimo legal vigente no País.
preços, ajustar condições, sub-rogar o arrematan- § 1.º Incorrem na mesma pena:
te nos direitos e obrigações decorrentes do contra- I — o incorporador, o corretor e o construtor,
to de construção e da cota de terreno e constru- individuais, bem como os diretores ou gerentes de
ção; outorgar as competentes escrituras e empresa coletiva incorporadora, corretora ou cons-
contratos, receber preços, dar quitações; imitir o trutora que, em proposta, contrato, publicidade,
arrematante na posse do imóvel; transmitir domí- prospecto, relatório, parecer, balanço ou comunica-
nio, direito e ação; responder pela evicção; rece- ção ao público ou aos condôminos, candidatos ou
ber citação; propor e variar de ações; e também subscritores de unidades, fizerem afirmação falsa
dos poderes “ad juditia”, a serem substabelecidos sobre a constituição do condomínio, alienação das
a advogado legalmente habilitado. frações ideais ou sobre a construção das edificações;
§ 6.º A morte, falência ou concordata do con- II — o incorporador, o corretor e o construtor in-
dômino ou sua dissolução, se se tratar de socieda- dividuais, bem como os diretores ou gerentes de em-
de, não revogará o mandato de que trata o pará- presa coletiva, incorporadora, corretora ou construto-
grafo anterior, o qual poderá ser exercido pela ra que usarem, ainda que a título de empréstimo, em
comissão de representantes até a conclusão dos proveito próprio ou de terceiro, bens ou haveres des-
pagamentos devidos, ainda que a unidade perten- tinados a incorporação contratada por administração,
ça a menor de idade. sem prévia autorização dos interessados.
§ 7.º Os eventuais débitos, fiscais ou para § 2.º O julgamento destes crimes será de
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
competência de juízo singular, aplicando-se os tivos instrumentos, será obrigatoriamente entregue
artigos 5.º, 6.º e 7.º da Lei n.º 1.521, de 26 de cópia, impressa ou mimeografada, autenticada, do
dezembro de 1951. contrato-padrão, contendo as cláusulas, termos e
§ 3.º Em qualquer fase do procedimento cri- condições referidas no § 1.º deste artigo.
minal objeto deste artigo, a prisão do indiciado § 4.º Os cartórios de registro de imóveis, para
dependerá sempre de mandado do juízo referido os devidos efeitos, receberão dos incorporadores,
no § 2.º [Parágrafo acrescentado a este artigo autenticadamente, o instrumento a que se refere o
pela Lei n.º 4.864, de 29/11/1965.] parágrafo anterior.
Art. 66. São contravenções relativas à eco- Art. 68. Os proprietários ou titulares de direi-
nomia popular, puníveis na forma do artigo 10 da to aquisitivo sobre as terras rurais ou os terrenos
Lei n.º 1.521, de 26 de dezembro de 1951: onde pretendam construir ou mandar construir
I — negociar o incorporador frações ideais de habitações isoladas para aliená-las antes de con-
terreno, sem previamente satisfazer às exigências cluídas, mediante pagamento do preço a prazo,
constantes desta lei; deverão, previamente, satisfazer às exigências
II — omitir o incorporador, em qualquer do- constantes no artigo 32, ficando sujeitos ao regi-
cumento de ajuste, as indicações a que se referem me instituído nesta lei, para os incorporadores, no
os artigos 37 e 38 desta lei; que lhes for aplicável.
III — deixar o incorporador, sem justa causa, Art. 69. O Poder Executivo baixará, no prazo
no prazo do artigo 35 e ressalvada a hipótese de de 90 (noventa) dias, regulamento sobre o regis-
seus §§ 2.º e 3.º, de promover a celebração do con- tro no registro de imóveis (VETADO).
trato relativo à fração ideal de terreno, do contrato Art. 70. A presente lei entrará em vigor na
de construção ou da convenção do condomínio; data de sua publicação, revogados o Decreto n.º
IV — (VETADO); 5.481, de 25 de junho de 1928, e quaisquer dispo-
V — omitir o incorporador, no contrato, a indica- sições em contrário.
ção a que se refere o § 5.º do artigo 55 desta lei;
VI — paralisar o incorporador a obra, por Brasília, 16 de dezembro de 1964.
mais de 30 (trinta) dias, ou retardar-lhe excessi-
vamente o andamento, sem justa causa. H. CASTELO BRANCO
Pena — Multa de 5 (cinco) a 20 (vinte) vezes
o maior salário-mínimo legal vigente no País. [Publicada no “Diário Oficial” da União, de
Parágrafo único. No caso de contratos rela- 21/12/1964; retificada no de 01/02/1965. Os vetos
tivos a incorporações, de que não participe o in- do Presidente da República foram mantidos, em sua
corporador, responderão solidariamente pelas totalidade, pelo Congresso Nacional, em sessão rea-
faltas capituladas neste artigo o construtor, o cor- lizada em 13/05/1965, cuja ata foi publicada no
retor, o proprietário ou titular de direitos aquisiti- “Diário do Congresso Nacional” da mesma data.]
vos do terreno, desde que figurem no contrato, ...........................................................................
com direito regressivo sobre o incorporador, se as
faltas cometidas lhe forem imputáveis. ____________
CAPÍTULO V
DISPOSITIVOS DA LEI N.o 10.406, DE 10 DE
Das disposições finais e transitórias JANEIRO DE 2002.
41
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
TÍTULO III indivisa a coisa comum por prazo não maior de
cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior.
DA PROPRIEDADE § 2.º Não poderá exceder de cinco anos a in-
divisão estabelecida pelo doador ou pelo testador.
CAPÍTULO VI § 3.º A requerimento de qualquer interessado
e se graves razões o aconselharem, pode o juiz
Do condomínio em geral determinar a divisão da coisa comum antes do
prazo.
Seção I Art. 1.321. Aplicam-se à divisão do condomí-
nio, no que couber, as regras de partilha de he-
Do condomínio voluntário rança (arts. 2.013 a 2.022).
42
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
consistir em bens remotos do lugar do inven- Seção II
tário, litigiosos, ou de liquidação morosa ou
difícil, poderá proceder-se, no prazo legal, à Do condomínio necessário
partilha dos outros, reservando-se aqueles
para uma ou mais sobrepartilhas, sob a guar- Art. 1.327. O condomínio por meação de pare-
da e a administração do mesmo ou diverso des, cercas, muros e valas regula-se pelo disposto
inventariante, e consentimento da maioria neste Código (arts. 1.297 e 1.298; 1.304 a 1.307).
dos herdeiros.
Art. 2.022. Ficam sujeitos a sobrepartilha Art. 1.297. O proprietário tem direito a
os bens sonegados e quaisquer outros bens cercar, murar, valar ou tapar de qualquer mo-
da herança de que se tiver ciência após a do o seu prédio, urbano ou rural, e pode cons-
partilha. tranger o seu confinante a proceder com ele à
demarcação entre os dois prédios, a aviventar
Art. 1.322. Quando a coisa for indivisível, e rumos apagados e a renovar marcos destruí-
os consortes não quiserem adjudicá-la a um só, dos ou arruinados, repartindo-se proporcio-
indenizando os outros, será vendida e repartido o nalmente entre os interessados as respectivas
apurado, preferindo-se, na venda, em condições despesas.
iguais de oferta, o condômino ao estranho, e entre § 1.º Os intervalos, muros, cercas e os
os condôminos aquele que tiver na coisa benfeito- tapumes divisórios, tais como sebes vivas,
rias mais valiosas, e, não as havendo, o de qui- cercas de arame ou de madeira, valas ou ban-
nhão maior. quetas, presumem-se, até prova em contrário,
Parágrafo único. Se nenhum dos condô- pertencer a ambos os proprietários confinan-
minos tem benfeitorias na coisa comum e parti- tes, sendo estes obrigados, de conformidade
cipam todos do condomínio em partes iguais, com os costumes da localidade, a concorrer,
realizar-se-á licitação entre estranhos e, antes em partes iguais, para as despesas de sua
de adjudicada a coisa àquele que ofereceu mai- construção e conservação.
or lanço, proceder-se-á à licitação entre os § 2.º As sebes vivas, as árvores, ou plan-
condôminos, a fim de que a coisa seja adjudi- tas quaisquer, que servem de marco divisório,
cada a quem afinal oferecer melhor lanço, pre- só podem ser cortadas, ou arrancadas, de co-
ferindo, em condições iguais, o condômino ao mum acordo entre proprietários.
estranho. § 3.º A construção de tapumes especiais
para impedir a passagem de animais de pe-
Subseção II queno porte, ou para outro fim, pode ser exi-
gida de quem provocou a necessidade deles,
Da administração do condomínio pelo proprietário, que não está obrigado a
concorrer para as despesas.
Art. 1.323. Deliberando a maioria sobre a Art. 1.298. Sendo confusos, os limites, em
administração da coisa comum, escolherá o admi- falta de outro meio, se determinarão de con-
nistrador, que poderá ser estranho ao condomínio; formidade com a posse justa; e, não se a-
resolvendo alugá-la, preferir-se-á, em condições chando ela provada, o terreno contestado se
iguais, o condômino ao que não o é. dividirá por partes iguais entre os prédios, ou,
Art. 1.324. O condômino que administrar não sendo possível a divisão cômoda, se adju-
sem oposição dos outros presume-se representan- dicará a um deles, mediante indenização ao
te comum. outro.
Art. 1.325. A maioria será calculada pelo va- .................................................................
lor dos quinhões. Art. 1.304. Nas cidades, vilas e povoados
§ 1.º As deliberações serão obrigatórias, sen- cuja edificação estiver adstrita a alinhamento,
do tomadas por maioria absoluta. o dono de um terreno pode nele edificar, ma-
§ 2.º Não sendo possível alcançar maioria ab- deirando na parede divisória do prédio contí-
soluta, decidirá o juiz, a requerimento de qualquer guo, se ela suportar a nova construção; mas
condômino, ouvidos os outros. terá de embolsar ao vizinho metade do valor
§ 3.º Havendo dúvida quanto ao valor do qui- da parede e do chão correspondentes.
nhão, será este avaliado judicialmente. Art. 1.305. O confinante, que primeiro
Art. 1.326. Os frutos da coisa comum, não construir, pode assentar a parede divisória até
havendo em contrário estipulação ou disposição de meia espessura no terreno contíguo, sem per-
última vontade, serão partilhados na proporção der por isso o direito a haver meio valor dela se
dos quinhões. o vizinho a travejar, caso em que o primeiro fi-
xará a largura e a profundidade do alicerce.
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Parágrafo único. Se a parede divisória per- as demais partes comuns, inclusive o acesso ao
tencer a um dos vizinhos, e não tiver capaci- logradouro público, são utilizados em comum pelos
dade para ser travejada pelo outro, não pode- condôminos, não podendo ser alienados separa-
rá este fazer-lhe alicerce ao pé sem prestar damente, ou divididos.
caução àquele, pelo risco a que expõe a cons- § 3.º A cada unidade imobiliária caberá, como
trução anterior. parte inseparável, uma fração ideal no solo e nas
Art. 1.306. O condômino da parede-meia po- outras partes comuns, que será identificada em
de utilizá-la até ao meio da espessura, não forma decimal ou ordinária no instrumento de
pondo em risco a segurança ou a separação instituição do condomínio. [Redação dada pela Lei
dos dois prédios, e avisando previamente o n.º 10.931, de 02/08/2004.]
outro condômino das obras que ali tenciona § 4.º Nenhuma unidade imobiliária pode ser
fazer; não pode sem consentimento do outro, fa- privada do acesso ao logradouro público.
zer, na parede-meia, armários, ou obras seme- § 5.º O terraço de cobertura é parte comum,
lhantes, correspondendo a outras, da mesma salvo disposição contrária da escritura de constitu-
natureza, já feitas do lado oposto. ição do condomínio.
Art. 1.307. Qualquer dos confinantes pode Art. 1.332. Institui-se o condomínio edilício
altear a parede divisória, se necessário re- por ato entre vivos ou testamento, registrado no
construindo-a, para suportar o alteamento; Cartório de Registro de Imóveis, devendo constar
arcará com todas as despesas, inclusive de daquele ato, além do disposto em lei especial:
conservação, ou com metade, se o vizinho ad- I — a discriminação e individualização das
quirir meação também na parte aumentada. unidades de propriedade exclusiva, estremadas
uma das outras e das partes comuns;
Art. 1.328. O proprietário que tiver direito a es- II — a determinação da fração ideal atribuída
tremar um imóvel com paredes, cercas, muros, valas a cada unidade, relativamente ao terreno e partes
ou valados, tê-lo-á igualmente a adquirir meação na comuns;
parede, muro, valado ou cerca do vizinho, embol- III — o fim a que as unidades se destinam.
sando-lhe metade do que atualmente valer a obra e Art. 1.333. A convenção que constitui o con-
o terreno por ela ocupado (art. 1.297). domínio edilício deve ser subscrita pelos titulares
Art. 1.329. Não convindo os dois no preço da de, no mínimo, dois terços das frações ideais e
obra, será este arbitrado por peritos, a expensas torna-se, desde logo, obrigatória para os titulares
de ambos os confinantes. de direito sobre as unidades, ou para quantos
Art. 1.330. Qualquer que seja o valor da me- sobre elas tenham posse ou detenção.
ação, enquanto aquele que pretender a divisão Parágrafo único. Para ser oponível contra
não o pagar ou depositar, nenhum uso poderá terceiros, a convenção do condomínio deverá ser
fazer na parede, muro, vala, cerca ou qualquer registrada no Cartório de Registro de Imóveis.
outra obra divisória. Art. 1.334. Além das cláusulas referidas no
art. 1.332 e das que os interessados houverem
CAPÍTULO VII por bem estipular, a convenção determinará:
I — a quota proporcional e o modo de paga-
Do condomínio edilício mento das contribuições dos condôminos para
atender às despesas ordinárias e extraordinárias
Seção I do condomínio;
II — sua forma de administração;
Disposições gerais III — a competência das assembléias, forma
de sua convocação e quórum exigido para as deli-
Art. 1.331. Pode haver, em edificações, par- berações;
tes que são propriedade exclusiva, e partes que IV — as sanções a que estão sujeitos os con-
são propriedade comum dos condôminos. dôminos, ou possuidores;
§ 1.º As partes suscetíveis de utilização inde- V — o regimento interno.
pendente, tais como apartamentos, escritórios, § 1.º A convenção poderá ser feita por escri-
salas, lojas, sobrelojas ou abrigos para veículos, tura pública ou por instrumento particular.
com as respectivas frações ideais no solo e nas § 2.º São equiparados aos proprietários, para
outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade os fins deste artigo, salvo disposição em contrário,
exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas li- os promitentes compradores e os cessionários de
vremente por seus proprietários. direitos relativos às unidades autônomas.
§ 2.º O solo, a estrutura do prédio, o telhado, Art. 1.335. São direitos do condômino:
a rede geral de distribuição de água, esgoto, gás e I — usar, fruir e livremente dispor das suas
eletricidade, a calefação e refrigeração centrais, e unidades;
44
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
II — usar das partes comuns, conforme a sua rias, com as suas partes acessórias.
destinação, e contanto que não exclua a utilização § 1.º Nos casos deste artigo é proibido alienar
dos demais com possuidores; ou gravar os bens em separado.
III — votar nas deliberações da assembléia e § 2.º É permitido ao condômino alienar parte
delas participar, estando quite. acessória de sua unidade imobiliária a outro con-
Art. 1.336. São deveres do condômino: dômino, só podendo fazê-lo a terceiro se essa
I — contribuir para as despesas do condomí- faculdade constar do ato constitutivo do condomí-
nio na proporção das suas frações ideais, salvo nio, e se a ela não se opuser a respectiva assem-
disposição em contrário na convenção; [Redação bléia geral.
dada pela Lei n.º 10.931, de 02/08/2004.] Art. 1.340. As despesas relativas a partes
II — não realizar obras que comprometam a comuns de uso exclusivo de um condômino, ou de
segurança da edificação; alguns deles, incumbem a quem delas se serve.
III — não alterar a forma e a cor da fachada, Art. 1.341. A realização de obras no condo-
das partes e esquadrias externas; mínio depende:
IV — dar às suas partes a mesma destinação I — se voluptuárias, de voto de dois terços
que tem a edificação, e não as utilizar de maneira dos condôminos;
prejudicial ao sossego, salubridade e segurança II — se úteis, de voto da maioria dos condô-
dos possuidores, ou aos bons costumes. minos.
§ 1.º O condômino que não pagar a sua con- § 1.º As obras ou reparações necessárias po-
tribuição ficará sujeito aos juros moratórios con- dem ser realizadas, independentemente de autori-
vencionados ou, não sendo previstos, os de um zação, pelo síndico, ou, em caso de omissão ou
por cento ao mês e multa de até dois por cento impedimento deste, por qualquer condômino.
sobre o débito. § 2.º Se as obras ou reparos necessários fo-
§ 2.º O condômino, que não cumprir qualquer rem urgentes e importarem em despesas excessi-
dos deveres estabelecidos nos incisos II a IV, pa- vas, determinada sua realização, o síndico ou o
gará a multa prevista no ato constitutivo ou na condômino que tomou a iniciativa delas dará ciên-
convenção, não podendo ela ser superior a cinco cia à assembléia, que deverá ser convocada
vezes o valor de suas contribuições mensais, inde- imediatamente.
pendentemente das perdas e danos que se apura- § 3.º Não sendo urgentes, as obras ou repa-
rem; não havendo disposição expressa, caberá à ros necessários, que importarem em despesas
assembléia geral, por dois terços no mínimo dos excessivas, somente poderão ser efetuadas após
condôminos restantes, deliberar sobre a cobrança autorização da assembléia, especialmente convo-
da multa. cada pelo síndico, ou, em caso de omissão ou im-
Art. 1.337. O condômino, ou possuidor, que pedimento deste, por qualquer dos condôminos.
não cumpre reiteradamente com os seus deveres § 4.º O condômino que realizar obras ou re-
perante o condomínio poderá, por deliberação de paros necessários será reembolsado das despesas
três quartos dos condôminos restantes, ser cons- que efetuar, não tendo direito à restituição das
trangido a pagar multa correspondente até ao que fizer com obras ou reparos de outra natureza,
quíntuplo do valor atribuído à contribuição para as embora de interesse comum.
despesas condominiais, conforme a gravidade das Art. 1.342. A realização de obras, em partes
faltas e a reiteração, independentemente das per- comuns, em acréscimo às já existentes, a fim de
das e danos que se apurem. lhes facilitar ou aumentar a utilização, depende da
Parágrafo único. O condômino ou possuidor aprovação de dois terços dos votos dos condômi-
que, por seu reiterado comportamento anti-social, nos, não sendo permitidas construções, nas partes
gerar incompatibilidade de convivência com os comuns, suscetíveis de prejudicar a utilização, por
demais condôminos ou possuidores, poderá ser qualquer dos condôminos, das partes próprias, ou
constrangido a pagar multa correspondente ao comuns.
décuplo do valor atribuído à contribuição para as Art. 1.343. A construção de outro pavimento,
despesas condominiais, até ulterior deliberação da ou, no solo comum, de outro edifício, destinado a
assembléia. conter novas unidades imobiliárias, depende da
Art. 1.338. Resolvendo o condômino alugar aprovação da unanimidade dos condôminos.
área no abrigo para veículos, preferir-se-á, em Art. 1.344. Ao proprietário do terraço de co-
condições iguais, qualquer dos condôminos a es- bertura incumbem as despesas da sua conserva-
tranhos, e, entre todos, os possuidores. ção, de modo que não haja danos às unidades
Art. 1.339. Os direitos de cada condômino às imobiliárias inferiores.
partes comuns são inseparáveis de sua proprieda- Art. 1.345. O adquirente de unidade respon-
de exclusiva; são também inseparáveis das fra- de pelos débitos do alienante, em relação ao con-
ções ideais correspondentes as unidades imobiliá- domínio, inclusive multas e juros moratórios.
45
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Art. 1.346. É obrigatório o seguro de toda a (dois terços) dos votos dos condôminos a altera-
edificação contra o risco de incêndio ou destruição, ção da convenção; a mudança da destinação do
total ou parcial. edifício, ou da unidade imobiliária, depende da
aprovação pela unanimidade dos condôminos.
Seção II [Redação dada pela Lei n.º 10.931, de
02/08/2004.]
Da administração do condomínio Art. 1.352. Salvo quando exigido quórum es-
pecial, as deliberações da assembléia serão toma-
Art. 1.347. A assembléia escolherá um síndi- das, em primeira convocação, por maioria de vo-
co, que poderá não ser condômino, para adminis- tos dos condôminos presentes que representem
trar o condomínio, por prazo não superior a dois pelo menos metade das frações ideais.
anos, o qual poderá renovar-se. Parágrafo único. Os votos serão proporcio-
Art. 1.348. Compete ao síndico: nais às frações ideais no solo e nas outras partes
I — convocar a assembléia dos condôminos; comuns pertencentes a cada condômino, salvo
II — representar, ativa e passivamente, o disposição diversa da convenção de constituição
condomínio, praticando, em juízo ou fora dele, os do condomínio.
atos necessários à defesa dos interesses comuns; Art. 1.353. Em segunda convocação, a assem-
III — dar imediato conhecimento à assem- bléia poderá deliberar por maioria dos votos dos
bléia da existência de procedimento judicial ou presentes, salvo quando exigido quórum especial.
administrativo, de interesse do condomínio; Art. 1.354. A assembléia não poderá delibe-
IV — cumprir e fazer cumprir a convenção, o rar se todos os condôminos não forem convocados
regimento interno e as determinações da assem- para a reunião.
bléia; Art. 1.355. Assembléias extraordinárias pó
V — diligenciar a conservação e a guarda das derão ser convocadas pelo síndico ou por um quar-
partes comuns e zelar pela prestação dos serviços to dos condôminos.
que interessem aos possuidores; Art. 1.356. Poderá haver no condomínio um
VI — elaborar o orçamento da receita e da conselho fiscal, composto de três membros, eleitos
despesa relativa a cada ano; pela assembléia, por prazo não superior a dois
VII — cobrar dos condôminos as suas contribui- anos, ao qual compete dar parecer sobre as contas
ções, bem como impor e cobrar as multas devidas; do síndico.
VIII — prestar contas à assembléia, anual-
mente e quando exigidas; Seção III
IX — realizar o seguro da edificação.
§ 1.º Poderá a assembléia investir outra pes- Da extinção do condomínio
soa, em lugar do síndico, em poderes de represen-
tação. Art. 1.357. Se a edificação for total ou consi-
§ 2.º O síndico pode transferir a outrem, total deravelmente destruída, ou ameace ruína, os con-
ou parcialmente, os poderes de representação ou dôminos deliberarão em assembléia sobre a re-
as funções administrativas, mediante aprovação construção, ou venda, por votos que representem
da assembléia, salvo disposição em contrário da metade mais uma das frações ideais.
convenção. § 1.º Deliberada a reconstrução, poderá o
Art. 1.349. A assembléia, especialmente con- condômino eximir-se do pagamento das despesas
vocada para o fim estabelecido no § 2.º do artigo respectivas, alienando os seus direitos a outros
antecedente, poderá, pelo voto da maioria absolu- condôminos, mediante avaliação judicial.
ta de seus membros, destituir o síndico que prati- § 2.º Realizada a venda, em que se preferirá,
car irregularidades, não prestar contas, ou não em condições iguais de oferta, o condômino ao
administrar convenientemente o condomínio. estranho, será repartido o apurado entre os con-
Art. 1.350. Convocará o síndico, anualmente, dôminos, proporcionalmente ao valor das suas
reunião da assembléia dos condôminos, na forma unidades imobiliárias.
prevista na convenção, a fim de aprovar o orçamen- Art. 1.358. Se ocorrer desapropriação, a in-
to das despesas, as contribuições dos condôminos e denização será repartida na proporção a que se
a prestação de contas, e eventualmente eleger-lhe o refere o § 2.º do artigo antecedente.
substituto e alterar o regimento interno. .......................................................................
§ 1.º Se o síndico não convocar a assembléia, Art. 2.043. Até que por outra forma se disci-
um quarto dos condôminos poderá fazê-lo. plinem, continuam em vigor as disposições de
§ 2.º Se a assembléia não se reunir, o juiz natureza processual, administrativa ou penal,
decidirá, a requerimento de qualquer condômino. constantes de leis cujos preceitos de natureza civil
Art. 1.351. Depende da aprovação de 2/3 hajam sido incorporados a este Código.
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Art. 2.044. Este Código entrará em vigor 1 de maneira a impedir sua retenção especulativa.
(um) ano após a sua publicação. Parágrafo único. O exercício do direito de
Art. 2.045. Revogam-se a Lei n.o 3.071, de propriedade e do direito de construir fica condicio-
1.o de janeiro de 1916 — Código Civil e a Parte nado ao disposto nesta Lei Orgânica e no plano
Primeira do Código Comercial, Lei n.o 556, de 25 diretor e à legislação urbanística aplicável.
de junho de 1850. Art. 424. O plano diretor, respeitadas as fun-
Art. 2.046. Todas as remissões, em diplomas ções sociais da Cidade e o bem-estar de seus habi-
legislativos, aos Códigos referidos no artigo ante- tantes, contemplará os objetivos, metas, estratégias
cedente, consideram-se feitas às disposições cor- e programas da política urbana.
respondentes deste Código. Art. 425. O plano diretor, como parte inte-
grante do processo de planejamento e como ins-
____________ trumento da política urbana, tratará o conjunto de
ações propostas por esta Lei Orgânica.
Parágrafo único. O plano diretor é instru-
DISPOSITIVOS DA LEI ORGÂNICA DO mento regulador dos processos de desenvolvimen-
MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO to urbano, servindo de referência a todos os agen-
tes públicos e privados.
....................................................................... Art. 426. A participação popular no processo
de tomada de decisão e a estrutura administrativa
TÍTULO VI descentralizada do Poder Público são a base da
realização da política urbana.
DAS POLÍTICAS MUNICIPAIS Art. 427. O Poder Público garantirá à popula-
....................................................................... ção os meios de acesso ao conjunto de informa-
ções sobre a política urbana, como forma de con-
CAPÍTULO V trole sobre a responsabilidade de suas ações:
I — no plano diretor;
Da política urbana II — no processo de elaboração e execução
orçamentária;
Seção I III — nos planos de desenvolvimento urbanos
e regionais;
Disposições gerais IV — na definição das localizações industriais;
V — nos projetos de infra-estrutura;
Art. 421. A política urbana tem com objetivo VI — no acesso ao cadastro atualizado de ter-
fundamental a garantia de qualidade de vida para ras públicas;
os habitantes, nos termos do desenvolvimento VII — nas informações referentes à gestão
municipal expresso nesta Lei Orgânica. dos serviços públicos.
Art. 422. A política urbana, formulada e ad- Parágrafo único. O acesso às informações,
ministrada no âmbito do processo de planejamen- em linguagem acessível ao cidadão comum, deve
to e em consonância com as demais políticas mu- ser descentralizado ao âmbito das Regiões Admi-
nicipais, implementará o pleno atendimento das nistrativas.
funções sociais da Cidade. Art. 428. A formulação e a administração da
§ 1.º As funções sociais da Cidade compreen- política urbana levarão em conta o estado social
dem o direito da população à moradia, transporte de necessidade e o disposto no art. 422 desta Lei
público, saneamento básico, água potável, serviços Orgânica.
de limpeza urbana, drenagem das vias de circulação,
energia elétrica, gás canalizado, abastecimento, Seção II
iluminação pública, saúde, educação, cultura, creche,
lazer, contenção de encostas, segurança e preserva- Do desenvolvimento urbano
ção, proteção e recuperação do patrimônio ambiental
e cultural. Subseção I
§ 2.º É ainda função social da Cidade a con-
servação do patrimônio ambiental, arquitetônico e Dos preceitos e instrumentos
cultural do Município, de cuja preservação, prote-
ção e recuperação cuidará a política urbana. Art. 429. A política de desenvolvimento urba-
Art. 423. Para cumprir os objetivos e diretri- no respeitará os seguintes preceitos:
zes da política urbana, o Poder Público poderá I — provisão dos equipamentos e serviços ur-
intervir na propriedade, visando ao cumprimento banos em quantidade, qualidade e distribuição
de sua função social e agir sobre a oferta do solo, espacial, garantindo pleno acesso a todos os cida-
47
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
dãos; da Cidade e da propriedade, o Poder Público pode-
II — justa distribuição dos benefícios e ônus rá valer-se dos seguintes instrumentos, além de
decorrentes do processo de urbanização; outros que a lei definir:
III — ordenação e controle do uso do solo de I — de caráter fiscal e financeiro;
modo a evitar: a) imposto sobre a propriedade predial e territo-
a) a ociosidade, subutilização ou não utiliza- rial urbana, progressivo e diferenciado por zonas, e
ção do solo edificável; outros critérios de ocupação e de uso do solo;
b) o estabelecimento de atividades considera- b) taxas e tarifas diferenciadas por zonas, se-
das prejudiciais à saúde e nocivas à coletividade; gundo os serviços oferecidos;
c) espaços adensados inadequadamente em c) contribuição de melhoria;
relação à infra-estrutura e aos equipamentos co- d) incentivos e benefícios fiscais;
munitários existentes ou previstos; e) recursos públicos destinados especifica-
IV — compatibilização de usos, conjugação de mente ao desenvolvimento urbano;
atividades e estímulo à sua complementaridade no II — de caráter jurídico-urbanístico:
território municipal; a) desapropriação por interesse social ou uti-
V — integração e complementaridade entre as lidade pública;
atividades urbanas e rurais; b) servidão administrativa e limitações admi-
VI — urbanização, regularização fundiária e nistrativas;
titulação das áreas faveladas e de baixa renda, c) tombamento de imóveis;
sem remoção dos moradores, salvo quando as d) declaração de área de preservação ou pro-
condições físicas da área ocupada imponham risco teção ambiental;
de vida aos seus habitantes, hipótese em que se- e) concessão real de uso ou domínio;
rão seguidas as seguintes regras: f) concessão de direito real de uso resolúvel;
a) laudo técnico do órgão responsável; g) lei de parcelamento do solo urbano;
b) participação da comunidade interessada e h) lei de perímetro urbano;
das entidades representativas na análise e defini- i) código de obras e edificações;
ção das soluções; j) código de posturas;
c) assentamento em localidades próximas dos k) lei de solo criado;
locais da moradia ou do trabalho, se necessário o l) código de licenciamento e fiscalização;
remanejamento; III — de caráter urbanístico-institucional;
VII — regularização de loteamentos irregula- a) programa de regularização fundiária;
res abandonados não titulados e clandestinos em b) programas de reserva de áreas para utili-
áreas de baixa renda, através da urbanização e zação pública;
titulação, sem prejuízo das ações cabíveis contra o c) programas de assentamentos de população
loteador; de baixa renda;
VIII — preservação das áreas de exploração d) programas de preservação, proteção e re-
agrícola e pecuária e estímulo a essas atividades cuperação das áreas urbanas;
primárias; IV — de caráter administrativo:
IX — preservação, proteção e recuperação do a) subsídios à construção habitacional para a
meio-ambiente urbano e cultural; população de baixa renda;
X — criação de áreas de especial interesse ur- b) urbanização de áreas faveladas e lotea-
banístico, social, ambiental, turístico e de utiliza- mentos irregulares e clandestinos, integrando-os
ção pública; aos bairros onde estão situados.
XI — utilização planejada do território e dos re- Art. 431. O processamento para desapropria-
cursos naturais, mediante controle da implantação e ção por interesse social e utilidade pública para o
do funcionamento de atividades industriais, comerciais, atendimento da política urbana e das diretrizes do
residenciais, agropecuárias e extrativas; plano diretor, adotará como valor justo e real da
XII — criação e delimitação de áreas de cres- indenização do imóvel desapropriado, o preço do
cimento limitado em zonas supersaturadas da terreno como tal, sem computar os acréscimos da
Cidade onde não se permitam novas construções e expectativa de lucro ou das mais-valias decorren-
edificações, a não ser as de gabarito e densidade tes de investimentos públicos na região.
iguais ou inferiores às que forem previamente Art. 432. O Poder Público, para área incluída
demolidas no local; no plano diretor, poderá exigir do proprietário do
XIII — a climatização da cidade; solo urbano não edificado, subutilizado ou não
XIV — a racionalização, conservação e eco- utilizado que promova seu adequado aproveita-
nomia de energia e combustíveis; mento, sob pena, sucessivamente, de:
XV — a boa qualidade de vida da população. I — parcelamento ou edificação compulsória,
Art. 430. Para assegurar as funções sociais no prazo máximo de um ano, a contar da data de
48
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
notificação pela Prefeitura ao proprietário do imó- por associação de moradores legalmente registra-
vel, devendo a notificação ser averbada no Regis- da após assembléia que, especialmente convoca-
tro de Imóveis; da, se manifeste pelo exercício desse direito.
II — imposto progressivo no tempo, exigível § 2.º Fica o Poder Público obrigado, no ato de
até a aquisição do imóvel pela desapropriação, expedição da licença, a publicar edital, para co-
cuja ação deverá ser proposta no prazo de dois nhecimento de terceiros, do projeto licenciado,
anos contados da data do primeiro lançamento do com as indicações mínimas referidas no inciso I.
imposto; § 3.º O descumprimento das disposições des-
III — desapropriação por necessidade ou uti- te artigo implica o cancelamento automático da
lidade pública efetuada mediante justa e prévia licença ou sua denegação, além de responsabilizar
indenização em dinheiro, admitida a indenização a autoridade administrativa concedente da licença,
em títulos da dívida pública somente no caso de de acordo com a sua hierarquia, por infração polí-
interesse social relevante, previstos na Constitui- tico-administrativa ou falta grave. [Declarada a
ção Federal. Inconstitucionalidade pelo Órgão Especial do Tribunal
Art. 433. A alienação de imóvel, posterior à de Justiça — Representação n.º 15/90 — Acórdão de
data da notificação, não interrompe o prazo fixado 01/08/94 — Publicada no “Diário Oficial” do Estado
para parcelamento e edificação compulsórios. do Rio de Janeiro — Poder Judiciário.]
Art. 434. O imposto progressivo, a contribui-
ção de melhoria e a edificação compulsória não Subseção II
incidirão sobre terreno de até duzentos e cinqüen-
ta metros quadrados cujos proprietários não te- Dos assentamentos e das edificações
nham outro imóvel.
Art. 435. O abuso de direito pelo proprietário Art. 437. As terras públicas não utilizadas ou
urbano acarretará sanções administrativas, além subutilizadas serão prioritariamente destinadas a
das civis e criminais, conforme definido em lei. assentamentos de população de baixa renda e à
Art. 436. É reconhecido o direito de vizinhan- instalação de equipamentos urbanos de uso coletivo.
ça, seja pela aplicação da lei civil, seja pelas dis- Parágrafo único. Nos assentamentos em ter-
posições desta Lei Orgânica e, especialmente, ras públicas e ocupadas por população de baixa
quanto ao licenciamento de obras no Município, renda ou em terras não utilizadas e subutilizadas,
pelo atendimento do seguinte: o domínio u a concessão real de uso será concedi-
I — qualquer requerimento de licença para do ao homem ou à mulher, ou a ambos, indepen-
construção de obra nova ou modificação que im- dentemente do estado civil. [Redação da Emenda
plique a construção de pavimentos exigirá a notifi- à Lei Orgânica n.º 13, de 2002, publicada no DCM
cação, por edital e por via postal, dos proprietários de 05/07/2002.]
e dos moradores dos imóveis lindeiros, contendo Art. 438. Nos processos de regularização
descrição suscinta da área total edificável, do índi- fundiária, o Município proporcionará à população
ce de aproveitamento do terreno e do número de de baixa renda assistência jurídica através de ór-
pavimentos e de unidades por pavimentos e no gão próprio ou de convênio com entidades reco-
total; [Declarada a Inconstitucionalidade pelo Ór- nhecidas pela comunidade que já tenham experi-
gão Especial do Tribunal de Justiça — Representa- ência na prestação desse serviço.
ção n.º 12/90 — Acórdão de 18/03/92 — Publica- Art. 439. O ato de reconhecimento de logra-
da no “Diário Oficial” do Estado do Rio de Janeiro douro de uso da população não importará a acei-
— Poder Judiciário.] tação da obra ou aprovação do parcelamento do
II — é assegurado aos proprietários e mora- solo, nem dispensa do cumprimento das obriga-
dores dos imóveis lindeiros o direito de intervir no ções legais os proprietários, loteadores e demais
processo para verificar e exigir adequação do pro- responsáveis.
jeto à legislação em vigor; Parágrafo único. A prestação de serviços
III — a consulta ao processo se fará direta- públicos à comunidade de baixa renda independe-
mente pelos interessados ou por terceiros legal- rá do reconhecimento de logradouros e da regula-
mente qualificados, os quais poderão manifestar- rização urbanística ou registrária das áreas e de
se a respeito da observância, no projeto, dos re- suas construções.
quisitos legais; Art. 440. Incumbe ao Poder Público elaborar
IV — a expedição da licença ficará condicio- e executar programas de construção de moradias
nada à decisão, pela autoridade competente, das populares e garantir condições habitacionais e de
impugnações apresentadas. infra-estrutura urbana, em especial as de sanea-
§ 1.º O direito de vizinhança instituído neste mento básico e transporte.
artigo poderá ser exercido simultaneamente pelos § 1.º Para esse fim, o Poder Público apoiará:
proprietários lindeiros ou, em substituição a estes, I — a criação de cooperativas e outras formas
49
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
de organização que tenham por objetivo a realiza- triais ou comerciais, de iniciativa privada ou públi-
ção de programas de construção de moradias po- ca, encaminhado aos órgãos públicos, para
pulares; apreciação e aprovação, será acompanhado de
II — a pesquisa e a aplicação de soluções relatório de impacto de vizinhança, contendo, no
tecnológicas e urbanísticas, alternativas ou autô- mínimo, os seguintes aspectos de interferência da
nomas, para programas habitacionais e de sanea- obra sobre:
mento básico para a população de baixa renda, I — o meio ambiente natural e construído;
garantindo-lhes assistência técnica. II — a infra-estrutura urbana relativa à rede
§ 2.º As entidades comunitárias e as associa- de água e esgoto, gás, telefonia e energia elétrica;
ções de trabalhadores terão participação garantida III — o sistema viário;
na elaboração desses programas. IV — o nível de ruído, de qualidade do ar e
§ 3.º O orçamento do Município incluirá, obri- qualidade visual;
gatoriamente, dotações destinadas aos programas V — as características sócio-culturais da co-
de moradia popular. munidade.
Art. 441. Os direitos decorrentes da conces- Parágrafo único. Os órgãos públicos afetos a
são da licença para lotear, parcelar a terra, edifi- cada item que compõem o relatório de impacto de
car ou construir cessarão se não for atendida vizinhança responsabilizar-se-ão pela veracidade das
qualquer destas condições: informações contidas nos respectivos pareceres.
I — execução total das fundações da edifica- Art. 446. O Poder Público é obrigado a emitir,
ção em dezoito meses, a contar da data de apro- no ato da aceitação da obra, o certificado de sua
vação do projeto; qualidade, segundo o estabelecido em lei. [Decla-
II — não conclusão das obras constantes do rada a Inconstitucionalidade do art. 446 pelo Ór-
projeto aprovado em trinta e seis meses, a contar gão Especial do Tribunal de Justiça — Representa-
de sua aprovação; ção n.º 12/90 — Acórdão de 18/03/92 —
III — não conclusão das obras constantes do Publicada no “Diário Oficial” do Estado do Rio de
projeto de loteamento aprovado em vinte e quatro Janeiro — Poder Judiciário.]
meses, a contar da data de sua aprovação. Art. 447. O projeto apresentado ao órgão públi-
Art. 442. O Município adotará os procedimen- co competente para a sua aprovação será fixado em
tos criminais e cíveis cabíveis contra aquele que, local de fácil acesso público, na Região Administrati-
proprietário ou não de áreas ou glebas urbanas, va em que se situa o terreno a ser construído.
parcelar a terra, abrir ruas, construir, vender ou § 1.º Os editais de divulgação do projeto de-
receber qualquer tipo de pagamento de terceiros verão conter informações que esclareçam suas
pela ocupação do lote ou da construção sem auto- características e seu conteúdo.
rização da autoridade competente. § 2.º As cópias com descrição do projeto deve-
Art. 443. Qualquer construção ou atividade de rão ser fornecidas gratuitamente às associações de
urbanização executada sem autorização ou licença é moradores da área ou das federações municipal ou
sujeita à interdição, embargo ou demolição, nos estadual correspondentes, em caso de inexistência
termos da legislação pertinente, excetuadas aquelas de associação local. [Declarada a Inconstitucionali-
localizadas nas áreas de regularização fundiária con- dade do parágrafo 2.º pelo Órgão Especial do Tribu-
forme previsto em legislação específica. nal de Justiça — Representação n.º 12/90 — Acór-
Art. 444. A autorização para implantação de dão de 18/03/92 — Publicada no “Diário Oficial” do
empreendimentos imobiliários e industriais com a Estado do Rio de Janeiro — Poder Judiciário.]
instalação de equipamentos urbanos e de infra- § 3.º A partir da divulgação do projeto, o ór-
-estrutura modificadores do meio ambiente, por gão público competente estabelecerá o prazo limi-
iniciativa do Poder Público ou da iniciativa privada, te, nunca inferior a vinte e cinco dias úteis, para
será precedida de realização de estudos e avalia- que a associação de moradores da área emita seu
ção de impacto ambiental e urbanístico. parecer, entregue sob a forma documental.
§ 1.º A responsabilidade administrativa para a § 4.º O órgão público competente realizará au-
realização do estudo, contratado após licitação, é diência pública, quando solicitada pela associação de
do órgão a que compete a autorização, cabendo o moradores local, dentro dos prazos fixados no pará-
ônus do contrato a quem postular. grafo anterior, com a finalidade de obter informações
§ 2.º O relatório será submetido à apreciação suplementares sobre o projeto em apreciação.
técnica da administração. Art. 448. Qualquer edificação colada nas divisas
§ 3.º É garantido o direito de acesso ao relató- não poderá ultrapassar a altura de doze metros, seja
rio, em audiências públicas, e de sua contestação às qual for o uso da edificação ou do pavimento, admi-
entidades representativas da sociedade civil. tidas as exceções que a lei estabelecer.
Art. 445. Qualquer projeto de edificação mul- Art. 449. É vedada a instituição pelo Poder
tifamiliar ou destinado à empreendimentos indus- Executivo de estrutura ou órgão, colegiado ou não,
50
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
que tenha por objetivo a elaboração de normas ou correrão por conta da associação favorecida pela
a prerrogativa de interpretar a legislação de uso e cessão.
ocupação do solo e criar ou atribuir direito ou § 5.º O espaço cedido só poderá ser utilizado
obrigação nela não previstos ou admitidos. para os fins definidos neste artigo, sob pena de
Parágrafo único. A violação do disposto neste revogação da cessão.
artigo constitui infração político-administrativa da § 6.º Na hipótese prevista no parágrafo anterior,
autoridade por ela responsável, por ação ou omissão. a Prefeitura, após publicado o ato de revogação da
cessão, procederá à demolição da edificação.
Subseção III
Seção III
Disposições especiais
Do plano diretor
Art. 450. O Poder Executivo manterá, atuali-
zando-o permanentemente, cadastro municipal de Art. 452. O plano diretor, aprovado pela Câ-
logradouros, do qual constarão informações sobre a mara Municipal, é o instrumento básico da política
localização, extensão, data de reconhecimento, urbana.
quando efetuado, evolução histórica, serviços urba- § 1.º O plano diretor é parte integrante do
nos existentes e inexistentes, data de implantação processo contínuo de planejamento municipal,
dos serviços ou equipamentos urbanos e outros abrangendo a totalidade do território do Município
dados acerca da situação legal, urbana e fiscal de e contendo diretrizes de uso e ocupação do solo,
cada logradouro, seja reconhecido ou não. zoneamento, índices urbanísticos e áreas de espe-
§ 1.º Cada Região Administrativa fica obriga- cial interesse, articuladas com as econômico-
da a manter atualizados os cadastros de todos os financeiras e administrativas.
imóveis e logradouros de sua circunscrição e colo- § 2.º É atribuição do Poder Executivo con-
cá-los à disposição das associações de moradores duzir, no âmbito do processo de planejamento
ou de qualquer cidadão. municipal, as fases de discussão e elaboração do
§ 2.º É livre o acesso das associações de mo- plano diretor, bem como a sua posterior imple-
radores e de qualquer do povo às informações mentação.
constantes do cadastro municipal de logradouros e § 3.º É garantida a participação popular atra-
às cópias existentes nas Administrações Regionais. vés de entidades representativas da comunidade,
§ 3.º A sonegação, a restrição ou o embaraço nas fases de elaboração, implementação, acompa-
ao acesso, ao cadastro ou às suas cópias, na for- nhamento e avaliação do plano diretor.
ma do disposto nos §§ 1.º e 2.º, constituem falta § 4.º O plano diretor será proposto pelo Poder
grave do servidor que lhes der causa. Executivo e aprovado pela Câmara Municipal, na
Art. 451. A requerimento de associações de forma do art. 70.
moradores, a Prefeitura cederá espaço em áreas Art. 453. O processo de elaboração do plano di-
públicas ou em terrenos de propriedade do Municí- retor contemplará as seguintes etapas sucessivas:
pio para a construção de edificação destinada à I — definição dos problemas prioritários do
implantação de telefone público, telefone comuni- desenvolvimento urbano local e dos objetivos e
tário ou central telefônica comunitária. diretrizes para o seu tratamento;
§ 1.º São condições essenciais para a obten- II — definição dos programas, normas e
ção da cessão que a associação: projetos a serem elaborados e implementa-
I — seja registrada no Registro de Pessoas dos;
Jurídicas; III — definição do orçamento municipal para
II — conte com diretoria eleita na forma que o desenvolvimento urbano, juntamente com as
seu estatuto prescrever; metas, programas e projetos a serem implemen-
III — tenha em seu corpo social pelo menos tados pelo Poder Executivo.
dez por cento dos moradores da área em que se Art. 454. O plano diretor conterá disposi-
situe o espaço pleiteado. ções que assegurem a preservação do perfil das
§ 2.º A edificação será feita com base em edificações de sítios e logradouros de importân-
projeto previamente aprovado pela Prefeitura, cia especial para a fisionomia urbana tradicio-
através da respectiva Administração Regional e nal da Cidade, através da manutenção do gaba-
que preserve as condições urbanas ou ambientais rito neles predominante em 5 de outubro de
da área onde se situa o espaço pleiteado. 1989.
§ 3.º A cessão será feita por prazo não supe- Art. 455. Os objetivos e diretrizes do plano
rior a cinco anos, prorrogável sucessivamente a diretor constarão, obrigatoriamente, do plano plu-
requerimento do cessionário. rianual e serão contemplados na lei de diretrizes
§ 4.º As despesas de construção da edificação orçamentárias. [Redação da Emenda à Lei Orgâni-
51
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
ca n.º 12, de 2002, publicada no DCM de II — definir política setorial específica, assegu-
05/07/2002.] rando a coordenação adequada dos órgãos direta ou
Art. 456. A destinação do patrimônio imobili- indiretamente encarregados de sua implementação;
ário será compatibilizada com a política de desen- III — zelar pela utilização racional e susten-
volvimento urbano expressa nesta Lei Orgânica e tada dos recursos naturais, e, em particular, pela
no plano diretor. integridade do patrimônio ecológico, paisagístico,
histórico, arquitetônico, cultural e arqueológico;
Seção IV IV — proteger a fauna e flora silvestres, em
especial as espécies em risco de extinção, as vul-
Das responsabilidades sociais neráveis e raras, preservando e assegurando as
condições para sua reprodução, reprimindo a caça,
Art. 457. O Poder Executivo manterá política a extração, a captura, a matança, a coleção, o
de modernização e atualização de seus sistemas transporte e a comercialização de animais captu-
administrativos, para garantir a circulação da in- rados na natureza e consumo de seus espécimes e
formação no processo de elaboração e execução subprodutos e vedadas as práticas que submetam
da política urbana e atender às consultas tanto dos os animais nestes compreendidos também os exó-
demais setores da administração pública municipal ticos e domésticos, a tratamento desnaturado;
como dos cidadãos. V — controlar, monitorar e fiscalizar as insta-
Art. 458. Todo cidadão tem o direito de ser lações, equipamentos e atividades que comportem
informado dos atos do Poder Público em relação à risco efetivo ou potencial para a qualidade de vida
política urbana. e o meio ambiente;
Parágrafo único. O Poder Público garantirá VI — estimular a utilização de fontes energé-
os meios para que a informação chegue aos cida- ticas alternativas não poluidoras, provenientes, de
dãos, dando-lhes condições de discutir os proble- preferência, do Município ou do Estado e, em par-
mas urbanos e participar de suas soluções. ticular, do gás natural e do biogás para fins auto-
Art. 459. O Poder Público manterá fundo mu- motivos, e de equipamentos e sistemas de apro-
nicipal de desenvolvimento urbano destinado à veitamento da energia solar e eólica;
implementação de programas e projetos referen- VII — promover a proteção das águas contra
tes à administração da política urbana, sendo ve- ações que possam comprometer o seu uso, atual
dada sua utilização para pagamento de pessoal da ou futuro;
administração direta e indireta e de encargos fi- VIII — proteger os recursos hídricos, minimi-
nanceiros estranhos à sua aplicação. zando a erosão e a sedimentação;
Parágrafo único. É vedada a remuneração, a IX — efetuar levantamento dos recursos hí-
qualquer título, aos membros do fundo, sendo a dricos, incluindo os do subsolo, para posterior
participação de cada considerada como relevante compatibilização entre os seus usos múltiplos efe-
serviço público. tivos e potenciais com ênfase no desenvolvimento
e no emprego de métodos e critérios de avaliação
CAPÍTULO VI da qualidade das águas;
X — estimular e promover o reflorestamento
Do meio ambiente ecológico em áreas degradadas, sempre que pos-
sível com a participação comunitária, através de
Seção I planos e programas de longo prazo, objetivando
especialmente:
Dos princípios gerais a) a proteção das bacias hidrográficas, dos
estuários, das nascentes, das restingas, dos man-
Art. 460. Todos têm direito ao meio ambiente guezais e dos terrenos sujeitos a erosão ou inun-
ecologicamente equilibrado, patrimônio comum do dações;
povo e essencial à sadia qualidade de vida, im- b) a fixação de dunas;
pondo-se à coletividade e em especial ao Poder c) a recomposição paisagística e ecológica;
Público o dever de defendê-lo, garantida sua con- d) a reprodução natural da biota;
servação, recuperação e proteção em benefício e) a estabilização das encostas;
das gerações atuais e futuras. f) a manutenção de índices indispensáveis de
Art. 461. Visando à defesa dos princípios a cobertura vegetal, para o cumprimento do dispos-
que se refere o artigo anterior, incumbe ao Poder to nas alíneas anteriores;
Público: XI — promover os meios necessários para
I — estabelecer legislação apropriada, na evitar a pesca predatória;
forma do disposto no art. 30, I e II, da Constitui- XII — disciplinar as atividades turísticas,
ção da República; compatibilizando-as com a preservação de suas
52
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
paisagens e dos recursos naturais; padrões em vigor;
XIII — garantir a limpeza e a qualidade da b) adotem fontes energéticas alternativas
areia e da água das praias, a integridade da paisa- menos poluentes;
gem natural e o direito ao sol; V — execução de políticas setoriais, com a
XIV — garantir a limpeza e a qualidade dos participação orientada da comunidade, visando à
bens públicos. coleta seletiva, transporte, tratamento e disposi-
Parágrafo único. O Município manterá per- ção final de resíduos urbanos, patológicos e indus-
manente fiscalização e controle sobre os veículos triais, com ênfase nos processos que envolvam
de que trata o inciso VI, que só poderão trafegar sua reciclagem;
com equipamentos antipoluentes que eliminem ou VI — registro, acompanhamento e fiscalização
diminuam ao mínimo o impacto nocivo dos gases das concessões de direitos de pesquisa e explora-
da combustão. ção de recursos hídricos e minerais no território
Art. 462. São instrumentos de execução da municipal, condicionadas à autorização da Câmara
política de meio ambiente estabelecida nesta Lei Municipal;
Orgânica: VII — implantação descentralizada de usinas
I — a fixação de normas e padrões como con- de processamento e reprocessamento de resíduos
dição para o licenciamento de atividades potenci- urbanos visando a neutralizar ou eliminar impactos
almente poluidoras; ambientais;
II — a permanente fiscalização do cumpri- VIII — determinação de realização periódica,
mento das normas e padrões ambientais estabele- por instituições científicas idôneas, de auditorias
cidos na legislação federal, estadual e municipal; nos sistemas de controle de poluição e prevenção
III — a criação de unidades de conservação, de riscos de acidentes nas instalações de ativida-
tais como áreas de preservação permanente, de des de significativo potencial poluidor, incluindo a
proteção ambiental, de relevante interesse ecoló- avaliação detalhada dos efeitos de sua operação
gico ou cultural, parques municipais, reservas sobre a qualidade física, química e biológica do
biológicas e estações ecológicas; meio ambiente e sobre as populações, às expen-
IV — o tombamento de bens; sas dos responsáveis por sua ocorrência;
V — a sinalização ecológica. IX — manutenção e defesa das áreas de pre-
Parágrafo único. As disposições dos incisos servação permanente, assim entendidas aquelas
III e IV poderão ser aplicadas por lei ou por ato do que, pelas suas condições fisiográficas, geológicas,
Poder Executivo. hidrológicas, biológicas ou climatológicas, formam
um ecossistema de importância no meio ambiente
Seção II natural, destacando-se:
a) os manguezais, as áreas estuarinas e as
Do controle e da preservação do meio ambiente restingas;
b) as nascentes e as faixas marginais de pro-
Art. 463. São instrumentos, meios e obriga- teção de águas superficiais;
ções de responsabilidade do Poder Público para c) a cobertura vegetal que contribua para a
preservar e controlar o meio ambiente: estabilidade das encostas sujeitas à erosão e des-
I — celebração de convênios com universida- lizamentos ou para fixação de dunas;
des, centros de pesquisa, associações civis e orga- d) as áreas que abriguem exemplares raros,
nizações sindicais nos esforços para garantir e ameaçados de extinção ou insuficientemente co-
aprimorar o gerenciamento ambiental; nhecidos da flora e da fauna, bem como aquelas
II — adoção das áreas das bacias e sub-bacias que sirvam como local de pouso, abrigo ou repro-
hidrográficas como unidades de planejamento e dução de espécies;
execução de planos, programas e projetos; e) os bens naturais a seguir, além de outros
III — estímulo à pesquisa, desenvolvimento e que a lei definir:
utilização de: 1 — os bosques da Barra e da Freguesia;
a) tecnologias poupadoras de energia; 2 — a Floresta da Tijuca;
b) fontes energéticas alternativas, em particular 3 — as Lagoas da Tijuca, de Jacarepaguá, de
do gás natural e do biogás para fins automotivos; Marapendi, do Camorim, Lagoinha e Rodrigo de
c) equipamentos e sistemas de aproveitamen- Freitas;
to da energia solar e eólica; 4 — as localidades de Grumari e Prainha;
IV — concessão de incentivos fiscais e tributá- 5 — os Maciços da Tijuca e da Pedra Branca;
rios, conforme estabelecido em lei, àqueles que: 6 — os Morros do Silvério e Dois Irmãos;
a) implantem tecnologias de produção ou de 7 — a Serra do Mendanha;
controle que possibilitem a redução das emissões 8 — as Pedras Bonita, da Gávea, de Itaúna e
poluentes a níveis significativamente abaixo dos do Arpoador;
53
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
9 — a Fazendinha do IAPI da Penha; vos de caráter internacional, reconhecidos pelo Co-
f) as lagoas, lagos e lagunas; mitê Olímpico Brasileiro, ficando a afixação de enge-
g) os parques, reservas ecológicas e biológi- nhos publicitários na orla marítima autorizada
cas, estações ecológicas e bosques públicos; apenas durante o período de realização de tais even-
h) as cavidades naturais subterrâneas, inclu- tos e na sua área e no seu entorno, na forma da lei.
sive cavernas; [Parágrafo acrescentado pela Emenda n.º 9, de
i) as áreas ocupadas por instalações militares 2001, publicado no DCM n.º 60, de 28/03/2001 e
na orla marítima; republicado no DCM n.º 63, de 02/04/2001.]
X — criação de mecanismos de entrosamento Art. 464. O Poder Executivo é obrigado a
com outras instâncias do Poder Público das com- manter a sinalização de advertência nos locais de
petências e da autonomia municipal; despejo de esgotos sanitários, industriais ou pato-
XI — criação de unidades de conservação re- lógicos, com o fim de esclarecer a população sobre
presentativas dos ecossistemas originais de seu a sua existência e os perigos para a saúde.
espaço territorial, vedada qualquer utilização ou Art. 465. São vedadas:
atividade que comprometa seus atributos essenciais, I — a fabricação, comercialização, transporte,
sendo a sua alteração e supressão permitidas so- armazenamento e utilização de armas químicas e
mente através de lei; biológicas;
XII — instituição de limitações administrati- II — a instalação de depósitos de explosivos,
vas ao uso de áreas privadas, objetivando a prote- para uso civil ou militar, a menos de dois quilôme-
ção de ecossistemas, de unidades de conservação tros de áreas habitadas e nas vias de tráfego per-
e da qualidade de vida. manente.
§ 1.º A iniciativa do Poder Público de criação Art. 466. Não será permitido o ingresso ou a
de unidades de conservação de que trata o inciso circulação, nos limites da Cidade, de veículos de
XI, com a finalidade de preservar a integridade de transporte, coletivo ou não, cujas condições de
exemplares dos ecossistemas, será imediatamente funcionamento sejam fator de poluição.
seguida dos procedimentos necessários à regulari- Art. 467. Não serão permitidas a concessão
zação fundiária, sinalização ecológica, demarcação de licenças e autorizações, provisórias ou a título
e implantação de estruturas de fiscalização ade- precário, para instalação de engenhos publicitários
quadas. de qualquer natureza que vedem a visão de áreas
§ 2.º O Poder Público, no que se refere ao in- verdes, praias, lagos, rios, riachos, ilhas, praças e
ciso XI, estimulará a criação e a manutenção de curvas de logradouros públicos ou que coloquem
unidades de conservação privadas, principalmente em risco a vida ou segurança da população.
quando for assegurado o acesso de pesquisadores Art. 468. Na proteção ao meio ambiente se-
e de visitantes, de acordo com suas características rão considerados os elementos naturais e culturais
e na forma do plano diretor. que constituem a paisagem urbana, tendo por
§ 3.º As limitações administrativas a que se objetivo preservar, melhorar e recuperar a quali-
refere o inciso XII serão averbadas no Registro de dade ambiental.
Imóveis no prazo máximo de três meses contados § 1.º Entendem-se por elementos naturais o
de sua instituição. ar, a água, o solo, o subsolo, a fauna, a flora, os
§ 4.º A pesquisa e a exploração a que se refe- rios, as lagoas, os sistemas lagunares, o mar e
re o inciso VI deste artigo serão precedidas de suas margens e orlas, os morros e as formações
licenciamento do órgão municipal competente. rochosas.
§ 5.º É vedada a afixação de engenhos publi- § 2.º Entendem-se por elementos culturais as
citários de qualquer natureza: edificações, as construções, as obras de arte, os
I — a menos de 200 metros de emboques de monumentos e o mobiliário urbano.
túneis e de pontes, viadutos e passarelas; Art. 469. O Município destinará o uso dos re-
II — na orla marítima e na faixa de domínio cursos hídricos naturais prioritariamente a:
de lagoas; I — abastecimento de água;
III — em encostas de morros, habitados ou não; II — dessedentação de animais;
IV — em áreas florestadas; III — irrigação.
V — na faixa de domínio de estradas munici- Parágrafo único. Os usos secundários res-
pais, estaduais e federais. peitarão os referidos nos incisos I a III.
§ 6.º Para efeito do parágrafo anterior, en- Art. 470. O município reduzirá ao mínimo a
tende-se como faixa de domínio das estradas o aquisição e utilização de material não reciclável e
espaço de quinze metros situado nas margens de não biodegradável.
seu leito. Parágrafo único. O Município é responsável
§ 7.º Fica afastada a vedação do inciso II do § pela informação e educação da população, entida-
5.º, caso venha o Município a sediar eventos esporti- des privadas e estabelecimentos quanto ao uso
54
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
dos materiais referidos neste artigo. VII — não permitir, nas áreas de preservação
Art. 471. São consideradas áreas de relevan- permanente, atividades que contribuam para des-
te interesse ecológico para fins de proteção, na caracterizar ou prejudicar seus atributos e funções
forma desta Lei Orgânica, visando à sua conserva- essenciais, excetuadas aquelas destinadas a recu-
ção, restauração ou recuperação: perá-las e assegurar sua proteção, mediante pré-
I — os sítios e acidentes naturais adequados via autorização dos órgãos municipais competentes;
ao lazer; VIII — proibir a introdução no meio ambiente
II — a Baía de Guanabara; de substâncias cancerígenas, mutagênicas e terato-
III — a Baía de Sepetiba; gênicas, e que afetem a camada de ozônio além dos
IV — as florestas do Município. limites e das condições permitidas pelos regulamen-
§ 1.º Poderão ainda ser consideradas áreas tos dos órgãos de saúde e controle ambiental;
para fins de proteção, as de influência de indús- IX — providenciar com vista à manutenção
trias potencialmente poluidoras, com o objetivo de dos ruídos urbanos em níveis condizentes com a
controlar a ocupação residencial no seu entorno. tranqüilidade pública;
§ 2.º A lei definirá as áreas de relevante inte- X — interditar, a bem da tranqüilidade pú-
resse ecológico, para fins de proteção. blica, estabelecimentos recreativos, industriais
ou comerciais que, situados em área residencial
Seção III urbana, a pequena distância de habitações ocu-
padas, desenvolvam, sem dispor de instalações
Das obrigações do poder público e meios adequados ao isolamento e à contenção
de ruídos, atividades que possam perturbar,
Art. 472. O Poder Público é obrigado a: mediante poluição sonora, o sossego dos mora-
I — divulgar, anualmente, os planos, progra- dores locais.
mas e metas para a recuperação da qualidade Art. 473. Para a melhoria da qualidade do
ambiental, incluindo informações detalhadas sobre meio urbano, incumbe ao Poder Público:
a alocação de recursos humanos e financeiros, I — implantar e manter hortos florestais des-
bem como relatório de atividades e desempenho tinados à recomposição da flora nativa e da produ-
relativo ao período anterior; ção de espécies diversas destinadas à arborização
II — garantir amplo acesso dos interessados de logradouros públicos;
às informações sobre fontes e causas de poluição II — promover ampla urbanização dos logra-
e de degradação ambiental, os níveis de poluição, douros públicos da área urbana, utilizando cin-
qualidade do meio ambiente, situações de risco de qüenta por cento de espécies frutíferas, bem como
acidentes e a presença de substâncias potencial- repor e substituir os espécimes doentes ou em
mente danosas à saúde na água potável, nos ali- processo de deterioração ou morte;
mentos e nas areias das praias; III — garantir a participação da comunidade
III — impedir a implantação e a ampliação de local organizada e o acompanhamento de técnicos
atividades poluidoras cujas emissões possam cau- especializados nos projetos de praças, parques e
sar ao meio ambiente condições em desacordo jardins.
com as normas e padrões de qualidade ambiental; Art. 474. Caberá ao Município, no intuito de
IV — proibir a estocagem, a circulação e o evitar a poluição visual, criar medidas de proteção
comércio de alimentos ou insumos oriundos de ambiental através de legislação que promova de-
áreas contaminadas; fesa da paisagem, especialmente no que se refere
V — condicionar a implantação de instalações ao mobiliário urbano, à publicidade e ao empa-
e atividades, efetiva ou potencialmente causadoras chamento.
de alteração no meio ambiente e na qualidade de Art. 475. É dever de todos preservar as
vida, à prévia elaboração de estudo de impacto coberturas florestais nativas ou recuperadas
ambiental, relatório de impacto ambiental (Rima) existentes no Município, consideradas indispen-
e impacto ocupacional, que terão ampla publicida- sáveis ao processo de desenvolvimento equili-
de e serão submetidos ao Conselho Municipal de brado e à sadia qualidade de vida de seus habi-
Meio Ambiente, ouvida a sociedade civil em audi- tantes.
ências públicas e informando-se aos interessados Parágrafo único. É vedada a redução, a
que o solicitarem no prazo de dez dias; qualquer título ou pretexto, das áreas referidas
VI — condicionar a implantação dos dispositi- neste artigo.
vos de captação e represamento de água, voltados Art. 476. Todos os cidadãos têm o direito de
para o aproveitamento hídrico, de forma a impedir denunciar à Procuradoria-Geral do Município infra-
impactos irreversíveis sobre o meio ambiente e ções às normas de proteção ambiental e toda de-
sobre populações tanto a montante como a jusan- gradação do meio ambiente que determine perda
te do local de captação; de vida ou danos à saúde individual ou coletiva.
55
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Parágrafo único. Cabe obrigatoriamente à Pro- de qualquer espécie concedidos pelo Poder Público
curadoria-Geral do Município promover ação civil ou àqueles que hajam infringido normas e padrões de
criminal própria, sob pena de responsabilidade. prática ambiental, nos cinco anos anteriores à data
Art. 477. Os serviços de derrubada de árvo- da concessão.
res somente poderão ser efetuados mediante pré- IV — suspensão temporária da atividade do
via autorização do órgão ambiental e sob sua ori- estabelecimento;
entação. V — negativa de renovação de licença para lo-
Art. 478. É dever de todo servidor público calização e funcionamento do estabelecimento ou
envolvido na execução da política municipal de cancelamento da licença anteriormente concedida
meio ambiente que tiver conhecimento de in- e fechamento do estabelecimento.
frações às normas e padrões de proteção ambi- § 1.º As empresas permissionárias ou conces-
ental comunicar o fato ao Ministério Público e à sionárias de serviço público são passíveis de, além
Procuradoria-Geral do Município, para instaura- das sanções previstas nos incisos deste artigo, não
ção de inquérito, indicando os respectivos ele- terem suas permissões ou concessões renovadas
mentos de convicção, sob pena de responsabi- nos casos de infrações persistentes, intencionais
lidade funcional. ou por omissão.
Parágrafo único. Concluindo o inquérito civil § 2.º As sanções previstas nos incisos deste
pela procedência da denúncia, o Município ajuizará artigo serão aplicadas em caráter sucessivo e
ação civil pública por danos ao meio ambiente no cumulativo, conforme o que dispuser regulamento,
prazo máximo de trinta dias a contar do recebi- excetuada a do inciso II, que poderá ser aplicada
mento da denúncia, sempre que o Ministério Públi- simultaneamente com a do inciso I.
co não o fizer. § 3.º As penalidades previstas nos incisos IV
Art. 479. O licenciamento da atividade de e V poderão ser impostas diretamente pelo Muni-
lavra de jazidas minerais dependerá de prévia cípio sempre que se tratar de atividade poluidora
prestação de caução que corresponda ao custo de qualquer espécie não licenciada pelo órgão
total da recuperação do meio ambiente degra- competente do Poder Público estadual, nos termos
dado, de acordo com a solução técnica exigida do art. 10 da Lei Federal n.º 6.938, de 31 de agos-
pelo órgão público competente, na forma da to de 1981.
lei. § 4.º Estando o estabelecimento poluidor
no exercício da atividade licenciada, conforme
Seção IV referido no parágrafo anterior, a aplicação das
sanções será requerida pelo Município às auto-
Dos instrumentos de sanção ridades federais ou estaduais competentes, de
acordo com o estabelecido nos arts. 15 e 16
Art. 480. Os responsáveis por atividades cau- da Lei Federal n.º 6.938, de 31 de agosto de
sadoras de degradação ambiental arcarão inte- 1981.
gralmente com os custos de monitoragem, contro-
le e recuperação das alterações do meio ambiente CAPÍTULO VII
decorrentes de seu exercício, sem prejuízo da
aplicação de penalidades administrativas e da res- Do saneamento básico
ponsabilidade civil.
Parágrafo único. O disposto neste artigo in- Seção I
cluirá a imposição de taxa pelo exercício do poder
de polícia proporcional aos seus custos totais e Disposições gerais
vinculada à sua operacionalização.
Art. 481. As infrações à legislação municipal Art. 482. O Município, em consonância com
de proteção ao meio ambiente serão objeto das sua política urbana, o plano diretor e o plano plu-
seguintes sanções administrativas: rianual, manterá programa anual de saneamento
I — multa diária, observados, em qualquer básico, para execução com seus recursos e, medi-
caso, os limites máximos estabelecidos em lei ante convênio, com recursos da União e do Esta-
federal e aplicável somente quando ainda não do. [Redação da Emenda à Lei Orgânica n.º 12, de
houver sido imposta por outro ente da Federação; 2002, publicada no DCM de 05/07/2002.]
II — negativa, quando requerida, de licença § 1.º Consideram-se como saneamento bási-
para localização e funcionamento de outro estabe- co os serviços referentes à:
lecimento pertencente à mesma pessoa titular do I — captação, adução, tratamento e abaste-
estabelecimento poluidor. cimento de água;
III — perda, restrição ou negativa de conces- II — adução e tratamento dos esgotos sanitá-
são de incentivos e benefícios fiscais ou creditícios rios;
56
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
III — limpeza urbana. de tratamento adequado.
§ 2.º Os serviços a que se refere este artigo po- Art. 487. É vedada a implantação de siste-
derão ser delegados a outros, através de regulamen- mas de coleta conjunta de águas pluviais e esgo-
tação, quando o município não tiver condições de tos domésticos, patológicos ou industriais.
executá-los, respeitado o previsto no art. 148. Parágrafo único. As atividades poluidoras
Art. 483. Para ações conjuntas relacionadas deverão dispor de bacias de contenção para as
com saneamento básico, controle da poluição am- águas de drenagem, de forma a assegurar seu
biental e preservação dos recursos hídricos, o Mu- tratamento adequado, quando necessário, a crité-
nicípio poderá participar de convênio ou instru- rio do órgão de controle ambiental.
mento congênere com órgãos metropolitanos do Art. 488. As edificações somente serão licen-
Estado ou da União. ciadas se comprovada a existência de redes de
Art. 484. O Poder Público executará progra- esgoto sanitário e de estação de tratamento ou de
mas de educação sanitária, de modo a suplemen- lagoa de estabilização capacitadas para o atendi-
tar a prestação de serviços de saneamento básico, mento das necessidades de esgotamento sanitário
isoladamente ou em conjunto com organizações a serem criadas.
públicas de outras esferas de governo ou entida- § 1.º Caso inexista o sistema de esgotamento
des privadas. sanitário, caberá ao incorporador prover toda a
Art. 485. A Prefeitura, por iniciativa própria infra-estrutura necessária, incluindo o tratamento
ou a requerimento de qualquer do povo, procederá dos esgotos; à empresa concessionária a respon-
à interdição imediata do loteamento regular, irre- sabilidade pela operação e manutenção da rede e
gular ou clandestino em que se constatar a venda das instalações do sistema.
de lotes ou terrenos sem prévia implantação de § 2.º Em residências isoladas, em áreas ru-
rede de esgotamento sanitário, abastecimento de rais, será permitido o tratamento com dispositivos
água potável e drenagem de águas pluviais, apro- individuais, utilizando-se o subsolo como corpo
vados pelos órgãos competentes. receptor, desde que afastados do lençol utilizado
§ 1.º Consumada a interdição, o Poder Execu- para o abastecimento de água.
tivo, através da Procuradoria-Geral do Município § 3.º O licenciamento de construção em de-
oficiará ao Ministério Público do Estado para res- sacordo com o disposto neste artigo ensejará a
ponsabilização criminal do loteador e de seus pre- instauração de inquérito administrativo para a
postos e agentes. apuração da responsabilidade do agente do Poder
§ 2.º Constitui falta grave do Secretário Munici- Público que o concedeu, o qual poderá ser indicia-
pal competente e do Procurador-Geral do Município o do mediante representação de qualquer cidadão.
retardamento ou a negligência no cumprimento das § 4.º Após a implantação do sistema de esgo-
disposições deste artigo e seu § 1.º tos conforme previsto neste artigo, a Prefeitura
§ 3.º Ao Poder Executivo é vedada a aprova- deverá permanentemente fiscalizar suas adequa-
ção de qualquer parcelamento em área onde não das condições de operação.
esteja assegurada a capacidade técnica de presta- § 5.º A fiscalização será feita pelos exames e
ção dos serviços de abastecimento de água, esgo- apreciações de laudos técnicos apresentados pela
tamento sanitário e drenagem de águas pluviais. entidade concessionária do serviço de tratamento,
sobre os quais se pronunciará a administração
Seção II através de seu órgão competente.
§ 6.º Os exames de apreciações de que trata
Da proteção dos corpos hídricos o parágrafo anterior serão colocados à disposição
dos interessados, em linguagem acessível.
Art. 486. Os lançamentos finais dos sistemas Art. 489. O plano diretor reservará áreas pa-
públicos e particulares de coletas de esgotamento ra implantação de estações de tratamento ou la-
sanitário em corpos hídricos receptores deverão goas de estabilização a fim de atender à expansão
ser precedidos de tratamento adequado. demográfica em cada região do Município.
§ 1.º Para efeitos deste artigo consideram-se
corpos hídricos receptores todas as águas que, em Seção III
seu estado natural, são utilizadas para o lança-
mento de esgotos sanitários. Das vedações
§ 2.º Fica excluído da obrigação definida nes-
te artigo o lançamento de esgotos sanitários em Art. 490. O Poder Público, ou, quando for o
águas de lagoas de estabilização especialmente caso, a empresa concessionária do serviço de
reservadas para este fim. abastecimento de água, garantirá condições que
§ 3.º O lançamento de esgotos em lagos, la- impeçam a contaminação da água potável na rede
goas, lagunas e reservatórios deverá ser precedido de distribuição.
57
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Art. 491. São vedadas: nhia do Pólo Petroquímico do Rio de Janeiro.
I — a criação de aterros sanitários à margem § 1.º Caberá à Procuradoria-Geral do Municí-
de rios, lagos, lagoas, lagunas e manguezais e pio ajuizar as medidas judiciais cabíveis, para efe-
junto a mananciais; tivar o disposto neste artigo.
II — a incineração de lixo a céu aberto, em § 2.º Comprovado seu domínio sobre a área
especial a de resíduos hospitalares. mencionada, o Município promoverá a regulariza-
Art. 492. A administração divulgará relatório ção de sua propriedade.
semestral de monitoragem da água distribuída à § 3.º Fica o Poder Executivo autorizado a ce-
população. lebrar acordo com o Estado do Rio de Janeiro para
Parágrafo único. Quando se tratar de con- transformar o valor da área citada neste artigo em
cessionária do serviço, procedimento adotado de- participação acionária, com direito a voto, em no-
verá ser idêntico. me do Município, no capital da Companhia do Pólo
Petroquímico do Rio de Janeiro.
Cidade do Rio de Janeiro, 5 de abril de 1990. Art. 53. O Poder Executivo manterá entendi-
mento com o Governo da União para a transferên-
____________ cia para o Município de bens imóveis a ela perten-
centes e não indispensáveis a seus serviços, para
programas e projetos de interesse público.
ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS Parágrafo único. O Município dará priorida-
de, nesses entendimentos, à:
....................................................................... I — transferência para o seu domínio da área
da antiga Fazenda Nacional de Santa Cruz, a fim
Art. 10. Será criada, no prazo de noventa dias de regularizar a posse das famílias que se instala-
contados da data da promulgação desta Lei Orgâni- ram nesta gleba, em particular a população do
ca, comissão de estudos territoriais, com oito chamado Bairro Rolas e do Conjunto Habitacional
membros indicados pela Câmara Municipal e quatro Antares, entre outros:
pelo Poder Executivo, com a finalidade de apresen- II — cessão de áreas sob a jurisdição admi-
tar estudos e projetos sobre o território municipal e nistrativa dos Ministérios do Exército, Marinha e
sua eventual subdivisão administrativa. Aeronáutica, em razão de desativação das instala-
Art. 11. A formação do cadastro municipal de ções e unidades militares que nelas funcionavam.
logradouros, instituída pelo art. 450, se iniciará no .......................................................................
prazo de noventa dias contados da data da pro- Art. 56. No prazo de três anos contados da
mulgação desta Lei Orgânica e será concluída no data da promulgação desta Lei Orgânica, o Poder
prazo de cinco anos. Executivo procederá à demarcação, medição e
Parágrafo único. Para a formação do cadas- descrição dos bens do domínio municipal.
tro, serão utilizados os dados disponíveis nos dife- § 1.º Nos assentamentos relativos a esses
rentes órgãos da Prefeitura, os quais serão centra- bens se anotarão sempre a sua destinação e, se
lizados em órgão a ser definido por ato do for o caso, a implementação do equipamento pre-
Prefeito, sem sacrifício da existência de cópias em visto para sua área.
outros órgãos. § 2.º Ato do Prefeito definirá a competência
....................................................................... para a guarda desses bens.
Art. 16. Fica extinta a Comissão do Plano da .......................................................................
Cidade — COPLAN, da Secretaria Municipal de Art. 67. A adaptação dos bens e edificações
Urbanismo e Meio Ambiente, e proibido o licen- em locais de uso público referidos no art. 317 será
ciamento de projetos especiais ou em desacordo feita no prazo de um ano contado da data da pro-
com a legislação vigente no Município. [Declarada mulgação desta Lei Orgânica, nos termos do art.
a Inconstitucionalidade pelo Órgão Especial do 349 da Constituição do Estado e do art. 59 de seu
Tribunal de Justiça — Representação n.º 26/90 — Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
Acórdão de 25/06/92 — Publicada no “Diário Oficial” [A Emenda Constitucional n.º 4, de 20/08/1991,
do Estado do Rio de Janeiro — Poder Judiciário.] renumerou o artigo 349 para 352.]
....................................................................... Art. 68. O Poder Executivo providenciará a
Art. 52. O Município adotará os procedimentos demolição de todas as edificações existentes que
cabíveis mediante entendimento ou, se necessário, impeçam o exercício do direito previsto no art.
ação judicial, para reintegrar a seu território e, se for 313, promovendo junto ao Poder Judiciário a nuli-
o caso, a seu patrimônio a porção de glebas situadas dade dos atos que venham autorizar construções
na margem direita do Rio da Guarda, em Santa em desacordo com a legislação.
Cruz, consideradas pelo Estado como pertencentes .......................................................................
ao Município de Itaguaí e como tal doadas à Compa- Art. 84. Será de iniciativa do Poder Executivo
58
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
o projeto de lei do plano diretor da Cidade. ju, a qual será objeto de atenção especial do Poder
Art. 85. No prazo de dois anos contados da da- Público, na forma que a lei dispuser.
ta da promulgação desta Lei Orgânica, o Poder Exe- Art. 94. Serão definidos e regulamentados
cutivo elaborará e submeterá à Câmara Municipal: por lei, no prazo de dois anos contados da data da
I — o plano diretor de macrodrenagem; promulgação desta Lei Orgânica:
II — o plano diretor de contenção, estabilização e I — as áreas passíveis e as atividades de po-
proteção de encostas sujeitas à erosão e a desliza- tencialidade de degradação ambiental;
mentos, o qual preverá a recomposição da cobertura II — os critérios para o estudo de impacto
vegetal com espécies adequadas a tais finalidades. ambiental e relatório de impacto ambiental.
Art. 86. Nos dois anos posteriores à promul- Art. 95. O Poder Executivo terá o prazo de
gação desta Lei Orgânica, o Poder Executivo pro- sessenta dias contados da data da promulgação
cederá à concessão de títulos de domínio da terra desta Lei Orgânica, para proceder à retirada dos
às comunidades de baixa renda, nos termos do engenhos publicitários que violam o disposto no
parágrafo único do artigo 437. art. 463, §§ 5.º e 6.º, e art. 467.
Parágrafo único. O título de domínio da terra Art. 96. As áreas definidas pelo plano diretor
não será concedido mais de uma vez à mesma pessoa. como reserva ecológica e reserva biológica serão
Art. 87. O Poder Executivo, no prazo de um ano demarcadas cartograficamente pelo órgão compe-
contado da data da promulgação desta Lei Orgânica, tente, no prazo de dois anos contados da data da
consolidará as disposições legais vigentes que tratam aprovação do plano.
do uso e da ocupação do solo municipal, as quais Art. 97. Todos aqueles que na data da pro-
farão parte do sistema de informações do Município, mulgação desta Lei Orgânica estiverem exercendo
conforme o disposto no art. 271. atividades poluidoras terão o prazo de um ano
....................................................................... para atender às normas e padrões vigentes na
Art. 90. No prazo de noventa dias contados legislação federal, estadual e municipal.
da data da promulgação desta Lei Orgânica, a Parágrafo único. A regulamentação deste
requerimento do interessado no órgão competen- artigo será objeto de lei no prazo de um ano con-
te, poderão ser regularizadas obras de construção, tado da data da promulgação desta Lei Orgânica.
modificação ou acréscimo já executadas em pré- .......................................................................
dios de uso residencial unifamiliar ou ultifamiliar,
se atendidas as seguintes condições: Cidade do Rio de Janeiro, 5 de abril de 1990.
I — comprovação de existência legal do lote pe-
lo proprietário ou de área de posse por seu detentor; [Publicada no “Diário da Câmara Municipal” do
II — requisitos mínimos de segurança, habi- Rio de Janeiro, de 05/04/1990.]
tabilidade e higiene de acordo com os padrões e
normas técnicas vigentes; ____________
III — respeito ao gabarito, o número de pa-
vimentos e altura máxima fixados para o local,
conforme a legislação em vigor; LEI COMPLEMENTAR N.º 16, DE 04
IV — não estejam localizadas em unidades de DE JUNHO DE 1992.
conservação ambiental de qualquer espécie;
V — não constituam parte de imóvel tombado Dispõe sobre a política urbana do município,
ou situados em seu entorno; institui o Plano Diretor Decenal da Cidade do
VI — não ocupem área não edificável; Rio de Janeiro, e dá outras providências.
VII — apresentação de plantas-baixas, cor-
Autor: Poder Executivo.
tes, fachadas e planta de situação da edificação.
Parágrafo único. A legalização da obra impli- O Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro:
cará o imediato cadastramento para fins de lança- Faço saber que a Câmara Municipal decreta e
mento da tributação municipal correspondente. eu sanciono a seguinte lei:
Art. 91. Lei de iniciativa do Poder Executivo
disporá, no prazo de noventa dias contados da TÍTULO I
data da promulgação desta Lei Orgânica, sobre o
comércio ambulante ou eventual. DA POLÍTICA URBANA
Art. 92. O Prefeito encaminhará à Câmara
Municipal, no prazo de cento e vinte dias contados Seção I
da data da promulgação desta Lei Orgânica, proje-
Disposição Preliminar
to de criação de comissão municipal de pesca.
Art. 93. Fica instituída a Área de Proteção Art. 1.° Esta lei complementar estabelece as
Ambiental e Recuperação Urbana da Ponta do Ca- normas e procedimentos para a realização da
59
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
política urbana do município, fixa as suas diretri- Seção III
zes, prevê instrumentos para a sua execução e
define políticas setoriais e seus programas, bus- Das diretrizes, normas e objetivos do Plano Diretor
cando o pleno atendimento das funções sociais da Decenal.
cidade.
Art. 5.° Constituem o Plano Diretor Decenal
Art. 2.° Fica instituído o Plano Diretor da Ci-
as diretrizes, normas e os instrumentos com vista:
dade do Rio de Janeiro, o qual será executado
I - à ordenação do território municipal;
durante dez anos, sem sacrifício de sua revisão no
II - à implantação do sistema municipal de
prazo e na forma fixados no artigo 230.
planejamento e do sistema de defesa da cidade;
§ 1.° O Plano Diretor é o instrumento bá-
III - à promoção das políticas setoriais para:
sico da política urbana do município e integra
a) o meio ambiente natural e o patrimônio
o processo contínuo de planejamento da cida-
cultural;
de.
b) a habitação;
§ 2.° O Plano Diretor será referido nesta lei
c) os transportes;
complementar como Plano Diretor Decenal da Ci-
d) os serviços públicos;
dade e com essa denominação será mencionado
e) os equipamentos urbanos;
nos documentos oficiais.
f) o desenvolvimento econômico, científico e
Seção II tecnológico;
g) a administração do patrimônio imobiliário
Dos objetivos e instrumentos do município;
IV - à ordenação do uso e ocupação do solo.
Art. 3.° São objetivos da política urbana do § 1.° O Plano Diretor Decenal regula os pro-
Município: cessos de desenvolvimento urbano, seus progra-
I - garantir o bem-estar e a melhoria da qua- mas e projetos e orienta as ações dos agentes
lidade de vida de seus habitantes; púlicos e privados para a totalidade do território
II - ordenar o pleno desenvolvimento das municipal.
funções sociais da Cidade. § 2.° Os objetivos e diretrizes do Plano Dire-
Art. 4.º Os objetivos definidos no artigo ante- tor Decenal constarão, obrigatoriamente, do Plano
rior serão alcançados através: Plurianual de Governo e serão contemplados no
I - de uma ordenação do território que pro- orçamento plurianual de investimentos.
mova um desenvolvimento equilibrado; Art. 6.º São objetivos do Plano Diretor Dece-
II - do controle público sobre a utilização do nal:
imóvel urbano; I - propiciar ao conjunto da população melho-
III - de uma política habitacional que assegu- res condições de acesso à terra, à habitação, ao
ra o direito social da moradia; trabalho, aos transportes e aos equipamentos e
IV - da total prioridade ao transporte público serviços urbanos;
de alta capacidade; II - ordenar o crescimento das diversas áreas
V - da justa distribuição de infra-estrutura e da cidade, compatibilizando-o com o saneamento
serviços urbanos; básico, o sistema viário e de transportes e os de-
VI - da valorização da memória construída e mais equipamentos e serviços urbanos;
da proteção e recuperação dos recursos naturais e III - promover a descentralização da gestão
da paisagem; dos serviços públicos municipais;
VII - do cumprimento da função social da IV - promover a distribuição justa e equilibra-
propriedade; da da infra-estrutura e dos serviços públicos, re-
VIII – da participação popular na gestão da partindo as vantagens e ônus decorrentes da ur-
cidade; banização;
IX - do estabelecimento de mecanismos para V - compatibilizar o desenvolvimento urbano
atuação conjunta dos setores público e privado na com a proteção do meio ambiente pela utilização
transformação urbanística da cidade; racional do patrimônio natural cultural e construí-
X - do controle, fiscalização e sistematização do, sua conservação, recuperação e revitalização;
do mobiliário urbano e dos artefatos de empacha- VI - estimular a população para a defesa dos
mento; interesses coletivos, reforçando o sentimento de
XI - da integração entre órgãos e entidades cidadania e proporcionando o reencontro do habi-
federais, estaduais e municipais, durante a elabo- tante com a cidade;
ração, avaliação e execução de planos, projetos e VII - estabelecer mecanismos de participação
programas urbanísticos, objetivando a compatibili- da comunidade no planejamento urbano e na fis-
zação das leis específicas. calização de sua execução;
60
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
VIII - promover o cumprimento da função (RIMA);
social da propriedade urbana. VIII - Plano Municipal Integrado de Transpor-
tes e regulamento do sistema de transporte públi-
TÍTULO II co de passageiros.
Art. 11. O detalhamento das normas gerais
DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE de parcelamento da terra e de uso e ocupação do
solo será feito em Projeto de Estruturação Urbana
Art. 7.º A propriedade urbana cumpre sua (PEU), instituído por lei.
função social quando atende às exigências funda- Parágrafo único. O Projeto de Estruturação
mentais de ordenação da cidade expressas no Urbana define a legislação urbanística das Unida-
Plano Diretor. des Espaciais de Planejamento (UEP), a partir das
Art. 8.º A intervenção do Poder Público tem peculiaridades de cada bairro ou do conjunto de
como finalidade: bairros que as compõem.
I - recuperar em beneficio coletivo a valoriza- Art. 12. É garantida a participação da popula-
ção acrescentada pelos investimentos públicos à ção em todas as etapas do processo de planeja-
propriedade particular; mento, pelo amplo acesso às informações, assim
II - controlar a densidade populacional com a como à elaboração, implementação e avaliação de
correspondente e adequada utilização urbana; planos, projetos e programas de desenvolvimento
III - gerar recursos para o atendimento da urbano, de caráter geral, regional ou local, medi-
demanda de infra-estrutura e de serviços públicos ante a exposição de problemas e de propostas de
provocada pelo adensamento decorrente da verti- soluções.
calização das edificações e para implantação de § 1.° A participação da população é assegurada
infra-estrutura em áreas não servidas; pela representação de entidades e associações co-
IV - promover o adequado aproveitamento munitárias em grupos de trabalho, comissões e ór-
dos vazios urbanos ou terrenos subutilizados ou gãos colegiados, provisórios ou permanentes.
ociosos, sancionando a sua retenção especulativa; § 2.° (VETADO).
V - criar áreas sob regime urbanístico específico; § 3.° (VETADO).
VI - condicionar a utilização do solo urbano
aos princípios de proteção e valorização do meio CAPÍTULO II
ambiente e do patrimônio cultural.
Do sistema municipal de planejamento
TÍTULO III
Art. 13. A lei instituirá o sistema municipal de pla-
DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO URBANO nejamento urbano, definindo a sua estrutura, a qual será
integrada pelo Conselho Municipal de Política Urbana.
CAPÍTULO I Art. 14. O sistema municipal de planejamento
urbano se responsabilizará:
Disposições gerais I - pela integração dos agentes setoriais de
planejamento e de execução da administração dire-
Art. 9.° O planejamento urbano do município orde- ta, indireta e fundacional do município, assim como
nará o crescimento da cidade, estabelecendo as priori- dos órgãos e entidades federais e estaduais, quan-
dades de investimentos e as diretrizes de uso e ocupa- do necessário, para aplicação das diretrizes e políti-
ção do solo, bem como os instrumentos que serão cas setoriais previstas nesta Lei Complementar;
aplicados no controle do desenvolvimento urbano. II - pelo acompanhamento e a avaliação dos
Art. 10. Leis específicas estabelecerão nor- resultados da implementação do Plano Diretor
mas gerais e de detalhamento do planejamento Decenal;
urbano relativas às seguintes matérias, observa- III - pela criação e atualização de um sistema
das as diretrizes fixadas nesta Lei Complementar: de informações sobre a cidade, compreendendo,
I - parcelamento do solo urbano; entre outros, cadastro de terras e infra-estrutura e
II - uso e ocupação do solo; dados gerais sobre o uso e ocupação do solo urbano;
III - zoneamento e perímetro urbano; IV - pela atualização permanente da planta de
IV - obras de construções e edificações; valores do município;
V - licenciamento e fiscalização de obras e e- V - pela ampla divulgação dos dados e infor-
dificações; mações;
VI - licenciamento e fiscalização de atividades VI - pela realização de análises e formulação
econômicas e posturas municipais; de propostas solicitadas aos órgãos do sistema de
VII - regulamento do Estudo de Impacto Am- planejamento pelas instituições da sociedade civil.
biental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental
61
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
CAPÍTULO III previstos na legislação municipal, estadual e fede-
ral e especialmente daqueles relacionados no arti-
Do sistema de defesa da cidade go 430 da Lei Orgânica do Município:
Art. 15. O Poder Executivo manterá sistema de [Lei Orgânica do Município do Rio de Ja-
defesa da cidade, visando a coordenar as ações e atuar neiro:
preventiva e imediatamente nos casos de ameaça ou "Art. 430. Para assegurar as funções soci-
dano às suas condições normais de funcionamento. ais da cidade e da propriedade, o Poder Públi-
Parágrafo único. O sistema de defesa da ci- co poderá valer-se dos seguintes instrumen-
dade será constituído por órgãos públicos munici- tos, além de outros que a lei definir:
pais, facultada a participação de órgãos estaduais I - de caráter fiscal e financeiro:
e federais e da comunidade. a) imposto sobre a propriedade predial e
Art. 16. São meios de defesa da cidade: territorial urbana progressivo e diferenciado
I - a prevenção dos efeitos das enchentes, por zonas, e outros critérios de ocupação e de
desmoronamentos e outras situações de risco, uso do solo;
através de ações do Poder Público, entre as quais: b) taxas e tarifas diferenciadas por zonas,
a) o controle, a fiscalização e a remoção das segundo os serviços oferecidos;
causas de risco; c) contribuição de melhoria;
b) o monitoramento dos índices pluviométricos; d) incentivos e benefícios fiscais;
c) a assistência à população diante da ameaça e) recursos públicos destinados especifi-
ou dano; camente ao desenvolvimento urbano;
II - o impedimento e a fiscalização da ocupação II - de caráter jurídico-urbanístico:
de áreas de risco, assim definidas em laudo solicita- a) desapropriação por interesse social ou
do ou emitido pelo órgão técnico competente, e de utilidade pública;
áreas públicas, faixas marginais de rios e lagoas, b) servidão administrativa e limitações
vias públicas e áreas de proteção ambiental; administrativas;
III - a divulgação e a realização de campa- c) tombamento de imóveis;
nhas públicas contendo medidas preventivas e de d) declaração de área de preservação ou
ação imediata de defesa da cidade; proteção ambiental;
IV - a identificação e o cadastramento de á- e) concessão real de uso ou domínio;
reas de risco; f) concessão de direito real de uso resolú-
V - a implantação de um programa amplo e vel;
de sistema de Educação Ambiental de Prevenção g) Lei de Parcelamento do Solo Urbano;
contra o risco junto à população, em especial nas h) Lei do Perímetro Urbano;
áreas de mais baixa renda; i) Código de Obras e Edificações;
VI - a cooperação da população na fiscaliza- j) Código de Posturas;
ção do estado da infra-estrutura de serviços bási- k) Lei de Solo Criado;
cos, dos despejos industriais, da descarga de ater- I) Código de Licenciamento e Fiscalização;
ro e das ações de desmatamento. III - de caráter urbanístico-institucional:
Art. 17. O município manterá, em caráter a) programas de regularização fundiária;
permanente, órgão de vistoria e fiscalização das b) programas de reservas de áreas para
obras públicas de grandes estruturas, para preve- utilização pública;
nir a ocorrência de acidentes. c) programas de assentamentos de popu-
Parágrafo único. A lei definirá a composição, lação de baixa renda;
as competências, as atribuições e o funcionamento d) programas de preservação, proteção e
do órgão. recuperação das áreas urbanas;
IV - de caráter administrativo:
TÍTULO IV a) subsídios à construção habitacional pa-
ra a população de baixa renda;
DOS INSTRUMENTOS E RECURSOS DO PLANO b) urbanização de áreas faveladas e lote-
DIRETOR DECENAL amentos irregulares e clandestinos, integran-
do-os aos bairros onde estão situados. "]
CAPÍTULO I
I - de caráter institucional:
Disposições gerais a) o sistema municipal de planejamento;
b) o sistema de defesa da cidade;
Art. 18. São instrumentos de aplicação do c) os Conselhos Municipais de:
Plano Diretor Decenal, sem prejuízo de outros 1 - VETADO;
62
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
2 - Desenvolvimento Econômico, Ciência e bre a transmissão de bens ou direitos decor-
Tecnologia; rente de fusão, incorporação, cisão ou
3 - VETADO; extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses
4 - Meio Ambiente; casos, a atividade preponderante do adquiren-
5 - Política Urbana; te for a compra e venda desses bens ou direi-
6 - Proteção do Patrimônio Cultural; tos, locação de bens imóveis ou arrendamento
7 - VETADO; mercantil;
8 - Transportes; II - compete ao município da situação do
II - de caráter financeiro-contábil, os Fundos bem.
Municipais de:
a) Conservação Ambiental; (A Emenda Constitucional n.º 3, de
b) Desenvolvimento Econômico; 17/03/1993, deu ao § 3.° a seguinte redação:)
c) Desenvolvimento Urbano;
d) Transportes e Sistema Viário; § 3.º Em relação ao imposto previsto no
III - de caráter urbanístico: inciso III, cabe à Lei Complementar:
a) a criação de solo; I - fixar as suas alíquotas máximas;
b) a operação interligada; II - excluir de sua incidência exportações
c) a urbanização consorciada; de serviços para o exterior.
d) o parcelamento e a edificação compulsó- § 4.º [Revogado pela Emenda Constitu-
rios; cional n.º 3, de 17/03/1993.]
e) a desapropriação com pagamento em títu- Art. 182. A política de desenvolvimento
los da dívida pública; urbano, executada pelo Poder Público munici-
f) a legislação de parcelamento, uso e ocupa- pal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei,
ção do solo, obras e edificações; tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvi-
g) a legislação de licenciamento e fiscaliza- mento das funções sociais da cidade e garantir
ção; o bem-estar de seus habitantes.
h) os Projetos de Estruturação Urbana; § 1.º O plano diretor, aprovado pela Câ-
IV - de caráter tributário: mara Municipal, obrigatório para cidades com
a) a contribuição de melhoria; mais de vinte mil habitantes, é o instrumento
b) o Imposto Sobre a Propriedade Predial e básico da política de desenvolvimento e de ex-
Territorial Urbana progressivo no tempo, conforme pansão urbana.
o disposto nos artigos 156, § 1.°, e 182, § 4.°, II, § 2.º A propriedade urbana cumpre sua
da Constituição da República. função social quando atende às exigências
fundamentais de ordenação da cidade expres-
[Constituição do Brasil: sas no plano diretor.
"Art. 156. Compete aos municípios institu- § 3.º As desapropriações de imóveis ur-
ir impostos sobre: banos serão feitas com prévia e justa indeni-
I - propriedade predial e territorial urba- zação em dinheiro.
na; § 4.º É facultado ao Poder Público mu-
II - transmissão 'inter vivos', a qualquer nicipal, mediante lei específica para área
título, por ato oneroso, de bens imóveis, por incluída no plano diretor, exigir, nos ter-
natureza ou acessão física, e de direitos reais mos da lei federal, do proprietário do solo
sobre imóveis, exceto os de garantia, bem urbano não edificado, subutilizado ou não
como cessão de direitos a sua aquisição; utilizado, que promova seu adequado apro-
III - serviços de qualquer natureza, não veitamento, sob pena, sucessivamente, de:
compreendidos no artigo 155, II, definidos em I - parcelamento ou edificação compulsó-
lei complementar; (Redação dada pela Emen- rios;
da Constitucional n.º 3, de 17/03/1993.) II - imposto sobre a propriedade predial e
IV - [Revogado pela Emenda Constitucio- territorial urbana progressivo no tempo;
nal n.º 3, de 17/03/1993.] III - desapropriação com pagamento me-
§ 1.º O imposto previsto no inciso I pode- diante títulos da dívida pública de emissão
rá ser progressivo, nos termos de lei munici- previamente aprovada pelo Senado Federal,
pal, de forma a assegurar o cumprimento da com prazo de resgate de até dez anos, em
função social da propriedade. parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegu-
§ 2.º O imposto previsto no inciso II: rados o valor real da indenização e os juros le-
I - não incide sobre a transmissão de bens gais."]
ou direitos incorporados ao patrimônio de pes-
soas jurídica em realização de capital, nem so-
63
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
CAPÍTULO II ambiental, na forma que a lei fixar.
§ 1.° Os recursos dos fundos municipais serão
Dos conselhos municipais destinados ao planejamento, execução e fiscaliza-
ção dos objetivos, projetos e programas definidos
Art. 19. Excetuados aqueles com competên- nesta Lei Complementar, vedada a sua aplicação
cia definida em lei, os conselhos são órgãos con- em pagamento de despesas de pessoal da admi-
sultivos e de assessoria do Poder Executivo, com nistração direta, indireta ou fundacional, bem co-
atribuições de analisar e propor, assim como dar- mo de encargos financeiros estranhos à sua finali-
lhes publicidade, medidas de concretização das dade.
políticas setoriais definidas no título VII desta Lei § 2.° O Poder Executivo enviará, anualmente,
Complementar e verificar sua execução, observa- à Câmara Municipal e aos respectivos conselhos
das as diretrizes nele estabelecidas. municipais relatórios discriminados dos balancetes
§ 1.° Os Conselhos de Desenvolvimento Eco- dos fundos municipais referidos nesta Lei Com-
nômico, Ciência e Tecnologia, de Proteção do Pa- plementar.
trimônio Cultural, de Meio Ambiente e de Trans- Art. 22. O Fundo Municipal de Desenvol-
portes atuarão em colaboração com o Conselho vimento Urbano, a ser criado na forma do
Municipal de Política Urbana. disposto no artigo 20, será vinculado à Secre-
§ 2.° São atribuições dos conselhos: taria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente
I - intervir em todas as etapas do processo de e terá como finalidade dar suporte financeiro
planejamento; à implantação dos objetivos, programas e
II - analisar e propor medidas de concretiza- projetos relativos à habitação e infra-
ção de políticas setoriais; estrutura de saneamento básico nas Áreas de
III - participar da gestão dos fundos previstos Especial Interesse Social, previstos nesta Lei
nesta Lei Complementar, propondo prioridades na Complementar.
aplicação dos recursos, assim como da fiscalização § 1.° A lei disporá sobre a composição e a
de sua utilização; prestação de contas do conselho de administra-
IV - solicitar ao Poder Público a realização de ção dos recursos do Fundo Municipal de Desen-
audiências públicas, para prestar esclarecimentos volvimento Urbano e as atribuições, competên-
à população; cias e funcionamento de sua estrutura
V - realizar, no âmbito de sua competência, organizacional.
audiências públicas. § 2.° VETADO.
64
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
criação de solo como excedente do coeficiente nas comunidades por esta ocupadas.
um, mediante pagamento, observado o Índice de § 1.° O orçamento municipal detalhará, a ca-
Aproveitamento de Terreno (IAT) e os demais da exercício, as áreas de aplicação dos recursos do
parâmetros urbanísticos fixados pela legislação. Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano pro-
Art. 25. O valor a ser pago pelo solo criado venientes da arrecadação da criação de solo, ve-
será calculado pela multiplicação da quantidade de dada a sua utilização em áreas não incluídas na lei
metros quadrados a serem edificados, que excede- orçamentária.
rem à área do terreno, pelo valor do metro qua- § 2.° Responderá na forma da lei a autorida-
drado do terreno no mercado imobiliário e por de de qualquer hierarquia que descumprir o dis-
uma fração que considerará o Índice de Aprovei- posto neste artigo e no parágrafo anterior ou per-
tamento do Terreno fixado pela legislação e um mitir o seu descumprimento.
fator de correção que variará de cinco centésimos
a um, conforme o período em que for outorgada a CAPÍTULO V
concessão e o bairro onde se localizar o terreno,
de acordo com a seguinte fórmula: Da operação interligada e da urbanização
SC = (ATE - AT) X (V/A T) X (1/((IAT - IAT X consorciada
fc) + 1)), sendo:
SC = valor a ser pago pelo solo criado; Seção I
V = valor do terreno no mercado imobiliário;
AT = área do terreno em metros quadrados Da operação interligada
não descontados os recuos obrigatórios;
ATE = área total edificada em metros quadra- Art. 28. Constitui operação interligada a alte-
dos; ração pelo Poder Público, nos limites e na forma
IAT = índice de aproveitamento do terreno; definidos em lei, de determinados parâmetros
fc = fator de correção diferenciado por bairro urbanísticos, mediante contrapartida dos interes-
e por ano. sados, igualmente definida em lei.
§ 1.° O valor a ser pago pelo solo criado será Art. 29. Para efeito de utilização das opera-
fixado em Unidades de Valor Fiscal do Município ções interligadas serão estabelecidas as contrapar-
(UNIF) ou outro índice aplicado no município, no tidas dos interessados, calculadas proporcional-
ato da expedição da licença de construir, e o seu mente à valorização acrescida ao empreendimento
pagamento poderá ser efetuado em até doze par- projetado, pela alteração de parâmetros urbanísti-
celas mensais e sucessivas, a partir da data da cos, sob a forma de:
comunicação do início da obra, conforme previsto I - recursos para o Fundo Municipal de Desen-
no artigo 97, § 1.º, ficando a expedição do "habi- volvimento Urbano;
te-se" condicionada à quitação de todas as parce- II - obras de infra-estrutura urbana;
las. [Ver nota na página 5.] III - terrenos e habitações destinados à po-
§ 2.° Lei de iniciativa do Poder Executivo, pulação de baixa renda;
proposta em mensagem contendo exposição cir- IV - recuperação do meio ambiente ou do pa-
cunstanciada e tabela de valores, definirá o fator trimônio cultural.
de correção (fc) para cada bairro, que variará pro- § 1.° A realização de operação interligada de-
gressivamente tendendo a um, de acordo com o penderá, sempre, de parecer favorável do Conse-
período de outorga da concessão, e disporá sobre lho Municipal de Política Urbana.
a disciplina de sua cobrança. § 2.° Nos casos mencionados no inciso IV, se-
§ 3.° A lei a que se refere o parágrafo anteri- rão ouvidos, respectivamente, o Conselho Munici-
or poderá estabelecer coeficientes de correção (fc) pal de Meio Ambiente e o Conselho Municipal de
diferenciados por logradouros ou áreas públicas Proteção do Patrimônio Cultural.
situadas numa mesma Unidade Espacial de Plane-
jamento, para atender à variação de valorização Seção II
do terreno no respectivo bairro.
Art. 26. A lei poderá isentar, total ou parcial- Da urbanização consorciada
mente, o valor do solo criado, para adequá-lo à di-
nâmica do desenvolvimento urbano do município. Art. 30. A urbanização consorciada será utili-
Art. 27. O produto da arrecadação da criação zada em empreendimentos conjuntos da iniciativa
do solo reverterá para o Fundo Municipal de De- privada e dos poderes públicos federal, estadual e
senvolvimento Urbano e será aplicado exclusiva- municipal, sob a coordenação deste último, visan-
mente na execução de projetos de construção de do à integração e à divisão de competências e
habitações para a população de baixa renda e de recursos para a execução de projetos comuns.
implantação de sistema de esgotamento sanitário Art. 31. A urbanização consorciada poderá
65
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
ocorrer por iniciativa do Poder Público através 17/03/1993, deu ao § 3.° a seguinte redação:)
de propostas dos interessados, avaliado o in-
teresse público da operação pelo órgão res- § 3.º Em relação ao imposto previsto no
ponsável pelo planejamento urbano do municí- inciso III, cabe à Lei Complementar:
pio e ouvido o Conselho Municipal de Política I - fixar as suas alíquotas máximas;
Urbana. II - excluir de sua incidência exportações
Art. 32. A lei disporá sobre a disciplina de de serviços para o exterior.
aplicação da urbanização consorciada. ................................................................]
67
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
máquinas, motores e equipamentos e de pos- definir, sob o devido controle ambiental;
turas, naquilo que não contrariam esta Lei XIV - garantia de espaços para o estabeleci-
Complementar e a Lei Orgânica do Município. mento de indústrias através de zoneamento indus-
trial, compatibilizando-o com o da Região Metropo-
Art. 44. O uso e ocupação do solo urbano litana do Rio de Janeiro;
respeitarão os seguintes princípios e objetivos: XV - garantia de espaços para o desenvolvi-
I - distribuição equilibrada dos ônus e benefí- mento de atividades agrícolas, principalmente para
cios da urbanização e atendimento à função social a produção de hortifrutigranjeiros e criação ani-
da propriedade, com a subordinação do uso e ocu- mal;
pação do solo ao interesse coletivo; XVI - limitação de crescimento em zonas su-
II - proteção do meio ambiente e respeito aos persaturadas, priorizando a elaboração dos Proje-
recursos naturais e ao patrimônio cultural como tos de Estruturação Urbana que as contenham.
condicionantes da ocupação do solo; § 1.° Estarão sujeitas a relocalização e, por-
III - não remoção das favelas; tanto, não incluídas no princípio mencionado no
IV - inserção das favelas e loteamentos irre- inciso III as áreas de favelas ou residências que
gulares no planejamento da cidade com vista à ocupem:
sua transformação em bairros ou integração com I - áreas de risco;
os bairros em que se situam; II - faixas marginais de proteção de águas
V - prioridade para a ocupação dos vazios ur- superficiais;
banos que não atendam ao interesse coletivo para III - faixa de proteção de adutoras e de redes
o adensamento das áreas com potencial de melho- elétricas de alta tensão;
ria de infra-estrutura, controlando-se a expansão IV - faixa de domínio de estradas federais,
da malha urbana; estaduais e municipais;
VI - adensamento ou controle de crescimento V - áreas de especial interesse ambiental ou
de áreas em função da oferta de transportes; unidades de conservação ambiental;
VII - controle do impacto das atividades ge- VI - vãos e pilares de viadutos, pontes e pas-
radoras de tráfego nas áreas já adensadas e nos sarelas e áreas a estes adjacentes, quando ofere-
principais corredores de transportes; cerem riscos à segurança individual e coletiva e
VIII - prioridade na distribuição de investi- inviabilizarem a implantação de serviços urbanos
mentos públicos para: básicos;
a) a Área de Planejamento 3; VII - áreas que possam ser dotadas de condi-
b) a XVI Região Administrativa - Jacarepaguá, ções mínimas de urbanização e saneamento bási-
na Área de Planejamento 4; co, de acordo com os artigos 50 e 51 desta Lei
c) a Área de Planejamento 5; Complementar.
IX - intensificação do processo de descentrali- § 2.º Os moradores que ocupem favelas em
zação das atividades econômicas, com a reestrutu- áreas referidas no parágrafo anterior deverão ser
ração e a otimização do uso e da ocupação do solo relocalizados, obedecendo-se às diretrizes cons-
nos centros de comércio e serviços das Áreas de tantes do artigo 138, § 2.°, desta Lei Complemen-
Planejamento 3, 4 e 5; tar e do artigo 429, VI, "a", "b" e "c", da Lei Orgâ-
X - estruturação das Unidades Espaciais de nica do Município.
Planejamento, nos Projetos de Estruturação Urba-
na, pela: [Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro:
a) hierarquia das vias; "Art. 429. A política de desenvolvimento
b) definição das intensidades de uso e ocupa- urbano respeitará os seguintes preceitos:
ção; I - provisão dos equipamentos e serviços
c) determinação de áreas para equipamentos urbanos em quantidade, qualidade e distribui-
urbanos; ção especial. garantindo pleno acesso a todos
XI - adequação dos padrões de urbanização e ti- os cidadãos;
pologias das construções às condições sócio -econômicas II - justa distribuição dos benefícios e ô-
da população residente, através da legislação urbanís- nus decorrentes do processo de urbanização;
tica e edilícia; III - ordenação e controle do uso do solo
XII - estímulo à coexistência de usos e ativi- de modo a evitar:
dades de pequeno porte com o uso residencial, a) a ociosidade, subutilização ou não uti-
evitando-se segregação dos espaços e desloca- lização do solo edificável;
mentos longos ou desnecessários; b) o estabelecimento de atividades considera-
XIII - direcionamento das indústrias de mé- das prejudiciais à saúde e nocivas à coletividade;
dio e grande porte ou potencialmente poluidoras c) espaços adensados inadequadamente
para áreas industriais adequadas, conforme a lei em relação à infra-estrutura e aos equipamen-
68
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
tos comunitários existentes ou previstos; centro da cidade para a Zona Norte - Área de Pla-
IV – compatibilização de usos, conjugação nejamento 3, para a Zona Oeste - Área de Plane-
de atividades e estímulo à sua complementari- jamento 5, para a região de Jacarepaguá, na Área
dade no território municipal; de Planejamento 4, bem como os vetores que se
V - integração e complementaridade entre irradiam a partir de centros de comércio e servi-
as atividades urbanas e rurais; ços.
VI – urbanização, regularização fundiária e Art. 46. As macrozonas urbanas, de expansão
titulação das áreas faveladas e de baixa renda, urbana e de restrição à ocupação urbana, defini-
sem remoção dos moradores, salvo quando as das de acordo com os vetores de expansão referi-
condições físicas da área ocupada imponham dos no artigo anterior, são as constantes do anexo
risco de vida aos seus habitantes, hipótese em III, excluídos os limites externos e internos da
que serão seguidas as seguintes regras: Zona Econômica Exclusiva (ZEE), estabelecidos no
a) laudo técnico do órgão responsável; anexo IX.
b) participação da comunidade interessa- Art. 47. O uso e ocupação do solo no territó-
da e das entidades representativas na análise rio municipal ficam condicionados ao controle da
e definição das soluções: densidade demográfica e do número de empregos,
c) assentamento em localidades próximas em função da saturação da infra-estrutura e ameaça
dos locais da moradia ou do trabalho, se ne- ao meio ambiente e à memória urbana, mediante
cessário o remanejamento; o estabelecimento de limites de construção por
VII - regularização de loteamentos irregu- Unidades Espaciais de Planejamento.
lares abandonados, não titulados e clandesti- § 1.° Os limites de construção são estabeleci-
nos em áreas de baixa renda, através da ur- dos pelos índices de aproveitamento do terreno
banização e titulação, sem prejuízo das ações fixados para o cálculo do limite máximo de área
cabíveis contra o loteador; edificável no lote, e por outros parâmetros urba-
VIII - preservação das áreas de explora- nísticos e de proteção complementares.
ção agrícola e pecuária e estímulo a essas ati- § 2.° Os Projetos de Estruturação Urbana po-
vidades primárias; derão definir índices diferenciados para uma mes-
IX – preservação, proteção e recuperação ma Unidade Espacial de Planejamento, a partir das
do meio ambiente urbano e cultural; diferentes características das áreas e dos critérios
X - criação de áreas de especial interesse de planejamento, respeitados os índices de apro-
urbanístico, social, ambiental, turístico e de u- veitamento de terreno máximos definidos no qua-
tilização pública; dro do anexo II.
XI - utilização planejada do território e
dos recursos naturais, mediante controle da Seção II
implantação e do funcionamento de atividades
industriais, comerciais, residenciais, agrope- Das macrozonas de restrição à ocupação urbana
cuárias e extrativas;
XII – criação e delimitação de áreas de Art. 48. As macrozonas de restrição à ocupa-
crescimento limitado em zonas supersaturadas ção urbana, constituídas pelas áreas agrícolas,
da cidade onde não se permitam novas cons- áreas com condições físicas adversas à ocupação,
truções e edificações a não ser as de gabarito áreas impróprias à urbanização e áreas destinadas
e densidade iguais ou inferiores às que forem à proteção do meio ambiente, terão seus critérios
previamente demolidas no local; de ocupação definidos segundo suas destinações
XIII - a climatização da cidade; específicas.
XIV - a racionalização, conservação e eco- Art. 49. As áreas agrícolas serão delimitadas
nomia de energia e combustíveis; com vista à manutenção da atividade agropecuária
XV - a boa qualidade de vida da população."] e compreenderão áreas com vocação agrícola e
outras impróprias à urbanização, recuperáveis
CAPÍTULO II para o uso agrícola ou necessárias à manutenção
do equilíbrio ambienta!.
Da ocupação urbana § 1.° As áreas agrícolas poderão comportar
usos residenciais com baixa densidade, atividades
Seção I de comércio e serviços complementares ao uso
agrícola e residencial, agroindústrias e atividades
Disposições gerais turísticas, recreativas e culturais, em sítios e fa-
zendas.
Art. 45. A ocupação urbana do município con- § 2.° O uso e ocupação das áreas agrícolas
solidará os grandes vetores de crescimento do observarão as seguintes diretrizes:
69
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
I - proibição do parcelamento em lotes de pe- zar ou prejudicar seus atributos e funções
quenas dimensões pelo estabelecimento de lotes essenciais, excetuadas aquelas destinadas a recu-
agrícolas mínimos, em função das características perá-las e assegurar sua proteção, mediante pré-
de cada área; via autorização dos órgãos municipais competen-
II - proibição da ocupação por conjuntos ha- tes.
bitacionais e pelo uso residencial de alta densida-
de; CAPÍTULO III
III - estabelecimento de parâmetros de ocu-
pação para proteção do uso agrícola nas faixas de Da estrutura urbana básica
transição entre as áreas agrícolas e as macrozonas
urbana ou de expansão urbana. Art. 52. A estrutura urbana básica do municí-
Art. 50. Constituem áreas com condições físi- pio é constituída pelas áreas residenciais, pelo
cas adversas à ocupação urbana as áreas frágeis sistema de centros de comércio e serviços e pelas
de encostas e as áreas frágeis de baixadas. áreas industriais, integradas pela rede estrutural
§ 1.º São áreas frágeis: de transportes, conforme o anexo VII.
I - de encostas, as sujeitas a deslizamentos, Art. 53. As áreas residenciais caracterizam-se
desmoronamentos e outras alterações geológicas pela predominância do uso residencial, adequado
que comprometam ou possam comprometer a sua em todo o território municipal, salvo nos locais
estabilidade; onde a convivência com outros usos instalados ou
II - de baixada, as sujeitas a alagamento, condições ambientais adversas cause risco à popu-
inundação ou rebaixamento decorrente de sua lação residente e onde seja incompatível com a
composição morfológica. proteção do meio ambiente.
§ 2.º As áreas frágeis de encostas terão seus Parágrafo único. As intervenções urbanas
usos condicionados a critérios geotécnicos de ava- nas áreas de uso residencial respeitarão as carac-
liação dos riscos de deslizamentos e se dividem terísticas físicas, econômicas, sociais e culturais
em: dos diferentes bairros ou partes de bairros e a
I - passíveis de ocupação, desde que efetua- estas se adequarão.
das, previamente, obras estabilizantes; Art. 54. O sistema de centros de comércio e
II - impróprias à ocupação. serviços é constituído, hierarquicamente, por:
§ 3.º As áreas frágeis de baixadas terão seus I - centros de alcance metropolitano;
usos condicionados à avaliação técnica e poderão II - centros de alcance municipal;
ser consideradas quanto: III - centros de alcance local;
I - a inundação, aquelas que, por suas condi- IV - concentrações pontuais ou lineares de
ções naturais, obstáculos construídos ou deficiên- comércio e serviços.
cias do sistema de drenagem, estejam sujeitas à § 1.º São consideradas centros de comércio e
inundação freqüente; serviços as áreas que contenham atividades co-
II - ao do tipo de solo, aquelas cujos solos merciais diversificadas e especializadas e serviços
são classificados como hidromórficos ou que te- financeiros, profissionais, culturais e recreativos.
nham influência marinha. § 2.º A organização espacial do sistema de
§ 4.º As áreas frágeis de baixadas poderão centros de comércio e serviços, observada a racio-
comportar usos agrícolas, de lazer e residenciais nalização do uso do sistema viário e de transpor-
de baixa densidade, condicionados estes à realiza- tes, terá por objetivo a redução da atratividade de
ção de obras de macrodrenagem e à redefinição tráfego para a Área de Planejamento 1 e para a
de cotas de soleira das edificações. Área de Planejamento 2, a partir das seguintes
§ 5.º O parcelamento da terra em áreas frá- diretrizes de uso e ocupação do solo:
geis, quando admitida a sua ocupação residencial, I - expansão das atividades de comércio e
na forma dos §§ 2.°, I, e 3.° submetido ao órgão serviços da Área Central de Negócios para sua
competente de controle do meio ambiente, para periferia;
exame das restrições locais e dos impactos ambi- II - fortalecimento dos centros de Madureira,
entais decorrentes. Campo Grande e Taquara e consolidação da poli-
Art. 51. As áreas objeto de proteção ambien- nucleação existente.
tal são passíveis de ocupação residencial ou agrí- Art. 55. As áreas industriais serão definidas
cola restrita e usos como lazer ou pesquisa ecoló- em conformidade com o zoneamento metropolita-
gica, com exceção das áreas classificadas como no e delimitadas em função de fatores de localiza-
reserva biológica. ção e seus critérios de uso e ocupação estarão
Parágrafo único. Nas áreas classificadas co- condicionados, sempre, à proteção do meio ambi-
mo de preservação permanente, não serão permi- ente e do patrimônio cultural e sua adaptação a
tidas atividades que contribuam para descaracteri- estes.
70
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
§ 1.º São fatores de localização para a delimi- § 2.° As áreas referidas neste artigo poderão
tação de áreas industriais: ser declaradas áreas de Especial Interesse Social,
I - o ciclo de produção e suas características; no todo ou em parte.
II - a oferta de transportes públicos de pas- § 3.° As áreas mencionadas no parágrafo an-
sageiros; terior serão recuperadas para criação de programa
III - a possibilidade de escoamento da produ- de moradias para população de baixa renda, desde
ção; que o laudo técnico indique essa possibilidade.
IV - a oferta de serviços básicos, como ener- Art. 59. Serão objeto de reestruturação as
gia elétrica, gás, telefone, água e esgotamento áreas que necessitem de revitalização, de renova-
sanitário; ção, de ocupação, de obras ou alterações em sua
V - a possibilidade de integração entre indús- estrutura física, sistema viário, saneamento básico
trias; e equipamentos urbanos ou alterações nas condi-
VI - a disponibilidade de mão-de-obra e seu ções de uso e ocupação do solo.
acesso às áreas estabelecidas; Parágrafo único. As áreas sujeitas a reestru-
VII - as condições ambientais. turação serão gradual e progressivamente decla-
§ 2.º A lei definirá as tipologias industriais radas Áreas de Especial Interesse Urbanístico para
passíveis de implantação nas áreas industriais. a execução dos projetos específicos, obedecendo
§ 3.º As indústrias não poluentes, particular- às prioridades estabelecidas nesta Lei Complemen-
mente as vinculadas ao setor terciário, poderão tar.
localizar-se nos centros de comércio e nas zonas Art. 60. Estarão sujeitas a proteção ambiental
de uso misto, quando as dimensões de seu porte as áreas que necessitem de proteção legal e de
se compatibilizarem com as características dessas manutenção, recuperação ou revitalização nas
áreas. condições do meio ambiente natural ou construído.
§ 4.º A legislação de que trata este artigo te- Parágrafo único. As áreas sujeitas a prote-
rá a participação das entidades e contribuintes das ção ambiental serão gradual e progressivamente
citadas áreas. declaradas Áreas de Especial Interesse Ambiental,
para a execução de projetos específicos.
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO V
Das áreas sujeitas à intervenção
Das diretrizes de uso e ocupação por áreas
Art. 56. São consideradas sujeitas a interven- de planejamento
ção do Poder Público as áreas do território munici-
pal que, por suas condições urbanísticas e ambien- Seção I
tais, necessitem de obras, redefinição das
condições de uso e ocupação ou de regularização Disposições gerais
fundiária.
Art. 57. As áreas sujeitas a intervenção são Art. 61. O uso e ocupação do solo nas dife-
classificadas em: rentes Áreas de Planejamento obedecerão ao dis-
I - áreas sujeitas a estruturação e regulariza- posto neste capítulo.
ção; Parágrafo único. As Áreas de Planejamento,
II - áreas sujeitas a reestruturação; suas Subáreas de Planejamento e suas Regiões
III - áreas sujeitas a proteção ambiental. Administrativas, são as constantes dos anexos V e
Parágrafo único. As áreas mencionadas nes- V-A.
te artigo são as constantes do anexo IV.
Art. 58. Serão objeto de estruturação e regu- Seção II
larização as áreas ocupadas por favelas, loteamen-
tos irregulares e conjuntos habitacionais de baixa Da Área de Planejamento 1
renda, assim como as respectivas vizinhanças.
§ 1.° As ações previstas neste artigo compre- Art. 62. As diretrizes de uso e ocupação para
endem: a Área de Planejamento são as seguintes:
I - regularização fundiária; I - incentivo ao uso residencial permanente e
II - relocalização de moradias, nos casos transitório;
mencionados no artigo 44, § 1.°; II - revitalização e renovação da Cidade Nova,
III - urbanização e integração na malha ur- mediante:
bana; a) recuperação da estrutura de equipamentos
IV - recuperação das condições ambientais, e serviços urbanos, através da realização de obras
abrangendo a vizinhança. de melhoria do calçamento, da rede de drenagem
71
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
de águas pluviais e da iluminação pública; XIII - incentivo à localização de usos e ativi-
b) preservação do casario, através de estímu- dades residenciais, comerciais e de serviços liga-
los aos moradores para recuperação de suas casas dos ao lazer e à cultura, para melhor utilização da
e restauração dos passeios; infra-estrutura nos horários de ociosidade;
c) restauração do Conjunto Proletário da Ave- XIV - racionalização dos sistemas de trans-
nida Salvador de Sá, sob orientação e com financi- portes de passageiros e individual nos principais
amento proporcionados pelo Poder Público, que eixos viários, privilegiando o transporte coletivo
para isso elaborará projeto específico; em linhas circulares;
d) ocupação dos terrenos ociosos na vizinhan- XV - melhoria das condições de operação do
ça do Centro Administrativo São Sebastião da Ci- bonde de Santa Teresa, com a preservação do
dade do Rio de Janeiro, com implantação de pa- sistema existente;
râmetros urbanísticos a serem definidos em lei; XVI - melhoria das condições ambientais da
e) valorização do entorno da Avenida dos orla marítima, garantindo o livre acesso aos dife-
Desfiles, com relocalização de construções existen- rentes pontos com o aproveitamento turístico e
tes em passeios de logradouros públicos; cultural;
f) prestação regular de serviços públicos, es- XVII - valorização e conservação das edifica-
pecialmente os de coleta de lixo e limpeza pública; ções e dos conjuntos arquitetônicos de interesse
g) retomada de áreas do patrimônio público cultural e paisagístico da área.
apropriadas por particulares e sua destinação a Parágrafo único. A Área de Planejamento 1
fins econômicos e sociais; fica dividida em Subáreas assim definidas:
h) urbanização consorciada das áreas danifi- I - Subárea de Planejamento 1-A:
cadas ou prejudicadas pelas obras de construção a) I Região Administrativa - Portuária;
do metropolitano; b) II Região Administrativa - Centro;
i) vedação da afixação de engenhos publicitá- c) VII Região Administrativa - São Cristóvão;
rios ao ar livre; II - Subárea de Planejamento 1-B:
III - desenvolvimento das propostas de pro- a) III Região Administrativa - Rio Comprido;
teção das áreas de Saúde - Gamboa – Santo Cris- b) XXIII Região Administrativa - Santa Tere-
to, de Santa Teresa e do Catumbi; sa;
IV – compatibilização dos critérios de prote- III - Subárea de Planejamento 1-C:
ção dos bens preservados ou tombados com seu a) XXI Região Administrativa - Ilha de Paquetá.
entorno pela revisão das condições de uso e ocu- Art. 63. A Área Central de Negócios (ACN)
pação na área da Praça da Cruz Vermelha e arre- constitui o principal centro de alcance metropolita-
dores; no do sistema de centros de comércio e serviços
V - adensamento dos bairros periféricos à do município, para fins culturais e comerciais.
Área Central de Negócios, com manutenção de Parágrafo único. O uso e ocupação do solo
suas características ambientais, econômicas e na Área Central de Negócios obedecerá às seguin-
sociais; tes diretrizes específicas:
VI - integração do centro e dos diferentes I - melhoria das condições urbanísticas, medi-
bairros aos projetos de turismo da cidade, com a ante alteração em seu desenho, na forma da lei, e
melhoria de suas condições urbanas; execução de projetos de recuperação física dos
VII - revitalização da área portuária, como espaços públicos;
expansão do Centro, garantidas a manutenção e II - proteção do conjunto arquitetônico da Es-
modernização das atividades necessárias ao porto planada do Castelo, para manutenção das caracte-
do Rio de Janeiro; rísticas morfológicas das quadras remanescentes
VIII - estímulo à implantação da linha 2 do do Plano Agache;
sistema metroviário até a Praça Quinze de No- III - ocupação prioritária dos lotes vazios da
vembro; Avenida Presidente Vargas, com revisão, por lei,
IX - implantação do sistema cicloviário; das condições de ocupação;
X - estruturação da faixa ao longo da linha do IV - transferência da comercialização do pes-
sistema metroviário no bairro do Estácio, com o cado da Praça Quinze de Novembro para pólo pes-
estímulo à ocupação dos lotes remanescentes com queiro a ser criado em lei;
equipamentos de uso coletivo; V - consolidação da legislação da Zona Espe-
XI - criação de condições para estacionamen- cial do Corredor Cultural do Centro da Cidade.
to na periferia do Centro, preferencialmente junto Art. 64. Integram o patrimônio paisagístico e
às estações metroviárias; cultural do município, sujeitos à proteção ambien-
XII - desestímulo à criação de estacionamen- tal, as seguintes áreas e bens localizados no terri-
to e revisão de exigência de vagas para as edifica- tório da Área de Planejamento 1 (AP1):
ções na Área Central de Negócios; I - a orla marítima entre o Aeroporto Santos
72
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Dumont e a foz do Canal do Cunha, no Caju; VII - implantação de sistema cicloviário;
II - a Quinta da Boa Vista; VIII - prioridade para projetos e investimen-
III - a área da caixa-d’água da Companhia tos no trecho Tijuca, e suas adjacências, do siste-
Estadual de Águas e Esgotos (CEDAE), no Morro ma Zona Norte de esgotamento sanitário da Com-
do Tuiuti; panhia Estadual de Águas e Esgotos (CEDAE);
IV - o Observatório Nacional; IX - criação e delimitação das áreas de cres-
V - o Morro do Valongo; cimento limitado nos bairros de Copacabana, Fla-
VI - o Morro da Conceição; mengo e Laranjeiras;
VII - o Campo de Santana; X - controle e fiscalização da ocupação de en-
VIII - o Passeio Público e o Aqueduto da Lapa; costas e vistas panorâmicas, visando à preserva-
IX - as áreas da Zona Especial do Corredor ção ambiental e paisagística.
Cultural do Centro da Cidade e do Projeto Saúde - Parágrafo único. A Área de Planejamento 2
Gamboa - Santo Cristo (Projeto Sagas); fica dividida em Subáreas assim definidas:
X - o bairro de Santa Teresa e as encostas do I - Subárea de Planejamento 2-A:
Maciço da Tijuca; a) IV Região Administrativa - Botafogo;
XI - as ilhas da Baía de Guanabara e especi- b) VI Região Administrativa - Lagoa;
almente as Ilhas de Paquetá e Brocoió; II - Subárea de Planejamento 2-B:
XII - as edificações e os conjuntos arquitetô- a) V Região Administrativa - Copacabana;
nicos da área da Praça da Cruz Vermelha, da Es- III - Subárea de Planejamento 2-C:
planada do Castelo, do Catumbi, da Cidade Nova, a) VIII Região Administrativa - Tijuca;
do Estácio e de São Cristóvão; b) IX Região Administrativa - Vila Isabel;
XIII - o Campo de São Cristóvão; IV - Subárea de Planejamento 2-D:
XIV - a Praça Quinze de Novembro; a) XXVII Região Administrativa - Rocinha.
XV - a Ponta do Caju; Art. 66. Integram o patrimônio paisagístico
XVI - o Morro do Pinto; do município, sujeitos a proteção ambiental, as
XVII - o Morro de São Bento; seguintes áreas e bens localizados no território da
XVIII - outros conjuntos arquitetônicos e mo- Área de Planejamento 2:
numentos de valor cultural e paisagístico da área. I - a orla marítima, entre o Aeroporto Santos
Dumont e a Praia da Gávea, em São Conrado,
Seção III incluídos as faixas de areia, as formações rocho-
sas, as ilhas, as amuradas e os cais de atracamen-
Da Área de Planejamento 2 to existentes;
II - o Maciço da Tijuca;
Art. 65. As diretrizes de uso e ocupação para III - os Morros Azul, Cara de Cão, Cochrane,
a Área de Planejamento 2 são as seguintes: Corcovado, da Babilônia, da Catacumba, da For-
I - contenção do adensamento dos bairros pa- miga, da Saudade, da Urca, da Viúva, de São Jo-
ra evitar a saturação da infra-estrutura existente; ão, do Cantagalo, do Leme, do Pão de Açúcar, do
II - preservação da paisagem, com a proteção Pasmado, do Urubu, Dona Marta, dos Cabritos,
dos monumentos naturais e construídos, em fun- dos Macacos, Mundo Novo e Nova Cintra;
ção do potencial de lazer e turístico de alcance IV - as Pedras Bonita, da Babilônia, da Gávea,
metropolitano, nacional e internacional; do Arpoador e Dois Irmãos;
III - reestruturação dos centros de comércio V - os Parques da Catacumba, da Chacrinha,
e serviços da Tijuca e de Copacabana, com o esta- da Cidade, do Flamengo, do Pasmado, Garota de
belecimento de critérios para a utilização dos es- Ipanema, Guinle e Laje;
paços públicos, assegurada a livre circulação de VI - o Parque Nacional da Tijuca;
pedestres e a redução da intensidade do transpor- VII - o Jardim Botânico;
te rodoviário no interior dos centros; VIII - a reserva florestal do Grajaú;
IV - estruturação da faixa ao longo da linha IX - o Gávea Golfe Clube;
do sistema metroviário nos bairros do Catete, X - Os Fortes de Copacabana, de São João e
Flamengo, Botafogo e Tijuca, com o estímulo à do Leme;
ocupação dos lotes remanescentes com equipa- XI - o arquipélago das Cagarras;
mentos urbanos de uso coletivo; XII - a Lagoa Rodrigo de Freitas, suas ilhas e
V - criação de condições de estacionamento as áreas de seu entorno;
compatíveis com as características locais em todos XIII - outros conjuntos arquitetônicos e mo-
os bairros: numentos de valor cultural e paisagístico da área.
VI - racionalização da circulação de veículos co- Parágrafo único. Na hipótese de demolição
letivos de passageiros e individual nos principais de edificação situada no entorno do Morro da Viú-
corredores, para redução da poluição sonora e do ar; va, o Poder Público instituirá servidão de passa-
73
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
gem para assegurar o acesso a esse bem natural e XIII - implantação de sistema cicloviário;
a sua contemplação. XIV - estímulo à melhoria das condições ope-
racionais do sistema ferroviário suburbano e da
Seção IV qualidade das suas estações;
XV - ampliação do sistema de transporte hi-
Da Área de Planejamento 3 droviário pela Baía de Guanabara;
XVI - controle da poluição do ar e da água
Art. 67. As diretrizes de uso e ocupação do provocada pelas indústrias existentes e das que
solo para a Área de Planejamento 3 são as seguin- venham a se implantar e impedimento do tráfego
tes: de veículos poluentes;
I - adensamento compatível com a infra-estrutura XVII - prioridade para projetos e investimen-
existente nas áreas de melhor padrão urbanístico; tos de drenagem na Baía de Guanabara;
II - manutenção das características de diver- XVIII - prioridade para projetos e investimentos
sidade de usos garantida a convivência equilibrada no sistema Zona Norte de esgotamento sanitário
dos usos residencial, comercial e de serviços e da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (CE-
industrial; DAE);
III - fortalecimento dos centros de comércio e XIX - recuperação prioritária da Avenida Auto-
de serviços do Méier, Bonsucesso, Penha e Madu- móvel Clube e das áreas a ela adjacentes em toda a
reira, pelo estímulo ao crescimento das atividades faixa lindeira à linha 2 do sistema metroviário;
comerciais e de serviços nos bairros situados em XX - integração dos terminais rodoviários,
seus respectivos entornos; metroviário e ferroviário da Pavuna, com os diver-
IV - reestruturação dos espaços públicos e ra- sos terminais da Baixada Fluminense, principal-
cionalização do sistema de transportes da área da mente o de Nova Iguaçu, com a eliminação da
Grande Madureira, compatibilizando-os com a passagem de nível da Pavuna e o aumento da
vocação de centro metropolitano do bairro; capacidade viária da Estrada do Rio do Pau;
V - localização das atividades de maior porte XXI - criação de unidade de conservação na
nos centros de comércio e serviços e as atividades área do Instituto Oswaldo Cruz e na área rema-
complementares ao uso residencial e pequenas nescente da Ilha dos Macacos, em Manguinhos, e
indústrias nos principais corredores de ligação nas Serras da Misericórdia e do Engenho Novo;
entre os referidos centros; XXII - a utilização, pelos meios próprios de
VI - criação de áreas verdes e espaços para direito, das áreas marginais às faixas de domínio
recreação, esporte e lazer; da Light vinculadas aos serviços federais concedi-
VII - redefinição da utilização das áreas re- dos de energia elétrica, que, mediante autorização
manescentes de exploração mineral em processo formal do poder concedente, forem progressiva-
de desativação, para criação de espaços de recre- mente desafetadas daquela concessão;
ação e lazer; XXIII - reestruturação e racionalização do
VIII - melhoria das condições dos espaços sistema viário, de circulação e de transporte públi-
públicos, dotando-os de arborização, equipamentos co do bairro do Méier e adjacências, com priorida-
de uso coletivo, como telefones públicos, caixas de de para a construção de terminal rodoviário urba-
correio e cestas de lixo, entre outros; no em área central;
IX - implantação prioritária da linha 2 do sis- XXIV - interligação dos bairros de Rocha Mi-
tema metroviário até a Pavuna e criação de linhas randa e Colégio com os bairros de Vaz Lobo e lrajá
de ônibus, integradas, circulando nos bairros adja- pela adequação e aumento da capacidade viária
centes, com melhoria das condições operacionais das Ruas Carolina Amado, Caxambu e Lajeado,
do trecho em funcionamento; interligando a Avenida Monsenhor Félix, em Vaz
X - criação de rodovia para integração do Lobo, à Estrada do Barro Vermelho;
bairro de Cavalcanti a Madureira, Vaz Lobo, Turia- XXV - criação de via auxiliar ao escoamento
çu e Rocha Miranda, através da ligação das Ruas do tráfego de veículos da Avenida Ministro Edgard
Laurindo filho e Licurgo, passando pelo Morro do Romero, interligando as Ruas Andrade Figueira,
Dendê, como alternativa para o desvio do fluxo de Pescador Josimo e Bezerra de Menezes, até à Ave-
veículos do centro comercial de Madureira; nida Vicente de Carvalho;
XI - melhoria, ampliação e revitalização das XXVI - abertura de via de ligação da Rua Ma-
passagens de pedestres sobre as vias férreas; noel Machado, em Vaz Lobo, com a Rua Monse-
XII - construção e refazimento dos passeios nhor Inácio da Silva, em Turiaçu, com pavimenta-
ao longo dos muros das vias férreas, através da ção adequada ao tráfego de veículos no trecho sob
fiscalização do cumprimento dessa obrigação legal o Morro do Sapê.
pela concessionária dos transportes ferroviários § 1.° A Área de Planejamento 3 fica dividida
suburbanos; em Subáreas assim definidas:
74
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
I - Subárea de Planejamento 3-A: Seção V
a) X Região Administrativa - Ramos;
b) XI Região Administrativa - Penha; Da Área de Planejamento 4
c) XXX Região Administrativa - Complexo da
Maré; Art. 69. As diretrizes de uso e ocupação do
II - Subárea de Planejamento 3-B: solo para a Área de Planejamento 4 são as seguin-
a) XII Região Administrativa - Inhaúma; tes:
b) XIII Região Administrativa - Méier; I - adensamento compatível com a infra-estrutura
c) XXVIII Região Administrativa - Jacarezi- existente nos bairros do Pechincha, Freguesia,
nho; Taquara, Tanque e Praça Seca;
d) XXIX Região Administrativa - Complexo do II - incentivo à localização de atividades ge-
Morro do Alemão; radoras de emprego, para redução dos desloca-
III - Subárea de Planejamento 3-C: mentos, mediante o fortalecimento do centro de
a) XIV Região Administrativa - Irajá; comércio e serviços Taquara-Tanque;
b) XV Região Administrativa - Madureira; III - desestímulo ao parcelamento das áreas
IV - Subárea de Planejamento 3-D: ocupadas por sítios e granjas nos bairros de Var-
a) XX Região Administrativa - Ilha do Gover- gem Grande, Vargem Pequena e Camorim;
nador; IV - revisão, complementação e implementa-
V - Subárea de Planejamento 3-E: ção do sistema viário projetado da Barra da Tiju-
a) XXII Região Administrativa - Anchieta; ca;
b) XXV Região Administrativa - Pavuna. V - recuperação e preservação dos canais da
§ 2.° O Poder Público elaborará e executa- Barra da Tijuca;
rá programa de recuperação urbana da área VI - criação de área para estacionamento na
compreendida por Acari, Coelho Neto, Barros região Tanque-Taquara;
Filho, Costa Barros, Pavuna e Anchieta, medi- VII - implantação de sistema cicloviário;
ante: VIII - elaboração e execução de macroplano
I - implantação do sistema de esgotamento de drenagem e aterros para a Baixada de Jacare-
sanitário; paguá, o qual dará prioridade à desobstrução de
II - relocalização de moradias que ocupem as canais de alimentação das lagoas da região, medi-
áreas referidas no artigo 44, § 1.°; ante estudo e relatório de impacto ambiental;
III - pavimentação de logradouros, incluídos IX - revisão do estado de variação das lâmi-
os de favelas e loteamentos irregulares; nas d’água das lagoas, para redefinição das cotas
IV - desassoreamento de cursos d’água e sua de aterros da região da Baixada de Jacarepaguá;
canalização; X - revisão dos critérios de ocupação da área
V - manutenção da regularidade dos serviços da Baixada de Jacarepaguá, incluindo o centro
de coleta de lixo e limpeza pública; metropolitano, consideradas as características
§ 3.º VETADO. geológicas;
Art. 68. Integram o patrimônio paisagístico XI - consolidação das áreas destinadas à ocu-
do município, sujeitos à proteção ambiental, as pação industrial, inclusive dos pólos de desenvol-
seguintes áreas e bens localizados no território da vimento industrial;
Área de Planejamento 3: XII - criação de unidade de conservação na
I - a orla marítima da Ilha do Governador, da área da Colônia Juliano Moreira e definição de
Ilha do Fundão e da praia de Ramos; parâmetros de ocupação compatíveis com a prote-
II - a Igreja da Penha e seu sítio; ção da área;
III - a Fazendinha da Penha; XIII - incentivo ao desenvolvimento de ativi-
IV - o Parque Ari Barroso; dades turísticas, desportivas, culturais, de educa-
V - a encosta do Maciço da Tijuca e da Serra ção ambiental e de pesquisa e proteção da fauna,
do Engenho Novo; da flora e dos recursos naturais da região;
VI - o Várzea Country Clube; XIV - estímulo à implantação de transporte
VII - a Serra da Misericórdia; sobre trilhos de alta capacidade para promover a
VIII - a Serra dos Pretos Forros; integração dos bairros da Baixada de Jacarepa-
IX - a Igreja de São José, no Morro de São guá com Madureira e Penha; com Água Santa e
José, em Madureira; Encantado; com a Ilha do Governador e com a
X - a Fazenda Capão do Bispo; Zona Oeste, com a utilização do corredor deno-
XI - outros conjuntos arquitetônicos e mo- minado T-5;
numentos de valor cultural e paisagístico da XV - elaboração de planos de recuperação e
área. preservação ambiental do sistema lagunar da re-
gião, compreendendo o controle e a fiscalização da
75
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
ocupação das margens das lagoas por edificações radoras de emprego, especialmente cooperativas
e aterros irregulares e do lançamento de esgotos com respectivos mercados ou feiras-livres, para
sanitários e industriais sem tratamento ou com redução dos deslocamentos;
tratamento inadequado; III - estímulo ao desenvolvimento turístico e
XVI - contenção do processo de ocupação de- de lazer da região, especialmente em Guaratiba,
sordenada da Baixada de Jacarepaguá, especial- Sepetiba, Pedra de Guaratiba, Barra de Guaratiba
mente nas áreas lindeiras às lagoas, canais e ou- e no Pico da Pedra Branca;
tros cursos d’água; IV - prioridade para ocupação urbana na faixa
XVII - manutenção de sistema e medidas de de território compreendida entre o lado ímpar da
caráter permanente para inibir a ocupação desor- Avenida Brasil e a linha ferroviária;
denada de áreas públicas na Baixada de Jacarepa- V - desestímulo à construção de conjuntos
guá, mediante a criação de programas de oferta habitacionais de grande porte;
de lotes urbanizados e construção de habitações VI - criação de faixas exclusivas para trans-
para a população de baixa renda; porte de alta capacidade nos principais corredores
XVIII - planejamento integrado de infra-estrutura viários, com inversão, quando possível, das cita-
da Baixada de Jacarepaguá, com as instalações das faixas de tráfego;
aeroportuárias ali existentes. VII - implantação de sistema cicloviário;
Art. 70. Integram o patrimônio paisagístico VIII - criação de plano de circulação viária
do município, sujeitos à proteção ambiental, as para integração dos bairros da Zona Oeste, inclu-
seguintes áreas localizadas na Área de Planeja- sive ligando os bairros de Bangu e Campo Grande
mento 4: via Rio da Prata, através de túnel ou de outra via;
I - as lagoas de Camorim, Jacarepaguá, Lagoi- IX - melhoria das passagens de pedestres e
nha, Marapendi e Tijuca, seus canais e suas faixas das ligações viárias sobre ou sob a linha férrea;
marginais; X - restrição da ocupação intensiva do solo na
II - o Parque Chico Mendes; macrozona de expansão urbana contínua às áreas
III - a orla marítima da praia da Gávea, em agrícolas, visando à criação de áreas de transição;
São Conrado, até à ponta da Praia Funda, incluídas XI - consolidação das áreas destinadas ao uso
as faixas de areia, as formações rochosas e as industrial, com adoção obrigatória de medidas e
ilhas; equipamentos necessários ao controle da poluição
IV - a Prainha; atmosférica e o tratamento adequado dos efluen-
V - o bairro de Grumari; tes industriais;
VI - os Maciços da Pedra Branca e da Tijuca; XII - controle da exploração mineral, com o
VII - as Pedras de Itaúna e do Catemba; estabelecimento de parâmetros compatíveis com a
VIII - os Morros da Panela, do Bruno, do Ca- proteção do meio ambiente, vetando-se a retirada
morim, do Cantagalo, do Outeiro, do Portela, do de componentes geológicos que impliquem erosão
Rangel e do Urubu; ou decomposição natural dos terrenos no Maciço
IX - os Bosques da Barra e da Freguesia; da Pedra Branca e outros bens naturais;
X - o Itanhangá Golfe Clube; XIII - fortalecimento dos centros de comércio
XI - a Restinga de Marapendi; e serviços, em especial os de Bangu, Campo
XII - o Parque Ecológico da Barra da Tijuca, Grande e Santa Cruz, pela concentração de ativi-
formado pelos Morros do Amorim e Cantagalo; dades e reestruturação dos espaços públicos e
XIII - outros conjuntos arquitetônicos e mo- racionalização do sistema de transportes, inclusive
numentos de valor cultural e paisagístico da área. nas áreas da XVII e XIX Regiões Administrativas;
XIV - criação de áreas públicas de lazer, de
Seção VI âmbito local e metropolitano;
XV - criação do Parque Ecológico do Menda-
Da Área de Planejamento 5 nha, com construção de mirante para visão pano-
râmica da área vulcânica secularmente desativada,
Art. 71. As diretrizes de uso e ocupação do do lago e da cachoeira existente na região;
solo para a Área de Planejamento 5 são as seguin- XVI - estabelecimento de parâmetros de ocu-
tes: pação de transição das áreas contíguas aos gran-
I - definição de critérios de proteção das des conjuntos habitacionais, para integrá-los à
áreas de atividades agrícolas, sobretudo de produ- malha urbana, evitando-se o crescimento desor-
ção hortifrutigranjeira, agroindustriais e de peque- denado nas áreas, através de projetos integrados
na criação animal, sua delimitação e incentivo à entre o já urbanizado com os projetos ainda em
preservação dessa destinação, de modo a evitar a estudo a serem executados, integrando-os com as
extensão da malha urbana; respectivas áreas;
II - incentivo à localização de atividades ge- XVII - reflorestamento, manutenção e contro-
76
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
le ecológico do Maciço da Pedra Branca; § 1.° O Poder Executivo elaborará e execu-
XVIII - impedimento à implantação de pro- tará projeto espacial de valorização turística da
gramas de reassentamento das populações de região de Guaratiba, Sepetiba, Pedra de Guara-
baixa renda e de construção de moradias popula- tiba e Barra de Guaratiba, o qual conciliará a
res em áreas classificadas como macrozonas de implantação de serviços e equipamentos urba-
restrição à ocupação urbana, conforme definição nos, notadamente saneamento básico, pavimen-
do artigo 41, § 3.º, e naquelas desprovidas de tação de logradouros e implantação de ilumina-
saneamento básico, equipamentos urbanos ou de ção pública, com a preservação das
sistema de transporte adequado; características rústicas da região.
XIX - implantação de terminais rodoviários in- § 2.° VETADO.
tegrados ao Plano Municipal de Transportes; Art. 72. Integram o patrimônio paisagístico
XX - estímulo e proteção às áreas ocupadas do município, sujeitos à proteção ambiental, as
por colônias pesqueiras e de pesca artesanal, vi- seguintes áreas e bens localizados no território da
sando à preservação e desenvolvimento da ativi- Área de Planejamento 5:
dade na região e à organização de centros de co- I - a orla marítima, desde a Ponta da Praia Funda
mercialização direta ao consumidor, através da até o Rio da Guarda, incluídas as faixas de areia, os
participação dos pescadores na elaboração, apro- manguezais, as formações rochosas e as ilhas;
vação e administração de programas de estímulo II - a Restinga de Marambaia;
às atividades pesqueiras e nas decisões relativas a III - as ilhas da Pescaria, das Baleias, de
tais atividades, incluindo a criação de entreposto Guaraquessaba, de Guaratiba, do Bom Jardim, do
em Sepetiba e Guaratiba; Cavado, do Frade, do Tatu, do Urubu, Nova, Suru-
XXI - pavimentação das vias de escoamento guaí e Rasa;
da produção agrícola, e especialmente do trecho IV - a Reserva Biológica e Arqueológica de
da Estrada da Reta do Rio Grande que liga Santa Guaratiba;
Cruz a Itaguaí, da Estrada do Mendanha e da Es- V - o Maciço da Pedra Branca;
trada do Guandu; VI - as encostas das Serras da Capoeira
XXII - melhoria das condições de acesso às Grande, da Grota Funda, da Paciência, de Bangu,
comunidades interiores de Campo Grande, com a de Inhoaíba, do Cantagalo, do Mendanha e do
duplicação de suas vias axiais e especialmente: Quitungo;
a) da Estrada do Pré; VII - o Campo dos Afonsos e o Morro da Esta-
b) da Estrada do Mendanha, entre a Avenida ção;
Brasil e a Estrada das Capoeiras; VIII - os Morros do Retiro, do Taquaral e dos
c) da Estrada das Capoeiras, entre a Estrada Coqueiros, em Bangu; da Posse, das Paineiras, do
do Mendanha e a Estrada do Rio do A; Santíssimo e São Luís Bom, em Campo Grande; do
XXIII - implantação de sinalização vertical e Mirante, em Santa Cruz, e do Silvério, em Pedra
horizontal de trânsito nas vias axiais da Zona Oes- de Guaratiba;
te e especialmente: IX - a área e a edificação do Matadouro de
a) na Estrada do Pré; Santa Cruz;
b) na Estrada do Mendanha; X - a Igreja de São Salvador do Mundo;
c) na Estrada das Capoeiras; XI - a obra da Fazenda Modelo, em Guaratiba;
d) na Avenida João XXIII; XII - a Igreja de São Pedro, em Senador Vas-
e) na Estrada da Pedra; concelos;
XXIV - prioridade na execução de obras de XIII - a Fazendinha do Viegas, em Senador
drenagem na Baía de Sepetiba; Camará;
XXV - intensificação do processo de reconhe- XIV - a Igreja de Nossa Senhora do Desterro,
cimento definitivo ou provisório de logradouros em Pedra de Guaratiba;
públicos na Zona Oeste e afixação de placas com XV - o conjunto arquitetônico da Fábrica Ban-
indicação de sua denominação; gu e suas palmeiras, em Bangu;
XXVI - implantação de central de abasteci- XVI - a Igreja de Nossa Senhora do Desterro,
mento e comercialização de produtos hortifruti- em Campo Grande;
granjeiros em Campo Grande, com a ocupação dos XVII - a Igreja de São Sebastião e Santa Ce-
boxes exclusivamente por produtores do municí- cília e respectivo chafariz, localizada na Praça da
pio; Fé, em Bangu;
XXVII - prioridade para a construção de XVIII - a área do Sítio Burle Marx;
hospital público especializado em atendimento XIX - as edificações e os outros conjuntos ar-
infantil, clínico e cirúrgico e de hospital-geral quitetônicos e monumentos de valor cultural e
com serviços completos de ambulatório e de paisagístico da área.
emergência.
77
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
CAPÍTULO VI do terreno definidos para as Unidades Espaciais de
Planejamento constantes do quadro do anexo III.
Dos projetos de estruturação urbana § 1.° O Projeto de Estruturação Urbana poderá
adotar índices diferenciados para cada Unidade Es-
Art. 73. O Projeto de Estruturação Urbana de- pacial de Planejamento para atender às característi-
finirá o controle de uso e ocupação do solo e as cas de suas Zonas e Áreas de Especial Interesse.
ações da administração para as Unidades Espaciais § 2.° Nas Áreas de Especial Interesse Urba-
de Planejamento, observados os objetivos, princí- nístico poderão ser adotados índices de Aprovei-
pios, diretrizes setoriais e por Áreas de Planeja- tamento do Terreno maiores que os definidos para
mento definidos nesta Lei Complementar, ouvidas as Unidades Espaciais de Planejamento citadas no
as comunidades diretamente envolvidas. “caput”, desde que:
§ 1.º O Projeto de Estruturação Urbana trata I - justificado o interesse coletivo nos termos
da estruturação das Unidades Espaciais de Plane- do Relatório de Impacto de Vizinhança, estabeleci-
jamento pela hierarquização das vias, pela definição do pela Lei Orgânica;
das intensidades de uso e ocupação e pela determi- II - as alterações desses índices para maior se-
nação de áreas para equipamentos urbanos. jam expressamente previstas e aprovadas por Lei.
§ 2.º Na elaboração do Projeto de Estruturação Art. 77. São prioritárias para a elaboração
Urbana serão consideradas as principais questões dos Projetos de Estruturação Urbana as Unidades
urbanísticas da Unidade Espacial de Planejamento e Espaciais de Planejamento onde ocorram áreas
definidas propostas para o seu equacionamento. sujeitas a intervenção ou onde os Índices de Apro-
§ 3.º Para a elaboração do Projeto de Estrutu- veitamento do Terreno atuais tenham sido altera-
ração Urbana o Poder Executivo poderá declarar e dos conforme o anexo VI.
delimitar Áreas de Especial Interesse Urbanístico, Parágrafo único. A Zona Especial 5, na Baixada
às quais serão aplicadas normas transitórias de de Jacarepaguá, é prioritária para estudos ambientais
uso e ocupação do solo que a lei fixar. e posterior alteração, por lei, da ordenação urbanística
§ 4.º O Projeto de Estruturação Urbana será vigente, visando a compatibilizar o uso e a ocupação
instituído por lei e avaliado e revisto periodica- do solo com suas características geológicas.
mente, nos prazos fixados na lei que o instituir.
Art. 74. A lei do Projeto de Estruturação Ur- CAPÍTULO VII
bana terá como conteúdo mínimo:
I - a delimitação das Zonas e Áreas de Espe- Das áreas de crescimento limitado
cial Interesse, definido os usos permitidos;
II - a fixação de Índices de Aproveitamento Art. 78. São consideradas áreas de cresci-
do Terreno e seus parâmetros urbanísticos; mento limitado as zonas supersaturadas do terri-
III - a fixação de índices e parâmetros urbanísti- tório municipal que:
cos para as edificações, compreendendo, entre outros: I - tenham índices de densidade superiores a
a) altura máxima das edificações; quinhentos habitantes por hectare;
b) área mínima útil da unidade edificável; II - que por suas condições físicas, urbanísti-
c) taxa de ocupação; cas e ambientais sejam consideradas pelo Poder
d) número máximo de pavimentos das edificações; Público incompatíveis com o aumento de suas
e) área total edificável, entre outros; densidades.
IV - restrições que incidam sobre as edifica- Art. 79. As áreas de crescimento limitado se-
ções ou atividades existentes que não mais satis- rão definidas como rua, quadra ou bairro, em sua
façam as condições da Zona ou Área de Especial totalidade ou parcialmente.
Interesse em que se situam; Art. 80. Será priorizada a elaboração de Pro-
V - a relação dos bens tombados ou preserva- jetos de Estruturação Urbana que compreendam
dos, com suas respectivas áreas de entorno; áreas de crescimento limitado.
VI - o quadro de atividades relativo aos usos
permitidos para as diversas zonas, número de vagas CAPÍTULO VIII
de garagem e a área mínima destinada a recreação.
Art. 75. Na elaboração do Projeto de Estrutu- Do controle do uso e da ocupação do solo
ração Urbana serão considerados os pontos crí-
ticos relativos a erosão, desmatamento, inunda- Seção I
ção, poluição hídrica e do ar definidos por bacias
hidrográficas onde estão contidas as Unidades Disposições gerais
Espaciais de Planejamento.
Art. 76. O Projeto de Estruturação Urbana Art. 81. A legislação de controle do uso e o-
observará os índices máximos de aproveitamento cupação do solo compreende:
78
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
I - a Lei do Parcelamento do Solo; Seção II
II - o Código de Obras e Edificações;
III - o Código de Licenciamento e Fiscalização; Da lei de parcelamento do solo urbano
IV - a Lei do Uso e Ocupação do Solo;
V - leis ordinárias que disciplinem as matérias Art. 83. São modalidades de parcelamento do
referidas nos incisos anteriores e seus respectivos solo para fins urbanos o loteamento, o remem-
regulamentos; bramento e o desmembramento, conforme defini-
VI - demais normas administrativas pertinentes. dos na legislação federal.
Art. 82. O condomínio por unidades autônomas, Art. 84. A lei estabelecerá os seguintes pa-
nos termos do artigo 8.° da Lei Federal n.º 4.591, de râmetros urbanísticos para o parcelamento do solo
16 de dezembro de 1964, subordinar-se-á à legisla- para fins urbanos, dentre outros:
ção do controle do uso e ocupação do solo. I - dimensões dos lotes;
II - dimensões e características técnicas dos
[Lei n.º 4.591, de 16/12/1964 (D. O. de logradouros, seu reconhecimento e arborização;
21/12/1964): III - porcentagem e características gerais das
áreas a serem destinadas a uso público;
(A Lei n.º 4.864, de 29/11/1965, dispõe: IV - áreas não edificáveis;
"Art. 6.° No caso de um conjunto de edifica- V - normas de implantação das redes de ser-
ções, a que se refere o artigo 8.° da Lei n.º viços públicos no subsolo.
4.591, de 16 de dezembro de 1964, poder-se- Parágrafo único. A determinação da por-
á estipular o desdobramento da incorporação centagem das áreas a serem destinadas ao
em várias incorporações, fixando a convenção uso público considerará a densidade demográ-
de condomínio ou contrato prévio, quando a fica, prevista para o local e o tipo de uso do
incorporação ainda estiver subordinada a perí- solo, não podendo a soma dessas áreas ser
odos de carência, os direitos e as relações de inferior a trinta e cinco por cento da área total
propriedade entre condôminos de várias edifi- da gleba, excetuados os loteamentos destina-
cações.") dos ao uso industrial, cujo porcentual poderá
"Art. 8.º Quando, em terreno onde não ser inferior, nos termos da Lei Federal n.º
houver edificação, o proprietário, o promi- 6.766, de 19 de dezembro de 1979.
tente-comprador, o cessionário deste ou o
promitente-cessionário sobre ele desejar eri- [Lei n.° 6.766, de 19/12/1979 (D. O. de
gir mais de uma edificação, observar-se-á 20/12/1979):
também o seguinte: "Dispõe sobre o parcelamento do solo ur-
a) em relação às unidades autônomas que bano e dá outras providências."]
se constituírem em casas térreas ou assobra-
dadas, será discriminada a parte do terreno Art. 85. Os projetos de parcelamento ou re-
ocupada pela edificação e também aquela e- membramento deverão conter os parâmetros de
ventualmente reservada como de utilização uso e ocupação dos lotes resultantes.
exclusiva dessas casas, como jardim e quintal, Art. 86. Os projetos de parcelamento obser-
bem assim a fração ideal do todo do terreno e varão as diretrizes a serem fixadas pelo Poder
de partes comuns, que corresponderá às uni- Executivo, definindo no mínimo o sistema viário
dades; principal, a porcentagem e a localização das áreas
b) em relação às unidades autônomas destinadas ao uso público.
que constituírem edifícios de dois ou mais § 1.° VETADO.
pavimentos, será discriminada a parte do § 2.° Nos projetos de loteamento, as vias de
terreno ocupada pela edificação, aquela que circulação obedecerão a disposição hierárquica,
eventualmente for reservada como de utili- consideradas suas características e funções, e
zação exclusiva, correspondente às unida- serão integradas ao sistema viário existente ou
des do edifício, e ainda a fração ideal do to- projetado.
do do terreno e de partes comuns, que Art. 87. Os loteamentos poderão ser execu-
corresponderá a cada uma das unidades; tados com ou sem a comercialização dos lotes
c) serão discriminadas as partes do total durante a realização das obras de urbanização.
do terreno que poderão ser utilizadas em co- § 1.° Na execução de loteamento com comer-
mum pelos titulares de direito sobre os vários cialização dos lotes será exigido cronograma físico-
tipos de unidades autônomas; financeiro e garantia, mediante caução de vinte
d) serão discriminadas as áreas que se por cento do total dos lotes, da implantação e
constituírem em passagem comum para as vi- conclusão das obras.
as públicas ou para as unidades entre si."] § 2.° Na execução de loteamento sem comer-
79
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
cialização dos lotes, a certidão de aprovação do V - exigibilidade de elevadores;
projeto somente será concedida após constatada VI - dimensionamento dos compartimentos
pelo Poder Público a execução das obras exigidas das edificações destinadas ao uso residencial, co-
pela legislação. mercial e de serviços. .
Art. 88. A lei estabelecerá padrões diferencia- § 1.° As disposições sobre grupamentos de
dos de loteamentos para atendimento das diversas edificação fixarão a área máxima do terreno, fi-
faixas de renda, observadas as diretrizes de uso e cando o Poder Executivo autorizado a estabelecer
ocupação do solo. diretrizes para a implantação das vias, localização
Art. 89. Não será permitida a implantação das áreas a serem transferidas ao município e
de loteamento ou de grupamento de edifica- exigência dos equipamentos urbanos, observada a
ções que impeçam o livre acesso ao mar, às densidade populacional projetada para o empre-
praias, aos rios e às lagoas ou a fruição de endimento e sua compatibilidade com o entorno.
qualquer outro bem público de uso comum da § 2.° Os empreendedores ficam obrigados a
coletividade. adotar técnicas preventivas e de controle para
Art. 90. A aprovação do parcelamento fica segurança momentânea e futura dos imóveis lin-
condicionada ao requerimento e concessão de deiros, na forma fixada em regulamento.
licença de execução das obras.
Art. 91. A lei disporá sobre a regularização de Seção IV
loteamentos e a aprovação e regularização das
Do Código de Licenciamento e Fiscalização
vilas.
Art. 92. Nas macrozonas de restrição à ocu- Art. 96. Dependem de licença:
pação urbana, o parcelamento do solo em áreas I - a execução de toda a obra de construção,
destinadas a atividade agrícola obedecerá a crité- reconstrução total ou parcial, modificação, acrés-
rios específicos fixados em lei. cimo, reforma e conserto de edificações em geral,
marquises e muros, contenção do solo, drenagem;
Seção III II - a abertura, regularização, desvio, canali-
zação de valas ou cursos d’água, perenes ou não;
Do Código de Obras e Edificações III - as canalizações e lançamento de águas
pluviais;
Art. 93. O Código de Obras e Edificações dis- IV - o parcelamento da terra, a abertura de
porá sobre as obras públicas ou privadas de demo- logradouros e o remembramento;
lição, reforma, transformação de uso, modificação V - a demolição;
e construções. VI - a movimentação de terra;
Art. 94. A lei conterá glossário e disposições VII - as obras de engenharia em geral;
sobre as seguintes matérias, dentre outras: VIII - o uso e a modificação de uso das edifi-
I - canteiro de obras; cações, a pintura e os pequenos consertos em
II - edificações, conceituação e parâmetros prédios tombados, preservados ou tutelados loca-
externos e internos para a sua construção; lizados em unidades de conservação ambiental;
III - unidades, compartimentos e áreas co- IX - as obras públicas executadas direta ou
muns das edificações; indiretamente;
IV - grupamentos de edificações; X - a exploração mineral do solo ou do subso-
V - adequação das edificações ao seu uso por lo;
deficientes físicos; XI - o assentamento de máquinas, motores e
VI - aproveitamento e conservação das edifi- equipamentos;
cações tombadas e preservadas, observando a sua XII - as obras, reformas ou modificação de
proteção e conservação. uso em imóveis situados em áreas submetidas a
Art 95. A lei disporá sobre a revisão das nor- regime de proteção ambiental, em área tombada
mas vigentes para edificações no que se refere a: ou em vizinhança de bem tombado.
I - dimensionamento das áreas de estaciona- § 1.° Não dependerão de licença as obras e
mento de veículos; as atividades não relacionadas neste artigo, bem
II - exigibilidade de apartamento de zelador; como as seguintes, dentre outras que a lei discri-
III - exigibilidade de área de recreação infan- minar e que não interfiram com a segurança de
til e de pavimento de uso comum, que serão esta- terceiros e nem se projetem sobre área de logra-
belecidos em função do número de unidades das douro público, tais como:
edificações e a disponibilidade de áreas para lazer I - as pinturas e os pequenos consertos de
na região em que estão situadas; prédios;
IV - dimensionamento das áreas de circulação II - a construção de galerias e caramanchões,
comum das edificações; jardins e as pavimentações a céu aberto;
80
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
III - as instalações de antenas e bombas ele- disciplina, as sanções e a obrigatoriedade de res-
vatórias de água; tauração por danos causados por obras executa-
IV - as obras de reforma ou de modificação das em logradouros por empresas de serviços
interna ou de fachada, sem acréscimo de área que públicos, diretamente ou por meio de empreitei-
não implique alterações das áreas comuns das ras.
edificações;
V - a construção, restauração e reforma de Seção V
passeios.
Da fiscalização
§ 2.° O disposto no § 1.° não se aplica a imó-
veis sujeitos a desapropriação parcial, a recuo ou Art. 100. A lei disporá sobre a fiscalização
investidura ou que estejam atingidos por área ou das obras e atividades previstas no artigo 96 e
faixa não edificável. seus parágrafos, bem como sobre a aplicação de
§ 3.° A lei disporá sobre o licenciamento de sanções pelo descumprimento da legislação de
obras em imóveis ou edificações sujeitos a desa- controle de uso e de ocupação do solo e das nor-
propriação total ou parcial, a recuo e a investidura mas e padrões ambientais municipais, estaduais e
ou atingidos por áreas ou faixas não edificáveis. federais.
§ 4.° A execução de obras pelo Poder Público § 1.° O Poder Executivo aplicará as sanções
federal, estadual e municipal está sujeita a apro- de interdição, embargo, demolição ou multa, na
vação, licença e fiscalização. forma e valores disciplinados na regulamentação
§ 5.° As explorações arqueológicas estão su- da lei.
jeitas à autorização do órgão ou entidade federal § 2.° A multa será calculada em função do
competente para a expedição de sua licença. valor da obra ou instalações, e sua aplicação será
Art. 97. A expedição da licença será condicio- periódica, sucessiva e cumulativa, enquanto per-
nada: sistir a irregularidade.
I - ao atendimento no projeto de adequação § 3.° O pagamento da multa não implicará a
do uso, dos índices e parâmetros urbanísticos e cessação das irregularidades, e sua correção não
edilícios; dispensará o pagamento da multa.
II - à análise do impacto no sistema viário e Art. 101. Os danos ao patrimônio público, a
no meio ambiente; usurpação ou invasão de vias ou servidões públi-
III - à audiência dos órgãos públicos esta- cas, bem como das galerias e cursos d’água, pere-
duais, municipais e federais, quando necessária. nes ou não, ainda que situados em terrenos de
§ 1.° O início das obras será caracterizado pe- propriedade particular, estarão sujeitos à fiscaliza-
la execução das fundações, ficando o interessa do ção e à aplicação de sanções, na forma prevista na
obrigado a comunicá-lo ao órgão fiscalizador. lei.
§ 2.° O autor do projeto assumirá, ante a Pre- Art. 102. O município poderá, a qualquer
feitura e perante terceiros, a responsabilidade do tempo, realizar vistoria administrativa, para apu-
cumprimento no projeto de todas as condições ração de responsabilidades, constatação de irregu-
previstas no Código de Obras e Edificações. laridades ou para, preventivamente, determinar
§ 3.º Caso se verifique o desrespeito às con- providências para eliminação de risco ou ameaça à
dições do Código de Obras e Edificações será can- integridade física de pessoas ou bens.
celada a licença e serão aplicadas sanções ao pro- § 1.° O município poderá tomar as providên-
fissional. cias necessárias à eliminação do risco ou ameaça,
§ 4.° Os proprietários e responsáveis pela inscrevendo em dívida ativa o total dos custos da
execução da obra assumirão, quando da aceitação sua intervenção.
da obra ou concessão do "habite-se", a responsa- § 2.° O responsável pelo risco ou ameaça não
bilidade de ter respeitado o projeto, durante sua poderá obter licença para quaisquer outras obras
execução. enquanto não tomar as providências necessárias à
§ 5.° O desrespeito ao projeto e ao Código de eliminação do risco e quitar a sua dívida.
Obras e Edificações implicará o cancelamento da Art. 103. O município poderá assumir e exe-
aceitação ou do "habite-se" e a aplicação de san- cutar obras, retomar posse, demolir ou tomar
ções ao proprietário e ao profissional responsável qualquer providência para a preservação da segu-
pela obra. rança e do patrimônio públicos, em situações de
Art. 98. A responsabilidade pelos diferentes emergência, independentemente de prévio proces-
projetos, cálculos e memórias relativos à execução so administrativo ou de autorização judicial.
de obras e instalações, caberá sempre e exclusi- Parágrafo único. O disposto neste artigo não
vamente aos profissionais que os assinarem. afasta a responsabilidade civil daqueles que causa-
Art. 99. O Código de Licenciamento e Fiscali- rem danos a terceiros.
zação disporá sobre as normas reguladoras, a Art. 104. A lei disporá sobre a fiscalização em
81
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Áreas de Especial Interesse Social, com a coopera- II - Zonas de Uso Predominantemente Indus-
ção da comunidade. trial - ZUPI.
Art. 107. Cada Área de Especial Interesse re-
Seção VI ceberá apenas uma das seguintes denominações e
conceitos:
Da lei de uso e ocupação do solo I - Área de Especial Interesse Urbanístico, des-
tinada a projetos específicos de estruturação ou
Art. 105. Para controle do uso e ocupação do reestruturação, renovação e revitalização urbana;
solo, o município será dividido em zonas, que po- II - Área de Especial Interesse Social, a que a-
derão conter, no todo ou em parte, Áreas de Espe- presenta terrenos não utilizados ou subutilizados e
cial Interesse. considerados necessários à implantação de programas
§ 1.° Zona é o espaço da cidade perfeitamen- habitacionais de baixa renda ou, ainda, aquelas ocu-
te delimitado por suas características ambientais, padas por favelas, loteamentos irregulares e conjun-
para o qual serão previstos controles de densidade tos habitacionais, destinadas a programas específicos
demográfica e de limites de construção e a inten- de urbanização e regularização fundiária;
sidade dos diversos usos e atividades econômicas, III - Área de Especial Interesse Ambiental,
sociais e culturais. aquela destinada à criação de Unidade de Conser-
§ 2.° As zonas não serão sobrepostas e abran- vação Ambiental, visando à proteção do meio am-
gerão a totalidade do território municipal. biente natural e cultural;
§ 3.° Áreas de Especial Interesse, permanen- IV - Área de Especial Interesse Turístico,
tes ou transitórias, são espaços da cidade perfei- aquela com potencial turístico e para qual se fa-
tamente delimitados sobrepostos em uma ou mais çam necessários investimentos e intervenções
zonas, que serão submetidos a regime urbanístico visando o desenvolvimento da atividade turística;
específico, relativo a formas de controle que pre- V - Área de Especial Interesse Funcional,
valecerão sobre os controles definidos para a zona aquela caracterizada por atividades de prestação
ou as zonas que as contêm. de serviços e de interesse público que exija regime
§ 4.° Será garantida a participação popular na urbanístico específico.
delimitação de Áreas de Especial Interesse, atra-
vés de audiências públicas com a população local. Seção VII
Art. 106. As zonas terão as seguintes deno-
minações e conceitos: Dos controles
I - Zona Residencial é aquela onde prevalece
o uso para moradias unifamiliares ou multifamilia- Art. 108. A ocupação das Zonas e Áreas de
res e as atividades de apoio ou complementarie- Especial Interesse será controlada pela definição
dade a esse uso. compatíveis entre si; de densidades demográficas e prediais específicas.
II - Zona Industrial é aquela onde prevalece a § 1.° Os controles serão exercidos por meio da
existência de indústrias e de atividades correlatas do determinação de índices e parâmetros urbanísticos.
setor secundário e inclui aquelas de seu apoio, viabi- § 2.° Índice urbanístico é a relação mensurá-
lidade e complementação, compatíveis entre si; vel entre o solo e seu aproveitamento edificável,
III - Zona Comercial e de Serviços é aquela condicionado a usos específicos, a condições ambi-
onde prevalece as atividades comerciais e de pres- entais e a infra-estrutura de transportes e sanea-
tação de serviços, classificadas de acordo com as mento básico,
intensidades dessas atividades, admitida a inci- § 3.° Os índices urbanísticos são identificados
dência de uso residencial e de atividades econômi- pelos seguintes parâmetros:
cas ligadas aos setores primário e secundário; I - para terrenos:
IV - Zona de Uso Misto é aquela onde as ati- a) dimensões do lote (testadas, divisas e áreas);
vidades residenciais, comerciais, de serviços e b) recuos, investiduras e limites de profundidade;
industriais, compatíveis entre si, coexistem, sem a c) número de edificações e de unidades habi-
predominância de qualquer dessas atividades; táveis no lote;
V - Zona de Conservação Ambiental é aquela II - para edificações:
que apresenta características ambientais e paisa- a) afastamento das edificações e entre as edi-
gísticas relevantes para a proteção; ficações;
VI - Zona Agrícola é aquela onde prevalece ati- b) nível de implantação das edificações (cota
vidades agrícolas e de criação animal e aquela de de soleira);
apoio e complementação compatíveis entre si. c) altura máxima das edificações e/ou número
Parágrafo único. As Zonas Industriais serão máximo de pavimentos (gabarito);
classificadas em: d) Área Total das Edificações (ATE), para de-
I - Zonas de Uso Estritamente Industrial - ZEI; terminação da área máxima de construção das edifi-
82
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
cações, a ser definida pelo valor resultante apurado toriais;
da multiplicação do Índice de Aproveitamento do Ter- III - integração das ações dos órgãos e enti-
reno estabelecido para o local pela área do terreno; dades municipais, estaduais e federais, através do
e) taxa de ocupação; sistema municipal de planejamento urbano;
f) dimensões máximas da projeção das edifi- IV - cooperação com as entidades afins das
cações; outras esferas de governo e com os municípios da
g) prismas de iluminação e ventilação; Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
h) área mínima da unidade edificável e núme-
ro, dimensões e áreas mínimas dos compartimen- CAPÍTULO I
tos internos da edificação;
i) número de vagas para estacionamento de Da política de meio ambiente e valorização
veículos; do patrimônio cultural
j) tipologia das edificações;
l) limite de implantação das edificações, de- Seção I
correntes das características dimensionais, geoló-
gicas e de relevo do terreno; Disposições gerais
m) faixas não edificáveis;
III - para logradouros: Art. 112. A política de meio ambiente e valori-
a) dimensões; zação do patrimônio cultural do município visa à
b) especificações físicas, construtivas e de proteção, recuperação e conservação da memória
lançamento; construída da cidade, suas paisagens e seus recur-
c) perfis longitudinais; sos naturais, na realização dos seguintes objetivos:
d) destinação geral e especificação de faixas I - garantia de integridade do patrimônio ecoló-
de uso; gico, genético, paisagístico e cultural do município;
e) alinhamento, II - utilização racional dos recursos naturais e
Art. 109. Os usos serão controlados mediante culturais;
a adoção da seguinte classificação: III - incorporação da proteção do patrimônio
I - uso adequado; cultural e paisagístico ao processo permanente de
II - uso adequado com restrições quanto ao planejamento e ordenação do território;
porte ou as características das edificações, ou sujei- IV - aplicação de instrumentos normativos,
to à adoção de medidas redutoras de impacto; administrativos e financeiros para viabilizar a ges-
III - uso inadequado; tão do meio ambiente natural e cultural;
IV - uso vedado. V - conscientização da população quanto aos
Parágrafo único. É facultado ao Poder Executi- valores ambientais, naturais e culturais e à neces-
vo, mediante lei, ouvido, ainda, o Conselho Municipal sidade de sua proteção e recuperação;
de Política Urbana, conceder, na forma e nos casos VI - impedimento ou controle do funciona-
de interesse público previstos na forma da lei, licença mento e da implantação ou ampliação de constru-
especial para edificação e uso do solo urbano. ções ou atividades que comportem risco efetivo ou
Art. 110. As obras de qualquer natureza ou fi- potencial de dano à qualidade de vida e ao meio
nalidade somente serão licenciadas após verificada ambiente natural ou cultural;
a adequação do uso previsto para a Zona ou Área VII - impedimento ou restrição da ocupação
de Especial Interesse em que serão executadas. urbana em áreas frágeis de baixadas e de encos-
tas, impróprias à urbanização, bem como em áreas
TÍTULO VII de notável valor paisagístico;
VIII - descentralização das ações relativas à
DAS POLÍTICAS SETORIAIS política de meio ambiente.
83
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
cultural, vinculado ao sistema municipal de plane- Subseção II
jamento urbano.
Art. 114. O sistema de gestão ambiental é in- Do processo de avaliação do impacto ambiental
tegrado:
I - pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente; Art. 118. Competirá ao órgão executivo cen-
II - pelo Fundo de Conservação Ambiental; tral do sistema implantar processo de avaliação de
III - por entidade a ser criada por lei que fun- impacto ambiental e de vizinhança para o controle
cionará como órgão executivo e de suporte técni- das obras, atividades ou instalações potencialmen-
co-administrativo ao sistema; te poluidoras ou degradadoras do meio ambiente
IV - pelo Conselho de Proteção do Patrimônio natural e cultural.
Cultural; Parágrafo único. VETADO.
V - pelo Fundo de Conservação do Patrimônio Art. 119. Para o processo de avaliação do es-
Cultural, a ser criado por lei. tudo e do relatório de impacto ambiental e de vizi-
Parágrafo único. VETADO. nhança serão editadas normas técnicas comple-
Art. 115. Serão objeto de atuação do sistema mentares às federais e estaduais.
de gestão ambiental o patrimônio cultural construí- Art. 120. O licenciamento de obras, instala-
do ou agenciado pelo homem e o natural, obser- ções e atividades e suas ampliações, de origem
vando-se para tanto, entre outros fatores, implan- pública ou privada, efetiva ou potencialmente cau-
tação de obras, instalações e atividades que sadoras de alteração no meio ambiente natural e
potencial ou efetivamente atuem como agentes cultural e na qualidade de vida, estará sujeito à
modificadores do meio ambiente, definidas em lei. elaboração de Estudo de Impacto Ambiental, de
Art. 116. A gestão do patrimônio cultural de- Relatório de Impacto Ambiental e de Relatório de
verá ser atribuída ao órgão do Poder Executivo Impacto de Vizinhança.
competente para a formulação e a execução da Art. 121. A exigibilidade, as formas, os pra-
política de patrimônio cultural do Município, inte- zos, os elementos e demais requisitos que deverão
grado ao sistema de gestão ambiental. estar contidos no Estudo de Impacto Ambiental
Art. 117. O sistema de gestão ambiental e/ou no Relatório de Impacto de Vizinhança, para
compreenderá: cada instalação ou atividade, ou grupo de instala-
I - a formulação e a execução de programas e ções ou atividades, serão estabelecidos em lei.
projetos de interesse da proteção, recuperação e
conservação do patrimônio cultural e ambiental, Seção III
diretamente ou mediante convênio;
II - a implantação de processo de avaliação Dos instrumentos
de impacto ambiental e de controle da poluição;
III - a integração das ações dos órgãos Art. 122. São instrumentos básicos para rea-
consultivos e executivos municipais encarrega- lização dos objetivos definidos no artigo 112, além
dos da formulação e execução de política de de outros previstos nesta Lei Complementar e na
meio ambiente e valorização do patrimônio cul- legislação federal, estadual e municipal:
tural; I - o sistema de gestão ambiental;
IV - a integração das ações fiscalizadoras II - a criação de Unidades de Conservação
do Município com as dos órgãos da União e do Ambiental;
Estado e o acompanhamento das tarefas de fis- III - a declaração de Área de Especial Inte-
calização realizadas pelos órgãos setoriais; resse Ambiental;
V - a integração das Administrações Regionais IV - o tombamento e criação de Áreas de Pro-
às tarefas de gestão ambiental; teção do Entorno dos Bens Tombados.
VI - o exame de projetos, obras ou ativida-
des, efetiva ou potencialmente causadoras de de- Subseção I
gradação do meio ambiente, e a exigência, quando
for o caso, de estudo e de relatório de impacto Das Unidades de Conservação Ambiental
ambiental ou garantia de recuperação ambiental,
para seu licenciamento; Art. 123. VETADO.
VII - a fixação de normas para aplicação dos Parágrafo único. O ato de criação da Unida-
recursos do Fundo de Conservação Ambiental; de de Conservação Ambiental indicará o bem obje-
VIII - a implantação de sistema de informa- to de proteção, fixará sua delimitação, estabelece-
ções geográficas, para o monitoramento da situa- rá sua classificação e as limitações de uso e
ção ambiental do Município; ocupação e disporá sobre sua gestão.
IX - a criação de um banco de dados ambientais. Art. 124. As Unidades de Conservação Ambi-
ental classificam-se em:
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
I - Área de Proteção Ambiental (APA), de do- resse Ambiental.
mínio público ou privado, dotada de características § 1.° O ato de declaração de especial interesse
ecológicas e paisagísticas notáveis, cuja utilização ambiental definirá os limites da área e poderá de-
deve ser compatível com sua conservação ou com terminar a suspensão temporária, nunca superior a
a melhoria das suas condições ecológicas; cento e oitenta dias, do licenciamento de constru-
II - Área de Proteção Ambiental e Recupera- ção, edificação, acréscimo ou modificação de uso
ção Urbana (APARU), de domínio público ou priva- em edificação, parcelamento do solo, abertura de
do, a que apresenta as características descritas no logradouro e instalação de mobiliário urbano.
parágrafo anterior e depende de ações do Poder § 2.° O ato a que se refere o parágrafo ante-
Público para a regulação do uso e ocupação do rior não elide o poder de iniciativa da Câmara Mu-
solo e restauração de suas condições ecológicas e nicipal, na forma do artigo 123, em relação à área
urbanas; objeto do ato.
III - Área de Proteção do Ambiente Cultural
(APAC), de domínio público ou privado, a que apre- Seção IV
senta relevante interesse cultural e características
paisagísticas notáveis, cuja ocupação deve ser Dos programas
compatível com a valorização e proteção da sua
paisagem e do seu ambiente urbano e com a pre- Art. 126. São programas prioritários da polí-
servação e recuperação de seus conjuntos urbanos; tica de meio ambiente e valorização cultural do
IV - Área de Relevante Interesse Ecológico, município;
de domínio público ou privado, com características I - programa de controle da poluição;
naturais extraordinárias e que abriga remanescen- II - programa de controle e recuperação das
tes raros da biota regional a ser protegida ou re- unidades de conservação ambiental;
cuperada; III - programa de proteção de encostas e de
V - Reserva Biológica, área de domínio público baixadas sujeitas a inundação;
destinado à preservação de ecossistemas naturais; IV - programa de proteção, recuperação e va-
VI - Estação Ecológica, área de domínio públi- lorização do patrimônio cultural e do ambiente
co, cujo ecossistema é objeto de conservação para urbano;
realização de estudos e pesquisas, podendo ser V - programa de educação ambiental e de de-
criada no interior de outras unidades de conserva- fesa do meio ambiente.
ção;
VII - Parque, área de domínio público, desti- Subseção I
nada à visitação pública e ao lazer, podendo com-
preender Área de Relevante Interesse Ecológico ou Dos programas de controle da poluição
Área de Preservação;
VIII - Área de Preservação Permanente, de Art. 127. Os programas compreenderão o
domínio público ou privado para proteção de ma- monitoramento, a fiscalização e o controle da po-
nanciais, dunas e remanescentes da Mata Atlânti- luição, efetiva ou potencial, causada por obras,
ca, na qual fica vedada a exploração de vegetação atividades, instalações e equipamentos.
nativa e qualquer forma de utilização dos recursos § 1.° Na formulação dos programas serão de-
naturais. finidos padrões ambientais que assegurem:
§ 1.° O órgão executivo do Sistema de Gestão I - a redução dos efeitos poluidores de emis-
Ambiental estabelecerá a classificação das áreas sões que agravem a qualidade do ar e da água;
protegidas existentes segundo as espécies previs- II - o controle de agentes poluidores em áreas
tas neste artigo. de cabeceiras de cursos d’água, dos mangues e
§ 2.° As Unidades de Conservação Ambiental das áreas estuarinas;
de qualquer classificação não poderão ser tornadas III - o estímulo à utilização de fontes energé-
Áreas de Especial Interesse Social, excetuadas as ticas alternativas para fins automotivos;
referidas no inciso II. IV - a redução dos efeitos da poluição sono-
ra e visual em áreas de grande concentração
Subseção II urbana.
§ 2.° Os programas poderão limitar-se a
Das Áreas de Especial Interesse Ambiental complementar os federais e estaduais, desde que
atendidos os padrões ambientais municipais.
Art. 125. Para a avaliação do interesse ambi- § 3.° A lei estabelecerá, na área de compe-
ental de determinada área e a sua classificação tência do município, penalidades para as ativida-
como unidade de conservação ambiental, o Poder des que poluam o meio ambiente.
Executivo poderá declará-la Área de Especial Inte-
85
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Subseção II enderá:
I - o controle da ocupação das encostas, com
Do programa de controle e recuperação das uni- a fixação de limites para a expansão urbana, con-
dades de conservação ambiental siderada a especificidade de cada área e os riscos
de desmoronamento ou deslizamento identifica-
Art. 128. O programa de controle e recupera- dos;
ção das unidades de conservação ambiental com- II - o controle do licenciamento de lavras em
preenderá: encostas;
I - o cadastramento das unidades de conser- III - o controle da ocupação das baixadas
vação ambiental; inundáveis, com a definição de cotas de soleira
II - a edição de normas específicas para con- para as construções e edificações, considerada a
trole de usos e atividades em unidades de conser- especificidade de cada área e a recorrência da
vação ambiental; inundação;
III - a criação de incentivos para refloresta- IV - o zoneamento ecológico das baixadas su-
mento ecológico e para criação e manutenção de jeitas a inundação, para sua destinação ao uso
viveiros de espécies nativas; agrícola ou urbano ou para sua classificação em
IV - o incentivo à criação de unidades de con- unidade de conservação;
servação ambiental de domínio privado, assegura- V - a ampliação do sistema de coleta de resí-
do o acesso a visitantes e pesquisadores; duos sólidos em favelas e áreas localizadas nas
V - a edição de normas para proteção do en- bordas de maciços montanhosos;
torno de reservatórios, mananciais e de bens tom- VI - a implantação do sistema de esgoto e
bados; drenagem em favelas localizadas em encostas,
VI - a elaboração de plano de recuperação e com o tratamento de cobertura necessário à sua
proteção para o Maciço da Pedra Branca, em coo- conservação;
peração com os órgãos federais e estaduais com- VII - a execução de obras de contenção, re-
petentes, e reflorestamento de suas vertentes com florestamento ou drenagem de encostas em:
prioridade para áreas de proteção de mananciais e a) áreas de risco;
faixas marginais dos cursos d’água; b) áreas que contribuam para o agravamento
VII - a elaboração de plano de recuperação e de enchentes;
proteção para o Maciço da Tijuca incluindo suas c) áreas de erosão acelerada;
vertentes não incorporadas ao Parque Nacional, d) eixos viários;
em cooperação com os órgãos federais e esta- e) cabeceiras ou emboques de túneis;
duais; VIII - a elaboração e execução de planos de
VIII - a elaboração e execução de programa macrodrenagem para as grandes baixadas, que
específico para o Maciço de Gericinó, visando à sua contemplem a recuperação das áreas inundáveis
recuperação ambiental e paisagística, em coopera- para usos agrícolas ou urbanos;
ção com a União, o Estado do Rio de Janeiro e os IX - a elaboração e execução de plano de
municípios cujos territórios integrem a sua verten- drenagem das lagoas, tendo em vista a recupera-
te Norte; ção do sistema lagunar;
IX - a execução de projetos turísticos-ambientais X - o monitoramento permanente das situa-
vinculados aos planos de recuperação e proteção ções de risco;
dos maciços; XI - a elaboração e execução de projetos in-
X - a criação, em hortos do município, de can- tegrados de limpeza dos corpos d’água, com prio-
teiros especializados em plantas admitidas como ridade para as áreas populosas, com a colaboração
medicinais, de modo a construir fontes de amos- dos órgãos estaduais e federais;
tras para centros de pesquisas bioquímicas e clíni- XII - a realização de estudos por bacias hi-
cas; drográficas, para determinação de taxa de imper-
XI - a elaboração de Plano de Manejo para as meabilização do solo, a fim de subsidiar a elabora-
Unidades de Conservação Ambiental do Município ção do plano de macrodrenagem e da legislação
do Rio de Janeiro. urbanística;
XIII - o mapeamento das áreas de risco vin-
Subseção III culadas à instabilidade das encostas.
Parágrafo único. Diretamente ou em coope-
Do programa de proteção das encostas e das bai- ração com a União e o Estado, o Município promo-
xadas sujeitas a inundação verá obras de drenagem, regularização e canaliza-
ção de cursos d’água, conferindo prioridade aos
Art. 129. O programa de proteção das encos- rios que interferem nas condições de vida de áreas
tas e das baixadas sujeitas a inundação compre- densamente povoadas, e especialmente aos se-
86
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
guintes: tombados e suas áreas de entorno e nas Áreas de
I - Rio Acari; Proteção do Ambiente Cultural;
II - Rio Cabuçu; XI - a integração das ações de proteção, con-
III - Rio Cação Vermelho; servação e revitalização do patrimônio cultural
IV - Rio das Pedras, de Jacarepaguá; entre órgãos e entidades municipais, estaduais e
V - Rio dos Cachorros; federais e a comunidade.
VI - Rio Timbó Superior; Art. 131. Na criação de uma Área de Proteção
VII - Rio Faria Timbó; do Ambiente Cultural serão relacionados os bens
VIII - Rio Guandu-Mirim; preservados e os bens tutelados e definidos seus
IX - Rio Itá; critérios de preservação.
X - Rio Maracanã; § 1.° Para controle e acompanhamento dos
XI - Rio Meriti; critérios de preservação, a declaração de Área de
XII - Rio Pavuna; Proteção do Ambiente Cultural poderá conter a
XIII - Rio Trapicheiros. criação de escritório técnico em função da nature-
za e do grau de complexidade da área protegida.
Subseção IV § 2.° Entende-se por bem preservado aquele
que, situado em Área de Proteção do Ambiente
Do programa de proteção e valorização do patri- Cultural, deverá manter as características que
mônio cultural e do ambiente urbano tenham sido identificadas como de importância
para a ambiência e identidade cultural da Área,
Art. 130. O programa de proteção e valoriza- segundo critérios estabelecidos pelo órgão de tute-
ção do patrimônio cultural e do ambiente urbano la.
compreenderá: § 3.° Considera-se bem cultural passível de
I - a delimitação e declaração das Áreas de preservação aquele que atenda alguma das se-
Proteção do Ambiente Cultural e definição dos guintes exigências:
critérios de proteção; I - seja parte de um conjunto de bens de va-
II - a proteção e valorização da paisagem e lor cultural na área na qual está inserido;
dos conjuntos urbanos de interesse; II - apresente características morfológicas tí-
III - identificação dos ambientes urbanos a- picas e recorrentes na área na qual está inserido;
dequadamente integrados à morfologia da Cidade III - constitua-se em testemunho das várias
que terão seu crescimento e renovação compatibi- etapas da evolução urbana da área na qual está
lizados com as necessidades de proteção; inserido;
IV - a elaboração de projetos de recomposi- IV - possua inequívoco valor afetivo coletivo
ção da paisagem, do ambiente urbano e da recu- ou se constitua em marco na história da comuni-
peração dos logradouros e espaços públicos, vi- dade.
sando à sua adequação aos conjuntos protegidos; § 4.° Entende-se por bem tutelado aquele
V - a revisão dos procedimentos e avaliação que, situado em Área de Proteção do Ambiente
permanente da aplicação de isenção do Imposto Cultural, integra a ambiência do bem ou conjunto
Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana preservado, podendo ser modificado ou demolido,
como instrumento de incentivo à conservação do ficando a nova edificação sujeita a restrições para
patrimônio cultural; evitar a descaracterização do conjunto preservado,
VI - a criação de novos instrumentos de cará- a critério do órgão de tutela.
ter tributário, urbanísticos e financeiros de incenti- Art. 132. As demolições, construções e
vo à conservação do patrimônio cultural; quaisquer obras a serem efetuadas nas áreas de
VII - o inventário, classificação e cadastra- entorno de bens tombados e nos limites das Áreas
mento do patrimônio cultural e paisagístico do de Proteção do Ambiente Cultural deverão ser
município, sua atualização permanente e integra- previamente aprovadas pelos órgãos e entidades
ção ao banco de dados ambientais; municipais, estaduais e federais de tutela.
VIII - a revisão dos Projetos de Alinhamento Art. 133. O órgão responsável pela proteção
em vigor para os logradouros incluídos em Áreas de bem preservado ou tutelado poderá determi-
de Proteção do Ambiente Cultural que estejam em nar:
desacordo com seus critérios de preservação; I - a realização de obras de recuperação de
IX - a reavaliação das autorizações para ins- bens em mau estado de conservação, através de
talação de mobiliário urbano, de vinculação publi- intimação ao proprietário;
citária, anúncios indicativos, artefatos e pequenos II - o embargo de demolições e obras de res-
equipamentos de uso público; tauração, reforma ou acréscimo, realizados sem
X - o controle e fiscalização das obras, insta- prévia autorização;
lações e atividades que incidam sobre os bens III - o estabelecimento da obrigatoriedade
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
de reconstrução, no caso de demolição não CAPÍTULO II
licenciada ou sinistro de bem tombado ou pre-
servado, com a manutenção de suas caracterís- Da política habitacional
ticas originais;
IV - a cassação de alvará de localização de Seção I
atividade econômica em funcionamento em
bem tombado ou preservado no qual tenha sido Dos objetivos
executada qualquer tipo de obra sem licença ou
em situação que comprometa a integridade do Art. 138. A política habitacional do município
imóvel. visa assegurar o direito social de moradia e reduzir
Art. 134. Os acréscimos realizados em o déficit habitacional, pela realização dos seguintes
bens tombados e preservados, desde que con- objetivos:
dicionados à legislação de proteção e à legis- I - utilização racional do espaço através do
lação de uso do solo previstas para a área, controle institucional do solo urbano, reprimindo a
poderão ser isentados do pagamento do solo ação especulativa sobre a terra e simplificando as
criado. exigências urbanísticas para garantir à população
Art. 135. VETADO. o acesso à moradia com infra-estrutura sanitária,
transporte e equipamentos de educação, saúde e
Subseção V lazer;
II - relocalização prioritária das populações
Do programa de educação ambiental e de defesa assentadas em áreas de risco, com sua recupera-
do meio ambiente ção e utilização imediata e adequada;
III - urbanização e regularização fundiária de
Art. 136. O programa de educação ambiental favelas e de loteamentos de baixa renda;
e defesa do meio ambiente dará ênfase aos aspec- IV - implantação de lotes urbanizados e de
tos locais de conservação da natureza e de recu- moradias populares;
peração do ambiente urbano, considerados em V - geração de recursos para o financiamento
conjunto e compreenderá: dos programas definidos no artigo 146, dirigidos à
I - a promoção de campanhas educativas de redução do déficit habitacional e à melhoria da
conscientização ambiental; infra-estrutura urbana. com prioridade para a po-
II - o acompanhamento sistemático de proje- pulação de baixa renda;
tos-piloto de educação ambiental; VI - incentivo à participação da iniciativa pri-
III - o estabelecimento de convênios de coo- vada no desenvolvimento dos programas habita-
peração técnica para o desenvolvimento de proje- cionais destinados à população de baixa renda.
tos de educação ambiental; § 1.° Os objetivos definidos neste artigo serão
IV - a utilização de equipamentos urbanos e atendidos nos programas específicos e na legisla-
dos serviços públicos relativos à limpeza urbana; ção urbanística, tributária e orçamentária.
V - o incentivo à criação, nos parques ecológi- § 2.° No caso de necessidade de remaneja-
cos, de trilhas ecológicas onde professores, estu- mento de edificações previsto no inciso II deste
diosos e o público em geral deverão ser orientados artigo, serão adotadas, em ordem de preferência,
sobre as principais espécies vegetais e animais do as seguintes medidas:
Município e do Estado. I - reassentamento em terrenos na própria
área;
Seção V II - reassentamento em locais próximos;
III - reassentamento em locais dotados de in-
Disposições especiais fra-estrutura sanitária e transporte coletivo;
IV - inserção em outros programas que con-
Art. 137. Somente será concedida licença pa- templem a solução da questão habitacional.
ra estabelecimento comercial ou industrial que
possua cozinha se dispuser de equipamento para Seção II
exaustão com características antipoluentes e que
oponha barreira preventiva contra a propagação Das diretrizes
do fogo.
Parágrafo único. O equipamento para exaustão Art. 139. A política habitacional será coorde-
deverá ter aprovação da Fundação Estadual de nada pelo órgão responsável pelo planejamento
Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA) e do Corpo urbano do município e implicará centralização do
de Bombeiros. planejamento, do controle e do acompanhamento
das ações definidas para a execução dos progra-
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
mas e projetos pertinentes, bem assim para a citadas no "caput" existentes antes da publicação
proposição de normas, com a participação do Con- desta Lei Complementar não serão declaradas
selho Municipal de Política Urbana. Áreas de Especial Interesse Social, ficando con-
Parágrafo único. O disposto neste artigo não templadas no programa de lotes urbanizados e
exclui a participação das comunidades interessa- moradias populares.
das na forma que a lei fixar. Art. 143. Os bens públicos dominicais do Mu-
nicípio e as unidades de conservação ambiental
Seção III somente poderão ser declaradas e delimitadas
como Áreas de Especial Interesse Social nos casos
Dos instrumentos de ocupação anterior à data da publicação desta
Lei Complementar, respeitados os limites da ocu-
Art. 140. São instrumentos básicos para a rea- pação nessa data, consoante cadastro a ser divul-
lização da política habitacional, além de outros pre- gado pelo Poder Executivo.
vistos na legislação federal, estadual e municipal: Parágrafo único. A declaração de especial
I - a declaração e a delimitação de Áreas de interesse social e o estabelecimento de padrões
Especial Interesse Social, de acordo com o dispos- urbanísticos especiais para áreas situadas em uni-
to nos artigos 107, II, e 138; dades de conservação ambiental e em áreas frá-
II - o solo criado, referido nos artigos 23 a geis de baixadas e de encostas obedecerão aos
27; parâmetros ambientais definidos em lei.
III - o Imposto Sobre a Propriedade Predial e Art. 144. Os proprietários, as cooperativas
Territorial Urbana progressivo no tempo, conforme habitacionais ou outras entidades associativas
o disposto nesta lei complementar; poderão solicitar a declaração de especial interes-
IV - a concessão de direito real de uso resolú- se social para a regularização de áreas ocupadas e
vel; a realização de obra de urbanização em consórcio
V - a usucapião; com o Município, na forma dos artigos 164 a 167.
VI - a intervenção ativa no mercado de terras Parágrafo único. A declaração prevista neste
pela obtenção do domínio, da propriedade e da artigo deverá ser precedida de parecer do Conse-
posse pública de amplas áreas de terra de topo- lho Municipal de Política Urbana.
grafia e localização adequadas; Art. 145. Para as áreas declaradas de especial
VII - o incentivo ao desenvolvimento de coo- interesse social, necessárias à implantação de
perativas habitacionais e mutirões autogestioná- projetos habitacionais de baixa renda, o Poder
rios de iniciativa de comunidades de baixa renda. Executivo poderá, na forma da lei:
I - exigir a edificação ou o parcelamento com-
Subseção única pulsório, ou ambos;
II - impor o Imposto Sobre a Propriedade
Das Áreas de Especial Interesse Social Predial e Territorial Urbana progressivo no tempo;
III - desapropriar, mediante pagamento com
Art. 141. Lei de iniciativa do Poder Executivo títulos da dívida pública.
delimitará como Área de Especial Interesse Social
os imóveis públicos ou privados necessários à im- Seção IV
plantação de programas habitacionais e os ocupa-
dos por favelas, por loteamentos irregulares e por Dos programas
conjuntos habitacionais de baixa renda, conforme
previsto no artigo 107. Art. 146. São programas prioritários da polí-
§ 1.° A declaração de especial interesse social tica habitacional do Município:
é condição para a inclusão de determinada área I - programa de urbanização e regularização
nos programas previstos no artigo 146. fundiária de favelas;
§ 2.° A lei estabelecerá padrões especiais de II - programa de urbanização e regularização
urbanização, parcelamento da terra e uso e ocu- fundiária de loteamentos de baixa renda;
pação do solo nas áreas declaradas de especial III - programa de lotes urbanizados;
interesse social. IV - programa de construção de habitações
Art. 142. Não serão declaradas como Áreas para a população de baixa renda.
de Especial Interesse Social as ocupadas por as- § 1.° Os programas poderão prever financia-
sentamentos situados em áreas de risco, nas fai- mento para aquisição de materiais de construção e
xas marginais de proteção de águas superficiais e assistência técnica a cooperativas habitacionais ou
nas faixas de domínio de estradas estaduais, fede- mutirões nos assentamentos de baixa renda, para
rais e municipais. construção ou melhoria das habitações.
Parágrafo único. As ocupações irregulares § 2.° O Poder Executivo regulamentará os
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
programas definidos no "caput". I - integração da favela ao bairro e ao aglo-
§ 3.° Lei específica, na forma da Constituição merado de favelas onde está situada;
da República, estabelecerá isenção do imposto de II - preservação da tipicidade da ocupação local;
transmissão de bens imóveis para alienação de III - previsão da implantação progressiva e
imóveis necessários à execução dos programas gradual da infra-estrutura, com a definição das
referidos neste artigo. obras a serem executadas em cada etapa, de mo-
§ 4.° Quando o Município promover a regula- do a manter a complementaridade entre elas e os
rização fundiária e a urbanização com recursos procedimentos de regularização urbanística a se-
próprios será utilizada a concessão de direito real rem adotados.
de uso resolúvel. § 1.° A regularização urbanística compreenderá:
§ 5.° O Poder Executivo discriminará nos or- I - a aprovação de Projetos de Alinhamento (PA);
çamentos anual e plurianual as metas a serem II - a edição de legislação específica de uso e
atingidas pelos programas dispostos neste artigo. ocupação do solo;
III - o reconhecimento dos logradouros;
Subseção I IV - a implantação de sistema de fiscalização,
acompanhado de programa de esclarecimento e
Do programa de urbanização e regularização fun- conscientização sobre suas finalidades e vantagens;
diária das favelas V - a elaboração do cadastro de lotes e edifi-
cações para regularização fundiária ou lançamento
Art. 147. Para fins de aplicação do Plano Di- no cadastro imobiliário do município, ou para am-
retor Decenal, favela é a área predominantemente bos;
habitacional, caracterizada por ocupação da terra VI - a edição de legislação de parcelamento
por população de baixa renda, precariedade da da terra.
infra-estrutura urbana e de serviços públicos, vias § 2.° A urbanização será executada, com ba-
estreitas e de alinhamento irregular, lote de forma se no projeto urbanístico, através de implantação
e tamanho irregulares e construções não licencia- prioritária de abastecimento de água, esgotamento
das, em desconformidade com os padrões legais. sanitário, remoção dos resíduos sólidos e elimina-
Art. 148. A urbanização e a regularização ur- ção dos fatores de risco.
banística e fundiária serão realizadas mediante § 3.° Complementarão a urbanização o trata-
intervenções graduais e progressivas em cada mento das vias, a execução da drenagem pluvial e
favela, para maximizar a aplicação dos recursos da iluminação pública, a implantação dos projetos de
públicos e disseminar os benefícios entre o maior alinhamento e o reflorestamento, quando couber.
número de habitantes. § 4.° Os equipamentos urbanos complemen-
Art. 149. As favelas integrarão o processo de tares relativos a saúde, educação, lazer e outros
planejamento da Cidade, constando nos mapas serão implantados obedecida a escala urbana da
cadastros, planos, projetos e legislação relativos área e sua localização.
ao controle do uso e ocupação do solo e da pro- § 5.° Os projetos de urbanização de favelas
gramação de atividades de manutenção dos servi- contemplarão, quando possível tecnicamente, so-
ços e conservação dos equipamentos públicos luções que eliminem os fatores de risco para os
nelas instalados. moradores.
Art. 150. O programa garantirá a permanên- § 6.° Serão instalados escritórios técnicos lo-
cia dos moradores na favela beneficiada, pela im- cais para conduzir a execução do programa, fazer
posição de restrições ao uso e ocupação do solo e cumprir a legislação urbanística e prestar assistên-
de outros instrumentos adequados. cia técnica e social aos moradores.
Art. 151. A determinação do grau de priori- Art. 153. A regularização fundiária e a titula-
dade da favela para efeito de sua integração ao ção das áreas faveladas, dependendo da situação
programa considerará os seguintes critérios: da propriedade da terra, poderão ser promovidas
I - participação da comunidade no programa; diretamente pelo Poder Público, pelo proprietário
II - viabilidade técnica considerada a relação ou pelos ocupantes, inclusive através do instituto
custo-benefício social, das intervenções do Poder da usucapião, hipótese em que o município presta-
Público; rá assistência técnica aos interessados.
III - existência de áreas de risco; Parágrafo único. Constatada a impossibilidade
IV - proximidade de unidade de conservação de a regularização fundiária referida neste artigo
ambiental. ser realizada na forma nele prevista, o município
Art. 152. As ações previstas nesta seção se- poderá promover a desapropriação ou a aquisição
rão orientadas pelo estudo da situação fundiária e direta da área para os fins indicados no "caput".
pela elaboração de projeto urbanístico, que obser- Art. 154. A regularização fundiária será pro-
vará estas diretrizes: movida sob a forma de alienação ou de concessão
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
do direito real de uso resolúvel em lotes individuais, venção do município será precedida da notificação
condomínio de unidades autônomas ou outras ao loteador para promover a regularização.
formas convenientes de acordo com a definição do
projeto urbanístico. Subseção III
Parágrafo único. A concessão de direito real
de uso resolúvel será concedida ao homem ou à Do programa de lotes urbanizados e de moradias
mulher, ou a ambos, independentemente do esta- populares
do civil, e não será outorgada ao mesmo benefi-
ciário mais de uma vez. Art. 160. São objetivos do programa:
Art. 155. O município definirá os procedimen- I - promover o reassentamento das popula-
tos administrativos e os parâmetros de uso e ocu- ções de baixa renda, localizadas nas áreas citadas
pação do solo relativos à regularização fundiária no artigo 142;
promovida por terceiros, de modo a facilitar a II - implantar lotes urbanizados e moradias
aquisição da terra por seus ocupantes. para população de baixa renda.
Art. 161. O programa de lotes urbanizados e
Subseção II de moradias populares observará o padrão urba-
nístico e de infra-estrutura definidos para lotea-
Do programa de urbanização e regularização fun- mentos de interesse social em legislação própria,
diária de loteamentos de baixa renda dando prioridade à produção de lotes urbanizados
em projetos de pequeno e médio porte.
Art. 156. Parcelamentos irregulares são os lo- Art. 162. O programa será desenvolvido na
teamentos e desmembramentos executados em macrozona urbana e na macrozona de expansão
discordância com as normas federais, estaduais e urbana.
municipais que regulam a matéria. Parágrafo único. Em casos especiais, especi-
Parágrafo único. O loteamento cujo promo- ficados e detalhados em lei e ouvido o Conselho
tor não seja o proprietário do terreno será inte- Municipal de Política Urbana, o programa poderá
grado ao programa de urbanização e regularização ser executado fora dessas macrozonas, desde que
fundiária de favelas, sem prejuízo da propositura em locais providos de saneamento básico e de
das medidas judiciais cabíveis. transportes coletivos e situados fora dos limites de
Art. 157. O acompanhamento permanente do unidades de conservação ambiental e de zonas
programa de urbanização e regularização fundiária agrícolas.
dos loteamentos de baixa renda será coordenado Art. 163. Na promoção de reassentamento de
por núcleo de regularização, grupo de trabalho de populações de baixa renda, o lote urbanizado será
caráter permanente com representantes das co- provido de embrião de unidade habitacional, o
munidades envolvidas, mantido pelo Poder Execu- qual, obrigatoriamente, deverá dispor de área útil
tivo, com as atribuições e composição fixadas em edificável correspondente a trinta metros quadra-
regimento interno. dos, no mínimo.
Art. 158. A determinação do grau de priori- Parágrafo único. O embrião mencionado no
dade da área, observada a situação fundiária, para "caput" deverá estar de acordo com as normas
efeito de sua integração ao programa, obedecerá técnicas capazes de garantir sua ampliação dentro
aos seguintes critérios: de padrões de segurança.
I - participação da comunidade no programa; Art. 164. Os proprietários interessados em
II - quantitativo da população a ser beneficia- participar do programa poderão requerer ao Poder
da; Executivo o estabelecimento de consórcio para a
III - o número porcentual de ocupação dos execução, em suas propriedades, de projetos de
lotes; urbanização ou de edificação de interesse social ou
IV - o custo global das obras; de ambos, ouvido o Conselho Municipal de Política
V - a viabilidade técnica, considerada a rela- Urbana e observados os seguintes requisitos:
ção custo-benefício social, das intervenções do I - elaboração do plano e execução das obras
Poder Público; de urbanização ou de construção de moradias,
VI - o grau de deficiência da infra-estrutura pelo município;
instalada; II - transferência pelo proprietário ao municí-
VII - a existência de áreas de risco; pio de fração da área urbanizada para população
VIII - a proximidade de unidades de conser- de baixa renda.
vação ambiental; Parágrafo único. O valor da fração da área
IX - o tempo de existência da comunidade e urbanizada que permanecerá no domínio do pro-
de seu abandono pelo Poder Público. prietário equivalerá ao valor de toda a gleba, antes
Art. 159. Na execução do programa, a inter- da implantação da infra-estrutura, excluídas as
91
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
áreas de destinação pública obrigatória. I - no espaço viário o transporte coletivo terá
Art. 165. O procedimento administrativo ins- prioridade em relação ao transporte individual;
taurado para a celebração do consórcio será ins- II - no estabelecimento da política tarifária de
truído, entre outras, com as seguintes informa- cada modo de transporte e integração física e tari-
ções: fária entre os diferentes modos de transporte pú-
I - valor da gleba, atribuído por órgão avalia- blico deverá ser atendido o deslocamento total do
dor do município; cidadão e não um conjunto de viagens tratadas
II - memória descritiva do projeto de urbani- isoladamente, independentemente de a gestão ser
zação ou de edificação, ou de ambos, com as res- municipal, estadual ou federal;
pectivas plantas; III - estará assegurada a participação da co-
III - prazo de execução das obras, com cro- munidade e dos usuários no planejamento e na
nograma; fiscalização dos órgãos gerenciadores e operado-
IV - indicação da área urbanizada que perma- res de transporte;
necerá com o proprietário da terra com a definição IV - a necessidade de aperfeiçoamento nos
de sua metragem, localização e valor. transportes levará em consideração, prioritaria-
Art. 166. As obras de urbanização ou de edi- mente, a proteção individual dos cidadãos e a pro-
ficação, ou de ambos, em terrenos de propriedade teção do meio ambiente.
de cooperativas, associações de moradores ou Art. 169. A política de transportes do municí-
entidades afins sem fim lucrativo poderão ser rea- pio dará prioridade absoluta ao transporte público
lizadas através do regime de consórcio, regulado de passageiros de alta capacidade, na realização
nesta seção, ou pelo município, direta ou indire- dos seguintes objetivos:
tamente, com o reembolso do seu custo, mediante I - promoção da melhoria dos sistemas viá-
garantia real ou pessoal. rios, de circulação de veículos e de pedestres, de
Art. 167. Para viabilizar a execução de proje- transporte de passageiros e de cargas, pela racio-
tos habitacionais para a população de baixa renda, nalização do sistema de transporte rodoviário de
o município poderá reduzir e adotar padrões diferenci- passageiros e da descentralização das atividades
ados de exigências urbanísticas e de infra-estrutura, geradoras de tráfego, em harmonia com a prote-
mediante requerimento do empreendedor ou pro- ção do meio ambiente, para assegurar os padrões
prietário e ouvido o Conselho Municipal de Política de qualidade dignos de seus usuários;
Urbana, desde que: II - estabelecimento de planejamento e de
I - a redução proposta seja admitida em lei; operação de transportes de forma integrada aos
II - não seja afetada a oferta de saneamento sistemas federal e estadual;
básico para a comunidade a ser atendida; III - democratização do sistema viário, com
III - sejam asseguradas as condições de se- prioridade do seu uso para o transporte público
gurança, higiene e habitabilidade do conjunto do coletivo rodoviário sobre o transporte individual,
empreendimento e de suas habitações. combinada com medidas restritivas ao estabeleci-
§ 1.º Os padrões diferenciados de exigências mento nos centros de comércio e serviços e inte-
urbanísticas e de infra-estrutura serão regulamen- gração de ambos através da implantação de áreas
tados em lei. de estacionamento próximas aos terminais de
§ 2.º No ato da aprovação do projeto, serão transporte público de passageiros situados fora da
exigidos o cronograma de execução das obras e o área central da cidade;
plano de comercialização dos lotes ou moradias, IV - integração do sistema de transporte de
que garantirão a destinação dos produtos finais à cargas rodoviárias aos terminais de cargas de
população de baixa renda. grande porte e sua compatibilização com os pro-
§ 3.º O descumprimento das obrigações pelo gramas de desenvolvimento aeroportuário, portuá-
proprietário implicará sua exclusão do programa e rio e ferroviário, com racionalização das atividades
a caducidade da licença, e o obrigará a cumprir as de carga e descarga na cidade;
exigências prescritas pela legislação urbanística V - melhoria da qualidade do tráfego, com ên-
vigente, sem prejuízo da aplicação das penalida- fase na fiscalização, operação, policiamento, edu-
des cabíveis. cação e engenharia de tráfego;
VI - estabelecimento de política tarifária para
CAPÍTULO III os transportes públicos de passageiros, pela consi-
deração do deslocamento e não da viagem;
Da política de transportes VII - investimento e participação, mediante
convênio, no controle, ordenamento e gerência
Art. 168. A política municipal de transportes
dos transportes de alta capacidade de responsabi-
visa a facilitar o transporte de pessoas e bens no
lidade do Estado ou da União que operem no terri-
município, tendo como base os seguintes princípios:
tório do Município;
92
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
VIII - estabelecimento de horários especiais tros aproveitamentos, pela construção de gara-
de tráfego de veículos de transporte de cargas nas gens subterrâneas, quando possível;
vias de circulação intensa de veículos e especial- d) planejamento e operação da rede viária
mente na Avenida Brasil; municipal de acordo com o Plano Municipal Inte-
IX - criação da Companhia Municipal de grado de Transportes, com o estabelecimento da
Transportes Urbanos. hierarquização das vias para sua utilização priori-
Art. 170. VETADO. tária pelo transporte público de passageiros, atra-
vés de vias e faixas exclusivas;
Seção I e) criação de sistema de comunicação visual
de informação, orientação e sinalização nas vias,
Das diretrizes
que atenda às necessidades do sistema viário,
Art. 171. Os planos-programas, normas e através da sinalização gráfica vertical e horizontal
projetos da política de transporte do município e semafórica, considerando também o interesse
observarão as seguintes diretrizes: turístico;
I - quanto aos transportes públicos de passa- f) redução das interferências da sinalização
geiros: gráfica vertical e do mobiliário urbano nos espaços
a) prioridade para o transporte público de alta destinados à circulação de pedestres, garantindo
capacidade, com a garantia de tarifa compatível seu deslocamento;
com o poder aquisitivo dos seus usuários; g) desenvolver um programa cicloviário muni-
b) participação da iniciativa privada, sob a for- cipal que permita a utilização segura de bicicleta
ma de investimento, na implantação da superestru- como veículo de transporte, através da implanta-
tura e operação do sistema, nos termos que a lei ção de sistemas cicloviários, compreendendo ciclo-
fixar; vias, ciclofaixas, bicicletários, sinalização adequa-
c) racionalização do sistema de transporte ro- da e elaboração de normas, regras e campanhas
doviário, para melhoria da qualidade dos desloca- educativas para sua correta utilização;
mentos, com a implantação de faixas, pistas e III - quanto à proteção do meio ambiente;
corredores exclusivos e o estabelecimento de for- a) estímulo a substituição dos veículos polu-
mas de gerenciamento e controle da operação; entes, com a adoção preferencial de veículos leves
d) estabelecimento de programa de informa- sobre trilhos, trolebus, ônibus e táxis movidos a
ção do controle operacional do transporte por ôni- gás natural;
bus, para sua dinamização, acompanhamento e b) estímulo à implantação e distribuição de
monitoramento de prestação do serviço, do seu gás natural nos postos de abastecimento;
custo e ressarcimento; c) estímulo à adaptação dos veículos de
e) obrigatoriedade de adaptação dos padrões transporte coletivo, de cargas e particulares a
técnicos dos veículos para adequação quanto ao padrões de operação que reduzam as emissões de
acesso à circulação de deficientes físico-motores, gases poluentes, resíduos ou suspensão e poluição
idosos, gestantes e pessoas obesas; sonora;
f) melhoria da qualidade da prestação dos d) ação efetiva do Poder Público de controle,
serviços de transportes de passageiros por ônibus monitoramento e fiscalização, diretamente ou em
e revisão da sistemática de permissão e concessão conjunto com órgãos da esfera estadual ou fede-
visando à sua racionalização, evitando a sobrepo- ral, dos índices de poluição atmosférica e sonora
sição a outras modalidades de transportes; nas principais vias de circulação do Município, vi-
II - quanto aos sistemas viário e de circula- sando a torná-los compatíveis com os níveis tole-
ção: rados pela legislação.
a) planejamento e execução do sistema viário
Seção II
segundo critérios de segurança e conforto da po-
pulação e da defesa do meio ambiente, obedecidas Do sistema operacional de transportes
as diretrizes de uso e ocupação do solo;
b) implantação de passagem para pedestres, Art. 172. O sistema municipal de transportes
através de passarelas, passagens subterrâneas, é constituído pelos subsistemas:
sinais luminosos ou sonorizadores em frente a I - viário;
supermercados, centros comerciais e principais II - de circulação;
condomínios na Avenida das Américas; III - de transporte público de passageiros;
c) restrição ao estacionamento de veículos IV - de transportes de cargas;
nos centros de comércio e serviços, com sua im- V - cicloviários.
plantação e consolidação nas periferias dos referi- § 1.° O subsistema viário compreende a ma-
dos centros, integrados ao sistema de transporte lha viária física de uso público, a qual se divide
de passageiros, e liberação da superfície para ou- em:
93
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
I - vias principais ou arteriais; do trânsito consultará as entidades represen-
II - vias coletoras; tativas da comunidade local, sempre que hou-
III - vias locais; ver alteração significativa do trânsito na sua
IV - vias especiais; região.
V - vias exclusivas para: Art. 405. O trânsito em cada bairro deverá
a) ônibus; ser estabelecido levando-se em conta as ca-
b) bicicletas; racterísticas locais e o plano diretor.
c) pedestres. Art. 408. O licenciamento de obras ou de
§ 2.° O subsistema de circulação compreende funcionamento depende de parecer prévio so-
as funções das vias, seus equipamentos e sua bre o impacto no volume e no fluxo de tráfego,
sinalização, que pode ser: nas áreas do entorno.
I - gráfica: Art. 416. Toda e qualquer obra relacionada
a) horizontal; com a União ou estado, vinculada a atividade de
b) vertical; transporte, alteração de itinerário de transpor-
II - semafórica. tes coletivos intermunicipais e interestaduais
§ 3.° O subsistema de transporte público de na malha viária do município, e a localização
passageiros compreende: de terminais rodoviários, incluídos os relativos
I - as linhas; ao transporte intermunicipal de passageiros,
II - os veículos e os equipamentos; estarão condicionadas às diretrizes e critérios
III - as ligações complementares; do plano diretor e dependerão de prévia auto-
IV - as unidades de conexão modal e inter- rização do Poder Executivo.
modal constituída por: § 1.º Os terminais de que trata este arti-
a) terminais; go serão equipados de forma a propiciar confor-
b) estações; to, proteção e segurança aos usuários de trans-
c) pontos de embarque e desembarque; porte coletivo e incluirão, sanitários e
d) estacionamentos integrados. instalações para o comércio de gêneros ali-
§ 4.° O subsistema de transporte de cargas mentícios.
compreende: § 2.º Nos terminais serão afixados os ho-
I - as rotas; rários e itinerários."]
II - os veículos;
III - os pontos de carga e descarga; § 2.° As atividades geradoras de tráfego exis-
IV - os terminais: tentes serão analisadas pelos órgãos municipais de
a) públicos; transportes e de urbanismo, para adequação do
b) privados. seu funcionamento e das edificações que as abri-
§ 5.° A subdivisão constante deste artigo não gam às condições de fluidez e segurança da via,
considera a modalidade do transporte. de acordo com estudo de avaliação dos impactos
produzidos no tráfego local.
Seção III
Seção IV
Das atividades geradoras de tráfego
Do plano municipal integrado de transportes
Art. 173. As atividades geradoras de tráfego
serão analisadas e monitoradas quanto aos impac- Subseção I
tos sobre o sistema viário.
§ 1.° Os projetos que impliquem a implanta- Do alcance e das formas
ção ou expansão de atividades geradoras de tráfe-
go serão acompanhados de estudos de avaliação Art. 174. O Poder Executivo elaborará Plano
dos seus impactos a serem submetidos ao órgão Municipal Integrado de Transportes, de caráter
municipal de transportes e ao Conselho Municipal geral e Planos de Circulação e Sistema Viário, de
de Meio Ambiente, observado o disposto nos arti- caráter local.
gos 403, 405, 408 e 416 da Lei Orgânica do Muni- Art. 175. O Plano Municipal Integrado de
cípio. Transportes será elaborado com a colaboração dos
órgãos competentes do Estado, da União e do
[Lei Orgânica do Município do Rio de Ja- Conselho Municipal de Transportes e contemplará
neiro: todas as modalidades de transporte urbano e solu-
ções de curto, médio e longo prazo, observado o
"Art. 403. O órgão responsável pelo pla- disposto nos artigos 403, 408 e 416 da Lei Orgâni-
nejamento, operação e execução do controle ca do Município.
94
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
[Lei Orgânica do Município do Rio de Ja- § 1.° A base da rede estrutural de transportes
neiro: compreende o conjunto de ligações, relacionadas
no anexo VIII, por onde se realiza a movimenta-
"Art. 403. O órgão responsável pelo pla- ção de passageiros por meio de transportes públi-
nejamento, operação e execução do controle cos em suas diferentes modalidades, e está defini-
do trânsito consultará as entidades represen- da no anexo VII desta Lei Complementar.
tativas da comunidade local, sempre que hou- § 2.° A rede estrutural de transportes a ser
ver alteração significativa do trânsito na sua desenvolvida orientará os estudos e projetos, para
região. implantação gradual e progressiva de obras ou
Art. 408. O licenciamento de obras ou de operações sobre o território municipal pelos órgãos
funcionamento depende de parecer prévio so- das esferas municipal, estadual ou federal.
bre o impacto no volume e no fluxo de tráfego, § 3.° A rede estrutural de transportes será
nas áreas do entorno. hierarquizada da seguinte forma:
Art.416. Toda e qualquer obra relacionada I - arterial primária, para as ligações de maior
com a União ou estado, vinculada a atividade capacidade;
de transporte, alteração de itinerário de trans- II - arterial secundária, para as ligações em
portes coletivos intermunicipais e interestadu- faixas ou pistas exclusivas, integradas e terminais-
ais na malha viária do município, e a localiza- tronco alimentadores, efetuadas por ônibus de
ção de terminais rodoviários, incluídos os grande capacidade;
relativos ao transporte intermunicipal de pas- III - grande coleta, para ligações cujas carac-
sageiros, estarão condicionadas às diretrizes e terísticas viárias, de investimentos prioritários ou
critérios do plano diretor e dependerão de pré- de situações em áreas de adensamento habitacio-
via autorização do Poder Executivo. nal sejam fundamentais para a conexão da rede.
§ 1.º Os terminais de que trata este artigo Art. 178. A definição da rede estrutural viária
serão equipados de forma a propiciar conforto, contemplará:
proteção e segurança aos usuários de trans- I - a hierarquização das vias;
porte coletivo e incluirão sanitários e instala- II - os projetos de alinhamento para as vias
ções para o comércio de gêneros alimentí- principais;
cios. III - as prioridades das soluções de drena-
§ 2.º Nos terminais serão afixados os ho- gem;
rários e itinerários."] IV - a criação de faixas e vias exclusivas para
transporte público;
Art. 176. O Plano Municipal Integrado de V - a garantia de espaços destinados a pedes-
Transportes disporá de uma base de informações tres, através da regulamentação do uso dos pas-
sobre transportes, definirá a rede estrutural de seios;
transporte e a rede estrutural do sistema viário, VI - a criação de ciclovias e ciclofaixas em to-
compreendendo os seguintes planos setoriais: das as áreas de planejamento urbano da Cidade.
I - plano de circulação viária; Art. 179. O plano de circulação viária relativo
II - plano de terminais de transportes de pas- ao sistema viário estrutural da Cidade contempla-
sageiros; rá:
III - plano de estacionamento de veículos; I - as funções e operações das vias;
IV - plano cicloviário; II - os equipamentos de trânsito;
V - plano de passagens protegidas e vias de III - a comunicação visual e a sinalização grá-
pedestres; fica horizontal e vertical e semafórica.
VI - plano de transportes de carga e de ter- Art. 180. O plano de transporte de cargas e
minais multimodais; de terminais multimodais definirá:
VII - plano de ação para situações de emer- I - rotas;
gência; II - tipos de veículos;
VIII - plano de ação de eventos especiais. III - horários de circulação;
Parágrafo único. A base de informações de IV - localização dos pontos de carga e descar-
transportes será constituída pelo conjunto dos ga e dos terminais públicos e privados, inclusive
estudos, pesquisas e dados necessários à atualiza- para lixo urbano e cargas perigosas, compatíveis
ção permanente do Plano, padronizados para a com os sistemas viário e de circulação.
Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Art. 181. Os planos locais de circulação e sis-
Art. 177. A definição da rede estrutural de tema viário serão desenvolvidos para cada Unida-
transportes contemplará a operação integrada de Espacial de Planejamento e elaborados em con-
físico-operacional e tarifária das modalidades de junto com Projetos de Estruturação Urbana e
transportes. contemplarão:
95
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
I - a revisão dos projetos de alinhamento das gerência.
vias; Art. 185. O programa de municipalização de
II - a solução de pontos críticos de tráfego; rodovias terá por finalidade o desenvolvimento de
III - a revisão do mobiliário urbano; estudo de viabilidade para apresentação ao Estado
IV - a regulamentação do uso dos passeios; e à União de proposta de municipalização de suas
V - as funções e operações das vias; rodovias situadas no território do Município.
VI - os equipamentos de trânsito; Art. 186. O programa de regulamentação da
VII - a comunicação visual e a sinalização. prestação de serviços de transportes das empresas
concessionárias e permissionárias estabelecerá as
Seção V normas e formas de gerenciamento e operação do
sistema de transportes de passageiros por ônibus.
Dos instrumentos Art. 187. O programa de incentivo à utiliza-
ção de gás natural terá por finalidade o desenvol-
Art. 182. O instrumento básico para a execu- vimento de estudos para a criação de estímulos à
ção da política de transportes é o Fundo Municipal utilização desse combustível.
de Transportes, sem prejuízo da aplicação de ou-
tros instrumentos previstos na legislação federal, CAPÍTULO IV
estadual e municipal.
§ 1.° O Fundo financiará projetos de implan- Da política de serviços públicos e equipamen-
tação, operação e melhoria dos sistemas viário, de tos urbanos
circulação, de transporte público de passageiros e
de transporte de cargas. Art. 188. A política de serviços públicos e
§ 2.° O Fundo ficará vinculado ao órgão mu- equipamentos urbanos visa à justa distribuição da
nicipal encarregado da formulação e execução da infra-estrutura urbana e dos serviços urbanos, na
política de transportes. realização dos seguintes objetivos:
Art. 183. Constituirão receitas do Fundo Mu- I - promoção da distribuição e da apropriação
nicipal de Transportes, além das previstas no arti- dos serviços públicos e dos equipamentos urbanos
go 21, os recursos obtidos: de forma socialmente justa e equilibrada na Cida-
I - na exploração de publicidade nos bens e de;
equipamentos ligados ao sistema de transportes; II - compatibilização da oferta e da manuten-
II - nas operações interligadas. ção dos serviços públicos e de seus respectivos
Parágrafo único. Nas operações interligadas, equipamentos com o planejamento do Município e
poderá ser dispensada, na forma da lei, a obriga- o crescimento da Cidade;
toriedade de garagens nas Zonas da Cidade de III - aplicação de instrumentos que permitam
restrição ao transporte individual, como contrapar- ao Município a intervenção eficaz nos serviços
tida da contribuição, ou de investimento em obras públicos, para melhoria da qualidade de vida dos
de infra-estrutura urbana. habitantes e do meio ambiente urbano;
IV - ordenação da ocupação e dos sistemas
Seção VI operacionais no subsolo.
96
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
ção especial, e das crianças que não tiverem aces- go 30, VI; ‘a’, será exercida pelo município di-
so à escola na idade própria; retamente, através de organismo próprio, ou
IV - garantia de uma escola pública de quali- mediante concessão.
dade, através do planejamento eficaz da rede pú- Parágrafo único. A atribuição da concessão
blica, levando-se em conta a demanda real, espa- e a conclusão do respectivo convênio depen-
ço físico adequado à prática educacional e às dem de autorização prévia da Câmara Munici-
ações preventivas de saúde do educando e a ex- pal.
tensão diária do horário de atendimento;
V - delimitação dos territórios dos Distritos Art. 30. Compete ao município:
Regionais de Saúde, a serem definidas pelo Siste- VI - organizar e prestar, diretamente ou
ma Único de Saúde e coincidentes com os limites sob regime de concessão ou permissão, entre
das Áreas de Planejamento fixadas nesta Lei Com- outros, os seguintes serviços:
plementar; a) abastecimento de água e esgotamento
VI - prioridade da ação preventiva sobre a sanitário;
curativa, com ênfase na implantação dos serviços
de saneamento básico, precedendo à instalação de Art. 148. A prestação de serviços públicos
novas unidades de saúde; poderá ser delegada a particular mediante
VII - utilização das unidades de conservação concessão ou permissão, através de processo
ambiental como áreas de lazer, quando compatí- licitatório, na forma da lei.
vel, ouvidos os órgãos competentes; § 1.º Os contratos de concessão e os ter-
VIII - incentivo à utilização de ruas, equipa- mos de permissão estabelecerão condições
mentos institucionais, estacionamentos e outros que assegurem ao Poder Público, nos termos
como espaço alternativo para o lazer; da lei, a regulamentação e o controle sobre a
IX - obrigação de manutenção dos usos de prestação dos serviços delegados, observado o
salas de espetáculos nas edificações existentes ou seguinte:
nas que vierem a ser construídas no mesmo local; I - no exercício de suas atribuições, os
X - estabelecimento de critérios para implan- funcionários públicos investidos do poder de
tação e melhoria dos serviços de iluminação públi- policia terão livre acesso a todos os serviços e
ca, considerando-se a hierarquia das vias, a popu- instalações das empresas concessionárias ou
lação beneficiada e a precariedade dos equipamentos permissionárias;
instalados; II - estabelecimento de hipóteses de pe-
XI - incentivo à criação de um Conselho de nalização pecuniária, de intervenção por prazo
Municípios para equacionamento das questões e de cassação, impositiva esta em caso de
relativas a serviços públicos e equipamentos urba- contumácia no descumprimento de cláusulas
nos de alcance metropolitano. do acordo celebrado ou de normas protetoras
Parágrafo único. São equipamentos urbanos da saúde e do meio ambiente.
os prédios e as instalações, móveis ou imóveis, § 2.º Lei complementar disporá sobre o re-
destinados à prestação dos serviços públicos ou à gime da concessão, permissão ou autorização
utilização de interesse coletivo. de serviços públicos, o caráter essencial desses
Art. 190. Não serão implantados serviços e serviços, quando assim o determinar a legisla-
equipamentos urbanos nas áreas ocupadas consi- ção federal, o caráter especial de seu contrato e
deradas de risco ou impróprias à ocupação urbana, de sua prorrogação e as condições de caduci-
assim definidas pelos órgãos competentes. dade, fiscalização e rescisão da concessão,
Art. 191. O Poder Executivo fiscalizará a ade- permissão ou autorização.
quação, operação e manutenção dos serviços pú- § 3.º A lei regulará:
blicos e equipamentos urbanos, pelos seus órgãos I - os direitos dos usuários;
de licenciamento e pelas Administrações Regio- II - as obrigações dos concessionários ou
nais. permissionários quanto à oferta e manutenção
Parágrafo único. A prestação dos serviços de serviços adequados;
de água e esgoto poderá ser objeto de celebração III - as condições de exploração, sob con-
de convênio com concessionárias, obedecido o cessão ou permissão, a intervenção nas con-
disposto nos artigos 31, 148, 149, 150 e 482, § cessionárias ou permissionárias, a desapropri-
2.°, da Lei Orgânica do Município. ação ou encampação de seus bens e sua
reversão ou incorporação ao patrimônio do
[Lei Orgânica do Município do Rio de Ja- município, observada a legislação federal e es-
neiro: tadual pertinente.
"Art. 31. A competência para a exploração Art. 149. As empresas concessionárias ou
de serviços de água e esgoto, referida no arti- permissionárias e os detentores de autoriza-
97
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
ções de serviços públicos sujeitam-se ao per- Art. 195. A localização dos seguintes equipa-
manente controle e à fiscalização do Poder Pú- mentos urbanos observará as diretrizes de planeja-
blico, cumprindo-lhes manter adequada exe- mento da cidade definidas nesta Lei Complementar e
cução do serviço e plena satisfação dos será submetida à apreciação do órgão responsável
direitos dos usuários. pelo planejamento urbano e da comunidade local:
Parágrafo único. As concessões, permis- I - unidades escolares de primeiro grau;
sões ou autorizações podem ser revistas a II - unidades destinadas ao atendimento às
qualquer tempo, desde que comprovado o crianças de zero a seis anos;
descumprimento das leis municipais e dos cri- III - unidades de saúde primárias e secundárias;
térios e normas estabelecidos pelos órgãos de IV - bibliotecas públicas e demais equipamen-
direção. tos da área de cultura;
Art. 150. O Poder Público fará incluir em V - área de lazer.
todos os contratos ou termos de concessões,
permissões ou autorizações de serviço público Seção II
cláusula obrigando as empresas a respeitar,
em relação aos seus empregados, os direitos Dos instrumentos
individuais e coletivos prescritos na Constitui-
ção da República, na Constituição do Estado e Art. 196. São instrumentos básicos para a
nesta Lei Orgânica. execução da política de serviços públicos e equi-
Art. 482. O município, em consonância pamentos urbanos, sem prejuízo de outros previs-
com sua política urbana, o plano diretor e o tos nesta Lei Complementar e na legislação fede-
plano plurianual de governo, manterá progra- ral, estadual e municipal:
ma anual de saneamento básico, para execu- I - a Empresa Municipal de Esgoto e Drena-
ção com seus recursos e mediante convênio, gem, a ser criada por lei;
com recursos da União e do estado. II - a contribuição de melhoria, na forma da lei;
................................................................. III - a Lei de Parcelamento do Solo Urbano;
§ 2.º Os serviços a que se refere este ar- IV - o Fundo Municipal de Desenvolvimento
tigo poderão ser delegados a outros, através Urbano.
de regulamentação, quando o município não § 1.° A lei definirá a competência e as atribuições
tiver condições de executá-los, respeitado o da Empresa Municipal de Esgoto e Drenagem, contem-
previsto no artigo 148."] plando, dentre elas, o planejamento, a implantação, a
operação e a fiscalização dos sistemas de drenagem
Art. 192. As despesas pela prestação dos ser- urbana e de esgotamento sanitário do Município, bem
viços de esgotamento sanitário e pluvial, drenagem, como a destinação final de seus produtos.
produção e distribuição da água potável fluorada, § 2.° A Lei de Parcelamento do Solo Urbano
serão cobradas mediante a imposição de tarifas e conterá diretrizes para a distribuição dos equipa-
taxas diferenciadas, observados os aspectos técni- mentos urbanos no território municipal.
cos, os custos, a destinação social dos serviços e o
poder aquisitivo da população beneficiada. Seção III
Art. 193. Os imóveis transferidos ao Municí-
pio serão adequados pelo proprietário do parcela- Dos programas
mento da terra ao funcionamento dos equipamen-
tos para eles previstos. Art. 197. São programas prioritários da polí-
§ 1.° A destinação dos imóveis será decidida tica de serviços públicos e equipamentos urbanos;
pelo órgão responsável pela execução da política I - programa de esgotamento sanitário;
urbana. II - programa de drenagem;
§ 2.° O proprietário do parcelamento será III - programa de limpeza urbana;
responsável pela segurança e conservação dos IV - programa de abastecimento de água;
imóveis até à aceitação definitiva das obras de Parágrafo único. O Poder Executivo discrimina-
urbanização. rá nos orçamentos anual e plurianual as metas a se-
Art. 194. O município criará estruturas des- rem atingidas pelos programas referidos neste artigo.
centralizadas para realização de pequenos serviços
de manutenção nas unidades municipais de pres- Subseção I
tação de serviços públicos.
Parágrafo único. O Poder Executivo discri- Do programa de esgotamento sanitário
minará na Proposta Orçamentária Anual os pro-
gramas referentes aos serviços de manutenção Art. 198. O programa de esgotamento sanitá-
relativos às unidades mencionadas no "caput". rio terá o seguinte conteúdo mínimo:
98
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
I - implantação gradual, em todo o território em colaboração com o órgão estadual competente;
municipal, do sistema separador absoluto das re- VI - exigência da pavimentação imediata do
des de esgotamento sanitário e de drenagem, com logradouro em áreas de aclive acentuado, após a
a proibição de sua conexão; implantação da rede de drenagem, para garantia
II - eliminação gradual, conforme definido em de sua preservação;
plano de trabalho, das conexões existentes entre os VII - exigência da garantia de infiltração de
sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem; parcela das águas pluviais, na urbanização de
III - fiscalização permanente da operação e áreas de baixada, especialmente daquelas situa-
funcionamento do sistema separador absoluto, me- das em nível de altitude inferior a cinco metros;
diante a exigência e a análise de laudos técnicos; VIII - programação e exigência de reflores-
IV - exigência de tratamento que garanta a tamento, quando recomendável, para garantia da
proteção da saúde humana e dos ecossistemas eficácia do sistema de drenagem.
para o lançamento de esgotos sanitários nos cor- Parágrafo único. A exigência a que se refere
pos hídricos receptores, assim considerados os o inciso VII considerará índices de impermeabiliza-
cursos d’água que em seu estado natural recebem ção definidos para cada área.
esgotos sanitários;
V - exigências de tratamento, com a mesma Subseção III
qualidade do previsto no inciso IV, para lançamen-
to de esgoto sanitário na rede pluvial de drena- Do programa de limpeza urbana
gem, até à implantação de esgoto sanitário na
rede pluvial de drenagem, até à implantação do Art. 200. O programa de limpeza urbana terá
sistema separador absoluto; o seguinte conteúdo mínimo:
VI - localização das estações de tratamento I - tratamento de resíduos sólidos, mediante a
de esgoto referidas no artigo 489 da Lei Orgânica instalação de usinas de reciclagem e composta-
do Município; gem, em complementação às operações de desti-
nação final do lixo;
[Lei Orgânica do Município do Rio de Ja- II - implantação do programa nas comuni-
neiro: dades de baixa renda, condicionada à manifes-
"Art. 489. O plano diretor reservará á- tação da Companhia Municipal de Limpeza Urba-
reas para implantação de estações de trata- na (COMLURB) quanto à estratégia, métodos e
mento ou lagoas de estabilização a fim de a- técnicas a serem adotados;
tender à expansão demográfica em cada III - implantação gradual do sistema de cole-
região do município."] ta seletiva do lixo, para separação do lixo orgânico
daquele reciclável, precedida de campanha educa-
VII - definição, em conjunto com o órgão es- tiva que a viabilize;
tadual responsável, das áreas de competência do IV - garantia de manipulação adequada de li-
município para implantação do programa de esgo- xo patogênico, tóxico ou perigoso em geral.
tamento sanitário. Parágrafo único. O Poder Público poderá
exigir de estabelecimentos produtores dos tipos de
Subseção II lixo referidos no inciso IV processamento que ga-
ranta a eliminação dos riscos para a saúde pública
Do programa de drenagem e o meio ambiente.
99
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
CAPÍTULO V ção com os demais municípios da Região Metropo-
litana do Rio de Janeiro;
Da política de desenvolvimento econômico, b) implantação de projetos habitacionais em
científico e tecnológico. locais próximos a pólos de indústrias não poluen-
tes e absorvedoras de mão-de-obra;
Art. 202. A política municipal de desenvolvi- c) estímulo à implantação de microempresas,
mento econômico, científico e tecnológico visa à pequenas e médias empresas e aquelas de uso
promoção do desenvolvimento equilibrado do muni- intensivo de mão-de-obra, próximo das áreas resi-
cípio, através da realização dos seguintes objetivos: denciais de baixa renda;
I - integração do desenvolvimento econômico, d) estímulo à legalização das atividades eco-
científico e tecnológico do Município com o da Re- nômicas informais, ligadas à microempresa, à
gião Metropolitana do Rio de Janeiro e do Estado; pequena empresa, à empresa familiar e à indústria
II - compatibilização do desenvolvimento de fundo de quintal ou caseira, pela promoção de
econômico, científico e tecnológico com a proteção programas de apoio ao setor;
do meio ambiente; II - quanto ao desenvolvimento do setor pri-
III - melhoria da qualidade de vida da popu- mário:
lação, da distribuição de renda e da elevação do a) estímulo às atividades agrícolas pelo apoio
nível de empregos; ao sistema de produção e comercialização;
IV - integração do desenvolvimento econômi- b) difusão de técnicas voltadas para produtos
co com a oferta de habitações, de sistema viário e de alto valor comercial;
de transportes e de saneamento básico; c) apoio às iniciativas de integração da agri-
V - descentralização das atividades econômicas cultura com a indústria e os serviços;
no espaço urbano, para redução dos deslocamentos; d) desenvolvimento de atividade pesqueira,
VI - distribuição e localização de comércio e com apoio à comercialização e industrialização;
serviços de caráter local nas áreas residenciais, e) estímulo e difusão de práticas agrícolas
privilegiando as pequenas e médias empresas. com uso de adubação orgânica do solo, utilização
Art. 203. O município manterá programas de defensivos biológicos e adoção de rotação de
permanentes de formação e qualificação de profis- culturas e consorciamento de espécies vegetais;
sionais e especialistas para as áreas de educação, III - quanto ao desenvolvimento do setor se-
ciência e tecnologia através de: cundário:
I - VETADO; a) estímulo ao desenvolvimento e à moderni-
II - instituição de sistemas de bolsas de estu- zação do setor industrial, com elevação da sua
do para estimular vocações, formação e pesquisas produtividade e competitividade e sua compatibili-
nas áreas mencionadas no "caput"; zação com a proteção do meio ambiente;
III - criação de prêmios municipais que esti- b) promoção do desenvolvimento industrial,
mulem e recompensem desempenhos que contri- com prioridade para indústrias não poluentes, de
buam para o progresso da educação, da ciência e alto valor de transformação, de tecnologia de pon-
da tecnologia do município; ta e absorvedoras de mão-de-obra;
IV - celebração de convênios e contratos com IV - quanto ao desenvolvimento do setor ter-
as universidades públicas da Região Metropolitana ciário:
do Rio de Janeiro para realização de estudos, pes- a) promoção da descentralização das ativida-
quisas e projetos sobre a realidade econômica, des do setor terciário;
social e física do Município. b) dinamização das atividades do setor terciá-
rio, pela adequação das exigências de instalação e
Seção I funcionamento às especificidades de sua natureza
e porte;
Das diretrizes c) integração dos diversos centros de comér-
cio e serviços através do sistema de transportes;
Art. 204. O Município promoverá o desenvol- d) estímulo à coexistência dos usos residen-
vimento econômico, científico e tecnológico de cial, de comércio e serviços e industrial não polu-
todos os setores da economia, em especial das ente de pequeno porte;
microempresas e das pequenas e médias empre- e) estabelecimento de política de apoio ao de-
sas, ordenando sua distribuição espacial, obser- senvolvimento das atividades turísticas, com a
vando as seguintes diretrizes; participação da iniciativa privada;
I - quanto ao desenvolvimento econômico, ci- f) estímulo ao turismo, com o estabelecimen-
entífico e tecnológico em geral: to de áreas de interesse turístico e de critérios
a) participação no processo decisório metro- para sua proteção e utilização e de melhoria das
politano e estadual e estabelecimento de coopera- condições de limpeza urbana, segurança, trans-
100
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
porte e informação; VII - o Banco de Investimento e Desenvolvi-
g) incentivo à implantação de atividades com- mento Econômico, na forma do artigo 291, § 3.°,
patíveis com a proteção do patrimônio cultural ou da Lei Orgânica do Município.
paisagístico nas áreas turísticas;
h) apoio às iniciativas de modernização do [Lei Orgânica do Município do Rio de Ja-
porto do Rio de Janeiro, com a realização das alte- neiro:
rações necessárias na estrutura urbana, na área "Art. 291, O município concederá especial
portuária e na sua vizinhança; proteção às microempresas e empresas de pe-
i) apoio à implantação de serviços de "check queno porte, como tais definidas em lei, as
in" de passageiros e recepção de bagagens, inte- quais receberão tratamento jurídico diferenci-
grado ao Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. ado, visando ao incentivo de sua criação, pre-
servação e desenvolvimento através da elimina-
Seção II ção, redução ou simplificação. conforme o
caso. de suas obrigações administrativas, tri-
Dos instrumentos butárias e creditícias.
§ 1.º As empresas referidas neste artigo
Art. 205. São instrumentos para a execução serão assegurados, dentre outros, os seguin-
da política de desenvolvimento econômico, científi- tes direitos:
co e tecnológico, sem prejuízo de outros previstos I - redução de tributos e obrigações a-
na legislação federal, estadual e municipal: cessórias, com dispensa do pagamento de
I – a edificação e o parcelamento compulsó- multas por infrações formais, das quais não
rio, o imposto progressivo no tempo e a desapro- resulte falta de pagamento de tributos;
priação com títulos da dívida pública, na forma do II - fiscalização com caráter de orientação,
artigo 182, § 4.°, II, da Constituição da República. exceto nos casos de reincidência ou de com-
provada 'intencionalidade ou sonegação fiscal;
[Constituição do Brasil: III - notificação prévia. para início de ação
"Art. 182. A política de desenvolvimento ou procedimento administrativo ou tributário-
urbano, executada pelo Poder Público munici- fiscal de qualquer natureza ou espécie;
pal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, IV - habilitação sumária e procedimentos
tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvi- simplificados para participação em licitações
mento das funções sociais da cidade e garantir públicas e preferência na aquisição de bens e
o bem-estar de seus habitantes. serviços de valor compatível com o porte das
§ 4.º É facultado ao Poder Público munici- microempresas e pequenas empresas, quando
pal, mediante lei especifica para área incluída conveniente para a administração pública;
no plano diretor, exigir, nos termos da lei fe- V - criação de mecanismos simplificados e
deral, do proprietário do solo urbano não edifi- descentralizados para o oferecimento de pedi-
cado, subutilizado ou não utilizado, que pro- dos e requerimentos de qualquer espécie junto
mova seu adequado aproveitamento, sob à administração pública, inclusive para obten-
pena, sucessivamente, de: ção de licença para localização;
I - parcelamento ou edificação compulsó- VI - obtenção de incentivos especiais, vin-
rios; culados à absorção de mão-de-obra portadora
II - Imposto Sobre a Propriedade Predial e de deficiência com restrição à atividade física;
Territorial Urbana progressivo no tempo; VII - disciplinamento do comércio eventu-
III - desapropriação com pagamento me- al e ambulante.
diante títulos da dívida pública de emissão previ- § 2.º As entidades representativas das
amente aprovada pelo Senado Federal, com pra- microempresas e pequenas empresas partici-
zo de resgate de até dez anos, em parcelas parão na elaboração de políticas municipais
anuais, iguais e sucessivas, assegurados o va- voltadas para esse segmento e no colegiado
lor real da indenização e os juros legais."] dos órgãos públicos em que seus interesses
sejam objeto de discussão e deliberação.
II - o imposto progressivo sobre a proprieda- § 3.º A lei disporá sobre a criação e o fun-
de territorial urbano, previsto nos artigos 33 a 37; cionamento de banco de investimento e de-
III - o Conselho Municipal de Desenvolvimen- senvolvimento econômico do município, orga-
to Econômico, Ciência e Tecnologia; nizado sob a forma de sociedade anônima de
IV - o Fundo de Desenvolvimento Econômico; economia mista e destinado à aplicação de re-
V - o estabelecimento de Áreas de Especial cursos financeiros para assistência a microem-
Interesse Turístico; presas e pequenas empresas estabelecidas no
VI - a legislação urbanística; município."]
101
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Seção III ficada e tratamento tributário diferenciado;
V - promoção de feiras de comercialização de
Dos programas artesanato e antiguidades com padronização dos
equipamentos, dos artefatos e da sinalização turís-
Art. 206. São programas prioritários da polí- tica.
tica de desenvolvimento econômico, científico e
tecnológico: Subseção III
I - programa de apoio à atividade econômica
em geral; Do programa de estímulo às atividades agrícolas e
II - programa de integração dos setores for- pesqueiras
mal e informal;
III - programa de estímulo às atividades agrí- Art. 210. O programa de estímulo às ativida-
colas e pesqueiras; des agrícolas e pesqueiras terá o seguinte conteú-
IV - programa de estímulo à indústria; do mínimo:
V - programa de estímulo ao Estudo e à Pes- I - estímulo à formação de associações e coo-
quisa Científica. perativas;
Art. 207. O programa de implantação de pó- II - execução de obras e serviços necessários
los de desenvolvimento e de distritos industriais de dragagem, drenagem, abertura e manutenção
será mantido e adaptado às diretrizes e priorida- de estradas, eletrificação e transportes;
des desta Lei Complementar. III - estímulo à comercialização direta do
produtor ao consumidor, especialmente em áreas
Subseção I de baixa renda;
IV - estímulo de prática de conservação do
Do programa de apoio à atividade econômica em solo, recuperação do meio ambiente e manutenção
geral das áreas verdes, associadas à redução ou à eli-
minação do uso de agrotóxicos;
Art. 208. O programa de apoio à atividade V - implantação de projetos-modelo destina-
econômica em geral terá o seguinte conteúdo mí- dos a estimular a prática da agricultura orgânica e
nimo: divulgação de suas técnicas de plantio;
I - desburocratização dos licenciamentos, es- VI - realização de estudos, mediante con-
pecialmente das microempresas e das pequenas e vênios com órgãos universitários e de pesqui-
médias empresas; sas, que tenham por objetivo harmonizar a
II - estímulo à implantação de empreendi- elevação da produtividade com a recuperação
mentos especialmente em áreas de baixa renda; do solo;
III - estímulo ao desenvolvimento científico e VII - implantação de hortas comunitárias,
tecnológico; quando de interesse da comunidade, principal-
IV - desenvolvimento de estudos e pesquisas mente em terrenos ociosos próprios do Município
das atividades econômicas; e, também, nas escolas públicas, com apoio técni-
V - apoio à comercialização de produtos das co de entidades de pesquisa, em colaboração com
microempresas e das pequenas empresas. o Poder Público.
Subseção II Subseção IV
102
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Subseção V I - promoção de cadastramento e regulariza-
ção do patrimônio imobiliário do município e das
Do programa de estímulo ao turismo entidades da administração direta, indireta e fun-
dacional;
Art. 212. O programa de estímulo ao turismo II - intercâmbio de informações cadastrais
terá o seguinte conteúdo mínimo: entre os diversos órgãos de administração do pa-
I - divulgação da Cidade no Brasil e no exterior; trimônio da administração direta, indireta e funda-
II - implantação de postos de informação de cional do município, do estado e da União;
atendimento ao turista; III - implementação de medidas de guarda, con-
III - ampliação, organização e divulgação de servação e aprimoramento dos bens imóveis públicos;
roteiros e eventos culturais, históricos, ecológicos, IV - prevalência do interesse público sobre o
de montanhismo, náuticos, esportivos e científicos; privado;
IV - apoio à realização de congressos, simpó- V - elaboração de sistema de avaliação patri-
sios e seminários; monial com ajustes periódicos;
V - implantação de equipamentos urbanos de VI - levantamento das propriedades municipais
apoio ao turístico; não cadastradas através de pesquisas nos assenta-
VI - implantação de sinalização turística efici- mentos apropriados, inclusive cartórios e memoriais
ente e de linhas de transporte coletivo para per- de loteamentos, visando à efetivação de seu registro.
curso dos itinerários turísticos;
VII - criação, recuperação e conservação de Seção I
centros de lazer e praças;
VIII - incentivo à construção de meios de Das diretrizes
hospedagem com programas de recuperação de
imóveis de interesse cultural e tipologias alternati- Art. 215. O Poder Executivo promoverá estu-
vas àquelas contempladas nos regulamentos. dos para o lançamento do Imposto Sobre Proprie-
dade Predial e Territorial Urbana sobre a posse de
Subseção VI bens imóveis do município, do estado e da União
regularmente transferidos a terceiros.
Do programa de estímulo e a pesquisa científica
Seção II
Art. 213. O programa de estímulo ao estudo
e à pesquisa científica terá o seguinte conteúdo Dos instrumentos
mínimo:
I - apoio à manutenção e desenvolvimento dos Art. 216. O órgão de administração do patri-
centros de estudos e pesquisa científica existentes; mônio imobiliário é o instrumento básico para exe-
II - apoio à criação de novos centros de estu- cução da política setorial regulada neste capítulo.
dos e pesquisa científica; Art. 217. O órgão de administração do patri-
III - elaboração de calendário mínimo de even- mônio imobiliário será organizado conforme o dis-
tos, tais como: posto no artigo 236, § 1.°, da Lei Orgânica do
a) congressos; Município e terá as seguintes atribuições, dentre
b) simpósios; outras que a lei estabelecer:
c) feiras;
d) exposições; [Lei Orgânica do Município do Rio de Ja-
IV - criação de prêmio anual; neiro:
V - inserção nos currículos escolares da rede muni- "Art. 236. Os bens imóveis do domínio muni-
cipal de ensino público da disciplina pesquisa científica; cipal, conforme sua destinação, são de uso co-
VI - incentivo ao intercâmbio entre os diver- mum do povo, de uso especial ou dominical.
sos centros de estudos e pesquisa científica. § 1.º Os bens referidos neste artigo serão
administrados por um órgão de patrimônio imobili-
CAPÍTULO VI ário, organizado sob a forma de autarquia.
§ 2.º Os bens imóveis do domínio munici-
Da política de administração do patrimônio pal, enquanto destinados ao uso comum do
imobiliário municipal povo e ao uso especial, são indisponíveis.
§ 3.º A destinação dos bens imóveis do
Art. 214. A política de administração do pa- domínio municipal será, fixada por ato do pre-
trimônio imobiliário municipal visa a compatibiliza- feito, que poderá modificá-la sempre que o e-
ção da sua destinação com o desenvolvimento xigir o interesse público.
urbano do município, na realização dos seguintes § 4.º Quando a afetação se der por lei
objetivos: municipal, a mudança de destinação será es-
103
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
tabelecida por norma de igual hierarquia. sentamento de população de baixa renda, conso-
§ 5.º A desafetação de bens de uso co- ante o título VII, capítulo II, será dispensada a
mum do povo dependerá de prévia aprovação autorização legislativa.
das comunidades circunvizinhas ou diretamen- § 2.° A outorga de investidura aplica-se em
te interessadas, nos termos da lei."] qualquer caso ao regime do parágrafo anterior,
dispensada a licitação.
I - as previstas no Código de Administração Art. 219. O Poder Público impedirá toda for-
Financeira e Contabilidade Pública do Município ma de utilização por terceiros dos seus bens imó-
relativas à administração do patrimônio imobiliá- veis públicos e dos de sua administração indireta e
rio; fundacional e especialmente:
II - a demarcação, medição, descrição e regu- I - a utilização irregular dos bens públicos;
larização jurídica dos bens imóveis municipais, II - a utilização, a título gratuito, dos bens
com a anotação, nos seus assentamentos, de sua imóveis públicos, inclusive aquela que se dá medi-
destinação e da implantação de equipamentos ante a imposição de encargos que decorrem de
para eles previstos, quando for o caso; mera conservação desses bens;
III - elaboração de cadastro, com as informa- III - a utilização dos bens imóveis públicos
ções do inciso anterior, de todos os imóveis da mediante pagamento de preço vil ou simbólico;
administração direta e indireta do estado e da IV - a restrição irregular de acesso da popula-
União; ção aos imóveis públicos.
IV - estabelecimento de convênios com os ór- § 1.° Nos casos referidos no inciso IV, o Poder
gãos federais e estaduais para a transferência de Público poderá propor a permuta desses bens por
imóveis públicos para o Município; outros de igual valor, mais convenientes à presta-
V - promoção de campanha de esclarecimento ção de serviço público e ao uso da coletividade,
da população, com a divulgação da competência ouvido o Conselho Municipal de Política Urbana, e
para guarda, conservação e melhoria dos imóveis consumá-la mediante prévia autorização legislativa.
públicos, bem como dos princípios que regem a § 2.° Enquanto não realizada a permuta pre-
administração desses bens. vista no parágrafo anterior, o Poder Público promo-
verá a cobrança de taxa de ocupação desses bens.
Seção III § 3.° É vedada a permuta no caso de restri-
ção de acesso a vias de circulação.
Do programa de reserva de terras públicas § 4.° Na hipótese do parágrafo anterior, será
cobrado o preço referido no § 2.°, ouvido o órgão
Art. 218. A administração do patrimônio imo- municipal competente e considerada a utilidade do
biliário municipal formulará programa de reserva logradouro para o sistema viário.
de terras públicas para proporcionar espaço físico-
-territorial necessário à execução da política de TÍTULO VIII
serviços públicos e equipamentos urbanos e da
política habitacional do município, observados os DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
seguintes princípios:
I - a alienação ou utilização privativa dos bens Art. 220. Ficam mantidas ás Áreas de Prote-
integrantes do patrimônio imobiliário municipal ção Ambiental instituídas antes da publicação des-
será possível quando não forem necessários ao ta Lei Complementar as quais serão classificadas
serviço público, não interessarem à execução de em Áreas de Proteção Ambiental ou em Áreas de
projetos urbanísticos ou não se revelarem de van- Proteção do Ambiente Cultural de acordo com o
tajosa exploração econômica; disposto no artigo 124.
II - a alienação será sempre subordinada à exis- Parágrafo único. Excetua-se do disposto
tência de interesse público expressamente justificado e neste artigo as Áreas de Proteção Ambiental já
precedida de autorização legislativa, avaliação e licita- classificadas de outro modo pela Lei Orgânica do
ção, esta dispensável nos casos de doação em paga- Município.
mento, permuta e outras hipóteses previstas em lei; Art. 221. Fica instituída na Zona Oeste do Mu-
III - emprego preferencial dos institutos de nicípio a Zona Econômica Exclusiva (ZEE), destinada
permissão de uso, de cessão de uso e da conces- à implantação de empreendimentos industriais.
são de direito real de uso resolúvel sobre o da § 1.° Serão admitidos na Zona Econômica Ex-
alienação, considerada a destinação do bem, espe- clusiva empreendimentos de comércio e serviços
cialmente no caso de assentamento de população para atender às empresas que nela se instalem e à
de baixa renda, conforme o disposto no artigo população radicada nas vizinhanças.
146, § 4.° § 2.° VETADO.
§ 1.° Quando a alienação se destinar ao as- § 3.° Os limites externos e internos da Zona
104
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Econômica Exclusiva são os constantes do anexo 9. licença do órgão competente da Prefeitura.
Art. 222. Até que sejam revistos e elaborados § 2.° O Prefeito poderá delegar a responsabi-
os Projetos de Estruturação Urbana, as edificações lidade do licenciamento previsto no parágrafo an-
em lotes situados em logradouros ou quadras que terior à Administração Regional da XXVII Região
constituam limites de Zona ou permitam diferentes Administrativa - Rocinha, nos limites e na forma
parâmetros urbanísticos terão suas condições de que o respectivo ato fixar.
aproveitamento definidas em lei, após a análise § 3.° Para deter o processo de superadensamen-
pelo órgão responsável pela elaboração dos Proje- to da Rocinha e de exploração imobiliária na locação
tos de Estruturação Urbana, ouvido o Conselho de imóveis na comunidade, poderá o prefeito:
Municipal de Política Urbana. I - desapropriar imóveis e proceder ao paga-
Parágrafo único. As edificações em lotes re- mento da respectiva indenização em títulos da
sultantes de remembramento observarão os pa- dívida pública;
râmetros urbanísticos estabelecidos para cada lote II - determinar a demarcação física dos limi-
original. tes da área de expansão da Rocinha, além dos
Art. 223. Os índices mencionados no artigo quais não se permitirá, mesmo após a instituição
76 valerão para cada Unidade Espacial de Plane- do respectivo Projeto de Estruturação Urbana, a
jamento, ressalvados os índices e parâmetros ur- edificação de construções de qualquer natureza;
banísticos mais restritos estabelecidos pela legisla- III - promover a relocalização das habitações
ção vigente, até a elaboração dos respectivos situadas em áreas de risco e nos espaços floresta-
Projetos de Estruturação Urbana. dos da região;
Art. 224. Permanecem em vigor a legislação vi- IV - instituir sistema de contenção e prevenção
gente de uso e ocupação do solo, os regulamentos de invasão da área florestada do entorno da Rocinha.
de parcelamento da terra, de construções e edifica- § 4.° O Poder Executivo manterá entendimen-
ções em geral, de licenciamento e fiscalização, de tos com o Estado do Rio de Janeiro com vista à
assentamento de máquinas, motores e equipamen- sua participação, inclusive com recursos financei-
tos e de posturas, naquilo que não contrariam esta ros, em programas e projetos do Governo do Es-
Lei Complementar e a Lei Orgânica do Município. tado para Urbanização da Rocinha e melhoria das
Parágrafo único. VETADO. condições de vida de sua população.
Art. 225. VETADO. Art. 228. Para a consecução dos objetivos da
Art. 226. São vedadas aos servidores de ór- política de transportes prevista nesta Lei Comple-
gãos da administração direta, indireta e fundacio- mentar, o Poder Executivo promoverá gestões
nal do município a prestação de serviços de con- junto à Companhia Brasileira de Trens Urbanos
sultoria e a assunção, em empresas privadas, de (CBTU) para a reativação da estação Matadouro,
autoria de projeto e/ou de responsabilidade técni- em Santa Cruz, e manterá entendimento com o
ca vinculados à execução de obras públicas do Governo da União ou, se for o caso, com o Gover-
município. no do Estado, visando à ampliação do ramal do
§ 1.° Excluem-se da proibição referida no sistema ferroviário da região, notadamente até
“caput” os servidores municipais integrantes das Sepetiba.
categorias funcionais Arquiteto e Engenheiro não Art. 229. Fixam fixados os seguintes prazos
ocupantes de cargo em comissão ou função grati- para a adoção de iniciativas e medidas estabeleci-
ficada, aos quais é facultada a opção pelo exercício das nesta Lei Complementar:
exclusivo da função pública. I - VETADO;
§ 2.º Na hipótese da opção prevista no parágra- II - de cento e oitenta dias:
fo anterior, os servidores mencionados farão jus a a) Para o encaminhamento à Câmara Munici-
gratificação de dedicação exclusiva, correspondente pal, pelo Poder Executivo, de projetos de lei dis-
a cem por cento do vencimento-base, neste caso pondo sobre estas matérias:
cabendo-lhes a vedação expressa no "caput". 1 - Imposto Sobre a Propriedade Predial e
Art. 227. Até que seja elaborado Projeto de Territorial Urbana progressivo no tempo;
Estruturação Urbana específico para a área, fica 2 - regulamentação da urbanização consorcia-
vedada a edificação de novas construções na Roci- da;
nha, exceto aquelas de iniciativa e responsabilida- b) retirada dos engenhos publicitários ao ar
de dos poderes públicos. livre afixados na área da Cidade Nova, atendendo
§ 1.° A vedação estabelecida neste artigo não ao disposto no artigo 62, II, "i";
inclui as obras destinadas a melhoria das condi- c) fixação, pelo Poder Executivo, das normas
ções de higiene e segurança nas edificações exis- definidoras dos pólos geradores de tráfego, em
tentes na data de publicação desta Lei Comple- função dos impactos que possam causar no ambi-
mentar, nem a transformação de habitações ente urbano e na sua área de influência, com vista
rústicas em edificações de alvenaria, mediante ao atendimento do disposto no artigo 173, § 2.°;
105
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
d) elaboração, pelo Poder Executivo, do plano do Plano Diretor Decenal a cada ano de sua execu-
de trabalho para a eliminação gradual das cone- ção e objeto de mensagem especial do Prefeito à
xões existentes entre os sistemas de esgotamento Câmara Municipal, com as respectivas conclusões.
sanitário e de drenagem, conforme o estabelecido Art. 231. Dentro de cento e oitenta dias con-
no artigo 198, II; tados da data da publicação desta Lei Complemen-
e) edição de lei dispondo sobre a composição, tar, o Poder Executivo encaminhará à Câmara
as atribuições, as competências, o funcionamento Municipal o detalhamento descritivo dos anexos I,
e a prestação de contas do conselho de adminis- IV, VI e VII referidos, respectivamente, nos arti-
trados recursos do Fundo Municipal de Desenvol- gos 33; 57, parágrafo único; 77; 52 e 177, § 1.°,
vimento Urbano; os quais integrarão Lei Complementar. [Redação
III - de um ano, para o encaminhamento à dada pela Lei Complementar n.º 19, de
Câmara Municipal, pelo Poder Executivo, dos pro- 14/12/1992.]
jetos de lei dispondo sobre estas matérias: Art. 232. Fica o Poder Executivo autorizado a
a) detalhamento dos programas da área de abrir crédito especial para ocorrer às despesas do
transporte referidos nos artigos 184 e 186; Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano, po-
b) normas gerais de parcelamento, uso e o- dendo, para tanto, alterar total ou parcialmente
cupação do solo e obras de edificações; dotações do orçamento vigente.
IV - de dois anos, para:
a) adequação, das instalações dos estabele- TÍTULO IX
cimentos a que se refere o artigo 137 e já licenci-
ados às disposições nele contidas; DISPOSIÇÕES FINAIS
b) VETADO;
V - de três anos, para o encaminhamento à Câ- Art. 233. O Plano Diretor Decenal da Cidade do Rio
mara Municipal, pelo Poder Executivo, destas matérias: de Janeiro foi proposto ao Poder Legislativo pelo Pre-
a) propostas de Projetos de Estruturação Ur- feito Marcelo Nunes de Alencar em 1.° de março de
bana para todo o território municipal; 1991 e aprovado em ... de maio de 1992 pelos mem-
b) projetos de lei de revisão dos Projetos de bros da 4.º Sessão Legislativa da 3.º Legislatura da
Estruturação Urbana vigentes, para sua adaptação Câmara Municipal do Rio de janeiro, Vereadores Aarão
às metas e diretrizes estabelecidas nesta Lei Com- Steinbruch, Adilson Pires, Alfredo Syrkis, Américo
plementar, em consonância com o disposto nos Camargo, André Luiz, Augusto Paz, Bambina Bucci,
artigos 73 a 77. Beto Gama, Carlos Alberto Torres, Carlos de Carvalho,
§ 1.º O prazo fixado no inciso III, "b", será Carlos Menezes, Celso Macedo, César Pena, Édson
observado sem prejuízo da iniciativa da Câmara Santos, Eliomar Coelho, Emir Amed, Femando Willi-
Municipal, nas formas do seu Regimento Interno. am, Francisco Alencar, Francisco Milani, Guilherme
§ 2.º As propostas referidas no inciso V serão Haeser, Ivanir de Mello, Ivo da Silva, João Dourado,
votadas no prazo de noventa dias, preterindo Jorge Felippe, Jorge Pereira, Laura Carneiro, Ludmila
qualquer outra matéria, exceto as de prazo consti- Mayrink, Mário Dias, Maurício Azedo, Nestor Rocha,
tucional, enquanto a Câmara Municipal sobre elas Neuza Amaral, Paulo César de Almeida, Paulo Emílio,
não se pronunciar. Roberto Ribeiro, Ronaldo Gomlevsky, Ruça-Licia Cani-
Art. 230. O Plano Diretor Decenal instituído né, Sami Jorge, Sérgio Cabral, Túlio Simões, Waldir
por esta Lei Complementar será revisto pela Câ- Abraão, Wilmar Palis e Wilson Leite Passos, sob a
mara Municipal, por proposta do Poder Executivo, presidência do Vereador Sami Jorge.
no prazo de cinco anos contados da data de sua Art. 234. Esta Lei Complementar entrará em vi-
publicação. gor na data de sua publicação, revogadas as disposi-
Parágrafo único. A revisão de que trata este ções em contrário.
artigo será precedida de avaliações da aplicação ..............................................................................
106
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
ANEXO II
ÍNDICES DE APROVEITAMENTO DE TERRENO
Área de Unidade Espa- Índices de Apro-
Plane- cial de Plane- Bairros veitamento de Observações
jamento jamento Terrenos
01 Saúde, Santo Cristo , Gamboa 5,0
02 Caju 2,0
Na AC1 e AC2
03 Centro 5,0-15,0
respectivamente
1 Catumbi, Rio Comprido, Estácio 2,5
04
Cidade Nova 11,0
05 São Cristóvão, Magueira, Benfica 5,5
06 Paquetá 1,0
07 Santa Teresa 1,0
Flamengo, Glória, Laranjeiras, *Nos logradouros
08 3,5-4,0*
Catete, Cosme Velho CB-3
09 Botafogo, Humaitá 3,5
10 Urca 1,0
11 Leme, Copacabana 3,5
*Nos logradouros
12 Ipanema, Leblon, Vidigal 3,5-4,0*
CB-3
13 Lagoa 3,5
14 Jardim Botânico, Gávea 3,5
15 São Conrado 3,5
16 Praça da Bandeira, Tijuca 3,5
17 Alto da Boa Vista 1,0
18 Maracanã, Vila Isabel, Andaraí 4,0
19 Grajaú 3,0
20 Manguinhos 1,5
21 Bonsucesso, Ramos, Olaria 3,0
Penha, Penha Circular, Brás de
22 4,0
Pina
Cordovil, Parada de Lucas, Vigá-
23 1,5
rio Geral, Jardim América
Higienópolis, Maria da Graça,
24 3,0
Del Castilho, Jacaré
Inhaúma, Engenho da Rainha,
25 3,0
Tomás Coelho
São Francisco Xavier, Rocha,
2 26 Riachuelo, Sampaio, Engenho 3,0
Novo
Méier, Cachambi, Todos os San-
27 3,5
tos, Lins de Vasconcelos
Engenho de Dentro, Água Santa,
28 Encantado, Piedade, Abolição, 3,0
Pilares
Vila Cosmos, Vicente de Carva-
29 3,0
lho, Vila da Penha
30 Vista Alegre, Irajá, Colégio 3,0
31 Campinho, Madureira, Vaz Lobo 4,0
Quintino Bocaiúva, Cavalcanti,
32 3,0
Engenheiro Leal, Cascadura
Turiaçu, Rocha Miranda, Honório
33 2,5
Gurgel
Osvaldo Cruz, Bento Ribeiro,
34 2,5
Marechal Hermes
Ribeira, Zumbi, Cacuia, Pitan-
gueiras, Praia da Bandeira, Co-
35 cotá, Bancários, Freguesia, Jar- 1,5
dim Carioca, Tauá, Moneró,
Portuguesa, Jardim Guanabara
Área de especial
36 Galeão, Cidade Universitária -
interesse funcional
Guadalupe, Anchieta, Parque
37
Anchieta, Ricardo de Albuquerque 1,5
107
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
ÍNDICES DE APROVEITAMENTO DE TERRENO
Área de Unidade Espa- Índices de Apro-
Plane- cial de Plane- Bairros veitamento de Observações
jamento jamento Terrenos
38 Coelho Neto, Acari 1,5
Barros Filho, Costa Barros, Pa-
39 1,5
vuna
Exceto para áreas
situadas em ZE-5,
3 40 Jacarepaguá 1,0
onde ficam mantidos
os índices atuais
Anil, Gardênia Azul, Cidade de
41 1,0
Deus, Curicica
42 Freguesia, Pechincha 3,0
43 Taquara, Tanque 4,0
44 Praça Seca, Vila Valqueire 3,0
Exceto para áreas
situadas em ZE-5,
45 Joá, Itanhangá, Barra da Tijuca 1,0
onde ficam mantidos
os índices atuais
Camorim, Vargem Grande, Var- Ficam mantidos os
4
46 gem Pequena - índices por subzo-
na na ZE-5
Ficam Mantidos os
Recreio dos Bandeirantes - índices por subzona
47 na ZE-5
APA – Critérios
Grumari -
Especiais
Deodoro, Vila Militar, Campo dos
48 2,0
Afonsos, Jardim Sulacap
49 Magalhães Bastos, Realengo 2,0
Padre Miguel, Bangu, Senador
50 3,5
Câmara
Santíssimo, Senador Vasconce-
2,0
5 51 los
Campo Grande 3,5
52 Inhoaíba, Cosmos 2,0
53 Paciência, Santa Cruz 2,0
54 Sepetiba 1,5
Barra de Guaratiba, Guaratiba,
55 1,5
Pedra de Guaratiba
108
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Marisco, até à curva de nível + 75 m; por esta, encontra a curva de nível + 25 m; seguindo por
contornando as Serras dos Três Rios e da Carioca, esta curva de nível, contornando o Morro da Babi-
na direção noroeste, até encontrar a Estrada da lônia, até ao seu ponto mais próximo da Praia
Barra da Tijuca; por esta, na direção oeste, até à Vermelha; daí, por uma linha reta, até encontrar
Estrada do Itanhangá; por esta, até à Estrada de essa praia; desse ponto, seguindo pelo litoral,
Jacarepaguá; por esta (incluída), até ao Largo da contornando os Morros do Urubu e do Leme, até
Panela; deste ponto, pelo prolongamento da Ave- encontrar o início da praia do Leme; deste ponto,
nida Afonso da Silveira Filho, até atingir a curva de por uma reta, até ao ponto inicial.
nível + 50 m, da Serra dos Três Rios; por esta
curva de nível, na direção noroeste, contornando a 4 - SERRA DO ENGENHO NOVO
Serra dos Três Rios, até encontrar a Rua Tirol; por Curva de nível de 50 metros.
esta (incluída), na direção leste e pelo seu prolon-
gamento, até encontrar a curva de nível + 100 m; 5 - SERRA DA MISERICÓRDIA
por esta, na direção nordeste, contornando as Do entroncamento da Rua Maracá com a Ave-
Serras dos Três Rios, cruzando a Avenida Menezes nida Automóvel Clube; por esta (excluída), na
Cortes e Rua José Braga, contornando os Morros direção noroeste até atingir a curva de nível +
da Bica, do Inácio Dias, São Jorge e Careca; atra- 50m; por esta curva de nível, contornando a Serra
vessando as Ruas Vítor Pentagna e Engenheiro da Misericórdia, até encontrar o prolongamento da
Eufrásio e a Avenida Menezes Cortes; contornando Rua Major Vítor Hugo; por esta, até atingir a curva
os Morros do Andaraí e do Borel; cruzando a Ave- de nível + 100m; por esta curva de nível, na dire-
nida Edson Passos, continuando pela cota + 100 m ção leste, contornando a Serra da Misericórdia, até
da Serra Carioca; contornando os Morros da For- encontrar o prolongamento da Rua Edmundo Pe-
miga, do Turano, do Mirante e dos Prazeres, até reira; por este, até atingir a curva de nível + 50m;
encontrar a Escadaria Cândido de Oliveira; por por esta curva de nível, na direção oeste, até en-
esta (excluída), na direção leste, até encontrar a contrar a Rua Maracá; por esta (excluída), até ao
Rua Barão de Petrópolis; por esta, na direção sul, ponto inicial.
até encontrar a entrada do Túnel Rio Comprido-
Laranjeiras e deste ponto por uma linha reta sobre 6 - CACUIA
o mesmo túnel até ao ponto inicial. Do entroncamento da Estrada do Rio Jequiá com
a Rua Ipiru; deste ponto, até ao litoral; por este, na
2 - URCA direção oeste, até encontrar o prolongamento da
Do entroncamento da Avenida João Luís Alves Avenida Almirante Fontenele; seguindo por este e
com a Avenida São Sebastião, seguindo pelo lito- pela Avenida Almirante Fontenele (incluída), até
ral, contornando o Morro Cara de Cão e o Morro do encontrar a Avenida Almirante Alves Câmara Júnior;
Pão de Açúcar até à Praia Vermelha; deste ponto, por esta (incluída), até à Estrada da Bica; por esta
por uma linha reta, na direção sul, até à curva de (excluída), até encontrar a Estrada do Rio Jequiá;
nível + 25 m; seguindo por esta curva de nível, por esta (excluída), até ao ponto inicial.
contornando o Morro da Urca, até encontrar o
prolongamento da Rua Joaquim Caetano; deste 7 - FREGUESIA (ILHA DO GOVERNADOR)
ponto, por uma linha reta, até ao ponto inicial. Do encontro do prolongamento da Rua Manoel
Marreiros com o litoral; por este, na direção nor-
3 - LEME deste, até encontrar o prolongamento da Travessa
Do entroncamento da Praça Almirante Júlio de Teotônio Freire, por esta (excluída), até à Estrada
Noronha (incluída), com a Rua Gustavo Sampaio, do Pinhão; por esta (excluída), na direção sudoes-
seguindo por esta (excluída), até à Rua Aureliano te, até ao seu encontro com a Rua Paraim; por
Leal, seguindo por esta (excluída) e pelo seu pro- esta (excluída), até à Rua Coronel Rogaciano Men-
longamento, até encontrar a curva de nível + 50 des; por esta (excluída), até à Rua Miritiba; deste
m; por esta curva de nível, na direção oeste, con- ponto, por uma linha reta, até o final da Rua Ma-
tornando os Morros da Babilônia e de São João, rau; por esta (excluída), até atingir a curva de
até encontrar as Ladeiras dos Tabajaras; subindo nível + 25m do Morro Bela Vista; por esta curva
por esta, até ao seu encontro com a Rua Euclides de nível, na direção leste, até a Rua Magno Mar-
da Rocha; deste ponto, por uma linha reta, pela tins; por esta, na direção noroeste, até à Rua das
vertente leste do Morro de São João; subindo por Araras; por esta (excluída), até à Rua ltacuá; por
esta vertente, até encontrar a curva de nível + esta (excluída), até à Estrada da Porteira; por esta
100 m; seguindo por esta curva de nível, na dire- (excluída), até à Rua Tremembé; por esta (excluí-
ção nordeste, contornando o Morro de São João, da), na direção noroeste, até à Rua João Teles de
até encontrar uma linha reta traçada perpendicu- Menezes; por esta (excluída), na direção oeste,
larmente à Ladeira do Leme do ponto que esta até à Rua Doutor Manoel Marreiros; por esta (ex-
109
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
cluída), na direção noroeste, até ao ponto inicial. Carlos da Silva Rocha; por esta (excluída), até à Rua
Centro e Trinta e Dois do Projeto Aprovado de Lotea-
8 - MORRO DO JURAMENTO mento número 6.172; deste ponto, por uma linha
Do encontro da Rua Domingos da Silva com a reta, até ao ponto de confluência da Rua Serra da
curva de nível + 50m; por esta curva de nível, na Saudade com a Estrada da Capoeira Grande; por esta
direção nordeste, contornando o Morro do Jura- (excluída), até ao encontro com a Rua B Dois do Pro-
mento, até à Rua dos Lírios; por esta e pelo seu jeto Aprovado de Loteamento número 6.466; por esta
prolongamento, até atingir a curva de nível + (excluída) e pelo seu prolongamento; até encontrar a
75m; por esta, na direção oeste, até encontrar o curva de nível + 50m da Serra da Capoeira Grande;
prolongamento da Rua Açaí, até encontrar a curva por esta, na direção sudoeste, contornando a Serra da
de nível + 75m; por esta curva de nível, na dire- Capoeira Grande, até ao ponto mais próximo da Ave-
ção sudoeste, até à Travessa Henrique Azevedo; nida das Américas; deste ponto, por uma linha reta
por esta, na direção norte, até atingir a curva de perpendicular à Avenida das Américas, até encontrá-
nível + 100m; por esta curva de nível, na direção la; por esta (excluída), na direção oeste, até à Estrada
oeste, contornando os Morros do Dendê e da Ser- da Pedra; por esta (excluída), na direção sul, até o
rinha, até encontrar o prolongamento da Rua Do- encontro com a Rua Francisco Vilhena; por esta (ex-
mingos da Silva; por este, até ao ponto inicial. cluída), até à Rua Professor Charles Lachmund; por
esta (excluída), até à Rua Vasco Lima, por esta (ex-
9 - MORRO DO SAPÊ cluída), até encontrar o prolongamento da Rua Mata-
Curva de nível de 100 metros. razzo; por esta (excluída), até à Avenida Levi Neves;
por esta (excluída), até à Avenida Oswald de Andra-
10 - MORRO COSTA BARROS de; por esta (excluída), até à Rua Antônio Pereira da
Curva de nível de 50 metros. Silva; por esta, até à Rua Tasso de Figueiredo; por
esta (excluída), até o litoral; por este, na direção oes-
11 - GERICINÓ te, até encontrar a reta perpendicular à Estrada São
Do entroncamento da Rua Argos com a Avenida Tarcísio no seu ponto de confluência com a Rua Leila
Brasil; por esta (incluído o lado par), até à Avenida Lopes; pela Estrada São Tarcísio (excluída), na dire-
Marechal Alencastro; por esta (excluída), até encon- ção norte, até à Estrada Santa Veridiana; por esta
trar a reta paralela e distante trezentos metros da (excluída), até à Estrada do Piaí; por esta (excluída),
Avenida Brasil; por esta (incluída), na direção sudo- até à Estrada Vasconcelos; por esta (excluída), até à
este, até atingir a curva de nível + 35m do Morro do Estrada de Sepetiba; por esta (excluída), na direção
Jaques; por esta curva de nível, na direção sudoeste, sudoeste, até encontrar o prolongamento da Rua
contornando os Morros do Jaques, Monte Alegre e do Itamogi; por esta, até encontrar a Rua Itamogi; por
Batã, até encontrar a Rua H do Projeto Aprovado de esta (excluída), até à Rua Buritizal; pela Rua Buritizal
Loteamento número 8.793; pelo prolongamento da (excluída), na direção sudoeste e pelo seu prolon-
Rua H, até encontrar a Avenida Brasil; por esta (ex- gamento, até encontrar a Rua da Guarda; por esta
cluída), até encontrar o limite da Zona Especial 7; (incluída), na direção sudoeste, até à confluência com
por este, até ao limite entre os Municípios do Rio de a Estrada da Praia de Sepetiba; deste ponto, por uma
Janeiro e de Nilópolis; por esta, até encontrar a Rua linha reta até o litoral; por este, na direção noroeste,
Otacílio Pedro Vasco; por esta (excluída) e pelo seu até ao Rio da Guarda; por este, até ao Canal de Santo
prolongamento, até à Rua Boaçu; por esta (incluído Agostinho; por este, até encontrar o Canal de São
o lado ímpar), até à Rua Aripuã; por esta (excluída) Francisco; por este, na direção nordeste, até encon-
e pelo seu prolongamento, até encontrar a Avenida trar a linha da Rede Ferroviária Federal Sociedade
Nazaré; por esta (excluída), até à Rua Paraúna; por Anônima; por esta, na direção sudeste, até encontrar
esta (excluída), até à Rua Lobo; por esta (incluído o a Estrada do Itá; por esta, até encontrar a Avenida
lado par), até à Rua Araí; por esta (incluída o lado Prado Júnior; por esta (excluída), até encontrar o
par), até à Estrada do Camboatá; por esta (incluído limite da Zona Especial 7; por este, até encontrar uma
o lado ímpar), até à Rua Marcos de Macedo; por esta linha imaginária paralela e distante setecentos metros
(incluído o lado ímpar), até à Rua Condor; por esta da Avenida Prado Júnior; por esta linha, na direção
(incluído o lado ímpar), até à Rua dos Argos; por sudeste, até à Estrada Vítor Dumas; por esta (excluí-
esta (incluído o lado ímpar), até ao ponto inicial. da), na direção sul, até encontrar a Estrada São Do-
mingos Sávio; por esta (excluída), até à Estrada de
12 - GUARATIBA/MACIÇO DA PEDRA Sepetiba; por esta (excluída), na direção sul, até en-
BRANCA contrar o limite sul do Projeto Aprovado de Loteamen-
Do encontro do Canal Cortado com a Estrada Ve- to número 20.509; por este, até à Rua Dezessete do
reador Alceu de Carvalho; por esta (excluída), até ao mesmo Projeto Aprovado de Loteamento; por esta
encontro do Canal de Sernambetiba com o litoral; por (excluída) e pelo seu prolongamento até encontrar a
este, incluído a Restinga da Marambaia, até à Avenida Estrada Tasso Blaso; por esta (excluída), na direção
110
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
sudeste, até à Estrada Santa Veridiana; por esta (ex- direção sudeste, até à Estrada dos Bandeirantes; por
cluída), na direção norte, até encontrar a Estrada da esta (excluída) na direção sudoeste, até à Estrada
Pedra; por esta (excluída), até à Rua F do Projeto Benvindo de Novais; por esta (excluída), até ao seu
Aprovado de Loteamento número 26.224; por esta encontro com o Canal do Cortado; por este, na dire-
(excluída), até atingir o limite sudoeste do Conjunto ção sudoeste, até ao ponto inicial.
Habitacional Doutor Otacílio Camará; por este até
atingir a linha de cumeada do Morro da Joaquina; por 13 - MENDANHA
esta, até encontrar a Estrada do Massapê; por esta Do entroncamento da Estrada do Mendanha
(incluída), na direção noroeste, até encontrar a curva com o caminho sobre a adutora do Guandu; por este
de nível + 25m; por esta, na direção noroeste, até (incluído), na direção oeste, até encontrar o limite do
encontrar a projeção da linha de transmissão da Li- Projeto Aprovado de Loteamento número 35.779;
ght;- por esta, na direção nordeste, até encontrar a por este limite, até encontrar a Estrada do Pedrego-
curva de nível + 100m do Morro de Santa Eugênia; so; por esta (incluída), na direção sudoeste, até
por esta, na direção nordeste, contornando a Serra do encontrar o Rio da Prata do Mendanha; seguindo por
Cantagalo, até encontrar a Estrada do Canhangá; por este, na direção sudoeste (incluído), e pelo Rio
esta (incluída), na direção sudeste, até encontrar a Guandu-Mirim (incluído), até encontrar o limite entre
Estrada do Magarça; por esta (excluída), na direção os Municípios do Rio de Janeiro e Nilópolis; por este
sudoeste, até encontrar a Estrada do Cachimbau; por limite, até encontrar a curva de nível + 50m da Ser-
esta (incluída), até à Estrada do Aterrado do Rio; por ra do Mendanha, por esta curva de nível, contornan-
esta (incluída), na direção sul, até à Estrada General do o Morro do Capim Melado, até encontrar o pro-
Pessoa Cavalcanti; por esta (incluída), até a Estrada longamento da Estrada General Afonso de Carvalho;
da Cachamorra; por esta (excluída), na direção leste, por este prolongamento até encontrar o entronca-
até encontrar a Estrada dos Caboclos; por esta (inclu- mento da Estrada General Afonso de Carvalho com a
ída), até à Estrada do Cabuçu; por esta (excluída), na Estrada do Gericinó; por esta (excluída), até à Estra-
direção noroeste, até ao entroncamento da Estrada do da do Guandu do Sena; pela Estrada do Guandu do
Cabuçu com a Avenida Glicínia; deste ponto, pela Rua Sena (excluída) até ao encontro desta com o prolon-
Augusta (excluída), até à Rua do Turista; por esta gamento da Rua Viúva Guerreiro; por esta (excluí-
(incluída) e pelo seu prolongamento, até atingir a da), até à Travessa Sucre; por esta (excluída), até à
curva de nível + 50m; por esta, na direção leste, até Travessa Sorrento; por esta (excluída), até encontrar
encontrar o prolongamento do Caminho do Veloso; a Rua Júlio Reis; por esta (excluída), até ao seu fi-
por este (incluído), na direção norte, até à Estrada nal; deste ponto, por uma linha reta, até à Rua Ota-
Moriçaba; por esta (excluída), até encontrar a Rua viano Romeiro; por esta (excluída), até ao seu início;
Cláudio Ganns; deste ponto, por uma perpendicular à deste ponto, por uma linha reta, até ao início da
Estrada Moriçaba, passando pela Rua Cláudio Ganns Estrada Sargento Miguel Filho; por esta (excluída),
(excluída), até encontrar a curva de nível + 60m; por até ao seu final; pelo prolongamento da Estrada
esta, contornando o Maciço da Pedra Branca, na dire- Sargento Miguel Filho, até encontrar a curva de nível
ção nordeste, até encontrar o prolongamento da Rua + 75m do Morro dos Coqueiros; por esta curva de
Capitão Borges do Couto; por esta (excluída), até ao nível, contornando os Morros do Cafuá, dos Coquei-
seu início; deste ponto, pelo seu prolongamento a ros e da Bandeira, descendo o espigão do Morro da
curva de nível + 75m; por esta, na direção sudeste, Bandeira, até encontrar o entroncamento da Rua
contornando o Macíço da Pedra Branca, até ao encon- Teixeira Campos com a Estrada dos Sete Riachos;
tro com a Rua Guilherme Veloso; por esta (excluída), por esta, até à projeção da linha de transmissão; por
até ao ponto de encontro com a curva de nível + esta linha, até encontrar a curva de nível + 50m; por
50m; por esta, na direção oeste, contornando o Maci- esta curva de nível, na direção oeste, contornando o
ço da Pedra Branca, até encontrar a Estrada da Boiú- Morro do Taquara, até encontrar a Rua Caiará; por
na no seu ponto mais próximo à Estrada dos Teixei- esta (incluída), até a Estrada dos Sete Riachos; por
ras; pela Estrada da Boiúna (incluída), na direção esta (incluída), na direção noroeste, até um ponto a
sudoeste, até encontrar a Estrada do Rio Grande (ex- duzentos metros do seu encontro com a Rua Caiará;
cluída), até à Estrada da Ligação; por esta (excluída), deste ponto, por uma linha reta, até ao final do Ca-
até à Estrada do Outeiro Santo; por esta (excluída), minho do Quitungo; por este (excluído), até encon-
até à Praça São Casemiro (excluída); pela Estrada do trar o limite do Projeto Aprovado de Loteamento
Guerenguê (excluída), até à Rua André Rocha; por número 24.477; pelo limite da área loteada desse
esta (excluída), até à Estrada da Curicica; por esta Projeto Aprovado de Loteamento, até encontrar o
(excluída), até a Estrada do Calmete; deste ponto, Caminho do Ceará; por este (excluído), até encon-
pelo prolongamento da Estrada do Calmete, até en- trar o prolongamento da Rua do Paraense; por esta
contrar a curva de nível + 50m do Morro Dois Irmãos; (excluída), até à Estrada do Mendanha; por esta
por esta, contornando na direção sul, até ao encontro (excluída), até ao ponto inicial.
com a Estrada Frei Tibúrcio; por esta (incluída), na
111
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
14 - MORRO DA POSSE prolongamento, na direção noroeste, até encontrar a
Curva de nível 50 metros. Estrada da Reta do Rio Grande; por esta (incluído
apenas o lado par); na direção nordeste, até encon-
15 - MORRO DAS PAINEIRAS trar o limite nordeste do Projeto Aprovado de Lotea-
Curva de nível 50 metros. mento número 38.456; por esse limite, até ao leito
do Canal São Fernando; por este, na direção nordes-
16 - MORRO LUÍS BOM te, até encontrar o prolongamento do limite nordeste
Curva de nível 50 metros. do Projeto Aprovado de Loteamento número 38.798;
por esse limite e pelo seu prolongamento, até encon-
17 - MORRO DO SANTÍSSIMO trar o leito do Canal de São Francisco; por este, na
Curva de nível 50 metros. direção nordeste, até encontrar o limite do Município
de Nova Iguaçu; por esse limite, na direção leste,
18 - MORRO MONTE ALEGRE até encontrar o leito do Rio Guandu-Mirim; por este,
Curva de nível 50 metros. na direção leste, até ao ponto de partida.
112
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
encontro com a Avenida Alvorada; pela linha reta que lombo; pela Rua Professor Alfredo Colombo, pela
atravessa a Avenida Alvorada e contém os encontros Avenida das Américas, de seu encontro com a Rua
desta com os limites norte e leste do Projeto Aprova- Professor Colombo, até ao encontro com a Avenida
do de Loteamento número 37.474; de seu encontro Mário Fernandes Guedes; pela Avenida Mário Fernan-
com a Avenida Alvorada, até ao seu encontro com o des Guedes; pela Via 2 do Projeto de Alinhamento
lado norte da Avenida Sernambetiba; pelo lado norte número 8.997 de seu encontro com a Avenida Moisés
da Avenida Sernambetiba; de seu encontro com o Castelo Branco Filho; pela Avenida Moisés Castelo
limite leste do Projeto Aprovado de Loteamento nú- Branco Filho, pela Avenida das Américas, de seu en-
mero 37.474 até ao seu encontro com a Via Parque contro com a Avenida Moisés Castelo Branco Filho, até
do Projeto Aprovado de Loteamento número 27.560; ao seu encontro com a Avenida Otávio Dupont; pela
pela Via Parque do Projeto Aprovado de Loteamento Avenida Otávio Dupont; pela Via 2 do Projeto de Ali-
número 27.560, de seu encontro com o lado norte da nhamento número 8.997, de seu encontro com a
Avenida Sernambetiba, até ao seu encontro com o Avenida Aeronópolis, até ao ponto inicial.
lado sul da Via 2 do Projeto de Alinhamento número
8.997; pelo lado da Via 2 do Projeto de Alinhamento 28 - MORRO DO RANGEL
número 8.997 de seu encontro com a Via Parque do Curva de nível 50 metros.
Projeto Aprovado de Loteamento número 27.560 até
ao seu encontro com a Lagoa da Tijuca; pela linha 29 - MORRO SITUADO ENTRE A ESTRADA
reta que atravessa o Canal de Marapendi e contém os DO CAPENHA, A RUA GEMINIANO GÓIS E A
encontros da Lagoa da Tijuca com os lados norte e sul RUA ARAGUAIA.
da Via 2 do Projeto de Alinhamento número 8.997; Curva de nível 100 metros.
pelo lado norte da Via 2 do Projeto de Alinhamento
número 8.997 do seu encontro com a Lagoa da Tijuca 30 - MORRO DO BARRO VERMELHO
até ao seu encontro com a Rua Professor Alfredo Co Curva de nível 100 metros.
ANEXO IV
gulamentação
Favelas e loteamentos irregulares existentes até a data da publicação desta lei, exce-
tuados aqueles situados em áreas de risco, nas faixas marginais de proteção de águas
superficiais e nas faixas de domínio de estradas municipais, estaduais e federais res-
peitados os artigos 142 e 143 da Lei Complementar n.º 16, de 04 de junho de 1992.
Conjuntos habitacionais existentes
do Metrô 09 Botafogo.
16 Tijuca, Praça da Bandeira
Áreas descritas no 3 24 Higienópolis, Jacaré, Maria da
Decreto n.º 1.271, Graça, Del Castilho.
de 27 de outubro de 25 Inhaúma, Engenho da Rainha,
1977 (Áreas Rema- Tomás Coelho.
nescentes 30 Irajá, Colégio.
do Metrô/ZE-9) 39 Barros Filho, Costa Barros,
Pavuna.
113
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Área de Unidade espacial
Áreas objetos de
Planjamen- de planejamento Bairros
reestruturação
to (AP) (UEP)
Áreas afetadas pela 3 35 Ribeira, Zumbi, Cacuia, Pi-
implantação da Linha tangueiras, Praia da Bandeira,
Vermelha, e áreas do Cocotá, Bancários, Freguesia,
Saco do Rio Jequiá Jardim Guanabara, Jardim Cari-
oca, Tauá, Moneró, Portuguesa.
Áreas sujeitas a
Reestabilização
Áreas situadas na Macrozona de restrição à ocupação urbana (anexo III da Lei Com-
plementar n.º 16, de 04 de junho de 1992), passíveis de só tornarem unidades de
conservação ambiental.
ambiental
ANEXO V
ÁREAS DE PLANEJAMENTO
Área de
REGIÃO ADMINISTRATIVA
Planejamento
(RA)
(AP)
I RA – Portuária
II RA – Centro
III RA – Rio Comprido
AP-1
VII RA – São Cristóvão
XXI RA – Ilha de Paquetá
XXIII RA – Santa Teresa
IV RA – Botafogo
V RA – Copacabana
VI RA – Lagoa
AP-2
VIII RA – Tijuca
IX RA – Vila Isabel
XXVII RA – Rocinha
X RA – Ramos
XI RA – Penha
XII RA – Inhaúma
AP-3
XIII RA – Méier
XIV RA – Irajá
XV RA – Madureira
114
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
XX RA – Ilha do Governador
XXII RA – Anchieta
XXV RA – Pavuna
AP-3
XXVIII RA – Jacarezinho
XXIX RA – Complexo do Morro do Alemão
XXX RA – Complexo da Maré
XVI RA – Jacarepaguá
AP-4
XXIV RA – Barra da Tijuca
XVII RA – Bangu
XVIII RA – Campo Grande
AP-5
XIX RA – Santa Cruz
XXVI RA – Guaratiba
ANEXO V-A
SUBÁREAS DE PLANEJAMENTO
Subárea de
REGIÃO ADMINISTRATIVA
Planejamento
(RA)
(AP)
I RA – Portuária
1-A II RA – Centro
VII RA – São Cristóvão
III RA – Rio Comprido
1-B
XXIII RA – Santa Teresa
1-C XXI RA – Ilha de Paquetá
IV RA – Botafogo
2-A
VI RA – Lagoa
2-B V RA – Copacabana
VIII RA – Tijuca
2-C
IX RA – Vila Isabel
2-D XXVII RA – Rocinha
X RA – Ramos
3-A XI RA – Penha
XXX RA – Complexo da Maré
XII RA – Inhaúma
XIII RA – Méier
3-B
XXVIII RA – Jacarezinho
XXIX RA – Complexo do Morro do Alemão
XIV RA – Irajá
3-C
XV RA – Madureira
3-D XX RA – Ilha do Governador
XXII RA – Anchieta
3-E
XXV RA – Pavuna
ANEXO VI
UNIDADES ESPACIAIS DE PLANEJAMENTO (UEP) PRIORITÁRIAS PARA ELABORAÇÃO
DE PROJETOS DE ESTRUTURAÇÃO URBANA (PEU).
[Com a redação dada pela Lei Complementar n.º 19, de 14/12/1992.]
Áreas de Bairros (UEP)
Planejamento
Caju 02
1
Centro 03
Saúde, Santo Cristo, Gamboa (exceto na área da APA 01
descrita na Lei n.º 971, de 04 de maio de 1981, regulamen-
tada pelo Decreto n.º 7.351, de 14 de janeiro de 1988).
115
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Copacabana, Leme 11
2 Tijuca, Praça da Bandeira 16
Alto da Boa Vista 17
Madureira, Campinho, Vaz Lobo 31
Higienópolis, Jacaré, Maria da Graça, Del Castilho 24
3
Inhaúma, Tomás Coelho, Engenho da Rainha 25
Vista Alegre, Irajá, Colégio 30
Taquara, Tanque 43
4 Barra da Tijuca, Itanhangá, Joá 45
Pechincha, Freguesia 42
Campo Grande, Santíssimo, Senador Vasconcelos 51
Deodoro, Vila Militar, Campo dos Afonsos, Jardim Sulacap 48
5
Magalhães Bastos, Realengo 49
Inhoaíba, Cosmos 52
ANEXO VII
ESTRUTURA URBANA BÁSICA, COM REDE ESTRUTURAL DE TRANSPORTE
[Com a redação dada pela Lei Complementar n.º 19, de 14/12/1992.]
117
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
n Niterói Niterói -
t
e
Rodoviário P Penha-Barra da Tijuca (T5) Penha (2) 22
r Irajá (2) 30
o Madureira (1) 31
p
Taquara (1) 43
o
s Tanque (1) 43
t Barra da Tijuca (2) 45
o
Rodoviário P São Cristóvão – Rodovia São Cristóvão (3) 05
r Washington Luís (via Ilha do Governador (2) 35
o Linha Vermelha) Duque de Caxias -
p Ilha do Governador – Ilha do Governador (2) 35
o Jacarepaguá (Via Túnel Bonsucesso (2) 21
s da Covanca) Tanque (1) 43
t Taquara (1) 43
o
Bangu – Centro Bangu (2) 50
(Av. Brasil) Penha Circular (2) 22
Ramos (2) 21
Bonsucesso (2) 21
Centro (1) 03
Ilha do Governador – Ilha do Governador (2) 35
Centro (Av. Brasil) Ramos (2) 21
Bonsucesso(2) 21
Centro (1) 03
Gávea-Centro Gávea (3) 14
(Via Botafogo) Botafogo (2) 09
Centro (1) 03
Gávea-Centro Gávea (3) 14
(Via Copacabana) Leblon (2) 12
Ipanema (2) 12
Copacabana (1) 11
e Botafogo (2) 09
x Centro (1) 03
i Ipanema – Rodoviária Ipanema (2) 12
s (Via Túnel Rebouças) Estácio (2) 04
t Santo Cristo (3) 01
e Leblon-São Cristóvão Leblon (2) 12
n (Via Túnel Rebouças) Estácio (2) 04
t São Cristóvão (3) 05
e Copacabana – São Cris- Copacabana (1) 11
tóvão (via - Túnel Re- Estácio (2) 04
bouças) São Cristóvão (3) 05
Botafogo-Portuária Botafogo (2) 09
(Via Túnel Santa Bárba- Catumbi (3) 04
ra) Santo Cristo (3) 01
Irajá-S. J. de Meriti Irajá (2) 30
(via Rod. Pres. Dutra) São João de Meriti -
Anchieta-Pavuna (Via Anchieta (3) 37
Est. do Rio do Pau- Pavuna (2) 39
Viaduto da Pavuna
Irajá-Duque de Caxias Irajá (2) 30
(Via Rodovia Washington Duque de Caxias -
Luís)
118
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Rodoviário B. da Tijuca-Gávea Barra da Tijuca (2) 45
Gávea (3) 14
Vila-Isabel-Taquara Vila Isabel (3) 18
(Via Estrada Grajaú- Taquara (1) 43
Jacarepaguá)
Bangu-Madureira Bangu (2) 50
(Via Campo dos Afonsos) Madureira (1) 31
Bangu-Largo do Tanque Bangu (2) 50
(Via Estr. do Cafundá) Taquara (1) 43
Tanque (1) 43
Santa Cruz-Deodoro Santa Cruz (3) 53
(Via Estr. do Morro do Ar Campo Grande (1) 51
e Av. Brasil Bangu (2) 50
Deodoro (3) 48
Campo Grande-Deodoro Campo Grande (1) 51
(Via Estr. do Mendanha- Bangu (2) 50
Av.Brasil) Deodoro (3) 48
Largo do Tanque- Tanque (1) 43
Deodoro (V. Estr. do Ca- Deodoro (3) 48
E fundá)
x Santa Cruz-Estrada de Santa Cruz (3) 53
i Sepetiba (Via Av. Felipe Sepetiba (3) 54
s Cardoso)
t Santa Cruz-Pedra de Santa Cruz (3) 53
e Guaratiba (Via Av. Felipe Pedra de Guaratiba (3) 55
n Cardoso)
t Santa Cruz-Barra de Santa Cruz (3) 53
e Guaratiba (Via Rodovia Pedra de Guaratiba (3) 55
RJ-071)
Campo Grande-Barra de Campo Grande (1) 51
Guaratiba (Via Estr. do Barra de Guaratiba (3) 55
Monteiro)
Campo Grande-Barra da Campo Grande (1) 51
Tijuca (Via Av. das Amé- Barra da Tijuca (2) 45
ricas)
Recreio dos Bandeiran- R. dos Bandeirantes 47
tes-Tanque (Via Estrada Tanque 43
dos Bandeirantes)
Campo Grande-Nova Iguaçu Campo Grande 51
(Via Antiga Estrada Rio-São Nova Iguaçu -
Paulo)
Santa Cruz-Itaguaí (Via Santa Cruz (3) 53
Rod. Rio-Santos) Itaguaí -
Santa Cruz (3) 53
Santa Cruz-Sepetiba (Via Sepetiba (3) 54
Rod. RJ-071 – Estrada de
Sepetiba)
Rodoviário Campo Grande-Itaguaí Campo Grande (1) 51
(Via Antiga Estrada Rio- Itaguaí
São Paulo e Rod. Rio -
Santos)
Ferroviário E D. Pedro II – Santa Cruz Centro (1) 03
x (Ramal Centro) Méier (2) 27
i Madureira (1) 31
s Bangu (2) 50
t Campo Grande (1) 51
e Santa Cruz (3) 53
n D. Pedro II – Japeri Centro (1) 03
119
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
t (Linha Auxiliar) Madureira (Magno) (2) 31
e Deodoro (3) 48
Centro (1) 03
D. Pedro II – Belford Madureira (Magno) (2) 31
Roxo (Linha Auxiliar Pavuna (2) 39
B. de Mauá – Gramacho São Cristóvão (3) 05
(Leopoldina) Bonsucesso (2) 21
Ramos (2) 21
Penha Circular (2) 22
Vigário Geral (3) 23
Ligação Centro – Santa Centro (1) 03
Teresa (Bonde) Santa Teresa (3) 07
ANEXO VIII
REDE ESTRUTURAL DE TRANSPORTES – LIGAÇÕES
Sistema Ligação
Ferroviário 1 D. Pedro II – Santa Cruz (Ramal Centro)
2 D. Pedro II – Japeri (Linha Auxiliar)
3 D. Pedro II – Belford Roxo (Linha Auxiliar)
4 Barão de Mauá – Gramacho (Linha Leopoldina)
5 Ligação Centro – Santa Teresa (Bondes)
Metroviário 6 Estácio – Pavilhão (Linha 2)
7 Carioca – Praça Quinze de Novembro (Linha 2)
8 Tijuca – Botafogo (Linha 1)
8A Botafogo – Copacabana (Linha 1)
9 Tijuca – Gávea
10 Copacabana – Ipanema (Linha 1)
Hidroviário 11 Praça Quinze de Novembro – Ilha do Governador
12 Praça Quinze de Novembro – Barra da Tijuca
13 Praça Quinze de Novembro – São Gonçalo
14 Praça Quinze de Novembro – Paquetá
15 Praça Quinze de Novembro – Niterói
16 Marina da Glória – Ilha do Governador
Rodoviário 17 Penha – Barra da Tijuca (T 5)
18 Bangu – Centro (via Avenida Brasil)
19 Ilha do Governador – Centro (via Avenida Brasil)
20 Gávea – Centro (via Botafogo)
21 Gávea – Centro (via Copacabana)
22 Ipanema – Rodoviária (via Túnel Rebouças)
23 Leblon – São Cristóvão (via Túnel Rebouças)
24 Copacabana – São Cristóvão (via Túnel Rebouças)
25 Botafogo – Portuária (via Túnel Santa Bárbara)
26 Irajá – São João de Meriti (via Rodovia Presidente Dutra)
27 Anchieta – Pavuna (via Estrada do Rio do Pau, Viaduto da Pavuna)
28 Irajá – Duque de Caxias (via Rodovia Washington Luiz)
29 São Cristóvão – Rodovia Washington Luiz (via Linha Vermelha)
30 Barra da Tijuca – Gávea (via Túnel Dois Irmãos)
31 Vila Isabel – Taquara (via Grajaú – Jacarepaguá)
32 Bangu – Madureira (via Campo dos Afonsos)
33 Bangu – Largo do Tanque (via Estrada do Cafundá)
34 Santa Cruz – Deodoro (via Estrada do Morro do Ar, Avenida Brasil)
35 Campo Grande – Deodoro (via Estrada do Mendanha, Avenida Brasil)
36 Ilha do Governador – Jacarepaguá (via Estrada da Covanca)
37 Largo do Tanque – Deodoro (via Estrada do Cafundá)
38 Santa Cruz – Estrada de Sepetiba (via Avenida Felipe Cardoso)
39 Santa Cruz – Pedra de Guaratiba (via Avenida Felipe Cardoso)
40 Santa Cruz – Barra de Guaratiba (via Rodovia RJ 071)
41 Campo Grande – Barra de Guaratiba (via Estrada do Monteiro)
120
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
42 Campo Grande – Barra da Tijuca (via Avenida das Américas)
43 Recreio do Bandeirantes – Tanque (via Estrada dos Bandeirantes)
44 Campo Grande – Nova Iguaçu (via antiga Estrada Rio-São Paulo)
45 Santa Cruz – Itaguaí (via Rodovia Rio-Santos)
46 Santa Cruz – Sepetiba (via Rodovia RJ 071, Estrada de Sepetiba)
Campo Grande – Itaguaí (via antiga Estrada Rio-São Paulo, Rodo-
47
via Rio-Santos)
121
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
LEI N.° 1.574, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1967. preceitos da presente lei, os documentos e dese-
nhos que constituem os projetos, cálculos e me-
Estabelece normas para o desenvolvimento moriais serão visados pela repartição competente,
urbano e regional do Estado da Guanabara não cabendo ao Estado qualquer responsabilidade
e dá outras providências. pelo mau uso dos mesmos.
122
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
torias administrativas, sempre que o justificar o rariamente, a não ser em conformidade com a
interesse coletivo e, preventivamente, quando regulamentação do zoneamento;
houver indícios de ameaça à integridade física de IV — reconstruído após avaria que tenha a-
pessoas ou bens de terceiros, quer se trate de tingido 60% (sessenta por cento) de sua área total
terras ou rochas, quer de construções ou instala- de construção.
ções, total ou parcialmente executadas. Art. 14. Em qualquer zona, toda edificação e-
Parágrafo único. As vistorias administrativas xistente ou que sofra modificação em 60% (ses-
serão também promovidas quando se verificar a senta por cento) de sua área total de construção, a
obstrução ou desvio de cursos de água, perenes ou partir da vigência desta lei, deverá obedecer aos
não, bem como sempre que deixar de ser cumpri- afastamentos mínimos, à altura máxima, ao índice
da, no prazo nelas fixado, intimação feita para a do aproveitamento da área, ao número de unida-
legalização ou para a demolição, parcial ou total, des de uso permitidas por lote, fixado para cada
de qualquer construção ou instalação, ou para zona, tipo de uso, intensidade e forma de uso indi-
execução de obras de contenção, regularização ou cados no “Quadro Geral de Uso da Terra” e “Qua-
fixação de terras ou rochas. dros Complementares de Uso da Terra” que o re-
Art. 9.° Serão passíveis de punição os res- gulamentam.
ponsáveis pelas infrações dos dispositivos desta lei Parágrafo único. Nenhum afastamento ou
ou dela emanados. área de ventilação e iluminação, exigidos para
Parágrafo único. Serão especificadas, na re- qualquer edificação poderá, durante a sua existên-
gulamentação desta lei, as diferentes espécies de cia, ser ocupado ou considerado como espaço livre
penalidade. para qualquer outra construção ou edificação.
Art. 10. Na regulamentação da presente lei, Art. 15. Área de estacionamento de veículos,
serão estabelecidos os tipos e formas de procedi- cobertas ou não, serão previstas nos diferentes
mento fiscal e definida a competência dos diferen- lotes.
tes órgãos em relação à fiscalização das obras e § 1.° O espaço para o estacionamento deverá
atividades licenciadas. permitir o acesso de veículos, do ou para o logra-
Art. 11. Normas peculiares deverão ser pre- douro, e ser considerado como espaço livre, asso-
vistas para a fiscalização das obras do governo em ciado ao uso ou usos permitidos, e não poderá, em
geral, quando da regulamentação da presente lei. nenhum tempo, ser reduzido, de qualquer forma.
§ 2.° Os “Quadros Complementares de Uso da
CAPÍTULO III Terra”, que regulamentam o “Quadro Geral de Uso
da Terra”, ao estabelecerem as particularidades de
TÍTULO ÚNICO cada zona fixarão as condições em cada uma delas
para atender aos casos em que não seja possível
Do zoneamento aplicar este artigo pelas características peculiares
da zona ou lote.
Art. 12. O Estado da Guanabara, para efeito Art. 16. Ficam estabelecidas as zonas e os ti-
de aplicação das disposições constantes do artigo pos de uso, constantes do “Quadro Geral de Uso
1.º será dividido em zonas que serão delimitadas e da Terra”, adiante exposto, com as informações
indicadas por simbologia adequada no mapa de necessárias a seu entendimento.
zoneamento que com suas notas explicativas fica
fazendo parte da regulamentação desta lei. QUADRO GERAL DE USO DA TERRA
Art. 13. Em cada zona a terra e as edificações ZONAS
Reserva Verde
Centro-bairro
Especial
Central
123
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Educacional ........ TO AD AD TO TO TO TO IN autorização prévia pelas repartições competentes,
Recreacional ....... TO AD AD IN TO AD TO IN que deverão fiscalizar sua execução posterior,
Saúde-assistência TO AD AD IN TO IN TO IN aplicando-se a presente determinação inclusive às
Cultivo-lavra da permissionárias de serviços públicos.
IN IN IN IN AD TO TO IN Parágrafo único. Depende também da autoriza-
terra ..................
“Non altius tolandi” ção de que trata este artigo a execução daquelas obras,
TO TO TO TO TO TO AD AD quando realizadas por quaisquer órgãos públicos.
– proteção ...........
“Non aedificandi” - Art. 21. As reposições de pavimentação reali-
TO TO TO TO TO TO AD AD zadas pelas companhias ou empresas concessioná-
espaço aberto .....
Outros tipos ....... S SF SF SF SF SF SF SF rias de serviços públicos, entidades paraestatais,
Observação: No “Quadro Geral de Uso da Terra”, a de economia mista ou qualquer órgão do Governo
coluna referente aos usos discrimina os fixados nesta da União, diretamente ou por meio de empreitei-
lei; a linha referente às zonas discrimina as que serão ros, mas sob a sua responsabilidade, além das
delimitadas no Estado da Guanabara. Na interseção das prescrições técnicas vigentes previstas para as
linhas e colunas referentes a cada uso e zona encontra- obras executadas pelo Governo do Estado, deverão
se uma quadrícula na qual está indicado: obedecer às normas que sobre o assunto determi-
1 — pelas letras AD, que o uso é adequado e nem os regulamentos.
predominante na zona correspondente; Art. 22. A construção e a manutenção dos
2 — pelas letras IN, que o uso é inadequado e passeios dos logradouros dotados de meios-fios
não compatível com a zona correspondente; são obrigatórias em toda a extensão das testadas
3 — pelas letras TO, que o uso é tolerado na dos terrenos, edificados ou não, e serão feitas
zona correspondente desde que cumpra as exigên- pelos respectivos proprietários, ressalvados os
cias de intensidade, dimensão, forma, etc., a se- casos explicitamente definidos em regulamento.
rem fixadas nos “Quadros Complementares de Uso Art. 23. A arborização e o ajardinamento dos
da Terra” de regulamentação desta lei; logradouros públicos serão projetados e executa-
4 — pelas letras SF, que as condições de uso dos pelo Governo do Estado.
serão fixadas de acordo com a região onde se pre- Parágrafo único. Nos logradouros abertos
tende localizá-lo. por particulares, correm por conta dos responsá-
§ 1.° A caracterização dos usos permitidos pa- veis a promoção e o custeio da respectiva arbori-
ra cada zona e a especificação de seus tipos e sub- zação cujo projeto e fiscalização cabem todavia ao
tipos serão feitas junto com os “Quadros Comple- Governo do Estado.
mentares de Uso da Terra” ou farão parte da Art. 24. Serão baixadas, na forma prevista
regulamentação desta lei. por esta lei, as disposições relativas à conservação
§ 2.° Para facilitar a aplicação desta lei será or- e limpeza dos logradouros e precauções a serem
ganizada na sua regulamentação a lista de usos exis- observadas durante a execução das obras neles
tentes e previstos, permitidos nas várias zonas, indi- efetuadas, visando à segurança pública.
cando como eles se grupam dentro da classificação § 1.º Nenhum material poderá permanecer na
apresentada no “Quadro Geral do Uso da Terra”. via pública além do tempo necessário à sua des-
carga e remoção, salvo quando se destinar a obras
CAPÍTULO IV a serem realizadas no próprio logradouro.
§ 2.° (VETADO).
Do parcelamento da terra § 3.° A usurpação ou invasão da via pública,
bem como a depredação ou destruição de quais
TÍTULO I quer benfeitorias do Estado, sujeitará o infrator às
penas que forem estabelecidas por lei.
Logradouros
TÍTULO II
Art. 17. Para os efeitos desta lei os logradou-
ros deverão ser classificados quanto à natureza, Terrenos
espécie, categoria e função.
Art. 18. Os logradouros públicos e os oficial- Art. 25. A ninguém, pessoa física ou jurídica,
mente reconhecidos terão designação própria. é lícito efetuar, sem prévia autorização da reparti-
Art. 19. Todos os edifícios terão numeração ção competente, o parcelamento ou remembra-
própria com placa oficial em lugar visível e as par- mento de áreas dos imóveis de sua propriedade,
tes autônomas, lojas, apartamentos, salas e gru- estendendo-se a interdição deste artigo aos conces-
pos serão também devidamente numerados. sionários ou permissionários de serviços públicos.
Art. 20. Só serão realizadas obras de abertura § 1.° A proibição acima estende-se a todos os
de logradouros públicos ou particulares mediante atos relacionados com o parcelamento ou remem-
124
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
bramento, mesmo que efetuados em juízo. acordo com a finalidade prevista nos planos de
§ 2.° Embora satisfazendo às demais exigên- desenvolvimento do Estado.
cias desta lei, qualquer projeto de parcelamento ou
remembramento poderá ser recusado ou alterado, CAPÍTULO V
total ou parcialmente, pelo órgão estadual compe-
tente, tendo em vista: TÍTULO ÚNICO
1 — o Plano de Desenvolvimento Urbano do
Estado da Guanabara; Das construções e edificações
2 — o desenvolvimento da região;
3 — a defesa das reservas naturais; Art. 31. Não poderão ser executadas, sem
4 — a preservação de pontos panorâmicos; prévia licença do órgão estadual competente,
5 — a manutenção de aspectos paisagísticos, obras de construção e reconstrução parcial ou total
todos eles a serem fixados na regulamentação per- de edificações de qualquer natureza, bem como os
tinente ao zoneamento do Estado da Guanabara. consertos, reformas e modificações em prédios
Art. 26. Além dos casos explicitamente pre- existentes.
vistos no artigo 25, não poderão ser executados, Parágrafo único. Serão especificadas, na forma
sem a prévia licença do órgão estadual competen- desta lei, as obras que dependem de simples comu-
te, as seguintes obras nos terrenos: nicação e as que independem da mesma.
1 — construção de muralha de sustentação; Art. 32. As regras disciplinadoras de ilumina-
2 — abertura, regularização, desvio, canaliza- ção e ventilação dos compartimentos e seus usos
ção, capeamento de valas ou cursos de água, pe- serão previstas na regulamentação desta lei que
renes ou não; disporá, ainda, acerca dos preceitos relativos aos
3 — lançamento e canalização, para logradou- pisos, paredes, coberturas, fachadas, caixas-
ros, das águas pluviais; -d’água, escadas, elevadores e outros elementos
4 — consolidação e proteção contra erosões; de edificação.
5 — terraplenagens; Art. 33. Nenhuma construção ou edificação,
6 — vedação e fechamento. seja qual for a sua natureza, poderá ser feita sem
Art. 27. Os proprietários dos terrenos ficam que seja fornecido, pela repartição estadual com-
obrigados à fixação, estabilização ou sustentação petente, o termo de alinhamento, altura da soleira
das respectivas terras, por meio de obras e medi- e as respectivas numerações.
das de precaução contra erosões de solo, desmo- Art. 34. Serão reguladas, na forma como pre-
ronamento e contra carreamento de terras, mate- vê esta lei, as condições de obstrução transitória
riais, detritos e lixo para as valas, sarjetas ou ou permanente de logradouros públicos e vistas
canalizações públicas ou particulares e logradouros panorâmicas, bem como as relativas a obras de
públicos. [Regulamentado pelo Decreto n.° 17.315, qualquer espécie nas fachadas.
de 29/01/1999.] Art. 35. O dimensionamento das construções
Art. 28. Os danos, usurpação ou a invasão da é função das condições peculiares às zonas, bem
via ou servidão públicas, bem como das galerias e como dos índices da densidade demográfica e de
cursos de água, perenes ou não, ainda que situa- aproveitamento, obedecendo às condições de se-
dos em terreno de propriedade particular, consta- gurança, higiene e estética, atendendo às necessi-
táveis em qualquer época, serão punidos. dades de trânsito, transporte, estacionamento e
Art. 29. Caso o imóvel onde se pretende efe- outros serviços públicos.
tuar atos dependentes de licença esteja atingido Art. 36. As obras de acréscimo, quer no sen-
por projeto de urbanização ou de modificação de tido vertical, quer no horizontal, modificação ou
alinhamento, deverão ser efetivados o recuo ou a melhoria das condições higiênicas dos prédios exis-
investidura (conforme o caso) anteriormente à tentes serão executadas na forma prevista pelo
aceitação de obras ou concessão do “habite-se” regulamento, atendendo também ao que dispõem,
(mesmo parcial). nesse particular, os regulamentos de saúde e sa-
Art. 30. Todas as vezes em que a licença a neamento.
ser expedida importar na criação de logradouros Art. 37. Nas demolições de qualquer nature-
públicos, deverá o proprietário do imóvel transferir za, além das medidas de higiene e segurança exi-
para o Estado da Guanabara, antes da aceitação gidas pela Consolidação das Leis do Trabalho e
das obras, a propriedade das áreas reservadas pelo Código de Saúde, serão observadas as dispo-
para os mesmos logradouros acima, bem como a sições previstas pelo regulamento.
daquelas que devem ser doadas. Parágrafo único. Ao verificar-se a paralisa-
Parágrafo único. Só será permitida a cons- ção de uma obra por prazo superior a dois meses.
trução em lote devidamente transcrito no Registro o terreno será fechado por muro, o passeio cons-
Geral de Imóveis e o seu aproveitamento será de truído, devendo ser retirado qualquer material cuja
125
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
queda possa ocasionar acidentes, e fechados os 1 — disposições relativas às declarações;
vãos da fachada. 2 — disposições relativas aos certificados;
Art. 38. Finda a execução de qualquer obra, 3 — disposições relativas às condições de ins-
como observância de todas as prescrições legais, talação e funcionamento;
deverá ser pedida e concedida a aceitação pela 4 — disposições relativas a profissionais e firmas.
autoridade fiscalizadora.
Parágrafo único. Verificada a inobservância de CAPÍTULO VIII
qualquer prescrição legal, o pedido será indeferido e
conseqüentemente aplicada a penalidade cabível. TÍTULO ÚNICO
Art. 39. Para a execução de qualquer obra se-
rá permitida a construção de andaimes fixos ou Das multas e penalidades
suspensos e obrigatória a construção de tapumes.
Art. 40. Os materiais empregados nas constru- Art. 46. As infrações às disposições da pre-
ções deverão obedecer às especificações dos labora- sente lei e de sua complementação serão punidas
tórios de ensaios de materiais, oficiais ou particula- com multas e outras sanções, como o embargo de
res, podendo o Governo do Estado dar força obras, a demolição, o desmonte e outros, confor-
obrigatória às normas da Associação Brasileira de me escalonamento de penalidades que a regula-
Normas Técnicas (ABNT) e sob forma de regulamen- mentação determinará.
to complementar à presente lei, inclusive quanto a § 1.º As multas serão proporcionais ao valor
quaisquer outras normas da mesma ABNT. das obras ou instalações executadas ilegalmente e
as demais fixadas em tabela própria, que poderá
CAPÍTULO VI ser atualizada em cada exercício.
§ 2.° Nas reincidências ou no não cumprimen-
TÍTULO ÚNICO to das intimações, após a aplicação da primeira
multa, as demais serão aplicadas em dobro.
Do movimento de terras e explorações Art. 47. No caso de haver duplicidade de autua-
ção, prevalecerá o auto da data mais antiga e, se a
Art. 41. Para casos especiais, além das exi- data for a mesma, prevalecerá o da Secretaria de
gências usuais previstas na forma desta lei, o Po- Obras Públicas e depois o da circunscrição fiscal.
der Executivo poderá estabelecer normas específi- Art. 48. A aplicação da multa poderá ter lugar
cas de acordo com a natureza do movimento de em qualquer época, durante ou depois de consu-
terras ou exploração e com as prescrições técnicas mada a infração.
aconselháveis. Art. 49. O pagamento de multa não sana a in-
fração, ficando o infrator na obrigação de legalizar
CAPÍTULO VII as obras ou instalações executadas sem licença ou
demoli-las e desmontá-la.
TÍTULO ÚNICO
CAPÍTULO IX
Das instalações
TÍTULO ÚNICO
Art. 42. Para os efeitos desta lei, as instala-
ções são divididas em instalações mecânicas em Anúncios
geral e instalações especializadas.
Art. 43. As disposições desta lei deverão a- Arts. 50 a 52. (VETADOS).
branger as condições para o assentamento e o
funcionamento das instalações a que se refere o CAPÍTULO X
artigo 44.
Art. 44. O assentamento de instalações, seja TÍTULO ÚNICO
para fins industriais ou comerciais, seja para o uso
particular, está sujeito a licença na forma prevista Disposições finais
por esta lei.
Parágrafo único. Para o assentamento de Art. 53. Quando, em decorrência de obra ou de
instalações a que se refere este artigo, deverão ser quaisquer fenômenos que alcançam a propriedade
atendidas em todos os casos as recomendações imobiliária privada, se configurar ameaça à integridade
das regulamentações de zoneamento, saúde e física de pessoas ou bens, o Estado poderá adotar, à
segurança do trabalho. sua custa, todas as medidas que se fizerem necessá-
Art. 45. As instalações estão subordinadas às rias, sempre que não forem elas executadas pelos
seguintes disposições referentes à sua fiscalização: responsáveis direto ou proprietários, nos prazos cons-
126
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
tantes das respectivas intimações, cobrando dos de Trabalho da Baixada de Jacarepaguá em Supe-
mesmos os custos que houver suportado, acrescido de rintendência do Desenvolvimento da Barra da Tijuca
correção monetária e de multa de 20% (vinte por (SUDEBAR), sem aumento de despesa, e dá outras
cento), sem prejuízo das demais sanções cabíveis. providências.”]
§§ 1.º e 2.° (VETADOS).
Art. 54. A ocupação, para fins comerciais, de O Governador do Estado da Guanabara, no
calçadas — empachamento — será concedida a uso das atribuições que lhe confere o § 1.° do arti-
critério da autoridade competente na área do ser- go 2.° do Ato Institucional n.° 5, de 13 de dezem-
viço de fiscalização, observadas as peculiaridades bro de 1968, decreta:
de cada ponto de comércio de cada região. Art. 1.º O zoneamento e a urbanização para a
Parágrafo único. (VETADO). área abrangida pelo projeto aprovado (PA) n.°
Art. 55. (VETADO). 5.596 passam a ser regidos pelo plano-piloto ela-
Parágrafo único. (VETADO). borado e apresentado pelo arquiteto Lúcio Costa,
Art. 56. (VETADO). baixado em anexo a este decreto-lei.
§§ 1.º a 8.° (VETADOS). Art. 2.° A implantação de normas e diretrizes es-
Art. 57. (VETADO). tabelecidas no plano-piloto será orientada por grupo
Parágrafo único. (VETADO). de trabalho a ser criado por decreto do Governador.
Art. 58. A partir da data indicada no artigo 59 ficam Art. 3.° Ficam revogados os artigos 9.°, 10,
revogados todos os atos (leis, decretos, portarias, ordens 11, 12, e seu parágrafo único, 13, 14, e 15, da Lei
de serviço) ou parte desses atos que digam respeito à n.° 894, de 22 de agosto de 1957.
matéria tratada por esta lei e pelo regulamento a ser
baixado pelo Poder Executivo e que colidam com o que [Lei n.° 894, de 22/8/1957 (D.O.-DF de
for determinado por esses últimos diplomas. 24/08/1957):
Art. 59. Esta lei entrará em vigor cento e oi- “Estabelece a obrigatoriedade de reserva de
tenta dias após sua publicação, simultaneamente áreas e a construção de abrigos destinados ao
com os atos normativos complementares. parqueamento de veículos em dependências de
§ 1.° Os expedientes administrativos formados edifícios em bairros novos, e dá outras providên-
até a data do início da vigência desta lei serão deci- cias.”]
didos de acordo com a legislação anterior, desde que
não sejam arquivados ou caiam em perempção. Art. 4.° Nos lotes integrantes dos loteamentos
§ 2.° Os alvarás de licença de obras não iniciadas aprovados e localizados nas áreas extremas já defini-
não poderão ser prorrogados ou revalidados sem das e parcialmente arruadas, expressamente referidos
obedecer às disposições desta lei. no plano-piloto, seu aproveitamento máximo poderá
Rio de Janeiro, GB, 11 de dezembro de 1967; ser feito, a critério do grupo de trabalho definido no
79.° da República e 8.° do Estado da Guanabara. artigo 2.°, de acordo com as normas seguintes:
I — gabarito máximo: dois pavimentos;
FRANCISCO NEGRÃO DE LIMA II — taxa de ocupação: 50% (em projeção
vertical);
[Publicada no “Diário Oficial” do Estado da III — afastamento frontal mínimo de 3 m;
Guanabara, de 13/12/1967; retificada nos de IV — afastamento mínimo das divisas laterais:
18/12/1967 e de 19/12/1967.] 2,5 m;
V — plantio obrigatório de amendoeiras em
torno das construções já existentes, proibida qual-
__________ quer poda;
VI — poderá ser feito o aproveitamento parcial
da cobertura, desde que todos os elementos com-
DECRETO-LEI N.° 42, DE 23 ponentes ali projetados:
DE JUNHO DE 1969. a) guardem o afastamento mínimo de 5 m em
relação ao plano da fachada;
Aprova o plano-piloto de urbanização e zonea- b) ocupem, no máximo, 50% da área do se-
mento para a Baixada de Jacarepaguá. gundo pavimento;
c) apresentem a altura máxima de 3 m;
[Decreto “E” n.° 2.913, de 23/6/1969: “Cria VII — no pavimento aberto em “pilotis” pode-
grupo de trabalho encarregado de coordenar e diri- rá haver aproveitamento parcial, observadas as
gir as atividades de desenvolvimento e implantação seguintes normas:
do plano-piloto aprovado pelo Decreto-lei n.° 42, de a) a distância do seu piso até o do primeiro
23/6/1969, para a Baixada de Jacarepaguá”. Decre- pavimento será de 3 m, no máximo;
to n.° 7.118, de 25/6/1974: “Transforma o Grupo b) a área do “pilotis” poderá ser ocupada por
127
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
elementos construtivos necessários às partes co- prorrogado:
muns do edifício em, no máximo, um terço da pro- I — “ex officio”, quando o interesse público o
jeção do primeiro pavimento; justificar;
c) o pavimento em “pilotis” será mantido per- II — desde que o requeira o loteador, justifi-
manentemente aberto; cando e comprovando a necessidade de paralisa-
VIII — o número máximo de apartamentos ção das obras.
corresponderá a um para cada 100 m de terreno. Art. 2.° Esgotado o período máximo de 60
Art. 5.° Nos lotes dos loteamentos indicados (sessenta) meses, sem que a execução das obras
no artigo anterior, a concessão do uso comercial a que se obrigou o loteador esteja completa, o
ficará condicionada ao pronunciamento do grupo Secretário de Obras Públicas, se entender que o
de trabalho referido no artigo 2.° interesse público o justifica, poderá conceder no-
Art. 6.° Os pedidos de utilização da terra lo- vos prazos, igualmente sujeitos às condições pre-
calizada no restante da área atingida pelo plano- - vistas no artigo anterior e seus parágrafos.
piloto, qualquer que seja sua forma (desmembra- Parágrafo único. Na hipótese prevista no
mento, arruamento, loteamento, edificações, cons- presente artigo, a administração, sempre que não
truções, etc.), serão examinados e decididos pelo o impeçam circunstâncias materiais peculiares a
grupo de trabalho referido no artigo 2.°, de acordo cada caso, deverá:
com as diretrizes estabelecidas no plano- -piloto I — impor todas as novas condições previstas
e na forma que for estabelecida em decreto a ser na legislação então em vigor;
baixado pelo Executivo. II — vincular a prorrogação a cronograma dos
Art. 7.° Este decreto-lei entrará em vigor na serviços a serem executados;
data de sua publicação, revogadas as disposições III — exigir que o loteador ou terceiro ofere-
em contrário. çam, em garantia vinculada à execução das obras.
lotes ou outros imóveis de valor equivalente às
Rio de Janeiro, 23 de junho de 1969. obras a serem executadas, ou que completem a
garantia que já tiver sido prestada. Mediante deci-
FRANCISCO NEGRÃO DE LIMA são do Governador, poderão ser admitidas, em
casos excepcionais. outras formas de garantia.
[Publicado no “Diário Oficial” do Estado da Art. 3.° A transferência a terceiros das obrigações
Guanabara, de 23/06/1969.] assumidas pelo loteador dependerá da concordância
expressa do Estado, podendo a administração, por
____________ motivos justificados, negar sua concordância
Art. 4.º Os lotes vinculados em garantia à
execução de obras de urbanização poderão ser
DECRETO-LEI N.° 222, DE 14 objeto de liberação parcial, nas condições que fo-
DE NOVEMBRO DE 1969. rem estabelecidas em regulamento.
Art. 5.º Verificada a inexecução das obras de
Dispõe sobre loteamentos, serviço público de urbanização, deverá o processo, instruído com o
abastecimento de água e reconhecimento orçamento das obras faltantes, ser encaminhado à
de logradouros. Procuradoria-Geral do Estado, para a propositura
da competente ação judicial.
O Governador do Estado da Guanabara, no
uso das atribuições que lhe confere o § 1.º do arti- CAPÍTULO II
go 2.° do Ato Institucional n.° 5, de 13 de dezem-
bro de 1968, decreta: Do abastecimento de água
128
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
processo de loteamento ou arruamento. postas as medidas judiciais cabíveis para exigir:
Parágrafo único. Caberá à Companhia Esta- a) o cumprimento das obrigações decorrentes da
dual de Águas da Guanabara (CEDAG) promover lei, de termos, instrumentos assinados ou projetos
as medidas administrativas ou judiciais necessárias técnicos aprovados;
para exigir o cumprimento das obrigações de que b) a indenização correspondente às obras de
trata este artigo. urbanização ou de serviço de abastecimento de
água que tenham sido efetivadas pelo Estado ou
CAPÍTULO III
pela Companhia Estadual de Águas da Guanabara
Do reconhecimento de logradouros (CEDAG), ou cujos encargos tenham sido por estes
assumidos.
Art. 8.º Serão reconhecidas como logradouros pú- Parágrafo único. A realização de obras ou a
blicos as vias de trânsito, objeto de projetos de lotea- assunção de encargos deverá ser precedida, em
mento ou arruamento, cujas obras de urbanização — cada caso, de prévia vistoria administrativa ou
inclusive as relativas ao serviço público de água — te- judicial ou orçamento.
nham sido realizadas e aceitas pela administração pú-
blica. CAPÍTULO IV
Art. 9.º Poderão ser reconhecidas como logradou-
Das disposições gerais e finais
ros públicos as vias de trânsito, abertas em licença ou
constantes de projetos de arruamento e loteamento, Art. 13. O loteador em atraso de pagamento dos
que atendam a requisitos mínimos fixados pelo Poder emolumentos e taxas por mais de sessenta dias, ficará
Executivo. sujeito à multa de dez UFEG. Aplicar-se-á a multa,
Art. 10. Poderão ser reconhecidas, condicional- mensalmente, no caso de persistir o atraso.
mente, como logradouros públicos, as vias de trânsito Art. 14. Os dispositivos do presente decreto-lei a-
abertas sem licença ou constantes de projetos de arrua- plicam-se aos processos em curso, bem como àqueles
mento ou loteamento, que: com prazo para urbanização já vencidos.
I — apresentem condições mínimas para acesso Art. 15. Ficam mantidas todas as disposições cons-
aos lotes; tantes da Lei n.° 1.574, de 11 de dezembro de 1967,
II — estejam com os serviços de terraplenagem relativas à matéria tratada no presente decreto-lei e que
executados; com ele não colidam, revogando-se os artigos 1.º ao
III — atendam a outros requisitos mínimos fixa- 9.° e 18 da Lei n.° 1.692, de 19 de julho de 1968, e
dos pelo Poder Executivo. demais disposições em contrário constantes da legisla-
§ 1.° Nos logradouros reconhecidos como públi- ção estadual.
cos, condicionalmente, nos termos deste artigo, as Art. 16. O presente decreto-lei entrará em vigor
obras de conservação do logradouro, sua limpeza, ar- na data de sua publicação.
borização, calçamento e iluminação continuarão com o
Rio de Janeiro, GB, 14 de novembro de 1969; 81.º
loteador ou com seus sucessores a qualquer título.
da República e 10.º do Estado da Guanabara.
§ 2.° Os ônus mencionados no parágrafo anterior
somente passarão para o Estado quando do reconheci- FRANCISCO NEGRÃO DE LIMA
mento das vias de trânsito, como logradouros públicos,
sem condições, de acordo com os artigos 8.° e 9.° des- [Publicado no “Diário Oficial” do Estado da Guana-
te decreto-lei. bara, de 18/11/1969; retificado no de 21/11/1969.]
§ 3.º Ficam reconhecidas, condicionalmente, como
logradouros públicos, na forma do presente artigo, ____________
todas as vias de trânsito reconhecidas, até a data de
vigência deste decreto-lei, de acordo com o artigo 2.°
do Decreto n.° 1.657, de 3 de maio de 1963. PORTARIA O/DGED N.° 68, DE 11 DE MARÇO
Art. 11. O reconhecimento de logradouros será DE 1983.
efetuado mediante decreto do Governador do Estado e
poderá, a exclusivo critério da administração, abranger Aprova a coletânea dos critérios usuais
somente trechos parciais que preencham as condições adotados na interpretação das
necessárias. normas regulamentares
Art. 12. O reconhecimento como logradouro públi- à Lei n.° 1.574/67.
co, de acordo com os artigos anteriores:
1 — não eximirá loteadores, profissionais ou O Diretor-Geral do Departamento Geral de
quaisquer responsáveis, das multas e outras penalida- Edificações, no uso de suas atribuições legais, e
des decorrentes da lei, dos termos ou instrumentos tendo em vista a autorização do Excelentíssimo
assinados; Senhor Secretário Municipal de Obras e Serviços
II — não impedirá, se for o caso, que sejam pro- Públicos, no processo n.° 06/301.097/83, conside-
rando que:
129
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
na aplicação das normas regulamentares da 3 — O piso de um mesmo pavimento pode a-
Lei n.° 1.574, de 11 de dezembro de 1967, desde presentar mais de um nível desde que o desnível
o início de sua vigência até a presente data, foram total seja, no máximo, de 1,5m.
sendo fixados determinados critérios interpretati- 4 — Nos terrenos acidentados, as edificações
vos que se tornaram usuais; deverão observar as seguintes condições:
é necessária a divulgação desses critérios de a) para reduzir cortes e aterros, em razão da
forma sistematizada, para orientar o exame dos topografia e da natureza geológica do terreno;
processos de licenciamento no âmbito interno des- a.1) o pavimento de uso comum poderá ter a
te Departamento e para o conhecimento dos pro- sua área reduzida até 70% da área da projeção
fissionais autores de projetos, de modo a reduzir o horizontal da edificação. A ocupação do pavimento
número de exigências, agilizando e simplificando o de uso comum com os elementos citados no item 3
licenciamento das edificações, do § 1.º do artigo 132 do Regulamento de Cons-
resolve: truções e Edificações (RCE) ficará limitado a 50%
Art. 1.º Fica aprovada a coletânea, que acom- da sua área;
panha esta portaria dos critérios interpretativos usu- a.2) o embasamento poderá ficar, pelo me-
almente adotados, no âmbito do Departamento Geral nos, sob 50% da projeção horizontal da edificação,
de Edificações, para orientar a aplicação das normas desde que chegue até a prumada das circulações
regulamentares à Lei n.° 1.574/67. verticais (escadas e elevadores) desta;
Art. 2.° À adoção desses critérios deverá le- b) os afastamentos e os prismas de ilumina-
var em conta as peculiaridades de cada constru- ção e ventilação exigidos para as edificações afas-
ção, e, em caso de dúvida a autoridade competen- tadas das divisas deverão ficar garantidos em todo
te deverá suscitá-la perante a direção geral do o entorno das lâminas, a partir do nível do 1.º
departamento. pavimento destas.
Art. 3.º Esta portaria entrará em vigor na da- 5 — Nos casos em que o projeto aprovado
ta de sua publicação. (PA) indicar o 1.º pavimento desdobrado em loja e
sobreloja, esta será contada como pavimento no
Rio de Janeiro, 11 de março de 1983. gabarito, isto é, o 1.° pavimento corresponderá a
dois pavimentos no gabarito.
Newton Machado 5.1 — O disposto neste item aplicar-se-á aos
Diretor-Geral do O/DGED casos em que o projeto aprovado (PA) indicar a
sobreloja como facultativa ou apresentar altura do
COLETÂNEA DOS CRITÉRIOS INTERPRETATI- 1.º pavimento igual ou superior a 7,3m com a
VOS ADOTADOS NA APLICAÇÃO DAS NORMAS finalidade lógica de permitir o seu desdobramento
REGULAMENTARES À LEI N.° 1.574/67 QUE em loja e sobreloja.
ACOMPANHA A PORTARIA N.° 68/83 6 — Na aplicação do § 1.° do artigo 140 do
Regulamento de Construções e Edificações (RCE),
1 — Quando se tratar de lote de esquina em quando a edificação apresentar pavimentos com
que a largura de um dos logradouros for inferior a alturas, piso a piso, superiores a 3.15m, o número
9m, na aplicação do artigo 105 do Regulamento de de pavimentos a ser considerado é o obtido pela
Zoneamento, o afastamento frontal mínimo da edi- divisão da altura total dos pavimentos da edifica-
ficação afastada das divisas em relação ao logra- ção por 3,15m, desprezada a sua parte fracionária
douro com largura inferior a 9m, será calculado quando inferior a 0,75m, e aumentado de um
conforme o inciso 1 do artigo 101 do mesmo Regu- quando esta parte for igual ou superior ao limite
lamento, acrescido da diferença da largura desse indicado.
logradouro para 12m, quando a edificação tiver 7 — Os prismas de iluminação e ventilação e
mais de cinco pavimentos ou número de pavimen- os prismas de ventilação (mesmo quando destina-
tos superior ao gabarito fixado para o local por pro- dos a ventilação de instalações sanitárias) de uma
jeto aprovado (PA) ou decreto, mesmo quando esse edificação não podem ser fechados ao nível da laje
gabarito for inferior a cinco pavimentos. de forro do pavimento de uso comum ou do pavi-
2 — O embasamento não afastado das divisas, mento-garagem, quando não houver pavimento de
de edificação afastada das divisas que ficar em uso comum, nos casos da aplicação do Decreto n.°
esquina, poderá observar o que for determinado 1.321, de 25 de novembro de 1977, e do § 1.º do
para um ou outro logradouro, além dos limites artigo 151 do Regulamento de Zoneamento. Admi-
deferidos no inciso I do artigo 121 do Regulamento te-se, porém, a colocação de pérgulas.
de Zoneamento, até uma extensão igual à dimen- 8 — Nos casos de aplicação do § 3.° do artigo
são mínima do prisma de iluminação e ventilação 140 do Regulamento de Construções e Edificações
(PIV) exigido para a edificação, a partir dos limites (RCE), (prismas reduzidos, para sanitários), as
externos da sua projeção horizontal. aberturas dos vãos para ventilação poderão se
130
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
localizar em qualquer das faces dos prismas. “halls” social e de serviço serão exigidas para o
9 — Todo prisma de iluminação e ventilação número de elevadores que se abrir em cada um
ou prismas de ventilação que se liga diretamente deles.
ao logradouro, independentemente da configura- 17.2 — O vão que faz a conexão entre os
ção regular ou irregular da sua seção horizontal e “halls” social e de serviço poderão ter porta desde
da sua disposição em planta, caracteriza-se como que não seja empregado qualquer dispositivo que
tipo C ou D, desde que, até o logradouro, sejam possibilite trancá-la.
obedecidas as dimensões mínimas estabelecidas 18 — O pavimento semi-enterrado que emer-
no artigo 139 do Regulamento de Construções e gir mais de 1,5m em relação ao ponto mais baixo
Edificações (RCE). do meio-fio em frente à testada do imóvel não é
10 — No caso de edificação comercial em que considerado pavimento em subsolo, sendo compu-
for obrigatória a existência de elevadores, admitir- tado para efeito do número de pavimentos e altura
se-á que o “hall” de acesso aos mesmos se localize de embasamento da edificação e, quando for o
no pavimento imediatamente inferior ou superior caso, do número de pavimentos da edificação, a
ao térreo, desde que o acesso a este “hall” seja área total de edificação (ATE), da taxa de ocupa-
feito por escada rolante com capacidade para ção e de outras condições a que estiver sujeita a
atender à edificação e que, pelo menos, um eleva- edificação.
dor tenha parada no térreo para efeito do que dis- 19 — Quando a edificação ficar na esquina,
põe a Lei n.° 179/80. cada fachada será considerada isoladamente para
efeito da medida da altura máxima do embasa-
[Lei n.° 179, de 22/09/1980 D.0.-IV, de mento. Esta altura será medida no meio de cada
24/09/1980): fachada.
“Autoriza o Poder Executivo a tornar obrigató- 20 — Nos terrenos acidentados, em aclive,
ria a construção de rampa de acesso para defi- quando a edificação for implantada em nível supe-
cientes físicos, e dá outras providências.”] rior ao do logradouro, os acessos verticais (ram-
pas, escadas e torres de elevadores, inclusive os
11 — A largura mínima e a inclinação máxima respectivos “halls” e circulação) entre o nível do
das rampas de acesso apropriadas a cadeiras de logradouro e o do primeiro pavimento da edifica-
rodas utilizadas por paraplégicos são, respectiva- ção, não são considerados integrantes do seu em-
mente, 1,2m e 12,5% (1:8). basamento, tanto para efeito do número de pavi-
12 — O nível do piso do pavimento abaixo do mentos quanto da altura do mesmo, desde que na
nível do meio-fio do logradouro, quando esse pa- fachada não correspondam a mais da metade da
vimento servir de acesso à edificação, poderá ser testada do lote.
tomado como cota de soleira, desta, desde que a 21 — Quando houver pavimentos-garagens
diferença entre os referidos níveis seja igual ou restritos à projeção do pavimento tipo, é admitida
inferior a 1,5m. a utilização para estacionamento, das áreas desses
13 — As edificações poderão apresentar até pavimentos-garagens sob prisma de iluminação e
três prumadas de acesso (elevadores e escada) ventilação (PIV) e prisma de ventilação (PV) inter-
independentes desde que possuam “hall” comum nos dos tipos A e B a que se refere o artigo 139 do
ao nível do pavimento em que se der o acesso às Regulamento de Construções e Edificações. Essas
mesmas. áreas poderão ser cobertas, com exceção dos ca-
14 — O acesso aos pavimentos com aparta- sos previstos no artigo 7.º desta portaria.
mentos, nas edificações mistas, não pode ser feito 22 — As vagas de veículos em pavimentos em
através de galerias de lojas, mesmo ao nível do subsolo, enterrados ou semi-enterrados, em cava
pavimento térreo. emergindo, no máximo 1,5m, poderão ser todas
15 — O acesso aos pavimentos com salas co- excedentes ao número mínimo exigidos para a
merciais pode ser feito através de galerias de lojas edificação pela legislação vigente.
desde que o “hall” de acesso seja garantido em 23 — As áreas com larguras inferiores a 2,5m
abranger parte dessa galeria. ou cujo acesso se faça através de trechos com
16 — As circulações horizontais de um pavi- larguras inferiores a 2,5m (salvo nas hipóteses
mento podem interligar-se através de antecâmaras previstas no Regulamento de Zoneamento não são
e dos patamares das escadas enclausuradas. computadas na área dos locais para estacionamen-
17 — Num pavimento, o “hall” definido no ar- to ou guarda de veículos (§ 3.° do artigo 156 do
tigo 91 do Regulamento de Construções e Edifica- Regulamento de Zoneamento).
ções (RCE) poderá ser dividido em “hall” social e 24 — Quando o pavimento de uso comum for
“hall” de serviço desde que a conexão entre eles o pavimento térreo da edificação, poderão ser des-
seja feita por vão com largura mínima de 0,9m. tinadas a estacionamento descoberto de veículos
17.1 — As dimensões e as áreas mínimas dos as áreas ao nível desse pavimento:
131
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
a) situadas entre a edificação e as divisas la- 2,65m respeitadas, entretanto, as alturas máximas
terais é de fundos, respeitada uma faixa, junto à previstas nos §§ 4.º e 11 do artigo 148 do Regu-
edificação, com largura igual à dimensão mínima lamento de Zoneamento. Alturas maiores para os
do prisma de iluminação e ventilação exigido para pavimentos-garagens somente serão admitidas,
a edificação; quando justificadas, nos casos de terrenos aciden-
b) ocupando o afastamento frontal, desde que, tados, sempre respeitadas as alturas máximas
simultaneamente, seja respeitada urna faixa junto à previstas nos citados §§ 4.º e 11 do artigo 148 do
edificação, com largura de 1,5m, estendendo-se até Regulamento de Zoneamento.
os limites externos das faixas laterais a que se refere 32 — Nos edifícios-garagens as vagas reser-
a alínea “a”, e seja obedecido o afastamento mínimo vadas para acumulação exigidas pelo artigo 55 do
frontal obrigatório para o local. Regulamento de Construções de Edificações (RCE)
24.1 — A ocupação com local coberto para es- poderão ficar localizadas:
tacionamento de veículos somente será permitida a) no local de entrada (até os elevadores
nas condições do artigo 149 do Regulamento de quando houver);
Zoneamento. b) em outro local, em conexão com o de en-
25 — Os locais descobertos para estaciona- trada através de circulação com larguras mínimas
mento ou guarda de veículos nas áreas livres dos de 2,5m em reta e 3m em curva de raio médio
lotes deverão respeitar uma faixa junto às edifica- mínimo de 5,5m.
ções residenciais multifamiliares afastadas das 32.1 — Os elevadores de carga, inclusive
divisas, com a largura mínima de 1,5m, quando quando se tratar de elevadores de carreta automá-
existirem unidades residenciais no pavimento tér- tica, não poderão ser utilizados para acesso de
reo das mesmas. veículos às sagas reservadas para acumulação.
25.1 — A faixa junto às edificações previstas 32.2 — Nenhuma área utilizada para saída de
neste item deverá apresentar desnível de 0,3m em veículos poderá servir para localização de vagas
relação aos locais para estacionamento ou guarda reservadas para acumulação.
de veículos, servindo como calçada para passagem 33 — O número de vagas reservadas para
de pedestres. acumulação deverá corresponder a, pelo menos,
26 — O disposto no item anterior não se apli- 5% do número de vagas do edifício-garagem
ca quando as áreas destinadas a estacionamento quando este for dotado de elevadores de carga.
estiverem separadas das edificações com unidades Quando o acesso de veículos for por rampa, essa
residenciais no pavimento térreo pela circulação de proporção será reduzida para 2,5%.
veículos devendo, neste caso, as edificações ele- 34 — Os locais destinados às vagas reserva-
var-se, pelo menos, 0,75m acima do nível da cir- das para acumulação ficam dispensados de aten-
culação de veículos. der à proporção de 25m² de área útil por vaga,
27 — As áreas (terraços) descobertos ao nível desde que demonstrada a possibilidade de sua
do um pavimento-garagem acima do térreo não ocupação considerando para cada veículo uma
utilizadas para estacionamento face o disposto no vaga com 2,5m de largura e 5 m de comprimento.
§ 2.° do artigo 146 do Regulamento de Zoneamen- 35 — Quando houver galeria de pedestres es-
to, podem servir para circulação e manobras dos tabelecida por projeto aprovado (PA), a faixa de
veículos. Tais áreas descobertas, porém, não são 7m a que se refere a alínea “f” do artigo 54 do
computáveis para efeito do cálculo do número de Regulamento de Construções e Edificações será
vagas. contada a partir do alinhamento interno dessa
28 — Nas rampas de acesso de veículos deve galeria. Quando o acesso de veículos aos diversos
ser garantida a altura livre de 2,2 m, normal à pavimentos for por rampa, a faixa de 2m a que se
superfície das mesmas. Esta altura não poderá ser refere à alínea “e” do artigo 54 do Regulamento de
reduzida por elementos construtivos de qualquer Construções e Edificações também será contada a
natureza. partir do alinhamento interno da galeria.
29 — Numa faixa de comprimento mínimo de 36 — O local para atender aos serviços de
6m, em continuidade às rampas, não poderá haver controle e recepção não precisa estar em compar-
qualquer elemento construtivo (pilares, paredes, e timento fechado. A sala ou ambiente de espera e
etc.) que impeçam ou prejudiquem o acesso de as instalações sanitárias para usuários deverão
veículos aos locais de estacionamento. localizar-se no pavimento de acesso de veículos ou
30 — Os locais para estacionamento ou guar- no pavimento de saída, quando a entrada e saída
da de veículos poderão apresentar declividade que forem em níveis diferentes.
não ultrapasse, em qualquer parte, 5%. 37 — Nos edifícios-garagens providos de ele-
31 — A altura do 1.º pavimento-garagem (tér- vadores para veículos, de carreta automática, não
reo) fica limitada ao máximo de 3,15m e a dos é obrigatório elevador para passageiros, salvo se o
demais pavimentos-garagens, ao máximo de mesmo for exigido pelo Corpo de Bombeiros.
132
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
38 — Nos casos de edifícios-garagens e de pequena profundidade ou de esquina em que os
aplicação do artigo 12 do Decreto n.° 1.321/77, alinhamentos dos logradouros formem ângulo de
em que as vagas demarcadas ficarem localizadas pequena abertura, exigido sempre tratamento
formando ângulos de 90º, 60º e 45° com as circu- adequado da fachada.
lações, estas deverão ter larguras mínimas de 5m, 46 — Nas áreas externas à projeção horizontal
4,2m e 3m, respectivamente. das edificações, mesmo ao nível do pavimento de
39 — As pequenas áreas das lojas e salas co- uso comum, são permitidas sobressaindo-se acima
merciais, tais como vestíbulos e passagens com do nível do piso:
largura inferior a 2m, quando não computadas na a) até 1,5m, casas de máquinas para exaus-
área útil mínima dessas unidades comerciais, tam- tão mecânica;
bém não são computadas no cálculo do número b) até 1,2m, elementos construtivos tais co-
mínimo de vagas exigido para as mesmas e vice-versa. mo: piscina, “decks” e laternins para ventilação.
40 — No cálculo do número de vagas exigido 47 — A caixa de escada e a casa de máquinas,
para lojas, quando fizerem parte destes comparti- quando as condições do terreno e do projeto não
mentos, com a finalidade lógica de depósito, será favorecem outra solução, poderão ficar junto às
adotada para esses compartimentos a proporção fachadas laterais e de fundos, nos casos de apro-
de uma vaga para cada 200m² de área útil, desde veitamento de cobertura acima do último pavimen-
que atendam, simultaneamente, as seguintes con- to das edificações afastadas das divisas, previstos
dições: no artigo 120 do Regulamento de Zoneamento,
a) ocupem, no máximo, 20% da área de cada mantendo o mesmo afastamento deste último pa-
loja; vimento, sem qualquer acréscimo, desde que haja
b) não tenham acessos independentes; dado tratamento arquitetônico adequado, não po-
c) estejam localizados em fundo de loja. dendo esses elementos ocuparem, em extensão,
41 — A área útil do jirau quando superior a mais de 30% da respectiva fachada.
50m² será incluída na área útil da loja para efeito 48 — Poderá ser admitida pequena redução do
de cálculo do número de vagas de veículos neces- afastamento de 5m do plano da fachada, no apro-
sários para a loja. veitamento da cobertura, apenas para a caixa de
42 — Para efeito do cálculo do número mínimo escada e para a casa de máquinas e a caixa de
de vagas necessário para as edificações, não são elevadores, quando as condições do terreno e do
computadas, nas áreas úteis ou brutas das unida- projeto não recomendarem outra solução.
des, as áreas de terraços descobertos. 49 — O afastamento mínimo de 5m em edifica-
43 — Estão compreendidos entre os compar- ção ao plano da fachada voltada para a testada do
timentos para lazer, recreação e serviços do con- lote, no aproveitamento da cobertura acima do úl-
domínio, permitidos nos pavimentos de uso co- timo pavimento das edificações afastadas das divi-
mum das edificações, dependências para sauna, sas, previsto no item 4 do inciso II do artigo 120 do
vestiários e instalações sanitárias, salas para fes- Regulamento de Zoneamento, será exigido nas
tas, jogos, ginástica e para outras atividades co- edificações que apresentarem fachada voltada dire-
munitárias, copa, pequenos depósitos e dependên- tamente para a testada do lote. Existindo entre as
cias para faxineiro, obedecida a limitação de edificações e a testada do lote outras edificações ou
ocupação fixada pela legislação vigente. existindo entre as edificações e o alinhamento do
44 — O pavimento de uso comum, nas condições logradouro para o qual o lote tenha testada divisa
do artigo 132 do Regulamento de Construções e Edifi- do lote, face a sua cobertura dessas edificações, o
cações (RCE), é permitido em edificações residenciais afastamento mínimo de 3m em relação ao plano da
multifamiliares, mistas, comerciais e em edificações de fachada voltada para o logradouro.
uso exclusivo tais como sedes administrativas, hotéis, 50 — No aproveitamento da cobertura das
hospitais e estabelecimentos de ensino. edificações afastadas das divisas, os afastamentos
45 — No pavimento de uso comum será admi- mínimos em relação aos planos das fachadas late-
tida a existência de elementos de circulação verti- rais e de fundos serão exigidos mesmo que os
cal, a menos de 3m da fachada, com tratamento afastamentos dessas edificações em relação às
arquitetônico adequado, quando as condições do divisas ou entre si forem superiores aos mínimos
terreno e do projeto não favorecerem outra solu- previstos na legislação.
ção, da mesma forma que o previsto no § 2.° do 51 — As lajes de teto das varandas e sacadas
artigo 134 do Regulamento de Construções e Edifi- do último pavimento das edificações afastadas das
cações (RCE) para o coroamento da edificação. divisas, balanceadas sobre os afastamentos fron-
Outros compartimentos poderão ser admitidos tal, das divisas e entre edificações, conforme o
também a menos de 3m da fachada, no pavimento artigo 115 do Regulamento de Zoneamento, pode-
de uso comum da edificação, cuja projeção hori- rão ser utilizadas como pisos de terraços descober-
zontal apresentar pouca largura, em terrenos de tos ao nível do aproveitamento da cobertura pre-
133
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
visto pelo artigo 120 do Regulamento de Zoneamen- gura mínima:
to, não podendo entretanto essas áreas de piso a) igual ou superior à metade da que for cal-
serem acrescida à área do último pavimento para culada para a galeria considerando, nesse cálculo,
efeito do que dispõem os itens 1, 2 e 4 do inciso II toda a sua extensão, de acordo com o disposto no
do mesmo artigo 120 do Regulamento de Zonea- § 2.° do artigo 85 do Regulamento de Construções
mento. e Edificações;
52 — E admitida a coexistência de dependên- b) de 3m quando a largura calculada de acordo
cias de unidades residenciais situadas no último com o inciso anterior for menor que essa medida.
pavimento de urna unidade residencial de cobertu- 63 — As circulações em um mesmo nível, de
ra, bem como de compartimentos destinados a utilização coletiva, terão as suas larguras calcula-
atividades sociais do condomínio, na mesma pru- das tomando-se por base, para efeito de aplicação
mada de acesso, nos casos de aproveitamento de do disposto nas alíneas “a” e “b” do artigo 85 do
cobertura previsto no artigo 120 do Regulamento Regulamento de Construções e Edificações, a sua
de Zoneamento. extensão a partir de qualquer das circulações ver-
53 — O beiral com a profundidade máxima de ticais (escada, elevadores, escada rolante) que
0,8m, exigido pelo artigo 206 e seu § 1.º do Códi- servem o pavimento.
go de Segurança Contra Incêndio e Pânico (COS- 63.1 — No caso de escada, a extensão da cir-
CIP), aprovado pelo Decreto estadual n.° 897, de culação será contada a partir do eixo do vão de
21 de setembro de 1976, ao nível do piso de apro- entrada na antecâmara quando a mesma for en-
veitamento da cobertura, poderá ser incorporado a clausurada ou do eixo do seu trecho de descida ou
esse piso, como terraço descoberto, não podendo de subida quando não for enclausurada.
a área correspondente a esse beiral ser acrescida à 63.2 — No caso de elevador, a extensão da
área do último pavimento para efeito do que dis- circulação será contada a partir do eixo de qual-
põem os itens 1, 2 e 4 do inciso II do artigo 120 do quer dos elevadores.
Regulamento de Zoneamento. 63.3 — No caso de escada rolante, a extensão
54 — As muretas e os gradis dos terraços da circulação será contada a partir do eixo do seu
descobertos, ao nível do piso do aproveitamento trecho de subida ou de descida.
da cobertura, devem ter altura máxima de 1,2m. 64 — A largura da galeria de lojas ao nível do
55 — A caixa-d’água, a caixa de escada e o acesso pelo logradouro, para efeito de aplicação do
“hall” de acesso à casa de máquinas dos elevado- disposto no § 2.° do artigo 85 do Regulamento de
res, quando formarem um só conjunto com a casa Construções e Edificações, será calculada em fun-
de máquinas, no coroamento da edificação, não ção da sua extensão contada a partir do seu início
ficarão sujeitas às restrições dos itens 1 e 3 do na fachada frontal da edificação até o seu final.
artigo 134 do Regulamento de Construções e Edifi- 64.1 — Quando a galeria de lojas apresentar
cações (RCE), podendo ficar junto às fachadas ramos, a largura de cada ramo será calculada em
exigido tratamento arquitetônico adequado. função da sua extensão a partir do início da galeria
56 — As muretas do telhado poderão contor- na fachada frontal até o final do ramo considerado.
nar as lajes dos tetos das varandas do último pa- 64.2 — Quando a galeria de lojas apresentar
vimento para efeito de composição da fachada. dois acessos pelo mesmo logradouro ou por logra-
57 — As espessuras mínimas das paredes ex- douros diferentes, a largura da galeria será calcu-
ternas e internas e das lajes são respectivamente lada em função da metade da sua extensão conta-
de 15cm, 10cm e 15cm. da a partir de um dos seus acessos na fachada até
58 — O artigo 153 do Regulamento de Cons- o outro acesso.
truções e Edificações não é aplicável aos compar- 64.3 — Quando a galeria de lojas apresentar
timentos não-habitáveis, considerando que estes mais de dois acessos por logradouro ou por logra-
só estão sujeitos a condições de ventilação. douros diferentes, a largura da galeria será calcu-
59 — Pode existir instalação sanitária ao nível lada da mesma forma que a prevista no parágrafo
do jirau com a altura mínima de 2,2m. anterior, considerando-se de cada vez, dois aces-
60 — Os compartimentos para serviçais (quar- sos diferentes e adotando-se para cada trecho da
tos de empregada) podem possuir área superior a galeria a maior largura encontrada para o mesmo.
5m desde que a solução prevista seja compatível 65 — No caso de galeria de lojas em subsolo
com as características da unidade residencial. ou acima do nível de acesso pelo logradouro, para
61 — As galerias de lojas devem ter o pé-direito efeito de aplicação do disposto no § 2.° do artigo
mínimo de 3m. 85 do Regulamento de Construções e Edificações,
62 — Quando uma galeria de lojas envolver. a largura de cada trecho será calculada em função
em pequenos trechos, escada rolante, caixa de de sua extensão contada a partir do seu acesso
escada ou torre de elevadores com o seu “hall” de por quaisquer das circulações verticais (escada,
acesso, cada ramo desses trechos deverá ter lar- elevador ou escada rolante) até o seu final, apli-
134
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
cando-se, ainda, os mesmos critérios dos parágra- acordo com o artigo 114 do Regulamento de Zonea-
fos do artigo 59. mento, podem ficar junto a banheiros, cozinhas e
65.1 — Quando a galeria a que se refere este áreas de serviços das unidades residenciais.
item apresentar vários ramos ou acessos por mais 76 — Sacadas e varandas balanceadas nas fa-
de uma circulação vertical, a sua largura será cal- chadas, de acordo com o artigo 114 do Regula
culada, aplicando-se os mesmos critérios dos pa- mento de Zoneamento. não podem ficar juntos a
rágrafos do artigo anterior. áreas de serviços e cozinhas.
66 — No caso de galeria de lojas em subsolo 77 — São admitidas muretas nas varandas e sa-
ou acima do nível de acesso pelo logradouro, não cadas permitidas pelo artigo 114 do Regulamento de
servidas por escada rolante, as escadas de acesso Zoneamento, como fechamento parcial do perímetro
a essas galerias deverão ter, no mínimo, 3m de das mesmas, para efeito de aplicação do artigo 75 do
largura. Regulamento de Construções e Edificações.
67 — São admitidas a altura dos comparti- 78 — Varandas, sacadas, jardineiras e outros
mentos para serviçais com 2,4m e a largura do elementos construtivos balanceados nas fachadas,
vão de acesso a esses compartimentos com 0,7m. de acordo com o artigo 114 do Regulamento de
68 — As áreas dos vãos de ventilação de Zoneamento, poderão ultrapassar o limite máximo
compartimentos para serviçais (quarto de empre- de profundidade de construção para o local mesmo
gada), de salas de administração de condomínios, quando houver formação de área coletiva, respei-
e de saias e quartos de dependências para zelado- tado o que dispõe o artigo 212 do mesmo Regula-
res deverão corresponder, no mínimo, a 1/8 das mento.
áreas dos respectivos compartimentos. 79 — As áreas das varandas e sacadas permi-
69 — É tolerada, no vão que ventila um terra- tidas em balanço, de acordo com o artigo 114 do
ço coberto, conforme dispõe o artigo 149 do Regu- Regulamento de Zoneamento, não são incluídas
lamento de Construções e Edificações, a colocação para efeito da taxa de ocupação máxima, da área
de elementos vazados (cobogó, por exemplo) e de total da edificação (ATE), das áreas úteis mínimas
esquadrias, ressalvadas as exigências da Compa- das unidades, do cálculo do número mínimo de
nhia Estadual de Gás. vagas de veículos e das dimensões máximas da
70 — Quando houver galeria de pedestres in- projeção horizontal das edificações.
dicada em projeto aprovado (PA), a área total da 80 — As partes das varandas e sacadas, que
edificação será reduzida do produto da área da não estão em balanço, não se aplicam as disposições
galeria pelo número de pavimentos contidos na do artigo 114 do Regulamento de Zoneamento, sen-
altura da mesma. do essas partes computadas para efeito da área total
71 — Nos locais onde houver projeto aprovado da edificação (ATE), da taxa de ocupação máxima,
(PA) ou decreto indicando limite de profundidade das áreas úteis mínimas das unidades, do número
máxima de construção com ou sem formação de mínimo de vagas de veículos e das dimensões máxi-
área coletiva, as áreas das lojas e as áreas dos mas da projeção horizontal das edificações.
seus acessos projetados além desse limite não são 81 — Quando os afastamentos frontais, late-
computadas para efeito do limite máximo da área rais, de fundos e entre edificações forem maiores
total da edificação (ATE). que os mínimos exigidos pela legislação, as pro-
72 — Jardineiras e saliências, com a profundi- fundidades das varandas e sacadas, balanceadas
dade máxima de 0,4 m, são toleradas em balanço nas fachadas, com as características definidas no
sobre o afastamento frontal mínimo, nas fachadas artigo 114 do Regulamento de Zoneamento, pode-
dos embasamentos e do pavimento de uso co- rão ser superiores aos limites estabelecidos nesse
mum. artigo, desde que os aumentos dessas profundida-
73 — Jardineiras e saliências destinadas a colo- des não importem, de qualquer forma, em ocupa-
cação de ar-condicionado, a elementos estruturais e ção dos afastamentos mínimos maior que a permi-
a quebra-sóis permitidas em balanço, de acordo com tida pelo referido artigo 114 do Regulamento de
o artigo 114 do Regulamento de Zoneamento, com a Zoneamento. As partes dessas varandas e saca-
profundidade máxima de 0,4m, podem distar menos das, junto às fachadas, que corresponderem aos
de 1,5 m das divisas laterais dos lotes, nos casos de excessos de profundidade em relação aos limites
edificações não afastadas das divisas. estabelecidos no artigo 114 do Regulamento de
74 — Sacadas e jardineiras, permitidas em Zoneamento, serão computadas para efeito da
balanço, de acordo com o artigo 114 do Regula- taxa de ocupação máxima, da área total de edifi-
mento de Zoneamento, com a profundidade máxi- cação (ATE), das áreas úteis mínimas das unida-
ma de 0,8m, podem contornar, sem solução de des, do número mínimo de vagas de veículos e das
continuidade, as arestas das edificações afastadas dimensões máximas da projeção horizontal das
das divisas, nos encontros das fachadas. edificações.
75 — Jardineiras balanceadas nas fachadas, de 82 — Nas edificações residenciais multifami-
135
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
liares e de uso exclusivo, notadamente quando não pondentes ao uso residencial, conforme dispõe a
localizadas em centros de bairro (CB), as marqui- alínea “a” do artigo 85 do Regulamento de Cons-
ses deverão limitar-se às entradas das edificações truções e Edificações, respeitadas, entretanto, as
e só poderão apresentar maior extensão quando larguras mínimas de 2m e 1,5m, respectivamente,
justificada do ponto de vista arquitetônico como para hotéis e hotéis-residenciais.
elemento decorativo, não estando sujeitas às dis- 89 — Nos centros de bairros (CB) das ZR-4 e
posições do artigo 104 do Regulamento de Cons- ZR-5 das X (Ramos), XI (Penha), XII (Méier), XIII
truções e Edificações. (Engenho Novo), XIV (Irajá), XV (Madureira), XVII
83 — As marquises com mais de 3m de balan- (Bangu), XVIII (Campo Grande), XIX (Santa Cruz) e
ço, mesmo em edificações comerciais, deverão ser XXII (Anchieta) Regiões Administrativas, o cálculo
justificadas e concedidas por despacho do diretor- do número mínimo de vagas de veículos será feito
geral do O/DGED. com base no quadro integrante do § 2.° do artigo
84 — As marquises deverão ficar devidamente 12 do Decreto n.° 1.321, de 25 de novembro de
caracterizadas nos projetos (plantas baixas e cor- 1977, nos casos em que este decreto se aplica.
tes) e não deverão ter outra utilização. 90 — As áreas (terraços) descobertas ao nível
85 — Nas edificações de esquina afastadas de um pavimento-garagem acima do térreo, não
das divisas, as fachadas acima do pavimento tér- utilizadas para estacionamento face o disposto no
reo, poderão apresentar balanço sobre a linha de § 2.° do artigo 146 do Regulamento de Zoneamento
concordância dos afastamentos frontais mínimos e nem para circulação e manobras dos veículos con-
exigidos para as mesmas pelo artigo 101 do Regu- forme permitido pelo item 21 destas normas pode-
lamento de Zoneamento, com a profundidade má- rão servir como local para recreação desde que
xima de 1,5 m, mas nesse trecho em balanço, não completamente isoladas das áreas de garagem e
serão permitidas varandas e sacadas. de acesso de veículos por muretas ou gradis com
86 — Quando uma edificação residencial multi- no mínimo, 1,2m de altura.
familiar afastada das divisas possuir quatro pavi- 91 — Os compartimentos destinados a salas e
mentos residenciais (com apartamentos) mas um dormitórios poderão comunicar-se com o prisma
pavimento (térreo) destinado a estacionamento, de iluminação e ventilação por reentrância ou ter-
acessos, portaria, locais para medidores de força, raço coberto, retangular ou quadrado, com largura
luz e gás, local centralizado de lixo e local para mínima de 2m e profundidade igual ou inferior a
bombas, nesse pavimento térreo poderão ser locali- 1,25 vezes a sua largura, desde que as dimensões
zados também a área de recreação (“playground”), do vão de iluminação e ventilação sejam calcula-
o compartimento destinado à administração, as das considerando como integrando o compartimen-
dependências do zelador e outros usos comuns, to a parte da reentrância ou terraço, à frente do
desde que as dimensões dos afastamentos mínimos vão até a face do prisma.
correspondam a uma edificação com cinco pavimen- 92 — Os compartimentos destinados a cozinhas,
tos e o pavimento térreo fique restrito à projeção copas e quartos para serviçais podem comunicar-se
horizontal dos pavimentos superiores. com o prisma de ventilação ou de iluminação e venti-
86.1 — Excetuam-se do disposto neste item lação por reentrância ou terraço coberto, retangular
os casos previstos no Decreto n.° 1.321, de 25 de ou quadrado, com largura mínima de 1,5m e profun-
novembro de 1977. didade igual ou inferior a 1,25 vezes a sua largura,
87 — Quando uma edificação residencial mul- desde que as dimensões do vão de ventilação sejam
tifamiliar não afastada das divisas possuir quatro calculadas considerando como integrando o compar-
pavimentos residenciais (com apartamentos) mais timento a parte da reentrância ou terraço, à frente
um pavimento (térreo) destinado a estacionamento, do vão até a face do prisma.
acessos, portaria, locais para medidores de força, 93 — As áreas dos vãos de ventilação dos quar-
luz e gás, local centralizado de lixo e local para tos para serviçais, dos locais dos medidores de luz e
bombas, nesse pavimento poderão ser localizados de gás, e das casas de máquinas de elevadores e de
também o compartimento destinado à administra- ventilação mecânica deverão corresponder, pelo
ção, a área de recreação as dependências do zela- menos, a 1/8 da sua respectiva área de piso.
dor e outros usos comuns e as dimensões dos 94 — No caso de edificação afastada das divi-
prismas de iluminação e ventilação serão corres- sas, para efeito do cálculo da área do local para
pondentes a uma edificação com quatro pavimen- administração, somente entram no cômputo da
tos. Contudo, essas partes comuns serão compu- área total da edificação as áreas de construção das
tadas para efeito da área total de edificação (ATE) unidades residenciais e/ou comerciais.
e o pavimento térreo deverá ficar restrito à proje- 95 — Em edificação comercial ou mista, o lo-
ção horizontal dos pavimentos superiores. cal para administração com acesso por partes co-
88 — Nos hotéis e hotéis-residenciais as di- muns poderá situar-se no nível do jirau acima do
mensões mínimas das circulações serão corres- “hall” do pavimento de acesso, quando o pavimen-
136
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
to for térreo com lojas. DECRETO “E” N.º 3.800, DE 20 DE
96 — No caso de logradouro com greide em ram- ABRIL DE 1970.
pa, o pavimento-garagem, embora emergente mais de
1,5m em relação ao ponto mais baixo do meio-fio do Aprova os regulamentos complementares à
logradouro correspondente à testada do lote, não será Lei do Desenvolvimento Urbano do Estado
computado para efeito de exigência de elevador e do da Guanabara, e dá outras providências.
número de elevadores (artigo 98 do Regulamento de
Construções e Edificações), desde que: O Governador do Estado da Guanabara, no
I — o acesso de pedestres à edificação não uso de suas atribuições legais, decreta:
ocorra nesse pavimento; Art. 1.º Ficam aprovados os Regulamentos de
II — não haja outro pavimento-garagem em Zoneamento, de Parcelamento da Terra, de Edifi-
nível inferior. cações e Construções, de Assentamento de Máqui-
97 — Serão admitidos quartos para serviçais nas, Motores e Equipamentos, e de Licenciamento
com área acima de 5m até 8m com vãos de ventila- e Fiscalização, que acompanham, em anexo, este
ção abertos para prisma de ventilação (PV), em uni- decreto. [O Decreto n.º 322, de 3/3/1976, aprovou
dades residenciais cuja área útil, número de compar- o novo Regulamento de Zoneamento.]
timentos e qualidade de construção justificar tal área Art. 2.º O exame para licenciamento, em to-
para esses compartimentos, desde que: das as matérias disciplinadas nos regulamentos de
I — o acesso aos mesmos seja feito por circu- que trata o artigo 1.º, fica no âmbito exclusivo da
lação de serviço ou pela cozinha: Secretaria de Obras Públicas.
II — a sua localização não permita, no futuro, a Art. 3.º Os expedientes administrativos forma-
abertura de vão de acesso pela parte social da unidade. dos até a data de publicação deste decreto serão
98 — As áreas dos quartos para serviçais não decididos de acordo com a legislação anterior, desde
ficam sujeitas ao limite máximo definido no artigo que não sejam arquivados ou caiam em perempção.
anterior desde que: Parágrafo único. Os alvarás de licença de obras
a) se comuniquem com o exterior por prisma não iniciadas não poderão ser prorrogados ou revali-
de iluminação e ventilação (PIV); dados sem obedecer às disposições deste decreto.
b) as áreas dos vãos de iluminação e ventila- Art. 4.º Será permitida a aplicação de normas
ção correspondem às exigidas para compartimen- dos regulamentos agora aprovados em projeto
tos habitáveis; para o qual haja ou não alvará, desde que o mes-
c) a sua localização não permitida, no futuro, a mo seja revisto de modo que fique totalmente
abertura de vão de acesso pela parte social da uni- enquadrado naqueles regulamentos.
dade, quando a área de quarto for inferior a 9m; Art. 5.º Para efeitos de aplicação dos regula-
d) esses quartos sejam considerados, para to- mentos ora aprovados, será adotado o glossário
dos efeitos, como compartimentos habitáveis, que, em anexo, acompanha este decreto.
quando a sua área for igual ou superior a 9m; Art. 6.º Ressalvadas as hipóteses explicita-
99 — Mesmo quando o pavimento de uso co- mente previstas nos regulamentos aprovados por
mum for elevado, acima do nível do térreo, analo- este decreto, ficam mantidos:
gamente ao que dispõe o artigo 149 do Regulamen- 1 — projetos aprovados e decretos específicos de
to de Zoneamento, é permitido, nos fundos do lote, alinhamento e de urbanização atualmente em vigor;
local coberto para estacionamento ou guarda de 2 — os atuais limites máximos de construção,
veículos, com até dois pavimentos, respeitada uma com ou sem formação de área coletivas, fixados
faixa livre junto à edificação, com a largura corres- por projetos aprovados ou decretos específicos;
pondente à dimensão mínima do prisma de ilumina- 3 — todas as normas legais e regulamentos
ção e ventilação (PIV) exigida para a edificação. sobre a matéria contida no título V, seções I e II,
99.1 — A cobertura do 2.° pavimento-- do Regulamento de Zoneamento.
garagem não pode ficar em nível superior ao do Parágrafo único. Quando, em projetos apro-
piso do pavimento imediatamente acima do pavi- vados de urbanização, haja previsão de construção
mento de uso comum nem o local pode ter altura de galerias de pedestres, o subsolo correspondente
superior a 5,3m. a estas galerias não poderá ser utilizado a não ser
100 — As áreas das instalações sanitárias para assentamento de canalizações destinadas a
das salas comerciais não são computadas na serviços públicos.
área útil mínima dessas unidades para efeito do Art. 7.º Este decreto entrará em vigor na data
cálculo do número mínimo de vagas exigido para de sua publicação, ficando revogados, nos termos
as mesmas. do artigo 58 da Lei n.º 1.574, de 11 de dezembro
de 1967, os Decretos n.ºs 6.000, de 1.º de julho
[Publicada no “Diário Oficial” do Estado do Rio de 1937, “E” 1.077, de 8 de junho de 1968, e de-
de Janeiro, parte IV, de 17/03/1983.] mais disposições em contrário.
137
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
[Decreto n.º 6.000, de 01/07/1937: residenciais de terceira e quarta categorias, exclu-
“Estabelece o Código de Obras do Distrito sivamente, e não tiverem trechos de mais de
Federal e dá outras providências.”] 200m de extensão, sem encontrar um logradouro
de 12m de largura mínima;
Rio de Janeiro, 20 de abril de 1970; 82.º da b) 12m de largura e 6m de caixa de rolamen-
República e 11.º do Estado da Guanabara. to nos demais casos e nos logradouros de acesso
ao logradouro público.
FRANCISCO NEGRÃO DE LIMA § 1.º Nos loteamentos com até cinqüenta lo-
tes residenciais de quarta categoria será permitido
____________ logradouros de acesso com 8m de largura e 5m de
caixa de rolamento.
§ 2.º Serão permitidas travessas de 6m de lar-
REGULAMENTO DE ZONEAMENTO gura e 3m de caixa de rolamento, numa extensão
máxima de 50m, não podendo haver nenhum lote
[Revogado pelo Decreto n.º 322, de com acesso ou testada exclusiva para tais travessas.
3/3/1976. Insere-se neste livro o novo regula- § 3.º Poderão ser exigidas dimensões superio-
mento, aprovado pelo mesmo decreto.] res às especificadas acima, a critério do órgão
estadual competente, sempre que necessárias ao
REGULAMENTO DE PARCELAMENTO DA TERRA sistema viário.
§ 4.º As calçadas terão os passeios da mesma
CAPÍTULO I largura, não podendo ser inferior a 1,5m.
§ 5.º As quadras não deverão ter extensão
Abertura de logradouros, loteamento superior a 200m, a não ser em casos especiais,
e desmembramento. como composição obrigada com logradouros públi-
cos existentes, seus prolongamentos e em terre-
Seção I nos de declividade acentuada, a critério do órgão
Abertura de logradouros estadual competente.
Subseção I Art. 4.º Os logradouros que por sua caracte-
Condições técnicas do projeto rística residencial ou por condições topográficas
exigirem a sua terminação sem conexão direta
Art. 1.º Fica obrigatoriamente subordinada para veículos, com outro logradouro, poderão ado-
aos interesses do Estado da Guanabara a abertura tar qualquer dos seguintes tipos de terminação.
de logradouro, em qualquer parte de seu território,
feita por iniciativa privada, através de projeto de
arruamento, sejam quais forem as zonas de sua
localização, tipo e dimensões.
Parágrafo único. Os projetos de abertura de
logradouro e seus detalhes poderão ser aceitos ou
recusados, tendo em vista as diretrizes estabeleci-
das pelos diferentes aspectos do plano diretor e os
planos parciais elaborados pela Secretaria de Obras
Públicas, podendo ser impostas, pelo órgão estadual
competente, exigências no sentido de corrigir as
deficiências dos arruamentos projetados.
Art. 2.º Os projetos de abertura de logradou-
ros de iniciativa particular deverão ser organizados
de maneira a não atingirem nem comprometerem
propriedades de terceiros, de particulares ou de
entidades governamentais, não podendo dos
mesmos projetos resultar qualquer ônus para o
Estado; além disso, e das demais disposições des-
te regulamento, serão observadas as determina-
ções dos diversos artigos da presente seção. § 1.º Os passeios das calçadas em todos os
Art. 3.º Os logradouros deverão obedecer às casos contornarão todo o perímetro do viradouro,
seguintes dimensões mínimas, no que se refere à com largura não inferior aos passeios das calçadas
largura e caixa de rolamento: do logradouro de acesso.
a) 9m de largura e 5m de caixa de rolamento, § 2.º Nos casos de emprego das soluções pre-
quando para os mesmos tenham testada lotes vistas neste artigo, será obrigatória a conexão do
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
retorno de veículos com outro logradouro, se hou- tenção de talude e estabilidade de encosta, tudo
ver possibilidade, por meio de uma passagem de de acordo com os respectivos projetos visados.
pedestre plana ou em degraus com as seguintes § 1.º As obras de estabilização, consolidação
larguras, em relação ao comprimento: e proteção dos taludes, assim como aquelas ne-
Largura Comprimento cessárias ao perfeito escoamento das águas, são
3m ..... até 60m; obrigatórias em todo o Estado da Guanabara, sem
qualquer exceção.
4m ..... de 60m até 120m § 2.º É obrigatória a arborização das áreas des-
6m ..... de mais de 120m, até o limite máximo de tinadas a praças, jardins e recreação, bem como dos
200m. passeios com largura superior a 2m. [Redação dada
§ 3.º Quando a conexão para passagem de pelo Decreto n.º 4.874, de 12/12/1984.]
pedestres entre dois logradouros entra em contato Art. 9.º Apenas quando não houver rede geral
com um espaço aberto destinado a parque ou jar- para ligação, será dispensada a execução de gale-
dim, não serão computados, no seu comprimento, rias de águas pluviais, desde que se trate de lo-
os trechos em que aquele fizer parte deste. gradouros que se encontrem em região onde o
Art. 5.º A concordância dos alinhamentos de sistema seja separador absoluto e cuja extensão
dois logradouros projetados, ente si, e dos alinha- não ultrapasse 100m, podendo seu escoamento
mentos destes com os logradouros existentes, será ser feito superficialmente.
feita por curva de raio mínimo de 5m no primeiro Art. 10. Fica dispensada a apresentação de
caso e de 6m no segundo caso. projeto de esgotos sanitários nas regiões onde
Art. 6.º A rampa máxima dos logradouros se- ainda não esteja em funcionamento o sistema se-
rá de 6%, admitindo-se entretanto, excepcional- parador absoluto.
mente, para pequenos trechos de extensão nunca Art. 11. As obras de ligação das galerias de
superior a 100m, rampas até 8%. águas pluviais e esgotos sanitários com as galerias
§ 1.º Os logradouros situados em regiões aci- do Estado serão executadas pelo próprio pessoal
dentadas poderão ter rampas, até 15%, em tre- do Estado, de acordo com as normas dos órgãos
chos não superiores a 100m. competentes.
§ 2.º Para os logradouros ou trechos de logra- Parágrafo único. Tratando-se de galerias,
douros em que se tenham de vencer diferenças de canalizações e dispositivos que não pertençam ao
nível correspondentes a rampas superiores a 15%, o Estado, as modificações que se tornarem indispen-
órgão estadual competente determinará as condições sáveis poderão, mediante requerimento do interes-
a serem adotadas em cada caso particular, podendo sado, ser requisitadas pelo Estado, mas nesse caso
permitir rampas até 25% com trechos máximos de o mesmo interessado pagará adiantadamente a
50m, sempre reduzindo a 15%, numa distância mí- importância do orçamento que for apresentado
nima de 40m, admitida após a redução novas pro- pela repartição, companhia ou empresa proprietá-
gressões e reduções nos limites indicados. ria da galeria, canalização ou dispositivo que tiver
Art. 7.º Quando um projeto de arruamento inte- de ser modificado; o interessado fica responsável
ressar a algum pontos panorâmico, ou algum aspecto ainda pelo pagamento de qualquer despesa acaso
paisagístico, serão obrigatoriamente postas em práti- excedente do orçamento apresentado, fazendo o
ca as medidas convenientes para a sua necessária Estado a cobrança executiva com correção mone-
defesa, podendo o Governo do Estado exigir, como tária e acréscimo de 20%, se o pagamento não for
condição para aceitação do projeto, a construção de efetuado dentro do prazo marcado pelo Estado.
mirantes, belvederes, balaustradas e a realização de Art. 12. A concordância de calçamento do lo-
qualquer outra obra porventura necessária ou provi- gradouro que esteja sendo aberto por particular,
denciar no sentido de assegurar a perene servidão com o calçamento dos logradouros públicos, será
pública sobre os mesmos pontos e aspecto. sempre executada pelo Estado, quando se tratar
de calçamento asfáltico, e pelo Estado ou por
Subseção II quem for por ele determinado, quando se tratar de
Pavimentação, obras e serviços complementares. outros tipos de calçamento.
§ 1.º Em qualquer caso, as despesas com a
Art. 8.º Os interessados na abertura de novos concordância, avaliadas previamente pelo Estado,
logradouros deverão realizar, à sua custa, sem correrão por conta do interessado e serão pagas de
qualquer ônus para o Estado, todas as obras de acordo com as normas dos órgãos competentes.
terraplenagem, pavimentação, meios-fios, arbori- § 2.º O sacrifício de árvore ou de árvores da
zação, pontes, pontilhões, bueiros, galerias, linha arborização pública em conseqüência da abertura
adutoras, troncos alimentadores e distribuidores, de logradouro por particular será, quando indis-
redes de esgotamentos, muralhas e quaisquer pensável, feito de acordo com as normas do órgão
outras obras que venham a ser exigidas para con- competente.
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
§ 3.º A remoção de postes ou de qualquer ou- tro, cuja apresentação será indispensável para
tro dispositivo correrá também por conta do inte- aceitação das obras.
ressado, procedendo-se nesse caso de acordo com Art. 16. Sempre que na execução de obras de
o estabelecido no parágrafo único do artigo 11. abertura de logradouros for verificada a sua inter-
Art. 13. Nos logradouros dos loteamentos a ferência com obras de serviços públicos existentes
serem aberto nas I a IX e XX e XXVIII Regiões ou em construção, será modificado o projeto ou
Administrativas, será exigido tipo econômico de haverá entendimento do interessado com os res-
pavimentação, de acordo com as especificações pectivos serviços.
aprovadas pelo órgão estadual competente, para o Parágrafo único. As alterações provenientes
local. dessa interferência serão feitas sem qualquer ônus
§ 1.º Nas demais regiões administrativas será para o Estado, inclusive a reposição da pavimenta-
permitida a compactação com revestimento de ção, quando necessária.
saibro, desde que a declividade dos logradouros Art. 17. Durante a execução dos trabalhos
projetados não seja superior a 6%, cabendo ao deverão ser permanentemente mantidos no local
órgão estadual competente exigir a determinação das obras o alvará e uma cópia do projeto visado,
do índice de consistência e a estabilização do solo, a fim de serem exibidos às autoridades fiscais,
se necessário. sempre que solicitados.
§ 2.º Nos logradouros em que for permitida a Art. 18. Enquanto durarem os trabalhos, os
compactação com revestimento de saibro, será logradouros em execução serão vedados ao trânsi-
exigida a pavimentação das concordâncias dos to público; somente depois da aceitação dos logra-
logradouros projetados com o logradouro público, douros, poderão ser liberados ao trânsito.
acrescida de uma extensão mínima de 30m, de Art. 19. Durante a execução das obras, o pro-
acordo com o tipo de pavimentação existente ou fissional responsável deverá pôr em prática todas
com o tipo que for determinado pelo órgão estadual as medidas possíveis para garantir a segurança
competente, adotando-se o mesmo critério em dos operários, do público e das propriedades vizi-
frente aos núcleos comerciais projetados onde nhas e providenciar para que o leito do logradouro
será exigido tipo de pavimentação econômico su- no trecho prejudicado pelas mesmas obras seja,
perior à compactação com revestimento de saibro. permanentemente, mantido em perfeito estado de
§ 3.º Será permitido o enquadramento, às limpeza.
disposições do presente artigo, dos loteamentos § 1.º Quaisquer detritos caídos das obras e
aprovados anteriormente e cujos proprietários bem assim resíduos de materiais que ficarem so-
requeiram a modificação das especificações da bre qualquer parte do leito do logradouro público
pavimentação, dispensada a assinatura de termo, deverão ser imediatamente recolhidos, devendo,
mediante despacho do órgão estadual competente, caso necessário, ser feita a varredura de todo o
responsável técnico da pavimentação e nos casos trecho do mesmo logradouro cuja limpeza ficar
em que o revestimento de saibro seja permitido, prejudicada, além de irrigação para impedir o le-
diretamente através do órgão estadual competente vantamento do pó.
responsável administrativo da fiscalização. § 2.º O responsável por uma obra porá em
Art. 14. Nos logradouros a serem abertos, se- prática todas as medidas possíveis no sentido de
rão permitidos meios-fios de concreto e, nos casos evitar incômodo para a vizinhança pela queda de
em que a pavimentação possua revestimento as- detritos nas propriedades vizinhas ou pela produ-
fáltico, deverão ser dotados de sarjetas ou linha de ção de poeira ou ruído excessivo.
água. § 3.º É proibido executar nas obras qualquer
serviço que possa perturbar o sossego dos hospi-
Subseção III tais, escolas, asilos e congêneres, situados na vizi-
nhança, devendo ser realizados em local distante,
Obrigações a serem cumpridas durante a execução sempre que possível, os trabalhos que possam,
das obras pelo ruído, causar aquela perturbação.
§ 4.º Nas obras situadas nas proximidades
Art. 15. A execução de obras de abertura dos dos estabelecimentos referidos no parágrafo pre-
logradouros deverá obedecer integralmente aos cedente e nas vizinhanças de casas de residência é
projetos visados, dispensada a assinatura de termo proibido executar antes das sete horas e depois
de obrigações. das dezenove horas qualquer trabalho ou serviço
Parágrafo único. Qualquer modificação a ser que produza ruído.
introduzida na execução somente poderá ser feita § 5.º A não ser com licença especial, que o
após entendimento do interessado com os órgãos órgão estadual competente poderá conceder em
estaduais competentes, devendo constar do cadas- se tratando de obras afastadas de qualquer habi-
tação ou estabelecimento comercial, não será
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
permitido o funcionamento de britadores ou de Subseção V
outros mecanismos ou aparelhos ruidosos, salvo
quando se tratar de obras executadas na via Reconhecimento de logradouros
pública.
[A vigente redação dos artigos 24 a 30,
Subseção IV aqui observada, foi aprovada pelo Decreto
“E” n.º 6.527, de 14/9/1973.]
Aceitação de obras
Art. 24. Serão reconhecidas como logradou-
Art. 20. Uma vez concluídas as obras de um ros públicos as vias de trânsito objeto de proje-
ou mais logradouros, o interessado poderá reque- tos de loteamento e/ou arruamento, cujas obras
rer a sua aceitação e o seu reconhecimento ao de urbanização — inclusive as relativas ao servi-
órgão estadual competente, o qual deverá exigir ço público de água e de esgotos sanitários —
do interessado as declarações necessárias dos tenham sido realizadas e aceitas pela adminis-
outros órgãos do Estado e referentes aos serviços tração pública.
executados. Art. 25. Poderão ser reconhecidas como lo-
§ 1.º Essa aceitação poderá ser requerida par- gradouros públicos as vias de trânsito, abertas
celadamente e, à medida em que as obras dos logra- sem licença ou constantes de projetos de arrua-
douros forem sendo concluídas por trechos definidos, mento e/ou loteamento, desde que atendam aos
sendo concedida por despacho do engenheiro-chefe seguintes requisitos:
do órgão estadual competente, após a entrega das a) haja decorrido o prazo de três anos de a-
declarações necessárias dos diversos órgãos do Esta- bandono processual que, no caso de existir termo
do, referentes aos serviços executados. assinado, será contado a partir da data do término
§ 2.º A verificação do não-cumprimento dos estipulado no termo de obrigações ou da última
projetos técnicos aprovados e de suas especifica- prorrogação;
ções poderá importar na execução das correções b) apresentem condições mínimas para o
pelo Estado, através do órgão estadual competen- acesso aos lotes;
te; se o pagamento do valor das obras executadas c) esteja o projeto de loteamento e/ou arrua-
não for efetuado dentro do prazo estabelecido pelo mento devidamente inscrito no registro geral de
Estado, será o mesmo cobrado executivamente, imóveis, com lotes vendidos ou prometidos à ven-
com correção monetária e acréscimo de 20%, além da por escritura publica.
das multas máximas permissíveis. Parágrafo único. O reconhecimento de que
Art. 21. O despacho final do requerimento de trata esta artigo será efetivado através de despa-
aceitação deverá ser exarado dentro do prazo de cho do Secretário de Estado de Obras Públicas;
trinta dias, contados da data da entrega de todos Art. 26. Poderão ser reconhecidas, condicio-
os documentos necessários ao órgão estadual nalmente, como logradouros públicos, as vias de
competente. trânsito abertas sem licença ou constante de pro-
§ 1.º Se no prazo marcado neste artigo não jetos de arruamento e/ou loteamento, desde que,
for despachado o requerimento, as obras executa- observado o disposto no parágrafo único do artigo
das no logradouro, ou logradouros, serão conside- anterior, atendam aos requisitos “a” e “b” do
radas aceitas. mesmo artigo e, caso não haja projeto de arrua-
§ 2.º A notificação de qualquer exigência ao mento e loteamento aprovado, tenham lotes pa-
interessado, feita de acordo com as normas que gando imposto territorial ou predial, através de
regulam o processo administrativo, suspenderá a benfeitorias construídas, não legalizadas.
contagem do prazo mencionado no parágrafo ante- § 1.º Nos logradouros a serem reconhecidos
rior, contando-se integralmente um novo prazo, a como públicos, condicionalmente, nos termos des-
partir da data em que a exigência for satisfeita. te artigo, será elaborado pelo órgão estadual com-
Art. 22. Depois de aceitas as obras de abertu- petente, “a priori”, o projeto de alinhamento refe-
ra de um logradouro pelo órgão competente, o rente a área abrangida pelos logradouros, desde
Governador baixará decreto reconhecendo-o como que sejam fornecidos pelos interessados elementos
logradouro público e dando-lhe a necessária de- que permitam reconstituir a situação dos lotes
nominação. existentes.
Art. 23. Nenhuma responsabilidade poderá § 2.º As vias de trânsito abertas sem licença
recair sobre o Estado, em conseqüência de prejuí- ou constantes de projetos de loteamento não
zos supostamente causados a terceiros pela exe- aprovados e que sejam reconhecidas como logra-
cução de obras de abertura de logradouro. douros públicos, condicionalmente, nos termos
deste artigo, somente poderão passar para o Esta-
do, sem condições, após a apresentação de certi-
141
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
dão que comprove a inscrição do projeto de lotea- Parágrafo único. O reconhecimento de lo-
mento no registro geral de imóveis, de acordo com gradouros, cujas obras não tenham sido concluí-
o Decreto-lei n.º 271, de 28 de fevereiro de 1967, das, impedirá a liberação ou transferência de lotes
e o cumprimento das exigência que tenham sido caucionados, permanecendo o vínculo dos mesmos
formuladas pelo Estado. ao Estado, até a conclusão das medidas judiciais.
Art. 30. O Estado, caso o interesse público o
[Decreto-lei n.º 271, de 28/02/1967 (D.O. justifique, poderá, excepcionalmente, reconhecer
de 28/02/1967): logradouros constantes de projetos de arruamento
“Dispõe sobre loteamento urbano, res- e/ou loteamento aprovado, cujas obras de urbaniza-
ponsabilidade do loteador, concessão de uso e ção ainda não tenham sido concluídas e estejam com
espaço aéreo, e dá outras providências.”] prazo de execução em vigor, desde que:
I — os logradouros apresentem condições mí-
§ 3.º Nos logradouros reconhecidos como pú- nimas de acesso aos lotes;
blicos, condicionalmente, nos termos deste artigo, II — haja edificações construídas em número
as obras de conservação de logradouro, sua limpe- superior a 30% dos lotes do logradouro.
za, arborização, calçamento e iluminação, continu- Parágrafo único. O reconhecimento dos lo-
arão com o loteador ou com seus sucessores a gradouros capitulados no presente artigo não libe-
qualquer título. ra, em hipótese alguma, o loteador, das obrigações
§ 4.º Os ônus mencionados no parágrafo an- assumidas, que continuarão sob sua total respon-
terior somente passarão para o Estado quando do sabilidade até a conclusão da urbanização.
reconhecimento das vias de trânsito como logra-
douros públicos, sem condições, de acordo com os Subseção VI
artigos 24 e 25 deste regulamento.
Art. 27. O reconhecimento de logradouros se- Nomenclatura de logradouros
rá efetuado mediante decreto do Governador do
Estado, e poderá, a exclusivo critério da adminis- Art. 31. Na escolha de novos nomes para os
tração, abranger somente trechos parciais que logradouros públicos do Estado, serão observadas
preencham as condições necessárias e tenham as seguintes normas:
interligação com logradouros já oficialmente reco- I — nomes de brasileiros já falecidos que se
nhecidos. tenham distinguido:
Art. 28. O reconhecimento como logradouro a) em virtude de relevantes serviços presta-
público, de acordo com os artigos anteriores: dos ao Estado ou ao Brasil;
I — não eximirá loteadores, sucessores, pro- b) por sua cultura e projeção em qualquer
fissionais ou quaisquer responsáveis, das multas e ramo do saber humano;
outras penalidades decorrentes de lei, decretos, c) pela prática de atos heróicos e edificantes;
termos ou instrumentos assinados; II — nomes curtos, eufônicos e de fácil pro-
II — não impedirá, se for o caso, que sejam núncia, tirados da história, geografia, flora, fauna
propostas as medidas judiciais cabíveis para exigir: e folclore do Brasil ou de outros países, e da mito-
a) o cumprimento das obrigações decorrentes logia clássica;
de lei, decretos, termos, instrumentos assinados III — nomes curtos, eufônicos e de fácil pro-
ou projetos técnicos aprovados; núncia, extraídos da Bíblia Sagrada, datas e santos
b) a indenização correspondente a obras de do calendário religioso;
urbanização, de serviços de abastecimento de IV — datas de significação especial para a His-
água ou relativos a esgotos sanitários que tenham tória do Brasil ou Universal;
sido efetivados pelo Estado, pela Companhia Esta- V — nomes de personalidades estrangeiras
dual de Águas (CEDAG) ou pela Empresa de com nítida e indiscutível projeção universal.
Saneamento da Guanabara (ESAG), ou cujos en- § 1.º Os nomes de pessoas não poderão con-
cargos tenham sido por estes assumidos. ter senão o mínimo indispensável à sua imediata
Parágrafo único. A realização de obras ou as- identificação (inclusive título), dando-se preferên-
sunção de encargos deverá ser precedida, em cada cia aos nomes de duas palavras.
caso, de prévia vistoria administrativa ou judicial e § 2.º Na aplicação das denominações será ob-
orçamento das obras a serem executadas. servada, tanto quanto possível, a concordância de
Art. 29. A indenização prevista no artigo anterior nomes com o ambiente local; nomes de um mes-
poderá ser feita em dinheiro, apólices, ações, bens mo gênero ou região serão, sempre que possível,
imóveis ou lotes, inclusive do próprio loteamento, grupados em ruas próximas; os nomes mais ex-
devidamente avaliados pelo órgão estadual compe- pressivos serão usados nos logradouros mais im-
tente, comprovadamente liberados e isentos de portantes.
qualquer ônus.
142
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Art. 32. Nas ruas particulares não serão da- Art. 39. Em situações especiais, a juízo do
dos nomes em duplicata ou que se possam con- Secretário de Estado de Obras Públicas, a coloca-
fundir com nomes já dados ou a serem dados a ção de placas oficiais indicativas dos logradouros
logradouros ou outra rua particular. poderá ser feita pelo Estado.
Art. 33. A partir da data da publicação deste re- Parágrafo único. A não-observância do dispos-
gulamento, fica vedada a aplicação dos seguintes to neste artigo sujeita o proprietário à mesma pena-
nomes: lidade prevista no parágrafo único do artigo anterior.
Art. 40. Em todos os casos que o Estado jul-
[Decreto n.º 47, de 26/6/1975: “Art. 1.º Fi- gar necessário ou conveniente, poderá ser utilizada
cam restabelecidas as alíneas ‘a’ e ‘d’, do artigo a posteação existente de concessionários ou per-
33, e alínea ‘a’ do inciso I do artigo 44, do Regu- missionários de serviços públicos, sejam autarqui-
lamento de Parcelamento da Terra, aprovado pe- as, empresas ou companhias estaduais ou fede-
lo Decreto ‘E’ n.º 3.800, de 20 de abril de 1970”. rais, para a colocação de placas oficiais indicativas
O Decreto “E” n.º 7.548, de 11/11/1974, tinha dos logradouros públicos.
revogado as alíneas “a” e “d”, deste artigo.] Art. 41. A denominação e o emplacamento
das vias e logradouros particulares, assim como o
a) nomes em duplicata ou multiplicata, em emplacamento dos prédios neles existentes, de-
qualquer caso, mesmo quando em logradouros de penderão de requerimento dos proprietários, ao
espécies diferentes; qual deverão ser anexadas: placas da via ou logra-
b) denominações de pronúncia semelhante ou douro, em escala de 1:1.000 (um por mil), feita
aproximada a outras já existentes, prestando-se a em relação ao logradouro público mais próximo, e
confusão; prova do pagamento do valor das placas, tanto de
c) nomes de pronúncia difícil, excetuando-se nomenclatura como de numeração.
os de pessoas de indiscutível projeção histórica; Parágrafo único. A denominação e a numeração
d) denominações diferentes, mas que se refi- não implicam no reconhecimento das vias e logradou-
ram aos mesmos lugares, pessoas ou fatos; ros, como públicos, por parte do Estado; servirão ape-
e) denominações inexpressivas, vulgares, ca- nas para diferenciá-los dos oficialmente reconhecidos.
cofônicas ou pouco eufônicas de coisas; Art. 42. A iniciativa de alterar a denominação
f) nomes de pessoas que não se enquadrem do logradouro público oficialmente reconhecido é
no que determina o artigo 31 deste regulamento. atribuição privativa do Executivo e só poderá ser
Art. 34. A nomenclatura dos logradouros pú- feita mediante autorização legislativa, sempre que
blicos do Estado deverá obedecer à ortografia se torne necessária, de acordo com as normas
aprovada pela Academia Brasileira de Letras, em estabelecidas neste regulamento, ressalvado o
12 de agosto de 1943. disposto no parágrafo único do artigo 44.
Parágrafo único. Excetuam-se os casos es- Art. 43. As espécies de logradouros oficiais
peciais de nomes próprios de personalidades ilus- serão: rua, avenida, estrada, praça, largo, praia,
tres, a juízo do Governador. parque, jardim, alameda, rodovia, túnel, ponte,
Art. 35. A regulamentação do emplacamento viaduto, galeria, travessa, campo, ladeira, escada,
de prédios, terrenos, vias e logradouros públicos beco, pátio, passagem elevada, trevo e passarela,
ou particulares é privativa do Estado. mantidas as espécies tradicionais já existentes.
Art. 36. No início e no fim de cada logradouro Art. 44. Será revista a nomenclatura dos lo-
serão colocadas duas placas e uma em cada esqui- gradouros, adotadas as seguintes normas gerais:
na; nos cruzamentos, cada rua receberá duas pla- I — poderão ser indicados para mudança:
cas, das quais uma na esquina da quadra que ter-
mina e sempre à direita e a outra em posição [Decreto n.º 47, de 26/6/1975: “Art. 1.º
diagonalmente oposta na quadra seguinte. Ficam restabelecidas as alíneas ‘a’ e ‘d’, do ar-
Art. 37. As placas de nomenclatura serão de tigo 33, e a alínea ‘a’ do inciso I do artigo 44,
ferro esmaltada, com letras brancas, em relevo sobre do Regulamento de Parcelamento da Terra, a-
fundo azul-escuro, para as vias e logradouros públi- provado pelo Decreto ‘E’ n.º 3.800, de 20 de
cos, em fundo vermelho para os particulares. abril de 1970”. O Decreto “E” n.º 7.548, de
Art. 38. É obrigatória por parte dos proprietá- 11/11/1974, tenha revogado a alínea “a” deste
rios dos imóveis a colocação das placas oficiais inciso.]
indicativas dos logradouros, nas paredes dos pré-
a) nomes em duplicata ou multiplicata, salvo
dios, muros ou vedação de qualquer espécie,
quando, em logradouros de espécies diferentes, a
mesmo quando afastadas do alinhamento oficial.
tradição tornar desaconselhável a mudança; não
Parágrafo único. A desobediência ao que de-
se concretizando esta hipótese, será mantido o
termina este artigo sujeita o infrator ao pagamento
nome mais antigo;
da multa de uma UFEG e ao dobro nas reincidências.
143
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
b) denominações que substituam nomes tradi- I — lote de primeira categoria — testada mí-
cionais, cujo uso persiste entre o povo, e que, nima de 100m e área mínima de 50.000m2;
tanto quanto possível, deverão ser restabelecidas; II — lote de segunda categoria — testada mí-
c) nomes de pessoas sem referência histórica nima de 50m e área mínima de 10.000m2;
que as identifique, salvo quando a tradição tornar III — lote de terceira categoria — testada mí-
desaconselhável a mudança; nima de 20m e área mínima de 1.000m2;
d) nomes diferentes homenageando a mesma IV — lote de quarta categoria — testada mí-
pessoa, lugar ou fatos salvo quando a tradição nima de 15m e área mínima de 600m2;
tornar desaconselhável a mudança; V — lote de quinta categoria — testada míni-
e) nomes de difícil pronúncia e que não sejam ma de 12m e área mínima de 360m2;
de pessoas ou fatos de projeção histórica; VI — lote de sexta categoria — testada míni-
f) nomes de eufonia duvidosa, significação ma de 9m e área mínima de 225m2;
imprópria ou que se prestem a confusão com outro VII — lote de sétima categoria — testada
nome dado anteriormente; mínima de 8m e área mínima de 120m2, exclusi-
II — serão mudados para outros locais os vamente com testada para logradouros com largu-
nomes de pessoas ilustres, colocados em locais ra igual ou inferior a 9m.
impróprios ou inexpressivos;
III — serão desdobrados em dois ou mais lo- [O artigo 47 está aqui transcrito com a re-
gradouros distintos aqueles divididos por obstáculos dação que recebeu do Decreto n.º 323, de
de impossível ou difícil transposição, tais como linha 3/3/1976.]
de estradas de ferro, vias de grande penetração,
etc., ou demasiadamente extensos, quando suas Art. 47. Um lote será classificado numa cate-
características forem diversas segundo os trechos; goria quando a sua área for igual ou superior à
IV — será, pelo contrário, unificada a denomi- mínima fixada para essa categoria e inferior à mí-
nação de logradouros que apresentem, desneces- nima fixada para a categoria imediatamente supe-
sariamente, diversos nomes em trechos contínuos rior, de acordo com o artigo anterior. O lote de
com as mesmas características. primeira categoria terá área igual ou superior a
Parágrafo único. As alterações previstas na 50.000m2.
alínea “a” e nos itens III e IV independem de auto- § 1.º Observado o disposto neste artigo, um
rização legislativa. lote não poderá ter testada inferior à mínima esta-
Art. 45. Sempre que, de acordo com as normas belecida pelo artigo anterior para a categoria em
estabelecidas neste regulamento, houver mudança que for classificado.
de nomes de logradouro público, oficialmente reco- § 2.º Em casos especiais e justificáveis, a admi-
nhecido, ou de numeração de imóvel, a repartição nistração municipal poderá exigir lotes com dimen-
competente comunicará o fato “ex officio” aos ofícios sões superiores às fixadas no artigo anterior, bem
do Registro Geral de Imóveis do Estado, dispensada como permitir a implantação de lotes com dimen-
a exigência de certidão aos proprietários. sões inferiores.
§ 1.º Os ofícios do Registro Geral de Imóveis § 3.º Não é permitido o remembramento de
farão automaticamente a necessária averbação. lotes:
§ 2.º Não poderá ser cobrada importância al- 1 — de sétima categoria, quando do remem-
guma, seja a que título for, tanto pela repartição bramento resultar:
do Estado como pelos ofícios do Registro Geral de a) lote de sexta categoria com frente apenas
Imóveis, em conseqüência da alteração havida e para logradouro com 8m de largura;
sua conseqüente averbação. b) lotes de quinta categoria ou de categoria
superior, com frente apenas para logradouro com
Seção II largura igual ou inferior a 9m;
2 — de sexta categoria, quando do remem-
Loteamento e desmembramento bramento resultar lote de quinta categoria ou de
categoria superior, com frente apenas para logra-
Subseção única douro com 9m de largura.
§ 4.º Os lotes definidos no artigo anterior e
[O artigo 46 está a seguir reproduzido com classificado de acordo com este artigo são permitido
a redação aprovada pelo Decreto n.º 323, de nas áreas das diversas zonas compreendidas nas
3/3/1976.] diferentes regiões administrativas, de acordo com o
estabelecido no Regulamento de Zoneamento, in-
Art. 46. Os lotes, partes autônomas do proje- clusive quanto às suas dimensões mínimas.
to, quanto às suas dimensões mínimas, são assim § 5.º É permitido o remembramento de lotes
discriminados: existentes, mesmo que o lote resultante possua
144
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
área inferior ao limite mínimo exigido para a § 1.º As áreas dos logradouros projetados e
região administrativa e zona em que o mesmo se áreas “non aedificandi” não podem ser incluídas na
encontre, observado o disposto no § 3.º deste citada porcentagem de 6%.
artigo. § 2.º O Estado reserva-se o direito de recusar
Art. 48. Em todos os loteamentos deverão as áreas reservadas pelo requerente aos fins pre-
existir núcleos de comércio local, na proporção vistos neste artigo.
mínima de um lote comercial para vinte e cinco § 3.º Caso seja efetuado desmembramento de
lotes residenciais. área superior a 30.000m2, sendo loteada área inferi-
§ 1.º Em casos especiais, de acordo com decisão or a 30.000m2 oriunda do referido desmembramen-
do Secretário de Estado de Obras Públicas, poderá ser to, o lote ou lotes desmembrados ficarão onerados
dispensada a exigência contida neste artigo. de 6%, sobre o total do terreno, para doação futura
§ 2.º Estes lotes comerciais deverão ter afas- ao Estado, quando for feito o loteamento da área.
tamento frontal de 8m, para estacionamento; a Art. 53. Nos loteamentos com mais de cin-
área assim definida será descontada do total da qüenta lotes e menos de 30.000m2 de área, será
área de estacionamento exigida para o lote. reservada área de recreação equivalente ao míni-
Art. 49. Quando um lote apresentar testada mo de 12m2 por lote, fora das vias de circulação e
em curva côncava ou em linha quebrada, forman- tendo no mínimo, em sua menor dimensão, 10m
do concavidade e sendo satisfeito o limite mínimo de largura média.
de área, será admitida para a testada dimensão
menor que os mínimos estabelecidos no artigo 46, [Transcreve-se o artigo 54 com a nova re-
devendo, porém, o lote apresentar largura média dação aprovada pelo Decreto “E” n.º 7.689, de
com dimensão correspondente a esses mínimos. 13/12/1974.]
Art. 50. Quando o lote estiver situado em es-
quina de logradouros para os quais existir a exi- Art. 54. Será exigida, antes da aceitação final
gência do afastamento da construção em relação das obras dos logradouros do loteamento, a cons-
ao alinhamento, a testada menor será acrescida do trução de escolas-padrão, de acordo com o projeto
valor do afastamento exigido para o outro logra- fornecido pela Secretaria de Educação, e obedeci-
douro, de maneira a compensar a área atingida das as seguintes determinações:
pelo segundo afastamento. I — loteamento com menos de mil lotes — i-
Art. 51. Serão admitidos, para remate do lo- sento;
teamento, no caso de não ser possível a divisão II — loteamento com mil ou mais lotes e me-
exata do terreno, até dois lotes no máximo, em nos de dois mil lotes — uma escola-padrão com
cada série de lotes contínuos, apresentando testa- doze salas convencionais e sete salas especiais;
da e área mínima reduzidas de 15% no máximo, III — loteamento com dois mil lotes ou mais
em relação aos valores fixados no artigo 46. — uma escola-padrão com doze salas convencio-
Parágrafo único. A tolerância acima não se nais e sete especiais por dois mil lotes e mais uma
aplica aos lotes de esquina. escola-padrão, com as mesmas características,
para cada dois mil lotes ou fração deste parâmetro
[Decreto “E” n.º 6.168, de 15/5/1973: que exceder os dois mil lotes iniciais.
“Art. 2.º A doação de área prevista no artigo § 1.º A hipótese de isenção de construção de
52 do Regulamento de Parcelamento da Terra, escola não exclui a obrigatoriedade de cessão gra-
do Decreto “E” n.º 3.800, de 20 de abril de tuita, ao Estado, da respectiva área, que será cor-
1970, será sempre relativa à parte do terreno respondente a 2% da área loteada, além daquela
situada abaixo da cota 60.”] exigida pelo artigo 52, ressalvado o disposto no
parágrafo seguinte.
Art. 52. Sendo a área total dos terrenos a ur- § 2.º A área obtida de acordo com o parágrafo
banizar em um mesmo projeto, ou em mais de um anterior, quando inferior a 1.500m2, será comple-
projeto, compreendendo terrenos contínuos, per- mentada por parte da área exigida pelo artigo 52,
tencentes ao mesmo proprietário. superior a de modo a atingir este limite.
30.000 m2, uma parte correspondente a 6% dessa § 3.º A área destinada à construção de esco-
área total será obrigatoriamente cedida ao Estado, las deverá ter ainda as seguintes características:
gratuitamente, a fim de ser ela utilizada para pra- a) aclividade ou declividade inferior a 10%,
ças, jardins ou outros espaços livres ou para im- em pelo menos 50% da área total;
plantação futura, pelo Estado, de serviços públi- b) forma retangular, com testada mínima, pa-
cos; essas áreas deverão ser descritas na certidão ra logradouro público, correspondendo a 25m para
do loteamento para fins de inscrição no Registro cada escola-padrão;
Geral de Imóveis. c) não ser atravessada por cursos de água,
vales, córregos, riacho, etc.
145
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
§ 4.º Na aprovação do projeto deverá ficar § 4.º Os muros de terrenos situados nas en-
consignada, na área destinada à escola, a obrigação costas serão de altura que não prejudique a visibi-
da construção e doação da mesma, condição indis- lidade do panorama, considerado o observador
pensável à aceitação final das obras dos logradou- colocado no logradouro.
ros, admitida a aceitação parcial correspondente a, § 5.º O Estado poderá exigir a redução da al-
no máximo, 50% dos lotes com frente para os lo- tura dos muros já construídos, para que seja atendi-
gradouros projetados, antes do cumprimento da do o disposto no parágrafo anterior.
exigência da construção e doação da escola. § 6.º Também poderá ser exigido que os mu-
ros de determinados logradouros obedeçam a altu-
CAPÍTULO II ra e tipo especiais.
Art. 57. Os proprietários de terrenos, baldios
Defesa dos aspectos paisagísticos e dos ou não, são obrigados a mantê-los limpos, capi-
logradouros e cursos de água nados e drenados.
Art. 58. Os proprietários de terrenos edifica-
Seção I dos em logradouros dotados de meio-fio são obri-
gados a construir passeios em toda a extensão da
Defesa dos aspectos paisagísticos testada, obedecendo ao tipo, desenho, largura,
declividade e demais especificações aprovadas
Art. 55. O Regulamento de Zoneamento defini- para o logradouro.
rá os locais, obras e monumentos do Estado cujas § 1.º É obrigatório manter os passeios em
condições de visibilidade devam ser mantidas. perfeito estado de conservação, empregando nos
Parágrafo único. Sempre que necessário se- consertos o mesmo material previsto para o logra-
rão definidos todos os detalhes que devam ser douro.
atendidos nas obras a serem realizadas próximas a § 2.º Também é obrigatório por parte dos
tais locais, inclusive estilo arquitetônico, tipo de proprietários, a conservação dos gramados dos
fachada, seu revestimento e quaisquer outros jul- passeios ajardinados, nos trechos correspondentes
gados indispensáveis para obtenção da preserva- à testada de seus imóveis.
ção dos aspectos típicos e tradicionais, locais. § 3.º Os passeios à frente de terrenos onde
estejam sendo executadas edificações ou constru-
Seção II ções devem ser mantidos, como os demais, em
bom estado de conservação, tolerando-se que os
Defesa dos logradouros reparos necessários sejam executados com reves-
timento diferente; tão logo, porém seja terminada
Art. 56. Os terrenos não construídos, com a obra, todo o passeio deverá ser reconstruído de
testada para logradouro público, serão obrigatori- acordo com o exigido para o local.
amente fechados no alinhamento existente ou § 4.º Os proprietários de terrenos que não
projetado. possuam edificações são obrigados a atender as
§ 1.º Nos terrenos situados em logradouros determinações do presente artigo, excetuando-se
dotados de pavimentação ou apenas de meio-fio, o os localizados nas XVI, XVII, XVIII, XIX, XXII, XXV
fechamento será feito por muro, gradil, cerca de e XXVI Regiões Administrativas. [Redação dada
arame (fio ou tela) ou muros de placas de concreto pelo Decreto n.º 5.280, de 23/8/1985.]
pré-moldado. [Redação dada pelo Decreto n.º Art. 59. O proprietário de imóvel é obrigado à
2.217, de 20/7/1979.] reparação ou construção do passeio que se façam
§ 2.º O fechamento deverá observar as se- necessárias em virtude de modificações impostas
guintes condições: pelo Estado, salvo quando ele o tenha construído
1 — altura mínima de 1,8m; há menos de um ano.
2 — os arames deverão ser lisos; Art. 60. Quando se fizerem necessários repa-
3 — nos fechamentos com cerca de arame (fio ros ou reconstruções de passeio, em conseqüência
ou tela), será obrigatório o plantio, na parte inter- de obras realizadas por concessionários ou permis-
na do lote e em toda a sua extensão, de vegetação sionários de serviço público, por autarquias, em-
apropriada para formação de cerca viva. [Redação presas ou fundações do Estado, ou ainda em con-
dada pelo Decreto n.º 2.217, de 20/7/1979.] seqüência do uso permanente por ocupantes do
§ 3.º Quando se tratar de terreno em nível mesmo, caberá a esses a responsabilidade de sua
superior ao do logradouro, o Estado poderá exigir execução, feita de maneira a não resultarem re-
que o fechamento seja feito por meio de muralha mendos, ainda que seja necessário refazer ou
de sustentação, mediante prévia licença do órgão substituir, completamente, todo o revestimento.
estadual competente, se a mesma vier a ter altura Art. 61. Todo aquele que, a título precário,
superior a 3m. ocupe logradouro público, nele fixando barracas ou
146
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
similares, ficará obrigado a prestar caução, quando público, inclusive calçadas e pistas de rolamento,
da concessão da autorização respectiva, em valor constitui infração.
que será arbitrado pela autoridade que deva auto- Parágrafo único. A critério do Diretor do De-
rizar a ocupação, e destinada a garantir a boa con- partamento de Fiscalização, da Secretaria de Justi-
servação ou restauração do logradouro. ça, sem o uso de árvores, postes ou monumentos
§ 1.º Não será prestada caução pela localiza- públicos e desde que haja comprovado interesse
ção de bancas de jornal e barracas de feiras-livres, público, a exibição dos engenhos a que se refere
ou quaisquer outras instalações que não impliquem este artigo poderá ser levada a efeito por órgão
em escavação da pavimentação. público sob a responsabilidade de autoridade de
§ 2.º Findo o período de utilização, e verifica- primeiro nível. [Parágrafo acrescentado pelo De-
do, pelo órgão estadual competente, que o logra- creto “E” n.º 5.348, de 8/2/1972.]
douro foi recolocado nas condições anteriores à Art. 67. Para os efeitos deste regulamento, o
ocupação, poderá o interessado requerer o levan- promitente comprador, o cessionário e o promiten-
tamento da caução. te cessionário, desde que imitidos na posse do
§ 3.º O não-levantamento da caução, no pra- imóvel, são equiparados ao proprietário.
zo de cinco anos, a partir da data em que poderia § 1.º Equiparam-se também ao proprietário
ser requerido importará na sua perda, em benefí- os locatários, os posseiros, os ocupantes ou os
cio do Estado. comodatários de imóveis pertencentes à União,
Art. 62. As fachadas dos prédios construídos estados, municípios ou autarquias.
no alinhamento ou visíveis do logradouro, bem § 2.º Tratando-se de imóvel loteado, a res-
como os muros de frente de terrenos, devem ser ponsabilidade pelo cumprimento das obrigações
mantidos em boas condições de conservação e previstas neste regulamento é do proprietário do
pintura. loteamento, a menos que o adquirente do lote ou
Parágrafo único. Constatado que as facha- dos direitos a ele relativos não haja executado
das, muros ou passeios de imóveis tombados se obras no mesmo.
acham em mau estado de conservação, a fiscaliza- Art. 68. Os rebaixamentos a se fazerem nos
ção oficiará ao Diretor do Departamento de Fiscali- meios-fios dos logradouros, destinados à entrada
zação, da Secretaria de Justiça, pedindo as provi- de veículos, só poderão ser executados obedecen-
dências cabíveis. do às normas estabelecidas pelo órgão estadual
Art. 63. Os tapumes das obras deverão ser competente.
mantidos em bom estado de conservação. Parágrafo único. Caso existam obstáculos
Art. 64. A intimação para construir ou conser- que impeçam a entrada dos veículos, como postes,
var muro ou passeio, e conservar fachadas ou árvores, hidrante, etc., a remoção, quando possí-
tapumes, não importa em reconhecer ou legalizar vel, será feita pelo órgão ao qual estejam afetos,
situações irregulares ou ilícitas relacionadas com às expensas do interessado.
obras de qualquer espécie, executadas sem licen- Art. 69. O rebaixamento dos meios-fios é
ça, pelos proprietários ou ocupantes de imóveis. obrigatório sempre que houver a entrada de veícu-
Art. 65. A construção, reconstrução ou reparo los nos terrenos ou prédios, com a travessia desse
de passeios e as obras de conservação de fachadas passeio, sendo proibida a colocação de cunhas ou
que não importem em sua modificação serão reali- rampas, fixas ou móveis, na sarjeta ou sobre o
zadas independentemente de licença, comunica- passeio junto às soleiras do alinhamento, para
ção, ou qualquer outra formalidade. acesso de veículos.
§ 1.º Se a intimação tiver por objeto a cons- Art. 70. Não é permitida a colocação ou cons-
trução, reconstrução ou conservação de muro, fica trução de degraus fora do alinhamento dos terre-
ela equiparada à licença “ex officio” para a execu- nos. [Redação dada pelo Decreto n.º 323, de
ção da obra visada, salvo se ocorre a hipótese 3/3/1976.]
prevista no § 3.º do artigo 56 deste regulamento, Art. 71. Quando forem executadas obras em
quando será necessário a licença do órgão esta- logradouros públicos, estas deverão ser devida-
dual competente para concedê-la. mente cercadas e sinalizadas, com dispositivos
§ 2.º O proprietário do imóvel, ou que deva adequados que permitam completa visibilidade à
ter a iniciativa e os ônus da obra, é responsável noite.
pela qualidade e adequação do material emprega- Art. 72. A usurpação ou a invasão da via pú-
do, sob pena de ser obrigado a mandar refazê-la. blica e a depredação ou a destruição das obras,
Art. 66. Escrever, pendurar faixas ou colar edificações, construções e benfeitorias (calçamen-
cartazes de qualquer espécie, sobre coluna, facha- tos, meios-fios, passeios, pontes, galerias, mura-
da ou parede cega de prédio, muro de terreno, lhas, balaustradas, bueiros, ajardinados, árvores,
poste ou árvore de logradouro público, monumen- bancos) e quaisquer outros dispositivos públicos
to, viaduto ou qualquer outro local exposto ao dos jardins, das praias e dos logradouros em geral,
147
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
das obras existentes sobre os cursos de água, nas vala, córrego ou riacho, etc., canalizados ou não,
suas margens e no seu leito, constatáveis em onde não será permitida qualquer espécie de cons-
qualquer época, serão, além do que prevê o Códi- trução ou edificação, poderá exigir a execução de
go Penal, sujeitas ao seguinte: obras de melhoria da seção de vazão, retificação,
a) verificada a usurpação ou invasão do logra- regularização, etc., desde que o mesmo atravesse
douro, por obra permanente, à demolição necessá- o terreno ou com ele seja lindeiro.
ria para que a via publica fique completamente § 2.º Para a aceitação das obras e conseqüen-
desimpedida e a área invadida reintegrada à servi- te “habite-se”, deverá ser apresentada pelo proprie-
dão do público; tário declaração, fornecida pelo órgão estadual
b) providência idêntica será tomada no caso competente, de que forma executadas e cumpridas
da invasão por cursos de água, com desvio de seus as determinações do mesmo.
leitos ou modificação de sua seção de vazão; § 3.º A não-figuração nos projetos, seja de que
c) as despesas decorrentes dessas demoli- natureza for, de cursos de água, vala, córrego, riacho,
ções, acrescidas de correção monetária e ainda de etc., canalizados ou não, nas condições determinadas
multa estipulada pelo órgão estadual competente, no presente artigo, constitui falta grave, invalidando a
correrão todas por conta dos infratores; aceitação de qualquer projeto, mesmo já licenciado e
d) as despesas para reparar os danos de em execução, devendo a obra ser embargada inconti-
qualquer espécie, causados nos logradouros públi- nenti, após a constatação do fato.
cos, nos cursos de água e nos serviços de obras § 4.º Em casos especiais, quando for possível o
em execução nos logradouros públicos serão inde- desvio ou retificação do curso de água, vala, córrego
nizadas pelos infratores, acrescidas de correção ou riacho, etc., canalizados ou não, quando incidir
monetária e de multa, estipuladas pelo órgão esta- sobre o local projeto de urbanização que determine a
dual competente. mudança de curso, quando as condições de vazão
sejam mantidas adequadas, por decisão do Secretá-
Seção III rio de Estado de Obras Públicas, ouvidos os órgãos
competentes, será tolerada sua canalização com
Defesa dos cursos de água construção sobre a mesma, desde que observadas
todas as precauções, inclusive posição de sapatas
Art. 73. Compete aos proprietários de terre- das fundações, e liberada totalmente a faixa corres-
nos atravessados por cursos de água ou valas, pondente à mesma, mantendo sempre uma largura
córregos, riachos, etc., canalizados ou não, ou que igual à da canalização, mais uma faixa de segurança,
com eles limitarem, a sua conservação e limpeza, dimensionada pelos mesmos órgãos.
nos trechos compreendidos pelas respectivas divi- Art. 75. A responsabilidade na conservação e
sas, de forma que suas seções de vazão mante- limpeza dos cursos de água, valas, córregos ou
nham-se sempre desimpedidas. riachos, etc., canalizados ou não, e na manutenção
Parágrafo único. Quaisquer desvio ou toma- de livre escoamento de sua água é exclusiva do
da de água, modificação da seção de vazão, cons- proprietário dos terrenos ou imóveis atravessados
trução ou reconstrução de muralhas laterais, mu- ou limitados pelos mesmos, dispensada a assinatu-
ros, etc., na margem, no leito ou sobre os cursos ra de qualquer termo de obrigações.
de água, valas, córregos ou riachos, etc., canaliza-
dos ou não, só poderão ser feitos com permissão [O Decreto n.º 2.677, de 8/7/1980, acrescen-
do órgão estadual competente, sendo proibidas tou ao capítulo II a seção IV a seguir reprodu-
todas as obras ou serviços que venham impedir o zida.]
livre escoamento das suas águas.
Art. 74. Qualquer projeto de construção ou Seção IV
edificação, seja residencial, comercial, industrial,
de qualquer natureza, seja de particulares, seja de Defesa paisagística das encostas
concessionários ou permissionários de serviço pú-
blico, por autarquias, empresas, fundações ou Art. 76. A construção de edificações nos ter-
companhias dos estados ou do Governo Federal, e renos acidentados e nas encostas observará as
cuja obra seja distanciada até 50m de um curso de seguinte condições:
água, vala, córrego ou riacho, etc., canalizados ou I — não poderão ser executados cortes e aterros
não, somente poderá ser visado após o exame que desfigurem o perfil e as condições naturais da
pelo órgão estadual competente das condições de encosta e/ou prejudiquem o aspecto paisagístico
vazão. local;
§ 1.º Para tal, o órgão estadual competente, II — sem prejuízo do que dispõe o inciso an-
além de determinar a largura da faixa de prote- terior, os cortes e aterros não poderão ter mais de
ção, sempre referida ao eixo do curso de água, 3m de altura, em qualquer ponto;
148
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
III — ainda sem prejuízo do que dispõe o REGULAMENTO DE CONSTRUÇÕES
inciso I, cortes e aterros com a altura superior à E EDIFICAÇÕES
indicada no inciso anterior serão admitidos
quando comprovadamente necessários à execu- CAPÍTULO I
ção de:
1 — acessos de pedestres e veículos; Generalidades
2 — garagens embutidas ou semi-embutidas,
nos casos previstos no item 2, do § 1.º, do artigo Art. 1.º Para os efeitos de aplicação das nor-
145, do Regulamento de Zoneamento; mas deste regulamento, uma construção, além da
3 — embasamento com pavimento exclusiva- sua definição geral (vide glossário), é caracterizada
mente destinado a estacionamento ou guarda de pela existência do conjunto de elementos constru-
veículos, caso em que o limite de altura dos cortes tivos, contínuo em suas três dimensões, com um
fixado no inciso II poderá ser acrescido da altura ou vários acessos às circulações ao nível do pavi-
desse embasamento; mento de acesso.
4 — obras de contenção indispensáveis à se- Art. 2.º Para os efeitos de aplicação das normas
gurança ou à regularização da encosta, autorizadas deste regulamento, uma edificação, além da sua
pelo órgão municipal competente; definição geral (vide glossário), é caracterizada, tam-
IV — o piso do pavimento da edificação, em ní- bém, valendo-se do conceito expresso no artigo 1.º
vel inferior, deverá distar, no máximo, 5m do terreno Art. 3.º Dentro de um lote, uma construção ou
natural, em qualquer ponto, e a estrutura aparente edificação é considerada isolada das divisas quando a
da edificação, justificada pela declividade do terreno, área livre, em torno do volume edificado, é contínua
não poderá ser fechada nem poderá apresentar lajes em qualquer que seja o nível do piso considerado.
de piso a vigas de contraventamento; Art. 4.º Dentro de um lote, uma construção
V — as disposições do inciso anterior aplicam-se ou edificação é considerada contígua a uma ou
aos pisos não assentes no terreno, exteriores à mais divisas, quando a área livre deixar de contor-
edificação; nar, continuamente, o volume edificado no nível de
VI — os limites exteriores das áreas de piso a qualquer piso.
que se referem os incisos IV e V anteriores, nos
trechos em que houver estrutura aparente, deve- CAPÍTULO II
rão guardar um afastamento mínimo de 1,5m em
relação a divisas laterais e de fundos do terreno; Classificação dos tipos de edificações
VII — os acessos à edificações deverão ficar
assentes no terreno natural. Art. 5.º Conforme utilização a que se desti-
nam, as edificações classificam-se em:
Seção V a) residenciais;
b) não-residenciais;
Arborização c) mistas.
Art. 77. Na execução de loteamento é obrigató- [O Decreto n.º 3.044, de 23/4/1981, deu
rio o plantio de mudas de árvores, em número míni- ao capítulo III a seguinte redação:]
mo correspondente a uma muda para cada 160m2 ou
fração de área total destinada ao loteamento. CAPÍTULO III
§ 1.º As mudas de árvores a que se refere
este artigo devem ter pelo menos 2m de altura, Edificações residenciais
dando-se preferência às espécies florestais nati-
vas. Seção 1
§ 2.º O plantio obedecerá às normas da Dire-
toria de Parques e Jardins, sendo obrigatória a Generalidades
colocação de tutor, amarrilhos e protetores padro-
nizados. Art. 6.º As edificações residenciais, segundo o
§ 3.º O projeto de arborização discriminará tempo de ocupação de suas unidades, classificam-se
o número de mudas de árvores a serem planta- em permanente e transitórias.
das nos passeios, nas praças, nos jardins e em § 1.º As edificações residenciais permanentes
outras áreas adequadas, e definirá uma área de são unifamiliares ou multifamiliares:
reserva para arborização com o mínimo de 25m2 1 — considerada unifamiliar a edificação
para cada árvore necessária ao complemento do quando nela existir uma única unidade residencial;
número de mudas determinado por este artigo. 2 — considerada multifamiliar a edificação
quando nela existirem duas ou mais unidades resi-
149
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
denciais, constituindo edificação de apartamentos f) área de recreação proporcional ao número
e a parte de uso residencial de edificação mista de de compartimentos habitáveis, nas edificações com
que trata o capítulo V deste regulamento. mais de sete unidades residenciais ou área total da
§ 2.º As edificações residenciais transitórias são: edificação (ATE) superior a 800m2 de acordo com
1 — hotéis, hotéis-residência, motéis e congê- as seguintes condições:
neres; I — proporção mínima de 1m2 por comparti-
2 — internatos, pensionatos e asilos. mento habitável, não podendo, no entanto, ser
Art. 7.º No caso de haver duas ou mais edifi- inferior a 40m2;
cações residenciais permanentes dentro de um II — indispensável continuidade, não poden-
lote, formar-se-á o “grupamento de edificações do, pois, o seu dimensionamento ser feito por adi-
residenciais”, que poderá ser de edificações uni ção de áreas parciais isoladas;
e/ou multifamiliar. III — forma tal que permita, em qualquer
ponto, inscrição de circunferência com raio mínimo
Seção 2 de 2,5m;
IV — acesso através de partes comuns;
Edificações residenciais permanentes V — isolamento das passagens de veículos e
dos locais de estacionamento por mureta com altu-
Subseção 2.1 ra mínima de 0,7m;
VI — não dar acesso e/ou ventilação ao local
Generalidades centralizado para coleta de lixo ou dos resíduos de
suas eliminação;
Art. 8.º Toda unidade residencial permanente VII — não ser localizada na cobertura da edi-
será constituída, no mínimo, de dois compartimen- ficação;
tos habitáveis, um banheiro e uma cozinha. g) caixas receptora de correspondência, em
local centralizado, de acordo com as exigências da
Subseção 2.2 Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
Unifamiliares Seção 3
150
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
mento habitável (quarto) e um banheiro privativo Art. 18. Uma unidade não-residencial terá
e as unidades habitacionais de hotéis-residência, sempre instalação sanitária privativa.
no mínimo, de dois compartimentos habitáveis Art. 19. As edificações não-residenciais terão equi-
(sala e quarto), um banheiro e uma cozinha. pamento para extinção de incêndio, de acordo com as
§ 1.º A classificação e as dimensões dos com- normas exigidas pelo Corpo de Bombeiros, assim como
partimentos das unidades habitacionais estarão local para os medidores de gás canalizado, de acordo
sujeitas às mesmas disposições que regulam as com o regulamento respectivo, excetuando-se os casos
unidades residenciais de edificações residenciais previstos no mesmo regulamento. [Redação dada pelo
unifamiliares, multifamiliares e mistas, não poden- Decreto “E” n.° 5.524, de 23/06/1972.]
do, entretanto, possuir dependência para serviçais.
§ 2.º A área mínima útil de qualquer unidade Seção 2
habitacional de hotel-residência é de 40m2, quais-
quer que sejam a zona e a região administrativa Edificações destinadas ao uso industrial
em que se situe o hotel-residência.
Art. 14. As unidades de hotel-residência poderão Art. 20. As edificações não-residenciais desti-
receber numeração própria, como apartamentos, da nadas ao uso industrial obedecerão, além das
mesma forma que as unidades residenciais de normas estabelecidas nos regulamentos da Lei n.°
edificação residencial multifamiliar e mista, consti- 1.574, de 11 de dezembro de 1967, a todas as
tuindo unidades autônomas. disposições da Consolidação das Leis do Trabalho
Art. 15. O número de unidades habitacionais e, no que couber, àquelas integrantes do Regula-
de um hotel-residência não poderá ser inferior a mento do Despejo Industrial (Decreto “E” n.°
quarenta. 2.721, de 4 de março de 1969).
Art. 16. Hotel e/ou hotel-residência terão que
atender integralmente a todos os dispositivos que Seção 3
regulamentam a Lei n.° 1.574, de 11 de dezembro
de 1967, no que lhe forem aplicáveis, não se admi- Edificações destinadas a locais de reunião
tindo, entretanto, transformação de uso de edifica-
ção existente para hotel-residência. [Ver neste Subseção 1
livro a Lei n.° 1.574/67.]
§ 1.° E vedada a transformação de uso de ho- Generalidades
tel-residência para qualquer outro uso, quer seja
ela residencial ou comercial, não podendo as edifi- Art. 21. São considerados locais de reunião:
cações destinadas a hotel-residência sofrer modifi- 1 — estádios;
cações com a finalidade de desvirtuar o uso e/ou 2 — auditórios, ginásios esportivos, “halls” de
desfigurar as condições que lhe são próprias. convenções e salões de exposições;
§ 2.° As exigências específicas contidas no § 1.º 3 — cinemas;
deste artigo deverão ser obrigatoriamente gravadas, 4 — teatros;
por meio de registro próprio, no registro geral de 5 — parques de diversões;
imóveis e averbadas à margem dos títulos de proprie- 6 — circos.
dade de cada unidade. Art. 22. As partes destinadas a uso pelo pú-
blico, em geral, terão que prever:
CAPÍTULO IV a) circulação de acesso;
b) condições de perfeita visibilidade;
Edificações não-residenciais c) espaçamento entre filas e séries de assentos;
d) locais de espera;
Seção 1 e) instalações sanitárias;
f) lotação (fixação).
Generalidades Art. 23. As circulações de acesso em seus di-
ferentes níveis obedecerão às disposições constan-
Art. 17. As edificações não-residenciais são tes do capítulo VI (circulações).
aquelas destinadas a: § 1.° Quando a lotação exceder de cinco mil
a) uso industrial; lugares, serão sempre exigidas rampas para o
b) locais de reunião; escoamento de público dos diferentes níveis.
c) comércio, negócios e atividades profissionais; § 2.° Quando a lotação de um local de reu-
d) estabelecimentos hospitalares e laboratórios; nião se escoar através de galeria, esta manterá
e) estabelecimentos escolares; uma largura mínima constante, até o alinhamento
f) usos especiais diversos. do logradouro, igual à soma das larguras das por-
tas que para ela se abram.
151
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
§ 3.° Se a galeria a que se refere o parágrafo b) para o cálculo da capacidade das arqui-
anterior tiver o comprimento superior a 30m, a bancadas e gerais, serão admitidas, para cada
largura da mesma será aumentada de 10% para metro quadrado, duas pessoas sentadas ou três
cada 10 m ou fração do excesso. em pé;
§ 4.° Será prevista, em projeto, uma demons- e) deverão possuir instalações sanitárias cal-
tração da independência das circulações de entra- culadas na proporção mínima de uma para cada
da e saída de público. quinhentos espectadores, distribuídas de forma
§ 5.° No caso em que o escoamento de lotação que 40% se destinem a mictórios.
dos locais de reunião se fizer através de galeria de
lojas comerciais, as larguras previstas nos §§ 2.° e Subseção 3
3.° deste artigo não poderão ser inferiores ao dobro
da largura mínima estabelecida por este regulamento Auditórios, ginásios esportivos, “halls” de
para aquele tipo de galeria. convenções e salões de exposições.
§ 6.° As folhas de portas de saída dos locais
de reunião, assim como as bilheterias, se houver, Art. 31. Os auditórios, ginásios esportivos,
não poderão abrir diretamente sobre os passeios “halls” de convenções e salões de exposições obe-
dos logradouros. decerão às seguintes condições:
§ 7.° Quando houver venda de ingressos, as a) quanto aos assentos:
bilheterias terão seus guichês afastados, no míni- I — atenderão a todas as condições estabele-
mo, de 3m, do alinhamento do logradouro. cidas nos artigos 24, 25 e 26;
Art. 24. Será assegurada, de cada assento ou II — o piso das localidades elevadas se de-
lugar, perfeita visibilidade do espetáculo, o que senvolverá em degraus com altura e profundida-
ficará demonstrado através de curva de visibilidade. de necessárias à obtenção da curva de visibilida-
Art. 25. Entre as fitas de uma série existirá de;
espaçamento e no mínimo, 0,9m, de encosto a b) quanto às portas de saída do recinto onde
encosto. se localizam os assentos:
Art. 26. Os espaçamentos entre as séries, I — haverá sempre mais de uma porta de saí-
bem como o número máximo de assentos por fila, da e cada uma delas não poderá ter largura inferi-
obedecerão às medidas mínimas abaixo: or a 2m;
1 — espaçamento mínimo entre as séries: 1,2m; II — a soma das larguras de todas as portas
2 — número máximo de assentos por fila: de saída equivalerá a uma largura total correspon-
quinze. dente a 1m para cada cem espectadores;
Parágrafo único. Não serão permitidas sé- III — o dimensionamento das portas de saída
ries de assentos que terminem junto às pare- independe daquele considerado para as portas de
des. entrada;
Art. 27. Será obrigatória a existência de locais de IV — terão a inscrição SAÍDA sempre luminosa:
espera, para o público, independentes das circulações. c) quanto às localidades elevadas: o guarda-
Art. 28. Será obrigatória existência de instala- corpo terá a altura máxima de 1m:
ções sanitárias para cada nível ou ordem de assen- d) quanto aos locais de espera: os locais de
tos ou lugares para o público, independentes da- espera terão área equivalente, no mínimo, a 1m²
quelas destinadas aos empregados. para cada oito espectadores;
Art. 29. Para o estabelecimento das relações e) quanto à renovação e condicionamento do
que têm como base o número de espectadores, ar: os auditórios com capacidade superior a tre-
será sempre considerada a lotação completa do zentas pessoas possuirão, obrigatoriamente, equi-
recinto. pamento de condicionamento de ar; quando a lo-
tação for inferior a trezentas pessoas, bastará a
Subseção 2 existência de sistema de renovação do ar.
Estádios Subseção 4
152
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Subseção 5 mais dispositivos deste regulamento, atenderão
obrigatoriamente às condições previstas no artigo
Teatros 10 (exceto área de recreação).
Parágrafo único. Tais edificações terão tam-
Art. 34. Os teatros atenderão ao estabelecido bém, obrigatoriamente, marquise ou galeria cober-
nas subseções 1 e 3 desta seção. ta, nas seguintes condições:
Art. 35. Os camarins serão providos de insta- a) em toda a extensão da testada, quando a
lações sanitárias privativas. edificação for contígua às divisas laterais do lote;
b) em toda a frente das unidades a que se re-
Subseção 6 fere este artigo e situada ao nível do pavimento de
acesso, quando a edificação estiver isolada de uma
Parques de diversões ou mais divisas.
Art. 40. Nas lojas será permitido o uso transi-
Art. 36. A armação e montagem de parques tório de estores protetores localizados nas extre-
de diversões atenderão às seguintes condições: midades das marquises, desde que abaixo de sua
I — o material dos equipamentos será incom- extremidade inferior deixe espaço livre com altura
bustível; mínima de 2,2m.
II — haverá, obrigatoriamente, vãos de en- Art. 41. Nas edificações onde, no todo ou em
trada e saída, independentes; parte, se processarem o manuseio, fabrico ou venda
III — a soma total das larguras desses vãos de gêneros alimentícios, deverão ser satisfeitas todas
de entrada e saída será proporcional a 1m para as normas exigidas pela Secretaria de Saúde.
cada quinhentas pessoas, não podendo, todavia, Parágrafo único. A obrigatoriedade de aten-
ser inferior a 3m cada um; dimento dessas normas é extensiva às instalações
IV — a capacidade máxima de público permi- comerciais para o fim de que trata este artigo.
tida no interior dos parques de diversões será pro-
porcional a uma pessoa para cada metro quadrado Seção 5
de área livre reservada à circulação.
Estabelecimentos hospitalares e laboratórios
Subseção 7
Art. 42. As edificações destinadas a estabele-
Circos cimentos hospitalares e laboratórios de análise e
pesquisa obedecerão às condições estabelecidas
Art. 37. A armação e montagem de circos, pela Secretaria de Saúde.
com coberturas ou não, atenderão às seguintes
condições: Seção 6
I — haverá, obrigatoriamente, vãos de entra-
da e saída, independentes; Estabelecimentos escolares
II — a largura dos vãos de entrada e saída se-
rá proporcional a 1m para cada cem pessoas, não Art. 43. As edificações destinadas a estabele-
podendo, todavia, ser inferior a 3m cada um; cimentos escolares obedecerão às condições esta-
III — a largura das passagens de circulação belecidas pela Secretaria de Educação e Cultura.
será proporcional a 1 m para cada cem pessoas,
não podendo, todavia, ser inferior a 2m; Seção 7
IV — a capacidade máxima de espectadores
permitida será proporcional a duas pessoas, senta- Usos especiais diversos
das, por metro quadrado.
Subseção 1
Seção 4
Generalidades
Edificações destinadas a comércio, negócios
e atividades profissionais. Art. 44. São considerados como edificações
de usos especiais diversos:
Art. 38. As unidades destinadas a comércio, a) os depósitos de explosivos, munições e in-
negócios e atividades profissionais são as lojas e flamáveis;
salas comerciais. b) os depósitos de armazenagem;
Art. 39. As edificações que, no todo ou em c) os locais para estacionamento ou guarda de
parte, abriguem unidades destinadas a comércio, veículos e os postos de serviço e de abastecimento
negócios e atividades profissionais, além dos de- de veículos.
153
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Subseção 2 Art. 48. Nas edificações as áreas mínimas obri-
gatórias para locais de estacionamento ou guarda de
Depósitos de explosivos, munições e inflamáveis. veículos serão calculadas de acordo com as normas
estabelecidas pelo Regulamento de Zoneamento.
Art. 45. As edificações para depósitos de ex- Parágrafo único. Nos casos de acréscimo em
plosivos e munições terão de obedecer às normas edificações existentes, a obrigatoriedade de reser-
estabelecidas em regulamentação própria do Minis- va de estacionamento ou guarda de veículos só
tério do Exército, e os de inflamáveis às do órgão incidirá para as áreas ou unidades acrescidas.
estadual competente. Art. 49. As áreas livres (excluídas aquelas
destinadas ao afastamento mínimo frontal, desde
Subseção 3 que não se trate de lote de quarta categoria, re-
creação infantil e circulações horizontais de veícu-
Depósitos de armazenagem los e pedestres, situadas ao nível do pavimento de
acesso) e locais cobertos destinados a estaciona-
Art. 46. Quando os depósitos de armazena- mento ou guarda de veículos, poderão ser conside-
gem se utilizarem de galpões, estes deverão satis- rados, no cômputo geral, para fins de cálculo das
fazer a todas as condições estabelecidas por este áreas de estacionamento; no caso das vilas exis-
regulamento. tentes, as ruas internas serão igualmente conside-
§ 1.° Para qualquer depósito de armazenagem radas para fins do cálculo das áreas de estaciona-
será obrigatória a construção, no alinhamento do mento ou guarda de veículos.
logradouro, de muro com altura mínima de 2,5m. Art. 50. As vagas exigidas para edificações
§ 2.° A carga e descarga de quaisquer merca- em construção ou a serem construídas, quer fi-
dorias deverão ser feitas no interior do lote. quem reservadas em área coberta ou descoberta,
deverão ficar caracterizadas para que unidades,
Subseção 4 residenciais ou comerciais, fiquem vinculadas.
§ 1.º Para uma mesma unidade, residencial
Locais para estacionamento ou guarda de veículos ou comercial, só será permitida a vinculação de
tantas vagas quantas estabeleçam a proporcionali-
[A Lei Complementar n.° 33, de dade fixada no Regulamento de Zoneamento.
28/11/1997, deu ao artigo 47 a seguinte reda- § 2.º O “habite-se” para as edificações de que
ção:] trata este artigo será concedido uma vez que fique
comprovado, por documento hábil, estarem cum-
Art. 47. Os locais para estacionamento ou guar- pridas as determinações nele contidas.
da de veículos dividem-se em dois grupos, a saber: § 3.º As garagens e os parqueamentos de
a) cobertos; carros das edificações que estejam sendo utiliza-
b) descobertos. das para outros fins, salvo haja licença concedida
§ 1.° Os locais para estacionamento ou guar- anteriormente pelo Estado, serão interditados tão
da de veículos em locais cobertos ou não, quando logo seja apurada a irregularidade, sujeitando o
se configurarem como parte integrante das edifica- infrator às penalidades das leis que regem o licen-
ções com “habite-se” concedido para as atividades ciamento de edificações no Estado.
de “shopping center”, hipermercados, supermerca- § 4.º Se o infrator for titular de atividade
dos, bancos, casas de saúde e postos de serviços e comercial e se a irregularidade persistir a despei-
revenda de combustíveis, não podem objetivar to das sanções aplicadas, o respectivo licencia-
finalidade comercial. mento será cassado.
§ 2.° O disposto no parágrafo anterior não se
aplica aos locais para estacionamento ou guarda [O Decreto n.º 2.367, de 8/11/1979, deu
de veículos em área coberta, existentes em edifi- ao artigo 51 a seguinte redação:]
cações de uso exclusivo, com “habite-se” concedi-
do para a atividade de edifício-garagem, nos ter- Art. 51. Estão isentas de obrigatoriedade da
mos do § 1.º do art. 71 do Regulamento de existência de locais para estacionamento ou guar-
Zoneamento, aprovado pelo Decreto n.° 322, de 3 da de veículos:
de março de 1976. a) as edificações residenciais unifamiliares em
§ 3.º O disposto no § 1.° não se aplica, ainda, lotes situados em logradouros cujo “grade” seja
aos locais para estacionamento ou guarda de veí- em escadaria;
culos em terrenos descobertos, cujo uso exclusivo b) as edificações residenciais unifamiliares em
seja para estacionamento descoberto, nos termos lotes internos de vilas, em que os acessos às mes-
do que dispõe o art. 57 deste Regulamento. mas, pelo logradouro, tenham largura inferior a
3,7m;
154
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
c) mediante assinatura de termo, as edifica- guarda de veículos em edifício-garagem existente,
ções residenciais unifamiliares em fundos de lotes, a vinculação será previamente comprovada através
onde na frente haja outra edificação ou construção de escritura pública; as demais medidas que per-
executada antes da vigência deste regulamento, mitirão ao Estado controlar essa vinculação são
desde que a passagem lateral seja inferior a 3,7m; válidas também para este caso.
d) as edificações residenciais unifamiliares em § 3.° Será permitido também a existência con-
lotes existentes, inclusive lotes internos de vila, junta numa mesma edificação ou em edificações
que tenham área igual ou inferior a 200m2 e/ou distintas, num mesmo lote, de local de estaciona-
testada igual ou inferior a 6m; mento ou guarda de veículos em edifício-garagem.
e) as edificações residenciais multifamiliares e Art. 53. Os locais de estacionamento ou guar-
mistas, com até dois pavimentos, desde que o da de veículos, que sejam cobertos ou descober-
número total de unidades residenciais e não- tos, deverão atender às seguintes exigências:
-residenciais seja igual ou inferior a dois, em lotes a) os pisos serão impermeáveis e dotados de
existentes que tenham área igual ou inferior a sistema que permita um perfeito escoamento das
200m2 e/ou testada igual ou inferior a 6m, ou águas de superfície;
acesso por servidão pública ou particular com lar- b) as paredes que os delimitarem serão in-
gura inferior a 3,7m; combustíveis e, nos locais de lavagem de veículos,
f) as edificações não-residenciais com até dois elas serão revestidas de material impermeável;
pavimento, deste que o número de unidadesseja c) terá de existir sempre passagem de pedes-
igual ou inferior a dois, em lotes que tenham área tres com largura mínima de 1,2m, separada das
igual ou inferior a 200m2 e/ou testada igual ou destinadas aos veículos.
inferior a 6m. Art. 54. Seja para fins privativos ou comerciais,
Parágrafo único. Do termo a que ser refere a os locais cobertos para estacionamento ou guarda
alínea “c” deste artigo constará a obrigatoriedade de veículos deverão atender, ainda, às seguintes
da previsão de reserva dos locais de estaciona- exigências:
mento ou guarda de veículos, inclusive as corres- a) quando não houver laje de forro, o trave-
pondentes à edificação dos fundos, quando da jamento da cobertura será incombustível;
eventual execução de nova edificação na frente ou b) se não houver possibilidade de ventilação direta,
de sua reconstrução total. deverão ser garantidas perfeitas condições de renovação
do ar ambiente por meio de dispositivos mecânicos;
[O Decreto n.º 52, de 01/07/1975, deu ao c) a altura mínima será de 2,5m;
artigo 52 a seguinte redação:] d) havendo mais de um pavimento, todos eles
serão interligados por escada;
Art. 52. Se por quaisquer circunstâncias, in- e) quando providos de rampas, estas deverão
clusive por motivo de proibição, com exceção das obedecer às condições seguintes:
isenções previstas no artigo anterior e no quadro 1 — ter início a partir da distância mínima de
n.° 11 do Regulamento de Zoneamento, não for 2m da linha da testada da edificação;
possível que se tenha, numa edificação, local para 2 — largura mínima de 2,5m quando construí-
estacionamento ou guarda de veículos, a constru- das em linha reta, e 3m quando em curva, sujeita
ção dessa edificação só será permitida se esse esta ao raio mínimo de 5,5 m;
local para estacionamento ou guarda de veículos, 3 — as rampas que ligarem o pavimento do aces-
obrigatório, for garantido em edifício-garagem so a até dois pavimentos imediatamente superiores ou
existente ou a ser construído, distante, no máxi- inferiores poderão ter inclinação máxima de 20%, e
mo, 1.000m, dos limites do lote em que se pretende aquelas que servirem aos pavimentos seguintes, em
construir a edificação de que trata este artigo. nível superior ou inferior, poderão ter inclinação má-
§ 1.° A concessão de “habite-se” do edifício- xima de 15%. Entre estas rampas e aquelas com in-
garagem deverá preceder àquela da edificação à clinação superior a 15% deverá existir circulação hori-
qual esteja vinculada. [O vigente Regulamento de zontal com o comprimento mínimo de 6m; [Redação
Zoneamento foi aprovado posteriormente à data dada pelo Decreto n.° 52, de 01/07/1975.]
da edição do Decreto n.° 52/75, pelo Decreto n.° f) quando for prevista a instalação de elevado-
322, de 03/03/1976.] res para transporte de veículos, deverá ser obser-
§ 2.° Quer se trate de edifício-garagem exis- vada uma distância mínima de 7m entre eles e a
tente ou a ser construído, o vínculo, que será per- linha de fachada, a fim de permitir as manobras
manente, entre um deles e a edificação, ficará necessárias a que o veículo saia, obrigatoriamente,
gravado no alvará de obras, escrituras públicas e de frente para o logradouro.
no órgão estadual competente incumbido do con- Art. 55. Os edifícios-garagem, além das nor-
trole e lançamento do imposto predial; no caso de mas estabelecidas neste regulamento deverão
complementação de áreas de estacionamento ou atender ainda às seguintes:
155
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
a) a entrada será localizada antes dos serviços Art. 56. Os locais cobertos para estaciona-
de controle e recepção e terá de ser reservada área mento ou guarda de veículos, para fins privativos,
destinada à acumulação de veículos correspondente poderão ser construídos no alinhamento quando a
a 5%, no mínimo, da área total das vagas; linha de maior declive fizer com o nível do logra-
b) a entrada e saída deverão ser feitas por douro ângulo igual ou superior a 45%; as disposi-
vãos, no mínimo, com larguras mínimas de 3m ções deste artigo aplicam-se quando a capacidade
cada um, tolerando-se a existência de um único máxima for de até dois veículos.
vão com largura mínima de 6m; Art. 57. Os locais descobertos para estaciona-
c) quando houver vãos de entrada e saída mento ou guarda de veículos para fins comerciais, no
voltados cada um deles para logradouros diferen- interior dos lotes, além das demais exigências conti-
tes, haverá no pavimento de acesso passagem das neste regulamento deverão atender ainda às
para pedestres nos termos do artigo 53, alínea seguintes:
“c”, que permita a ligação entre esses logradou- a) existência de compartimento destinado à
ros; administração;
d) quando providos de rampas ou de elevado- b) existência de vestiário;
res simples de veículos, em que haja circulação c) existência de instalações sanitárias, inde-
interna desses veículos, deverá haver, em todos os pendentes, para empregados e usuários.
pavimentos, vão para o exterior na proporção mí-
nima de um décimo da área do piso; as pistas de Subseção 5
circulação, nesse caso, deverão ter largura mínima
de 3m; Postos de serviço e de abastecimento de veículos
e) quando providos apenas de rampas e des-
de que possuam cinco ou mais pavimentos, deve- Art. 58. Nas edificações para postos de abaste-
rão ter, pelo menos, um elevador com capacidade cimento de veículos, além das normas que forem apli-
mínima para cinco passageiros; cáveis por este regulamento, serão observadas as
f) deverão dispor de salas de administração, concernentes à legislação sobre inflamáveis e, no que
espera e instalações sanitárias para usuários e couber, aquelas referentes ao Regulamento do Despe-
empregados, completamente independentes; jo Industrial (Decreto “E” n.° 2.721, de 04/03/1969).
g) para segurança de visibilidade dos pedes- § 1.º Os tanques de combustível deverão
tres que transitam pelo passeio do logradouro, a guardar afastamentos frontais e de divisas mínimo
saída será feita por vão que meça, no mínimo, de 5m, e as bombas 4m.
2,5m para cada lado do eixo da pista de saída, § 2.° É aplicável o Decreto “N” n.° 1.114, de
mantida esta largura para dentro do afastamento 26 de agosto de 1968.
até 1,5m, no mínimo; estão dispensados desta
exigência os edifícios-garagem afastados de 5m [Decreto n.° 1.114, de 26/08/1968 (D.O.-
ou mais em relação ao alinhamento do logradou- GB de 28/08/1968):
ro; “Regulamenta o licenciamento de ativida-
h) nos projetos terão de constar obrigatoria- des acessórias, com postos de abastecimento
mente as indicações gráficas referentes às locali- de veículos automotores. “]
zações de cada vaga de veículos e dos esquemas
de circulação desses veículos, não sendo permiti- Art. 59. A limpeza, lavagem e lubrificação de veí-
do considerar, para efeito de cálculo das áreas culos devem ser feitas em boxes isolados, de modo a
necessárias aos locais de estacionamento, as impedir que a poeira e as águas sejam levadas para o
rampas, passagem e circulação; logradouro ou neste se acumulem; as águas de super-
i) a capacidade máxima de estacionamento fície serão conduzidas para caixa separadas das galeri-
terá de constar obrigatoriamente dos projetos e as, antes de serem lançadas na rede geral.
alvarás de obras e localização; no caso de edifí- Art. 60. Os postos de serviço e de abastecimento
cio--garagem provido de rampas, as vagas serão de veículos deverão possuir compartimento para uso dos
de marcadas nos pisos e, em cada nível, será empregados e instalações sanitárias com chuveiros.
afixado um aviso com os dizeres abaixo: Art. 61. Deverão possuir instalações sanitárias
AVISO para os usuários separadas das de empregados.
CAPACIDADE MÁXIMA DE
ESTACIONAMENTO CAPÍTULO V
...... VEÍCULOS
A utilização acima destes limites é Edificações mistas
perigosa e ilegal, sujeitando os
infratores às penalidades da Art. 62. As edificações mistas são aquelas des-
legislação. tinadas a abrigar as atividades de diferentes usos.
156
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Art. 63. Nas edificações mistas onde houver uso de Normas Técnicas para os diferentes tipos de
residencial serão obedecidas as seguintes condições: material utilizado.
a) no pavimento de acesso e ao nível de cada Art. 69. As paredes externas de uma edifica-
piso, os “halls”, as circulações horizontais e verti- ção serão sempre impermeáveis.
cais, relativas a cada uso, serão obrigatoriamente Art. 79. As paredes divisórias entre unidades
independentes entre si; independentes, mas contíguas, assim como as
b) além da exigência prevista no item ante- adjacentes às divisas do lote, garantirão perfeito
rior, os pavimentos destinados ao uso residencial isolamento térmico e acústico.
serão grupados continuamente; Art. 71. Nas unidades contíguas, haverá sem-
c) é aplicável o disposto na alínea “e” do artigo 10. pre parede corta-fogo, quando a estrutura da co-
bertura for comum às mesmas.
CAPÍTULO VI Art. 72. As paredes adjacentes às divisas do
lote terão sempre fundações próprias e deverão
Condições gerais relativas às edificações impedir a ligação e continuidade dos elementos
estruturais da cobertura com os de outra já exis-
Seção 1 tente ou a ser construída.
Art. 66. O projeto e execução de estrutura de Art. 75. É livre a composição de fachadas.
uma edificação obedecerão às normas da Associa- Art. 76. Nas edificações será permitido o ba-
ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). lanço sobre a área de afastamento mínimo frontal
Art. 67. A movimentação dos materiais e equi- exigido pelo Regulamento de Zoneamento, acima
pamentos necessários à execução de uma estrutura do pavimento térreo, de acordo com o artigo 114
será sempre feita, exclusivamente, dentro do espaço do Regulamento de Zoneamento.
aéreo delimitado pelas divisas do lote.
Seção 7
Seção 4
Coberturas
Paredes
Art. 77. As coberturas das edificações serão
Art. 68. Quando forem empregadas paredes construídas com materiais que permitam:
autoportantes em uma edificação, serão obedeci- a) perfeita impermeabilização;
das as respectivas normas da Associação Brasileira b) isolamento térmico.
157
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Art. 78. Nas edificações destinadas a locais de Seção 9
reunião e de trabalho, as coberturas serão construídas
com material incombustível. Circulação em um mesmo nível
Art. 79. As águas pluviais provenientes das
coberturas serão esgotadas dentro dos limites do Art. 84. As circulações em um mesmo nível,
lote, não sendo permitido o deságüe sobre os lotes de utilização privativa, em uma unidade residen-
vizinhos ou logradouros. cial ou comercial, terão largura mínima de 0,8m.
Art. 80. As unidades dos pavimentos recu- Art. 85. As circulações em um mesmo nível,
ados das edificações existentes, a que se refere de utilização coletiva, cujo comprimento será cal-
o artigo 87 do Regulamento de Zoneamento, culado à partir das circulações verticais, terão as
poderão chegar até o plano da fachada, desde seguintes dimensões mínimas para:
que mantidas sua composição arquitetônica e a) uso residencial — largura mínima de 1,2m
as condições mínimas previstas por este regu- para urna extensão máxima de 10m; excedido esse
lamento, para iluminação e ventilação dos com- comprimento, haverá um acréscimo de 0,02m, na
partimentos acrescidos e dos anteriormente largura, para cada metro ou fração do excesso;
existentes ao nível do pavimento em que se b) uso comercial — largura mínima de 1,2m
situem os demais. [Redação dada pelo Decreto para uma extensão máxima de 10m; excedido esse
n.º 323, de 03/03/1976.] comprimento, haverá um acréscimo de 0,05m, na
largura, para cada metro ou fração do excesso;
Seção 8 c) acesso aos locais de reunião — largura
mínima de 2,5m para locais cuja área destinada a
Reservatório de água lugares seja igual ou inferior a 500m² excedida
essa área, haverá um acréscimo de 0,05m, na
Art. 81. Toda edificação deverá possuir pelo largura, para cada 10m² de excesso.
menos um reservatório de água próprio. § 1.° Nos hotéis e motéis, a largura mínima será
Parágrafo único. Nas edificações com de 2m, nos hotéis-residência, será de 1,5m. [Reda-
mais de uma unidade independente, que tive- ção dada pelo Decreto n.° 3.044, de 23/04/1981.]
rem reservatório de água comum, o acesso ao § 2.° As galerias de lojas comerciais terão a
mesmo e ao sistema de controle de distribuição largura mínima de 3m para uma extensão de, no
se fará, obrigatoriamente, através de partes máximo, 15m; para cada 5m, ou fração de exces-
comuns. so, essa largura será aumentada de 10%.
Art. 82. Os reservatórios de água serão Art. 86. Os elementos de circulação que estabele-
dimensionados pela estimativa de consumo cem a ligação de dois ou mais níveis consecutivos são:
mínimo de água por edificação, conforme sua 1 — escadas;
utilização, e deverá obedecer aos índices da 2 — rampas;
tabela abaixo: 3 — elevadores;
UTILIZAÇÃO DA CONSUMO 4 — escadas rolantes.
EDIFICAÇÃO litro/dia Art. 87. Os elementos de circulação que esta-
300 por compartimento belecem a conexão das circulações verticais com
Unidades residenciais ..
habitável as de um mesmo nível são:
Hotéis (sem cozinha e 1 — “hall” do pavimento de acesso (em cone-
120 por hóspede xão com o logradouro ou logradouros);
sem lavanderia) .........
Estabelecimentos hospi- 2 — “hall” de cada pavimento.
250 por leito Art. 88. Nos edifícios de uso comercial o “hall”
talares ......................
Unidade de comércio, do pavimento de acesso deverá ter área proporcional
6 por metro quadrado ao número de elevadores de passageiros e ao núme-
negócios e atividades
de área útil ro de pavimentos da edificação; essa área “S” deverá
profissionais ..............
Cinemas, teatros e au- ter uma dimensão linear mínima “D”, perpendicular
2 por lugar às portas dos elevadores e que deverá ser mantida
ditórios .....................
Garagens .................. 50 por veículo até o vão de acesso ao “hall”.
Unidades industriais em 6 por metro quadrado Art. 89. As áreas e distâncias mínimas a que
geral ......................... de área útil se refere o artigo 88 atenderão aos parâmetros da
seguinte tabela:
Art. 83. Sem prejuízo do que estabelecem
NÚMERO NÚMERO DE ELEVADORES
os demais artigos desta seção, as caixas-d’água DE Acima
obedecerão aos dispositivos regulamentares do PAVIMENTOS 1 2 3
de 3
órgão estadual responsável pelo abastecimento S m2 8,00 10,00 18,00 *
de água. até 5
D m 1,50 1,50 1,80 *
158
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
2
6 a 12
S m — 12,00 20,00 * “D1” e “D2” estabelecidas nos artigos 88, 89, 90 e
D m — 1,80 2,00 * 91 serão acrescidas de 50%.
S m2 — 14,00 24,00 * Art. 93. Nos edifícios servidos apenas por es-
13 a 22
D m — 2,00 2,20 * cadas ou rampas, serão dispensados os “halls” em
S m2 — 16,00 28,00 * cada pavimento e o “hall” de acesso não poderá
acima de 22
D m — 2,20 2,50 * ter largura inferior a 1,5 m.
* 10% a mais sobre os índices estabele- Art. 94. Nos edifícios, seja de uso residencial,
cidos para três elevadores, para cada eleva- seja de uso comercial, haverá, obrigatoriamente,
dor acima de três. interligação entre o “hall” de cada pavimento e a
Parágrafo único. Para as edificações até oito circulação vertical, seja esta por meio de escada,
pavimentos, em lotes com área máxima de 150m2, os seja por meio de rampas.
valores de S e D serão, respectivamente, 8m2 e 1,2m. Art. 95. As dimensões mínimas dos “halls” e
Art. 90. Nos edifícios de uso comercial a área circulações, estabelecidas nesta seção, determi-
dos “halls” de cada pavimento “S1” e sua dimensão nam espaços livres e obrigatórios, nos quais não
linear “D1” perpendicular às portas dos elevadores será permitida a existência de qualquer obstáculo
não poderão ter dimensões inferiores às estabele- de caráter permanente ou transitório.
cidas na seguinte tabela:
NÚMERO NÚMERO DE ELEVADORES
Seção 10
DE Acima
1 2 3
PAVIMENTOS de 3
S1 m2 4,00 5,00 9,00 *
Circulação de ligação de níveis diferentes
até 5
D1 m 1,50 1,50 1,80 *
S1 m2 — 6,00 10,00 * Subseção 1
6 a 12
D1 m — 1,80 2,20 *
S1 m2 — 7,00 12,00 * Escadas
13 a 22
D1 m — 2,00 2,20 *
S1 m2 — 8,00 14,00 * Art. 96. As escadas deverão obedecer às nor-
acima de 22
D1 m — 2,20 2,50 * mas estabelecidas nos parágrafos seguintes:
* 10% a mais sobre os índices estabele- § 1.º As escadas para uso coletivo terão lar-
cidos para cada elevador acima de três. gura mínima livre de 1,2m e deverão ser construí-
Parágrafo único. Para as edificações até oito das com material incombustível.
pavimentos, em lotes com área máxima de 150 § 2.º Nas edificações destinadas a locais de reu-
m2, os valores de “S1” e “D1” serão, respectiva- nião o dimensionamento das escadas deverá atender
mente, 4m2 e 1,5m. ao fluxo de circulação de cada nível, somado ao do
Art. 91. Nos edifícios residenciais dotados de nível contíguo (superior e inferior), de maneira que
elevadores o “hall” do pavimento de acesso poderá ao nível da saída no logradouro haja sempre um
ter área igual à do “hall” de cada pavimento; essa somatório de fluxos correspondente à lotação total.
área “S2“ e sua dimensão linear “D2“ perpendicular § 3.º As escadas de acesso às localidades ele-
às portas dos elevadores não poderão ter dimen- vadas nas edificações que se destinam a locais de
sões inferiores às estabelecidas na seguinte tabela: reuniões deverão atender às seguintes normas:
NÚMERO NÚMERO DE ELEVADORES a) ter largura de 1m para cada cem pessoas e
DE Acima nunca inferior a 2m;
1 2 3
PAVIMENTOS de 3 b) o lance extremo que se comunicar com a saí-
S2 m2 3,00 6,00 9,00 * da deverá estar sempre orientado na direção desta.
até 5
D2 m 1,50 1,50 1,50 *
§ 4.º Nos estádios, as escadas das circulações
S2 m2 — 6,00 9,00 *
6 a 12 dos diferentes níveis deverão ter largura de 1,5m
D2 m — 1,50 1,50 *
S2 m2 — 6,00 9,00 *
para cada mil pessoas e nunca inferior a 2,5m.
13 a 22 § 5.º As escadas de uso privativo, dentro de
D2 m — 1,50 1,50 *
S2 m2 — 6,00 9,00 * uma unidade unifamiliar, bem como as de uso niti-
acima de 22 damente secundário e eventual, como as de adegas,
D2 m — 1,50 1,50 *
* 10% a mais sobre os índices estabeleci- pequenos depósitos e casas de máquinas, poderão
dos para três elevadores, para cada elevador ter sua largura reduzida para um mínimo de 0,6m.
acima de três. § 6.º O dimensionamento dos degraus será feito
Parágrafo único. Para as edificações até oito de acordo com a fórmula 2A + B = 0,63m, onde A é
pavimentos, em lotes com área máxima de 150 a altura ou espelho de degrau e B a profundidade do
m2, os valores de “S2” e “D2” serão, respectiva- piso, sendo a altura máxima igual a 0,185m.
mente 3m2 e 1,5 m. § 7.º Nas escadas de uso coletivo, sempre
Art. 92. No caso das portas dos elevadores que o número de degraus consecutivos exceder de
serem fronteiras umas às outras, as distâncias “D”, dezesseis será obrigatório intercalar um patamar
159
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
com a extensão mínima de 0,8m e com a mesma urbanização, estas não precisam ser servidas por
largura do degrau. elevador.
§ 8.º Nas escadas circulares deverá ficar as- § 6.º Para as edificações até oito pavimentos, a
segurada uma faixa mínima de 1,2m de largura, serem construídas, acrescidas ou reconstruídas, em
na qual os pisos dos degraus terão as profundida- lotes existentes como área máxima de 150m2, poderá
des mínimas de 0,2m e 0,4m nos bordos internos ser permitido o assentamento de um único elevador.
e externos, respectivamente. § 7.º O assentamento de elevadores nas edifi-
§ 9.º Os degraus da escadas de uso coletivo cações a serem construídas, acrescidas ou recons-
não poderão ser balanceados ensejando a forma- truídas, com previsão de inclusão de subsolos,
ção de “leques”. obedecerá ao disposto no quadro abaixo:
§ 10. As escadas do tipo “marinheiro”, “cara- Número de pavi- Número de pavi-
col” ou em “leque”, só serão admitidas para aces- ASSENTAMENTO mentos acima do mentos abaixo do
sos a torres, adegas, jiraus, casas de máquinas ou DE nível de logradouro nível do logradouro
ELEVADORES Até 4 Acima Até e Mais
entrepisos de uma mesma unidade residencial.
inclusive de 4 inclusive de 3
Obrigatório — sim — sim
Subseção 2
Nota: Em qualquer outra hipótese que não es-
teja prevista no quadro acima o assentamento de
Rampas
elevadores obedecerá ao estabelecido no § 1.º
deste artigo, sendo tolerado, apenas, que os pavi-
Art. 97. As rampas para uso coletivo não poderão
mentos extremos deixem de ser atendidos pelas
ter largura inferior a 1,2m e sua inclinação atenderá, no
paradas desses elevadores, atendendo o § 4.º
mínimo, à relação 1:8 de altura para comprimento.
§ 8.º Os subsolos utilizado como garagens ou
depósitos não precisam ser servidos por elevadores.
Subseção 3
§ 9.º Nos edifícios hospitalares ou asilos de
mais de um pavimento, será obrigatória a instala-
Da obrigatoriedade de assentamento de elevadores
ção de elevadores.
§ 10. As edificações destinadas a hotéis e a
Art. 98. A obrigatoriedade de assentamento
hotéis-residência com quatro ou mais pavimentos,
de elevadores é regulada de acordo com os diver-
qualquer que seja a sua natureza, terão, pelo me-
sos parágrafos desta subseção, atendendo-se que
nos, um elevador, [Redação dada pelo Decreto n.º
o pavimento aberto em “pilotis” e sobreloja são
3.044, de 23/04/1981.]
considerados, para efeitos deste artigo, com para-
Art. 99. Em qualquer dos casos de obrigatorie-
das de elevador.
dade de instalação de elevador, deverá ser satisfeito
§ 1.º Nas edificações a serem construídas,
o cálculo de tráfego e intervalo de tráfego, na forma
acrescidas ou reconstruídas, será obedecido o dis-
prevista pela norma adequada da ABNT e pelo Regu-
posto no seguinte quadro, de acordo com o núme-
lamento Para Instalação e Conservação de Aparelho
ro total de pavimento.
de Transporte, devendo os tempos componentes do
PAVIMENTOS 4 4 sobre 5 5 sobre 6 ou
“pilotis” “pilotis” mais tempo total de viagem ser justificados. [Redação
Número mínimo dada pelo Decreto n.º 5.858, de 23/11/1972.]
isento 1 1 2 2
de elevadores
§ 2.º Nos casos de obrigatoriedade de assen- Subseção 4
tamento de dois elevadores, no mínimo, todas as
unidades deverão ser servidas por, pelo menos, Escadas rolantes
dois elevadores.
§ 3.º Nos casos de obrigatoriedade de assen- Art. 100. Nas edificações onde forem assentadas
tamento de um elevador, no mínimo, todas as escadas rolantes, estas deverão obedecer à Norma
unidades deverão ser servidas. NB-38, da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
§ 4.º As unidades situadas no último pavi- [Ver neste livro o artigo 33 da Lei n.º 2.743, de
mento poderão deixar de ser servidas por eleva- 07/01/1999.]
dor, desde que o pavimento imediatamente infe-
rior seja servido por, pelo menos, um — em Seção 11
edificações de quatro pavimento — ou dois — em
edificações de seis pavimento ou mais — elevado- Jiraus
res, tendo aquelas unidades acesso direto aos
mesmos elevadores. Art. 101. Só será permitida a construção de
§ 5.º Onde houver obrigatoriedade da exis- jiraus em galpões, grandes áreas cobertas ou
tência de sobrelojas em projetos aprovados de
160
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
lojas comerciais, desde que satisfaçam as seguin- Seção 14
tes condições:
a) não prejudicar as condições de iluminação Vitrinas e mostruários
e ventilação do compartimento onde for construído
e contar com vãos próprios para iluminá-los e ven- Art. 105. A instalação de vitrinas e mostruá-
tilá-los, de acordo com este regulamento (conside- rios só será permitida quando não advenha prejuí-
rando-se o jirau como compartimento habitável); zo para ventilação dos locais em que sejam inte-
b) ocupar área equivalente a, no máximo, gradas e não perturbem a circulação do público.
50% da área do compartimento onde for construí- § 1.º A abertura de vãos para vitrinas e mos-
do; truários em fachadas ou paredes de circulação
c) ter altura mínima de 2,2m e deixar com es- horizontais será permitida desde que o espaço livre
sa mesma altura o espaço que ficar sob sua proje- dessas circulações, em toda a sua altura, atenda
ção no piso do compartimento onde for construído; às dimensões mínimas estabelecidas neste regu-
d) quando os jiraus forem destinados a depó- lamento.
sitos poderão ter altura mínima de 1,9m, e escada § 2.º Não será permitida a colocação de bal-
de acesso móvel. cões ou vitrinas nos “halls” de entrada e circulação
Art. 102. Não é permitido o fechamento de das edificações.
jiraus com paredes ou divisões de qualquer es- § 3.º A distância mínima entre a vitrina e o
pécie. piso será de 0,4m e o balanço, no máximo, 0,2m.
Seção 12 Seção 15
161
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
d) deverão garantir efetiva proteção às árvo- a) terão de garantir perfeita condições de segu-
res, aparelhos de iluminação pública, postes e rança de trabalho para os operários e transeuntes;
outros dispositivos existentes, sem prejuízo da b) os seus passadiços e elementos de amarra-
eficiência de tais aparelhos. ção não poderão se situar abaixo da cota de 2,5m
§ 4.º O tapume somente poderá ocupar parte em ralação ao nível do passeio do logradouro;
do passeio de logradouro quando a edificação a ser c) quando apoiados no passeio público não
executada for no alinhamento ou em casos estri- poderão ter passadiços com largura inferior a 1m
tamente necessários, devidamente justificados, nem superior a 2m, respeitadas sempre as normas
obedecidas as seguintes condições: contidas no artigo 106, § 3.º, deste regulamento.
a) a faixa compreendida entre o tapume e o ali- Art. 110. Os andaimes externos fixos serão
nhamento do logradouro não poderá ter largura su- obrigatoriamente amarrados às paredes do prédio
perior à metade do passeio, nem exceder de 2m; e dotado da necessária estabilidade.
b) o tapume deverá ser recuado para o ali- Parágrafo único. Os andaimes quando colo-
nhamento do logradouro tão logo a estrutura da cados sobre o passeio público, para execução de
obra esteja concluída. consertos no alinhamento do logradouro, deverão
§ 5.º Será permitida, a título precário, a coloca- ser isolados por tapumes e galeria, observando-se
ção de tapume ocupando a área de recuo quando em determinações dos artigos 106 e 107 deste regu-
um dos lotes vizinhos ainda houver edificação ou lamento.
muro no antigo alinhamento; deverão, contudo, ser Art. 111. Os andaimes móveis do tipo “jaú”
observadas as seguintes condições: serão apoiados em perfis metálicos “duplo I” com
a) quando o terreno for de esquina ou apre- espaçamento máximo de 2m de eixo a eixo, de-
sentar testada superior a 20m, o tapume deverá vendo cada perfil ficar suspenso por dois cabos de
ser recuado para o alinhamento projetado, tão sustentação, de aço, devidamente dimensionados,
logo a estrutura da obra esteja concluída; sem emendas, e cada qual com um guincho.
b) a ocupação da área de recuo pelo tapume § 1.º Os andaimes terão um corrimão de ferro
poderá ser negada se as condições locais exigirem com seção mínima de um quarto de polegada dis-
a colocação do tapume no alinhamento projetado; tante 1,2m do nível do estrado, e um rodapé em
c) O Governo do Estado poderá exigir, em todo o perímetro do estrado, com 0,3m de altura;
qualquer tempo, quando se tornar necessário, o todo o andaime, entre rodapé e corrimão, ficará
recuo do tapume para o alinhamento projetado. fechado lateralmente com um pano.
Art. 107. Nas edificações ou demolições de § 2.º O estrado do andaime será em chapas
prédio com três ou mais pavimentos, a serem exe- metálicas ou em tábuas de madeira de primeira
cutadas no alinhamento do logradouro, e nas edifi- qualidade, com 0,025m de espessura mínima,
cações ou demolições de prédios com oito ou mais devidamente pregada com uma ultrapassagem de
pavimentos, afastados ate 6m do alinhamento do 0,5m sobre os apoios nos perfis metálicos e nas
logradouro, é obrigatório, além do tapume de que emendas.
trata o artigo 106 deste regulamento, a construção, § 3.º Os guinchos serão obrigatoriamente do-
no início da obra, de galeria coberta para proteção tados de dispositivos de segurança com perfeita
dos transeuntes, sobre o passeio, até 0,5m de dis- manutenção.
tância do meio-fio e no máximo com 3m de largura, § 4.º As cabeceiras dos andaimes serão fe-
acompanhando o tapume em toda a sua extensão. chadas, na forma do § 1.º deste artigo.
§ 1.º A galeria deverá ser suficientemente resis- Art. 112. Os andaimes das obras paralisadas por
tente aos eventuais impactos provocados pela queda mais de cento e vinte dias terão que ser retirados.
de materiais e com acabamento compatível, de for-
ma a não prejudicar a estética do logradouro. Seção 3
§ 2.º Será permitida a existência de comparti-
mentos superpostos à galeria como complemento da Proteção para execução de obras
instalação provisória da obra, sem qualquer balanço
além dos limites estabelecidos para a galeria. Art. 113. Nas construções de edificações até
Art. 108. Os tapumes de obras paralisadas por doze pavimentos, ou altura equivalente, é obriga-
mais de cento e vinte dias terão que ser retirados. tória a colocação de plataformas fixas de proteção
no nível do 3.º, 6 º e 9.º pavimentos, em todo o
Subseção 2 perímetro da construção.
§ 1.º As disposições deste artigo não se apli-
Andaimes cam nas construções de edificações até quatro
pavimentos.
Art. 109. Os andaimes, que poderão ser apoia- § 2.º As plataformas serão colocadas logo
dos no solo ou não, obedecerão às seguinte normas: após a concretagem da laje do piso imediatamente
162
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
superior, e retiradas somente no início do revesti- primeiro pavimento para a proteção contra a
mento externo da edificação. queda de material.
§ 3.º As plataformas, que serão mantidas em Art. 118. Nas obras paralisadas por mais
perfeito estado de conservação e segurança, devem de cento e vinte dias, as proteções externas
ser construídas com tábuas de pinho de primeira deverão ser retiradas.
qualidade ou material equivalente, devidamente Art. 119. Quando se tratar de obra de edi-
pregadas, com espessura mínima de 0,025 m, ten- ficações contíguas às divisas de terreno aciden-
do o bordo externo de 0,9 m de altura, com inclina- tado, havendo edifícios construídos nos lotes
ção de 45º e apoiadas em peças de madeira de lei vizinhos que se situem em níveis mais baixo, ou
ou perfis metálicos devidamente dimensionados e se, em relação àquelas obras, houver uma dife-
fixados na estrutura da edificação. rença de nível acentuada entre o logradouro e o
Art. 114. Nas edificações de mais de doze lote em questão, serão aplicáveis as disposições
pavimentos, além da proteção de que trata o estabelecidas no artigo 113, e seus parágrafos,
artigo 113, relativamente aos pavimentos infe- mesmo que essas edificações ou construções
riores, é obrigatório o fechamento de todo o tenham um só pavimento, ainda que com me-
perímetro da edificação com tela metálica, des- nos de 6 m de altura.
de o piso do décimo-segundo pavimento até o
último pavimento. Subseção 4
§ 1.º Colocar-se-á a tela a uma distância mí-
nima de 1,2m das faces externas da edificação, Condições gerais
tendo como apoio peças de madeira de lei ou per-
fis metálicos fixados no piso de cada pavimento e Art. 120. Os tapumes, os andaimes e os
ligados por passarela de madeira de primeira qua- dispositivos de proteção e segurança adotados
lidade e com dimensões necessárias para suportar para a execução de obras, quando não ocupem
os esforços a que estarão sujeitos. o passeio do logradouro, poderão ser executa-
§ 2.º A tela será colocada logo após a con- dos com a licença da obra, ficando isento de
cretagem da laje do piso do pavimento imedia- apresentação de projeto e de licenças próprias.
tamente superior e retirada somente no início § 1.º Excetuam-se os casos em que houver
do revestimento externo da edificação. ocupação do passeio do logradouro ou da área
§ 3.º A tela, de arame galvanizado número de recuo; estes casos estão sujeitos à apresen-
quatorze, no mínimo, com malha de 0,03m, no tação de projeto e de licença própria, atenden-
máximo, será fixada na estrutura de que trata o § do às condições desta seção.
1.º deste artigo, através de cabo com diâmetro § 2.º Quando já existir processo de cons-
mínimo de um oitavo de polegada, sempre entre- trução em andamento, embora ainda não tenha
laçado nas malhas da tela, colocadas horizontal- sido visado o projeto ou expedida a licença para
mente na altura das passarelas, verticalmente na a execução das obras, o tapume, quando não
direção dos apoios, e cruzados nas diagonais de ocupando o passeio do logradouro ou a área de
cada plano. recuo, poderá ser licenciado mediante simples
Art. 115. As torres utilizadas no transporte requerimento, não podendo o prazo inicial ul-
vertical de materiais serão de madeira de pri- trapassar noventa dias.
meira qualidade, em tubos ou em perfis metáli- Art. 121. Para efeito de aplicação das disposi-
cos e fixados em todos os pavimentos. ções desta seção, serão considerados todos os
§ 1.º Nos prédios de mais de doze pavi- pavimentos situados acima do nível do terreno
mentos a torre será obrigatoriamente metálica. circundante, qualquer que seja sua finalidade.
§ 2.º É vedado o transporte de pessoas nas
pranchas destinadas ao transporte de material, CAPÍTULO VII
devendo aquele ser feito em pranchas especi-
ais, em torres com estrutura metálica, providas Classificação dos compartimentos
de cobertura e fechamento lateral, com materi-
al resistente, até a altura de 2m, com o indis- Seção 1
pensável dispositivo de segurança. É admitido o
fechamento lateral com tela metálica. Generalidades
Art. 116. Todas as aberturas nos pisos, in-
clusive as dos poços de elevadores e as dos Art. 122. Para os efeitos do presente regula-
poços de ventilação, serão fechadas e protegi- mento, um compartimento será sempre considerado
das contra a queda de pessoas e objetos. pela sua utilização lógica dentro de uma edificação.
Art. 117. As áreas internas de iluminação e Parágrafo único. Essa utilização far-se-á de
ventilação serão fechadas no nível do teto do maneira privativa, pública ou semipública.
163
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Art. 123. Os compartimentos, em função de Largura
sua utilização, classificam-se em: Área Largura Altura dos
COMPARTIMENTOS
a) habitáveis; m2 m m vãos de
acesso
b) não-habitáveis.
Dormitórios
Art. 124. Os compartimentos habitáveis são:
a) quando existir um apenas 12,00 2,00 2,60 0,70
a) dormitórios; b) mais de um ............. 9,00 2,00 2,60 0,70
b) salas; Salas............................ 12,00 2,00 2,60 0,80
c) lojas e sobrelojas; Lojas e sobrelojas ......... 25,00 3,00 3,00 1,00
d) salas destinadas a comércio, negócios e Salas destinadas a comér-
atividades profissionais; cio, negócios e atividades
e) locais de reunião. profissionais ................... *25,00 3,00 2,60 0,80
Art. 125. Os compartimentos não-habitáveis são: Áreas, alturas e larguras de
acessos deverão ser compa-
a) salas de espera, em geral;
Locais de reunião tíveis com a lotação, calcula-
b) cozinhas e copas; das segundo as normas deste
c) banheiros, lavatórios e instalações sanitárias; regulamento.
d) circulações em geral; * Inclusive instalações sanitárias.
e) depósitos para armazenagem;
f) garagens; Seção 3
g) frigoríficos;
h) vestiários de utilização coletiva; Pavimentos de uso comum
i) câmaras escuras;
Art. 132. Os pavimentos de uso comum, obri-
j) casas de máquinas;
gatórios ou não, terão altura mínima útil de 2,6m e
l) locais para despejo de lixo;
máxima de 4,5m.
m) áreas de serviço, cobertas.
§ 1.º Este pavimento não será incluído no nú-
Art. 126. Os compartimentos de maneira ge-
mero máximo de pavimentos, nem sua área compu-
ral, obedecerão a limites mínimos de:
tada na área total máxima da edificação, desde que:
a) área de piso;
1 — seja destinado a uso comum;
b) largura;
2 — nele só haja acessos, dependências de ze-
c) vãos de iluminação e ventilação;
lador e de administração e área de recreação, veda-
d) altura;
do seu uso para estacionamento de veículos;
e) vãos de acesso.
3 — os elementos citados no item 2 ocupem no
Art. 127. Os vãos de iluminação e ventila-
máximo 50% da projeção dos pavimentos superiores
ção serão dimensionados para cada tipo de uti-
e sejam colocados a partir de uma distância mínima
lização dos compartimentos e suas dimensões
de 3m do plano da fachada.
calculadas de acordo com o que estabelece o
§ 2.º O pavimento de que trata este artigo nun-
capítulo IX deste regulamento.
ca poderá ser fechado nem apresentar o balanço
Art. 128. A dimensão estabelecida como
permitido pelo artigo 76 deste regulamento, devendo
altura de um compartimento deverá ser manti-
ficar limitado à projeção dos pavimentos superiores.
da constante em toda a área do mesmo, não
sendo admitidos rebaixos ou saliências, no teto, Seção 4
que possam alterar essa dimensão para menos
que o limite mínimo. Compartimento não-habitáveis
Art. 129. A subdivisão de compartimento, com
paredes que cheguem até o teto, só será permitida [Sobre a matéria, ver também neste livro
quando os compartimentos resultantes atenderem, o Decreto n.º 52, de 01/07/1975.]
total e simultaneamente, a todas as normas deste
regulamento, no que lhes forem aplicáveis. Art. 133. Os compartimentos não-habitáveis
Art. 130. As folhas de vedação de qualquer vão, obedecerão às seguintes condições, quanto a di-
quando girarem, deverão assegurar movimento livre mensões mínimas:
correspondente a um arco de 90º, no mínimo. Largura
Área Largura Altura dos
COMPARTIMENTOS
m2 m m vãos de
Seção 2 acesso
Cozinhas e copas ........ 4,00 1,50 2,50 0,70
Compartimentos habitáveis
Banheiros, lavatórios e
1,50 0,80 2,30 0,60
Art. 131. Os compartimentos habitáveis obe- instalações sanitárias ..
decerão às condições seguintes, quanto às dimen- Áreas de serviço cober-
— — 2,50 0,70
sões mínimas: tas ............................
164
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Circulações comuns — — 2,60 1,00 nimo de 3m do plano da fachada voltada para o
Salas de espera para logradouro, e de todas as fachadas quando se tra-
* — 2,60 * tar de edificação afastada das divisas.
público ......................
20m² § 2.º Será tolerado o projeto das caixas de
Garagens ................... por — 2,50 2,50 elevador e da escada junto às fachadas quando
veículo houver tratamento arquitetônico adequado.
Vestiários de utilização
** — 2,60 0,80 CAPÍTULO VIII
coletiva .....................
Casas de máquinas ..... — — 2,00 —
Iluminação e ventilação das edificações
Locais para despejo de
— — 2,80 —
lixo ...........................
Art. 135. Para efeitos de iluminação e ventila-
* Compatível com a lotação
ção, o espaço exterior a uma edificação, em toda
** Compatível com o número de usuários
§ 1.º Os banheiros e instalações sanitárias sua altura, fora do lote, são os logradouros públi-
não poderão ter comunicação direta com salas, cos e as servidões públicas.
cozinhas e copas. Art. 136. Prisma frontal é o prisma de iluminação
§ 2.º Quanto aos revestimentos deste com- e ventilação cuja seção horizontal for constituída pela
testada do lote, divisas laterais e linhas de afastamento.
partimento, deverá ser observado o que se segue:
Art. 137. O espaço exterior, de que trata o
a) as cozinhas, copas, banheiros, lavatórios, insta-
artigo 135, e o prisma frontal não estão sujeitos a
lações sanitárias e locais para despejo de lixo terão
pisos e paredes revestidos com material impermeável limites de dimensões para aplicação das disposi-
que ofereça as características de impermeabilidade dos ções deste capítulo.
azulejos, ladrilhos de cerâmicas, etc., devidamente Art. 138. As dimensões da seção horizontal
dos prismas, a que se refere este capítulo, terão
comprovadas pelos institutos de tecnologia oficiais;
que ser constantes em toda a altura da edificação,
b) será permitido nas garagens, terraços e ca-
bem como a sua natureza, se de iluminação e de
sas de máquinas o piso em cimento liso, devida-
ventilação ou só de ventilação.
mente impermeabilizado.
Art. 134. Acima do último teto de todas as Parágrafo único. Ressalvada a hipótese pre-
edificações multifamiliares ou para salas comer- vista na seção 6 do capítulo VI, não serão permiti-
ciais ou das de qualquer uso, que apresentarem dos saliências ou balanços nas dimensões mínimas
estabelecidas para a seção desses prismas.
mais de quatro pavimentos ou altura correspon-
Art. 139. Os prismas de iluminação e ventila-
dente, só poderão existir as caixas-d´água, as
ção e os prismas de ventilação terão suas faces
casas de máquinas e seu “hall” de acesso, obede-
cidas as seguintes disposições: verticais definidas:
1 — caixa-d’água com altura máxima de 2m a) pelas paredes externas da edificação;
acima do último teto projetado; b) pelas paredes externas da edificação e divi-
sa ou divisas do lote;
c) pelas paredes externas da edificação, divisa
[O item 2 vai aqui transcrito com a reda-
ou divisas do lote e linha de afastamento (quando
ção aprovada pelo Decreto n.º 5.858, de
este existir);
23/11/1972.]
d) pelas paredes da edificação e linha de afas-
2 — casa de máquinas cuja altura máxima, tamento (quando este existir).
medida em relação à soleira da última parada do Art. 140. As seções horizontais mínimas dos
prismas a que se refere este capítulo serão propor-
elevador, poderá ser no máximo:
cionais ao número de pavimentos da edificação,
6,5m — para elevadores com velocidade até
conforme a tabela seguinte:
90 m/min;
8m — para elevadores com velocidade acima Dimensões mínimas das seções
horizontais dos prismas ao nível
de 90m/min e até 105m/min; NÚMERO
do último pavimento
9m — para elevadores com velocidade acima DE
de 105 m/min e até 180 m/min; PAVIMENTOS Prisma de ilu- Prisma de
minação e ventilação (ML)
13m — para elevadores com velocidade acima
ventilação (ML)
de 180 m/mim;
até 2 pavimentos 3,00 x 3,00 1,50 x 4,00
3 — “hall” de acesso à casa de máquinas com
altura máxima de 2m acima da altura do teto pro- 3 pavimentos 3,20 x 3,20 1,80 x 3,40
jetado. 4 pavimentos 3,80 x 3,80 2,30 x 2,80
§ 1.º Esses elementos da edificação, tratados 5 pavimentos 4,60 x 4,60 2,60 x 2,60
neste artigo, deverão apresentar afastamento mí- 6 pavimentos 5,40 x 5,40 3,00 x 3,00
165
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
7 pavimentos 6,20 x 6,20 3,40 x 3,40 Art. 144. Para os efeitos de aplicação do que
8 pavimentos 7,00 x 7,00 3,80 x 38,0 dispõe este capítulo, é aceito o direito real de servi-
dão recíproca de áreas comuns contíguas às divisas.
9 pavimentos 7,80 x 7,80 4,20 x 4,20
§ 1.º A comunhão de áreas para a formação
10 pavimentos 8,60 x 8,60 4,60 x 4,60 de prismas de iluminação e ventilação ou de venti-
11 pavimentos 9,40 x 9,40 5,00 x 5,00 lação fica subordinada à concordância mútua dos
12 pavimentos 10,20 x 10,20 5,40 x 5,40 proprietários dos lotes contíguos, estabelecida por
acima de 12 pavimentos * * escritura pública ou termo de obrigações assinado
* Para as seções horizontais dos prismas de no órgão estadual competente, ambos devidamen-
iluminação e ventilação, acima do décimo- te registrados no Registro Geral de Imóveis.
segundo pavimento, serão acrescidos, por pa- § 2.º No caso de existir diferença de nível en-
vimento, 0,7m às suas dimensões mínimas; tre os lotes, a comunhão a que se refere o pará-
para os prismas de ventilação esses acréscimos grafo anterior será considerada a partir do nível do
serão de 0,3m; da mesma maneira se os pris- mais alto.
mas se ligarem diretamente ao logradouro (á-
reas C e D do artigo 139), as dimensões refe- CAPÍTULO IX
rentes aos prismas de iluminação e ventilação
poderão ser reduzidas de 30%. Iluminação e ventilação dos compartimentos
§ 1.º As dimensões mínimas da tabela deste
artigo são válidas para alturas de compartimento Art. 145. Todo e qualquer compartimento de-
até 3m; quando essas alturas forem superiores a verá ter comunicação com o exterior através de
3m, para cada metro de acréscimo na altura do vãos ou dutos pelos quais se fará a iluminação e
compartimento, as dimensões mínimas ali estabe- ventilação ou só a ventilação dos mesmos.
lecidas serão aumentadas de 10%. Parágrafo único. A exaustão de gases devida
§ 2.º Nas edificações de até dois pavimentos à combustão de gás canalizado e a ventilação ne-
será tolerada a largura mínima de 1,5m nos casos cessária para este caso seguirão normas do regu-
do prisma C. lamento do órgão estadual competente.
§ 3.º Será tolerada a ventilação, única e ex- Art. 146. Só poderão se comunicar com o ex-
clusivamente, para instalações sanitárias, por meio terior através de dutos de ventilação os seguinte
de prisma de ventilação tendo as dimensões redu- compartimentos:
zidas até a metade das estabelecidas para o pavi- A. Habitáveis:
mento, com dimensão mínima de 1m. 1 — auditórios e “halls” de ventilações;
Art. 141. A seção horizontal mínima de um 2 — cinemas;
prisma de iluminação e ventilação ou só de venti- 3 — teatros;
lação poderá ter forma retangular desde que: 4 — salões de exposições.
a) o lado menor tenha, pelo menos, 70% das B. Não-habitáveis;
dimensões estabelecidas na tabela do artigo 140; 1 — circulações;
b) o lado maior tenha dimensão necessária a 2 — banheiros, lavatórios e instalações sanitárias;
manter a mesma área resultante das dimensões 3 — salas de espera, em geral;
estabelecidas na referida tabela. 4 — subsolos.
§ 1.º Para essas áreas de forma retangular, § 1.º Os locais de reunião mencionados neste
as aberturas de vão para iluminação e ventilação, artigo deverão prever equipamentos mecânicos de
ou só de ventilação de um compartimento, só se- renovação ou condicionamento de ar.
rão permitidas quando localizadas no lado menor § 2.º Nas unidades residenciais e nas unida-
do retângulo, nos casos das áreas A e B. des destinadas a comércio, negócios e atividades
§ 2.º No caso de prisma de ventilação, a di- profissionais, os dutos a que se refere o item “b”
mensão mínima resultante será 1,5m. deste artigo serão horizontais e não poderão ter
Art. 142. Em uma unidade residencial será comprimento superior a 6m.
permitida a ventilação de compartimentos destina- Art. 147. Os vãos de iluminação e ventila-
dos à utilização por serviçais, com área compreen- ção, quando vedados, deverão ser providos de
dida entre 4m2 e 5m2 e uma dimensão mínima de dispositivos que permitam a ventilação perma-
1,5m através de prisma de ventilação. nente dos compartimentos.
Art. 143. Quando houver área coletiva para i- Art. 148. Nos dormitórios, a vedação de um
luminar e ventilar edificações de uma quadra, essa vão de iluminação e ventilação será feita de ma-
área será considerada para os efeitos do que dispõe neira a permitir o escurecimento e a ventilação
esta capítulo, desde que respeitado o artigo 573 do dos mesmos, simultaneamente.
Código Civil. Art. 149. O vão que ventila um terraço cober-
to terá sua largura igual à dimensão desse terraço,
166
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
2
adjacente ao prisma de ventilação que com ele se (ATE) superior a 150m , é obrigatório o plantio
comunica; a largura mínima desse vão será de de uma muda de árvore para cada 150m2 ou
1,5m e sua altura não poderá ser inferior a 1,5m. fração da área total de edificação (ATE).
Art. 150. Nenhum vão de iluminação e venti- Art. 155. Na construção de edificações de uso
lação ou duto de ventilação que se comunique não-residencial, com exclusão daquelas destinadas a
com o exterior através de terraços cobertos pode- uso industrial e a usos especiais diversos, com área
rá distar mais de 2m dos limites da largura esta- total de edificação (ATE) superior a 90m2, é obrigató-
belecida pelo artigo 149. rio o plantio de uma muda de árvore para cada 90m2
Art. 151. Nenhum vão será considerado co- ou fração da área total de edificação (ATE).
mo iluminando e ventilando pontos do comparti- Art. 156. Na construção de edificações des-
mento que dele distem mais de duas vezes e tinadas a uso industrial e a usos especiais diver-
meia o valor da altura desse compartimento, sos, com área total de edificação (ATE) superior
quaisquer que sejam as características dos pris- a 60m2, é obrigatório o plantio de uma muda de
mas de iluminação e ventilação ou só de ventila- árvore para cada 20m2 ou fração da área total
ção; se o vão se localizar em reentrância do com- de edificação (ATE).
partimento, o fator acima será dois.
§ 1.º O limite de duas vezes e meia o valor da al- [O Decreto n.º 4.874, de 12/12/1984, deu
tura do compartimento poderá ser excedido desde que aos artigos 157 e 158 a seguinte redação:]
seja dada uma área ao vão de iluminação e ventila-
ção, igual a, no mínimo, um quarto da área do com- Art. 157. Se comprovada a impossibilidade
partimento a iluminar e ventilar; esta regra não se total ou parcial de plantio de mudas no lote cor-
aplica nos casos de compartimentos em reentrância. respondente à edificação, o fornecimento de
§ 2.º Os compartimentos habitáveis não po- mudas de árvores à Secretaria Municipal de O-
derão apresentar quaisquer vãos para prisma de bras de Serviços Públicos poderá substituir essa
ventilação. obrigação, total ou parcialmente, caso em que o
Art. 152. A soma total das áreas dos vãos de número de mudas a serem fornecidas será igual
iluminação e ventilação de um compartimento, a três vezes o que restar para o exigido de acor-
assim como a seção dos dutos de ventilação, terão do com os artigos 154, 155 e 156 deste regula-
seus valores mínimos expressos em fração da área mento, conforme o caso.
desse compartimento, conforme a tabela seguinte: Art. 158. O plantio de mudas de árvores em
área pública ou de preservação permanente
Compartimentos Vãos que se comu- Comunicação atra- também poderá substituir, total ou parcialmente,
nicam diretamente vés dos dutos — o plantio no lote correspondente à edificação,
com o exterior seção mínima caso em que o número de mudas a serem plan-
Habitáveis 1/6 * tadas será igual a duas vezes o que restar para o
Não-habitáveis 1/8 1/6 exigido de acordo com os artigos 154, 155 e 156
* Variável, compatível com o volume de ar a deste regulamento, conforme o caso.
renovar ou condicionar. Art. 159. As mudas de árvores deverão cor-
responder a essência florestais nativas de, pelo
Art. 153. Quando a iluminação do comparti- menos, 1,5m de altura.
mento se verificar por uma só de suas faces, não
deverá existir nessa face pano cego de parede que
tenha largura maior que uma vez a largura ou REGULAMENTO PARA O ASSENTAMENTO DE
soma das aberturas. MÁQUINAS, MOTORES E EQUIPAMENTOS.
[O capítulo X foi acrescentado pelo Decre- CAPÍTULO I
to n.º 2.299, de 27/9/1979.]
Generalidades
CAPÍTULO X
Art. 1.º Este regulamento estabelece normas
Disposições finais para o assentamento de máquinas, motores e
equipamentos:
Seção única a) de aparelhos de transporte verticais, horizon-
tais ou inclinados, para passageiros, cargas e veículos;
Arborização b) de exaustão e condicionamento de ar;
c) de coleta e eliminação de lixo;
Art. 154. Na construção de edificações de d) de aparelho de recreação;
uso residencial, com área total de edificação e) de projeção cinematográfica;
167
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
f) de distribuição hidráulica; TB-1 e NB-10, da Associação Brasileira de Normas
g) de distribuição interna de energia elétrica; Técnicas (ABNT).
h) de distribuição interna de gás; Art. 30. Qualquer elemento construtivo das
i) de distribuição interna de rede telefônica; instalações de condicionamento e exaustão de ar
j) de extinção de incêndio; não poderá alterar as características mínimas fixa-
l) de coleta de esgotos sanitários e água pluviais; das para as edificações.
m) de geradores, recipientes de vapor e cal-
deiras de aquecimento. CAPÍTULO IV
§ 1.º O assentamento de máquinas, motores
e equipamentos não especificamente citados neste Coleta e eliminação de lixo
artigo obedecerá, todavia, às condições estabeleci-
das nos Regulamentos de Zoneamento e Edifica- Arts. 31 a 40. [Revogados pelo Decreto “E”
ções, de acordo com as finalidades de sua utiliza- n.º 4.813, de 1/3/1971.]
ção e localização.
§ 2.º Os aparelhos de transporte a que ser re- CAPÍTULO V
fere o item “a” são:
1 — elevadores; Aparelhos de recreação
2 — monta-cargas;
3 — escadas rolantes; Art. 41. Em cada aparelho de recreação deve-
4 — planos inclinados; rá existir, em local visível, inscrição indicando o
5 — teleféricos; limite máximo de carga e o número máximo de
6 — outros de natureza especial. usuários, além dos quais é perigosa e ilegal a sua
Art. 2.º São responsáveis pelo assentamento utilização.
de máquinas, motores e equipamentos, descritos Art. 42. Nos parques de diversões, explorados
no artigo 1.º, o proprietário dos mesmos ou aquele comercialmente, os aparelhos de recreação deve-
que esteja registrado como responsável pelo as- rão estar isolados das áreas de circulação.
sentamento ou pela conservação, ou por ambos. Art. 43. Quando os aparelhos de recreação fo-
Art. 3.º O assentamento de máquinas, moto- rem movimentados por motores e transmissões,
res e equipamento deverá ser feito de modo a não deverá ser expedido, pelo respectivo fabricante ou
permitir a produção de ruídos, trepidações, calo- assentador, um certificado de garantia de funcio-
res, odores, fumaças, fuligens, poeiras e gases, namento que será fixado em local bem visível.
que possam constituir incômodo para terreiros.
Parágrafo único. Para verificar o cumprimen- CAPÍTULO VI
to do disposto neste artigo, o órgão estadual com-
petente, em qualquer época, poderá inspecionar as Aparelho de projeção cinematográfica
máquinas, motores e equipamentos, exigindo as
alterações que forem julgadas necessárias e esta- Art. 44. Os equipamentos dos aparelhos de
belecendo regras e instruções para sua execução. projeção cinematográfica serão assentados de
acordo com a Portaria n.º 30, de 7 de fevereiro de
CAPÍTULO II 1958, do Ministério do Trabalho.
168
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
aos operadores óculos adequados para o mes- construções e edificações, obedecerá ao regula-
mo fim (artigo 188 da CLT). mento do órgão estadual competente.
Parágrafo único. São consideradas insalu-
bres, em grau médio, as cabinas de projeção CAPÍTULO X
cinematográfica que não observarem as normas
técnicas constantes deste artigo, bem como as Distribuição interna da rede telefônica
que não possuírem esses dispositivos em per-
feito funcionamento. Art. 48. O assentamento de equipamento de
Art. 2.º São estabelecidas ainda as seguin- distribuição interna da rede de telecomunicações
tes normas complementares de higiene e segu- obedecerá às normas e prescrições baixadas pela
rança do trabalho: Telecomunicações Brasileiras, SA. (TELEBRÁS),
I — A área mínima da cabina será de pelo órgão estadual competente ou pelas empresas
12m2, com pé-direito mínimo de 3m (artigos concessionárias. [Redação dada pelo Decreto n.º
199 e 222, da CLT). 1.774, de 20/9/1978.]
II — A cobertura da cabina deverá ser de
material isolante para abrigar o operador da ir- CAPÍTULO XI
radiação solar (artigo 179 da CLT).
III — Os aparelhos termogeradores, tais Extinção de incêndios
como dínamos, transformadores, resistências,
geradores, deverão ser colocados em recinto Art. 49. O assentamento de equipamento de
anexo, fora das cabinas (parágrafo único do extinção de incêndios obedecerá às normas e pres-
artigo 167 da CLT). crições do Corpo de Bombeiros, a quem caberá sua
IV — As instalações sanitárias privativas fiscalização e aceitação. [Ver neste livro o Decreto
das operadores deverão constar de: vaso, chu- estadual n.º 247, de 21/7/1975, e o seu regula-
veiro, armário individual, lavatório, com sabão mento, o Decreto n.º 897, de 21/9/1976.]
e toalha (artigos 170, 171, 172 e 173 da CLT).
Art. 3.º As cabinas de projeção a serem CAPÍTULO XII
construídas, ou reformadas, a partir da vigên-
cia destas normas deverão obedecer obrigato- Coleta de esgotos e águas pluviais
riamente ao disposto nos artigos 1.º e 2.º”
................................................................] Art. 50. O assentamento dos equipamentos
de coleta de esgotos sanitários e de águas pluviais
CAPÍTULO VII obedecerá às normas e prescrições dos respectivos
órgãos estaduais competentes, aos quais estejam
Distribuição hidráulica afetos seus licenciamento.
169
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
1.ª categoria — quando o produto for superior ção de pedreiras, saibreiras, etc., arruamentos, lote-
a duzentos; amentos, desmembramentos, remembramentos,
2.ª categoria — quando o produto for inferior assentamentos e acréscimo de equipamentos e
a duzentos e superior a cinqüenta; motores de demolições.
3.ª categoria — quando o produto for inferior § 1.º Depende também de licença o uso das
a cinqüenta. edificações para qualquer atividade.
§ 3.º As caldeiras de 1.ª categoria deverão § 2.º Independe de licenciamento a execução
ser dotadas de duas válvulas de segurança. de obras não especificadas neste artigo e que não
§ 4.º As caldeiras de 1.ª categoria só poderão impliquem em cumprimento de qualquer exigência
ser assentadas em oficinas de um só pavimento e específica feita pela Lei n.º 1.574, de 11 de de-
estão obrigatoriamente afastadas de uma distância zembro de 1967, e seus regulamentos, não interfi-
mínima de 5m, de qualquer elemento construtivo ram com a área de logradouro público, mesmo por
das edificações vizinhas, ou das divisas do lote. projeção, e com a segurança de terceiros.
§ 5.º Tratando-se de caldeira de 1.ª categoria, o Art. 2.º [Revogado pela Lei n.º 704, de
órgão competente do Estado exigirá, como medida 03/01/1985.]
de segurança, a construção, entre o ponto em que a
caldeira for assentada e as construções vizinhas, de Seção II
um muro de proteção suficientemente resistente.
§ 6.º O assentamento de caldeira de 1.ª cate- Do pedido de licenciamento
goria à distância superior a 10m das divisas do lote
poderá ser feito independentemente da exigência Subseção 2.1
estabelecida no § 5.º
§ 7.º As caldeiras de 2.ª categoria poderão Requerimento
ser assentadas no interior das edificações onde
não existir habitação. Art. 3.º O pedido de licenciamento, seja qual
§ 8.º As caldeiras de 3.ª categoria poderão for seu fim, será dirigido à autoridade competente
ser assentadas em qualquer edificação. para apreciá-lo.
Art. 52. Sempre que julgar necessário, o ór- § 1.º O requerimento será firmado pelo pro-
gão competente poderá exigir inspeção conforme a prietário ou pelo interessado, indicando sua qualifi-
Norma NB-55, da Associação Brasileira de Normas cação e endereço; quando o requerimento for fir-
Técnicas (ABNT). mado por procurador deverá ser juntado o
Art. 53. Os recipientes de vapor, de mais de competente instrumento de procuração.
0,100m3 de capacidade, qualquer que seja sua for- § 2.º No requerimento serão especificamente
ma, alimentados com vapor fornecido por caldeira discriminados:
separada, deverão ser dotados de aparelhamento de a) nome e endereço dos escritórios dos profis-
segurança, podendo ser submetidos à prova de pres- sionais que assinam o projeto, quando for obriga-
são, a juízo do órgão estadual competente. tória sua apresentação, de acordo com as suas
respectivas categorias;
b) nome e endereço do explorador, quando se
REGULAMENTO DE LICENCIAMENTO E tratar de exploração de substâncias minerais;
FISCALIZAÇÃO c) endereço da obra;
d) espécie da obra;
CAPÍTULO I e) prazo para execução da obra.
§ 3.º Os documentos que instruírem o pro-
Generalidades cesso de licenciamento poderão ser apresentados
em fotocópias; nenhum documento poderá ser
Seção I devolvido sem que dele fique fotocópia no proces-
so.
Das obras e atividades sujeitas a licenciatura-
mento Subseção 2.2
170
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
sileira de Normas Técnicas), podendo ser apresen- Seção III
tadas em cópias.
§ 2.º Serão sempre, no mínimo, dois jogos Processamento. Expedição dos alvarás
completos, dos quais, depois de visados, um será Art. 10. Se do exame do projeto resultar a
entregue ao requerente junto com o alvará, e con- verificação de que há erro ou insuficiência de ele-
servado na obra, e o outro será arquivado. mentos, será feita a respectiva exigência, que será
Art. 5.º As escalas mínimas serão: publicada no “Diário Oficial” ou mesmo em boletim
a) de 1:2.000 para as plantas gerais esque- afixado na sede do órgão licenciador.
máticas de localização; Art. 11. As exigências não deverão ser feitas
b) de 1:500 para as plantas de situação e per- parceladamente, mas de uma só vez, na parte
fil do terreno em relação ao meio-fio; relativa a cada repartição.
c) de 1:100 para as plantas baixas; Art. 12. Será aplicável o Decreto “E” n.º
d) de 1:100 para fachadas e cortes, se o edifí- 3.187, de 23 de setembro de 1969, que regula o
cio projetado tiver altura superior a 30m, e 1:50 processo administrativo.
nos demais casos; Art. 13. [Revogado pelo Decreto n.º 9.767, de
e) de 1:25 para os detalhes. 08/11/1990.]
§ 1.º Haverá sempre escala gráfica. Art. 14. Do alvará constarão:
§ 2.º A escala não dispensará a indicação das a) número do processo de licenciamento;
cotas. b) nome do requerente e sua qualificação;
§ 3.º As cotas prevalecerão no caso de diver- c) endereço da obra;
gência com as medidas tomadas no desenho, d) espécie da obra;
atendidas sempre as cotas totais. e) características da obra;
Art. 6.º Nos projetos relativos a alterações f) nome e endereço comercial do profissional
será utilizada a seguinte convenção: responsável pela execução da obra;
a) traço cheio para as partes existentes; g) discriminação de taxas;
b) traço interrompido para as partes novas ou h) quaisquer outros detalhes considerados necessários.
renovar; Art. 15. O alvará e o projeto visado deverão
c) pontilhado para as partes a demolir ou retirar. ser conservados sempre no local da obra para efei-
§ 1.º O projeto, quando de arquitetura, pode to de fiscalização.
ser complementado com indicação em cores, de
acordo com a seguinte convenção: Seção IV
a) preto, para as partes existentes;
b) vermelho, para as partes novas ou a renovar; Validade e cancelamento das licenças de obras
c) amarelo, para as partes a demolir ou retirar.
§ 2.º Os projetos desta espécie de obras se- Art. 16. A licença para execução de qualquer
rão apresentados na escala de 1:50. obra só terá validade após terem sido pagas as
Art. 7.º Todas as folhas do projeto serão assi- taxas previstas no Código Tributário, calculadas
nadas pelo requerente, indicada sua qualidade, e em função da natureza de cada obra, o que dará
pelos profissionais, de acordo com suas atribuições. ao contribuinte, que a requerer, o direto de execu-
Parágrafo único. Os projetos poderão ser tá-la pelo prazo que for fixado no alvará.
apresentados e estudados sem a assinatura do § 1.º Uma vez expedida a guia a que se refere
profissional responsável pela execução da obra, o artigo 13, se dentro de trinta dias, a contar da
mas seu licenciamento e a expedição do respectivo data de sua expedição, não tiverem sido pagas as
alvará serão precedidos, obrigatoriamente, da apo- taxas devidas, estará automaticamente cancelada
sição daquela assinatura. a licença concedida. [O artigo 13 foi revogado pelo
Art. 8.º A retificação ou correção dos proje- Decreto n.º 9.767/90.]
tos, inclusive de cotas, poderá ser feita por meio § 2.º Em conseqüência do disposto no pará-
de ressalvas em local adequado, sempre à critério grafo único do artigo 3.º da Lei n.º 1.574, de 11
do órgão licenciador; as ressalvas serão sempre de dezembro de 1967, o licenciamento de obras
rubricadas e datadas pelo autor do projeto, assim não importa em autorização para sua execução
como visadas e datadas pela autoridade que tenha desde que venha ferir direitos de terceiros.
permitido a correção. Art. 17. As obras que não sofrerem solução
Art. 9.º Sem licença do Estado, o profissional de continuidade no seu andamento terão suas
responsável pela execução de uma obra não pode- licenças prorrogadas tantas vezes quantas se tor-
rá modificar o respectivo projeto e estas modifica- narem necessárias até sua conclusão, ressalvada
ções deverão sempre ser requeridas pelo titular do qualquer disposição específica.
processo. Parágrafo único. As prorrogações deverão
ser requeridas até trinta dias após o término do
171
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
prazo fixado no último alvará, sob pena de multa e específicas de projetar, de construir, de edificar e
embargo das obras. assentar e conservar máquinas, motores e equi-
Art. 18. Quando uma obra não tiver sido iniciada pamentos, aqueles que estiverem devidamente
ou, se iniciada, estiver paralisada por período su- registrados no Conselho Regional de Engenhari-
perior a sessenta dias, a licença já concedida e o a, Arquitetura e Agronomia, da 5.ª Região, em
projeto visado, se houver, estarão cancelados, suas categorias profissionais, e estiverem inscritos
findo o prazo fixado no alvará para sua execução. no Registro de Profissionais do órgão estadual
§ 1.º No caso de obra não iniciada, a conta- competente.
gem das taxas para expedição de novo alvará terá § 1.º A inscrição do profissional habilitado no
processamento como se fora licença nova. Registro de Profissionais se fará em livro próprio e
§ 2.º Para as obras iniciadas, mas que estejam a folha, destinada exclusivamente a cada um, de-
paralisadas, além da contagem das taxas para reinício, verá receber os seguintes lançamentos:
por prazo a critério do contribuinte, será cobrada, para a) nome por extenso e abreviatura usual;
cada seis meses ou fração de paralisação, uma taxa b) número da carteira profissional expedida
de 10% sobre aquela constante do último alvará. pelo CREA, data de sua expedição e anotação da
Art. 19. Durante o prazo de validade de uma profissão cujo exercício fora autorizado pela mes-
licença para execução de qualquer obra, se ficar ma carteira;
devidamente comprovado por documento hábil que c) indicação do diploma acadêmico ou científi-
sobre o imóvel incidem impedimentos judiciais ao co que o profissional possuir e do instituto que o
início da mesma será permitido ao interessado houver expedido, de acordo com o que constar da
incorporar o prazo não utilizado, em novo alvará a carteira profissional;
ser expedido, uma vez que seja paga a taxa calcu- d) setores de responsabilidade profissional,
lada pela aplicação da fórmula: conforme especificado no artigo 24;
e) assinatura individual e rubrica;
T1 x n f) endereço profissional;
___________
T = 10% x g) quitação do imposto sobre serviços através
N do carimbo competente;
onde T = taxa para atualização de prazo; h) anotações de ocorrência relativas às obras
T1 = taxa paga no alvará inicial; de responsabilidade do profissional e aos projetos,
N = prazo (em meses) fixado no alvará, e cálculos, memórias, etc.;
n = número de meses não utilizados. i) anotações de multas, suspensões e quais-
Art. 20. O pagamento da taxa estabelecida no quer outras penalidades.
artigo 19 não exclui o pagamento de outras que te- § 2.º Para controle do órgão estadual compe-
nham sido legalmente criadas ou acrescidas depois tente será organizado um fichário, com fichas indi-
de terem sido calculadas as taxas pagas ou a pagar. viduais para cada profissional, nas quais serão
Art. 21. Quando tiver de ser feita restituição inscritos:
de taxas pagas ou parte delas, a importância a ser a) assinatura e rubrica do profissional;
restituída sofrerá desconto de 10% em benefício b) anotações relativas à sua identificação, de
dos cofres estaduais. acordo com os lançamentos do registro;
Art. 22. Ao Governo do Estado é facultado ne- c) anotações dos projetos e obras pelos quais
gar a contagem das taxas previstas nos artigos 18 e o profissional é responsável, indicando o tipo e
19 deste regulamento se, à época dos requerimen- endereço das obras;
tos, houver novas determinações legais às quais as d) setor ou setores de responsabilidade profis-
licenças já concedidas não venham atender. sional;
e) endereço profissional atualizado.
Seção V § 3.º A inclusão de um novo profissional no
Registro de Profissionais far-se-á pela simples
Profissionais habilitados e firmas ou entidades habi- apresentação da carteira do CREA, com registro da
litadas ao desempenho das atividades específicas de 5.ª Região, e com a prova de quitação dos impos-
projetar, de construir, de edificar e de assentar e con- tos estaduais relativos ao exercício da profissão.
servar máquinas, motores e equipamentos. § 4.º A atualização permanente do endereço
profissional far-se-á, na respectiva ficha, pelo carim-
Subseção 5.1 bo do imposto sobre serviços, que deve constar dos
requerimentos para licenciamento de atividades.
Profissionais habilitados Art. 24. Os setores de responsabilidade pro-
fissional, para as diferentes categorias profissionais
Art. 23. São considerados profissionais legal- e segundo a natureza dos encargos, serão aqueles
mente habilitados ao desempenho das atividades definidos pelo Conselho Regional de Engenharia,
172
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Arquitetura e Agronomia, da 5.ª Região, de acordo quaisquer projetos, memórias ou cálculos, bem
com o que estabelece a Lei Federal n.º 5.194, de como da execução das obras respectivas.
24 de dezembro de 1966. § 2.º Se houver descumprimento das condi-
ções de licenciamento de uma obra e, por isso, for
[Lei n.º 5.194, de 24/12/1966 (D.O. de constatada irregularidade técnica que ameace a
27/12/1966): segurança do que estiver sendo executado ou a de
“Regula o exercício das profissões de en- terceiro, o Estado promoverá imediata vistoria
genheiro, arquiteto e engenheiro-agrô-nomo, e administrativa a fim de tomar as providências ca-
dá outras providências.”] bíveis.
Art. 30. Os profissionais responsáveis pelo as-
Parágrafo único. O exercício das atividades sentamento de qualquer equipamento e de sua
constantes desse quadro poderá ser feito por fir- conservação respondem pelo cumprimento das nor-
mas ou entidades (pessoas jurídicas), devidamente mas do regulamento respectivo, sendo essa respon-
inscritas no órgão estadual competente, com capa- sabilidade extensiva, sobretudo, aos dispositivos de
cidade para cumpri-las. segurança obrigatoriamente empregados.
Art. 25. Somente os profissionais registrados Art. 31. Os profissionais habilitados respon-
poderão assinar os projetos, os cálculos e as me- dem perante o Estado solidariamente com as fir-
mórias apresentados ao Estado ou assumir a res- mas pelas quais estão inscritos.
ponsabilidade pela execução das obras ou assen-
tamento de máquinas, motores e equipamentos. Subseção 5.2
Parágrafo único. Constitui falta grave a as-
sunção fictícia de responsabilidade de execução ou Firmas ou entidade habilitadas
assentamento.
Art. 26. O profissional responsável pelo proje- Art. 32. São consideradas firmas ou entidades
to e execução de obras de assentamento e conser- habilitadas ao desempenho das atividades específi-
vação de máquinas, motores e equipamentos, cas de construir, edificar, assentar e conservar
deverá fazer parte de uma firma instaladora ou máquinas, motores e equipamentos, aquelas que,
conservadora, conforme o caso, devidamente re- além de satisfazerem as disposições da Lei federal
gistrada e licenciada, para poder fabricar ou mon- n.º 5.194, de 24 de dezembro de 1966, estiverem
tar as peças do maquinismo e dos equipamentos inscritas no Registro de Firmas do órgão estadual
em questão, assim como executar os ditos assen- competente.
tamentos e conservá-los.
Art. 27. Um profissional registrado não pode- [Lei n.º 5.194, de 24/12/1966 (D.O. de
rá fazer parte de mais de uma firma habilitada ao 27/12/1966):
desempenho das atividades específicas de proje- “Regula o exercício das profissões de en-
tar, construir edificar, e de assentar e conservar genheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo, e
máquinas, motores e equipamentos. dá outras providências.”]
Parágrafo único. É facultado, todavia, a
qualquer dessas firmas substituir, por outro, o Parágrafo único. A inscrição de uma firma
profissional suspenso ou impedido, desde que de- ou entidade habilitada, no registro do órgão es-
vidamente inscrito pela mesma. tadual competente, se fará em livro próprio, e a
Art. 28. Terminado o prazo para pagamento folha, destinada exclusivamente a cada firma,
dos impostos estaduais relativos às atividades deverá receber os seguintes lançamentos:
profissionais, o profissional registrado terá sua a) qualificação completa das pessoas que
habilitação perante o Estado suspensa, até prova compõem sua diretoria;
do pagamento dos referidos tributos. b) prova do cumprimento do artigo 5.º da
Art. 29. Os projetos, as memórias e os cálcu- Lei Federal n.º 5.194, de 24 de dezembro de
los, apresentados ao Estado, terão como respon- 1966.
sáveis exclusivos os profissionais habilitados que
os assinarem como autores, e a responsabilidade [Lei n.º 5.194, de 24/12/1966 (D.O. de
da execução de qualquer obra de construção, edifi- 27/12/1966):
cação, assentamento e conservação de máquinas, “Art. 5.º Só poderá ter em sua denomi-
motores e equipamentos, caberá exclusivamente nação as palavras engenharia, arquitetura ou
aos profissionais habilitados que tiverem assinado agronomia a firma comercial ou industrial cu-
os respectivos projetos como responsáveis pela ja diretoria for composta, em sua maioria, de
sua execução. profissionais registrados nos conselhos regi-
§ 1.º Não caberá ao Estado qualquer respon- onais.”]
sabilidade decorrente do exame e aceitação de
173
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
c) qualificação completa de seus profissionais ser apresentada ao órgão estadual competente por
legalmente habilitados; ocasião de cada um desses atos.
d) assinaturas e rubricas de cada profissio- § 2.º O pedido de matrícula será feito por
nal; meio de requerimento do proprietário da instalação
e) quitação anual dos impostos estaduais e o pedido de baixa será requerido pelo operador
relativos ao licenciamento das atividades especí- ou pelo proprietário.
ficas de construir, edificar, assentar ou conser- Art. 40. Para cada categoria será organizado
var máquinas, motores e equipamentos; um registro dos operadores, em livros e fichários.
f) anotação de ocorrências relativas às obras
executadas pela firma ou entidade; Seção VIII
g) anotações de multas, suspensões e
quaisquer outras penalidades. Suspensão de exercício
Art. 33. Cada firma ou entidade poderá ter
mais de um profissional registrado no órgão esta- Art. 41. Os profissionais, as firmas ou enti-
dual competente, mas, para cada um de suas dades habilitadas ao desempenho das atividades
obras, apenas um profissional responderá perante específicas de projetar, de construir e edificar,
o Estado. quando cometerem infrações às disposições da
Art. 34. As firmas ou entidades que contra- Lei n.º 1.574, de 11 de dezembro de 1967, e
tarem obras com o Estado deverão estar inscri- seus regulamentos, além das penalidades previs-
tas no Registro Geral de Empreiteiros, da Se- tas pela legislação federal e das multas estabe-
cretaria de Obras Públicas, e só poderão lecidas pela seção VI do capítulo VI deste regu-
participar de concorrência quando fizerem pro- lamento, ficarão sujeitos a:
va dessa inscrição. 1 — suspensão aplicada pelo chefe do órgão
Parágrafo único. A inscrição de que trata es- encarregado do registro, por prazo que perdura-
te artigo será revista anualmente. rá até que seja efetuado o pagamento, quando a
multa imposta não for paga dentro de trinta di-
Seção VI as;
2 — suspensão por três meses a um ano, a-
Entidades habilitadas a assentar e conservar apa- plicada pelo diretor do órgão estadual competen-
relhos de transporte. te;
3 — suspensão por prazo superior a um até
Arts. 35 e 36. [Revogados pelo Decreto “E” cinco anos, aplicada pelo Secretário de Estado de
n.º 5.857, de 23/11/1972.] Obras Públicas;
4 — cancelamento definitivo do registro, de-
Seção VII terminado também pelo Secretário de Obras
Públicas;
Operadores de aparelhos de transporte Parágrafo único. A suspensão poderá
e de instalações mecânicas ser aplicada simultaneamente à firma ou à
entidade e ao profissional, quando a infração
Art. 37. Os operadores de aparelhos de trans- cometida implicar em co-responsabilidade.
porte e de instalações mecânicas, conforme a res-
pectiva natureza ou categoria, são: CAPÍTULO II
a) os cabineiros possuidores de carteira de
habilitação expedida pelo Estado da Guanabara; Licenciamento do parcelamento
b) os operadores de caldeira e os foguistas, e utilização da terra
possuidores de carteira de habilitação expedida
pelo Estado da Guanabara ou pelo Ministério da Seção I
Marinha.
Art. 38. Para obtenção da carteira de habilita- Do desmembramento e remembramento
ção, o candidato a operador apresentará a docu-
mentação necessária exigível e se submeterá a Art. 42. O pedido de licença para desmem-
exame perante o órgão estadual competente, que bramento ou remembramento será feito por reque-
elaborará os respectivos programas. rimento acompanhado dos seguintes documentos:
Art. 39. Aprovado que seja no exame, o can- a) título de propriedade, transcrito no Registro
didato receberá sua carteira de habilitação. Geral de Imóveis, da área ou áreas a desmembrar
§ 1.º Na carteira serão anotadas as matrículas ou remembrar;
e baixas de matrícula de seu possuidor, devendo b) projeto
174
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Art. 43. Examinada e aceita a documentação áreas destinadas a ruas, praças, jardins e re-
e atendidas as exigências que se fizerem necessá- creação, bem como as destinadas a edifícios
rias, a licença será concedida, sendo fornecida públicos e outros equipamentos urbanos. Não
certidão para competente averbação no Registro será passada certidão dos lotes pelas reparti-
Geral de Imóveis, junto com uma cópia visada do ções do Estado, não serão processadas guias de
projeto. transmissão das vendas dos mesmos, nem será
Parágrafo único. Somente após a averbação dado o “habite-se” das construções respectivas,
dos novos lotes no Registro Geral de Imóveis o antes da execução e aceitação definitiva das
Estado poderá conceder licença para construção ou obras do arruamento figurado neste projeto.
edificação nos mesmos. Outrossim, ficam vinculados os seguintes lotes
que não poderão ser vendidos antes dessa acei-
Seção II tação.” (Decreto-lei federal n.º 271, de
28/02/1967).
Da abertura de logradouros e do loteamento
[Decreto-lei n.º 271, de 28/02/1967 (D.
Art. 44. O pedido de licença para aprovação O. de 28/02/1967):
do projeto para abertura de logradouro e lotea- “Dispõe sobre loteamento urbano, respon-
mento de terrenos será feito por meio de requeri- sabilidade do loteador, concessão de uso e es-
mento acompanhado dos seguintes documentos: paço aéreo, e dá outras providências.”]
a) título de propriedade, transcrito no Registro
Geral de Imóveis, dos terrenos a serem arruados e § 2.º Serão vinculados, no mínimo, 20% do
loteados; número total de lotes projetados com frente para
b) certidão negativa de ônus reais; os logradouros a serem abertos, para garantia de
c) declaração expressa do credor hipotecário, execução das obras, sempre que possível em área
se existente, passada em cartório, autorizando o contínua.
arruamento ou loteamento;
d) declaração de possibilidade de abasteci- Seção III
mento de água potável fornecida pela CEDAG;
e) cópia do projeto, aprovado pelo órgão es- Inscrição
tadual competente, de “grade” e esgotamento
pluvial; [A repetição do artigo 45 neste regula-
f) projeto. mento é originária da publicação no “Diário
Art. 45. O projeto, apresentado em uma úni- Oficial”.]
ca tela, acompanhado de cinco cópias, constará
de: Art. 45. Após a aprovação do projeto de
a) planta geral, de localização, esquemática, arruamento e loteamento será fornecida certi-
que compreenda a região onde o terreno estiver dão do projeto, junto com uma cópia visada do
localizado e os logradouros públicos vizinhos projeto, para competente inscrição no Registro
reconhecidos, com a configuração daquele em Geral de Imóveis, pelo requerente e às suas
sua posição exata e as respectivas confronta- custas, devendo nela constar, obrigatoriamente,
ções; o seguinte:
b) plano de conjunto, do arruamento e do lo- a) descrição das áreas destinadas a logra-
teamento completo, no qual deverão ser figurados douros (ruas, avenidas, praças, jardins, par-
os logradouros e praças a serem abertos, e os ques, recuos, etc.), bem como as destinadas a
limítrofes existentes, assim como todas as áreas edifícios públicos e outros equipamentos urba-
“non aedificandi”, ou de reserva, qualquer que seja nos; doação das demais áreas indicadas no
sua natureza, e os lotes vinculados e áreas a se- projeto como as destinadas a outros usos pelo
rem doadas para implantação futura de serviços Estado, quando for o caso;
públicos. b) indicação de todos os gravames que re-
§ 1.º A tela em que forem desenhados os caírem sobre os lotes e a obrigação, por parte
projetos de arruamento e loteamento conterá, do requerente, de fazê-los constar dos docu-
num quadro situado embaixo e à direita, os mentos de transmissão de propriedade, bem
seguintes dizeres, escritos a nanquim, bem como para as áreas “non aedificandi”, espaços
legíveis, aos quais os proprietários aporão “de livres e áreas de servidão;
acordo”: c) quaisquer outras indicações pertinentes
“Desde a data da inscrição deste loteamen- ao ato, cuja especificação seja julgada necessá-
to no registro geral de imóveis, passarão a in- ria;
tegrar o domínio do Estado da Guanabara as
175
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
d) a proibição de venda, promessa de ven- 2 — vincular a prorrogação a cronograma dos
da, ou cessão de direitos dos lotes constantes serviços a serem executados, individualizando os
do projeto aprovado e nele descritos, declarado logradouros a serem aceitos por períodos semestrais.
que não serão fornecidas certidões dos lotes § 2.º A não-conclusão das obras previstas no
pelas repartições do Estado, não serão proces- cronograma dos serviços, por períodos semestrais,
sadas guias de transmissão nem será dado o importará na aplicação de multa diária de cinco
“habite-se” das construções respectivas antes UNIF, vigente desde o último dia do prazo do período
da execução e aceitação definitiva das obras de até a data do despacho que conceda a aceitação.
arruamento figurado no projeto; Art. 48. A transferência a terceiros das obri-
e) indicação de todos os lotes vinculados gações assumidas pelo loteador dependerá da con-
como garantia da execução das obras; cordância expressa do Estado, podendo a adminis-
f) a validade da certidão para fins também tração, por motivos justificados, negar a sua
de inscrição no Registro Geral de Imóveis do concordância.
memorial de incorporação, exigido pela Lei fe- Art. 49. Verificada a inexecução das obras de
deral n.º 4.591, de 16 de dezembro de 1964, urbanização deverá o processo, instruído com o
desde que provada a concessão de financiamen- orçamento das obras faltantes, ser encaminhado à
to para as obras, com declaração fornecida pelo Procuradoria-Geral do Estado, para a propositura
Banco Nacional da Habitação, ou de seus agen- da competente ação judicial.
tes do sistema financeiro. Art. 50. As obras e instalações vinculadas ao
Parágrafo único. A certidão somente será serviço público de abastecimento de água, bem
concedida após a prova de efetivação da inves- como a cessão a título gratuito dos bens necessá-
tidura, quando houver. rios ao mesmo, deverão ser objeto de instrumento
especial a ser firmado com a Companhia Estadual
Seção IV de Águas (CEDAG).
Art. 51. Ficam transferidos à Companhia Es-
Prazo tadual de Águas (CEDAG) todos os direitos atribuí-
dos ao Estado da Guanabara na parte concernente
Art. 46. O prazo a ser inicialmente fixado pa- ao serviço público de abastecimento de água, rela-
ra execução das obras de urbanização de lotea- tivo às obrigações assumidas perante aquele por
mento não excederá a sessenta meses. quaisquer interessados em processos de loteamen-
§ 1.º Quando o prazo inicial for inferior ao li- to e arruamento.
mite máximo acima referido admitir-se-ão prorro- Parágrafo único. Caberá à Companhia Esta-
gações até aquele limite. dual de Águas (CEDAG) promover as medidas ad-
§ 2.º Por despacho do Secretário de Estado ministrativas ou judiciais necessárias para exigir o
de Obras Públicas, dar-se-á suspensão do prazo cumprimento das obrigações de que trata este
inicial ou prorrogação: artigo.
1 — “ex officio”, quando o interesse público o
justificar; Seção V
2 — desde que o requeira o loteador, justifi-
cando e comprovando a necessidade de paralisa- Execução das obras
ção das obras.
Art. 52. A licença para a execução das obras
[O artigo 47 está em seguida transcrito será concedida após a aprovação dos projetos de
com a redação aprovada pelo Decreto “E” n.º arruamento e loteamento e de “grade” e esgotamen-
6.527, de 14/09/1973.] to pluvial, e inscrição no registro geral de imóveis da
certidão do loteamento referida no artigo 45 e do
Art. 47. Esgotado o período máximo de ses- termo de vinculação referido no § 2.º do artigo 44,
senta meses, sem que a execução das obras a que devendo o interessado apresentar ao órgão estadual
se obrigou o loteador esteja completa, o Secretário competente o cronograma das obras.
de Estado de Obras Públicas, se entender que o Parágrafo único. Os projetos de abasteci-
interesse público o justifica, poderá conceder no- mento de água potável e de esgotamento sanitário
vos prazos, igualmente sujeitos às condições pre- (exigido somente nas regiões onde o sistema for
vistas no artigo anterior e seus parágrafos. separador absoluto) serão aprovados pelos órgãos
§ 1.º Na hipótese prevista neste artigo, a ad- estaduais competentes, podendo ser apresentados
ministração, sempre que não o impeçam circunstân- posteriormente ao órgão estadual encarregado de
cias materiais peculiares a cada caso, deverá: fiscalizar o conjunto das obras de arruamento e
1 — impor todas as novas condições previstas loteamento.
na legislação então em vigor, sempre que possível;
176
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Art. 53. As obras, conforme o seu andamen- 2 — autorização para a exploração dada pelo
to, poderão ser aceitas parcialmente, desde que os proprietário do terreno, caso não seja ele o reque-
trechos submetidos a essa aceitação estejam to- rente; se o requerente for titular de decreto fede-
talmente concluídos e com acesso por outro logra- ral de pesquisa ou de lavra, deverá ser feita a pro-
douro já aceito ou reconhecido pelo Estado, man- va competente;
tendo vinculados sempre, pelo menos, 20% do 3 — autorização da Secretaria de Segurança
número de lotes a urbanizar, liberados os demais. Pública, no caso de uso de explosivos, determi-
Art. 54. O não-cumprimento das obrigações nando quais os tipos que poderão ser empregados;
sujeitará o loteador às cominações legais cabíveis, 4 — planta de situação, em três vias, dando a
inclusive multas e ações judiciais, a serem propos- localização relativa ao logradouro e ao prédio ou
tas pelo Estado, o qual poderá promover, se lhe esquina mais próxima, com indicação do relevo do
convier, a incorporação definitiva, ao seu patrimô- solo por meio de curvas de nível, contendo a deli-
nio, dos lotes vinculados. mitação da área a ser explorada, com localização
Art. 55. A licença para a construção de edifi- das respectivas instalações, das edificações mais
cações nos lotes poderá ser expedida paralelamen- próximas dos logradouros, mananciais e cursos de
te à execução das obras dos logradouros desde água situados em uma faixa de largura de 100m
que requerida pelo proprietário, caso integre o em torno da área a ser explorada. Escala mínima:
plano habitacional, através de financiamentos con- 1:2.000;
cedidos pelo Banco Nacional da Habitação ou seus 5 — desenhos com as indicações dos perfis do
agentes do sistema financeiro. terreno, em três vias, em número que permita o
§ 1.º O órgão estadual competente, antes de perfeito entendimento da topografia local.
expedir o alvará de licença para a construção, Art. 58. Para a exploração de areia de rio, o
anexará ao processo declaração, apresentada pelo respectivo processo deverá ser instruído com pare-
proprietário, fornecida pelo Banco Nacional da Ha- ceres favoráveis dos seguintes órgãos:
bitação ou seus agentes do sistema financeiro, a) Departamento Nacional de Obras e
indicando a tramitação de processo de financia- Saneamento, do Ministério do Interior;
mento para a construção solicitada. b) Serviço Nacional de Malária, do Ministério
§ 2.º Os “habite-se” das construções ficam da Saúde.
condicionados à aceitação das obras dos logradou- Art. 59. Para a exploração de areia ou saibro
ros onde se localizem, independentemente de ato de depósito sedimentar, deverão os respectivos
oficial de reconhecimento de logradouro. processos ser instruídos com:
Art. 56. O loteador em atraso de pagamento a) parecer favorável do Serviço Nacional de
dos emolumentos e taxas, por mais de sessenta Malária, do Ministério da Saúde;
dias, ficará sujeito à multa de dez UNIF, aplicar- - b) declaração do órgão competente da Secre-
se-á a multa, mensalmente, no caso de persistir o taria de Agricultura, sobre a imprestabilidade do
atraso. terreno para qualquer cultura.
Parágrafo único. O pagamento das taxas e Art. 60. Para a exploração de pedreiras, para
emolumentos correspondentes à fiscalização das a qual é aplicável o Decreto “E” n.º 2.757, de 1.º
obras de urbanização, será devido a partir de no- de abril de 1969, o requerimento, além das exi-
venta dias da data da aprovação do projeto, inde- gências feitas no artigo 57, deverá ser acompa-
pendente do não-início das mesmas e por período nhado de:
mínimo de 6 meses.
[Decreto “E” n.º 2.757, de 01/04/1969 (D.
CAPÍTULO III O. de 02/04/1969):
“Dispõe sobre o regime de exploração de
Licenciamento para exploração de substâncias pedreiras no Estado da Guanabara e dá outras
minerais do solo e subsolo providências.”]
177
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
§ 1.º O órgão estadual competente fixará o Art. 67. Nos casos de desmonte a fogo ou
prazo e o número de prorrogações da licença, em fogacho, além do termo de responsabilidade, será
função da localização e vulto da exploração permi- exigida a carta de responsabilidade do “blaster”.
tida.
§ 2.º A licença será intransferível. Seção III
Art. 62. O titular da licença se responsabilizará
por todo e qualquer dano porventura causado pela Termo de responsabilidade
exploração, direta ou indiretamente, aos logradouros
ou outras benfeitorias públicas, ou ainda, a terceiros Art. 68. Nos casos de desmonte a fogo, a fo-
e suas propriedades, independentemente das res- gacho ou misto, e de extração de areia ou saibro,
ponsabilidades civil e criminal que no caso couberem, será exigida do responsável a assinatura do termo
o que ficará consignado em termo ou carta de res- de responsabilidade, ou carta de responsabilidade
ponsabilidade. assinada pelo “blaster”.
Art. 63. O pedido de prorrogação de uma li- Parágrafo único. Esse termo ou carta poderão
cença para exploração referente ao exercício sub- ser exigidos, também para os casos de desmonte a
seqüente ao vencido, será apresentado ao órgão frio, a critério do órgão estadual competente.
estadual competente, instruído com o documento Art. 69. Nos termos de responsabilidade, pa-
de licença do exercício anterior. ra cada caso, o Estado imporá as restrições e pres-
§ 1.º A juntada de plantas e perfis, atualiza- crições, inclusive de ordem técnica, que julgar
dos na data do período de prorrogação, é necessá- convenientes e necessárias, marcará prazos, exigi-
ria em caso de se pretender, dentro do novo prazo rá medidas a serem postas em prática para a se-
solicitado, exceder dos limites da área inicialmente gurança e o acautelamento do interesse público e
fixada para a exploração ou de se pretender modi- de particulares.
ficar a área explorável.
§ 2.º O Estado poderá denegar o pedido de Seção IV
prorrogação da licença se julgar inconveniente ou
desaconselhável o prosseguimento dos trabalhos. Depósito de garantia
§ 3.º Nos casos de interrupção, paralisação
ou término da exploração, o Estado poderá estabelecer Art. 70. Ficam sujeitas a depósito de garantia
prazos de prorrogação para a execução de obras em dinheiro as licenças para os desmontes que te-
necessárias a: nham a probabilidade de produzir danos aos logra-
a) recomposição dos aspectos paisagísticos; douros públicos ou às propriedades particulares.
b) segurança e garantia de terceiros ou dos § 1.º O órgão estadual competente, para ca-
logradouros públicos. da pedido de licença, fixará a importância do depó-
Art. 64. O órgão estadual competente, ao sito, que variará segundo o tipo, localização, mé-
conceder o licenciamento, deverá estabelecer nor- todos empregados, vulto, risco e prazo de
mas que delimitem a área a ser explorada, tendo exploração.
em vista a desfiguração dos aspectos paisagísticos § 2.º Esse depósito de garantia antecede
e a estabilidade dos terrenos. sempre à concessão do alvará.
Art. 65. Para a concessão da licença de ex- Art. 71. Todas as licenças para exploração de
ploração, e durante intervalos não superiores a substâncias minerais do solo e subsolo que tenham
cento e oitenta dias, os locais de exploração serão sido concedidas até a data da vigência do presente
inspecionados pelo órgão estadual competente regulamento só terão validade até 31 de dezembro
para verificação do cumprimento do disposto neste de 1970; serão prorrogadas aquelas que, a reque-
regulamento. rimento dos seus interessados, satisfizerem a to-
dos os requisitos desse regulamento.
Seção II
CAPÍTULO IV
Do desmonte para abertura de
logradouros particulares Licenciamento de construções, de edificações
e de demolições.
Art. 66. O licenciamento de desmonte para o
fim de abertura de logradouros por particulares Seção I
deverá ser precedido pelo registro do alvará de
licença para abertura do referido logradouro, no Condições gerais
órgão estadual competente, ainda que o serviço
compreenda apenas o desmonte a frio e qualquer Art. 72. O pedido de licença para execução de
que seja o seu vulto. obras de construção ou de edificação, de acréscimo
178
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
ou modificações (inclusive de uso), em prédios exis- d) conforme o caso, a legenda deverá incluir
tentes, será feito por meio de requerimento, instruído ainda as seguintes declarações:
pelos seguintes documentos:
1 — projeto, de acordo com o que estabelece o 1 — “O conjunto de elevadores será dota-
capítulo I, subseção 2.2, do presente regulamento; do de comando automático em grupo (ou en-
2 — documento hábil que prove as dimensões tão esclarecer por que está dispensado desta
do lote, conforme transcritas no Registro Geral de exigência).
Imóveis; 2 — “Os elevadores atendem ao intervalo
3 — relatório de sondagens e projeto de fun- de tráfego definido no Regulamento Para Ins-
dações, quando se tratar de edificação com mais talação e Conservação de Aparelhos de Trans-
de três pavimentos, para fins exclusivos de consul- porte” (quando se tratar de edificações resi-
tas futuras, quando estas se impuserem; denciais com mais de quinze pavimentos,
4 — projeto esquemático dos elevadores. [Item excluídos o pavimento de uso comum, os pa-
acrescentado pelo Decreto “E” n.º 5.858, de vimentos com lojas e os pavimentos gara-
23/11/1972.] gens).
§ 1.º Nos casos de obras de reforma ou de
modificação interna ou de fachada, é dispensada a e) assinatura do profissional responsável pela
apresentação do documento indicado no item 2. firma instaladora.
§ 2.º É facultada a apresentação de fotogra- § 6.º Deverá ser apresentado novo projeto
fias ou perspectivas que sirvam para melhor ins- esquemático, no caso de substituição de projeto
truir o projeto. aprovado ou de modificações de projeto aprovado
§ 3.º Nos casos em que uma construção ou que impliquem em alterações substanciais na parte
edificação possa interferir com aspectos paisagísti- relativa aos elevadores.
cos e panorâmicos, a apresentação de fotografias § 7.º O projeto esquemático de elevadores
ou perspectivas poderá ser exigida pelo órgão es- para automóveis, automáticos ou não, deverá ser
tadual competente. previamente visado pelo órgão estadual competen-
§ 4.º A exigência contida no item 3 poderá te da Secretaria de Obras Públicas. O visto depen-
ser cumprida até o início da execução das obras, derá da apresentação do cálculo de tráfego e do
anotando-se esta ressalva no respectivo alvará. projeto arquitetônico.
A legenda referida no § 5.º deverá incluir uma
[Os §§ 5.º, 6.º e 7.º, a seguir reproduzi- das seguintes declarações:
dos, foram aditados a este artigo pelo Decreto
n.º 5.858, de 23/11/1972.] 1 — “O tempo médio para a retirada de
um carro é inferior a dois minutos e a garagem
§ 5.º O projeto esquemático dos elevadores será evacuada em menos de quatro horas”
apresentará os seguintes elementos: (quando se tratar de elevadores do tipo dotado
a) planta baixa da casa de máquinas e da de transportador automático).
caixa do elevador, em escala 1:100, sendo dispen- 2 — “A instalação tem capacidade para
sável a marcação de portas e janelas; transportar em sessenta minutos dois terços
b) corte, passando pela casa de máquinas, da capacidade de garagem e obedece ao que
caixa e poço do elevador, com a marcação da pro- dispõe o capítulo III do Regulamento Para Ins-
fundidade do poço, distância da soleira da primeira talação e Conservação de Aparelhos de Trans-
à última parada, e distância da soleira da última porte” (para as demais instalações de apare-
parada à parte inferior da laje do piso da casa de lhos de transporte).
máquinas, bem como pé-direito da casa de máqui-
nas; Seção II
c) declaração em legenda:
Das obras parciais em construções e edificações
“O presente projeto obedece às disposi- existentes
ções da NB-30 e do Regulamento Para Instala-
ção e Conservação de Aparelhos de Transporte [O Decreto n.º 8.048, de 26/08/1998, deu
e é relativo à instalação de .... elevadores de aos artigos 73, 74 e 75 a seguinte redação:]
.... passageiros, com velocidade de ....., ofere-
cendo uma capacidade de transporte de ...... Art. 73. Nas construções e edificações exis-
passageiros, em .... minutos, para o edifício tentes em logradouros para os quais não houver
(residencial, comercial, etc.), a ser construído projeto aprovado de modificação de alinhamento,
na (endereço da obras.” poderão ser licenciadas obras de acréscimo ou de
modificação, quando essas obras observarem as
179
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
normas do Regulamento de Construções e Edifica- força do qual o município fica exonerado de indeni-
ções e as do Regulamento de Zoneamento. zar as obras.
Parágrafo único. É admitida reforma ou Art. 76. As obras de acréscimos em constru-
modificação no trecho sujeito ao afastamento mí- ções ou edificações existentes, mas que não satis-
nimo frontal exigido pelo artigo 100 do Regula- façam ao estabelecido no Regulamento de Zonea-
mento de Zoneamento ou por decreto específico, mento quanto ao uso, não poderão ser licenciadas.
PA ou PAL, desde que mantidas as características Parágrafo único. Nos imóveis sujeitos a de-
exteriores e a volumetria da modificação neste creto de desapropriação somente serão permitidas
trecho. obras que tenham por fim conservá-los ou evitar
Art. 74. Nos imóveis atingidos por projeto de que se deteriorem (Decreto-lei n.º 3.365, de 21 de
recuo progressivo ou por projeto de urbanização, junho de 1941; Código Civil, artigo 63, § 3.º).
quando não obedecido o respectivo projeto, serão
permitidas as seguintes obras: Seção III
1 — reforma e modificações internas, na parte
não atingidas pelo projeto; Dos edifícios públicos. Obras do Estado.
2 — reforma e modificações no trecho atingido
pelo projeto de recuo progressivo ou por projeto Art. 77. De acordo com o que estabelece a
de urbanização, desde que mantidas as caracterís- Lei federal n.º 125, de 03 de dezembro de 1935, a
ticas externas e a volumetria da edificação neste construção de edifícios públicos não poderá ser
trecho; feita sem licença do Estado; as obras deverão ser
3 — acréscimos verticais, na parte não atingi- executadas obedecendo às determinações do pre-
da pelo projeto; sente regulamento e demais posturas estaduais.
4 — acréscimos horizontais, na parte não Art. 78. O pedido de licença para execução
atingida pelo projeto. de obras de um edifício público será feito por meio
§ 1.º Quando o recuo não atingir a edificação de ofício dirigido ao Estado pelo Ministério, órgão
existente, será o mesmo de execução obrigatória autônomo ou autarquia interessados, devendo
nos casos dos itens 3 e 4 deste artigo. esse ofício ser acompanhado de duas vias do pro-
§ 2.º A concessão de licença para as obras jeto de edificações.
mencionadas nos itens 2, 3 e 4 deste artigo, ouvi- Parágrafo único. Além da assinatura do pro-
do o órgão competente quanto ao interesse na fissional legalmente habilitado, o projeto deverá
execução dos respectivos projetos de alinhamento, trazer o visto de servidor responsável com a indi-
fica ainda condicionada a assinatura do termo, por cação do respectivo cargo ou função.
força do qual o município fica exonerado de indeni- Art. 79. O processamento das licenças para
zar as obras. obras de edifícios públicos tem caráter prioritário.
§ 3.º Prevalecem as demais normas do Regu-
lamento de Construções e Edificações e do Regu- Seção IV
lamento de Zoneamento em vigor para as obras a
serem licenciadas, observado o disposto no artigo Das demolições
14 da Lei n.º 1.574/67.
Art. 75. Nos casos em que o imóvel (terreno Art. 80. Os prédios de uma ou mais unidades
edificado ou não) for totalmente atingido por pro- residenciais, existentes e habitados, só poderão
jeto de urbanização para abertura de novos logra- ser parcial ou totalmente demolidos após sua de-
douros, alargamento ou prolongamento dos exis- socupação total.
tentes ou, mesmo parcialmente atingidos deixe Art. 81. A demolição de qualquer construção,
remanescente inaproveitável para construção ou executados apenas os muros de fechamento até
edificação, somente poderão ser permitidas as 3m de altura, só poderá ser executada mediante
seguintes obras: licença expedida pelo órgão estadual competente.
1 — reforma e modificações internas, na parte § 1.º Tratando-se de edifício com mais de
não atingida pelo projeto; dois pavimentos ou de qualquer construção que
2 — reforma e modificações desde que manti- tenha mais de 8m de altura, no alinhamento dos
das as características exteriores e a volumetria logradouros públicos ou afastados deles, a demoli-
existente. ção dependerá sempre de licença e só poderá ser
Parágrafo único. A concessão de licença pa- efetuada sob a responsabilidade de profissional
ra as obras mencionadas no item 2 deste artigo, legalmente habilitado.
ouvido o órgão competente quanto ao interesse na § 2.º No requerimento em que for pedida a
execução dos respectivos projetos de alinhamento, licença para uma demolição compreendida no pa-
fica ainda condicionada a assinatura do termo, por rágrafo precedente, será declarado o nome do
profissional responsável, o qual deverá assinar o
180
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
mesmo requerimento juntamente com o proprietá- b) certificado de funcionamento e garantia dos
rio ou seu representante legal. elevadores e dos equipamentos de coleta e elimi-
§ 3.º Em qualquer demolição, o profissional nação de lixo;
responsável ou o proprietário, conforme o caso, c) certificado expedido pelo Corpo de Bombei-
porá em prática todas as medidas necessárias para ros do Estado da Guanabara, referente à instalação
garantir a segurança dos operários, do público, das contra incêndios;
benfeitorias dos logradouros e das propriedades d) declaração dos órgãos estaduais competen-
vizinhas e, bem assim, para impedir o levantamen- tes relativa às ligações nas redes públicas de abas-
to de pó; molhando o entulho e fazendo a irrigação tecimento de água potável, de esgoto sanitário e
do logradouro público; além disso, o responsável de águas pluviais, nos termos dos regulamentos
pelas demolições fará varrer, sem levantamento de respectivos;
pó, toda a parte do logradouro público que ficar e) certificado de instalação de tubulações tele-
com a limpeza prejudicada pelos seus serviços. fônicas e de sua aprovação, e comprovante de
§ 4.º O órgão estadual competente poderá, pagamento do cabo interno ou documento de isen-
sempre que julgar conveniente, estabelecer as ção; [Redação dada pelo Decreto n.º 1.774, de
horas, mesmo à noite, dentro das quais uma de- 20/09/1978.]
molição deva ou possa ser feita. f) prova, quando couber, de atendimento do
artigo 55 do Decreto-lei Complementar n.º 03, de
[O Decreto n.º 9.729, de 26/10/1990, a- 24 de outubro de 1969;
crescentou ao artigo 81 os §§ 5.º e 6.º com a
seguinte redação dada pelo Decreto n.º [Decreto-lei Complementar n.º 03, de
19.013, de 05/10/2000:] 24/10/1969 (D. O. GB de 24/10/1969):
“Art. 55. Quando o terreno em que se pre-
§ 5.º A demolição e a alteração das edifica- tender construir for atingido por projeto apro-
ções construídas até 1960, inclusive, somente se- vado, que modifique o respectivo alinhamento,
rão autorizadas após o pronunciamento favorável será exigida a assinatura de termo de recuo
do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio antes de aceitação da obra ou concessão do
Cultural do Rio de Janeiro, respeitadas as disposi- ‘habite-se’, mesmo parcial.
ções constantes dos parágrafos anteriores. O pedi- § 1.º Havendo conveniência ou interesse
do de licença para demolição ou para alteração público, poderá o Estado promover o proces-
será instruído com a documentação comprobatória samento amigável do recuo, independente-
da data da conclusão da obra. mente do pedido de licença de obras, caso em
§ 6.º Caberá ao Departamento-Geral de Pa- que a execução do recuo é obrigatória.
trimônio Cultural, da Secretaria Municipal de Cultu- § 2.º A avaliação das áreas de recuo com-
ra, informar o Conselho sobre a data provável da pete ao Departamento de Patrimônio.”]
construção, na inexistência, comprovada, da do-
cumentação exigida no parágrafo anterior. g) declaração do órgão estadual competente
Art. 82. Ultimada que seja a demolição de relativa à aprovação de instalações para recebi-
um prédio, a comunicação deste fato deverá ser mento de gás canalizado, nos termos do regula-
feita imediatamente, pelo órgão licenciado, ao mento respectivo; [Alínea acrescentada pelo De-
setor arrecadador competente. creto “E” n.º 5.524, de 23/06/1972.]
h) declaração do responsável pela edificação,
Seção V comprovando o plantio de mudas de árvore ou seu
fornecimento para plantio à Secretaria Municipal
Conclusão das obras. “Habite-se”. Aceitação. de Obras e Serviços Públicos, em obediência aos
artigos 154 a 159, do Regulamento de Constru-
Art. 83. Depois de terminada a construção de ções e Edificações, conforme o caso. [Alínea
um prédio, qualquer que seja o seu destino, para acrescentada pelo Decreto n.º 2.299, de
que possa ser o mesmo habitado, ocupado ou utili- 27/09/1979.]
zado, deverá ser pedido o “habite-se” pelo titular § 2.º O “habite-se” será concedido pelo órgão
do processo, por meio de requerimento apresenta- estadual competente, depois de ter sido verificado
do ao órgão estadual competente. estar a obra completamente concluída, de acordo
§ 1.º O requerimento do “habite-se” deve ser com o projeto aprovado, o passeio construído,
acompanhado dos seguintes documentos: colocada a placa de numeração e a documentação
a) ficha de inscrição do imóvel no órgão esta- referida no parágrafo anterior completa.
dual competente; Art. 84. Será concedido “habite-se” parcial
nos seguintes casos:
181
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
I — quando se tratar de um prédio composto mo terreno, só poderá ser designada pela
de parte comercial e parte residencial e puder cada Secretaria de Obras Públicas.
uma ser utilizada independentemente da outra; § 2.º É obrigatória a colocação de placa de
2 — quando se tratar de edificação multifami- numeração do tipo oficial em lugar visível, no muro
liar, caso em que poderá ser concedido “habite-se” de alinhamento, na fachada, ou em qualquer parte
para unidade residencial que esteja completamen- entre o muro de alinhamento e a fachada, para
te concluída, sendo necessário que pelo menos um caracterização da existência física da edificação no
elevador esteja funcionando, com o respectivo logradouro, não podendo ser colocada em ponto
certificado, quando se tratar de unidade situada que diste mais de 2,5m acima do nível da soleira
acima da quarta laje (contando a do pavimento de do alinhamento, nem a distância superior a 10m
acesso); em relação ao alinhamento; as placas serão de
3 — quando se tratar de prédio em vila, es- ferro esmaltado, com algarismos brancos em fundo
tando calçada e iluminada a rua da vila desde a azul-escuro para as edificações em logradouros
entrada, no logradouro, até o fim da testada do públicos, em fundo vermelho para aquelas de lo-
prédio a habitar; gradouros particulares.
4 — quando se tratar de mais de um prédio § 3.º A Secretaria de Obras Públicas, quando
construído no mesmo lote, devendo as obras ne- julgar conveniente ou for requerido pelos respecti-
cessárias para perfeito acesso a este prédio, inclu- vos proprietários, poderá designar numeração para
sive de urbanização, se houver, estar concluídas. lotes de terreno.
Art. 85. Depois de terminadas as obras de § 4.º A partir da data de início da vigência
acréscimo, modificações ou reconstrução, deverá deste regulamento, às edificações e aos terrenos
ser pedida, por requerimento apresentado ao ór- localizados em novos logradouros, ou em logra-
gão estadual competente, a aceitação das mesmas douros que ainda não tenham sido oficialmente
obras. numerados, serão distribuídos os números, que
§ 1.º O requerimento de aceitação deve ser correspondem à distância, em metros, entre o
acompanhado dos seguintes documentos: início do logradouro e o centro da testada respecti-
a) ficha de inscrição do acréscimo, quando va, com aproximação de 1m; essa distância será
houver nos órgãos estaduais competentes; medida, para os imóveis de cada lado, a partir da
b) certificado de funcionamento e garantia de interseção do alinhamento respectivo com os mais
elevadores, se houver novos; próximos alinhamentos do logradouro de origem;
c) declaração do órgão estadual competente, para os imóveis situados à direita de quem percor-
referente à ligação de esgoto, se houver instala- rer o logradouro do início ao fim, serão distribuídos
ções sanitárias novas; os números pares, e para os imóveis do outro la-
d) prova, quando couber, de atendimento do do, os números ímpares; nas praças e largos, ori-
Decreto-lei Complementar n.º 03, de 24 de outu- enta-se o seu maior eixo e toma-se, para início, a
bro de 1969; extremidade deste eixo mais próxima da rua prin-
e) declaração do órgão estadual competente cipal de penetração.
referente à instalação de gás canalizado, quando § 5.º As edificações numeradas de acordo
modificada. [Alínea acrescentada pelo Decreto “E” com o sistema adotado anteriormente à data de
n.º 5.524, de 23/06/1972.] início da vigência deste regulamento, conforme a
§ 2.º A aceitação será despachada pelo órgão respectiva situação, terão sua numeração revista,
estadual competente, depois de ter sido verificado reservando-se para cada número a testada de 5m
terem sido as obras executadas de acordo com o e observada a numeração existente; a Secretaria
projeto aprovado e a documentação referida no de Obras Públicas providenciará, no entanto, para
parágrafo anterior completa. que seja feita com a possível urgência a revisão da
numeração antiga, obedecendo nessa revisão ao
Seção VI que determina o § 4.º
§ 6.º Quando em um mesmo edifício houver
Numeração das edificações mais de uma unidade autônoma (apartamentos,
escritórios, etc.) e quando em um mesmo terreno
Art. 86. Todas as edificações existentes ou houver mais de uma casa destinada a ocupação
que vierem a ser construídas no Estado da Guana- independente, cada um destes elementos deverá
bara serão, obrigatoriamente, numeradas de acor- receber numeração própria, distribuída pela Secre-
do com as disposições constantes dos diversos taria de Obras Públicas, com referência, sempre, à
parágrafos deste artigo, para fins cadastrais. numeração da entrada pelo logradouro público.
§ 1.º A numeração das edificações e terre- § 7.º Para todas as unidades autônomas
nos, e bem assim das unidades autônomas exis- (apartamentos, escritórios, etc.) de uma mesma
tentes em uma mesma edificação ou em um mes- edificação, de um pavimento, e para várias casas
182
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
residenciais que existam em um mesmo terreno, a início do logradouro ou por qualquer outro motivo,
numeração será distribuída segundo a ordem natu- apresentam tal necessidade; a mesma providência
ral dos números. será posta em prática para as unidades autônomas
§ 8.º A numeração dos novos edifícios e das (apartamentos, escritórios, etc.) de um mesmo
respectivas unidades será designada por ocasião edifício, cuja numeração estiver em desacordo com
do processamento da licença para a edificação e as disposições deste artigo no que lhes for aplicá-
distribuída para todas as unidades autônomas pro- vel; para os imóveis numerados diretamente sobre
jetadas sobre a planta de cada pavimento, obede- os logradouros, a Secretaria de Obras Públicas
cido o seguinte critério: fará, por ocasião da revisão, a substituição das
a) nos prédios até nove pavimentos a distribuição placas de numeração, devendo providenciar para
dos números para cada unidade autônoma será que sejam expedidas intimações aos respectivos
representada por três algarismos, onde os dois proprietários, indicando o prazo conveniente para a
primeiros indicam a ordem de cada uma delas nos substituição das placas de numeração das unida-
pavimentos em que se situarem; o último algaris- des autônomas distintas de um mesmo edifício,
mo, ou seja, o correspondente ao da classe das quando necessário, em conseqüência da revisão;
centenas, representará o número do pavimento em em todos os casos ficarão os proprietários sujeitos
que as unidades se encontrem; ao pagamento, juntamente com o imposto predial
b) nos prédios com mais de nove pavimentos ou territorial, da taxa estabelecida em lei orçamen-
a distribuição dos números para cada unidade au- tária.
tônoma será representada por números com qua- § 15. É proibida a colocação, em um imóvel,
tro algarismos onde, também, os dois últimos, ou de placa de numeração indicando número que não
seja, os das classes das centenas e unidades de tenha sido oficialmente distribuído pela Secretaria
milhar, indicarão o número do pavimento em que de Obras Públicas ou contendo qualquer alteração
cada uma delas se encontre. na numeração oficial.
§ 9.º A numeração a ser distribuída nos pa- § 16. O Estado intimará os proprietários dos
vimentos abaixo do de nível de acesso e nas so- imóveis encontrados sem placa de numeração
brelojas será procedida das letras maiúsculas “SS” oficial, com essa placa em mau estado, ou com
e “SL”, respectivamente. placa contendo numeração em desacordo com a
§ 10. Quando existir mais de uma casa no in- que tiver sido oficialmente distribuída, e pela falta
terior do mesmo terreno e mais de uma unidade de cumprimento da intimação aplicará a penalida-
em cada casa, a numeração dessas unidades será de estabelecida por este decreto.
distribuída de acordo com os §§ 6.º, 7.º e 8.º Art. 87. O órgão estadual competente da Se-
§ 11. As lojas receberão sempre numeração cretaria de Obras Públicas, quando proceder à
própria; essa numeração será a do próprio edifício, revisão da numeração de um logradouro, promo-
seguida de uma letra maiúscula para cada unidade verá a feitura de expedientes internos que possibi-
independente, sendo as letras distribuídas na or- litarão a publicação, no “Diário Oficial”, de extratos
dem natural do alfabeto; havendo lojas com aces- dos mesmos, para conhecimento do público, e bem
so por logradouros diferentes daqueles pelo qual o assim lhe possibilitará verificar a que número da
prédio tenha sido numerado, poderão elas ser dis- antiga numeração corresponde o novo número
tinguidas do mesmo modo, com o número, porém, designado.
que couber ao edifício no logradouro pelo qual
tiverem acesso (numeração suplementar da edifi- CAPÍTULO V
cação).
§ 12. Quando um edifício ou terreno, além de Do licenciamento do assentamento de
sua entrada principal, tiver entrada por outro ou máquinas, motores e equipamentos.
outros logradouros, o proprietário, mediante re-
querimento, poderá obter a designação da nume- Seção I
ração suplementar relativa à posição do imóvel em
cada um desses logradouros. Do assentamento em geral
§ 13. Nos edifícios-garagens a numeração
das vagas de automóveis será análoga àquela es- Art. 88. A licença para assentamento de no-
tabelecida pelos §§ 6.º, 7.º e 8.º, sendo cada nú- vas máquinas, motores e equipamentos, para fins
mero precedido da letra “V”. industriais ou comerciais, assim como de acrésci-
§ 14. A Secretaria de Obras Públicas procede- mos aos já existentes, será concedida com obedi-
rá à revisão da numeração dos imóveis que não ência das determinações do Regulamento de Zo-
estejam numerados de acordo com o que dispõe o neamento, tendo em vista a natureza e o fim da
§ 5.º deste artigo e bem assim a daqueles que maquinaria.
futuramente, como conseqüência da alteração do
183
CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Parágrafo único. Excetuam-se da obriga- Art. 97. Acompanham ainda o requerimento
toriedade de licenciamento prévio os equipamen- plantas com indicação completa das características
tos que empregue motores cuja soma de potên- do local onde se pretende fazer o assentamento:
cia seja inferior a três HP, desde que ligados na locação, dimensão, uso, etc.
rede de iluminação elétrica e que se destinem a
acionar operatrizes cujo funcionamento não ve- Seção IV
nha, de qualquer modo, causar prejuízos a ter-
ceiros. Do assentamento de equipamentos
Art. 89. O pedido de licença para assenta- para eliminação de lixo
mento ou modificação será feito por meio de
requerimento apresentado ao órgão estadual Art. 98. Os pedidos de licença para assenta-
competente. mento de equipamentos para eliminação de lixo,
§ 1.º Nesse requerimento deverá constar a de qualquer espécie, deverão ser processados no
relação ou “coleta” de que se compõe o equipa- âmbito do órgão estadual competente, de acordo
mento, em duas vias, obedecendo às normas bai- com o respectivo regulamento.
xadas pelo órgão estadual competente. Art. 99. Os projetos apresentados deverão
§ 2.º Tratando-se de aparelhos de transpor- ser examinados pelo órgão estadual competente,
te, serão observadas as disposições do respectivo no qual deverão ser atendidos todos os pedidos de
regulamento. [Redação dada pelo Decreto n.º esclarecimento e exigências legais.
5.858, de 23/11/1972.]
§ 3.º Em qualquer caso, o órgão estadual CAPÍTULO VI
competente poderá exigir, ainda, a apresentação
de planta, desenho, fotografia, catálogo ou ou- Fiscalização
tros elementos esclarecedores relativos ao equi-
pamento ou ao local a que o mesmo se destina. Seção I
Art. 90. Os equipamentos de caráter tem-
porário destinados à execução de obras serão Generalidades
licenciados e registrados pelo local da sede ou
escritório dos seus responsáveis, que poderão Art. 100. Ao Estado assiste o direito de, em
transportá-los para qualquer ponto do Estado da qualquer tempo, exercer função fiscalizadora, no
Guanabara. sentido de verificar a obediência aos preceitos da
Art. 91. As declarações das coletas e reque- Lei n.º 1.574, de 11 de dezembro de 1967, e sua
rimentos serão feitos sob a inteira responsabilida- regulamentação.
de do interessado e servirão de base ao estudo do § 1.º Os funcionários investidos em função
processo. fiscalizadora poderão, observadas as formalidades
Art. 92. Tratando-se de equipamento que legais, inspecionar bens e documentos de qualquer
não esteja sujeito, de acordo com este regulamen- espécie, desde que relacionados com a legislação
to, à apresentação de certidão de funcionamento e específica.
de garantia ou provas especiais, o início do funcio- § 2.º O desrespeito ou desacato a funcionário
namento fica autorizado. no exercício de suas funções ou empecilho oposto
à inspeção a que se refere o parágrafo anterior,
Seção II sujeitará o infrator não só às multas previstas nes-
te regulamento, como também à autuação pela
Do assentamento de aparelhos de transporte autoridade policial.
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
Art. 102. O auto de infração será lavrado em Art. 109. A desobediência ao edital acarreta-
quatro vias, manuscritas ou à máquina, permitido rá, independentemente do que nele se determinar,
o emprego de papel carbono. a aplicação de multa.
§ 1.º A primeira via do auto aguardará na Parágrafo único. Na primeira autuação por
repartição, pelo prazo de dez dias, o pagamento desrespeito ao edital, será anexada uma cópia
da multa, findo o qual será remetida para co- deste ao auto de infração; nas autuações que se
brança judicial; a segunda via será entregue na seguirem basta mencionar, no auto, o número do
residência ou sede do infrator, mediante recibo; edital.
a terceira via será remetida ao órgão de controle Art. 110. É assegurado aos infratores o direi-
e a quarta via permanecerá no talão. to de recorrer dos autos de infração, apresentan-
§ 2.º Havendo recusa do infrator em rece- do, em sua defesa, alegação em termos.
ber o auto, o autuante certificará essa ocorrência Parágrafo único. Os recursos interpostos
no verso das primeira, terceira e quarta vias. não terão efeito suspensivo.
§ 3.º Não sendo conhecido o paradeiro do in- Art. 111. Os autos e editais lavrados deverão
frator, o teor do auto deverá ser publicado no ser remetidos à publicação no “Diário Oficial”, no
“Diário Oficial”, certificada esta providência, no prazo de quarenta e oito horas.
verso do auto, com a citação da data da respectiva Art. 112. Os diretores dos departamentos in-
publicação. teressados na execução desta seção baixarão as
Art. 103. Se no prazo de dez dias a multa instruções que se tornarem necessárias para o seu
imposta não for paga, o chefe da repartição au- fiel cumprimento.
tuante certificará o fato, capitulará a infração e a
multa no verso da primeira via, e a remeterá, Seção III
por ofício, ao órgão de controle, que a encami-
nhará à Procuradoria-Fiscal para cobrança judici- Intimação
al.
Art. 104. O auto de infração não poderá Art. 113. As intimações para cumprimento de
ser lavrado em conseqüência de requisição ou disposições que integram o conjunto de atos cons-
despacho; sua lavratura deverá ser precedida de tituídos pela Lei n.º 1.574, de 11 de dezembro de
verificação pessoal do funcionário por ela res- 1967, e sua regulamentação, poderão ser expedi-
ponsável. das pelos distritos e serviços dos departamentos
Art. 105. O funcionário que lavrar o auto interessados ou pelas circunscrições fiscais do De-
de infração assume por este inteira responsabili- partamento de Fiscalização.
dade, sendo passível de punição, por falta grave, § 1.º As solicitações para expedição de inti-
no caso de omissão, erro ou excesso. mações serão feitas por memorando ou ofício,
Art. 106. Os autos relativos a infrações de citando o dispositivo em que as mesmas intima-
dispositivos legais de ordem técnica, inclusive a ções devam ser baseadas e indicando o prazo a ser
falta do “habite-se”, serão lavrados, privativamen- fixado.
te, pelos engenheiros e arquitetos da Secretaria de § 2.º O chefe do órgão autuante providencia-
Obras Públicas. rá para que uma intimação solicitada seja expedi-
Parágrafo único. Os autos de infração, da sem demora e, dentro do prazo de quatro dias
que não sejam de ordem técnica, serão lavrados do recebimento da solicitação, restituirá à autori-
pelos engenheiros e arquitetos da Secretaria de dade solicitante o memorando ou ofício com infor-
Obras Públicas e também pelas circunscrições mação das providências que tiver tomado.
fiscais. § 3.º Decorrido o prazo que tiver sido fixado
Art. 107. Verificado que, em conseqüência da e verificando-se a falta de cumprimento da intima-
lavratura de auto de infração, subsiste ainda, para ção, o processo será novamente remetido ao chefe
o infrator, uma obrigação a cumprir, será expedido do órgão autuante para que seja aplicada a penali-
edital fixando o prazo para seu cumprimento. dade cabível.
Parágrafo único. O prazo para cumpri- § 4.º O chefe de circunscrição fiscal, com os
mento do disposto no edital será fixado pela seus auxiliares, velará pela observância dos prazos
autoridade que o expedir e não poderá exceder marcados nas suas intimações e imporá as penali-
de trinta dias. dades convenientes.
Art. 108. Pela fixação do edital se haverão § 5.º No caso de haver interposição de recur-
por obrigados ao cumprimento do que nele estiver so, será ele juntado ao processo relativo à intima-
determinado os infratores e quaisquer outros inte- ção, para que, depois do necessário despacho, seja
ressados que sejam expressamente mencionados feito o arquivamento, se o despacho for favorável,
no edital. ou para que o processo tenha prosseguimento com
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
as providências convenientes, no caso de despacho quados ou sem as condições de resistência conve-
contrário. nientes, de que possa resultar prejuízo para a se-
§ 6.º Mediante requerimento apresentado pe- gurança da construção ou do equipamento.
lo interessado, a autoridade autuante poderá pror- Art. 117. O embargo poderá ser feito em to-
rogar o prazo fixado na intimação. dos os casos em que se verificar a falta de obedi-
ência a limites, a restrições ou a condições deter-
Seção IV minados em licenciamentos ou estabelecidos nas
licenças, ou nos atestados, ou nos certificados para
Embargo e interdição exploração de minerais ou funcionamento de equi-
pamentos mecânicos e de aparelhos de diverti-
Art. 114. Os embargos e as interdições serão mento.
efetivados pelo Departamento de Fiscalização, da Art. 118. O embargo ou a interdição terão
Secretaria de Justiça. também lugar nos casos dos equipamentos mecâ-
§ 1.º Salvo nos casos de ameaça à segurança nicos e de aparelhos que dependam de prova ou
pública, o embargo ou a interdição deverão ser de vistoria prévia e da expedição de atestado ou
precedidos da autuação cabível. de certificados de funcionamento e garantia e
§ 2.º Os órgãos interessados na efetivação de quando o mesmo funcionamento se verificar sem a
embargos e interdições solicitarão a providência, obediência a tais exigências.
diretamente à circunscrição fiscal da jurisdição, por Art. 119. O embargo ou a interdição em con-
ofício ou em processo já existente. seqüência de falta de licença ou de falta de apre-
§ 3.º Da solicitação deverão constar, especi- sentação de alvará de licença, ou de certificados
ficamente, todos os elementos justificativos da de funcionamento e garantia deverão ser feitos
medida a ser efetivada e a referência à autuação já pelo chefe de circunscrição fiscal, independente-
procedida. mente de solicitação de qualquer outro órgão.
§ 4.º Recebida a solicitação referida no § 2.º, Art. 120. O embargo em conseqüência de fa-
o chefe da circunscrição fiscal, dentro de quarenta lhas ou erros técnicos, ou em conseqüência de
e oito horas, acusará o recebimento e informará discordância com o projeto visado, diferença de
sobre as providências que tiver tomado. alinhamento ou nivelamento, ou falta de obediên-
§ 5.º Quando, por constatação do órgão es- cia a prescrições de ordem técnica do alvará ou da
tadual competente, se verificar que haja perigo licença, deverá ser feito depois da necessária cons-
para a saúde, ou para a segurança do público ou tatação por parte do órgão estadual competente.
do próprio pessoal empregado nos diversos servi- Art. 121. Após a lavratura de um auto de in-
ços, ou ainda para a segurança de estabilidade ou fração, serão expedidos, quando couber, editais de
a resistência das obras em execução, dos edifícios, embargo e de legalização, com prazo de cumpri-
dos terrenos ou dos equipamentos, o embargo ou mento de até trinta dias, para o de legalização.
a interdição são aplicáveis, de um modo geral, em Art. 122. O chefe de circunscrição fiscal e
todos os casos de execução de obras, qualquer que seus auxiliares deverão velar pela observância e a
seja o fim, a espécie ou o local, nos edifícios, nos manutenção do embargo ou da interdição, poden-
terrenos ou nos logradouros; em todos os casos de do solicitar o auxílio de força pública, quando ne-
exploração de substâncias minerais do solo e do cessário, para fazê-los respeitar.
subsolo e de funcionamento de equipamentos me- Art. 123. Quando se tornar necessário, além
cânicos, industriais, comerciais ou particulares; em do embargo, a demolição ou o desmonte, total ou
todos os casos de funcionamento de aparelhos e parcial, de uma obra, de um equipamento ou de
dispositivos de diversões, nos estabelecimentos de aparelhos, ou a execução de providências relativas
diversões públicas, etc. à segurança, na exploração de minerais, será ex-
Art. 115. O embargo terá também lugar pedida intimação que tenha de ser feita para tal
sempre que, sem alvará de licença regularmente fim, pela autoridade autuante.
expedido e registrado, ou sem licença, estiver sen- § 1.º No caso de não ser cumprida a intima-
do feita qualquer obra ou funcionando qualquer ção e tratando-se de obras de assentamento de
exploração ou equipamento que depender de licença. equipamento, de exploração ou de funcionamento
Art. 116. São passíveis, ainda, de embargo não legalizáveis, será realizada uma vistoria admi-
as obras licenciadas, de qualquer natureza, em nistrativa para servir de base à autorização a ser
que não estiver sendo obedecido o projeto visado, dada pelo Secretário de Estado de Obras Públicas,
respeitado o alinhamento ou o nivelamento, cum- da necessária demolição.
prida qualquer das prescrições do alvará de licença § 2.º No caso de julgar necessário, por moti-
e ainda quando a construção ou os assentamentos vo de segurança, que se proceda à demolição ime-
do equipamento estiverem sendo feitos de maneira diata ou ao desmonte imediato, além da providên-
irregular ou com o emprego de materiais inade- cia indicada neste artigo, será realizada vistoria
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administrativa, para servir de base ao procedimen- Parágrafo único. Na intimação e no edital
to conveniente. relativos à segunda vistoria deverá constar que a
Art. 124. O levantamento do embargo só po- diligência se efetuará como determina este artigo,
derá ser autorizado depois de aprovado o paga- mesmo que o proprietário deixe de comparecer ou
mento da legalização. de se fazer representar.
Parágrafo único. Se a obra, o assentamento
de equipamentos, a exploração ou o funcionamen- [O Decreto “N” n.º 16.847, de
to não forem legalizáveis, o levantamento de em- 14/07/1998, deu aos artigos 129, 130 e 131 a
bargo só poderá ser concedido depois da demoli- seguinte redação:]
ção, o desmonte ou a retirada de tudo que tiver
sido executado em desacordo com a lei. Art. 129. A conclusão do laudo de vistoria se-
rá informada à autoridade competente, para de-
Seção V terminar as medidas administrativas cabíveis, con-
forme o caso.
Vistoria administrativa § 1.º Não sendo cumprido o que determina o
laudo de vistoria no prazo para o qual houver sido
Art. 125. A vistoria administrativa terá lugar intimado o responsável, a autoridade competente
de acordo com o estabelecido no artigo 8.º, e seu determinará a adoção das medidas administrativas
parágrafo único, da Lei n.º 1.574, de 11 de de- cabíveis, dentre as quais as seguintes:
zembro de 1967. 1 — despejo e interdição, não sendo necessá-
Art. 126. A vistoria, em regra geral, deverá ria demolição nem desmonte;
ser realizada na presença do proprietário ou de 2 — desmonte ou demolição, precedidos de
quem legalmente prove representá-lo, intimado despejo e/ou interdição, quando necessários, em
previamente pelo chefe de circunscrição fiscal, e caso de usurpação ou invasão de bem público,
terá lugar em dia e hora previamente marcados, ameaça de ruína, ou para salvaguarda da seguran-
salvo nos casos julgados de ruína iminente. ça pública, observância de norma legal ou regula-
§ 1.º Não sendo conhecido ou encontrado o mentar, ou, ainda, para prevenção ou reparação
proprietário ou o seu representante legal, o chefe de danos ao meio ambiente, ao patrimônio cultu-
de circunscrição fiscal fará a intimação por meio de ral, a direitos de consumidor ou a outros interesses
edital publicado no “Diário Oficial” do Estado. difusos, coletivos ou pessoais homogêneos.
§ 2.º Imediatamente depois de efetivada a § 2.° Nas situações previstas no item 2 do §
intimação ou de publicado o edital, o chefe de cir- 1.º deste artigo, a vistoria será realizada indepen-
cunscrição fiscal fará, a respeito, uma comunicação dentemente das formalidades previstas nos artigos
escrita, diretamente encaminhada à dependência 125 a 128.
da Secretaria de Obras Públicas, de onde tiver Art. 130. Nas hipóteses previstas no item 2
partido o pedido de intimação. do artigo anterior, a demolição ou o desmonte
§ 3.º Além da intimação ao proprietário, dire- serão executados de acordo com o seguinte proce-
ta ou por edital, o chefe de circunscrição fiscal fará dimento:
afixar um edital no local onde a vistoria se deva a) interdição da edificação, remoção de mora-
realizar, consignando no mesmo o dia e hora da dores e ocupantes, recolhimento ao depósito públi-
vistoria. co dos bens encontrados — se não retirados pelos
Art. 127. No caso de se encontrar fechada, proprietários — e, após a delimitação, do material
na hora marcada para a vistoria, a propriedade a remanescente;
ser vistoriada, a comissão, se julgar necessário, b) lavratura de termo de demolição ou des-
solicitará ao chefe de circunscrição fiscal, e este monte, conforme o caso, subscrito por duas tes-
tornará efetiva, a interdição da mesma, a não ser temunhas, e, se possível, pelo proprietário, mora-
que haja suspeita de ruína iminente, caso em que dor ou ocupante do imóvel, com narração dos
a comissão fará a vistoria, qualquer que seja o incidentes ocorridos e descrição dos objetos encon-
recurso de que necessite lançar mão, para tanto trados e do material resultante da demolição ou do
recorrendo à autoridade policial. desmonte, com registro do destino que lhes tenha
Art. 128. Na hipótese de não comparecer o sido dado.
proprietário ou o seu representante legal, a comis- Parágrafo único. O disposto neste artigo não
são de vistoria fará um rápido exame a fim de impede que o município opte por adotar as medi-
apurar se o caso admite adiamento; se concluir das judiciais cabíveis.
pela afirmativa, será marcada nova vistoria que se Art. 131. Nas hipóteses não contempladas
realizará à revelia do proprietário, se pela segunda nos itens 1 e 2 do artigo 129, os órgãos municipais
vez deixar de comparecer por si ou pelo seu repre- competentes encaminharão o processo administra-
sentante legal.
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tivo à Procuradoria-Geral do Município, para fins de o interessado poderá apresentar qualquer recurso
eventual propositura da ação judicial cabível. ao Governador, por meio de requerimento.
§ 1.° A Procuradoria-Geral do Município co- § 1.º Esse requerimento será informado com
municará ao órgão competente a decisão judicial urgência e seu encaminhamento deverá ser feito
que autorizar a medida pleiteada, para cumpri- de maneira a chegar a despacho do diretor do de-
mento no menor prazo possível. partamento respectivo, da Secretaria de Obras
§ 2.° Não sendo possível ao município efetivar Públicas, antes de decorrido o prazo marcado pela
a medida autorizada, a Procuradoria-Geral reque- intimação para o cumprimento das exigências do
rerá sua execução por terceiros, como permitir a laudo.
lei processual. § 2.º O recurso não suspende a execução das
§ 3.° Para cobrança dos responsáveis, por providências a serem tomadas, de acordo com as
meio de execução fiscal, os custos e despesas de prescrições deste regulamento, nos casos de ruína
implementação das medidas administrativas serão iminente ou ameaça à segurança pública.
previamente orçados apropriados e encaminhados Art. 135. Uma vistoria poderá ser realizada por
à Procuradoria-Geral, com os seguintes documen- comissão permanente de vistorias que venha a ser
tos: criada, ou por três engenheiros da Secretaria de
a) demonstrativo detalhado das despesas, por Obras Públicas, designados pelo Secretário de Estado
cada órgão ou entidade municipal, com pessoal, de Obras Públicas; quando os três engenheiros per-
materiais e equipamentos; tencerem ao mesmo departamento, a comissão po-
b) certidão de editais de licitação e de contra- derá ser designada pelo respectivo diretor.
tos de obra pública e de serviço público, quando
for o caso. Seção VI
§ 4.° O município notificará o responsável do
valor orçado para cada medida administrativa, Multas
concedendo-lhe dez dias para implementá-la(s).
mediante compromisso, ou depositar a importância Art. 136. Pelas infrações às disposições da
respectiva. Lei n.º 1.574, de 11 de dezembro de 1967, e seus
§ 5.° Efetivada a medida pelo município, a au- regulamentos, serão aplicadas multas de acordo
toridade competente extrairá a respectiva nota de com os parágrafos deste artigo.
débito e a encaminhará à Procuradoria-Geral no Para simplificar, serão designados por:
prazo de 30 (trinta) dias, para cobrança judicial. PRPA — profissionais responsáveis pelos proje-
§ 6.° O agente municipal que, sem expressa e tos apresentados;
fundamentada autorização, não observar os proce- PREO — profissionais responsáveis pela execu-
dimentos dos §§ 3.° a 5.° deste artigo responderá ção das obras, instalações, inclusive assentamentos;
pelos prejuízos que causar. Req. — requerente titular do processo, qual-
Art. 132. No caso de ameaça à segurança quer que seja sua qualidade;
pública, pela iminência de queda ou desmorona- Prop. — proprietário, promitente comprador,
mento de terrenos particulares em que se exija a cessionário e promitente cessionário, imitidos na
execução de trabalhos de consolidação, escora- posse.
mento, corte de terreno ou mesmo a execução de § 1.º Por apresentar projeto em evidente de-
obras, construção de muralhas, etc., o Secretário sacordo com o local, ou falsear medidas, cotas e
de Estado de Obras Públicas determinará a execu- demais indicações do projeto:
ção do que for julgado necessário pelo laudo da ao PRPA — 0,5 a 5 UNIF.
Comissão de Vistoria. § 2.º Por omitir nos projetos e existência de
Art. 133. Quando, em conseqüência de um cursos de água ou de topografia acidentada que
laudo de vistoria, os serviços de demolição, des- exija obras de contenção do terreno:
monte ou a execução de trabalhos e obras forem ao PRPA — 1 a 10 UNIF.
realizados ou custeados pelo Estado, diretamente § 3.º Por executar obra, instalação ou assen-
com o seu próprio pessoal, ou por empreitadas, tamento de máquinas, motores ou equipamentos
contratos, etc., as despesas correspondentes, sem a devida licença:
acrescidas de correção monetária e multa de 20%, ao Prop. e ao profissional ou à firma instalado-
serão pagas pelo proprietário, procedendo-se à ra simultaneamente — 0,2 a 10 UNIF.
cobrança executiva se o pagamento não for efetuado § 4.º Por assunção fictícia de responsabilida-
depois de publicado editais durante cinco dias. de de execução de uma obra, instalação ou assen-
Art. 134. Dentro do prazo fixado na intima- tamento e conservação de equipamentos:
ção resultante de um laudo de vistoria e com tem- ao profissional ou à firma instaladora ou con-
po necessário para as indispensáveis informações, servadora — 1 a 5 UNIF;
ao Prop. — 0,5 a 5 UNIF.
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CÓDIGO DE OBRAS Auriverde
§ 5.º Por executar obra, instalação ou assen- conforme o caso — 20 a 50 UNIF por árvore. [Re-
tar motores ou equipamentos em desacordo com o dação dada pelo Decreto n.º 2.300, de
projeto aprovado ou a licença: 27/09/1979.]
ao PREO ou à firma instaladora ou conserva- § 20. Pela colocação nos logradouros públi-
dora — 1,5 a 10 UNIF; cos, sem licença, de dispositivo ou instalações de
ao Prop. ou ao Req., conforme o caso — 0,5 a qualquer natureza:
10 UNIF. ao responsável — 0,5 a 5 UNIF.
§ 6.º Por imperícia devidamente apurada, na § 21. Por falta de funcionamento nas condi-
execução de qualquer obra ou instalação: ções estipuladas ou por funcionamento deficiente
ao PREO ou à firma instaladora ou conserva- das instalações de ar-condicionado ou de exaustão
dora — 1 a 10 UNIF. mecânica, exigidos pela legislação:
§ 7.º Por habitar unidade de habitação sem o ao responsável — 1 a 10 UNIF.
necessário “habite-se”: § 22. Por fazer funcionar instalações e apare-
Ao Prop. — 0,5 a 2 UNIF. lhos de transporte, sem firma conservadora habili-
§ 8.º Por ocupar prédio ou instalação sem o tada:
necessário “habite-se” ou “aceitação das obras”: ao Prop. — 0,5 a 10 UNIF.
ao Prop. — 0,5 a 5 UNIF. § 23. Por manter aparelhos de transporte
§ 9.º Por não executar em obra, instalação, sem cabineiros, quando exigível:
assentamento ou exploração as proteções necessá- ao Prop. — 0,1 a 1 UNIF.
rias para a segurança dos operários, vizinhos e § 24. Por manter aparelhos de transporte em
transeuntes: funcionamento, de maneira irregular ou com dis-
ao PREO ou à firma responsável — 1 a 20 UNIF. positivos de segurança com defeito:
§ 10. Por não conservar as fachadas, paredes à casa conservadora — 0,5 a 10 UNIF.
externas ou muros de frente das edificações: § 25. Por fazer funcionar máquinas, motores
ao Prop. — 0,2 a 5 UNIF. ou equipamentos sem operador, quando exigível:
§ 11. Por deixar materiais depositados na via ao Prop. ou responsável — 0,1 a 1 UNIF.
pública por tempo maior que o necessário à des- § 26. Por fazer funcionar equipamentos ou
carga ou remoção: aparelhos sem o certificado de funcionamento e
ao Prop. ou ao PREO ou responsável, conforme garantia, quando exigível:
o caso — 0,2 a 2 UNIF. ao Prop. ou responsável e à firma instaladora,
§ 12. Por falta de conservação dos tapumes e simultaneamente — 1 a 5 UNIF.
instalações provisórias das obras: § 27. Por não autorizar a casa conservadora
ao PREO — 0,5 a 5 UNIF. a executar os consertos necessários ao perfeito
§ 13. Por explorar substâncias minerais do funcionamento dos aparelhos de transporte:
solo e subsolo sem a devida licença: ao Prop. — 0,5 a 10 UNIF.
ao Prop. ou ao responsável, conforme o caso § 28. Por paralisar o funcionamento de apa-
— 0,5 a 10 UNIF. relhos de transporte, sem a devida justificativa
§ 14. Por obstruir, dificultar a vazão ou des- técnica:
viar cursos de água ou valas: ao Prop. — 0,5 a 5 UNIF.
ao Prop. ou ao PREO — 1 a 10 UNIF. § 29. Por não comunicar ao Estado a neces-
§ 15. Por falta de sinalização em obra no lo- sidade de execução de consertos nos aparelhos de
gradouro público: transporte, ou assunção de responsabilidade:
ao PREO — 0,2 a 2 UNIF. à casa conservadora — 0,5 a 5 UNIF.
§ 16. Por ocupação indevida, dano ou prejuí- § 30. Por executar serviços privativos de casa
zo de qualquer natureza à via pública, inclusive instaladora:
danos a jardins, calçamentos, passeios, arboriza- à casa conservadora — 0,5 a 5 UNIF.
ção e benfeitorias: ao infrator, de 1 a 50 UNIF. § 31. Por instalar, nos aparelhos de transpor-
[Redação dada pelo Decreto n.º 2.578, de te, peças e equipamentos não aprovados pelo Es-
25/04/1980.] tado:
§ 17. Por falta de conservação do calçamen- à casa conservadora — 0,5 a 5 UNIF.
to, passeio ou muros de fechamento dos terrenos § 32. Por fazer declarações inexatas relativas
edificados ou não: às instalações nas coletas, cálculos e requerimentos:
ao Prop. — 0,2 a 5 UNIF. ao Req. ou à casa conservadora ou à casa ins-
§ 18. Por não fechar no alinhamento existen- taladora — 0,5 a 5 UNIF.
te ou projetado os terrenos baldios: § 33. Por desrespeitar o embargo ou a inter-
ao Prop. – 0,2 a 2 UNIF. dição por motivo de segurança ou saúde das pes-
§ 19. Por cortar ou sacrificar árvore sem li- soas, ou por motivo de segurança, estabilidade e
cença: ao proprietário do terreno ou responsável,
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resistência de obras, dos edifícios, terrenos ou Art. 141. De acordo com o disposto no artigo
instalações: 46, § 1.º, da Lei n.º 1.574, de 11 de dezembro de
ao responsável pelo desrespeito — 0,5 a 10 1967, as multas discriminadas nos parágrafos do
UNIF. artigo 138 serão aplicadas conforme a gravidade
§ 34. Por não cumprir intimação para des- da infração, dentro dos limites indicados.
monte, demolição ou qualquer providência prevista Art. 142. Quando os PREO autuados exerce-
na legislação: rem suas atividades como registrados por firmas,
ao Prop. ou ao PREO — 0,5 a 5 UNIF. estas serão passíveis da mesma penalidade.
§ 35. Por não cumprir intimação decorrente Parágrafo único. A multa não exclui a pos-
de laudo de vistoria: sibilidade de aplicação da pena de suspensão, a
ao Prop. ou ao PREO — 1 a 10 UNIF. ser fixada pelo Secretário de Estado de Obras Pú-
§ 36. Por infração às disposições relativas à blicas, seja para o profissional, seja para a firma.
defesa dos aspectos paisagísticos, dos monumen- Art. 143. Pelas infrações das disposições
tos e das construções típicas: deste regulamento, os autos de infração e seus
ao responsável — 0,2 a 10 UNIF. respectivos editais poderão ser lavrados pelos dis-
§ 37. Por fazer uso de explosivos, em des- tritos ou serviços dos departamentos interessados
montes, sem licença: ou pelas circunscrições fiscais do Departamento de
ao Prop. ou ao responsável — 0,5 a 5 UNIF. Fiscalização, da Secretaria de Justiça.
§ 38. Por falta de precaução ou por projetar Parágrafo único. No caso de haver duplici-
estilhaços sobre a via pública ou os imóveis vizi- dade de autuação, prevalecerá o auto de data mais
nhos, nos desmontes ou nas explorações de pe- antiga, devendo, no caso de autuação simultânea
dreiras: de mesma data, prevalecer o lavrado pelos depar-
ao responsável — 0,5 a 5 UNIF. tamentos interessados.
§ 39. Por exceder os limites fixados nas ex- Art. 144. A aplicação da multa poderá ter lu-
plorações minerais e pelo uso de explosivos nos gar em qualquer época, durante ou depois de
desmontes: constatada a infração.
ao Prop. ou responsável — 0,5 a 5 UNIF. Art. 145. O pagamento da multa não sana a
Art. 137. Pelo não-cumprimento do edital de infração ficando o infrator na obrigação de legalizar
embargo serão aplicadas multas diárias de valor as obras e instalações executadas sem licença ou
igual à do auto de infração correspondente. demoli-las, desmontá-las ou modificá-las.
Art. 138. Pena não-obediência ao edital de Art. 146. A importância da multa sofrerá um
legalização serão aplicadas multas de até o valor desconto de 30% se for paga até dez dias após a
da obra executada ou do equipamento assente lavratura do auto de infração.
sem licença, na seguinte forma:
1 — de 30% do valor — até trinta dias, venci- [O Decreto n.º 2.299, de 27/09/1979, a-
do o prazo do edital; crescentou a este Regulamento o artigo 147 a
2 — de mais 30% do valor — entre trinta e seguir reproduzido:]
sessenta dias após vencido o prazo do edital;
3 — de mais 40% do valor — após sessenta Art. 147. A multa prevista no § 19 do artigo
dias do vencimento do prazo do edital. 136 será cancelada quando o infrator comprovar o
§ 1.º Os prazos referidos neste artigo serão plantio de cinco mudas de árvore ou o fornecimen-
interrompidos quando o infrator solicitar a legaliza- to à Secretaria Municipal de Obras e Serviços Pú-
ção, e pelo período em que não tenha ocorrido blicos de vinte mudas de árvore, por árvore corta-
perempção. da ou sacrificada.
§ 2.º Decorridos os prazos indicados neste Parágrafo único. As mudas de árvore de-
artigo, a legalização não poderá ser concedida sem vem corresponder a essências florestais nativas
que tenha havido as autuações nele previstas. de, pelo menos, 1,5 m de altura.
Art. 139. As multas pela execução de obras e
assentamento de equipamentos sem licença terão ANEXO
seu valor aumentado para cinco vezes, quando na
ocasião da lavratura do auto de infração os mes- GLOSÁRIO DA LEI N.º 1.574, E SEUS
mos já estiverem concluídos. REGULAMENTOS.
Art. 140. Por infração a qualquer disposição
da Lei n.º 1.574, de 11 de dezembro de 1967, e Acesso:
sua regulamentação, omitida nas discriminações Chegada, entrada, aproximação, trânsito, pas-
dos artigos 130, 131 e 132, serão aplicadas multas sagem; em arquitetura significa o modo pelo qual
que, de acordo com a gravidade da falta, variação de se chega a um lugar ou se passa de um local a
0,2 a 10 UNIF. outro, por exemplo, do exterior para o interior ou
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de um pavimento para o seguinte; em planeja- Área bruta do pavimento (ABP)
mento urbano é a via de comunicação através da É a soma da área útil do pavimento com as
qual um núcleo urbano se liga a outro. áreas das seções horizontais das paredes.
Acréscimo: Área bruta da unidade (ABU)
É o aumento de uma construção ou edificação É a soma da área útil da unidade (AUU) com
em área ou em altura. as áreas das seções horizontais das paredes que
Afastamento: separam os compartimentos.
É a menor distância entre duas edificações ou Área coletiva:
entre uma edificação e as linhas divisórias do lote É a área instituída por ato do Poder Executivo
onde ela se situa; o afastamento é frontal, lateral e delimitada, em projeto específico, no interior de
ou de fundos quando essas divisórias forem, res- um quarteirão, e comum às edificações que a cir-
pectivamente, a testada, os lados ou os fundos do cundam, destinada à servidão permanente de ilu-
lote. minação e ventilação.
Altura de um compartimento ou de um pavi- Área de condomínio:
mento: É toda a área comum de propriedade dos con-
É a distância vertical entre o piso e o teto des- dôminos de um imóvel.
se compartimento ou desse pavimento. Área livre:
Altura de uma fachada: É o espaço descoberto, livre de edificações ou
É o seguimento de uma vertical, medido ao construções, dentro dos limites de um lote.
meio e no plano de uma fachada e compreendido Área “non aedificandi”:
entre o nível do meio-fio e um plano horizontal que É a área na qual a legislação em vigor nada
passe pela parte mais alta da mesma fachada, permite construir ou edificar.
quando se tratar de edificação no alinhamento de Área de superposição de faixas de edificação:
logradouro; tratando-se de edificação afastada do É a área decorrente da superposição de fai-
alinhamento a altura da fachada é medida entre o xas de edificações resultantes da fixação de dois
mesmo plano horizontal e o nível do terreno cir- ou mais limites de profundidade dessas edifica-
cundante. ções.
Alvará: Área total da edificação:
É a licença administrativa para realização de É a soma das áreas brutas dos pavimentos.
qualquer obra particular ou exercício de uma ativi- Área útil:
dade e caracteriza-se pela guia quitada referente É a área do piso de um compartimento.
ao recolhimento das taxas relativas ao tipo de obra Área útil do pavimento (AUP):
ou atividade licenciada. É a soma das áreas úteis das unidades com as
Andaime: áreas úteis das partes comuns, em um pavimento.
Estrutura provisória onde trabalham operários Área útil da unidade (AUU)
de uma obra. É a soma dos compartimentos, habitáveis ou
Andar: não, da unidade.
O mesmo que pavimento. Armazém:
Anteprojeto: Edificação destinada a armazenar matérias-primas,
Esboço, etapa anterior ao projeto definitivo de produtos, mercadorias, máquinas, etc.
uma edificação; constitui a fase inicial do projeto e Banheiro:
compõe-se de desenhos sumários, perspectivas e É o compartimento de uma edificação destina-
gráficos elucidativos, em escala suficiente à perfei- do a instalação sanitária com, no mínimo, lavabo,
ta compreensão da obra planejada. chuveiro ou banheiro e vaso.
Anúncio: Bar:
Qualquer letreiro destinado à propaganda e Estabelecimento comercial onde se servem re-
que não se relacione ao uso ou atividade pertinen- feições ligeiras e bebidas, inclusive as alcoólicas,
te em um lote ou edificação. em balcões ou em mesas.
Apartamento: Caixa-de-rua:
É uma unidade autônoma de uma edificação Parte dos logradouros destinado ao rolamento
destinada ao uso residencial permanente, com de veículos.
acesso independente através de área de utilização Calçada:
comum e que compreende, no mínimo, dois com- O mesmo que passeio.
partimentos habitáveis, um banheiro e uma cozi- Casa de cômodos:
nha. É a edificação residencial multifamiliar que
Área bruta: possui vários domicílios que não constituem unida-
É a área resultante da soma de áreas úteis des autônomas e sem instalações sanitárias priva-
com as áreas das seções horizontais das paredes. tivas para um desses domicílios.
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Circulações: Edifício misto:
Designação genérica dos espaços necessários É a edificação que abriga usos diferentes, e
à movimentação de pessoas ou veículos; em uma quando um destes for o residencial o acesso às
edificação são os espaços que permitem a movi- unidades residenciais se faz sempre através de
mentação de pessoas de um compartimento para circulações independentes dos demais usos.
outro, ou de um pavimento para outro. Edifício público:
Cobertura: Aquele no qual se exercem atividades de gover-
É o último teto de uma edificação. no, administração, prestação de serviços públicos, etc.
Compartimento: Edifício residencial:
Diz-se de cada uma das divisões dos pavimen- É aquele destinado ao uso residencial.
tos da edificação. Escritório:
Conserto em uma edificação: Sala ou grupo de salas destinado ao exercício
É o conjunto de pequenas obras de manuten- de negócios, das profissões liberais, de comércio e
ção que não modifica nem substitui a comparti- de atividades afins.
mentação e os elementos construtivos essenciais Estacionamento de veículos:
da edificação, tais sejam pisos, paredes, telhados, Local coberto ou descoberto em um lote desti-
esquadrias, escadas, etc. nado a estacionar veículos.
Depósito: Favela:
Lugar aberto ou edificação destinada a arma- Solução precária do problema habitacional uti-
zenagem; em uma unidade residencial é o compar- lizando edificações improvisadas, sem atender às
timento não-habitável destinado à guarda de uten- legislações vigentes.
sílios e provisões. Fundo de lote:
Desmembramento: É a parte adjacente à divisa ou às divisas de fundos.
É um aspecto particular do parcelamento da Gabarito:
terra que se caracteriza pela divisão de uma área Significa as dimensões regulamentares permiti-
de terreno sem abertura de logradouros. das ou fixadas para uma construção ou edificação.
Edícula: Galpão:
Edificação complementar à edificação princi- É a edificação destinada geralmente a fim in-
pal, sem comunicação interna com a mesma. dustrial ou comercial constituída por cobertura
Edificação: apoiada em paredes ou colunas, cuja área é fecha-
É a construção destinada a abrigar qualquer da parcial ou totalmente em seu perímetro.
atividade humana. Garagem:
Edificações contíguas: Área coberta para guarda individual ou coleti-
São aquelas que apresentam uma ou mais pa- va de veículos.
redes contíguas às de uma outra edificação, este- Grupamento de edificações:
jam dentro do mesmo lote ou em lotes vizinhos. É o conjunto de duas ou mais edificações em
Edificação isolada: um lote.
Aquela não contígua às divisas do lote. Habitação coletiva:
Edificação de uso exclusivo: É aquela destinada ao uso residencial de um
É aquela destinada a abrigar só uma ativida- grupo de pessoas, normalmente não unidas por
de comercial ou industrial de uma empresa, apre- laços familiares, ligadas por interesses diversos.
sentando uma única numeração. “Habite-se”:
Edificação residencial multifamiliar: Denominação comum da autorização especial,
Aquela destinada ao uso residencial multifami- dada pela autoridade competente, para a utilização
liar; o conjunto de duas ou mais unidades residen- de uma edificação.
ciais em uma só edificação. “Hall” de elevador:
Edificação residencial unifamiliar: É o espaço necessário ao embarque e desem-
Aquela que abriga apenas uma unidade resi- barque de passageiros, em um pavimento, com
dencial. área e dimensão mínimas, fronteiras às portas dos
Edifícios de apartamentos: elevadores, fixadas pela legislação em vigor.
O mesmo que edificação residencial multifamiliar. Hotel:
Edifício comercial: É a edificação residencial transitória, com uni-
É aquele destinado a lojas ou a salas comerci- dades habitacionais constituídas, no mínimo, de
ais, ou a ambas, e no qual unicamente as depen- um compartimento habitável (quarto) e um ba-
dências do porteiro ou zelador são utilizadas para o nheiro privativo, cujo acesso é controlado por ser-
uso residencial. viço de portaria, e dispondo de partes comuns
Edifício-garagem: adequadas. [Redação dada pelo Decreto n.º
Aquele destinado à guarda de veículos. 3.044, de 23/04/1981.]
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Hotel-residência: Local para despejo de lixo:
É a edificação residencial transitória, com uni- Em uma edificação é o compartimento fechado
dades habitacionais constituídas, no mínimo, de onde se situam os tubos coletores de lixo ao nível
dois compartimentos habitáveis (sala e quarto), de cada pavimento, com as folhas de vão de ace-
um banheiro e uma cozinha, com numeração pró- sos abrindo para seu interior.
pria, cujo acesso é controlado por serviço de porta- Logradouro público:
ria, e dispondo de partes comuns adequadas. É toda a parte da superfície do Estado desti-
[Hotel-residência foi anexado a este glossário pelo nada ao trânsito público, oficialmente reconhecida
Decreto n.º 3.044, de 23/04/1981.] e designada por uma denominação.
Instalação das obras: Loja:
Serviços preliminares que antecedem qualquer Edificação ou parte desta destinada ao exercí-
obra e incluem, normalmente, limpeza de terreno, cio de uma atividade comercial, industrial ou ar-
exame das construções ou edificações vizinhas, mazenagem, geralmente abrindo para o exterior
demolições, colocação de tapumes e tabuletas, (lote ou logradouro) ou para uma galeria de lojas.
ligações provisórias de água, força e luz, assenta- Lotação:
mento de equipamentos diversos e a construção A capacidade, em número de pessoas, de
de abrigos para ferramentas e escritório para o qualquer local de reunião.
pessoal necessário à administração de uma obra. Lote:
Instalação sanitária: Parcela autônoma de um loteamento ou des-
Conjunto de peças e vasos sanitários destina- membramento, cuja testada é adjacente a logra-
do ao despejo e esgotamento de águas servidas e douro público reconhecido.
dejetos provenientes da higiene dos usuários de Loteamento:
uma edificação. É um aspecto particular do parcelamento da
Investidura: terra, que se caracteriza pela divisão de uma área
É a incorporação a uma propriedade particular de terreno em duas ou mais porções autônomas
de uma área de terreno do patrimônio estadual envolvendo, obrigatoriamente, a abertura de lo-
adjacente à mesma propriedade, que não possa gradouros públicos sobre os quais terão testadas
ter utilização autônoma, com a finalidade de per- as referidas porções que passam, assim a ser de-
mitir a execução de um projeto de alinhamento ou nominadas lotes.
de modificação de alinhamento aprovado pelo Go- Meio-fio:
verno do Estado. Arremate entre o plano do passeio e o da pista
Jirau: de rolamento de um logradouro.
É o piso elevado no interior de um comparti- Memória descritiva:
mento, com altura reduzida, sem fechamento ou Documento escrito que acompanha os dese-
divisões, cobrindo apenas parcialmente a área do nhos de um projeto de urbanização, de arquitetu-
mesmo e satisfazendo às alturas mínimas exigidas ra, de assentamento de máquina, ou de uma insta-
pela legislação. lação, no qual são explicados e justificados: os
Lanchonete: critérios adotados, as soluções, os detalhes escla-
Estabelecimento comercial onde se servem re- recedores, a interpretação geral dos planos, seu
feições ligeiras e bebidas, exceto as alcoólicas, em funcionamento ou a operação de dispositivos de
balcões ou em mesas. uma máquina ou equipamento.
Letreiro: Modificação de uma edificação:
Composição de letras, siglas ou palavras para É o conjunto de obras que, substituindo parcial
identificação de uso ou atividade em um lote ou ou totalmente os elementos construtivos essenciais
edificação. de uma edificação (tais sejam: pisos, paredes, cober-
Levantamento do terreno: turas, esquadrias, escadas, elevadores, etc.), modifi-
Determinação das dimensões e todas as ou- ca a forma, a área ou a altura da compartimentação.
tras características de um terreno em estudo, tais Motel:
como: sua posição, orientação, relação com os Hotel onde o abrigo de veículos, além de cor-
terrenos vizinhos e logradouros, etc. responder ao número de compartimentos para
Licença: hóspedes, é contígua a cada um deles.
É a autorização dada pela autoridade compe- “Non aedificandi”:
tente para execução de obra, instalação, localiza- Proibição de construir ou edificar em determi-
ção de uso e exercício de atividades permitidas. nadas zonas estabelecidas por leis, decretos ou
Linha de fachada: regulamento.
É aquela que representa a projeção horizontal “Non altius tolandi”:
do plano da fachada de uma edificação, voltada Restrição que limita altura de uma construção
para o logradouro. ou edificação.
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Parcelamento da terra: Reparo de uma edificação:
Divisão de uma área de terreno em porções O mesmo que conserto de uma edificação.
mínimas, sob a forma de desmembramento ou Restaurante:
loteamento. Estabelecimento comercial onde se servem re-
Passeio: feições completas, em mesas ou balcões com as-
Faixa em geral sobrelevada, pavimentada ou sentos, servindo ou não bebidas alcoólicas.
não, ladeando logradouros ou circundando edifica- Sala comercial:
ções, destinada exclusivamente ao trânsito de Unidade de uma edificação destinada às ativi-
pedestres. dades de comércio, negócios ou das profissões
Pátio: liberais, geralmente abrindo para circulações inter-
Área confinada e descoberta, adjacente à edi- nas dessa edificação.
ficação ou circunscrita pela mesma. Serviços pessoais:
Pavimento: Aspecto peculiar da prestação de serviços que
É o conjunto de áreas cobertas ou descobertas prescinde de loja para sua realização e pode ser
em uma edificação, situadas entre o plano de um prestado a domicílio; ex.: manicuro, massagista,
piso e o teto imediatamente superior. despachante, bombeiro-hidráulico e eletricista.
Pérgula: Sobreloja
Elemento decorativo executado em jardins ou É o pavimento situado sobre a loja, com acesso ex-
espaços livres, consistindo de um plano horizontal, clusivo através desta e sem numeração independente.
definido por elementos construtivos vazados, sem Tapume:
constituir, porém, cobertura. Vedação provisória que separa um lote ou
Piso: uma obra do logradouro público.
É a designação genérica dos planos horizontais Telheiro:
de uma edificação, onde se desenvolvem as dife- É a construção destinada exclusivamente a fim
rentes atividades humanas. industrial ou a depósito, constituída apenas por
Prestação de serviços: uma cobertura apoiada, pelo menos em parte, em
Atividade comercial que se ocupa da prestação colunas, e aberta em seu perímetro.
de serviços cotidianos através de ofícios, tais como Testada do lote:
sapateiro, barbeiro, tintureiro, funileiro, vidraceiro, É a linha que separa o logradouro público do
borracheiro, etc. lote e coincide com o alinhamento existente ou
Prisma de iluminação e ventilação: projetado pelo Governo do Estado.
É o espaço “non aedificandi”, mantido livre, Teto:
dentro do lote, em toda a altura de uma edifica- A superfície interior e superior dos comparti-
ção, destinada a garantir, obrigatoriamente, a mentos de uma edificação.
iluminação e a ventilação dos compartimentos Unidade autônoma:
habitáveis que com ele se comuniquem. É a parte da edificação vinculada a uma fração
Prisma de ventilação: ideal de terreno, sujeita às limitações da lei, constituída
É o espaço “non aedificandi”, mantido livre, de dependências e instalações de uso privativo,
dentro do lote, em toda a altura de uma edificação, destinada a fins residenciais ou não, assinalada por
destinado a garantir a ventilação dos compartimentos designação especial numérica ou alfabética, para
não-habitáveis que com ele se comuniquem. efeitos de identificação e discriminação.
Recuo: Unidade residencial:
É a incorporação ao logradouro público de uma É aquela constituída de, no mínimo, dois com-
área de terreno pertencente a propriedade particu- partimentos habitáveis, um banheiro e uma cozi-
lar e adjacente ao mesmo logradouro a fim de nha.
possibilitar a realização de um projeto de alinha- Vistoria administrativa:
mento ou de modificação de alinhamento aprovado É a diligência efetuada por, no mínimo, três
pelo Governo do Estado. engenheiros ou arquitetos do Estado, com a finali-
Reforma de uma edificação: dade de verificar as condições de uma construção,
É o conjunto de obras que substitui parcial- de uma edificação, de um equipamento ou de uma
mente os elementos construtivos essenciais de obra, em andamento ou paralisada, e ainda de
uma edificação (tais sejam: pisos, paredes, cober- terrenos, não só quanto à sua estabilidade como
turas, esquadrias, escadas, elevadores, etc.), sem quanto à sua regularidade.
modificar, entretanto, a forma, a área ou a altura
da compartimentação. [Publicado em suplemento ao “Diário Oficial”
Remembramento: do Estado da Guanabara, de 04/05/1970; retifica-
É o reagrupamento de lotes contíguos para do no de 15/05/1970.]
constituição de unidades maiores.
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