Doenças Comportamentais - Completo

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Trabalho de P2: Doenas comportamentais

Introduo

os dias de hoje, com a crescente evoluo que se manifesta em todos os cantos do mundo, o Ser humano deveria tambm evoluir em termos de sade. Deveria ser mais saudvel,

isto implicaria, a reduo de doenas e evidentemente reduzir-se-iam o nmero de novos frmacos. Mas, infelizmente esta evoluo no caminha de mos dada com a sade. O que est realmente a acontecer um processo contrrio chamada evoluo.

Apesar desta evoluo ter sido positiva, trouxe com ela alguns aspectos negativos

que,

esto relacionadas ao comportamento de individuo. Sabe-se de antemao, que o individuo um elemento fundamental da sociedade, se este sendo membro de uma colectividade tiver saude influencia positivamente ao meio onde vive. Infelizmente, devido a cultura, a educacao, aos tabus, a religiao, as amizades o ser humana vai adquirindo certos comportamentos que causam doencas. Sao estas chamadas doenas comportamentais, que podem ser definidas como: As condies caracterizadas por alteraes mrbidas do modo de pensar e/ou do humor, e/ou por alteraes mrbidas do comportamento associadas a angstia expressiva e/ou deteriorao do funcionamento psquico global. As doenas comportamentais no constituem apenas variaes dentro da escala do "normal", sendo antes, fenmenos claramente anormais ou patolgicos. salientar que um comportamento anormal no significa, em si, a presena de doena comportamental. Para serem categorizadas como doenas, preciso que essas anormalidades sejam persistentes ou recorrentes e que resultem em certa deteriorao ou perturbao do funcionamento pessoal, em uma ou mais esferas da vida. Os doenas Comportamentais se caracterizam tambm por sintomas e sinais especficos e, geralmente, seguem um curso natural mais ou menos previsvel, a menos que ocorram intervenes. Ao longo do trabalho ser feita uma abordagem sobre os bons e maus hbitos, a prtica do desporto, o alcoolismo e o tabagismo.

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1. BONS E MAUS HABITOS Os estudos feitos, actualmente, concluiram que alguns habitos iniciam nas atitudes que tivemos na nossa infancia, em certos comportamentos que somos deixados cultivar pelos nossos pais e pela escola. Por exemplo, o excesso de protecao, de mimos que levam muitas das vezes a interdependencias, as regras religiosas e ritos que sao obrigados a seguir, ao tribalismo como feitiarias, discussoes, amizade adquiridas sao sistemas que podem prejudicar e/ou induzir ao mau comportamento.

1.1. Definiao
Os hbitos so movimentos repetitivos e automticos de experincias que se reflectem nas mnimas aces dirias do homem, podendo este optar em ter maus ou bons hbitos. Os habitos poder ser dividos em bons ou maus habitos.

1.2. Tipos de Hbitos


Maus hbitos so comportamentos negativos, movidos pela insegurana, medo, complexos de inferioridade e egosmo, processos que impedem o homem de ser feliz. Por exemplo, o sedentarismo, a maledicncia, o mau humor, o melindre e a preguia mental. Ex: Consumo de alcool, tabaco, Sedentarismo, etc Os bons hbitos so adquiridos com o uso da inteligncia, que possibilita chegar lgica e organizar o pensamento, consequentemente, o homem aprende a ter controlo da sua vida. Pode ento organizar-se usando a fora interior e as capacidades nas oportunidades que surgem no dia-a-dia. Ex: Pratica do desporto, etc. Existe uma grande diferenca entre os bons e maus habitos. Por exemplo, os maus habitos provenientes de diferentes influencias tornam a vida mais negativa, levando ao aparecimento de varias doencas rumo a morte. Todavia, os bons habitos ajudam a ter um estilo de vida positiva e sao as melhores formas de prevenir, combater, curar, algumas doenas.

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2. A prtica do desporto
"Sou saudavel!" Esta uma frase que poucos individuos podem afirmar. Na verdade, segundo o conceito da OMS muitos podem considerar-se doentes. Nao estao em completo bem estar fisico, mental, emocional, nem social. Muitos nao tem uma dieta saudavel, trabalham mais do que repousam, sofrem de desilusoes emocionais e profissionais.

E, praticam desporto? Parece que a maioria nao. Por regra geral, quanto mais evoluimos menos importancia damos a saude contribuindo para um o estilo de vida sedentrio. Este um factor de risco relevante para as enfermidades coronria e o acidente cardiovascular (AVC), que considerada a principal causa de morte no mundo. Por ser o sedentarismo um reflexo de um modo de vida podemos encaixar no grupo das causas que promovm as doenas, sendo esta uma doena comportamental. Assim, nesta parte do trabalho abordar-se-a sobre as prticas do desporto que so englobadas no estilo de vida de cada Ser humano, no combate vida sedentria, isto , no combate e preveno de doenas de origem comportamental.

2.1. Definiao
Desporto definido como todas as formas de actividade fsica que contribuem para a capacidade fsica, bem-estar mental e interao social tradicionais), recreao, desporto organizado e competitivo. Actualmente, a OMS recomenda a prtica de actividades fsicas de intensidade leve ou moderada diariamente ou na maior parte dos dias da semana, em pelo menos 30 minutos, para o controle do peso, e de pelo menos 60 minutos dirios de actividade fsica. (OMS, 2003). No entanto deve-se realar que as actividades fsicas/desportivas so benficas quando feitas dentro do tempo aconselhvel. atravs de jogos (que podem ser

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2.2. Tipos de prticas desportivas


Existem vrios tipos de prticas desportivas que variam consoante os gostos, as disponibilidades financeiras e o tempo livre de cada indivduo. Segundo Michel Bouet os desportos classificam-se em: Desporto de Lazer; Desporto de competio (desportos de combate, atltico e radical).

2.3. Principais modalidades praticadas em Moambique


Exitem vrias modalidades desportivas praticadas em diferentes cantos ao mundo. Em Moambique, as modalidades desportivas mais praticadas so:

Natao Ginstica Artes marciais

Voleibol Tipos de desporto

Basquetebol

Boxe

Futebol

Hquei em patins

Atletismo

Infelizmente, muitas pessoas no praticam nenhum tipo de desporto umas por simples preguia, tabus, e outras porque o associam ideia de competio, desconhecendo os benifcios das prticas do desporto.

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2.4. Benefcios das praticas desportivas


Manter um estilo de vida saudvel e cuidar do corpo, nomeadamente atravs da prtica da actividade fsica, muitas vezes, no tem grande peso fase s ocupaes e condicionantes do diaa-dia de cada um. apenas quando o corpo falha, que a obrigao de atender s suas necessidades se impe. Para evitar chegar a esse ponto, importante tomar conscincia das vantagens da prtica regular de desporto. A actividade desportiva um meio de preveno de doenas e um dos melhores mtodos de baixo custo para o governo promover a sade de uma populao. Esta possui inmeras vantagens para o bom funcionamento do corpo humano, nomeadamente: Promover o equilbrio psicolgico, libertando a agressividade, reduzindo o stress, ansiedade, depresso, elevando a auto-estima; Aumentar a oxigenao do organismo e pode mesmo resultar numa sensao de bem estar, ligada libertao de substncias hormonais pelo crebro, as endorfinas; Favorecer a circulao sangunea, melhora a capacidade respiratria e modela o corpo, desenvolvendo a massa muscular; Aumentar a capacidade mental (concentrao); Controlar o peso; Reduzir o risco de morte prematura prevenindo um conjunto de doenas como diabetes, cardacas ou AVC, osteoporose, cancro, hipertenso, obesidade; Ajudar no crescimento e manuteno dos ossos, msculos e articulaes saudveis; Ajudar a prevenir e controlar comportamentos de risco (tabagismo, alcoolismo, toxicofilias, alimentao no saudvel e violncia) especialmente em crianas e adolescentes; Melhora o performance, no geral, porque o indivduo deixa de sentir cansao em actividades simples como andar a p, subir escadas ou correr para apanhar o autocarro. de realar que antes de se comear a praticar um desporto, o indivduo obtenha um aconselhamento mdico de modo a conhecer a sua aptido fsica ou o seu estado de sade. Para alm da prtica do desporto fornecer benefcios, ela pode tambm ter algumas desvantagens.

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2.5. Desvantagens das praticas desportivas

Pode correr-se o risco de desgastar as articulaes e os ossos, principalmente os da coluna e os dos joelhos; Aparecimento de leses nos ombros, nos dedos das mos e nos punhos, caso se submeta a um grande esforo; preciso que se tenha cuidado com os escorreges, que podem exigir um pouco de fora e movimentos de anca acentuados; Podem ocorrer impactos bruscos nos joelhos e na coluna, dever por isso, o praticante do desporto, escolher uns tnis com bons amortecedores; Pode haver a ocorrncia do sndrome de supertreinamento, onde o indivduo fica de tal forma viciado num determinado desporto que acaba excedendo o tempo padro aconselhvel para a prtica do mesmo.

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3. Alcoolismo
Na sociedade comtemporanea, um dos grandes problemas de saude publica o alcoolismo. Este tem dezimado vidas deixando criancas orfao, desestruturando familias, proporcionado violencia e o desemprego. No nosso pais, tem havido um crescente no numero de alcolatras em todas faixas etarias. Nesta parte do trabalho, enfatizaremos as possiveis causas e soluoes desta enfermidade. Sendo preciso, primeiramente, entender o percursor do alcoolismo que o alcool.

3.1. Alcool
um lquido incolor produzido a partir de cereais, razes e frutos. Pode ser obtido a partir da efervescncia destes produtos. O lcool consumido por via oral e um depressor. Aps a sua ingesto, comea a circular na corrente sangunea, afectando todo o organismo, em especial o fgado. O lcool uma das drogas mais comuns e de uso legalizado, alm de incentivado, divulgado e banalizado por propagandas de jornais, revistas e televiso. Os jovens esto comeando a beber cada vez mais cedo: 51,2% de crianas entre 10 e 12 anos j experimentaram bebidas alcolicas.

3.1.1. O que estar alcoolizado?


O indivduo considerado alcoolizado se estiver a partir de 0,6 gramas de lcool por litro de sangue. A tolerncia ao lcool no sangue varia de acordo com o peso, altura e condies fsicas de cada um. Mas, em mdia, a pessoa no pode ultrapassar a ingesto de duas latas de cerveja ou duas doses de bebidas destiladas, seno, j est considerado alcoolizado. O lcool um dos grandes causadores de acidente estando em mais de 50% das causas de acidente nas estradas moambicanas, assim um individuo com 0,6 g/l de lcool no sangue o risco de acidente 50% maior, com 0,8 g/l de sangue o risco de acidente quatro vezes maior, e com1,5 g/l no sangue o risco vinte cinco vezes maior.

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3.2.

Definiao do alcoolismo

uma doena caracterizada pela dependncia fsica e/ou psicolgica de bebidas alcolicas associada a complicaes causadas pelo vcio e pelos efeitos txicos do lcool. O tratamento do alcoolismo complexo e depende do estado e da vontade do paciente. A crise econmica, o desemprego, os problemas emocionais, entre outros factores, tm levado um nmero cada vez maior de pessoas a buscar refgio no lcool. O alcoolismo considerado, na actualidade, um dos principais problemas de sade pblica em todo o mundo. So crescentes os nmeros sobre doenas graves provocadas pelo consumo excessivo de bebidas alcolicas, bem como a incidncia de mortes decorrentes destas doenas. O lcool tambm assusta como causa bsica de acidentes de trnsito, crimes e suicdios.

3.2.1. Tipos de Alcoolismo


Tipo I - incio tardio e pouca complicao social Tipo II - incio precoce, uso e abuso no s de lcool, mas mais frequentemente de outras drogas como cocana, cannabis, anfetamina, opiides, etc, juntamente com graves complicaes sociais.

3.3.

Doenas provocadas pelo lcool

1. Hepatite - consiste na destruio das clulas do fgado, podendo levar morte. Pode ou no provocar dores, falta de apetite e falta de foras. 2. Cirrose Trata-se de uma evoluo da fibrose heptica. Resulta de uma alterao irreversvel da estrutura do fgado, provocando a compresso das clulas e dos vasos sanguneos e conduzindo morte

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3. Cancro do fgado Origina emagrecimento, falta de apetite, perda das defesas normais do organismo e conduz morte em pouco tempo. 4. Gastrite Trata-se de uma inflamao do estmago. Provoca dores, azia, nuseas e vmitos.

3.4.

Prevalncia de comportamento suicida e oconsumo de lcool

1. 65% de todas as tentativas de suicdio esto associadas ao uso de lcool; 2. 15 25% dos suicdios esto associados ao alcoolismo; 3. O risco de comportamento suicida aumenta cerca de oito vezes nas pessoas que apresentam abuso ou dependncia de lcool; 4. Adolescentes que usam lcool tm um risco de suicdio trs vezes maior do que os adolescentes abstmios.

3.5.

Dados estatsticos

O alcoolismo em Moambique atinge entre 10 a 20% da populao. O lcool responsvel por 60% dos acidentes de trnsito nas cidades moambicanas e aparece em 70% dos laudos cadavricos das mortes violentas. O lcool a primeira droga usada por adolescentes. O contato com a bebida ocorre, em mdia, aos 11 anos. O cigarro vem depois, aos 12 anos. A mdia de idade para o primeiro uso de de 13 anos. Aos 14 anos ocorre o contato com a cocana.

3.6.

Problema

Como a realidade social e os meios de comunicao reflectem na dependncia alcolica?

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3.7.

Hipteses
1) Quanto maior a propaganda televisiva maior o consumo de lcool. 2) Quanto menor a informao do grupo social com o qual o jovem relaciona-se maior a influncia deste sobre o jovem em relao ao consumo de lcool. 3) Quanto maior a destruturao familiar maior a propenso dos jovens ao consumo de lcool.

Kilbourne (1991) apudStrasburger (1999), apresenta sete mitos nos quais os anunciantes de lcool desejam que os adolescentes acreditem: Todos bebem lcool; Beber no traz riscos; Beber ajuda a solucionar problemas; O lcool uma poo mgica que pode transform-lo; Esportes e lcool andam juntos; Se lcool fosse realmente perigoso, no estaria sendo anunciado; As companhias de bebidas alcolicas promovem apenas o beber com moderao (p. 397) Anlises de contedo, por Wallacket al. (1990), Strasburger (1993), Postmanet al. (1998), Grube (1993), entre outros, mostram que os comerciais de cerveja parecem sugerir que beber uma actividade absolutamente inofensiva sem maiores riscos a sade. Num estudo de Grube e Wallack (1984), descobriu-se que crianasde 11 e 12 anos com maior conscincia dos anncios de lcool tem crenas mais positivas sobre beber e podem reconhecer mais marcas e slogans. Romelsjo (1987), coloca que na Sucia, uma proibio editada na dcada de 70 sobre todos os comerciais de bebidas alcolicas resultou em uma queda de 20% per capta no consumo de lcool. A experimentao inicial se d pelo fato do adolescente ter amigos que ingerem lcool, gerando uma presso de grupo na direco do uso. Brook ressalta que valores, calor humano e performance escolar dos pares (amigos) tambm podem ser um importante elemento na preveno do uso de lcool.

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3.8.

Principais consequncias (dependncia)

Dos adultos que comearam a beber antes dos 14 anos, 47% se tornaram dependentes; entre os que iniciaram o consumo a partir dos 21 anos, o percentual de dependncia foi de 9%. Exposio a riscos mais srios e imediatos, envolvendo terceiros bastante comum verificar-se nos casos de violncia sexual, quando o autor dessas agresses usurio de bebida alcolica. No a bebida alcolica que determina esse tipo de atitude, mas potencializa uma prdeterminao a esse tipo de conduta. Quando a vtima ingere bebida alcolica: A ingesto de lcool faz com que ela no tenha como exercer seu livre arbtrio, tornandose vtima na relao. No nosso Pas so frequentes os casos de violncia domstica cuja principal causa o alcoolismo.

3.9.

Porque no se deve usar lcool durante a gravidez

O consumo de lcool numa mulher grvida pode produzir alteraes fsicas e comportamentais permanentes e irreversveis na criana que est para nascer. No existe uma quantidade mnima segura de lcool, nem qualquer momento em que seja seguro beber durante a gravidez. Quando uma mulher grvida bebe, o seu beb tambm o faz.

3.10.

Tratamento

O tratamento fundamentado na aceitao da doena, enfrentamento e preveno recada. Actualmente o tratamento do alcoolismo, envolvem duas etapas: Desintoxicao e Reabilitao.

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Recomenda-se durante o tratamento Alcolicos Annimos - Associaes altamente positivas concomitantemente com um tratamento profissional. Terapias comportamentais cognitivas - Estratgias de autocontrolo e automonitorizao (recusa para aceitar bebidas) juntamente com aprendizagem de alternativas para enfrentamento de situaes conflitivas. Terapia conjugal e familiar - No ambiente ps-tratamento, com enfoque para o relacionamento do paciente com familiares.

3.11.

O auxlio de remdios

Dissulfiram - Substncia que fora o paciente a no beber sob a pena de intenso mal estar. Naltrexona uma espcie de antdoto para a intoxicao de herona, morfina e similares. Possui um efeito bloqueador do prazer proporcionado pelo lcool. Acamprosato Inibir os efeitos agudos da abstinncia e inibe o desejo pelo lcool nessa fase.

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4. Tabagismo
O tabagismo considerado pela Organizao Mundial da Sade (OMS) a principal causa de morte evitvel em todo o mundo. A OMS estima que um tero da populao mundial adulta, isto , 1 bilho e 200 milhes de pessoas (entre as quais 200 milhes de mulheres), sejam fumadores. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a populao masculina e 12% da populao feminina no mundo fumam. Enquanto nos pases em desenvolvimento os fumantes constituem 48% da populao masculina e 7% da populao feminina, nos pases desenvolvidos a participao das mulheres mais do que triplica: 42% dos homens e 24% das mulheres tm o hbito de fumar. O hbito de fumar (tabagismo) - acto voluntrio de inalar o fumo da queima do tabaco independentemente da qualidade, quantidade ou frequncia, constitui a causa mais importante de mortalidade evitvel nos pases desenvolvidos. O total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu 4,9 milhes de mortes anuais, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia. Na Europa, o fumo do tabaco responsvel por um milho e 200 mil mortes anuais, prevendo-se que, em 2020, este nmero ascenda a dois milhes.

4.1. Definiao bsicas


O tabagismo uma toxicomania caracterizada pela dependncia fsica e psicolgica do consumo de nicotina, substncia presente no tabaco. O Tabaco uma planta cujo nome cientifico Nicotiana tabacum, da qual extrada uma substncia chamada nicotina, seu princpio activo. Existem dois tipos de fumadores: - Activos = aqueles que consomem o cigarro, ou os que fumam de forma voluntariam. - passivos = aqueles que apenas inalam o fumo do cigarro de forma involuntria , pois esto num ambiente poludo .

4.2. Formas de consumo


O tabaco pode ser usado de diversas maneiras de acordo com a sua forma de apresentao: Inalado Cigarro, charuto e cigarro de palha; Aspirado Rap; Mascado Fumo de rolo;

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4.3. Constituintes do tabaco e suas consequncias


A fumaa do cigarro e uma mistura de aproximadamente 4720 substancias txicas diferentes das quais ate 700 so aditivos qumicos, pesticidas e insecticidas ( alguns so to txicos que e ilegal despeja-los em aterros). Factores externos: - Composio do papel; - Filtro; - Estilo do fumador. O tabaco apresenta duas fases: Fase Gasosa: -Dixido de carbono; - Monxido de Carbono (mesmo gs que sai do tubo de escape dos automveis) - Amnia (utilizado para limpar casas de banho.) - xido de Azoto; - cido Ciandrico. Fase Slida: - Gotculas de gua - Nicotina; - Alcatro (usado no asfalto) As substncias txicas presentes no cigarro actuam sobre os mais diversos sistemas e rgos, contm mais de 60 cancergenos, sendo as principais citadas abaixo: Nicotina actua sobre as clulas nervosas e sobre as glndulas supra-renais. Por isso uma baixa de nicotina no sangue provoca a ansiedade, explicando assim o vcio de fumar. - - a causadora do vcio e cancergena; Benzopireno- substancia que facilita a combusto existente no papel que envolve o fumo; Substancias radioactivas- Polonio 210 e Carbono 14; Agrotoxicos- DDT Solvente- benzeno; Metais pesados Chumbo e o cdmio ( um cigarro contem de 1 a 2 mg, concentrando-se no fgado, rins e pulmes , tendo meia vida de 10 a 30 anos, o que leva a patologias). Niquel e Arsenio armazenam-se no fgado e rins, corao, pulmes, ossos e dentes.

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4.4. Tabagismo em Moambique


No passado, o uso do tabaco pelas mulheres, crianas e jovens nunca foi uma tradio em Moambique. O uso do tabaco estava limitado apenas aos mais velhos, particularmente aos homens, e em raros casos, as mulheres idosas. No entanto, nos ltimos anos, o habito de fumar e adio nicotina foram reportados entre mulheres, crianas e jovens. O nmero de fumadores nesses grupos est a aumentar devido aos seguintes factores: Mudanas scio-econmicas que ocorreram nos ltimos anos na sociedade moambicana; Alto nvel de ignorncia prevalecente entre os moambicanos, incluindo a classe dirigente quanto aos riscos para sade resultantes do consumo do tabaco Elevada taxa de pobreza no pais que leva as autoridades governamentais a aceitar quaisquer ofertas de investimento mesma que elas no ofeream segurana para a sade dos cidados. O uso do tabaco tem sido apontado pelos clnicos como uma das principais causas de mortes prematuras e doenas em Moambique, tornando-se num verdadeiro problema de sade pbica. Apesar do cultivo do tabaco estar dar altos rendimentos aos produtores, para os consumidores a situao bem contraria. Um pequeno estudo realizado num Bairro na Cidade de Maputo pela Faculdade de Agronomia concluiu que o uso do tabaco era responsvel no s pelas doenas, mas, tambm pelo o agravamento do estado de pobreza absoluta nas famlias pobres.

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4.5. Consequncias do consumo de tabaco

Afecta Corao Sistema digestivo

Provoca Doenas cardacas lceras no estmago AVC, enfartes, cardiopatia esquemica Alterao da funo ciliar e mucosa( ex. aparecimento da tosse e catarro) Diversos tipos de cancro Bronquite

Consumo Do

Sistema circulatrio

Defesas naturais

Tabaco
Boca, Garganta e Pulmes Vias respiratrias

a) Nas mulheres grvidas Grvidas que fumam aumentam o risco de aborto espontneo em 70% de perder o beb prximo ou depois do parto em 30% do beb nascer prematuro em 40% de ter o beb com baixo peso em 200% e ma formao de contrair o cancro de mama

b) Nos homens- provoca impotencia sexual c) Nos fumadores passivos - chega a provocar praticamente as mesmas doenas que num fumador activo porque este inspira o mesmo fumo que um fumador activo expira. Isto , as implicaoes sao identicas as de quem fuma, numa proporao de cerca de 40% , em relaao a estes ultimos.

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4.6. Impacto do Tabagismo na Sade


O impacto negativo do tabaco est bem estabelecido, na medida em que afecta directamente a qualidade e a quantidade de vida. Os primeiros cigarros fumados tm consequncias negativas para a sade, bastam sete segundos para a nicotina atingir o crebro,estimulando os neurnios. As complicaes incluem: a ocorrncia de vertigens, olhos a chorar, as mos a tremer, os msculos tensos, enjoo, alterao no gosto e no cheiro, aumento da presso sangunea. Investigaes comprovam que fumar, mesmo que seja s um cigarro, pode trazer graves consequncias para a sade do seu corao, podendo, inclusivamente, resultar numa diminuio da capacidade respiratria. Fumar, mesmo que seja apenas um cigarro, pode provocar uma mudana na funo principal de bombeamento do corao. Fumar prejudica a ventilao pulmonar, o transporte de O2 no sangue, prejudica o rendimento fsico incompatvel com o desporto de alta competio. As vantagens de no fumar incluem: bem-estar, respirar sem problemas e sem tosse, hlito agradvel, dentes e dedos sem manchas amarelas, cheirar a limpo. O fumo do cigarro provoca a destruio dos clios, ou a perda dos seus movimentos, devido a aco da nicotina. Por outro lado, os alcatroes provenientes da combusto dos cigarros podem ainda provocar leses nos pulmes. Fumar um dos principais comportamentos perniciosos para a sade. O ar contaminado pelas partculas gasosas do cigarro ao ser inspirado pode causar doenas se as defesas do organismo no forem suficientes. Tais partculas ao invadirem os tecidos do aparelho respiratrio provocam faringites, laringites, tuberculoses e etc.. As clulas do tecido do aparelho respiratrio, quando afectadas por tais partculas segregam grande quantidade de mucosidades como meio de defesas que muitas vezes tapam os canais dos brnquios. Com isto, o tecido muscular do aparelho respiratrio entra em convulses afim de expulsar as mucosidades, o que explica o aparecimento da tosse e do catarro.

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