Questionario Sobre Realismo M
Questionario Sobre Realismo M
Questionario Sobre Realismo M
RE REALISMO Textos: MORGENTHAU, Hans J. A Poltica Entre as Naes. Braslia: IPRI, 2003. Captulo I (Uma Teoria Realista da Poltica Internacional) pp. 3-28. NOGUEIRA, Joo Pontes e MESSARI, Nisar. Teoria das Relaes Internacionais. RJ: Elsevier, 2005. Captulo 2 (O Realismo) pp.20-42.
Estados garantem sua sobrevivncia no meio internacional. 5 Por que possvel dizer que o interesse nacional pr-determinado?
6. Por que para os realistas o poder relativo? 7. Segundo Morgenthau, por que os Estados maximizam o seu poder na poltica internacional? A anlise terica apresenta o conceito da auto-ajuda, uma vez que os Estados, priorizando sua sobrevivncia, buscam fazer alianas temporrias. Entende-se que estas alianas so feitas baseadas em interesses comuns momentneos e no haver obrigao de continuidade desta relao em um futuro prximo, j que cada Estado optar pelo seu interesse prprio. Simulando a insegurana dos Estados, esta teoria entende que os Estados compreendem que a melhor maneira de assegurar sua sobrevivncia se tornando a potncia mais poderosa do cenrio internacional e que para obter essa maximizao de poder, deve-se utilizar de diversos campos como o econmico, militar e at mesmo diplomtico. A limitao de poder a nvel internacional coloca em risco a paz e segurana do Estado, j que o controle e as possiblidades de manipulao de recursos ficam restritas. Deve-se, ento, maximizar o poder, de forma a garantir maior autonomia ao exerccio da poltica. Eis, ento, a proposta de acmulo de poder multimensional.
8. Qual a importncia dos mecanismos de balana de poder para o realismo? A definio de poder pode ser entendida como algo medido pelas capacidades conjugadas que os Estados tm em seus setores polticos, econmicos e militares, explicitando a importncia do desenvolvimento da capacidade econmica para a segurana de uma nao O Equilbrio de poder uma situao, nas relaes internacionais, de competio entre diversas potncias nacionais, mais ou menos iguais em poder. Tal competio impede uma potncia de ganhar a supremacia sobre as demais. Segundo a teoria realista das relaes internacionais, um Estado, no seu relacionamento com outros atores internacionais, defronta-se com a escolha entre alinhar-se com os Estados mais fortes (em ingls, bandwagoning) ou procurar contrabalanar o poder dos mais fortes por meio de coalizes (equilbrio ou balance, em ingls). Esta escolha pode ser crucial em tempo de guerra e at mesmo determinar a sobrevivncia do Estado. 9. Defina o conceito de auto-ajuda.
Auto-ajuda , para os realistas, a noo de que os Estados s podem contar com a sua prpria capacidade no que diz respeito s relaes internacionais. Em suma, os realistas enxergam o sistema internacional como um espao de disputa pelo poder, motivada por um tema saliente em suas exposies: a segurana.
notar a forma como essa corrente de pensamento avalia a poltica internacional. Trata-se da constatao de que os Estados interagem num sistema de auto-ajuda (self-help). Isso significa dizer que, inexistindo uma autoridade para garantir o cumprimento de regras e tambm para dar segurana aos Estados, eles agem de forma auto-interessada, buscando seus prprios interesses. Os Estados se comportam de forma egosta, preocupados apenas com sua segurana, pois so eles os nicos responsveis por primar pela sua sob revivncia
10.Quais so os seis princpios do Realismo Poltico estabelecidos por Hans Morgenthau? Explique cada um deles.
1. A poltica obedece a leis objetivas que so fruto da natureza humana. Para estar em condies de melhorar a sociedade, necessrio entender previamente as leis pelas quais a sociedade se governa. Uma vez que a operao dessas leis independe, absolutamente, de nossas preferncias, quaisquer homens que tentem desafi-las tero de incorrer no risco de fracasso. Este princpio retrata que tanto a nossa natureza humana como a poltica no so mudados de tempos em tempos, mas obedecem a leis objetivas. Assim, no se pode ignorar a natureza humana, que a busca racional pela sobrevivncia. 2.O interesse dos Estados sempre configurado em termos de poder. Uma teoria poltica, de mbito internacional ou nacional, desprovida desse conceito, seria inteiramente impossvel, uma vez que, sem o mesmo, no poderamos distinguir entre fatos polticos e no-polticos, nem poderamos trazer sequer um mnimo de ordem sistmica para a esfera poltica. O interesse definido em termos de poder permite como que remontar ou antecipar os passos que um poltico - passado, presente ou futuro - deu ou dar no cenrio poltico. Este segundo principio quer dizer que os interesses dos Estados no so governados por influncias morais, mas condicionados pela busca racional dos ganhos e perdas na poltica externa. Assim, a poltica exterior de pas no deve estar associada s simpatias pessoais do governante, mas se guiar pelo interesse nacional da nao. Aqui podemos perceber a influncia do pensamento de Maquiavel, realista clssico, no qual considerava que o prncipe virtuoso deveria agir em prol da nao e no a partir de suas preferncias e gostos particulares. 3. O realismo parte do princpio de que seu conceito-chave de interesse definido como poder constitui
uma categoria objetiva que universalmente vlida, mas no outorga a esse conceito um significado fixo e permanente. Este princpio ressalta que as relaes entre as naes sempre foram definidas em termos de poder. No entanto, o tipo de interesse das aes polticas varia dependendo de determinado contexto histrico cultural e poltico, sendo assim os interesses, que tem como base maximizar o poder dos Estados, no so fixos e permanentes. 4. O realismo poltico conhece o significado moral da ao poltica e reconhece a inevitvel tenso
entre os preceitos morais e as exigncias para que uma ao poltica tenha xito. O realismo sustenta que os princpios morais universais no podem ser aplicados s aes dos Estados em sua formulao universal abstrata, mas que devem ser filtrados por meio das circunstncias concretas de tempo e lugar. Desse modo, o realismo considera que a prudncia - a avaliao das conseqncias decorrentes de aes polticas alternativas - representa a virtude suprema na poltica. A tica, em abstrato, julga uma ao segundo a
conformidade da mesma com a lei moral; a tica poltica julga uma ao tendo em vista as suas consequncias polticas. Assim, termos gerais, a influncia da moral e da tica pode ser usada como mecanismos de justificao e legitimao da aa dos Estados, mas no servem para julgar o comportamento destes. 5. O realismo poltico recusa-se a identificar as aspiraes morais de uma determinada nao com as
leis morais que governam o universo. Uma coisa saber que as naes esto sujeitas lei moral, e outra, muito diferente, pretender saber, com certeza, o que bom ou mau no mbito das relaes entre naes. Aqui, o autor ressalta que os princpios morais de uma nao, sejam os valores do bloco sovitico ou da sociedade norte-americana, no devem ser aceitos como universais, pois nenhuma viso a mais verdadeira ou a mais correta. 6. O realista poltico no ignora a existncia nem a relevncia de padres de pensamento que no
sejam os ditados pela poltica. Na qualidade de realista poltico, contudo, ele tem de subordinar esses padres aos de carter poltico e ele se afasta das outras escolas de pensamento quando estas impem esfera poltica quaisquer padres de pensamento apropriados a outras esferas. Para Morgenthau, a esfera poltica autnoma, no estando sujeita a nenhuma outra cincia como a economia ou o direito. A poltica internacional possui suas prprias leis e regras.