Processo Penal III - AV2
Processo Penal III - AV2
Processo Penal III - AV2
Vamos estudar os ritos especiais que esto no cpp, mas existem outros procedimentos especiais que no esto no cpp, como por exemplo, o rito especial da lei de drogas, havia 4 ritos especiais no cpp, por exemplo crime de falncia, mas como j existe uma lei que regula os crimes falimentares, o cpp s existem trs. 1 CRIME DE FUNCIONRIOS PBLICOS (CRIME DE RESPONSABILIDADE DE FUNCIONARIOS PUBLICOS) Art. 513 ao 518 CPP. Mesmo no tendo nada a ver com o conceito tcnico de responsabilidade, pois os crimes de responsabilidade so praticados por agentes polticos, por exemplo: Presidente, prefeito, etc.. Esses crimes praticados por funcionrios pblicos, nada mais so do que os crimes prprios dos funcionrios pblicos, que so aqueles que esto previsto no CP 312 a 327. No so todos os crimes praticados por funcionrios pblicos, no art. 514 CPP dispe nos crimes afianveis, os crimes praticados desde o 312 ao 327 desde que seja afianveis. P: Objetivamente qual o critrio para determinar se o crime ou no afianvel? R: No art. 323, I, CPP, dispe que no ser concedida fiana nos crimes punidos com recluso cuja pena mnima cominada for superior a 2 anos, se for at dois anos ser afianvel se for superior inafianvel, esse rito s se aplica para os afianveis. Do art. 312 ao 327 apenas dois so inafianveis : 1 Facilitao de contrabando ou descaminho (art. 318 CP) pena mnima 3 anos 2 Excesso de exao (art. 316, 1 CP) pena mnima 3 anos Nesses casos no se aplica o rito especial Funcionrio Publico, todos os demais podem ser aplicados no Rito especial, os que no esto elencados no rol desses art. do CP, Ex.: se esses funcionrios pblicos praticar estupro, roubo, homicdio, no aplicado rito especial.
O RITO ESPECIAL S PARA O ROL DE CRIMES DE FUCIONRIOS PBLICOS (DO Art. 312 AO 327 DO CP CUJA PENA MINIMA NO ULTRAPASSA 2 ANOS) Os crimes praticados por funcionrios pblicos que no podem ser tramitado por Rito especial vo ser Tramitados por Rito comum Ordinrio. Os Aposentados no so considerados, apenas aqueles que esto na ativa, mesmo que estejam em licena premio. No Procedimento Comum ordinrio funciona da seguinte forma: 1 Oferecimento da denncia 2 Recebimento da denncia No rito especial depois que oferecida denuncia ou queixa, o juzo deve determinar a notificao do funcionrio para que antes do juiz decidir se deve ou no receber a inicial acusatria, o funcionrio publico apresente defesa previa, no existe ru, pois o juiz ainda no recebeu, ele notifica o funcionrio para que no prazo de dez dias presente a defesa previa, s aps o juiz vai decidir se recebe ou no. Antes de tornar um funcionrio publico ru ele deve ouvi-lo primeiro, uma benfice que se d ao func publico, pois ele um integrante da administrao publica. A defesa previa tem carter facultativo, se o sujeito no o quiser no obrigado a apresentar defesa. H uma semelhana com o rito sumarssimo qdo o acusado pode apresentar sua defesa oral na prpria audincia para que o juiz no receba a denncia ou queixa, a finalidade o rito especial conceder beneficia para o integrante da admpublica. A Smula 330 STJ desnecessria a resposta preliminar que trata o 514 cpp, na ao penal instruda por inqurito policial. Se houve inqurito policial prvio o juiz no precisa notificar para que apresente a defesa previa, na pratica o juiz ate faz, pois se nohouver a notificao e tb no houver inqurito o processo nulo, o que abunda no prejudica. A smula criticada, pois por um lado ela diz menos do que deveria dizer por um lado e mais do que deveria dizer por outro lado. P: Qual a razo da smula?
R: A finalidade da notificao para que func pblico apresente sua defesa previase houve inqurito policial, j h uma investigao previa e entende-se de que o acusado j foi chamado para apresentar suas razes, uma notificao para defesa previa seria desnecessria. A Crtica a smula com relao ao inqurito adm, pois no inqurito adm o ru tem mais chance de se defender do que no inqurito policial,a doutrina diz se o que esta embargando a denuncia o inqurito adm ento se aplica a sumula 330, veio para dar uma interpretao extensiva a sumula. Por outro lado a doutrina diz que no qq inqurito que torna desnecessria a notificao se no inqurito no deu a oportunidade de se defender, se no constar no inqurito a manifestao do funcionrio, torna obrigatria a notificao, para apresentao da defesa previa. OBS: No posicionamento que amplia o entendimento da sumula, no sentido que se houve sindicncia administrativa tb se aplica a smula 330. Pois provavelmente o que ele iria apresentar na defesa previa o mesmo que j apresentou no inqurito. O P do art. 514 do CPP, se no for conhecida residncia ou se este se achar fora da jurisdio do juiz, ser-lhe-nomeado defensor, a quem caber apresentar resposta preliminar. Parte deste art. inconstitucional, qdo dispe que ser nomeadodefensor, no CPP a notificao do acusado que esta fora da jurisdio via carta precatria, se consta nos autos o endereo dele o juiz deve notifica-lo atravs de carta precatria. Depois de apresentada a defesa previa tendo sido o funcpublic representado o juiz recebendo a denuncia o juiz dever citar o func publico? Resposta: Art. 517, mesmo aps a notificao previa o juiz recebendo a denuncia ou queixa indispensvel a citao. Art. 518 aps a citao o processo se ordinariza, ou seja, segue o mesmo que o rito ordinrio. 2 CRIMES CONTRA HONRA ( ART. 519 A 523 CPP) Os crimes contra honra so: Calnia, Injria e difamao.
Com a edio da Lei 9099/95, ficou inutilizado rito especial para os crimes contra honra por estarem elencados nos crimes de menor potencial ofensivo. As nicas hipteses nos casos de: 1 - Calnia qualificada , a calnia Art. 138 ( pena de 6 meses a 2 anos) combinada com art. 141 ( aumento de 1/3). 2 Injria Racial ( art. 140 3 CP) ( Pena de 1 a 3 anos e multa) Nesse Rito Especial, art. 520, antes de receber a queixa o juiz dar a oportunidade para reconciliar-se.
Ocorre oferecimento da queixa elogo aps o recebimento, nesse rito o juiz antes de receber dever marcar audincia de conciliao sob pena de ser considerado nulo, esse rito s tem cabimento nos crimes de ao penal privada. Pergunta: Existem crimes contra honra que no seja de ao penal privada? Resposta: Sim, Nos crimes contra honra praticados contra funcionrios pblicos no exerccio da sua funo. Smula 714 STF Se o funcionrio pblico for ofendido no exerccio de suas funes a legitimidade para propor ao concorrente, ou ele entra com uma ao penal privada ou ele vai at o MP este o representa ento o MP oferece a denuncia, ser uma ao penal publica condicionada a representao. Se o funcionrio ofendido for representado pelo MP, no ser utilizado o rito especial, pois no art. 520 CPP, este rito s tem cabimento quando oferecida queixa. Se o MP representa o ofendido o processo segue no rito comum ordinrio. + Crimes praticados contra honra dopresidente da republica ou chefe do legislativo, a ao penal ao penal publica condicionada a requisio do ministro da justia. ANTES DE O JUIZ RECEBER A QUEIXA, ELE DEVER MARCAR AUDIENCIA DE CONCILIAO, COM OBJETIVO QUE AS PARTES SE ENTENDAM AFIM
DE QUE NO DE PROCEGUIMENTO AO PROCESSO, SE NO HOUVER A AUDIENCIA DE CONCILIO O PROCESSOSER NULO. Quando houver conciliao assinaro termo de desistncia. No art. 522 CPP, utiliza o termo de que a queixa ser arquivada, esse termo equivocado porque no Processo penal quando h arquivamento de inqurito ele poder ser desarquivado caso haja provas novas, nesse caso , quando a vitima faz o acordo e assina o termo de desistncia, ele estar abrindo mo do processo no podendo jamais desarquiva-lo. Pergunta: O que acontece qdo na audincia no comparece querelante e querelado? Resposta: Qdo o querelante no comparece, ocorre perempo, uma causa de extino da punibilidade, se ele no comparece injustificadamente. Se o querelado no comparece, no acontece nada, apenas demonstra que o querelado no tem interesse em conciliar. Natureza jurdica dos institutos exceo da verdade e exceo da notoriedade? Exceo da verdade provar que o fato que eu imputei verdadeiro, provar a alegao que eu falei. uma excludente de tipicidade penal. uma Questo prejudicial homognea no devolutiva. Cabe nos crimes de calunia e difamao. Nos crimes de calunia que esto elencados no art. 138, 3 e na difamao elencado no art. 139, P. Exceo de notoriedade no esta prevista na lei, admitido. INJRIA ATINGE A HONRA SUBJETIVA DO SER HUMANO. (CAUSA MAGOA NA PESSOA, EX: CHAMAR PESSSOA DE GORDA, FEIA, ETC.).
DIFAMAO- ATINGE A HONRA OBJETIVA DO SER HUMANO, AQUILO QUE A SOCIEDADE PENSA DE NS ( SE A PESSOA J DIFAMADA NO CRIME. EX: CHAMAR A BRUNA SURFISTINHA DE PROSTITUTA, NO ESTA COMETENDO CRIME, POIS NOTORIO QUE ELA ). A exceo de notoriedade somente cabe nos crimes de difamao. provar que aquilo que foi dito notrio.
AES AUTONOMAS DE IMPUGNAO Habeas Corpus, Mandado de segurana e Reviso criminal. RECURSOS Apelao Recurso em sentido estrito Embargos de declarao Embargos infringentes e de nulidade Carta testemunhvel Agravo em execuo Recurso especial Recurso extraordinrio
Distino: 1 - O recurso o desdobramento de uma ao penal j instaurada, o recurso no d ensejo a instaurao de uma nova relao jurdica processual. 2 - As aes autnomas provocam a instaurao de uma nova relao jurdica processual, muitas delas no esto vinculadas a ao penal anterior. O HC preventivo pode ser usado mesmo que nem haja ao penal instaurada da mesma forma que o MS dentro do inqurito policial, esses podem ser usados mesmo que no haja ao instaurada. A RC no o desdobramento da ao anterior, ela provoca uma nova ao de reviso. Os recursos s podem ser manejados at o transito em julgado da ao penal, no pode haver recurso aps o transito em julgado de uma ao penal. Se esta havendo interposio de recurso porque ainda a ao no transitou em julgado. J as aes de impugnao no tm esses pressupostos, a RC s pode ser utilizada aps o transito em julgado, o HC e o MS podem ser usados antes de deflagrar ao penal, durante ou depois do transito em julgado da ao penal.
PRESSUPOSTOS DOS RECURSOS Os PRESSUPOSTOS so importantes para saber se os recursos devem ou no ser conhecido, existe diferena entre conhecimento e provimento de recurso. Conhecimentoesta ligada a presena dos pressupostos recursais se todos os pressupostos objetivos e subjetivos esto presentes o recurso ser conhecido. Se faltar pressuposto no ser conhecido. Provimento tem haver com mrito do recurso, o recurso provido a mesma coisa que ele deu procedncia, foi julgado procedente o recurso quer dizer que ele foi provido, isso tem haver com mrito recursal, j os pressupostos tem haver com conhecimento. O recurso pode ser conhecido e no ser provido, mas, se ele no for conhecido nem ser analisada a possibilidade de provimento. S ser pensado em provimento ou desprovimento se ele primeiro tiver sido conhecido. Se presente todos os pressupostos ele ser conhecido e depois ser provido ou no provido.
Quem analisa o conhecimento? Juzo (instncia) a quo o juiz que procedeu a deciso a qual esta sendo recorrida. Juzo (instncia) ad quem o juzo que vai julgar o recurso (somente o juzo ad quem analisa os provimentos) Tanto o juzo a quo ou juzo ad quemanalisa os pressupostos, mas s o juzo ad quem julga o provimento.
Pressupostosobjetivos
1 previso expressa na lei para aquela deciso pela qual deseja impugnar( recorrer); 2 Adequao deve escolher exatamente o recurso que a lei previu, para a deciso que deseja recorrer, no pode escolher por exemplo, recurso em sentido estrito para aquele que a lei prev que apelao, deve ser escolhido o recurso correto; 3 tempestividade obedincia ao prazo legal, se no obedecer o prazo recursal, o recurso no ser conhecido por falta de tempestividade; 4 regularidade formal observar a forma que esta prevista em lei; 5 inexistncias de fato impeditivo Existiam dois: 1 fato impeditivo renncia se for intimado da sentena, vai at o juzo e diz expressamente que no tem interesse em recorrer, esta renunciando o direito de recorrer.
Existe uma discusso sobre qual vontade deve prevalecer a do ru ou do advogado? (O ru no quer recorrer, mas o advogado quer). Corrente majoritria: prevalece a vontade do ru, porque se ele tem o poder maior que desconstituir o advogado ele pode decidir em no recorrer, quando o maior interessado ele. STF: Tem posicionamento que o que deve prevalecer a vontade do advogado porque ele que tem conhecimento tcnico. ele que conhece os fundamentos.
2 fato impeditivo recolhimento do ru a priso, no mais utilizado, art. 594cpp( que expressava para recorrer o ru dever recolher-se a priso), foi revogado pela lei 11719/08. Antes da reforma se o sujeito apelasse sem se recolher a priso e estava na sentena de que ele deveria recolher-se a priso o recurso no poderia ser conhecido. No tem mais problemas pois este art. esta revogado 6 Inexistncia de fato extintivo 1 - fato extintivo desistncia, com um detalhe, o MP no pode desistir de recurso que haja interposto (art. 576 CPP); 2 - desero se d em duas hipteses: Falta de preparo (Pagamento das custas, tem pouca aplicao, pois s se faz recolhimento das custas em ao penal privada, na ao penal publica, somente paga s custas no final), ou pela fuga do ru ( art. 595 CPP), hoje se entende que a fuga do ru no pode extinguir o recurso, porque o recurso uma manifestao constitucional de ampla defesa, se de natureza constitucional no pode ser o CPP norma infra constitucional limitar esse direito, esse dispositivo no recepcionado. Smula 347 STJ O conhecimento de recurso de apelao do ru independe da sua presena.
Pressupostos subjetivos
1 Interesse em recorrer Art. 577, P CPP, no ser admitido recurso da parte que no tiver interesse na reforma ou modificao da deciso. Pergunta: MP pode recorrer contra sentena condenatria para recorrer para absolvio,ou na melhora da pena, ele tem interesse para recorrer? Resposta: Sim, pois no processo penal o MP no apenas parte acusadora, mas sim fiscal da lei (custus legis), se ele entender que a sentena condenatria foi injusta ele tem sim interesse em recorrer, no na qualidade de parte, mas na qualidade de fiscal da lei. (art. 257, II CPP). Pergunta: O acusado pode recorrer contra sentena absolutria? Resposta: sim, quando o acusado for absolvido por falta de provas, esse tipo de absolvio no impede que ingresse com uma ao civil de reparao de dano. Diferente da absolvio em que se prova que no foi o acusado, nesse tipo de absolvio impede que abra uma ao
civil de reparao de dano. Desde que o sujeito prove interesse jurdico na modificao do fundamento da absolvio, ele poder recorrer da sentena absolutria. 2 Legitimidade para recorrer( art. 577 CPP) O recurso poder ser interposto pelo MP, querelante, ou pelo ru, seu procurador ou seu defensor. Desde que tenha o interesse elencado no processo podero recorrer. Preenchidos os pressupostos objetivos e subjetivos ele ser conhecido, a questo do provimento mrito recursal. O direito de recorrer esta vinculado ao direito de duplo grau de jurisdio, o DGJ tem previso expressa no ordenamento jurdico? Resposta: No, mas o art. 8 do O Pacto de So Jos da Costa Rica foi incorporado no nosso ordenamento jurdico e neleesta expressamente previsto o duplo grau de jurisdio. Na nossa constituio no esta expressa, mas a doutrina diz que implicitamente esta, qdo pegamos a estrutura do poder judicirio a partir do art. 94 CF, percebe o direito a duplo grau de jurisdio, qdo dispe que os Superior Tribunais Regionais tem competncia para julgar as decises dos juiz de direito de 1 grau. Pergunta: Todo o cidado tem direito ao duplo grau de jurisdio? Resposta: no, o caso dos ministros do STF, ou seja, aquele que tem foro por prerrogativa de funo. Pergunta: Juiz de direito tem direito ao duplo grau de jurisdio? Resposta: No, Os processos julgados nos casos de Juzes de direito so feitos pelo rgo superior (TJ), a deciso do TJ contra o juiz de direito, at vai admitir recurso especial ou recurso ordinrio, mas estes recurso no admite reexame de mateira ftica e sim de direito, Resp e Rext, no so considerados recurso a duplo grau de jurisdio, todo aquele que tem foro por prerrogativa de funo no tero direito ao duplo grau de jurisdio. Outros exemplos de quem tem foro por prerrogativa e no tem direito a duplo grau? EX: Juiz com um sujeito pratica um crime, o deve ser julgado pelo TJ, o sujeito deveria ser julgado pela vara comum, nesse caso prevalece o rgo de maior hierarquia, ou seja, o TJ, ele at teria direito ao duplo
grau, mas como praticou um crime em conexo ou continncia com aquele que te foro por prerrogativa de funo, perdeu esse direito. Essa hiptese no considerada inconstitucional, a Smula 704 STF, dispe que no viola a garantia constitucional do corru. PRINCIPIOS RECURSAIS 1 - Taxatividade No Processo Penal s pode haver recurso das decises para as quais a lei expressamente preveja uma modalidade recursal. No processo penal vai elencando para qual deciso vai poder interpor recurso. O art. 581 do CPP um exemplo de taxatividade no CPP, o legislador colocou caber recurso estrito (>>>) ele elenca todos os casos que poder interpor RE. Se o Legislador no Elencou, a deciso no cabe recurso. EX: No Processo Civil se o juiz indeferir uma prova poder interpor agravo contra deciso do juiz, mas se no Processo penal um juiz indefere uma prova, por mais que seja considerado injusto no poder haver recurso, pois no tem previso expressa na lei. 2 - Unir recorribilidade(Unicidade ou singularidade recursal) Cada deciso via de regra s pode ser impugnada por uma modalidade de recurso, no se pode atacar uma deciso com dois recursos distintos. Aparece implicitamente noArt. 593 4 CPP. EX: Se o juiz extingue a punibilidade pela perempo, atacado via R.S.E, se ele no reconhece tb, se o juiz condena o ru e no corpo da sentena condenatria ele no reconhece a perempo, ainda que vc queira atacar somente o no acatamento da perempo, ainda que esta no corpo de uma sentena condenatria, o ru vai ter que apelar, no se poder usar o R.S.E para uma parte e apelao para outra que a sentena condenatria. Cada deciso vai utilizar via de regra apenas uma modalidade de recurso. H duas hipteses de exceo a esse principio: 1 a Sucumbncia recproca, qdo ambas as partes abrem mo de alguma coisa, setanto MP ou ru ficarem insatisfeitos. EX: Se o MP pediu uma condenao por furto qualificado, o ru queria a absolvio, o MP sucumbiu na qualificadora deu furto simples, e o ru sucumbiu pela absolvio, ambos sucumbiram dessa deciso cabero dois recursos, apelao da defesa e apelao do MP.
2 Interposio concomitante de recurso especial com recurso extraordinrio qdo acrdo do tribunal viola algum principio constitucional, mas tb viola norma infraconstitucional, poder se interpor concomitantemente, o Rext e o Resp, e o prazo o mesmo para interpor os dois recursos. Dever ser interpostos juntos.
3 Voluntariedade O recurso somente poder ser interposto pelas partes, somente cabe recurso se as partes tem vontade de recorrer. A lei criou o Recurso de Oficio Art. 574, I CPP, mas a doutrina diz que tecnicamente no pode ser considerado Recurso, pois no respeita o principio da voluntariedade, porque no h vontade de recorrer, uma imposio da lei em recorrer. chamado de duplo grau de jurisdio obrigatria - A lei exige para que a deciso transite em julgado que o prprio juiz prolator, remeta os autos para um rgo superior, EX: No Processo penal quando o juiz conceder Habeas corpus dever recorrer de oficio da deciso, seno ela no transita em julgado. 4 - Fungibilidade recursal esta prevista no art. 579 CPP, se a parte interpuser recurso incorreto, por que algumas decises deixam margens, ou seja, dvida pode acontecer de um individuo pensar que apelao, mas R.S.E, ou vice versa. A lei dispe que qdo no h m f do recorrente, o juiz percebendo o erro, mandar process-lo como se fosso com o rito correto. O STF entende que o juiz deve analisar seno houve m f, mas no basta s a inexistncia de m f necessrio tambm observar o prazo do recurso correto. EX: Sujeito acha que o Recurso X, qdo na verdade o correto o Y, se o Xtem o prazo de dez dias e o outro tem o prazo de cinco dias, tem que ter recorrido dentro dos cinco dias, se o prazo for maior do que o recurso correto, no se admite a fungibilidade. 5 - Tantum devolutum quantum apellatum Previsto no art. 599 CPP,as apelaes podem ser propostas em todo o julgado ou em parte dele, o dispositivo legal dispe sobre a apelao, mas serve para qualquer outro recurso.Existe dois tipos de apelao: - Apelao plena -
-Apelao limitada -
No precisa recorrer contra toda deciso, mas pode ser recorrer contra parte dela. S pode ser apreciado pelo tribunal o que for objeto do recurso, a matria que no devolve no pode ser objeto de apreciao do tribunal. EX:Saiu uma sentena que condenou um sujeito pelo crime tal, ai o MP apela, pedindo o reconhecimento de uma qualificadora, ainda que na denuncia estivesse pedindo mais abrangente, o Tribunal no pode ir alm do que MP esta pedindo por no ter sido objeto da apelao. EX: O MP pediu na denncia a condenao por furto qualificado, o juiz condena por furto simples, MP apela e no pede a 2 qualificadora, pediu apenas a 1 o Tribunal esta circunscrito naquilo que foi objeto do apelo. Mesmo que estava no pedido inicial no estava no pedido recursal. O Tantum devolutum quantum apellatum uma regra absoluta para a condenao, mas no uma regra absoluta paraadefesa. Pergunta: Se o TJ entender que no era caso de condenao, o TJ pode absolver na apelao do MP? Resposta: Sim, por causa do princpio maior do processo penal, do Favor Rei, se o TJ entender que o ru merecia ser absolvido ou tiver uma sentena mais branda, ainda que s o MP tenha apelado para piorar a situao do ru, o TJ pode melhorar a situao do ru. Se s o MP apela ele fica circunscrito ao que foi objeto do apelo. Nunca poder ir alm para piorar a situao. 6 - Vedao Reformatio in pejus divide-se em direta e indireta.
Vedao a reformatio in pejus direta - Prevista no art. 617 CPP, o que esta previsto nesse art. , quando s o ru apela o tribunal no pode piorar a sua situao.
EX: O sujeito foi denunciado por roubo com causa especial de aumento de pena, o juiz condenou por roubo simples, s o ru apela pela absolvio, pelo art. 617 CPP o Tribunal no pode piorar a situao do ru em razo do recurso ser exclusivo do ru, ou o Tribunal mantm a sentena que foi proferida ou melhora, vedado agravar. EX 2: Se o MP tivesse recorrido, para piorar a situao do ru, pedindo que TJ reconhea a causa especial de aumento de pena, o TJ seguindo
o principio do tantum devolutum quantum apellatum poder apreciar nos limites do que foi objeto de recurso.
Ex: a denuncia pediu a condenao com causas de aumento de pena, na sentena condena por roubo simples, s o ru apela, s que o ru pede a nulidade, e o tribunal de justia anula a sentena de 1 grau, ele devolve para 1 instncia, ele caa a sentena de 1 grau e remete ao juiz prolator para que ele prolate uma nova sentena sem o vicio que estava presente na 1, voltando para o juiz de 1 grau, ele no pode proferir sentena pior do que foi proferida antes. EX: Ele na 2 deciso no pode reconhecer o roubo com causa de aumento de pena, por no ter reconhecido na 1, ele no pode piorar a situao do ru, pois foi decorrente exclusivamente de um recurso da defesa. O juiz fica limitado a pena que ele deu na 1 sentena, mas o MP pode recorrer dessa deciso. A Reformatio in pejus indireta tem duas excees: 1 Quando a sentena foi proferida por juzo absolutamente incompetente, no razovel que a deciso dele possa vir a vincular ao juzo competente. Seria um absurdo um juiz incompetente (ex.: juiz do trabalho julgando um crime), a deciso deste pudesse vincular ao juiz competente, ento a 1 deciso no h violao a reformatio in pejus indireta. 2 Se o Tribunal do Jri tiver reconhecido um crime de homicdio simples na 1 sentena e juiz tenha aplicado a pena de 10 anos, s ru apela Tribunal de Justia ao julgar o apelo do ru anula a 1 sentena do jri, esta deciso vai para 2 jri, o Tribunal do Jri no fica limitada a deciso proferida no 1 julgamento, ele poder se quiser reconhecer as qualificadoras, e condenar por homicdio qualificado. Pergunta: Porque o Tribunal do jri no se fala em violao a reformatio in pejus indireta? Resposta: por causa do principio da soberania dos vereditos. Que esta previsto na CF/88. A reformatio in pejus esta prevista no art. 617 CPP, enquanto que o principio da soberania dos vereditos esta previsto na Constituio Federal. Este princpio prepondera a violao da reformatio in pejus que esta numa norma infraconstitucional. Ento o
Tribunal do jri que soberano no fica limitado a nenhuma deciso anterior. Quem tem soberania so os jurados, se por acaso os jurados entenderem que o crime foi o mesmo que o da deciso anterior, o juiz fica limitado a aplicao da pena anterior. Os jurados por serem soberanos podem reconhecer o tipo penal mais grave, se ele reconhecerem o juiz pode aplicar pena maior, se porm eles reconhecerem o mesmo tipo penal ou mais brando, o juiz presidente fica limitado a pena do 1 jri, pois para ele existe a vedao da reformatio in pejus. PODE CAIR NA AV 2 OU AV 3 VIOLAO DA REFORMATIO IN PEJUS DIRETA E INDIRETA!!! AULA DO DIA 09/05/11
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (previsto no art. 581 ao 592 CPP) Este recurso considerado um primo irmo do agravo de instrumento no processo civil, mas no se pode dizer que ele a mesma espcie de recurso do Processo Civil pois o agravo de instrumento ele cabvel nica e exclusivamente para decises interlocutrias, j o R.S.E, caber das decises, despacho ou sentena. H um erro do legislador em dispor sobre o recurso sobre o despacho, pois nenhum despacho admite recurso. O que se pode recorrer em sentido estrito contra decises interlocutrias e eventualmente sentena, a regra geral vai ser para decises interlocutrias, mas pode eventualmente usar o R.S.E para atacar sentena, no sentena condenatria nem absolutria, mas em outras espcies de sentena. O rol do art. 581 CPP taxativo, no se pode aplicar R.S.E, no pode interpor res para hiptese no contempladas na lei, mas o STF falou que no obstante se trata de rol taxativo admite-se interpretao extensiva e analogia. I Da deciso que no receber denncia ou queixa este inciso exemplo de que pode ser utilizada interpretao e tambm analogia, pois se esta previsto que cabe ser da deciso que no recebe denuncia ou queixa pode-se tambm aplica-lo da deciso que rejeita o aditamento a denuncia ou queixa, que um complemento da inicial acusatria.
EX: O MP recorreu em sentido estrito porque o juiz rejeitou a denuncia ou queixa, no existe ru ainda, o acusado tem que ser intimado para contrarrazoar esse R.S.E do MP? Resposta: Havia um entendimento que no cabeira pois ele ainda no era considerado ru, por no haver recebimento, mas hoje entendido que ele diretamente interessado na deciso desse recurso, porque se o Tribunal vier a reformar a deciso do juiz ele que no era ru passar a ser ru, O STF editou a smula 707, haver nulidade da deciso em que o denunciado no foi intimado para oferecer contra razes. OBS: Se for no JECRIM da deciso que rejeita denncia ou queixa seria apelao. Se for vara criminal ou tribunal do jri contra deciso que rejeita denncia ou queixa o R.S.E, se for no JECRIM cabvel apelao, com base no art. 82 da lei 9.099/95. II que concluir pela incompetncia do juzo aqui o juiz julga de oficio III Que julgar procedentes as excees(Suspeio, incompetncia, litispendncia, ilegitimidade de parte e coisa julgada), salvo a de suspeio; - aqui h uma arguio da parte e o juiz julga. Diferenciao dos incisos II e III: Pergunta: Se for uma deciso que julgue procedente a exceo de incompetncia do juzo deve ser recorrida com base no inciso II ou III? Resposta: No inciso II quando o juiz conclui pela incompetncia do juzo de oficio, ou seja, quando no se tem arguio, se o juiz entender incompetente o juzo, ser com base no inciso II, se houver arguio seja de incompetncia, litispendncia, coisa julgada, etc., ai R.S.E com base no inciso III. Na 1 fase do jri o juiz deve decidir pronunciar, impronunciar, desclassificar ou absolver sumariamente. Essa deciso que desclassifica de crime doloso contra vida para no doloso contra a vida ela atacada por R.S.E com base no inciso II do art. 581 CPP, O juiz ao desclassificar sem que ningum tenha arguido uma exceo de incompetncia esta reconhecendo a incompetncia do juzo do jri, ento ele desclassifica para crime no doloso contra vida e remete o processo para uma vara singular. Pergunta: Por que no se admite R.S.E quando o juiz acolhe a exceo de suspeio? Resposta: a suspeio esta ligada a perda imparcialidade por alguma razo pelo juiz, seria absurdo o juiz que se diz suspeito o Tribunal
querer reformar a deciso dele; ao infundar a suspeio, se arguido a suspeio e este no a admite quem vai decidir isto j o tribunal, no prprio procedimento de suspeio remetida para o tribunal, no cabe recurso uma vez que o prprio Tribunal quem decide. Resposta: Se arguido exceo de coisa julgada ou de incompetncia do juzo, se o juiz julgar improcedente pode ser recorrida esta deciso? Resposta: Embora o princpio da taxatividade somente admitir recurso nos casos em que se tenha previso legal, a doutrina defende que no seria cabvel ser julgado pelo mesmo juiz que proferiu a deciso de improcedncia das excees arguidas. Nesse caso admite-se a impetrao de habeas corpus. IV da deciso que pronunciar o ru; Ve VII qualquer deciso que estiver relacionada a fiana ser atacada atravs de R.S.E. - indeferir requerimento de priso preventiva ou revog-la, a lei no fala de priso temporria, mas a doutrina diz que se aplica por analogia, j que a priso temporria assim como a preventiva uma espcie de priso cautelar. - conceder liberdade provisria ou relaxar priso em flagrante, a lei no trouxe previso para o contrrio, ou seja, quando o juiz nega a liberdade provisria ou indefere o relaxamento de priso, no cabe recurso, mas caber habeas corpus. VIII e IX que decretar a prescrio ou julgar por outro modo extinta a punibilidade; que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrio ou de outra causa extintiva de punibilidade. - esses incisos tratam do mesmotema, mas situaes diferentes, o juiz indeferiu ou reconheceu a prescrio ou de outra causa qq de extino de punibilidade, (art. 197 CP causas de extino de punibilidade). - deve ser observado o seguinte: - as decises que reconhecem ou rejeitam a prescrio so decises terminativas de mrito (no apreciam a pretenso punitiva, mas termina o mrito). Obs: As sentenas absolutria ou condenatria no Processo penal so atacadas por Apelao. Se o juiz reconhece a prescrio ou outra causa extintiva de punibilidade (sentena terminativa de mrito) ser usado R.S.E.
Hiptese: Eu tive uma sentena condenatria, l nas alegaes finais eu pedi para o juiz reconhecer a prescrio, na sentena o juiz afasta a prescrio, e depois diz que tem provas suficientes para a condenao. Nesta hiptese tendo o juiz deferido o reconhecimento da prescrio, qual o recurso que ser utilizado para atacar a deciso? Resposta:Apelao, pois de acordo com art. 593, 4, as sentenas absolutrias ou condenatrias no Proc. Penal sempre atacada por apelao, se tiver uma sentena condenatria ainda que eu queira apenas recorrer do indeferimento da prescrio o instrumento apropriado a apelao. Se for a sentena terminativa de mrito, utiliza-se o R.S.E. Hiptese 2: Pode ocorrer que o indeferimento do reconhecimento da prescrio ocorra se d no corpo de uma sentena condenatria. Nomomento em que o processo chega ao final apresentado os memoriais, pedido o processo nulo, se o juiz no reconhecer a extino de punibilidade deve reconhecer a prescrio, se no reconhecer a prescrio absolve por falta de provas. Na sentena o juiz decide que no nulidade, no tem prescrio e tem provas suficientes para condenar, ele neste caso proferiu uma sentena condenatria, se quiser impugnar o fato dele no ter reconhecido a prescrio, como foi numa sentena condenatria s cabe apelao, ainda que queira recorrer apenas de uma parte da sentena. ( art. 593, 4) Pergunta:Na fase de execuo o juiz no reconhece a prescrio e extino de punibilidade atacada por qual recurso? Resposta: Hoje para atacar uma deciso na fase de execuo utilizase o recurso agravo de execuo ou agravo em execuo. Qualquer deciso proferida no curso da execuo penal atacada por agravo em execuo, o recurso prprio da execuo penal, esta previsto no art. 197, lei 7210/84. X que conceder ou negar a ordem de habeas corpus - se o juiz conceder ou negar a ordem impetrada de HC pode recorrer em sentido estrito. Esse recurso na pratica para HC pouco utilizado, pois foi criada uma figura de HC substitutivo. Qdo o juiz nega, a ordem de HC, pode ser
recorrido em sentido estrido, s que R.S.E tem contra razes , demora mais tempo para ser julgado, na pratica qdo o juiz nega impetra-se um outro HC que chamado de HC substitutivo. Quando o juiz concede HC alm da possibilidade de R.S.E, tem que haver o recurso de ofcio, art. 574, I, CPP. Recurso de oficio qdo a lei impe que o prprio juiz prolatou a deciso ele remeta a sua deciso para o Tribunal de justia. A deciso s produz efeitos quando o tribunal confirma. A lei quem exige. (tb chamado pela doutrina de exame necessrio ou duplo grau de jurisdio obrigatrio). XI e XII esto revogados no tem mais aplicao, pois hoje utilizado o agravo em execuo para recorrer na fase de execuo. XV da deciso que denegar a apelao ou a julgar deserta. Hiptese Se sair uma sentena condenatria ou absolutria recorrvel por apelao, voc interpe apelao no processo penal perante o juiz de primeiro grau,a interposio perante o juiz a quo, ento o juzo a quo far o primeiro o juzo de admissibilidade do recurso ele vai analisar se esto presentes os pressupostos, ele pode entender que no esto presentes alguns pressupostos, ai ele no admite o recurso, ou seja ele denegara a apelao, contra essa deciso caber R.S.E. Julgar deserta a apelao h duas hipteses no processo penal. A 1 qdo o sujeito no se recolhe a priso, qdo ele foge, e a 2 qdo no recolhe as custas, hoje a desero somete se d com o no recolhimento de custas. Pergunta: A deciso que julga deserta a apelao atacada por R.S.E e quando o juiz negar o R.S.E? Resposta: se o juiz denegar o R.S.E caber um recurso que s existe no Processo penal que chamado de Carta Testemunhvel. A regra no processo penal que se o juiz denegar a apelao cabe R. s. e, se ele denegar qualquer outro recurso cabe carta testemunhvel. (Art. 639 CPP). XVI que ordenar a suspenso do processo em virtude de questo prejudicial, c/c arts. 92 e 94 CPP. XVIII que decidir o incidente de falsidade c/c art. 145 e 148 CPP.
Incidente de falsidade algumas das partes entendem que o doc utilizado pela outra no autentico. Ela argui o incidente de falsidade a falsidade documental. Se o juiz reconhecer que o doc falso ou autentico, qq que seja a deciso ser atacada atravs de R.S.E. R.S.E interposto perante o juzo a quo, o prazo para interpor de 5 dias, apenas informativo de que vc esta recorrendo da deciso. ( art. 586 CPP) H uma exceo que esta previsto no P do art. 586 CPP que no caso do inciso XIV ( incluir jurado ou exclui-lo da lista geral. O prazo e de 20 dias. Como funciona: Aps a deciso do juiz, voc querendo recorrer dever no prazo de 5 dias encaminhar um informativo para o juiz da vara que vc pretende recorrer informando que est recorrendo da deciso, ento o juiz ir analisar se o recurso preenche todos os pressupostos, se for aceito ele encaminhar uma notificao para que vc apresente suas razes que dever ser apresentada no prazo de 2 dois contados da data de intimao( art.588 CPP). Depois de recebidas as razes e contra razes, neste recurso existe aquilo que existe no agravo de instrumento, que a possibilidade do juiz se retratar, o juiz pode voltar atrs da deciso dele que o juzo de retrao.
AULA DO DIA 23/05/2011. Cont. R.S.E Os prazos para interposio das razes e contra razes, no Processo Penal, tem grande diferena do agravo de instrumento e apelao do proc. civil, no Proc. civil tem um prazo nico do agravo que so 10 dias e na apelao que so 15 dias para vc interpor esses recursos j com as razes. No Proc. penal vc tem o primeiro prazo para vc interpor o recurso (5 dias) e depois que vc interpe perante o juiz de 1 grau, ele dir se deve ou no receber o seu recurso, se ele receber ele o notificar para que seja apresentada as razes recursais que dever ser proposta no prazo de 2 dias da data da notificao.
Juzo de retratao Art. 589 CPP, no R.S.E tem a possibilidade do juiz se retratar da deciso que proferiu aps a interposio de R.S.E. O P do art. 589 CPP, A deciso que julgou procedente o incidente de falsidade, (inciso XVIII do art. 581 CPP), dessa deciso admite-se o R.S.E. o ru interpe recurso, e constar as razes e as contrarrazes, o juiz se constatar que assiste razo a parte que recorreu, ele poder se retrar da deciso. O que ele havia julgado procedente agora ele julgou improcedente. A lei diz se o juiz se retrata a parte contraria, ou seja, a parte que no recorreu agora esta insatisfeita (seria no caso o MP) ele poder impugnar a deciso originria da retratao, s que ele no vai interpor novo recurso, at porque j existe razes e contrarrazes, ento dever o MP apresentar simples petio que tem valor de R.S.E. Inclusive essa petio diz a doutrina dever ser apresentada no mesmo prazo que o R.S.E, 5 dias j que ela tem o valor de um R.S.E. o juiz neste caso no poder mais se retratar pois no existe retratao da retratao, s existe uma nica vez a possibilidade da retratao, que aps a interposio do R.S.E, aps a petio o juiz deve encaminhar o R.S.E para o Tribunal. A parte insatisfeita far o recurso subir e deixar que o tribunal decida. OBS: No P do art. 589, CPP dispe que esta simples petio s cabe quando a deciso originada a partir do juzo de retratao for tb ela elencada no rol do art. 581. Neste caso cabe, pois ele esta elencado no rol do art. 581, XVIII, mas existem casos que no caberia. EX: a deciso que o juiz julga procedente uma exceo de litispendncia. O MP interpe R.S.E com base no art. 581, III CPP, o MP apresentou suas razoes e o recorrido as suas contra razes e volta pro juiz que se retrata, a exceo que ele havia julgado procedente agora exercendo o juzo de retratao, julga improcedente. Pergunta: Neste caso acima, cabe a simples petio que se refere o art. 589, P? Resposta: No, porque o P do art. 589 dispe que a parte contraria poder recorrer por simples petio, se couber recurso, ou seja, a deciso deveria estar elencada nos inciso do art. 581, a deciso quejulga improcedente uma exceo no esta no rol do art. 581, CPP,
s dispe da deciso que julga procedente, a que julga improcedente no esta por isso no caber a simples petio, a lgica que esta petio vale como R.S.E. ela s poder se utilizar daquelas decises possveis de se atacar com R.S.E. Neste caso caberia um Habeas Corpus.
AV2 - PODE CAIR UMA QUESTO REFERENTE AO ART. 589, P DO CPP, AQUELAS QUE CABEM SIMPLES PETIO SOMENTE PARA AS DECISES QUE CABE R.S.E.
APELAO
CPP (Art. 593 e seguintes) e no JECRIM (Art. 82 da lei 9099/95) A diferena entre a apelao no CPP e no JECRIM o prazo. A apelao no CPP se tem o prazo para interposio e outro para apresentao das razes, no JECRIM a apelao tem um prazo nico. O prazo da apelao no JECRIM de 10 dias depois que foi intimado da sentena, para interpor apelao j com as razes do recurso (Art. 82, 1 9099/95). No CPP o prazo de 5 dias para interpor ( art. 593 caput) j as razes tem o prazo de 8 dias nos casos de crime e 3 dias nos casos de contravenes (art. 600 CPP), na pratica hoje em dia no se usa mais, pois todas as contravenes penais, so crimes de menor potencial ofensivo, ento todas elas vo para o JECRIM. Na prtica as contravenes so resolvidas no JECRIM. Existe a possibilidade na apelao das razes serem apresentadas na 2 instncia, (art. 600, 4) na apelao o apelante poder escolher por apresentar as suas razes apenas para o Tribunal, desde que ao interpor recurso de apelo, seja tb requerido. O juiz de 1 grau recebe a apelao se for verificado os pressupostos de admissibilidade ele receber o recurso e encaminhara para o tribunal que ser distribuda por desembargador relator que tb vai verificados pressupostos recursais, se ele entender cabvel, ele vai notificar para seja apresentada suas razes l na 2 instncia. Nesse caso ganhasse meses. Porque na apelao alei permite que o apelante apresente suas razes na 2 instancia e na R.S.E. a lei no permite?
Resposta: Porque na apelao no admitido o juzo de retratao, no R.S.E. necessrio apresentar razes para que o juiz conhea para saber se vai ou no se retratar. Na apelao pouco importa os fundamentos do seu recurso, ele s vai estar preocupado se o seu recurso preenche todos os pressupostos ou no, por isso permitido que o apelante escolha por apresentar suas razes apenas no Tribunal. Quando caber apelao no Processo Penal Art. 593 CPP I Sentena definitiva de condenao ou absolvio proferidas por juiz singular. - Nesse tipo de sentena o recurso cabvel ser sempre apelao. II das decises definitivas ou com fora de definitivasproferidas por juiz singularnos casos no previstos no capitulo anterior. - Nesse inciso traz o que chamado de apelao residual, um recurso residual, porque s vai ser cabvel para as decises definitivas ou com fora de definitivas (chamadas de decises interlocutrias mistas), mas desde que no caiba recurso em sentido estrito. Neste caso s cabvel qdo no couber R.S.E. Hiptese O ru apresentou resposta na preliminar, arguiu na RPO. A prescrio o juiz reconheceu a prescrio, neste caso uma deciso definitiva, mas cabe a apelao residual? No, pois no art. 581, VIII, caber RSE. Se o juiz reconhece a prescrio, poder de cara pensar que cabvel apelao, mas no , pois ela s tem lugar qdo no couber RSE. Qdo houve decadncia do prazo, o juiz extinguir a ao pela decadncia, ou seja, no absolveu nem condenou o querelado, mas uma deciso definitiva que extingue a ao penal, no cabe apelao quando no houver previso na lei para RSE. Daquela deciso, e qdo o juiz reconhece uma causa de extino de punibilidade cabe RSE. Se for deciso interlocutria, mas que no caiba RSE ai tem a possibilidade da apelao do inciso II. EX: Sequestro de bens que foram comprados com dinheiro ilcito, contra a deciso do sequestro cabem embargos, contra a deciso do juiz que aprecia os embargos caber a apelao com base no art. 593, II CPP.
EX: Contra a deciso que julga o incidente de insanidade mental do acusado no caber RSE. Pois no h previso legal e sim, apelao com base art. 593, II, CPP. Esse tipo de apelao por excluso, se no for achada no art. 581, vai para o art. 593. III das decises do Tribunal do Jri - a doutrina chama de apelao de fundamentao vinculada, ou clausulada, porque a lei restringe a possibilidade de recorrer contra deciso do tribunal do jri, somente nessas hipteses da alnea deste artigo ser cabvel. a) ocorrer nulidade posterior a pronncia. Porque a pronuncia gera a sanatriadas nulidades relativas. As nulidades absolutas no so sanveis at o transito em julgado deve-se apelar. At aps o transito em julgado da sentena vc poder alegar qdo a nulidade for absoluta. Se for absoluta pode ser usada a apelao, as nulidades relativas foram sanadas no momento que o juiz pronunciou. b e c) for a sentena contraria a lei expressa ou a deciso dos jurados, ou houver injustia na aplicao da pena e na medida de segurana. Tanto na alnea b e c a lei prev apelao quanto na aplicao da pena ou da medida de segurana, ento nessas alneas no tem nada haver com veredito esperado que a sentena do tribunal do jri subjetivamente complexa, porque composta de veredito mais aplicao da pena, veredito quem da so os jurados e aplicao da pena quem faz o juiz presidente, por isso que as alneas dispe que as nicas hipteses que possvel o TJ reforme uma sentena do jri em tribunal de apelao, aqui nas alneas b e c vc pode pedir que a cmara ao julgar a apelao reforme a sentena porque quem tem soberania so os jurados o juiz no tem nenhuma. EX: Os jurados reconhecem o homicdio qualificado e o juiz plica a pena de homicdio simples, ou seja, foi contraria a posio dos jurados, o que se pena na apelao das alneas b e c quantum de pena ou da medida de segurana, no tem nada a ver com veredicto. No afeta a soberania do juro, pois o que o tribunal vai mexer no quantum da pena e da medida de segurana. d) quando a deciso dos jurados for manifestamente contraria a prova dos autos. Quando a apelao provida o Tribunal de justia cassa a primeira deciso e submete o ru o segundo jri, que tb o que ocorre na
apelao da alnea a, nessas duas hipteses o TJ no pode reformar a sentena seno estaria ferindo a soberania dos vereditos e sim cassar a 1 sentena. 3 do art. 593 no se pode apelar pelo mesmo motivo mais de uma vez. EX: Caso da Missionaria Dora Stendill, o MP apelou com base no inciso III do art. 593 CPP, o Tribunal deu provimento ao apelo, qdo provida submete- se o reu a segundo jri, o segundo absolveu, e a parte contraria ao MP poderia apelar dizendo que esta deciso manifestamente contraria a prova dos autos? Resposta: a alnea d s pode ser usada uma nica vez naquele processo, no importa por quem, ela s tem cabimento uma nica vez no feito. O que no significa que no possa ter outra apelao pode, mas com base em outras alienas e no na d. para as outras no tem limitao apenas para a d.
EMBARGOS DE DECLARAO
H trs previses legais de embargos de declarao: 1 - (Art. 382 CPP) Nas sentenas sempre que houver obscuridade, ambiguidade, contradio ou omisso d-se o prazo de dois dias para que o juiz declare a sentena. 2 (Art. 619 CPP) Aos acrdos proferidos pelos tribunais podero ser opostos embargos de declarao sempre que houver obscuridade, ambiguidade, contradio ou omisso no prazo de dois dias. A nica diferena entre o art. 382 e 619 que o 1 para as sentenas e o 2 para os acrdos. O instrumento o mesmo s que utilizado em instncias diferentes. 3 - (art. 83 da lei 9099/95) contra sentenas ou acrdos, quando houver obscuridade, contradio, omisso ou duvida. A lei trocou ambiguidade por dvida. A diferena do Embargo de declarao do CPP para o JECRIM o termo utilizado e o prazo, no CPP de 2 dias e no JECRIM 5 dias.
Outra diferena que no JECRIM a lei dispe expressamente que os embargos suspendem o curso do prazo para recurso posterior (Art. 83, 2 JECRIM). EX: O prazo para apelar no JECRIM de 10 dias, interpe um embargo de declarao no 4 dia, o prazo ficar suspenso depois ter somente 6 dias para apresentar apelao. NO CPP no h regra, se os embargos de declarao suspenderiam ou interromperiam o pra para interposio do recurso posterior. H duas correntes: 1 corrente -O ED do CPP suspenderia o prazo para interposio de recurso posterior, aplicando-se por analogia o art. 83, 2 da lei 9099/95. Crtica da 1 corrente: Esta corrente afirma no ser possvel aplicao de analogia da lei 9099/95, para suprir lacuna do CPP eis que no se admite que lei especial complemente a lei de carter geral (CPP). Somente sendo possvel o inverso como aliais explicitada esta no art. 92 9099/95. 2 corrente - Assim sendo quando lacunoso o CPP necessrio se faz buscar a fonte primaria do processo Brasileiro que CPC, aplicando-se ento a regra do art. 538 do referido cdigo que concede efeito interruptivo aos embargos de declarao. EX: Saiu a sentena no CPP o prazo para apelar de 5 dias se eu interpor embargo de declarao no 2 dia o prazo para interpor recurso continuar sendo de 5 dias, pois o embargo no CPP segue a mesma regra que o CPC ele interrompe o prazo pra interposio de recurso. EX: No CPP os embargos de declarao de 2 dias e no JECRIM de 5 dias. Saiu a sentena no JECRIM, o sujeito tem 10 dias para interpor apelao, se ele interps oposio em 4 dias, suspendem o prazo para interposio do recurso posterior, o juiz tem um prazo para analisar os embargos, qdo ele decide os embargos e o intima da deciso dos embargos declarao, se a parte no ficar satisfeita e decidir apelar o prazo restante de 6 dias para interpor apelao. EX: Saiu a sentena no CPP, pela corrente majoritria o prazo para interpor recurso interrompido,saiu sentena se eu quiser recorrer, ainda terei os 5 dias inteiros para interpor a apelao.
Pergunta: possvel atribuir efeitos infringentes aos embargos de declarao? Infringentes: igual a efeito modificativo aos embargos de declarao, existe a possibilidade de atribuir efeitos modificativos a sentena.
Resposta: A finalidade dos ED no modificar a deciso embargada, todavia, admite-se que tal efeito possa se dar como consequncia necessria qdo do provimento do recurso utilizado para espancar um dos vcios que autorizam este instrumento. Em regra no a finalidade dos ED modificar, mas pode ser que ao espancar os vcios a deciso possa ser alterada automaticamente. EX: Nos memoriais eu argui como tese defensiva duas matrias, a prescrio e subsidiariamente pedi absolvio por insuficincia de provas. Na sentena h a condenao o ru s que a sentena em momento algum se refere a tese da prescrio, o juiz tem o dever de enfrente todos as teses defensivas, ele se omite qto a tese defensiva da prescrio, o vicio que tem nesta sentena de condenao a omisso. O ED vai conter o pedido para que ele supra a tese de prescrio que ele no enfrentou, se ele enfrentar e der provimento, o que era uma sentena condenatria vira sentena terminativa de mrito sem condenao, pois ele reconheceu a prescrio, nesse caso houve a modificao da sentena, ele modificou como efeito reflexo ao espancamento do vicio omisso. EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE (Art. 609 P do CPP) - Qdo no for unnime a deciso de 2 instancia desfavorvel ao ru, (esse um recurso exclusivo da defesa), No Proc. Penal embargos infringentes apenas pro ru. EX: Votao no unanime e tem que ser desfavorvel ao ru, qdo vai ser utilizado os EI, o de Nulidade e os dois. - Os Embargos infringentes sero utilizados qdo versar sobre error in judicando( as matria que se referem ao mrito, ou ao direito material) EX: se o sujeito culpado ou no, se o fato tpico ou no, se licito ou no, se prescreveu ou no, tudo isso erro in judicando. - Os Embargos de Nulidades sero utilizados qdo o desacordo for erro in procedendo (as questes que versam sobre direito processual) EX: se a discusso um vicio processual, vicio de citao isso ser erro in judicando.
- Quando houver no fato erro in judicando e erro in procedendo ser utilizado os dois embargos os infringentes e os de nulidade. - se o desacordo for parcial os embargos sero restritos a matria objeto de divergncia. EX: Saiu uma sentena que condenou o ru a furto duplamente qualificado, o ru apela, na apelao ele faz dois pedidos: absolvio ou pelo menos desclassificao para furto simples. A apelao julgada por trs desembargadores, ao julgarem a apelao dois desembargadores votamno sentido de manter a condenao igual a que foi proferida, um vota por reconhecer a desclassificao, o embargo cabvel o infringente. Pergunta: Referente ao caso acima no embargo infringente o sujeito poder ainda pleitear a absolvio? Resposta: No, pois no houve divergncia com relao a condenao, a divergncia foi com relao a desclassificao para furto simples . A finalidade dos EI e EM fazer prevalecer o voto vencido mais favorvel ao acusado. Os embargos tem a finalidade de fazer prevalecer o voto mais favorvel ao acusado, que foi vencido.
REVISO CRIMINAL E HABEAS CORPUS Ambas so aes autnomas de impugnao, mas no cdigo esto elencadas na parte de recursos, mas no so recursos, pois ambos provocam a instaurao de uma nova ao, ou seja, de uma nova relao jurdica processual, os recursos representam o desdobramento de uma ao penal j existente. A RC e o HC do ensejo a deflagrao de uma nova ao.
REVISO CRIMINAL- s existe pr-ru, um instrumento exclusivo da defesa, no existe RC pr societatti, portanto se o sujeito foi absolvido, no dia em que transita em julgado a absolvio dele, ele pode reunir a imprensa dizer que foi ele quem matou, entregar as provas que incriminem ele, e ainda assim nada poder ser feito contra ele, porque uma vez transitada em julgada a absolvio ela se torna absolutamente imutvel, a absolvio no admite reviso criminal, pela prpria previso legal que esta no art. 621 incisos assim define, a lei exige que haja uma condenao. Esse rol do art. 621 numero claus (taxativo). Existe, porm um nico caso em que a doutrina diz ser possvel a reviso criminal ainda que a sentena tenha sido absolutria, no caso da sentena absolutria impropria, a sentena absolutria do inimputvel que recebe uma medida de segurana em razo da doena mental, se o sujeito for inimputvel, ele impropriamente absolvido e receber uma medida de segurana, como a medida de segurana no to agradvel a doutrina dispe que poder ser feita uma interpretao extensiva do rol do art. 621 e aplicar a RC quando for o caso de sentena absolutria imprpria. A RC no tem prazo, a nica exigncia da lei que tenha tido o transito em julgado da ao penal condenatria. A RC faz paralelo com a ao rescisria do CPC, s que a diferena que a ao rescisria tem prazo de dois anos e a RC no tem prazo pode ser feita a qualquer tempo. Conforme art. 622 CPP, antes ou aps da extino da pena, o sujeito pode at ter morrido e mesmo assim poder ser feito (Neste caso serviria para limpar a honra do sujeito). A reviso poder ser proposta pelo advogado, se j estiver morto, pelo cnjuge, ascendente, descendente ou irmo. (art. 623 CPP). O que poder ser pedido na reviso criminal? O pedido primrio da RC sempre esta relacionado resciso da sentena, podendo alterar a classificao, absolver, modificar a pena, anular o processo (Art. 626 CPP), observando o disposto no P, a situao do ru nunca poder ser agravada. Embora a RC no seja propriamente um recurso, ela segue o mesmo principio de que a situao do ru jamais poder ser agravada (Vedao a reformatio in pejus). Reincidida a sentena penal anterior e absolvendo o ru que fora condenado volta a ser ru primrio e ter bons antecedentes, estado quo ant (Art. 627 CPP), a absolvio implicar o restabelecimento de todos os direitos anteriormente perdidos em virtude da condenao.
EX: se o juiz absolver em razo do julgamento da RC, ele retorna a seu estado normal, quo ant. se ele tiver perdido cargo publico, ele recupera o cargo publico, inclusive se le tiver sido obrigado a pagar indenizao civil ex-delicto, em razo de uma sentena penal condenatria anterior, ele vai ter direito ao ressarcimento do que ele pagou, ( dever ajuizar uma ao de repetio de indbito), se ele tiver pago pena de multa de sucumbenciais do processo penal ele dever receber de volta. Alm do pedido primrio que a resciso da sentena penal condenatria, facultado ao ru inserir no pedido na R C um pedido de indenizao (art. 630 CPP), por requerer justa indenizao por prejuzos sofridos. Neste caso deve haver pedido de indenizao, seno o Tribunal vai se limitar a julgar a resciso da sentena penal condenatria, mas no dar o pedido de indenizao. O pedido de indenizao na RC tem previso constitucional, embora a RC em si no esteja prevista na CF, mas a indenizao est previsto no art. 5 LXXV, o Estado indenizar o condenado por erro judicirio. O pedido de indenizao aparece no art. 630 do CPP, mas tb tem previso constitucional. - o 2 do art. 630 do CP, dispe que a indenizao no ser devida: Se o erro do judicirio foi por ato ou falta imputvel ao prprio condenado; se foi ele quem induziu o judicirio ao erro obvio que no ter direito a indenizao. A alneab foi fundamentos: considerada inconstitucional e existe 2
1 - A CF dispe quetodo o cidado que foi preso por erro do judicirio, no importa se foi por ao penal publica ou privada ter direito a indenizao do estado. 2 - O fato da ao penal ser privada, no muda em nada pois quem sentencia o estado juiz, se ele erra no importa se quem ajuizou foi o MP ou o Particular, o erro do Prprio Juiz que sentenciou erradamente.
Estava prevista no art. 624 CPP, mas hoje a matria esta prevista na CF no art.o que importa no art. 624 CPP qual a regra geral para julgar RC. - Juiz jamais pode julgar RC, ela s julgada em sede de tribunais, A regra a seguinte: O ultimo rgo a proferir deciso naquele caso, o rgo que vai julgar a RC, se o ltimo a ter proferido um acordo foi o STF, ento ele quem julgar a RC, se foi no STJ, ele quem julgar a RC, se tiver sido o TRF, ser julgado pelo TRF, se tiver sido julgado pelo TJ, quem julga o TJ, se tiver sido um juiz de 1 grau, vai para o TJ, se foi julgado por um juiz federal, ser julgado no TRF. Pergunta: E se tiver parado a condenao num juiz de JECRIM? Resposta:A RC dever ser julgada no TJ, jamais em turma recursal.
Competncia do STF para julgar RC (art. 102, I, al. j CF); Competncia do STJ para julgar RC (art. 105, I, al. e CF); Competncia dos TRF para julgar RC (art. 108, I, al. b CF); Competnciado TJ para julgar RC (este previsto no Regimento interno de cada tribunal). OBS: Para ajuizar RC o sujeito no precisa se recolher a priso conforme smula 393STF, para requerer RC o condenado no obrigado a recolher-se a priso.
liberatrio, ou se o juiz determinar priso preventiva ou temporria tambm se utiliza o HC liberatrio. EX: se o sujeito vai depor na CPI e tem medo de ficar preso, ele pede um HC preventivo (tb denominado salvo conduto, que qdo a pessoa tem receio de fazer determinada coisa com medo de ser preso) impetra-se HC preventivo requerendo um salvo conduto. que tambm uma ordem do juiz garantindo que o acusado poder ficar em silncio. OBS: Testemunha no tem obrigao de entregar documento e sim de prestar esclarecimentos, somente tem o dever de entregar quando houver medida judicial de busca e apreenso. O art. 647 CPP, esta ligado ao direito de ir e vir ambulatorial, ele exclui nos casos de priso disciplinar de militar. Pergunta: O Judicirio ento nunca poderia julgar HC para priso de militar? Resposta: sim, quando for cometida por ilegalidade na priso, no possvel discutir o mrito, se ultrapassou o prazo mximo que o Regimento militar exige ou quem decretou a priso no foi a autoridade com competncia para faz-lo nessas hipteses existe um vicio de ilegalidade na priso. QUAIS OS PERSONAGENS QUE APARECE NO HC? Impetrante qualquer pessoa (menor poder desde que representado, analfabeto, pessoa jurdica). Paciente-Qualquer pessoa desde que seja fsica, a pessoa jurdica pode at cometer crime (Crime ambiental), mas como ela no tem direito ambulatorial, ou seja, direito de ir e vir, ento ela no pode ser paciente de HC. Coator Pode ser praticado por Pessoa relacionada ao poder publico e tambm a doutrina e jurisprudncia j pacifica em entender que a Pessoa particular tambm pode ser coatora. Abuso de poder s pode ser cometido por agente publico, mas ilegalidade pode ser cometida por qualquer um. EX: muito comum quando os filhos colocam os pais no asilo, a polcia no tem como intervir, mas se algum impetrar um HC poder tir-los de l.
possvel liminar em HC, no tem previso legal, mas o fundamento esta na lei de Mandado ode segurana (Lei 12016/09). Pois este um remdio muito semelhante ao HC, pois serve para defender todo direito liquido e certo que no seja o direito de ir e vir. A doutrina e jurisprudncia esto pacificamente admitem cabimento de liminar em HC aplicando subsidiariamente as disposies da lei de MS. O rol do art. 648 exemplificativo, ou seja, no tem restrio a cabimento de HC. Se houver risco atual ou iminente ao direito ambulatorial cabvel o HC. Sempre que tiveruma restrio ainda que em tese. COMPETNCIA PARA JULGAR HC: STF: Esta prevista no Art. 102, I, al. d e iCF; STJ: Esta prevista no Art. 105, I, al. c CF; TRF: Esta previsto no art. 108, I, al. d CF; TJ: Art. 7 e 8 do Regimento Interno do TJ.
Pergunta: Se a autoridade coatora for: 1 - Delegado de polcia, quem julgar o HC ser um juiz de direito, pois o delegado de policia no tem foro por prerrogativa de funo; 2 Delegado da PF,quem julgar o HC ser um juiz federal; 3 Juiz de direito, quem julga o HC o TJ; 4 Juiz Federal, quem julga o TRF; 5 Membro do MP, quem julga o TJ.
OBS: PODE CAIR NA AV2 OU AV3: MEMBRO DO MP, PROMOTOR DE JUSTIA, REQUISITA A AUTORIDADE POLICIAL, EXPEDE OFICIO REQUISITANDO A INSTAURAO DE UM INQURITO POLICIAL, EM FACE DE UM SUJEITO, O DELEGADO INSTAURA O INQURITO ATENDENDO A SOLICITAO DO MP, O SUJEITO QUER TRANCAR O INQURITO POLICIAL, POIS O CRIME J PRESCREVEU, DEVE SER IMPETRADO O HC PREVENTIVO, QUEM JULGAR O HC SER O TJ. POIS A AUTORIDADE COATORA NO O DELEGADO E SIM O PROMOTOR, O DELEGADO AGIU POR REQUISIO DO MEMBRO DO MP.