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Ressonancia Spin Do Electrao

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Maputo

Agosto

2011

Universidade Eduardo Mondlane

Belarmino Matsinhe

Docentes: Dr. Maphossa dr(a) G.Mondlane dr. Matias

[RESSONNCIA DO SPIN DO ELECTRO]

Ressonncia do spin do electro


SUMRIO
1 INTRODUO ................................................................................................................................................ 3

2 FUNDAMENTOS TERICOS................................................................................................................................. 4 2.1 PRINCPIO E MTODO ............................................................................................................................ 8 2.1.1 Material necessrio ........................................................................................................................... 8 2.1.2 Execuo ............................................................................................................................................... 8 3 RESULTADOS ................................................................................................................................................. 9

4 CONSIDERAES FINAIS.................................................................................................................................... 11 5 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ......................................................................................................................... 12

[Fsica aplicada trabalho laboratorial de espectroscopia]

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Ressonncia do spin do electro

Ressonncia do spin do electro

Belarmino Matsinhe*1

RESUMO O objectivo da experiencia determinar o factor de Land e a largura de meia altura de um sinal produzido por uma amostra quando ressonado por um campo magntico, com este factor g, pode-se verificar se a amostra ou no paramagntica, isto , possui ou no electres desemparelhados, visto que na prtica, os electres encontram-se associados a tomos, com consequncias importantes para a experincia, pois o electro pode ganhar ou perder momento angular (atravs do fenmeno denominado acoplamento spin-rbita), o que afecta o valor de g. Este valor frequentemente diferente de 2,0023, especialmente em compostos contendo metais de transio. Esta condio verifica-se quando a espcie um radical livre, se uma molcula orgnica, ou quando possui metais de transio, atravs desta condio haver lugar excitao dos spins dos electres. Portanto necessrio utilizar espectroscopia de ressonncia paramagntica electrnica em regio de frequncias elevadas (high-frequency). desta forma, os resultados levou a constatar que possvel demonstrar experimentalmente a frequncia na qual se realiza a experiencia, concretamente objectivo do experimento pode-se concluir que amostra utilizada para a experiencia paramagntica, isto tem um electro desemparelhado, visto que o valor do factor do Land diferente com o valor de um electro na ausncia do campo magntico.

Estudante Universitrio do Terceiro Nvel ( EUTN), cursando fsica aplicada (CFA), Email: [email protected]

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1 INTRODUO
A espectroscopia de ressonncia de spin electrnico uma tcnica espectroscpica que detecta espcies contendo electres desemparelhados, ou seja, espcies paramagnticas, para a experiencia realizada analisou-se o sinal gerado pela ressonncia de uma amostra atreves da aplicao de um campo magntico que este por sua vez gerado por uma tenso aplicada ao circuito do aparato experimental. Com isso foi possvel obter por exemplo o valor do factor g igual a 1.9275 T, uma frequncia ressonadora de 145.76 GHz, o que comprova a banda das rdio frequncias, e evidencia o efeito Zeeman na amostra.

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2 FUNDAMENTOS TERICOS
A espectroscopia de ressonncia paramagntica electrnica ou de ressonncia de spin electrnico (RPE, ou EPR, do ingls electron paramagnetic resonance ou ainda ESR, do ingls electron spin resonance) uma tcnica espectroscpica que detecta espcies contendo electres desemparelhados, ou seja, espcies paramagnticas#2.Havendo portanto, lugar excitao dos spins dos electres, ao invs dos spins dos ncleos atmicos. Um pequeno nmero de molculas so denominadas radicais livres por conterem um nico electro desemparelhado, de forma que h apenas o movimento de spin do electro, e o movimento orbital do electro encontra-se extinto, se um electro est num campo electromagntico desprezando a influncia do spin nuclear, os nveis de energia para os campos magnticos podem ser dados pela equao: = . . . (eq.1)

A regra de seleco para transies magnticas da experiencia de ressonncia do spin = 1 para = j,j-1, , -j. o que fornece a condio de absoro: . . = E = hf (eq.2)

Onde a razo giromagntica do electro, o magneto de Bohr e equivale a 9,27 x 10-24 J.T-1 , O efeito Zeeman De acordo com a (eq.1) e sua explanao com = j, (j + 1), . . . , (j 1), j. Isto quer dizer que os nveis de energia das orbitais incompletas (as nicas que tm j 0) sofrem uma diviso (splitting ) de nveis. .(veja a figura 1) De uma forma concreta, podemos dizer que; Um electro tem um momento magntico associado igual ao magnetro de Bohr, B. Quando colocado num campo magntico externo de intensidade B0, esse momento magntico pode tomar duas orientaes: paralela e antiparalela ao
#2 Wikipedia, a enciclopdia livre.

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sentido do campo magntico. A orientao paralela encontra-se num estado de menor energia que a antiparalela (o chamado efeito de Zeeman)

Ilustrao 1. Separao dos nveis de energia (degenerao) por aro do campo magntico.

Fonte: PHYWE Systeme GmbH & Co. KG, [email protected]

Na prtica, os electres encontram-se associados a tomos, com consequncias importantes para a experincia: O electro pode ganhar ou perder momento angular (atravs do fenmeno denominado acoplamento spin-rbita), o que afecta o valor de g. Este valor frequentemente diferente de 2,0023, especialmente em compostos contendo metais de transio. O factor g muda de acordo com a orientao do tomo paramagntico no campo magntico aplicado, ou seja, o momento angular do electro no igual para todas as orientaes possveis do tomo ou molcula no campo magntico. Este fenmeno denominado anisotropia. Como a anisotropia depende da estrutura electrnica do tomo em questo, possvel obter informao sobre as orbitais contendo o electro desemparelhado. Se o tomo contendo o electro desemparelhado tiver ele prprio um spin nuclear diferente de zero, o tomo possui um pequeno campo magntico associado que tambm influencia o electro. Acontece ento o fenmeno de acoplamento hiperfino (anlogo ao acoplamento que existe em RMN), que causa o splitting do sinal em dubletos, tripletos, etc. (ou seja, uma ressonncia divide-se em duas, trs, etc).

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O factor g (factor de Land)

A partir do factor g, possvel obter informao acerca da estrutura electrnica do centro paramagntico. Visto que, um electro desemparelhado sofre no s a aco do campo magntico aplicado, mas tambm o efeito de campos magnticos locais, como o de tomos com spin nuclear. Assim, o campo efectivo sofrido pelo electro, B dado por: B = B0(1 ) (eq.3)

onde o termo relacionado com o efeito de campos magnticos locais (podendo ser positivo ou negativo). A condio de ressonncia torna-se ento E = h = . . ( ) A quantidade (1 - ) denominada factor g, logo: E = h = . . valor g a partir da experincia. (eq.5)3 Sendo esta a equao fundamental na espectroscopia de ESR.Com esta equao, obtm-se o (eq.4)

Campo magntico no ressonador Se o campo estiver orientado na direco z, no caso da ausncia de campo, Jz toma os valores mj = j, (j +1), . . . , (j 1), j de forma aleatria, de forma que o valor mdio de Jz zero e assim tambm ser o valor mdio de B. Por outro lado, na presena do campo magntico d-se uma separao dos nveis e os estados passam a ser ocupados por ordem crescente de mj. Isto quer dizer que o valor mdio de Jz deixa de ser nulo. (ver figura 2). Ilustrao 2. Significado dos mj

Fonte: (buscas: wikipdia enciclopdia livre)


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C.N. Banwell, Fundamentals of molecular spectroscopy pag.277

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O campo magntico ao = . . (eq.6) A conhecida bobina da nossa experiencia chamada bobina de Helmhotz, se as bobinas so percorridas por uma corrente I , para 250 espiras de raio 0.054m, sabendo que a permeabilidade magntica do vcuo de 1.256*10-6
. ( +( ))

= 0.8

. 0 . .

, com estes valores estabelecidos o valor de ser:

B0 = 4.16*10-6 I Logo o factor de Land ser:


(eq.7)

= . = 2.507

(eq.8)

Observemos que, e Br est fora da gama de variao de B, isto , se Br < B0 B ou se Br > B0 + B, ento nunca se d a absoro das ondas de rdio porque a separao dos nveis de energia nunca tal que E = hf. Sendo assim o sinal observado no osciloscpio no exibe grandes variaes. Se Br est dentro da gama de variao de B mas no no centro, isto , se Br < B0 B < Br < B0 + B0 ento Br B, e o sinal aparece no osciloscpio, mas assimtrico. se o sinal aparece simtrico no cran do osciloscpio entao Br = B0.

Visualizao da largura de meia altura atravs do osciloscpio

ideal fazer esta observao ao osciloscpio, no modo X-Y. O modo X alimentado pelos 50 Hz, a frequncia de modulao do campo magntico, e o modo Y alimentado por um sinal retirado do circuito elctrico em que est a amostra. Sendo assim o sinal observado no osciloscpio no exibe grandes variaes. Visto que o sinal est obtido, ento pode ser ajustado de forma que o eixo x situe-se na metade da altura do sinal, a meia largura do sinal calculada da diferena entre as correntes nos quais o ponto mvel cruza o eixo dos x.

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2.1 PRINCPIO E MTODO
A condio de ressonncia torna-se uma forma de mostrar espcies contendo electres desemparelhado, Em geral, esta condio verifica-se quando a espcie um radical livre, se uma molcula orgnica, ou quando possui metais de transio, atravs desta condio haver lugar excitao dos spins dos electres. Portanto necessrio utilizar espectroscopia de ressonncia paramagntica electrnica em regio de frequncias elevadas (high-frequency).

2.1.1

Material necessrio

a) Ressonador ESR com espiras de campo, b) Fonte de alimentao ESR, c) Osciloscpio, 20 MHz, 2 canais, d) Fonte de alimentao universal, e) Cabos de conexo, 2.1.2 Execuo

Figura. O aparato experimental

Fonte:(foto) laboratrio de espectroscopia

i.

Liga-se o detector para verificar o nvel de radiao;


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ii. iii. iv. v. Pela irradiao da amostra temos uma ressonncia dos spins do electro; Liga-se a corrente e obtm-se o sinal; Manipula-se a fase ate o sinal desejado ser obtido; Centraliza-se o sinal e determina-se a a corrente ressonadora e a largura de meia altura.

3 RESULTADOS
1. Figura: Obteno do sinal

Fonte: experimento no laboratrio

2. Factor de Land (factor g) Utilizando a (eq.8) e usando intensidade de ressonncia igual a 1.3 obteve se o valor de g de: g = 1.9275 T-1 3. Largura de meia altura No eixo x obtm - se uma tenso ressonadora de 1mV/div que produz o campo magntico ressonador, e que equivale a uma corrente no lida no laboratrio, cujo multmetro
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conectado ao sistema, onde a diferena do campo magntico inicial e o campo que corresponde esta corrente seria igual a largura de meia altura. 4. Frequncia ressonadora Utilizando a (eq.5) para magnetro de Bohr igual a 9.27*10-24 J.T-1 e constante de planck igual a 6.63*10-34 J.s ao introduzir o factor g e o campo magntico igual a 5.408455 T obtido a atravs da (eq.8) obtm se : = 145.76 GHz

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4 CONSIDERAES FINAIS
Para detectar alguns detalhes mais subtis em alguns sistemas, necessrio utilizar espectroscopia de ressonncia do spin do electro em campo alto e usando frequncias elevadas, dependendo do mtodo pode se determinar a frequncia ressonadora, desta forma concluindo que possvel demonstrar experimentalmente a frequncia na qual se realiza a experiencia, concretamente objectivo do experimento pode-se concluir que amostra utilizada para a experiencia paramagntica, isto tem um electro desemparelhado, visto que o valor do factor do Land diferente com o valor de um electro na ausncia do campo magntico.

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5 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
1. C.N. Banwell, Fundamentals of molecular spectroscopy, London 2. PHYWE Systeme GmbH & Co. KG, [email protected] instituto de fisica de rio de janeiro 3. Wikipedia, enciclopdia livre/experimentos/ressonncia_paramagnetica_nuclear 4. Guio de trabalhos laboratoriais de espectroscopia, departamento de fsica, UEM

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