Apostila 6 - Curso de Depart Amen To Pessoal

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Curso de Administração de Departamento Pessoal

Professor: Gilson Mesquita da Silva


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CURSO BÁSICO DE DEPARTAMENTO PESSOAL

1 – O DEPARTAMENTO PESSOAL E O DIREITO:

Uma característica muito importante e freqüente deste curso é a de que


não há como estudarmos toda a rotina deste setor tão importante na
estrutura organizacional de uma empresa, sem nos relacionarmos com o
Direito. O Direito, ciência social em sua essência, tem vários objetivos,
mas, não há como negar, que o seu fundamento principal, é o de
através de toda uma estrutura normativa, fazer com que toda a
sociedade de um determinado Estado, tenha uma convivência pacífica e
harmoniosa.
Há vários ramos do Direito: Civil, Penal, Eleitoral, Militar, Comercial,
etc..., mas, o ramo que teremos como foco principal, pela característica
inerente ao curso em tela, é, sem sombra de dúvidas, o ramo do Direito
do Trabalho.
De uma forma bastante sucinta, o Direito do Trabalho é o ramo do
Direito que visa regulamentar as relações empregatícias. Vale dizer: a
relação havida entre empregadores e empregados.
Mas, cabe aqui apresentarmos as seguintes questões:
- Quem é considerado por nosso ordenamento jurídico como
empregador?
- Quem é considerado por este mesmo ordenamento como
empregado?
- Qual a importância de conceituarmos tais partes na relação
empregatícia?

As respostas são simples, e serão apresentadas e desvendadas no


decorrer do presente curso. O que, de plano, podemos adiantar, é o fato
de que, conceituando estas duas partes (empregador e empregado),
poderemos afirmar com certeza a quem caberá cumprir as obrigações
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ou mesmo ter direito ao recebimento das prerrogativas garantidas por
nosso ordenamento jurídico laborativo.

2 – UM BREVE RELATO HISTÓRICO

Como dissemos há pouco, não poderemos estudar as rotinas básicas de


um Departamento Pessoal, sem nos atermos a pontos muito ligados ao
Direito, e, especificamente, o Direito do Trabalho.
Partindo-se desta premissa, cabe-nos ressaltar o fato de que, todas as
garantias e obrigações que temos hoje impostas pelo Direito, são
resultado de toda uma evolução de nossa sociedade.
O Direito tem por obrigação precípua, acompanhar a evolução da
sociedade cujas relações jurídicas terá que regulamentar.
Vejamos por exemplo, o fato de que, no início do século passado, os
empregados não tinham vários direitos que os empregados atualmente
têm.
Naquele tempo, por exemplo, o empregado tinha jornada de trabalho
diária, que chegava a mais de 16 (dezesseis) horas!!! Naquela época,
era perfeitamente possível a contratação de empregados com 08 (oito)
anos de idade. Direito a férias então, era algo absolutamente
inadmissível.
O fato é que a sociedade evoluiu, e com esta evolução, através de vários
mecanismos, passa a exigir melhores condições de vida, e, havendo
esta evolução, o Direito, como dissemos, tem a obrigação de normatizar
novas condições anteriormente não havidas.
No caso da legislação trabalhista brasileira, podemos dizer que a
primeira Constituição que disciplinou as relações de trabalho foi a de
1934. Todas as Constituições que se seguiram, seguiram no mesmo

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compasso, dispondo sobre a ordem econômica e social, e acerca dos
princípios básicos de Direito do Trabalho.

Várias Leis Ordinárias passaram a dispor sobre o Direito do Trabalho.


Vejamos alguns exemplos:
- Trabalho do menor (1891);
- Organização de sindicatos rurais (1903);
- Organização de sindicatos urbanos (1907);
- Criação do direito a férias (1925);
- Criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio (1930);
- Trabalho da mulher (1932);
- Nova estrutura sindical (1931);
- Convenções coletivas do trabalho (1932);
- Justiça do Trabalho (1939);
- Salário-Mínimo (1936).

Em 01 de maio de 1943, deu-se a promulgação da CLT (Consolidação


das Leis do Trabalho), fato ocorrido no transcorrer do governo de Getúlio
Vargas. A CLT. à época, na verdade, tratou de sistematizar as leis
esparsas existentes, bem como, foram agregados a ela, novos
dispositivos criados pelos juristas que a elaboraram.

Diversas outras Leis foram promulgadas posteriormente, e ainda em


vigor, dispondo, por exemplo, sobre o Descanso Semanal Remunerado
(Lei n. º 605/49, e Decreto n. º 27.048/49), gratificação natalina, ou 13.º
Salário (Lei 4.090/62), e outras já alteradas como a Lei de Greve de
1964, e a Lei do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço de 1966, que
foram substituídas por leis posteriores.

3 DIREITO DO TRABALHO

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RELAÇÃO DE TRABALHO E RELAÇÃO DE EMPREGO

Relação de Trabalho: caráter genérico; refere-se a toda relação


jurídica em que se tenha presente a prestação de serviços como
obrigação de fazer; labor humano.
Envolve: a relação de emprego, o trabalho autônomo, o trabalho
eventual, o trabalho avulso, o estágio, o contrato de aprendizagem,
etc...

Relação de emprego: caráter específico; refere-se exclusivamente à


relação jurídica havida entre empregador e empregado; vale ressaltar
que, embora do ponto de vista didático, venha a ser considerado como
espécie do gênero relação de trabalho, não há dúvidas da proeminência
da relação de emprego, tanto é assim, que com o avanço neste sentido
nos últimos duzentos anos, esta relação viu-se envolta por uma série de
normas, princípios e institutos jurídicos, que teve por decorrência o
surgimento de uma das mais importantes esferas do Direito: o Direito do
Trabalho.

Caracterização da Relação de Emprego: fator necessário e


imprescindível; há, como visto, outras relações jurídicas que envolvem o
labor humano, mas que não se configuram como relação de emprego
(autônomo, por exemplo). Relações de trabalho que não se configuram
como relação de emprego, não estão situadas sob o manto protetor do
Direito do Trabalho, nem da Justiça do Trabalho.
Estes aspectos são tratados por uma das fontes do Direito do Trabalho,
qual seja, a CLT. O

Artigo 3.º deste diploma legal citado, determina:


“Considera-se empregado toda pessoa física que prestar
serviços de natureza não eventual a empregador sob a
dependência deste e mediante salário”.

Temos até aqui, o primeiro partícipe desta relação jurídica. Mas, aos
olhos do Direito do Trabalho, quem seria então o empregador?
Encontraremos esta resposta junto ao “caput”, do artigo 2.º da CLT.
Vejamos seu teor mandamental:

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“Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva,
que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite,
assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços”.

A figura jurídica do empregado e do empregador:

Empregador: Empresa/individual ou coletiva/assume os riscos da


atividade econômica/que admite, assalaria e dirige a prestação pessoal
de serviços.
• Empresa Individual ou Coletiva: muito criticada esta expressão.
Modernamente, empresa é tida pela atividade do empresário. O
importante é que a lei quis integrar o trabalhador a este conjunto.
Individual ou Coletiva: a primeira pessoa física ou natural, que não se
constitui em sociedade com outrem. A segunda de direito privado ou
público;
• Assumindo os riscos da atividade econômica: aquele que não
trabalha por conta alheia;
• Admite: decide as condições e a contratação do trabalhador;
• Assalaria: remunera ou tem essa obrigação;
• Dirige: possui o poder de comando.

Vale lembrar que são também empregadores: os profissionais liberais,


as instituições de beneficência, as associações recreativas e outras
instituições sem fins lucrativos que admitirem trabalhadores como
empregados.

Empregado: São os elementos caracterizados da figura do empregado


(ou pressupostos):
A qualidade de pessoa física; a pessoalidade, a habitualidade; a
remuneração e, principalmente, a subordinação.

• Trabalho por pessoa física: o manto tutelar do Direito do Trabalho,


busca proteger, sob vários aspectos (vida, saúde, integridade moral,
etc), a pessoa humana, não podendo, claro, se beneficiar destes
aspectos a pessoa jurídica;
• Pessoalidade: a contratação de um empregado enseja, em
princípio, na prestação de serviços daquela mesma pessoa natural.
Vale dizer, a relação jurídica pactuada dever ser cumprida de modo
“intuitu personae”, ou seja, o empregado não poderá se fazer
substituir. Existem algumas situações em que teremos algumas
substituições do empregado, mas, estas não são tão contundentes a
ponto de desconfigurar a relação de emprego. É o caso de
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substituição daquele empregado que venha a gozar férias, ou
afastamento por licença-maternidade, entre outros;
• Habitualidade (não eventualidade): ponto esclarecedor no
sentido de que o trabalho a ser prestado pelo empregado, revestir-
se-á do caráter de permanência, não se qualificando como trabalho
esporádico.
• Remuneração (ou onerosidade): aspecto mais simples de se
compreender, na medida em que, a todo empregado, assim definido
pelos moldes celetistas, deverá ser destinado determinado valor
como forma de pagamento pelos serviços prestados. Basta para
tanto, compreender o seguinte raciocínio: se não houver
remuneração, estaremos diante de qualquer tipo de modalidade de
trabalho (escravo, voluntário, etc...), menos do trabalho prestado
consoante o vínculo de emprego;
• Subordinação: muito embora a relação de emprego, para restar
devidamente configurada, devam estar presentes os cinco
pressupostos em tela, não resta a menor dúvida de que a
SUBORDINAÇÃO, é a que mais possui importância neste contexto.
Mas, afinal, o que é a subordinação?? Subordinação, no dizer do
douto Mestre Maurício Godinho Delgado, “deriva de sub (baixo) e
ordinare (ordenar), traduzindo a noção etimológica de estado de
dependência ou obediência em relação a uma hierarquia de posição
ou de valores. Nessa mesma linha etimológica, transparece na
subordinação uma idéia básica de submetimento, sujeição ao poder
de outros, às ordens de terceiros, uma posição de dependência”.

IDENTIFICAÇÃO PROFISSIONAL

A Carteira de Trabalho e Previdência Social

- CLT artigos 13 a 40;


- Todo trabalhador deve possuir;
- Emissão pelo Ministério do Trabalho ou por outro órgão mediante
convênio;
- Contrato de trabalho: anotação obrigatória na CTPS;
- CLT artigo 29, o empregador tem prazo de 48 horas para devolução
deste documento ao empregado;
- Se o empregado não tiver a CTPS o empregador não poderá permitir
seu ingresso ao trabalho;
- Exceção: § 3.º do artigo 13 da CLT: localidades em que o documento
não é emitido; esta situação deverá ser regularizada no prazo de
trinta dias;

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- Recusa de anotação: procedimento administrativo perante a DRT.
Persistindo a recusa: Justiça do Trabalho;
- Anotação na CTPS: presunção apenas relativa.

Livro ou Ficha de Registro de Empregados

- CLT artigos 41 a 48: obrigatória a adoção de FRE ou LRE que devem


ser devidamente legalizadas perante a DRT;
- Importância não só perante terceiros, mas também, para o
empregador no que tange à comprovação de contrato de trabalho;
- Dados constantes da FRE ou do LRE: toda a vida profissional do
empregado naquela empresa;

Singelamente, devemos entender por fonte, o local onde encontraremos


o nascedouro de determinada coisa. Pois bem, fonte do Direito do
Trabalho, nada mais é do que o ponto onde encontraremos a
regulamentação de determinado assunto voltado para o Direito do
Trabalho, e, invariavelmente, encontraremos a solução do problema
diante do qual estaremos posicionados.
Estão transcritas logo abaixo, as fontes do Direito do Trabalho. Elas
encontram-se dispostas de maneira hierárquica, de forma que a de nível
inferior, não poderá contrariar a de nível superior. Vejamos:
a) Constituição Federal (nossa Lei Máxima);
b) Consolidação das Leis do Trabalho (conjunto de leis esparsas
consolidadas em 1943 e complementadas por leis ou decretos
emanados posteriormente);
c) Doutrina (conjunto de pareceres dos juristas, isto é, estudiosos do
Direito);
d) Jurisprudência (conjunto uniforme de sentenças proferidas por juízes);
e) Convenção Coletiva do Trabalho (resultante de negociação entre
empregados, representados por sindicatos, e empregadores);
f) Regulamento interno da empresa;

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g) Contrato Individual de Trabalho;

5 – OUTRAS FORMAS DE CONTRATAÇÃO

É muito freqüente nos dias atuais, a ocorrência da contratação de


profissionais pelas empresas, mas de forma diversa da relação
empregatícia abordada até este momento no presente manual. Desta
forma, interessante será estudarmos de maneira sucinta, estas outras
formas de contratação, de maneira a estabelecermos suas principais
características. Vamos a elas.

5.1 – O AUTÔNOMO

A prestação de serviços executada pelo autônomo não é regida pela


Consolidação das Leis do Trabalho, nem por leis posteriores relacionadas
ao Direito do Trabalho. Esta prestação de serviços, na verdade, é
regulamentada pelo Código Civil Brasileiro.
A característica principal desta prestação de serviços é a liberdade de
contratação. Vale dizer: o autônomo é livre para prestar seus serviços
profissionais a quem bem entender, não estando de qualquer maneira
subordinado a qualquer norma do recebedor do serviço, seja de
natureza técnica ou disciplinar.
As únicas exigências que o contratante dos serviços do profissional
autônomo pode estabelecer, dizem respeito ao cumprimento de prazos,
bem como, à qualidade dos serviços prestados. Se tais exigências não
forem cumpridas, o litígio que vier a se estabelecer no que tange a esta
relação jurídica, será solucionado junto à Justiça Comum, e não perante
às Varas do Trabalho.

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Outro fato importante que deverá ser respeitado quando da contratação
de serviços autônomos, está em que, este profissional, prestará serviços
de natureza eventual, pois, a habitualidade é um dos requisitos
inerentes à relação empregatícia.
Quando houver a contratação deste tipo de profissional, é muito
importante que seja celebrado um contrato de prestação de serviços
autônomos, definindo bem claramente a intenção das partes, afim de
que se evite o ajuizamento de reclamação trabalhista.
O pagamento da remuneração do autônomo deve ser efetivado
mediante recibo, e a empresa contratante, deverá contribuir à
Previdência Social, em valor igual a 20% (vinte por cento) sobre este
pagamento.
5.2 – O ESTAGIÁRIO

Estagiário é o estudante de ensino médio ou superior que, a fim de ter


contato com a parte prática de seu aprendizado, celebra este contrato
com a empresa contratante, para desenvolver atividades correlatas à
sua área de estudo.
A contratação do Estagiário, somente poderá ocorrer com a participação
de três elementos essenciais:
- a instituição de ensino;
- a empresa; e
- a empresa (unidade concedente).

Entre a instituição de ensino e a empresa, deverá ser celebrado um


convênio mediante contrato, onde se estabelecerão as condições da
realização do estágio por parte do aluno. São elas, entre outras
condições:
- Carga horário mínima, requisitos e área de atuação;
- Localidade da realização do estágio, atividades a serem
desenvolvidas e valor da Bolsa-auxílio;
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Para a contratação de Estagiário, além das condições retromencionadas,


é de fundamental importância que a empresa providencie a contratação
de um seguro de acidentes pessoais a favor do Estagiário.
O Estagiário, no ato de sua contratação, assinará juntamente com a
empresa contratante, um “termo de compromisso”, documento em que
serão mencionadas todas as previsões contratuais. Vale lembrar que o
Estagiário não é empregado da empresa, e, portanto, não terá direito
a qualquer direito trabalhista, tais como, férias, 13.º Salário, FGTS, Horas
extras, etc...
Por fim, vale ressaltarmos que o estágio profissional é regido pela Lei n.
º 6.494/77, e regulamentado pelo Decreto n. º 87.497/82, pela Lei
8.859/94, e pela Medida Provisória 1879-15/99 que alterou o artigo 1. º
da Lei 6.494/77.

5.3 – O TEMPORÁRIO

A contratação de empregado temporário é prevista na Lei 6.019/74, que,


por sua vez, foi regulamentada pelo Decreto 73.841/74. Trata-se de
legislação complementar à inserta na Consolidação das Leis do Trabalho.
O trabalho temporário é aquele prestado por empregado, e este,
conseqüentemente, terá assegurado praticamente todo o conjunto de
direitos destinados ao empregado normal. O temporário apenas não terá
direito ao aviso prévio e à multa dos 40% (quarenta por cento) sobre o
saldo do FGTS, no caso de dispensa imotivada por parte do empregador.
Para que a empresa contratante possa se valer da contratação de
empregado temporário, terá que fazê-lo através de empresa
intermediária, as chamadas Agências de Emprego Temporário.
A empresa contratante celebra um contrato com a empresa fornecedora
desta mão-de-obra, e, a partir de sua intermediação, efetuará o contrato
com o empregado temporário.
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O contrato de trabalho temporário, segundo a Lei 6.019/74, poderá ter,
no máximo, 03 (três) meses de duração, este prazo, porém, poderá ser
prorrogado uma única vez por igual período, desde que haja para tanto,
autorização do Ministério do Trabalho.
Outro aspecto importante acerca deste tipo de contratação, está no fato
de que, somente poderá se concretizar em casos de atendimento de
necessidade transitória de substituição de pessoa regular e permanente
ou atendimento a acréscimo extraordinário de serviços.
Por fim, no que tange à contratação deste tipo de profissional, é o fato
de que, alguns sindicatos de categorias profissionais, por força de
cláusula constante de sua Convenção Coletiva do Trabalho, não aceitam
a contratação deste tipo de mão-de-obra na atividade-fim da empresa.

5.4 – O EMPREGADO DOMÉSTICO

A conceituação específica deste tipo de empregado, está inserida na


alínea “a”, do Artigo 7. º da Consolidação das Leis do Trabalho. Vejamos
seu teor:
“Alínea a: aos empregados domésticos, assim considerados, de
um modo geral, os que prestam serviços de natureza não-
econômica à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas”;

Infere-se pelo acima exposto que será considerado empregado


doméstico, aquele trabalhador que se revestir das seguintes
características:
- local de trabalho, em que não haja a exploração de atividade
econômica;
- prestação de serviço à pessoa ou à família, sendo seus serviços
voltados para a vida do lar ou familiar;
- no âmbito residencial – dentro do lar ou a este relacionado.
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Saliente-se que, antes da promulgação da Constituição Federal de 05 de


outubro de 1988, os empregados domésticas não eram protegidos pelas
leis trabalhistas, porém, o parágrafo único do artigo 7.º de nossa Lei
Maior, assegurou os seguintes direitos a estes trabalhadores:
- salário-mínimo;
- impossibilidade de redução salarial;
- 13.º Salário, inclusive o proporcional;
- repouso semanal remunerado;
- férias anuais remuneradas com pelo menos um terço de acréscimo;
- licença-gestante por cento e vinte dias;
- licença-paternidade de cinco dias;
- aviso prévio proporcional;
- aposentadoria;

Vejam que nos itens supra relacionados, não há a previsão para


pagamento de férias proporcionais.
Por fim, acerca deste tipo de trabalhador, necessária se apresenta a
menção acerca do Decreto 3.361/2000, que, deixou a critério do
empregador doméstico, o recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo
de Serviço para o empregado doméstico. Vale dizer: o recolhimento do
FGTS para o empregado doméstico, é facultativo.

5.5 – O EMPREGADO RURAL

Este tipo de contratação tem regulamentação prevista na Lei n.º


5.889/73, e também no Decreto n.º 73.626/74.
O artigo 2.º desta lei, define o empregado rural como sendo toda pessoa
física que presta serviços de natureza não-eventual a empregador rural,
sob a dependência deste e mediante pagamento de salário.

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A definição de empregador rural, está inserta no artigo 3.º desta mesma
lei, e determina que é a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não,
que explore atividade agroeconômica em caráter permanente ou
temporário, diretamente ou através de preposto e com o auxílio de
empregados.
Este tipo de trabalhador, o rural, tem assegurado por nosso
ordenamento jurídico os mesmos direitos destinados ao empregado
urbano.
Podemos concluir então, que o que caracteriza o trabalho rural é a
prestação de serviços no campo, em atividade de lavoura ou pecuária
com fins lucrativos.

5.6 – O EMPREGADO AVULSO

O trabalhador avulso é aquele que presta serviços sem qualquer vínculo


empregatício com o tomador de serviços, mas sempre, com a
intermediação do sindicato de sua categoria profissional.
O exemplo clássico que podemos citar neste manual são o da estiva e
capatazia dos portos. Os empregados não são vinculados aos navios que
estão efetuando o carregamento ou descarregamento, mas, trabalham
para estes nos portos sob a administração do sindicato da categoria,
sendo este último, o garantidor do cumprimento da legislação
trabalhista.

5.7 – O EMPREGADO TERCEIRIZADO

Com a evolução da dinâmica da economia mundial, globalização, forte


concorrência, etc..., tornou-se, praticamente, questão de sobrevivência
os empregadores focarem sua principal atividade.
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Desta forma, através do fenômeno da terceirização, as empresas
puderam repassar suas atividades-meio, para a administração de
empresas especializadas neste sentido. É o caso por exemplo, de uma
empresa cuja atividade-fim, seja a produção de auto-peças. Esta
empresa, certamente, contará em sua estrutura organizacional, com
setores que não participam de sua atividade-fim, tais como, Portaria e
Vigilância, Recepção, Serviço de Copa e Restaurante, entre outros.
Pois bem, com a terceirização, esta empresa poderá estar 100% voltada
para sua principal atividade, buscando uma maior satisfação de seus
clientes, melhoria na qualidade, etc..., repassando para empresas
terceirizadoras a administração daqueles setores retromencionados.
Para tanto, a empresa contratante celebra um contrato de fornecimento
de mão-de-obra terceirizada com a empresa contratada, que, enviará
seus empregados ao estabelecimento da empresa contratante, para que
os serviços da atividade-meio sejam por eles executados.
Existem dois aspectos muito importantes que não devemos deixar
passar em branco.
O primeiro está no fato de que não poderá haver subordinação e nem
pessoalidade na prestação de serviços terceirizados, pois desta forma, a
empresa contratante passará a correr o risco de ver estes empregados
terceirizados, terem o vínculo empregatício reconhecido na Justiça do
Trabalho. Lembre-se das características do empregado.
O segundo ponto muito importante a ser observado, está no fato de que
a empresa contratante deverá tomar muitos cuidados com a empresa
contratada. Se esta não for uma empresa séria do ramo de terceirização,
poderá trazer vários transtornos à empresa contratante, pelo fato desta
ser responsável subsidiária da primeira. Vale dizer: em caso, por
exemplo, de insolvência civil da empresa terceirizadora, a empresa
contratante é quem responderá subsidiariamente pelos débitos
trabalhistas havidos com os empregados terceirizados que prestaram
serviços em seu estabelecimento.
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6 – ADMISSÃO DE EMPREGADOS

Superadas as considerações gerais que fizemos em termos de outras


modalidades de contratação, passaremos a partir deste ponto, a
focalizar, exclusivamente, a relação de vínculo empregatício, ou seja,
passaremos a estudar, desde a admissão do empregado contratado,
todos os seus direitos trabalhistas, até a rescisão de seu contrato de
trabalho. Para isso, vamos pelo início: a admissão do empregado.

Sempre que houver a necessidade de admissão de empregado para um


determinado setor, via de regra, este tomará a providência de preencher
a ficha de REQUISIÇÃO DE ADMISSÃO DE FUNCIONÁRIOS.
Neste documento, estarão colocadas as mais variadas informações
acerca dos requisitos necessários para o preenchimento da(s) vaga(s)
em aberto, tais como, a quantidade de vagas a serem preenchidas,
sexo, idade, função a ser exercida, experiência anterior, grau de
escolaridade, etc...
Este documento, após as providências preliminares, será encaminhado
(em grandes empresas) ao setor de Recrutamento e Seleção, que
buscará o preenchimento da necessidade o mais breve possível,
acionando suas fontes de recrutamento.
Estas fontes poderão ser:
- Internas;
- Externas; ou
- Mistas.

As fontes internas são aquelas em que o setor de Recrutamento e


Seleção buscará o candidato ideal dentre os próprios funcionários da
empresa.
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Caso não haja o candidato ideal para o preenchimento da vaga em
aberto, deverá o setor de Recrutamento e Seleção acionar as fontes
externas, quais sejam, anúncios em jornais, agências de emprego,
placas, etc...
As fontes mistas, nada mais são do que o uso simultâneo das duas
fontes anteriormente mencionadas.
Pois bem, dependendo das peculiaridades internas de cada empresa, os
candidatos recrutados, serão submetidos aos mais variados tipos de
testes, entrevistas, e, ainda, é muito recomendável que a empresa que
está objetivando a contratação, busque no mercado maiores
informações acerca da vida pregressa do candidato. Estas informações,
via de regra, são buscadas junto às empresas anteriores em que o
candidato tenha trabalhado, se for o caso.
Estando tudo em termos, ou seja, encontrado o candidato certo para a
vaga certa, o setor de Recrutamento e Seleção enviará todo o
procedimento ao setor de Administração de Pessoal (o próprio DP), para
que este possa providenciar a efetiva contratação do futuro empregado.

6.1 – A CONTRATAÇÃO DO EMPREGADO - DOCUMENTOS A SEREM


FORNECIDOS PELO FUTURO EMPREGADO.

Quando da admissão de qualquer empregado, a empresa deverá


solicitar que este providencie uma gama de documentos que, a título
ilustrativo, passamos a descrever:
- Carteira de Trabalho e Previdência Social;
- Xerox da Carteira de Identidade (RG);
- Xerox do CPF;
- Xerox do PIS;
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- Xerox da Certidão de Casamento (se for o caso);
- Xerox das Certidões de Nascimento dos filhos menores de 14 anos de
idade (se for o caso);
- Xerox das Cadernetas de Vacinação dos filhos menores de 06 anos de
idade (se for o caso);
- Declaração de matrícula e freqüência em curso de nível fundamental,
para os filhos com idade entre 07 e 14 anos de idade (se for o caso);
- Xerox do título de eleitor (se for o caso);
- Xerox do Certificado de Reservista, para funcionários do sexo
masculino;
- Xerox da Carteira Nacional de Habilitação, desde que a função assim
o exija;
- Fotografias;
- Exame Médico Admissional;
- Etc...

No que tange à documentação pessoal do candidato, devemos salientar


dois fatos muito importantes:
- é proibido por Lei Federal, solicitar às futuras empregadas, exame de
não-gravidez; e
- a Lei 9.453/97, expressamente proibe a retenção de documentos ou
cópias de pessoas para quaisquer finalidades. Frize-se ser uma Lei de
quase nenhuma observação, eis que, vários são os órgãos inclusive
oficiais, que exigem o fornecimento de cópias inclusive autenticadas
dos documentos pessoais do interessado, para determinados fins.
Enfim, a Lei existe e não poderíamos deixar de citá-la.

6.2 – ADMISSÃO DO EMPREGADO – DOCUMENTOS DE


ELABORAÇÃO OBRIGATÓRIA POR PARTE DO EMPREGADOR.

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Quando o empregador efetua a contratação de qualquer empregado,
ver-se-á obrigado ao preenchimento e elaboração de alguns documentos
de cunho obrigatório. Vejamos quais são:
- Ficha de Registro de Empregado: Artigos 41 ao 48 da C.L.T.
chamado de FRE e ou LRE Todo empregado deverá possuir uma
Ficha de Registro de Empregado, ou ter seu registro anotado no Livro
de Registro de Empregados da empresa. Importante salientar que não
se trata de um documento qualquer, pois de tão importante, deverá
ser mantido em arquivo pela empresa por mais de trinta anos. A
empresa deverá manter em estoque Fichas de Registro de
Empregados numeradas seqüencialmente, por exemplo, fichas
enumeradas de 01 (um) a 200 (duzentos). Pois bem, na ficha de
número 01 (um) deverá ser feito o termo de abertura de fichas de
registro. Todas as outras fichas deverão ser mantidas em seqüência
para sua utilização quando da contratação dos novos empregados.
Antigamente, era necessário a empresa levar o lote de fichas até o
Posto do Ministério do Trabalho para autenticação, entretanto, esta
providência atualmente não é mais necessária. A empresa deverá
requerer ao Agente Fiscal do Ministério do Trabalho que autentique
aquele grupo de fichas, quando este vier efetuar uma fiscalização no
estabelecimento da empregadora. Neste documento, serão
mencionados todos os dados do novo empregado, tais como, sua
qualificação, função, salário, horário de trabalho, etc. Importante
frizarmos que este documento deverá retratar toda a vida funcional
do empregado enquanto vigorar seu contrato de trabalho. Vale dizer:
deverá estar sempre atualizada no que tange às concessões de
reajustes salariais, de férias, ocorrências de acidentes do trabalho,
descontos relativos às contribuições sindicais, etc...
- Registro do contrato de trabalho na Carteira de Trabalho e
Previdência Social do novo empregado: providência à qual estará o
empregador obrigado a realizar, consoante determina a Consolidação
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das Leis do Trabalho. Na Carteira de Trabalho do empregado, deverão
ser mencionados o registro do novo emprego, e, na parte de
OBSERVAÇÕES GERAIS, deverão ser mencionados as demais
características daquela relação de emprego. Importante salientar
que, toda vez, inclusive na admissão, que o empregado apresentar a
sua CTPS ao empregador, este terá o prazo de 48 (quarenta e oito)
horas para devolvê-la ao trabalhador;
Termo de Responsabilidade e Ficha de Salário-Família:
É o benefício que têm direito o segurado empregado e o trabalhador
avulso que tenham salário-de-contribuição inferior ou igual ao primeiro
valor da tabela de contribuição do empregado que comprovem ter filhos
menores de 14 anos ou inválidos de qualquer idade.
PAGAMENTO
O salário família será pago mensalmente:

• Pela empresa ao empregado e deduzido quando do


recolhimento das contribuições sobre a folha de
salário.
• Pelo sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra ao
trabalhador avulso mediante convênio com INSS.
CARÊNCIA
Não existe carência para conceder esse benefício.
DOCUMENTOS A SEREM APRESENTADOS
1. Certidão de nascimento do filho ou termo de tutela.

2. Atestado de vacinação obrigatória, quando menor de 7 anos, devendo


ser apresentado anualmente todo mês de maio.

3. Comprovante de freqüência à escola, a partir dos 7 anos, apresentado


semestralmente nos meses de maio e novembro.
.

QUANDO O SALÁRIO FAMÍLIA COMEÇA A SER PAGO

A partir da comprovação dos documentos acima mencionados será pago


junto com o salário do mês.

A partir do dia em que o segurado empregado ou o segurado


trabalhador avulso comprovarem o nascimento.
SUSPENSÃO
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Não é devido o salário-família no período entre a suspensão do
benefício, motivada pela falta de comprovação da freqüência escolar ou
pela falta de atestado de vacinação e seu reativamento, salvo se
provada a freqüência escolar regular no período ou apresentado o
atestado de vacinação obrigatória, respectivamente.
VALOR DO SALÁRIO FAMÍLIA
Esse valor é calculado com base em cotas, na proporção do respectivo
número de filhos ou equiparados. O segurado tem direito a tantas cotas
quantos forem os filhos menores de 14 anos ou inválidos.

A partir de 01.05.2004, por força da MP 182/2004, o valor da cota do


salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição, até
quatorze anos de idade ou inválido de qualquer idade é de:
I - R$ 20,00 (vinte reais), para o segurado com remuneração
mensal não superior a R$ 390,00 (trezentos e noventa reais);

II - R$ 14,09 (quatorze reais e nove centavos), para o segurado com


remuneração mensal superior a R$ 390,00 (trezentos e noventa reais) e
igual ou inferior a R$ 586,19 (quinhentos e oitenta e seis reais e
dezenove centavos).
Proporcionalidade

- o valor da cota para o segurado empregado será proporcional


nos meses de admissão e demissão.

- o valor da cota para o trabalhador avulso será integral,


independentemente do número de dias trabalhados.

REMUNERAÇÃO RECEBIDA ACIMA DO LIMITE


A partir de 01.05.2004, o salário família só é devido até o valor de
remuneração mensal de R$ 586,19.

Se a remuneração ultrapassar este valor (decorrente de reajuste ou de


horas extras, por exemplo), naquele mês não haverá direito ao benefício.

Isto porque o artigo 81 do Regulamento da Previdência Social estabelece


o teto em relação a "salário de contribuição" e não á "salário base".

Todas as importâncias que integram o salário de contribuição são


consideradas como parte integrante da remuneração do mês, exceto o
13º salário e o adicional de férias (1/3 constitucional), para efeito de
definição do direito à cota de salário-família.

Adiante, a reprodução do art. 81 citado:


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Art. 81 - O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado
empregado, exceto o doméstico, e ao trabalhador avulso que tenham
salário-de-contribuição inferior ou igual a R$ 360,00 (trezentos e
sessenta reais), na proporção do respectivo número de filhos ou
equiparados, nos termos do art. 16, observado o disposto no art. 83.

Nota:
Valor atualizado, a partir de 01.05.2004 pela MP 182/2004, para R$
586,19 (quinhentos e oitenta e seis reais e dezenove centavos).

SALÁRIO-FAMÍLIA - DOCUMENTAÇÃO QUE DEVE SER


APRESENTADA PELO EMPREGADO

O artigo 84 do Decreto nº 3.048/99 determina que será devido


pagamento do salário-família a partir da data da apresentação da
certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao
equiparado, estando condicionado à apresentação anual de atestado de
vacinação obrigatória, até 6 (seis) anos de idade, e de comprovação
semestral de freqüência à escola do filho ou equiparado, a partir de 7
(sete) anos de idade.

DECLARAÇÃO E TERMO DE RESPONSABILIDADE

Preencher a Declaração correspondente.

APRESENTAÇÃO DE COMPROVANTES

MAIO

O empregado deverá apresentar no mês de maio o comprovante de


freqüência à escola, para crianças a partir de 7 anos de idade. No caso
de menor inválido que não freqüenta a escola por motivo de invalidez,
deve ser apresentado atestado médico que confirme este fato.

NOVEMBRO

No mês de novembro, o empregado deverá apresentar:

1. 1. o comprovante de freqüência à escola, para crianças a partir


de 7 anos de idade. No caso de menor inválido que não freqüenta
a escola por motivo de invalidez, deve ser apresentado atestado
médico que confirme este fato.
2. 2. atestado de vacinação ou documento equivalente para
crianças até 6 anos de idade (Instrução Normativa INSS 57/2001).
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A comprovação de freqüência escolar será feita mediante apresentação


de documento emitido pela escola, na forma de legislação própria, em
nome do aluno, no qual consta o registro de freqüência regular ou de
atestado de estabelecimento de ensino, atestando a regularidade da
matrícula e freqüência escolar do aluno.

COMUNICAÇÃO

É importante que o empregador comunique tais regras aos seus


empregados com antecedência, para agilizar o processo documentário.
Referida comunicação pode ser feita através de editais (no quadro de
avisos, por exemplo), circulares e até mesmo uma mensagem no contra-
cheque do empregado.

Esta obrigação ocorre desde o ano de 2000.

SUSPENSÃO DO BENEFÍCIO

Para o empregado que não apresentar a comprovação de freqüência


escolar do filho ou equiparado no mês de novembro, o benefício do
salário-família será suspenso, até que a documentação seja
apresentada.

Não é devido salário-família no período entre a suspensão do benefício


motivada pela falta de comprovação da freqüência escolar e o seu
reativamento, salvo se provada a freqüência escolar regular no período.

GUARDA DOS DOCUMENTOS

A empresa deverá conservar, durante 10 (dez) anos, os comprovantes


dos pagamentos e as cópias das certidões correspondentes, para exame
pela fiscalização do INSS.

Bases: Decreto nº 3.048/99, artigo 84 e Instrução Normativa INSS nº


57/01, art. 230.
-
- DECLARAÇÃO DE DEPENDENTES PARA FINS IMPOSTO DE
RENDA RETIDO NA FONTE: Todo empregado que tenha
dependentes, assim definidos por lei, deverão apresentar, em
formulário próprio, uma declaração mencionando todos os seus
dependentes. Esta declaração deverá ser renovado toda vez que o
número de dependentes tiver alguma alteração. O dependentes para
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fins de Imposto de Renda Retido na Fonte, são definidos pela Lei n.º
9.250/95. Vejamos:
1. Esposa ou companheira;
2. Filhos ou enteados, até completarem 21 anos, ou maiores de 21 anos,
quando incapacitados física ou mentalmente para o trabalho;
3. Filhos ou enteados até 24 anos, quando universitários;
4. Irmãos, netos ou bisnetos sem arrimo dos pais, com guarda judicial,
até completarem 21 anos, quando incapacitados física ou
mentalmente para o trabalho;
5. Irmãos, netos ou bisnetos sem arrimo dos pais, até completarem 24
anos, quando universitários;
6. Pais, avós e bisavós, que não aufiram rendimentos, tributáveis ou
não, superiores ao limite de isenção mensal;
7. Menores pobres, quando criados e educados pelo declarante e dos
quais este detenha a guarda judicial, até completarem 21 anos, ou
até 24, quando universitários;
8. Os absolutamente incapazes (louco, surdo-mudo e pródigo, assim
declarado judicialmente), do qual o contribuinte seja tutor ou curador.

- DECLARAÇÃO PARA FINS DE CONTROLE E CONCESSÃO DE


VALE-TRANSPORTE: O Vale-Transporte constitui benefício que o
empregador antecipará ao trabalhador para utilização efetiva em
despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa.

Entende-se como deslocamento a soma dos segmentos componentes da


viagem do beneficiário, por um ou mais meios de transporte, entre sua
residência e o local de trabalho.

Não existe determinação legal de distância mínima para que seja


obrigatório o fornecimento do Vale-Transporte, então, o empregado
utilizando-se de transporte coletivo por mínima que seja a distância, o
empregador é obrigado a fornecê-los.

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UTILIZAÇÃO

O Vale-Transporte é utilizável em todas as formas de transporte coletivo


público urbano ou, ainda, intermunicipal e interestadual com
características semelhantes ao urbano, operado diretamente pelo poder
público ou mediante delegação, em linhas regulares e com tarifas
fixadas pela autoridade competente.

Excluem-se das formas de transporte mencionadas os serviços seletivos


e os especiais.

BENEFICIÁRIOS

São beneficiários do Vale-Transporte os trabalhadores em geral e os


servidores públicos federais, tais como:

- os empregados definidos pela CLT;


- os empregados domésticos;
- os trabalhadores de empresas de trabalho temporário;
- os empregados a domicílio, para os deslocamentos indispensáveis à
prestação do trabalho, percepção de salários e os necessários ao
desenvolvimento das relações com o empregador;
- os empregados do subempreiteiro, em relação a este e ao empreiteiro
principal, conforme determina o artigo 455 da CLT;
- os atletas profissionais;
- os servidores da União, do Distrito Federal, dos Territórios e suas
autarquias, qualquer que seja o regime jurídico, a forma de remuneração
e da prestação de serviços.

SERVIDORES PÚBLICOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS

Pela leitura da Lei e da regulamentação, conclui-se que os servidores


públicos estaduais e municipais não têm o direito ao benefício do Vale-
Transporte, salvo se a respectiva Constituição, Lei ou norma estadual ou
dispositivo municipal assim o conceder.

EMPREGADOR – DESOBRIGAÇÃO

O empregador que proporcionar, por meios próprios ou contratados, em


veículos adequados ao transporte coletivo, o deslocamento, residência-
trabalho e vice-versa, de seus trabalhadores, está desobrigado do Vale-
Transporte.

NÃO COBERTURA DE TODO TRAJETO

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O empregador que fornece ao beneficiário transporte próprio ou fretado
que não cubra integralmente todo o trajeto deverá fornecer Vale-
Transporte para os segmentos da viagem que não foram abrangidos pelo
transporte fornecido.

FORNECIMENTO EM DINHEIRO – VEDAÇÃO

O empregador está proibido de substituir o Vale-Transporte por


antecipação em dinheiro ou qualquer outra forma de pagamento,
exceto, se houver falta ou insuficiência de estoque de Vale-Transporte
(dos fornecedores), necessário ao atendimento da demanda e ao
funcionamento do sistema, o beneficiário será ressarcido pelo
empregador, na folha de pagamento imediata, da parcela
correspondente, quando tiver efetuado, por conta própria, a despesa
para seu deslocamento.

REQUISITOS PARA O EXERCÍCIO DO DIREITO DE RECEBER

O empregado para passar a receber o Vale-Transporte deverá informar


ao empregador, por escrito:

- seu endereço residencial;


- os serviços e meios de transporte mais adequados ao seu
deslocamento residência-trabalho e vice-versa.
- número de vezes utilizados no dia para o deslocamento
residência/trabalho/residência.

A empresa deverá obter declaração negativa quando o funcionário não


exercer a opção deste benefício.

Essas informações deverão ser atualizadas anualmente ou sempre que


ocorrer alteração em um dos dados, sob pena de suspensão do benefício
até o cumprimento dessa exigência. O beneficiário se comprometerá a
utilizar o Vale-Transporte exclusivamente para o seu efetivo
deslocamento residência-trabalho e vice-versa.

Falta Grave

O beneficiário que se utilizar de declaração falsa ou usar indevidamente


o Vale-Transporte estará sujeito a demissão por justa causa, uma vez
que constitui falta grave.

CUSTEIO

O Vale-Transporte será custeado:

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- pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% (seis por cento) de seu
salário básico ou vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou
vantagens;
- pelo empregador, no que exceder à parcela referida no item anterior.

A concessão do Vale-Transporte autoriza o empregador a descontar,


mensalmente, do beneficiário que exercer o respectivo direito, o valor da
parcela equivalente a 6% (seis por cento) do seu salário básico ou
vencimento.

PROPORCIONALIDADE DO DESCONTO

O valor da parcela a ser suportada pelo beneficiário será descontada


proporcionalmente à quantidade de Vale-Transporte concedida para o
período a que se refere o salário ou vencimento e por ocasião de seu
pagamento, salvo estipulação em contrário, em Convenção ou Acordo
Coletivo de Trabalho que favoreça o beneficiário.
Para efeito da base de cálculo do desconto de 6%, o Parecer Normativo
SFT/MT nº 15/92, esclareceu que toma-se como o seu salário inteiro e
não apenas os dias úteis do mês calendário.

O desconto é proporcional nos casos de admissão, desligamento e


férias.

Exemplo:

Empregado admitido em 15 de junho. Utilizará 20 passes no período de


15 a 30 de junho. O total de passes, considerando o mês completo de
junho, é de 40. Custo do vale transporte individual: R$ 1,75. Salário-base
mensal: R$ 500,00.

Proporção de vale-transporte no mês da admissão: 20 divididos por 40 =


50%.

Custo do vale transporte em junho: R$ 1,75 x 20 = 35,00

6% x R$ 500,00 = R$ 30,00

Desconto proporcional: R$ 30,00 x 50% = R$ 15,00

Encargo de VT do empregador no mês de junho: R$ 35,00 – R$ 15,00 =


R$ 20,00.
Na demissão do empregado este deve devolver os passes que sobraram,
ou então se procede ao desconto do valor real dos passes não utilizados.
Isto porque o empregador entrega antecipadamente ao empregado os
vales que adquiriu, logo ocorrendo uma demissão no curso de um mês
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com aviso prévio indenizado, de imediato não mais faz jus o empregado
ao benefício concedido, devendo devolver os VT não utilizados ou ser
descontado o valor equivalente.

O desconto do Vale-Transporte somente poderá ser feito em relação ao


salário pago. Por exemplo, se a empresa paga por quinzena não poderá
descontar no pagamento da 1ª quinzena os vales correspondentes ao
mês todo. Neste caso, a empresa somente poderá descontar o valor dos
vales relativos à remuneração da quinzena que está sendo paga.

FALTAS/AFASTAMENTOS – DEVOLUÇÃO

O vale-transporte é para uso exclusivo no deslocamento casa-trabalho e


vice-versa. Havendo ausências do empregado ao trabalho (mesmo
justificadas, como o caso de doença), a empresa poderá optar por uma
das situações abaixo:

a) exigir que o empregado devolva os vales-transporte não utilizados;


b) no mês seguinte, quando da concessão do vale, a empresa poderá
deduzir os vales não utilizados no mês anterior;
c) multiplicar os vales não utilizados pelo valor real dos mesmos, e
descontá-los, integralmente do salário do empregado.

BASE DE CÁLCULO PARA O DESCONTO

A base de cálculo para determinação da parcela a ser descontada do


beneficiário será:

- o salário básico ou vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou


vantagens; e
- o montante percebido no período, para os trabalhadores remunerados
por tarefa ou serviço feito ou quando se tratar de remuneração
constituída exclusivamente de comissões, percentagens, gratificações,
gorjetas ou equivalentes.

Exemplo:

O empregado utiliza 4 Vales-Transporte para o seu deslocamento


residência-trabalho e vice-versa.
Salário mensal de agosto R$ 500,00 + R$ 50,95 a título de horas extras
a 50%.

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- nº de dias de trabalho no mês de julho: 23


- nº de Vales-Transporte necessários: 92
- valor dos Vales-Transporte: R$ 161,00 (1,75 x 92)
- 6% do salário básico (R$ 500,00): R$ 30,00

Portanto:

- do empregado será descontado: R$ 30,00


- a empresa custeará: R$ 131,00

VALOR INFERIOR A 6%

Sendo a despesa com o deslocamento do beneficiário inferior a 6% (seis


por cento) do salário básico ou vencimento, o empregado poderá optar
pelo recebimento antecipado do Vale-Transporte, cujo valor será
integralmente descontado por ocasião do pagamento do respectivo
salário ou vencimento.

Exemplo:

O empregado utiliza 2 Vales-Transporte para o seu deslocamento


residência-trabalho e vice-versa.
Salário mensal do mês de agosto R$ 1.400,00.

- nº de dias de trabalho no mês de julho: 23


- nº de Vales-Transporte necessários: 46
- valor dos Vales-Transporte: R$ 80,50 (1,75 x 46)
- 6% do salário: R$ 84,00

Portanto:

- do empregado será descontado: R$ 80,50 e não R$ 84,00 (6% do


salário) devido o valor integral dos Vales-Transporte ser inferior aos 6%
do salário.

QUANTIDADE E TIPO DE VALE-TRANSPORTE - OBRIGAÇÃO DO


EMPREGADOR

A concessão do benefício obriga o empregador a adquirir Vale-Transporte


em quantidade e tipo de serviço que melhor se adequar ao
deslocamento do beneficiário.

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A aquisição deve ser feita antecipadamente e à vista, proibidos
quaisquer descontos e limitada à quantidade estritamente necessária ao
atendimento dos beneficiários.

Comprovação da Compra

A venda de Vale-Transporte será comprovada mediante recibo


seqüencialmente numerado, emitido pela vendedora em duas vias, uma
das quais ficará com a compradora, contendo:

- o período a que se referem;


- a quantidade de Vale-Transporte vendida e de beneficiários a quem se
destina;
- o nome, endereço e número de inscrição da compradora no CNPJ.

NATUREZA SALARIAL - NÃO CONSTITUIÇÃO

O Vale-Transporte no que se refere à contribuição do empregador:

- não tem natureza salarial, nem se incorpora à remuneração do


beneficiário para quaisquer efeitos;
- não constitui base de incidência de contribuição previdenciária ou do
FGTS;
- não é considerado para efeito de pagamento da Gratificação de Natal
(13º salário);
- não configura rendimento tributável do beneficiário.

O transporte particular cedido pelo empregador ao empregado também


não constitui remuneração, conforme determina o art. 458, § 2º, III da
CLT.

EMPREGADO QUE UTILIZA VEÍCULO PRÓPRIO

O trabalhador que utiliza veículo próprio para seu deslocamento não terá
direito ao vale transporte.

Caso venha a optar pelo recebimento do benefício e passar a utilizá-lo


de forma irregular, que não seja o deslocamento residência-trabalho e
vice-versa, estará cometendo falta grave nos termos do § 3º, art. 7º do
Decreto nº 95.247/87, deve ser orientado pelo empregador para alterar
o termo de opção do vale transporte, sob pena de ter seu contrato de

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trabalho rescindido por justa causa. (artigos 2º, 3º, 5º e 7º do Decreto nº
95.247/87).

JURISPRUDÊNCIA

Vale-Transporte. Supressão. Se o empregador fornecia regularmente


vales-transporte ao empregado, a supressão do fornecimento, prevista
no artigo 7º do Decreto nº 95.247, de 17 de novembro de 1987, só pode
ocorrer quando aquele dá ciência expressa ao obreiro faltoso a respeito
da renovação de seu pedido de concessão do benefício. Ausente tal
ciência, presume-se que o empregado continua residindo no mesmo
local informado quando da primeira concessão. (TRT-PR-RO 10.322-97 -
Ac.1ª T 2.138-98 - Rel.Juiz Abrao Jose Melhem)

Vale-Transporte. Empregado que se utiliza de veículo-próprio.


Inexistência do Direito. Empregado que se desloca até o local de
trabalho por meio de veículo próprio não faz jus ao recebimento do vale-
transporte. O benefício em tela se destina apenas àqueles que se
utilizam do transporte público para o deslocamento residência-trabalho
e vice-versa (Decreto nº 95.247-87, art. 3º). (TRT-PR-RO 12.219-97 - Ac.
4ª T 9.432-98 - Rel.Juiz Armando de Souza Couto)

Vale-Transporte. O Decreto-lei nº 95.247-87, em seu art. 5º, veda


expressamente a substituição do vale-transporte por antecipação em
dinheiro ou qualquer outra forma de pagamento, ressalvada a hipótese
preceituada em seu parágrafo único, o qual permite que ao empregado
seja ressarcido o benefício, na folha de pagamento imediata, no caso de
falta ou insuficiência de estoque de vale-transporte. (TST-RR
333.966/1996.1 - RJ - Ac. 4ª T - Relator Ministro Gilberto Porcello Petry)

Vale-Transporte. Se o empregado postula indenização adequada por não


haver percebido o vale-transporte, inclusive deduzindo a sua
participação em 6%, conforme as normas legais (Lei nº 7.418-85 e Dec.
nº 95.247-87) e a empresa não contesta o pedido, o deferimento da
verba é medida jurídica que se impõe, pois a pretensão que não
encontra óbice na lei, quando não impugnada, presume-se devida. (TRT-
PR-RO 2.314-98 - Ac.2ª T 16.892-98 - Rel. Juiz Luiz Eduardo Gunther)

- CONTRATO DE TRABALHO: documento de tanta importância que


deixaremos para analisar seus aspectos gerais em capítulo à parte.
Por enquanto, salientaremos sua necessária celebração, pois neste
documento, estarão insertos praticamente todas as condições sob as
quais aquela relação jurídica empregatícia se desenvolverá. No corpo
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do Contrato de Trabalho, deverão constar, no mínimo: identificação
das partes, cargo e função, local de trabalho, salário, forma de
pagamento, carga horária, horário de trabalho, período de
experiência (se for o caso), local e data, assinaturas, e outras
cláusulas dependendo das peculiaridades de cada empresa, tais
como, descontos autorizados pelo empregado, crédito dos salários
em conta corrente, etc...
- ACORDO PARA COMPENSAÇÃO DE HORAS DE TRABALHO: Este
documento deverá ser assinado entre as partes, quando o
empregado for cumprir jornada de trabalho, de forma que venha a
trabalhar um pouco mais durante a semana, para compensar a
jornada de outro dia, via de regra o Sábado. É de fundamental
importância a assinatura deste acordo, pois, conforme veremos no
capítulo JORNADA DE TRABALHO, de acordo com nossa
Constituição Federal, o empregado poderá trabalhar, no máximo, 08
(oito) horas por dia, salvo nos casos de compensação de horas. Desta
forma, se o empregado trabalha, por exemplo, 8:48 horas por dia de
Segunda a Sexta-feira, compensando assim o Sábado, deverá no
momento de sua admissão assinar este acordo, pois de modo
contrário, mesmo que sua jornada de trabalho semanal não exceda
as 44 (quarenta e quatro) horas, todos os minutos que ele trabalhar
diariamente além das oito horas legais, deverão ser pagos a título de
horas extraordinárias.
- ACORDO PARA PRORROGAÇÃO DE HORAS DE TRABALHO:
Documento também de assinatura obrigatória na admissão do
empregado maior de 18 (dezoito) anos. Sim, pois o empregado menor
de idade, (e no Direito do Trabalho, a maioridade se atinge aos 18
anos) jamais poderá trabalhar em regime de sobrejornada. Pois bem,
o empregado maior, para que possa trabalhar eventuais horas
extraordinárias, deverá ter assinado o documento em tela, pois de

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forma contrária, a empresa poderá vir a ser multada por eventual
fiscalização do Ministério do Trabalho.

7 – O CONTRATO DE TRABALHO

De início, para chegarmos à conclusão do que, efetivamente, vem a ser


contrato de trabalho, temos a necessidade de fazermos algumas
considerações acerca do termo CONTRATO.
Contrato, em termos singelos, poderíamos conceituar como sendo a
expressão da manifestação da vontade das partes. Vale dizer: numa
relação locatícia, celebra-se contrato, expressando o Locador (dono do
imóvel) sua vontade de alugar seu imóvel a uma determinada pessoa, o
Locatário, que, ao celebrar o contrato de locação, manifesta sua vontade
em alugar o imóvel do Locatário.
Importante salientar, que nem todos, aliás, a grande maioria dos
contratos, não precisam imprescindivelmente ser celebrados por escrito.
De modo contrário, fácil seria imaginarmos o que seria se todas as vezes
que compramos, por exemplo, bilhetes do Metrô, tivéssemos que
celebrar contrato por escrito com aquela empresa de transportes. Sim,
quando efetuamos a compra daquele bilhete, no exemplo mencionado,
estamos efetivamente celebrando um contrato de transporte com o
Metrô. Portanto, se formos questionados, por exemplo, que somente
haverá contrato quando este for celebrado por escrito, já sabemos a
resposta: NÃO.
Por fim, ainda no que tange ao contrato ter que ser celebrado por
escrito, a pergunta mais adequada seria: é recomendável a celebração
verbal de contratos, em caso não tão corriqueiros quanto ao exemplo
mencionado? Novamente a resposta seria negativa. Pois, se os
problemas já se apresentam quando há contratos escritos, imaginemos
o que ocorreria se celebrarmos um contrato verbal?
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Pois bem, superadas estas considerações, já sabendo que contrato nada
mais é do que a expressão da manifestação da vontade das partes, o
que seria então o contrato de trabalho?
Contrato de trabalho, desta forma, é a expressão da manifestação da
vontade, cujas partes são empregado e empregador. Sim, pois conforme
já dissemos alhures, não há o que se falar em termos de relação
empregatícia, se não houver estes dois partícipes: empregado e
empregador.

CARTÃO PONTO E QUADRO HORÁRIO DE TRABALHO

OBRIGATORIEDADE DO CARTÃO PONTO

Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória


a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual,
mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo
Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de
repouso.

POSICIONAMENTO DO TST

O Tribunal Superior do Trabalho, através do Enunciado 338, adiante


transcrito, fixa a obrigatoriedade do cartão ponto para que o mesmo
faça prova contrária às alegações:

338. Jornada. Registro. Ônus da prova - É ônus do empregador que


conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de
trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não apresentação
injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa de
veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em
contrário.

MÉTODO DE CONTROLE DO PONTO

Inexiste previsão legal especifica no sentido de proibir a diversificação


do controle de jornada através dos métodos eletrônico e manual dentro
da mesma empresa. Assim, por exemplo, é admissível que se controle a
entrada dos funcionários da produção por sistema eletrônico

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computadorizado e dos funcionários da administração mediante
anotação manual.

ANOTAÇÃO DO PONTO

A hora de entrada e saída deve, obrigatoriamente, ser anotada pelo


empregado.

O intervalo para repouso ou alimentação, por sua vez, pode ser apenas
pré assinalado, ou seja, mencionado antecipadamente no corpo ou
cabeçalho do cartão, não sendo necessário, por conseguinte, ser
anotado diariamente pelo empregado, orientação essa válida tanto para
o intervalo de 15 (quinze) minutos (jornada de trabalho diária superior a
4 (quatro) e inferior a 6 (seis) horas), como também para o intervalo de
1 (uma) a 2 (duas) horas (jornada diária superior a 6 (seis) horas).

ASSINATURA DO PONTO

Em relação à assinatura nos registros de ponto, não há obrigatoriedade


de serem assinados pelo empregado

Porém, embora a legislação trabalhista vigente não exija expressamente


a assinatura do empregado no corpo do cartão ponto, verifica-se que no
âmbito judicial em relação à validade do cartão ponto sem a assinatura
do empregado é matéria controvertida.

Várias decisões judiciais, no sentido de não aceitar a veracidade do


cartão ponto quando não constar a assinatura de seu titular, embasada
no entendimento de que somente com a concordância expressa do
empregado seriam dadas como válidas as anotações nele contidas.
Outras, dão como válido o cartão de ponto sem a assinatura do
empregado uma vez que a lei não a exige.

Diante da divergência verificada, recomenda-se à empresa exigir a


assinatura do empregado no cartão ou "espelho" de ponto, visando,
dessa forma, resguardar-se em eventuais questionamentos futuros.

TRABALHO FORA DO ESTABELECIMENTO

Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos


empregados constará, explicitamente, de ficha ou papeleta em seu
poder.

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ANOTAÇÃO DO HORÁRIO DE TRABALHO

O horário de trabalho será anotado em registro de empregados com a


indicação de acordos ou convenções coletivas porventura celebrados.

DISPENSA DO PONTO
Estão dispensados da marcação do ponto:

· Empregados que exercem atividade externa incompatível


com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição
ser anotada na ficha ou folha do Livro de registro de
empregados (parte de "Observações"), bem como na
Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS (parte de
"Anotações Gerais")

· Gerentes, assim considerados os que exercem


cargos de gestão, aos quais se equiparam, para este
efeito aos diretores e chefes de departamento ou
filial, quando o salário do cargo de confiança, que
compreendendo a gratificação de função, se houver,
não for inferior ao valor do respectivo salário efetivo
acrescido de 40% (quarenta por cento)

EXCESSO DE JORNADA DIÁRIA DE TRABALHO

De acordo com o Artigo 59 da Consolidação das Leis do Trabalho, a


jornada normal de trabalho somente poderá ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedente de duas, desde que não
ultrapasse o limite máximo de dez horas diárias, computando-se a
jornada normal e extraordinária.

A Instrução Normativa 01/88 da Secretaria de Relações do Trabalho, e o


Artigo 61 da CLT, estabelecem que, em se tratando de serviços
inadiáveis, a jornada diária poderá ser acrescida de até quatro horas
diárias, exclusivamente para empregados maiores, e mediante
comunicação ao órgão local do Ministério do Trabalho, no prazo de dez
dias a contar do encerramento dos trabalhos.

INTERVALO INTRA-JORNADA

De acordo com o Artigo 66 da CLT, entre duas jornadas de trabalho


haverá um período mínimo de 11 horas consecutivas para descanso.

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TRABALHO NOS DIAS DESTINADOS AO DESCANSO SEMANAL

De acordo com o Artigo 67 da CLT, é assegurado a todo o trabalhador


um descanso semanal de 24 horas consecutivas, mais 11 horas entre
uma jornada e outra, perfazendo assim 35 horas, o qual, salvo por
motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço,
deverá coincidir com o domingo.

MARCAÇÃO COM ANTECEDÊNCIA

Os referidos registros poderão ser considerados, em eventuais


reclamatórias trabalhistas, como tempo à disposição da empresa e, por
conseguinte, exigido o pagamento das horas suplementares.

Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as


variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.

REGISTRO DE PONTO COM RASURAS

Em reclamatória trabalhista, o registro de ponto poderá ser


desclassificado como prova a favor da empresa, sob alegação de ter sido
rasurado ou não corresponder com a realidade.

CARACTERIZAÇÃO DE TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO

Funcionários que trabalham em jornadas de 8 horas de trabalho, em


postos de trabalho de 24 horas ininterruptos, revezando
sistematicamente os horários de trabalho.

Esse procedimento caracteriza turno ininterrupto de revezamento,


podendo os funcionários reivindicarem em eventual reclamatória
trabalhista, o pagamento de jornada extraordinária das horas
trabalhadas além da 6ª hora diária.

COMPENSAÇÃO DE ATRASOS E FALTAS COM JORNADAS


EXTRAORDINÁRIAS

A marcação de jornada de trabalho, em desacordo com a pré-assinalada


no cartão ponto, deverá ser descontada, nos casos de faltas e atrasos, e
paga como horas suplementares, no caso de horas excedentes. Pois, em
uma reclamatória trabalhista o funcionário poderá reivindicar as horas
extras não remuneradas, já as faltas e atrasos a empresa tem direito de
efetuar o desconto do funcionário e não poderão ser compensadas com
trabalho extraordinário.

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BANCO DE HORAS – COMPENSAÇÃO DE HORAS EXTRAS

O Artigo 59, § 2º, da Consolidação das Leis do Trabalho, com a nova


redação dada pela Lei nº 9.601/98, e posteriores alterações, permite que
seja dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou
convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for
compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira
que não exceda, no período máximo de 360 dias, a soma das jornadas
semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite de 10
horas diárias.

A compensação das horas extras, através do sistema “Banco de Horas”


deve ser feita mediante acordo com os funcionários homologado com o
sindicato da classe.

VARIAÇÕES DE HORÁRIO NO REGISTRO DE PONTO

Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as


variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.

QUADRO DE HORÁRIO DE TRABALHO

O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo


expedido pelo Ministro do Trabalho, e afixado em lugar bem visível. Esse
quadro será discriminativo no caso de não ser o horário único para todos
os empregados de uma mesma seção ou turma.

Base: art. 74 da CLT.

7.1 – MODALIDADES DE CONTRATO DE TRABALHO

Há três modalidades de contrato de trabalho. Vejamos:

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- Contrato de trabalho por prazo determinado: esta modalidade
de contrato de trabalho, determina haver em seu teor, o efetivo início
da prestação de serviços por parte do empregado, bem como, estará
previsto também o seu término. Prevê o artigo 443 da Consolidação
das Leis do Trabalho, que o contrato de trabalho por prazo
determinado, poderá ser celebrado em casos de substituição de
empregado afastado por férias, doença, etc..., ou execução de um
trabalho eventual. Além disso, o contrato de trabalho por prazo
determinado, somente poderá ser prorrogado uma única vez, e não
poderá ultrapassar dois anos no total de seu tempo de duração
(artigo 445 da CLT).
- Contrato de trabalho por prazo indeterminado: esta modalidade
de contrato de trabalho, é celebrada entre as partes, de forma a não
haver previsão de quando o contrato se exinguirá. É certo que o
empregado um dia se desligará da empresa, mas, efetivamente, não
se sabe quando.
- Contrato de experiência: modalidade de contrato de trabalho em
que as partes celebram que, durante determinado período (que não
pode ser superior a noventa dias), farão análise para saberem se
haverá ou não o interesse em dar continuidade ao aludido contrato.
Desta forma, o contrato de experiência, durante este período, terá as
características de contrato por prazo determinado. Se, porém, ao
chegar a data de vencimento prevista, nenhuma das partes se
manifestar no sentido de promover a rescisão, o contrato passará
automaticamente, a vigorar por prazo indeterminado. Note-se que, o
contrato de experiência poderá ser prorrogado por uma única vez,
desde que o prazo total de noventa dias não seja excedido.

8 – CAGED – CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E


DESEMPREGADOS
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A partir da competência novembro de 2001, o Cadastro Geral de


Empregados e Desempregados (Caged) deverá ser entregue por
meio eletrônico (Internet e Disquete), com a utilização do
Aplicativo do Caged Informatizado - ACI ou outro aplicativo
fornecido pelo Ministério do Trabalho e Emprego - MTE.

O ACI deve ser utilizado para gerar e ou analisar o arquivo do Caged,


pelas empresas nas quais tenha ocorrido movimentação de empregados
regidos pela CLT.

PRAZO DE ENTREGA

O arquivo do Caged, devidamente gravado, deverá ser encaminhado ao


MTE, até o dia 7 do mês subseqüente àquele em que ocorreu
movimentação de empregados.

Embora inexista dispositivo legal expresso, recaindo este prazo em dia


não útil, o entendimento é de que o formulário deverá ser entregue no
primeiro dia útil imediatamente anterior, para evitar que o empregador
arque com as penalidades pela entrega ora de prazo.

A entrega ou a postagem do arquivo referente ao Cadastro Geral de


Empregados e Desempregados fora do prazo legal sujeitará a empresa
ao pagamento de multa.

LOCAL DE ENTREGA

O arquivo gerado deverá ser enviado ao MTE via Internet ou entregue


em suas Delegacias Regionais do Trabalho e Emprego, Subdelegacias ou
Agências de Atendimento.

COMPROVANTE – ARQUIVO

O comprovante de entrega será o protocolo emitido pela Internet, ou o


protocolo carimbado por um órgão regional do MTE.

A cópia do arquivo, o recibo de entrega e o Extrato da Movimentação


Processada, deverão ser mantidos no estabelecimento a que se referem,
pelo prazo de 36 meses a contar da data do envio, para fins de
comprovação perante a fiscalização trabalhista.

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EXTRATO DA MOVIMENTAÇÃO PROCESSADA

O Extrato da Movimentação Processada estará disponível para


impressão, na Internet, após o dia 20 de cada mês no endereço
www.mte.gov.br, opção CAGED.

EMPRESAS COM MAIS DE UM ESTABELECIMENTO

As empresas que possuem mais de um estabelecimento deverão


remeter ao MTE arquivos específicos a cada estabelecimento.

DÚVIDAS

O Ministério do Trabalho mantém uma equipe para solucionar dúvidas


relativas ao CAGED (Atendimento - Segunda a Sexta 07:00 às 19:00
horas), pelo fone:

0800 78 6818
ou e-mail [email protected] .

9 – PIS // PASEP

O PIS – Programa de Integração Social - foi criado pela Lei Complementar


n.º 07 de 07/09/1970, e o PASEP – Programa de Formação do Patrimônio
do Servidor Público, foi criado pela Lei Complementar n.º 08 de
03/12/1970.
Estes programas que, em tese, tinham a intenção de proporcionar a
participação do empregado nos lucros da empresa, foram unificados a
partir de 01/07/1976 pela Lei Complementar n.º 26, de 11/09/1975, e
passaram a ter a denominação PIS/PASEP.
Trata-se de um sistema constituído por um único fundo formado pelas
contribuições da empresas com base em um pequeno percentual em
seu lucro, ou, não tendo exploração lucrativa, sobre sua folha de
pagamento.
Todo empregado, a partir do seu primeiro contrato de trabalho, deverá
ser cadastrado, pela empresa contratante, junto ao sistema recebendo
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um número que vale por toda sua vida profissional e identifica a sua
conta individual.
É através da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), que toda
empresa tem a obrigação de entregar à Caixa Econômica Federal
anualmente, que se estabelece o controle de quanto o empregado terá
direito a título de saque.
As condições para o recebimento do abono anual do PIS/PASEP são
as seguintes:
- o empregado tenha recebido a média de dois salários-mínimos por
mês no período trabalhado;
- o empregado tenha exercido atividade remunerada pelo menos
durante 30 dias no ano, conforme as informações da RAIS;
- o empregado deverá estar cadastrado no sistema há pelo menos
cinco anos.

Já as condições para o recebimento dos RENDIMENTOS do PIS são:


- Ter sido cadastrado pelo menos 5 anos;
- Ter este cadastramento ocorrido até 4/10/1.988, após esta data não
existe rendimentos e nem cotas.
Os empregados participantes do PIS/PASEP, poderão sacar o montante
de sua conta nos seguintes casos:
- aposentadoria;
- invalidez permanente;
- reforma ou transferência para a reserva;
- portadores da Aids;
- portadores de neoplasia maligna;
- portadores de deficiência física;
- idosos – 65 anos para homens e 60 para mulheres.

CADASTRAMENTO NO SISTEMA PIS/PASEP: A empresa, ao contratar


o empregado, dentre várias providências, deverá analisar o caso, para
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saber se aquela será a primeira contratação do empregado em tela. Em
caso negativo, ou seja, o empregado já trabalhou registrado
anteriormente, certamente, ele já estará cadastrado no sistema. Ao
revés, ou seja, se for o primeiro emprego de sua vida profissional, a
empresa contratante deverá, obrigatoriamente, providenciar o seu
cadastramento no sistema PIS/PASEP, junto à Caixa Econômica Federal,
através do DCT – Documento de Cadastramento do Trabalhador.
Uma das vias do DCT fica com a Caixa Econômica Federal e, a outra,
retorna à empresa, juntamente com o comprovante de cadastramento. A
partir disto, a empresa deverá:
- arquivar a via do DCT, anotando o número do PIS correspondente na
Ficha de Registro do Empregado;
- Anexar o comprovante de cadastramento do empregado em sua
Carteira de Trabalho e Previdência Social;
- Anotar na parte de observações gerais da Carteira de Trabalho e
Previdência Social do empregado, via de regra através de carimbo, os
dados inerentes àquele cadastramento.

10 – DOCUMENTOS DE AFIXAÇÃO OBRIGATÓRIA.

Em função de imposição legal, o empregador deverá providenciar a


afixação de alguns documentos em local visível, dentro de cada
estabelecimento em que tiver empregados. Vejamos quais são:
CARTÃO PONTO E QUADRO HORÁRIO DE TRABALHO

OBRIGATORIEDADE DO CARTÃO PONTO

Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória


a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual,
mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo
Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de
repouso.

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POSICIONAMENTO DO TST

O Tribunal Superior do Trabalho, através do Enunciado 338, adiante


transcrito, fixa a obrigatoriedade do cartão ponto para que o mesmo
faça prova contrária às alegações:

338. Jornada. Registro. Ônus da prova - É ônus do empregador que


conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de
trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não apresentação
injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa de
veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em
contrário.

MÉTODO DE CONTROLE DO PONTO

Inexiste previsão legal especifica no sentido de proibir a diversificação


do controle de jornada através dos métodos eletrônico e manual dentro
da mesma empresa. Assim, por exemplo, é admissível que se controle a
entrada dos funcionários da produção por sistema eletrônico
computadorizado e dos funcionários da administração mediante
anotação manual.

ANOTAÇÃO DO PONTO

A hora de entrada e saída deve, obrigatoriamente, ser anotada pelo


empregado.

O intervalo para repouso ou alimentação, por sua vez, pode ser apenas
pré assinalado, ou seja, mencionado antecipadamente no corpo ou
cabeçalho do cartão, não sendo necessário, por conseguinte, ser
anotado diariamente pelo empregado, orientação essa válida tanto para
o intervalo de 15 (quinze) minutos (jornada de trabalho diária superior a
4 (quatro) e inferior a 6 (seis) horas), como também para o intervalo de
1 (uma) a 2 (duas) horas (jornada diária superior a 6 (seis) horas).

ASSINATURA DO PONTO

Em relação à assinatura nos registros de ponto, não há obrigatoriedade


de serem assinados pelo empregado

Porém, embora a legislação trabalhista vigente não exija expressamente


a assinatura do empregado no corpo do cartão ponto, verifica-se que no
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âmbito judicial em relação à validade do cartão ponto sem a assinatura
do empregado é matéria controvertida.

Várias decisões judiciais, no sentido de não aceitar a veracidade do


cartão ponto quando não constar a assinatura de seu titular, embasada
no entendimento de que somente com a concordância expressa do
empregado seriam dadas como válidas as anotações nele contidas.
Outras, dão como válido o cartão de ponto sem a assinatura do
empregado uma vez que a lei não a exige.

Diante da divergência verificada, recomenda-se à empresa exigir a


assinatura do empregado no cartão ou "espelho" de ponto, visando,
dessa forma, resguardar-se em eventuais questionamentos futuros.

TRABALHO FORA DO ESTABELECIMENTO

Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos


empregados constará, explicitamente, de ficha ou papeleta em seu
poder.

ANOTAÇÃO DO HORÁRIO DE TRABALHO

O horário de trabalho será anotado em registro de empregados com a


indicação de acordos ou convenções coletivas porventura celebrados.

DISPENSA DO PONTO
Estão dispensados da marcação do ponto:

· Empregados que exercem atividade externa incompatível


com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição
ser anotada na ficha ou folha do Livro de registro de
empregados (parte de "Observações"), bem como na
Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS (parte de
"Anotações Gerais")

· Gerentes, assim considerados os que exercem


cargos de gestão, aos quais se equiparam, para este
efeito aos diretores e chefes de departamento ou
filial, quando o salário do cargo de confiança, que
compreendendo a gratificação de função, se houver,

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não for inferior ao valor do respectivo salário efetivo
acrescido de 40% (quarenta por cento)

EXCESSO DE JORNADA DIÁRIA DE TRABALHO

De acordo com o Artigo 59 da Consolidação das Leis do Trabalho, a


jornada normal de trabalho somente poderá ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedente de duas, desde que não
ultrapasse o limite máximo de dez horas diárias, computando-se a
jornada normal e extraordinária.

A Instrução Normativa 01/88 da Secretaria de Relações do Trabalho, e o


Artigo 61 da CLT, estabelecem que, em se tratando de serviços
inadiáveis, a jornada diária poderá ser acrescida de até quatro horas
diárias, exclusivamente para empregados maiores, e mediante
comunicação ao órgão local do Ministério do Trabalho, no prazo de dez
dias a contar do encerramento dos trabalhos.

INTERVALO INTRA-JORNADA

De acordo com o Artigo 66 da CLT, entre duas jornadas de trabalho


haverá um período mínimo de 11 horas consecutivas para descanso.

TRABALHO NOS DIAS DESTINADOS AO DESCANSO SEMANAL

De acordo com o Artigo 67 da CLT, é assegurado a todo o trabalhador


um descanso semanal de 24 horas consecutivas, mais 11 horas entre
uma jornada e outra, perfazendo assim 35 horas, o qual, salvo por
motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço,
deverá coincidir com o domingo.

MARCAÇÃO COM ANTECEDÊNCIA

Os referidos registros poderão ser considerados, em eventuais


reclamatórias trabalhistas, como tempo à disposição da empresa e, por
conseguinte, exigido o pagamento das horas suplementares.

Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as


variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.

REGISTRO DE PONTO COM RASURAS

Em reclamatória trabalhista, o registro de ponto poderá ser


desclassificado como prova a favor da empresa, sob alegação de ter sido
rasurado ou não corresponder com a realidade.
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CARACTERIZAÇÃO DE TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO

Funcionários que trabalham em jornadas de 8 horas de trabalho, em


postos de trabalho de 24 horas ininterruptos, revezando
sistematicamente os horários de trabalho.

Esse procedimento caracteriza turno ininterrupto de revezamento,


podendo os funcionários reivindicarem em eventual reclamatória
trabalhista, o pagamento de jornada extraordinária das horas
trabalhadas além da 6ª hora diária.

COMPENSAÇÃO DE ATRASOS E FALTAS COM JORNADAS


EXTRAORDINÁRIAS

A marcação de jornada de trabalho, em desacordo com a pré-assinalada


no cartão ponto, deverá ser descontada, nos casos de faltas e atrasos, e
paga como horas suplementares, no caso de horas excedentes. Pois, em
uma reclamatória trabalhista o funcionário poderá reivindicar as horas
extras não remuneradas, já as faltas e atrasos a empresa tem direito de
efetuar o desconto do funcionário e não poderão ser compensadas com
trabalho extraordinário.

BANCO DE HORAS – COMPENSAÇÃO DE HORAS EXTRAS

O Artigo 59, § 2º, da Consolidação das Leis do Trabalho, com a nova


redação dada pela Lei nº 9.601/98, e posteriores alterações, permite que
seja dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou
convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for
compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira
que não exceda, no período máximo de 360 dias, a soma das jornadas
semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite de 10
horas diárias.

A compensação das horas extras, através do sistema “Banco de Horas”


deve ser feita mediante acordo com os funcionários homologado com o
sindicato da classe.

VARIAÇÕES DE HORÁRIO NO REGISTRO DE PONTO

Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as


variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.

QUADRO DE HORÁRIO DE TRABALHO

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O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo


expedido pelo Ministro do Trabalho, e afixado em lugar bem visível. Esse
quadro será discriminativo no caso de não ser o horário único para todos
os empregados de uma mesma seção ou turma.

Base: art. 74 da CLT.

- Acordo coletivo ou sentença em dissídio coletivo de trabalho:


de acordo com o artigo 614, § 2.º da CLT, deverá ser afixada cópia
autenticada de um ou outro destes documentos;
- Guia de Recolhimento da Previdência Social: a Guia da
Previdência Social, é o documento através do qual, o empregador
efetua suas Contribuições ao INSS, sendo que estudaremos o assunto
no momento oportuno. Por enquanto, precisamos saber que, por um
período de 06 (seis) meses consecutivos, o empregador deverá afixar
este documento em local bem visível, conforme já comentamos
alhures.
- Trabalho do Menor: a preocupação do legislador, ao elaborar a
Consolidação das Leis do Trabalho, no que tange à proteção do
trabalhador menor, foi tamanha, que a ele foi destinado um capítulo
exclusivo. Pois bem, este capítulo deverá também ser afixado em
local visível. Note-se que, até dezembro de 1998, era permitida a
contratação de menores a partir dos 14 anos de idade, porém, com a
Emenda Constitucional n.º 20, publicada em 16 de dezembro de
1988, passou a ser proibida a contração de empregados menores de
16 anos, salvo na condição de Aprendiz.

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- REEMBOLSO-CRECHE: toda empresa que adotar este sistema de
benefício, deverá tornar pública tal opção, afixando os documentos
inerentes em local também visível.
- SEGURANÇA NO TRABALHO: as empresas deverão também afixar
em seus estabelecimentos que contem com empregados, as Normas
Regulamentadoras que tratam da Segurança e Medicina do Trabalho.

11 – JORNADA DE TRABALHO

Devemos relembrar que, a partir do ponto em que estudamos as


Outras Formas de Contratação, passamos, então a analisar a figura
do empregado, e, a partir desta premissa, vamos analisar todos os
direitos garantidos por nosso ordenamento jurídico ao empregado.
Inserido neste contexto, está o direito da Jornada de Trabalho.
Já fizemos algumas considerações históricas no sentido de haverem, no
passado, jornadas de trabalho extremamente desumanas, momento em
que, chegava-se ao ponto de o trabalhador desenvolver horário de
trabalho diário superior a 16 (dezesseis) horas!!!.
A partir da Constituição Federal, promulgada no ano de 1934, a jornada
de trabalho, passou a ser de, no máximo 08 (oito) horas diárias, tendo
este assunto pouco se modificado de lá para cá.
Apenas a Constituição Federal de 1988, modificou a jornada de trabalho
semanal que era de 48 (quarenta e oito) horas, para 44 (quarenta e
quatro) horas.
Jornada de trabalho, nada mais é, do que a quantidade de horas diárias
em que o empregado fica à disposição do empregador.
Pelo nosso ordenamento jurídico, os trabalhadores não podem
ultrapassar os limites de 08 (oito) horas de trabalho diárias, nem 44
(quarenta e quatro) horas semanais. Como não poderia deixar de ser, há
exceções. Há funções que por suas próprias características, desgastam
mais o ser-humano, e, por isso, a quantidade de horas que o empregado
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exercente destas funções, deverão ter sua jornada reduzida para 06
(seis) horas diárias. A título de exemplo, podemos citar os ascensoristas,
as telefonistas, os datilógrafos, digitadores, etc...

11.2 – TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO

Todo trabalhador que exercer suas funções em horários alternados, vale


dizer, ora no período da manhã, ora à tarde, ora à noite, e desde que
haja a divisão de horários, ou seja, no término de sua jornada um
trabalhador vai embora, e outro em seguida assume seu posto, terá
direito a jornada diária de 06 (seis) horas, por força do disposto em
nossa Constituição Federal. Trata-se pois, dos chamados TURNOS
ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. O legislador entendeu que
deveria limitar esta jornada a no máximo seis horas diárias, pois o
empregado que estiver submetido a tal esquema de revezamento,
certamente, sofrerá desgastes físicos maiores do que aquele empregado
com horário fixo.

11.3 – PRORROGAÇÃO DA JORNADA

Devemos entender a prorrogação da jornada de trabalho, como a nossa


tão conhecida hora extra. Vale dizer: toda vez que o empregado exceder
os limites de oito horas diárias ou quarenta e quatro horas semanais de
trabalho, este estará trabalhando em regime de horas extras.
Sob este aspecto devemos fazer algumas considerações:
- o empregado menor não poderá trabalhar horas extras;
- o número máximo de horas extras que o empregado pode fazer por
dia, é de apenas duas horas, salvo em casos de força maior
(inundações, desastres, etc...);

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- a hora extraordinária deverá ser paga com acréscimo mínimo de 50%
(cinqüenta por cento) sobre a hora normal, desde que realizada em
dias que não sejam domingos ou feriados. Se, entretanto a hora
extraordinária for trabalhada em dias de domingos ou feriados, esta
deverá ser paga com acréscimo mínimo de 100% (cem por cento)
sobre a hora normal de trabalho;
- A supressão, pelo empregador, do serviço suplementar prestado com
habitualidade, durante pelo menos 01 (um) ano, assegura ao
empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 01
(um) mês das horas suprimidas para cada ano ou fração igual ou
superior a 06 (seis) meses de prestação de serviço acima da jornada
normal. Este cálculo observará a média das horas suplementares
efetivamente trabalhadas nos últimos 12 (doze) meses, multiplicada
pelo valor da hora extra do dia da supressão. Este entendimento foi
determinado pelo Enunciado n.º 291 do Tribunal Superior do
Trabalho).

11.4 – COMPENSAÇÃO DE HORAS DE TRABALHO

É perfeitamente possível ao empregador determinar uma jornada de


trabalho onde o empregado trabalha um pouco mais durante a semana,
para não ter que trabalhar em outro dia. O exemplo mais freqüente, é
aquele caso em que o empregado, trabalha de Segunda a Sexta-feira,
via de regra 08:48 (oito horas e quarenta e oito minutos) por dia, para
não ter que trabalhar aos Sábados.
Importante salientar que o empregado não poderá ser compelido a
estender sua jornada diária em mais de duas horas para efeito de
compensação.
NÃO SE ESQUEÇA: para que este tipo de compensação seja
efetuado dentro de nosso ordenamento jurídico, há a
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necessidade de assinatura de acordo escrito, conforme já
mencionamos anteriormente neste trabalho.

11.5 – HORÁRIO NOTURNO E ADICIONAL NOTURNO


TRABALHO NOTURNO

A Constituição Federal, no seu artigo 7º, inciso IX, estabelece que são
direitos dos trabalhadores, além de outros, remuneração do trabalho
noturno superior à do diurno.

HORÁRIO NOTURNO

Considera-se noturno, nas atividades urbanas, o trabalho realizado entre


as 22:00 horas de um dia às 5:00 horas do dia seguinte.

Nas atividades rurais, é considerado noturno o trabalho executado na


lavoura entre 21:00 horas de um dia às 5:00 horas do dia seguinte, e na
pecuária, entre 20:00 horas às 4:00 horas.

HORA NOTURNA

A hora normal tem a duração de 60 (sessenta) minutos e a hora noturna,


por disposição legal, nas atividades urbanas, é computada como sendo
de 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.

Assim sendo, considerando o horário das 22:00 às 5:00 horas, temos


7 (sete) horas-relógio que correspondem a 8 (oito) horas de
trabalho.

Nas atividades rurais a hora noturna é considerada como de 60


(sessenta) minutos, não havendo, portanto, a redução como nas
atividades urbanas.

INTERVALO

No trabalho noturno também deve haver o intervalo para repouso ou


alimentação, sendo:

- jornada de trabalho de até 4 horas: sem intervalo;


- jornada de trabalho superior a 4 horas e não excedente a 6 horas:
intervalo de 15 minutos;

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- jornada de trabalho excedente a 6 horas: intervalo de no mínimo 1
(uma) hora e no máximo 2 (duas) horas.

Ao intervalo para repouso ou alimentação não se aplica a redução da


hora, prevalecendo para esse efeito a de 60 minutos.

TABELA E CÁLCULO PRÁTICO DE HORAS NOTURNAS

A tabela seguinte se faz prática para uma visualização da determinação


da jornada de trabalho. Para cálculos, deve-se utilizar o cálculo prático
na seqüência apresentada:

Das 22:00 horas ATÉ Horas


22:30 35'
23:00 1:10'
23:30 1:45'
24:00 2:20'
00:30 2:50'
01:00 3:25'
01:30 4:00'
02:00 4:35'
02:30 5:10'
03:00 5:45'
03:30 6:20'
04:00 6:50'
04:30 7:25'
05:00 8:00'

Cálculo Prático

Para se calcular as horas noturnas, utilize o seguinte raciocínio: divida o


número de horas-relógio por 52,5 (corresponde a 52’30") e multiplique
por 60':

nº de horas : 52,5 x 60 = nº de horas noturnas

Exemplos:

7 horas relógio
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7 : 52,5 x 60 = 8 horas noturnas

4 horas relógio
4 : 52,5 x 60 = 4,6 horas noturnas

TRABALHO NOTURNO DA MULHER

Desde a promulgação da vigente Constituição Federal, é permitido às


mulheres trabalharem no período noturno, qualquer que seja a atividade
da empresa, aplicando-se ao trabalho noturno feminino os dispositivos
que regulam o trabalho masculino.

TRABALHO NOTURNO DO MENOR

O trabalho noturno dos menores de 18 (dezoito) anos é expressamente


proibido pela Constituição Federal e pela CLT.

ADICIONAL NOTURNO

A hora noturna, nas atividades urbanas, deve ser paga com um


acréscimo de no mínimo 20% (vinte por cento) sobre o valor da hora
diurna, exceto condições mais benéficas previstas em acordo,
convenção coletiva ou sentença normativa.

Nas atividades rurais, o acréscimo deve ser de no mínimo 25% (vinte e


cinco por cento) sobre o valor da hora diurna.

CESSAÇÃO DO DIREITO

O adicional noturno, pago ao empregado, é devido em razão do trabalho


ser desenvolvido em horário noturno. Dessa forma, o empregado sendo
transferido para o período diurno, o mesmo perde o direito ao adicional.

Enunciado TST nº 265:

"A transferência para o período diurno de trabalho implica na


perda do direito ao adicional noturno."

INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO

O adicional noturno, bem como as horas extras noturnas, pagos com


habitualidade, integram o salário para todos os efeitos legais.

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Enunciado TST nº 60:

"O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário


do empregado para todos os efeitos."

Descanso Semanal Remunerado - Adicional Noturno

A integração do adicional noturno no descanso semanal remunerado se


obtém através da média diária do número de horas noturnas realizadas
na semana, quinzena ou mês, multiplicando-se pelo valor da hora
normal, multiplicada pelo adicional de 20%, multiplicando-se o resultado
obtido pelo número de domingos e feriados.

Fórmula:

Horas noturnas mês x valor hora normal x 20% x domingos e feriados =


DSR
dias úteis

Exemplo:

- 46 horas noturnas no mês de abril/01


- valor da hora normal R$ 6,00
46 horas noturnas x R$ 6,00 x 20% x 7 (5 domingos e 2 feriados = DSR
23
DSR = 2 horas noturnas x R$ 6,00 x 20%x 7
DSR = R$ 12,00 x 20% x 7
DSR = R$ 2,40 x 7
DSR = R$ 16,80

Descanso Semanal Remunerado - Hora Extra Noturna

A integração da hora extra noturna no descanso semanal remunerado


far-se-á mediante a média diária das horas extras noturnas realizadas,
multiplicando-se pelo valor da hora extra noturna, multiplicada pelo
número de domingos e feriados do mês.

Fórmula:

DSR = número de horas extras noturnas x valor da hora extra


noturna x
dias úteis número de domingos e feriados

Exemplo:

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- 11,5 horas extras noturnas no mês de abril/01
- valor da hora normal: R$ 5,00
- valor da hora extra noturna: R$ 9,00 (R$ 5,00 + 20% + 50%)
11,5 R$ 9,00 x 7 (5 domingos e 2 feriados) = 0,5 x R$ 63,00 = R$ 31,50
23

Férias

Calcula-se a média duodecimal das horas noturnas realizadas durante o


período aquisitivo, aplicando-se o valor-hora do salário referente ao
período de concessão das férias, multiplicando-se ao resultado o
adicional de 20%.

Fórmula:

Horas noturnas aquisitivo x valor hora normal atual x 20%


12 (ou período inferior, se proporcional)

Exemplo:

- durante o período aquisitivo foram realizadas 240 horas noturnas


- valor da hora normal atual = R$ 6,00
240 horas noturnas x R$ 6,00 x 20% = 20 horas noturnas x R$ 1,20 =
R$ 24,00
12

13º Salário

As horas noturnas integrarão a remuneração do 13º salário da seguinte


forma:

- determinando-se a média das horas noturnas realizadas durante o


período a que se refere a remuneração do 13º salário, multiplicando-se o
resultado obtido pelo valor hora de dezembro, multiplicado pelo
adicional de 20%.

Fórmula:

horas noturnas período 13º x valor hora dezembro x 20%


nº meses período 13º

Exemplo:

- o empregado tem direito a 12/12 avos de 13º salário


- horas noturnas realizadas no período do 13º = 144 horas
- valor da hora normal no mês de dezembro = R$ 8,00
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144 horas noturnas x R$ 8,00 x 20%
12
12 horas noturnas x R$ 1,60 = R$ 19,20

Aviso Prévio Indenizado

As horas noturnas integrarão o aviso prévio indenizado, fazendo-se a


média duodecimal dos últimos 12 meses ou período inferior, se for o
caso, multiplicando-se pelo valor da hora normal, multiplicada pelo
adicional noturno de 20%.

Fórmula:

horas noturnas 12 meses x hora normal x 20% = API


12 (ou período inferior, se for o caso)

Exemplo:

- o empregado nos últimos 12 meses realizou 240 horas noturnas


- valor da hora normal: R$ 6,00
240 x R$ 6,00 x 20%
12
20 x R$ 1,20 = R$ 24,00

FORMALIZAÇÃO DO PAGAMENTO

O pagamento do adicional noturno é discriminado formalmente na folha


de pagamento e no recibo de pagamento de salários, servindo, assim,
de comprovação de pagamento do direito.

HORA EXTRA NOTURNA

Havendo prestação de horas extras no horário noturno, o empregado


fará jus aos adicionais noturno e extra (20% + 50%, vide convenção
coletiva no que diz respeito ao valor dos percentuais), cumulativamente.
Abaixo segue exemplo de cálculo:

- Empregado realizou no mês 6 horas extras noturnas. Salário mensal R$


880,00:

- horas extras noturnas realizadas: 6 horas


- valor da hora normal: R$ 4,00
- valor da hora noturna: R$ 4,80 (R$ 4,00 + 20%)
- valor da hora extra noturna: R$ 7,20 (R$ 4,00 + 20% + 50%)
- valor a pagar de horas extras noturnas: R$ 43,20 (R$ 7,20 x 6)
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VIGIAS E VIGILANTES

É assegurado ao vigia e vigilante noturno os mesmos direitos


assegurados aos demais trabalhadores noturnos.

Enunciado TST nº 65:


"O direito à hora reduzida para 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30
(trinta) segundos aplica-se ao vigia noturno."

Enunciado TST nº 140:


"É assegurado ao vigia, sujeito ao trabalho noturno, o direito ao
respectivo adicional."

ENCARGOS SOCIAIS

Sobre as parcelas referentes ao adicional noturno e seus reflexos


incidem:

- INSS;
- FGTS; e
- IRRF.

PENALIDADES

Os infratores dos preceitos relativos ao trabalho noturno de


trabalhadores maiores de 18 anos sujeitam-se à multa de 37,8285 a
3.782,8472 Ufir’s por infração.

JURISPRUDÊNCIA

ADICIONAL NOTURNO. SUPRESSÃO. LEGALIDADE. Cessado o labor em


período noturno é lícita a supressão do adicional noturno, que, como
salário condição, não se incorpora como direito ao contrato de trabalho.
(Súmula 265 do C. TST). TRT-PR- RO 13.989-98 - Ac.2ª T 12.546-99 -
Rel.Juiz Luiz Eduardo Gunther)

HORAS LABORADAS ALÉM DAS CINCO HORAS DA MANHÃ.


DIREITO AO ADICIONAL NOTURNO. - Se para o trabalho noturno a lei
garante um adicional de 20% sobre a hora trabalhada, com muito mais
razão ainda quando se cumpre integralmente esta jornada e ainda se
permanece trabalhando após ela. Se o que justifica o adicional é o

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desgaste maior do trabalho à noite igual ou maior desgaste haverá
quando se prossegue trabalhando após já ter trabalhado após o período
noturno - ubi eaden ratio, ibi eadem legis. Cumprida integralmente a
jornada no período noturno, e prorrogada esta, devido é também o
adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, parágrafo 5º,
da CLT. Embargos conhecidos e providos. (TST-E-RR-311.016/1996.9 - SP
- Ac. SBDI1 - Relator Ministro Vantuil Abdala, TST-02.06.2000)

SUPRESSÃO DO ADICIONAL NOTURNO. Tal supressão não caracteriza


redução salarial, primeiro, pelo desaparecimento da condição necessária
ao seu pagamento (o trabalho noturno), em segundo lugar, por se tratar
da cessação de trabalho em condições desfavoráveis, prejudiciais ao
empregado. Apelo obreiro neste ponto improvido. (Acórdão
02970417167, TRT 2ª R, Turma 07, Processo 02960168296, Julg.
25.08.1997, Relator: Anelia Li Chum)

ADICIONAL NOTURNO. SUPRESSÃO. Improcedência do pedido de


diferenças salariais face a supressão do adicional noturno. Além da
justificativa jurídica de que o salário-condição, como se classifica essa
modalidade de adicional, perde a razão de ser quando seu pressuposto
básico deixa de ser implementado, há que se ver também que a simples
normalização do relógio biológico do trabalhador, por si só, propicia a
diferença benéfica incompensável por qualquer valor monetário. O
descompromisso com a paga adicional a partir da retomada do horário
diurno (EN. 265-TST), se por um lado representa perda econômica para o
empregado, por outro, vem significar-lhe um ganho físico, familiar e
social incalculável, bem como estímulo ao empregador para estringir a
exigência do trabalho noturno ao estritamente necessário. (Acórdão
02950464208, TRT 2ªR, Turma 08 Data Julg. 09.10.1995 Data Pub.
26.10.1995, Processo 02940160362 Relator: Wilma Nogueira de Araújo
Vaz da Silva)

Bases:
Constituição Federal de 1988, artigo 7º, incisos IX e XXXIII; artigos 73 e
404 da CLT;
Lei nº 5.889/73;
Decreto nº 73.626/74; Instrução Normativa SRT nº 01/88;
Instrução Normativa FGTS nº 17/00;
Decreto nº 3.048/99, art. 214.

11.6 – JORNADA DE TRABALHO DO MENOR


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A jornada de trabalho do empregado menor é idêntica à do empregado


maior de 18 anos de idade, porém, existem algumas diferenciações a
saber:
- o empregado menor, como já avençado, não pode laborar em regime
de horas extraordinárias;
- o empregado menor, não poderá trabalhar no horário noturno (das
22:00 às 05:00 horas);
- o empregado menor, salvo na condição de aprendiz, não poderá ser
submetido a condições insalubres de trabalho;
- de acordo com o artigo 427 da Consolidação das Leis do Trabalho, o
empregador será obrigado a conceder ao menor, o tempo necessário
para a frequências às aulas.

11.7 – INTERVALOS NA JORNADA DE TRABALHO

É perfeitamente compreensível que o empregador não poderá exigir do


empregado, o cumprimento de sua jornada de trabalho, sem que para
isto, sejam-lhe concedido os chamados intervalos para refeição e
descanso.
Sob este prisma verificaremos a seguir, os intervalos inerentes à jornada
de trabalho. Vejamos:

11.7.1 – INTERVALOS DENTRO DA JORNADA DE TRABALHO.

A concessão de intervalos dentro da jornada de trabalho, deverá


obedecer aos preceitos constantes da Consolidação das Leis do
Trabalho, e dependerá da duração da jornada de trabalho diária a que
estará submetido o empregado.
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Para jornadas de até 04 (quatro) horas diárias, o empregado não tem
direito a qualquer concessão de intervalo.
Agora, se a jornada de trabalho do empregado for maior que 04 (quatro)
horas e não superior a 06 (seis) horas, o empregador deverá conceder a
este obreiro, intervalo mínimo de 15 (quinze) minutos no transcorrer de
sua jornada de trabalho. É bom ressaltar, que estes quinze minutos de
intervalo, não fazem parte da jornada. Por exemplo: vamos admitir que
em nossa empresa, há um empregado que deverá trabalhar seis horas
por dia, iniciando sua jornada de trabalho às 08:00 horas. Pois bem, este
empregado deverá entrar às 08:00 horas, deverá parar a execução de
suas tarefas pelo intervalo de 15 minutos, digamos das 11:30 às 11:45
horas, e deverá trabalhar até às 14:15 horas. Vale dizer: neste caso, o
empregador pode perfeitamente, acrescentar os 15 minutos de intervalo
ao final de sua jornada de trabalho.
Porém, se a jornada de trabalho que o empregado de verá cumprir, for
maior do que 06 (seis) horas diárias, o empregador estará obrigado a lhe
conceder 01 (uma) hora no mínimo, e 02 (duas) no máximo, para que o
funcionário usufrua a título de refeição e descanso. É bom ressaltarmos
que, nestes casos, se o empregador conceder intervalo inferior a 01
(uma) hora, na realidade, será considerado por nosso ordenamento
jurídico como não concedido, e, ao final de uma reclamação trabalhista,
por exemplo, o empregador que se descurou com relação a esta
obrigação, poderá vir a ser condenado ao pagamento de horas
extraordinárias de todo o período trabalhado pelo empregado.

11.7.2 – INTERVALO ENTRE JORNADAS

O artigo 66 da Consolidação das Leis do Trabalho determina que, entre o


final da jornada de trabalho de um dia, e o início da jornada de trabalho
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no dia seguinte, deverá haver um intervalo de, no mínimo, 11 (onze)
horas.

11.8 – DESCANSO SEMANAL REMUNERADO (DSR)

Por força do disposto na Lei 605/49, todo empregado terá direito,


mediante o cumprimento de algumas condições, a um repouso semanal
remunerado – O DSR. Determina a lei retromencionada, que, para que o
empregado tenha direito a este recebimento, deverá cumprir na íntegra
sua jornada de trabalho, ou seja, não poderá ter faltas ou atrasos
injustificados.
São requisitos para a concessão do DSR:
- descanso consecutivo de, no mínimo, 24 (vinte e quatro) horas;
- uma vez por semana, preferencialmente aos domingos;
- os feriados também são considerados descanso semanal remunerado
e deverão receber o mesmo tratamento.

Importante ressaltar que a Lei 605/49, determina que o repouso semanal


deverá recair preferencialmente em dias de Domingo, mas, se por
ordem técnico-operacional não for possível, deverá o empregador
elaborar escala de revezamento entre seus empregados, para que,
periodicamente os obreiros tenham o direito de desfrutar o seu repouso
semanal em dia de Domingo, buscando assim o legislador, privilegiar o
encontro familiar.
Por derradeiro, acerca do Descanso Semanal Remunerado, devemos
ressaltar que caso o empregado venha a não cumprir sua jornada de
trabalho semanal, e desde que as faltas ou atrasos não estejam
legalmente justificadas, o empregador terá o direito de descontar do
pagamento do obreiro, os valores respectivos à folga semanal.

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11.9 – FALTAS E ATRASOS

Devemos considerar como faltas e atrasos, aqueles períodos em que o


empregado deveria estar à disposição do empregador, mas, por algum
motivo, o obreiro veio a se ausentar no cumprimento de sua jornada de
trabalho.
Devemos neste ponto ressaltar a existência de alguns fatos que, desde
que devidamente comprovados por parte do empregado, este poderá se
ausentar do cumprimento de sua jornada normal de trabalho, e o
empregador não poderá efetuar os respectivos descontos em seu
pagamento.
Estes fatos estão previstos no artigo 473 da Consolidação das Leis do
Trabalho. Vejamos quais são:
O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do
salário:
- até dois dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge,
ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua
Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua dependência
econômica;
- até três dias consecutivos, em virtude de casamento;
- por cinco dias consecutivos, em caso de nascimento de filho;
- por um dia a cada doze meses de trabalho, em caso de doação
voluntária de sangue devidamente comprovada;
- até dois dias, consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor nos
termos da lei respectiva;
- no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do
Serviço Militar referidas na letra “c”, do artigo 65 da Lei 4.375 de 17
de agosto de 1964;

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- nos dias em que estiver comprovadamente realizando prova de
exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino
superior;
- pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a
Juízo.
Além destes fatos devidamente previstos em nossa legislação ordinária,
não podemos deixar de citar que o empregado também poderá deixar
de comparecer ao serviço sem prejuízo de salário pelo período
determinado por motivos de saúde, limitado, porém, a 15 (quinze) dias.
Caso o empregado tenha que se afastar, por motivos de doença, por
período superior a 15 (quinze) dias, o excedente deverá ser pago pelo
regulamento do Instituto Nacional do Seguro Social, a título de auxílio-
doença.
Importante ressaltar que, nos dias em que o empregado venha a ter
faltas ou atrasos em sua jornada de trabalho, e, que seja por motivos
não mencionados em nossa legislação conforme explicitado supra, o
empregador terá o direito de efetuar os descontos relativos a estas
ausências, podendo ainda efetuar o desconto relativo ao Descanso
Semanal Remunerado.

11.10 – REGISTROS DE PRESENÇA

Neste item, vamos estudar o controle da freqüência do funcionário, ou


seja, o nosso tão conhecido controle de ponto.
Este controle é de suma importância tanto para o empregador quanto
para o empregado. Para o empregador, a importância estará voltada
tanto para o cumprimento de exigência legal, quanto para pagar ou
descontar, o que efetivamente couber a cada empregado. Para o
empregado, a importância estará voltada para saber o que efetivamente
terá direito a receber, seja em termos de salário normal, seja em termos
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de horas extraordinárias, ou ainda, se sofrerá algum tipo de desconto
inerente a eventuais faltas ou atrasos injustificados.
Existem alguns tipos de controle de ponto. Vejamos:
- livro de ponto: recomendado para empresas de porte muito pequeno,
pois este tipo de controle carrega consigo a desvantagem de ser
facilmente manipulado, além de possuir uma credibilidade não muito
grande em termos de Justiça do Trabalho;
- cartão de ponto: a marcação deste tipo de controle de ponto é feita
através daquele nosso conhecido relógio de ponto mecânico.
Trata-se de tipo de controle de ponto bastante confiável, além de não
ser facilmente manipulável, pois, após marcado pelo empregado,
dificilmente se consegue alterar a verdade dos fatos ali mencionadas,
sem deixar qualquer tipo de rasura;
- crachá de ponto eletrônico: trata-se de uma verdadeira tendência.
Várias empresas, buscando maior modernidade, vêm adotando este
tipo de controle de ponto. O aspecto negativo deste tipo de controle,
está na facilidade de manipulação de dados.

De qualquer forma, seja qual for a modalidade de controle de ponto a


ser adotada pela empresa, é prática bastante salutar, fazer com que o
registro de ponto seja efetuado da maneira mais confiável possível,
passando transparência aos interessados no assunto.
Importante ressaltar, que deverão ser anotados no controle de ponto: o
horário de entrada no início da jornada de trabalho, o horário de saída
para o intervalo de refeição e descanso, o horário de retorno do almoço,
o horário de saída ao término da jornada de trabalho, serviços externos
e horário de horas extraordinárias.
Cabe-nos aqui, levantarmos as seguintes questões:
a) Será que existem empresas que estão desobrigadas de manter o
controle de ponto? e

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b) Será que existem empregados que estão desobrigados de marcar seu
ponto diário?

Ambas as respostas são afirmativas. Tratemos inicialmente da primeira:


De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, as empresas que
possuam quadro de funcionários inferior a 10 (dez), estão desobrigadas
de manterem controle de ponto. Mas, se formos estudar o assunto,
questionando-nos acerca de ser ou não recomendável a empresa manter
controle de ponto mesmo possuindo menos de 10 (dez) empregados,
novamente a resposta será afirmativa. Vale dizer: o controle de ponto é
de extrema importância para a empresa, sendo absolutamente
recomendável que o mantenha, mesmo estando na “confortável”
situação de não estar a tal providência obrigada.

Já no que tange à pergunta de haver ou não empregados desobrigados


da marcação de ponto, a resposta encontra-se no artigo 62 da
Consolidação das Leis do Trabalho. Este artigo determina a não
obrigatoriedade de controle de ponto àqueles funcionários que exerçam
atividades incompatíveis com este controle (Motorista Carreteiro, por
exemplo), bem como àqueles funcionários que exerçam Cargo de
Confiança.

12 – REMUNERAÇÃO.

Vamos a partir deste ponto, estudar o item remuneração.


Remuneração, de acordo com o disposto nos artigos 457 a 467 da
Consolidação das Leis do Trabalho, é toda importância paga pelo
empregador ao empregado como contraprestação de seus serviços.

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É muito comum nos utilizarmos as expressões remuneração e salário
como sinônimos. Na verdade não o são. Remuneração é o gênero, e
salário, uma de suas espécies.
Neste trabalho, estaremos abordando algumas das mais utilizadas
espécies de remuneração. São elas:
a) Salário;
b) Adicionais;
c) Abonos;
d) Gratificações;
e) Prêmios ou comissões;
f) Salário-utilidade;
g) Gorjetas.

Vamos estudar estes itens da remuneração, um a um.

12.1 – SALÁRIO.

Na composição da remuneração, a mais comum, e em termos, a mais


importante, é a modalidade Salário.
Salário nada mais é do que a parte fixa efetivamente paga ao
empregado. É o valor do salário pelo qual o empregado se compromete,
através da assinatura do contrato de trabalho, a exercer suas funções
dentro dos horários determinados.
O Salário pode ser determinado por mês, por quinzena, por semana, por
dia, por hora e por tarefa.
Os mais comuns no mercado de trabalho, são os salários fixados por
mês (que via de regra, são fixados para funções administrativas) e por
hora (que, via de regra, são fixados para empregados que exercem
funções operacionais.

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De extrema relevância ressaltar que podemos nos deparar com
situações, principalmente quando estamos “fechando” a folha de
pagamentos, em que teremos que transformar o salário mensal em
salário por hora ou vice-versa.
Vamos, desde já, fixar o seguinte critério:
- quando estivermos diante de um salário fixado, por exemplo, em R$
220,00 (duzentos e vinte reais) por mês, e necessitarmos transformar
este salário para a modalidade por hora, faremos a seguinte
operação matemática:
Salário mensal : 220 horas = Salário por hora.
Colocando os dados propostos na fórmula, teremos então:
R$ 220,00 : 220 horas = R$ 1,00 por hora.

- Agora, pode ocorrer a situação inversa, imaginemos um empregado


que receba R$ 1,00 (um real) por hora, e este se dirija até o
Departamento Pessoal, querendo saber quanto resulta o seu salário
por mês. Para a solução do problema supra sugerido, faremos a
operação no sentido inverso. Desta forma, ficaria assim:
Salário por hora X 220 horas = Salário mensal.
Colocando os dados propostos na forma, teremos então:
R$ 1,00 por hora X 220 hora = R$ 220,00 por mês.

A pergunta que você, leitor, pode estar se fazendo, é saber de onde


apareceu aquele número de 220 horas. Pois bem, este número é chave
nestas operações supra apresentadas, quando o funcionário trabalha
mais do que seis horas por dia. Veja bem: conforme explanado no
capítulo de jornada de trabalho, nós pudemos verificar que o empregado
pode trabalhar até quarenta e quatro horas por semana, não é verdade?
Pois bem, se o empregado pode trabalhar quarenta e quatro horas por
semana, e todos sabemos que a semana útil tem 06 (seis) dias, temos
então que, por dia, o empregado pode trabalhar até 07:20 horas.
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Partindo deste pressuposto, temos, em média, 30 dias por mês. Agora
ficou fácil, faça a seguinte multiplicação:
07:20 horas de trabalho por dia x 30 dias no mês = 220,00 horas
Duzentas e vinte horas, então é a quantidade total de horas por
mês.
Memorize bem este número, pois, acredite, você vai se utilizar
dele por várias vezes no decorrer do presente curso.

12.2 – ADICIONAIS

Devemos entender adicionais como a parcela que integra a


remuneração do empregado que exerce suas funções, inserido em
determinadas condições, consoante dispõe o artigo 457, § 1.º da CLT.
Como estes adicionais são parcela da remuneração, eles integram para
todos os efeitos, devendo portanto terem reflexos nos Descansos
Semanais Remunerados, Férias, 13.º Salário e Aviso Prévio quando
indenizado. Estas integrações serão estudadas no momento oportuno.
Vamos estudar agora alguns exemplos de adicionais.

12.2.1 – Adicional de horas extras.

Relembrando o conceito de adicionais: adicional é parcela da


remuneração a que terá direito o empregado que estiver
desempenhando suas funções inserido em determinadas condições.
Portanto, terá direito ao adicional de horas extras (por mais óbvio que
pareça), aquele funcionário que trabalhar em regime de horas extras.
Não podemos nos esquecer que o adicional de horas extras, será de, no
mínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor da hora normal, desde
que trabalhada em dias que não sejam domingos ou feriados. Se forem
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as horas extras trabalhadas em dias de domingos ou feriados, este
adicional deverá ser de, no mínimo, 100% (cem por cento).
Vamos admitir que um empregado de nossa empresa, tenha sido
contratado mediante salário mensal de R$ 220,00 (duzentos e vinte
reais) por mês, para trabalhar de Segunda a Sexta-feira, das 08:00 horas
às 17:30 horas. Vamos admitir ainda que, em determinado dia, uma
Sexta-feira, este mesmo empregado, por motivos relacionados à
execução de seus serviços, tenha feito terminado sua jornada de
trabalho às 19:30 horas, realizando assim 02:00 horas extraordinárias.
Vamos calcular suas horas extras:
a) temos que encontrar o valor de seu salário-hora, que no caso é de R$
1,00;
b) vamos encontrar o valor de cada hora extra com acrescido de 50%,
então teríamos:
R$ 1,00 x 50%= R$ 0,50
R$ 0,50 + R$ 1,00= R$ 1,50 (valor de cada hora extra)
c) Agora sim, poderemos calcular o valor do total de horas extras. Assim
teremos:
R$ 1,50 x 2= R$ 3,00 (valor total das horas extras).

Observação muito importante: Hora extra é um dos tipos de


pagamentos variáveis, e, sendo habitual, deverá refletir sobre o
DSR e outras verbas.

12.2.3 – ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

Este adicional, deverá ser pago a todo o empregado que estiver


desempenhando suas funções em condições que podem causar danos à
saúde, de acordo com o artigo 192 da CLT.

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As atividades insalubres são aquelas descritas na Norma
Regulamentadora n.º 15, aprovada pela Portaria n.º 3.214/78.
Importante salientar que não é encargo do profissional do Departamento
Pessoal, definir se em determinado local de trabalho, há ou não agentes
insalubres. Este trabalho deverá ser executado por profissional voltado à
área de Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho.
O Adicional de Insalubridade é dividido em três graus, a saber:
- grau mínimo = 10% do salário-mínimo;
- grau médio = 20% do salário-mínimo; e
- grau máximo = 40% do salário mínimo.

Observação muito importante: o adicional de insalubridade é um


dos tipos de pagamentos variáveis, e, sendo habitual, deverá
refletir sobre o DSRe outras verbas.

12.2.4 – ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

Este adicional será devido a todo o empregado que execute suas tarefas
em condições perigosas ou em contato com produtos inflamáveis ou
explosivos.
Diferentemente do adicional de insalubridade, este, o de periculosidade
não é dividido em graus. O Adicional de Periculosidade corresponde a
30% (trinta por cento) sobre o salário-nominal do empregado, não
incidindo sobre gratificações, prêmios ou comissões, consoante o artigo
193 e §§ da CLT.

Observação muito importante: o adicional de insalubridade é um


dos tipos de pagamentos variáveis, e, sendo habitual, deverá
refletir sobre o DSRe outras verbas.
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12.3 – ABONOS

Os abonos, via de regra, correspondem a valores pagos ao empregado


para suprir determinadas necessidades do serviço, e, se forem pagos
com habitualidade, passarão a integrar o salário do empregado,
consoante se depreende pelo disposto no artigo 457, § 1.º da
Consolidação das Leis do Trabalho.

12.4 – GRATIFICAÇÕES

Gratificações são pagamentos efetuados pelo empregador, em


decorrência de determinados trabalhos executados por seu empregado,
e que também integrará o salário do obreiro, caso estes pagamentos
forem efetuados com habitualidade – Artigo 457, § 1.º da CLT.
Eventualmente, podem ocorrer gratificações esporádicas, que, em
função desta natureza eventual, não integrarão, neste caso, a
remuneração do empregado.

12.5 – PRÊMIOS OU COMISSÕES

Via de regra, estes itens da remuneração são pagos ao empregado


mediante a fixação de percentuais.
Os valores decorrentes destes pagamentos, irão variar de acordo com os
objetivos alcançados por sua colaboração, no transcorrer do período

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trabalhado pelo empregado, considerado para efeito de fechamento da
folha de pagamentos.
Prêmios e Comissões também integrarão a remuneração do empregado,
e, por conseqüência sofrerão todas as incidências legais e
previdenciárias existentes.

12.6 – SALÁRIO “IN NATURA”.

Consiste este item da remuneração do empregado, na concessão de


habitação, alimentação, vestuário, transporte ou qualquer outra espécie.
Para que esteja configurada a concessão do salário “in natura”, o
empregador deverá conceder ao obreiro um ganho efetivo, não havendo
qualquer tipo de desconto no seu holerite, em função daquela
concessão.
Para maior clareza do assunto, para caracterização do salário “in
natura”, o ganho efetivo tem que ser pelo trabalho, e não para o
trabalho.
Exemplificando: se o empregador entrega um automóvel ao trabalhador
para que este execute suas tarefas, tal concessão não caracterizará o
salário “in natura”, pois foi entregue para o trabalho.
Porém, se o mesmo empregador entrega um automóvel ao empregado
para que este usufrua do bem para seu exclusivo deleite, estará assim
caracterizado o salário “in natura”, pois a entrega do bem fora efetuada
pelo trabalho.
Importante ressaltarmos que o salário “in natura”, integra para todos os
efeitos a remuneração do empregado. Para tanto, a prestação deverá
ser convertida em dinheiro, estimando-se um valor que não ultrapasse o
percentual de influência do item a que se refere no cálculo do salário
mínimo, percentual este sempre fixado por força de lei.

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Por fim, havendo o pagamento do salário “in natura”, este fato deverá
ser anotado na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado.

12.7 – GORJETAS

Por força do artigo 457 da CLT, as gorjetas recebidas pelo empregado


integram sua remuneração para todos os efeitos. Gorjetas, no caso, são
os valores recebidos pelo empregado, diretamente junto ao cliente do
empregador.
O Tribunal Superior do Trabalho, se pronunciou acerca das gorjetas,
editando o Enunciado n.º 354. Vejamos seu teor:
“Gorjetas. Integração: As gorjetas, cobradas pelo empregador
na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos
clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo a
base de cálculo para as parcelas de aviso prévio, adicional
noturno, horas extras e repouso semanal remunerado”.

No caso de haver pagamento de gorjetas a seus empregados, o


empregador deverá então estimar um valor, afim de que este seja
anotado na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado,
bem como, este valor venha a integrar as incidências sobre férias e 13.º
Salário do obreiro.

13 – FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO

O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, foi criado pela Lei 5.107/66,
e esta lei foi regulamentada pelo Decreto 59.820/66, cuja vigência foi
determinada para a partir de 01 de janeiro de 1967.
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Atualmente, o sistema do FGTS, é regulamentado pela Lei 8.036/90 e
pelo Decreto 99.684/90. Importante salientar que a Instrução Normativa
n.º 02, determina para fins de recolhimento do FGTS o que vem a ser
considerado por Remuneração.
Antes de sua criação, vigia o sistema da estabilidade decenária, vale
dizer, a empresa não tinha por obrigação efetuar qualquer depósito
como é feito atualmente, mas, o empregado que viesse a prestar seus
serviços por período igual a 10 (dez) anos, passaria a gozar de
estabilidade. O empregado que goza de estabilidade, como é sabido,
não pode ser demitido de seu emprego, exceto por Justa Causa.
Este fato, trazia em seu bojo uma conseqüência bastante danosa ao
empregado. Não interessava ao empregador que seu funcionário
passasse a gozar de tal estabilidade, desta forma, quando o obreiro
atingia, por exemplo, nove anos de serviço para o mesmo empregador,
tinha o seu contrato de trabalho rescindido, justamente para que não
viesse a adquirir a estabilidade decenária.
Importante salientar que, no antigo sistema, caso o empregado viesse a
ser demitido sem justa causa pelo empregador, ele tinha direito a uma
indenização correspondente a um salário nominal por ano de serviço.
Quando da criação do FGTS, o empregado tinha duas alternativas: ou
continuava no sistema antigo (que, diga-se não interessava ao
empregador) ou optava pelo regime do FGTS. Não é preciso
raciocinarmos muito que, não raramente, o empregado era quase
coagido a optar pelo sistema atual.
Esta sistemática vigiu até 04 de outubro de 1988, momento em que,
ainda era possível ao empregado efetuar ou não a sua opção de
aderência ao sistema do FGTS. Entretanto, em 05 de outubro de 1988,
nossa atual Constituição Federal foi promulgada, e pôs fim a esta
problemática: a partir de então, todo empregado admitido seria,
obrigatoriamente, optante do sistema do FGTS.

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DEPÓSITOS MENSAIS
O empregador deverá efetuar depósitos mensais na conta vinculado de
seu empregado, à ordem de 8,00% (oito por cento) sobre a remuneração
bruta pelo obreiro percebida naquele mês.
Importante ressaltar que, em função do “rombo”, causado pelos planos
econômicos havidos nas décadas de 80 e 90, atualmente, o empregador
deverá depositar não oito por cento, mas sim, oito e meio por cento.
Este meio por cento adicional, será destinado ao suprimento
exatamente do “rombo” retromencionado.
Os depósitos mensais a que nos referimos supra, deverão ser efetuados
até o dia 07 (sete) do mês subseqüente ao mês vencido.
Por exemplo: se estivermos elaborando o fechamento da folha de
pagamentos do mês de junho, deveremos depositar o FGTS até o dia 07
de julho. Entretanto, se o dia sete recair em dia em que não houver
expediente bancário, o depósito deverá ser antecipado para o
dia útil imediatamente anterior.
As empresas, para efetuarem o depósito mensal, deverão se utilizar do
SEFIP (Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à
Previdência Social) e enviar através do CONECTIVIDADE SOCIAL
Certificação digital obrigatória conforme Lei complementar n.º 116.
Obs: A partir de 01/11/2004 não se envia mais disquete às
agências somente serão recepcionados arquivos via
conectividade..

MULTA RESCISÓRIA

Quando adentrarmos no Capítulo acerca da rescisão do contrato de


trabalho, iremos estudar mais a fundo esta multa rescisória. Para o
momento, basta sabermos que, no caso de o empregado ser demitido
sem justa causa por parte do empregador, e seu contrato de trabalho for
por prazo indeterminado, o empregador deverá pagar uma multa
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rescisória em valor igual a 40 %(quarenta por cento) sobre o saldo da
conta vinculada do FGTS do obreiro. Vale ressaltar que, novamente em
função do “rombo” havido nas contas vinculadas dos empregados, em
função dos planos econômicos havidos nas décadas de 80 e 90, as
empresas, atualmente, deverão para multa rescisória em valor igual a
50 % (cinqüenta por cento) sobre o valor do FGTS do empregado. Os
10% (dez por cento) adicionais, serão destinados ao suprimento do
“rombo” retromencionado. Esta multa independe da situação da
empresa Optante do SIMPLES Paulista e ou não Lei 9.317/1996.

POSSIBILIDADES DE SAQUE DO FGTS

Abaixo mencionamos as possibilidades de saque da conta vinculada do


FGTS:
- despedida, pelo empregador, sem justa causa, inclusive a indireta;
- rescisão antecipada, sem justa causa pelo empregador, do contrato
de trabalho por prazo determinado;
- rescisão do contrato de trabalho, inclusive por prazo determinado,
por motivo de culpa recíproca ou força maior;
- rescisão do contrato de trabalho por extinção total da empresa,
fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou
agências, supressão de parte de suas atividades ou ainda falecimento
do empregador individual;
- extinção normal do contrato por prazo determinado, inclusive o dos
trabalhadores temporários;
- aposentadoria, inclusive por invalidez;
- rescisão do contrato de trabalho, a pedido do trabalhador, em razão
de novo vínculo empregatício firmado após a aposentadoria;
- saque pelo empregador, em virtude de rescisão do contrato de
trabalho de empregado com tempo de serviço anterior a 05/10/1988,

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na condição de não-optante, tendo havido pagamento de
indenização;
- saque pelos dependentes do trabalhador, em virtude de falecimento
deste;
- saque pelo empregador, em virtude de rescisão do contrato de
trabalho de empregado com tempo de serviço anterior a 05/10/1988,
na condição de não-optante, não tendo havido pagamento de
indenização;
- saque pelo empregado, junto à CEF, da conta vinculada que
permanecer sem crédito de depósito por três anos ininterruptos a
partir de 14/05/90;
- saque pelo empregado para pagamento de parte de prestações
decorrentes de financiamento de casa própria concedido no âmbito
do Sistema Financeiro da Habitação;
- saque pelo empregado para liquidação ou amortização extraordinária
de saldo devedor junto ao SFH;
- saque pelo empregado para pagamento total ou parcial de preço de
casa própria;
- saque pelo empregado quando este ou qualquer de seus
dependentes for acometido por neoplasia maligna.

14 – FOLHA DE PAGAMENTO

Folha de pagamento é o documento em que a empresa contabiliza todos


os lançamentos efetuados no que tange aos pagamentos e descontos
efetuados na remuneração dos empregados.
Documento de extrema importância, e que sua elaboração deverá ser
realizada da maneira mais diligente possível. Todos os lançamentos ali
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insertos, deverão ser efetuados da maneira mais clara e explicativa
possível, principalmente porque, via de regra, o público alvo dos
lançamentos ali efetuados, é composto por pessoas que não possuem os
conhecimentos técnicos necessários para compreender tudo o que ali é
lançado.
Outra importância que recomenda que a elaboração da folha de
pagamento, seja cercada dos maiores cuidados possível, está no fato de
que, será um dos primeiros documentos solicitados quando,
eventualmente, a empresa vier a ser fiscalizada, seja pelo Ministério do
Trabalho, seja pela própria Previdência Social.
Pois bem: sucintamente, a folha de pagamento é composta por créditos
e débitos inerentes ao pagamento dos funcionários. Vejamos
inicialmente, os principais créditos:
- Salário: conforme já estudado, é o valor fixo pelo qual, o empregado
prestará seus serviços. Quando o salário for fixado por mês, o valor
que deverá constar do holerite do empregado, sob o título “salário”,
será exatamente o valor do salário contratado. Se, porém o valor do
salário for estipulado por hora, o valor a ser pago ao empregado, será
este valor multiplicado pelo número de horas trabalhadas naquele
mês. Além disto, será necessário pagar também ao empregado
horista, o número de horas referente aos Descansos Semanais
Remunerados.
- Abono: o valor que deverá ser pago ao empregado sob este título,
poderá ser determinado pelo empregador, por determinação legal ou
por norma coletiva.
- Adicional de Insalubridade: quando devido, este item da
remuneração deverá ser pago conforme o grau de insalubridade a
que estará sujeito o empregado em seu local de trabalho. Se for em
grau mínimo, o cálculo será:
Valor do Salário-Mínimo x 10% = valor do adicional de
insalubridade.
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Porém, se o empregado estiver submetido, a uma insalubridade em grau


médio, o valor deste adicional, será assim calculado:

Valor do Salário-Mínimo x 20% = valor do adicional de


insalubridade.

Porém, se o empregado estiver submetido, a uma insalubridade em grau


máximo, o valor deste adicional, será assim calculado:

Valor do Salário-Mínimo x 40% = valor do adicional de


insalubridade.

Muito importante salientar que o adicional de insalubridade é um dos


pagamentos variáveis que o empregado pode vir a receber.
E, todo pagamento variável efetuado ao empregado com
habitualidade, deverá refletir nos Descansos Semanais
Remunerados.

Finalizando o item adicional de insalubridade, para que façamos refletir


seu pagamento nos Descansos Semanais Remunerados, deveremos
efetuar a seguinte operação:

Valor do adicional : pelo n.º de dias úteis x pelo n.º de DSR’s

- Adicional de Periculosidade: terá direito a este adicional, todo


empregado que estiver desempenhando suas funções em contato
com produtos inflamáveis ou explosivos. Seu valor corresponderá a
30% (trinta por cento) sobre o salário nominal do empregado.

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Forma de Cálculo:

Salário mensal x 30% = valor do adic. de periculosidade.

Este adicional também deverá refletir seus valores sobre os Descansos


Semanais Remunerados.

- Horas extras: trata-se de outra modalidade de adicional, e, só para


relembrar, terá direito ao recebimento de adicional, aquele
empregado que estiver trabalhando em determinada condição. Pois
bem: terá direito ao adicional de horas extraordinárias aquele
empregado que exceder sua jornada normal de trabalho.
Já tivemos a oportunidade de estudar que as horas extraordinárias terão
acréscimo de, no mínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor da
hora normal de trabalho, se executadas em dias normais, ou seja, que
não sejam domingos ou feriados. No caso de serem trabalhadas em
domingos ou feriados, o acréscimo mínimo sobre a hora normal, passa a
ser de 100% (cem por cento).
Se estivermos diante de um empregado que tenha salário fixado por
mês, para encontrarmos os valores de suas horas extraordinárias,
deveremos assim proceder:
a) Sal. Mensal : 220h = salário hora normal;
b) Salário hora normal x 50% ou 100% = adicional de horas
extras;
c) Adicional de horas extras + salário hora normal = valor de
cada hora extra;
d) Valor de cada hora extra X n.º de horas extras = valor total
de horas extras.

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Se, entretanto, estivermos diante de um funcionário que tenha salário
fixado por hora, o cálculo para encontrarmos o valor total de suas horas
extras, será o mesmo mencionado supra, a partir da letra “b”.
Por fim, novamente chamamos a atenção que as horas extraordinárias
são modalidade de pagamento variável, e, portanto, deverão refletir
sobre os Descansos Semanais Remunerados. O cálculo será o mesmo
que apresentamos no item adicional de insalubridade.

- SALÁRIO-MATERNIDADE: as empregadas terão direito a um


afastamento por cento e vinte dias, em decorrência de nascimento de
filho, assegurado pela Constituição Federal. Antigamente, este
afastamento era pago diretamente pelo empregador à empregada, e
depois, abatia estes valores na Guia da Previdência Social, porém, por
um período pequeno meados de 2.001 à 2.002 este pagamento só
poderia ser efetuado direto às empregadas, aquelas empresas que
mantivessem convênio específico com o INSS. Via de regra,
atualmente, as empregadas deverão receber os valores inerentes ao
afastamento por maternidade, diretamente da EMPRESA.
Vale ressaltar, que o empregador deverá recolher o depósito do FGTS
sobre o salário mensal da empregada afastada por Licença
Maternidade.

- PIS // PASEP: as empresas poderão efetuar o pagamento dos


benefícios destes sistemas diretamente em suas folhas de
pagamentos, desde que venham a manter um convênio diretamente
com a Caixa Econômica Federal. Trata-se de convênio bastante
interessante para todos, pois, o empregado não terá que se ausentar
de seu local de trabalho para efetuar tal recebimento, este convênio
denominamos de PIS/EMPRESA.

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- REPOUSO SEMANAL REMUNERADO: quando estivermos


calculando a folha de pagamento de um empregado horista, o
pagamento inerente ao Descanso Semanal Remunerado, deverá ser
efetuado em separado do das horas trabalhadas.
Forma de cálculo:
Salário-hora x 7,3333 (quantidade de horas por dia para
jornadas normais) = valor de cada dia, cada DSR;
Valor de cada DSR X número de DSR’s havidos no mês= valor
de todos os dsr’s a serem recebidos naquele mês.

- AUXÍLIO-ENFERMIDADE: este pagamento corresponde ao período


em que o empregado estiver afastado por motivos de saúde, sendo
este período, porém, limitado aos quinze primeiros dias de
afastamento, pois, caso o afastamento exceda os quinze primeiros
dias, ao INSS caberá efetuar o pagamento deste benefício ao
segurado.

- COMISSÕES: muito freqüente é o pagamento de comissões. Este


item está intimamente ligado àquelas funções em que, normalmente,
o empregado deverá atingir determinadas metas para ser
beneficiado. Via de regra, a comissão é estipulado em termos
percentuais quando da assinatura do contrato de trabalho do
empregado.

DESCONTOS EM FOLHA DE PAGAMENTOS

Façamos preliminarmente algumas considerações acerca dos descontos


que constarão na elaboração da folha de pagamentos. Há descontos
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oficiais, tais como, o da previdência social, o do Imposto de Renda Retido
na Fonte, o da Contribuição Sindical e outros descontos que,
eventualmente, sejam previstos nas Convenções Coletivas do Trabalho.
Há também os descontos opcionais, que são classicamente, aqueles
voltados à concessão de benefícios. É neste último tipo de descontos
que se esconde um perigo muito grande. Nos descontos opcionais, as
empresas somente poderão efetuá-los se estiverem expressamente
autorizados pelo empregado.
Por vezes, a empresa, querendo proporcionar um benefício ao
empregado, pode vir a se esquecer de colher sua autorização para
efetuar determinado desconto. Se estivermos diante de um empregado
(mesmo que tenha sido efetivamente beneficiado pela atitude da
empresa) que estiver embuído de má-fé, este poderá ajuizar uma
reclamação trabalhista, pleiteando a devolução dos valores descontados
sem sua autorização. A empresa estará correndo sérios riscos de
vir a ser condenada diante da Justiça do Trabalho.
Pois bem, não nos esqueçamos: toda vez que a empresa for efetuar um
desconto que não seja oficial ou obrigatório por lei, devemos colher a
assinatura do empregado, autorizando tal desconto.

Vamos estudar os descontos que efetuaremos quando da elaboração da


folha de pagamentos:

- FALTAS E ATRASOS: estes valores serão descontados do holerite


daquele funcionário que vier a ter faltas ou atrasos injustificados.
Este desconto deverá ser efetuado na medida da ausência do
empregado, mediante cálculo sobre o seu salário nominal, seja fixado
por hora ou por mês. Não podemos deixar de frisar que, caso o
empregado venha a ter faltas ou atrasos injustificados, a empresa
poderá também descontar deste empregado os valores referentes ao

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Descanso Semanal Remunerado. Já nas férias poderá considerar
para deduzir as férias.

- PREVIDÊNCIA SOCIAL: a empresa é obrigada a efetuar este


desconto no holerite de todo o empregado, pois trata-se da
contribuição ao INSS, Instituto Nacional do Seguro Social. Ao término
da folha de pagamento, a empresa deverá efetuar o pagamento ao
INSS, através da Guia da Previdência Social (este assunto será
tratado no momento oportuno). As contribuições descontadas dos
empregados a este título, são obrigatoriamente incluídas nesta guia.
Pois bem: o desconto da Previdência Social, será feito sobre a
remuneração do empregado, e obedecerá a seguinte tabela
(atualmente):

TABELA DE DESCONTO PREVIDENCÁRIO ALÍQUOTA


(REMUNERAÇÃO)
Até 752,62 7,65%
De 752,63 até 780,00 8,65%
De 780,01 até 1.254,36 9,00%
De 1.254,37 até 2.508,72 11,00%

Muito importante ressaltarmos alguns pontos:


1 – Esta tabela é divulgada pela própria previdência social, e será
alterada sempre que houver modificação no valor do salário mínimo ou,
atualmente, na cobrança da CPMF;
2 – Na tabela previdenciária existe um teto para desconto. Veja: na
última linha, o desconto máximo será de 11% sobre a remuneração de
até R$ 2.508,72, desta forma teremos:
R$ 2.508,72 x 11% = R$ 275,96 (valor do desconto previdenciário)

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Infere-se pelo exposto, que, mesmo que o empregado tenha uma
remuneração de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), o valor de seu
desconto previdenciário, ficará limitado por este teto, ou seja, R$
275,96.
3 – O desconto previdenciário é feito sempre sobre a remuneração do
empregado. Vamos admitir, que um empregado, em um determinado
mês, tenha recebido R$ 700,00 a título de salário + R$ 50,00 a título de
horas extras + R$ 10,00 a título de reflexos de horas extras sobre o DSR.
Pois bem: neste caso a sua remuneração será exatamente o valor da
soma destes três valores, ou seja, R$ 760,00 (setecentos e sessenta
reais), e, será exatamente sobre este valor o desconto que sofrerá a
título previdenciário.

Por fim, no que tange ao desconto previdenciário, temos que ressaltar o


fato de que, este desconto quando for aplicado sobre o 13.º Salário
(matéria ainda a ser estudada), deverá ser feito somente na segunda
parcela deste pagamento, ou quando da quitação de valores rescisórios,
e de forma separada dos demais itens da remuneração

- IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE: antes de irmos direto ao


assunto, ou seja, como este tipo de tributo será descontado do
holerite do empregado, necessário se apresenta fazermos algumas
considerações.
Tributo é, segundo o artigo 3.º do Código Tributário Nacional é toda
prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato
ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.
Em outras palavras tributo são valores que os Poderes Instituídos
podem cobrar da sociedade para a manutenção de suas atividades.
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Existem três espécies de tributos: taxas, contribuições de melhoria e
impostos. Sobre esta última modalidade é que nos debruçaremos
agora.
Imposto é espécie tributária que, para poder ser cobrado, deverá
obrigatoriamente ser instituído através de Lei.
Esta Lei criadora do Imposto deverá determinar quais são os
contribuintes que estarão sujeitos a tal pagamento, o fato gerador do
imposto, as alíquotas e a base de incidência, entre outras coisas.
Para traçarmos um paralelo, só deverá pagar o IPVA – Imposto sobre
Propriedade de Veículos Automotores -, aqueles contribuintes que
sejam proprietários de automóveis, por exemplo. Assim como o IPTU –
Imposto Predial e Territorial Urbano – aquelas pessoas que sejam
proprietárias de imóveis urbanos.
Desta mesma forma, estará sujeito ao pagamento do IRRF – Imposto
de Renda Retido na Fonte – o contribuinte que auferir rendas.
Ocorre que, o IRRF será aplicado sobre uma base de incidência que,
para se descobrir qual é, devemos tomar os seguintes passos:
a) Encontrar a remuneração bruta do empregado;
b) Efetuar as deduções;
c) Efetuadas as deduções, encontramos a base de incidência; e
d) Encontrada a base de incidência, devemos aplicar sobre ela a
tabela de desconto do IRRF.

As deduções para este fim são as seguintes:


a) O valor descontado a título de previdência social;
b) O valor descontado a título de pensão alimentícia;
c) R$ 106,00 por dependente do empregado; e
d) R$ 1.058,00 se o empregado em questão for maior de 65 anos de
idade e seja aposentado.

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e) Fica assegurado também de Agosto à Dezembro de 2.004 o
fator redutor de R$100,00 , como dedução para a base de
calculo do imposto.
Obs: Quando se tratar de autônomo e ou prestador de serviços
este redutor já não pode ser considerado.
Tabela de IRRF – remuneração Alíquota de aplicação
Até 1.058,00 Isento
De 1.058,01 a 2.115,00 15% e após, diminui-se 158,70
Acima de 2.115,00 27,50% e após, diminui-se
423,08

Para efeito de fixação da matéria apresentada acerca do IRRF, vamos


admitir que estamos efetuando o cálculo do pagamento de um
funcionário que tenha as seguintes informações:
- Salário de R$ 2.000,00 por mês;
- Paga pensão alimentícia de R$ 200,00;

Vamos aos cálculos:

Salário (30 dias) R$ 2.000,00


Desconto de P. Alimentícia R$ 200,00
INSS – (11,00% s/ R$ 2.000,00) – R$ 220,00
Fator Redutor da Tabela de R$100,00
IRRF s/ salários R$ 63,30

O valor do Imposto de Renda Retido na Fonte, no caso em tela, R$


63,30, foi encontrado da seguinte forma:
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Remuneração Bruta = R$ 2.000,00


Dedução do desconto previdenciário = R$ 220,00
Dedução do desconto ref. Pensão alimentícia = R$ 200,00
Dedução de três dependentes = R$ 318,00
Dedução do Fator Redutor = R$100,00
Base de incidência = R$ 1.480,00
Aplicando-se a tabela teremos:
R$ 1.480,00 x 15% = R$ 222,00
R$ 222,00 – R$ 158,70 = R$ 63,30

Por fim, no que tange ao desconto em folha de pagamento do Imposto


de Renda Retido na Fonte, é importante ressaltar que, por força de lei,
este cálculo deverá ser feito em separado, sempre que estivermos
diante de um pagamento ao empregado, que envolva 13.º Salário,
Férias e outros itens da remuneração.
Vale dizer: quando estivermos diante do exemplo supra, que via de
regra, ocorre quando do pagamento de rescisão do contrato de trabalho,
devemos separar os valores inerentes ao 13.º Salário e verificar em
separado se haverá ou não este desconto. Devemos a seguir, separar os
valores inerente a Férias para aplicarmos a tabela. Para depois fazermos
o mesmo cálculo sobre os valores restantes que não incluam os títulos
férias e 13.º Salário.
Toda vez que efetuarmos pagamentos aos empregados onde houver
desconto do IRRF, a empresa deverá repassar esses valores ao Governo
Federal, através da guia DARF (Documento de Arrecadação de Receitas
Federais).
O vencimento desta guia será sempre no terceiro dia útil da semana
seguinte à semana da ocorrência do fato gerador. Lembre-se: o fato
gerador deste tipo de imposto, se dá sempre no dia em que efetuarmos

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o pagamento ao empregado, também denominado de REGIME DE
CAIXA.

- CONTRIBUIÇÃO SINDICAL: todo empregado pertence a uma


determinada categoria profissional que, por sua vez, possui um
Sindicato dos empregados que representa toda esta categoria.
Pois bem, para que este sindicato possa desempenhar suas funções,
será necessária a criação de toda uma estrutura (prédios,
funcionários, clínicas, colônia de férias, etc...), e para que o sindicato
tenha fundos para a administração desta estrutura, far-se-á
necessária a arrecadação de fundos.
A contribuição sindical existe justamente para compor parte deste
fundo.
Todo empregado deverá contribuir, de acordo com nossa legislação
trabalhista em vigor, com valor igual a 01 (um) dia de salário por ano,
a título de contribuição sindical, devendo este valor ser descontado
pela empresa, diretamente no holerite do funcionário, e
posteriormente, repassar estes valores ao sindicato da categoria
profissional, através da Guia de Recolhimento da Contribuição
Sindical.
O mês base para desconto desta contribuição é o de Março.
Entretanto, se o empregado for admitido na empresa em data
posterior, digamos, dia 02 de maio, o desconto da contribuição
sindical deverá ser efetuado no mês seguinte ao da admissão, que no
exemplo admitido, será em junho daquele ano.
Frize-se que, antes de efetuarmos este desconto no holerite do
empregado, caso este venha a ser admitido posteriormente ao mês
de março, devemos analisar junto à Carteira de Trabalho e
Previdência Social do obreiro, para sabermos se este desconto já foi
efetuado no ano em questão.

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Na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado, há
páginas que deverão ser utilizadas, exclusivamente, para este tipo de
anotação. Ali a empresa informa, qual o valor que foi descontado,
qual o ano de referência e para qual sindicato aquela contribuição foi
destinada.
O vencimento da Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical, será
sempre o último dia útil do mês seguinte ao vencido. Por exemplo, no
caso do desconto efetuado na folha de pagamento do mês de março
de 2002, o vencimento da GRCS será no dia 30 de abril de 2002. Caso
este dia venha a recair em dia não útil, o vencimento será antecipado
para o dia útil imediatamente anterior.Caso o empregado seja
admitido após este m~es de Março e não foi recolhido no ano a
contribuição sindical, deverá no mês posterior à admissão ser
descontado o valor referente à um dia de trabalho e recolhido
no m~es subseqüente .

- REPOUSO SEMANAL REMUNERADO: este desconto poderá ser


sempre efetuado pelo empregador, sempre que o empregado vier a
não cumprir corretamente a sua jornada de trabalho semanal. O valor
inerente a este desconto será igual a um dia de trabalho.

- PENSÃO ALIMENTÍCIA: a empresa passará a estar obrigada a


efetuar este desconto junto ao hollerith de seu funcionário, desde que
receba ordem judicial para tanto. Esta ordem judicial, além de
determinar tal obrigatoriedade, irá informar também ao empregador,
qual será a base para seu desconto. Na grande maioria dos casos, a
empresa efetuará o desconto junto ao hollerith do ex-marido, e
deverá repassar estes valores à ex-esposa, seja através de assinatura
de recibo, seja através de depósito bancário.
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- ADIANTAMENTO DE SALÁRIO: não existe por força de lei a


obrigação de a empresa conceder adiantamento de salário a seus
funcionários. O que ocorre, entretanto, é que tal obrigatoriedade
decorre de previsão no texto da Convenção Coletiva do Trabalho, da
categoria profissional referente.
Via de regra, o adiantamento salarial será fixado em 40% (quarenta
por cento) sobre o salário nominal do empregado.
Este fato tem uma conseqüência bastante séria no que tange ao
desconto do Imposto de Renda Retido na Fonte, pois este tipo de
tributo trabalha com regime de caixa e não regime de competência.
Vale dizer: se a empresa efetuar o pagamento do adiantamento
quinzenal e do saldo de salários dentro do mesmo mês, o desconto
do IRRF será efetuado somente quando do pagamento do saldo de
salários.
Se, porém, a empresa efetua o pagamento do adiantamento
quinzenal no dia vinte de um mês (o que é muito normal), e o
pagamento do saldo de salários no quinto dia útil do mês seguinte, o
IRRF deverá incidir sobre ambos os pagamentos, dependendo da
aplicação da tabela para desconto.

- VALE- TRANSPORTE: este desconto somente será efetuado na folha


de pagamento do empregado, é claro, se este fizer a opção de
recebimento deste benefício. Segundo nossa legislação atual, o
empregador deverá antecipar, em passes (há exceções), todo o custo
que o empregado vier a ter para transcorrer a distância entre residência-
trabalho e vice-versa, durante todo o mês.

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Só que o funcionário, poderá arcar com no máximo 06% (seis por cento)
de seu salário nominal, como sua parte de contribuição para custear tal
benefício.
Desta forma, os empregados que forem beneficiados pelo sistema do
vale-transporte, poderão (a critério do empregador) vir a sofrer o
desconto supra mencionado.
Importante ressaltar, que os 6% (seis por cento) de desconto, deverão
ser aplicados sobre o salário nominal do empregado, e não da
remuneração bruta recebida.

- OUTROS DESCONTOS: por muitas vezes, o empregado por sua


própria liberalidade, poderá ser beneficiário de alguns programas
existentes na sua própria empresa. Os exemplos mais comuns são,
convênio médico, seguro de vida, vale compra em supermercados,
etc...
Muito importante ressaltarmos o seguinte: estes tipos de descontos,
que por sua própria natureza, dependem do “querer” do empregado,
somente poderão ser efetuados com a autorização do obreiro.

Observação muito importante: a remuneração do empregado


deverá ser paga até, no máximo, no 5.º dia útil do mês seguinte ao
trabalhado. Este valor deverá estar à disposição do empregado neste
dia. Se o pagamento não for efetuado em dinheiro, o empregador
deverá conceder prazo suficiente para que o empregado possa sacar
esta importância na agência bancária em que este foi depositado.

15 – PODER DISCIPLINAR DO EMPREGADOR


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O poder disciplinar do empregador decorre de uma característica do


empregado: a subordinação.
Significa dizer que, sendo o empregado subordinado ao empregador,
este poderá aplicar penalidades disciplinares a seus empregados que
vierem a praticar atos que interfiram na confiança necessária para a
manutenção do vínculo empregatício.

15.1 - Princípios a serem observados ante à aplicação de


penalidades.

O fato de o empregador poder contar com o seu poder disciplinar, não


significa dizer que poderá efetuar a aplicação de penalidades a seus
empregados, sem a obediência de determinados princípios. Vale dizer: a
aplicação de punições também tem suas regras. Essas regras são
denominadas princípios, que passaremos a estuda-los individualmente.
Vejamos:

- Princípio da atualidade: determina este princípio que a


penalidade deverá ser atual, ou seja, de aplicação imediata, a partir
do momento em que o empregador tiver ciência do fato ocorrido. Isto
não significa dizer que, não se possa deixar transcorrer um período
razoável para a devida apuração dos fatos, mas, este período não
poderá ser muito extenso, pois neste caso, haverá o que se denomina
de perdão tácito. Exemplo: vamos admitir que um empregado
venha a faltar injustificadamente ao serviço, e, quando interpelado
por seu superior hierárquico, venha a lhe responder de forma
desrespeitosa. Digamos ainda, que este fato tenha ocorrido no início
da jornada de trabalho do dia 08 de maio. Passam-se vários dias, e o
superiro hierárquico resolve, digamos em 15 de maio, aplicar a
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penalidade de suspensão ao empregado faltoso. Neste caso, não se
poderá mais cogitar aplicação de penalidade pela ocorrência daquela
infração, eis que, pelo decurso de prazo muito extenso, a infração
teria sido tacitamente perdoada. Concluindo, a aplicação da
penalidade deverá ser imediata;
- Princípio da unicidade: muito importante a obediência deste
princípio, pois, para cada infração cometida pelo empregado, este
deverá ser punido uma única vez. Vamos admitir que o mesmo
empregado citado no exemplo anterior, tivesse sido advertido por
escrito no início da jornada, e, com o decorrer do dia, seu superior
hierárquico chega à conclusão que apenas a aplicação da penalidade
advertência não era suficiente. Determina então, que o setor de
Departamento Pessoal, aplique a penalidade de suspensão, que,
segundo ele, seria mais adequada à falta em tela. Neste caso, a
suspensão não poderia vir a ser aplicada, pois o empregado já havia
sido penalizado com a advertência, e mesmo que venha a ser
suspenso pela mesma falta, esta suspensão é facilmente tornada
nula em eventual processo trabalhista. Concluindo, não podemos
aplicar mais de uma penalidade para apenas uma falta
cometida;
- Princípio da proporcionalidade: para que a penalidade a ser
aplicada tenha eficácia plena, esta deverá ter peso proporcional à
infração cometida. Veja: não podemos cogitar a aplicação de uma
demissão por justa causa, para aquele empregado que teve uma falta
injustificada ao serviço. A aplicação da justa causa, seria uma pena
pesada demais, totalmente desproporcional à infração cometida pelo
empregado. Concluindo: a penalidade a ser aplicada, deverá ser
proporcional à infração cometida pelo empregado.

15.2 – Graduação das penalidades


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A aplicação de penalidade aos empregados faltosos (faltosos no sentido


de cometimento de infrações ao regulamento da empresa e à própria
legislação trabalhista) deverá ser gradual quando possível. Sim, quando
possível porque haverá infrações cometidas pelo empregado, em que o
empregador não poderá sequer cogitar em graduação da penalidade.
Vamos admitir que um empregado tenha sido flagrado furtando objetos
de valor da empresa em que trabalha. Nestes casos, é evidente que, de
plano, o empregador, desde que tenha provas cabais do ato infracional,
deverá demitir este empregado por JUSTA CAUSA.
Mas, existem outros tipos de infrações. Por exemplo, aquele funcionário
que venha a ter constantes faltas injustificadas ao serviço.
Numa primeira falta, recomenda-se que o empregado seja advertido;
mas, se mesmo assim ele não se “emendar”, vindo a faltar novamente
sem justificativa, recomenda-se que o empregador o suspensa do
exercício de suas funções por 01 (um) dia, na reincidência, por 02 (dois)
dias, 03 (três) dias, e assim sucessivamente. Caso o empregado
continue cometendo este tipo de infração, mesmo após haver sido
penalizado com todas as punições retromencionadas, o empregador, em
função de haver graduado suas penas, terá todo o direito de demiti-lo
por JUSTA CAUSA, baseado no artigo 482 da CLT, mais especificamente
no que tange à prática de ato de indisciplina ou insubordinação.
Vale dizer: quando possível, a aplicação da penalidade deverá ser
graduada, buscando-se inicialmente que o empregado volte a
vestir a camisa da empresa. Caso não haja resultado, a solução
será mesmo a aplicação da demissão por JUSTA CAUSA.

15.3 – JUSTA CAUSA MAL APLICADA – PERIGOS!!!

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O empregador deverá ter em mente que a aplicação da pena máxima,
qual seja, a demissão por JUSTA CAUSA, deverá estar cercada de todo o
embasamento legal possível, pois de maneira contrária, além de o
empregado ter grandes possibilidades de reverter a sua demissão para a
modalidade SEM JUSTA CAUSA, hodiernamente, há vários julgados na
Justiça Trabalhista, concedendo indenização por DANOS MORAIS ao
empregado que conseguir comprovar que foi injustamente demitido.

15.4 – HIPÓTESES DE APLICAÇÃO DA DEMISSÃO POR JUSTA


CAUSA.

Esta matéria está regulamentada nas várias alíneas do artigo 482 da


Consolidação das Leis do Trabalho. Vejamos uma a uma:
a) Ato de improbidade: comete ato de improbidade aquele
empregado que venha a agir desonestamente com relação à sua
empregadora, roubando-a, por exemplo;
b) Incontinência de conduta ou mau procedimento: pelo disposto
nesta alínea do artigo 482 da CLT, será punido com a JUSTA CAUSA
aquele empregado que vier a cometer atos contrários à moral e aos
bons costumes;
c) Negociação habitual por conta própria ou alheia sem
permissão do empregador, e quando constituir ato de
concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado,
ou for prejudicial ao serviço: trata-se de tipificação auto-
explicativa. O empregado poderá vir a ser punido com a JUSTA
CAUSA, se:
- praticar negociação habitual, ou seja, a prática deverá ter vistas a
lucro financeiro e ser habitual;
- praticar este ato por conta própria ou alheia, vale dizer, o empregado
não precisa ser dono deste “negócio” paralelo;
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- este ato deverá ser praticado sem a permissão do empregador, ou
seja, se o empregador tiver conhecimento e nada contesta,
desconfiguraria a hipótese de aplicação da JUSTA CAUSA;
- este ato deverá constituir concorrência à empresa para a qual o
empregado trabalho, ou ser prejudicial ao serviço. Significa dizer que,
se a negociação for no mesmo ramo de exploração da empresa ou,
mesmo que não o seja, mas for praticado no horário de trabalho do
empregado, prejudicando o bom andamento dos seus serviços.

d) Condenação criminal do empregado, passada em julgado,


caso não tenha havido suspensão da execução da pena: para
que o empregado seja demitido por JUSTA CAUSA, ele deverá ser
condenado criminalmente, condenação esta que não comporte mais
a interposição de recursos. Além disto, não poderá haver a suspensão
da execução da pena, ou seja, o empregado será, efetivamente,
recolhido para cumprimento de pena;
e) Desídia no desempenho das respectivas funções: desídia
significa negligência, relaxo, e para que se configure a JUSTA CAUSA
para esta hipótese, será fundamental a reincidência. Neste caso
específico, deverá ser obedecida a graduação da pena;
f) Embriaguez habitual ou em serviço: neste caso, se o empregado
se embriagar habitualmente em qualquer lugar, ou uma única vez no
local de serviço, e este fato abale a estrutura da confiança na
manutenção do vínculo empregatício, estará pois, configurada a
JUSTA CAUSA.
Aspecto muito importante neste tópico, está no fato de que, se a
embriaguez for decorrente de patologia, ou seja, doença, o
empregado não poderá ser demitido por JUSTA CAUSA, mas sim,
encaminhado a tratamento médico.

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g) Violação de segredo da empresa: se o empregado detiver
segredo da empresa, e venha a revelá-lo, podendo comprometer o
desempenho comercial de seu empregador, estará assim,
configurada a JUSTA CAUSA;
h) Ato de indisciplina ou de insubordinação: este fato se concretiza
quando o empregado se insurge contra toda uma regulamentação
determinada pela empresa, no caso de indisciplina, ou quando o
empregado se recusa a acatar determinadas ordens de seus
superiores hierárquicos, e desde que o que lhe foi determinado,
esteja dentro do previsto de acordo com sua função e seu contrato de
trabalho, no caso de insubordinação;
i) Abandono de emprego: estará caracterizada a demissão por JUSTA
CAUSA, tipificada no caso de abandono de emprego, no caso de o
empregado deixar de comparecer ao serviço por período igual ou
superiro a trinta dias, de acordo com nossa Jurisprudência.
j) Ato lesivo da honra ou boa fama praticado no serviço contra
qualquer pessoa ou ofensas físicas nas mesmas condições,
salvo em caso de legítima defesa própria ou de ontrem:
tipificação também auto-explicativa, e se o empregado praticar os
atos previstos nesta alínea, no serviço e contra qualquer pessoa,
poderá ser demitido por JUSTA CAUSA;
k) Ato lesivo da honra e boa fama ou ofensas físicas praticadas
contra empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso
de legítima defesa própria ou de ontrem: as considerações feitas
no item anterior, são válidas para o presente caso. A única diferença
é que o ato, para se configurar a JUSTA CAUSA, deverá ser praticado
pelo empregado contra seu empregador ou seus superiores
hierárquicos;
l) Prática constante de jogos de azar: para se configurar a JUSTA
CAUSA do empregado, este deverá habitualmente praticar jogos de

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azar, que são aqui considerados aqueles que promovam a perda ou
ganho de dinheiro.

Por fim, o parágrafo único do artigo 482 da CLT, determina ainda que o
empregado poderá ser demitido por JUSTA CAUSA se praticar ato,
devidamente comprovado em inquérido administrativo, atentatório à
segurança nacional.

16 – FALTA GRAVE COMETIDA PELO EMPREGADOR.

Por mais estranho que possa parecer, em linhas gerais, o empregado


também pode rescindir seu contrato de trabalho POR FALTA GRAVE
COMETIDA PELO EMPREGADOR, que é a chamada RESCISÃO
INDIRETA, e neste caso, o empregado terá direito a todas as verbas
rescisórias como se demitido sem justa causa fosse.
É claro que, diferentemente de quando o empregador demite o
funcionário por JUSTA CAUSA, que para tanto, elabora apenas uma carta
mencionando o fato, para que o empregado venha a ter considerado o
seu contrato de trabalho indiretamente rescindido, deverá ajuizar
reclamação trabalhista neste sentido.
As faltas graves do empregador, que poderá vir a ensejar na rescisão
indireta do contrato de trabalho do empregado, estão elencadas nas
alíneas do artigo 483 da CLT. Vamos a elas:

a) Exigência de serviços superiores às forças do empregado,


defesos em lei, contrários aos bons costumes ou alheio ao
contrato: caso o empregador venha a exigir do empregado, os atos
mencionados nesta alínea, o empregado terá o direito de reclamar
perante a Justiça do Trabalho, a rescisão indireta de seu contrato de
trabalho;
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b) Tratamento do empregado com rigor excessivo, pelo
empregador ou por superiores hierárquicos: a diferenciação de
tratamento dos empregados pelo empregador, desde que haja
excesso de rigor perante alguns, estes também poderão reclamar sua
rescisão indireta;
c) Exposição a perigo manifesto de mal considerável: estará
caracterizada a JUSTA CAUSA do empregador, caso o perigo
manifesto e o mal considerável sejam evidentes e cabalmente
comprovados;
d) Prática, pelo empregador ou seus prepostos, de ato lesivo à
honra ou à boa fama do empregado ou de pessoas de sua
família: texto absolutamente auto-explicativo. Importante salientar a
existência do outro lado da mesma moeda. Lembre-se que há
previsão destes atos se forem praticados pelo empregado, no artigo
482 da CLT;
e) Prática de ofensas físicas contra o empregado, pelo
empregador ou seus prepostos, salvo em legítima defesa:
idem ao item anterior;
f) Redução do trabalho do empregado, sendo por peça ou
tarefa, de forma a afetar sensivelmente os salários: este caso
será aplicável aos empregados que tenham salário fixado por tarefa.
Se, por motivo injustificável, o empregador lhe reduz o repasse de
tarefas a serem realizadas, de modo a reduzir-lhe sensivelmente a
remuneração, estará assim caracterizada a JUSTA CAUSA cometida
pelo empregador.

Importantíssimo salientar que, caso o empregador venha a não cumprir


suas obrigações externadas na legislação trabalhista, ou no contrato
individual de trabalho, estará também configurada a JUSTA CAUSA.
Vejamos um exemplo: vamos admitir que o empregador está sem
efetuar o pagamento de determinado funcionário por um período,
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digamos, de seis meses. Está muito claramente configurado o
descumprimento de determinação legal, caracterizando-se, portanto, a
JUSTA CAUSA praticada pelo empregador.

17 – 13.º Salário.

O 13.º Salário, também conhecido por gratificação natalina, é um


pagamento adicional a que todo empregado tem direito, com vistas a
auxiliá-lo com suas despesas de final de ano.
O valor do 13.º Salário do empregado será calculado mediante seu
salário de dezembro do ano de recebimento em tela.
O 13.º Salário deverá ser pago pelo empregador ao empregado, via de
regra, em duas parcelas, a saber:
1.ª Parcela: deverá ser paga no período de 01 de fevereiro do ano em
transcurso, até, impreterivelmente o dia 30 de novembro daquele
mesmo ano; e
2.ª Parcela: deverá ser paga ao empregado até, no máximo, dia 20 de
dezembro do ano em questão.
Devemos observar que a primeira parcela do 13.º Salário também
poderá ser paga, (o que é muito comum), quando do recebimento de
férias por parte do empregado.

Cálculo da primeira parcela:

Salário nominal + média parte variável : 12 x 6 = 1.º parc. 13.º


Sal.

Cálculo da segunda parcela:

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Salário-nominal + média parte variável – valor pago na 1.º
Parcela = valor bruto da 2.ª Parcela do 13.º Salário

Façamos agora algumas considerações acerca do pagamento do 13.º


Salário:

a) O período que devemos considerar para efeito da contagem dos avos


do 13.º Salário será o ano civil, ou seja, de 01 de janeiro a 31 de
dezembro do ano em tela;
b) Desta forma, tudo, absolutamente tudo, que tivermos que fazer a
título de 13.º Salário, deveremos observar o período base
retromencionado;
c) Os pagamentos variáveis, tais como, horas extras, comissões,
adicionais de insalubridade, noturno e periculosidade, deverão refletir
pela média, no pagamento do 13.º Salário;

17.1 - PROPORCIONALIDADE NO 13.º SALÁRIO

Vamos entender o assunto: vamos admitir que estamos efetuando o


pagamento do 13.º Salário do ano de 2002, para um empregado que
tenha sido admitido em 25 de abril de 2001 (note bem, 2001). Este
empregado terá direito aos 12/12 avos do 13.º Salário de 2002, certo?
Certíssimo.

Agora, vamos admitir outro exemplo: novamente estamos elaborando o


cálculo da folha de pagamento do 13.º Salário do ano de 2002, e nos
deparamos com o caso de um empregado que foi admitido em 10 de
março de 2002. Pergunta-se:
A quantos avos de 13.º Salário do ano de 2002, este funcionário terá
direito?
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A resposta é 10/12 (dez, doze avos). Isto é assim, porque, neste
exemplo, o empregado não terá direito aos avos de janeiro e fevereiro,
pois, sequer ele fazia parte do quadro de funcionários da empresa. Mas,
cabe aqui outra pergunta: por que ele tem direito ao avo de março se
ele foi admitido apenas no dia 10?
A resposta é simples: ele terá direito ao avo de março porque, desta
forma, ele tem mais de quinze dias dentro daquele mês.
E é exatamente assim que funciona a contagem dos avos quando
estamos tratando de 13.º Salário. Se o empregado tiver no mínimo
quinze dias dentro do mês, ele terá direito ao avo daquele mês.
17.2 – RECOLHIMENTO PREVIDENCIÁRIO DO 13.º SALÁRIO

Por derradeiro, a título de 13.º Salário, é extremamente importante


salientarmos que, trata-se o 13.º Salário de verdadeira folha de
pagamentos adicional, e, desta forma, o empregador deverá efetuar o
recolhimento previdenciário da mesma forma que o fez nas folhas de
pagamentos normais.
A única diferença está no vencimento da Guia da Previdência Social, que
recairá no dia 20 de dezembro. Isto mesmo, no mesmo dia em que a
empresa efetua normalmente o pagamento da segunda parcela do 13.º
Salário.
Não é sem motivos que muitas empresas, no mês de dezembro, vêem-
se em situação financeira bastante complicada.

18.0 – FÉRIAS

É o período de descanso anual, que deve ser concedido ao empregado


após o exercício de atividades por um ano, ou seja, por um período de
12 meses, período este denominado "aquisitivo".

As férias devem ser concedidas dentro dos 12 meses subseqüentes à


aquisição do direito, período este chamado de "concessivo".

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A lei não permite a conversão de todo o período em pecúnia, ou seja,
"vender as férias", apenas autoriza que 1/3 do direito a que o
empregado fizer jus seja convertido em dinheiro.

DIREITO ÁS FÉRIAS

Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de


férias, sem prejuízo da remuneração, computando-se este período
inclusive como tempo de serviço, na seguinte proporção:

Férias Até 5 6 a 14 15 a 23 24 a 32
proporcionais faltas faltas faltas faltas
1/12 2,5 dias 2 dias 1,5 dias 1 dia
2/12 5 dias 4 dias 3 dias 2 dias
3/12 7,5 dias 6 dias 4,5 dias 3 dias
4/12 10 dias 8 dias 6 dias 4 dias
5/12 12,5 dias 10 dias 7,5 dias 5 dias
6/12 15 dias 12 dias 9 dias 6 dias
7/12 17,5 dias 14 dias 10,5 dias 7 dias
8/12 20 dias 16 dias 12 dias 8 dias
9/12 22,5 dias 18 dias 13,5 dias 9 dias
10/12 25 dias 20 dias 15 dias 10 dias
11/12 27,5 dias 22 dias 16,5 dias 11 dias
12/12 30 dias 24 dias 18 dias 12 dias

É proibido o desconto de faltas do empregado ao serviço do período de


férias, sendo vedado, desta forma, a permuta de faltas por dia de férias.

Quando o empregado tiver mais de 32 faltas no período aquisitivo, este


perderá o direito às férias.

Exemplo:

Empregado durante o período aquisitivo teve 7 faltas injustificadas.


Gozará apenas 24 dias de férias em virtude do número de faltas
injustificadas correspondente á tabela acima.

FALTAS AO SERVIÇO NÃO CONSIDERADAS

São faltas legais e justificadas, considerando-se dias úteis:

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- até 2 dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge,
ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua
Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua dependência
econômica;
- até 3 dias consecutivos, em virtude de casamento;
- por 5 dias, em caso de nascimento de filho;
- por 1 dia, em cada 12 meses de trabalho, em caso de doação
voluntária de sangue devidamente comprovada;
- até 2 dias consecutivos ou não para o fim de se alistar eleitor, nos
termos da lei respectiva;
- no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço
Militar referida na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de
1964 (Lei do Serviço Militar);
- quando for arrolado ou convocado para depor na Justiça;
- durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de
maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do
salário-maternidade custeado pela Previdência Social;
- por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo INSS,
exceto se estiver afastado por período maior que 6 (seis) meses, embora
descontínuos, dentro do período aquisitivo;
- justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver
determinado o desconto do correspondente salário;
- durante a suspensão preventiva para responder a inquérito
administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado ou
absolvido;
- nos dias em que não tenha havido serviço, salvo quando durante o
período aquisitivo o empregado tenha deixado de trabalhar, com
percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias;
- as horas em que o empregado faltar ao serviço para comparecimento
necessário como parte na Justiça do Trabalho (Enunciado TST 155);
- o dia que tenha faltado para servir como jurado (artigos 430 e 434
CPP);
- os dias que foi convocado para serviço eleitoral (Lei nº 4.737/65);
- os dias em que foi dispensado devido à nomeação para compor as
mesas receptoras ou juntas eleitorais nas eleições ou requisitado para
auxiliar seus trabalhos (Lei nº 9.504/97);
- os dias de greve, desde que haja decisão da Justiça do Trabalho
dispondo que durante a paralisação das atividades ficam mantidos os
direitos trabalhistas (Lei nº 7.783/89);
- período de freqüência em curso de aprendizagem (DL nºs 4.481/42 e
9.576/89);
- nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de
exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior;
- pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer em
juízo;

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- greve lícita, se deferidas, pelo empregador ou pela Justiça do Trabalho,
as reivindicações formuladas total ou parcialmente;
- para os professores no decurso de 9 dias, as faltas verificadas por
motivo de gala ou de luto, em conseqüência de falecimento do cônjuge,
do pai ou mãe, ou de filho;
- outras convencionadas em acordo, convenção coletiva ou dissídio
coletivo.

CRITÉRIO DE FALTAS A CONSIDERAR NA PROPORÇÃO DE FÉRIAS

As faltas não justificadas se computam individualmente, não se


somando o desconto do DSR, nem se somam horas de atraso quebradas
ou meio-período.

Isto para não haver a dupla penalidade ao empregado, ou seja, uma vez,
por ocasião do desconto do repouso DSR durante o ano e outra vez para
computar o desconto na proporcionalidade de férias. Por inexistência de
previsão legal, as horas quebradas ou meio-período também não podem
ser considerados dias inteiros ou “somados” a outros períodos de
ocorrências semelhantes.

Exemplo 1:

Empregado faltou na segunda-feira, sem motivo justificado. Em


decorrência, perdeu o DSR da semana correspondente. Para fins de
cálculo das faltas não justificadas para cômputo do direito de férias,
conta-se 1 (um) dia e não 2 (dois).

Exemplo 2:

O empregado atrasou-se ½ hora, sem justificativa, na terça-feira,


trabalhando o período remanescente. Em decorrência, perdeu o DSR da
semana e sofreu o desconto proporcional do período de atraso. Para fins
de cálculo das faltas não justificadas para cômputo do direito de férias,
não se descontará como falta tal evento.

PERDA DO DIREITO

Perderá o direito a férias o empregado que, no curso do período


aquisitivo:

- deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias


subseqüentes à sua saída;
- permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais
de 30 (trinta) dias;

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- deixar de trabalhar, com percepção do salário por mais de 30 (trinta)
dias em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa.
Neste caso a empresa comunicará ao órgão local do Ministério do
Trabalho, com antecedência mínima de 15 dias, as datas de início e fim
da paralisação total ou parcial dos serviços da empresa, e, em igual
prazo, comunicará nos mesmos termos, ao sindicato representativo da
categoria profissional, bem como afixará aviso nos respectivos locais de
trabalho; e
- tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente do
trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora
descontínuos.

A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na Carteira


de Trabalho e Previdência Social.

Novo período aquisitivo iniciará quando o empregado, após o


implemento de quaisquer das condições previstas anteriormente,
retornar ao serviço.

Exemplo 1:

Empregado admitido em 05.11.2002 que se afastou por doença em


04.02.2003, com início do pagamento do benefício em 19.02.2003 (16º
dia de afastamento), retornando ao trabalho em 31.08.2003.

- admissão: 05.11.2002
- início do auxílio-doença: 19.02.2003
- retorno: 31.08.2003
- início de novo período aquisitivo: 31.08.2003

Neste caso o afastamento do empregado foi superior a 6 meses


dentro do período aquisitivo, perdendo assim o direito às férias.

Exemplo 2:

Empregado admitido em 20.11.2002, se afastou por acidente do


trabalho em 25.03.2003, com início do auxílio-doença acidentário em
08.04.2003 (16º dia de afastamento), retornando dia 05.07.2003:

- admissão: 20.11.2002
- início do auxílio-doença: 08.04.2003
- retorno: 05.07.2003
- término do período aquisitivo: 19.11.2003

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Neste caso o afastamento do empregado não foi superior a 6 meses
dentro do período aquisitivo, iniciando seu período concessivo referente
ao período aquisitivo 2002/2003 no dia 20.11.2003.

ÉPOCA DA CONCESSÃO

A época da concessão das férias corresponderá ao melhor período de


interesse do empregador, salvo as exceções.

O início das férias não poderá coincidir com sábado, domingo, feriado ou
dia de compensação de repouso semanal, conforme Precedente
Normativo TST 100, adiante reproduzido:

PRECEDENTE NORMATIVO Nº 100 - Férias. Início do período de gozo


(positivo)
O início das férias, coletivas ou individuais, não poderá coincidir com
sábado, domingo, feriado ou dia de compensação de repouso semanal.

CANCELAMENTO OU ADIANTAMENTO DE FÉRIAS

O início das férias só poderá ser cancelado ou modificado pelo


empregador, desde que ocorra necessidade imperiosa, e ainda haja o
ressarcimento ao empregado dos prejuízos financeiros por ele
comprovados, conforme Precedente Normativo TST 116, adiante
reproduzido:

PRECEDENTE NORMATIVO Nº 116 - Férias. Cancelamento ou


adiantamento (positivo)
Comunicado ao empregado o período do gozo de férias individuais ou
coletivas, o empregador somente poderá cancelar ou modificar o início
previsto se ocorrer necessidade imperiosa e, ainda assim, mediante o
ressarcimento, ao empregado, dos prejuízos financeiros por este
comprovados.

EXCEÇÕES:

O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer


coincidir suas férias com as férias escolares.

Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo


estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo
período, desde que não haja prejuízo para o serviço.

FRACIONAMENTO DO PERÍODO

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As férias deverão ser concedidas por ato do empregador, em um só
período, durante o período concessivo.

Apenas em casos excepcionais as férias poderão ser concedidas em 2


(dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias
corridos.

Menores de 18 Anos e Maiores de 50 Anos

É proibido ao empregador fracionar o período de férias dos empregados


menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 50 (cinqüenta) anos.

FORMALIDADES PARA A CONCESSÃO

Comunicação ao Empregado

A concessão das férias deverá ser comunicada ao empregado, por


escrito, com antecedência mínima de 30 dias, mediante "aviso de férias"
em 2 vias, mencionando o período aquisitivo a que se referem e os dias
em que serão gozadas, dando o empregado ciência.

Carteira de Trabalho e Previdência Social – Apresentação

A legislação trabalhista determina que o empregado antes de entrar em


gozo de férias deverá apresentar sua CTPS ao empregador para que seja
anotada a respectiva concessão.

Registro de Empregados

Quando da concessão das férias, o empregador, inclusive de


microempresa e empresa de pequeno porte, deverá efetuar, também, a
anotação devida no livro ou nas fichas de registro de empregado ou
ainda no sistema informatizado, se a empresa assim o adotar.

As anotações na CTPS podem ser feitas também com o uso de etiquetas


gomadas, autenticadas pelo empregador ou seu representante legal.

ABONO PECUNIÁRIO

O empregado tem a faculdade de converter 1/3 (um terço) do período de


férias em abono pecuniário.

O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do


término do período aquisitivo. Após este prazo, caberá ao empregador
aceitar ou não a solicitação do empregado de converter 1/3 do seu
direito em abono pecuniário.
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PRAZO PARA PAGAMENTO

O pagamento das férias, do adicional de 1/3 (um terço) constitucional e


do abono pecuniário deverá ser feito até dois dias antes do início do
período de férias. Neste momento, o empregado dará quitação do
pagamento, em recibo, no qual deverão constar as datas de início e
término do respectivo período.

ADIANTAMENTO DA 1ª PARCELA DO 13º SALÁRIO

Fazem jus ao adiantamento da primeira parcela do 13º salário os


empregados que gozarem férias a partir do mês de fevereiro do
correspondente ano.

O empregado que quiser receber a primeira parcela do 13º salário


deverá requerê-la no mês de janeiro do ano correspondente.

SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO

Durante o período de afastamento para o serviço militar obrigatório não


será computado o tempo para efeito de férias. Será computado o
período anterior ao afastamento, desde que o empregado compareça à
empresa dentro de 90 dias contados da respectiva baixa.

Exemplo:

Empregado admitido em 01.07.2000, afastando-se para o serviço militar


obrigatório em 01.03.2001, retornando dia 01.12.2001 (dentro do prazo
legal).

Neste caso o empregado já tinha adquirido 8/12 avos de férias quando


se afastou, como retornou dentro do prazo legal, trabalhará mais 4
meses, para adquirir o direito às férias, ou seja, até 31.03.2002,
iniciando-se novo período aquisitivo dia 01.04.2002.

PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DURANTE O PERÍODO DE FÉRIAS

O empregado em gozo de férias não poderá prestar serviços a outro


empregador, exceto quando já exista contrato de trabalho regularmente
mantido com aquele.

FÉRIAS E PARTO

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Se, durante as férias da empregada gestante, ocorrer o nascimento da
criança, o gozo das mesmas ficará suspenso e será concedida a licença-
maternidade.

Após o término do respectivo benefício, as férias serão retomadas,


efetuando-se o pagamento das diferenças salariais ocorridas durante o
período da licença-maternidade, se for o caso.

FÉRIAS E DOENÇA

O empregado que ficar doente durante as férias não terá seu período de
gozo suspenso ou interrompido.

Após o término das férias, se o empregado continuar doente, começará


a contar a partir dali os 15 dias para a empresa efetuar o pagamento,
competindo à Previdência Social conceder o auxílio-doença
previdenciário após referido período.

FÉRIAS E AVISO PRÉVIO

O empregador deverá computar como tempo de serviço para efeito de


férias o prazo do aviso prévio trabalhado e do indenizado, conforme
determina o artigo 487, parágrafo 1º da CLT.

O aviso prévio também não poderá ser concedido durante o período de


férias, em virtude da incompatibilidade entre os objetivos de cada um
desses institutos, uma vez que férias é um período para descanso do
empregado e aviso prévio é um período para que o empregado procure
um novo emprego no caso de demissão sem justa causa e pedido de
demissão é um prazo para que o empregador encontre novo profissional
para substituí-lo.

EMPREGADOS COM MENOS DE 12 MESES DE SERVIÇO

O empregado só fará jus às férias após cada período completo de 12


meses de vigência do contrato de trabalho. Se o mesmo solicitar
dispensa antes deste período, na rescisão contratual não receberá
qualquer verba a título de férias, salvo Convenção ou Acordo Coletivo
em contrário.
Entretanto, o Enunciado 261 do TST, reformulado pela Resolução
121/2003 (DOU 19.11.2003), assim dispõe:

“O empregado que se demite antes de completar 12 (doze) meses de


serviço tem direito a férias proporcionais.”

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Portanto, apesar de constar da CLT o não direito á percepção de férias
proporcionais, no pedido de demissão pelo empregado com menos de 12
meses de serviço, os tribunais trabalhistas, baseados na Convenção
132 da OIT (ratificada pelo Brasil através do Decreto
3.197/1999), reconhecem este direito.
Caso for demitido, terá direito ás férias proporcionais.

Quando se tratar de férias coletivas, que acarrete paralisação das


atividades da empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores
da mesma, os empregados que não completaram ainda o período
aquisitivo ficam impedidos de prestar serviços.

Assim, o artigo 140 da CLT estabelece que os empregados contratados


há menos de 12 meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais
ao tempo de serviço, iniciando-se, então, novo período aquisitivo.

CONTRATO DE TRABALHO SUSPENSO

Caso durante o período aquisitivo tenha ocorrido suspensão do contrato


de trabalho (exemplo: concessão de licença não remunerada), o
empregado não perde o direito às férias, pois o período de suspensão
pára a contagem.

Exemplo:

Empregado obtém 6 meses de licença não-remunerada, em 01.01.2003.


Se ele tinha 10 meses de emprego na época de concessão da licença
(portanto suas férias proporcionais equivaliam a 10/12 avos), quando
voltar da licença (01.07.2003) trabalhará 2 meses para completar o
período aquisitivo de férias em 31.08.2003. Nesta data (31.08.2003),
inicia-se um novo período aquisitivo. Base: Artigo 133 CLT.

FÉRIAS - PAGAMENTO EM CHEQUE

O pagamento da remuneração das férias poderá ser efetuado através de


cheque, uma vez que não contraria a lei federal e a sua utilização
constitui um dos imperativos da vida moderna.

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A possibilidade de pagamento da remuneração das férias em cheque
existe para as empresas situadas no perímetro urbano, exceto para
empregados analfabetos, aos quais o pagamento deverá ser efetuado
em dinheiro.

OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR

O cheque deverá ser emitido diretamente pelo empregador em favor do


empregado, ou seja, não poderá se utilizar de cheques de terceiros, e o
mesmo não poderá ser cruzado.

Os pagamentos efetuados através de cheque obrigam o empregador a


assegurar ao empregado:

- horário que permita o desconto imediato do cheque;


- transporte, caso o acesso ao estabelecimento de crédito exija a
utilização do mesmo;
- condições que impeçam qualquer atraso no recebimento da
remuneração das férias.

Base: Portaria MTb nº 3.281/84.

FÉRIAS - REMUNERAÇÃO

Durante as férias o empregado perceberá a remuneração que lhe for


devida na data da sua concessão.

A Constituição Federal, em seu art. 7º, inciso XVII, assegura o


gozo de férias anuais com, pelo menos, um terço a mais do
salário normal (1/3 constitucional).

Exemplo:

Empregado durante o período aquisitivo percebia R$ 1.600,00 mensais,


no mês de gozo das férias está percebendo R$ 1.950,00 de salário
mensal.

Este empregado perceberá, em razão das férias R$ 1.950,00, o qual


deverá ser acrescido do terço constitucional.
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- salário = R$ 1.950,00
- 1/3 constitucional = R$ 1.950,00 : 3 = R$ 650,00
- Total = R$ 1.950,00 + R$ 650,00 = R$ 2.600,00

EMPREGADOS COM SALÁRIO FIXO

Os empregados que recebem salário fixo terão a remuneração das férias


calculada sobre o salário que percebem no momento da sua concessão.

Exemplo:

Empregado com mais de um ano de serviço e salário mensal de R$


930,00, sairá de férias no dia 02.01.2003 a 31.01.2003.

- R$ 930,00 : 31 = R$ 30,00/dia.

Remuneração das férias:

- período de gozo (30 dias): 30 x R$ 30,00 = R$ 900,00


- 1/3 constitucional: R$ 900,00 : 3 = R$ 300,00
Total bruto: R$ 1.200,00

EMPREGADOS COMISSIONISTAS

Para os empregados que recebem comissões ou percentagem sobre


vendas, a remuneração base para o cálculo das férias é a obtida pela
média aritmética dos valores recebidos nos 12 (doze) meses anteriores à
concessão das férias.

Quando o empregado percebe salário fixo mais comissões, na média das


comissões será adicionado o valor do salário.

Exemplo:

Empregado com mais de um ano de serviço, salário fixo de R$ 496,00


mensais mais comissões que nos últimos 12 meses somaram R$
9.120,00 e DSR somaram R$ 1.670,00, sairá de férias no dia 02.01.2002
a 31.01.2002.

- salário fixo: R$ 496,00 (R$ 496,00 : 31 = R$ 16,00/dia)


- média das comissões: R$ 9.120,00 : 12 = R$ 760,00/mês
- média do DSR: R$ 1.670,00 : 12 = R$ 139,17/mês

Remuneração das férias:


- salário fixo: 30 x 16,00 = R$ 480,00
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- comissões: R$ 760,00
- DSR s/comissões: R$ 139,17
- 1/3 constitucional: R$ 1.379,17 : 3 = R$ 459,72
Total bruto: R$ 1.838,89

EMPREGADOS QUE PERCEBEM ADICIONAIS

Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou perigoso


serão computados no salário que servirá de base ao cálculo da
remuneração de férias.

Se, no momento das férias, o empregado não estiver percebendo o


mesmo adicional do período aquisitivo, ou quando o valor deste não
tiver sido uniforme, será computada a média dos 12 meses recebida
naquele período, salvo cláusula mais favorável em Acordo ou Convenção
Coletiva de Trabalho.

Exemplo:

Empregado com mais de um ano de serviço, salário fixo de R$ 858,00


mensais, durante o período aquisitivo realizou horas extras a 50% que
somaram 312 horas e de DSR sobre horas extras 60 horas. Sairá de
férias 02.01.02 a 31.01.02.

- salário fixo: R$ 858,00


- valor das horas extras: R$ 858,00 : 220 = R$ 3,90 + 50% = R$ 5,85
- horas extras: 312 h : 12 = 26
- média das horas extras =R$ 5,85 x 26 = R$ 152,10
- DSR sobre horas extras/média: 60h : 12 = 5h
R$ 5,85 x 5 = R$ 29,25

Remuneração das férias:


- salário fixo: R$ 858,00 : 31 x 30 = R$ 830,32
- média das horas extras - 26 h = R$ 152,10
- DSR s/horas extras - 5h = R$ 29,25
- 1/3 constitucional: R$ 1.011,67 : 3 = R$ 337,22
Total bruto: R$ 1.348,89

FÉRIAS COLETIVAS

São férias coletivas as concedidas, de forma simultânea, a todos os


empregados de uma empresa, ou apenas aos empregados de
determinados estabelecimentos ou setores de uma empresa,
independentemente de terem sido completados ou não os respectivos
períodos aquisitivos.
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ÉPOCA DA CONCESSÃO

As férias coletivas serão gozadas na época fixada em acordo ou


convenção coletiva de trabalho. Não havendo tal previsão, cabe ao
empregador a adoção do regime e a determinação da época de sua
concessão.

FRACIONAMENTO

As férias coletivas podem ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde


que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos.

Menores de 18 Anos e Maiores de 50 Anos

É proibido ao empregador fracionar o período de férias dos empregados


menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 50 (cinqüenta) anos, ou seja,
na seqüência das férias coletivas o empregado deve gozar férias
individuais para quitar o seu período aquisitivo.

REQUISITOS PARA A CONCESSÃO

As empresas, inclusive as microempresas, para concederem férias


coletivas deverão observar as determinações da legislação trabalhista.

O empregador deverá:
- comunicar ao órgão local do Ministério do Trabalho, com antecedência
mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim das férias;
- indicar os departamentos ou setores abrangidos;
- enviar, no prazo de 15 (quinze) dias, cópia da comunicação aos
sindicatos da categoria profissional; e
- comunicar aos empregados com antecedência mínima de 15 (quinze)
dias, mediante a afixação de aviso nos locais de trabalho, a adoção do
regime, com as datas de início e término das férias e quais os setores e
departamentos abrangidos.

Microempresas

As microempresas, com o advento da Lei nº 9.841/99, não estão mais


dispensadas de efetivar as notificações relativas ás férias coletivas.

MODELOS DE COMUNICAÇÃO

Comunicação à DRT

Ilmo. Sr.
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Delegado Regional do Trabalho no Estado de ...........
Ref.: CONCESSÃO DE FÉRIAS COLETIVAS
......(nome da empresa), com sede na Rua .............nº.....nesta cidade,
inscrita no CNPJ nº .......Inscrição Estadual nº ............, em atendimento
ao disposto no artigo 139, § 2º, da CLT, comunica que no período de
...../...../..... a ...../...../..... concederá férias coletivas a (discriminar se a
todos os empregados ou quais os setores ou departamentos, se
parcial).
..............., ...... de................de .....
_______________________________
carimbo e assinatura da empresa

Comunicação ao Sindicato

Enviar cópia da comunicação remetida ao órgão local do Ministério do


Trabalho para o Sindicato dos trabalhadores da categoria.

Aviso Aos Empregados das Férias Coletivas

AVISO
Em atendimento ao disposto no parágrafo 3º do artigo 139 da CLT,
comunicamos que a empresa concederá férias coletivas a (discriminar
quem está abrangido pela medida) no período de ..../..../.... a ..../..../.....
......................,..... de ............ de ........
________________________________
carimbo e assinatura da empresa

EMPREGADOS COM MENOS DE 12 MESES DE SERVIÇO

O empregado só fará jus às férias após cada período completo de 12


meses de vigência do contrato de trabalho. Quando se tratar de férias
coletivas, que acarrete paralisação das atividades da empresa ou de
determinados estabelecimentos ou setores da mesma, os empregados
que não completaram ainda o período aquisitivo ficam impedidos de
prestar serviços.

Assim, o artigo 140 da CLT estabelece que os empregados contratados


há menos de 12 meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais
ao tempo de serviço, iniciando-se, então, novo período aquisitivo.

Exemplo:

Empregado contratado em 02.05.01, o empregador irá conceder a partir


do dia 17.12.01 até o dia 05.01.02 férias coletivas.

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- o direito adquirido do empregado constitui 8/12 avos, o que
corresponde a 20 dias;
- as férias coletivas de 17.12.01 a 05.01.02 = 20 dias.

O período aquisitivo desse empregado ficará quitado, iniciando novo


período aquisitivo a partir do dia 17.12.01.

Férias Proporcionais Inferiores às Férias Coletivas

Sendo as férias proporcionais do empregado que ainda não tenha 12


meses de trabalho concedido pela empresa, e ainda na impossibilidade
de ser excluído da medida, o empregador deverá considerar como
licença remunerada os dias que excederem àqueles correspondentes ao
direito adquirido pelo empregado e este valor não poderá ser
descontado dele posteriormente, seja em rescisão ou concessão de
férias do próximo período aquisitivo.

Exemplo:

Empregado contratado em 03.09.01, o empregador irá conceder a partir


do dia 20.12.01 até o dia 04.01.02 férias coletivas.

- o direito adquirido do empregado constitui 4/12 avos, o que


corresponde a 10 dias;
- as férias coletivas de 03.09.01 a 04.01.02 = 15 dias.

Serão pagos como férias coletivas 10 dias e os 5 dias restantes serão


pagos como licença remunerada, ou seja, na folha de pagamento
normal.

O período aquisitivo desse empregado ficará quitado, iniciando novo


período aquisitivo a partir do dia 20.12.01.

Férias Proporcionais Superiores às Férias Coletivas

Tendo, na ocasião das férias coletivas, o empregado direito às férias


proporcionais superiores ao período de férias coletivas concedido pela
empresa, o empregador deverá conceder o período de férias coletivas
ao empregado e complementar os dias restantes em outra época, dentro
do período concessivo, ou ainda conceder ao empregado, integralmente,
o período de férias adquirido, para que haja quitação total.

Exemplo:

Empregado contratado em 01.03.01, o empregador irá conceder a partir


do dia 17.12.01 até o dia 05.01.02 férias coletivas.
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- o direito adquirido do empregado constitui 10/12 avos, o que


corresponde a 25 dias;
- as férias coletivas de 17.12.01 a 05.01.02 = 20 dias.

Serão pagos como férias coletivas 20 dias e os 05 dias restantes


deverão ser concedidos posteriormente, dentro do período concessivo,
ou se o empregador preferir, poderão ser concedidas na seqüência das
férias coletivas.

O novo período aquisitivo desse empregado inicia-se dia 17.12.01.

PERÍODO AQUISITIVO DE EMPREGADO COM MAIS DE 12 MESES


DE SERVIÇO

Os empregados com mais de um ano de serviço não têm seu período


aquisitivo alterado.

Desta forma, a concessão de férias coletivas para esses empregados


será considerada como antecipação de férias, cujo período aquisitivo
ainda está em curso, ou concessão de parte de período já vencido, o que
gera um saldo positivo em favor do empregado que pode ser concedido
como novo período de coletivas ou como férias individuais.

RESCISÃO DO CONTRATO DE EMPREGADO COM MENOS DE 12


MESES

Ocorrendo a rescisão do contrato de trabalho do empregado beneficiado


com as férias coletivas, quando contava com menos de 12 meses de
serviço na empresa, o valor pago pelo empregador, a título de licença
remunerada, não poderá ser descontado quando da quitação dos valores
devidos ao empregado.

ABONO PECUNIÁRIO

O empregado tem a faculdade de converter 1/3 (um terço) do período de


férias em abono pecuniário.

Essa conversão nas férias coletivas deverá ser objeto de acordo coletivo
entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria
profissional, independente de solicitação do empregado.

ADICIONAL DE 1/3 CONSTITUCIONAL SOBRE AS FÉRIAS

O adicional de 1/3 sobre as férias é um direito atribuído aos


trabalhadores empregados pela Constituição Federal de 1988.
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O referido adicional é calculado sobre a remuneração das férias,


inclusive abono pecuniário, e pago juntamente com as mesmas.

ANOTAÇÕES

No momento da concessão das férias coletivas, o empregador deverá


proceder as anotações devidas na Carteira de Trabalho e Previdência
Social e no Livro ou Ficha de Registro de Empregados.

Carteira de Trabalho e Previdência Social

A legislação trabalhista determina que o empregado deverá apresentar a


sua Carteira de Trabalho ao empregador antes de entrar em gozo de
férias, para que seja anotada a respectiva concessão.

Aposição de Carimbo ou Etiqueta Gomada

Quando o número de empregados contemplados com as férias coletivas


for superior a 300 (trezentos), a empresa poderá realizar as anotações
mediante carimbo, nas medidas de 4,5 cm por 7 cm. Modelo:

FÉRIAS COLETIVAS
Início.............................
Término............................
Estabelecimento....................
Setor ..............................
__________________________________
carimbo e assinatura da empresa

As anotações e as atualizações da Carteira de Trabalho e Previdência


Social poderão ser feitas com o uso de etiquetas gomadas, autenticadas
pelo empregador ou seu representante legal.

Registro de Empregados

Quando da concessão das férias, o empregador deverá efetuar, também,


a anotação devida no Livro ou Ficha de Registro de Empregados.

As microempresas estão dispensadas dessa obrigação, mas quando da


cessação do contrato de trabalho convém, para efeitos de controle, ao
empregador anotar.

VALOR DA REMUNERAÇÃO DAS FÉRIAS

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O valor a ser pago para o empregado a título de remuneração de férias
será determinado de acordo com o salário da época da concessão, da
duração do período de férias e da forma de remuneração percebida pelo
empregado, acrescido de 1/3 (um terço), conforme determinação
constitucional.

Quando temos salário variável, realizamos as devidas médias. E quando


tratar-se de férias em número de dias inferior a 30, a respectiva média
deverá ser dividida por 30, para que não haja prejuízo ao empregado,
senão teríamos que realizar também a média do número de dias para
ficar exato. Utilizando-se então do divisor 30, resolvemos este problema
sem maiores complicações. Diferente quando tratamos do salário fixo
mensal, uma vez como própria denominação determina, o salário fixo
corresponde ao número de dias que tem o mês, então o seu divisor será
o número exato do mês que corresponder às férias.

Empregados com Salário Fixo

Os empregados que recebem salário fixo terão a remuneração das férias


calculada sobre o salário que percebem no momento da sua concessão.

Empregados Comissionistas

Para os empregados que recebem comissões ou percentagem sobre


vendas, a remuneração base para o cálculo das férias é a obtida pela
média aritmética dos valores recebidos nos 12 (doze) meses anteriores à
concessão das férias.

Quando o empregado percebe salário fixo mais comissões, após apurar


a média das comissões, à mesma deverá ser adicionado o salário fixo.

Empregados que Recebem Adicionais

Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou perigoso


serão computados no salário que servirá de base ao cálculo da
remuneração de férias.

Se, no momento das férias, o empregado não estiver percebendo o


mesmo adicional do período aquisitivo, ou quando o valor deste não
tiver sido uniforme, será computada a média duodecimal (12 meses)
recebida naquele período.

19 – RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO.


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Nada é eterno nesta vida, e a vigência do contrato de trabalho do


empregado não é exceção.
De uma maneira ou de outra, mesmo que seja por falecimento do
empregado, o contrato de trabalho, um dia, rescindir-se-á. E é
exatamente na rescisão do contrato de trabalho do empregado, que a
empresa terá sua derradeira possibilidade de quitação amigável de
todos os direitos pendentes do empregado.
Digo pendentes, posto que ainda não recebidos, pois, na duração do
contrato de trabalho do empregado, este, na maioria dos casos, recebeu
alguns de seus direitos, assim como, férias, 13.º salário, entre outros.
O profissional do Departamento Pessoal quando estiver diante da
necessidade da elaboração do cálculo de uma rescisão de contrato de
trabalho, deverá, olhando para o caso, fazer a seguinte reflexão: aqui,
neste documento, eu deverei pagar tudo aquilo que a empresa
ainda não pagou a este empregado.

19.1 – COMUNICAÇÃO DA OCORRÊNCIA DA RESCISÃO DO


CONTRATO DE TRABALHO.

Na grande maioria dos casos, parta de onde partir a iniciativa da


rescisão contratual, a comunicação deverá ser feita de uma parte à
outra, e por escrito.
Não se entenda como obrigatória a comunicação por escrito, pois esta
pode ser até mesmo verbal. Mas, comunicação verbal é absolutamente
não recomendável.

19.2 – O AVISO PRÉVIO

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Entenda-se por aviso prévio, nada mais, nada menos do que, avisar
antes.
E esta comunicação, dependendo da modalidade de desligamento do
empregado (sim, porque não se cogita aviso prévio em caso de
falecimento, não é mesmo?), e também da modalidade do contrato de
trabalho que rege a relação empregatícia, será de cunho obrigatório.
O aviso prévio está regulamentado pelo artigo 487 da CLT, e pelo inciso
XXI do artigo 7.º da Constituição Federal, e após a promulgação de
nossa Lei Máxima, terá a duração não inferior a 30 (trinta) dias.
O aviso prévio será obrigatório quando:
- o contrato de trabalho do empregado houver sido celebrado por
prazo indeterminado;
- o empregado apresentar seu pedido de demissão;
- o empregador demitir o empregado sem justa causa;
- o empregado obtiver sentença favorável junto à Justiça do Trabalho,
no pleito de rescisão indireta;
- houver o falecimento do proprietário de empresa individual;
- for decretada a falência da empresa.

De acordo com nossa legislação trabalhista, se o empregado que estiver


obrigado a conceder o período de aviso prévio ao empregador em casos
de pedido de demissão, e não o fizer, seu empregador terá o direito de
descontar dos valores constantes de sua rescisão de contrato de
trabalho, valor igual a 30 (trinta) dias de salário do obreiro.
Ao revés, se no caso o obrigado for o empregador, e este não conceder o
período de aviso prévio ao empregado, aquele deverá pagar uma
indenizar ao empregado no valor de 30 (trinta) dias de salário.

19.3 – MODALIDADES DE AVISO PRÉVIO, EM CASOS DE


DEMISSÃO POR PARTE DO EMPREGADOR SEM JUSTA CAUSA.
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Há previsão legal de duas modalidades de concessão de aviso prévio,


quando a modalidade de rescisão de contrato de trabalho for a de SEM
JUSTA CAUSA POR PARTE DO EMPREGADOR. Vejamos:
- aviso prévio trabalhado; e
- aviso prévio indenizado.

Como sabemos, o brasileiro é mestre em arrumar “jeitinhos”. E as


modalidades de concessão de aviso prévio não seria uma exceção.
Pois bem, há casos em que o empregador, não querendo que o
empregado venha trabalhar durante o período do aviso prévio (o que é,
efetivamente, uma temeridade), determina que seu aviso prévio será o
da modalidade “trabalhado”, mas aí há a seguinte emenda: “mas, você
pode ficar em casa durante os trinta dias, ok?”.
Em síntese, há aí uma mescla entre o aviso prévio trabalhado e o aviso
prévio indenizado. O problema é que não há em nossa legislação
trabalhista atual, previsão deste tipo de aviso prévio “trabalhado em
casa”. Desta forma, se o empregador agir de acordo com o exposto
supra, poderá vir a ter sérios problemas junto à Justiça do Trabalho, num
eventual ajuizamento de reclamação trabalhista.

19.4 – JORNADA DE TRABALHO DURANTE O PERÍODO DE AVISO


PRÉVIO TRABALHADO, POR DEMISSÃO POR PARTE DO
EMPREGADOR SEM JUSTA CAUSA.

O empregado que vier a ser demitido sem justa causa por parte do
empregador, e tiver direito ao período de aviso prévio, e este, for-lhe
concedido na modalidade “trabalhado”, o trabalhador terá direito à
redução de sua jornada de trabalho. Por opção exclusiva do trabalhador,
este, durante a vigência do aviso prévio trabalhado, poderá:
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- trabalhar trinta dias, com redução da jornada diária em duas horas;
- trabalhar vinte e três dias em período integral; ou
- ter direito a uma folga por semana, trabalhando em jornada integral.

19.5 – HOMOLOGAÇÃO

Homologar significa ratificar, concordar. O que efetivamente deverá ser


homologado são os cálculos rescisórios que a empresa efetua quando do
pagamento dos direitos trabalhistas de quando o empregado se desliga
da empresa.
Deverá ser homologado todo empregado que:
- ao ser desligar da empresa, contar com período de serviço superior a
um ano;
- não houver dado seu desligado por falecimento; e
- não tiver sido demitido por JUSTA CAUSA, exceto no caso de
concordar com a aplicação desta penalidade.

A empresa, ao se deparar com o desligamento de seu funcionário que se


enquadra nos tópicos acima, deverá providenciar a homologação de
seus cálculos rescisórios, mediante a Delegacia Regional do Trabalho ou
junto ao Sindicato da categoria profissional a que pertencia seu ex-
empregado.

19.6 – PRAZOS PARA QUITAÇÃO DAS VERBAS RESCISÓRIAS

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Toda obrigação que a empresa deve cumprir tem um prazo fatal para
seu cumprimento, e o pagamento dos direitos rescisórios do empregado
não é exceção.
É muito importante que o profissional atuante no Departamento Pessoal
da empresa esteja atento ao fiel cumprimento dos prazos previstos no
artigo 477 e § 6.º da Consolidação das Leis do Trabalho, pois, de modo
contrário, ou seja, se a empresa vier a atrasar o pagamento de tais
direitos, deverá indenizar o empregado prejudicado, em valor igual a 01
(um) salário-nominal. Vejamos os prazos previstos por nossa legislação
trabalhista:
- 10 dias corridos a contar da data do desligamento, nos casos de
demissão sem justa causa, pedido de demissão sem o cumprimento
do aviso prévio, falecimento do empregado e demissão por justa
causa;
- dia útil seguinte ao último dia trabalhado, nos casos de término de
contrato (prazo determinado, contrato de experiência e cumprimento
do aviso prévio trabalhado).

Muito importante ressaltarmos ser responsabilidade objetiva da


empresa, o cumprimento dos prazos supra citados. Significa dizer que,
a empresa somente estará isenta do pagamento da indenização já
mencionado, caso comprove cabalmente, que o fato se deu por culpa
exclusiva do empregado.
Vale lembrar, que a empresa tem algumas alternativas para efetuar o
pagamento do empregado, como depósito em conta corrente e, em
casos extremos, emissão de ordem de pagamento em dinheiro em favor
do empregado, preferencialmente junto à agência bancária mais
próxima do estabelecimento comercial do empregador.

19.7 – CAUSAS DE AFASTAMENTO – DIREITOS DO EMPREGADO.


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Neste tópico, buscaremos demonstrar ao leitor, quais são os direitos


rescisórios do empregado, nas mais variadas modalidades rescisórias.
Vamos a elas:

19.7.1 – RESCISÃO POR PEDIDO DE DEMISSÃO COM MENOS DE


UM ANO DE SERVIÇO:
São direitos do empregado:
- saldo de salário;
- Férias Proporcionais + 1/3 Constitucional
- 13.º Salário;
- o FGTS inerente aos valores rescisórios deverão ser depositados
normalmente, e o Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho sem
mencionar o código de afastamento, pois o empregado neste caso,
não terá acesso ao saque do FGTS.

19.7.2 – RESCISÃO POR PEDIDO DE DEMISSÃO COM MAIS DE UM


ANO DE SERVIÇO:
O empregado terá direito a:
- saldo de salário;
- 13.º Salário;
- o FGTS inerente aos valores rescisórios deverão ser depositados
normalmente, e o Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho sem
mencionar o código de afastamento, pois o empregado neste caso,
não terá acesso ao saque do FGTS.
- férias vencidas, se ainda não as tiver gozado;
- férias proporcionais;
- 1/3 constitucional sobre férias indenizadas.

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19.7.3 – MORTE DO EMPREGADO ANTES DE COMPLETAR UM ANO
DE SERVIÇO.
Os sucessores do empregado terão direito a:
- saldo de salário;
- 13.º Salário;
- o FGTS inerente aos valores rescisórios deverão ser depositados
normalmente, e o Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho
mencionando o código de afastamento sob o n.º 23;

19.7.4 – MORTE DO EMPREGADO COM MAIS DE UM ANO DE


SERVIÇO.
Os sucessores do empregado terão direito a:
- saldo de salário;
- 13.º Salário;
- o FGTS inerente aos valores rescisórios deverão ser depositados
normalmente, e o Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho
mencionando o código de afastamento sob o n.º 23;
- férias vencidas, se não foram gozadas em vida;
- férias proporcionais;
- 1/3 constitucional sobre férias indenizadas.

19.7.5 – RESCISÃO POR DISPENSA SEM JUSTA CAUSA ANTES DE


COMPLETAR UM ANO DE SERVIÇO:
O empregado terá direito a:
- aviso prévio;
- férias proporcionais;
- 1/3 constitucional sobre férias indenizadas;
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- 13.º Salário;
- saldo de salários;
- FGTS – Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho, sob código 01;
- Artigo 18 da Lei 8.036/90, Ocorrendo rescisão do contrato de
trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a depositar
na conta vinculada do trabalhador no FGTS, os valores relativos aos
depósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior,
que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo das cominações
legais;
- 40% do FGTS, que será depositado na conta vinculada do empregado
por meio da GRFP, nos mesmos prazos previstos para pagamento dos
direitos rescisórios;
- Salário-família.
19.7.6 – RESCISÃO POR DISPENSA SEM JUSTA CAUSA COM MAIS
DE UM ANO DE SERVIÇO:
O empregado terá direito a:
- aviso prévio;
- férias proporcionais;
- férias vencidas se ainda não as estiver gozado;
- 1/3 constitucional sobre férias indenizadas;
- 13.º Salário;
- saldo de salários;
- FGTS – Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho, sob código 01;
- Artigo 18 da Lei 8.036/90, Ocorrendo rescisão do contrato de
trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a depositar
na conta vinculada do trabalhador no FGTS, os valores relativos aos
depósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior,
que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo das cominações
legais;

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- 40% do FGTS, que será depositado na conta vinculada do empregado
por meio da GRFC, nos mesmos prazos previstos para pagamento dos
direitos rescisórios;
- Salário-família.

19.7.7 – RESCISÃO POR DISPENSA COM JUSTA CAUSA ANTES DE


COMPLETAR UM ANO DE SERVIÇO:
O empregado terá direito a:
- saldo de salários;
- FGTS – Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho sem mencionar o
código, pois o empregado não terá acesso ao saldo do FGTS;
- Artigo 15 da Lei 8.036/90. Tem direito ao FGTS do saldo de salário que
deverá ser depositado em conta vinculada do empregado, o valor
relativo ao mês da rescisão e ao mês anterior, se for o caso;
19.7.8 – RESCISÃO POR DISPENSA COM JUSTA CAUSA COM MAIS
DE UM ANO DE SERVIÇO:
O empregado terá direito a:
- saldo de salários;
- FGTS – Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho sem mencionar o
código, pois o empregado não terá acesso ao saldo do FGTS;
- Artigo 15 da Lei 8.036/90. Tem direito ao FGTS do saldo de salário que
deverá ser depositado em conta vinculada do empregado, o valor
relativo ao mês da rescisão e ao mês anterior, se for o caso;
- Férias vencidas se ainda não as tiver gozado;
- 1/3 constitucional sobre férias indenizadas;
- salário-família

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19.7.9 – RESCISÃO POR TÉRMINO DO CONTRATO DE
EXPERIÊNCIA:
O empregado terá direito a:
- saldo de salários;
- férias proporcionais;
- 1/3 constitucional sobre férias indenizadas;
- 13.º salário proporcional;
- FGTS – Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho, sob código 04;
- Salário-família.

20 – CÁLCULO DAS VERBAS RESCISÓRIAS

a) SALDO DE SALÁRIO: corresponde esta verba ao número de dias a


serem pagos ao empregado, de acordo com sua data de
desligamento. Por exemplo: um empregado que tenha se desligado
da empresa em 20 de maio de 2002, em sua rescisão de contrato de
trabalho, deverá ser pago o valor correspondente a vinte dias de
trabalho.
b) SALÁRIO-FAMÍLIA: este item rescisório também será calculado
proporcionalmente à data de desligamento do empregado;
c) AVISO PRÉVIO: este direito somente se fará constar do Termo de
Rescisão de Contrato de Trabalho do ex-empregado, caso este tenha
sido demitido sem justa causa por parte do empregador com aviso
prévio indenizado. Desta forma, corresponderá a 30 (trinta) dias do
salário do empregado desligado;
d) 13.º SALÁRIO PROPORCIONAL: o 13.º Salário proporcional deverá
ser pago ao empregado desligado, de maneira a se considerar, mês a
mês, a quantos avos o empregado terá direito. Como já tivemos a
oportunidade de estudar, terá direito ao avo do 13.º Salário, aquele
empregado que tiver, pelo menos 15 (quinze) dias dentro do mês em
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questão. Por exemplo: um empregado que tenha sido admitido em
20/05/2001, e que veio a se desligar em 12/03/2002, terá direito a
02/12 avos proporcionais ao ano de 2002, a título de 13.º Salário.
e) Férias vencidas: o empregado terá direito a este item em sua
rescisão, caso tenha completado um período aquisitivo de férias
(matéria já estudada), e do qual, ainda não tenha gozado. Não
devemos nos esquecer, que o empregado terá, sempre, direito a um
acréscimo de 1/3 constitucional sobre todos os valores que vier a
receber a título de férias.
f) Férias proporcionais: o empregado terá direito a receber os valores
inerentes a férias proporcionais em sua rescisão de contrato de
trabalho, na proporção dos meses que vierem a transcorrer no
período do início do período aquisitivo, até a data do seu efetivo
desligamento. Por exemplo: funcionário que tenha sido admitido em
05/02/2002 e que tenha sido demitido sem justa causa pelo
empregador, e seu último dia de trabalho tenha se dado em
05/07/2002. Neste caso, este empregado deverá receber 05/12 avos
a título de férias proporcionais indenizadas. Não devemos nos
esquecer, que o empregado terá, sempre, direito a um acréscimo de
1/3 constitucional sobre todos os valores que vier a receber a título
de férias.
g) FGTS mês anterior e sobre valores rescisórios: estes
recolhimentos deverão ser efetuados em guia própria, tendo como
data de vencimento, a mesma para pagamento dos valores insertos
no Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho;
h) FGTS – Multa rescisória – 40%: esta multa rescisória também
deverá ser paga em guia própria, tendo como data de vencimento, a
mesma para pagamento dos valores insertos no Termo de Rescisão
de Contrato de Trabalho. Esta multa, como já comentamos
anteriormente, deverá ser paga a todo empregado que for demitido
sem justa causa, e que estivesse trabalhando mediante celebração
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de contrato de trabalho por prazo indeterminado. Para se chegar ao
valor da indenização, necessitamos saber qual o valor que o
empregado tem depositado junto à CEF, a título de FGTS. Este valor,
acrescido do FGTS que venha a incidir sobre as verbas rescisórias,
comporá o valor total do FGTS, sendo exatamente sobre este valor
total, que deveremos aplicar a multa indenizatória.
i) INDENIZAÇÃO ADICIONAL PREVISTA NO ARTIGO 9.º DAS LEIS
6.708/79 E 7.238/84: terá direito a esta indenização, que será igual
a um salário-nominal do empregado, o funcionário que vier a se
desligar da empresa, em data que não esteja distante por período
maior que 30 (trinta) dias, da data-base do sindicato de sua categoria
profissional. Vale dizer: se o empregado estiver vinculado ao
Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, cuja data-base é fixada para
o mês de novembro, e este mesmo empregado vier a ser demitido
sem justa causa por parte do empregador, e seu desligamento se der,
efetivamente trabalhado ou virtualmente pela projeção do aviso
prévio, no mês de outubro, terá direito a uma indenização em valor
igual ao seu salário nominal, em obediência aos ditames dos
mandamentos legais retromencionados.
j) Artigos 479 e 480 da CLT: determina o artigo 479 da CLT., que o
empregado que estiver trabalhando mediante contrato de trabalho
por prazo determinado, e vier a ser demitido sem justa causa antes
do término previsto para aquele contrato, terá direito a uma
indenização em valor igual à metade dos dias que faltavam para
terminar o seu contrato de trabalho. Em contrapartida, o outro lado
da moeda também é verdadeiro: se ao revés, partir do empregado a
iniciativa de se desligar antes do tempo, o empregador terá direito de
descontar o mesmo montante retromencionado, na rescisão de
contrato do empregado.
k) Seguro-desemprego: terá direito a este benefício que hoje esta em
um teto de R$486,00, o empregado que comprovar:
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- ter recebido salários de pessoa jurídica ou física a ela equiparada nos
últimos seis meses anteriores à data da dispensa;
- ter trabalhado na condição de empregado para pessoa jurídica ou
pessoa física a ela equiparada, ou ter exercido atividade autônoma
durante pelo menos 15 meses ininterruptos nos últimos 24 meses.
Nesses termos, o programa abrange, entre outros, o empregado rural,
o empregado de empresas privadas, e os profissionais liberais,
ficando excluído o empregado doméstico;
- não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário;
- não estar em gozo do auxílio-desemprego (Lei n.º 4.923/65);
- não poderá possuir renda própria de qualquer natureza suficiente
para sua própria manutenção, bem como, a de sua família.

DIREITOS/DESCONTOS INSS IRRF FGTS


Salário SIM SIM SIM
Repouso Semanal Remunerado SIM SIM SIM
13.º Salário SIM SIM SIM
Abono Pecuniário de férias NÃO SIM NÃO
Habitação/Alimentação SIM SIM SIM
Horas extras SIM SIM SIM
Adicional Noturno SIM SIM SIM
Gratificação SIM SIM SIM
Prêmio SIM SIM SIM
Abono NÃO NÃO NÃO
Auxílio-enfermidade SIM SIM SIM
Horas abonadas por lei SIM SIM SIM
Salário-Maternidade SIM SIM SIM
Salário-família NÃO NÃO NÃO
Férias SIM SIM SIM
1/3 constitucional sobre férias SIM SIM SIM
Reflexos pagtos. Variávei s/ férias SIM SIM SIM
PI/PASEP NÃO NÃO NÃO
Adicional de periculosidade SIM SIM SIM
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Pensão Alimentícia - SIM -
Adicional de insalubridade SIM SIM SIM
Aviso prévio indenizado NÃO NÃO SIM
13.º salário indenizado NÃO SIM SIM
Férias indenizadas NÃO SIM NÃO
1/3 constitucional s/ férias NÃO SIM NÃO
indenizadas
Indenização adicional (6.708/79) NÃO NÃO NÃO
Indenização compl. Art. 479 NÃO NÃO NÃO

O PREPOSTO

Os diretores de empresa no tocante às suas obrigações quanto ao


comparecimento em audiência trabalhista ou Delegacia Regional do
Trabalho e Sindicatos para homologação contratual, poderão fazer-se
representar por Preposto.

O artigo 843, parágrafo 1º, da CLT determina o seguinte:

"Artigo 843 - ...

Parágrafo 1º - É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo


gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e
cujas declarações obrigarão o preponente."

Para a atuação como preposto, há controvérsia a respeito do assunto na


questão da obrigatoriedade de ser empregado, mas a corrente
dominante considera condição precípua ao conceito de preposto a
qualidade de empregado.

Sobre a matéria temos as seguintes decisões:

Preposto. Revelia e Confissão Ficta. O preposto deve ser


necessariamente empregado do estabelecimento, salvo na hipótese em
que a reclamação envolver empregador doméstico. Inteligência do art.
843, § 1º da CLT. (...) (Processo 0000950.007/95-1 (RO), Juiz Relator:
Maria Guilhermina Miranda, TRT 4ª R).

"Imprescindível ao preposto a condição de empregado da empresa


reclamada conforme previsão legal contida no parágrafo 1º do artigo
843 da CLT. A interpretação que se extrai do referido texto legal é no
sentido de que a substituição pelo gerente ou outro preposto há de ser
feita por empregado que responda pelo empregador no âmbito da
empresa e não apenas em juízo. Mantém-se, portanto, o Acórdão
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Regional negando-se provimento ao recurso." (Ac. da 3ª T do TST - mv,
no mérito - RR 3565/88-7 - Red. Designada Juíza Heloísa Pinto Marques -
j 16.04.90 - DJU I 28.09.70, p. 10.386 - ementa oficial)".

"O preposto de que trata o artigo 843, parágrafo 1º da CLT há de


ser sempre empregado. Não faculta o referido dispositivo a
representação por outra pessoa, sem vínculo empregatício com a
reclamada, embora tendo conhecimento dos fatos." (Ac un da SDI do
TST ERR 2.811/84 - Rel. Min. Almir Pazzianoto Pinto - j 14.03.90 - DJU I
15.06.90 p.5532 - ementa oficial)".

Preposto Não-Empregado. Ausência de Confissão. A lei apenas


exige que o preposto designado tenha conhecimento dos fatos
articulados na inicial, atribuindo ao proponente a
responsabilidade pelas declarações do preposto (art. 843, § 1º,
da CLT). Assim, não há que se falar em aplicação dos efeitos da
confissão ficta. Recurso do reclamante que se nega provimento.
(TRT-PR-RO-13272/1999-PR-AC 12856/2000 - 5a.T - Relator Juiz
Arnor Lima Neto - DJPR).

Preposto. Adequada a representação em Juízo do condomínio, por seu


síndico, é admissível ao mesmo fazer-se substituir por preposto na
audiência, na forma do parágrafo primeiro do art. 843 da CLT, desde que
este detenha a qualidade de empregado. (Processo: 19990540317 - TRT
2ª Região; Relator: José Carlos da Silva Arouca)

Preposto. Cargo de Confiança Descaracterizado. A atuação como


preposto não configura exercício de cargo de confiança, pois seu
significado, na conceituação do parágrafo 1º do art. 843 da CLT é apenas
o empregado que tem conhecimento dos fatos discutidos na ação e
cujas declarações obrigarão o empregador. (Acórdão: 02980157281;
Turma: 01; Data Julg.: 25.03.1998; Data Pub.: 07.04.1998; Processo :
02970210643; Relator: Maria Alexandra Kowalski Motta).

PREPOSTO – ADVOGADO

A atuação concomitante como preposto e advogado ainda é bastante


controversa, dependendo do juiz que estiver presidindo a audiência,
neste caso, é conveniente não se utilizar deste instituto.

Pena de Confissão. Preposto e Advogado. Atuação Concomitante. Nada


obsta a concomitante condição de preposto e advogado, bastando que a
condição de advogado esteja comprovada por mandato procuratório.
Recurso conhecido em parte e desprovido.
(TST-RR-354.542/1997.3 - RJ - Ac. 2ª T. - Relator: Ministro José Luciano de
Castilho Pereira).
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Preposto. Nos termos do art. 843, parágrafo 1º, da CLT, as declarações


do preposto equivalem a confissão do empregador, não se admitindo
retificações posteriores por meio de petição. (Acórdão : 02960105456;
Turma: 09; Data Julg.: 14.02.1996; Data Pub.: 05.03.1996; SP, Processo:
02940476220; Relator: Luiz Edgar Ferraz de Oliveira).

"Preposto - advogado - vínculo empregatício. É vedado que o próprio


advogado da reclamada seja ao mesmo tempo seu preposto em razão
da peculiaridade de sua profissão. O advogado não tem conhecimento
pessoal dos fatores deduzidos na postulação, somente tendo
conhecimento dos mesmos quando dos depoimentos pessoais e
testemunhais. E se tiver qualquer outro conhecimento, em razão do
sigilo profissional não poderá declará-lo em juízo. Já o preposto está
obrigado a não sonegar informações ao juízo.

Assim poderá ocorrer duplo dano: ao juízo a impossibilidade de


investigar os fatos e ao reclamado o comparecimento da defesa de sua
causa. Só admitir-se-á, excepcionalmente, que exerça o advogado as
funções de preposto da reclamada, quando for da mesma empregado, o
que, mesmo assim, é desaconselhável. Embargos conhecidos mas não
providos." (Ac un da SDI do TST - ERR 2.989/81 - Rel. Min. Barata Silva - j
13.09.85 - DJU I 02.02.90 - p. 391 - ementa oficial)."

CARTA DE PREPOSIÇÃO

A seguir um modelo de Carta de Preposição:

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CARTA DE PREPOSIÇÃO
..................................... , com sede na Rua ........, CNPJ .......,
na pessoa
(nome da empresa)
de seu representante legal abaixo assinado, pelo presente
instrumento
de carta de preposição, nomeia o Sr.
..................................................,
(nome do empregado)
RG ..........................., portador da CTPS nº ........., série
.............,
empregado da preponente para representá-lo perante a Junta
de
Conciliação e Julgamento da Justiça do Trabalho, processo nº
.......,
reclamante ........................................
Cidade, Estado, data
Assinatura

CONTRIBUIÇÕES CONFEDERATIVA, ASSISTENCIAL E


ASSEMELHADAS - EMPREGADOS NÃO SINDICALIZADOS

Muitos sindicatos desejam impor cobrança das contribuições


confederativa, assistencial e outras semelhantes a não
associados.
Mas tal imposição deve ser refutada, com base nas próprias
instruções do Ministério do Trabalho, bem como nas decisões do
TST, como a seguir abordado.
POSIÇÃO OFICIAL DO MINISTÉRIO DO TRABALHO
Através da Portaria MTE 160/2004, o Ministério do Trabalho
manifestou-se oficialmente sobre o assunto, sendo taxativo na
conclusão: para os empregados não sindicalizados, o desconto em folha
de pagamento somente poderá ser efetuado mediante prévia e expressa
autorização do empregado. Posteriormente, a referida manifestação foi
reformulada e complementada pela Portaria MTE 180/2004, passando
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a eficácia da obrigatoriedade da contribuição assistencial vigorar
exclusivamente para empregados sindicalizados a partir de 31.05.2005.

ELEMENTOS IMPRESCINDÍVEIS À AUTORIZAÇÃO

A autorização de desconto será efetuada por escrito, e conterá as


seguintes informações:

1) nome do sindicato para o qual será creditada a contribuição;

2) identificação do instrumento coletivo que instituiu a contribuição e o


período de vigência;

3) identificação do valor ou da forma de cálculo da contribuição;

4) identificação e assinatura do empregado.


A autorização terá validade pelo período de vigência do
instrumento coletivo e poderá ser revogada pelo empregado a
qualquer tempo.
CONSEQUÊNCIAS PARA O EMPREGADOR
O desconto em folha de pagamento efetuado sem a devida autorização
do empregado não sindicalizado ou com base em instrumento coletivo
não registrado no MTE sujeita o empregador a autuação administrativa
pela fiscalização do trabalho (Ementa nº 000365-4 - Efetuar descontos
nos salários do empregado, salvo os resultantes de adiantamentos, de
dispositivos de lei ou convenção coletiva de trabalho).
RECOLHIMENTO
O empregador fará o recolhimento da contribuição à entidade sindical
até o décimo dia do mês subseqüente ao do desconto, de acordo com o
parágrafo único do art. 545 da CLT.
O não recolhimento da contribuição descontada do empregado no prazo
mencionado no caput implica na incidência de juros de mora de 10%
sobre o montante retido, sem prejuízo da multa administrativa prevista
no art. 553 da CLT, e das cominações penais.
FORMALIDADES ATÉ 31.05.2005

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As entidades sindicais deverão fazer constar dos instrumentos coletivos
negociados, no período de suspensão de que trata o art. 1º da Portaria
MTE 180/2004 (ou seja, até 31.05.2005), as seguintes informações:

I - denominação do sindicato para o qual serão creditadas as


contribuições;

II - data da assembléia geral que instituiu as contribuições;

III - identificação do tipo de contribuição, seu valor e forma de cálculo;

IV - período de vigência da cláusula que instituiu as contribuições.


PRECEDENTE NORMATIVO TST 119
O Precedente Normativo TST nº 119 determina que os
empregados que não são sindicalizados não estão obrigados à
referida contribuição.
A empresa deve solicitar ao empregado que se manifeste por
escrito perante o sindicato e a empresa, não autorizando o
desconto; isto também servirá de defesa para a empresa
perante o sindicato da classe.

Adiante a sua íntegra:

"Processo nº TST-MA-455193/1998-0

CERTIFICO que a Seção Especializada em Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do


Trabalho, em Sessão Extraordinária hoje realizada, sob a Presidência do Exmo.
Ministro-Presidente Ermes Pedro Pedrassani, presentes os Exmos. Ministros Almir
Pazzianotto Pinto, Ursulino Santos, Armando de Brito, Moacyr Roberto T. Auersvald,
os Exmos. Juízes Convocados Fernando Eizo Ono e Lucas Kontoyanis e o Exmo.
Subprocurador-Geral do Trabalho Dr. Guilherme Mastrichi Basso, DECIDIU, por
maioria, vencido o Exmo. Ministro Moacyr Roberto e ressalvado o ponto de vista do
Exmo. Juiz Convocado Lucas Kontoyanis: I - aprovar a proposta de cancelamento do
Precedente Normativo nº 74 - DESCONTO ASSISTENCIAL; II - aprovar a proposta de
reformulação do Precedente Normativo nº 119, nos seguintes termos:

‘CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS - INOBSERVÂNCIA DE PRECEITOS CONSTITUCIONAIS. A


Constituição da República, em seus arts. 5º, XX e 8º, V, assegura o direito de livre
associação e sindicalização. É ofensiva a essa modalidade de liberdade cláusula
constante de acordo, convenção coletiva ou sentença normativa estabelecendo
contribuição em favor de entidade sindical a título de taxa para custeio do sistema
confederativo, assistencial, revigoramento ou fortalecimento sindical e outras da
mesma espécie, obrigando trabalhadores não sindicalizados. Sendo nulas as
estipulações que inobservem tal restrição, tornam-se passíveis de devolução os
valores irregularmente descontados.’

Justificará voto vencido o Exmo. Ministro Moacyr Roberto.

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Assunto: Proposta de cancelamento do Precedente Normativo nº 74 e de
reformulação do Precedente Normativo nº 119, formulada pela Comissão de
Precedentes Normativos.

Para constar, lavro a presente certidão, do que dou fé.

Sala de Sessões, 02 de junho de 1998."

Redação Anterior:

"Precedente Normativo TST nº 119

Fere o direito à plena liberdade de associação e de sindicalização cláusula constante


de acordo, convenção coletiva ou sentença normativa fixando contribuição a ser
descontada dos salários dos trabalhadores não filiados a sindicato profissional, sob a
denominação de taxa assistencial ou para custeio do sistema confederativo. A
Constituição da República, nos arts. 5º, inciso XX, e 8º, inciso V, assegura ao
trabalhador o direito de livre associação e sindicalização."

Redação dos arts. 5º, XX e 8º, V, da Constituição Federal:

"Art. 5º - ...

...

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

...

Art. 8º - ...

...

V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;

..."

Processo nº TST-MA-455193/1998-0, publicado no DJU de 12.06.1998.

Revogada a PORTARIA DE N.º 180 por uma ação pública impetrada pelo
Ministério Público federal , onde cassou esta Lei, passando a Vigorar a
PORTARIA DE N.º 160.

Bibliografia:

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- Manual de Administração de Pessoal: Cecília Soares Iório; Editora


Senac;
- Rescisão de Contrato de Trabalho, Manual Prático; Aristeu de Oliveira;
Editora Atlas;
- Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho: Valentim Carrion;
Editora Saraiva;
- Direito do Trabalho: Pedro Paulo Teixeira Manus; Editora Atras;
- Curso de Direito do Trabalho: Sérgio Pinto Martins; Editora Dialética;

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