Captulo 10

INTEGRAO TRIPLA
10.1 Integrao Tripla sobre Paraleleppedos
Este captulo totalmente anlogo ao anterior.
Sejam R R
3
o paraleleppedo retangular denido por R = [a, b] [c, d] [p, q] e a
funo limitada w = f(x, y, z) denida em R. Consideremos as seguintes parties
de ordem n dos intervalos: [a, b], [c, d] e [p, q]:
a = x
0
< x
1
< ...... . . . . . . < x
n
= b
c = y
0
< y
1
< ...... . . . . . . < y
n
= d
p = z
0
< z
1
< ...... . . . . . . < z
n
= q.
Subdividamos R emn
3
sub-paraleleppedos R
ijk
= [x
i
, x
i+1
] [y
j
, y
j+1
] [z
k
, z
k+1
].
b
c d
a
p
q
R
Figura 10.1: Subdiviso de R.
Denotemos por:
x =
b a
n
, y =
d c
n
, z =
q p
n
.
Escolhamos c
ijk
R
ijk
e formemos a seguinte soma de Riemann:
255
256 CAPTULO 10. INTEGRAO TRIPLA
S
n
=
n1

i=0
n1

j=0
n1

k=0
f(c
ijk
)xy z.
Denio 10.1. Se lim
n+
S
n
existe e independente da escolha dos c
ijk
R
ijk
e da
partio, denominamos este limite de integral tripla de f sobre R e a denotamos por:
lim
n+
S
n
=
___
R
f(x, y, z) dxdy dz
Em tal caso f dita integrvel sobre R.
Teorema 10.1. Se f contnua em R, ento f integrvel sobre R.
Para a prova do teorema veja [EL].
No captulo anterior vimos que se:
f : [a, b] [c, d] R,
f(x, y) 0 e contnua para todo (x, y) [a, b] [c, d], a integral dupla:
__
R
f(x, y) dxdy
representa o volume do slido:
W = {(x, y, z) R
3
/ (x, y) [a, b] [c, d], 0 z f(x, y)}.
Para integrais triplas esta interpretao geomtrica no conveniente, pois o gr-
co de f um subconjunto de R
4
o qual no possvel visualizar.
Mas se f(x, y, z) = 1 para todo (x, y, z) R:
___
R
dxdy dz
representa o volume de R (veja o exemplo 1). Isto se justica, pois a soma de Rie-
mann correspondente:
S
n
=
n1

i=0
n1

j=0
n1

k=0
xy z
a soma dos volumes dos n
3
sub-paraleleppedos formado pela partio; ento:
lim
n+
S
n
exatamente o volume de R.
A integral tripla tem propriedades anlogas s das integrais duplas.
Proposio 10.1. Seja x = (x, y, z) R.
10.1. INTEGRAO TRIPLA SOBRE PARALELEPPEDOS 257
1. Linearidade da integral tripla. Se f e g so funes integrveis sobre R, ento
para todo , R, f + g integrvel sobre R, e:
___
R
_
f(x) + g(x)
_
dxdy dz =
___
R
f(x) dxdy dz +
___
R
g(x) dxdy dz
onde x = (x, y, z).
2. Se f e g so integrveis sobre R e g(x) f(x), para todo x R, ento:
___
R
g(x) dxdy dz
___
R
f(x) dxdy dz
3. Se R subdividido em k paraleleppedos e f integrvel sobre cada R
i
, i = 1, ..., k
ento f integrvel sobre R e,
___
R
f(x) dxdy dz =
k

i=1
___
R
i
f(x) dxdy dz
A prova segue diretamente das denies.
A noo de contedo nulo poder ser estendida ao paraleleppedo R de forma com-
pletamente anloga ao caso do retngulo; mudando sub-retngulos por sub-para-
leleppedos e rea por volume. Como antes, o teorema vlido se o conjunto de
descontinuidades de f de contedo nulo. Para integrais triplas continua valendo
o teorema de Fubini. Agora temos 3 ! = 6 possveis integrais iteradas.
Teorema 10.2. (Fubini) Seja f : R R contnua em R. Ento:
___
R
f(x, y, z) dxdy dz =
_
b
a
__
d
c
__
q
p
f(x, y, z) dz
_
dy
_
dx
=
_
q
p
__
d
c
__
b
a
f(x, y, z) dx
_
dy
_
dz
=
_
d
c
__
b
a
__
q
p
f(x, y, z) dz
_
dx
_
dy
=
_
b
a
__
q
p
__
d
c
f(x, y, z) dy
_
dz
_
dx
= ..................
A prova do teorema de Fubini para integrais triplas completamente anloga das
integrais duplas, que pode ser vista no apndice.
Exemplo 10.1.
[1] Calcule
___
R
dxdy dz, onde R = [a, b] [c, d] [p, q].
___
R
dxdy dz =
_
b
a
__
q
p
__
d
c
dy
_
dz
_
dx = (d c) (q p) (b a),
258 CAPTULO 10. INTEGRAO TRIPLA
que o volume de R.
[2] Calcule
___
R
xyz dxdy dz, onde R = [0, 1] [1, 2] [0, 3].
___
R
xyz dxdy dz =
_
2
1
__
1
0
__
3
0
xyz dz
_
dx
_
dy =
9
2
_
2
1
__
1
0
xy dx
_
dy =
27
8
.
[3] Calcule
___
R
sen(x + y + z) dxdy dz, onde R = [0, ] [0, ] [0, ].
___
R
sen(x + y + z) dxdy dz =
_

0
__

0
__

0
sen(x + y + z) dz
_
dx
_
dy = 8.
[4] Calcule
___
R
(x
2
+ y
2
+ z
2
+ xy z) dxdy dz, onde R = [0, 1] [0, 1] [0, 1].
___
R
(x
2
+ y
2
+ z
2
+ xy z) dxdy dz =
_
1
0
__
1
0
__
1
0
(x
2
+ y
2
+ z
2
+ xyz) dz
_
dx
_
dy
=
_
1
0
__
1
0
(x
2
+ y
2
+
1
3
+
1
2
xy)) dx
_
dy
=
_
1
0
(
2
3
+
y
4
+ y
2
) dy =
9
8
.
10.2 Integrais Triplas sobre Regies mais Gerais
10.2.1 7.2.1 Regies Elementares no Espao
De forma anloga ao estudado no captulo das integrais duplas denidas em re-
gies mais gerais. Consideremos W R
3
.
Regies de tipo I
A regio W do tipo I se pode ser descrita por:
W = {(x, y, z) R
3
/(x, y) D, f
1
(x, y) z f
2
(x, y)}
onde D a regio elementar do plano, projeo de W no plano xy e f
1
, f
2
: D R
contnuas, sendo f
1
f
2
.
10.2. INTEGRAIS TRIPLAS SOBRE REGIES MAIS GERAIS 259
D
W
z=f
z=f
2
1
Figura 10.2: Regio de tipo I.
Regies de tipo II
W do tipo II se pode ser descrita por:
W = {(x, y, z) R
3
/(x, z) D, g
1
(x, z) y g
2
(x, z)}
onde D a regio elementar do plano, projeo de W no plano xz e g
1
, g
2
: D R
contnuas, sendo g
1
g
2
.
W
y=g
y=g
2
1
D
Figura 10.3: Regio de tipo II.
Regies de tipo III
W do tipo III se pode ser descrita por:
W = {(x, y, z) R
3
/(y, z) D, h
1
(y, z) x h
2
(y, z)}
onde D a regio elementar do plano, projeo de W no plano yz e h
1
, h
2
: D R
contnuas, sendo h
1
h
2
.
260 CAPTULO 10. INTEGRAO TRIPLA
W
D
x=h
x=h
1
2
Figura 10.4: Regio de tipo III.
A regio W de tipo IV se do tipo I, ou tipo II, ou tipo III, como por exemplo
regio limitada por uma esfera, ou por um elipside.
Em qualquer dos casos anteriores, W chamada regio elementar do espao. As
regies W so conjuntos fechados e limitados emR
3
. Alguns exemplos de regies
elementares:
Figura 10.5: Regies elementares.
Figura 10.6: Regio elementar.
10.3. EXTENSO DA INTEGRAL TRIPLA 261
10.3 Extenso da Integral Tripla
Seja W uma regio elementar em R
3
tal que W R, R um paraleleppedo como
antes. Se f : W R uma funo contnua, denamos f

: R R por
f

(x, y, z) =
_
f(x, y, z) se (x, y, z) W
0 se (x, y, z) R W.
Se W tem contedo nulo, ento, f

integrvel sobre R e denimos a integral

tripla de f sobre W como:
___
W
f(x, y, z) dxdy dz =
___
R
f

(x, y, z) dxdy dz.

Em tal caso dizemos que f integrvel sobre W. A integral no depende da escolha
do paraleleppedo R.
Proposio 10.2. Seja f : W R
3
R contnua.
1. Se W do tipo I:
___
W
f(x, y, z) dxdy dz =
__
D
__
f
2
(x,y)
f
1
(x,y)
f(x, y, z) dz
_
dxdy
2. Se W do tipo II:
___
W
f(x, y, z) dxdy dz =
__
D
__
g
2
(x,z)
g
1
(x,z)
f(x, y, z) dy
_
dxdz
3. Se W do tipo III:
___
W
f(x, y, z) dxdy dz =
__
D
__
h
2
(y,z)
h
1
(y,z)
f(x, y, z) dx
_
dy dz
Observe que em todos os casos anteriores D uma regio elementar do plano e,
portanto, pode ser do tipo I, II ou III; dependendo do tipo continuamos com a
integral dupla.
Volume : Em particular, se f(x, y, z) = 1 para todo (x, y, z) W, ento:
___
W
dxdy dz = V (W)
onde V (W) o volume de W.
262 CAPTULO 10. INTEGRAO TRIPLA
Exemplo 10.2.
[1] Calcule I =
_
2
0
_
4x
2
0
_
x
0
sen(2 z)
4 z
dy dz dx.
Note que:
I =
__
D
_ _
x
0
sen(2 z)
4 z
dy
_
dz dx,
onde:
D = {(x, z) / 0 x 2, 0 z 4 x
2
}.
0.5 1.0 1.5 2.0
1
2
3
4
Figura 10.7:
Calculamos primeiro:
_
x
0
sen(2 z)
4 z
dy =
xsen(2 z)
4 z
;
a seguir, precisamos calcular:
I =
__
D
xsen(2 z)
4 z
dz dx,
onde consideramos D = {(x, z) / 0 x

4 z, 0 z 4} como uma regio de

tipo III; logo,
I =
_
4
0
_

4z
0
xsen(2 z)
4 z
dxdz =
_
4
0
sin(2 z)
2
dz =
1 cos(8)
4
.
[2] Calcule o volume do slido limitado superiormente por z + x
2
= 9 e inferior-
mente z + y = 4, tal que y = 0 e y = 4.
O slido W limitado superiormente por z = 9 x
2
e inferiormente por z = 4 y.
O slido W do tipo I.
10.3. EXTENSO DA INTEGRAL TRIPLA 263
x
y
z
Figura 10.8: Slido do exemplo [2].
W = {(x, y, z) R
3
/(x, y) D, 4 y z 9 x
2
},
Determinao de D: A regio D a projeo de W no plano xy; para determinar
D basta eliminarmos z das equaes ou, equivalentemente achar a interseo de
ambas as superfcies:
_
z = 9 x
2
z = 4 y;
obtemos x
2
= y + 5 e D = {(x, y) R
2
/

y + 5 x

y + 5, 0 y 4}.
3 2 1 1 2 3
4
2
2
4
Figura 10.9: A regio D.
Logo, V (W) =
___
W
dxdy dz =
_
4
0
__

y+5

y+5
__
9x
2
4y
dz
_
dx
_
dy; ento:
V (W) =
_
4
0
__

y+5

y+5
_
5 x
2
+ y
_
dx
_
dy =
_
4
0
_
5x
x
3
3
+ xy
_

y+5

y+5
dy
=
4
3
_
4
0
(y + 5)
3
2
dy =
8
15
(y + 5)
5
2

4
0
=
648
5

40

5
3
u.v.
[3] Calcule
___
W
xdxdy dz onde W limitado por z = x
2
+ y
2
, z = 2, no primeiro
octante.
264 CAPTULO 10. INTEGRAO TRIPLA
Se considerarmos W como regio de tipo II, W denida por 0 y

z x
2
e D
a projeo de W no plano xz; fazendo y = 0 obtemos a parbola z = x
2
e z = 2;
logo, D denida por 0 x

z e 0 z 2, logo:
W = {(x, y, z) / 0 x

z, 0 y
_
z x
2
, 0 z 2}.
0
1
2
3
x
0
1
2
3
y
0
1
2
3
4
z
0
1
2
3
x
0
1
2
1
2
1
1
2
1
Figura 10.10: O slido e a regio do exemplo [2].
___
W
xdxdy dz =
_
2
0
__

z
0
__

zx
2
0
xdy
_
dx
_
dz
=
_
2
0
__

z
0
_
x
_
z x
2
_
dx
_
dz
=
1
3
_
2
0
z
3
2
dz
=
8

2
15
.
Se consideramos W como regio I:
W = {(x, y, z) / 0 x

2, 0 y
_
2 x
2
, x
2
+ y
2
z 2}.
1
1
Figura 10.11: A regio do exemplo [2], no plano xy.
10.4. EXERCCIOS 265
_

2
0
_ _

2x
2
0
_ _

2
x
2
+y
2
xdz
_
dy
_
dx =
8

2
15
.
10.4 Exerccios
1. Calcule as seguintes integrais:
(a)
_
3
0
_
2
0
_
1
0
(x
2
+ y
2
+ z
2
) dxdy dz
(b)
_
1
1
_
1
1
_
1
1
x
2
y
2
z
2
dxdy dz
(c)
_
1
0
_
x
0
_
xy
0
xdz dy dx
(d)
_
4
0
_

0
_
1x
0
x
2
sen(y) dz dxdy
(e)
_
2
0
_
y
0
_ 1
y
0
sen(y) dz dxdy
(f)
_
1
2
_
x
0
_
y
0
x
2
z
4
dz dy dx
2. Considere o slido limitado por x + y + z = 3, x + y z = 1 e os planos
coordenados. Calcule o volume do slido, fazendo:
(a)
_ _ _ _ _
dz
_
dy
_
dx
(b)
_ _ _ _ _
dx
_
dy
_
dz
(c)
_ _ _ _ _
dy
_
dx
_
dz
(d)
_ _ _ _ _
dx
_
dz
_
dy
3. Calcule
___
W
xdxdy dz se W o paraleleppedo limitado pelos planos x =
2, y = 3 e z = 1.
4. Calcule
___
W
z
2
dxdy dz se W o slido limitado pelo cilindro x
2
+y
2
= 1 e
pelos planos z = 0 e z = 4.
5. Calcule
___
W
dxdy dz
(x + y + z + 1)
3
se W o slido limitado pelo plano
x + y + z = 1 e pelos planos coordenados.
266 CAPTULO 10. INTEGRAO TRIPLA
6. Calcule
___
W
(x
3
+ y
3
+ z
3
) dxdy dz se W o slido limitado pela esfera:
(x a)
2
+ (y a)
2
+ (z a)
2
= a
2
.
7. Calcule
___
W
z
_
x
2
+ y
2
dxdy dz se W o slido limitado pelo cilindro x
2
+
y
2
= 2 x e os planos y = 0, z = 0 e z = a.
8. Determine o volume do slido limitado pelos planos 4 y + 2 x + z = 8, x = 0,
y = 0 e z = 0.
9. Determine o volume do slido limitado por z = 9 x
2
, z = 5 y, y = 0 e
y = 5.
Captulo 11
MUDANA DE COORDENADAS
11.1 Introduo
Sejam W

uma regio elementar no espao e x, y e z as seguintes funes:

x, y, z : W

R,
onde x = x(u, v, w), y = y(u, v, w) e z = z(u, v, w) so funes contnuas e com
derivadas parciais contnuas num paraleleppedo aberto R tal que W

R, Estas
trs funes determinam uma transformao do espao uvw no espao xyz. De
fato:
T : W

R
3
,
onde T(u, v, w) = (x(u, v, w), y(u, v, w), z(u, v, w)).
A transformao T tambm denotada por:
_

_
x = x(u, v, w)
y = y(u, v, w)
z = z(u, v, w), (u, v, w) W

Denotemos a imagem de W

por T como W = T(W

), contida no espao xyz.

Denio 11.1.
1. T injetiva em W

se
T((u
1
, v
1
, w
1
)) = T((u
2
, v
2
, w
2
))
para todos (u
1
, v
1
, w
1
), (u
2
, v
2
, w
2
) W

implica em u
1
= u
2
, v
1
= v
2
e w
1
= w
2
.
2. O determinante Jacobiano de T denotado e denido por:
(x, y, z)
(u, v, w)
= det
_

_
x
u
x
v
x
w
y
u
y
v
y
w
z
u
z
v
z
w
_

_
,
onde as derivadas parciais so calculadas no ponto (u, v, w) W

.
267
268 CAPTULO 11. MUDANA DE COORDENADAS
Teorema 11.1. Sejam W e W

regies elementares no espao, T uma transformao de

classe C
1
e injetiva em W

. Suponha que T(W

) = W. Ento para toda funo integrvel

f sobre W temos:
___
W
f(x, y, z) dxdy dz =
___
W

f(u, v, w)

(x, y, z)
(u, v, w)

dudv dw
onde f(u, v, w) = f(x(u, v, w), y(u, v, w), z(u, v, w)) e

(x, y, z)
(u, v, w)

o valor absoluto do
determinante Jacobiano.
Novamente, possvel mostrar que o teorema anterior ainda vlido se T no
injetiva num subconjunto de W

que seja de contedo nulo.

11.2 Coordenadas Cilndricas
Se P = (x, y, z) um ponto no espao xyz, suas coordenadas cilndricas so (r, , z),
onde (r, ) so as coordenadas polares da projeo de P no plano xy e so denidas
por:
_

_
x = r cos(),
y = r sen(),
z = z,
ou, explicitamante r =
_
x
2
+ y
2
, z = z e:
=
_

_
arctg
_
y
x
_
se x, y > 0,
+ arctg
_
y
x
_
se x < 0,
2 + arctg
_
y
x
_
se x > 0, y < 0.
Se x = 0, ento =

2
quando y > 0 e =
3
2
quando y < 0. Se x = y = 0, no
denido.
(x,y,z)
r

(x,y,0)
Figura 11.1: Coordenadas cilndricas.
11.2. COORDENADAS CILNDRICAS 269
Esta transformao injetiva no seguinte subconjunto:
{(r, , z)/r > 0,
0
< <
0
+ 2, z (, +)}
e o jacobiano da transformao :
(x, y, z)
(r, , z)
= r
Exemplo 11.1.
[1] O cilindro circular reto C de raio a dado por:
C = {(x, y, z) R
3
/ x
2
+ y
2
= a
2
, z (, +)}.
Em coordenadas cilndricas x
2
+ y
2
= r
2
; logo r = a, ento:
C = {(r, , z) R
3
/ r = a, 0 2 , z (, +)}.
[2] O cone com base num disco D de raio 1.5 centrado na origem e altura 3.
Em coordenadas cilndricas:
z = z, 0 r
3
2
, 0 2
logo, o cone em coordenadas cilndricas:
S = {r, , z) R
3
/ 0 r
3
2
, 0 2 , 0 < z < 3}.
0
1
2
3
Figura 11.2: O cone do exemplo [2].
Do teorema anterior:
Corolrio 11.2. Seja f(r, , z) = f(r cos(), r sen(), z); ento:
___
W
f(x, y, z) dxdy dz =
___
W

r f(r, , z) dr dz d
270 CAPTULO 11. MUDANA DE COORDENADAS
Esta igualdade ainda vlida se
W

= {(r, , z)/r 0,
0

0
+ 2, z (, +)}.
Em particular, se f(x, y, z) = 1 para todo (x, y, z, ) W, ento:
V (W) =
___
W

r dz dr d.
Exemplo 11.2.
[1] Determine o volume do slido limitado por x
2
+y
2
= a
2
, z = 0 e z = b; a, b = 0.
O slido W um cilindro centrado na origem, de raio a e altura z onde 0 z b.
Usando coordenadas cilndricas obtemos a nova regio W

denida por:
W

= {(r, , z) / 0 r a, 0 2 , 0 z b} = [0, a] [0, 2] [0, b].

V (W) =
___
W
r dz dr d =
_
b
0
__
2
0
__
a
0
r dr
_
d
_
dz = a
2
b u.v.
[2] Calcule
___
W
xdxdy dz, onde W limitado superiormente por z = 4 e inferor-
mente por z = x
2
+ y
2
, tal que x = 0 e y = 0.
O slido W denido por:
W = {(x, y, z)/(x, y) D, x
2
+ y
2
z 4}.
Para determinar D resolvemos o sistema:
_
z = x
2
+ y
2
z = 4
=x
2
+ y
2
= 4.
Usando coordenadas cilndricas obtemos a nova regio W

denida por:
W

= {(r, , z) / r
2
z 4, 0 r 2, 0

2
};
D a projeo do parabolide no plano xy, no primeiro quadrante:
0
1
2
3
0
1
2
3
0
2
4
1 2
2
1
1 2
2
1
Figura 11.3: O slido e a regio do exemplo [2], respectivamente.
11.2. COORDENADAS CILNDRICAS 271
___
W
xdxdy dz =
___
W

r
2
cos() dz dr d =
_
2
0
__
2
0
__
4
r
2
r
2
cos()dz
_
dr
_
d
=
64
15
.
[3] Calcule
___
W
_
x
2
+ y
2
dxdy dz, onde W o slido limitado por x
2
+ y
2
= 1,
z = 1 x
2
y
2
abaixo do plano z = 4.
Figura 11.4: Vistas do slido do exemplo [3].
W determinado por 1 x
2
y
2
z 4. A projeo no plano xy limitada por
x
2
+ y
2
1.
1 -1
-1
1
1 -1
-1
1
Figura 11.5: A regio D.
Usando coordenadas cilndricas obtemos a nova regio W

determinada por:
W

= {(r, , z) / 1 r
2
z 4, 0 r 1, 0 2 };
logo:
___
W
_
x
2
+ y
2
dxdy dz =
_
2
0
_ _
1
0
_ _
4
1r
2
r
2
dz
_
dr
_
d =
12
5
.
272 CAPTULO 11. MUDANA DE COORDENADAS
[4] Se W limitado por z =
_
8 x
2
y
2
e z =
_
x
2
+ y
2
, calcule:
___
W
z dxdy dz.
Figura 11.6: O slido do exemplo [4].
W determinado por:
W = {(x, y, z) / (x, y) D,
_
x
2
+ y
2
z
_
8 x
2
y
2
}.
Onde D, no plano xy, limitada por x
2
+ y
2
4. Usando coordenadas cilndricas
obtemos a nova regio W

determinada por:
W

= {(r, , z) / 0 r 2, 0 2 , r z
_
8 r
2
};
logo:
___
W
z dxdy dz =
_
2
0
__
2
0
__

8r
2
r
r z dz
_
d
_
dr = 8 .
[5] Determine o volume do slido limitado por uma esfera de raio a.
Pela simetria do slido calculamos o volume da calota superior da esfera e multi-
plicamos o resultado por 2. O slido denido por:
W{(x, y, z) / (x, y) D, 0 z
_
a
2
x
2
y
2
},
onde D, no plano xy, limitada por x
2
+ y
2
= a
2
. Usando coordenadas cilndricas
temos que o novo slido denido por:
W

= {(r, , z) / 0 r a, 0 2 , 0 z
_
a
2
r
2
};
logo:
V (W) = 2
___
W
dxdy dz = 2
_
a
0
__
2
0
__

a
2
r
2
0
r dz
_
d
_
dr =
4
3
a
3
u.v.
[6] Determine o volume do slido limitado por:
11.2. COORDENADAS CILNDRICAS 273
z =
_
1 x
2
y
2
e z + 1 =
_
x
2
+ y
2
.
Figura 11.7: O slido do exemplo [6].
W denido por:
W = {(x, y, z) / (x, y) D,
_
x
2
+ y
2
1 z
_
1 x
2
y
2
},
onde D, no plano xy limitada por x
2
+ y
2
= 1. Usando coordenadas cilndricas
temos que o novo slido denido por:
W

= {(r, , z) / 0 r 1, 0 2 , r 1 z
_
1 r
2
}
; logo:
V (W) =
___
W
dxdy dz = 2
_
1
0
__
2
0
__

1r
2
r1
r dz
_
d
_
dr = u.v.
[7] Determine o volume do slido limitado por z = 9 x
2
y
2
e z = 1 + x
2
+ y
2
.
Figura 11.8: O slido do exemplo [7].
274 CAPTULO 11. MUDANA DE COORDENADAS
W denido por:
W = {(x, y, z) / (x, y) D, 1 + x
2
+ y
2
z 9 x
2
y
2
},
onde D, no plano xy limitada por x
2
+ y
2
= 4. Usando coordenadas cilndricas
temos que o novo slido denido por:
W

= {(r, , z) / 0 r 2, 0 2 , 1 + r
2
z 9 r
2
};
logo:
V (W) =
___
W
dxdy dz =
_
2
0
__
2
0
__
9r
2
1+r
2
r dz
_
dr
_
d = 16 u.v.
11.3 Coordenadas Esfricas
Seja P = (x, y, z) um ponto no espao xyz. Suas coordenadas esfricas so (, , )
onde a distncia do ponto P origem, o ngulo formado pelo eixo positivo
dos x e o segmento de reta que liga (0, 0, 0) a (x, y, 0) e o ngulo formado pelo
eixo positivo dos z e o segmento de reta que liga P origem:
_

_
x = cos() sen()
y = sen() sen()
z = cos(),
onde =
_
x
2
+ y
2
+ z
2
> 0, 0 < 2 e 0 , o que dene uma regio no
espao .
(x,y,z)
(x,y,0)

Figura 11.9: Coordenadas esfricas.

O jacobiano da transformao :
(x, y, z)
(, , )
=
2
sen()
11.3. COORDENADAS ESFRICAS 275
Exemplo 11.3.
[1] Em coordenadas esfricas uma esfera de raio a, centrada na origem :
S = {(, , ) R
3
/ = a, 0 , 0 2 }.
[2] Os cones circulares com eixos coincidentes com o eixo dos z so caracterizados
por:
S = {(, , ) R
3
/ [0, +), = c
0
, 0 2 },
onde c
0
R.
Casos particulares:
Se c
0
= 0 e = 0, S representa o semi-eixo positivo dos z.
Se c
0
= e = , S representa o semi-eixo negativo dos z.
Se c
0
=

2
e =

2
, S representa o plano xy.
Se 0 < c
0
<

2
e = c
0
, o cone "abre"para cima.
Se

2
< c
0
< e = c
0
, o cone "abre"para baixo.
[3] O slido limitado por x
2
+y
2
+z
2
1 e x
2
+y
2
+z
2
4 em coordenadas esfricas
dado por:
W = {(, , ) R
3
/ [1, 2], 0 , 0 2 }.
2
1
0
1
2
2
1
0
1
2
2
1
0
1
2
Figura 11.10: Slido do exemplo [3].
Do teorema anterior:
Corolrio 11.3. Seja f(, , ) = f(cos()sen(), sen()sen(), cos()), ento:
___
W
f(x, y, z) dxdy dz =
___
W

2
sen() f(, , ) d d d
Esta igualdade ainda vlida se
W

= {(, , ) / [0, +), 0 2 , 0 }.

276 CAPTULO 11. MUDANA DE COORDENADAS
Em particular, se f(x, y, z) = 1 para todo (x, y, z, ) W, ento:
V (W) =
___
W

2
sen() d d d
Exemplo 11.4.
[1] Calcule o volume do slido limitado por uma esfera de raio a centrada na ori-
gem.
O slido denido por x
2
+ y
2
+ z
2
a
2
. Utilizando coordenadas esfricas:
W

= {(, , ) / 0 a, 0 , 0 2 } = [0, a] [0, ] [0, 2]

___
W
dxdy dz =
_
a
0
__

0
__
2
0

2
sen() d
_
d
_
d
= 2
_
a
0
__

0

2
sen() d
_
d
=
2
3
a
3
_

0
sen() d
=
4
3
a
3
u.v.
[2] Se W o slido limitado por x
2
+ y
2
+ z
2
= 1, calcule:
___
W
e

(x
2
+y
2
+z
2
)
3
dxdy dz.
Usando coordenadas esfricas temos:
W

= {(, , ) / 0 1, 0 2 , 0 }.
Por outro lado e

(x
2
+y
2
+z
2
)
3
= e

3
___
W
e
(x
2
+y
2
+z
2
)
3
2
dxdy dz =
_
1
0
__

0
__
2
0

2
e

3
sen() d
_
d
_
d
= 2
_
1
0
__

0
_

2
e

3
sen()
_
d
_
d
= 4
_
1
0

2
e

3
d
=
4
3
(e 1).
[3] Se W o slido limitado inferiormente por z =
_
x
2
+ y
2
e superiormente por
x
2
+ y
2
+ (z
1
2
)
2
=
1
4
, calcule
___
W
_
x
2
+ y
2
+ z
2
dxdy dz.
11.3. COORDENADAS ESFRICAS 277
0
0
0
1
0
0
Figura 11.11: Slido do exemplo [3].
A esfera x
2
+ y
2
+ (z
1
2
)
2
=
1
4
, em coordenadas esfricas, tem como equao:
= cos()
e o cone:
=

4
;
ento:
W

= {(, , ) / 0 cos(), 0

4
, 0 2 }
Logo:
___
W
_
x
2
+ y
2
+ z
2
dxdy dz =
_
4
0
__
cos()
0
__
2
0

3
sen() d
_
d
_
d
= 2
_
4
0
__
cos()
0

3
sen() d
_
d
=

2
_
4
0
cos
4
() sen() d
=

10
(1

2
8
).
[4] Calcule
___
W
e
(x
2
+y
2
+z
2
)
3
2
dxdy dz onde W o slido limitado pela esfera cen-
trada na origem de raio 4 e os cones z =
_
3(x
2
+ y
2
) e z =
_
x
2
+ y
2
3
.
278 CAPTULO 11. MUDANA DE COORDENADAS
2
0
2
2
0
2
0
1
2
Figura 11.12: Slido do exemplo [4].
Usando coordenadas esfricas a equao da esfera x
2
+ y
2
+ z
2
= 16 = 4 e as
dos cones z =
_
3(x
2
+ y
2
) e z =
_
x
2
+ y
2
3
so, =

6
e =

3
, respectivamente.
A regio no espao denida por:
W

= {(, , ) / 0 4, 0 2,

6


3
}
Logo:
___
W
e
(x
2
+y
2
+z
2
)
3
2
dxdy dz =
_
2
0
__
3

6
__
4
0

2
e

3
sen() d
_
d
_
d
=

3
(

3 1)(e
64
1).
11.4 Exerccios
1. Faa a mudana de varivel necessria para calcular as seguintes integrais:
(a)
_
2
2
_

4x
2

4x
2
_
4
x
2
+y
2
xdz dy dx.
(b)
_
2
0
_

4x
2
0
_

16x
2
y
2
0
_
x
2
+ y
2
dz dy dx.
(c)
_
1
1
_

1x
2

1x
2
_
1+

1x
2
y
2
1
xdz dy dx.
(d)
_
1
0
_

1x
2
0
_

1x
2
y
2
0
_
x
2
+ y
2
+ z
2
dz dy dx.
11.4. EXERCCIOS 279
2. Calcule:
__
W
xdxdy dz, onde W o slido limitado pelos planos x = 0, y = 0,
z = 2 e pelo parabolide z = x
2
+ y
2
.
3. Calcule:
__
W
xdxdy dz, onde W o slido limitado pelo parabolide x =
4 z
2
+ 4 y
2
e pelo plano x = 4.
4. Calcule:
__
W
6 xy dxdy dz, onde W est acima da regio plana limitada pelas
curvas y =

x, y = 0, x = 1 e abaixo do plano z = 1 + x + y.
5. Calcule:
__
W
xy dxdy dz, onde W o tetraedro de vrtices (0, 0, 0), (1, 0, 0),
(0, 2, 0) e (0, 0, 3).
6. Determine o volume:
(a) do slido limitado pelo cilindro x = y
2
e pelos planos z = 0 e x + z = 1.
(b) do slido limitado pelo cilindro y = cos(x) e pelos planos z = y, x = 0,
x =

2
e z = 0.
7. O valor mdio de uma funo w = f(x, y, z) sobre a regio W denido por:
V
M
=
1
vol(W)
___
W
f(x, y, z) dxdy dz.
Determine o valor mdio da funo f(x, y, z) = xy z sobre o cubo com lados
de comprimento L que est no primeiro octante com um vrtice na origem e
arestas paralelas aos eixos coordenados.
Calcule, usando coordenadas cilndricas
8.
___
W
_
x
2
+ y
2
dxdy dz, onde W a regio contida dentro do cilindro
x
2
+ y
2
= 16 e entre os planos z = 5 e z = 4.
9.
___
W
_
x
2
+ y
2
_
dxdy dz, onde W o cone
_
x
2
+ y
2
z 1.
10.
___
W
_
1 +
_
x
2
+ y
2
_
dxdy dz, onde:
W = {(x, y, z) R
3
/
_
x
2
+ y
2
z 1}.
280 CAPTULO 11. MUDANA DE COORDENADAS
Calcule, usando coordenadas esfricas
11.
___
W
_
x
2
+ y
2
+ z
2
dxdy dz, onde W o slido limitado por abaixo pelo
cone =

6
e acima pela esfera = 2.
12.
___
W
_
x
2
+ y
2
+ z
2
_
dxdy dz, onde W = {(x, y, z) R
3
/ x
2
+ y
2
+ z
2
1}.
13.
___
W
dxdy dz
__
x
2
+ y
2
+ z
2
_
3
, onde W o slido limitado pelas esferas:
x
2
+ y
2
+ z
2
= a
2
e x
2
+ y
2
+ z
2
= b
2
, (a < b).
14.
___
W
dxdy dz
z
2
, onde W o slido limitado pelas superfcies
z =
_
x
2
+ y
2
, z =
_
1 x
2
y
2
e z =
_
4 x
2
y
2
.
15.
___
W
_
x
2
+ y
2
+ z
2
dxdy dz, onde
W = {(x, y, z) R
3
/ x
2
+ y
2
+ z
2
2 z , 1 z}.
16. Calcule o volume do slido limitado:
(a) Por z = 4 x
2
y
2
e pelo plano xy.
(b) Por z = x
2
+ y
2
e x
2
+ y
2
+ z
2
= 2.
(c) Por z = x
2
+ 9 y
2
e z = 18 x
2
9 y
2
.
(d) Por z = 2 x
2
+ 2 y
2
e z = 48 x
2
y
2
.
17. Calcule
___
W
_
x
2
a
2
+
y
2
b
2
+
y
2
c
2
_
dxdy dz, onde a, b, c > 0 e o slido denido
por:
W = {(x, y, z) R
3
/
x
2
a
2
+
y
2
b
2
+
y
2
c
2
1}.
18. Calcule
___
W
xy z dxdy dz, onde W formado pelo primeiro octante do elip-
side do exerccio anterior, (x, y, z 0).
19. Utilizando coordenadas cilndricas, calcule:
(a)
___
W
(x
2
+ y + z
2
)
3
dxdy dz, onde W o slido limitado pelo cilindro
x
2
+ z
2
= 1 e pelos planos y = 0 e y = 1.
11.4. EXERCCIOS 281
(b)
___
W
(x
2
+ y
2
) dxdy dz, onde W o slido limitado por 2 z = x
2
+ y
2
e
z = 2.
(c)
___
W
dxdy dz, onde W o slido limitado por x
2
+ y
2
+ z
2
= 2 Rz,
x
2
+ y
2
= z
2
e que contem o ponto (0, 0, R).
20. Utilizando coordenadas esfricas, calcule:
(a)
___
W
(x
2
+ y
2
) dxdy dz, onde W = {(x, y, z) R
3
/ x
2
+y
2
+z
2
a
2
, z
0}.
(b)
___
W
_
1 + (x
2
+ y
2
+ z
2
)
3/2
dxdy dz, onde W = {(x, y, z) R
3
/ x
2
+
y
2
+ z
2
1}.
(c)
___
W
_
x
2
+ y
2
+ z
2
dxdy dz, onde W = {(x, y, z) R
3
/ x
2
+ y
2
+ z
2

x}.
(d)
___
W
a dxdy dz, onde W = {(x, y, z) R
3
/ x
2
+ y
2
+ z
2
1, x 0}.
21. Calcule o volume do slido limitado:
(a) pelo cilindro x
2
+ 4 y
2
= 4 e pelos planos z = 0 z = x + 2
(b) pelo parabolide z = x
2
+ y
2
e pelo plano z = x
(c) pelos parabolides z = 9 x
2
+ y
2
e z = 18 9 x
2
y
2
(d) pelas superfcies z =
_
x
2
+ y
2
e z = x
2
+ y
2
(e) pela superfcie z = 4 4 x
2
y
2
e o plano xy
(f) pelos cilindros x
2
+ z
2
= 1 e y
2
+ z
2
= 1.
(g) pelos planos z = 0, y = 0, z = x e pelo cilindro x
2
+ y
2
= 9
22. Se W um slido no homogneo com densidade em cada ponto dada por
w = f(x, y, z), a massa de W denida por:
M
W
=
___
W
f(x, y, z) dxdy dz.
As coordenadas do centro de massa do slido W so denidas por:
x =
___
W
xf(x, y, z) dxdy dz
M
W
, y =
___
W
y f(x, y, z) dxdy dz
M
W
e
z =
___
W
z f(x, y, z) dxdy dz
M
W
282 CAPTULO 11. MUDANA DE COORDENADAS
(a) Calcule a massa de W = {(x, y, z) R
3
/ x
2
+y
2
9, 0 z 9x
2
y
2
}
se a densidade f(x, y, z) = z
(b) Calcule o centro de massa do slido limitado por z
2
= xy, x = 5, y = 5
e z = 0 se a densidade f(x, y, z) = 1
(c) Calcule o centro de massa do slido limitado pela esfera x
2
+y
2
+z
2
= a
2
e situado acima do plano z = 0, sabendo que a densidade em cada ponto
proporcional distncia do ponto ao centro da esfera.
(d) Se a densidade num ponto de uma estrla esfrica gaseosa dada por
f = C e
(/R)
3
, onde C > 0, R o raio da estrela e a distncia do
ponto ao centro da estrela. Calcule a massa da estrela
23. Se W um slido no homogneo com densidade em cada ponto dada por
w = f(x, y, z), ento os momentos de inrcia em torno dos eixos coordenados
so denido por:
I
x
=
___
W
(y
2
+z
2
) f(x, y, z) dxdy dz, I
y
=
___
W
(x
2
+z
2
) f(x, y, z) dxdy dz
e
I
z
=
___
W
(x
2
+ y
2
) f(x, y, z) dxdy dz
Determine o momento de inrcia de cada slido em relao ao eixo indicado
supondo que a densidade K constante.
(a) W = {(x, y, z) R
3
/ x
2
+ y
2
a
2
, 0 z h} em relao ao eixo dos x
(b) W = {(x, y, z) R
3
/ a
2
x
2
+ y
2
b
2
, 0 z h} em relao ao eixo
dos z