Apostila Intercessão

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Antes de tudo, pois, exorto que se use a prtica de splicas, oraes, intercesses, aes de graas, em favor de todos os homens.

I Timteo 2:1

NDICE
1. Por que interceder? 2. O que Guerra Espiritual?
2.1) Seu inimigo um ser real 2.2) Satans tem um exrcito organizado 2.3) Satans tem poderes reais 2.4) Caractersticas dos demnios 2.5) Os poderes dos demnios 2.6) O trabalho dos demnios 2.7) O ambiente da Guerra Espiritual 2.8) Os anjos so auxiliadores

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3. Armas Espirituais 4. Princpios de Guerra segundo o ensino de Jesus


4.1) S podemos guerrear em unidade. S h vitria em unidade 4.2) S podemos entrar para a Guerra se estivermos cobertos 4.3) A Guerra Espiritual pela uno, pelo poder do Esprito Santo 4.4) No tem como fazer guerra sem amarrar o valente

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5. A Orao e seu alcance


5.1) Formas de intercesso 5.2) Aspectos importantes da orao bem sucedida 5.3) Obstculos orao respondida 5.4) Orao de Poder 5.5) As qualidades dos intercessores 5.6) O preo da intercesso 5.7) Compaixo e intercesso

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6. Intercesso sem limites


6.1) Intercesso no ministrio de Jesus 6.2) Modelos do Velho Testamento 6.3) Falta de Intercessores 6.4) Qualificaes do Intercessor

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7. A Orao e a Palavra
7.1) Conhea a vontade de Deus pela Palavra 7.2) Comece a orao pela resposta 7.3) Como orar a Palavra 7.4) A submisso vontade de Deus 7.5) Orando segundo a Sua vontade 7.6) Fechando as portas da mente 7.7) Como fechar as portas da mente

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8. A Intercesso em Misses
8.1) A posio de intercessor 8.2) A urgncia de intercesso 8.3) O preo da Intercesso 8.4) A intercesso um dos pilares da obra missionria 8.5) Como interceder por um povo no alcanado

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UMA PALAVRA INICIAL...


A intercesso um chamado para todo aquele que feito filho de Deus. Muitos acham que a intercesso somente para alguns que tm esse ministrio especfico, ou para as senhoras, para as mes, ou os lderes. Mas isso um grande engano. Se voc no compreende a importncia da intercesso, ento voc ainda no compreendeu a profundidade do seu chamado em Deus. Quando Paulo ensina sobre os dons que so distribudos por Deus dentro do corpo, Ele no menciona dom de intercesso. Quando ele fala a respeito dos ministrios, ele tambm no menciona ministrio de orao ou ministrio de intercesso. Por qu? Porque isso no algo dado a alguns. O chamado para interceder de todos. Mas o que acontece hoje? As igrejas ensinam que alguns tm esse ministrio e outros no. Isso um engano. Isso acrescentar algo que a Palavra de Deus no ensina. A Palavra de Deus diz que quando somos feitos filhos de Deus ns tambm, imediatamente, nos tornamos SACERDOTES. A intercesso um dos pilares do servio sacerdotal. A adorao quando ministramos a Deus e a intercesso quando clamamos a Deus pelas causas Dele. Voc j parou para meditar nisso? Guarde bem essa palavra: SACERDCIO! Antes da obra de morte e ressurreio de Cristo era permitido apenas aos sacerdotes ministrar a Deus e interceder pelo povo. Mas quando o vu se rasgou e a obra da cruz se consumou, todos ns adquirimos o poder de sermos sacerdotes diante de Deus. E quando digo isso, me refiro no apenas ao grande privilgio de podermos ser sacerdotes, mas principalmente RESPONSABILIDADE que isso implica. Portanto, interceder uma responsabilidade de todo crente, que sacerdcio real. Vs tambm, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdcio santo, para oferecer sacrifcios espirituais agradveis a Deus por Jesus Cristo, I Pe 2:5. Mas vs sois a gerao eleita, o sacerdcio real, a nao santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz, I Pe 2:9. Alm disso, a intercesso um aspecto da vida de orao, que tambm inerente vida de todo cristo genuno e no apenas algo para alguns. Orando em todo o tempo com toda a orao e splica no Esprito, e vigiando nisto com toda a perseverana e splica por todos os santos, Ef 6:18. Voc percebe agora o quanto importante que estudemos sobre sacerdcio? Saber o ofcio do sacerdote descobrir o nosso chamado, descobrir a vontade de Deus para ns! Sabendo isso, o propsito deste material compartilhar sobre os aspectos fundamentais da intercesso para que a sua identidade em Deus seja descortinada. Voc sacerdote! Voc intercessor! para isso que Deus te resgatou, para ser casa para Ele e tambm para ser um intercessor. Esse material poder auxiliar a quebrar as estruturas de engano que tm prendido a sua vocao em Deus. Por isso, nesse momento, ore e pea que o Esprito Santo ilumine o seu entendimento e traga revelao, luz sobre as verdades da Palavra.

1. Por que interceder?


Ao longo das nossas vidas com Deus temos perguntado ao Senhor e a ns mesmos: Por que orar? As nossas oraes tm realmente alguma importncia? Afinal, Deus no vai fazer o que Ele quer de qualquer maneira? Deus precisa que eu ore ou Ele quer simplesmente que eu ore? possvel que a vontade de Deus seja frustrada de alguma forma, ou deixe de ser realizada se eu no orar? Minhas oraes podem realmente mudar as coisas? Para responder a essas perguntas precisamos compreender:

1.1) Deus escolheu fazer do homem governante sobre a Terra


Inicialmente, Ele deu a Ado, a Eva e a Seus descendentes o domnio sobre a terra e sobre toda criao, como vemos em Gnesis 1:26-28: Tambm disse Deus: Faamos o homem nossa imagem, conforme a nossa semelhana; tenha ele domnio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos cus, sobre os animais domsticos, sobre toda a terra e sobre todos os rpteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem sua imagem, imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abenoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos cus e sobre todo animal que rasteja pela terra. Salmo 8:3 a 8: Quando vejo os teus cus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste; que o homem mortal para que te lembres dele? e o filho do homem, para que o visites? Pois pouco menor o fizeste do que os anjos, e de glria e de honra o coroaste. Fazes com que ele tenha domnio sobre as obras das tuas mos; tudo puseste debaixo de seus ps: Todas as ovelhas e bois, assim como os animais do campo, as aves dos cus, e os peixes do mar, e tudo o que passa pelas veredas dos mares. Deus no abriu mo de seu direito de propriedade sobre a terra, mas Ele atribuiu ao homem a responsabilidade de govern-la. O Salmo 115:16 tambm confirma isso: Os cus so os cus do SENHOR; mas a terra a deu aos filhos dos homens.

1.2) Deus escolheu fazer do homem sacerdcio


Devemos compreender que Deus opera atravs das oraes de seu povo: Deus escolheu trabalhar atravs das pessoas! Deus no precisa de nada, mas ESCOLHEU se manifestar em ns e atravs de ns. O propsito de Deus manifestar a Sua glria por meio da Igreja e no apenas por meio Dele mesmo. Se o nico propsito de Deus fosse exclusivamente a salvao, ns seramos prontamente arrebatados aps termos recebido essa salvao. Mas depois de salvos, somos ainda por tempo conservados por Deus na Terra, porque temos um propsito a cumprir: dar testemunho de Cristo. Deus no precisa de nada. Ele soberano e suficiente em si mesmo. Mas Deus escolheu manifestar a Sua glria atravs de ns. Em Efsios, Paulo explica que a Igreja a plenitude de Cristo. Deus escolheu cumprir plenamente Seu propsito unindo Cristo e a Igreja. 4

1.3) A vontade de Deus jamais ser frustrada


Jesus prometeu que iria voltar. Mas Ele no determinou exatamente o tempo, porque o tempo dependeria de que ns, em nosso livre-arbtrio, trabalhssemos para que Ele voltasse. A Igreja que vai determinar o tempo da volta de Jesus. Quando a Igreja cumprir plenamente o seu propsito na Terra, Jesus voltar. Esse trabalho fala de orao e intercesso. Na orao que Jesus ensinou Ele diz ao Pai: seja feita a Tua vontade assim na Terra como no cu, em Mateus 6:9. O cu o lugar onde a vontade de Deus cumprida plenamente e prontamente. A orao que vai gerar o cumprimento daquilo que est no cu, aqui na Terra. Como um brao, a orao puxa aquilo que est estabelecido nos cus para a Terra. Os propsitos eternos de Deus jamais sero frustrados. Mas uma gerao negligente perder a oportunidade de manifestar os planos de Deus na Terra, que certamente sero cumpridos por outra gerao que se mostre mais compromissada e fiel, principalmente em intercesso. Nosso desafio que no negligenciemos nossa responsabilidade e grande oportunidade. A orao o nico meio pelo qual a mo de Deus se move na Terra.

1.4) A intercesso responsabilidade da Igreja


O dar de Deus inseparavelmente ligado ao nosso pedir, apenas pela intercesso que o poder trazido dos cus e capacita a Igreja a conquistar. Pedi, e dar-se-vos-; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-. Mateus 7:7. A intercesso no meramente uma simples orao, mas algo que uma pessoa faz atravs da orao. A intercesso cria um encontro. Os intercessores se encontram com Deus apresentando uma causa de outra pessoa. Somos aptos a interceder por causa do Sangue de Jesus. Todos ns podemos entrar na presena de Deus por causa do Sangue de Jesus e em Nome Dele, apresentar a causa de algum diante de Deus Pai. Interceder abrir portas para a manifestao da vontade de Deus. Interceder guerrear com foras espirituais do mal, mediante a autoridade que nos foi dada pelo Nome de Jesus, como diz em Efsios 6:12-20. Cada vez que Deus encontra harmonia entre o que lhe pedimos e Seus planos, Ele emite uma ordem para que Seus anjos realizem na Terra. Quando encontra aqui pessoas que esto pensando como Ele, Deus mediante a Sua palavra, move a nosso favor a guerra contra as foras espirituais do mal. Portanto, a responsabilidade da intercesso da Igreja. Deus ir cumprir todos os Seus planos, mas delegou igreja sua parte de responsabilidade. Haver uma igreja na Terra que far a vontade Dele. sua escolha se voc far ou no parte dessa gerao que obedeceu. Assim ser a palavra que sair de minha boca, ela no voltar para mim vazia, mas far o que me apraz, e prosperar naquilo para que a enviei, Isaas 55:11. Somos a boca e expresso de Deus aqui na Terra! Ele escolheu nos usar! V, ponho-te hoje sobre as naes, e sobre os reinos, para arrancares e derrubares, para destrures e arruinares, e para edificares e plantares, Jeremias 1:10. Decida ser usado por Deus, decida ser um intercessor! nossa responsabilidade!

2. O que Guerra Espiritual?


Existe uma luta espiritual real. A guerra espiritual uma realidade diria da Igreja quer ela queira ou no, quer ela se atente para isso ou no. Uma igreja que est alheia para essa guerra espiritual certamente estar presa pelas fortalezas de engano e outras foras do inferno e ser incapaz de cumprir plenamente a vontade de Deus na Terra. A Palavra diz: Porque a nossa luta no contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as foras espirituais do mal, nas regies celestes, Ef 6:12. A guerra espiritual , portanto, uma batalha do crente contra as foras espirituais do mal para que Cristo seja manifesto pela Igreja e o Evangelho conhecido. Essa batalha, todavia, no tem como finalidade conquistar a salvao pessoal. A salvao s poderia ter sido conquistada por Jesus na cruz e isso j est feito! O cristo no batalha para ir para o cu, isso j est feito e a salvao vem pela f. O cristo batalha para que Cristo seja conhecido, para que o mundo veja na Igreja o testemunho de Cristo e tambm creia Nele. O cristo batalha para que as naes conheam a obra de Jesus e sejam salvas. O cristo batalha para que seja cada vez mais aperfeioado e se torne semelhante a Jesus. Existem, portanto consideraes muito importantes a respeito da batalha espiritual: No uma batalha para conquistar a salvao pessoal e sim para fazer essa salvao j conquistada por Jesus seja conhecida pelo mundo; uma responsabilidade da Igreja de se posicionar e guerrear essa batalha; Deus j proporcionou tudo que necessrio para que o cristo seja vencedor nessa batalha; Quem est em luta contra o diabo na Terra a Igreja e no Deus. Deus j venceu Satans e deu Igreja o poder para fazer o mesmo. Vencer a luta contra o diabo na Terra responsabilidade da Igreja, embora Deus j tenha proporcionado todo o necessrio para que a Igreja vena. Deus no est em guerra contra o diabo, nem jamais esteve. O diabo uma criatura infeliz e miservel que jamais poderia sequer lutar contra Deus. O diabo tentar contra a Igreja porque sabe que haver uma igreja responsvel e outra irresponsvel e far de tudo para prender as mentes e coraes.

Portanto, a guerra espiritual uma realidade inegvel. No uma questo de escolha! No uma questo de querer ou no participar. Quando voc parte para a conquista da sua herana, voc partiu para uma guerra e voc, na verdade, tem trs opes: 1. Estar numa guerra sem ter conscincia de que est numa guerra. 2. Estar na guerra sabendo da sua existncia, mas sem se posicionar para lutar. 3. Estar na guerra lutando e se armando com todas as armas possveis para o combate. Voc precisa conhecer as tticas do diabo, pois ele no tem sabedoria que vem do alto, mas ele extremamente inteligente, sagaz, mentiroso etc. Sua principal ttica o engano: ele engana as naes, os crentes, pastores, missionrios. Vamos ento, comear entendendo melhor algumas caractersticas de Satans e seu exrcito: 6

2.1) Seu inimigo um ser real:


No outro seno satans. Ele um ser espiritual, uma pessoa com uma personalidade. No o que muitos pregam por a: um mero conceito de mal. Assim como o Esprito Santo uma pessoa, como voc uma pessoa, Satans tambm o . Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio tambm Satans entre eles, J 1:6 - Ele referido com pronomes pessoais, como um ser vivo.

2.2) Satans tem um exrcito organizado:


Lucas 4:5 e 6: E, elevando-o, mostrou-lhe, num momento, todos os reinos do mundo. Disselhe o diabo: Dar-te-ei toda esta autoridade e a glria destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser. Efsios 6:12:...porque a nossa luta no contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as foras espirituais do mal, nas regies celestes. Ezequiel 28:11-15:Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, levanta uma lamentao contra o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Tu s o sinete da perfeio, cheio de sabedoria e formosura. Estavas no den, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o srdio, o topzio, o diamante, o berilo, o nix, o jaspe, a safira, o carbnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados. Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado at que se achou iniquidade9 em ti. Lucas 11:18 diz: Se tambm Satans estiver dividido contra si mesmo, como subsistir o seu reino? Daniel 10:12 e 13:Ento, me disse: No temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o corao a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, que eu vim. Mas o prncipe do reino da Prsia me resistiu por vinte e um dias; porm Miguel, um dos primeiros prncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive vitria sobre os reis da Prsia. H diferentes graus de autoridade nos emissrios de Satans. Existem prncipes que tm subalternos no mundo maligno. E quando ele destronado, seus subalternos se dispersam. O livro de Daniel nos traz muita luz sobre este assunto. O povo estava no cativeiro babilnico e o prncipe de Satans que estava sobre aquele imprio no queria deixar o povo sair. Foi preciso que Deus enviasse o anjo Miguel, da mais alta autoridade celestial, para combater o prncipe da Prsia, a fim de permitir que o anjo mensageiro chegasse Terra trazendo a mensagem de Deus para Daniel que estava orando por 21 dias. Vemos aqui o combate entre o anjo de Deus e um prncipe de Satans. Voc pode pensar: estou frito! Se um anjo da categoria de Miguel teve tanto trabalho com o prncipe de Satans, o que ser de mim? Hoje Jesus est assentado sobre todo o nome e a Sua 7

autoridade foi confiada Igreja. Jesus disse: Em meu nome expulsaro demnios, Marcos 16:17. Voc no vai lutar na sua fora, mas na de Jesus, pelo poder do Esprito Santo que habita em voc.

2.3) Satans tem poderes reais


Uma das estratgias de guerra nunca subestimar o inimigo. Nunca subestime o poder de Satans, porque Ele realmente o tem. Se voc o subestimar, estar fadado a tristes surpresas. Mas no podemos tambm olhar para Satans temerosos e com medo porque a Palavra nos assegura que maior o que est em ns (I Joo 4:4 ). O adversrio real, tem poderes reais, tem um exrcito organizado, mas Cristo deu Igreja autoridade sobre ele. Mas quando a igreja local descobre a autoridade e poder que tem em Cristo e no Esprito Santo, levanta-se e destrona o valente em sua rea; vemos ento pessoas sendo redimidas, libertas, curadas, restauradas. Se cada igreja tiver um grupo de intercessores que guerreia pelo seu trabalho de redeno das vidas e edificao do povo de Deus, teremos grandes vitrias. Colossenses 2:15: E, despojando os principados e as potestades, publicamente os exps ao desprezo, triunfando deles na cruz. Esse um quadro militar. Paulo v diante de si o que ele estava habituado a ver com os soldados romanos. Quando um exrcito vencia, tomava os soldados inimigos, despia-os de todas as suas vestes, suas insgnias e amarrava-os uns aos outros e os trazia em desfile, em procisso. Eles voltavam para casa triunfantes, trazendo atrs de si, despidos, todos os soldados inimigos, para vergonha. esse o quadro que Paulo est usando, quando diz que Jesus despiu, despojou, retirou a autoridade destes principados e, no reino do esprito, os levou em procisso quando publicamente foram desprezados, porque Jesus triunfou sobre eles na cruz do Calvrio. Glria a Jesus!

2.4) Caractersticas dos Demnios


1. Seres espirituais: Demnios e anjos so chamados seres espirituais. Lucas 10:17-20 Efsios 6:12. 2. Moralmente pervertidos: Em sua pessoa: So pervertidos e operam em trevas morais, so chamados espritos imundos. Efsios 6:12: Mateus 10:1: Marcos 1:23 Lucas 11:24 Ou ainda chamados de foras espirituais da maldade. Efsios 6:12 Alguns so piores que outros. Mateus 12:45 8

Em sua doutrina: Promovem um sistema de mentira. I Timteo 4:1-3 Operam em falsos mestres e seu carter maligno se manifesta: 2 Timteo 3:6,8 e 2 Pedro 2:2,3,10,13,18

Em sua conduta: Introduzem falsos discpulos e confuso. Mateus 13:37-42 Transformam-se em anjos de luz. 2 Corntios 11:13-15

3. Invisveis, mas capazes de manifestao: Como os anjos se manifestam, tambm os demnios. H referncias de Satans se manifestando. possvel, pois, que demnios tambm apaream tomando forma humana. Gnesis 3:1 Zacarias 3:1 Mateus 4:9-10

2.5) Poderes dos Demnios


1. Inteligncia sobrenatural Conhecem a identidade de Cristo. Marcos 1:14-34 Conhecem o grande poder de Deus. Marcos 5:6-7 Sabem o lugar de sua priso e seu futuro julgamento. Mateus 8:28-29 Lucas 8:31: Sabem como corromper a sua doutrina. I Timteo 4:1-3 Tm conhecimento de coisas futuras ou ocultas. Atos 16:16 A fonte de seu conhecimento est no fato de serem criaturas de natureza superior com vasta experincia milenar, reunindo informaes. Usam toda sua inteligncia contra Deus e seus propsitos. Mas seu conhecimento limitado e seus planos so frustrados por Deus. 2. Fora sobrenatural Em controlar os homens. Atos 19:14-16 Marcos 5:1-4 Mateus 17:14-20

Em afligir os homens. Apocalipse 9:1-19 Em operar obras sobrenaturais. 2 Tessalonicenses 3:9 Apocalipse 13:13-15 Buscam imitar os milagres de Deus, mas h limites, como no caso dos mgicos egpcios. xodo 5:7-19 3. Presena sobrenatural Assim como os anjos se movem no espao rapidamente tambm os demnios como h muitos demnios, a influncia de Satans pode se fazer sentir em muitos lugares ao mesmo tempo. Daniel 9:21-23 Daniel 10:10-14

2.6) O Trabalho dos Demnios


As atividades demonacas podem ser diversas, mas esto sempre direcionadas no sentido de promover a injustia e a destruio de tudo quanto bom. Promovem o programa de Satans: Os demnios obedecem a Satans e servem a seus propsitos. Satans o deus dos demnios. Esses maus espritos no cessam de promover o engano e a maldade satnica. Mateus 12:24 Joo 12:31 Apocalipse 12:7 Satans no onipotente, nem onipresente, nem onisciente. Sua presena, poder e conhecimento so grandemente ampliados atravs dos seus demnios. H cooperao demonaca evidente atravs de vrias Escrituras. Mateus 12:26-45 Lucas 8:30 I Timteo 4:1 A) Os demnios transmitem a filosofia de Satans em vrias escalas: 1. Na vida de indivduos: O objetivo lev-los a andarem de acordo com a filosofia deste mundo, do prncipe da potestade do ar. Efsios 2:1-2 Promovem desejos carnais e sensuais, orgulho, materialismo e toda sorte de impurezas na vida das pessoas. Joo 16:11 I Joo 2:16 2. Nos governos das naes: Satans e seus demnios trabalham atrs de governos, para influenci-los em sua filosofia, programa e aes. A oposio divulgao do Evangelho em todas as formas tem a ver com influncias de demnios. Daniel 10:13-20. 10

3. No sistema mundial: Num sistema espiritual mundial que estende a influncia de Satans aos homens, atravs dos demnios. Para controlar o mundo, Os demnios se organizam em combate, sob a liderana de seu lder. Mateus 12:26 Joo 12:31 Joo 13:30 Joo16:11 Efsios 6:11-12 I Joo 5:19 B) Como Satans age contra os desgnios de Deus: 1. Promovendo rebelio. Gnesis 3: Apocalipse 16:14 Apocalipse 9:20-21 2. Caluniando, acusando. Eles acusam Deus diante dos homens. Gnesis 3:1-5 Romanos 3:5-8 Tiago 1:13 Acusam os homens diante de Deus. Joo 1:9,11 Joo 2:4-5 Zacarias 3:1 Apocalipse 12:10 3. Promovendo idolatria. Levtico 17:7 Deuteronmio 32:17 Salmos 96:4-5 Isaas 65:11 I Corntios 10:20 Apocalipse 13:4-15 4. Rejeitando a graa. Eles aborrecem a graa. Incapazes de arrependimento e salvao, nada entendem da graa e procuram impedir os homens de receberem-na. Eles torcem a graa de Deus com suas mentiras. 2 Corntios 4:3-4 3:6-7 5. Promovendo falsas religies e seitas. Nas suas mentiras Satans e seus demnios tanto trabalham dentro, quanto fora da verdadeira religio. O Novo Testamento nos adverte tambm contra heresias que torcem a verdade enquanto conservam alguma coisa dela. 2 Corntios 11:13-15 2 Corntios 11:22-23 Glatas 1:6-8 Colossenses 2:18-23 11

I Timteo 4:1-4 6. Oprimem a humanidade. Os demnios agem nos homens nas mais diversas formas de engano, degradao e destruio. Oprimem verdadeiramente a humanidade. 7. Atravs das foras da natureza. Joo 1:12,16,19 8. Degradando a natureza humana. Efsios 2:1-3 Romanos 1:18-32 9. Desviando da verdade Os demnios cegam os homens para a verdade. 2 Corntios 4:3-4 I Timteo 4:1-4 I Joo 4:1-4 10. Desestabilizando o corpo Os demnios os podem causar muitos tipos de problemas fsicos. A Bblia no atribui todas as enfermidades a demnios, mas distingue claramente doenas naturais de demnios. Mateus 4:24 Marcos 1:32-34 Lucas 7:21 9:1 11. Perturbando a mente Certas desordens mentais tm origem em operaes de demnios. Outras so de carter fsico. Entre as demonacas temos: Insanidade - Lucas 8:27-29 Tendncia ao suicdio - Marcos 9:22 Depresso 12. Destruindo a vida. Apocalipse 18:2-24 Apocalipse 9:14-19 13. Dominando indivduos Os agentes de Satans controlam certos homens na promoo da imoralidade, religies falsas, ocultismo e outros enganos. 2 Tessalonicenses 2:7-18 Atos 8:9-24 Atos 13:8-11 Atos 16:16-19

C) O trabalho dos demnios tambm se ope aos santos 1. Contra os crentes em geral. Efsios 6:12 Nem toda luta necessariamente provocada por demnios. Muito vem da natureza humana corrompida, mas reconhecemos que grandes hostes malignas fazem guerra contra ns. 12

Romanos 7:21-24 Tiago 1:14-15 2. Atacando a confiana e dedicao. A Armadura de Deus reflete o tipo de ataque que podemos esperar. Efsios 6:14-18 3. Tentado a pecar. I Corntios 5:1-5 Efsios 2:2-3 I Tessalonicenses 4:3-5 I Joo 2:18 4. Criando divises. O corpo deve estar unido. Demnios dividem e derrotam planos de unio na Igreja, quer localmente ou universalmente. Demnios promovem divises doutrinrias. Eles falam atravs de falsos mestres. I Timteo 4:1-3 5.Causando perseguies. Apocalipse 2:8-10 Porque gastamos tanto espao dissertando sobre satans, sua natureza, suas capacidades, suas intenes e seu exrcito? Porque uma grande estratgia do diabo com os obreiros e missionrios levar ao ativismo numa cadeia de atividades e responsabilidades reais, verdadeiras, mas que no final, no esto cobertas por tempo gasto em orao, intercesso e por isto mesmo acabam sendo estreis. fundamental entendermos que a verdadeira realidade espiritual; existe um mundo espiritual, invisvel aos olhos naturais, mas nele que as batalhas devem ser travadas, pois nele que as vitrias ou derrotas so definidas. Mas o que acontece com a maioria dos cristos? Se envolve em atividades, uma correria onde parece que muitas coisas esto sendo feitas, mas, se no houver uma atividade espiritual consistente cobrindo, abrindo caminhos, nada de fato, nada de valor eterno, real a nvel espiritual acontecer. O inimigo real, a guerra real, precisamos lutar, em primeiro lugar, espiritualmente.

2.7) O ambiente da Guerra Espiritual


A Bblia fala de trs cus: 1. O terceiro cu, ou paraso II Corntios 12:2-4 Ora, se h terceiro cu, h segundo e h primeiro. No sabemos se h quarto, quinto ou sexto. 2. O primeiro cu o firmamento na atmosfera da terra Gnesis 1:6-8 3. O segundo cu. Entre a atmosfera onde os homens habitam e o terceiro cu onde Deus habita, definitivamente existe o segundo cu. Para alm da atmosfera da terra h o espao exterior. Ali o segundo cu. Davi chama-o de cus. 13

Salmos 8:3 neste segundo cu que Satans e seus anjos cados fazem sua morada. Eles se movem para o primeiro cu a fim de realizarem sua obra de engano, opresso e destruio nos homens. Satans mesmo vai at o terceiro cu e acusa os santos diante do trono de Deus. Joo 1:6-12: Apocalipse 12:10: No segundo cu que agentes inimigos interceptam as respostas s nossas oraes, procurando impedir que cheguem at ns. H guerra constante no meio espiritual e l que, primeiro, as guerras so vencidas. A vitria da Igreja acontece quando aprendemos a conhecer e prevalecer sobre os principados.

Os anjos so mobilizados por Deus, atravs das oraes e intercesses.

2.8) Os Anjos so auxiliadores


Salmos 91:11-12 Porque aos seus anjos dar ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. Eles te sustero nas suas mos, para que no tropeces em alguma pedra. Daniel 10:12 Ento me disse: No temas, Daniel; porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu corao a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, so ouvidas as tuas palavras, e por causa das tuas palavras eu vim. Atos 12:5;7 Pedro, pois, estava guardado na priso; mas a igreja orava com insistncia a Deus por ele. E eis que sobreveio um anjo do Senhor, e uma luz resplandeceu na priso; e ele, tocando no lado de Pedro, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa. E caram-lhe das mos as cadeias. Atos 10:3-4 cerca da hora nona do dia, viu claramente em viso um anjo de Deus, que se dirigia para ele e lhe dizia: Cornlio! Este, fitando nele os olhos e atemorizado, perguntou: Que , Senhor? O anjo respondeu-lhe: As tuas oraes e as tuas esmolas tm subido para memria diante de Deus

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3. Armas Espirituais
Deus colocou em nossas mos armas poderosas. 2 Corntios 10:3 declara: Porque embora andando na carne no militamos segundo a carne. Isto , embora vivamos num corpo, no usamos na guerra armas humanas como crtica, luta, inveja, contenda. Porque nossa luta no contra homens, contra seres espirituais. Somos espirituais e lutamos contra seres espirituais, logo as armas de combate tambm so espirituais. 2 Corntios 10:4 e 5: Porque as armas da nossa milcia no so carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir fortalezas; anulando sofismas. Derrubando raciocnios e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo pensamento obedincia de Cristo. Quais as armas de que dispomos pata demolir as fortalezas inimigas, especialmente na batalha da intercesso? Vamos apenas falar rapidamente sobre as armas: 1. O Nome de Jesus: Ele transporta a mais alta autoridade no mundo do esprito (Filipenses 2:9,10). E Ele nos deu Sua autoridade e o direito de usar Seu nome (Tiago 4:7; Atos 3:6,12,13,16). O poder que est por trs do Nome de Jesus o poder do Altssimo. Somos exortados a crer nesse Nome (1 Joo 3:22 e 23) e ele arma diante da qual o inimigo foge em terror. O nome de Jesus a chave que tanto abre os tesouros do Cu, quanto tranca os poderes do inferno. Portanto, todas as nossas oraes devem ser feitas em nome de Jesus e todos os demnios confrontados neste mesmo Nome sem igual. 2. A Palavra de Deus A Palavra a espada do Esprito. Lutamos a partir de uma posio, e esta a Palavra do nosso Deus, espada de dois guines, cortante e penetrante (Hebreus 4:12). Esta a arma ofensiva usada por Jesus contra Satans e por ela que alcanaremos a vitria. O modo de usarmos a Palavra como arma pela confisso dos nossos lbios. Como vamos a Deus, levando Suas promessas em nossos lbios, tambm enfrentamos Satans declarando a Palavra de Deus. 3. A f em Jesus A f uma tremenda arma espiritual. Joo declara: Todo o que nascido de Deus, vence o mundo; e esta a vitria que vence o mundo: a nossa f (1 Joo 5:4). F em Deus e Sua Palavra; f no poder do Nome de Jesus; f em Suas promessas. O autor da carta aos Hebreus, falando sobre a vitria dos heris da f, declara: Por meio da f venceram reinas, praticaram a justia, alcanaram promessas, fecharam a boca dos lees, apagaram a fora do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram foras, tornaram-se poderosos na guerra, puseram em fuga exrcitos de estrangeiros, as mulheres receberam pela ressurreio os seus mortos. (Hebreus 13:33 a 35a).

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4. O sangue do Cordeiro Apocalipse 12:11 diz: Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro. O sangue de Jesus nos garante a vitria. Satans olha para o sangue sobre ns e tem que fugir. O sangue urna arma contra as potestades. A marca do sangue est em nosso corao. O anjo da destruio no ter poder sobre ns. Temos uma cobertura. O sangue do Calvrio retm o seu poder, que vivo e operante. O modo de usarmos o sangue de Jesus como arma espiritual, testemunhando com nossa boca o que ele representa. Em assim fazendo, deixamos que Satans saiba que sabemos o que somos em Cristo e que sabemos aplicar os benefcios do sangue da aliana s nossas necessidades, Isso faz com que ele fuja de ns. Ele tem medo, horror do sangue de Jesus, pois este tanto a base da nossa vitria, como tambm da derrota de Satans. O sangue de Jesus o fundamento, a base, de toda autoridade humana sobre o inimigo. 5. A palavra do nosso testemunho Joo testifica no Apocalipse: Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e a palavra do seu testemunho Apo. 12:11). Testemunho a conflitos dos nossos Lbios. Quando abrimos a nossa boca e confessamos que Deus fiel e que Suas promessas se cumprem, ns estamos vencendo o inimigo. Toda confisso vitoriosa, baseada na Palavra de Deus e feita em f, proclama a derrota de Satans. E aqui est uma boa confisso que podemos fazer: Eu tenho fora para todas as coisas em Cristo que me fortalece (estou pronto para qualquer coisa e equipado para tudo, atravs daquele que me infunde fora interior; eu sou todo suficiente na suficincia de Cristo Fp. 4:13 6. O Esprito Santo Sem Ele, nada nos resta. Temos uma armadura de proteo e armas, mas o Esprito Santo que nos capacita e d poder para us-las, Ele o poder de Deus esta ns. Quanto mais confiamos e nos submetemos a Ele, tanto mais efetiva nossa orao, por causa do Seu poder operando em ns. Ora, quele que poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos, ou pensamos, conforme o Seu poder que opera em ns... ( Ef. 3:20.) Tanto a habilidade ou poder quanto a fora, pertencem ao doce Esprito de Deus. Poderamos pensar em um soldado, para entender a diferena entre poder e habilidade. A farda representa a habilidade e as armas representam o poder. Voc est habilitado a lutar, porque filho de Deus e o Esprito residente em voc; tem tambm o poder, porque o mesmo Esprito se manifesta atravs de voc com Seus dons espirituais, liberando Seu prprio poder atravs de voc, que Sua residncia na Terra. importante que penetre no mais profundo do seu ser que a vitria no sue servio para o Senhor no ser medida por sua capacidade, criatividade, trabalho incessante, tudo isto necessrio, mas a vitria se dar acima de tudo por sua capacidade e prontido para usar as aramas espirituais que Deus deixou nossa disposio.

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4. Princpios de Guerra segundo o ensino de Jesus


Existem alguns momentos no ensino de Jesus que so ensinados claramente princpios de guerra espiritual. Vamos aqui estudar o episdio de Mateus 12:22 a 27. Trata-se da passagem onde Jesus expulsa um esprito que fazia o homem ser cego e mudo e os fariseus falaram que Ele expulsava demnios pelo poder de Belzebu. Belzebu uma diminuio da palavra Baal Zebube. Baal era o nome dos deuses daquele regio. E tinha um que se chamava Baal Zebube que significa O senhor das moscas. E passaram este nome para Belzebu que significa O senhor da pocilga ou senhor das fezes. E isto que mostra de fato toda obra do diabo: ele sujo, imundo e onde ele est h sujeira. E o Senhor respondeu no verso 25: Jesus, porm, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Todo reino dividido contra si mesmo ficar deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma no subsistir. Esta passagem da Bblia fala claramente que Satans tem um reino e foi o prprio Jesus quem disse isto. Satans o prncipe deste mundo. Vejamos a partir daqui alguns princpios de guerra espiritual.

4.1)

S podemos guerrear em unidade. S h vitria em unidade

O reino do inferno no dividido. Ele um reino baseado em princpios: inveja, competio, fora fsica, egosmo, humilhao. Mas no dividido. Eles tm um propsito: resistir a Deus, ao seu ungido e resistir contra a Igreja. No existem demnios a favor da Igreja e outros contra! Eles lutam unidos: so contra Deus e so contra a Igreja. Jesus aqui est dizendo que o diabo tem resistido enquanto reino porque ele tem unidade e ns s avanaremos se tivermos unidade. Voc no pode entrar na guerra se no estiver ligado ao Corpo. A nica maneira de voc aprender unido estando ligado ao corpo. Nunca ande sozinho. O principal trabalho do diabo hoje, sabe qual que ? levar voc a ficar sozinho, a andar sozinho. Se o diabo conseguir fazer voc andar sozinho, pronto, ele j te ganhou, porque se voc estiver separado do corpo voc presa fcil para ele, seja um pastor, seja um missionrio, seja um profeta, seja um evangelista, seja quem for, no pode andar sozinho. Houve um homem na Bblia que achou que podia andar sozinho, Elias, quando ele foi matar os profetas de Baal, ele diz assim em 1Reis: s eu fiquei, s eu, s tem eu de crente nessa terra, ele tava dizendo assim s a minha doutrina a certa, minha igreja a certa, a nica igreja da face da terra a minha, no quero comunho com nenhuma igreja, eu sou melhor que todos, eu recebi a revelao, isso que Elias quis dizer. Ns na MCM entendemos que o dono da verdade o Esprito Santo, no voc, nem eu, a verdade Jesus, Ele disse: Eu sou a verdade, o dono da verdade o Esprito Santo, ento, o Esprito Santo confia Jesus um pouco a mim, um pouco a voc, um pouco ali, ali; Ele confia Jesus ao corpo, ao corpo. Elias achou que podia andar sozinho. Sabe o que aconteceu com ele? Primeiro Deus disse: Olha, tem mais sete mil Elias, voc que no sabe Segundo Jezabel ps ele para correr quase quatrocentos quilmetros a p, e no foi pela estrada no, foi pelos montes. Depois que ele correu, onde ele foi parar? Numa caverna, ele foi parar numa caverna. Sabe o que significa caverna na Bblia? A pior condio espiritual de uma pessoa, a pior condio espiritual de uma pessoa representada pela caverna na Bblia, ele passou por uma profunda crise espiritual, correu do diabo, ele tinha matado quatrocentos profetas, agora o diabo pe ele para correr, porque ele disse que estava sozinho, entendeu? Mas depois que ele saiu da caverna, o que acontece? I Reis 19.19: Partiu, pois, Elias dali e achou a Eliseu. Ele foi procurar Eliseu, Eliseu era discpulo dele, ele tinha uma escola bblica, e Eliseu era aluno dele, ele procurou Eliseu at achar. ...filho de Safate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele; ele estava com a duodcima. Elias passou por ele e lanou o seu 17

manto sobre ele. Ento deixou este os bois, correu aps Elias, e disse: Deixa-me beijar a meu pai e a minha me, e, ento te seguirei. Elias respondeu-lhe: Vai e volta; pois j sabes o que fiz contigo. Voltou Eliseu de seguir a Elias, tomou a junta de bois, e os imolou, e, com os aparelhos dos bois, cozeu as carnes, e as deu ao povo, e comeram. Ento, se disps, e seguiu a Elias, e o servia. Depois que Eliseu fez isso, Elias fez isso, dessa data aqui at o arrebatamento de Elias foram dez anos, nunca mais Elias andou sozinho, nunca mais at o dia em que ele foi tomado para o cu, nunca mais, ele aprendeu a lio. Mas tem uma outra pessoa na Bblia que tambm achou que podia andar sozinho. Glatas foi a primeira epstola que Paulo escreveu e ele diz no versculo 11: ...o evangelho por mim anunciado no segundo o homem, porque no o recebi, nem o aprendi de homem algum. Isso aqui palavra de uma pessoa que est cheia de si, eu no tenho nada que aprender com voc, eu no aprendi de homem algum, recebi diretamente do Senhor, como que batendo no peito. Mas veja na frente, verso 13: Porque ouvistes qual foi o meu proceder outrora no Judasmo, como sobremaneira perseguia eu a Igreja de Deus e a devastava. E, na minha nao, quanto ao Judasmo avantajava-me a muitos de minha idade, sendo extremamente zeloso das tradies de meus pais. Paulo est dizendo o seguinte: do mesmo jeito que eu fui no judasmo, eu vou ser no cristianismo, l eu fui o primeiro, aqui vou ser o primeiro e mais adiante no verso 16:...sem detena, no consultei carne e sangue. Eu no preciso da tua opinio no meu ministrio, Paulo est dizendo isso, eu no preciso da sua ajuda, eu tenho a revelao, isso que Paulo est falando. Paulo, aqui, estava na infncia do seu ministrio, ele estava dando os primeiros passos, como um dos maiores, seno, o maior homem de Deus que j passou pela terra, depois de Jesus, mas ele estava dando os primeiros passos. Isso foi no alvorecer do seu ministrio. Agora veja o verso 18: Decorridos trs anos, ento, subi a Jerusalm para avistar-me com Cefas e permaneci com ele quinze dias. Depois de trs anos, ele comeou a perceber que a coisa no era bem do jeito que ele estava pensando e foi a Jerusalm: Eu vou conversar com Pedro, vou sentar um pouco l com ele, esse negcio de guerra espiritual, esse negcio no to fcil assim com eu pensei no. No basta voc ter viso! Paulo tinha a viso, mas ele no entendia que andar sozinho perigoso, mas finalmente comeou a entender. Veja agora Glatas 2:1 e 2: Catorze anos depois, subi outra vez a Jerusalm com Barnab, levando tambm a Tito. Ah! Agora ele entendeu, demorou quatorze anos, mas entendeu. Agora voc vai ver que nenhuma vez h referncia de Paulo sozinho, nem na priso. Ele comeou a entender sobre cobertura, agora ele foi acompanhado de Barnab e Tito. medida que voc se render a Deus, morrer para sua prpria vida, Jesus vai lhe dar uma viso muito clara e vai comear a cada dia mais te estabelecer ministerialmente. Nunca ande sozinho, no importa se voc est no comeo da sua vida ministerial ou se voc j serve a Jesus por 20 anos. Voc nunca ser to maduro que no precise de ningum. Voc nunca ter a revelao completa, no importa quo consagrado, quo espiritual voc se ache: Voc nunca ter a revelao sozinho, voc sempre precisar de outras partes do Corpo de Cristo e precisa entender que no Corpo que Cristo se manifesta. Onde Deus te levar no Brasil ou em outras naes, associe-se a outros irmos em Cristo, ande conectado, busque a unidade, seja um fator de unidade, procure aprender com outros ministrios cristos, sirva a outros ministrios e aprenda com a experincia deles.

4.2) S podemos entrar para a guerra se estivermos cobertos


Voc precisa ter algum, com o qual voc realmente pode abrir o corao, isso meu irmo, se voc quiser ter uma caminhada longa em Deus, ter uma folha de servios que vai permanecer pela eternidade, submeta-se a algum. Mas submeta-se de corao. Essa questo de cobertura, irmos, depende de revelao, no basta voc ouvir uma aula sobre cobertura, no seu esprito essa verdade tem que estar muito forte, no seu esprito, voc tem que entender l dentro que voc no pode caminhar sozinho, porque numa guerra se satans te 18

pegar sozinho ele te come, e voc tem que entender que voc no pode andar sozinho. Voc precisa encontrar o seu Elias, encontre um homem de Deus que voc olha para ele e voc diz olha, eu vou andar com esse homem, eu vou herdar esse manto. Ento, ande com aquelas pessoas que vo, realmente cobrir voc, que voc estando perto delas, voc vai crescer espiritualmente; o calor espiritual, a uno vai aumentar em voc quando voc comear a caminhar com essas pessoas. Vamos ver como se recebe o manto espiritual da sua cobertura II Reis 3.11Aqui est Eliseu, filho de Safate, que deitava gua sobre as mos de Elias. Literalmente, se Elias precisasse de gua pra tomar um banho, Eliseu ia preparar a gua, esquentar gua numa tina pra que ele tomasse banho. Se Elias precisasse de gua pra lavar as mos, quem ia buscar gua? Eliseu. Se voc quiser crescer, e se voc quiser andar de baixo de cobertura, comece a servir, chegue l na casa do teu pastor, e diga pastor vim lavar teu carro hoje, por favor me d essa oportunidade, quero lavar teu carro. Voc irm, vai l na casa do teu pastor e diga para a esposa dele:Irm, hoje, por favor, me d a oportunidade, eu quero ir para a cozinha, cozinhar, lavar prato, lavar vasilha, fazer tudo que for preciso, eu quero servir vocs. Uma coisa obedecer, a outra coisa servir, diferente, talvez se o pastor mandar voc lavar o carro dele, voc vai e lava. Mas no estou falando isso. A obedincia, voc obedece teu pastor, voc vai l e lava o carro dele. Mas servio diferente, servo, voc chega, faz porque voc servo, no porque voc obedeceu o que o pastor mandou, mas voc faz porque voc servo. Na medida em que voc serve, voc est sob cobertura. Voc s ter autoridade sobre outras pessoas, na medida em que voc serviu aqueles que estavam sobre voc. Voc s vai ter autoridade sobre outras pessoas na medida em que voc servir aqueles que Deus colocou sobre sua vida.

4.3) A guerra espiritual pela uno, pelo poder do Esprito Santo


Mateus 12:28 Se, porm, eu expulso demnios pelo Esprito de Deus, certamente chegado o reino de Deus sobre vs. No adianta voc querer fazer guerra baseado em qualquer outra coisa. Se voc no se enche do Esprito, nada adianta! Nada funciona! As pessoas que ficam com medo de jarra voando porque no so cheias do Esprito. Quem cheio do Esprito gosta de guerra, de briga espiritual. como Sanso! A Bblia fala que o Esprito de Deus incitava Sanso para guerrear, dava a ele valentia. Algum cheio do Esprito valente, ousado, fala a verdade em amor com convico, com coragem. Mas quanto mais na carne, mais medroso, covarde, mais recua... Ns temos que ser cheios do Esprito. Ser cheio do Esprito no algo que acontece uma vez e acabou. Ficou cheio para o resto da vida. No! Voc precisa buscar o enchimento do Esprito constantemente. Como somos cheios: buscando, querendo, pedindo, orando, louvando, sendo grato, andando na cruz, jejuando, meditando na Palavra, enfim tendo uma vida ativa espiritualmente. Jesus falou: Sem mim nada podeis fazer. A guerra espiritual feita na uno! Exrcito de Deus sem estar embriagado no Esprito tmido, covarde, assusta com cara feia de demnio. Observe o povo de Israel no deserto. O povo de Israel foi escravo no Egito por 400 anos. Todos eles foram pessoas que nasceram escravos, filhos de escravos, netos de escravos... Imagine a conversa do judeu com Josu: Eu nasci escravo, voc tem que me entender. Eu vi minha me sendo levada pelo tutor, eu tenho feridas fsicas e emocionais... Sabe qual foi a nica vez que registra na Bblia que eles falaram isto? Quando eles viram o povo que habitava na terra prometida e falaram que eles eram como gafanhotos perto deles. Sabe como Deus reagiu? Ele disse: No vo mais entrar em Cana. Sabe por que voc fica choramingando o seu passado e colocando-o como desculpa para o que voc no responde? Porque voc no teve revelao de quem voc em Cristo. Voc no 19

entendeu no seu esprito que voc nova criatura em Cristo. O seu velho homem j morreu e nasceu um novo homem em Cristo. Voc foi liberto do seu passado e no tem que ficar gastando tempo demais com esta coisa de cura, de libertao, de pesquisar passado, histria demais, no! Precisa aprender a ver quem voc em Cristo e andar olhando, no para o Egito do seu passado, mas firmar os olhos na Cana que Deus tem para voc e revestir-se do novo homem e entrar na posse do que Deus j te deu! Mas, imagine a cena: Deus manda Moiss organizar o povo em um exrcito. E Moiss fala: Cada judeu aqui vai entrar numa ala do exrcito. Cada judeu vai ser um soldado. E o judeu fala: Moiss radical demais. No concordo com esta radicalidade. Cada judeu deve ser um soldado?! Ser que ele no sabe do meu passado, dos meus traumas, da escravido. Eu nunca lutei com armas, no tenho costume com estas coisas, eu era escravo. Voc acha que Moiss deu brecha para que eles falassem isto? No! Eles tiveram que entrar numa unanimidade. Ou voc entende que a uno de Deus que te transforma e faz de voc outra pessoa, ou voc no entra em Cana. Ou voc entende no seu esprito que no Senhor voc pode todas as coisas e que a uno de Deus sobre a sua vida quebra o jugo ou no entre em guerra.

4.4) No tem como fazer guerra sem amarrar o valente


Jesus falou o princpio: Para ele expulsar o demnio surdo-mudo, Ele teve que amarrar o valente. Como se amarra o valente? No amarramos o valente sem orao e jejum! Quando voc ora e jejua, por exemplo, para algum ser liberto, para que uma lei seja quebrada, para que um visto seja conseguido, para que a liberao financeira venha, voc est amarrando o valente na vida daquela pessoa ou naquela situao. por isto que voc no pode ser um missionrio sem orao e jejum. com orao e jejum que voc amarra o valente. Estes princpios de guerra espiritual colocados at aqui sero fundamentais para o avano do seu ministrio, para que o seu servio para o Senhor tenha fruto. Na sua vida de servio ao Senhor, entenda que tudo comea no mundo do esprito; as batalhas e as derrotas acontecem primeiro no mundo espiritual e o primeiro passo a sua vida pessoal como um intercessor pelas naes, pelos povos da Terra, pelas crianas exploradas, enfim, a aplicao deste princpios na sua vida pessoal.

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5. A Orao e seu Alcance


E a fumaa do incenso subiu com as oraes dos santos desde a mo do anjo at diante de Deus Apocalipse 8:4 A orao muito mais preciosa do que tudo o que o nosso corao possa imaginar. Ela a chave que abre os depsitos celestiais para suprirem a nossa insuficincia . Ela move o brao de Deus a favor de Seus filhos, imobilizando as foras inimigas, aciona o exrcito dos anjos para a peleja e entroniza o Senhor para reinar em ns. Por meio da orao podemos: Chegar a todos os lugares da terra. A todas as naes. Embora no saibamos falar os idiomas dos povos, podemos decretara vitria do Senhor sobre as vidas necessitadas e aflitas. Podemos entrar nos hospitais, nas UTI'S, nas maternidades, nas alas de doenas infectocontagiosas, nos ambulatrios, pronto-socorro vrios e, com imposio de mos, podemos ministrar a cura, a beno e a paz, mesmo distncia, aleluia! Entrar em matas sombrias e perigosas e livrar da morte algum que porventura esteja perdido ou em grande perigo. Podemos enfrentar as rajadas das metralhadoras, as exploses das granadas, os lanamentos do msseis e cobrir com proteo o pequeno soldado, que precisa ter um encontro com Cristo. Podemos proteger o perseguido, pedindo ao pai que o esconda com a sua grande e potente mo, para que no o encontrem os que procuram matlo... Entrar silenciosamente onde o suicida est e clamarmos pela misericrdia de Deus para enviar socorro atravs dos seus anjos. Para impedir o tiro do revlver, para desfazer o n da corda assassina, para derramar por terra o copo de veneno... Para soprar para longe a insensatez do corao deprimido e infeliz, e nutri-lo com esperana. Para aquecer o corao frio, triste e sombrio com a lembrana de apenas um texto da poderosa Palavra de Deus... Tomar nos braos os pequeninos de todas as raas, lnguas, tribos e naes e dedicar esses pequeninos ao Senhor, aleluia! Podemos consagrar os bebs que esto nascendo agora , colocando-os nos braos de Deus, para que venham a ser homens e mulheres de orao, evangelistas e adoradores do Deus vivo, aleluia!

A ltima coisa que o mestre pediu, antes de ir para a cruz, foi: Vigiai e orai. O esprito est pronto, mas a carne fraca. Foi sua ltima recomendao antes de se apresentar gloriosa diante do pai, com sua misso cumprida. Ele soprou sobre seus discpulos, quando estavam no monte das Oliveiras, e lhes ordenou que permanecessem em Jerusalm at que do alto fossem revestidos de poder. A orao nos leva vida abundante na presena da Jesus. comunho eterna com a luz do mundo. A orao nos revela a perfeio desabrochada na limitao humana, quando o Esprito Santo nos visita e transforma e nos faz mergulhar na dimenso do sobrenatural, experimentando o sabor de ser e fazer o que Deus planejou antes da fundao do mundo.

5.1) Formas de intercesso:


1. Orao particular - Mateus 6:6 "Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que est em secreto; e teu Pai, que v em secreto, te recompensar publicamente. Esta a orao que fazemos sozinhos, pensando ou com palavras audveis. 21

2. Orao de concordncia - Mateus 18:18-20: Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra ser ligado no cu, e tudo o que desligardes na terra ser desligado no cu. Tambm vos digo que, se dois de vs concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes ser feito por meu Pai, que est nos cus. Porque, onde estiverem dois ou trs reunidos em meu nome, a estou eu no meio deles. Nesta orao de concordncia, h um poder imenso liberado. 3. Orao coletiva ou de clamor Atos 4:23-31 E, soltos eles, foram para os seus, e contaram tudo o que lhes disseram os principais dos sacerdotes e os ancios. E, ouvindo eles isto, unnimes levantaram a voz a Deus, e disseram: Senhor, tu s o Deus que fizeste o cu, e a terra, e o mar e tudo o que neles h; Que disseste pela boca de Davi, teu servo: Por que bramaram os gentios, e os povos pensaram coisas vs? Levantaram-se os reis da terra, E os prncipes se ajuntaram uma, Contra o Senhor e contra o seu Ungido. Porque verdadeiramente contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, no s Herodes, mas Pncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel; Para fazerem tudo o que a tua mo e o teu conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer. Agora, pois, Senhor, olha para as suas ameaas, e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra; Enquanto estendes a tua mo para curar, e para que se faam sinais e prodgios pelo nome de teu santo Filho Jesus. E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Esprito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus. Esta orao feita quando o Corpo de Cristo ora em concordncia levantando a voz Deus, unnimes, no mesmo Esprito.

5.2) Aspectos importantes da orao bem sucedida:


1. Ore ao pai, em nome de Jesus Joo 14:13- E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. o nome de Jesus que garante vitria. 2. Creia que Deus responde sua orao Marcos 11:24- Por isso, vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede que o receberei, e t-las-eis a orao sem f, no produz resultado. 3. Perdoe a todos os que lhe ofendem Marcos 11:25 - E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra algum, para que vosso Pai, que est nos cus, vos perdoe as vossas ofensas. a falta de perdo impede a resposta de Deus. 4. Dependa do Esprito Santo em sua vida de orao Romanos 8:26-27 E da mesma maneira tambm o Esprito ajuda as nossas fraquezas; porque no sabemos o que havemos de pedir como convm, mas o mesmo Esprito intercede por ns com gemidos inexprimveis. E aquele que examina os coraes sabe qual a inteno do Esprito; e ele que segundo Deus intercede pelos santos. Em Romanos 8:16- O mesmo Esprito testifica com o nosso esprito que somos filhos de Deus. 5. Aprenda a orar pelos outros Efsios 6:18- Orando em todo o tempo com toda a orao e splica no Esprito, e vigiando nisto com toda a perseverana e splica por todos os santos quando nos envolvemos com o corpo de Cristo, orando por ele, Deus levantar outros para orarem por ns. a lei de semeadura e ceifa no mundo espiritual. 6. Edifique-se a si mesmo, orando no esprito - Judas 1:20 Mas vs, amados, edificando22

vos a vs mesmos sobre a vossa santssima f, orando no Esprito Santo, 1 Corntios 14:4- 4- O que fala em lngua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja.

5.3) Obstculos orao respondida


As promessas de Deus so condicionais. Para que alcancemos respostas positivas s nossas oraes, h todo um caminho de obedincia. 1 Pedro 3:7b diz: Para que no se interrompam as vossas oraes. 1. Relacionamentos errados na famlia - I Pedro 3:7 - Maridos, vs, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo considerao para com a vossa mulher como parte mais frgil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graa de vida, para que no se interrompam as vossas oraes. O no cumprimento dos deveres dos cnjuges um para com o outro, impede o fluir das oraes. A vida conjugal deve ser posta diante de Deus. Quando as oraes no esto sendo respondidas, pode haver falha no relacionamento. 2. Esprito no perdoador - Marcos 11:25 - E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra algum, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. Nossas peties so ouvidas na base de que nossos pecados esto perdoados; mas Deus no pode tratar conosco sobre tal base de perdo, enquanto ns guardamos o mal, o esprito de animosidade ou de vingana contra aqueles que nos ofenderam. Qualquer que, guarda esprito de rancor ou mgoa contra algum, fecha os ouvidos de Deus para sua prpria petio. 3. Contenda - Tiago. 3:16 - Pois, onde h inveja e sentimento faccioso, a h confuso e toda espcie de coisas ruins. A contenda simplesmente agir movido pela falta de perdo. Paulo, declara que por causa de contendas, Satans pode tornar cristos prisioneiros de sua vontade. A ausncia de contenda a chave para afastar a confuso e o mal. D a Deus a oportunidade de criar um sistema de harmonia em volta de voc e sua vida de orao comear a funcionar. 4. Motivao errada - Tiago 4:3 - pedis e no recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres. Um srio obstculo orao pedir a Deus coisas que realmente no necessitamos, com o propsito de satisfazer desejos egostas. "Quer comais, quer bebais, fazei tudo para a glria de Deus" (I Co, 10:31). Podemos orar por coisas em linha com a vontade de Deus, mas se o motivo for errado, no haver resposta. O propsito primeiro da orao deve ser a glria de Deus. 5. Toda a forma de desobedincia a Deus - Isaas 59:1,2 - Eis que a mo do SENHOR no est encolhida, para que no possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para no poder ouvir. Mas, as vossas iniquidades fazem separao entre vs e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vs, para que vos no oua. 23

Uma atitude de rebeldia ou desobedincia Palavra de Deus fecha os Cus para ns. Qualquer pecado inconfessado torna-se inimigo da orao. Uma vida de obedincia, porm, abre o caminho resposta de Deus "e aquilo que pedimos, Dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos diante Dele o que Lhe agradvel" 1 Joo. 3:22- 22- E qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos o que agradvel sua vista. 6. dolos no corao - Ezequiel 14:3 - Filho do homem, estes homens levantaram os seus dolos dentro do seu corao, tropeo para a iniquidade que sempre tm eles diante de si; acaso, permitirei que eles me interroguem? dolo toda e qualquer pessoa ou coisa que toma o lugar de Deus na vida de algum. aquilo que se torna o objeto supremo da afeio. Aquilo que mais ocupa o nosso pensamento. Deus deve ser supremo em nossa vida. 7. Dvida e incredulidade - Tiago 1:5-7 - Se, porm, algum de vs necessita de sabedoria, pea-a a Deus, que a todos d liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe- concedida. Pea-a, porm, com f, em nada duvidando; pois o que duvida semelhante onda do mar, impelida e agitada pelo vento. No suponha esse homem que alcanar do Senhor alguma coisa. A dvida ladra da bno de Deus. A dvida vem da ignorncia da Palavra de Deus. A incredulidade quando algum sabe que h um Deus que responde s oraes, e ainda assim no cr em Sua Palavra. E no crer nas promessas duvidar do carter de Deus. 8. Indiferena necessidade dos outros - Provrbios 21:13 - O que tapa o ouvido ao clamor do pobre, tambm clamar e no ser ouvido. Quantas vezes somos surdos ao clamor do pobre? No dar a todos os que pedem, isso s vezes se torna impraticvel, e hoje em dia so tantos pedindo que no sabemos o critrio que devemos ter, mas cada um de ns deveria ter um lugar, uma famlia, uma instituio, algo onde ns investimos cotidianamente. No estou falando de igreja, nem de dzimo, estou falando de investir no pobre, se voc no investe no pobre, voc pede e no ouvido, principalmente em questo de dinheiro. Estou falando de dar para o vizinho que est em dificuldade, para o irmo carente. A Bblia diz que se voc tapar seus ouvidos ao pobre, quando voc for clamar a Deus, Ele tambm tapar os ouvidos para voc. o princpio de semeadura e ceifa, se voc plantou uma coisa voc vai colher aquela mesma coisa. Plantamos insensibilidade, colhemos indiferena.

5.4) Orao de Poder


Sabemos que temos que orar como convm, mas, mais do que isso, temos que orar com Poder. Porque no oramos corretamente? Porque no oramos com poder? 1. Por falta de uma vida santa. Aqueles que so chamados para interceder, devem refletir a vida de Jesus, a sua imagem e semelhana, em todos sentidos, ou seja, o seu carter, a sua retido, a sua justia e a sua santidade. Devem ter uma vida santa, limpa, pura e irrepreensvel. Salmos 66:18-19- Se eu tivesse guardado iniquidade no meu corao, o Senhor no me teria ouvido; mas, na verdade, Deus me ouviu; tem atendido voz da minha orao.

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2. Porque temos pouca comunho com o Pai. A Bblia diz:Orai sem cessar 1 Tessalonicenses 5:17- 17- Orai sem cessar. 3. Porque fazemos a orao irresponsvel. Temos que orar pelo problema real (raiz) e no pelos sintomas. Precisamos ter revelao! E ter revelao da verdadeira raiz dos problemas, demanda tempo com Deus, aprofundar-se na intercesso. 4.Porque no oramos segundo a justia de Deus. No podemos orar o que no justo. No podemos ignorar os direitos legais que Satans e seus demnios tem diante de uma determinada situao ou circunstncia. Temos que quebrar e desfazer o direito legal primeiro, atravs de arrependimento e confisso de pecados, para depois amarrar e saquear os bens. Ou como pode algum entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrlo? E, ento, lhe saquear a casa. Mateus 12:29. 5. Porque no estamos com o Senhor. Pai a minha vontade que onde eu estou, estejam tambm comigo os que me deste, para que vejam a minha glria que me conferiste, porque me amaste antes da fundao do mundo. Joo 17:24 Precisamos aprender a andar com o Senhor constantemente, e no esporadicamente. 6.Porque, como intercessores, temos que desenvolver a nossa f. Temos que ter uma f crescente. Ex: A mulher canania que intercedeu pela filha, recebeu a resposta de Jesus, porque creu e no desistiu. (Mateus15:22-28) 7. Porque temos que desenvolver os dons espirituais. Segui o amor e procurai, com zelo, os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis.1 Corntios 14:1 Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando.(1 Corntios 14:3) 8. Porque no oramos segundo a Vontade de Deus. Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vs outros que credes em o nome do Filho de Deus. E esta a confiana que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa SEGUNDO A SUA VONTADE, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito. Se algum vir a seu irmo cometer pecado no para morte, pedir, e Deus lhe dar vida, aos que no pecam para a morte. H pecado para morte, e por esse no digo que rogue. I Joo.5:13-16- 13- Estas coisas vos escrevi a vs, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus. 14- E esta a confiana que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. 15- E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcanamos as peties que lhe fizemos. 16- Se algum vir pecar seu irmo, pecado que no para morte, orar, e Deus dar a vida queles que no pecarem para morte. H pecado para morte, e por esse no digo que ore.

5.5) As Qualidades dos Intercessores


O intercessor algum que assimilou no mais profundo da sua alma, a obra missionria. Sabe que no pode ir, pois no sente no corao a chamada divina. No entanto, a chama missionria 25

arde em seu esprito inquietando-o de tal modo, que alvio s encontra na orao. O intercessor fez da intimidade do seu quarto, o seu campo missionrio, para ali obedecer ordem de Jesus: "Rogai, pois, ao Senhor da seara". Suas qualidades so evidenciadas da seguinte maneira: 1. perseverante na orao

Colossenses 4:2 "Perseverai em orao, velando nela com ao de graas". consciente do dever de "orar sempre e nunca desfalecer". Sabe que aqueles que foram enviados, enfrentaro trevas densas, e no podero prevalecer se na retaguarda, no tiver algum na "brecha" - Ezequiel 22:30. Tem como fundamento para a sua orao intercessora, os exemplos da prpria Escritura Sagrada. Foi a intercesso de Abrao que impediu a destruio de L e suas filhas - Gnesis 18:23-33: E chegou-se Abrao, dizendo: Destruirs tambm o justo com o mpio? Se porventura houver cinquenta justos na cidade, destruirs tambm, e no poupars o lugar por causa dos cinquenta justos que esto dentro dela? Longe de ti que faas tal coisa, que mates o justo com o mpio; que o justo seja como o mpio, longe de ti. No faria justia o Juiz de toda a terra? Ento disse o SENHOR: Se eu em Sodoma achar cinquenta justos dentro da cidade, pouparei a todo o lugar por amor deles. E respondeu Abrao dizendo: Eis que agora me atrevi a falar ao Senhor, ainda que sou p e cinza. Se porventura de cinquenta justos faltarem cinco, destruirs por aqueles cinco toda a cidade? E disse: No a destruirei, se eu achar ali quarenta e cinco. E continuou ainda a falar-lhe, e disse: Se porventura se acharem ali quarenta? E disse: No o farei por amor dos quarenta. Disse mais: Ora, no se ire o Senhor, se eu ainda falar: Se porventura se acharem ali trinta? E disse: No o farei se achar ali trinta. E disse: Eis que agora me atrevi a falar ao Senhor: Se porventura se acharem ali vinte? E disse: No a destruirei por amor dos vinte. Disse mais: Ora, no se ire o Senhor, que ainda s mais esta vez falo: Se porventura se acharem ali dez? E disse: No a destruirei por amor dos dez. E retirou-se o SENHOR, quando acabou de falar a Abrao; e Abrao tornou-se ao seu lugar. Foi por causa da intercesso de Ana que Deus levantou em Israel o maior juiz de todos os tempos ,1 Samuel 1:26-28: E disse ela: Ah, meu senhor, viva a tua alma, meu senhor; eu sou aquela mulher que aqui esteve contigo, para orar ao SENHOR. Por este menino orava eu; e o SENHOR atendeu minha petio, que eu lhe tinha feito. Por isso tambm ao SENHOR eu o entreguei, por todos os dias que viver, pois ao SENHOR foi pedido. E adorou ali ao SENHOR. 2. consciente de que o evangelho s entrar em portas abertas por Deus

"Orando tambm juntamente por ns, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistrio de Cristo, pelo qual estou tambm preso" (Cl 4: 3). Em resposta s intercesses dos crentes, Deus tem aberto grandes portas para entrada do evangelho. Muros j caram, sistemas polticos ruram para que se tornasse uma possibilidade a evangelizao mundial. Muita coisa ainda precisa ser feita; existem ainda muitos obstculos para serem removidos e nisto que reside toda a importncia do intercessor. Na poca de Paulo havia muitos intercessores em quem se podia confiar, da a razo do seu pedido. 3. Tem atitude harmoniosa com a orao

"Andai com sabedoria para com os que esto de fora, remindo o tempo" (Cl 4: 5). Interceder pelos missionrios e pela salvao das naes e depois impedir a salvao do meu vizinho com o meu mau testemunho, que tamanha incoerncia! Se no posso ir aos campos mais longnquos at os confins da terra, minha orao pode. Um certo missionrio orou a Deus assim: "O eu no somente deve morrer, deve ser bem enterrado, porque o mau cheiro da vida interesseira, se no for sepultado, afugentar as almas que querem chegar-se a Cristo". 26

4.

Tem linguagem apropriada para uma vida de intercesso

"A vossa palavra seja sempre agradvel, temperada com sal, para que saibais como vos convm responder a cada um" (Cl 4:6). Falar bem com Deus importante, mas falar bem com os homens totalmente necessrio para produzir salvao. O intercessor no pode em momento algum se esquecer que tambm responsvel pela salvao dos perdidos. O intercessor no pode ser um murmurador. Orar pedindo missionrios e fazer crticas destrutivas quando enviado algum para os campos irracional. A lngua do crente intercessor deve ser consagrada a Deus.

5.6) O preo da intercesso


H trs coisas que devem ser vistas num intercessor: Identificao, agonia e autoridade. A identificao do intercessor com aqueles por quem intercede vista perfeitamente em Jesus nosso salvador. Jesus derramou sua alma at a morte; Tomou nossa natureza sobre si mesmo; Tornou-se pobre por nossa causa; Foi feito pecado por ns; sorveu o clice da nossa condio perdida at a ltima gota; finalmente, ao ser feito pecado por ns, o Salvador conquistou esta posio com a mais completa autoridade. Com a identificao, voc sofre a agonia e conquista a autoridade. A Identificao , portanto, a primeira lei do Intercessor. Quando o Senhor te chama, Ele quer que voc se identifique com o povo para o qual voc foi chamado. O Intercessor suplica, efetivamente porque deu sua vida por aquele por quem suplica. Assim ele autntico representante daquele por quem suplica. Exemplo do intercessor em ao: - Isaas, um aristocrata (nobre), teve que andar 3 anos despido e descalo, como uma advertncia a Israel - Is. 20:3. - Osias teve que se casar com uma prostituta para mostrar a seu povo que o Esposo celestial estava disposto a aceitar de volta sua esposa prostituta. - Jeremias no teve permisso para se casar. Se o Intercessor conhece a identificao e a agonia, ele tambm conhece a autoridade. a lei do gro de trigo e da colheita: Se ele morrer, produz muito fruto. A intercesso move Deus. xodo 32:32: Moiss no oferece seu corpo pelo povo de Israel, mas ofereceu sua alma imortal. Se o Intercessor conhece a identificao e a agonia, ele tambm conhece a autoridade. a lei do gro de trigo e da colheita: Se ele morrer, produz muito fruto. O poder da intercesso de uma importncia enorme porque muda o percurso das situaes, o destino das pessoas e naes segundo a vontade de Deus. Salmo 2:1-3: Por que se amotinam as naes, e os povos tramam em vo? Os reis da terra se levantam, e os prncipes juntos conspiram contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de ns as suas cordas. O Salmo acima citado talvez, mais que qualquer outro texto da Bblia, retrata de forma acurada o esprito do nosso tempo. De fato ele tambm proclama nossa resposta correta ao ousado avano de Satans. Perceba como o texto deixa claro a formao de uma grande revolta contra o Senhor. O que a Palavra fala acerca dos ltimos dias? Daniel 12:4 - Tu, porm, Daniel, cerra as palavras e sela o livro, at o fim do tempo; muitos correro de uma parte para outra, e a cincia se multiplicar. 27

Nunca em toda a histria da humanidade pudemos viajar to longe e com tanta frequncia e velocidade, em um mundo inundado com a multiplicao do conhecimento. Isaas 24:5- Na verdade a terra est contaminada debaixo dos seus habitantes; porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos, e quebram o pacto eterno. Temos o infortnio de viver esses tempos em que a terra poluda por seus habitantes. Profecias de dois mil anos atrs claramente descrevem os nossos dias. Por isso somos compelidos a discernir precisamente o tempo em que vivemos, e bem provvel que a Palavra que melhor descreva os nossos dias seja apostasia. 2 Tessalonicenses 2:3 Ningum de modo algum vos engane; porque isto no suceder sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdio. O conceito tradicional de apostasia como uma queda ou abandono da verdadeira f em Cristo incompleto. A palavra apostasia era usada na literatura grega clssica significando revolta poltica. Logo entendemos que a apostasia do fim dos tempos fala tambm de agresso aberta, e insurreio poltica contra as leis de Deus. A humanidade entrou em rebelio aberta contra os padres morais de Deus. O mundo no tem apenas desafiado, mas substitudo os padres morais de Deus, promovendo pecados de obscenidade, homossexualismo, feitiaria. Vivemos nesse tempo de grande rebelio assim como descrito no Salmo 2. Mas, a mesma Palavra que nos adverte sobre a grande rebelio tambm nos fala da vitria do Reino de Deus: Daniel 2:44 Mas, nos dias desses reis, o Deus do cu suscitar um reino que no ser jamais destrudo; nem passar a soberania deste reino a outro povo; mas esmiuar e consumir todos esses reinos, e subsistir para sempre. Mateus 13:40 a 43: Pois assim como o joio colhido e queimado no fogo, assim ser no fim do mundo. Mandar o Filho do homem os seus anjos, e eles ajuntaro do seu reino todos os que servem de tropeo, e os que praticam a iniqidade, e lan-los-o na fornalha de fogo; ali haver choro e ranger de dentes. Ento os justos resplandecero como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, oua. Joo 17:22-23: E eu lhes dei a glria que a mim me deste, para que sejam um, como ns somos um; (23) eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, a fim de que o mundo conhea que tu me enviaste, e que os amaste a eles, assim como me amaste a mim. 2 Tessalonicenses 1:10: Quando naquele dia ele vier para ser glorificado nos seus santos e para ser admirado em todos os que tiverem crido (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vs). Receba essa Palavra de f: o que parece ser a hora de Satans, um tempo cheio de trevas e rebelio, simplesmente a oportunidade da graa de Deus abundar para a glria de Deus na Igreja. Deus no est confuso nessa situao, Ele soberano! Continua inabalvel sobre o seu trono. Salmo 2:4-6: Aquele que est sentado nos cus se rir; o Senhor zombar deles. Ento lhes falar na sua ira, e no seu furor os confundir, dizendo: Eu tenho estabelecido o meu Rei sobre Sio, meu santo monte. A primeira intercesso da Igreja : Venha o Seu reino! O mundo exige e recebe cada vez mais o reino do inferno. A nossa orao pelo Reino de Deus, pois a transformao da Igreja tambm faz parte do cumprimento das profecias para os ltimos dias. Uma noiva sem mancha e sem mcula. Ns estamos assentados com Cristo nos lugares celestiais. A nossa cidadania celestial, somos embaixadores de Cristo nas naes. No devemos apenas viver sem medo, mas nos levantarmos em orao por cada nao que desafia o Senhor. Pede-me, o Pai fala para o Filho, e te darei as naes por herana e os confins da terra por sua possesso. Esse requerimento no tem nada a ver com a bondade da Igreja, mas tem tudo a ver com a virtude de Cristo e o amor do Pai por Ele (olhe ao redor e pense sobre todos os pecados, divises e erros da igreja). 28

bem provvel que como Igreja ns no mereamos um avivamento, mas Cristo merece. Como representantes de Deus na terra, em nome de Jesus e baseados na obra e carter de Cristo, pedimos ao Pai pelas naes da terra. Mais que uma expresso de f a nossa intercesso de fato um ato de obedincia. Somos ordenados a pedir a Deus pelas naes! Veja alguns dados que mostram a urgncia desse posicionamento de interceder: - Ainda temos 8.000 povos no alcanados, aproximadamente 1 bilho de pessoas que ainda no ouviram as boas novas. - Metade da populao do mundo sem a graa salvadora. Na verdade muitos povos esto sem intercessores. Busquei dentre eles um homem que se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que no a destrusse, mas a ningum achei'' Ez 22:30. Quanto mais aceitarmos o nosso lugar no plano de Deus, mais nos riremos dos planos do inimigo. Por isso ore com confiana, com ousadia e com f pelos povos no alcanados, pelas naes da terra, pela unidade da Igreja, por um avivamento, pela grande colheita.

5.7) Compaixo e Intercesso


A compaixo um ingrediente do amor divino. Essa compaixo est bem presente no ministrio de Jesus. Jesus a compaixo de Deus andando no meio dos homens. COMPAIXO DE DEUS NO CORAO DO CRENTE O GATILHO DA INTERCESSO Quando o Esprito Santo se move em ns, despertando uma profunda compaixo, hora de interceder e essa intercesso ser em linha com o corao de Deus. As foras da intercesso so despertadas por essa compaixo divina. A COMPAIXO DESPERTA A VISO DA NECESSIDADE E A AO PARA QUE ELA SEJA SATISFEITA Mateus 9:35-38 ilustra essa verdade. Jesus se compadece das multides, v sua necessidade de salvao e convoca os discpulos a intercederem por proclamadores das boas novas. Logo a seguir Ele mesmo nomeia apstolos (Mt. 10) e os envia com a Sua autoridade para levarem a palavra de redeno, libertao e cura s ovelhas desgarradas, que no tm pastor. A COMPAIXO PE EM OPERAO O PODER DE DEUS Avalizando o ministrio de Jesus, vemos que sempre que seu esprito se moveu dentro dEle, em compaixo , seguiu-se em grande milagre. A compaixo gera a cura dos enfermos (Mt. 14:14). A compaixo gera a multiplicao dos pes e peixes e os famintos so alimentados (Mt.15:32). A compaixo faz o cego abrir os olhos (Mt. 20:34). A compaixo torna o leproso so (Mc. 1:40-41). A compaixo traz vida o morto (Jo 11:33-35). QUANDO O CRENTE ENTRA NESSE FLUIR DA COMPAIXO DE DEUS QUE ELE SE TORNA UM VERDADEIRO INTERCESSOR Isso s se torna possvel comungando em Sua 29

presena. O que vive em ntimo contacto com Deus ser dominado pelo que est em Seu corao. a que as palavras de Jesus sero uma realidade para ns: Aquele que cr em mim far tambm as obras que eu fao, e outras maiores far, porque eu vou para junto do Pai (Joo 14.12). A COMPAIXO O AMOR DE DEUS EM AO - Quem experimenta a compaixo divina ser participante da obra de libertao dos homens. Quem se compadece, tudo far para que a graa libertadora de Deus se manifeste na vida do homem.

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6. Intercesso sem Limites


"Antes de tudo, pois, exorto que se use a prtica de splicas, oraes, intercesses, aes de graa, em favor de todos os homens" (1 Tm 2.1). Paulo nos declara que a primeira prioridade de uma assemblia crist a orao. Ele menciona diversas formas de orao, uma das quais a intercesso. Interceder significa literalmente interpor-se, colocar-se entre. O intercessor aquele que se coloca entre Deus e os que merecem sua justa ira e castigo. O intercessor levanta suas mos a Deus e diz: "Deus, estas pessoas merecem seu juzo; tu tens todos direito de feri-las; mas se a ferires, ters de ferir a mim primeiro, pois coloquei-me entre ti e eles". No Velho Testamento encontramos diversos relatos de cidades e naes que foram poupadas do juzo divino atravs do ministrio de um intercessor. Estudaremos alguns desses exemplos, mas primeiro consideremos o ministrio de intercesso na vida do nosso Senhor Jesus Cristo.

6.1) Intercesso no Ministrio de Jesus


Intercesso era uma das grandes marcas do ministrio de Jesus. O captulo 53 de Isaas descreve sua obra expiatria e conclui com este versculo: "Por isso eu lhe darei muitos como a sua parte e com os poderosos repartir ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores, contudo levou sobre si o pecado de muitos, e pelos transgressores intercedeu (v.12). H quatro fatos registrados neste versculo a respeito de Jesus. Primeiro, ele derramou a sua alma na morte. Levtico 17.11 diz que a alma de toda carne est no sangue, portanto Jesus derramou sua alma na morte quando derramou seu sangue. Segundo, ele foi contado com os transgressores; ele foi crucificado com os dois ladres. Terceiro, levou sobre si o pecado de muitos; tornou-se a oferta pelo pecado por todos ns. Quarto, pelos transgressores intercedeu; isto ele fez na cruz quando disse: "Pai, perdoa-lhes, porque no sabem o que fazem"( Lc 023:34) . Ele estava dizendo: "Que o juzo que eles merecem caia sobre mim", E assim foi. Hebreus 7 fala de Jesus depois da sua morte, ressurreio e ascenso. Somos informados que Jesus nosso sumo sacerdote destra de Deus. Por ter um sacerdcio imutvel que nunca passar dele, Jesus "pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (Hb 7:25). Se fizermos um estudo da vida e ministrio de Jesus, chegaremos a um contraste bem interessante: ele passou trinta anos na obscuridade, numa vida familiar perfeita; trs anos e meio num dramtico ministrio pblico; e praticamente dois mil anos em intercesso, invisvel aos olhos naturais. Desde que subiu aos cus, ele est intercedendo por ns diante do Pai.

6.2) Modelos do Velho Testamento:

A Intercesso de Abrao
Os maiores santos eram freqentemente os maiores intercessores, pois eram os homens mais prximos ao corao de Deus. O Velho Testamento contm exemplos de alguns grandes intercessores. O primeiro exemplo 31

Abrao. Em Gnesis 18 vemos o Senhor com mais dois anjos chegando para visitar a tenda de Abrao. No final deste episdio o Senhor diz: "Ocultarei a Abrao o que estou para fazer?" Em outras palavras, o Senhor v Abrao como o seu ntimo amigo pessoal com quem ele compartilhar seus planos e pensamentos. Por isto o Senhor conta para Abrao: "Com efeito o clamor de Sodoma e Gomorra tem-se multiplicados e o seu pecado se tem agravado muito. Descerei, e verei se de fato o que tm praticado corresponde a esse clamor eu vindo at mim; e, se assim no , sab-lo-ei" (Gn 18.20-21). Abrao estava muito preocupado com Sodoma porque seu sobrinho, L, estava morando l. Abrao sabia que se Sodoma fosse julgada, L e sua famlia sofreriam com os demais. A cena continua assim: Ento partiram dali aqueles homens (anjos), e foram para Sodoma; porm Abrao permaneceu ainda na presena do Senhor (para impedi-lo). "E aproximando-se ele, disse: Destruras o justo com o mpio? Se houver, porventura, cinqenta justos na cidade, destruirs ainda assim, e no poupars o lugar por amor dos cinqenta justos que nela se encontram? Longe de ti o fazeres tal cousa, matares o justo com o mpio, como se o justo fosse igual ao mpio; longe de ti. No far justia o Juiz de toda a terra? (v. 23-25). Abrao tinha que ter muita coragem para falar com o Senhor desta maneira. Porm, ele sabia que seria uma contradio total do carter de Deus, e da sua justia, permitir que juzo casse sobre os justos. Salmo 91.7,8 estabelece este princpio: "Caiam mil ao teu lado, e dez mil tua direita; tu no sers atingido. Somente com os teus olhos contemplars, e vers o castigo dos mpios". Seja qual for o justo juzo que cair sobre os mpios, os justos nunca sero tocados. O justo pode estar exatamente no meio de tal juzo, mas este no vir sobre ele. Note, porm, que h uma diferena entre juzo e perseguio por causa da justia. A Bblia diz que os justos ho de experimentar perseguio. A diferena que o juzo por causa do pecado vem sobre os mpios pela instrumentalidade de Deus; e perseguio por causa de justia vem sobre os justos atravs dos mpios. Portanto, com santa ousadia e intensa convico que Deus tinha que ser absolutamente justo, Abrao se ps a confrontar o Senhor com este princpio: "Senhor, se houver cinqenta justos na cidade, poupars a cidade?" o Senhor respondeu a Abrao que pouparia a cidade se cinqenta justos pudessem ser encontrados. "E quarenta e cinco? Poup-la-s por quarenta e cinco justos?" E o Senhor disse que a pouparia se quarenta e cinco pessoas justas pudessem ser encontradas nela. E assim foi a conversa... quarenta, trinta, vinte, at que Abrao chegasse finalmente sua ltima reivindicao: "Se, por ventura, houver somente dez pessoas justas em toda aquela cidade? Poup-la-s pelas dez?" E o Senhor respondeu que a pouparia por dez pessoas justas. Esta uma tremenda revelao! Se os meus clculos forem corretos, Sodoma era uma cidade grande para aquela poca, com uma populao no inferior a 10.000. Por amor a dez pessoas no meio de 10.000, Deus estava pronto para poupar a cidade inteira. Isto uma pessoa em cada mil! J 33.23 registra esta mesma proporo: "Se com ele, pois, houver um anjo, um intrprete, um entre mil, para declarar ao homem o que lhe justo..." Eclesiastes 7:28 semelhantemente afirma: "Cousa que a minha alma ainda busca, mas no a achei: um homem entre mil". Um entre mil! A Bblia aparentemente usa esta expresso para identificar um homem extraordinariamente justo. Deus disse: "Se eu puder encontrar em Sodoma uma pessoa justa em cada mil, pouparei a cidade inteira". Por exemplo, se aplicssemos esta proporo aos Estados Unidos hoje, precisaramos de aproximadamente 210.000 pessoa extraordinariamente justas para obter misericrdia em favor de toda a nao. Voc qualificaria como uma dessas 210.000 pessoas? Eu qualificaria?

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A Intercesso de Moiss
Nosso segundo exemplo de intercessor Moiss. Em xodo 32 vemo-lo subindo o Monte Sinai para receber a aliana de Deus. Depois de estar ausente muitos dias, o povo tornou-se impaciente e insistiu com Aro para fazer deuses que eles pudessem adorar. Ento Aro tomou as argolas de ouro e fez um bezerro fundido, em torno do qual Israel comeou a danar e adorar. Enquanto isto acontecia no arraial, Deus falou com Moiss no monte e disse: "Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu, e depressa se desviou do caminho que lhes havia eu ordenado; fizeram para si um bezerro fundido, e o adoram..." (v. 7,8). Neste momento tenso quando o destino de Israel estava na balana, encontramos um elemento de humor na conversa que se seguiu entre Deus e Moiss. Referindo-se a Israel, Deus fala com Moiss que eles so "teu povo". Mas Moiss, no querendo aceitar esta responsabilidade, devolve-os a Deus dizendo: "teu povo". Nem Deus, nem Moiss queriam ser considerado responsvel por Israel naquele momento! Enquanto isso, Israel continuava a danar ao redor do bezerro, totalmente inconsciente que seu destino estava sendo selado por este dilogo entre Deus e Moiss. Deus declarou a Moiss: "Agora, pois, deixa-me; para que se acenda contra eles o meu furor, e eu os consuma..." (v.10). Note que Deus no faria coisa alguma se Moiss no lhe permitisse. Mas Moiss se recusou a sair de diante de Deus. Como intercessor, ele continuou se interpondo entre Deus e o povo. Finalmente, Deus disse que usaria Moiss para redimir sua promessa a Abrao, Isaque e Jac, comeando tudo de novo com Moiss e formando dele uma grande nao. Apesar desse povo ter sido um fardo muito pesado para ele deste que saiu do Egito, Moiss intercedeu por eles: "Porm Moiss suplicou ao Senhor seu Deus e disse: Por que se acende, Senhor, a tua ira contra o teu povo, que tiraste da terra do Egito... ("No meu povo", Moiss est dizendo, " teu.") Por que ho de dizer os egpcios: com maus intentos os tirou, para mat-los nos montes, e para consumi-los da face da terra?( v. 11) "Torna-te do furor da tua ira e arrepende-te deste mal contra o teu povo" (v. 11,12). A preocupao de Moiss era a reputao de Deus. Ele disse: "Deus, se depois de tirar este povo para fora, eles vierem a perecer nos montes, os egpcios vo dizer que tiveste ms intenes quando os tiraste do Egito". Vemos a mesma preocupao com a reputao de Deus em Nmeros 14.13-16. O povo provocou ao Senhor quando se recusou a crer no relatrio positivo dos dois espias enviados para a terra prometida, escolhendo antes crer no relatrio negativo dos outros dez. Deus ficou to irado com sua incredulidade que outra vez procurou destru-los e fazer de Moiss uma grande nao. Mas aqui Moiss lembra o Senhor que as naes que tinham ouvido a fama do Senhor iriam pensar que ele no era capaz de introduzir o povo na terra e por isto o matou no deserto. A preocupao de Moiss em ambos os casos no era sobre sua reputao pessoal; sua nica preocupao era a glria e reputao de Deus na terra. No final de xodo 32, encontramos a consumao da intercesso de Moiss. Depois de voltar ao arraial e colocar as coisas em ordem, ele se dirige ao povo: "Vs cometestes grande pecado; agora, porm, subirei ao Senhor e, porventura, farei propiciao pelo vosso pecado. Tornou Moiss ao Senhor, e disse: Ora o povo cometeu grande pecado, fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois perdoa-lhe o pecado; ou, se no, risca-me, peo-te, do livro que escreveste" (v. 30-32). Isto intercesso: "Deus, eles merecem teu golpe; perdoa-lhes. Mas se no, Senhor, ento que o juzo deles venha sobre mim. O intercessor a pessoa que se coloca entre Deus e o alvo da sua ira justa. O Salmo 106 nos fornece um comentrio divino e a respeito deste acontecimento: "Em Horebe fizeram um bezerro, e adoraram o dolo fundido. E assim trocaram a glria de 33

Deus pelo simulacro de um novilho que come erva. Esqueceram-se de Deus, seu Salvador, que, no Egito, fizera cousas portentosas, maravilhas na terra de Co, tremendos feitos no Mar Vermelho. T-los-ia exterminado, como dissera o Senhor, se Moiss, seu escolhido, no se houvesse interposto; impedindo que sua clera os destrusse" (v. 19-23). Moiss ficou na brecha causada pelo pecado do povo de Deus e disse: "Senhor, estou tapando a brecha. Teu golpe no pode cair sobre eles sem cair sobre mim primeiro". Nmeros 16 registra outro exemplo de intercesso. Aqui Moiss e Aro juntos so os intercessores. Deus havia tratado soberanamente com a rebelio de Cor, Dat e Abiro, fazendo a terra se abrir e trag-los vivos. Mas no dia seguinte "toda a congregao dos filhos de Israel murmurou contra Moiss e contra Aro, dizendo: Vs matastes o povo do Senhor. Ajuntando o povo contra Moiss e Aro, e virando-se para a tenda da congregao, eis que a nuvem a cobriu, e a Glria do Senhor apareceu. Vieram, pois, Moiss e Aro perante a tenda da congregao. Ento falou o Senhor a Moiss, dizendo: Levantai-vos do meio desta congregao, e a consumirei num momento: ento se prostraram sobre os seus rostos" (v. 41-45). Esta a posio do intercessor prostrado sobre o seu rosto diante de Deus, sabendo que juzo est prestes a cair. Pessoalmente, admiro a graa que Moiss e Aro tinham. O povo havia se revoltado contra eles sem motivo. Contudo, dispuseram-se a interceder por estes que os criticavam at mesmo arriscando suas prprias vidas por eles. Moiss falou com Aro e ordenou-lhe: "Toma o teu incensrio, pe nele fogo do altar, deita incenso sobre ele, vai depressa congregao, e faze expiao por eles; porque grande indignao saiu de diante do Senhor; j comeou a praga. Tomou-o Aro, como Moiss lhe falara, correu ao meio da congregao (eis que j a praga havia comeado entre o povo) e deitou incenso nele, e fez expiao pelo povo. Ps-se em p entre os mortos e os vivos; e cessou a praga." (v. 46-48). A linguagem nesta passagem enfatiza a urgncia da intercesso. Moiss disse a Aro: "Vai depressa..." Aro no saiu andando, ele "correu". Cada momento de demora custaria mais vidas. A palavra "praga" sugere algo altamente contagioso, e para fazer expiao Aro teve de se expor deliberadamente a esse contgio. Ele ps sua prpria vida a risco. Enquanto ficou ali movendo seu incensrio, a fumaa subia numa coluna branca que dividia os vivos dos mortos. Onde aquela fumaa branca subia do incensrio, a praga parava. Isto intercesso: colocarse a risco da prpria vida entre os mortos e aqueles que esto prestes a morrer, e depois oferecer orao e splicas fervorosas, como a fumaa branca do incensrio, at que a praga cesse.

6.3) Falta de Intercessores


Ezequiel 22.23-31 registra uma cena diferente. semelhante s duas que acabamos de estudar no sentido de descrever os pecados do povo de Deus, mas diferente porque nenhum intercessor foi encontrado para se interpor entre o pecado do povo e o juzo de Deus. Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, dize-lhe ( terra de Israel): Tu s terra que no est purificada, e que no tem chuva no dia da indignao. Conspirao dos seus profetas h no meio dela... Os seus sacerdotes transgridem a minha lei... Os seus prncipes no meio dela so como lobos... Contra o povo da terra praticam extorso, andam roubando, fazem violncia ao aflito e necessitado...busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim a favor desta terra, para que eu no a destrusse; mas a ningum achei. Por isso eu derramei sobre eles a minha indignao... Todas as classes da populao tinham falhado inteiramente profetas, sacerdotes, prncipes, povo. Cada uma representa um determinado elemento da sociedade. Os "profetas" so os responsveis para trazer uma mensagem direta de Deus. Os "sacerdotes" so os lderes da religio institucional. 34

Os "prncipes" so os governantes seculares. O "povo" o restante da populao, o povo comum. A ordem de listagem destes quatro elementos importante. O processo de decadncia comeou com a liderana espiritual; depois o governo secular se corrompeu; finalmente toda a nao foi atingida. Apesar de todas as classes da sociedade terem se corrompido desta forma, a situao ainda no era desesperadora. Deus procurava um homem, um intercessor, para tapar o muro e colocar-se na brecha para que ele pudesse poupar a nao inteira. Mas porque ele no encontrou nenhum, derramou sobre ela sua indignao e a consumiu no fogo da sua ira. Um homem um intercessor poderia ter poupado uma nao inteira do juzo! Isaas 59 apresenta um dos mais temveis quadros de fracasso e apostasia nas Escrituras. No entanto o povo a que este captulo se refere um povo essencialmente religioso. Eis a sua confisso: "Porque as nossas transgresses se multiplicaram perante ti, e os nossos pecados testificam contra ns, porque as nossas transgresses esto conosco, e conhecemos as nossas iniqidades; como o prevaricar, o mentir contra o Senhor, o retirarmo-nos do nosso Deus, o pregar opresso e rebeldia, o conceber e proferir do corao palavras de falsidade. Pelo que o direito se retirou e a justia se ps de longe; porque a verdade anda tropeando pelas praas e a retido no pode entrar. Sim, a verdade sumiu, e quem se desvia do mal tratado como presa. O Senhor viu isso, e desaprovou o no haver justia. Viu que no havia ajudador algum, e maravilhou-se de que no houvesse um intercessor" (v. 12-16). "No havia um intercessor". At o prprio Deus se admirou disso! Era a derradeira evidncia condenatria da incredulidade e indiferena egostica que havia nos coraes do seu povo.

6.4) Qualificaes do Intercessor


Concluindo, eu gostaria de dar quatro qualificaes que vejo em todo verdadeiro intercessor. Primeiro, um intercessor, como Abrao, precisa ter uma convico absoluta da justia de Deus: que Ele nunca trar sobre os justos o juzo que somente os mpios merecem. Ao mesmo tempo, ele precisa ter uma viso cristalina da justia absoluta e da inevitabilidade do juzo de Deus sobre os mpios. Segundo, ele precisa ter uma profunda preocupao com a glria de Deus, como Moiss que recusou duas vezes a oferta de Deus de fazer dele o originador do maior povo na terra. A glria de Deus lhe era mais importante do que sua reputao pessoal. Terceiro, um intercessor precisa ter um relacionamento ntimo com Deus. Ele deve ser algum que possa estar diante de Deus e falar com franqueza total, porm com reverncia. Quarto, um intercessor precisa demonstrar grande coragem pessoal. Ele deve estar preparado para arriscar sua prpria vida, como Aro que desprezou o contgio da praga a fim de tomar sua posio entre os mortos e os vivos. No existe um chamamento mais alto que o intercessor. Quando voc se torna um intercessor, ter chegado ao trono. Voc no ser visto pelos homens, porque esta uma posio invisvel a eles, atrs do segundo vu; mas no reino de Deus sua vida ter valor no tempo e na eternidade. O Brasil ainda no tem experimentado um avivamento autntico, com uma soberana visitao do Esprito de Deus, tal como tem ocorrido em muitos outros pases no passado e mesmo em tempos mais recentes. Nossa ptria precisa ver Jesus vivo no meio das igrejas! (Ap 1:12-20). Enquanto as nuvens escuras do juzo divino se juntam, enquanto a dissoluo moral, social, econmica, e poltica vai aumentando, o Brasil precisa de uma coisa acima de tudo: Intercessores!

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7. A Orao e a Palavra
A Bblia, que a Palavra de Deus, o nosso manual e fonte de orao. Veja o que Deus declara em Isaas 55:10-11; Deus quer dizer o seguinte : A Palavra que sai da Minha boca, antes de retornar para Mim, produzir o que ela disse. Coloque em seu esprito este princpio: A Palavra de Deus produz exatamente o que ela diz. Logo quando oramos, j comeamos com a resposta. H princpios espirituais que governam nossa vida com Deus. No que concerne orao, convm salientar a importncia de se obedecer aos princpios revelados na Bblia, para que a nossa vida de orao seja frutfera, por isso, como uma regra de ouro, baseie suas oraes na Palavra de Deus. Deus se revela em Sua Palavra. Deus e Sua Palavra se fundem. Atrs de cada vocbulo registrado em tinta e papel, se esconde uma Pessoa que nos fala e se revela a ns (Joo 1:1-3). por essa razo que a Palavra traz o respaldo do carter de Deus e do Seu Trono. Ns a elevamos em orao, e Ele v-se a Si mesmo em Sua Palavra brotando dos nossos lbios, e se inclina para nos ouvir. Todo nosso relacionamento com Deus deve estar solidamente firmado em Sua Palavra. Sempre que nos aproximarmos Dele, tendo-a como base, trazendo no corao e nos lbios o que Ele falou, Seus ouvidos estaro ali, Ele estar presente, pois Deus est onde Sua Palavra se encontra. Note uma coisa: Se voc vai orar a Palavra de Deus, e Ela digna de confiana, voc est pisando em terreno firme. Enquanto voc andar nesse terreno ter sucesso. Mas na hora em que sair da Palavra, j ter entrado em terreno escorregadio, e estar fadado a fracassar. Confie, portanto, na integridade da Palavra de Deus e deixe que ela seja sua plataforma de orao. Firme-se sobre ela e recuse-se a sair dela. Discipline sua mente e permita que dos seus lbios brotem apenas palavras em linha com aquilo de Deus falou. A Palavra de Deus deve ser para ns a fonte de todas as nossas oraes.

7.1) Conhea a Vontade de Deus Pela Palavra


J vimos nos estudos anteriores que devemos orar sempre em conformidade com a vontade de Deus, mas como conhecer o que est na mente de Deus e saber Sua vontade? Na Sua prpria Palavra. A maioria das coisas que Ele quer fazer em nossa vida, j est revelada Nela. Mesmo as que no esto claras ajustam-se aos seus princpios. Logo conhecendo-a, saberemos discernir Sua vontade, e orando-a, estaremos em linha com Seu propsito revelado, pelo que podemos Ter confiana de que Ele j nos respondeu, antes mesmo de vermos sua materializao. Leia Rm. 12:2 e responda: Como a mente renovada? Com a Palavra. E enquanto a mente se expe aos princpios da Palavra de Deus, ela vai sendo transformada e descobrindo o que agrada a Deus, isto , Sua vontade. Em consequencia, as oraes estaro em linha com o que Ele deseja, e o resultado que Ele vai nos atender como diz em I Jo. 5:14-15.

7.2)

Comece a Orao com a Resposta

Quando voc comea a orao com a Palavra de Deus, j comea com a resposta. Note por exemplo a orao de Davi no Salmo 23. Ele no suplica: Deus, supre minhas necessidades. Preciso tanto de Ti! Estou cansado, com fome, leva-me a um lugar onde possa ser saciado! Livra-me da morte. Fica comigo. Toma conta dos meus inimigos No! Davi ora a Palavra de Deus, ora a resposta : Senhor, Tu s o meu Pastor, nada me faltar ... Voc convidado a fazer o que Davi fez. Ore a Palavra e veja Deus agindo na sua vida. No fique a choramingando o tempo todo. Abra a boca e ouse confessar diante de Deus aquilo que Ele j falou. Revele que voc cr que tudo quanto Ele lhe prometeu seu. assim que devolvemos a 36

Palavra de DEUS para Ele mesmo. assim que ela no volta vazia.

7.3) Como Orar a Palavra


1. Defina a rea que motiva sua busca de Deus. Qual o tipo de orao voc precisa fazer? Aes de graa, louvor, adorao, petio, entrega, consagrao, intercesso? E dentro do tipo de orao, qual o assunto especfico? 2. Procure descobrir versculos que se apliquem quela rea. Isso pode ser feito usando-se uma Concordncia Bblica, selecionando-se textos adequados. 3. Tome os textos que mais falam ao seu corao e transcreva-os. Pea ao Esprito Santo para dirig-lo nessa seleo e para que torne cada palavra viva em seu esprito. 4. Faa as adaptaes gramaticais necessrias, personalizando os textos bblicos, usando a primeira pessoa e colocando os verbos no presente. Ex. Filipenses 4:19 voc poder orar assim: Pai, Tu s o meu Deus, meu provedor. s rico, e de acordo com Tua riqueza em glria, supres, em Cristo, meu Senhor, todas as minhas necessidades. 5. Amplie o texto, usando outras verdades relacionadas ao assunto, e tanto quanto possvel, adapte-o a uma conversa pessoal com o Pai. Tomando o mesmo texto podemos dizer: Senhor, Tu s o meu DEUS, Meu Jeov Jir, o Deus da minha proviso. Por isso, de nada tenho falta. Tudo Te pertence e eu sou Teu filho. De acordo com Tua riqueza em glria, no de acordo com minha pobreza, Tu supres cada uma das minhas necessidades. Tu me deste Jesus. Pela f Nele tornei-me Teu filho, e tudo o que Teu, meu. Porque estou em Cristo, tenho direito Tua proviso. Graas te dou, h Pai, por Tua suficiente proviso em Cristo, meu Senhor! 6. Repita os versculos em forma de orao, at que se tornem a mais profunda convico do seu ser, sejam vivificados e carregados de f em seu esprito e se tornem sua experiencia. Repita-os at memoriz-los, usando-os sempre que se fizerem necessrios. Trazer a Palavra no corao e na boca, vier em comunho com Deus mesmo, de quem ela brota. 7. Proclame esses textos em voz alta, com ousadia e f, crendo que a Palavra de Deus digna de confiana e produzir seus frutos no tempo devido, mudando as circunstncias e ajustando-a realidade da promessa de Deus. 8. Deixe o corao encher-se de aes de graa e louvor, enquanto faz essas confisses ou proclamaes, sabendo que a Palavra orada, confessada, decretada de Deus mesmo, e por isso martelo, fogo, po, gua, poder, espada, ... Ela viva e eficaz, e to certo como vive o Senhor, que vela pela Sua Palavra para a cumprir, ela produzir em sua vida aquilo para o que foi enviada. Releia toda essa apostila bem como os estudos anteriores e comece a praticar tudo o que o Esprito Santo de Deus tem te ensinado.

7.4) A Submisso Vontade de Deus


Jesus nos ensinou a orar: "Faa-se a tua vontade, assim na terra como no cu" (Mt 6.10). A orao no uma tentativa de mudar a vontade de Deus, mas sim a manifestao sincera do nosso 37

desejo de submeter-Lhe os nossos projetos, aspiraes, sonhos e necessidades. A orao sincera se caracterizar pelo intenso desejo de submeter nossos desejos vontade de Deus. Esta submisso no algo simplesmente aprendido pela razo, embora mesmo racionalmente temos argumentos para assim proceder, pelo fato de sabermos que Deus sbio, bondoso e onisciente. "Somente o Esprito pode capacitar-nos a subordinar todos os nossos desejos glria divina".[1] A submisso a Deus um aprendizado da f, atravs de nossa comunho com Ele. Quando pedimos que Deus faa a Sua vontade, o fazemos no resignadamente, como se no tivesse jeito mesmo, ou como se Deus fosse o nosso inimigo que nos venceu e que agora s resta nos submeter humilhantemente? No! A nossa orao feita com amor e confiana, certos de que a vontade de Deus sempre a melhor, de que ela sempre boa, agradvel e perfeita (Rm 12.2); por isso, temos prazer em cumpri-la, conforme bem expressaram Davi e Paulo, respectivamente: "Agrada-me fazer a tua vontade, h Deus meu; dentro em meu corao est a tua lei" (Sl 40.8). "No servindo vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo de corao a vontade de Deus" (Ef 6.6). Somente um corao que tem dentro de si a Palavra, pode sentir prazer na vontade de Deus e se alegrar na manifestao do Seu poder. Ao orarmos sinceramente, conforme nos ensinam as Escrituras, estamos submetendo a nossa vontade a Deus; isto significa que no pretendemos ensinar a Deus, nem mudar a Sua vontade; antes, nos colocamos diante Dele dizendo: Eu creio que a Tua vontade a melhor para a minha vida, cumpre em mim todo o Teu propsito. Orar entregar confiantemente o nosso futuro a Deus a fim de que Ele concretize Sua eterna e santa vontade em ns. A orao revela o nosso desejo de que a vontade de Deus se realize.[2] Joo Calvino (1509-1564), comentando esta petio, diz: "Com esta prece somos induzidos negao de ns mesmos, para que Deus nos reja conforme o Seu arbtrio. Nem somente isto, mas tambm que, a nada reduzidos a mente e o corao nossos, crie Deus em ns mente nova e novo corao, para que em ns no sintamos qualquer frmito de desejo que a pura anuncia para com a Sua vontade. Em suma, que no queiramos ns prprios algo de ns mesmos; pelo contrrio, que Seu Esprito nos governe o corao, para que, ensinando-nos Ele interiormente, aprendamos a amar as coisas que lhe aprazem, porm, odiar as que Lhe desagradam. A Orao do Senhor nos ensina a pedir a Deus que realize a Sua vontade aqui na terra como feita no cu. Oramos para que a vida na terra se aproxime o mximo possvel a do cu, onde os anjos cumprem perfeitamente a vontade de Deus (Sl 103.21).[4] A vinda do reino (Mt 6.10) o resultado lgico do cumprimento da vontade de Deus. Quando assim oramos, estamos seguros de que Deus age sempre em: a) Sabedoria; por isso confiamos nos Seus propsitos; b) Poder; sabemos que Ele poderoso para cumprir de forma perfeita e totalmente os Seus propsitos; c) Fidelidade; Deus fiel a Si mesmo e por isso, Se revela fiel a ns atravs de Suas promessas; d) Amor; a Sua vontade sempre amorosa; o amor de Deus aquele que se sacrifica pelo Seu povo. Finalizando a anlise deste princpio, devemos mencionar um outro: A submisso. A submisso deve reger as nossas oraes. Esta atitude vemos plenamente exemplificada em Cristo, em Sua orao proferida prxima ao Seu martrio: "Meu Pai: se possvel, passa de mim este clice! Todavia, no seja como eu quero, e, sim, como tu queres" (Mt 26.39). O ministrio terreno de Cristo foi uma manifestao constante da Sua obedincia desde a Sua encarnao, passando por todos os desafios inerentes Sua misso, at a Sua auto-entrega na cruz em favor do Seu povo ( Fp 2.5-8; Hb 5.8). A orao est relacionada com a Providncia de Deus. Se por um lado, ns no podemos delimitar a ao de Deus s nossas oraes, por outro, devemos estar atentos ao fato de que Deus nos abriu a porta da orao a fim de exercitarmos a nossa f em paciente submisso. Entendemos que as nossas oraes quando feitas por um motivo justo, atravs de Cristo e, partindo de um 38

corao sincero, fazem parte da execuo do plano de Deus. "Quando Deus nos d aquilo que pedimos, como se essas coisas tivessem nelas a estampa de nossas oraes!" Portanto, no devemos nem podemos pedir qualquer coisa a Deus contrria vontade de Jesus Cristo, visto que as nossas oraes so feitas em Seu nome. "Solicitar algo a Deus, em nome de Cristo, quer dizer solicitar-lhe algo em harmonia com a natureza de Cristo! Pedir algo em nome de Cristo, a Deus Pai, como se o prprio Cristo estivesse formulando a petio. S podemos pedir a Deus aquilo que Cristo pediria. Pedir em nome de Cristo, pois, significa deixar de lado nossa vontade prpria, aceitando a vontade do Senhor!" Quando oramos, estamos exercitando o privilgio que Deus nos concedeu, amparados na Sua Palavra que nos mostra as Suas promessas. A nossa orao dirigida ao Pai, sabendo que Ele um Pai onisciente e providente: por isso, no pretendemos e, de fato no podemos mudar a vontade de Deus. E, francamente, ainda que pudssemos, ousaramos faz-lo? Ser que faramos algo melhor? Se voc por um instante sequer titubear diante desta, permita-me, ridcula questo, porque voc ainda no conhece o Deus da Palavra! Nesta mesma linha de raciocnio, escreveu Packer: "O reconhecimento do fato da soberania de Deus a base de nossas oraes. Na orao, o cristo solicita coisas e agradece por elas. Por qu? Porque reconhece que Deus a origem de todo bem que j possui e de todo bem que espera no futuro. Essa a filosofia fundamental da orao crist. A orao no uma tentativa para forar a mo de Deus, mas um humilde reconhecimento de incapacidade e dependncia. Quando nos pomos de joelhos, sabemos que no somos ns que controlamos o mundo; no estando em nosso poder, portanto, atender nossas necessidades pelos nossos prprios esforos independentes; todas as coisas boas que desejamos para ns mesmos e para os outros devem ser procuradas em Deus; e se elas vierem, viro como ddivas de Suas mos. Consequentemente, o que na realidade fazemos, cada vez que oramos, confessar nossa prpria impotncia e a soberania de Deus. Dessa maneira, o prprio fato de um crente orar uma prova positiva de que cr na soberania do seu Deus." Curiosamente, Plato (427-347 a.C.), um filsofo pago, com discernimento correto, entendia que um dos males de sua poca era a corroso da religio praticada por supostos sacerdotes e profetas (que ele chama de mendigos e adivinhos), os quais exploravam a credulidade das pessoas, especialmente das ricas. Dentro do quadro descrito, uma das frmulas usadas por esses lderes religiosos, era fazer as pessoas crerem que poderiam mudar a vontade dos deuses mediante a oferta de sacrifcios ou, atravs de determinados encantamentos; os deuses seriam portanto, limitados e aticos, sem padro de moral, sendo guiados pelas sedues humanas: "Mendigos e adivinhos vo s portas dos ricos tentar persuadi-los de que tm o poder, outorgado pelos deuses devido a sacrifcios e encantamentos, de curar por meio de prazeres e festas, com sacrifcios, qualquer crime cometido pelo prprio ou pelos seus antepassados, e por outro lado, se quiser fazer mal a um inimigo, mediante pequena despesa, prejudicaro com igual facilidade justo e injusto, persuadindo os deuses a serem seus servidores - dizem eles - graas a tais ou quais inovaes e feitiarias. Para todas estas pretenses, invocam os deuses como testemunhas, uns sobre o vcio, garantindo facilidades. Outros, para mostrar como os deuses so influenciados pelos homens, invocam o testemunho de Homero, pois tambm ele disse: "Flexveis at os deuses o so. Com as suas preces, por meio de sacrifcios, votos aprazveis, libaes, gordura de vtimas, os homens tornam-nos propcios, quando algum saiu do seu caminho e errou" (Ilada IX.497-501)." Meus irmos, este quadro pode parecer estranho, mas na realidade, muitas pessoas ainda crem assim ou, pelo menos se comportam como se Deus fosse movido de um lado para o outro conforme as nossas "sedues espirituais": longas oraes, peregrinaes, sacrifcios, abstinncias, 39

louvores exaltados, entre outros recursos. Este no o Deus das Escrituras. O nosso Deus dirige todas as coisas com sabedoria, justia e amor; a Ele a Quem oramos: "seja feita a Tua Vontade!" A orao um testemunho solene de nossa confiana no cuidado paternal de Deus. A Palavra nos estimula a lanar sobre Deus e a Sua promessa toda a nossa confiana. Jesus Cristo nos instrui: "Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justia, e todas estas coisas vos sero acrescentadas. Portanto, no vos inquieteis com o dia de amanh, pois o amanh trar os seus cuidados; basta ao dia o seu prprio mal" (Mt 6.33-34). "No se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cair em terra sem o consentimento de vosso Pai. E quanto a vs outros, at os cabelos todos da cabea esto contados. No temais pois! Bem mais valeis vs do que muitos pardais" (Mt 10.29-31). O nosso Pai conhece os nossos coraes; Ele sabe as nossas motivaes e intenes. As pessoas podem nos julgar mal como tambm ns cometemos este mesmo equvoco; isto ocorre amide ou porque no fomos claros como gostaramos, ou porque de fato houve m vontade; ou seja, houve algum rudo na comunicao. No entanto, o nosso Pai, nos conhece perfeitamente; Ele v em secreto os segredos dos nossos coraes (Mt 6.6). Joo testifica a respeito de Jesus Cristo: "E no precisava de que algum lhe desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana" (Jo 2.25). Quando oramos, ns buscamos o Pai, no o homem (Mt 6.5,6). Este o sentido genuno da orao. No estamos, atravs da orao, em busca de recompensa humanas, tais como: o aplauso, um alto conceito a respeito de nossa devoo e piedade; no. Apesar desta "recompensa" ser geralmente mais imediata, ns no a buscamos? Pelo contrrio, oramos ao Pai para de fato, falar com Ele, colocando diante de Seu trono de graa as nossas necessidades? E neste procedimento, jamais devemos nos esquecer de que Ele sabe todas as coisas. Mesmo sem conseguir entender perfeitamente a extenso deste maravilhoso mistrio, no podemos deixar de utilizar a orao, um privilgio que Deus graciosamente nos concedeu, de podermos falar com Ele e, de exercitar a nossa f na Sua soberana providncia. (1Sm 1.9-20; Sl 6.9; Pv 15.29; Mt 26.41; Lc 1.13; 1Ts 5.17; Tg 4.2,3; 1Jo 5.13-15). " pela f que tomamos posse de Sua providncia invisvel", conclui Calvino.[10] Deus sabe das nossas necessidades. O saber de Deus no apenas intelectual: Deus sabe e por isso cuida (Mt 6.8). Ele no dorme, antes, sabe do que necessitamos antes mesmo que tenhamos conscincia da nossas necessidades. A Bblia tambm nos ensina que Deus nem sempre nos d aquilo que pedimos; entretanto, sempre nos d aquilo de que necessitamos de fato e de verdade, mesmo que nem ainda tenha penetrado em nosso corao a realidade da carncia. A nossa demorada conscincia de nossas prprias carncias no escapa Providncia de Deus, nem Sua graciosa proviso. A Palavra de Deus declara isto. Os salmistas, inspirados por Deus, testificam: "Os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos esto abertos ao seu clamor" (Sl 34.15). "Ele no permitir que os teus ps vacilem: no dormitar aquele que te guarda. certo que no dormita nem dorme o guarda de Israel" (Sl 121.3-4). "A habitou a tua grei: em tua bondade, fizeste proviso para os necessitados" (Sl 68.10). E Deus mesmo promete: "E ser que antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei" (Is 65.24). A ao de Deus na Histria no de forma imediatista ou apenas para resolver problemas isolados. Deus age de forma sbia, conforme o Seu Santo Conselho, objetivando a Sua Glria na execuo do Seu plano. O Plano de Deus e o Seu governo so eternos e eficazes. Davi e Paulo declaram esta compreenso, respectivamente: "Os teus olhos me viram a substncia ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda" (Sl 139.16). "Quando, porm, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graa" (Gl 1.15) O prprio Deus, reivindica o Seu governo quando vocaciona o profeta Jeremias: "Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e antes que sasses da madre, te consagrei e te constitu profeta s naes" (Jr 1.5). Deus, o nosso Pai, cuida de cada um de ns como se fssemos o nico que Ele teria para 40

cuidar; Ele cuida "pessoalmente" de ns.[11] As nossas oraes so o testemunho desta certeza. O Deus que preservou a Elias, enviando os corvos para lhe levarem alimento (1Rs 17.1-6), o mesmo que o nosso Pai onisciente e providente. Portanto, podemos fazer eco ao testemunho de f e vida de Davi e de Paulo: "O Senhor, tenho-o sempre minha presena; estando Ele minha direita no serei abalado" (Sl 16.8). "No andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porm, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas peties, pela orao e pela splica, com aes de graa" (Fp 4.6). O melhor antdoto contra a ansiedade a orao sincera e confiante, atravs da qual expomos a Deus as nossas dvidas, temores e inseguranas. Portanto, orar exercitar a nossa confiana no Deus da Providncia, sabendo que nada nos faltar, porque Ele o nosso Pai. Calvino, relacionando as nossas oraes ao cuidado providente de Deus, escreve: "Para incitar os verdadeiros crentes a uma mais profunda solicitude orao, Ele promete que, o que propusera fazer movido por Seu prprio beneplcito, Ele concederia em resposta a seus pedidos. Tampouco existe alguma inconsistncia entre essas duas verdades, a saber que: Deus preserva a Igreja no exerccio de sua soberana merc, e que Ele a preserva em resposta s oraes de Seu povo. Pois, visto que suas oraes se acham conectadas s promessas graciosas, o efeito daquelas depende inteiramente destas."

7.5) Orando Segundo a Sua Vontade


E esta a confiana que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito. 1 Joo 5:14-15. Ao criar o homem, Deus deu-lhes livre-arbtrio, mas devido queda o homem se tornou escravo do pecado. Portanto, no universo existem trs vontades diferentes, a saber: a vontade de Deus, a vontade de satans, o inimigo, e a vontade do homem. As pessoas podem indagar por que o Senhor no destri satans em um instante. O Senhor podia, mas no o fez. E por qu? Porque deseja que o homem coopere com Ele ao lidar com satans. Ora, Deus tem Sua vontade, satans a dele e o homem a sua. Deus procura que a vontade do homem se una Sua. Deus no destruir a satans sozinho. No sabemos por que Deus escolheu proceder desta maneira, mas sabemos que Ele se deleita em atuar assim, ou seja, a saber, que no agir independentemente; procura a cooperao do homem. Essa a responsabilidade da igreja sobre a terra. H muitas coisas que o Senhor deseja fazer, mas no as faz porque seu povo no ora. Ele espera at que os homens concordem com Ele, e ento opera. Este um grande princpio da obra de Deus, um dos princpios mais importantes encontrados na Bblia. Ser que todos ns sabemos qual a vontade de Deus para a nossa comunidade? Mas, ser que sabemos qual Sua vontade para nossa igreja? Assim diz o SENHOR Deus: Ainda nisto permitirei que seja eu solicitado pela casa de Israel: que lhe multiplique eu os homens como um rebanho. Ezequiel 36:37. Deus j decidiu multiplicar a casa de Israel, mas deve esperar at que seus filhos perquiramno sobre o assunto. Vejamos que ainda que Ele tenha resolvido realizar certas coisas, Ele no o far imediatamente. Espera at que os homens mostrem acordo antes de prosseguir. Vamos ler em Mateus 18:19. Em verdade tambm vos digo que, se dois dentre vs, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes- concedida por meu Pai, que est nos cus. Toda vez que Deus opera, Ele nunca o faz imediatamente; no, Ele espera, se necessrio, que seu povo expresse o acordo em orao antes de agir. Realmente um fenmeno muito espantoso. Tenhamos sempre esta verdade em nossa mente: todas as obras espirituais so decididas por Deus e desejadas por seus filhos - todas iniciam-se em Deus e so aprovadas por seus filhos. Este o grande princpio da obra espiritual que a obra de Deus espera a petio dos seus filhos. 41

Quando ns, seus filhos, que passamos pela cruz e morremos com Cristo, tivermos a ousadia de orar, Ele vai atender aos nossos pedidos. Lucas 11:9. Por isso, vos digo: Pedi, e dar-se-vos-; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-. Desde a fundao da igreja, no h nada que Deus faa sobre a terra sem orao de seus filhos. Desde o instante que tem seus filhos, faz tudo segundo a orao deles. No sabemos por que Ele age assim; mas sabemos que isto um fato. Deus est disposto a chegar posio de se deleitar em cumprir sua vontade por meio de seus filhos. Agora quando sabemos da Sua vontade sobre qualquer pedido que venhamos a fazer, devemos clamar insistentemente sem dar-lhe descanso. Pois quando Cristo morreu na cruz o vu foi rasgado com a finalidade de nos dar acesso presena de Deus. Ento devemos clamar a Ele sempre: Que todo o dia e toda a noite jamais se calaro; vs, os que fareis lembrado o SENHOR, no descanseis, nem deis a ele descanso at que restabelea Jerusalm e a ponha por objeto de louvor na terra. (Isaas 62:6b e 7). Orar um dos exerccios mais significativos da vida crist. A orao no um peso, contudo exige que tenhamos disciplina. A orao um privilgio que todo filho de Deus goza, pois atravs dela temos comunho com o Pai celeste. Podemos esperar com segurana porque o Senhor sempre est pronto para nos ouvir e realizar a sua vontade em ns. Ele tem prazer em atender as oraes de seus filhos. Porm, ao mesmo tempo que estamos diante de algo bastante simples, que o falar com Deus, nos deparamos com uma situao deveras complexa, pois no sabemos orar como convm. Na maioria das vezes, somos bastante gerais em nossos pedidos, e, assim sendo, no cremos que o Senhor nos ouve. Muitos duvidam em seus coraes de que Deus atender as suas splicas. Para estes, o orar torna-se um fardo terrvel, um ritual vazio e sem sentido. E, se a vida de orao do filho de Deus capenga, o que ser do restante de seu viver cristo, do testemunho, da vida no lar, da meditao na palavra de Deus? Se a prtica de orao do regenerado pobre, o que se pode esperar de seu andar com Deus? O apstolo Paulo nos exorta: Orai sem cessar (1 Tessalonicenses 5:17). Algum j disse que "a orao arremessa-nos fronteira da vida espiritual". pesquisa original em territrio inexplorado. Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que no sabes (Jeremias 33:3). A orao a avenida central que Deus usa para transformar-nos. Se no estivermos dispostos a mudar, abandonaremos a orao como caracterstica perceptvel de nossas vidas. Quanto mais nos aproximamos do pulsar do corao de Deus, tanto mais vemos nossa necessidade e tanto mais desejamos assemelhar-nos a Cristo. Com muita freqncia criamos mantos de evaso, abrigos prova de raios a fim de evitarmos o Amante Eterno. Mas quando oramos, lenta e graciosamente Deus revela nossos esconderijos, e nos livra deles. Tiago 4:3. Pedis e no recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres. Pedir "corretamente" envolve paixes transformadas, renovao total. Na verdadeira orao, comeamos a pensar os pensamentos de Deus sua maneira: desejamos as coisas que Ele ama. Progressivamente, aprendemos a ver as coisas da perspectiva divina. Todos quantos tm andado com Deus consideram a orao como o principal negcio de suas vidas. O salmista Davi deseja que Deus quebre as cadeias de auto-indulgencia do sono no Salmos 63:1. Deus, tu s o meu Deus; de madrugada te buscarei; a minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde no h gua. Podemos ter a segurana de que nossas oraes esto sendo respondidas com a mesma certeza que temos de que o aparelho de televiso est funcionando. Um dos mais decisivos aspectos do aprendizado da orao pelos outros entrar em contato com Deus de sorte que sua vida e seu poder sejam canalizados para outros por nosso intermdio. Muitas vezes supomos que estamos em contato quando no estamos. Por exemplo, dezenas de programas de rdio e televiso passaram pela rede neste momento que estamos estudando a Palavra de Deus, mas ns deixamos de capt-los porque no estvamos sintonizados com o canal. muito freqente que as pessoas orem e orem com toda a f que h no mundo, e nada acontece, e isso porque muitas vezes no estamos sintonizados com o canal. Comeamos a orar pelos outros primeiramente concentrando-nos e ouvindo o trovo calmo do Senhor dos exrcitos. Afinar-nos com os sopros divinos obra espiritual; sem isto, porm, nossa orao v repetio. E, orando, no useis de vs repeties, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar sero ouvidos (Mateus 6:7). 42

Estamos vivendo em um contexto de muitos afazeres e isso muitas vezes causa srias aflies na alma, onde estaremos impedindo nossa comunho com o Senhor. Muitas famlias crists j perderam de vista o maravilhoso hbito de orar pelos filhos e com os filhos. Nossos prprios filhos podem e devem ser transformados mediante nossas oraes. Ore por eles durante o dia com a participao deles, ore por eles noite enquanto dormem. Um bom mtodo entrar no quarto e colocar levemente as mos sobre a criana adormecida. Imagine a luz de Cristo fluindo atravs de suas mos e curando cada trauma emocional e cada mgoa que seu filho sofreu nesse dia. Encha-o da paz e da alegria do Senhor. No sono a criana muito receptiva orao, visto que a mente consciente, que tende a levantar barreiras suave influncia de Deus, est descontrada. Ns fomos feitos por Deus sacerdotes, e como sacerdote de Cristo, devemos executar um servio maravilhoso pegando os filhos nos braos e abenoando-os. Na Bblia, os pais traziam os filhos a Jesus no para que Ele brincasse com eles ou mesmo lhes ensinassem, mas para que Jesus pudesse colocar as mos sobre eles e abeno-los. Ento, lhe trouxeram algumas crianas para que as tocasse, mas os discpulos os repreendiam. Ento, tomando-as nos braos e impondo-lhes as mos, as abenoava ( Marcos 10:13 e 16). O maior privilgio que Deus d a voc a liberdade para aproximar-se dele a qualquer tempo. Voc no s est autorizado a falar com Ele, como tambm convidado. Deus espera que se comunique com Ele. Voc e eu temos acesso instantneo e direto a Deus. Ele nos ama tanto e num sentido muito especial, que se tornou acessvel a ns em qualquer tempo. Como filho de Deus, voc tem plena liberdade de entrar em contato com Ele, o Soberano do universo, sempre que desejar. Ele est sempre ocupando o trono nos cus; todavia, atravs da orao, voc tem tanto acesso Sua presena quanto qualquer anjo ou arcanjo. Voc no precisa esperar um convite; Ele j seu. No necessrio marcar entrevista antecipadamente, voc j tem autorizao para aproximar-se instantaneamente de Deus. Ele jamais est ocupado para ouvi-lo. Jamais est demasiado envolvido para responder-lhe, e nos pede que sejamos ousados na orao. Hebreus 10:19. Tendo, pois, irmos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus. Lembre-se que o sangue de Cristo que nos aproxima de Deus. Devemos crer em nosso esprito que no existe nenhuma barreira que se interponha entre ns e Deus, uma vez que foi o Senhor Jesus quem abriu este caminho at o Pai. De fato, no somos ns que samos para encontrar a Deus; Deus que espera por ns. E na presena Dele percebemos alguma coisa e tocamos a sua vontade. A maior sabedoria vem, de fato, desta fonte. Assim, nossa vontade entra em seu corao. E ento nossa orao subir a Ele. Ao trazermos a Deus nossa vontade e pensamento, sua prpria vontade e pensamento comeam a ser reproduzidos em ns, e ento isto, se torna nossa vontade e pensamento. Quando trazemos qualquer assunto perante Deus e deixarmos que seu Esprito una nossa vontade com a vontade de Deus e nosso pensamento com o pensamento de Deus, descobriremos dentro de ns um anseio profundo da vontade e do pensamento Dele. Suponhamos que o Senhor est sentido e pesaroso com a morte dos homens. Tambm ns sentiremos o urgente desejo de que alma alguma se perca. a vontade de Deus fazendo com que nossa vontade se conforme a Sua vontade soberana. por isso que em todas as oraes que fizermos devemos submet-la a vontade de Deus, tanto no cu como na terra. Portanto, vs orareis assim: Pai nosso, que ests nos cus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faa-se a tua vontade, assim na terra como no cu (Mateus 6:9-10).

7.6) Fechando as Portas da Mente


Falar a Palavra ainda importante porque voc " fecha as portas da mente". Vamos ver o que isto: em Mateus16:21 a 23, Jesus comeou a falar com os discpulos: "importa que o Filho do Homem v para Jerusalm, seja humilhado"... e Pedro levantou e disse, usado pelo diabo: "que isso Jesus, longe do Senhor tal coisa, isto no vai acontecer com voc"... Jesus respondeu a Pedro: Arreda-te satans! H horas na sua vida em que voc tem usar a autoridade que Deus te deu e fechar a porta. 43

Qual era a porta pela qual o diabo estava querendo entrar na vida de Jesus? A mente! Por meio das palavras do prprio discpulo satans tentou entrar na mente do Senhor para contaminar os propsitos estabelecidos por Deus. Jesus, todavia, no foi passivo quela interferncia, Ele fechou a porta. Qual a chave que fecha a porta da mente? As palavras! As suas palavras. Voc tem que aprender a falar. No pensar, no sentir. falar: eu repreendo, eu rejeito, eu no aceito, isto acabou, ou arreda-te satans. declarar o que a palavra de Deus diz, confessar as promessas de Deus para a sua vida. uma chave. Voc precisa aprender a ter posicionamento em face luta espiritual. Voc no pode achar que tudo o que passa pela sua mente seu, vem de voc mesmo. H certas ocasies em que maligno e voc precisa aprender a usar a chave: as suas palavras. H algum exterior a voc que, em certas situaes, tira proveito de suas dificuldades, de suas brechas e cochicha no seu ouvido, lana na sua mente mentiras e voc pensa que vem de voc mesmo. Tudo aquilo que afasta voc do propsito de Deus para a sua vida mentira maligna. E a maneira que voc tem para combater falar. Voc tem que abrir a boca e falar. Ah! Mas e se eu no falar? A porta no vai se fechar. O diabo vai continuar falando porque a porta vai continuar aberta. Eu tenho que falar? Tem. Tem que ser audvel. Por qu? Porque Deus fez assim! No procure entender Deus a partir de voc, mas faa o contrrio: aprenda a conhecer o seu interior a partir de Deus. A Palavra de Deus tem poder, tanto poder que os mundos foram criados pela Palavra de Deus. A Palavra de Deus na sua boca tem poder para gerar vida. No importa se voc inibido ou no, mas tem que falar; tem gente que to inibida que at sozinho no consegue falar. Pode parecer muito simples para funcionar. Mas a chave muito simples. No adianta falar que complicadssimo, se no . uma chave. Voc precisa aprender a fazer o diabo calar-se na sua vida. Declarar a Palavra de Deus e as verdades de Deus para a sua vida a chave para a porta da mente. "Pois o que duvida semelhante a onda do mar, impelida e agitada pelo vento. No suponha esse homem que alcanar do Senhor alguma coisa; homem de nimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos"( Tiago 1:6-8). "Porque, embora andando na carne, no militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milcia no so carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando sofismas, e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento obedincia de Cristo"(II Corntios 10:3-5). "E no vos conformeis com este sculo, mas transformais-vos pela renovao da vossa mente" (Romanos 12:2). A mente um grande campo de batalha. Satans ataca cada um em sua mente mais do que de qualquer forma. Esta batalha incessante, interminvel, e vai continuar enquanto vivermos aqui na Terra. Somos responsveis diante de Deus por parar e avaliar cada pensamento que passa por nossa mente para decidir se obediente a Cristo, ou no. Cada um de ns tem uma "vida de pensamentos" permanentemente em atividade em nossa mente. assim que fomos criados. Somos responsveis por trazer cada um desses pensamentos cativos a Jesus Cristo. Por qu? Porque Satans pode injetar pensamentos em sua mente da mesma forma que um mdico pode injetar um remdio em seu corpo. Satans e seus demnios podem fazer isso de fora do seu corpo. Eles no precisam estar dentro de voc para fazerem isso. Eles podem fazer o mesmo com as emoes.

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7.7) Como Fechar a Porta da Mente


1.Avaliar a fonte de cada pensamento. Analise se ele est em linha com a Palavra de Deus. 2.Reconhea a sua fonte: proveniente da Palavra de Deus, um pensamento de Deus para a minha vida? 3.Repreenda satans. Expulse aquele pensamento falando em voz alta, o nome de Jesus. 4.Declare a Palavra de Deus. Fale versculos da Bblia contrrios quele ataque.

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8.

A Intercesso em Misses

Uma falsa idia sobre intercesso qualific-la como alguma tarefa para aqueles que no podem fazer outra coisa. Aquele que no pode ir ao campo ou no pode contribuir, vai orar. A tarefa fica relegada como uma opo ou desvalorizada em sua funo. Intercesso no tarefa de alguns, ou apenas um cumprimento de um dever cristo, mas fruto de um corao que se identifica com o corao de Deus, sensibilizando-se com a sua compaixo pelos que sofrem e principalmente pelos que ignoram a graa divina. Um corao que se afina com os propsitos de redeno para o mundo perdido. Refletiremos sobre a intercesso no episdio narrado em Nmeros. ''Quando a congregao de Israel murmurou contra Moiss e Aro, a ira do Senhor se acendeu e este falou a Moiss dizendo: Levantai-vos do meio da congregao e a consumirei num momento; ento se prostraram sobre seus rostos. E disse Moiss a Aro: Toma o teu incensrio, pe nele fogo do altar, deita incenso sobre ele, porque grande indignao saiu da parte do Senhor e j comeou a praga. Tomou Aro o incensrio, correu ao meio da congregao fez expiao pelo povo, ps-se em p entre os mortos e os vivos e cessou a praga''. (Nm 16:41-48).

8.1) A Posio de Intercessor:


Moiss e Aro prostraram-se sobre seus rostos. Deus disse: Levantai, mas eles se prostraram sobre seus rostos. a posio de Ana no templo: ''Venho derramando minha alma perante o Senhor'' (I Sm 1:15). Jesus no Getsmani prostrou-se sobre Seu rosto em submisso e reconhecimento da soberania divina.

8.2) A Urgncia da Intercesso:


''Vai depressa'', ''corre''. Cada momento de demora custaria mais vidas. Quo atrasados estamos na obra de Evangelizao Mundial! Ainda temos 8.000 povos no alcanados, aproximadamente 1 bilho de pessoas que ainda no ouviram as boas novas. Metade da populao do mundo sem a graa salvadora. Isto no significa que muitos ''Ares'' tm demorado a tomar o incensrio com o fogo do altar e colocar-se diante de Deus a favor dos povos? Na verdade muitos povos esto sem intercessores. - ''Busquei dentre eles um homem que se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que no a destrusse, mas a ningum achei'' (Ez 22:30).

8.3) O Preo da Intercesso:


Em xodo 32:11-14, Moiss lembra a Deus que Israel o Seu povo, segundo juramento que fez aos patriarcas e promessa feita descendncia: ''ento se arrependeu o Senhor do mal que dissera fazer ao povo''. O intercessor aquele que traz a memria de Deus Seu juzo, Sua retido, Suas promessas. Creio que, diante do pecado, da rebeldia e inconstncia dos homens, os atributos divinos precisam ser lembrados para que Ele no faa juzo sem misericrdia. Prezado irmo, sejamos conscientes de que o incensrio est em nossas mos. Separemos um tempo dirio para estar perante Deus a favor das naes e dos reinos com clamor vigilante. "Vs que fazeis lembrado o Senhor, no descanseis nem deis a Ele descanso at que restaure Jerusalm, o Brasil, e todos os povos da terra" (Is 62:6-7). 46

8.4) A intercesso um dos pilares que sustenta a Obra Missionria:


O apstolo Paulo revela a necessidade de haver uma retaguarda para o combate missionrio. Em vrios textos podemos encontr-los pedindo intercesso, como aos romanos: Rogo-vos, pois, irmos por nosso Senhor Jesus Cristo e tambm pelo amor do Esprito, que luteis juntamente comigo nas oraes a Deus a meu favor (Rm.15:30). Os intercessores formam o batalho que d o suporte espiritual para os guerreiros irem linha de frente. Eles compartilham da luta e se tornam participantes ativos ao assumir a posio militante. Eles colocam diante de Deus em favor do missionrio, para causar efeito no seu trabalho. Assim, o trabalho do missionrio e do intercessor so um s combate, e o valor do servio o mesmo. Por isso, a justa recompensa atribuda igualmente a ambas as partes (I Sm.30:24). Por que necessria a retaguarda? Como somos uma corporao", um exrcito em combate pelo reino eterno, precisamos entender a necessidade de estarmos na retaguarda. O missionrio precisa de cobertura espiritual. Durante o ministrio de Charles Finney, vrios intercessores levantados por Deus acompanhavam suas viagens e pregaes. Milhares de almas se convertiam com a pregao de Finney, porque antes os coraes foram trabalhados pelo poder da orao. O intercessor abre portas para o missionrio. Paulo sabia que a sua misso era pregar, portanto ele precisava que as portas fossem abertas pregao (Cl.4:3). Ele demorou-se em feso e depois afirmou:Uma porta grande e oportuna para o trabalho se me abriu" (ICo.16:9). O intercessor encoraja o missionrio a ser intrpido (Ef.6:19). Paulo era consciente de que s pela ao do Esprito Santo poderia usar a palavra certa para a pessoa certa. No texto de Colossenses 4:4, ele busca lugar nas oraes dos irmos para saber como manifestar o mistrio de Deus. O como fazer s pode ser efetivo pela orao. O intercessor ergue as mos para a obteno da vitria. Em x 17:8-16 est registrado o episdio que confirma a necessidade da orao para conquistar a vitria. O que Deus queria ensinar a Israel era que todas as conquistas deviam depender Dele! A retaguarda formada por aqueles que sobem ao monte e ficam de mos erguidas enquanto a batalha travada no vale. Quando Pedro e Joo foram presos e ameaados pelas autoridades, uma vez solto, procuravam os irmos (...) e unnimes levantaram a voz em orao (At.4:23-24) Eles sabiam aonde ir, porque estavam certos da existncia de intercessores agindo em orao para a garantia da vitria (At.12:5). Wesley Duewel, missionrio na OMS Internacional, conta que nos primeiros 25 anos na ndia, abria uma ou duas novas igrejas por ano. Ento indo de frias para os Estados Unidos, em 1964, Deus o levou a pedir 1.000 intercessores que orassem 15 minutos por dia pelo seu ministrio na ndia. O resultado foi a abertura de 25 novas igrejas a cada ano, com um total de 25.000 crentes. O produto do servio ser na proporo das respostas das oraes. Quanto mais orao, mais resultados! A intercesso tem um poder mais extraordinrio que a fora de msseis. No sem razo que a rainha da Inglaterra dizia que tinha mais medo da orao de John Huss que todo o exrcito inimigo.

8.5) Como Interceder por um Povo No Alcanado


Os povos no-alcanados precisam ser alcanados o mais breve possvel, e isto representa para ns, os que j fomos alcanados, um grande desafio. Cremos que o ponto de partida para a evangelizao destes povos a orao de intercesso. Pelo fato de viverem, geralmente, em lugares distantes, sabemos pouqussimo acerca deles. E a falta de informaes atualizadas impede que intercedamos de maneira objetiva, o que torna nossas 47

peties vagas e repetitivas. Se nossas oraes no forem bem definidas, facilmente esqueceremos de orar. Como vamos avaliar se nossas oraes foram atendidas ou no? Se vamos interceder, seriamente, por um determinado povo que pouco conhecemos, a nica forma de faz-lo interceder diariamente, ou vrias vezes ao dia, at que isto faa parte de nossa conscincia. Por quais motivos devemos orar? O melhor seria que voc pudesse encontrar muita informao acerca das necessidades bsicas de um determinado povo, como a lngua, cultura, o local onde vive, a forma de vida, necessidades materiais e fsicas. Mas se isto no for possvel, voc pode encontrar tudo isso em sua prpria Bblia. As necessidades essenciais e bsicas para a orao de intercesso esto claramente enumeradas nas Escrituras: tudo o que o Senhor falou acerca das etnias das naes, dos povos, das gentes revela sua vontade para com eles. E esta a confiana que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcanamos as peties que lhe fizemos, 1 Jo 5.14,15. Quando estiver intercedendo por um povo no-alcanado procure sempre ter sua Bblia mo. Procure, tambm, relacionar passagens bblicas com os motivos descritos a seguir, para que a vontade de Deus seja feita, quando voc apresentar sua peties diante do trono do Todo-Poderoso. 1. Ore para que Deus envie obreiros. Geralmente h crentes que vivem prximos a algum povo no-alcanado, ou que vivem no mesmo pas. Ore para que Deus envie missionrios de outros pases para estes povos, e que a igreja brasileira participe mais acentuadamente, enviando missionrios, Mt 9.37,38. 2. Ore pelas igrejas j estabelecidas nos pases onde houver algum povo no-alcanado, para que recebam a viso missionria de alcanar esse povo. 3. Ore para que o Senhor abra a porta para a palavra(Cl 4.3,4). Esta uma porta que tem dois lados: a porta da pregao e a porta do ouvinte. A mensagem deve ser apresentada de forma que o ouvinte possa compreender claramente. Deve suprir sua verdadeira necessidade, no o que o pregador considere que seja a necessidade do ouvinte. 4. Voc sabe que os povos sem Cristo caminham segundo o curso deste mundo, e se deixam influenciar pelo que fazem as pessoas ao seu redor. Ore para que quando os mensageiros de Deus cheguem nesses lugares haja quem receba, amavelmente, os servos de Deus e sua mensagem. 5. Voc sabe que o deus deste sculo (2 Co 4.4) exerce completo domnio sobre esses povos. Por essa razo interceda pela guerra espiritual que ocorrer contra os mensageiros de Deus e, da mesma forma, queles que recebem a mensagem do evangelho. Ore para que o homem valente, de que falou Jesus (Mt 12.29), seja manietado e seus bens saqueados. Voc sabe que uma das maneiras de maniet-lo atravs da orao. Quando voc intercede por um povo no-alcanado, h uma verdadeira guerra espiritual contra as trevas. Portanto, pea proteo do alto, porque voc tambm sofrer ataques do inimigo. 6. Ore para que os novos convertidos rompam completamente os laos e prticas pags, para que sejam completamente libertos dos ataques malignos. Ore para que eles tenham a segurana de que maior o que est conosco, do que o que est no mundo, 1 Jo 4.4. 7. Ore para que se levante entre esses povos uma igreja evangelstica e produtiva, e que os novos convertidos cresam na graa e no conhecimento de Jesus Cristo. 8. Voc sabe que Deus tem prometido dar a seu Filho as naes por herana e os confins da terra como possesso (Sl 2.8). Voc pode orar para que Cristo tome posse, imediatamente, da 48

herana que lhe pertence, ou seja, todos os povos, inclusive os no-alcanados. 9. Voc sabe que o propsito eterno de Deus trazer todas as pessoas, de todas as etnias, aos ps de Cristo. Pea em orao para que o povo pelo qual voc est orando seja representado, juntamente com todas as outras naes, dentro do corpo de Cristo (veja Ap 5.9;7.9) 10. Continue orando de acordo com a vontade de Deus revelada nas Escrituras, ou seja, pelas naes e pelas pessoas que vivem diariamente possudas pelo medo, pela dor e insegurana; por aqueles que esto prestes a enfrentar a eternidade sem Cristo, se no forem alcanados, imediatamente.

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O QUE DIZEM OS GRANDES HOMENS DE DEUS?


O diabo no se impressiona com estudos maravilhosos, sermes inflamados. Mas, ele treme, quando um homem ou uma mulher comeam a orar, por que ele sabe que Deus vai agir.... Samuel Chaduwick Deus nada faz a no ser responder orao. John Wesley Os cus esperam a ordem da terra. Se a terra no der ordens, os cus no efetuam. Watchman Nee "A orao o encontro da sede de Deus e da sede do homem." Agostinho de Hipona (354-430 d.C) "Teu desejo a tua orao; se o desejo contnuo, tambm a orao contnua. No foi em vo que o Apstolo disse: Orai sem cessar (I Ts. 5.17). Ainda que faas qualquer coisa, se desejas aquele repouso do sbado eterno, no cesses de orar. Se no queres cessar de orar, no cesses de desejar." Agostinho de Hipona (354-430 d.C) "Atualmente estou to ocupado que no posso passar menos de quatro horas por dia na presena de Deus." Martinho Lutero (1483-1546) "A orao o antdoto para todas as nossas aflies." Joo Calvino (1509-1564) "Que melhor guia poderemos encontrar para orao alm do exemplo do prprio Cristo? Ele se dirigiu diretamente ao Pai. O apstolo nos mostra o que devemos fazer, quando diz que Ele endereou suas oraes quele que era capaz de livr-lo da morte. Com isso ele quer dizer que Cristo orou corretamente, visto que recorreu ao Deus que o nico Libertador." Joo Calvino (1509-1564) "Quando buscamos a Deus em orao, o diabo sabe que estamos querendo mais poder para lutar contra ele, e por isso procura lanar contra ns toda a oposio que capaz de arregimentar." Richard Sibbes (1577-1635) "Na orao, melhor ter um corao sem palavras do que palavras sem um corao." John Bunyan (1628-1688) "A orao far o homem parar de pecar, ou o pecado o seduzir a parar de orar." John Bunyan (1628-1688)

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"Sempre que Deus tenciona exercer misericrdia para com seu povo, a primeira coisa que faz lev-lo a orar." Matthew Henry (1662-1714) "O que o homem , o sobre seus joelhos diante de Deus, e nada mais." Robert Murray McCheyne (1813-1843) "Que seu molho de l fique na eira da splica at que seja molhado com orvalho do cu." Charles H. Spurgeon (1834-1892) "Sussurros que no podem ser expressos em palavras so freqentemente oraes que no podem ser recusadas." Charles H. Spurgeon (1834-1892)

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BIBLIOGRAFIA: A.W. Pink, Enriquecendo-se com a Bblia, So Paulo, Fiel, 1979, p. 46. Millard J. Erickson, Introduo Teologia Sistemtica, So Paulo, Vida Nova, 1997, p. 179. Joo Calvino, As Institutas, So Paulo, Casa Editora Presbiteriana, 1985-1989, III.20.43. John Flavel, Se Deus Quiser, So Paulo, PES., 1987, p. 26. A.W. Pink, Deus Soberano, So Paulo, Fiel, 1977 p. 134. Vd. J. Calvino, As Institutas, III.2.2 e 7; Joo Calvino, Exposio de Hebreus, So Paulo, Edies Paracletos, 1997, (Hb 11.11), p. 318. J.I. Packer, Evangelizao e Soberania de Deus, 2 ed. So Paulo, Vida Nova, 1990, p. 11. Plato, A Repblica, 7 ed. Lisboa, Fundao Calouste Gulbenkian, (1993), 364c-e. Joo Calvino, O Livro dos Salmos, So Paulo, Edies Paracletos, 1999, Vol. 1, (Sl 13.1), p. 262. Agostinho (354-430) exulta: " bondosa Onipotncia que olhais por cada um de ns como se dum s cuidsseis, velando por todos como por cada um!". [Agostinho, Confisses, So Paulo, Abril Cultural, 1973. (Os Pensadores, VI), III.11.19]. (Ver tambm, J. Calvino, As Institutas, I.17.6). Joo Calvino, O Livro dos Salmos, So Paulo, Edies Parakletos, 2002, Vol. 3, (Sl 102.17), p. 578. Apostila CAAM - INTERCESSO MISSIONRIA escrito por uma missionria em campo onde o evangelho restrito. fonte: www.semap.com.br Estudo Pr. Claudio Morandi, Bacharel em teologia pela faculdade evanglica do Brasil (ISBL) Pastor da Igreja Batista em So Jose do Rio Preto - SP

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