Manual Pratico Da Previdencia Social

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Aristeu de Oliveira

Manual Prático
da Previdência Social
Guia para a Solução de Problemas
Cálculo de Aposentadorias
Fator Previdenciário
Cálculo do Tempo de Contribuição
Benefícios do Empregado e Empregador
Procedimentos Relativos a
Contribuinte Individual
Trabalhador Urbano, Rural e Doméstico
Acidente de Trabalho e Auxílio-Acidente
Avulso e Segurado Especial

a
13 Edição

Material de site

SÃO PAULO
EDITORA ATLAS S.A. – 2005
Sumário

Contribuição individual – data de início de contribuição (Capítulo 2, item 10), 3


Prova de inexistência de débito no INSS (Capítulo 4, item 1), 8
Reclamatória trabalhista e Comissões de Conciliação Prévia (CCP) (Capítulo 4,
item 3.1), 21
Contribuição individual – obrigações (Capítulo 5, item 1), 27
Empresas que contratam serviços mediante cessão de mão-de-obra, retenção de
11% (Capítulo 5, item 11), 32
Normas de recolhimento das contribuições ao INSS (Capítulo 7, item 4), 47
Relação de atividades preponderantes e correspondentes graus de risco (Capí-
tulo 7, item 4.2), 73
Atividade rural e agroindustrial (Capítulo 7, item 7), 106
Isenção de contribuições destinadas à Previdência Social (entidade beneficente
de assistência social) (Capítulo 7, item 12.2), 118
Procedimentos relativos à restituição e compensação de contribuições recolhi-
das indevidamente (Capítulo 9, item 2.1), 127
Auto de infração (lavratura) e aplicação de multas (Capítulo 10, item 5), 148
Doenças profissionais ou do trabalho (anexo II do RPS) (Capítulo 12), 156
Operacionalização da aposentadoria por tempo de contribuição (Capítulo 13,
item 26.1), 219
Das condições para a concessão de aposentadoria especial que estabeleceu o
Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) (Capítulo 13, item 28.2), 245
Contribuição Individual –
Data de Início de Contribuição

Capítulo IV
DO RECONHECIMENTO DA DATA DE INÍCIO DE
CONTRIBUIÇÃO PARA CONTRIBUINTE INDIVIDUAL,
SEGURADO ESPECIAL E EMPREGADO DOMÉSTICO

Seção I
DO RECONHECIMENTO DO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE

Art. 106. O pedido de reconhecimento do exercício de atividade para re-


troação da Data de Início de Contribuição (DIC) dar-se-á mediante a formaliza-
ção de processo administrativo devidamente protocolizado e encaminhado ao
Serviço/Seção/Setor de Benefício da APS.
Art. 107. Reconhecido o exercício de atividade pelo Serviço/Seção/Setor
de Benefício da APS, o processo será encaminhado ao Serviço/Seção/Setor de
Arrecadação da APS, para que sejam efetuados o cálculo e a cobrança das con-
tribuições sociais previdenciárias devidas.

Seção II
DO PERÍODO DE FILIAÇÃO OBRIGATÓRIA

Art. 108. Comprovado o exercício de atividade remunerada, em períodos


anteriores ou posteriores à inscrição, para fins de concessão de benefícios, refe-
rentes a competências até março de 1995, será exigido do contribuinte indivi-
dual, a qualquer tempo, o recolhimento das correspondentes contribuições, as-
sim calculadas:
I – a base de cálculo será apurada pela média aritmética simples dos últi-
mos trinta e seis salários-de-contribuição do segurado, considerados todos os
vínculos empregatícios ou todas as atividades abrangidas pelo RGPS, em qual-
quer época, a partir da competência imediatamente anterior à data da protoco-
4 CONTRIBUIÇÃO INDIVIDUAL – DATA DE INÍCIO DE CONTRIBUIÇÃO

lização do requerimento, ainda que não recolhidas as contribuições, corrigidos


mês a mês pelos mesmos índices utilizados para a obtenção do salário-de-bene-
fício, observados os limites mínimo e máximo estabelecidos nos §§ 1o e 2o do
art. 74;
II – a contribuição devida será apurada aplicando-se a alíquota de vinte
por cento sobre a base de cálculo encontrada na forma do inciso anterior;
III – sobre as contribuições devidas e apuradas na forma do inciso II incidi-
rão juros de mora de zero vírgula cinco por cento ao mês, capitalizados anual-
mente, e multa de dez por cento.
§ 1o Contando o segurado com menos de trinta e seis salários-de-contri-
buição, a base de cálculo corresponderá à soma dos salários-de-contribuição,
dividida pelo número de contribuições apuradas.
§ 2o Para a apuração da base de cálculo de que trata o inciso I do caput,
será considerado o salário-de-contribuição do segurado de acordo com a legis-
lação de regência.
§ 3o Tratando-se de segurado filiado ao RGPS na condição de segurado
empregado, em período anterior àquele a ser reconhecido como contribuinte
individual, sem recolhimento nessa categoria, o salário-de-contribuição será
apurado na forma do inciso I do caput.
§ 4o Quando se tratar de segurado filiado ao RGPS no período de novem-
bro de 1991 até 28 de novembro de 1999, que ainda não tenha contribuído na
escala de salários-base, ou que tenha iniciado o exercício desta atividade conco-
mitantemente com a atividade de empregado, inclusive empregado doméstico e
trabalhador avulso, o salário-de-contribuição é o limite mínimo da escala de salá-
rios-base vigente na data do vencimento da competência a ser recolhida, ou qual-
quer valor entre o correspondente ao da classe inicial e o da classe mais próxima
da média aritmética simples dos seis últimos salários-de-contribuição na condição
de segurado empregado, inclusive empregado doméstico e trabalhador avulso
(enquadramento), caso não tenha ocorrido perda da qualidade de segurado en-
tre a cessação do vínculo empregatício e a data de início da atividade sujeita a
salário-base, que também determina o enquadramento na classe inicial.
Art. 109. Comprovado o exercício de atividade remunerada, a partir de
abril de 1995, em períodos anteriores ou posteriores à inscrição, para fins
de concessão de benefícios será exigido do contribuinte individual, a qualquer
tempo, o recolhimento das correspondentes contribuições, calculadas na forma
do inciso III do art. 75, considerando que:
I – quando se tratar de segurado filiado ao RGPS anteriormente ao período
em débito e durante a vigência da escala de salários-base, o salário-de-contribuição
é o correspondente ao da classe na qual estava enquadrado naquela escala;
II – Quando se tratar de segurado filiado ao RGPS até 28 de novembro de
1999, que ainda não tenha contribuído na escala de salários-base, ou que tenha
iniciado o exercício desta atividade concomitantemente com a atividade de em-
pregado, inclusive empregado doméstico e trabalhador avulso, o salário-de-con-
CONTRIBUIÇÃO INDIVIDUAL – DATA DE INÍCIO DE CONTRIBUIÇÃO 5

tribuição é o da classe inicial da escala de salários-base vigente na data do ven-


cimento da competência a ser recolhida, ou qualquer valor entre o correspon-
dente ao da classe inicial e o da classe mais próxima da média aritmética sim-
ples dos seis últimos salários-de-contribuição na condição de segurado
empregado, inclusive empregado doméstico e trabalhador avulso (enquadra-
mento), caso não tenha ocorrido perda da qualidade de segurado entre a cessa-
ção do vínculo empregatício e a data de início da atividade sujeita a salário-
base, que também determina o enquadramento na classe inicial;
III – quando se tratar de segurado filiado até 28 de novembro de 1999,
que tenha perdido a qualidade de segurado após esta data, para os fatos gera-
dores ocorridos a partir da nova filiação, o salário-de-contribuição é a remune-
ração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de atividade por
conta própria, durante o mês, observados os limites mínimo e máximo do salá-
rio-de-contribuição;
IV – quando se tratar de segurado filiado a partir de 29 de novembro de
1999, para fatos geradores ocorridos até 31 de março de 2003, o salário-de-
contribuição é a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exer-
cício de atividade por conta própria, durante o mês, observados os limites míni-
mo e máximo do salário-de-contribuição;
V – independentemente da data de filiação, para fatos geradores ocorridos
a partir de 1o de abril de 2003, o salário-de-contribuição é a remuneração aufe-
rida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta
própria, durante o mês, observados os limites mínimo e máximo do salário-de-
contribuição.
§ 1o Para os segurados filiados até 28 de novembro de 1999, durante a
vigência da escala transitória de salários-base, as contribuições devem ser cal-
culadas com base no salário-de-contribuição correspondente à classe em que es-
tava enquadrado o segurado na competência imediatamente anterior à compe-
tência em débito, sendo que, para a classe inicial, o contribuinte poderá optar
por qualquer valor dentro do intervalo desta classe.
§ 2o A contribuição devida é apurada aplicando-se a alíquota de vinte
por cento sobre o salário-de-contribuição, observado o disposto no art. 85.
Art. 110. O pagamento em atraso das contribuições sociais previdenciári-
as de segurado contribuinte individual, relativas às competências de abril de
1995 em diante, sujeita-se à incidência de juros de mora e multa, aplicados na
forma prevista nos arts. 510 a 513.
Art. 111. Para a regularização da situação de segurado empregador ru-
ral, em relação às contribuições sociais previdenciárias devidas até outubro de
1991, serão aplicadas as mesmas regras estabelecidas no art. 108.
Parágrafo único. Os juros de mora de zero vírgula cinco por cento ao
mês, capitalizados anualmente, serão aplicados a partir do mês de abril do ano
do vencimento da respectiva contribuição anual.
6 CONTRIBUIÇÃO INDIVIDUAL – DATA DE INÍCIO DE CONTRIBUIÇÃO

Seção III
DO PERÍODO DE FILIAÇÃO NÃO-OBRIGATÓRIA

Art. 112. Para indenização de contribuições sociais relativas a competên-


cias até março de 1995, em que a atividade não exigia filiação obrigatória ao
RGPS, será aplicado o disposto no art. 108, desde que a atividade tenha passa-
do a ser de filiação obrigatória.
Art. 113. Para indenização de contribuições relativas a competências a
partir de abril de 1995, cujo exercício da atividade remunerada passou a ser de
filiação obrigatória, tomar-se-á como base de incidência o valor do salário-de-
contribuição correspondente ao do mês anterior ao da protocolização do reque-
rimento, apurado na forma do art. 109.
Parágrafo único. A contribuição devida é apurada aplicando-se a alíquota
de vinte por cento sobre o salário-de-contribuição obtido na forma do caput, de-
vendo ser acrescida de juros e multa de mora aplicados na forma prevista nos
arts. 510 a 513.

Seção IV
DA CONTAGEM RECÍPROCA

Art. 114. Para indenização relativa ao exercício de atividade remunerada


para fins de contagem recíproca, correspondente a período de filiação obrigató-
ria ou não, a base de incidência das contribuições sociais previdenciárias é a re-
muneração do segurado na data da protocolização do requerimento, sobre a
qual incidem as contribuições para o regime próprio de previdência social a que
estiver filiado, observados os limites mínimo e máximo do salário-de-contribui-
ção, estabelecidos nos §§ 1o e 2o do art. 74.
Art. 115. Será apurada a contribuição devida para fins de contagem recí-
proca aplicando-se a alíquota de vinte por cento sobre o salário-de-contribuição
definido no art. 114, sobre a qual incidirão juros de mora de zero vírgula cinco
por cento ao mês, capitalizados anualmente, e multa de mora de dez por cento.
§ 1o O disposto neste artigo aplica-se, inclusive, para competências a par-
tir de abril de 1995.
§ 2o Para indenização do tempo de serviço prestado pelo trabalhador ru-
ral, em período anterior à competência novembro de 1991, aplica-se o disposto
neste artigo.

Seção V
DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Art. 116. As contribuições apuradas na forma dos arts. 108 a 115, deve-
rão ser recolhidas até o último dia útil do mês do processamento do cálculo ou
ser objeto de acordo para pagamento parcelado.
CONTRIBUIÇÃO INDIVIDUAL – DATA DE INÍCIO DE CONTRIBUIÇÃO 7

Art. 117. Comprovado o exercício de atividade remunerada em período


de filiação obrigatória e não tendo sido efetuado o recolhimento das contribui-
ções apuradas, o segurado será considerado inadimplente perante a Previdência
Social.
§ 1o As contribuições não-alcançadas pela decadência serão objeto de
constituição do crédito previdenciário, que será lançado pelo Serviço/Seção/Se-
tor de Fiscalização da Gerência-Executiva, com base na planilha de cálculo das
contribuições e informações cadastrais do segurado.
§ 2o As contribuições alcançadas pela decadência devem ser pagas, caso
o segurado deseje computar o tempo de contribuição com vistas à concessão de
benefício, conforme previsto no § 1o do art. 45 da Lei no 8.212, de 1991.
Art. 118. Havendo interesse do segurado em regularizar as contribuições
relativas a período já reconhecido, deverá ser solicitada atualização dos cálculos
em requerimento devidamente protocolizado na APS.
Parágrafo único. Para a atualização de que trata o caput, deverá ser apu-
rada nova base de cálculo, a partir da competência imediatamente anterior à da
protocolização do novo pedido, na forma do disposto nos arts. 108 a 115, con-
forme o caso.
Art. 119. O requerente, segurado do RGPS ou servidor público, poderá, a
qualquer tempo, desistir do reconhecimento de filiação obrigatória à Previdên-
cia Social, no todo ou em parte, relativo ao período alcançado pela decadência,
desde que as contribuições não tenham sido quitadas, vedada a restituição.
Parágrafo único. Caberá desistência, também, para o reconhecimento de
período cuja filiação não era obrigatória ao RGPS, desde que as contribuições
não tenham sido quitadas, vedada a restituição.
Prova de Inexistência de
Débito no INSS

Capítulo III
DA REGULARIDADE DO RECOLHIMENTO DAS
CONTRIBUIÇÕES

Seção I
DA PROVA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO

Art. 538. O documento comprobatório de inexistência de débito do Insti-


tuto Nacional do Seguro Social (INSS) é a Certidão Negativa de Débito (CND).
§ 1o Havendo créditos não-vencidos, ou créditos em curso de cobrança
executiva para os quais tenha sido efetivada a penhora regular e suficiente à
sua cobertura, ou créditos cuja exigibilidade esteja suspensa, será expedida Cer-
tidão Positiva de Débito com Efeitos de Negativa (CPD-EN), com os mesmos
efeitos da certidão prevista no caput.
§ 2o A Certidão Negativa de Débito (CND), a Certidão Positiva de Débito
com Efeitos de Negativa (CPD-EN), a Certidão Positiva de Débito (CPD) e a De-
claração de Regularidade de Situação do Contribuinte Individual (DRS-CI) se-
rão fornecidas independentemente do pagamento de qualquer taxa.

Seção II
DA EXIGIBILIDADE DA PROVA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO

Art. 539. A autoridade responsável por órgão do poder público, por ór-
gão de registro público ou por instituição financeira em geral, no âmbito de
suas atividades, exigirá, obrigatoriamente, a apresentação de Certidão Negativa
de Débito (CND) ou de Certidão Positiva de Débito com Efeitos de Negativa
(CPD-EN), fornecida pelo INSS, nas seguintes hipóteses:
I – da empresa:
PROVA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO NO INSS 9

a) na licitação, na contratação com o poder público e no recebimento de


benefícios ou incentivo fiscal ou creditício concedidos por ele;
b) na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem imóvel ou direito
a ele relativo;
c) na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem móvel de valor
superior ao estabelecido periodicamente mediante Portaria do MPS, incorpora-
do ao ativo permanente da empresa; e
d) no registro ou arquivamento, no órgão próprio, de ato relativo a baixa
ou redução de capital de firma individual, redução de capital social, cisão total
ou parcial, transformação ou extinção de entidade ou sociedade comercial ou
civil e transferência de controle de quotas de sociedades de responsabilidade li-
mitada.
II – do proprietário do imóvel, pessoa física ou jurídica, quando da averba-
ção de obra de construção civil no Registro de Imóveis, exceto no caso do inciso
I do art. 476;
III – do incorporador, na ocasião da inscrição de memorial de incorpora-
ção no Registro de Imóveis;
IV – do produtor rural pessoa física e do segurado especial, quando da
constituição de garantia para concessão de crédito rural e qualquer de suas mo-
dalidades, por instituição de créditos pública ou privada, desde que comerciali-
zem a sua produção com o adquirente domiciliado no exterior ou diretamente
no varejo com consumidor pessoa física, com outro produtor rural pessoa física
ou com outro segurado especial;
V – na contratação de operações de crédito com instituições financeiras,
definidas no art. 581, que envolvam:
a) recursos públicos, inclusive os provenientes de fundos constitucionais
e de incentivo ao desenvolvimento regional (Fundo Constitucional de Financia-
mento do Norte, Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, Fundo
Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, Fundo de Desenvolvimento
da Amazônia e Fundo de Desenvolvimento do Nordeste);
b) recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, do Fundo de
Amparo ao Trabalhador e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa-
ção; ou
c) recursos captados através de Caderneta de Poupança.
VI – na liberação de eventuais parcelas previstas nos contratos a que se re-
fere o inciso V.
§ 1o O produtor rural pessoa física ou o segurado especial, que declarar,
sob as penas da lei, que não tem trabalhadores a seu serviço e que não comercia-
liza a própria produção na forma prevista no inciso I do art. 248, está dispensa-
do da apresentação das certidões previstas nos incisos I, III a VI do caput.
10 PROVA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO NO INSS

§ 2o O documento comprobatório de inexistência de débito poderá ser


exigido do construtor que, na condição de responsável solidário com o proprie-
tário do imóvel, tenha executado a obra de construção civil, na forma do dis-
posto no alínea “a” do inciso XXVIII do art. 427.

Seção III
DA NÃO EXIGIBILIDADE DA PROVA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO

Art. 540. A apresentação de CND, ou de CPD-EN, é dispensada, dentre


outras hipóteses:
I – na lavratura ou assinatura de instrumento, ato ou contrato que consti-
tua retificação, ratificação ou efetivação de outro anterior para o qual já foi fei-
ta a prova;
II – na constituição de garantia para concessão de crédito rural, em qual-
quer de suas modalidades, por instituição de crédito pública ou privada ao pro-
dutor rural pessoa física e ao segurado especial, desde que estes não comerciali-
zem a sua produção com o adquirente domiciliado no exterior nem diretamente
no varejo com consumidor pessoa física, com outro produtor rural pessoa física
ou com outro segurado especial;
III – na averbação, prevista no inciso II do art. 539, relativa a imóvel cuja
construção tenha sido concluída antes de 22 de novembro de 1966;
IV – na transação imobiliária referida na alínea “b” do inciso I do art. 539,
que envolva empresa que explore exclusivamente atividade de compra e venda
de imóveis, locação, desmembramento ou loteamento de terrenos, incorpora-
ção imobiliária ou construção de imóveis destinados à venda, desde que o imó-
vel objeto da transação esteja contabilmente lançado no ativo circulante e não
conste, nem tenha constado, do ativo permanente da empresa, fato que será re-
latado no registro da respectiva transação no cartório de Registro de Imóveis;
V – no arquivamento, na junta comercial, do ato constitutivo, inclusive de
suas alterações, de microempresa ou empresa de pequeno porte, salvo no caso
de extinção de firma individual ou sociedade;
VI – na baixa de firma mercantil individual e de sociedade mercantil e civil
enquadráveis como microempresa ou como empresa de pequeno porte que, du-
rante cinco anos, não tenham exercido atividade econômica de qualquer espé-
cie, conforme disposto no art. 35 da Lei nº 9.841, de 5 de outubro de 1999;
VII – na averbação no Registro de Imóveis de obra de construção civil resi-
dencial que seja, cumulativamente, unifamiliar, destinada a uso próprio, do
tipo econômico, executada sem mão-de-obra remunerada e de área total não
superior a setenta metros quadrados cujo proprietário ou dono da obra seja
pessoa física, conforme previsto no inciso I do art. 476;
PROVA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO NO INSS 11

VIII – nos atos relativos à transferência de bens, nos casos de arrematação,


adjudicação e desapropriação de bens imóveis e móveis de qualquer valor, bem
como nas ações de usucapião de bens móveis ou imóveis.

Seção IV
DA VALIDADE E ACEITAÇÃO

Art. 541. O prazo de validade da CND ou da CPD-EN é de noventa dias,


contados da data de sua emissão.
Art. 542. A prova de inexistência de débito perante a Previdência Social
será fornecida por certidão emitida por sistema informatizado do INSS, cuja va-
lidade independerá de assinatura manual ou de aposição de carimbos, ficando
o responsável pela sua aceitação condicionado à verificação da autenticidade
do documento na rede de comunicação da Internet, no endereço www.previden-
ciasocial.gov.br, ou junto a qualquer APS, mediante solicitação do interessado.

Seção V
DO PEDIDO, DO PROCESSAMENTO E DA EMISSÃO DO RELATÓRIO
DE RESTRIÇÕES

Art. 543. As certidões previstas neste Capítulo poderão ser solicitadas


por qualquer pessoa:
I – em qualquer APS;
II – pela Internet, no endereço http://www.previdenciasocial.gov.br/, ou
pelos quiosques de auto-atendimento da Previdência Social (PREVFACIL), inde-
pendentemente de senha, observado o disposto no § 1º do art. 549.
Parágrafo único. O solicitante deverá fornecer o número de inscrição no
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), ou no Cadastro Específico do INSS
(CEI) ou o Número de Inscrição do Trabalhador, no caso de contribuintes indivi-
duais, e especificar a finalidade da certidão que requer nos termos do art. 548.
Art. 544. Após a solicitação da certidão, o sistema informatizado do INSS
verificará, mediante consulta aos dados de todos os estabelecimentos e obras
de construção civil da empresa, se:
I – houve a entrega da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP);
II – há divergência entre os valores declarados na GFIP e os efetivamente
recolhidos;
III – há débitos que impeçam a emissão da CND ou da CPD-EN.
12 PROVA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO NO INSS

§ 1o As obras de construção civil encerradas, com CND ou com CPD-EN


emitidas, não serão impeditivas à liberação da CND ou da CPD-EN para o esta-
belecimento a que estiverem vinculadas.
§ 2o A Diretoria da Receita Previdenciária poderá estabelecer critérios
para a apuração eletrônica de diferenças entre o valor declarado em GFIP e o
efetivamente recolhido em documento de arrecadação, para fins de emissão das
certidões previstas neste Capítulo.
§ 3o Não constando restrições, a certidão será expedida eletronicamente
pelo Sistema Informatizado do INSS, podendo o solicitante imprimi-la via Inter-
net, independentemente de senha, ou requisitá-la em qualquer APS.
Art. 545. Constando restrições, em decorrência da verificação de que tra-
ta o art. 544, o Relatório de Restrições será:
I – obtido através da rede de comunicação da Internet, mediante senha de
auto-atendimento;
II – entregue em qualquer APS ao representante legal da empresa, ao res-
ponsável pela obra de construção civil ou à pessoa expressamente autorizada.

Seção VI
DA ANÁLISE E DA REGULARIZAÇÃO DAS PENDÊNCIAS DO
RELATÓRIO DE RESTRIÇÕES

Art. 546. O Relatório de Restrições indica os motivos da não-emissão


imediata da certidão requerida.
§ 1o As restrições serão liberadas mediante apresentação da documenta-
ção probatória da situação regular da empresa, em qualquer das APS da Gerên-
cia-Executiva circunscricionante do sujeito passivo.
§ 2o As restrições deverão ser regularizadas no prazo máximo de trinta
dias do processamento do pedido de certidão, após o qual este será automatica-
mente indeferido pelo sistema informatizado do INSS.
§ 3o Havendo restrições em decorrência de crédito inscrito em dívida ati-
va, deverá ser efetuada consulta prévia à Procuradoria Federal Especializada
junto ao INSS, quanto à situação deste crédito e quanto à existência ou não de
impedimento à liberação da certidão.
§ 4o A documentação apresentada para liberação de restrições, bem
como a procuração ou autorização à pessoa prevista no inciso II do art. 545, se-
rão devolvidas ao sujeito passivo, após registro das ocorrências no sistema in-
formatizado do INSS.
Art. 547. A análise de restrições que exigir exame de escrituração contábil
deverá, obrigatoriamente, ser feita por Auditor-Fiscal da Previdência Social
(AFPS).
PROVA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO NO INSS 13

Seção VII
DA EMISSÃO DA CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO (CND) E DA
EMISSÃO DA CERTIDÃO POSITIVA DE DÉBITO COM EFEITOS DE
NEGATIVA (CPD-EN)

Art. 548. A CND será expedida para as seguintes finalidades:


I – averbação de obra de construção civil no Registro de Imóveis;
II – registro ou arquivamento, em órgão próprio, de ato relativo à redução
de capital social, transferência de controle de quotas de sociedades de respon-
sabilidade limitada e à cisão parcial ou transformação de entidade ou de socie-
dade comercial ou civil;
III – registro ou arquivamento, em órgão próprio, de ato relativo à baixa
de firma individual, à cisão total ou extinção de entidade ou de sociedade co-
mercial ou civil;
IV – quaisquer outras finalidades, exceto as previstas nos incisos I, II e III.
§ 1o Poderá ser emitida CPD-EN para as finalidades de que tratam os in-
cisos I, II e IV do caput.
§ 2o Não será expedida CND ou CPD-EN para baixa de estabelecimento
filial.
Art. 549. A emissão de certidão para as finalidades previstas no inciso III
do art. 548, dependerá de prévia verificação da regularidade do sujeito passi-
vo no sistema de baixa de empresas, disponível na Internet, no endereço
http://www.previdenciasocial.gov.br/.
§ 1o Será indispensável senha para a utilização do sistema de baixa de
empresas via Internet.
§ 2o Se a verificação eletrônica apontar restrições, deverá o sujeito passi-
vo comparecer a qualquer APS da Gerência-Executiva circunscricionante do es-
tabelecimento centralizador com vistas à sua regularização, observado o dispos-
to no art. 547.
§ 3o Não poderá ser utilizado o sistema de baixa de empresas via inter-
net, quando o sujeito passivo:
I – estiver enquadrado nos códigos FPAS 531, 582, 620, 639, 647, 655,
663, 671, 680, 698, 701, 710, 728, 744, 760, 779, 795, 809, 817, 868, em ra-
zão da atividade da empresa conforme definido no Anexo II;
II – estiver sob procedimento fiscal;
III – possuir média de vínculos empregatícios superior a dez, consideran-
do-se, para o período deste cálculo, as competências não-atingidas pela deca-
dência;
14 PROVA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO NO INSS

IV – tiver marca de expurgo do CNPJ ou do CEI;


V – tiver contra si processo de falência, ou de concordata, ou quando esti-
ver em processo de liquidação judicial ou extrajudicial;
VI – tiver estabelecimento filial ou obra de construção civil com situação
irregular perante o INSS.
§ 4o Nas situações do § 3º deste artigo, a expedição de certidão para a fi-
nalidade prevista no inciso III do art. 548, dependerá de fiscalização prévia co-
mandada pela Gerência-Executiva da circunscrição do estabelecimento centrali-
zador.
§ 5o O sujeito passivo poderá incluir ou alterar dados cadastrais da em-
presa, à exceção da denominação social, do endereço, da identificação dos
co-responsáveis, da data de início de atividade e de sua situação, quando utili-
zar o sistema baixa de empresa via Internet.
Art. 550. A Certidão Positiva de Débito com Efeitos de Negativa
(CPD-EN) será expedida quando houver débito em nome do sujeito passivo:
I – no âmbito do processo administrativo-fiscal:
a) e for solicitada dentro do prazo regulamentar de defesa, ou, findo este
prazo, se o débito estiver pendente de decisão administrativa em face de apre-
sentação de defesa tempestiva;
b) e for solicitada dentro do prazo regulamentar para apresentação de
recurso ou se o débito estiver pendente de julgamento por interposição de re-
curso tempestivo contra decisão proferida em decorrência de defesa, observado
o disposto no § 2o deste artigo;
II – garantido por depósito integral, atualizado em moeda corrente;
III – em relação ao qual tenha sido efetivada a penhora suficiente garanti-
dora do débito em curso de execução fiscal;
IV – regularmente parcelado, desde que o sujeito passivo esteja adimplen-
te com o pagamento das parcelas;
V – com exigibilidade suspensa por determinação judicial;
VI – ajuizado e com embargos opostos, quando o sujeito passivo for órgão
da administração direta da União, dos estados, do Distrito Federal, dos municí-
pios ou for autarquia ou fundação de direito público dessas entidades estatais.
§ 1o No caso de defesa ou de recurso parcial, a parte do débito não con-
testada deverá estar quitada, parcelada ou garantida por depósito, na forma do
art. 260 do RPS.
§ 2o Tratando-se de recurso administrativo interposto por pessoa jurídica de di-
reito privado, ou por sócio desta, considera-se regularmente interposto o recurso
quando instruído com a prova do depósito administrativo no valor de trinta por cento
PROVA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO NO INSS 15

da exigência fiscal definida na decisão administrativa recorrida, dentro do prazo re-


cursal.
Art. 551. A entrega da CND ou da CPD-EN, expedida por APS, independe de
apresentação de procuração emitida pelo sujeito passivo.
Art. 552. A certidão emitida para empresa, cujo identificador seja o CNPJ, será
válida para todos os seus estabelecimentos, matriz e filiais, exceto para as obras de
construção civil, e será expedida exclusivamente com a identificação do CNPJ da ma-
triz.
Art. 553. A CND ou a CPD-EN será emitida no prazo previsto no art. 582.

Seção VIII
DA CERTIDÃO POSITIVA DE DÉBITO (CPD)

Art. 554. Será expedida Certidão Positiva de Débito (CPD), mediante solicita-
ção do sujeito passivo, se constatadas as situações impeditivas à emissão de CND ou
de CPD-EN e não regularizadas no prazo previsto no § 2o do art. 546.
Art. 555. A CPD será emitida em uma única via e será identificada com o nú-
mero do pedido a que corresponder, sendo ela entregue ao representante legal da
empresa ou à pessoa por ele autorizada.
Parágrafo único. A CPD será emitida por qualquer APS da circunscrição da Ge-
rência-Executiva do estabelecimento centralizador da empresa.

Seção IX
DA CND E DA CPD-EN PARA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL

Art. 556. A CND ou a CPD-EN, cuja finalidade seja averbação de edificação no


Registro de Imóveis, será expedida após a regularização da obra na forma prevista no
Capítulo VI do Título V, nela constando a área e a descrição da edificação.
Art. 557. A CND ou a CPD-EN, quando solicitada para matrícula CEI de obra
de construção civil não passível de averbação no Registro de Imóveis, será expedida
para quaisquer finalidades, conforme inciso IV do art. 548.
Art. 558. Para a expedição da CND ou da CPD-EN de obra de construção civil
de responsabilidade de pessoa jurídica ficam dispensadas a verificação da situação de
regularidade de todos os estabelecimentos da requerente e a verificação da situação
de regularidade de outras obras a ela vinculadas.
Art. 559. Transcorrido o prazo de validade da CND ou da CPD-EN emitidas
com finalidade de regularização de obra de construção civil; caso seja apresentado
novo pedido, a nova certidão será expedida com base no documento anterior, dispen-
sando-se a repetição do procedimento previsto para regularização da referida obra.
16 PROVA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO NO INSS

Seção X
DA EXPEDIÇÃO DE CERTIDÃO POR FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL

Art. 560. No caso de decisão judicial, em favor do sujeito passivo, que


determine a expedição de CND ou de CPD-EN, o INSS dará imediato cumpri-
mento à determinação judicial, expedindo a CND ou a CPD-EN, para a finalida-
de referida na decisão.
§ 1o A CND ou a CPD-EN expedida por força de decisão judicial será emi-
tida pela APS ou pelo Serviço ou Seção de Orientação da Arrecadação (ORAR)
da Gerência-Executiva circunscricionante do estabelecimento centralizador da
empresa.
§ 2o Na CPD-EN liberada mediante decisão judicial serão informados to-
dos os débitos do sujeito passivo, estando os mesmos com exigibilidade suspen-
sa ou não.
§ 3o A emissão de nova certidão, por força da mesma decisão judicial, fi-
cará condicionada à consulta e orientação prévia da Procuradoria Federal Espe-
cializada junto ao INSS.
Art. 561. Após a expedição da CND ou da CPD-EN, na forma do art. 560,
a APS ou a ORAR deverá comunicar o fato à Procuradoria Federal Especializa-
da junto ao INSS, no prazo de vinte e quatro horas, encaminhando cópias da
certidão e da decisão judicial e prestando informação sobre a situação dos débi-
tos existentes.
Art. 562. Se a decisão judicial for proveniente de mandado de segurança
preventivo, em que não houve a emissão da CPD, a APS ou a ORAR deverá en-
caminhar à Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS, além dos docu-
mentos referidos no art. 560, o relatório sucinto da situação da empresa.
Art. 563. Cassada ou reformada a decisão judicial que determinou a
emissão da certidão, esta será cancelada no sistema informatizado do INSS, a par-
tir da data da referida decisão.

Seção XI
DA CPD-EN PARA EMPRESA OPTANTE PELO REFIS

Art. 564. Será emitida a CPD-EN para empresa optante pelo Programa de
Recuperação Fiscal (REFIS) que estiver com sua situação regular perante esse
programa e atendido ao disposto nos incisos I, II e III do art. 544.
Art. 565. Para os fins do art. 564, deverá ser apresentado número da
conta REFIS para a verificação da regularidade da empresa no programa, via
Internet, no endereço www.receita.fazenda.gov.br.
PROVA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO NO INSS 17

Seção XII
DA INTERVENIÊNCIA

Art. 566. O INSS poderá intervir em instrumento que dependa de


prova de inexistência de débito, desde que fique assegurada a regulariza-
ção do débito impeditivo, na forma do art. 567.
Parágrafo único. Não será emitida qualquer certidão para fins de
interveniência.
Art. 567. A interveniência será aceita, desde que:
I – o débito seja totalmente pago, no ato;
II – haja vinculação das parcelas do preço do bem ou dos serviços a
serem negociados a prazo às parcelas do saldo do débito, observado o
disposto no art. 568;
III – o débito seja amortizado até o valor do crédito liberado, inclusi-
ve o crédito decorrente de incentivos fiscais.
Art. 568. Na hipótese prevista no inciso II do art. 567, o débito re-
manescente, salvo o de retenção prevista no art. 149, será formalizado
por parcelamento.
Art. 569. Havendo a participação de instituição financeira, para a
interveniência o sujeito passivo deverá comprovar que autorizou a insti-
tuição financeira e que esta recebeu, em caráter irrevogável, a autoriza-
ção para debitar na conta corrente do sujeito passivo o valor total das
contribuições devidas à Previdência Social e a outras entidades e fundos,
com a discriminação do número do débito, das competências a recolher e
dos respectivos valores.
Parágrafo único. As informações necessárias para o débito em con-
ta corrente do sujeito passivo e para o respectivo recolhimento das contri-
buições devidas, por meio de documento de arrecadação previdenciária,
serão prestadas à instituição financeira interveniente, quando for o caso,
pela Divisão ou pelo Serviço de Receita Previdenciária da Gerência-Exe-
cutiva circunscricionante do estabelecimento centralizador do sujeito
passivo.
Art. 570. Tratando-se de alienação de bem, cujo valor obtido com a
transação seja igual ou superior ao valor do débito, o INSS poderá autori-
zar a lavratura do respectivo instrumento, desde que fique assegurado,
no próprio instrumento lavrado, que o valor total obtido com a transação,
ou o que for necessário, com preferência a qualquer outra destinação,
seja utilizado para amortização do débito.
18 PROVA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO NO INSS

Art. 571. Nos casos em que a interveniência seja efetuada para alie-
nação de bem do ativo das empresas em regime de liquidação extrajudici-
al, visando à obtenção de recursos necessários ao pagamento dos credo-
res, o INSS poderá autorizar a lavratura do respectivo instrumento,
independentemente da regularização do débito impeditivo na forma do
art. 567, desde que o valor do débito conste regularmente do quadro ge-
ral dos credores, observada a ordem de preferência legal, ressalvado o di-
reito da Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS verificar a to-
talidade dos débitos e o de promover as impugnações ou as habilitações
retardatárias, se necessárias.
Art. 572. A interveniência será efetivada pela Chefia da Divisão ou do
Serviço de Receita Previdenciária da Gerência-Executiva do estabelecimento
centralizador da empresa, com anuência da Procuradoria Federal Especializada
junto ao INSS.
Parágrafo único. A Chefia da Divisão ou do Serviço de Receita Previden-
ciária da Gerência-Executiva poderá autorizar a chefia da APS do estabeleci-
mento centralizador da empresa a efetivar a interveniência, sempre com a
anuência da Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS.

Seção XIII
DO CANCELAMENTO DE CND OU DE CPD-EN

Art. 573. A CND ou a CPD-EN será cancelada a partir da data:


I – da decisão judicial que cassou a determinação de sua expedição;
II – do conhecimento do fato, na hipótese da APS ter efetivado liberação
indevida no sistema;
III – do conhecimento do fato, na hipótese de ter havido erro cadastral
quando da liberação no sistema.
Parágrafo único. Do cancelamento, nas situações previstas nos incisos I e
II do caput, deverá ser dada publicidade mediante portaria publicada no Diário
Oficial da União.

Seção XIV
DA DECLARAÇÃO DE REGULARIDADE DE SITUAÇÃO DO
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL (DRS-CI)

Art. 574. A Declaração de Regularidade de Situação do Contribuinte In-


dividual (DRS-CI) é o documento que comprova a regularidade de inscrição e
de recolhimento das contribuições do segurado contribuinte individual na Pre-
vidência Social.
PROVA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO NO INSS 19

§ 1o Será considerado regular perante a Previdência Social, para fins de


emissão da DRS-CI, o segurado contribuinte individual inscrito na Previdência
Social, que esteja com seus dados cadastrais atualizados e conste no sistema in-
formatizado do INSS:
I – registro de recolhimento ou remuneração de, no mínimo, oito compe-
tências nos últimos doze meses, se inscrito há doze meses ou mais;
II – registro de recolhimento ou remuneração de, no mínimo, dois terços
das competências do período, arredondando-se, para maior, a fração igual ou
superior a cinco décimos, desprezando-se a inferior, se inscrito há menos de
doze meses;
III – informação de inexistência de recolhimento, se inscrito recentemente,
mas desde que não vencido o prazo para recolhimento de sua primeira contri-
buição;
IV – informação de exercício concomitante de atividade como segurado
empregado e que, nesta condição, receba remuneração igual ou superior ao li-
mite máximo do salário-de-contribuição há pelo menos oito competências nos
últimos doze meses.
§ 2o Para os fins previstos nos incisos I e II do § 1º, consideram-se regula-
res as contribuições incluídas em parcelamento cujas parcelas vencidas estejam
quitadas.
Art. 575. A DRS-CI será obtida pelo contribuinte, ou pelo órgão ou insti-
tuição interessados, por meio da Internet no e ndereço www.previdenciaso-
cial.gov.br ou em qualquer APS.
Art. 576. A DRS-CI será emitida por meio eletrônico, numerada automa-
ticamente e terá validade de noventa dias, contados da data de sua emissão.
Parágrafo único. A autenticidade e a validade da DRS-CI são confirma-
das em consulta à Internet, ou à APS mediante solicitação escrita do interessa-
do.
Art. 577. Ocorrendo a hipótese do cadastro do segurado contribuinte in-
dividual apresentar falha de identificação cadastral ou não se enquadrar nas re-
gras do § 1o do art. 574, a DRS-CI não será emitida por meio da Internet, de-
vendo o segurado dirigir-se a uma APS se pretender a regularização.
§ 1o Entende-se por falha de identificação cadastral do segurado contri-
buinte individual, a ausência do nome, ou do endereço, ou da data de nasci-
mento ou, ainda, de documento de identificação.
§ 2o O segurado contribuinte individual sujeito ao desconto em sua re-
muneração, previsto no inciso III do art. 99, e que não se enquadrar nas regras
do § 1o do art. 574, deverá comprovar o respectivo desconto, com a apresenta-
ção dos comprovantes de pagamento fornecidos pelas pessoas jurídicas às quais
prestou serviços a partir de 1º de abril de 2003, em, pelo menos, oito compe-
tências no período dos últimos doze meses.
20 PROVA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO NO INSS

§ 3o O segurado contribuinte individual que exerça concomitantemente


atividade como segurado empregado e, na atividade de contribuinte individual
não constar registro de remuneração, deverá comprovar que recebe remunera-
ção igual ou acima do limite máximo do salário-de-contribuição como segurado
empregado, em, pelo menos, oito competências nos últimos doze meses.
§ 4o Regularizada a pendência, conforme o caso, com a comprovação de
recolhimento de contribuições em número de competências igual ou superior
ao mínimo exigido ou mediante a regularização dos dados cadastrais do segu-
rado contribuinte individual, a DRS-CI será liberada em qualquer APS ou emiti-
da por meio da Internet.
Art. 578. A DRS-CI, não constitui prova de quitação de contribuição so-
cial previdenciária.

Seção XV
DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Art. 579. Fica dispensada a guarda da certidão cuja autenticidade tenha


sido confirmada, via Internet ou mediante ofício do INSS, bastando que constem
o número e a data de emissão da certidão no instrumento público ou privado.
Art. 580. O pedido de certidão efetuado com erro de finalidade ou de da-
dos cadastrais será indeferido.
Art. 581. Para efeito deste Capítulo, considera-se instituição financeira a
pessoa jurídica pública, ou privada, que tenha como atividade principal ou
acessória a intermediação ou a aplicação de recursos financeiros próprios ou de
terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, autorizada pelo Banco Central do
Brasil, ou por decreto do Poder Executivo, a funcionar no território nacional.
Art. 582. A CND ou a CPD-EN será sempre expedida nos termos em que
tenha sido requerida e, por disposição expressa no parágrafo único do art. 205
da Lei no 5.172, de 1966 (CTN), será fornecida dentro de dez dias da data da
entrada do pedido.
Parágrafo único. Havendo restrições para a emissão da certidão requeri-
da, o prazo de dez dias será contado a partir da data da regularização dos fatos
impeditivos apontados no relatório de restrições, de que trata o art. 545.
Reclamatória Trabalhista e
Comissões de Conciliação
Prévia (CCP)

Capítulo VII
DA RECLAMATÓRIA TRABALHISTA

Art. 134. A reclamatória trabalhista é a ação judicial que visa a resgatar


direitos decorrentes de contrato de trabalho, expressa ou tacitamente celebrado
entre duas ou mais partes, e se inicia com a formalização do processo na Justi-
ça do Trabalho, movido pelo trabalhador contra a empresa ou equiparada a
empresa ou empregador doméstico a quem haja prestado serviços.
Art. 135. Decorrem créditos previdenciários das decisões proferidas pelos
Juízes e Tribunais do Trabalho que:
I – condenem o empregador ou tomador de serviços ao pagamento de re-
munerações devidas ao trabalhador, por direito decorrente dos serviços presta-
dos ou de disposição especial de lei;
II – reconheçam a existência de vínculo empregatício entre as partes, de-
clarando a prestação de serviços de natureza não-eventual, pelo empregado ao
empregador, sob a dependência deste e mediante remuneração devida, ainda
que já paga à época, no todo ou em parte, e determinando o respectivo registro
em CTPS;
III – homologuem acordo celebrado entre as partes antes do julgamento
da reclamatória trabalhista, pelo qual fique convencionado o pagamento de
parcelas com incidência de contribuições sociais para quitação dos pedidos que
a originaram, ou o reconhecimento de vínculo empregatício em período deter-
minado, com anotação do mesmo em CTPS.

Seção I
DOS PROCEDIMENTOS E ÓRGÃOS COMPETENTES

Art. 136. Serão adotados os seguintes procedimentos de fiscalização


quanto às contribuições sociais incidentes sobre os fatos geradores reconheci-
dos por sentença proferida em reclamatória trabalhista:
22 RECLAMATÓRIA TRABALHISTA E COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA (CCP)

I – nas decisões cognitivas ou homologatórias cumpridas ou cuja execução


se tenha iniciado até 15 de dezembro de 1998, data anterior ao início da vigên-
cia da Emenda Constitucional no 20, de 1998, o Auditor-Fiscal da Previdência
Social (AFPS), durante a Auditoria-Fiscal, ao constatar o não-recolhimento das
contribuições sociais devidas ou o recolhimento inferior ao devido, deverá apu-
rar e lançar os créditos correspondentes;
II – nas decisões cognitivas ou homologatórias cumpridas ou cuja execu-
ção se tenha iniciado a partir de 16 de dezembro de 1998, é de competência da
Justiça do Trabalho promover de ofício a execução das contribuições sociais,
devendo a fiscalização abster-se de lançar qualquer débito que porventura veri-
ficar em ação fiscal.
§ 1o A fiscalização poderá, contudo, efetuar o lançamento quando o
Juiz do Trabalho se considerar incompetente para a execução das contribui-
ções destinadas a outras entidades e fundos nos termos do art. 94 da Lei nº
8.212, de 1991.
§ 2o O disposto no inciso II do caput não implica dispensa do cumpri-
mento, pelo sujeito passivo, das obrigações acessórias previstas na legislação
previdenciária.
Art. 137. Nos termos do § 3o do art. 114 da Constituição Federal e da Lei
no 10.035, de 25 de outubro de 2.000, à Justiça do Trabalho ficaram atribuídas
as seguintes competências:
I – apurar, com o auxílio de órgão auxiliar da Justiça ou perito, se necessá-
rio, o valor do crédito previdenciário decorrente de fatos ou direitos reconheci-
dos por suas decisões;
II – promover de ofício a execução do crédito previdenciário e determinar,
quando for o caso, a retenção e o recolhimento de contribuições incidentes so-
bre valores depositados à sua ordem;
III – cientificar o INSS da homologação de acordo ou de sentença proferi-
da líquida;
IV – intimar o INSS para manifestar-se sobre os cálculos de liquidação,
quando neles estiver abrangido o cálculo do crédito previdenciário.
Parágrafo único. A Justiça do Trabalho, mediante convênio de coopera-
ção técnica com o INSS, poderá servir-se de sistema informatizado de Execução
Fiscal Trabalhista para a execução das operações a que se referem os incisos I e
II do caput.
Art. 138. Compete ao INSS, por intermédio de sua Procuradoria Federal
Especializada (PFE):
I – quando cientificado na forma do inciso III do art. 137, verificar os ter-
mos da decisão judicial e, em face dela interpor recurso quanto ao cálculo das
contribuições sociais, nos casos em que cabível;
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA E COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA (CCP) 23

II – quando intimado na forma do inciso IV do artigo 137, manifestar-se


no prazo legal acerca dos cálculos das contribuições sociais existentes nos autos
e, quando incorretos estes, apresentar a apuração correta do crédito previden-
ciário.
§ 1º Na hipótese do inciso II, quando for impossível a apuração correta
do crédito previdenciário e a crítica dos cálculos efetuados, por absoluta defi-
ciência dos dados existentes nos autos, a PFE deverá requerer a retificação dos
valores apresentados ou a reapresentação dos cálculos por quem os haja elabora-
do, apontando as falhas existentes e os motivos de impossibilidade da apuração.
§ 2º A PFE poderá contar com o suporte técnico do Serviço ou Seção de
Fiscalização da Gerência-Executiva:
I – atuante na circunscrição do foro em que tramita o processo trabalhista,
para a verificação e eventual retificação dos cálculos das contribuições sociais;
II – circunscricionante do estabelecimento centralizador da empresa ou do
domicílio do contribuinte individual executados, para a prestação de informa-
ções necessárias para viabilizar a apuração e a execução efetiva das contribui-
ções sociais.

Seção II
DA VERIFICAÇÃO DOS FATOS GERADORES E APURAÇÃO
DOS CRÉDITOS

Art. 139. Na reclamatória trabalhista, as contribuições sociais incidirão


sobre as verbas remuneratórias:
I – a que seja condenado o reclamado por sentença;
II – reconhecidas em acordo homologado na ação judicial;
III – pagas, devidas ou creditadas referentes ao período sobre o qual tenha
sido reconhecido o vínculo.
Art. 140. Serão adotadas como bases de cálculo:
I – quanto às remunerações objeto da condenação, os valores das parce-
las remuneratórias consignados nos cálculos homologados de liquidação de
sentença, ainda que as partes celebrem acordo posteriormente;
II – quanto às remunerações objeto de acordo conciliatório, prévio à liqui-
dação da sentença:
a) os valores das parcelas discriminadas como remuneratórias em acordo
homologado ou, inexistindo estes;
b) o valor total consignado nos cálculos ou estabelecido no acordo.
III – quanto ao vínculo empregatício reconhecido, obedecida a seguinte
ordem:
24 RECLAMATÓRIA TRABALHISTA E COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA (CCP)

a) os valores mensais de remuneração do segurado empregado, quando


conhecidos;
b) os valores mensais de remuneração pagos contemporaneamente a ou-
tro empregado de categoria ou função equivalente ou semelhante;
c) o valor do piso salarial, legal ou normativo da respectiva categoria
profissional, vigente à época;
d) quando inexistente qualquer outro critério, o valor do salário mínimo
vigente à época.
§ 1o Serão somados, para fins de composição da base de cálculo, os valo-
res indicados nos incisos I e III do caput, quando referentes às mesmas compe-
tências.
§ 2o A base de cálculo das contribuições sociais a cargo do reclamado
não está sujeita a qualquer limitação e para a sua apuração deverão ser excluí-
das apenas as parcelas que não integram a remuneração.
§ 3o As contribuições sociais a cargo do segurado empregado serão apu-
radas da seguinte forma:
I – as remunerações objeto da reclamatória trabalhista serão somadas ao
salário-de-contribuição recebido à época, em cada competência;
II – com base no total obtido, fixar-se-á a alíquota e calcular-se-á a contri-
buição incidente, respeitado o limite máximo do salário-de-contribuição vigente
em cada competência abrangida;
III – a contribuição a cargo do segurado já retida anteriormente será dedu-
zida do valor apurado na forma do inciso II, desde que comprovado o seu reco-
lhimento pelo empregador em cada competência abrangida.
§ 4o Na competência em que ficar comprovado o desconto da contribui-
ção a cargo do segurado empregado, sobre o limite máximo do salário-de-con-
tribuição, deste não será descontada qualquer contribuição adicional incidente
sobre a parcela mensal da sentença ou acordo.
§ 5o Cabe ao reclamado comprovar o recolhimento da contribuição ante-
riormente descontada do segurado reclamante, sob pena de comunicação ao
Serviço ou Seção de Fiscalização, para apuração e constituição do crédito, nas
formas previstas no Capítulo I do Título VIII, e Representação Fiscal para Fins
Penais, na forma do inciso III do art. 635.
§ 6o Quando a reclamatória trabalhista findar em acordo conciliatório ou
em sentença, pelo qual não se reconheça qualquer vínculo empregatício entre
as partes, o valor total pago ao reclamante será considerado base de cálculo
para a incidência das contribuições sociais:
I – devidas pela empresa ou equiparada sobre as remunerações pagas ou
creditadas a contribuinte individual que lhe prestou serviços;
II – devidas pelo contribuinte individual prestador de serviços, observado
o disposto no inciso III do art. 99 e no art. 100.
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA E COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA (CCP) 25

§ 7o Na hipótese de não-reconhecimento de vínculo, deverá a empresa


ou a equiparada, no pagamento das verbas definidas em acordo ou em sentença,
reter a contribuição devida pelo segurado contribuinte individual prestador do
serviço e recolhê-la juntamente com a contribuição a seu cargo, conforme dis-
posto no art. 4o da Lei no 10.666, de 2003.
§ 8o Não havendo a retenção da contribuição na forma do § 7o, o recla-
mado contratante de serviços é responsável pelo pagamento da referida contri-
buição, conforme previsto no art. 100.
Art. 141. Serão adotadas as competências dos meses em que foram pres-
tados os serviços pelos quais a remuneração é devida, ou dos abrangidos pelo
reconhecimento do vínculo empregatício, quando consignados nos cálculos de
liquidação ou nos termos do acordo.
§ 1o Quando, nos cálculos de liquidação de sentença ou nos termos do
acordo, a base de cálculo das contribuições sociais não estiver relacionada,
mês a mês, ao período específico da prestação de serviços geradora daquela re-
muneração, as parcelas remuneratórias serão rateadas, dividindo-se seu valor
pelo número de meses do período indicado na sentença ou no acordo, ou, na
falta desta indicação, do período indicado pelo reclamante na inicial, respeita-
dos os termos inicial e final do vínculo empregatício anotado em CTPS ou judi-
cialmente reconhecido na reclamatória trabalhista.
§ 2o Se o rateio mencionado no parágrafo anterior envolver competências
anteriores a janeiro de 1995, para a obtenção do valor originário relativo a
cada competência, o valor da fração obtida com o rateio deve ser dividido por
0,9108 (valor da UFIR vigente em 1o-1-1997, a ser utilizado nos termos do art.
29 da Lei no 10.522, de 2002), dividindo-se em seguida o resultado dessa ope-
ração pelo Coeficiente em UFIR expresso na Tabela Prática Aplicada em Contri-
buições Previdenciárias elaborada pela Diretoria de Receita Previdenciária do
INSS para aquela competência.
§ 3o Na hipótese de não reconhecimento de vínculo, e quando não fizer
parte do acordo homologado a indicação do período em que foram prestados os
serviços aos quais se refere o valor pactuado, será adotada a competência refe-
rente à data da homologação do acordo, ou à data do pagamento, se este ante-
ceder aquela.
Art. 142. Serão adotadas as alíquotas, critérios de atualização monetária,
taxas de juros de mora e valores de multas vigentes à época das competências
apuradas na forma do art. 141.
Art. 143. Os fatos geradores de contribuições sociais decorrentes de re-
clamatória trabalhista deverão ser informados em GFIP, conforme orientações
do Manual da GFIP, e as correspondentes contribuições sociais deverão ser re-
26 RECLAMATÓRIA TRABALHISTA E COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA (CCP)

colhidas em documento de arrecadação identificado com código de pagamento


específico para esse fim, conforme relação constante do Anexo I.
· Ver anexo no Capítulo 7 do Manual prático da previdência social (livro impres-
so), item 4.1

Parágrafo único. Se o valor total das contribuições apuradas em reclama-


tória trabalhista for inferior ao mínimo estabelecido pelo INSS para recolhimen-
to em documento de arrecadação da Previdência Social, este deverá ser recolhi-
do juntamente com as demais contribuições devidas pelo sujeito passivo no mês
de competência, sem prejuízo da conclusão do processo.
Art. 144. As contribuições sociais previdenciárias incidentes sobre os ho-
norários pagos a peritos ou advogados nomeados pela justiça, decorrentes de
sua atuação em ações judiciais, não integram a cobrança de ofício realizada
pela justiça trabalhista, devendo ser diretamente recolhidas pelo sujeito passivo,
observadas as disposições dos incisos III e IV do art. 93 e do inciso III do art. 99.

Seção III
DAS COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

Art. 145. Comissões de Conciliação Prévia são aquelas instituídas na for-


ma da Lei no 9.958, de 12 de janeiro de 2000, no âmbito da empresa ou do sin-
dicato representativo da categoria, podendo ser constituídas por grupos de em-
presas ou ter caráter intersindical, com o objetivo de promover a conciliação
preventiva do ajuizamento de demandas de natureza trabalhista.
§ 1o Havendo conciliação resultante da mediação pela Comissão de Con-
ciliação Prévia, deverão ser recolhidas as contribuições sociais incidentes sobre
as remunerações cujo pagamento seja estipulado, bem como sobre os períodos
de prestação de serviços em relação aos quais se reconheça o vínculo emprega-
tício, observado o seguinte:
I – as contribuições sociais serão apuradas pelos mesmos critérios previstos
para os acordos celebrados entre as partes em reclamatórias trabalhistas, con-
forme a Seção II deste Capítulo;
II – o recolhimento será efetuado utilizando-se o mesmo código de paga-
mento específico para as contribuições sociais devidas em reclamatórias traba-
lhistas, conforme previsto no Anexo I.
· Ver anexo no Capítulo 7 do Manual prático da previdência social (livro impres-
so), item 4.1

§ 2o Não sendo recolhidas espontaneamente as contribuições devidas, o


INSS apurará e constituirá o crédito nas formas previstas no Capítulo I do Títu-
lo VIII.
Contribuição Individual –
Obrigações

Seção II
DA CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

Art. 85. A contribuição social previdenciária do segurado contribuinte in-


dividual é:
I – para fatos geradores ocorridos até 31 de março de 2003, a alíquota de-
terminada pela legislação de regência, observados os limites mínimo e máximo
previstos nos §§ 1o e 2o do art. 74 e ressalvado o disposto nos §§ 1º, 2º e 3º des-
te artigo;
II – para fatos geradores ocorridos a partir de 1o de abril de 2003:
a) de vinte por cento da remuneração auferida em decorrência da presta-
ção de serviços por conta própria, observados os limites mínimo e máximo do
salário-de-contribuição;
b) de vinte por cento da remuneração que lhe for paga ou creditada, no
decorrer do mês, pelos serviços prestados à entidade beneficente de assistência
social isenta das contribuições sociais, observado o limite máximo do salário-
de-contribuição e ressalvado o disposto no art. 86;
c) de onze por cento, em face da dedução prevista no § 1o deste artigo,
da remuneração que lhe for paga ou creditada, no decorrer do mês, pelos servi-
ços prestados à empresa, observado o limite máximo do salário-de-contribuição
e ressalvado o disposto no art. 86;
d) de vinte por cento da remuneração que lhe for paga ou creditada, no
decorrer do mês, pelos serviços prestados a contribuinte individual equiparado
a empresa, a produtor rural pessoa física, a missão diplomática ou repartição
consular de carreira estrangeiras, permitida a dedução prevista no § 1o deste
artigo e observado o limite máximo do salário-de-contribuição.
§ 1o O segurado contribuinte individual que prestou serviços a empresa
ou equiparada, exceto a entidade beneficente de assistência social isenta, no
período de 1o de março de 2000 a 31 de março de 2003, e o contribuinte indi-
vidual que, a partir de 1o de abril de 2003, presta serviços a outro contribuinte
28 CONTRIBUIÇÃO INDIVIDUAL – OBRIGAÇÕES

individual, a produtor rural pessoa física, a missão diplomática ou a repartição


consular de carreira estrangeiras, pode deduzir de sua contribuição mensal,
quarenta e cinco por cento da contribuição patronal do contratante, incidente
sobre a remuneração que este lhe tenha pago ou creditado no respectivo mês,
desde que efetivamente recolhida ou declarada aquela contribuição, limitada a
dedução a nove por cento do respectivo salário-de-contribuição.
§ 2o Para efeito da dedução tratada no § 1o deste artigo considera-se
contribuição declarada a informação prestada na GFIP, ou a declaração forneci-
da pela empresa ao segurado, onde conste além de sua identificação completa,
inclusive com o número no CNPJ, o nome e o número de inscrição do contribu-
inte individual, o valor da remuneração paga e o compromisso de que este va-
lor será incluído na GFIP e a contribuição correspondente será recolhida.
§ 3o O segurado contribuinte individual que não comprovar a regularida-
de da dedução prevista no § 1o, de acordo com o estabelecido no § 2o, sujei-
tar-se-á à glosa do valor indevidamente deduzido, devendo complementar as
contribuições com os devidos acréscimos legais.
§ 4o A dedução de que trata o § 1o, que não tenha sido efetuada em épo-
ca própria, poderá ser feita por ocasião do recolhimento em atraso, incidindo
acréscimos legais sobre o saldo a recolher após a dedução.
§ 5o A contribuição do ministro de confissão religiosa ou membro de ins-
tituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa, na situação
prevista no § 9o do art. 75, a partir de 1o de abril de 2003, corresponderá a vin-
te por cento do valor por ele declarado, observados os limites mínimo e máxi-
mo do salário-de-contribuição.
§ 6o Além da contribuição individual para a Previdência Social, o condu-
tor autônomo de veículo rodoviário (inclusive o taxista), o auxiliar de condutor
autônomo, bem como o cooperado filiado a cooperativa de transportadores au-
tônomos, estão sujeitos ao pagamento da contribuição para o Serviço Social do
Transporte (SEST) e para o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
(SENAT), prevista no art. 7o da Lei no 8.706, de 14 de setembro de 1993, inci-
dente sobre a base de cálculo definida no § 2o do art. 75, calculada conforme
alíquota constante da tabela prevista no Anexo II, que deverá ser recolhida jun-
tamente com sua contribuição individual, na hipótese do art. 97, ou ser descon-
tada e recolhida pela empresa contratante dos serviços ou pela cooperativa de
trabalho, conforme o caso.
Art. 86. Quando o total da remuneração mensal recebida pelo contribuinte
individual por serviços prestados a uma ou mais empresas for inferior ao limite
mínimo do salário-de-contribuição, o segurado deverá recolher diretamente a
complementação da contribuição incidente sobre a diferença entre o limite míni-
mo do salário-de-contribuição e a remuneração total por ele recebida ou a ele cre-
ditada, aplicando sobre a parcela complementar a alíquota de vinte por cento.
CONTRIBUIÇÃO INDIVIDUAL – OBRIGAÇÕES 29

Subseção I
Das Obrigações do Contribuinte Individual

Art. 87. O contribuinte individual que prestar serviços a mais de uma


empresa, ou concomitantemente exercer atividade como segurado empregado,
quando o total das remunerações recebidas no mês atingir o limite máximo do
salário-de-contribuição, deverá informar o fato à empresa na qual a sua remu-
neração somada aos valores porventura já recebidos, atingir o limite e às que se
sucederem, mediante a apresentação:
I – dos comprovantes de pagamento, conforme previsto no art. 101; ou
II – de declaração por ele emitida, sob as penas da lei, consignando o valor
sobre o qual já sofreu desconto naquele mês ou identificando as empresas que
efetuarão o desconto até o limite máximo do salário-de-contribuição.
§ 1o Na hipótese prevista no inciso II do caput, quando a declaração se
referir a prestação de serviços de forma regular a pelo menos uma empresa, da
qual o segurado contribuinte individual receba mês a mês remuneração igual
ou superior ao limite máximo do salário-de-contribuição, poderá abranger vári-
as competências dentro do exercício, devendo ser renovada após o período in-
dicado na referida declaração ou ao término do exercício em curso, o que ocor-
rer primeiro.
§ 2o A declaração prevista no § 1o, deverá identificar, além de todas as
competências a que se referir, o nome empresarial com o número do CNPJ da-
quela ou daquelas empresas que remuneram o segurado contribuinte individual
com valor igual ou superior ao limite máximo do salário-de-contribuição.
§ 3o O segurado contribuinte individual que prestar declaração na forma
do inciso II do caput é responsável pela contribuição incidente sobre o valor por
ele declarado e na hipótese de, por qualquer razão, deixar de receber remune-
ração ou, na hipótese de receber remuneração inferior à indicada na declara-
ção, deverá complementar a contribuição até o valor por ele declarado.
§ 4o A contribuição complementar prevista no § 3o será de onze por cen-
to sobre a diferença entre o salário-de-contribuição efetivamente declarado em
GFIP, somadas todas as fontes pagadoras no mês, e o salário-de-contribuição
sobre o qual o segurado sofreu desconto e de vinte por cento sobre a diferença
entre o valor por ele declarado e não informado em GFIP, se houver, observa-
do, em qualquer caso, o limite máximo do salário-de-contribuição.
§ 5o O contribuinte individual deverá manter sob sua guarda cópia da
declaração referida no inciso II do caput juntamente com os comprovantes de
pagamento, para fins de apresentação ao INSS quando solicitado.
§ 6o A empresa deverá manter arquivadas, por dez anos, cópias dos com-
provantes de pagamento ou a declaração apresentada pelo contribuinte indivi-
dual, para fins de apresentação ao INSS quando solicitado.
30 CONTRIBUIÇÃO INDIVIDUAL – OBRIGAÇÕES

Art. 88. Para o segurado que exercer atividade como empregado, inclusi-
ve o doméstico ou trabalhador avulso e, concomitantemente, exercer atividade
como contribuinte individual, deverá ser observado o seguinte:
I – o salário-de-contribuição referente a atividade de empregado, inclusive
o doméstico ou trabalhador avulso, será a remuneração efetivamente recebida
nesta atividade, observado o limite máximo do salário-de-contribuição e a con-
tribuição do segurado deverá ser calculada mediante aplicação da alíquota pre-
vista para a correspondente faixa salarial;
II – o salário-de-contribuição referente a atividade de contribuinte indivi-
dual, caso a soma da remuneração recebida nas duas atividades não ultrapasse
o limite máximo do salário-de-contribuição, será a remuneração recebida nesta
atividade, ou, caso ultrapasse o referido limite, a diferença entre a remunera-
ção como segurado empregado, inclusive o doméstico ou trabalhador avulso e a
remuneração como segurado contribuinte individual, respeitado o limite máxi-
mo do salário-de-contribuição;
III – para fins de apuração do salário-de-contribuição sobre o qual incidirá
a contribuição, na atividade de contribuinte individual, o segurado empregado,
inclusive o doméstico ou trabalhador avulso deverá:
a) se o serviço for prestado a empresas, apresentar às contratantes o reci-
bo de pagamento de salário relativo à competência anterior à da prestação de
serviços ou prestar declaração, sob as penas da lei, de que é segurado emprega-
do, inclusive doméstico ou trabalhador avulso, consignando o valor sobre o
qual é descontada a contribuição naquela atividade ou declarando que a remu-
neração recebida naquela atividade atingiu o limite máximo do salário-de-con-
tribuição e identificando a empresa ou o empregador doméstico que efetuou ou
efetuará o desconto sobre o valor por ele declarado, observado o disposto nos
§§ 5o e 6o do art. 87;
b) se o serviço for prestado a pessoas físicas, a outro contribuinte indivi-
dual, a produtor rural pessoa física, a missão diplomática ou repartição consu-
lar de carreira estrangeiras, recolher a contribuição devida, observadas, no que
couber, as disposições contidas no art. 85 e no inciso II deste artigo.
§ 1o Na hipótese prevista na alínea “a” do inciso III do caput, quando o
segurado empregado receber mês a mês remuneração igual ou superior ao limi-
te máximo do salário-de-contribuição, a declaração poderá abranger várias
competências dentro do exercício, devendo ser renovada após o período indica-
do na referida declaração ou ao término do exercício em curso, ou ser cancela-
da caso houver rescisão do contrato de trabalho, o que ocorrer primeiro.
§ 2o A declaração prevista no § 1o, deverá identificar, além de todas as
competências a que se referir, o nome empresarial com o número do CNPJ da
empregadora.
CONTRIBUIÇÃO INDIVIDUAL – OBRIGAÇÕES 31

§ 3o Na hipótese do segurado exercer as duas atividades, conforme pre-


visto no caput, e ser efetuado primeiro o desconto da contribuição como segu-
rado contribuinte individual, o fato deverá ser comunicado à empresa em que
estiver prestando serviços como segurado empregado ou trabalhador avulso, ou
ao empregador doméstico, no caso de segurado empregado doméstico, median-
te declaração prevista na alínea “a” do inciso III deste artigo.
Art. 89. O contribuinte individual que, no mesmo mês, prestar serviços a
empresa ou a equiparada e, concomitantemente, exercer atividade por conta
própria, deverá recolher a contribuição social previdenciária incidente sobre a
remuneração auferida pelo exercício de atividade por conta própria, respeitan-
do o limite máximo do salário-de-contribuição.

Subseção II
Das Disposições Especiais

Art. 90. As disposições contidas nesta Seção são aplicáveis ao contribuin-


te individual que prestar serviços à empresa optante pelo SIMPLES.
Art. 91. As disposições contidas nesta Seção aplicam-se, no que couber,
ao aposentado por qualquer regime previdenciário que retornar à atividade
como segurado contribuinte individual, ao síndico de condomínio isento do pa-
gamento da taxa condominial e ao ministro de confissão religiosa ou membro
de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa desde
que a remuneração paga ou creditada pela entidade religiosa ou pela institui-
ção de ensino vocacional dependa da natureza e da quantidade do trabalho
executado, observado o disposto no inciso III do art. 75.

Seção III
DA CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO FACULTATIVO

Art. 92. A contribuição social previdenciária do segurado facultativo cor-


responde a vinte por cento do salário-de-contribuição por ele declarado, obser-
vados os limites mínimo e máximo do salário-de-contribuição, previstos nos §§
1o e 2o do art. 74.
Empresas que Contratam
Serviços Mediante Cessão de
Mão-De-Obra, Retenção de 11%

Capítulo IX
DA RETENÇÃO

Seção I
DA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL DA RETENÇÃO

Art. 149. A empresa contratante de serviços prestados mediante cessão


de mão-de-obra ou empreitada, inclusive em regime de trabalho temporário, a
partir da competência fevereiro de 1999, deverá reter onze por cento do valor
bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços e recolher
à Previdência Social a importância retida, em documento de arrecadação iden-
tificado com a denominação social e o CNPJ da empresa contratada, observado
o disposto no art. 100.
Parágrafo único. Os valores pagos a título de adiantamento deverão inte-
grar a base de cálculo da retenção por ocasião do faturamento dos serviços
prestados.
Art. 150. O valor retido deve ser compensado pela empresa contratada
com as contribuições devidas à Previdência Social, na forma prevista no Capítu-
lo II, do Título III.
Art. 151. A empresa optante pelo SIMPLES que prestar serviços mediante
cessão de mão-de-obra ou empreitada, está sujeita à retenção sobre o valor bru-
to da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços emitido.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica no período de 1o de
janeiro de 2000 a 31 de agosto de 2002.

Seção II
DA CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA E DA EMPREITADA

Art. 152. Cessão de mão-de-obra é a colocação à disposição da empresa


contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores que
EMPRESAS QUE CONTRATAM SERVIÇOS MEDIANTE CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA 33

realizem serviços contínuos, relacionados ou não com sua atividade fim, quais-
quer que sejam a natureza e a forma de contratação, inclusive por meio de tra-
balho temporário na forma da Lei nº 6.019, de 1974.
§ 1o Dependências de terceiros são aquelas indicadas pela empresa con-
tratante, que não sejam as suas próprias e que não pertençam à empresa pres-
tadora dos serviços.
§ 2o Serviços contínuos são aqueles que constituem necessidade perma-
nente da contratante, que se repetem periódica ou sistematicamente, ligados ou
não a sua atividade fim, ainda que sua execução seja realizada de forma inter-
mitente ou por diferentes trabalhadores.
§ 3o Por colocação à disposição da empresa contratante entende-se a ces-
são do trabalhador, em caráter não-eventual, respeitados os limites do contrato.
Art. 153. Empreitada é a execução, contratualmente estabelecida, de ta-
refa, de obra ou de serviço, por preço ajustado, com ou sem fornecimento de
material ou uso de equipamentos, que podem ou não ser utilizados, realizada
nas dependências da empresa contratante, nas de terceiros ou nas da empresa
contratada, tendo como objeto um resultado pretendido.

Seção III
DOS SERVIÇOS SUJEITOS À RETENÇÃO

Art. 154. Estarão sujeitos à retenção, se contratados mediante cessão de


mão-de-obra ou empreitada, os serviços de:
I – limpeza, conservação ou zeladoria, que se constituam em varrição, la-
vagem, enceramento, desinfecção, desentupimento, dedetização ou em outros
serviços destinados a manter a higiene, o asseio ou a conservação de praias, jar-
dins, rodovias, monumentos, edificações, instalações, dependências, logradou-
ros, vias públicas, pátios ou de áreas de uso comum;
II – vigilância ou segurança, que tenham por finalidade a garantia da inte-
gridade física de pessoas ou a preservação de bens patrimoniais;
III – construção civil, que envolvam a construção, a demolição, a reforma
ou o acréscimo de edificações ou de qualquer benfeitoria agregada ao solo ou
ao subsolo ou obras complementares que se integrem a esse conjunto, tais
como a reparação de jardins ou passeios, a colocação de grades ou de instru-
mentos de recreação, de urbanização ou de sinalização de rodovias ou de vias
públicas;
IV – natureza rural, que se constituam em desmatamento, lenhamento,
aração ou gradeamento, capina, colocação ou reparação de cercas, irrigação,
adubação, controle de pragas ou de ervas daninhas, plantio, colheita, lavagem,
34 EMPRESAS QUE CONTRATAM SERVIÇOS MEDIANTE CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA

limpeza, manejo de animais, tosquia, inseminação, castração, marcação, orde-


nhamento e embalagem ou extração de produtos de origem animal ou vegetal;
V – digitação, que compreendam a inserção de dados em meio informati-
zado por operação de teclados ou de similares;
VI – preparação de dados para processamento, executados com vistas a
viabilizar ou a facilitar o processamento de informações, tais como o escanea-
mento manual ou a leitura ótica.
Art. 155. Estarão sujeitos à retenção, se contratados mediante cessão de
mão-de-obra, os serviços de:
I – acabamento, que envolvam a conclusão, o preparo final ou a incorpora-
ção das últimas partes ou dos componentes de produtos, para o fim de colo-
cá-los em condição de uso;
II – embalagem, relacionados com o preparo de produtos ou de mercado-
rias visando à preservação ou à conservação de suas características para trans-
porte ou guarda;
III – acondicionamento, compreendendo os serviços envolvidos no proces-
so de colocação ordenada dos produtos quando do seu armazenamento ou
transporte, a exemplo de sua colocação em pallets, empilhamento, amarração,
entre outros;
IV – cobrança, que objetivem o recebimento de quaisquer valores devidos
à empresa contratante, ainda que executados periodicamente;
V – coleta ou reciclagem de lixo ou de resíduos, que envolvam a busca, o
transporte, a separação, o tratamento ou a transformação de materiais inserví-
veis ou resultantes de processos produtivos, exceto quando realizados com a
utilização de equipamentos tipo containers ou caçambas estacionárias;
VI – copa, que envolvam a preparação, o manuseio e a distribuição de
todo ou de qualquer produto alimentício;
VII – hotelaria, que concorram para o atendimento ao hóspede em hotel,
pousada, paciente em hospital, clínica ou em outros estabelecimentos do gênero;
VIII – corte ou ligação de serviços públicos, que tenham como objetivo a
interrupção ou a conexão do fornecimento de água, de esgoto, de energia elé-
trica, de gás ou de telecomunicações;
IX – distribuição, que se constituam em entrega, em locais predetermina-
dos, ainda que em via pública, de bebidas, de alimentos, de discos, de panfle-
tos, de periódicos, de jornais, de revistas ou de amostras, entre outros produtos,
mesmo que distribuídos no mesmo período a vários contratantes;
X – treinamento e ensino assim considerado o conjunto de serviços envol-
vidos na transmissão de conhecimentos para a instrução ou para a capacitação
de pessoas;
EMPRESAS QUE CONTRATAM SERVIÇOS MEDIANTE CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA 35

XI – entrega de contas e de documentos, que tenham como finalidade fa-


zer chegar ao destinatário documentos diversos tais como conta de água, conta
de energia elétrica, conta de telefone, boleto de cobrança, cartão de crédito,
mala direta ou similares;
XII – ligação de medidores, que tenham por objeto a instalação de equipa-
mentos destinados a aferir o consumo ou a utilização de determinado produto
ou serviço;
XIII – leitura de medidores, aqueles executados, periodicamente, para a
coleta das informações aferidas por esses equipamentos, tais como a velocidade
(radar), consumo de água, de gás ou de energia elétrica;
XIV – manutenção de instalações, de máquinas ou de equipamentos, quan-
do indispensáveis ao seu funcionamento regular e permanente e desde que
mantida equipe à disposição da contratante;
XV – montagem, que envolvam a reunião sistemática, conforme disposição
predeterminada em processo industrial ou artesanal, das peças de um dispositi-
vo, de um mecanismo ou de qualquer objeto, de modo que possa funcionar ou
atingir o fim a que se destina;
XVI – operação de máquinas, de equipamentos e de veículos relacionados
com a sua movimentação ou funcionamento envolvendo serviços do tipo mano-
bra de veículo, operação de guindaste, painel eletro-eletrônico, trator, colheita-
deira, moenda, empilhadeira ou caminhão fora-de-estrada;
XVII – operação de pedágio ou de terminal de transporte, que envolvam a
manutenção, a conservação, a limpeza ou o aparelhamento de terminal de pas-
sageiros terrestre, aéreo ou aquático, de rodovia, de via pública, e que envol-
vam serviços prestados diretamente aos usuários;
XVIII – operação de transporte de passageiros, inclusive nos casos de con-
cessão ou de subconcessão, envolvendo o deslocamento de pessoas por meio
terrestre, aquático ou aéreo;
XIX – portaria, recepção ou ascensorista, realizados com vistas ao ordena-
mento ou ao controle do trânsito de pessoas em locais de acesso público ou à
distribuição de encomendas ou de documentos;
XX – recepção, triagem ou movimentação, relacionados ao recebimento, à
contagem, à conferência, à seleção ou ao remanejamento de materiais;
XXI – promoção de vendas ou de eventos, que tenham por finalidade colo-
car em evidência as qualidades de produtos ou a realização de shows, de feiras,
de convenções, de rodeios, de festas ou de jogos;
XXII – secretaria e expediente, quando relacionados com o desempenho de
rotinas administrativas;
36 EMPRESAS QUE CONTRATAM SERVIÇOS MEDIANTE CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA

XXIII – saúde, quando prestados por empresas da área da saúde e direcio-


nados ao atendimento de pacientes, tendo em vista avaliar, recuperar, manter
ou melhorar o estado físico, mental ou emocional desses pacientes;
XXIV – telefonia ou de telemarketing, que envolvam a operação de centrais
ou de aparelhos telefônicos ou de tele-atendimento.
Art. 156. É exaustiva a relação dos serviços relacionados nos arts. 154 e
155, conforme disposto no § 2o do art. 219 do RPS.

Seção IV
DA DISPENSA DA RETENÇÃO

Art. 157. A contratante fica dispensada de efetuar a retenção, quando:


I – o valor correspondente a onze por cento dos serviços contidos em cada
nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços for inferior ao limite míni-
mo estabelecido pelo INSS para recolhimento em documento de arrecadação;
II – a contratada não possuir empregados, o serviço for prestado pessoal-
mente pelo titular ou sócio e o seu faturamento do mês anterior for igual ou infe-
rior a duas vezes o limite máximo do salário-de-contribuição, cumulativamente;
III – a contratação envolver somente serviços profissionais relativos ao
exercício de profissão regulamentada por legislação federal, ou serviços de trei-
namento e ensino definidos no inciso X do art. 155, desde que prestados pessoal-
mente pelos sócios, sem o concurso de empregados ou outros contribuintes in-
dividuais.
§ 1o Para comprovação dos requisitos previstos no inciso II do caput, a
contratada apresentará à tomadora declaração assinada por seu representante
legal, sob as penas da lei, de que não possui empregados e o seu faturamento
no mês anterior foi igual ou inferior a duas vezes o limite máximo do salário-
de-contribuição.
§ 2o Para comprovação dos requisitos previstos no inciso III do caput, a
contratada apresentará à tomadora declaração assinada por seu representante
legal, sob as penas da lei, de que o serviço foi prestado por sócio da empresa,
profissional de profissão regulamentada, ou, se for o caso, profissional da área
de treinamento e ensino, e sem o concurso de empregados ou outros contribuin-
tes individuais ou consignando o fato na nota fiscal, na fatura ou no recibo de
prestação de serviços.
§ 3o Para fins do disposto no inciso III do caput, são serviços profissionais
regulamentados pela legislação federal, entre outros, os prestados por adminis-
tradores, advogados, aeronautas, aeroviários, agenciadores de propaganda,
agrônomos, arquitetos, arquivistas, assistentes sociais, atuários, auxiliares de la-
boratório, bibliotecários, biólogos, biomédicos, cirurgiões dentistas, contabilis-
EMPRESAS QUE CONTRATAM SERVIÇOS MEDIANTE CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA 37

tas, economistas domésticos, economistas, enfermeiros, engenheiros, estatísti-


cos, farmacêuticos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos,
geógrafos, geólogos, guias de turismo, jornalistas profissionais, leiloeiros rurais,
leiloeiros, massagistas, médicos, meteorologistas, nutricionistas, psicólogos, pu-
blicitários, químicos, radialistas, secretárias, taquígrafos, técnicos de arquivos,
técnicos em biblioteconomia, técnicos em radiologia e tecnólogos.

Seção V
DA APURAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DA RETENÇÃO

Art. 158. Havendo previsão contratual de fornecimento de material ou


de utilização de equipamento próprio ou de terceiros, exceto o manual, para a
execução dos serviços, esses valores serão deduzidos da base de cálculo desde
que discriminados na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de servi-
ços, conforme previsto no § 7o do art. 219 do RPS.
§ 1o O valor do material fornecido ao contratante ou o de locação de
equipamento de terceiros, utilizado na execução do serviço, não poderá ser su-
perior ao valor de aquisição ou de locação para fins de apuração da base de cál-
culo da retenção.
§ 2o Revogado.
§ 3o Compete à contratada a comprovação dos valores de que trata o §
o
1 deste artigo, mediante apresentação de documentos fiscais de aquisição do
material ou contrato de locação de equipamento.
Art. 159. Quando o fornecimento de material ou a utilização de equipa-
mento próprio ou de terceiros, exceto o manual, estiver previsto em contrato,
mas sem discriminação dos valores de material ou equipamento, a base de cál-
culo da retenção corresponderá, no mínimo, a:
I – cinqüenta por cento do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do reci-
bo de prestação de serviços;
II – trinta por cento do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo
de prestação de serviços para os serviços de transporte de passageiros, cujas despe-
sas de combustível e de manutenção dos veículos corram por conta da contratada;
III – sessenta e cinco por cento quando se referir à limpeza hospitalar e oi-
tenta por cento, quando se referir às demais limpezas, aplicados sobre o valor
bruto da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços.
§ 1o Se a utilização de equipamento for inerente à execução dos serviços
contratados, mas não estiver prevista em contrato, a base de cálculo da reten-
ção corresponderá, no mínimo, a cinqüenta por cento do valor bruto da nota
fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, observando-se, no caso
38 EMPRESAS QUE CONTRATAM SERVIÇOS MEDIANTE CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA

da prestação de serviços na área da construção civil, os percentuais abaixo rela-


cionados:
I – pavimentação asfáltica: dez por cento;
II – terraplenagem, aterro sanitário e dragagem: quinze por cento;
III – obras-de-arte (pontes ou viadutos): quarenta e cinco por cento;
IV – drenagem: cinqüenta por cento;
V – demais serviços realizados com a utilização de equipamentos, exceto
manuais: trinta e cinco por cento.
§ 2o Quando na mesma nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de ser-
viços constar a execução de mais de um dos serviços referidos nos incisos I a V
do § 1o deste artigo, cujos valores não constem individualmente discriminados
na nota fiscal, na fatura, ou no recibo, deverá ser aplicado o percentual corres-
pondente a cada tipo de serviço conforme disposto em contrato, ou o percentu-
al maior, se o contrato não permitir identificar o valor de cada serviço.
Art. 160. Não existindo previsão contratual de fornecimento de material
ou utilização de equipamento, e o uso deste equipamento não for inerente ao
serviço, mesmo havendo discriminação de valores na nota fiscal, na fatura ou
no recibo de prestação de serviços, a base de cálculo da retenção será o valor
bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, exceto no
caso do serviço de transporte de passageiros, onde a base de cálculo da reten-
ção corresponderá à prevista no inciso II do art. 159.

Seção VI
DAS DEDUÇÕES DA BASE DE CÁLCULO

Art. 161. Poderão ser deduzidas da base de cálculo da retenção as parce-


las que estiverem discriminadas na nota fiscal, na fatura ou no recibo de presta-
ção de serviços, que correspondam:
I – ao custo da alimentação in natura fornecida pela contratada, de acordo
com os programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE), conforme Lei no 6.321, de 1976;
II – ao fornecimento de vale-transporte de conformidade com a legislação
própria.
Parágrafo único. A fiscalização do INSS poderá exigir da contratada a
comprovação das deduções previstas neste artigo.
Art. 162. O valor relativo à taxa de administração ou de agenciamento,
ainda que figure discriminado na nota fiscal, na fatura ou no recibo de presta-
EMPRESAS QUE CONTRATAM SERVIÇOS MEDIANTE CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA 39

ção de serviços, não poderá ser objeto de dedução da base de cálculo da reten-
ção, inclusive no caso de serviços prestados por trabalhadores temporários.
Parágrafo único. Na hipótese da empresa contratada emitir duas notas fis-
cais, faturas ou recibos, relativos ao mesmo serviço, uma contendo o valor cor-
respondente à taxa de administração ou de agenciamento e a outra o valor da
remuneração dos trabalhadores utilizados na prestação do serviço, a retenção
incidirá sobre o valor de cada uma dessas notas, faturas ou recibos.

Seção VII
DO DESTAQUE DA RETENÇÃO

Art. 163. Quando da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de


prestação de serviços, a contratada deverá destacar o valor da retenção com o
título de “RETENÇÃO PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL”.
§ 1o O destaque do valor retido deverá ser identificado logo após a des-
crição dos serviços prestados, apenas para produzir efeito como parcela dedutível
no ato da quitação da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de ser-
viços, sem alteração do valor bruto da nota, fatura ou recibo de prestação de
serviços.
§ 2o A falta do destaque do valor da retenção, conforme previsto no caput,
constitui infração ao § 1º do art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991.
Art. 164. Havendo subcontratação poderão ser deduzidos do valor da re-
tenção a ser efetuada pela contratante os valores retidos da subcontratada e
comprovadamente recolhidos pela contratada, desde que todos os documentos
envolvidos se refiram à mesma competência e ao mesmo serviço.
§ 1o Para efeito do disposto no caput, a contratada deverá destacar na
nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços as retenções da se-
guinte forma:
I – retenção para a Previdência Social: informar o valor correspondente a
onze por cento do valor bruto dos serviços, ressalvado o disposto no parágrafo
único do art. 149;
II – dedução de valores retidos de subcontratadas: informar o valor total
correspondente aos valores retidos e recolhidos relativos aos serviços subcon-
tratados;
III – valor retido para a Previdência Social: informar o valor corresponden-
te à diferença entre a retenção, apurada na forma do inciso I deste parágrafo, e
a dedução efetuada conforme previsto no inciso II deste parágrafo, que indicará
o valor a ser efetivamente retido pela contratante.
§ 2o A contratada, juntamente com a sua nota fiscal, fatura ou recibo de
prestação de serviços, deverá encaminhar à contratante cópia:
40 EMPRESAS QUE CONTRATAM SERVIÇOS MEDIANTE CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA

I – das notas fiscais, das faturas ou dos recibos de prestação de serviços


das subcontratadas com o destaque da retenção;
II – dos comprovantes de arrecadação dos valores retidos das subcontra-
tadas;
III – da GFIP, elaboradas pelas subcontratadas, onde conste no campo
“Inscrição Tomador CNPJ/CEI”, o CNPJ da contratada ou a matrícula CEI da
obra e, no campo “denominação social Tomador de Serviço/obra construção
civil”, a denominação social da empresa contratada.

Seção VIII
DO RECOLHIMENTO DO VALOR RETIDO

Art. 165. A importância retida deverá ser recolhida pela empresa contra-
tante até o dia dois do mês seguinte ao da emissão da nota fiscal, da fatura ou
do recibo de prestação de serviços, prorrogando-se este prazo para o primeiro
dia útil subseqüente quando não houver expediente bancário neste dia, infor-
mando, no campo identificador do documento de arrecadação, o CNPJ do esta-
belecimento da empresa contratada e, no campo nome ou denominação so-
cial, a denominação social desta seguida da denominação social da empresa
contratante.
Art. 166. O órgão ou a entidade integrante do Sistema Integrado de
Administração Financeira (SIAFI) deverá recolher os valores retidos até o ter-
ceiro dia útil após a quitação da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação
de serviços, respeitado como data limite de pagamento o dia dois do mês subse-
qüente ao da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de ser-
viços, observado o disposto no art. 157.
Art. 167. Quando para um mesmo estabelecimento da contratada forem
emitidas mais de uma nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços, na
mesma competência, a contratante deverá efetuar o recolhimento dos valores
retidos num único documento de arrecadação.
Art. 168. A falta de recolhimento, no prazo legal, das importâncias reti-
das configura, em tese, crime contra a Previdência Social previsto no art. 168-A
do Código Penal, introduzido pela Lei no 9.983, de 14 de julho de 2000, ense-
jando a emissão de Representação Fiscal para Fins Penais (RFFP), na forma do
art. 634.
Art. 169. A empresa contratada poderá consolidar, num único documen-
to de arrecadação, por competência e por estabelecimento, as contribuições in-
cidentes sobre a remuneração de todos os segurados envolvidos na prestação
de serviços e dos segurados alocados no setor administrativo, compensando os
valores retidos com as contribuições devidas à Previdência Social pelo estabele-
cimento.
EMPRESAS QUE CONTRATAM SERVIÇOS MEDIANTE CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA 41

Seção IX
DAS OBRIGAÇÕES DA EMPRESA CONTRATADA

Art. 170. A empresa contratada deverá elaborar:


I – folhas de pagamento distintas e o respectivo resumo geral, para cada
estabelecimento ou obra de construção civil da empresa contratante, relacio-
nando todos os segurados alocados na prestação de serviços, na forma prevista
no art. 225 do RPS;
II – GFIP com as informações relativas aos tomadores de serviços, para
cada estabelecimento da empresa contratante ou cada obra de construção civil,
utilizando os códigos de recolhimento próprios da atividade, conforme normas
previstas no Manual da GFIP;
III – demonstrativo mensal por contratante e por contrato, assinado pelo
seu representante legal, contendo:
a) a denominação social e o CNPJ da contratante ou a matrícula CEI da
obra de construção civil;
b) o número e a data de emissão da nota fiscal, fatura ou recibo de pres-
tação de serviços;
c) o valor bruto, o valor retido e o valor líquido recebido relativo à nota
fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços;
d) a totalização dos valores e sua consolidação por obra de construção civil
ou por estabelecimento da contratante, conforme o caso.
Art. 171. A empresa contratada fica dispensada de elaborar folha de pa-
gamento e GFIP distintas por estabelecimento ou obra de construção civil em
que realizar tarefa ou prestar serviços, quando, comprovadamente, utilizar os
mesmos segurados para atender a várias empresas contratantes, alternadamen-
te, no mesmo período, inviabilizando a individualização da remuneração desses
segurados por tarefa ou por serviço contratado.
Parágrafo único. Considera-se serviços prestados alternadamente aqueles
em que a tarefa ou o serviço contratado seja executado por trabalhador ou
equipe de trabalho em vários estabelecimentos ou várias obras de uma mesma
contratante ou de vários contratantes, por etapas, numa mesma competência, e
que não envolvam os serviços que compõem o CUB, relacionados no Anexo XVII.
· Ver anexo no Capítulo 7 do Manual prático da previdência social (livro impres-
so), item 4.1

Art. 172. A contratada legalmente obrigada a manter escrituração contá-


bil formalizada, está obrigada a registrar, mensalmente, em contas individuali-
42 EMPRESAS QUE CONTRATAM SERVIÇOS MEDIANTE CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA

zadas, todos os fatos geradores de contribuições sociais, inclusive a retenção so-


bre o valor da prestação de serviços, conforme disposto no inciso IV do art. 65.
Art. 173. O lançamento da retenção na escrituração contábil de que trata
o art. 172, deverá discriminar:
I – o valor bruto dos serviços;
II – o valor da retenção;
III – o valor líquido a receber.
Parágrafo único. Na contabilidade em que houver lançamento pela soma
total das notas fiscais, faturas ou recibos de prestação de serviços e pela soma to-
tal da retenção, por mês, por contratante, a empresa contratada deverá manter
em registros auxiliares a discriminação desses valores, por contratante, confor-
me disposto no inciso III do art. 170.

Seção X
DAS OBRIGAÇÕES DA EMPRESA CONTRATANTE

Art. 174. A empresa contratante fica obrigada a manter em arquivo, por


empresa contratada, em ordem cronológica, durante o prazo de dez anos, as no-
tas fiscais, as faturas ou os recibos de prestação de serviços, as correspondentes
GFIP e, se for o caso, as cópias dos documentos relacionados no § 2o do art. 164.
Art. 175. A contratante, legalmente obrigada a manter escrituração con-
tábil formalizada, está obrigada a registrar, mensalmente, em contas individua-
lizadas, todos os fatos geradores de contribuições sociais, inclusive a retenção so-
bre o valor dos serviços contratados, conforme disposto no inciso IV do art. 65.
Art. 176. O lançamento da retenção na escrituração contábil de que trata
o art. 175, deverá discriminar:
I – o valor bruto dos serviços;
II – o valor da retenção;
III – o valor líquido a pagar.
Parágrafo único. Na contabilidade em que houver lançamento pela soma
total das notas fiscais, faturas ou recibos de prestação de serviços e pela soma to-
tal da retenção, por mês, por contratada, a empresa contratante deverá manter
em registros auxiliares a discriminação desses valores, individualizados por
contratada.
Art. 177. A empresa contratante legalmente dispensada da apresentação
da escrituração contábil deverá elaborar demonstrativo mensal, assinado pelo
seu representante legal, relativo a cada contrato, contendo as seguintes infor-
mações:
I – a denominação social e o CNPJ da contratada;
EMPRESAS QUE CONTRATAM SERVIÇOS MEDIANTE CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA 43

II – o número e a data da emissão da nota fiscal, fatura ou recibo de pres-


tação de serviços;
III – o valor bruto, a retenção e o valor líquido pago relativo à nota fiscal,
fatura ou recibo de prestação de serviços;
IV – a totalização dos valores e sua consolidação por obra de construção
civil e por estabelecimento da contratada, conforme o caso.

Seção XI
DA RETENÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Art. 178. Sujeita-se à retenção de que trata o art. 149, a prestação de ser-
viços mediante empreitada parcial ou subempreitada de obra de construção ci-
vil e de empreitada, total ou parcial, ou subempreitada de serviços de constru-
ção civil, com ou sem fornecimento de material.
Art. 179. Não se sujeita à retenção, a prestação de serviços de:
I – administração, fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras;
II – assessoria ou consultoria técnicas;
III – controle de qualidade de materiais;
IV – fornecimento de concreto usinado, de massa asfáltica ou de argamas-
sa usinada ou preparada;
V – jateamento ou hidrojateamento;
VI – perfuração de poço artesiano;
VII – elaboração de projeto da construção civil vinculado a uma Anotação
de Responsabilidade Técnica (ART);
VIII – ensaios geotécnicos de campo ou de laboratório (sondagens de solo,
provas de carga, ensaios de resistência, amostragens, testes em laboratório de
solos ou outros serviços afins);
IX – serviços de topografia;
X – instalação de antenas, de ar condicionado, de refrigeração, de ventila-
ção, de aquecimento, de calefação ou de exaustão;
XI – locação de caçamba;
XII – locação de máquinas, de ferramentas, de equipamentos ou de outros
utensílios sem fornecimento de mão-de-obra;
XIII – venda com instalação de estrutura metálica, de equipamento ou de
material, com emissão apenas da nota fiscal de venda mercantil;
XIV – fundações especiais.
44 EMPRESAS QUE CONTRATAM SERVIÇOS MEDIANTE CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA

Parágrafo único. Quando na prestação dos serviços relacionados nos inci-


sos X e XIII do caput, houver emissão de nota fiscal, fatura ou recibo de presta-
ção de serviços relativa à mão-de-obra utilizada na instalação do material ou do
equipamento vendido, os valores desses serviços integrarão a base de cálculo
da retenção.
Art. 180. Havendo, para a mesma obra, contratação de serviço relaciona-
do no art. 179 e, simultaneamente, o fornecimento de mão-de-obra para execu-
ção de outro serviço sujeito à retenção, aplicar-se-á a retenção apenas a este
serviço, desde que o valor de cada serviço esteja discriminado em contrato.
Parágrafo único. Não havendo discriminação no contrato, aplicar-se-á a
retenção a todos os serviços contratados.

Seção XII
DA RETENÇÃO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM
CONDIÇÕES ESPECIAIS

Art. 181. Quando a atividade exercida pelo segurado empregado na em-


presa contratante o expuser a agentes nocivos, de forma a possibilitar a conces-
são de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de traba-
lho em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, o
percentual da retenção aplicado sobre o valor da nota fiscal, da fatura ou do re-
cibo de prestação de serviços, emitida a partir 1o de abril de 2003, deve ser
acrescido de quatro, três ou dois pontos percentuais, respectivamente, perfa-
zendo a alíquota total de quinze, quatorze ou treze pontos percentuais, incidin-
do sobre o valor dos serviços prestados por esses segurados.
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, a empresa contratada
deverá emitir nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços específica
para os serviços prestados em condições especiais pelos segurados empregados
ou discriminar na nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços a remu-
neração desses segurados.
Art. 182. Havendo previsão contratual de utilização de trabalhadores na
execução de atividades em condições especiais prejudiciais à saúde ou à integri-
dade física, e não havendo emissão de nota fiscal, fatura ou recibo de prestação
de serviços específica ou discriminação do valor desses serviços na forma pre-
vista no parágrafo único do art. 181, a base de cálculo para incidência da alí-
quota adicional prevista no caput do art. 181, será proporcional ao número de
trabalhadores envolvidos nas atividades exercidas em condições especiais, se
houver a possibilidade de identificação dos trabalhadores envolvidos e dos
não-envolvidos com as atividades exercidas em condições especiais.
§ 1o Na impossibilidade de identificação do número de trabalhadores uti-
lizados nas atividades exercidas em condições especiais, o acréscimo da reten-
EMPRESAS QUE CONTRATAM SERVIÇOS MEDIANTE CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA 45

ção será de dois por cento sobre o valor total dos serviços contido na nota fis-
cal, fatura ou recibo de prestação de serviços, cabendo à contratante o ônus da
prova em contrário.
§ 2o Aplicar-se-á o disposto no art. 181, conforme o caso, na hipótese da
contratante desenvolver atividades em condições especiais, sem a previsão no
contrato da utilização ou não de trabalhadores no exercício dessas atividades.
Art. 183. As empresas contratada e contratante, no que se refere às obri-
gações relacionadas aos agentes nocivos a que os trabalhadores estiverem ex-
postos na empresa contratante, devem observar as disposições contidas no Ca-
pítulo X do Título IV desta Instrução Normativa, que trata dos riscos
ocupacionais no ambiente de trabalho.
Parágrafo único. A contratada deve elaborar o Perfil Profissiográfico Pre-
videnciário (PPP) dos trabalhadores expostos a agentes nocivos com base, den-
tre outras informações, nas demonstrações ambientais da contratante ou do lo-
cal da efetiva prestação de serviços.

Seção XIII
DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Art. 184. A entidade beneficente de assistência social em gozo de isen-


ção, a empresa optante pelo SIMPLES, o sindicato da categoria de trabalhado-
res avulsos, o órgão gestor de mão-de-obra (OGMO), o operador portuário e a
cooperativa de trabalho, quando forem contratantes de serviços mediante ces-
são de mão-de-obra ou empreitada, estão obrigados a efetuar a retenção sobre
o valor da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços e ao recolhi-
mento da importância retida em nome da empresa contratada, observadas as
demais disposições previstas neste Capítulo.
Art. 185. Não se aplica o instituto da retenção:
I – à contratação de serviços prestados por trabalhadores avulsos por inter-
médio de sindicato da categoria ou de órgão gestor de mão-de-obra (OGMO);
II – à empreitada total, quando a empresa construtora assume a responsa-
bilidade direta e total por obra de construção civil ou repasse o contrato inte-
gralmente a outra construtora, aplicando-se, neste caso, o instituto da solidarie-
dade, conforme disposições previstas da Seção III do Capítulo X deste Título.
III – à contratação de entidade beneficente de assistência social isenta de
contribuições sociais;
IV – ao contribuinte individual equiparado à empresa, à pessoa física, à
missão diplomática e à repartição consular de carreira estrangeira;
46 EMPRESAS QUE CONTRATAM SERVIÇOS MEDIANTE CESSÃO DE MÃO-DE-OBRA

V – à contratação de serviços de transporte de cargas, a partir de 10 de ju-


nho de 2003, data da publicação no Diário Oficial da União do Decreto no
4.729, de 9 de junho de 2003.
Art. 186. Havendo decisão judicial que vede a aplicação da retenção,
prevista no art. 31 da Lei no 8.212, de 1991, observar-se-á o seguinte:
I – na hipótese de a decisão judicial se referir a empresa contratada me-
diante seção de mão-de-obra ou empreitada, não sujeita à aplicação do institu-
to da responsabilidade solidária, as contribuições previdenciárias incidentes so-
bre a remuneração da mão-de-obra utilizada na prestação de serviços serão
exigidas da contratada;
II – se a decisão judicial se referir a empresa contratada mediante emprei-
tada total na construção civil, sendo a ação impetrada contra o uso, pela con-
tratante, da faculdade prevista no art. 200, hipótese em que é configurada a
previsão legal do instituto da responsabilidade solidária prevista no inciso VI do
art. 30 da Lei no 8.212, de 1991, a contratante deverá observar o disposto nos
arts. 197 e 199, no que couber, para fins de elisão da sua responsabilidade;
III – cópia da GFIP específica para o tomador, conforme disposições cons-
tantes no Manual da GFIP.
Parágrafo único. Na situação prevista no caput, quando a contratada per-
tencer à circunscrição de outra Gerência-Executiva, deverá ser emitido subsídio
fiscal para a Gerência-Executiva circunscricionante do estabelecimento centrali-
zador da empresa contratada, ainda que a decisão judicial não determine que
se aplique o instituto da responsabilidade solidária.
Normas de Recolhimento das
Contribuições ao INSS

Título VI
Do Recolhimento e Regularidade das
Contribuições e da Arrecadação Bancária
Capítulo I
DO RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES NA REDE
ARRECADADORA

Seção I
DO DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO

Art. 503. As contribuições arrecadadas pelo INSS, destinadas à Previdên-


cia Social e a outras entidades ou fundos, com os quais não haja convênio para
pagamento direto, deverão ser recolhidas por meio de documento de arrecada-
ção da Previdência Social, em meio papel ou em meio eletrônico.

Seção II
DO PREENCHIMENTO DO DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO

Art. 504. No documento de arrecadação deverão ser prestadas as seguin-


tes informações:
I – identificação do sujeito passivo, pelo preenchimento do campo “identi-
ficador”, no qual deverá ser informado o CNPJ ou o CEI para empresa ou equi-
paradas e o NIT, na forma prevista no art. 24, para segurados empregado do-
méstico, contribuinte individual, segurado especial ou facultativo;
II – código de pagamento, que identifica a natureza do pagamento que
está sendo efetuado, cuja relação e respectivas descrições encontram-se no
Anexo I;
48 NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS

· Ver anexo no Capítulo 7 do Manual prático da previdência social (livro impres-


so), item 4.1

III – competência, com dois dígitos para o mês e quatro dígitos para o ano;
IV – valor do INSS, que corresponde ao valor total das contribuições devi-
das à Previdência Social a ser recolhido na competência, efetuando-se as com-
pensações e as deduções admitidas pela legislação em vigor, em valores atuali-
zados na forma do art. 230;
V – valor de outras entidades, que corresponde ao valor total das contri-
buições a serem recolhidas para outras entidades e fundos, com os quais a em-
presa não mantenha convênio, calculado mediante aplicação de alíquota defini-
da em razão da atividade da empresa, prevista no Anexo II;
· Ver anexo no Capítulo 7 do Manual prático da previdência social (livro impres-
so), item 4.1

VI – atualização monetária, juros e multa, que correspondem ao somatório


de atualização monetária, se houver, multa e juros de mora devidos em decor-
rência de recolhimento após o prazo de vencimento, calculados sobre o somató-
rio dos valores mencionados nos incisos IV e V deste artigo;
VII – total, que corresponde ao somatório das importâncias a serem reco-
lhidas.
Parágrafo único. Deverá, obrigatoriamente, ser utilizado documento de
arrecadação distinto, por:
I – estabelecimento da empresa identificado por CNPJ ou por matrícula
CEI específica;
II – obra de construção civil identificada por matrícula CEI;
III – código que identifica a natureza do pagamento da empresa, conforme
relação constante do Anexo I;
· Ver anexo no Capítulo 7 do Manual prático da previdência social (livro impres-
so), item 4.1

IV – competência de recolhimento, ressalvado o recolhimento trimestral a


ser efetuado na forma do art. 505.

Seção III
DO RECOLHIMENTO TRIMESTRAL

Art. 505. É facultada a opção pelo recolhimento trimestral da contribui-


ção social previdenciária ao empregador doméstico, aos segurados contribuinte
individual, segurado especial e facultativo, cujos salários-de-contribuição cor-
respondam ao valor de um salário mínimo.
NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS 49

§ 1o Para o recolhimento trimestral, deverão ser registrados, no campo


“competência” do documento de arrecadação, o último mês do respectivo tri-
mestre civil e o ano a que se referir, independentemente de serem uma, duas
ou três competências, indicando-se:
I – três, correspondente a competência março, para o trimestre civil com-
preendendo os meses de janeiro, fevereiro e março;
II – seis, correspondente a competência junho, para o trimestre civil com-
preendendo os meses de abril, maio e junho;
III – nove, correspondente a competência setembro, para o trimestre civil
compreendendo os meses de julho, agosto e setembro;
IV – doze, correspondente a competência dezembro, para o trimestre civil
compreendendo os meses de outubro, novembro e dezembro.
§ 2o A data de vencimento para recolhimento da contribuição trimestral
é o dia quinze do mês seguinte ao do encerramento de cada trimestre civil,
prorrogando-se para o primeiro dia útil subseqüente, quando não houver expe-
diente bancário no dia quinze.
§ 3o Aplica-se o disposto no caput, quando o salário-de-contribuição do
empregado doméstico for inferior ao salário mínimo por motivo de fraciona-
mento da remuneração em razão de gozo de benefício, de admissão, de dispen-
sa ou de carga horária constante do contrato de trabalho.
§ 4o No recolhimento de contribuições em atraso, incidirão os juros e a
multa de mora a partir do primeiro dia útil subseqüente ao do vencimento do
trimestre civil.
§ 5o A contribuição relativa ao segurado empregado doméstico, incidente
sobre o décimo-terceiro salário, deverá ser recolhida até o dia vinte de dezem-
bro, em documento de arrecadação específico, identificado com a “competência
treze” e o ano a que se referir.
§ 6o O segurado facultativo, após a inscrição, poderá optar pelo reco-
lhimento trimestral, observado o disposto no § 3o do art. 28 e art. 330, todos
do RPS.
§ 7o Quando a inscrição ocorrer no curso do trimestre civil, é permitido o
recolhimento na forma do caput, para a segunda e a terceira competências do
trimestre.

Seção IV
VALOR MÍNIMO PARA RECOLHIMENTO

Art. 506. É vedado o recolhimento, em documento de arrecadação, de


valor inferior ao mínimo estabelecido pelo INSS em ato normativo.
§ 1º Se o valor a recolher na competência for inferior ao valor mínimo
estabelecido pelo INSS para recolhimento em documento de arrecadação, este
50 NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS

deverá ser adicionado ao devido na competência seguinte e assim sucessiva-


mente, até atingir o valor mínimo permitido para recolhimento, observado o se-
guinte:
I – ficam sujeitos a acréscimos legais os valores não-recolhidos a partir da
competência em que for alcançado o valor mínimo;
II – o valor acumulado deverá ser recolhido em documento de arrecadação
com código de recolhimento da mesma natureza;
III – não havendo na competência em que foi atingido o valor mínimo ou-
tro recolhimento sob o mesmo código de pagamento, o valor acumulado pode-
rá ser adicionado a recolhimento a ser efetuado em documento de arrecadação
com código de pagamento diverso.
§ 2o Não se aplica o disposto no caput aos órgãos e às entidades da Admi-
nistração Pública quando o recolhimento for efetuado pelo Sistema Integrado
de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI).
§ 3o O valor devido decorrente de recolhimento efetuado a menor, cujo
principal acrescido de juros e de multa de mora não atingir ao mínimo estabele-
cido, será adicionado ao valor devido na próxima competência.

Seção V
DAS CONTRIBUIÇÕES E OUTRAS IMPORTÂNCIAS NÃO-RECOLHIDAS
ATÉ O VENCIMENTO

Art. 507. As contribuições sociais e outras importâncias arrecadadas pelo


INSS e não-recolhidas até a data de seu vencimento, ficam sujeitas a juros e
multa de mora determinados de acordo com a legislação de regência, inciden-
tes sobre o valor atualizado, se for o caso.
Art. 508. O INSS divulga mensalmente a Tabela Prática Aplicada em
Contribuições Previdenciárias, para o cálculo dos acréscimos legais, elaborada
de acordo com a legislação de regência e os coeficientes de atualização.
Parágrafo único. O sujeito passivo poderá utilizar a Tabela Prática Apli-
cada em Contribuições Previdenciárias e o Sistema de Acréscimos Legais
(SAL), disponíveis na Internet no endereço www.previdenciasocial.gov.br,
para efetuar o cálculo dos acréscimos legais e do montante consolidado a ser
recolhido ao INSS.

Subseção I
Da Atualização Monetária

Art. 509. Atualização monetária é a diferença entre o valor atualizado e


o valor originário das contribuições sociais, refletindo no tempo a desvaloriza-
ção da moeda nacional.
NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS 51

§ 1o O valor atualizado é o obtido mediante aplicação de um coeficiente,


disponível na Tabela Prática Aplicada em Contribuições Previdenciárias, sobre o
valor originário da contribuição ou outras importâncias não-recolhidas até a
data do vencimento, respeitada a legislação de regência.
§ 2o Os indexadores da atualização monetária, respeitada a legislação de
regência, são:
I – até 01/1991: ORTN/OTN/BTNF;
II – de 02/1991 a 12/1991: sem atualização (extinção do BTN fiscal pelo
art. 3o da Lei no 8.177, de 1o de março de 1991);
III – de 01/1992 a 12/1994: UFIR (art. 54 da Lei no 8.383, de 30 de de-
zembro 1991);
IV – de 01/1995 em diante:
a) para fatos geradores até 12/1994: UFIR, conversão para real com
base no valor desta, fixado para o trimestre do pagamento (art. 5o da Lei no
8.981, de 20 de janeiro de 1995);
b) para fatos geradores a partir de 01/1995: não há atualização monetá-
ria (art. 6o da Lei no 8.981, de 20 de janeiro de 1995).

Subseção II
Dos Juros de Mora

Art. 510. Juros de mora são acréscimos decorrentes do não-pagamento


das contribuições sociais e de outras importâncias arrecadadas pelo INSS, até a
data do vencimento.
Art. 511. Os percentuais de juros de mora, ao mês ou fração, corres-
pondem:
I – para fatos geradores ocorridos até dezembro de 1994:
a) até janeiro de 1991: um por cento, conforme o disposto no art. 161 da
Lei no 5.172, de 1966 (CTN) e art. 82 da Lei no 3.807, de 26 de agosto de
1960;
b) de fevereiro de 1991 até dezembro de 1991: Taxa Referencial (TR),
conforme o disposto no art. 9o da Lei no 8.177, de 1o de março de 1991;
c) de janeiro de 1992 até dezembro de 1994: um por cento conforme o
disposto no art. 54 da Lei no 8.383, de 30 de dezembro de 1991;
d) de janeiro de 1995 até dezembro de 1996: um por cento conforme o
disposto no § 5o do art. 84 da Lei no 8.981, de 20 de janeiro de 1995;
e) a partir de janeiro de 1997: Taxa Referencial de Sistema Especial de
Liquidação e de Custódia (SELIC) conforme o disposto no art. 30 da Lei no
10.522, de 19 de julho de 2002, resultado da conversão da MP no 1.542, de 18
52 NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS

de dezembro de 1996, e reedições até a MP no 2.176-79, de 23 de agosto de


2002, combinado com o art. 51 da Lei no 8.212, de 1991.
II – para fatos geradores ocorridos a partir de janeiro de 1995 será aplica-
do um por cento no mês de vencimento, um por cento no mês de pagamento, e
nos meses intermediários:
a) de janeiro de 1995 a março 1995: variação da Taxa Média de Capta-
ção do Tesouro Nacional (TCTN) conforme o disposto no inciso I e § 4o do art.
84 da Lei no 8.981, de 1995 e art. 34 da Lei no 8.212, de 1991;
b) a partir de abril de 1995: variação da Taxa Referencial do Sistema
Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC), conforme o disposto no art. 13
da Lei no 9.065, de 20 de junho de 1995 e art. 34 da Lei no 8.212, de 1991.
§ 1o A taxa de juros aplicada às contribuições sociais não-recolhidas em
época própria não poderá ser inferior a um por cento ao mês ou fração, apli-
cando-se a taxa de um por cento na competência em que o valor estipulado
para a SELIC for inferior, ressalvada a hipótese prevista no § 2o.
§ 2o Às contribuições sociais previdenciárias devidas pelo contribuinte in-
dividual, até março de 1995, que comprove a atividade com vistas à concessão
de benefícios, aplica-se juros de mora de zero vírgula cinco por cento ao mês,
capitalizados anualmente, conforme previsto no inciso III do art. 108 e art. 115.

Subseção III
Da Multa

Art. 512. Multa de mora é a penalidade decorrente do não-pagamento


das contribuições sociais e de outras importâncias arrecadadas pelo INSS, até a
data do vencimento.
Art. 513. As contribuições sociais e outras importâncias arrecadadas pelo
INSS não-recolhidas no prazo, incluídas ou não em Notificação Fiscal de Lança-
mento de Débito (NFLD), objeto ou não de parcelamento, ficam sujeitas à mul-
ta de mora, de caráter irrelevável, nos seguintes percentuais, para os fatos gera-
dores ocorridos a partir de 29 de novembro de 1999 e para pagamento:
I – após o vencimento de obrigação não incluída em NFLD:
a) oito por cento dentro do mês de vencimento da obrigação;
b) quatorze por cento no mês seguinte;
c) vinte por cento a partir do segundo mês seguinte ao do vencimento da
obrigação.
II – de obrigação incluída em NFLD:
a) vinte e quatro por cento em até quinze dias do recebimento da notifi-
cação;
NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS 53

b) trinta por cento após o décimo quinto dia do recebimento da notifi-


cação;
c) quarenta por cento após a apresentação de recurso desde que antece-
dido de defesa, sendo ambos tempestivos, até quinze dias da decisão do Conse-
lho de Recursos da Previdência Social (CRPS);
d) cinqüenta por cento, após o décimo quinto dia da ciência da decisão
do CRPS, enquanto não-inscrito em dívida ativa.
III – do crédito inscrito em dívida ativa:
a) sessenta por cento quando não tenha sido objeto de parcelamento;
b) setenta por cento se houve parcelamento;
c) oitenta por cento após o ajuizamento da execução fiscal, mesmo que
o devedor ainda não tenha sido citado, se o crédito não foi objeto de parcela-
mento;
d) cem por cento após o ajuizamento da execução fiscal, mesmo que o
devedor ainda não tenha sido citado, se o crédito foi objeto de parcelamento.
§ 1o Na hipótese das contribuições terem sido declaradas em GFIP ou
quando se tratar de empregador doméstico ou de empresa ou de segurado dis-
pensados de apresentar o citado documento, a multa de mora será reduzida em
cinqüenta por cento.
§ 2o Na hipótese de parcelamento ou de reparcelamento, incidirá um
acréscimo de vinte por cento sobre a multa de mora mencionada nas alíneas
dos incisos I a III do caput, observado o disposto no § 1o deste artigo.
§ 3o Se houver pagamento antecipado à vista, no todo ou em parte, do
saldo devedor do parcelamento ou do reparcelamento, o acréscimo de vinte por
cento, previsto no § 2o deste artigo, não incidirá sobre a multa correspondente
à parcela paga.
Art. 514. Não se aplica a multa de mora aos créditos de responsabilidade
das pessoas jurídicas de direito público, massas falidas, missões diplomáticas
estrangeiras no Brasil e membros dessas missões.

Capítulo II
DA ARRECADAÇÃO BANCÁRIA

Seção I
DAS FORMAS DE CAPTAÇÃO

Art. 515. O recolhimento das contribuições sociais administrado pelo


INSS será efetuado por meio dos agentes arrecadadores integrantes da rede
bancária contratada e da Secretaria do Tesouro Nacional.
54 NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS

Art. 516. A captação da arrecadação ocorrerá, dentre outras, pelas se-


guintes formas:
I – Guia da Previdência Social (GPS) para recolhimentos efetuados direta-
mente em guichê de caixa do agente arrecadador, a ser utilizada pelos segura-
dos contribuinte individual, facultativo e segurado especial, quando responsá-
veis pelo recolhimento de sua contribuição e pelo empregador doméstico;
II – débito em conta corrente, comandado por meio da rede Internet ou
por meio de aplicativos eletrônicos colocados à disposição pelos bancos, obriga-
toriamente para as empresas e facultativamente para os demais sujeitos passivos;
III – recolhimentos efetuados com recursos integrantes da Conta Única do
Tesouro Nacional por meio do Sistema Integrado de Administração Financeira
do Governo Federal (SIAFI);
IV – recolhimentos efetuados com a transferência de recursos para a Conta
Única (subconta do INSS) por intermédio do Sistema de Pagamentos Brasileiro
(SPB) – evento STN 0018 – Requisição de Transferência de Recursos para Paga-
mento de GPS;
V – retenção efetuada pelo Banco do Brasil S.A. do Fundo de Participação
dos Estados (FPE), ou do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), autori-
zada pelos entes públicos respectivos;
VI – retenção efetuada pela administração do Fundo Nacional de Saúde
(FNS) dos valores repassados por este aos hospitais credores do Sistema Único
de Saúde (SUS);
VII – retenção efetuada pelas instituições financeiras, de receitas estaduais,
distritais ou municipais, quando os recursos oriundos do FPE e do FPM não fo-
rem suficientes para a amortização dos débitos previdenciários, na forma do
art. 1o da Lei no 9.639, de 25 de maio de 1998, com a redação da Medida Pro-
visória no 2.187-12, de 27 de julho de 2001, e das obrigações previdenciárias
correntes.

Seção II
DO FLUXO DA ARRECADAÇÃO PREVIDENCIÁRIA

Art. 517. O produto da arrecadação será repassado pelo agente arrecada-


dor ao INSS, conforme cláusulas estipuladas em contrato firmado entre este e
os bancos credenciados, bem como o estabelecido no Protocolo de Informações
de Arrecadação e nas demais normas expedidas pelo INSS.
Art. 518. O agente arrecadador remeterá à Empresa de Tecnologia e
Informações da Previdência Social (DATAPREV) informações contendo os da-
dos de recolhimento dos documentos acolhidos, os quais serão criticados e ar-
mazenados nos bancos de dados do INSS.
NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS 55

Art. 519. O agente arrecadador poderá ser submetido à auditoria para


verificação do correto repasse dos recursos financeiros e da fidedignidade das
informações constantes nos documentos de arrecadação.

Seção III
DO BLOQUEIO OU DO DESBLOQUEIO DE ARRECADAÇÃO BANCÁRIA
EM VIRTUDE DE MANDADO JUDICIAL

Art. 520. O agente arrecadador, ao receber ordem judicial determinando


o bloqueio ou o desbloqueio de valores de arrecadação previdenciária, deverá
encaminhar ofício ao Serviço/Seção de Orçamento, Finanças e Contabilidade
da Gerência-Executiva (Centro) da Previdência Social, da capital da unidade da
Federação a que estiver vinculado, acompanhado de cópia do mandado judicial
e do documento de transferência a outro banco, se houver, ou enviar as infor-
mações relativas ao bloqueio ou ao desbloqueio por meio da mensagem
STN0029, do grupo de serviço STN – Secretaria do Tesouro Nacional, constante
do Catálogo de Mensagens do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), conten-
do as seguintes informações:
I – número do processo judicial que originou o bloqueio ou o desbloqueio;
II – juízo ou vara;
III – data do bloqueio ou do desbloqueio;
IV – data da transferência para outro banco, se houver;
V – comarca;
VI – agência bancária em que ocorreu o bloqueio ou o desbloqueio;
VII – valor do bloqueio ou do desbloqueio.
Parágrafo único. Sendo o desbloqueio de valor a favor do INSS, a centra-
lizadora nacional do agente arrecadador deverá efetuar o repasse financeiro
por meio de Lançamento Financeiro tipo 07, da mensagem STN0007, do grupo
de serviço STN, constante do Catálogo de Mensagens do Sistema de Pagamen-
tos Brasileiro (SPB), sendo a data de movimento a do bloqueio, a data do des-
bloqueio aquela determinada no mandado judicial e a data de apresentação a
do efetivo repasse.

Seção IV
DA CONFIRMAÇÃO DE RECOLHIMENTO

Art. 521. O sujeito passivo poderá consultar seus recolhimentos via Inter-
net no endereço www.previdenciasocial.gov.br ou diretamente na Agência da
Previdência Social (APS).
56 NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS

Parágrafo único. O acesso à consulta de recolhimentos via Internet será


autorizado mediante senha fornecida pela APS ao sujeito passivo, ou a seu re-
presentante legal.

Seção V
DA CONFIRMAÇÃO NA REDE BANCÁRIA DE AUTENTICIDADE DE
QUITAÇÃO EM DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO PREVIDENCIÁRIA

Art. 522. Os contatos com os agentes arrecadadores, com a Federação


Brasileira das Associações de Bancos (FEBRABAN) e com suas representações
estaduais serão mantidos:
I – na Diretoria Colegiada, pela Diretoria de Orçamento, Finanças e Lo-
gística;
II – nas Gerências-Executivas da Previdência Social, pelo Serviço ou pela
Seção de Orçamento, Finanças e Contabilidade da Gerência Centro da Previ-
dência Social das Capitais das Unidades da Federação.
Art. 523. O prazo para o agente arrecadador prestar as informações ne-
cessárias quanto à autenticidade dos recolhimentos das contribuições sociais ar-
recadadas pelo INSS é previsto em contrato de prestação de serviços firmado
entre o INSS e a rede bancária.
Art. 524. Quando a data de autenticação exceder ao prazo previsto para
recolhimento da contribuição, o agente arrecadador, por meio de sua Agência
Centralizadora Estadual, deverá informar se a autenticação existente nos com-
provantes foi efetuada em máquina que pertença ou pertenceu a ele.
Art. 525. Confirmada a autenticidade do documento, sem que tenha ha-
vido o repasse financeiro correspondente e o encaminhamento do registro, de-
verá o agente arrecadador proceder da seguinte forma:
I – no caso de Guia da Previdência Social (GPS), providenciar o respectivo
repasse financeiro, com os devidos encargos contratuais, utilizando o meio de
Lançamento Financeiro tipo 01, da mensagem STN0007, do grupo de serviço
STN, constante do Catálogo de Mensagens do Sistema de Pagamentos Brasilei-
ro (SPB) e a inclusão da informação do registro na próxima remessa a ser enca-
minhada à DATAPREV;
II – tratando-se de outros documentos de arrecadação, conforme rotina es-
tabelecida no inciso II do art. 527.
Art. 526. Comprovados o recebimento, o envio do registro e o respectivo
repasse financeiro ao INSS, pelo agente arrecadador, caberá à Diretoria da Re-
ceita Previdenciária a inclusão dos registros no banco de dados do INSS.
NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS 57

Seção VI
DO ENCAMINHAMENTO DE DOCUMENTOS DE ARRECADAÇÃO
PREVIDENCIÁRIA EXTRAVIADOS PELA REDE BANCÁRIA

Art. 527. Na ocorrência de extravio de documento de arrecadação previ-


denciária, o agente arrecadador deverá convocar o sujeito passivo para apre-
sentação do documento e, ao obter cópia dele, adotar os seguintes procedimen-
tos:
I – no caso de GPS, providenciar sua inclusão na próxima remessa à
DATAPREV, conforme previsto no Protocolo de Informações de Arrecadação, e
do respectivo repasse financeiro, com os devidos acréscimos contratuais, caso
esse repasse ainda não tenha sido efetuado;
II – tratando-se de outros documentos de arrecadação, encaminhar cópia
do documento ao Serviço ou Seção de Orçamento, Finanças e Contabilidade da
Gerência-Executiva – Centro das capitais da Unidade no respectivo Esta-
do-Membro da Federação, acompanhada de correspondência relatando o ocor-
rido, com o registro de todos os dados referentes ao documento e solicitando a
sua inclusão no banco de dados do INSS, anexando, inclusive, os documentos
que comprovam o repasse financeiro, sendo que a via original, de posse do su-
jeito passivo, deverá ser carimbada e assinada, com aposição de ressalva no ver-
so declarando tratar-se de documento que se encontrava extraviado pelo agente
arrecadador, de forma a dar legitimidade a esse documento.

Seção VII
DA COMUNICAÇÃO DE OCORRÊNCIA DE ERRO PELO AGENTE
ARRECADADOR

Art. 528. Constatada a ocorrência de erro pelo agente arrecadador, este


deverá encaminhar à Gerência-Executiva mais próxima da agência bancária que
recepcionou o documento de arrecadação, no respectivo Estado-Membro, cor-
respondência solicitando a adoção de medida destinada à correção da distorção
verificada.
§ 1o São exemplos de distorções possíveis, o encaminhamento de:
I – registro de guia em duplicidade, por falha na entrada do documento;
II – registro de guia, cujo repasse tenha sido superior ou inferior ao valor
recolhido e autenticado;
III – registro de guia com distorção, em qualquer dos campos, por erro de
digitação;
IV – registro de documento diferente do que deveria ser usado para reco-
lhimento das contribuições sociais, por erro na escolha da guia própria;
58 NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS

V – documento diferente da GPS, cujo recolhimento deveria ter sido efe-


tuado para outro órgão ou outra unidade.
§ 2o A solicitação indicada no caput deve ser acompanhada do documen-
to que a motivou, da cópia do comprovante de repasse financeiro do valor en-
volvido, do número identificador do Centro de Processamento da guia, dos nú-
meros de seqüencial do registro e da remessa, da data da remessa e da
quantidade de documentos, do valor do documento cujo registro deve ser alte-
rado e do valor da autenticação, se for o motivo do erro, além de outros dados
que identifiquem o recolhimento.
§ 3o Quando se tratar de pedido de alteração de valor, o agente arreca-
dador deverá, obrigatoriamente, promover junto ao sujeito passivo a retificação
do documento original de arrecadação previdenciária, anexando cópia deste ao
ofício a ser dirigido ao INSS.
Art. 529. Recepcionada a comunicação do agente arrecadador, a Gerên-
cia-Executiva adotará os seguintes procedimentos:
I – se o endereço do sujeito passivo a que se refere o documento de arreca-
dação estiver abrangido por sua circunscrição, o processo será encaminhado ao
Serviço ou à Seção de Orientação da Arrecadação, que deverá proceder aos
acertos que se fizerem necessários no sistema informatizado de Arrecadação,
anexando ao processo os relatórios que comprovem que os ajustes foram efe-
tuados, sendo posteriormente encaminhado ao Serviço ou à Seção de Orçamen-
to, Finanças e Contabilidade, para verificação da necessidade ou não de ressar-
cimento de valores ao agente arrecadador e adoção das providências quanto a
dedução da remuneração do agente arrecadador pelo erro na transcrição dos
dados do documento de recolhimento;
II – se o processo se referir a sujeito passivo localizado fora de sua circuns-
crição, o processo deverá ser encaminhado à Gerência-Executiva circunscricio-
nante do mesmo, que adotará os procedimentos de acerto na forma do inciso I
deste artigo.

Seção VIII
DA AUDITORIA NA REDE ARRECADADORA

Subseção I
Da Finalidade

Art. 530. A Auditoria-Fiscal na rede arrecadadora contratada tem como


finalidade o cruzamento de informações constantes no banco de dados do INSS
com relatórios e registros contábeis produzidos pelo agente arrecadador, visan-
do garantir a integridade no repasse das informações físico-financeiras.
NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS 59

Subseção II
Da Comunicação e da Auditoria-Fiscal

Art. 531. A Auditoria-Fiscal será precedida por ofício expedido pela che-
fia da Divisão ou do Serviço de Receita Previdenciária, dirigido ao agente arre-
cadador, apresentando o AFPS que realizará o procedimento e especificando as
atividades a serem desenvolvidas e o tempo estimado de duração do procedi-
mento fiscal.
Art. 532. O AFPS terá acesso a todos os estabelecimentos, normativos,
sistemas e aos demais controles internos, relacionados ao recebimento manual
ou eletrônico das receitas arrecadadas, visando a verificação de efetivo controle
até o seu repasse, independentemente de o agente arrecadador se encontrar em
situação regular.
Art. 533. A escrituração contábil deverá obedecer às normas expedidas
pelos órgãos regulamentadores e às instruções contidas no Plano Contábil das
Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF).
Art. 534. Ocorrendo a incorporação, cisão ou fusão do agente arrecada-
dor, este fato deverá ser informado de imediato ao INSS, para pronunciamento
e providências cabíveis.
Art. 535. O repasse financeiro poderá ser verificado nos sistemas de con-
trole do INSS e no extrato contábil da respectiva conta corrente, obtido me-
diante convênio com o Banco Central do Brasil.
Art. 536. A Coordenação-Geral de Fiscalização e as Divisões ou os Servi-
ços de Receita Previdenciária farão o acompanhamento sistemático dos agentes
arrecadadores, principalmente quanto a aspectos da situação econômico-fi-
nanceira desses agentes, buscando a formação de elementos de convicção sobre
possíveis ocorrências de liquidação extrajudicial ou intervenção provocados
pelo Banco Central do Brasil (BACEN).
Art. 537. O procedimento fiscal será determinado pela Diretoria da Re-
ceita Previdenciária, pela Coordenação-Geral de Fiscalização, pela Divisão ou
Serviço de Receita Previdenciária, quando algum fato indicar real necessidade
de implementá-lo ou por ocasião do planejamento anual.

Capítulo III
DA REGULARIDADE DO RECOLHIMENTO DAS
CONTRIBUIÇÕES

Seção I
DA PROVA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO

Art. 538. O documento comprobatório de inexistência de débito do Insti-


tuto Nacional do Seguro Social (INSS) é a Certidão Negativa de Débito (CND).
60 NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS

§ 1o Havendo créditos não-vencidos, ou créditos em curso de cobrança


executiva para os quais tenha sido efetivada a penhora regular e suficiente à
sua cobertura, ou créditos cuja exigibilidade esteja suspensa, será expedida Cer-
tidão Positiva de Débito com Efeitos de Negativa (CPD-EN), com os mesmos
efeitos da certidão prevista no caput.
§ 2o A Certidão Negativa de Débito (CND), a Certidão Positiva de Débito
com Efeitos de Negativa (CPD-EN), a Certidão Positiva de Débito (CPD) e a De-
claração de Regularidade de Situação do Contribuinte Individual (DRS-CI) se-
rão fornecidas independentemente do pagamento de qualquer taxa.

Seção II
DA EXIGIBILIDADE DA PROVA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO

Art. 539. A autoridade responsável por órgão do poder público, por ór-
gão de registro público ou por instituição financeira em geral, no âmbito de
suas atividades, exigirá, obrigatoriamente, a apresentação de Certidão Negativa
de Débito (CND) ou de Certidão Positiva de Débito com Efeitos de Negativa
(CPD-EN), fornecida pelo INSS, nas seguintes hipóteses:
I – da empresa:
a) na licitação, na contratação com o poder público e no recebimento de
benefícios ou incentivo fiscal ou creditício concedidos por ele;
b) na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem imóvel ou direito
a ele relativo;
c) na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem móvel de valor
superior ao estabelecido periodicamente mediante Portaria do MPS, incorpora-
do ao ativo permanente da empresa; e
d) no registro ou arquivamento, no órgão próprio, de ato relativo a baixa
ou redução de capital de firma individual, redução de capital social, cisão total
ou parcial, transformação ou extinção de entidade ou sociedade comercial ou
civil e transferência de controle de quotas de sociedades de responsabilidade li-
mitada.
II – do proprietário do imóvel, pessoa física ou jurídica, quando da averba-
ção de obra de construção civil no Registro de Imóveis, exceto no caso do inciso
I do art. 476;
III – do incorporador, na ocasião da inscrição de memorial de incorpora-
ção no Registro de Imóveis;
IV – do produtor rural pessoa física e do segurado especial, quando da
constituição de garantia para concessão de crédito rural e qualquer de suas mo-
dalidades, por instituição de créditos pública ou privada, desde que comerciali-
zem a sua produção com o adquirente domiciliado no exterior ou diretamente
NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS 61

no varejo com consumidor pessoa física, com outro produtor rural pessoa física
ou com outro segurado especial;
V – na contratação de operações de crédito com instituições financeiras,
definidas no art. 581, que envolvam:
a) recursos públicos, inclusive os provenientes de fundos constitucionais
e de incentivo ao desenvolvimento regional (Fundo Constitucional de Financia-
mento do Norte, Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, Fundo
Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, Fundo de Desenvolvimento
da Amazônia e Fundo de Desenvolvimento do Nordeste);
b) recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, do Fundo de
Amparo ao Trabalhador e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa-
ção; ou
c) recursos captados através de Caderneta de Poupança.
VI – na liberação de eventuais parcelas previstas nos contratos a que se re-
fere o inciso V.
§ 1o O produtor rural pessoa física ou o segurado especial, que declarar,
sob as penas da lei, que não tem trabalhadores a seu serviço e que não comer-
cializa a própria produção na forma prevista no inciso I do art. 248, está dis-
pensado da apresentação das certidões previstas nos incisos I, III a VI do caput.
§ 2o O documento comprobatório de inexistência de débito poderá ser
exigido do construtor que, na condição de responsável solidário com o proprie-
tário do imóvel, tenha executado a obra de construção civil, na forma do dis-
posto no alínea “a” do inciso XXVIII do art. 427.

Seção III
DA NÃO EXIGIBILIDADE DA PROVA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO

Art. 540. A apresentação de CND, ou de CPD-EN, é dispensada, dentre


outras hipóteses:
I – na lavratura ou assinatura de instrumento, ato ou contrato que consti-
tua retificação, ratificação ou efetivação de outro anterior para o qual já foi fei-
ta a prova;
II – na constituição de garantia para concessão de crédito rural, em qual-
quer de suas modalidades, por instituição de crédito pública ou privada ao pro-
dutor rural pessoa física e ao segurado especial, desde que estes não comerciali-
zem a sua produção com o adquirente domiciliado no exterior nem diretamente
no varejo com consumidor pessoa física, com outro produtor rural pessoa física
ou com outro segurado especial;
III – na averbação, prevista no inciso II do art. 539, relativa a imóvel cuja
construção tenha sido concluída antes de 22 de novembro de 1966;
62 NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS

IV – na transação imobiliária referida na alínea “b” do inciso I do art. 539,


que envolva empresa que explore exclusivamente atividade de compra e venda
de imóveis, locação, desmembramento ou loteamento de terrenos, incorpora-
ção imobiliária ou construção de imóveis destinados à venda, desde que o imó-
vel objeto da transação esteja contabilmente lançado no ativo circulante e não
conste, nem tenha constado, do ativo permanente da empresa, fato que será re-
latado no registro da respectiva transação no cartório de Registro de Imóveis;
V – no arquivamento, na junta comercial, do ato constitutivo, inclusive de
suas alterações, de microempresa ou empresa de pequeno porte, salvo no caso
de extinção de firma individual ou sociedade;
VI – na baixa de firma mercantil individual e de sociedade mercantil e civil
enquadráveis como microempresa ou como empresa de pequeno porte que, du-
rante cinco anos, não tenham exercido atividade econômica de qualquer espé-
cie, conforme disposto no art. 35 da Lei no 9.841, de 5 de outubro de 1999;
VII – na averbação no Registro de Imóveis de obra de construção civil resi-
dencial que seja, cumulativamente, unifamiliar, destinada a uso próprio, do
tipo econômico, executada sem mão-de-obra remunerada e de área total não
superior a setenta metros quadrados cujo proprietário ou dono da obra seja
pessoa física, conforme previsto no inciso I do art. 476;
VIII – nos atos relativos à transferência de bens, nos casos de arrematação,
adjudicação e desapropriação de bens imóveis e móveis de qualquer valor, bem
como nas ações de usucapião de bens móveis ou imóveis.

Seção IV
DA VALIDADE E ACEITAÇÃO

Art. 541. O prazo de validade da CND ou da CPD-EN é de noventa dias,


contados da data de sua emissão.
Art. 542. A prova de inexistência de débito perante a Previdência Social
será fornecida por certidão emitida por sistema informatizado do INSS, cuja va-
lidade independerá de assinatura manual ou de aposição de carimbos, ficando
o responsável pela sua aceitação condicionado à verificação da autenticidade
do documento na rede de comunicação da Internet, no endereço www.previden-
ciasocial.gov.br, ou junto a qualquer APS, mediante solicitação do interessado.

Seção V
DO PEDIDO, DO PROCESSAMENTO E DA EMISSÃO DO RELATÓRIO
DE RESTRIÇÕES

Art. 543. As certidões previstas neste Capítulo poderão ser solicitadas


por qualquer pessoa:
I – em qualquer APS;
NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS 63

II – pela Internet, no endereço http://www.previdenciasocial.gov.br/, ou


pelos quiosques de auto-atendimento da Previdência Social (PREVFACIL), inde-
pendentemente de senha, observado o disposto no § 1o do art. 549.
Parágrafo único. O solicitante deverá fornecer o número de inscrição no
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), ou no Cadastro Específico do INSS
(CEI) ou o Número de Inscrição do Trabalhador, no caso de contribuintes indivi-
duais, e especificar a finalidade da certidão que requer nos termos do art. 548.
Art. 544. Após a solicitação da certidão, o sistema informatizado do INSS
verificará, mediante consulta aos dados de todos os estabelecimentos e obras
de construção civil da empresa, se:
I – houve a entrega da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP);
II – há divergência entre os valores declarados na GFIP e os efetivamente
recolhidos;
III – há débitos que impeçam a emissão da CND ou da CPD-EN.
§ 1o As obras de construção civil encerradas, com CND ou com CPD-EN
emitidas, não serão impeditivas à liberação da CND ou da CPD-EN para o esta-
belecimento a que estiverem vinculadas.
§ 2o A Diretoria da Receita Previdenciária poderá estabelecer critérios
para a apuração eletrônica de diferenças entre o valor declarado em GFIP e o
efetivamente recolhido em documento de arrecadação, para fins de emissão das
certidões previstas neste Capítulo.
§ 3o Não constando restrições, a certidão será expedida eletronicamente
pelo Sistema Informatizado do INSS, podendo o solicitante imprimi-la via Inter-
net, independentemente de senha, ou requisitá-la em qualquer APS.
Art. 545. Constando restrições, em decorrência da verificação de que tra-
ta o art. 544, o Relatório de Restrições será:
I – obtido através da rede de comunicação da Internet, mediante senha de
auto-atendimento;
II – entregue em qualquer APS ao representante legal da empresa, ao res-
ponsável pela obra de construção civil ou à pessoa expressamente autorizada.

Seção VI
DA ANÁLISE E DA REGULARIZAÇÃO DAS PENDÊNCIAS DO
RELATÓRIO DE RESTRIÇÕES

Art. 546. O Relatório de Restrições indica os motivos da não-emissão


imediata da certidão requerida.
§ 1o As restrições serão liberadas mediante apresentação da documenta-
ção probatória da situação regular da empresa, em qualquer das APS da Gerên-
cia-Executiva circunscricionante do sujeito passivo.
64 NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS

§ 2o As restrições deverão ser regularizadas no prazo máximo de trinta


dias do processamento do pedido de certidão, após o qual este será automatica-
mente indeferido pelo sistema informatizado do INSS.
§ 3o Havendo restrições em decorrência de crédito inscrito em dívida ati-
va, deverá ser efetuada consulta prévia à Procuradoria Federal Especializada
junto ao INSS, quanto à situação deste crédito e quanto à existência ou não de
impedimento à liberação da certidão.
§ 4o A documentação apresentada para liberação de restrições, bem
como a procuração ou autorização à pessoa prevista no inciso II do art. 545, se-
rão devolvidas ao sujeito passivo, após registro das ocorrências no sistema in-
formatizado do INSS.
Art. 547. A análise de restrições que exigir exame de escrituração contá-
bil deverá, obrigatoriamente, ser feita por Auditor-Fiscal da Previdência Social
(AFPS).

Seção VII
DA EMISSÃO DA CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO (CND) E DA
EMISSÃO DA CERTIDÃO POSITIVA DE DÉBITO COM EFEITOS
DE NEGATIVA (CPD-EN)

Art. 548. A CND será expedida para as seguintes finalidades:


I – averbação de obra de construção civil no Registro de Imóveis;
II – registro ou arquivamento, em órgão próprio, de ato relativo à redução
de capital social, transferência de controle de quotas de sociedades de respon-
sabilidade limitada e à cisão parcial ou transformação de entidade ou de socie-
dade comercial ou civil;
III – registro ou arquivamento, em órgão próprio, de ato relativo à baixa
de firma individual, à cisão total ou extinção de entidade ou de sociedade co-
mercial ou civil;
IV – quaisquer outras finalidades, exceto as previstas nos incisos I, II e III.
§ 1o Poderá ser emitida CPD-EN para as finalidades de que tratam os in-
cisos I, II e IV do caput.
§ 2o Não será expedida CND ou CPD-EN para baixa de estabelecimento
filial.
Art. 549. A emissão de certidão para as finalidades previstas no inciso III
do art. 548, dependerá de prévia verificação da regularidade do sujeito passivo
no sistema de baixa de empresas, disponível na Internet, no endereço
http://www.previdenciasocial.gov.br/.
§ 1o Será indispensável senha para a utilização do sistema de baixa de
empresas via Internet.
NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS 65

§ 2o Se a verificação eletrônica apontar restrições, deverá o sujeito passi-


vo comparecer a qualquer APS da Gerência-Executiva circunscricionante do es-
tabelecimento centralizador com vistas à sua regularização, observado o dispos-
to no art. 547.
§ 3o Não poderá ser utilizado o sistema de baixa de empresas via Inter-
net, quando o sujeito passivo:
I – estiver enquadrado nos códigos FPAS 531, 582, 620, 639, 647, 655,
663, 671, 680, 698, 701, 710, 728, 744, 760, 779, 795, 809, 817, 868, em ra-
zão da atividade da empresa conforme definido no Anexo II;
· Ver anexo no Capítulo 7 do Manual prático da previdência social (livro impres-
so), item 4.1

II – estiver sob procedimento fiscal;


III – possuir média de vínculos empregatícios superior a dez, consideran-
do-se, para o período deste cálculo, as competências não-atingidas pela deca-
dência;
IV – tiver marca de expurgo do CNPJ ou do CEI;
V – tiver contra si processo de falência, ou de concordata, ou quando esti-
ver em processo de liquidação judicial ou extrajudicial;
VI – tiver estabelecimento filial ou obra de construção civil com situação
irregular perante o INSS.
§ 4o Nas situações do § 3o deste artigo, a expedição de certidão para a fi-
nalidade prevista no inciso III do art. 548, dependerá de fiscalização prévia co-
mandada pela Gerência-Executiva da circunscrição do estabelecimento centrali-
zador.
§ 5o O sujeito passivo poderá incluir ou alterar dados cadastrais da em-
presa, à exceção da denominação social, do endereço, da identificação dos
co-responsáveis, da data de início de atividade e de sua situação, quando utili-
zar o sistema de baixa de empresa via Internet.
Art. 550. A Certidão Positiva de Débito com Efeitos de Negativa
(CPD-EN) será expedida quando houver débito em nome do sujeito passivo:
I – no âmbito do processo administrativo-fiscal:
a) e for solicitada dentro do prazo regulamentar de defesa, ou, findo este
prazo, se o débito estiver pendente de decisão administrativa em face de apre-
sentação de defesa tempestiva;
b) e for solicitada dentro do prazo regulamentar para apresentação de
recurso ou se o débito estiver pendente de julgamento por interposição de re-
curso tempestivo contra decisão proferida em decorrência de defesa, observado
o disposto no § 2o deste artigo;
III – garantido por depósito integral, atualizado em moeda corrente;
IV – em relação ao qual tenha sido efetivada a penhora suficiente garanti-
dora do débito em curso de execução fiscal;
66 NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS

V – regularmente parcelado, desde que o sujeito passivo esteja adimplente


com o pagamento das parcelas;
VI – com exigibilidade suspensa por determinação judicial;
VII – ajuizado e com embargos opostos, quando o sujeito passivo for órgão
da administração direta da União, dos estados, do Distrito Federal, dos municí-
pios ou for autarquia ou fundação de direito público dessas entidades estatais.
§ 1o No caso de defesa ou de recurso parcial, a parte do débito não con-
testada deverá estar quitada, parcelada ou garantida por depósito, na forma do
art. 260 do RPS.
§ 2o Tratando-se de recurso administrativo interposto por pessoa jurídica
de direito privado, ou por sócio desta, considera-se regularmente interposto o
recurso quando instruído com a prova do depósito administrativo no valor de
trinta por cento da exigência fiscal definida na decisão administrativa recorrida,
dentro do prazo recursal.
Art. 551. A entrega da CND ou da CPD-EN, expedida por APS, independe
de apresentação de procuração emitida pelo sujeito passivo.
Art. 552. A certidão emitida para empresa, cujo identificador seja o
CNPJ, será válida para todos os seus estabelecimentos, matriz e filiais, exceto
para as obras de construção civil, e será expedida exclusivamente com a identi-
ficação do CNPJ da matriz.
Art. 553. A CND ou a CPD-EN será emitida no prazo previsto no art. 582.

Seção VIII
DA CERTIDÃO POSITIVA DE DÉBITO (CPD)

Art. 554. Será expedida Certidão Positiva de Débito (CPD), mediante so-
licitação do sujeito passivo, se constatadas as situações impeditivas à emissão
de CND ou de CPD-EN e não regularizadas no prazo previsto no § 2o do art. 546.
Art. 555. A CPD será emitida em uma única via e será identificada com o
número do pedido a que corresponder, sendo ela entregue ao representante le-
gal da empresa ou à pessoa por ele autorizada.
Parágrafo único. A CPD será emitida por qualquer APS da circunscrição
da Gerência-Executiva do estabelecimento centralizador da empresa.

Seção IX
DA CND E DA CPD-EN PARA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL

Art. 556. A CND ou a CPD-EN, cuja finalidade seja averbação de edifica-


ção no Registro de Imóveis, será expedida após a regularização da obra na for-
ma prevista no Capítulo VI do Título V, nela constando a área e a descrição da
edificação.
NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS 67

Art. 557. A CND ou a CPD-EN, quando solicitada para matrícula CEI de


obra de construção civil não passível de averbação no Registro de Imóveis, será
expedida para quaisquer finalidades, conforme inciso IV do art. 548.
Art. 558. Para a expedição da CND ou da CPD-EN de obra de construção
civil de responsabilidade de pessoa jurídica ficam dispensadas a verificação da
situação de regularidade de todos os estabelecimentos da requerente e a verifi-
cação da situação de regularidade de outras obras a ela vinculadas.
Art. 559. Transcorrido o prazo de validade da CND ou da CPD-EN emiti-
das com finalidade de regularização de obra de construção civil, caso seja apre-
sentado novo pedido, a nova certidão será expedida com base no documento
anterior, dispensando-se a repetição do procedimento previsto para regulariza-
ção da referida obra.

Seção X
DA EXPEDIÇÃO DE CERTIDÃO POR FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL

Art. 560. No caso de decisão judicial, em favor do sujeito passivo, que


determine a expedição de CND ou de CPD-EN, o INSS dará imediato cumpri-
mento à determinação judicial, expedindo a CND ou a CPD-EN, para a finalida-
de referida na decisão.
§ 1o A CND ou a CPD-EN expedida por força de decisão judicial será emi-
tida pela APS ou pelo Serviço ou Seção de Orientação da Arrecadação (ORAR)
da Gerência-Executiva circunscricionante do estabelecimento centralizador da
empresa.
§ 2o Na CPD-EN liberada mediante decisão judicial serão informados to-
dos os débitos do sujeito passivo, estando os mesmos com exigibilidade suspen-
sa ou não.
§ 3o A emissão de nova certidão, por força da mesma decisão judicial, fi-
cará condicionada à consulta e orientação prévia da Procuradoria Federal Espe-
cializada junto ao INSS.
Art. 561. Após a expedição da CND ou da CPD-EN, na forma do art. 560,
a APS ou a ORAR deverá comunicar o fato à Procuradoria Federal Especializa-
da junto ao INSS, no prazo de vinte e quatro horas, encaminhando cópias da
certidão e da decisão judicial e prestando informação sobre a situação dos débi-
tos existentes.
Art. 562. Se a decisão judicial for proveniente de mandado de segurança
preventivo, em que não houve a emissão da CPD, a APS ou a ORAR deverá en-
caminhar à Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS, além dos docu-
mentos referidos no art. 560, o relatório sucinto da situação da empresa.
Art. 563. Cassada ou reformada a decisão judicial que determinou a emis-
são da certidão, esta será cancelada no sistema informatizado do INSS, a partir
da data da referida decisão.
68 NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS

Seção XI
DA CPD-EN PARA EMPRESA OPTANTE PELO REFIS

Art. 564. Será emitida a CPD-EN para empresa optante pelo Programa de
Recuperação Fiscal (REFIS) que estiver com sua situação regular perante esse
programa e atendido ao disposto nos incisos I, II e III do art. 544.
Art. 565. Para os fins do art. 564, deverá ser apresentado número da
conta REFIS para a verificação da regularidade da empresa no programa, via
Internet, no endereço www.receita.fazenda.gov.br.

Seção XII
DA INTERVENIÊNCIA

Art. 566. O INSS poderá intervir em instrumento que dependa de prova


de inexistência de débito, desde que fique assegurada a regularização do débito
impeditivo, na forma do art. 567.
Parágrafo único. Não será emitida qualquer certidão para fins de interve-
niência.
Art. 567. A interveniência será aceita, desde que:
I – o débito seja totalmente pago, no ato;
II – haja vinculação das parcelas do preço do bem ou dos serviços a se-
rem negociados a prazo às parcelas do saldo do débito, observado o disposto
no art. 568;
III – o débito seja amortizado até o valor do crédito liberado, inclusive o
crédito decorrente de incentivos fiscais.
Art. 568. Na hipótese prevista no inciso II do art. 567, o débito remanes-
cente, salvo o de retenção prevista no art. 149, será formalizado por parcela-
mento.
Art. 569. Havendo a participação de instituição financeira, para a inter-
veniência o sujeito passivo deverá comprovar que autorizou a instituição finan-
ceira e que esta recebeu, em caráter irrevogável, a autorização para debitar na
conta corrente do sujeito passivo o valor total das contribuições devidas à Previ-
dência Social e a outras entidades e fundos, com a discriminação do número do
débito, das competências a recolher e dos respectivos valores.
Parágrafo único. As informações necessárias para o débito em conta cor-
rente do sujeito passivo e para o respectivo recolhimento das contribuições de-
vidas, por meio de documento de arrecadação previdenciária, serão prestadas à
instituição financeira interveniente, quando for o caso, pela Divisão ou pelo
Serviço de Receita Previdenciária da Gerência-Executiva circunscricionante do
estabelecimento centralizador do sujeito passivo.
Art. 570. Tratando-se de alienação de bem, cujo valor obtido com a tran-
sação seja igual ou superior ao valor do débito, o INSS poderá autorizar a la-
vratura do respectivo instrumento, desde que fique assegurado, no próprio ins-
NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS 69

trumento lavrado, que o valor total obtido com a transação, ou o que for
necessário, com preferência a qualquer outra destinação, seja utilizado para
amortização do débito.
Art. 571. Nos casos em que a interveniência seja efetuada para alienação
de bem do ativo das empresas em regime de liquidação extrajudicial, visando à
obtenção de recursos necessários ao pagamento dos credores, o INSS poderá
autorizar a lavratura do respectivo instrumento, independentemente da regula-
rização do débito impeditivo na forma do art. 567, desde que o valor do débito
conste regularmente do quadro geral dos credores, observada a ordem de pre-
ferência legal, ressalvado o direito da Procuradoria Federal Especializada junto
ao INSS verificar a totalidade dos débitos e o de promover as impugnações ou
as habilitações retardatárias, se necessárias.
Art. 572. A interveniência será efetivada pela Chefia da Divisão ou do
Serviço de Receita Previdenciária da Gerência-Executiva do estabelecimento
centralizador da empresa, com anuência da Procuradoria Federal Especializada
junto ao INSS.
Parágrafo único. A Chefia da Divisão ou do Serviço de Receita Previden-
ciária da Gerência-Executiva poderá autorizar a chefia da APS do estabeleci-
mento centralizador da empresa a efetivar a interveniência, sempre com a
anuência da Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS.

Seção XIII
DO CANCELAMENTO DE CND OU DE CPD-EN

Art. 573. A CND ou a CPD-EN será cancelada a partir da data:


I – da decisão judicial que cassou a determinação de sua expedição;
II – do conhecimento do fato, na hipótese da APS ter efetivado liberação
indevida no sistema;
III – do conhecimento do fato, na hipótese de ter havido erro cadastral
quando da liberação no sistema.
Parágrafo único. Do cancelamento, nas situações previstas nos incisos I e
II do caput, deverá ser dada publicidade mediante portaria publicada no Diário
Oficial da União.

Seção XIV
DA DECLARAÇÃO DE REGULARIDADE DE SITUAÇÃO DO
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL (DRS-CI)

Art. 574. A Declaração de Regularidade de Situação do Contribuinte In-


dividual (DRS-CI) é o documento que comprova a regularidade de inscrição e
de recolhimento das contribuições do segurado contribuinte individual na Pre-
vidência Social.
70 NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS

§ 1o Será considerado regular perante a Previdência Social, para fins de


emissão da DRS-CI, o segurado contribuinte individual inscrito na Previdência
Social, que esteja com seus dados cadastrais atualizados e conste no sistema in-
formatizado do INSS:
I – registro de recolhimento ou remuneração de, no mínimo, oito compe-
tências nos últimos doze meses, se inscrito há doze meses ou mais;
II – registro de recolhimento ou remuneração de, no mínimo, dois terços
das competências do período, arredondando-se, para maior, a fração igual ou
superior a cinco décimos, desprezando-se a inferior, se inscrito há menos de
doze meses;
III – informação de inexistência de recolhimento, se inscrito recentemente,
mas desde que não vencido o prazo para recolhimento de sua primeira contri-
buição;
IV – informação de exercício concomitante de atividade como segurado
empregado e que, nesta condição, receba remuneração igual ou superior ao li-
mite máximo do salário-de-contribuição há pelo menos oito competências nos
últimos doze meses.
§ 2o Para os fins previstos nos incisos I e II do § 1o, consideram-se regula-
res as contribuições incluídas em parcelamento cujas parcelas vencidas estejam
quitadas.
Art. 575. A DRS-CI será obtida pelo contribuinte, ou pelo órgão ou insti-
tuição interessados, por meio da Internet no endereço www.previdenciasocial.
gov.br ou em qualquer APS.
Art. 576. A DRS-CI será emitida por meio eletrônico, numerada automa-
ticamente e terá validade de noventa dias, contados da data de sua emissão.
Parágrafo único. A autenticidade e a validade da DRS-CI são confirma-
das em consulta à Internet, ou à APS mediante solicitação escrita do interessa-
do.
Art. 577. Ocorrendo a hipótese do cadastro do segurado contribuinte in-
dividual apresentar falha de identificação cadastral ou não se enquadrar nas re-
gras do § 1o do art. 574, a DRS-CI não será emitida por meio da Internet, de-
vendo o segurado dirigir-se a uma APS se pretender a regularização.
§ 1o Entende-se por falha de identificação cadastral do segurado contri-
buinte individual, a ausência do nome, ou do endereço, ou da data de nasci-
mento ou, ainda, de documento de identificação.
§ 2o O segurado contribuinte individual sujeito ao desconto em sua re-
muneração, previsto no inciso III do art. 99, e que não se enquadrar nas regras
do § 1o do art. 574, deverá comprovar o respectivo desconto, com a apresenta-
ção dos comprovantes de pagamento fornecidos pelas pessoas jurídicas às quais
prestou serviços a partir de 1o de abril de 2003, em, pelo menos, oito compe-
tências no período dos últimos doze meses.
§ 3o O segurado contribuinte individual que exerça concomitantemente
atividade como segurado empregado e, na atividade de contribuinte individual
NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS 71

não constar registro de remuneração, deverá comprovar que recebe remunera-


ção igual ou acima do limite máximo do salário-de-contribuição como segurado
empregado, em, pelo menos, oito competências nos últimos doze meses.
§ 4o Regularizada a pendência, conforme o caso, com a comprovação de
recolhimento de contribuições em número de competências igual ou superior
ao mínimo exigido ou mediante a regularização dos dados cadastrais do segu-
rado contribuinte individual, a DRS-CI será liberada em qualquer APS ou emiti-
da por meio da Internet.
Art. 578. A DRS-CI, não constitui prova de quitação de contribuição so-
cial previdenciária.

Seção XV
DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Art. 579. Fica dispensada a guarda da certidão cuja autenticidade tenha


sido confirmada, via Internet ou mediante ofício do INSS, bastando que constem
o número e a data de emissão da certidão no instrumento público ou privado.
Art. 580. O pedido de certidão efetuado com erro de finalidade ou de da-
dos cadastrais será indeferido.
Art. 581. Para efeito deste Capítulo, considera-se instituição financeira a
pessoa jurídica pública, ou privada, que tenha como atividade principal ou
acessória a intermediação ou a aplicação de recursos financeiros próprios ou de
terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, autorizada pelo Banco Central do
Brasil, ou por decreto do Poder Executivo, a funcionar no território nacional.
Art. 582. A CND ou a CPD-EN será sempre expedida nos termos em que
tenha sido requerida e, por disposição expressa no parágrafo único do art. 205
da Lei no 5.172, de 1966 (CTN), será fornecida dentro de dez dias da data da
entrada do pedido.
Parágrafo único. Havendo restrições para a emissão da certidão requeri-
da, o prazo de dez dias será contado a partir da data da regularização dos fatos
impeditivos apontados no relatório de restrições, de que trata o art. 545.

Capítulo IV
DA DECADÊNCIA E DA PRESCRIÇÃO

Seção I
DA DECADÊNCIA

Art. 583. O direito da Previdência Social apurar e constituir seus créditos


extingue-se após dez anos, contados:
72 NORMAS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES AO INSS

I – do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o crédito poderia


ter sido constituído;
II – da data em que se tornar definitiva a decisão que anulou, por vício for-
mal, a constituição de crédito anteriormente efetuado.
§ 1o O prazo decadencial a ser aplicado é aquele vigente à época do lan-
çamento.
§ 2o O prazo decadencial das contribuições devidas a outras entidades e
fundos é de dez anos, exceto para fatos geradores ocorridos até 18 de junho de
1995, cujo prazo decadencial é de cinco anos.
Art. 584. Na hipótese de ocorrência de dolo, fraude ou simulação, o INSS
pode, a qualquer tempo, apurar e constituir os créditos da Previdência Social.

Seção II
DA PRESCRIÇÃO

Art. 585. A ação para cobrança do crédito tributário prescreve em dez


anos, contados da data da sua constituição definitiva.
§ 1o A prescrição se interrompe:
I – pela citação pessoal feita ao devedor;
II – pelo protesto judicial;
III – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV – por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe re-
conhecimento de débito pelo devedor.
§ 2o A inscrição do débito como dívida ativa, pelo órgão competente,
suspenderá a fluência do prazo prescricional, para todos os efeitos de direito,
por cento e oitenta dias ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer
antes de findo aquele prazo.
§ 3o O despacho do juiz que ordenar a citação do executado interrompe
a fluência do prazo prescricional.

Subseção Única
Da Prescrição Aplicável à Restituição ou à Compensação

Art. 586. O direito de pleitear a restituição ou de realizar a compensação


de contribuições ou de outras importâncias extingue-se em cinco anos, conta-
dos da data:
I – do pagamento ou do recolhimento indevido;
II – em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em jul-
gado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido
a decisão condenatória.
Relação de Atividades
Preponderantes e
Correspondentes Graus de Risco

“REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL


ANEXO V

RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE


RISCO (CONFORME A CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS)
GRAU 1, CORRESPONDE AO RISCO LEVE – ALÍQUOTA 1,00%
GRAU 2, CORRESPONDE AO RISCO MÉDIO – ALÍQUOTA 2,00%
GRAU 3, CORRESPONDE AO RISCO GRAVE – ALÍQUOTA 3,00%

A – AGRICULTURA, PECUÁRIA, SILVICULTURA E EXPLORA-


ÇÃO FLORESTAL

01 AGRICULTURA, PECUÁRIA E SERVIÇOS RELACIONADOS COM


ESSAS ATIVIDADES
GRAUS DE
RISCO
01.1 PRODUÇÃO DE LAVOURAS TEMPORÁRIAS
01.11-2 Cultivo de cereais 3
01.12-0 Cultivo de algodão herbáceo 3
01.13-9 Cultivo de cana-de-açúcar 3
01.14-7 Cultivo de fumo 3
01.15-5 Cultivo de soja 3
01.19-8 Cultivo de outros produtos temporários 3
01.2 HORTICULTURA E PRODUTOS DE VIVEIRO
01.21-0 Cultivo de hortaliças, legumes e especiarias hortí-
colas 3
01.22-8 Cultivo de flores e plantas ornamentais 3
01.3 PRODUÇÃO DE LAVOURAS PERMANENTES
01.31-7 Cultivo de frutas cítricas 3
01.32-5 Cultivo de café 3
01.33-3 Cultivo de cacau 3
01.34-1 Cultivo de uva 3
74 RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO

01.39-2 Cultivo de outras frutas, frutos secos, plantas para


preparo de bebidas e para produção de condimen-
tos 3
01.4 PECUÁRIA
01.41-4 Criação de bovinos 3
01.42-2 Criação de outros animais de grande porte 3
01.43-0 Criação de ovinos 3
01.44-9 Criação de suínos 3
01.45-7 Criação de aves 3
01.46-5 Criação de outros animais 3
01.5 PRODUÇÃO MISTA: LAVOURA E PECUÁRIA
01.50-3 Produção mista: lavoura e pecuária 3
01.6 ATIVIDADES DE SERVIÇOS RELACIONADOS COM A
AGRICULTURA E PECUÁRIA, EXCETO ATIVIDADES VE-
TERINÁRIAS
01.61-9 Atividades de serviços relacionados com a agricul-
tura 3
01.62-7 Atividades de serviços relacionados com a pecuá-
ria, exceto atividades veterinárias 3

02 SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E SERVIÇOS RELA-


CIONADOS COM ESTAS ATIVIDADES
02.1 SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E SERVIÇOS
RELACIONADOS COM ESTAS ATIVIDADES
02.11-9 Silvicultura 3
02.12-7 Exploração florestal 3
02.13-5 Atividades dos serviços relacionados com a silvi-
cultura e a exploração florestal 3

B – PESCA

05 PESCA, AQÜICULTURA E ATIVIDADES DOS SERVIÇOS RELA-


CIONADOS COM ESTAS ATIVIDADES
05.1 PESCA, AQÜICULTURA E ATIVIDADES DOS SERVIÇOS
RELACIONADOS COM ESTAS ATIVIDADES
05.11-8 Pesca 3
05.12-6 Aqüicultura 3

C – INDÚSTRIAS EXTRATIVAS

10 EXTRAÇÃO DE CARVÃO MINERAL


10.0 EXTRAÇÃO DE CARVÃO MINERAL
10.00-6 Extração de carvão mineral 3
RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO 75

11 EXTRAÇÃO DE PETRÓLEO E SERVIÇOS CORRELATOS


11.1 EXTRAÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL
11.10-0 Extração de petróleo e gás natural 3
11.2 SERVIÇOS RELACIONADOS COM A EXTRAÇÃO DE PE-
TRÓLEO E GÁS, EXCETO A PROSPECÇÃO REALIZADA
POR TERCEIROS
11.20-7 Serviços relacionados com a extração de petróleo
e gás, exceto a prospecção realizada por terceiros 3

13 EXTRAÇÃO DE MINERAIS METÁLICOS


13.1 EXTRAÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO
13.10-2 Extração de minério de ferro 3
13.2 EXTRAÇÃO DE MINERAIS METÁLICOS NÃO FERROSOS
13.21-8 Extração de minério de alumínio 3
13.22-6 Extração de minério de estanho 3
13.23-4 Extração de minério de manganês 3
13.24-2 Extração de minério de metais preciosos 3
13.25-0 Extração de minerais radioativos 3
13.29-3 Extração de outros minerais metálicos não ferro-
sos 3

14 EXTRAÇÃO DE MINERAIS NÃO METÁLICOS


14.1 EXTRAÇÃO DE PEDRA, AREIA E ARGILA
14.10-9 Extração de pedra, areia e argila 3
14.2 EXTRAÇÃO DE OUTROS MINERAIS NÃO METÁLICOS
14.21-4 Extração de minerais para fabricação de adubos,
fertilizantes e produtos químicos 3
14.22-2 Extração e refino de sal marinho e sal-gema 3
14.29-0 Extração de outros minerais não metálicos 3

D – INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO

15 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS E BEBIDAS


15.1 ABATE E PREPARAÇÃO DE PRODUTOS DE CARNE E DE
PESCADO
15.11-3 Abate de reses, preparação de produtos de carne 3
15.12-1 Abate de aves e outros pequenos animais e prepa-
ração de produtos de carne 3
15.13-0 Preparação de carne, banha e produtos de salsi-
charia não associados ao abate 3
76 RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO

15.14-8 Preparação e preservação do pescado e fabricação


de conservas de peixes, crustáceos e moluscos 3
15.2 PROCESSAMENTO, PRESERVAÇÃO E PRODUÇÃO DE
CONSERVAS DE FRUTAS, LEGUMES E OUTROS VEGE-
TAIS
15.21-0 Processamento, preservação e produção de con-
servas de frutas 3
15.22-9 Processamento, preservação e produção de con-
servas de legumes e outros vegetais 3
15.23-7 Produção de sucos de frutas e de legumes 3
15.3 PRODUÇÃO DE ÓLEOS E GORDURAS VEGETAIS E ANI-
MAIS
15.31-8 Produção de óleos vegetais em bruto 3
15.32-6 Refino de óleos vegetais 3
15.33-4 Preparação de margarina e outras gorduras vege-
tais e de óleos de origem animal não comestíveis 3
15.4 LATICÍNIOS
15.41-5 Preparação do leite 3
15.42-3 Fabricação de produtos do laticínio 3
15.43-1 Fabricação de sorvetes 3
15.5 MOAGEM, FABRICAÇÃO DE PRODUTOS AMILÁCEOS E
DE RAÇÕES BALANCEADAS PARA ANIMAIS
15.51-2 Beneficiamento de arroz e fabricação de produtos
do arroz 3
15.52-0 Moagem de trigo e fabricação de derivados 3
15.53-9 Fabricação de farinha de mandioca e derivados 3
15.54-7 Fabricação de fubá e farinha de milho 3
15.55-5 Fabricação de amidos e féculas de vegetais e fa-
bricação de óleos de milho 3
15.56-3 Fabricação de rações balanceadas para animais 3
15.59-8 Beneficiamento, moagem e preparação de outros
alimentos de origem vegetal 3
15.6 FABRICAÇÃO E REFINO DE AÇÚCAR
15.61-0 Usinas de açúcar 3
15.62-8 Refino e moagem de açúcar 3
15.7 TORREFAÇÃO E MOAGEM DE CAFÉ
15.71-7 Torrefação e moagem de café 3
15.72-5 Fabricação de café solúvel 3
15.8 FABRICAÇÃO DE OUTROS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS
15.81-4 Fabricação de produtos de padaria, confeitaria e
pastelaria 3
RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO 77

15.82-2 Fabricação de biscoitos e bolachas 3


15.83-0 Produção de derivados do cacau e elaboração de
chocolates, balas e gomas de mascar 3
15.84-9 Fabricação de massas alimentícias 3
15.85-7 Preparação de especiarias, molhos, temperos e
condimentos 3
15.86-5 Preparação de produtos dietéticos, alimentos para
crianças e outros alimentos conservados 3
15.89.0 Fabricação de outros produtos alimentícios 3
15.9 FABRICAÇÃO DE BEBIDAS
15.91-1 Fabricação, retificação, homogeneização e mistu-
ra de aguardentes e outras bebidas destiladas 3
15.92-0 Fabricação de vinho 3
15.93-8 Fabricação de malte, cervejas e chopes 3
15.94-6 Engarrafamento e gaseificação de águas minerais 3
15.95-4 Fabricação de refrigerantes e refrescos 3

16 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DO FUMO


16.0 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DO FUMO
16.00-4 Fabricação de produtos do fumo 3

17 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS TÊXTEIS


17.1 BENEFICIAMENTO DE FIBRAS TÊXTEIS NATURAIS
17.11-6 Beneficiamento de algodão 3
17.19-1 Beneficiamento de outras fibras têxteis naturais 3
17.2 FIAÇÃO
17.21-6 Fiação de algodão 2
17.22-1 Fiação de outras fibras têxteis naturais 2
17.23-0 Fiação de fibras artificiais ou sintéticas 2
17.24-8 Fabricação de linhas e fios para coser e bordar 2
17.3 TECELAGEM – INCLUSIVE FIAÇÃO E TECELAGEM
17.31-0 Tecelagem de algodão 2
17.32-9 Tecelagem de fios de fibras têxteis naturais 2
17.33-7 Tecelagem de fios e filamentos contínuos artificiais
ou sintéticos 2
17.4 FABRICAÇÃO DE ARTEFATOS TÊXTEIS INCLUINDO TE-
CELAGEM
17.41-8 Fabricação de artigos de tecido de uso doméstico
incluindo tecelagem 2
17.49-3 Fabricação de outros artefatos têxteis incluindo
tecelagem 2
78 RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO

17.5 SERVIÇOS DE ACABAMENTO EM FIOS, TECIDOS E ARTI-


GOS TÊXTEIS
17.50-7 Serviços de acabamento em fios, tecidos e artigos
têxteis produzidos por terceiros 2
17.6 FABRICAÇÃO DE ARTEFATOS TÊXTEIS A PARTIR DE
TECIDOS – EXCLUSIVE VESTUÁRIO – E DE OUTROS AR-
TIGOS TÊXTEIS
17.61-2 Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos 2
17.62-0 Fabricação de artefatos de tapeçaria 2
17.63-9 Fabricação de artefatos de cordoaria 2
17.64-7 Fabricação de tecidos especiais – inclusive artefa-
tos 2
17.69-8 Fabricação de outros artigos têxteis – exclusive
vestuário 2
17.7 FABRICAÇÃO DE TECIDOS E ARTIGOS DE MALHA
17.71-0 Fabricação de tecidos de malha 2
17.72-8 Fabricação de meias 2
17.79-5 Fabricação de outros artigos do vestuário produ-
zidos em malharias (tricotagens) 2

18 CONFECÇÃO DE ARTIGOS DO VESTUÁRIO E ACESSÓRIOS


18.1 CONFECÇÃO DE ARTIGOS DO VESTUÁRIO
18.11-2 Confecção de peças interiores do vestuário 2
18.12-0 Confecção de outras peças do vestuário 2
18.13-9 Confecção de roupas profissionais 2
18.2 FABRICAÇÃO DE ACESSÓRIOS DO VESTUÁRIO E DE SE-
GURANÇA PROFISSIONAL
18.21-0 Fabricação de acessórios do vestuário 2
18.22-8 Fabricação de acessórios para segurança indus-
trial e pessoal 3

19 PREPARAÇÃO DE COUROS E FABRICAÇÃO DE ARTEFATOS DE


COURO, ARTIGOS DE VIAGEM E CALÇADOS
19.1 CURTIMENTO E OUTRAS PREPARAÇÕES DE COURO
19.10-0 Curtimento e outras preparações de couro 3
19.2 FABRICAÇÃO DE ARTIGOS PARA VIAGEM E DE ARTEFA-
TOS DIVERSOS DE COURO
19.21-6 Fabricação de malas, bolsas, valises e outros arte-
fatos para viagem, de qualquer material 2
19.29-1 Fabricação de outros artefatos de couro 2
19.3 FABRICAÇÃO DE CALÇADOS
19.31-3 Fabricação de calçados de couro 2
RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO 79

19.32-1 Fabricação de tênis de qualquer material 2


19.33-0 Fabricação de calçados de plástico 2
19.39-9 Fabricação de calçados de outros materiais 2

20 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE MADEIRA


20.1 DESDOBRAMENTO DE MADEIRA
20.10-9 Desdobramento de madeira 3
20.2 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE MADEIRA, CORTIÇA E
MATERIAL TRANÇADO – EXCLUSIVE MÓVEIS
20.21-4 Fabricação de madeira laminada e de chapas de
madeira compensada, prensada ou aglomerada 3
20.22-2 Fabricação de esquadrias de madeira, de casas de
madeira pré-fabricadas, de estruturas de madeira
e artigos de carpintaria 3
20.23-0 Fabricação de artefatos de tanoaria e embalagens
de madeira 3
20.29-0 Fabricação de artefatos diversos de madeira, pa-
lha, cortiça e material trançado – exclusive móveis 3

21 FABRICAÇÃO DE CELULOSE, PAPEL E PRODUTOS DE PAPEL


21.1 FABRICAÇÃO DE CELULOSE E OUTRAS PASTAS PARA A
FABRICAÇÃO DE PAPEL
21.10-5 Fabricação de celulose e outras pastas para a fa-
bricação de papel 3
21.2 FABRICAÇÃO DE PAPEL, PAPELÃO LISO, CARTOLINA E
CARTÃO
21.21-0 Fabricação de papel 3
21.22-9 Fabricação de papelão liso, cartolina e cartão 3
21.3 FABRICAÇÃO DE EMBALAGENS DE PAPEL OU PAPELÃO
21.31-8 Fabricação de embalagens de papel 3
21.32-6 Fabricação de embalagens de papelão – inclusive
a fabricação de papelão corrugado 3
21.4 FABRICAÇÃO DE ARTEFATOS DIVERSOS DE PAPEL,
PAPELÃO, CARTOLINA E CARTÃO
21.41-5 Fabricação de artefatos de papel, papelão, cartoli-
na e cartão para escritório 2
21.42-3 Fabricação de fitas e formulários contínuos – im-
pressos ou não 2
21.49-0 Fabricação de outros artefatos de pastas, papel,
papelão, cartolina e cartão 2
80 RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO

22 EDIÇÃO, IMPRESSÃO E REPRODUÇÃO DE GRAVAÇÕES


22.1 EDIÇÃO; EDIÇÃO E IMPRESSÃO
22.11-0 Edição; edição e impressão de jornais 2
22.12-8 Edição; edição e impressão de revistas 2
22.13-6 Edição; edição e impressão de livros 2
22.14-4 Edição de discos, fitas e outros materiais gravados 2
22.19-5 Edição; edição e impressão de outros produtos
gráficos 2
22.2 IMPRESSÃO E SERVIÇOS CONEXOS PARA TERCEIROS
22.21-7 Impressão de jornais, revistas e livros 2
22.22-5 Serviço de impressão de material escolar e de ma-
terial para usos industrial e comercial 2
22.29-2 Execução de outros serviços gráficos 2
22.3 REPRODUÇÃO DE MATERIAIS GRAVADOS
22.31-4 Reprodução de discos e fitas 2
22.32-2 Reprodução de fitas de vídeos 2
22.33-0 Reprodução de filmes 2
22.34-9 Reprodução de programas de informática em dis-
quetes e fitas 2

23 FABRICAÇÃO DE COQUE, REFINO DE PETRÓLEO, ELABORA-


ÇÃO DE COMBUSTÍVEIS NUCLEARES E PRODUÇÃO DE ÁLCOOL
23.1 COQUERIAS
23.10-8 Coquerias 3
23.2 REFINO DE PETRÓLEO
23.20-5 Refino de petróleo 3
23.3 ELABORAÇÃO DE COMBUSTÍVEIS NUCLEARES
23.30-2 Elaboração de combustíveis nucleares 3
23.4 PRODUÇÃO DE ÁLCOOL
23.40-0 Produção de álcool 3

24 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS


24.1 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS INORGÂNICOS
24.11-2 Fabricação de cloro e álcalis 3
24.12-0 Fabricação de intermediários para fertilizantes 3
24.13-9 Fabricação de fertilizantes fosfatados, nitrogena-
dos e potássicos 3
24.14-7 Fabricação de gases industriais 3
24.19-8 Fabricação de outros produtos inorgânicos 3
RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO 81

24.2 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS ORGÂNICOS


24.21-0 Fabricação de produtos petroquímicos básicos 3
24.22-8 Fabricação de intermediários para resinas e fibras 3
24.29-5 Fabricação de outros produtos químicos orgânicos 3
24.3 FABRICAÇÃO DE RESINAS E ELASTÔMEROS
24.31-7 Fabricação de resinas termoplásticas 3
24.32-5 Fabricação de resinas termofixas 3
24.33-3 Fabricação de elastômeros 3
24.4 FABRICAÇÃO DE FIBRAS, FIOS, CABOS E FILAMENTOS
CONTÍNUOS ARTIFICIAIS E SINTÉTICOS
24.41-4 Fabricação de fibras, fios, cabos e filamentos con-
tínuos artificiais 3
24.42-2 Fabricação de fibras, fios, cabos e filamentos con-
tínuos sintéticos 3
24.5 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS
24.51-1 Fabricação de produtos farmoquímicos 3
24.52-0 Fabricação de medicamentos para uso humano 2
24.53-8 Fabricação de medicamentos para uso veterinário 3
24.54-6 Fabricação de materiais para usos médicos, hospi-
talares e odontológicos 3
24.6 FABRICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
24.61-9 Fabricação de inseticidas 3
24.62-7 Fabricação de fungicidas 3
24.63-5 Fabricação de herbicidas 3
24.69-4 Fabricação de outros defensivos agrícolas 3
24.7 FABRICAÇÃO DE SABÕES, DETERGENTES, PRODUTOS
DE LIMPEZA E ARTIGOS DE PERFUMARIA
24.71-6 Fabricação de sabões, sabonetes e detergentes
sintéticos 3
24.72-4 Fabricação de produtos de limpeza e polimento 3
24.73-2 Fabricação de artigos de perfumaria e cosméticos 2
24.8 FABRICAÇÃO DE TINTAS, VERNIZES, ESMALTES, LACAS
E PRODUTOS AFINS
24.81-3 Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes e lacas 3
24.82-1 Fabricação de tintas de impressão 3
24.83-0 Fabricação de impermeabilizantes, solventes e
produtos afins 3
24.9 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS E PREPARADOS QUÍMICOS
DIVERSOS
24.91-0 Fabricação de adesivos e selantes 3
82 RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO

24.92-9 Fabricação de explosivos 3


24.93-7 Fabricação de catalisadores 3
24.94-5 Fabricação de aditivos de uso industrial 3
24.95-3 Fabricação de chapas, filmes, papéis e outros ma-
teriais e produtos químicos para fotografia 3
24.96-1 Fabricação de discos e fitas virgens 3
24.99-6 Fabricação de outros produtos químicos não espe-
cificados ou não classificados 3

25 FABRICAÇÃO DE ARTIGOS DE BORRACHA E PLÁSTICO


25.1 FABRICAÇÃO DE ARTIGOS DE BORRACHA
25.11-9 Fabricação de pneumáticos e de câmaras-de-ar 3
25.12-7 Recondicionamento de pneumáticos 3
25.19-4 Fabricação de artefatos diversos de borracha 3
25.2 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE PLÁSTICO
25.21-6 Fabricação de laminados planos e tubulares de
plástico 3
25.22-4 Fabricação de embalagens de plástico 3
25.29-1 Fabricação de artefatos diversos de plástico 3

26 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE MINERAIS NÃO METÁLICOS


26.1 FABRICAÇÃO DE VIDRO E DE PRODUTOS DO VIDRO
26.11-5 Fabricação de vidro plano e de segurança 3
26.12-3 Fabricação de vasilhames de vidro 3
26.19-0 Fabricação de artigos de vidro 3
26.2 FABRICAÇÃO DE CIMENTO
26.20-4 Fabricação de cimento 3
26.3 FABRICAÇÃO DE ARTEFATOS DE CONCRETO, CIMENTO,
FIBROCIMENTO, GESSO E ESTUQUE
26.30-1 Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fi-
brocimento, gesso e estuque 3
26.4 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS CERÂMICOS
26.41-7 Fabricação de produtos cerâmicos não refratários
para uso estrutural na construção civil 3
26.42-5 Fabricação de produtos cerâmicos refratários 3
26.49-2 Fabricação de produtos cerâmicos não refratários
para usos diversos 3
26.9 APARELHAMENTO DE PEDRAS E FABRICAÇÃO DE CAL E
DE OUTROS PRODUTOS DE MINERAIS NÃO METÁLICOS
26.91-3 Britamento, aparelhamento e outros trabalhos em
pedras (não associados à extração) 3
RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO 83

26.92-1 Fabricação de cal virgem, cal hidratada e gesso 3


26.99-9 Fabricação de outros produtos de minerais não
metálicos 3

27 METALURGIA BÁSICA
27.1 SIDERÚRGICAS INTEGRADAS
27.11-1 Produção de laminados planos de aço 3
27.12-0 Produção de laminados não-planos de aço 3
27.2 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS SIDERÚRGICOS – EXCLU-
SIVE EM SIDERÚRGICAS INTEGRADAS
27.21-9 Produção de gusa 3
27.22-7 Produção de ferro, aço e ferro-ligas em formas
primárias e semi-acabados 3
27.29-4 Produção de relaminados, trefilados e retrefilados
de aço – exclusive tubos 3
27.3 FABRICAÇÃO DE TUBOS – EXCLUSIVE EM SIDERÚRGI-
CAS INTEGRADAS
27 31-6 Fabricação de tubos de aço com costura 3
27.39-1 Fabricação de outros tubos de ferro e aço 3
27.4 METALURGIA DE METAIS NÃO FERROSOS
27.41-3 Metalurgia do alumínio e suas ligas 3
27.42-1 Metalurgia dos metais preciosos 3
27.49-9 Metalurgia de outros metais não ferrosos e suas
ligas 3
27.5 FUNDIÇÃO
27.51-0 Fabricação de peças fundidas de ferro e aço 3
27.52-9 Fabricação de peças fundidas de metais não-ferro-
sos e suas ligas 3

28 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE METAL – EXCLUSIVE MÁQUI-


NAS E EQUIPAMENTOS
28.1 FABRICAÇÃO DE ESTRUTURAS METÁLICAS E OBRAS DE
CALDEIRARIA PESADA
28.11-8 Fabricação de estruturas metálicas para edifícios,
pontes, torres de transmissão, andaimes e outros
fins 3
28.12-6 Fabricação de esquadrias de metal 3
28.13-4 Fabricação de obras de caldeiraria pesada 3
28.2 FABRICAÇÃO DE TANQUES, CALDEIRAS E RESERVA-
TÓRIOS METÁLICOS
28.21-5 Fabricação de tanques, reservatórios metálicos e
caldeiras para aquecimento central 3
84 RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO

28.22-3 Fabricação de caldeiras geradoras de vapor – ex-


clusive para aquecimento central e para veículos 3
28.3 FORJARIA, ESTAMPARIA, METALURGIA DO PÓ E
SERVIÇOS DE TRATAMENTO DE METAIS
28.31-2 Produção de forjados de aço 3
28.32-0 Produção de forjados de metais não ferrosos e
suas ligas 3
28.33-9 Fabricação de artefatos estampados de metal 3
28.34-7 Metalurgia do pó 3
28.39-8 Têmpera, cementação e tratamento térmico do
aço, serviços de usinagem, galvanotécnica e solda 3
28.4 FABRICAÇÃO DE ARTIGOS DE CUTELARIA, DE SERRA-
LHERIA E FERRAMENTAS MANUAIS
28.41-0 Fabricação de artigos de cutelaria 3
28.42-8 Fabricação de artigos de serralheria – exclusive
esquadrias 3
28.43-6 Fabricação de ferramentas manuais 3
28.9 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DIVERSOS DE METAL
28.91-6 Fabricação de embalagens metálicas 3
28.92-4 Fabricação de artefatos de trefilados 3
28.93-2 Fabricação de artigos de funilaria e de artigos de
metal para usos doméstico e pessoal 3
28.99-1 Fabricação de outros produtos elaborados de me-
tal 3

29 FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS


29.1 FABRICAÇÃO DE MOTORES, BOMBAS, COMPRESSORES
E EQUIPAMENTOS DE TRANSMISSÃO
29.11-4 Fabricação de motores estacionários de combus-
tão interna, turbinas e outras máquinas motrizes
não elétricas – exclusive para aviões e veículos ro-
doviários 3
29.12-2 Fabricação de bombas e carneiros hidráulicos 3
29.13-0 Fabricação de válvulas, torneiras e registros 3
29.14-9 Fabricação de compressores 3
29.15-7 Fabricação de equipamentos de transmissão para
fins industriais – inclusive rolamentos 3
29.2 FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE USO
GERAL
29.21-1 Fabricação de fornos industriais, aparelhos e
equipamentos não elétricos para instalações tér-
micas 3
RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO 85

29.22-0 Fabricação de estufas e fornos elétricos para fins


industriais 3
29.23-8 Fabricação de máquinas, equipamentos e apare-
lhos para transporte e elevação de cargas e pes-
soas 3
29.24-6 Fabricação de máquinas e aparelhos de refrigera-
ção e ventilação de uso industrial 3
29.25-4 Fabricação de aparelhos de ar-condicionado 3
29.29-7 Fabricação de outras máquinas e equipamentos
de uso geral 3
29.3 FABRICAÇÃO DE TRATORES E DE MÁQUINAS E EQUI-
PAMENTOS PARA A AGRICULTURA, AVICULTURA E OB-
TENÇÃO DE PRODUTOS ANIMAIS
29.31-9 Fabricação de máquinas e equipamentos para
agricultura, avicultura e obtenção de produtos
animais 3
29.32-7 Fabricação de tratores agrícolas 3
29.4 FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS-FERRAMENTA
29.40-8 Fabricação de máquinas-ferramenta 3
29.5 FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA AS
INDÚSTRIAS DE EXTRAÇÃO MINERAL E CONSTRUÇÃO
29.51-3 Fabricação de máquinas e equipamentos para a
indústria de prospecção e extração de petróleo 3
29.52-1 Fabricação de outras máquinas e equipamentos
para a extração de minérios e indústria da cons-
trução 3
29.53-0 Fabricação de tratores de esteira e tratores de uso
na construção e mineração 3
29.54-8 Fabricação de máquinas e equipamentos de terra-
planagem e pavimentação 3
29.6 FABRICAÇÃO DE OUTRAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
DE USO ESPECÍFICO
29.61-0 Fabricação de máquinas para a indústria metalúr-
gica – exclusive máquinas-ferramenta 3
29.62-9 Fabricação de máquinas e equipamentos para as
indústrias alimentar, de bebida e fumo 3
29.63-7 Fabricação de máquinas e equipamentos para a
indústria têxtil 3
29.64-5 Fabricação de máquinas e equipamentos para as
indústrias do vestuário e de couro e calçados 3
29.65-3 Fabricação de máquinas e equipamentos para as
indústrias de celulose, papel e papelão e artefatos 3
86 RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO

29.69-6 Fabricação de outras máquinas e equipamentos


de uso específico 3
29.7 FABRICAÇÃO DE ARMAS, MUNIÇÕES E EQUIPAMENTOS
MILITARES
29.71-8 Fabricação de armas de fogo e munições 3
29.72-6 Fabricação de equipamento bélico pesado 3
29.8 FABRICAÇÃO DE ELETRODOMÉSTICOS
29.81-5 Fabricação de fogões, refrigeradores e máquinas
de lavar e secar para uso doméstico 2
29.89-0 Fabricação de outros aparelhos eletrodomésticos 2

30 FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS PARA ESCRITÓRIO E EQUIPA-


MENTOS DE INFORMÁTICA
30.1 FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS PARA ESCRITÓRIO
30.11-2 Fabricação de máquinas de escrever e calcular,
copiadoras e outros equipamentos não eletrônicos
para escritório 3
30.12-0 Fabricação de máquinas de escrever e calcular,
copiadoras e outros equipamentos eletrônicos
destinados à automação gerencial e comercial 3
30.2 FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DE SIS-
TEMAS ELETRÔNICOS PARA PROCESSAMENTO DE DA-
DOS
30.21-0 Fabricação de computadores 2
30.22-8 Fabricação de equipamentos periféricos para má-
quinas eletrônicas para tratamento de informa-
ções 2

31 FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS, APARELHOS E MATERIAIS ELÉ-


TRICOS
31.1 FABRICAÇÃO DE GERADORES, TRANSFORMADORES E
MOTORES ELÉTRICOS
31.11-9 Fabricação de geradores de corrente contínua ou
alternada 3
31.12-7 Fabricação de transformadores, indutores, con-
versores, sincronizadores e semelhantes 3
31.13-5 Fabricação de motores elétricos 3
31.2 FABRICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS PARA DISTRIBUIÇÃO E
CONTROLE DE ENERGIA ELÉTRICA
31.21-6 Fabricação de subestações, quadros de comando,
reguladores de voltagem e outros aparelhos e
equipamentos para distribuição e controle de ener-
gia 3
RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO 87

31.22-4 Fabricação de material elétrico para instalações


em circuito de consumo 3
31.3 FABRICAÇÃO DE FIOS, CABOS E CONDUTORES ELÉTRI-
COS ISOLADOS
31.30-5 Fabricação de fios, cabos e condutores elétricos
isolados 3
31.4 FABRICAÇÃO DE PILHAS, BATERIAS E ACUMULADORES
ELÉTRICOS
31.41-0 Fabricação de pilhas, baterias e acumuladores elé-
tricos – exclusive para veículos 3
31.42-9 Fabricação de baterias e acumuladores para veí-
culos 3
31.5 FABRICAÇÃO DE LÂMPADAS E EQUIPAMENTOS DE
ILUMINAÇÃO
31.51-8 Fabricação de lâmpadas 3
31.52-6 Fabricação de luminárias e equipamentos de ilu-
minação – exclusive para veículos 3
31.6 FABRICAÇÃO DE MATERIAL ELÉTRICO PARA VEÍCULOS –
EXCLUSIVE BATERIAS
31.60-7 Fabricação de material elétrico para veículos – ex-
clusive baterias 3
31.9 FABRICAÇÃO DE OUTROS EQUIPAMENTOS E APARE-
LHOS ELÉTRICOS
31.91-7 Fabricação de eletrodos, contatos e outros artigos
de carvão e grafita para uso elétrico, eletro-ímãs e
isoladores 3
31.92-5 Fabricação de aparelhos e utensílios para sinaliza-
ção e alarme 3
31.99-2 Fabricação de outros aparelhos ou equipamentos
elétricos 3

32 FABRICAÇÃO DE MATERIAL ELETRÔNICO E DE APARELHOS E


EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÕES
32.1 FABRICAÇÃO DE MATERIAL ELETRÔNICO BÁSICO
32.10-7 Fabricação de material eletrônico básico 3
32.2 FABRICAÇÃO DE APARELHOS E EQUIPAMENTOS DE
TELEFONIA E RADIOTELEFONIA E DE TRANSMISSORES
DE TELEVISÃO E RÁDIO
32.21-2 Fabricação de equipamentos transmissores de rá-
dio e televisão e de equipamentos para estações
telefônicas, para radiotelefonia e radiotelegrafia –
inclusive de microondas e repetidoras 3
88 RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO

32.22-0 Fabricação de aparelhos telefônicos, sistemas de


intercomunicação e semelhantes 3
32.3 FABRICAÇÃO DE APARELHOS RECEPTORES DE RÁDIO E
TELEVISÃO E DE REPRODUÇÃO, GRAVAÇÃO OU AMPLI-
FICAÇÃO DE SOM E VÍDEO
32.30-1 Fabricação de aparelhos receptores de rádio e te-
levisão e de reprodução, gravação ou amplifica-
ção de som e vídeo 2

33 FABRICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE INSTRUMENTAÇÃO


MÉDICO-HOSPITALARES, INSTRUMENTOS DE PRECISÃO E
ÓTICOS, EQUIPAMENTOS PARA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL,
CRONÔMETROS E RELÓGIOS
33.1 FABRICAÇÃO DE APARELHOS E INSTRUMENTOS PARA
USOS MÉDICO-HOSPITALARES, ODONTOLÓGICOS E DE
LABORATÓRIOS E APARELHOS ORTOPÉDICOS
33.10-3 Fabricação de aparelhos e instrumentos para usos
médico-hospitalares, odontológicos e de laborató-
rios e aparelhos ortopédicos 3
33.2 FABRICAÇÃO DE APARELHOS E INSTRUMENTOS DE
MEDIDA, TESTE E CONTROLE – EXCLUSIVE EQUIPA-
MENTOS PARA CONTROLE DE PROCESSOS INDUSTRIAIS
33.20-0 Fabricação de aparelhos e instrumentos de medi-
da, teste e controle – exclusive equipamentos
para controle de processos industriais 3
33.3 FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS, APARELHOS E EQUIPA-
MENTOS DE SISTEMAS ELETRÔNICOS DEDICADOS À
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL E CONTROLE DO PROCESSO
PRODUTIVO
33.30-8 Fabricação de máquinas, aparelhos e equipamen-
tos de sistemas eletrônicos dedicados à automa-
ção industrial e controle do processo produtivo 3
33.4 FABRICAÇÃO DE APARELHOS, INSTRUMENTOS E MATE-
RIAIS ÓTICOS, FOTOGRÁFICOS E CINEMATOGRÁFICOS
33.40-5 Fabricação de aparelhos, instrumentos e materiais
óticos, fotográficos e cinematográficos 3
33.5 FABRICAÇÃO DE CRONÔMETROS E RELÓGIOS
33.50-2 Fabricação de cronômetros e relógios 3

34 FABRICAÇÃO E MONTAGEM DE VEÍCULOS AUTOMOTORES,


REBOQUES E CARROCERIAS
34.1 FABRICAÇÃO DE AUTOMÓVEIS, CAMIONETAS E UTILI-
TÁRIOS
RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO 89

34.10-0 Fabricação de automóveis, camionetas e utilitários 2


34.2 FABRICAÇÃO DE CAMINHÕES E ÔNIBUS
34.20-7 Fabricação de caminhões e ônibus 2
34.3 FABRICAÇÃO DE CABINES, CARROCERIAS E REBOQUES
34.31-2 Fabricação de cabines, carrocerias e reboques
para caminhão 3
34.32-0 Fabricação de carrocerias para ônibus 3
34.39-8 Fabricação de cabines, carrocerias e reboques
para outros veículos 3
34.4 FABRICAÇÃO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA VEÍCULOS
AUTOMOTORES
34.41-0 Fabricação de peças e acessórios para o sistema
motor 2
34.42-8 Fabricação de peças e acessórios para os sistemas
de marcha e transmissão 2
34.43-6 Fabricação de peças e acessórios para o sistema
de freios 2
34.44-4 Fabricação de peças e acessórios para o sistema
de direção e suspensão 2
34.49-5 Fabricação de peças e acessórios de metal para
veículos automotores não classificados em outra
classe 2
34.5 RECONDICIONAMENTO OU RECUPERAÇÃO DE MOTO-
RES PARA VEÍCULOS AUTOMOTORES
34.50-9 Recondicionamento ou recuperação de motores
para veículos automotores 3

35 FABRICAÇÃO DE OUTROS EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE


35.1 CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO DE EMBARCAÇÕES
35.11-4 Construção e reparação de embarcações e estru-
turas flutuantes 3
35.12-2 Construção e reparação de embarcações para es-
porte e lazer 3
35.2 CONSTRUÇÃO, MONTAGEM E REPARAÇÃO DE VEÍCU-
LOS FERROVIÁRIOS
35.21-1 Construção e montagem de locomotivas, vagões e
outros materiais rodantes 3
35.22-0 Fabricação de peças e acessórios para veículos
ferroviários 3
35.23-8 Reparação de veículos ferroviários 3
90 RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO

35.3 CONSTRUÇÃO, MONTAGEM E REPARAÇÃO DE AERO-


NAVES
35.31-9 Construção e montagem de aeronaves 3
35.32-7 Reparação de aeronaves 3
35.9 FABRICAÇÃO DE OUTROS EQUIPAMENTOS DE TRANS-
PORTE
35.91-2 Fabricação de motocicletas 3
35.92-0 Fabricação de bicicletas e triciclos não motoriza-
dos 3
35.99-8 Fabricação de outros equipamentos de transporte 3

36 FABRICAÇÃO DE MÓVEIS E INDÚSTRIAS DIVERSAS


36.1 FABRICAÇÃO DE ARTIGOS DO MOBILIÁRIO
36.11-0 Fabricação de móveis com predominância de ma-
deira 3
36.12-9 Fabricação de móveis com predominância de me-
tal 3
36.13-7 Fabricação de móveis de outros materiais 3
36.14-5 Fabricação de colchões 3
36.9 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DIVERSOS
36.91-9 Lapidação de pedras preciosas e semipreciosas,
fabricação de artefatos de ourivesaria e joalheria 3
36.92-7 Fabricação de instrumentos musicais 2
36.93-5 Fabricação de artefatos para caça, pesca e esporte 3
36.94-3 Fabricação de brinquedos e de jogos recreativos 2
36.95-1 Fabricação de canetas, lápis, fitas impressoras
para máquinas e outros artigos para escritório 3
36.96-0 Fabricação de aviamentos para costura 3
36.97-8 Fabricação de escovas, pincéis e vassouras 2
36.99-4 Fabricação de produtos diversos 2

37 RECICLAGEM
37.1 RECICLAGEM DE SUCATAS METÁLICAS
37.10-9 Reciclagem de sucatas metálicas 3
37.2 RECICLAGEM DE SUCATAS NÃO METÁLICAS
37.20-6 Reciclagem de sucatas não metálicas 3

E – PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ELETRICIDADE, GÁS E


ÁGUA

40 ELETRICIDADE, GÁS E ÁGUA QUENTE


40.1 PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO 91

40.10-0 Produção e distribuição de energia elétrica 3


40.2 PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE GÁS ATRAVÉS DE
TUBULAÇÕES
40.20-7 Produção e distribuição de gás através de tubula-
ções 3
40.3 PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE VAPOR E ÁGUA
QUENTE
40.30-4 Produção e distribuição de vapor e água quente 3

41 CAPTAÇÃO, TRATAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA


41.0 CAPTAÇÃO, TRATAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
41.00-9 Captação, tratamento e distribuição de água 3

F – CONSTRUÇÃO

45 CONSTRUÇÃO
45.1 PREPARAÇÃO DO TERRENO
45.11-0 Demolição e preparação do terreno 3
45.12-8 Perfurações e execução de fundações destinadas à
construção civil 3
45.13-6 Grandes movimentações de terra 3
45.2 CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS E OBRAS DE ENGENHARIA
CIVIL
45.21-7 Edificações (residenciais, industriais, comerciais e
de serviços) – inclusive ampliação e reformas
completas 3
45.22-5 Obras viárias – inclusive manutenção 3
45.23-3 Grandes estruturas e obras de arte 3
45.24-1 Obras de urbanização e paisagismo 3
45.25-0 Montagens industriais 3
45.29-2 Obras de outros tipos 3
45.3 OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA PARA ENGENHARIA
ELÉTRICA, ELETRÔNICA E ENGENHARIA AMBIENTAL
45.31-4 Construção de barragens e represas para geração
de energia elétrica 3
45.32-2 Construção de estações e redes de distribuição de
energia elétrica 3
45.33-0 Construção de estações e redes de telefonia e co-
municação 3
45.34-9 Construção de obras de prevenção e recuperação
do meio ambiente 3
92 RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO

45.4 OBRAS DE INSTALAÇÕES


45.41-1 Instalações elétricas 3
45.42-0 Instalações de sistemas de ar-condicionado, de
ventilação e refrigeração 3
45.43-8 Instalações hidráulicas, sanitárias, de gás, de sis-
tema de prevenção contra incêndio, de pára-raios,
de segurança e alarme 3
45.49-7 Outras obras de instalações 3
45.5 OBRAS DE ACABAMENTOS E SERVIÇOS AUXILIARES DA
CONSTRUÇÃO
45.51-9 Alvenaria e reboco 3
45.52-7 Impermeabilização e serviços de pintura em geral 3
45.59-4 Outros serviços auxiliares da construção 3
45.6 ALUGUEL DE EQUIPAMENTOS DE CONSTRUÇÃO E DE-
MOLIÇÃO COM OPERÁRIOS
45.60-8 Aluguel de equipamentos de construção e demoli-
ção com operários 3

G – COMÉRCIO; REPARAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTO-


RES, OBJETOS PESSOAIS E DOMÉSTICOS

50 COMÉRCIO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES E


MOTOCICLETAS; COMÉRCIO A VAREJO DE COMBUSTÍVEIS
50.1 COMÉRCIO A VAREJO E POR ATACADO DE VEÍCULOS
AUTOMOTORES
50.10-5 Comércio a varejo e por atacado de veículos auto-
motores 2
50.2 MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMO-
TORES
50.20-2 Manutenção e reparação de veículos automotores 3
50.3 COMÉRCIO A VAREJO E POR ATACADO DE PEÇAS E
ACESSÓRIOS PARA VEÍCULOS AUTOMOTORES
50.30-0 Comércio a varejo e por atacado de peças e aces-
sórios para veículos automotores 2
50.4 COMÉRCIO, MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE MOTOCI-
CLETAS, PARTES, PEÇAS E ACESSÓRIOS
50.41-5 Comércio a varejo e por atacado de motocicletas,
partes, peças e acessórios 2
50.42-3 Manutenção e reparação de motocicletas 3
50.5 COMÉRCIO A VAREJO DE COMBUSTÍVEIS
50.50-4 Comércio a varejo de combustíveis 3
RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO 93

51 COMÉRCIO POR ATACADO E INTERMEDIÁRIOS DO COMÉRCIO


51.1 INTERMEDIÁRIOS DO COMÉRCIO
51.11-0 Intermediários do comércio de matérias-primas
agrícolas, animais vivos, matérias-primas têxteis e
produtos semi-acabados 2
51.12-8 Intermediários do comércio de combustíveis, mi-
nerais, metais e produtos químicos industriais 3
51.13-6 Intermediários do comércio de madeira, material
de construção e ferragens 3
51.14-4 Intermediários do comércio de máquinas, equipa-
mentos industriais, embarcações e aeronaves 2
51.15-2 Intermediários do comércio de móveis e artigos
de uso doméstico 2
51.16-0 Intermediários do comércio de têxteis, vestuário,
calçados e artigos de couro 2
51.17-9 Intermediários do comércio de produtos alimentí-
cios, bebidas e fumo 2
51.18-7 Intermediários do comércio especializado em pro-
dutos não especificados anteriormente 2
51.19-5 Intermediários do comércio de mercadorias em
geral (não especializados) 2
51.2 COMÉRCIO ATACADISTA DE PRODUTOS AGROPECUÁ-
RIOS IN NATURA; PRODUTOS ALIMENTÍCIOS PARA ANI-
MAIS
51.21-7 Comércio atacadista de produtos agrícolas in na-
tura; produtos alimentícios para animais 3
51.22-5 Comércio atacadista de animais vivos 3
51.3 COMÉRCIO ATACADISTA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS,
BEBIDAS E FUMO
51.31-4 Comércio atacadista de leite e produtos do leite 3
51.32-2 Comércio atacadista de cereais beneficiados, fari-
nhas, amidos e féculas 3
51.33-0 Comércio atacadista de hortifrutigranjeiros 3
51.34-9 Comércio atacadista de carnes e produtos da carne 3
51.35-7 Comércio atacadista de pescados 3
51.36-5 Comércio atacadista de bebidas 3
51.37-3 Comércio atacadista de produtos do fumo 3
51.39-0 Comércio atacadista de outros produtos alimentí-
cios, não especificados anteriormente 3
51.4 COMÉRCIO ATACADISTA DE ARTIGOS DE USOS PES-
SOAL E DOMÉSTICO
51.41-1 Comércio atacadista de fios têxteis, tecidos, arte-
fatos de tecidos e de armarinho 2
94 RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO

51.42-0 Comércio atacadista de artigos do vestuário e


complementos 2
51.43-8 Comércio atacadista de calçados 2
51.44-6 Comércio atacadista de eletrodomésticos e outros
equipamentos de usos pessoal e doméstico 2
51.45-4 Comércio atacadista de produtos farmacêuticos,
médicos, ortopédicos e odontológicos 2
51.46-2 Comércio atacadista de cosméticos e produtos de
perfumaria 2
51.47-0 Comércio atacadista de artigos de escritório e de
papelaria; papel, papelão e seus artefatos; livros,
jornais e outras publicações 2
51.49-7 Comércio atacadista de outros artigos de usos
pessoal e doméstico, não especificados anterior-
mente 2

51.5 COMÉRCIO ATACADISTA DE PRODUTOS INTERME-


DIÁRIOS NÃO AGROPECUÁRIOS, RESÍDUOS E SUCATAS
51.51-9 Comércio atacadista de combustíveis 3
51.52-7 Comércio atacadista de produtos extrativos de
origem mineral 3
51.53-5 Comércio atacadista de madeira, material de
construção, ferragens e ferramentas 3
51.54-3 Comércio atacadista de produtos químicos 3
51.55-1 Comércio atacadista de resíduos e sucatas 3
51.59-4 Comércio atacadista de outros produtos interme-
diários não agropecuários, não especificados an-
teriormente 3

51.6 COMÉRCIO ATACADISTA DE MÁQUINAS, APARELHOS E


EQUIPAMENTOS PARA USOS AGROPECUÁRIO, COMER-
CIAL, DE ESCRITÓRIO, INDUSTRIAL, TÉCNICO E PRO-
FISSIONAL
51.61-6 Comércio atacadista de máquinas, aparelhos e
equipamentos para uso agropecuário 2
51.62-4 Comércio atacadista de máquinas e equipamentos
para o comércio 2
51.63-2 Comércio atacadista de máquinas e equipamentos
para escritório 2
51.69-1 Comércio atacadista de máquinas, aparelhos e
equipamentos para usos industrial, técnico e pro-
fissional e outros usos, não especificados anterior-
mente 2
RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO 95

51.9 COMÉRCIO ATACADISTA DE MERCADORIAS EM GERAL


OU NÃO COMPREENDIDAS NOS GRUPOS ANTERIORES
51.91-8 Comércio atacadista de mercadorias em geral
(não especializado) 3
51.92-6 Comércio atacadista especializado em mercado-
rias não especificadas anteriormente 3

52 COMÉRCIO VAREJISTA E REPARAÇÃO DE OBJETOS PESSOAIS


E DOMÉSTICOS
52.1 COMÉRCIO VAREJISTA NÃO ESPECIALIZADO
52.11-6 Comércio varejista de mercadorias em geral, com
predominância de produtos alimentícios, com
área de venda superior a 5.000 metros quadrados
– hipermercados 2
52.12-4 Comércio varejista de mercadorias em geral, com
predominância de produtos alimentícios, com
área de venda entre 300 e 5.000 metros quadra-
dos – supermercados 2
52.13-2 Comércio varejista de mercadorias em geral, com
predominância de produtos alimentícios, com
área de venda inferior a 300 metros quadrados –
exclusive lojas de conveniência 2
52.14-0 Comércio varejista de mercadorias em geral, com
predominância de produtos alimentícios indus-
trializados – lojas de conveniência 3
52.15-9 Comércio varejista não especializado, sem predo-
minância de produtos alimentícios 2
52.2 COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS,
BEBIDAS E FUMO, EM LOJAS ESPECIALIZADAS
52.21-3 Comércio varejista de produtos de padaria, de la-
ticínio, frios e conservas 2
52.22-1 Comércio varejista de doces, balas, bombons, con-
feitos e semelhantes 2
52.23-0 Comércio varejista de carnes – açougues 3
52.24-8 Comércio varejista de bebidas 2
52.29-9 Comércio varejista de outros produtos alimentí-
cios não especificados anteriormente e de produ-
tos do fumo 2
52.3 COMÉRCIO VAREJISTA DE TECIDOS, ARTIGOS DE ARMA-
RINHO, VESTUÁRIO E CALÇADOS, EM LOJAS ESPECIA-
LIZADAS
52.31-0 Comércio varejista de tecidos e artigos de armari-
nho 1
96 RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO

52.32-9 Comércio varejista de artigos do vestuário e com-


plementos 1
52.33-7 Comércio varejista de calçados, artigos de couro e
viagem 1

52.4 COMÉRCIO VAREJISTA DE OUTROS PRODUTOS, EM


LOJAS ESPECIALIZADAS
52.41-8 Comércio varejista de produtos farmacêuticos, ar-
tigos médicos e ortopédicos, de perfumaria e cos-
méticos 1
52.42-6 Comércio varejista de máquinas e aparelhos de
usos doméstico e pessoal, discos e instrumentos
musicais 2
52.43-4 Comércio varejista de móveis, artigos de ilumina-
ção e outros artigos para residência 2
52.44-2 Comércio varejista de material de construção, fer-
ragens, ferramentas manuais e produtos metalúr-
gicos; vidros, espelhos e vitrais; tintas e madeiras 2
52.45-0 Comércio varejista de equipamentos e materiais
para escritório; informática e comunicação 2
52.46-9 Comércio varejista de livros, jornais, revistas e pa-
pelaria 1
52.47-7 Comércio varejista de gás liquefeito de petróleo
(G.L.P.) 3
52.49-3 Comércio varejista de outros produtos não especi-
ficados anteriormente 2

52.5 COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS USADOS EM LOJAS


52.50-7 Comércio varejista de artigos usados em lojas 2

52.6 COMÉRCIO VAREJISTA NÃO REALIZADO EM LOJAS


52.61-2 Comércio varejista de artigos em geral, por catá-
logo ou por pedidos pelo correio 2
52.69-8 Comércio varejista realizado em vias públicas,
postos móveis, através de máquinas automáticas
e a domicílio 2

52.7 REPARAÇÃO DE OBJETOS PESSOAIS E DOMÉSTICOS


52.71.0 Reparação e manutenção de máquinas e de apa-
relhos eletrodomésticos 2
52.72-8 Reparação de calçados 2
52.79-5 Reparação de outros objetos pessoais e domésti-
cos 2
RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO 97

H – ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO

55 ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO
55.1 ESTABELECIMENTOS HOTELEIROS E OUTROS TIPOS DE
ALOJAMENTO TEMPORÁRIO
55.11-5 Estabelecimentos hoteleiros, com restaurante 2
55.12-3 Estabelecimentos hoteleiros, sem restaurante 2
55.19-0 Outros tipos de alojamento 2
55.2 RESTAURANTES E OUTROS ESTABELECIMENTOS DE
SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO
55.21-2 Restaurantes e estabelecimentos de bebidas, com
serviço completo 2
55.22-0 Lanchonetes e similares 2
55.23-9 Cantinas (serviços de alimentação privativos) 2
55.24-7 Fornecimento de comida preparada 2
55.29-8 Outros serviços de alimentação 2

I – TRANSPORTE, ARMAZENAGEM E COMUNICAÇÕES

60 TRANSPORTE TERRESTRE
60.1 TRANSPORTE FERROVIÁRIO INTERURBANO
60.10-0 Transporte ferroviário interurbano 3
60.2 OUTROS TRANSPORTES TERRESTRES
60.21-6 Transporte ferroviário de passageiros, urbano 3
60.22-4 Transporte metroviário 3
60.23-2 Transporte rodoviário de passageiros, regular, ur-
bano 3
60.24-0 Transporte rodoviário de passageiros, regular, não
urbano 3
60.25-9 Transporte rodoviário de passageiros, não regular 3
60.26-1 Transporte rodoviário de cargas em geral 3
60.27-5 Transporte rodoviário de produtos perigosos 3
60.28-3 Transporte rodoviário de mudanças 3
60.29-1 Transporte regular em bondes, funiculares, telefé-
ricos ou trens próprios para exploração de pontos
turísticos 3
60.3 TRANSPORTE DUTOVIÁRIO
60.30-5 Transporte dutoviário 3

61 TRANSPORTE AQUAVIÁRIO
61.1 TRANSPORTE MARÍTIMO DE CABOTAGEM E LONGO
CURSO
61.11-5 Transporte marítimo de cabotagem 3
98 RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO

61.12-3 Transporte marítimo de longo curso 3


61.2 OUTROS TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS
61.21-2 Transporte por navegação interior de passageiros 3
61.22-0 Transporte por navegação interior de carga 3
61.23-9 Transporte aquaviário urbano 3

62 TRANSPORTE AÉREO
62.1 TRANSPORTE AÉREO, REGULAR
62.10-3 Transporte aéreo, regular 2
62.2 TRANSPORTE AÉREO, NÃO REGULAR
62.20-0 Transporte aéreo, não regular 2
62.3 TRANSPORTE ESPACIAL
62.30-8 Transporte espacial –

63 ATIVIDADES ANEXAS E AUXILIARES DO TRANSPORTE E AGÊN-


CIAS DE VIAGEM
63.1 MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE CARGAS
63.11-8 Carga e descarga 3
63.12-6 Armazenamento e depósitos de cargas 3
63.2 ATIVIDADES AUXILIARES AOS TRANSPORTES
63.21-5 Atividades auxiliares aos transportes terrestres 3
63.22-3 Atividades auxiliares aos transportes aquaviários 3
63.23-1 Atividades auxiliares aos transportes aéreos 3
63.3 ATIVIDADES DE AGÊNCIAS DE VIAGENS E ORGANIZA-
DORES DE VIAGEM
63.30-4 Atividades de agências de viagens e organizado-
res de viagem 2
63.4 ATIVIDADES RELACIONADAS À ORGANIZAÇÃO DO
TRANSPORTE DE CARGAS
63.40-1 Atividades relacionadas à organização do trans-
porte de cargas 2

64 CORREIO E TELECOMUNICAÇÕES
64.1 CORREIO
64.11-4 Atividades de correio nacional 1
64.12-2 Outras atividades de correio 2
64.2 TELECOMUNICAÇÕES
64.20-3 Telecomunicações 1
RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO 99

J – INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA

65 INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA, EXCLUSIVE SEGUROS E PRE-


VIDÊNCIA PRIVADA
65.1 BANCO CENTRAL
65.10-2 Banco Central 1
65.2 INTERMEDIAÇÃO MONETÁRIA – DEPÓSITOS A VISTA
65-21-8 Bancos comerciais 1
65.22-8 Bancos múltiplos (com carteira comercial) 1
65.23-4 Caixas econômicas 1
65.24-2 Cooperativas de crédito 1
65.3 INTERMEDIAÇÃO MONETÁRIA – OUTROS TIPOS DE DE-
PÓSITOS
65.31-5 Bancos múltiplos (sem carteira comercial) 1
65.32-3 Bancos de investimento 1
65.33-1 Bancos de desenvolvimento 1
65.34-0 Crédito imobiliário 1
65.35-8 Sociedades de crédito, financiamento e investi-
mento 1
65.4 ARRENDAMENTO MERCANTIL
65.40-4 Arrendamento mercantil 1
65.5 OUTRAS ATIVIDADES DE CONCESSÃO DE CRÉDITO
65.51-0 Agências de desenvolvimento 1
65.59-5 Outras atividades de concessão de crédito 1
65.9 OUTRAS ATIVIDADES DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA,
NÃO ESPECIFICADAS ANTERIORMENTE
65.91-9 Fundos mútuos de investimento 1
65.92-7 Sociedades de capitalização 1
65.99-4 Outras atividades de intermediação financeira,
não especificadas anteriormente 1

66 SEGUROS E PREVIDÊNCIA PRIVADA


66.1 SEGUROS DE VIDA E NÃO-VIDA
66.11-7 Seguros de vida 1
66.12-5 Seguros não-vida 1
66.13-3 Resseguros 1
66.2 PREVIDÊNCIA PRIVADA
66.21-4 Previdência privada fechada 1
66.22-2 Previdência privada aberta 1
100 RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO

66.3 PLANOS DE SAÚDE


66.30-3 Planos de saúde 1

67 ATIVIDADES AUXILIARES DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA


67.1 ATIVIDADES AUXILIARES DA INTERMEDIAÇÃO FINAN-
CEIRA, EXCLUSIVE SEGUROS E PREVIDÊNCIA PRIVADA
67.11-3 Administração de mercados bursáteis 2
67.12-1 Atividades de intermediários em transações de tí-
tulos e valores mobiliários 2
67.19-9 Outras atividades auxiliares da intermediação fi-
nanceira, não especificadas anteriormente 2
67.2 ATIVIDADES AUXILIARES DOS SEGUROS E DA PREVI-
DÊNCIA PRIVADA
67.20-2 Atividades auxiliares dos seguros e da previdência
privada 1

K – ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS, ALUGUÉIS E SERVIÇOS


PRESTADOS ÀS EMPRESAS

70 ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS
70.1 INCORPORAÇÃO DE IMÓVEIS POR CONTA PRÓPRIA
70.10-6 Incorporação de imóveis por conta própria 1
70.2 ALUGUEL DE IMÓVEIS
70.20-3 Aluguel de imóveis 1
70.3 ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS POR CONTA DE TERCEIROS
70.31-9 Incorporação de imóveis por conta de terceiros 1
70.32-7 Administração de imóveis por conta de terceiros 1
70.4 CONDOMÍNIOS PREDIAIS
70.40-8 Condomínios prediais 2

71 ALUGUEL DE VEÍCULOS, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS SEM


CONDUTORES OU OPERADORES E DE OBJETOS PESSOAIS E
DOMÉSTICOS
71.1 ALUGUEL DE AUTOMÓVEIS
71.10-2 Aluguel de automóveis 2
71.2 ALUGUEL DE OUTROS MEIOS DE TRANSPORTE
71.21-8 Aluguel de outros meios de transporte terrestre 2
71.22-6 Aluguel de embarcações 2
71.23-4 Aluguel de aeronaves 2
71.3 ALUGUEL DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
71.31-5 Aluguel de máquinas e equipamentos agrícolas 2
RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO 101

71.32-3 Aluguel de máquinas e equipamentos para cons-


trução e engenharia civil 2
71.33-1 Aluguel de máquinas e equipamentos para escri-
tórios 2
71.39-0 Aluguel de máquinas e equipamentos de outros
tipos, não especificados anteriormente 2
71.4 ALUGUEL DE OBJETOS PESSOAIS E DOMÉSTICOS
71.40-4 Aluguel de objetos pessoais e domésticos 1
72 ATIVIDADES DE INFORMÁTICA E CONEXAS
72.1 CONSULTORIA EM SISTEMAS DE INFORMÁTICA
72.10-9 Consultoria em sistemas de informática 1
72.2 DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS DE INFORMÁTICA
72.20-6 Desenvolvimento de programas de informática 2
72.3 PROCESSAMENTO DE DADOS
72.30-3 Processamento de dados 2
72.4 ATIVIDADES DE BANCO DE DADOS
72.40-0 Atividades de banco de dados 2
72.5 MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE MÁQUINAS DE ESCRI-
TÓRIO E DE INFORMÁTICA
72.50-8 Manutenção e reparação de máquinas de escritó-
rio e de informática 2
72.9 OUTRAS ATIVIDADES DE INFORMÁTICA, NÃO ESPECI-
FICADAS ANTERIORMENTE
72.90-7 Outras atividades de informática, não especifica-
das anteriormente 2
73 PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
73.1 PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DAS CIÊNCIAS FÍSICAS
E NATURAIS
73.10-5 Pesquisa e desenvolvimento das ciências físicas e
naturais 2
73.2 PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
E HUMANAS
73.20-2 Pesquisa e desenvolvimento das ciências sociais e
humanas 1
74 SERVIÇOS PRESTADOS PRINCIPALMENTE ÀS EMPRESAS
74.1 ATIVIDADES JURÍDICAS, CONTÁBEIS E DE ASSESSORIA
EMPRESARIAL
74.11-0 Atividades jurídicas 1
102 RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO

74.12-8 Atividades de contabilidade e auditoria 1


74.13-6 Pesquisas de mercado e de opinião pública 1
74.14-4 Gestão de participações societárias (holdings) 1
74.15-2 Sedes de empresas e unidades administrativas lo-
cais 1
74.16-0 Atividades de assessoria em gestão empresarial 1
74.2 SERVIÇOS DE ARQUITETURA E ENGENHARIA E DE AS-
SESSORAMENTO TÉCNICO ESPECIALIZADO
74.20-9 Serviços de arquitetura e engenharia e de assesso-
ramento técnico especializado 2
74.3 ENSAIOS DE MATERIAIS E DE PRODUTOS; ANÁLISE DE
QUALIDADE
74.30-6 Ensaios de materiais e de produtos; análise de
qualidade 2
74.4 PUBLICIDADE
74.40-3 Publicidade 2
74.5 SELEÇÃO, AGENCIAMENTO E LOCAÇÃO DE MÃO-DE-
OBRA PARA SERVIÇOS TEMPORÁRIOS
74.50-0 Seleção, agenciamento e locação de mão-de-obra
para serviços temporários 2
74.6 ATIVIDADES DE INVESTIGAÇÃO, VIGILÂNCIA E SEGU-
RANÇA
74.60-8 Atividades de investigação, vigilância e segurança 3
74.7 ATIVIDADES DE LIMPEZA EM PRÉDIOS E DOMICÍLIOS
74.70-5 Atividades de limpeza em prédios e domicílios 2
74.9 OUTRAS ATIVIDADES DE SERVIÇOS PRESTADOS PRIN-
CIPALMENTE ÀS EMPRESAS
74.91-8 Atividades fotográficas 2
74.92-6 Atividades de envasamento e empacotamento,
por conta de terceiros 2
74.99-3 Outras atividades de serviços prestados principal-
mente às empresas, não especificadas anterior-
mente 2

L – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, DEFESA E SEGURIDADE


SOCIAL

75 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, DEFESA E SEGURIDADE SOCIAL


75.1 ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO E DA POLÍTICA ECONÔ-
MICA E SOCIAL
75.11-6 Administração pública em geral 1
RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO 103

75.12-4 Regulação das atividades sociais e culturais 1


75.13-2 Regulação das atividades econômicas 1
75.14-0 Atividades de apoio à administração pública 1
75.2 SERVIÇOS COLETIVOS PRESTADOS PELA ADMINISTRA-
ÇÃO PÚBLICA
75.21-3 Relações exteriores 1
75.22-1 Defesa 2
75.23-0 Justiça 2
75.24-8 Segurança e ordem pública 2
75.25-6 Defesa civil 2
75.3 SEGURIDADE SOCIAL
75.30-2 Seguridade social 1

M – EDUCAÇÃO

80 EDUCAÇÃO
80.1 EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR E FUNDAMENTAL
80.11-0 Educação pré-escolar 1
80.12-8 Educação fundamental 1
80.2 EDUCAÇÃO MÉDIA DE FORMAÇÃO GERAL, PROFISSIO-
NALIZANTE OU TÉCNICA
80.21-7 Educação média de formação geral 1
80.22-5 Educação média de formação técnica e profissional 1
80.3 EDUCAÇÃO SUPERIOR
80.30-6 Educação superior 1
80.9 FORMAÇÃO PERMANENTE E OUTRAS ATIVIDADES DE
ENSINO
80.91-8 Ensino em auto-escolas e cursos de pilotagem 3
80.92-6 Educação supletiva 1
80.93-4 Educação continuada ou permanente e aprendiza-
gem profissional 1
80.94-2 Ensino a distância 1
80.95-0 Educação especial 1

N – SAÚDE E SERVIÇOS SOCIAIS

85 SAÚDE E SERVIÇOS SOCIAIS


85.1 ATIVIDADES DE ATENÇÃO À SAÚDE
85.11-1 Atividades de atendimento hospitalar 2
85.12-0 Atividades de atendimento a urgências e emer-
gências 2
85.13-8 Atividades de atenção ambulatorial 2
104 RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO

85.14-6 Atividades de serviços de complementação diag-


nóstica ou terapêutica 2
85.15-4 Atividades de outros profissionais da área de saúde 1
85.16-2 Outras atividades relacionadas com a atenção à
saúde 2
85.2 SERVIÇOS VETERINÁRIOS
85.20-0 Serviços veterinários 2
85.3 SERVIÇOS SOCIAIS
85.31-6 Serviços sociais com alojamento 1
85.32-4 Serviços sociais sem alojamento 1

O – OUTROS SERVIÇOS COLETIVOS, SOCIAIS E PESSOAIS


90 LIMPEZA URBANA E ESGOTO E ATIVIDADES CONEXAS
90.0 LIMPEZA URBANA E ESGOTO E ATIVIDADES CONEXAS
90.00-0 Limpeza urbana e esgoto e atividades conexas 3
91 ATIVIDADES ASSOCIATIVAS
91.1 ATIVIDADES DE ORGANIZAÇÕES EMPRESARIAIS, PA-
TRONAIS E PROFISSIONAIS
91.11-1 Atividades de organizações empresariais e patro-
nais 1
91.12-0 Atividades de organizações profissionais 1
91.2 ATIVIDADES DE ORGANIZAÇÕES SINDICAIS
91.20-0 Atividades de organizações sindicais 1
91.9 OUTRAS ATIVIDADES ASSOCIATIVAS
91.91-0 Atividades de organizações religiosas 1
91.92-8 Atividades de organizações políticas 1
91.99-5 Outras atividades associativas não especificadas
anteriormente 1
92 ATIVIDADES RECREATIVAS, CULTURAIS E DESPORTIVAS
92.1 ATIVIDADES CINEMATOGRÁFICAS E DE VÍDEO
92.11-8 Produção de filmes cinematográficos e fitas de ví-
deo 2
92.12-6 Distribuição de filmes e de vídeos 2
92.13-4 Projeção de filmes e de vídeos 2
92.2 ATIVIDADES DE RÁDIO E DE TELEVISÃO
92.21-5 Atividades de rádio 1
92.22-3 Atividades de televisão 1
92.3 OUTRAS ATIVIDADES ARTÍSTICAS E DE ESPETÁCULOS
92.31-2 Atividades de teatro, música e outras atividades
artísticas e literárias 1
RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO 105

92.32-0 Gestão de salas de espetáculos 1


92.39-8 Outras atividades de espetáculos, não especifica-
das anteriormente 2
92.4 ATIVIDADES DE AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
92.40-1 Atividades de agências de notícias 2
92.5 ATIVIDADES DE BIBLIOTECAS, ARQUIVOS, MUSEUS E
OUTRAS ATIVIDADES CULTURAIS
92.51-7 Atividades de bibliotecas e arquivos 2
92.52-5 Atividades de museus e conservação do patrimô-
nio histórico 2
92.53-3 Atividades de jardins botânicos, zoológicos, par-
ques nacionais e reservas ecológicas 3
92.6 ATIVIDADES DESPORTIVAS E OUTRAS RELACIONADAS
AO LAZER
92.61-4 Atividades desportivas 2
92.62-2 Outras atividades relacionadas ao lazer 2
93 SERVIÇOS PESSOAIS
93.0 SERVIÇOS PESSOAIS
93.01-7 Lavanderias e tinturarias 2
93.02-5 Cabeleireiros e outros tratamentos de beleza 1
93.03-3 Atividades funerárias e conexas 2
93.04-1 Atividades de manutenção do físico corporal 2
93.09-2 Outras atividades de serviços pessoais, não espe-
cificadas anteriormente 2
P – SERVIÇOS DOMÉSTICOS
95 SERVIÇOS DOMÉSTICOS
95.0 SERVIÇOS DOMÉSTICOS
95.00-1 Serviços Domésticos –
Q – ORGANISMOS INTERNACIONAIS E OUTRAS INSTITUI-
ÇÕES EXTRATERRITORIAIS

99 ORGANISMOS INTERNACIONAIS E OUTRAS INSTITUIÇÕES


EXTRATERRITORIAIS
99.0 ORGANISMOS INTERNACIONAIS E OUTRAS INSTITUI-
ÇÕES EXTRATERRITORIAIS
99.00-7 Organismos internacionais e outras instituições
extraterritoriais 1
Atividade Rural e
Agroindustrial

Capítulo I
DAS ATIVIDADES RURAL E AGROINDUSTRIAL

Seção I
DOS CONCEITOS

Art. 247. Considera-se:


I – produtor rural, a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que de-
senvolve, em área urbana ou rural, a atividade agropecuária, pesqueira ou silvi-
cultural, bem como a extração de produtos primários, vegetais ou animais, em
caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos;
II – segurado especial, o produtor rural pessoa física, o parceiro, o meeiro,
o comodatário ou o arrendatário, bem como o pescador artesanal ou a ele asse-
melhado, que exerça suas atividades individualmente ou em regime de econo-
mia familiar, ainda que com auxílio eventual de terceiros, bem como seus res-
pectivos cônjuges ou companheiros e filhos maiores de dezesseis anos ou a eles
equiparados, desde que trabalhem comprovadamente com o grupo familiar,
conforme definido no art. 13;
III – produção rural, os produtos de origem animal ou vegetal, em estado
natural ou submetidos a processos de beneficiamento ou de industrialização ru-
dimentar, bem como os subprodutos e os resíduos obtidos por esses processos;
IV – beneficiamento, a primeira modificação ou o preparo dos produtos de
origem animal ou vegetal, por processos simples ou sofisticados, para posterior
venda ou industrialização, sem lhes retirar a característica original, assim com-
preendidos, entre outros, os processos de lavagem, limpeza, descaroçamento,
pilagem, descascamento, debulhação, secagem, socagem e lenhamento;
V – industrialização rudimentar, o processo de transformação do produto
rural, realizado pelo produtor rural pessoa física, alterando-lhe as característi-
cas originais, tais como a pasteurização, o resfriamento, a fermentação, o car-
ATIVIDADE RURAL E AGROINDUSTRIAL 107

voejamento, o cozimento, a destilação, a moagem, a torrefação, a cristalização,


a fundição, entre outros similares;
VI – subprodutos e resíduos, aqueles que, mediante processo de beneficia-
mento ou de industrialização rudimentar de produto rural original, surgem sob
nova forma, tais como a casca, o farelo, a palha, o pêlo e o caroço, entre ou-
tros;
VII – adquirente, a pessoa física ou jurídica que adquire a produção rural
para uso comercial, industrial ou para qualquer outra finalidade econômica;
VIII – consignatário, o comerciante a quem a produção rural é entregue
para que seja comercializada, de acordo com as instruções do fornecedor;
IX – consumidor, a pessoa física ou jurídica que adquire a produção rural
no varejo ou diretamente do produtor rural, para uso ou consumo próprio;
X – arrematante, a pessoa física ou jurídica que arremata ou que adquire
produção rural em leilões ou praças;
XI – sub-rogado, a condição de que se revestem a empresa adquirente,
consumidora ou consignatária, ou a cooperativa que, por expressa disposição
de lei, torna-se diretamente responsável pelo recolhimento das contribuições
devidas pelo produtor rural pessoa física e pelo segurado especial;
XII – parceria rural, o contrato agrário pelo qual uma pessoa se obriga a
ceder a outra, por tempo determinado ou não, o uso de imóvel rural, de parte
ou de partes de imóvel rural, incluindo ou não benfeitorias e outros bens, com
o objetivo de nele exercer atividade agropecuária ou pesqueira ou de lhe entre-
gar animais para cria, recria, invernagem, engorda ou para extração de maté-
ria-prima de origem animal ou vegetal, mediante partilha de risco, proveniente
de caso fortuito ou de força maior, do empreendimento rural e dos frutos, dos
produtos ou dos lucros havidos, nas proporções que estipularem;
XIII – parceiro, aquele que, comprovadamente, tem contrato de parceria
com o proprietário do imóvel ou embarcação e nele desenvolve atividade agro-
pecuária ou pesqueira, partilhando os lucros conforme o ajustado em contrato;
XIV – meeiro, aquele que, comprovadamente, tem contrato com o proprie-
tário do imóvel e nele desenvolve atividade agropecuária ou pesqueira, dividin-
do os rendimentos auferidos em partes iguais;
XV – parceria de produção rural integrada, o contrato entre produtores ru-
rais, pessoa física com pessoa jurídica ou pessoa jurídica com pessoa jurídica,
objetivando a produção rural para fins de industrialização ou de comercializa-
ção, sendo o resultado partilhado nos termos contratuais;
XVI – arrendamento rural, o contrato pelo qual uma pessoa se obriga a ce-
der a outra, por tempo determinado ou não, o uso e o gozo de imóvel rural, de
parte ou de partes de imóvel rural, incluindo ou não outros bens e outras benfei-
torias, com o objetivo de nele exercer atividade de exploração agropecuária ou
pesqueira mediante certa retribuição ou aluguel;
108 ATIVIDADE RURAL E AGROINDUSTRIAL

XVII – arrendatário, aquele que, comprovadamente, utiliza o imóvel, me-


diante retribuição acertada ou pagamento de aluguel ao arrendante, com o ob-
jetivo de nele desenvolver atividade agropecuária ou pesqueira;
XVIII – comodato rural, o empréstimo gratuito de parte ou de partes de
imóvel rural, incluindo ou não outros bens e outras benfeitorias, com o objetivo
de nele exercer atividade agropecuária ou pesqueira;
XIX – comodatário, aquele que, comprovadamente, explora o imóvel rural
pertencente a outra pessoa, por empréstimo gratuito, por tempo indeterminado
ou não, com o objetivo de nele desenvolver atividade agropecuária ou pesqueira;
XX – consórcio simplificado de produtores rurais, a união de produtores
rurais pessoas físicas que, mediante documento registrado em cartório de títu-
los e documentos, outorga a um deles poderes para contratar, gerir e demitir
trabalhador para a exclusiva prestação de serviços aos integrantes desse consór-
cio, observado que:
a) a formalização do consórcio ocorre por meio de documento registrado
em cartório de títulos e documentos, que deverá conter a identificação de cada
produtor rural pessoa física, seu endereço pessoal e o de sua propriedade rural,
bem como o respectivo registro no Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (INCRA) ou informações relativas à parceria, à meação, ao comodato
ou ao arrendamento e a matrícula de cada um dos produtores rurais no Cadas-
tro Específico do INSS (CEI);
b) o consórcio simplificado de produtores rurais equipara-se ao emprega-
dor rural pessoa física.
XXI – cooperativa de produção rural, a sociedade de produtores rurais pes-
soas físicas, ou de produtores rurais pessoas físicas e pessoas jurídicas que, or-
ganizada na forma da lei, constitui-se em pessoa jurídica com o objetivo de pro-
duzir e industrializar, ou de produzir e comercializar, ou de produzir,
industrializar e comercializar a sua produção rural;
XXII – cooperativa de produtores rurais a sociedade organizada por produ-
tores rurais pessoas físicas ou por produtores rurais pessoas físicas e pessoas ju-
rídicas, com o objetivo de comercializar, ou de industrializar, ou de industriali-
zar e comercializar a produção rural dos cooperados;
XXIII – agroindustrial o produtor rural pessoa jurídica cuja atividade eco-
nômica é a industrialização de produção própria ou a industrialização de pro-
dução própria e da adquirida de terceiros, que desenvolve duas atividades em
um mesmo empreendimento econômico com departamentos, divisões ou seto-
res rural e industrial distintos;
XXIV – atividade econômica autônoma, aquela exercida mediante estrutu-
ra operacional definida, em estabelecimento específico ou não, com a utilização
ATIVIDADE RURAL E AGROINDUSTRIAL 109

de mão-de-obra distinta daquela utilizada na atividade de produção rural ou


agroindustrial e que envolva comercialização de produtos que o produtor rural
não produz, independentemente da atividade preponderante do produtor rural.
Parágrafo único. Não se considera atividade de industrialização, para
efeito do enquadramento da empresa como agroindústria, a atividade de bene-
ficiamento descrita no inciso IV deste artigo.

Seção II
DA OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR

Art. 248. O fato gerador das contribuições sociais ocorre na comercializa-


ção da produção rural:
I – de produtor rural pessoa física e de segurado especial realizada direta-
mente com:
a) adquirente domiciliado no exterior (exportação), observado o dispos-
to no art. 252;
b) consumidor pessoa física, no varejo;
c) adquirente pessoa física, não-produtora rural, para venda no varejo a
consumidor pessoa física;
d) outro produtor rural pessoa física;
e) outro segurado especial.
II – de produtor rural pessoa jurídica, exceto daquele que além da ativida-
de rural exerce qualquer outra atividade econômica autônoma, observado o dis-
posto nos §§ 4o e 5o do art. 257;
III – realizada pelo produtor rural pessoa física ou pelo segurado especial
com empresa adquirente, consumidora, consignatária ou com cooperativa;
IV – própria e da adquirida de terceiros, industrializada ou não, pela agro-
indústria, exceto a de piscicultura, carcinicultura, suinocultura e a de avicultu-
ra, a partir de 1o de novembro de 2001.
Parágrafo único. O recebimento de produção agropecuária oriunda de
outro país, ainda que o remetente seja o próprio destinatário do produto, não
configura fato gerador de contribuições sociais.
Art. 249. Os seguintes eventos são também considerados fatos geradores
de contribuições sociais:
I – a comercialização de produto rural vegetal ou animal que, originaria-
mente, foi adquirido com isenção da contribuição e posteriormente descartado
ou rejeitado;
110 ATIVIDADE RURAL E AGROINDUSTRIAL

II – a comercialização de produto rural vegetal ou animal originariamente


isento de contribuição com adquirente que não tenha como objetivo econômico
atividade condicionante da isenção;
III – a dação em pagamento, a permuta, o ressarcimento, a indenização ou
a compensação feita com produtos rurais pelo produtor rural com adquirente,
consignatário, cooperativa ou consumidor;
IV – qualquer crédito ou pagamento efetuado pela cooperativa aos coope-
rados, representando complementação de preço do produto rural, incluindo-se,
entre outros, as sobras, os retornos, as bonificações e os incentivos próprios ou
governamentais;
V – o arremate de produção rural em leilões e praças, exceto se os produ-
tos não integrarem a base de cálculo das contribuições.
Art. 250. Na parceria de produção rural integrada o fato gerador, a base
de cálculo das contribuições e as alíquotas serão determinadas em função da
categoria de cada parceiro perante o Regime Geral de Previdência Social
(RGPS) no momento da destinação dos respectivos quinhões.
Parágrafo único. A parte da produção que na partilha couber ao parceiro
outorgante é considerada produção própria.
Art. 251. Nos contratos de compra e venda para entrega futura, que exi-
gem cláusula suspensiva, o fato gerador de contribuições dar-se-á na data de
emissão da respectiva nota fiscal, independentemente da realização de anteci-
pações de pagamento.

Seção III
DA EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS RURAIS

Art. 252. Não incidem as contribuições sociais de que trata este Capítulo
sobre as receitas decorrentes de exportação de produtos rurais, cuja comerciali-
zação ocorra a partir de 12 de dezembro de 2001, por força do disposto no inci-
so I do § 2o, do art. 149, da Constituição Federal, alterado pela Emenda Consti-
tucional nº 33, de 11 de dezembro de 2001.

Seção III
DA BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES DO PRODUTOR RURAL

Art. 253. A base de cálculo das contribuições sociais devidas pelo produ-
tor rural é:
I – o valor da receita bruta proveniente da comercialização da sua produ-
ção e dos subprodutos e resíduos, se houver;
II – o valor do arremate da produção rural;
ATIVIDADE RURAL E AGROINDUSTRIAL 111

III – o preço de mercado da produção rural dada em pagamento, permuta,


ressarcimento ou em compensação, entendendo-se por:
a) preço de mercado, a cotação do produto rural no dia e na localidade
em que ocorrer o fato gerador;
b) preço a fixar, aquele que é definido posteriormente à comercialização
da produção rural, sendo que a contribuição será devida nas competências e
nas proporções dos pagamentos;
c) preço de pauta, o valor comercial mínimo fixado pela União, pelos es-
tados, pelo Distrito Federal ou pelos municípios para fins tributários.
§ 1o Considera-se receita bruta o valor recebido ou creditado ao produtor
rural na operação de venda ou de consignação da produção rural, podendo,
ainda, ser resultante de permuta, compensação, dação em pagamento ou res-
sarcimento que represente valor, preço ou complemento de preço.
§ 2o Na hipótese da documentação não indicar o valor da produção dada
em pagamento, ressarcimento ou em compensação, tomar-se-á como base de
cálculo das contribuições o valor da obrigação quitada.
Art. 254. Não integra a base de cálculo das contribuições do produtor ru-
ral pessoa física e do segurado especial o produto:
I – vegetal, destinado ao plantio ou ao reflorestamento;
II – vegetal, vendido por pessoa ou entidade que, registrada no Ministério
da Agricultura e do Abastecimento, se dedique ao comércio de sementes e de
mudas no País;
III – animal, destinado à reprodução ou à criação pecuária ou granjeira;
IV – animal, utilizado como cobaia para fins de pesquisa científica no país.
Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se também às operações de
comercialização dos produtos rurais referidos nos incisos I a IV com pessoa jurí-
dica sub-rogada nas obrigações do produtor rural, inclusive a agroindústria.

Seção IV
DA BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES DA AGROINDÚSTRIA

Art. 255. A partir de 1o de novembro de 2001, a base de cálculo das con-


tribuições devidas pela agroindústria é o valor da receita bruta proveniente da
comercialização da produção própria e da adquirida de terceiros, industrializa-
da ou não, exceto para as agroindústrias de piscicultura, carcinicultura, suino-
cultura e avicultura.
Parágrafo único. Ocorre a substituição da contribuição tratada no caput,
ainda que a agroindústria explore, também, outra atividade econômica autôno-
ma, no mesmo ou em estabelecimento distinto, hipótese em que a contribuição
112 ATIVIDADE RURAL E AGROINDUSTRIAL

incidirá sobre o valor da receita bruta decorrente da comercialização em todas


as atividades, ressalvado o disposto no inciso I do art. 262 e observado o dis-
posto no art. 253.
Art. 256. A base de cálculo das agroindústrias de piscicultura, carcinicul-
tura, suinocultura e avicultura, independentemente de ter ou não outra ativida-
de comercial ou industrial, é a remuneração contida na folha de pagamento dos
segurados a seu serviço.

Seção V
DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A PRODUÇÃO RURAL

Art. 257. As contribuições sociais incidentes sobre a receita bruta prove-


niente da comercialização da produção rural, industrializada ou não, substituem
as contribuições sociais incidentes sobre a folha de pagamento dos segurados
empregados e trabalhadores avulsos, previstas nos incisos I e II do art. 22 da
Lei no 8.212, de 1991, sendo devidas por:
I – produtores rurais pessoa física e jurídica;
II – agroindústria, exceto a de piscicultura, carcinicultura, suinocultura e a
de avicultura.
§ 1o A substituição prevista no caput, ocorre:
I – quando os integrantes do consórcio simplificado de produtores rurais
se utilizarem dos serviços de segurados empregados contratados pelo consór-
cio, exclusivamente para a prestação de serviços a seus consorciados;
II – quando os cooperados filiados a cooperativa de produção rural se utili-
zarem dos serviços de segurados empregados por ela contratados para realiza-
rem, exclusivamente, a colheita da produção de seus cooperados;
III – em relação a remuneração dos segurados que prestam serviços em es-
critório mantido por produtor rural pessoa física ou pessoa jurídica, exclusiva-
mente, para a administração da atividade rural.
§ 2o Não se aplica a substituição prevista no caput, hipótese em que são
devidas as contribuições previstas nos incisos I e II do art. 22 da Lei no 8.212,
de 1991:
I – na contratação, pelo consórcio simplificado de produtores rurais, de se-
gurados para exercerem outras atividades que não a prestação de serviços aos
consorciados;
II – às sociedades cooperativas, exceto no caso do inciso II do § 1o deste
artigo;
III – às indústrias que, embora desenvolvam as atividades relacionadas no
art. 2o do Decreto-lei no 1.146, de 31 de dezembro de 1970, não se enquadram
como agroindústrias nos termos do art. 22-A da Lei nº 8.212, de 1991, por não
possuírem produção própria;
ATIVIDADE RURAL E AGROINDUSTRIAL 113

IV – quando o produtor rural pessoa jurídica, além da atividade rural, exer-


cer outra atividade econômica autônoma, definida no inciso XXIV do art. 247;
V – em relação à receita proveniente das operações do produtor rural e da
agroindústria relativas à prestação de serviços a terceiros, hipótese em que as
contribuições sociais incidem sobre a remuneração contida na folha de paga-
mento dos segurados envolvidos na referida prestação de serviços;
VI – relativamente à atividade rural de pessoa jurídica que se dedique ape-
nas ao florestamento e reflorestamento como fonte de matéria-prima para in-
dustrialização própria mediante a utilização de processo industrial que modifi-
que a natureza química da madeira ou a transforme em pasta celulósica.
§ 3o Na hipótese do inciso V do § 2o deste artigo, relativamente à remu-
neração dos trabalhadores empregados na atividade rural, devem ser elabora-
das folha de pagamento e GFIP distintas.
§ 4o O produtor rural pessoa jurídica que produz ração exclusivamente
para alimentação dos animais de sua própria produção, contribui com base na
receita bruta da comercialização da produção, sendo que, se produzir ração
também para fins comerciais, caracterizar-se-á como empresa agroindustrial.
§ 5o Aplica-se o disposto no inciso VI do § 2o deste artigo, ainda que a
pessoa jurídica comercialize resíduos vegetais, sobras ou partes da produção,
desde que a receita bruta decorrente da comercialização desses produtos repre-
sente menos de um por cento de receita bruta proveniente da comercialização
da sua produção rural.
Art. 258. As contribuições apuradas com base na receita bruta prove-
niente da comercialização da produção rural, industrializada ou não, serão cal-
culadas mediante a aplicação das alíquotas discriminadas no Anexo VIII.
· Ver anexo no Capítulo 7 do Manual prático da previdência social (livro impres-
so), item 4.1

Seção VI
DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO DO
PRODUTOR RURAL E DA AGROINDÚSTRIA

Art. 259. O produtor rural, inclusive a agroindústria, deverá recolher,


além daquelas incidentes sobre a comercialização da produção rural, as contri-
buições:
I – descontadas dos segurados empregados, dos trabalhadores avulsos e, a
partir de 1o de abril de 2003, as descontadas dos contribuintes individuais, inci-
dentes sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer
título, no decorrer do mês, conforme o caso, observado o disposto no parágrafo
único do art. 99;
114 ATIVIDADE RURAL E AGROINDUSTRIAL

II – a seu cargo, incidentes sobre o total das remunerações ou das retribui-


ções pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados
contribuintes individuais;
III – incidentes sobre o valor bruto da nota fiscal ou da fatura de prestação
de serviços de cooperados emitida por cooperativa de trabalho;
IV – devidas a outras entidades e fundos, incidentes sobre o total das re-
munerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do
mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos.
Art. 260. O produtor rural pessoa física que represente o consórcio sim-
plificado de produtores rurais deverá recolher as contribuições previstas no art.
261, relativamente aos segurados contratados exclusivamente para a prestação
de serviços aos integrantes do consórcio.
Art. 261. A cooperativa de produção rural que contratar segurado em-
pregado, exclusivamente para a colheita de produção de seus cooperados, é di-
retamente responsável pelo recolhimento da contribuição social previdenciária
devida pelo segurado empregado, bem como pelo recolhimento das contribui-
ções arrecadadas pelo INSS destinadas a outras entidades e fundos, incidentes
sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título,
no decorrer do mês, àquele segurado.
Parágrafo único. A cooperativa de produtores rurais deverá elaborar fo-
lha de pagamento distinta para os segurados contratados na forma deste artigo
e apurar os encargos decorrentes desta contratação separadamente, por produ-
tor rural a ela filiado, lançando os respectivos valores em títulos próprios de
sua contabilidade, na forma prevista nos §§ 6o e 7o do art. 65.
Art. 262. As contribuições sociais previdenciárias devidas pelos segurados,
previstas no art. 83 e na alínea “d” do inciso II do art. 85, e as devidas pelo pro-
dutor rural ou pela agroindústria, previstas no art. 93, deverão ser recolhidas:
I – pela agroindústria em relação às operações relativas à prestação de ser-
viços a terceiros;
II – pela agroindústria de piscicultura, carcinicultura, avicultura e de sui-
nocultura;
III – pelas sociedades cooperativas;
IV – pelo produtor rural pessoa jurídica que, além da atividade rural, ex-
plorar também outra atividade econômica autônoma, definida no inciso XXIV
do art. 247, no mesmo ou em estabelecimento distinto, independentemente de
qual seja a atividade preponderante.
Art. 263. Os produtores rurais pessoas físicas integrantes do consórcio
simplificado de produtores rurais são responsáveis solidários em relação às
obrigações sociais tratadas no art. 259.
ATIVIDADE RURAL E AGROINDUSTRIAL 115

Art. 264. Em relação ao consórcio simplificado de produtores rurais, ob-


servar-se-ão as seguintes condições:
I – a matrícula deverá ser utilizada exclusivamente para o recolhimento
das contribuições sociais previdenciárias dos segurados empregados vinculados
ao consórcio;
II – os empregados ficarão à disposição dos contratantes exclusivamente
em suas propriedades rurais, vedada a cessão a terceiros.
Art. 265. As contribuições sociais devidas pelo produtor rural e pela
agroindústria à Previdência Social e a outras entidades e fundos, incidentes so-
bre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a segurados, são as
discriminadas no Anexo IX.
· Ver anexo no Capítulo 7 do Manual prático da previdência social (livro impres-
so), item 4.1

Seção VII
DA RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES
INCIDENTES SOBRE A COMERCIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO RURAL

Art. 266. As contribuições sociais incidentes sobre a receita bruta oriun-


da da comercialização da produção são devidas pelo produtor rural, sendo a
responsabilidade pelo recolhimento:
I – do produtor rural pessoa física e do segurado especial, quando comercia-
lizarem a produção diretamente com o adquirente domiciliado no exterior, ob-
servado o disposto no art. 252, com outro produtor rural pessoa física, com ou-
tro segurado especial ou com o consumidor, no varejo;
II – do produtor rural pessoa jurídica, quando comercializar a própria pro-
dução rural;
III – da agroindústria, exceto a de piscicultura, carcinicultura, suinocultura
e a de avicultura, quando comercializar a produção própria e a adquirida de
terceiros, industrializada ou não, a partir de 1o de novembro de 2001;
IV – da empresa adquirente, inclusive se agroindustrial, consignatária ou
da cooperativa, na condição de sub-rogada nas obrigações do produtor rural
pessoa física e do segurado especial;
V – dos órgãos públicos da administração direta, das autarquias e das fun-
dações de direito público que ficam sub-rogados nas obrigações do produtor ru-
ral pessoa física e do segurado especial, quando adquirirem, ainda que para
consumo, ou receberem em consignação, produção rural diretamente dessas
pessoas ou por intermediário pessoa física;
VI – da pessoa física adquirente não-produtora rural, na condição de
sub-rogada no cumprimento das obrigações do produtor rural pessoa física e do
116 ATIVIDADE RURAL E AGROINDUSTRIAL

segurado especial, quando adquirir produção para venda no varejo, a consumi-


dor pessoa física.
§ 1o O produtor rural pessoa física e o segurado especial também serão responsáve-
is pelo recolhimento da contribuição, quando venderem a destinatário incerto ou quando
não comprovarem, formalmente, o destino da produção.
§ 2o A comprovação do destino da produção deve ser feita pelo produtor
rural pessoa física ou pelo segurado especial que comercialize com:
I – pessoa jurídica, mediante a apresentação de via da nota fiscal de entra-
da emitida pelo adquirente ou de nota fiscal emitida pelo produtor rural ou
pela repartição fazendária;
II – outra pessoa física ou com outro segurado especial, mediante a apre-
sentação de via da nota fiscal emitida pelo produtor rural ou pela repartição fa-
zendária.
§ 3o A empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou a coopera-
tiva deverá exigir do produtor rural pessoa jurídica a comprovação de sua ins-
crição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).
§ 4o A falta de comprovação da inscrição de que trata o § 3o deste artigo
acarreta a presunção de que a empresa adquirente, consumidora, consignatária
ou a cooperativa tenha comercializado a produção com produtor rural pessoa
física ou com segurado especial, ficando a adquirente, consumidora, consigna-
tária ou cooperativa sub-rogadas na respectiva obrigação, conforme previsto no
inciso IV do caput, cabendo-lhe o ônus da prova em contrário.
§ 5o A responsabilidade da empresa adquirente, consumidora ou consig-
natária ou da cooperativa, prevalece quando ela adquirir produção rural de
pessoa física ou de segurado especial, qualquer que seja a quantidade, inde-
pendentemente da operação de venda ou da consignação ter sido realizada di-
retamente com o produtor ou com o intermediário pessoa física, exceto no caso
previsto no inciso I do caput.
§ 6o A entidade beneficente de assistência social, ainda que isenta das
contribuições patronais, na condição de adquirente, consumidora ou de consig-
natária, sub-roga-se nas obrigações do produtor rural pessoa física e do segura-
do especial.
§ 7o O desconto da contribuição e da consignação legalmente autorizada
sempre se presumirão feitos, oportuna e regularmente, pela empresa adquiren-
te, consumidora ou consignatária ou pela cooperativa a isso obrigada, não lhe
sendo lícito alegar qualquer omissão para se eximir do recolhimento, ficando
ela diretamente responsável pela importância que eventualmente deixar de des-
contar ou que eventualmente tiver descontado em desacordo com as normas vi-
gentes.
§ 8o A empresa adquirente, consumidora, consignatária ou a cooperativa
é obrigada a recolher as contribuições decorrentes da sub-rogação de que trata
ATIVIDADE RURAL E AGROINDUSTRIAL 117

este artigo, até o dia dois do mês subseqüente ao da operação de venda ou de


consignação da produção rural, industrializada ou não, independentemente das
operações terem sido realizadas diretamente com o produtor ou com o interme-
diário pessoa física, ou no dia útil imediatamente posterior, caso não haja expe-
diente bancário no dia dois.
§ 9o O disposto no § 8o deste artigo aplica-se ao produtor rural pessoa fí-
sica e ao segurado especial, quando responsáveis pelo recolhimento, ao produ-
tor rural pessoa jurídica, à agroindústria e à pessoa física não-produtora rural,
prevista no inciso VI do caput.

Seção VIII
DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Art. 267. A instituição de ensino, a entidade hospitalar, a creche, a em-


presa de hotelaria ou qualquer outro estabelecimento que, por sua natureza,
realiza, eventual ou subsidiariamente, atividade rural, não é considerado pro-
dutor rural, para os efeitos da substituição das contribuições sociais incidentes
sobre a folha de pagamento, sendo que a eventual comercialização de sua pro-
dução não constitui fato gerador de contribuições sociais.
Art. 268. O garimpeiro que remunera segurados contribui sobre a folha
de pagamento desses segurados, pois não é considerado produtor rural.
Art. 269. Apenas a aquisição de produção rural de terceiros para indus-
trialização ou para comercialização não se caracteriza atividade rural, devendo
a empresa adquirente contribuir com base na remuneração paga, devida ou cre-
ditada aos segurados a seu serviço, respondendo, também, pelas obrigações de-
correntes da sub-rogação.
Art. 270. O excremento de animais, quando comercializado, é considera-
do produto rural para efeito de incidência das contribuições sociais, em razão
de característica e origem próprias.
Isenção de Contribuições
Destinadas à Previdência
Social (Entidade Beneficente
de Assistência Social)

“Capítulo V
DAS ENTIDADES ISENTAS DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

Seção I
DA ISENÇÃO

Art. 307. Fica isenta das contribuições de que tratam os arts. 22 e 23 da


o
Lei n 8.212, de 1991, a pessoa jurídica de direito privado beneficente de assis-
tência social que, cumulativamente comprove:
I – ser reconhecida como de utilidade pública federal;
II – ser reconhecida como de utilidade pública estadual ou do Distrito Fe-
deral ou municipal;
III – ser portadora do Registro e do Certificado de Entidade Beneficente de
Assistência Social (CEAS), fornecidos pelo Conselho Nacional de Assistência
Social, devendo o CEAS ser renovado a cada três anos;
IV – promover a assistência social beneficente aos destinatários da política
nacional de assistência social;
V – não remunerar diretores, conselheiros, sócios, instituidores ou benfei-
tores e não lhes conceder vantagens ou benefícios a qualquer título;
VI – aplicar integralmente o eventual resultado operacional na manuten-
ção e no desenvolvimento de seus objetivos institucionais.
Art. 308. Ressalvados os direitos adquiridos, a isenção de que trata o art.
307 deverá ser requerida ao INSS.
§ 1o A isenção das contribuições sociais usufruída pela pessoa jurídica de
direito privado beneficente de assistência social é extensiva as suas dependên-
cias, a seus estabelecimentos e as suas obras de construção civil, quando por ela
executadas e destinadas a uso próprio.
ISENÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES DESTINADAS À PREVIDÊNCIA SOCIAL 119

§ 2o A isenção de que trata este artigo não abrange empresa ou entidade


que, tendo personalidade jurídica própria, seja mantida por outra que esteja no
exercício da isenção.
§ 3o A existência de débito em nome da entidade requerente constitui
impedimento ao deferimento do pedido, até que seja regularizada a situação da
entidade requerente, no prazo de trinta dias, hipótese em que a decisão conces-
sória da isenção produzirá efeitos a partir do primeiro dia do mês em que for
comprovada a regularização da situação.
§ 4o A existência de débito em nome da entidade constitui motivo para o
cancelamento da isenção, com efeitos a contar do primeiro dia do segundo mês
subseqüente àquele em que a entidade se tornou devedora das contribuições
sociais.
§ 5o Considera-se entidade em débito, para os efeitos dos §§ 3o e 4o des-
te artigo, quando contra ela constar crédito da Previdência Social exigível, de-
corrente de obrigação assumida como contribuinte ou responsável, constituído
por meio de Notificação Fiscal de Lançamento de Débito, Auto de Infração, con-
fissão de dívida ou declaração, assim entendido também, o que tenha sido obje-
to de informação na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP).

Subseção I
Do Pedido

Art. 309. A entidade beneficente de assistência social deverá requerer o


reconhecimento da isenção em qualquer APS da Gerência-Executiva circunscri-
cionante de seu estabelecimento centralizador, mediante protocolização do for-
mulário Requerimento de Reconhecimento de Isenção de Contribuições Sociais,
em duas vias, conforme modelo constante do Anexo X, ao qual juntará os se-
guintes documentos:
· Ver anexo no Capítulo 7 do Manual prático da previdência social (livro impres-
so), item 4.1

I – decretos declaratórios de utilidade pública federal e estadual ou do Dis-


trito Federal ou municipal;
II – Atestado de Registro e Certificado de Entidade Beneficente de Assis-
tência Social, expedidos pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS),
dentro do período de validade;
III – estatuto da entidade com a respectiva certidão de registro em cartório
de registro civil de pessoas jurídicas;
IV – ata de eleição ou de nomeação da diretoria em exercício, registrada
em cartório de registro civil de pessoas jurídicas;
120 ISENÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES DESTINADAS À PREVIDÊNCIA SOCIAL

V – comprovante de entrega da declaração de imunidade do imposto de


renda de pessoa jurídica, fornecido pelo setor competente do Ministério da Fa-
zenda, relativo ao exercício findo;
VI – informações cadastrais, em formulário próprio ( Anexo XI);
· Ver anexo no Capítulo 7 do Manual prático da previdência social (livro impres-
so), item 4.1

VII – resumo de informações de assistência social, em formulário próprio


(Anexo XII).
· Ver anexo no Capítulo 7 do Manual prático da previdência social (livro impres-
so), item 4.1

§ 1o Os documentos referidos nos incisos I a VI do caput poderão ser


apresentados por cópia, conferida pelo servidor do INSS, à vista dos respectivos
originais.
§ 2o Na falta de qualquer dos documentos enumerados no caput, o re-
querente será comunicado de que tem o prazo de cinco dias úteis, a contar da
ciência da solicitação, para apresentação dos documentos em falta.
§ 3o Não sendo sanada a falta no prazo estabelecido no § 2o deste artigo,
o pedido será sumariamente indeferido e arquivado, devendo este fato ser co-
municado a entidade, bem como o seu direito de, a qualquer tempo, protocoli-
zar novo pedido.
Art. 310. O pedido de reconhecimento da isenção deverá ser despachado
no prazo de trinta dias, podendo ser prorrogado este prazo por igual período,
quando for necessária a realização de diligências para subsidiar a análise, a ins-
trução ou a decisão do referido pedido.

Subseção II
Da Decisão do Pedido e do Ato Declaratório

Art. 311. A chefia do Serviço ou Seção de Orientação da Arrecadação


(ORAR) decidirá pelo deferimento ou pelo indeferimento do pedido de reco-
nhecimento de isenção, de acordo com as normas vigentes à época do pedido.
§ 1o Deferido o pedido, a chefia do Serviço ou Seção de ORAR:
I – expedirá o Ato Declaratório;
II – comunicará à requerente, mediante comprovação de entrega, a deci-
são sobre o pedido de reconhecimento do direito à isenção, que gerará efeitos a
partir da data do protocolo do pedido, observado o disposto no § 3o do art.
308.
§ 2o Indeferido o pedido, a chefia do Serviço ou Seção de ORAR deverá
comunicar à requerente, mediante comprovação de entrega, a decisão em que
constem os motivos do indeferimento e os respectivos fundamentos legais, ca-
ISENÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES DESTINADAS À PREVIDÊNCIA SOCIAL 121

bendo recurso ao Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), no prazo


de trinta dias a contar da data da ciência da referida decisão.
Art. 312. Não sendo proferida qualquer decisão no prazo estabelecido no
art. 310, o interessado poderá reclamar à chefia da Divisão ou Serviço da Recei-
ta Previdenciária da Gerência-Executiva, que apreciará o pedido de concessão
da isenção e promoverá a apuração das causas do não-cumprimento do prazo
pelo servidor responsável e, se for o caso, a eventual responsabilidade funcional.

Seção II
DO CANCELAMENTO DA ISENÇÃO

Art. 313. O INSS verificará se a entidade beneficente de assistência social


continua atendendo aos requisitos necessários à manutenção da isenção, previs-
tos no art. 307.
§ 1o Constatado o não-cumprimento dos requisitos contidos no art. 307,
a fiscalização emitirá Informação Fiscal (IF), na qual relatará os fatos, a funda-
mentação legal e as circunstâncias que os envolveram, juntará as provas ou in-
dicará onde essas possam ser obtidas e encaminhará a IF à autoridade hierar-
quicamente superior, que deverá providenciar a ciência à entidade do inteiro
teor da IF.
§ 2o A entidade terá o prazo de quinze dias, a contar da data da ciência
da IF, para apresentação de defesa, com a produção de provas ou não, que de-
verá ser protocolizada em qualquer APS da Gerência-Executiva circunscricio-
nante do seu estabelecimento centralizador.
§ 3o Decorrido o prazo previsto no § 2o deste artigo, sem manifestação
da parte interessada, caberá à chefia do Serviço ou Seção de ORAR decidir
acerca da emissão do Ato Cancelatório de Isenção (AC).
§ 4o Havendo apresentação de defesa, o Serviço ou Seção de Análise de
Defesas e Recursos (ANDEREC) decidirá acerca da emissão ou não do Ato Can-
celatório de Isenção (AC).
§ 5o Sendo a decisão do ANDEREC favorável à emissão do Ato Cancela-
tório de Isenção, a chefia da ORAR emitirá o referido documento, o qual será
remetido, juntamente com a decisão que lhe deu origem, à entidade interessada.
§ 6o A entidade perderá o direito de gozar da isenção das contribuições
sociais a partir da data em que deixar de cumprir os requisitos contidos no art.
307, devendo essa data constar do Ato Cancelatório de Isenção.
§ 7o Cancelada a isenção, a entidade terá o prazo de trinta dias contados
da ciência da decisão e do Ato Cancelatório da Isenção, para interpor recurso
com efeito suspensivo ao Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS).
122 ISENÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES DESTINADAS À PREVIDÊNCIA SOCIAL

Art. 314. Decidindo pela manutenção da isenção, a chefia do Serviço ou


Seção de ORAR recorrerá de ofício à autoridade hierarquicamente superior, nos
termos do inciso IV do art. 366 do RPS.
§ 1o Se homologada a decisão referida no caput, dar-se-á ciência à enti-
dade, mediante comprovação de entrega, e arquivar-se-á o processo.
§ 2o Se não homologada a decisão, caberá à chefia do Serviço ou Seção
de ORAR emitir o Ato Cancelatório de Isenção (AC).

Seção III
DO RECURSO

Art. 315. Caberá recurso ao CRPS em relação às decisões de indeferi-


mento de pedido de reconhecimento de isenção, bem como em relação à emis-
são de Ato Cancelatório de Isenção.
§ 1o É de trinta dias o prazo para interposição de recurso e para o ofere-
cimento de contra-razões ao CRPS, contados das datas da ciência da decisão e
da interposição do recurso, respectivamente.
§ 2o Não caberá recurso ao CRPS da decisão que cancelar a isenção com
fundamento nos incisos I a III do art. 307.
§ 3o O recurso deverá ser protocolizado em qualquer APS da Gerên-
cia-Executiva circunscricionante do estabelecimento centralizador da entidade.
§ 4o Apresentado o recurso, a autoridade julgadora, caso não reconsidere
a decisão anteriormente proferida, emitirá contra-razões e encaminhará o pro-
cesso ao CRPS para julgamento definitivo.
§ 5o Julgado o recurso pelo CRPS, o INSS encaminhará cópia da decisão
à interessada e:
I – no caso de decisão favorável à entidade, em processo de pedido de reco-
nhecimento de isenção, emitirá o Ato Declaratório, nos termos § 1o do art. 311;
II – se mantido o indeferimento ou o cancelamento da isenção, comunica-
rá à entidade que, a qualquer tempo, poderá protocolizar novo pedido nos ter-
mos do art. 309.

Seção IV
DA REPRESENTAÇÃO ADMINISTRATIVA

Art. 316. O INSS verificará se a entidade beneficente de assistência social


continua atendendo aos requisitos necessários à manutenção do Certificado de
Entidade Beneficente de Assistência Social (CEAS) e do Título de Utilidade Pú-
blica Federal.
ISENÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES DESTINADAS À PREVIDÊNCIA SOCIAL 123

§ 1o O INSS, por meio de sua fiscalização, formalizará Representação


Administrativa (RA), conforme previsto no art. 633, se verificar que a entidade
deixou de atender aos requisitos previstos:
I – no art. 2o do Decreto no 752, de 16 de fevereiro de 1993 e art. 3o do
Decreto no 2.536, de 6 de abril de 1998, que dispõe sobre a concessão do
CEAS, na Resolução/CNAS no 31, de 24 de fevereiro de 1999, ou na Resolu-
ção/CNAS no 177, de 10 de agosto de 2000, a ser encaminhada ao Conselho
Nacional de Assistência Social (CNAS);
II – no art. 1o da Lei no 91, de 18 de agosto de 1935, que trata da declara-
ção de utilidade pública, ou no art. 6o do Decreto no 50.517, de 2 de maio de
1961, a ser encaminhada ao Ministério da Justiça.
§ 2o Cópias das Representações Administrativas previstas nos incisos I e
II do § 1o deste artigo serão encaminhadas à Secretaria da Receita Federal e ao
Ministério Público Federal.

Seção V
DO RELATÓRIO DE ATIVIDADES

Art. 317. A entidade beneficente de assistência social beneficiada com


isenção é obrigada a apresentar, anualmente, até 30 de abril, à APS circunscri-
cionante de sua sede, mediante protocolo, relatório circunstanciado de suas ati-
vidades no exercício anterior, em que constem, sem prejuízo de outros dados
que a entidade ou o INSS julgarem necessários:
I – informações cadastrais (Anexo XI) relativas:
· Ver anexo no Capítulo 7 do Manual prático da previdência social (livro impres-
so), item 4.1

a) à localização da sede da entidade;


b) ao nome e à qualificação dos responsáveis pela entidade;
c) à relação dos estabelecimentos e das obras de construção civil vincula-
dos à entidade, identificados pelos respectivos números do CNPJ ou da matrícu-
la CEI.
II – resumo de informações de assistência social, em que constem o valor
da isenção usufruída, a descrição sumária dos serviços assistenciais, nas áreas
de assistência social, de educação ou de saúde, a quantidade de atendimentos
que prestou e os respectivos custos, conforme modelo constante do Anexo XII;
· Ver anexo no Capítulo 7 do Manual prático da previdência social (livro impres-
so), item 4.1

III – descrição pormenorizada dos serviços assistenciais prestados.


124 ISENÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES DESTINADAS À PREVIDÊNCIA SOCIAL

Art. 318. O relatório de atividades, previsto no art. 317, deverá ser ins-
truído com os seguintes documentos:
I – cópia do CEAS vigente ou prova de haver requerido sua renovação,
caso tenha expirado o prazo de validade desse Certificado;
II – cópia de certidão fornecida pelo Ministério da Justiça que comprove a
regularidade da entidade junto àquele órgão;
III – cópia de certidão ou de documento que comprove estar a entidade em
condições de regularidade no órgão gestor de Assistência Social estadual ou
municipal ou do Distrito Federal;
IV – cópia de certidão ou de documento fornecido pelo órgão competente
que comprove estar a entidade em condição regular para a manutenção da titu-
laridade de utilidade pública estadual ou municipal ou do Distrito Federal;
V – cópia da convenção coletiva de trabalho;
VI – cópia do balanço patrimonial, demonstração de resultado do exercício
com discriminação de receitas e despesas, demonstração de mutação de patri-
mônio e notas explicativas;
VII – cópia do convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS), para a enti-
dade que atua na área da saúde;
VIII – relação nominativa dos alunos bolsistas contendo filiação, endereço,
telefone (se houver), CPF (dos pais/responsáveis e bolsistas) custo e percentual
da bolsa, para a entidade que atua na área da educação;
IX – cópia da planilha de custo de apuração do valor da mensalidade de
que trata a Lei no 9.870, de 23 de novembro de 1999, para a entidade que atua
na área da educação;
Art. 319. A falta de apresentação, ao INSS, do relatório anual circunstan-
ciado ou de qualquer documento que o acompanhe, constitui infração à obriga-
ção acessória prevista no inciso VIII do art. 65.
Art. 320. A simples entrega do relatório anual de atividades pela entida-
de e o respectivo protocolo por parte do INSS não implica reconhecimento do
direito à isenção.

Seção VI
DO DIREITO ADQUIRIDO

Art. 321. A entidade que, em 1o de setembro de 1977, data da publica-


ção do Decreto-lei no 1.572, atendia aos requisitos abaixo, teve assegurado o di-
reito à isenção até 31 de outubro de 1991:
I – detinha Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos (CEFF), com vali-
dade com prazo indeterminado;
II – era reconhecida como de utilidade pública pelo Governo Federal;
ISENÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES DESTINADAS À PREVIDÊNCIA SOCIAL 125

III – os diretores não percebiam remuneração;


IV – encontrava-se em gozo de isenção das contribuições previdenciárias.
§ 1o A entidade cuja validade do CEFF provisório encontrava-se expirada
teve garantido o direito previsto no caput, desde que a renovação tenha sido re-
querida até 30 de novembro de 1977 e não tenha sido indeferida.
§ 2o O disposto no caput também se aplica à entidade que não era deten-
tora do título de Utilidade Pública Federal, mas que o tenha requerido até 30
de novembro de 1977 e esse requerimento não tenha sido indeferido.
§ 3o A entidade cujo reconhecimento de utilidade pública federal fora in-
deferido ficou sujeita ao recolhimento das contribuições sociais, a partir do mês
seguinte ao da publicação do ato que indeferiu aquele reconhecimento.
§ 4o O direito à isenção adquirido pela entidade não a exime, para a ma-
nutenção dessa isenção, do cumprimento, a partir de 1o de novembro de 1991,
das disposições do art. 55 da Lei no 8.212, de 1991, com exceção do disposto
no seu § 1o deste artigo.

Seção VII
DA REMISSÃO

Art. 322. Nos termos da Lei no 9.429, de 26 de dezembro de 1996, são


extintos os créditos decorrentes de contribuições sociais devidas em razão de
fatos geradores ocorridos no período de 25 de julho de 1981 até a data da pu-
blicação da referida Lei, pelas entidades beneficentes de assistência social que
atendiam, naquele período, a todos os requisitos dispostos no art. 55 da Lei no
Lei no 8.212, de 1991, independentemente da existência de pedido de isenção.

Seção VIII
DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Art. 323. A isenção só poderá ser concedida pela Gerência-Executiva cir-


cunscricionante do estabelecimento centralizador da entidade, onde ficará ar-
quivada a respectiva documentação.
Art. 324. A entidade beneficente de assistência social em gozo de isenção
é obrigada a:
I – arrecadar, mediante desconto na remuneração paga, devida ou credita-
da, as contribuições sociais previdenciárias dos segurados empregado e traba-
lhador avulso a seu serviço e recolher o produto arrecadado na forma e prazo
estabelecidos nesta Instrução Normativa;
126 ISENÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES DESTINADAS À PREVIDÊNCIA SOCIAL

II – arrecadar, mediante desconto no respectivo salário-de-contribuição, e


recolher a contribuição do segurado contribuinte individual que lhe presta ser-
viços, prevista na alínea “b” do inciso II do art. 85, para fatos geradores ocorri-
dos a partir de 1o de abril de 2003, observado o disposto no art. 101;
III – arrecadar, mediante desconto no respectivo salário-de-contribuição e
recolher a contribuição devida ao SEST e ao SENAT, pelo segurado contribuinte
individual transportador autônomo de veículo rodoviário (inclusive o taxista)
que lhe presta serviços;
IV – arrecadar, mediante desconto, e recolher a contribuição do produtor
rural pessoa física e do segurado especial incidente sobre o valor bruto da co-
mercialização da produção, na condição de sub-rogada quando adquirir produ-
to rural;
V – efetuar a retenção prevista no art. 149, quando da contratação de ser-
viços mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada e recolher o valor retido
em nome da empresa contratada, conforme disposto nos arts. 165, 167 e 168.
Art. 325. A entidade beneficente de assistência social em gozo de isenção
é também obrigada:
I – ao cumprimento das normas de arrecadação, fiscalização e cobrança,
assim como das obrigações acessórias decorrentes da legislação previdenciária,
sujeitando-se, no caso de inobservância dessas normas, às penalidades aplicáveis
às empresas em geral;
II – a manter escrituração contábil formalizada de acordo com a legislação
vigente e com as resoluções do Conselho Federal de Contabilidade;
III – a apresentar, em qualquer APS da Gerência-Executiva circunscricio-
nante de seu estabelecimento centralizador, até 31 de janeiro de cada ano, o
plano de ação das atividades a serem desenvolvidas durante o ano em curso;
IV – a manter, em seu estabelecimento, em local visível ao público, placa
indicativa da respectiva disponibilidade de serviços gratuitos de assistência so-
cial, educacionais ou de saúde a pessoas carentes, em especial a crianças, ado-
lescentes, idosos e a portadores de deficiência, indicando tratar-se de pessoa ju-
rídica de direito privado abrangida pela isenção de contribuições sociais,
segundo modelo estabelecido pelo Ministério da Previdência Social.
Procedimentos Relativos à
Restituição e Compensação de
Contribuições Recolhidas
Indevidamente

Capítulo I
DA COMPENSAÇÃO E DA RESTITUIÇÃO DE VALORES
PAGOS INDEVIDAMENTE

Seção I
DA COMPENSAÇÃO

Art. 201. Compensação é o procedimento facultativo pelo qual o sujeito


passivo se ressarce de valores pagos indevidamente, deduzindo-os das contri-
buições devidas à Previdência Social.
Art. 202. Havendo pagamento de valores indevidos à Previdência Social,
de atualização monetária, de multa ou de juros de mora, é facultado ao sujeito
passivo optar pela compensação ou pela formalização do pedido de restituição
na forma da Seção II deste Capítulo, observadas, quanto à compensação, as se-
guintes condições:
I – a compensação deverá ser realizada com contribuições sociais arreca-
dadas pelo INSS para a Previdência Social, excluídas as destinadas para outras
entidades e fundos;
II – o sujeito passivo deverá estar em situação regular, considerando todos
os seus estabelecimentos e obras de construção civil, em relação às contribui-
ções objeto de Notificação Fiscal de Lançamento de Débito (NFLD), e débito de-
corrente de Auto de Infração (AI), cuja exigibilidade não esteja suspensa, de
Lançamento de Débito Confessado (LDC), de Lançamento de Débito Confessa-
do em em GFIP (LDCG), de Débito Confessado em GFIP (DCG);
III – o sujeito passivo deverá estar em dia com as parcelas relativas a acor-
do de parcelamento de contribuições objeto dos lançamentos de que trata o in-
ciso II, considerados todos os seus estabelecimentos e obras de construção civil;
IV – somente é permitida a compensação de valores que não tenham sido
alcançados pela prescrição, conforme disposto no art. 227;
128 PROCEDIMENTOS RELATIVOS À RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES

V – a compensação somente poderá ser realizada em recolhimento de im-


portância correspondente a períodos subseqüentes aqueles a que se referem os
valores pagos indevidamente.
§ 1o O crédito decorrente de pagamento ou de recolhimento indevido
poderá ser utilizado entre os estabelecimentos da empresa, exceto obras de
construção civil, para compensação com contribuições sociais previdenciárias
devidas, desde que a compensação seja declarada em GFIP.
§ 2o Havendo recolhimento indevido em documento de arrecadação
identificado com a matrícula CEI de obra de construção civil já encerrada, de
responsabilidade de pessoa jurídica, a compensação poderá ser realizada em
documento de arrecadação identificado com o CNPJ do estabelecimento res-
ponsável pela obra.
§ 3o A empresa, a equiparada na forma do § 3º do art. 7º, e o emprega-
dor doméstico, poderão efetuar a compensação de valor descontado indevida-
mente de sujeito passivo e efetivamente recolhido, desde que seja precedida do
ressarcimento ao sujeito passivo.
§ 4o É vedada a compensação em documento de arrecadação previden-
ciária de valor recolhido indevidamente para outro órgão da administração pú-
blica, ainda que se refira a contribuições devidas à Previdência Social, mesmo
aquelas decorrentes da opção pelo SIMPLES.
Art. 203. A compensação, observada a prescrição estabelecida no art.
227, não deverá ser superior a trinta por cento do valor das contribuições devi-
das à Previdência Social, em cada competência, independentemente da data do
recolhimento, e de acordo com as seguintes disposições:
I – o valor originário integral a ser compensado pelo sujeito passivo será
atualizado com juros calculados na forma do art. 230;
II – para os fins deste artigo, consideram-se contribuições devidas à Previ-
dência Social as dos segurados, as arrecadadas mediante a sub-rogação e as da
empresa, excluídas as contribuições destinadas a outras entidades e fundos;
III – o percentual de trinta por cento será calculado antes da dedução do
valor relativo ao salário-família, ao salário-maternidade e antes da compensa-
ção dos valores retidos, na competência, pelos contratantes de serviços com
cessão de mão-de-obra ou por empreitada;
IV – o valor a ser efetivamente recolhido após a compensação deverá ser
lançado no campo “valor do INSS” do documento de arrecadação.
§ 1o O saldo remanescente em favor do sujeito passivo poderá ser com-
pensado nas competências subseqüentes, devendo ser obedecidas as mesmas
condições estabelecidas neste artigo e no art. 202.
§ 2o O valor total a ser compensado deverá ser informado na Guia de Re-
colhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações a Previ-
dência Social (GFIP), na competência de sua efetivação, conforme previsto no
Manual da GFIP.
PROCEDIMENTOS RELATIVOS À RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES 129

Art. 204. No documento de arrecadação relativo ao pagamento das con-


tribuições incidentes sobre o décimo-terceiro salário poderão ser compensadas
importâncias que a empresa tenha recolhido indevidamente, observado o limite
de trinta por cento do total do valor devido à Previdência Social nesta compe-
tência.
Art. 205. Tendo sido realizada compensação indevida pelo sujeito passi-
vo, o débito dela resultante deverá ser recolhido de forma complementar, ob-
servado o seguinte:
I – o valor incorretamente compensado deverá ser recolhido na rubrica es-
pecífica em que foi descontado pelo sujeito passivo, utilizando o campo “valor
do INSS” ou o campo “contribuição destinada a outras entidades” do documen-
to de arrecadação, e com o código de pagamento correspondente;
II – sobre o valor complementar incidirá atualização monetária, se for o
caso, e acréscimo de multa e de juros de mora, na forma da legislação, sendo
considerada como competência de recolhimento aquela na qual foi efetuada a
compensação indevida.

Seção II
DA RESTITUIÇÃO

Art. 206. Restituição é o procedimento administrativo mediante o qual


o sujeito passivo é ressarcido pelo INSS, de valores recolhidos indevidamente
à Previdência Social ou a outras entidades e fundos, observado o disposto no
art. 211.
Art. 207. Para efeito do disposto no art. 206, o sujeito passivo, considera-
dos todos os seus estabelecimentos e obras de construção civil porventura exis-
tentes, deverá:
I – requerer a restituição dos valores recolhidos indevidamente para a Pre-
vidência Social ou para outras entidades e fundos, se for o caso;
II – estar em dia com as contribuições sociais declaradas em GFIP;
III – estar em situação regular em relação as contribuições sociais objeto
de Lançamento de Débito Confessado (LDC), de Lançamento de Débito Confes-
sado em GFIP (LDCG), de Débito Confessado em GFIP (DCG), de Notificação
Fiscal de Lançamento de Débito (NFLD) e em relação a débito decorrente de
Auto de Infração (AI), cuja exigibilidade não esteja suspensa;
IV – estar em dia com as parcelas relativas a acordo de parcelamento de
contribuições sociais objeto dos lançamentos de que trata o inciso III, conside-
rados todos os seus estabelecimentos e obras de construção civil.
Parágrafo único. Somente serão restituídos valores que não tenham sido
alcançados pela prescrição, conforme disposto no art. 227.
130 PROCEDIMENTOS RELATIVOS À RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES

Art. 208. A restituição poderá ser requerida quando o recolhimento inde-


vido se referir a:
I – contribuições sociais previdenciárias, inclusive as descontadas dos se-
gurados ou de terceiros, e, quando for o caso, atualização monetária, multa e
juros de mora correspondentes ao pagamento indevido;
II – salário-família não-deduzido em época própria;
III – salário-maternidade pago a segurada empregada, cujo início do afas-
tamento do trabalho tenha ocorrido até 28 de novembro de 1999, não-dedu-
zido em época própria;
IV – salário-maternidade a segurada empregada, cujo início do afastamen-
to do trabalho tenha ocorrido a partir de 1o de setembro de 2003 ou referente
ao período de 29 de novembro de 1999 a 31 de agosto de 2003, que tenha sido
requerido a partir de 1º de setembro de 2003, não-deduzido em época própria;
V – contribuições sociais destinadas a outras entidades e fundos, observa-
do o disposto no art. 211.
§ 1º Poderão requerer a restituição de valores que lhes tenham sido des-
contados indevidamente, mesmo não sendo os responsáveis pelo recolhimento
indevido, desde que atendido o disposto no art. 238:
I – o empregado, inclusive o doméstico;
II – o trabalhador avulso;
III – o contribuinte individual;
IV – o produtor rural pessoa física;
V – o segurado especial;
VI – a associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional.
§ 2o A empresa ou a equiparada, ou o empregador doméstico poderá re-
querer a restituição do valor descontado indevidamente de sujeito passivo, caso
comprove o ressarcimento às pessoas físicas ou jurídicas referidas no § 1o deste
artigo ou possua uma procuração por instrumento particular, com firma reco-
nhecida em cartório, ou por instrumento público, outorgada pelo sujeito passi-
vo, com poderes para requerer e receber a restituição do valor que lhe tenha
sido descontado e não ressarcido.
§ 3o O disposto no § 2o deste artigo se aplica à restituição decorrente da
retenção na cessão de mão-de-obra e empreitada, hipótese em que deverá ser
observado o disposto no art. 219.

Subseção I
Do Requerimento e do Protocolo

Art. 209. O pedido de restituição será formalizado com a protocolização


do Requerimento de Restituição de Valores Indevidos (RRVI), conforme formu-
lário constante do Anexo III, em qualquer Agência da Previdência Social (APS)
PROCEDIMENTOS RELATIVOS À RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES 131

da Gerência Executiva da circunscrição do estabelecimento centralizador da


empresa, ou, quando estiver disponível, por meio da Internet no endereço
http://www.previdenciasocial.gov.br/.
· Ver anexo no Capítulo 7 do Manual prático da previdência social (livro impres-
so), item 4.1

Parágrafo único. O requerente, pessoa física, poderá protocolizar seu pe-


dido na APS que lhe convier.

Subseção II
Da Instrução do Processo

Art. 210. Os documentos necessários à instrução do processo são os se-


guintes:
I – Requerimento de Restituição de Valores Indevidos (RRVI), em duas
vias, disponível na Internet no endereço www.previdenciasocial.gov.br, assina-
das pelo requerente ou pelo representante legal da empresa;
II – procuração por instrumento particular, com firma reconhecida em car-
tório, ou por instrumento público, com poderes específicos para representar o
requerente, se for o caso;
III – original e cópia do cartão do CNPJ de empresa ou do CPF, de reque-
rente pessoa física e de procurador;
IV – outros de caráter específico, previstos nos §§ 1o a 6o deste artigo.
§ 1o Documentos específicos para a empresa ou para a equiparada a em-
presa:
I – o original e a cópia do ato constitutivo da empresa (contrato social e
última alteração contratual que identifique os responsáveis pela administração
ou pela gerência, ou o estatuto e a ata em que conste a atual diretoria ou o re-
gistro de firma individual, conforme o caso);
II – o original e a cópia do recibo de devolução de valor indevidamente
descontado, acrescidos de juros calculados na forma do art. 230 até a data do
seu efetivo ressarcimento, dos seguintes sujeitos passivos, corretamente identi-
ficados nos comprovantes:
a) empregado;
b) trabalhador avulso;
c) contribuinte individual;
d) produtor rural pessoa física;
e) segurado especial;
f) associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional.
132 PROCEDIMENTOS RELATIVOS À RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES

III – procuração por instrumento particular, com firma reconhecida em


cartório, ou por instrumento público, quando não houve ressarcimento do valor
descontado do sujeito passivo referido no inciso II deste parágrafo, com pode-
res específicos para requerer e receber a restituição do valor que lhe tenha sido
descontado e não ressarcido;
IV – no caso de requerimento formalizado por associação desportiva, a có-
pia do borderô (boletim financeiro) referente à renda do espetáculo em que
houve o desconto indevido, juntamente com a declaração, firmada pelo respon-
sável legal pela entidade promotora do espetáculo, sob as penas da lei, com fir-
ma reconhecida em cartório, de que descontou, recolheu e não devolveu o va-
lor objeto do pedido de restituição;
V – no caso de requerimento formalizado por entidade promotora do espe-
táculo, em que não houve ressarcimento do valor descontado, a cópia do borde-
rô (boletim financeiro) referente à renda do espetáculo em que houve o des-
conto indevido, juntamente com a procuração por instrumento particular, com
firma reconhecida em cartório, ou por instrumento público, da associação des-
portiva, com poderes específicos para a entidade promotora requerer e receber
a restituição do valor que lhe tenha sido descontado e não ressarcido;
VI – extratos de “Consulta pelo CNPJ” ou “Ficha cadastral” atualizados,
fornecidos pela Secretaria da Receita Federal, ou original e cópia do recibo de
entrega da Declaração Anual Simplificada da Receita Federal, do exercício fin-
do, para as empresas optantes pelo SIMPLES;
VII – folha de pagamento e respectivo resumo, relativa a cada competência
em que é pleiteada a restituição;
VIII – quando houver requerimento de restituição de valores recolhidos in-
devidamente, apresentado por empresa que estiver com atividade encerrada, o
processo deverá ser instruído com procuração dos sócios, por instrumento parti-
cular, com firma reconhecida em cartório, ou por instrumento público, outor-
gando poderes específicos a um dos sócios ou a terceiro para requerer e receber
a restituição.
§ 2o Documentos específicos para empregador doméstico:
I – original e cópia do recibo de pagamento de remuneração no período da
restituição pleiteada;
II – original e cópia do recibo de devolução de valor descontado indevida-
mente de empregado doméstico, corretamente identificado, acrescido de juros
calculados na forma do art. 230 até a data do seu efetivo ressarcimento; ou
III – procuração por instrumento particular, com firma reconhecida em
cartório, ou por instrumento público, outorgada pelo empregado doméstico
para o empregador requerer e receber a restituição do valor que lhe tenha sido
descontado e não ressarcido, exceto quando:
PROCEDIMENTOS RELATIVOS À RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES 133

a) se tratar de contribuição recolhida pelo empregador doméstico por


meio de débito automático em conta corrente bancária, hipótese em que a pro-
curação poderá ser substituída por cópia da Carteira de Trabalho e Previdência
Social (CTPS), ou cópia do termo de rescisão de contrato de trabalho ou cópia
da sentença ou do acordo homologado na justiça do trabalho, onde conste a
data do encerramento do vínculo empregatício, devendo o documento apresen-
tado por cópia ser acompanhado de seu respectivo original.
§ 3o Documentos específicos para o segurado empregado, inclusive o do-
méstico:
I – original e cópia dos recibos de pagamento de remuneração referentes
às competências em que é pleiteada a restituição;
II – original e cópia das folhas da Carteira de Trabalho e Previdência Soci-
al (CTPS) ou outro documento que comprove o vínculo empregatício, onde
conste a identificação do empregado e do empregador;
III – declaração, com firma reconhecida em cartório, firmada pelo empre-
gador, sob as penas da lei, de que descontou, recolheu e não devolveu o valor
objeto da restituição, não compensou a importância e nem pleiteou a restitui-
ção no INSS.
§ 4o Documentos específicos para o segurado trabalhador avulso:
I – quando ocorrer intermediação da mão-de-obra realizada pelo Órgão
Gestor de Mão-de-Obra (OGMO), efetuada em conformidade com as Leis no
8.630, de 1993 e no 9.719, de 27 de novembro de 1998, as quais abrangem as
categorias de estivador, conferente, consertador, vigia portuário e trabalhador
de capatazia:
a) original e cópia dos comprovantes de pagamento da remuneração cor-
respondente ao montante de mão-de-obra mensal (MMO), recibo de pagamen-
to de férias e de décimo-terceiro salário referentes às competências em que é
pleiteada a restituição;
b) original e cópia do comprovante de registro ou cadastro no OGMO;
c) declaração firmada pela empresa tomadora dos serviços, sob as penas
da lei, com firma reconhecida em cartório, de que foi descontado, recolhido e
não devolvido ao segurado a valor objeto do pedido de restituição, não foi com-
pensada a importância e nem pleiteada a restituição no INSS.
II – quando ocorrer intermediação da mão-de-obra realizada pelo sindica-
to da categoria:
a) original e cópia dos comprovantes de pagamento da remuneração cor-
respondente ao montante de mão-de-obra mensal (MMO), recibo de pagamen-
to de férias e de décimo-terceiro salário referentes às competências em que é
pleiteada a restituição;
b) original e cópia do comprovante de registro ou cadastro no sindicato;
134 PROCEDIMENTOS RELATIVOS À RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES

c) declaração firmada por dirigente responsável pelo sindicato, sob as


penas da lei, com firma reconhecida em cartório, de que foi descontada, reco-
lhida e não devolvida ao segurado a contribuição objeto do pedido de restitui-
ção, não foi compensada a importância e nem pleiteada a restituição no INSS.
§ 5o Documentos específicos para o segurado contribuinte individual:
I – quando a contribuição descontada sobre a sua remuneração for supe-
rior ao limite máximo do salário-de-contribuição, deverá apresentar:
a) discriminativo de remuneração e valores recolhidos, conforme modelo
previsto no Anexo IV, relacionando, mês a mês, as empresas para as quais pres-
tou serviços, as remunerações recebidas, os respectivos valores descontados, a
partir de 1o de abril de 2003, e, quando for o caso, os valores recolhidos na for-
ma prevista no art. 97;
· Ver anexo no Capítulo 7 do Manual prático da previdência social (livro impres-
so), item 4.1

b) originais e cópias dos comprovantes de pagamento de que trata o


art. 101.
II – quando o segurado contribuinte individual exercer, concomitantemen-
te, atividade como segurado empregado, além dos documentos relacionados
nas alíneas “a” e “b” do inciso I deste parágrafo, deverá apresentar:
a) original e cópia do recibo de pagamento de salário referente a cada
vínculo empregatício e a cada competência em que é pleiteada a restituição;
b) original e cópia das folhas da Carteira de Trabalho e Previdência So-
cial (CTPS) ou outro documento que comprove o vínculo empregatício, onde
conste a identificação do empregado e do empregador;
c) declaração firmada pelo empregador, sob as penas da lei, com firma
reconhecida em cartório, de que descontou, recolheu e não devolveu a contri-
buição objeto do pedido de restituição, não compensou a importância e nem
pleiteou a restituição no INSS.
III – na hipótese do contribuinte individual solicitar restituição em razão
de não ter efetuado na época própria a dedução de quarenta e cinco por cento
da contribuição efetivamente recolhida pelo tomador dos serviços deverá apre-
sentar o original e a cópia dos recibos de pagamento da remuneração referen-
tes a cada tomador, conforme previsto no § 2º do art. 85, relativos a cada com-
petência em que é pleiteada a restituição.
§ 6o Documentos específicos para a restituição de valor recolhido indevi-
damente sobre a comercialização da produção rural, nas seguintes situações:
I – quando recolhido e requerido pelo produtor rural pessoa física ou pelo
segurado especial, original e cópia da segunda via da nota fiscal de produtor
rural, caso tenha comercializado sua produção com adquirente domiciliado no
PROCEDIMENTOS RELATIVOS À RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES 135

exterior, diretamente no varejo com consumidor pessoa física, com outro pro-
dutor rural pessoa física ou com outro segurado especial;
II – quando recolhido e requerido pelo produtor rural pessoa jurídica, ori-
ginal e cópia da segunda via da nota fiscal de venda da produção rural;
III – quando recolhido e requerido por adquirente, por consignatário ou
por cooperativa de produtores rurais:
a) original e cópia da nota fiscal de produtor rural pessoa física ou de se-
gurado especial ou da nota fiscal de entrada de mercadorias, referente à opera-
ção de compra do produto rural;
b) original e cópia da segunda via do recibo de devolução ao produtor
rural pessoa física ou ao segurado especial, do valor retido indevidamente refe-
rente a nota fiscal de produtor ou a nota fiscal de entrada de mercadorias,
acrescido de juros calculados na forma do art. 230, até a data do seu efetivo
ressarcimento.
IV – quando recolhido por adquirente, consignatário ou cooperativa de
produtores rurais e requerido pelo produtor rural pessoa física ou pelo segura-
do especial:
a) original e cópia da segunda via da nota fiscal de produtor rural ou de
segurado especial ou da nota fiscal de entrada de mercadorias, referente à ope-
ração de venda dos produtos rurais;
b) declaração do adquirente, do consignatário ou da cooperativa, sob as
penas da lei, com firma reconhecida em cartório, de que descontou, recolheu e
não devolveu ao produtor rural pessoa física ou ao segurado especial o valor
objeto do pedido de restituição e de que não efetuou a compensação deste va-
lor e nem requereu a restituição no INSS.

Subseção III
Da Restituição de Valores Recolhidos para outras Entidades e Fundos

Art. 211. No caso de restituição de valores recolhidos para outras entida-


des e fundos, vinculados à restituição de valores recolhidos para a Previdência
Social, na forma do § 1o do art. 250 do RPS, será o pedido recebido e decidido
pelo INSS, que providenciará a restituição.
§ 1o Entende-se como valores vinculados, a ocorrência de recolhimento
indevido à Previdência Social e a outras entidades e fundos, no mesmo docu-
mento de arrecadação.
§ 2o O pedido de restituição de valores que envolver somente importân-
cias relativas a outras entidades e fundos será formulado diretamente à entida-
de respectiva e por ela decidido, cabendo ao INSS prestar as informações e rea-
lizar as diligências necessárias.
136 PROCEDIMENTOS RELATIVOS À RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES

Capítulo II
DA COMPENSAÇÃO E DA RESTITUIÇÃO DE VALORES
REFERENTES À RETENÇÃO NA CESSÃO DE
MÃO-DE-OBRA E NA EMPREITADA

Seção I
DA COMPENSAÇÃO

Art. 212. A empresa prestadora de serviços que sofreu retenção no ato da


quitação da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, confor-
me previsto no art. 149, poderá compensar o valor retido quando do recolhi-
mento das contribuições devidas à Previdência Social, desde que a retenção es-
teja destacada na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços.
§ 1o Se a retenção não tiver sido destacada na nota fiscal, na fatura ou
no recibo de prestação de serviços, a empresa contratada poderá efetuar a com-
pensação do valor retido, desde que a contratante tenha efetuado o recolhi-
mento desse valor.
§ 2o A compensação da retenção somente poderá ser efetuada com as
contribuições devidas à Previdência Social, não podendo absorver contribuições
destinadas a outras entidades e fundos, as quais deverão ser recolhidas inte-
gralmente pelo sujeito passivo.
§ 3o Para fins de recolhimento e de compensação da importância retida,
será considerada como competência aquela que corresponder à data da emissão
da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços.
§ 4o Os valores retidos no mês de dezembro poderão ser compensados
com as contribuições devidas em decorrência do pagamento do décimo-terceiro
salário.
§ 5o Caberá a compensação dos valores retidos em recolhimento efetua-
do em atraso, desde que o valor retido seja da mesma competência do paga-
mento das contribuições.
§ 6o A compensação do valor retido deverá ser feita no documento de ar-
recadação do estabelecimento da empresa que sofreu a retenção, sendo vedada
a compensação em documento de arrecadação referente a outro estabelecimen-
to.
§ 7o A empresa contratada para execução de obra de construção civil me-
diante empreitada total, compensará o valor eventualmente retido, na forma do
art. 200, em documento de arrecadação identificado com a matrícula CEI da
obra para a qual foi efetuado o faturamento, vedada a compensação em docu-
mento de arrecadação referente a outra obra.
§ 8o No caso de obra de construção civil, é admitida a compensação de
saldo de retenção com as contribuições referentes ao estabelecimento da em-
presa ao qual se vincula a obra.
PROCEDIMENTOS RELATIVOS À RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES 137

Art. 213. Na impossibilidade de haver compensação integral da retenção


na própria competência, o crédito em favor da empresa prestadora de serviços
poderá ser compensado nas competências subseqüentes, ou ser objeto de pedi-
do de restituição.
Parágrafo único. Caso a opção seja pela compensação em competências
subseqüentes, o crédito em favor da empresa prestadora de serviços, acrescido
de juros, calculados na forma do art. 230, não está sujeito ao limite de trinta por
cento estabelecido no art. 203, observadas as condições previstas no art. 212.

Seção II
DA RESTITUIÇÃO

Art. 214. O sujeito passivo, não optando pela compensação dos valores
retidos, ou, se após a compensação, restar saldo em seu favor, poderá requerer
a restituição do valor não compensado.

Subseção I
Do Pedido de Restituição

Art. 215. O pedido de restituição de valores retidos será formalizado com


a protocolização de requerimento em qualquer APS da Gerência-Executiva cir-
cunscricionante do estabelecimento centralizador da empresa ou, quando esti-
ver disponível, via Internet.

Subseção II
Da Instrução do Processo

Art. 216. Os documentos necessários à instrução do processo de restitui-


ção da retenção são os seguintes:
I – Requerimento de Restituição da Retenção (RRR), conforme formulário
constante do Anexo V, disponível na Internet no endereço http://www.previ-
denciasocial.gov.br;
· Ver anexo no Capítulo 7 do Manual prático da previdência social (livro impres-
so), item 4.1

II – original e cópia do contrato social e última alteração contratual que


identifique os responsáveis pela administração ou pela gerência da sociedade,
ou estatuto social e ata em que conste a atual diretoria da sociedade ou associa-
ção, ou o registro de firma individual, conforme o caso;
III – original e cópia das notas fiscais, das faturas ou dos recibos de presta-
ção de serviços emitidos pela empresa prestadora de serviços na competência
objeto do pedido de restituição, que serão conferidos com os dados registrados
no demonstrativo citado no inciso VII;
138 PROCEDIMENTOS RELATIVOS À RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES

IV – original e cópia das notas fiscais, das faturas ou dos recibos de presta-
ção de serviços emitidos por subcontratada;
V – original e cópia dos resumos das folhas de pagamento específicas, refe-
rentes a cada contratante dos serviços e ao setor administrativo da requerente;
VI – original e cópia do resumo geral consolidado de todas as folhas de pa-
gamento, com o respectivo demonstrativo de cálculo das contribuições sociais e
da base de cálculo utilizada;
VII – demonstrativo das notas fiscais, faturas ou recibos de prestação de
serviços, elaborado pela empresa requerente, totalizado por contratante e assi-
nado pelo representante legal da empresa, conforme formulário constante do
Anexo VI;
· Ver anexo no Capítulo 7 do Manual prático da previdência social (livro impres-
so), item 4.1

VIII – relatório das retenções emitido pelo Sistema Empresa de Recolhi-


mento do FGTS e Informações à Previdência Social (SEFIP);
IX – original e cópia da Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à
Previdência Social (GFIP) relativa às duas últimas competências anteriores
à data do protocolo da restituição, caso as mesmas estejam incluídas no reque-
rimento;
X – extratos de “Consulta pelo CNPJ” ou “Ficha Cadastral”, atualizados,
fornecidos pela Secretaria da Receita Federal, ou original e cópia do recibo de
entrega da Declaração Anual Simplificada da Receita Federal, do exercício fin-
do, para as empresas optantes pelo SIMPLES;
XI – contrato de prestação serviço;
XII – para cumprimento do disposto no inciso II do § 4o do art. 225, a re-
querente deverá apresentar cópia do último balanço patrimonial e declaração,
sob as penas da lei, firmada pelo representante legal e pelo contador responsá-
vel com identificação de seu registro no Conselho Regional de Contabilidade
(CRC), de que a emrpesa possui escrituração contábil regular.
Parágrafo único. Deverá ser apresentada procuração do sujeito passivo
outorgada por instrumento particular, com firma reconhecida em cartório, ou
por instrumento público, com poderes específicos para representar o requeren-
te, se for o caso.

Seção III
DAS DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS DA RETENÇÃO

Art. 217. Na falta de destaque do valor da retenção na nota fiscal, fatura


ou recibo de prestação de serviços, a empresa contratada somente poderá rece-
PROCEDIMENTOS RELATIVOS À RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES 139

ber a restituição pleiteada se comprovar o recolhimento do valor retido pela


empresa contratante.
Art. 218. Constatada divergência nas informações fornecidas pela reque-
rente, ou a não confirmação do recolhimento do valor retido, a APS da circuns-
crição da empresa contratada deverá oficiar diretamente a empresa contratante
para, no prazo de dez dias, contados da data da ciência, confirmar os dados e
valores constantes nas notas fiscais, faturas ou recibos referentes às competên-
cias relacionadas no requerimento ou o recolhimento das importâncias retidas,
conforme o caso.
§ 1o Confirmadas as divergências e não sendo sanadas as irregularidades
pela requerente, no prazo previsto no caput, o processo de restituição deverá
ser encaminhado ao Serviço ou à Seção de Fiscalização para a instauração do
procedimento fiscal adequado junto à empresa contratada e análise conclusiva
quanto ao pedido.
§ 2o Não sendo o recolhimento confirmado dentro do prazo estabelecido
no caput, deverá o fato ser comunicado por escrito ao Serviço ou à Seção de
Fiscalização da Gerência-Executiva da circunscrição da empresa contratante
para que, sendo o caso, sejam adotadas as providências para a constituição do
crédito previdenciário e emissão da Representação Fiscal para Fins Penais, sem
prejuízo do andamento do processo de restituição.
Art. 219. Na hipótese da empresa contratante efetuar recolhimento de
valor retido em duplicidade ou a maior, o pedido de restituição será apresenta-
do pela empresa contratada, ou pela empresa contratante, na forma estabeleci-
da nos arts. 215 e 216.
Parágrafo único. Quando se tratar de pedido feito pela empresa contra-
tante, esta deverá apresentar também os seguintes documentos:
I – autorização expressa de responsável legal pela empresa contratada,
com firma reconhecida em cartório, com poderes específicos para requerer e re-
ceber a restituição, em que conste a(s) competência(s) em que houve recolhi-
mento em duplicidade ou de valor a maior;
II – declaração firmada pelo outorgante, sob as penas da lei, com firma re-
conhecida em cartório, de que não compensou e nem foi restituído dos valores
requeridos pela outorgada.
Art. 220. O requerimento de restituição de retenção de empresa optante
pelo SIMPLES, obedecerá os seguintes critérios:
I – para pedidos referentes a notas fiscais, faturas ou recibos emitidos até
31 de dezembro de 1999 e após 1o de setembro de 2002, aplicar-se-á o trata-
mento de restituição da retenção;
II – para pedidos de restituição de retenção sofrida no período de 1o de ja-
neiro de 2000 e 31 de agosto de 2002, em que não havia a obrigação da reten-
ção, aplicar-se-á a regra geral da compensação e da restituição de valores reco-
lhidos indevidamente;
140 PROCEDIMENTOS RELATIVOS À RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES

III – para os pedidos de restituição de retenção que se refiram aos dois pe-
ríodos previstos nos incisos I e II, no mesmo requerimento, serão aplicados os
dois critérios previstos naqueles incisos, observado cada período.

Capítulo III
DO REEMBOLSO

Art. 221. Reembolso é o procedimento pelo qual o INSS ressarce a em-


presa ou a equiparada de valores de quotas de salário-família e salário-materni-
dade pagos a segurados a seu serviço, observado quanto ao salário-materni-
dade, o período anterior a 29 de novembro de 1999 e os benefícios requeridos
a partir de 1o de abril de 2003.
§ 1o O reembolso poderá ser efetuado mediante dedução no ato do reco-
lhimento das contribuições devidas à Previdência Social, correspondentes ao
mês de pagamento do benefício ao segurado.
§ 2o Quando o valor a deduzir for superior às contribuições sociais previ-
denciárias devidas para o mês do pagamento do benefício ao segurado, o sujei-
to passivo poderá deduzir o saldo a seu favor no recolhimento das contribui-
ções dos meses subseqüentes, sem o limite estabelecido no art. 203, observando
as disposições dos arts. 202 e 230, ou poderá requerer o seu reembolso ao INSS.
§ 3o Caso o sujeito passivo não efetue a dedução na época própria, essas
importâncias poderão ser compensadas, sem o limite estabelecido no art. 203,
observando as disposições dos arts. 202 e 230, ou ser objeto de requerimento
de restituição.
§ 4o A valor das quotas de salário-família ou de salário-maternidade só
poderá ser deduzido das contribuições devidas à Previdência Social, sendo ve-
dada a dedução das contribuições arrecadadas pelo INSS para outras entidades
e fundos.

Seção Única
DO PEDIDO DE REEMBOLSO

Art. 222. O pedido será formalizado com a protocolização de requeri-


mento em qualquer APS da Gerência-Executiva da circunscrição do estabeleci-
mento centralizador da empresa ou, quando estiver disponível, via Internet.

Subseção Única
Da Instrução do Processo

Art. 223. Os documentos necessários à instrução do processo são os se-


guintes:
PROCEDIMENTOS RELATIVOS À RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES 141

I – Requerimento de Reembolso (RR), em duas vias, conforme modelo


constante do Anexo VII, disponível na página da Previdência Social, no endere-
ço http://www.previdenciasocial.gov.br, ou em documento diverso, desde que
o requerimento contenha todas as informações exigidas no respectivo formulário;
· Ver anexo no Capítulo 7 do Manual prático da previdência social (livro impres-
so), item 4.1

II – original e cópia do contrato social e última alteração contratual que


identifique os responsáveis pela administração ou pela gerência da sociedade,
ou estatuto social e ata em que conste a atual diretoria da sociedade ou associa-
ção, ou o registro de firma individual, conforme o caso;
III – procuração por instrumento particular, com firma reconhecida em
cartório, ou por instrumento público, com poderes específicos para representar
o requerente, se for o caso;
IV – GFIP das duas competências anteriores à data do protocolo do reque-
rimento, caso as mesmas estejam incluídas no pedido;
V – extrato de “Consulta pelo CNPJ” ou “Ficha Cadastral” atualizados, for-
necidos pela Secretaria da Receita Federal, ou original e cópia do recibo de en-
trega da Declaração Anual Simplificada da Receita Federal, do exercício findo,
para as empresas optantes pelo SIMPLES.
§ 1o Os documentos específicos para instrução de processo relativo a
reembolso de quotas de salário-família, são:
I – o original e a cópia da folha de pagamento que comprove o pagamento
do salário-família;
II – a cópia da certidão de nascimento do filho ou da documentação relati-
va à equiparada;
III – atestado de vacinação anual para crianças de até seis anos de idade;
IV – comprovação semestral de freqüência escolar a partir dos sete anos de
idade.
§ 2o Os documentos específicos para instrução de processo relativo a
reembolso de valor correspondente a salário-maternidade, são:
I – o original e a cópia da folha de pagamento que comprove o pagamento
do salário-maternidade;
II – o original e a cópia de atestado médico; ou
III – o original e a cópia da certidão de nascimento.

Capítulo IV
DA OPERAÇÃO CONCOMITANTE

Art. 224. Operação concomitante é o procedimento pelo qual o sujeito


passivo, mediante manifesto interesse, liquida valores devidos à Previdência So-
142 PROCEDIMENTOS RELATIVOS À RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES

cial, total ou parcialmente, utilizando-se de crédito da mesma natureza, oriun-


do de processo de restituição ou de reembolso.
§ 1o O interesse de realizar a operação concomitante deverá ser manifes-
tado por escrito pelo sujeito passivo e este documento integrará o processo de
restituição ou de reembolso.
§ 2o Havendo a opção pela operação concomitante, serão observados os
seguintes critérios:
I – sendo o valor devido à Previdência Social inferior ao da restituição ou
do reembolso, será emitida Autorização para Pagamento (AP) ao requerente do
valor excedente, cuja cópia será juntada aos processos de débito, de restituição
e de reembolso, conforme o caso, após a efetiva liquidação;
II – caso o valor devido à Previdência Social seja superior ao da restituição
ou do reembolso, a liquidação ocorrerá até o montante do valor a ser restituído
ou reembolsado, prosseguindo-se a cobrança dos valores ainda devidos.
§ 3o A operação concomitante deverá ocorrer na seguinte ordem de liqui-
dação:
I – créditos constituídos cuja exigibilidade não esteja suspensa, observada
a ordem de constituição, a partir do mais antigo;
II – parcelas vencidas e não-pagas relativas a acordo de parcelamento, ob-
servada a ordem de vencimento, a partir da mais antiga;
III – importâncias devidas e não-recolhidas, referentes a contribuições e
acréscimos legais, considerando as competências mais antigas, observados os
prazos de decadência;
IV – parcelas vincendas relativas a acordo de parcelamento adimplente,
observada a ordem decrescente de vencimento.
§ 4o Formalizada a opção pela operação concomitante o processo de res-
tituição será instruído com planilha, elaborada por servidor da APS, que conterá:
I – o valor a restituir ou a reembolsar e os respectivos juros calculados na
forma do art. 230;
II – o valor devido pelo sujeito passivo e os respectivos acréscimos legais
calculados na forma da Seção V do Capítulo I do Título VI;
III – a demonstração da eventual diferença.

Capítulo V
DA DECISÃO E DO RECURSO
Art. 225. Compete à Chefia do Serviço/Seção/Setor de Arrecadação da
APS decidir sobre requerimento de reembolso e de restituição.
§ 1o Na hipótese de deferimento total ou parcial de pedido de restitui-
ção, deverá ser interposto recurso de ofício, nos termos do art. 366 do RPS, à
autoridade hierarquicamente superior, na seguinte ordem:
PROCEDIMENTOS RELATIVOS À RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES 143

I – à chefia da Agência da Previdência Social (APS), caso o montante do


valor a ser restituído, nele considerados o valor originário e os acréscimos legais,
seja inferior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais);
II – à chefia da Divisão/Serviço de Receita Previdenciária da Gerên-
cia-Executiva, caso o montante do valor a ser restituído, nele considerados o
valor originário e os acréscimos legais, seja igual ou superior a R$ 30.000,00
(trinta mil reais).
§ 2o Na APS tipo “D”, compete à chefia da agência a decisão a que se re-
fere este artigo, e quando esta for procedente, deverá ser interposto recurso de
ofício à Chefia da Divisão/Serviço da Receita Previdenciária da Gerência-Execu-
tiva de sua circunscrição, qualquer que seja o montante do valor a ser restituí-
do.
§ 3o Não caberá recurso de ofício em relação ao pedido cujo deferimento
decorrer da aplicação do procedimento de rito sumário, envolvendo as seguin-
tes situações:
I – restituição de pagamento de contribuição em duplicidade;
II – restituição de valor decorrente de evidente erro de cálculo;
III – restituição de contribuições recolhidas em período de gozo de benefí-
cio por segurado contribuinte individual ou facultativo, desde que o segurado
tenha estado em gozo de benefício durante todo o período da competência en-
volvida na restituição.
§ 4o Fica condicionada ao despacho conclusivo de Auditor-Fiscal da Pre-
vidência Social (AFPS), a decisão referente aos processos que apresentem as se-
guintes situações:
I – empresa optante pelo SIMPLES cuja atividade econômica esteja incluí-
da entre as vedações do art. 9o da Lei no 9.317, de 6 de dezembro de 1996, hi-
pótese em que deverá ser emitida Representação Administrativa à Secretaria da
Receita Federal (SRF), devendo o pedido de restituição ficar sobrestado até a
decisão da SRF;
II – restituição decorrente da retenção na cessão de mão-de-obra ou na
empreitada em que o valor da mão-de-obra empregada é inferior a quarenta
por cento do valor bruto dos serviços contido na nota fiscal, fatura ou recibo de
prestação de serviços quando a requerente apresentar prova de que possui escri-
turação contábil formalizada;
III – pedido em que o processo foi instruído com GFIP contendo retificação
que importe alteração de fatos geradores ou valores de contribuições devidas
pelo sujeito passivo.
Art. 226. Da decisão proferida nos pedidos de que trata o caput do art.
225, será dada ciência ao requerente por meio postal ou por correio eletrônico.
Parágrafo único. Da decisão pela improcedência total ou parcial do pedi-
do, caberá recurso para o Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS),
144 PROCEDIMENTOS RELATIVOS À RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES

no prazo de trinta dias, contados da data da ciência da decisão, devendo, nesta


hipótese, serem apresentadas contra-razões pelo INSS.

Capítulo VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Seção I
DOS PRAZOS E DOS DIREITOS

Art. 227. O direito de pleitear restituição ou reembolso ou de realizar


compensação de contribuições ou de outras importâncias extingue-se em cinco
anos contados do dia seguinte:
I – do recolhimento ou do pagamento indevido;
II – em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em jul-
gado a decisão judicial que tenha reformado, anulado ou revogado a decisão
condenatória;
III – do vencimento da competência em que deixou de ser efetuado o reem-
bolso, mediante dedução;
IV – do vencimento para recolhimento da retenção efetuada com base na
nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços.
Art. 228. O prazo final para apresentação de pedido de restituição ou de
início da efetivação da compensação de contribuições sociais previdenciárias re-
lativas a remuneração paga a autônomos, empresários e avulsos, foi estabeleci-
do de acordo com os seguintes critérios:
I – os recolhimentos efetuados com base no inciso I do art. 3o da Lei no
7.787, de 30 de junho de 1989, relativos ao período de setembro de 1989 a ou-
tubro de 1991, tiveram por início do prazo prescricional o dia 28 de abril de
1995 (data da publicação da Resolução no 14 do Senado Federal) e, por térmi-
no, o dia 28 de abril de 2000;
II – os recolhimentos efetuados com base no inciso I do art. 22 da Lei no
8.212, de 1991, relativos ao período de novembro de 1991 a abril de 1996, an-
terior à vigência da Lei Complementar no 84, de 18 de janeiro de 1996, tiveram
por início do prazo prescricional o dia 1o de dezembro de 1995 (data da repu-
blicação da decisão proferida na Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADIN
nº 1.102/DF) e, por término, o dia 1o de dezembro de 2000.
Art. 229. Quando a empresa estiver com atividade encerrada, terão legi-
timidade para pleitear a restituição os sócios que detêm o direito ao crédito ou
a empresa sucessora, conforme determinado no ato de dissolução ou de suces-
são, respectivamente.
Parágrafo único. Poderão também efetuar a compensação de créditos as
empresa que resultarem das situações previstas no art. 780.
PROCEDIMENTOS RELATIVOS À RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES 145

Seção II
DO RECOLHIMENTO E DOS ACRÉSCIMOS LEGAIS

Art. 230. O valor a ser compensado, reembolsado ou restituído será cor-


rigido monetariamente conforme art. 509 e, a partir de 1o de janeiro de 1996,
acrescido de juros, calculados da seguinte forma:
I – em relação aos valores a serem compensados ou restituídos, um por
cento relativamente ao mês em que houve o pagamento indevido, a taxa SELIC
relativamente aos meses intermediários entre o pagamento indevido e a efetiva
compensação ou restituição e de um por cento no mês em que estiver sendo
efetuada a mencionada compensação ou restituição;
II – em relação aos valores a serem reembolsados, um por cento relativa-
mente ao mês subseqüente aquele que se referir o reembolso, a taxa SELIC rela-
tivamente aos meses intermediários entre aquele que se referir o reembolso e o
do seu efetivo pagamento e de um por cento no mês em que estiver sendo efe-
tuado o mencionado reembolso.
Parágrafo único. O cálculo do valor a ser compensado, reembolsado ou
restituído, poderá ser efetuado pela Internet, no endereço <www.previdencia-
social.gov.br>.
Art. 231. O valor a ser recolhido à Previdência Social deverá ser apurado
após as deduções do salário-família e do salário-maternidade, a compensação
dos valores retidos na cessão de mão-de-obra e na empreitada, e a compensa-
ção dos demais valores recolhidos indevidamente.
Parágrafo único. Revogado.
Art. 232. Os valores deduzidos ou compensados deverão ser declarados na
GFIP relativa a competência em que foi realizada a dedução ou a compensação.

Seção III
DA APRESENTAÇÃO E DA GUARDA DOS DOCUMENTOS

Art. 233. Os formulários constantes dos Anexos III a VII poderão ser obti-
dos em qualquer APS ou via Internet na página da Previdência Social no ende-
reço http://www.previdenciasocial.gov.br.
· Ver anexo no Capítulo 7 do Manual prático da previdência social (livro impres-
so), item 4.1

Parágrafo único. O pedido de restituição ou de reembolso poderá ser for-


malizado em documentos diversos dos formulários referidos no caput, desde
que o requerimento contenha todas as informações exigidas no respectivo for-
mulário.
Art. 234. Na hipótese de requerimento formulado por meio da Internet,
os elementos necessários à instrução do processo deverão ser apresentados na
146 PROCEDIMENTOS RELATIVOS À RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES

APS circunscricionante do estabelecimento centralizador da empresa requeren-


te ou do domicílio do sujeito passivo, no prazo de dez dias, a contar da data do
protocolo.
Parágrafo único. O requerimento será arquivado caso o sujeito passivo
não apresente, no prazo estabelecido no caput, os elementos necessários à ins-
trução e análise do pedido.
Art. 235. Na hipótese de requerimento protocolizado na APS, a falta de
apresentação de qualquer elemento necessário à instrução e análise do proces-
so deverá ser comunicada ao sujeito passivo, mediante ofício enviado por meio
postal ou por correio eletrônico.
Parágrafo único. Não suprida a falta documental no prazo de dez dias, a
contar da data do recebimento do ofício pelo sujeito passivo, o processo será ar-
quivado.
Art. 236. Reconhecido o direito à restituição ou ao reembolso pleiteado
pelo contribuinte e havendo fato impeditivo ao pagamento, previsto no art.
207, o requerente será cientificado, mediante ofício enviado por meio postal ou
por correio eletrônico, e terá o prazo de dez dias, a contar da data da ciência,
para sanar o impedimento ou requerer a operação concomitante, se for o caso,
sob pena de arquivamento do processo na APS.
Art. 237. Nas situações previstas nos arts. 234, 235 e 236, o sujeito passi-
vo poderá apresentar novo pedido, observado o prazo prescricional definido no
art. 227, não cabendo o desarquivamento do processo.
Art. 238. O direito à compensação ou à restituição está condicionado à
comprovação do recolhimento ou do pagamento do valor a ser compensado ou
requerido.
§ 1o As informações prestadas pelo sujeito passivo no requerimento de
restituição ou de reembolso deverão ser confirmadas nos sistemas informatiza-
dos do INSS.
§ 2o Ocorrendo divergência entre as informações declaradas pelo sujeito
passivo no requerimento de restituição ou de reembolso e as constantes nos sis-
temas informatizados do INSS, serão exigidos documentos e esclarecimentos
que possibilitem regularizar a situação, inclusive quanto à retificação de GFIP
elaborada em desacordo com o Manual da GFIP.
§ 3o O disposto no caput não se aplica à compensação e à restituição de
valores retidos com base no art. 149, salvo na hipótese prevista no § 1o do art.
212 e no art. 217.
Art. 239. Poderão ser exigidos outros documentos que se façam necessá-
rios à instrução e à análise do pedido de restituição ou de reembolso, que conte-
nham informações não disponíveis nos bancos de dados informatizados do INSS.
PROCEDIMENTOS RELATIVOS À RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES 147

Art. 240. Quando a restituição ou o reembolso envolver a obrigatorieda-


de de retificação de valores declarados em GFIP, correspondente a competência
relacionada no pedido, deverão ser observados os seguintes procedimentos:
I – se a requerente for a empresa, o pedido deverá ser instruído com a
GFIP retificada e os formulários de retificação, com os respectivos recibos de
entrega, conforme o caso;
II – no caso de requerimento apresentado por segurado ou por terceiro
não responsável pelo recolhimento, conforme previsto no § 1o do art. 208, não
haverá necessidade de alteração na GFIP, não ocasionando nenhum prejuízo da
restituição ao requerente.
Art. 241. As cópias dos documentos exigidos para instrução do processo
serão conferidas com os seus originais, para fins de conferência pelo servidor,
os quais serão devolvidos, de imediato, ao sujeito passivo.

Seção IV
DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Art. 242. Na hipótese de cooperativa de trabalho ter sofrido, a partir de


1o de março de 2000, retenção sobre o valor da nota fiscal ou da fatura de pres-
tação de serviços, a compensação ou a restituição do valor indevidamente reti-
do poderá ser efetuada ou requerida por essa cooperativa de trabalho.
Art. 243. O requerente poderá pedir, no mesmo requerimento e na mes-
ma competência, a restituição de recolhimento indevido, de retenção ou o reem-
bolso, obedecendo, para cada caso, os critérios estabelecidos nesta Instrução
Normativa.
Art. 244. O requerimento de restituição decorrente de mandado judicial
oriundo de liminar ou de sentença contra o INSS ou autoridade que o represen-
te, será protocolizado em qualquer APS da Gerência-Executiva circunscricio-
nante do estabelecimento centralizador do sujeito passivo.
Parágrafo único. O pedido será encaminhado à Procuradoria Federal
Especializada junto ao INSS para conhecimento, exame, manifestação e, se for
o caso, devolução à Gerência-Executiva ou à APS de origem, com as instruções
procedimentais.
Art. 245. O requerimento de restituição de contribuições incidentes sobre
o faturamento e o lucro, bem como sobre a receita de concursos de prognósti-
cos, deverá ser dirigido diretamente à Secretaria da Receita Federal (SRF).
Art. 246. Caso seja constatado, em procedimento fiscal, que as informa-
ções prestadas pelo sujeito passivo no requerimento de restituição ou de reem-
bolso, bem como em documentos relacionados com compensação ou reembolso
efetuados, são inverídicas, o valor restituído ou compensado será glosado.
Auto de Infração (Lavratura)
e Aplicação de Multas

Seção V
DO AUTO DE INFRAÇÃO (AI)

Art. 664. O Auto de Infração (AI) é o documento emitido privativamente


por AFPS, no exercício de suas funções, durante o procedimento fiscal, e se des-
tina a registrar a ocorrência de infração à legislação previdenciária por descum-
primento de obrigação acessória e a constituir o respectivo crédito da Previdên-
cia Social relativo à penalidade pecuniária aplicada.
§ 1o O AI deve conter a identificação do autuado, o dispositivo legal in-
fringido, o valor e o dispositivo legal da multa aplicada, bem como o local, a
data e a hora de sua lavratura.
§ 2o Integram o AI os documentos relacionados nos incisos I, X, XII, XIII,
XV e XVI do art. 688 e no inciso II do art. 690.
Art. 665. O AFPS lavrará o AI preferencialmente em meio eletrônico,
com a identificação do CNPJ do estabelecimento centralizador ou da matrícula
CEI do sujeito passivo, em duas vias, destinando uma via à instrução do proces-
so administrativo-fiscal e uma via ao autuado.
§ 1o No caso de AI lavrado em nome de pessoa física, não matriculada
no INSS, o AFPS promoverá a matrícula CEI, de ofício, para efeito de cadas-
tramento.
§ 2o A via do AI destinada ao sujeito passivo será entregue pelo AFPS ao
seu representante legal ou mandatário, na forma prevista nos incisos I, II, III e
§ 1o do art. 692.
Art. 666. No procedimento fiscal realizado em órgão ou entidade da ad-
ministração pública direta ou indireta da União, dos estados, do Distrito Fede-
ral ou dos municípios, o AI deverá ser lavrado em nome da pessoa do dirigente,
precedido da emissão de MPF-Ex, em relação ao período de gestão do respecti-
vo dirigente.
AUTO DE INFRAÇÃO (LAVRATURA) E APLICAÇÃO DE MULTAS 149

§ 1o Para os fins previstos neste artigo, considerar-se-á dirigente a pessoa


que tem competência funcional para decidir a prática ou não, do ato que cons-
titui infração à legislação previdenciária.
§ 2o O disposto neste artigo não se aplica à empresa pública, à sociedade
de economia mista ou à fundação de natureza privada, que deverão ser direta-
mente responsabilizadas pelas infrações praticadas.
Art. 667. O titular de serventia em cartório é pessoalmente responsável
pela infração a dispositivo da legislação previdenciária, em nome do qual deve-
rá ser lavrado o AI.
Art. 668. O síndico, o comissário ou o liquidante de empresa que esteja,
respectivamente, em falência, em concordata ou em liquidação judicial ou ex-
trajudicial, deverá ser autuado sempre que, relativamente aos documentos ou
às informações que estejam sob sua guarda, se recusar a apresentá-los, sone-
gá-los ou apresentá-los deficientemente, identificando-se o regime especial em
que se encontra a empresa no relatório fiscal.
Parágrafo único. As pessoas referidas no caput serão responsabilizadas
pelos atos infracionais praticados durante o período de administração da falên-
cia, da concordata ou da liquidação.
Art. 669. O inventariante será autuado sempre que ocorrer a hipótese
prevista no art. 668, bem como pelos atos infracionais praticados durante o pe-
ríodo da administração do espólio, o qual deverá ser precedido da emissão de
MPF-Ex, em relação ao período de gestão do inventariante.
Art. 670. O AI referente a empresa com atividade encerrada será lavrado
em nome dessa empresa, identificando-se a seguir o nome e a qualificação do
titular, sócio-gerente, sócio-remanescente ou diretor-presidente, precedidos da
expressão “na pessoa do ...”, devendo constar após a denominação social da em-
presa, a expressão “atividade encerrada”.
Art. 671. Na sucessão de empresas o AI será lavrado em nome do suces-
sor, identificando-se a seguir o antecessor ou os antecessores, se houver infra-
ção praticada em período anterior, registrando-se no relatório fiscal a forma
como se deu a sucessão.
Art. 672. Havendo denúncia espontânea da infração, não cabe a lavratu-
ra de AI.
Parágrafo único. Considera-se denúncia espontânea o procedimento ado-
tado pelo infrator que regularize a situação que tenha configurado a infração,
antes do início de qualquer ação fiscal relacionada com a infração, dispensada a
comunicação da correção da falta ao INSS.
Art. 673. No mesmo procedimento fiscal será lavrado apenas um AI por
tipo de infração, salvo nos casos previstos nos arts. 674 a 676, em que poderão
ser lavrados mais de um AI no mesmo procedimento, por diferentes ocorrências.
150 AUTO DE INFRAÇÃO (LAVRATURA) E APLICAÇÃO DE MULTAS

Parágrafo único. As infrações que configuram permanência dos efeitos


prejudiciais à Previdência Social poderão ser objeto de nova autuação em outro
procedimento fiscal se, sendo esta passível de correção, não tenha o infrator
corrigido a falta até o início do novo procedimento.
Art. 674. Nas infrações abaixo, cada situação descrita configura uma
ocorrência:
I – segurado empregado não-inscrito, com exercício de atividade após 6 de
março de 1997, independentemente da data de admissão no trabalho;
II – perfil profissiográfico previdenciário ( PPP) não-emitido para trabalha-
dor exposto a agentes nocivos ou a não entrega deste documento ao trabalha-
dor, quando da rescisão do contrato de trabalho;
III – acidente de trabalho não-comunicado ao INSS na forma e prazo esta-
belecidos;
IV – Certidão Negativa de Débito (CND) não-exigida, nos casos previstos
em lei;
V – obra de construção civil não matriculada no INSS no prazo estabeleci-
do em lei.
Art. 675. Nas infrações abaixo considera-se cada competência em que te-
nha ocorrido o descumprimento da obrigação como uma ocorrência, indepen-
dentemente do número de documentos não entregues nessa competência:
I – GRPS ou GPS não encaminhada ao sindicato correspondente, até a
competência dezembro de 2001;
II – GFIP ou GRFP não entregue na rede bancária, a partir da competência
janeiro de 1999;
III – GFIP ou GRFP entregue com dados não correspondentes aos fatos ge-
radores de todas as contribuições sociais.
§ 1o Na hipótese dos incisos II e III do caput e exclusivamente para fins
de autuação e aplicação da multa, todas as GFIP da empresa ou equiparada,
por competência, que contenham ou deveriam conter os dados relacionados aos
fatos geradores de contribuições sociais e outras informações de interesse do
INSS, deverão ser consideradas como um único documento, ainda que se refi-
ram a estabelecimentos distintos.
§ 2o Quando o sujeito passivo estiver obrigado a entregar mais de uma
GFIP na competência, o documento que não tenha sido entregue, ou tenha sido
entregue conforme previsto no inciso III do caput, será considerado, para fins
de autuação, como omissão de fato gerador das contribuições sociais.
§ 3o Não ocorrerá a infração prevista no inciso II do caput, quando a
empresa sem fato gerador de contribuições tiver entregue a GFIP comunican-
do a situação “sem movimento”, na primeira competência em que ocorreu
esta situação.
AUTO DE INFRAÇÃO (LAVRATURA) E APLICAÇÃO DE MULTAS 151

Art. 676. Constitui infração à legislação previdenciária a entrega de GFIP


ou GRFP, observado quanto a esta o período de vigência, contendo informações
inexatas, incompletas ou omissas, em campos relativos a dados não relaciona-
dos a fatos geradores de contribuições sociais.
§ 1o Na hipótese do caput, cada campo, por competência, considera-se
uma ocorrência, independentemente do número de GFIP ou GRFP entregues
nessa competência.
§ 2o O descumprimento das demais obrigações em relação à GFIP previs-
tas no Manual da GFIP, não será considerada por competência, configurando o
ato ou omissão contrário ao referido manual como uma única infração.

Subseção I
Das Multas

Art. 677. Por infração a qualquer dispositivo da Lei no 8.212, de 1991,


exceto no que se refere a prazo de recolhimento de contribuições, da Lei no
8.213, de 1991 e da Lei no 10.666, de 2003, fica o responsável sujeito a multa
variável, conforme a gravidade da infração, limitada a um valor mínimo e um
valor máximo previstos no RPS e atualizados mediante Portaria Ministerial,
aplicada da seguinte forma:
I – a partir do valor mínimo, limitada ao valor máximo estabelecido em
Portaria Ministerial, para as infrações previstas no inciso I do art. 283 do RPS;
II – a partir de dez vezes o valor mínimo, limitada ao valor máximo esta-
belecido em Portaria Ministerial, para as infrações previstas no inciso II do art.
283 do RPS;
III – no valor mínimo, por segurado não-inscrito, para a infração prevista
no § 2o do art. 283 do RPS;
IV – no valor mínimo, para as infrações para as quais não haja penalidade
expressamente cominada, conforme o § 3o do art. 283 do RPS;
V – equivalente a um multiplicador sobre o valor mínimo, definido em
função do número de segurados da empresa, pela não-apresentação da GFIP,
conforme previsto no inciso I do art. 284 do RPS, observado o disposto nos §§
1o e 2o deste artigo;
VI – cem por cento do valor devidas e não-declaradas em face da apresenta-
ção de GFIP ou GRFP com dados não correspondentes a todos os fatos geradores,
seja em relação às bases de cálculo ou em relação às informações que alterem o
valor das contribuições, ou do valor que seria devido se não houvesse isenção ou
substituição quando se tratar de infração cometida por pessoa jurídica de direito
privado beneficente de assistência social em gozo de isenção das contribuições so-
ciais ou por empresa cujas contribuições incidentes sobre os respectivos fatos gera-
152 AUTO DE INFRAÇÃO (LAVRATURA) E APLICAÇÃO DE MULTAS

dores tenham sido substituídas por outras, conforme previsto no inciso II do art.
284 do RPS, limitada aos valores previstos no inciso I do art. 284 do RPS, por
competência, observado o disposto no § 2o deste artigo;
VII – cinco por cento do valor mínimo, por campo com informação inexa-
ta, incompleta ou omissa na GFIP ou GRFP, não-relacionada com os fatos gera-
dores de, conforme previsto no inciso III do art. 284 do RPS, limitada aos valo-
res previstos no inciso I do art. 284 do RPS, por competência, observado o
disposto no § 2o deste artigo;
VIII – cinqüenta por cento das quantias pagas ou creditadas a título de bo-
nificação, dividendo ou participação nos lucros por empresa em débito para
com a Previdência Social, conforme previsto no art. 285 do RPS;
IX – entre os limites mínimo e máximo do salário-de-contribuição, como
definido nas tabelas publicadas pelo MPS, por acidente de trabalho não-comu-
nicado dentro do prazo legal, conforme estabelecido no art. 286 do RPS.
§ 1o A multa de que trata o inciso V do caput sofrerá acréscimo de cinco
por cento por mês calendário ou fração, a partir do mês seguinte àquele em que
a GFIP ou GRFP deveria ter sido entregue, até a data da lavratura do AI ou até
a data em que houve a correção da falta sem que tenha ocorrido a denúncia es-
pontânea.
§ 2o Para definição do multiplicador a que se refere o inciso V e apura-
ção do limite previsto nos incisos VI e VII, todos do caput, serão considerados,
por competência, todos os segurados a serviço da empresa, ou seja, todos os
empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais constatados em
procedimento fiscal, declarados ou não em GFIP.
§ 3o A contribuição não-declarada a que se refere o inciso VI do caput
corresponde à soma do valor das diferenças ou do valor das omitidas em con-
fronto com os valores declarados na GFIP, sendo que no cálculo do valor da
multa a ser aplicada não serão consideradas as contribuições destinadas a ou-
tras entidades e fundos, quando se tratar de erro no preenchimento de códigos
e alíquotas correspondentes às contribuições devidas à Previdência Social.
§ 4o Consideram-se débitos, para fins da multa prevista no inciso VIII do
caput, desde que não estejam com a exigibilidade suspensa, a NFLD e o AI tran-
sitados em julgado na fase administrativa, o LDC inscrito em dívida ativa, o va-
lor lançado em documento de natureza declaratória não-recolhido e a provisão
contábil de contribuições sociais não-recolhidas.
Art. 678. Por infração aos incisos I e II do art. 6o, ao art. 10 e art. 12, to-
dos da Lei no 8.870, de 1994, fica o responsável sujeito à multa aplicada de
acordo com os valores fixados no art. 287 do RPS, atualizados periodicamente
mediante Portaria Ministerial, observado o disposto no inciso I do art. 675.
Art. 679. Por infração ao art. 7o da Lei no 9.719, de 1998, fica o Órgão Ges-
tor de Mão-de-Obra sujeito à multa aplicada de acordo com os valores fixados no
art. 288 do RPS, atualizados periodicamente mediante Portaria Ministerial.
AUTO DE INFRAÇÃO (LAVRATURA) E APLICAÇÃO DE MULTAS 153

Art. 680. O valor-base da multa aplicada por infração a dispositivo da le-


gislação previdenciária deverá ser o vigente na data da lavratura do AI, obser-
vados os critérios de sua gradação nos termos do art. 292 do RPS, se for o caso.
Art. 681. Nas hipóteses previstas nos arts. 674 a 676, o limite máximo da
multa é por ocorrência da infração e não por AI.
Art. 682. Os valores mínimo e máximo da multa previstos nesta subseção
são estabelecidos periodicamente mediante Portaria Ministerial.

Subseção II
Das Circunstâncias Agravantes

Art. 683. Constituem circunstâncias agravantes da infração, das quais de-


penderá a gradação da multa, ter o infrator:
I – tentado subornar servidor dos órgãos competentes;
II – agido com dolo, fraude ou má-fé;
III – desacatado, no ato da ação fiscal, o agente da fiscalização;
IV – obstado a ação da fiscalização;
V – incorrido em reincidência.
§ 1o Caracteriza-se reincidência a prática de nova infração a dispositivo
da legislação pelo mesmo infrator ou por seu sucessor, dentro de cinco anos da
data em que houver passado em julgado a decisão administrativa condenatória
ou homologatória da extinção do crédito referente à infração anterior.
§ 2o O disposto no § 1º deste artigo não produz efeitos em relação a su-
cessão de pessoa física.
§ 3o Reincidência específica é a prática de nova infração ao mesmo dis-
positivo legal e reincidência genérica, a prática de nova infração de natureza di-
versa.
§ 4o Nas infrações referidas nos incisos I, II e III do art. 284, no art. 285
e nos incisos I e II do parágrafo único do art. 287, todos do RPS, a ocorrência
de circunstância agravante não produz efeito para a gradação da multa; é, po-
rém, impeditiva de sua relevação, mas não de sua atenuação, se for o caso.
§ 5o Para as infrações referidas no art. 288 do RPS, cometidas por órgão
gestor de mão-de-obra (OGMO), serão consideradas apenas as agravantes pre-
vistas nos incisos III, IV e V do caput.

Subseção III
Da Circunstância Atenuante

Art. 684. Constitui circunstância atenuante da penalidade aplicada a cor-


reção da falta pelo infrator até a data da ciência da decisão da autoridade que
julgar o Auto de Infração.
154 AUTO DE INFRAÇÃO (LAVRATURA) E APLICAÇÃO DE MULTAS

§ 1o A multa será relevada, mediante pedido dentro do prazo de defesa,


ainda que não contestada a infração, se o infrator for primário, tiver corrigido a
falta na forma do caput e não tiver ocorrido nenhuma circunstância agravante.
§ 2o O disposto no § 1o deste artigo não se aplica à multa prevista no art.
286 do RPS e nos casos em que a multa decorrer de falta ou insuficiência de re-
colhimento tempestivo de contribuições ou outras importâncias devidas nos ter-
mos do RPS.
§ 3o Para fins de atenuação ou relevação da penalidade pecuniária pre-
vista no § 4o do art. 32, da Lei no 8.212, de 1991, considera-se corrigida a falta
com a entrega das GFIP referentes ao período objeto da autuação.
§ 4o Em relação à infração capitulada no § 5o do art. 32, da Lei no 8.212,
de 1991, somente será concedida atenuação ou relevação da multa se a GFIP
for entregue com a totalidade dos fatos geradores omitidos, na forma discrimi-
nada no Relatório Fiscal da Infração.
§ 5o A autoridade que atenuar ou relevar multa recorrerá de ofício para
a autoridade hierarquicamente superior, de acordo com o disposto no art. 366
do RPS.

Subseção IV
Da Gradação das Multas

Art. 685. As multas serão aplicadas da seguinte forma:


I – a ausência de agravantes e de atenuante implica utilização dos valores
mínimos estabelecidos, conforme o caso;
II – as agravantes previstas nos incisos I e II do art. 683 elevam a multa em
três vezes;
III – as agravantes previstas nos incisos III e IV do art. 683 elevam a multa
em duas vezes;
IV – a agravante prevista no inciso V do art. 683 eleva a multa em três
vezes, a cada reincidência específica, e, em duas vezes, a cada reincidência
genérica;
V – cada reincidência das infrações referidas no art. 288 do RPS, cometi-
das por órgão gestor de mão-de-obra, seja ela genérica ou específica, eleva a
multa em duas vezes;
VI – cada reincidência de infração pela falta de comunicação de acidente
do trabalho, seja ela genérica ou específica, eleva a multa em duas vezes;
VII – havendo concorrência entre as agravantes previstas nos incisos I a IV
do art. 683, prevalecerá aquela que mais eleve a multa;
VIII – havendo concorrência entre a agravante prevista no inciso V e quais-
quer das demais do art. 683, ambas serão consideradas na aplicação da multa;
AUTO DE INFRAÇÃO (LAVRATURA) E APLICAÇÃO DE MULTAS 155

IX – na ocorrência da circunstância atenuante, a multa será aplicada com


atenuação de cinqüenta por cento;
X – havendo concorrência entre atenuante e agravante, aplicam-se ambas.
§ 1o A caracterização da reincidência sempre se dará em relação a proce-
dimentos fiscais distintos.
§ 2o Será considerada apenas uma reincidência, quando em um procedi-
mento fiscal anterior tenham sido lavrados mais de um AI, independentemente
de as decisões administrativas definitivas terem ocorrido em datas diferentes.
§ 3o Havendo concorrência de reincidência genérica com reincidência es-
pecífica, prevalecerá a específica.
§ 4o Na hipótese do inciso IX do caput, quando a atenuação for aplicada
pelo AFPS, não cabe recurso de ofício para a autoridade imediatamente superior.

Subseção V
Da Fixação da Multa

Art. 686. Na ausência de agravantes as multas serão aplicadas nos valo-


res mínimos estabelecidos nos incisos I e II e § 3o do art. 283 e nos arts. 286 e
288, todos do RPS, conforme o caso.
Art. 687. Havendo agravante o valor da multa será obtido mediante a
multiplicação do valor mínimo estabelecido pelos fatores de elevação previstos
nos incisos IV e VI do art. 685.
§ 1o A partir da segunda reincidência o valor total da multa será obtido
mediante a multiplicação do seu valor-base pelo produto dos fatores de eleva-
ção previstos nos incisos IV e VI do art. 685.
§ 2o Quando a reincidência concorrer com qualquer outra agravante,
aplicar-se-ão, distintamente, os respectivos fatores de elevação sobre o va-
lor-base da multa, e os resultados serão somados para a obtenção do valor final
da multa a ser aplicada.
§ 3o Se houver a materialização das infrações referidas nos arts. 686 a
688, exceto a prevista no § 2o do art. 688, a multa será calculada separadamen-
te para cada ocorrência, devendo-se totalizar os valores obtidos em todas essas
ocorrências para calcular o valor final da multa a ser aplicada.
§ 4o Se houver a materialização das demais infrações não referidas nos
arts. 674 a 676, a multa será fixada por Auto de Infração, independentemente
do número de ocorrências.
Doenças Profissionais ou do
Trabalho (Anexo II do RPS)

AGENTES PATOGÊNICOS CAUSADORES DE DOENÇAS


PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO, CONFORME PREVISTO NO
ART. 20 DA LEI No 8.213, DE 1991

agentes patogênicos trabalhos que contêm o risco


químicos

I – ARSÊNIO E SEUS COMPOSTOS AR- 1. metalurgia de minérios arsenicais e in-


SENICAIS dústria eletrônica;
2. extração do arsênico e preparação de
seus compostos;
3. fabricação, preparação e emprego de
tintas, lacas (gás arsina), inseticidas,
parasiticidas e raticidas;
4. processos industriais em que haja des-
prendimento de hidrogênio arseniado;
5. preparação e conservação de peles e
plumas (empalhamento de animais)
e conservação da madeira;
6. agentes na produção de vidro, ligas de
chumbo, medicamentos e semicon-
dutores.
II – ASBESTO OU AMIANTO 1. extração de rochas amiantíferas, fura-
ção, corte, desmonte, trituração, pe-
neiramento e manipulação;
2. despejos do material proveniente da ex-
tração, trituração;
3. mistura, cardagem, fiação e tecelagem
de amianto;
4. fabricação de guarnições para freios,
materiais isolantes e produtos de fi-
brocimento;
5. qualquer colocação ou demolição de
produtos de amianto que produza
partículas atmosféricas de amianto.
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 157

agentes patogênicos trabalhos que contêm o risco


químicos
III – BENZENO OU SEUS HOMÓLO- Fabricação e emprego do benzeno, seus
GOS TÓXICOS homólogos ou seus derivados aminados e
nitrosos:
1. instalações petroquímicas onde se pro-
duzir benzeno;
2. indústria química ou de laboratório;
3. produção de cola sintética;
4. usuários de cola sintética na fabrica-
ção de calçados, artigos de couro ou
borracha e móveis;
5. produção de tintas;
6. impressores (especialmente na fotogra-
vura);
7. pintura com pistola;
8. soldagem.
IV – BERÍLIO E SEUS COMPOSTOS TÓ- 1. extração, trituração e tratamento de be-
XICOS rílio;
2. fabricação e fundição de ligas e compos-
tos;
3. utilização na indústria aeroespacial e
manufatura de instrumentos de preci-
são e ordenadores; ferramentas cor-
tantes que não produzam faíscas para
a indústria petrolífera;
4. fabricação de tubos fluorescentes, de
ampolas de raios X, de eletrodos de
aspiradores, catodos de queimadores e
moderadores de reatores nucleares;
5. fabricação de cadinhos, vidros especiais
e de porcelana para isolantes tér-
micos.
V – BROMO Fabricação e emprego do bromo e do áci-
do brômico.
VI – CÁDMIO OU SEUS COMPOSTOS 1. extração, tratamento, preparação e fun-
dição de ligas metálicas;
2. fabricação de compostos de cádmio
para soldagem;
3. soldagem;
4. utilização em revestimentos metálicos
(galvanização), como pigmentos e
estabilizadores em plásticos, nos acu-
muladores de níquel-cádmio e solda-
gem de prata.
158 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

agentes patogênicos trabalhos que contêm o risco


químicos
VII – CARBONETOS METÁLICOS DE Produção de carbonetos sinterizados (mis-
TUNGSTÊNIO SINTERIZADOS tura, pulverização, modelado, aquecimen-
to em forno, ajuste, pulverização de pre-
cisão), na fabricação de ferramentas e de
componentes para máquinas e no afia-
mento das ferramentas. Trabalhadores si-
tuados nas proximidades e dentro da mes-
ma oficina.
VIII – CHUMBO OU SEUS COMPOSTOS 1. extração de minérios, metalurgia e
TÓXICOS refinação do chumbo;
2. fabricação de acumuladores e baterias
(placas);
3. fabricação e emprego de chumbo-te-
traetila e chumbo-tetrametila;
4. fabricação e aplicação de tintas, es-
maltes e vernizes à base de compos-
tos de chumbo;
5. fundição e laminação de chumbo,
de bronze etc.;
6. fabricação ou manipulação de ligas e
compostos de chumbo;
7. g) fabricação de objetos e artefatos de
chumbo, inclusive munições;
8. vulcanização da borracha pelo litargí-
rio ou outros compostos de chumbo;
9. soldagem;
10. indústria de impressão;
11. l) fabricação de vidro, cristal e es-
malte vitrificado;
12. m) sucata, ferro-velho;
13. n) fabricação de pérolas artificiais;
14. o) olaria;
15. p) fabricação de fósforos.
IX – CLORO Fabricação e emprego de cloro e ácido clo-
rídrico.
X – CROMO OU SEUS COMPOSTOS TÓ- 1. fabricação de ácido crômico, de croma-
XICOS tos e bicromatos e ligas de ferrocromo;
2. cromagem eletrolítica de metais (gal-
vanoplastia);
3. curtição e outros trabalhos com o couro;
4. d) pintura à pistola com pigmentos de
compostos de cromo, polimento de mó-
veis;
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 159

agentes patogênicos trabalhos que contêm o risco


químicos
5. manipulação de ácido crômico, de cro-
matos e bicromatos;
6. soldagem de aço inoxidável;
7. fabricação de cimento e trabalhos da
construção civil;
8. impressão e técnica fotográfica.
XI – FLÚOR OU SEUS COMPOSTOS TÓ- 1. fabricação e emprego de flúor e de áci-
XICOS do fluorídrico;
2. siderurgia (como fundentes);
3. fabricação de ladrilhos, telhas, cerâmica,
cimento, vidro, esmalte, fibra de vidro,
fertilizantes fosfatados;
4. produção de gasolina (como catalisador
alquilante);
5. soldagem elétrica;
6. galvanoplastia;
7. calefação de superfícies;
8. sistema de combustível para foguetes.
XII – FÓSFORO OU SEUS COMPOSTOS 1. extração e preparação do fósforo
TÓXICOS branco e de seus compostos;
2. fabricação e aplicação de produtos
fosforados e organofosforados (sínteses
orgânicas, fertilizantes, praguicidas);
3. fabricação de projéteis incendiários, ex-
plosivos e gases asfixiantes à base de
fósforo branco;
4. fabricação de ligas de bronze;
5. borrifadores, trabalhadores agrícolas e
responsáveis pelo armazenamento,
transporte e distribuição dos praguici-
das organofosforados.
XIII – HIDROCARBONETOS ALIFÁTICOS
OU AROMÁTICOS
(seus derivados halogenados tóxicos)
– Cloreto de metila Síntese química (metilação), refrigerante,
agente especial para extrações.
– Cloreto de metileno Solvente (azeites, graxas, ceras, acetato
de celulose), desengordurante, removedor
de pinturas.
– Clorofórmio Solvente (lacas), agente de extração.
– Tetracloreto de carbono Síntese química, extintores de incêndio.
– Cloreto de etila Síntese química, anestésico local (refrige-
ração).
1.1 – Dicloroetano Síntese química, solvente (resinas, borra-
cha, asfalto, pinturas), desengraxante.
160 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

agentes patogênicos trabalhos que contêm o risco


químicos
1.1.1 – Tricloroetano Agente desengraxante para limpeza de
metais e limpeza a seco.
1.1.2 – Tricloroetano Solvente.
– Tetracloroetano Solvente.
– Tricloroetileno Desengraxante, agente de limpeza a seco e
de extração, sínteses químicas.
– Tetracloroetileno Desengraxante, agente de limpeza a seco
e de extração, sínteses químicas.
– Cloreto de vinila Intermediário na fabricação de cloreto de
polivinila.
– Brometo de metila Inseticida em fumigação (cereais), sínte-
ses químicas.
– Brometo de etila Sínteses químicas, agente especial de ex-
tração.
1.2 – Dibromoetano Inseticida em fumigação (solos), extintor
de incêndios, solvente (celulóide, graxas,
azeite, ceras).
– Clorobenzeno Sínteses químicas, solvente.
– Diclorobenzeno Sínteses químicas, solvente.
XIV – IODO Fabricação e emprego do iodo.
XV – MANGANÊS E SEUS COMPOSTOS 1. extração, tratamento e trituração de pi-
TÓXICOS rolusita (dióxido de manganês);
2. fabricação de ligas e compostos do
manganês;
3. siderurgia;
4. fabricação de pilhas secas e acumula-
dores;
5. preparação de permanganato de potás-
sio e fabricação de corantes;
6. fabricação de vidros especiais e cerâmi-
ca;
7. soldagem com eletrodos contendo man-
ganês;
8. fabricação de tintas e fertilizantes;
9. curtimento de couro.
XVI – MERCÚRIO E SEUS COMPOSTOS 1. extração e fabricação do mineral de
TÓXICOS mercúrio e de seus compostos;
2. fabricação de espoletas com fulmi-
nato de mercúrio;
3. fabricação de tintas;
4. fabricação de solda;
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 161

agentes patogênicos trabalhos que contêm o risco


químicos
5. fabricação de aparelhos: barômetros,
manômetros, termômetros, interrup-
tores, lâmpadas, válvulas eletrônicas,
ampolas de raios X, retificadores;
6. amalgamação de zinco para fabrica-
ção de eletrodos, pilhas e acumulado-
res;
7. douração e estanhagem de espelhos;
8. empalhamento de animais com sais de
mercúrio;
9. recuperação de mercúrio por destila-
ção de resíduos industriais;
10. tratamento a quente de amálgamas
de ouro e prata para recuperação des-
ses metais;
11. secretagem de pêlos, crinas e plumas, e
feltragem à base de compostos de
mercúrio;
12. fungicida no tratamento de sementes e
brilhos vegetais, e na proteção da ma-
deira.
XVII – SUBSTÂNCIAS ASFIXIANTES Produção e distribuição de gás obtido de
1. Monóxido de carbono combustíveis sólidos (gaseificação do car-
vão); mecânica de motores, principal-
mente movidos a gasolina, em recintos se-
mifechados; soldagem acetilênica e a arco;
caldeiras, indústria química; siderurgia, fun-
dição, mineração de subsolo; uso de explo-
sivos; controle de incêndios; controle de trá-
fego; construção de túneis; cervejarias.
2. Cianeto de hidrogênio ou seus Operações de fumigação de inseticidas, sín-
derivados tóxicos tese de produtos químicos orgânicos; ele-
trogalvanoplastia; extração de ouro e pra-
ta; produção de aço e de plásticos (espe-
cialmente o acrilonitrilo-estireno); side-
rurgia (fornos de coque).
3. Sulfeto de hidrogênio (ácido Estações de tratamento de águas residuais;
sulfídrico) mineração; metalurgia; trabalhos em silos;
processamento de açúcar da beterraba;
curtumes e matadouros; produção de vis-
cose e celofane; indústria química (produ-
ção de ácido sulfúrico, sais de bário);
construção de túneis; perfuração de poços
162 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

agentes patogênicos trabalhos que contêm o risco


químicos
petrolíferos e gás; carbonização do carvão
a baixa temperatura; litografia e fotogra-
vura.

XVIII – SÍLICA LIVRE (Óxido de silício – 1. extração de minérios (trabalhos no


SiO2) subsolo e a céu aberto);
2. decapagem, limpeza de metais, fosca-
mento de vidros com jatos de areia, e
outras atividades em que se usa areia
como abrasivo;
3. fabricação de material refratário para
fornos, chaminés e cadinhos, recupera-
ção de resíduos;
4. fabricação de mós, rebolos, saponá-
ceos, pós e pastas para polimentos de
metais;
5. moagem e manipulação de sílica na in-
dústria de vidros e porcelanas;
6. trabalho em pedreiras;
7. trabalho em construção de túneis;
8. desbastes e polimento de pedras.

XIX – SULFETO DE CARBONO OU DIS- 1. fabricação de sulfeto de carbono;


SULFETO DE CARBONO 2. indústria da viscose, raiom (seda ar-
tificial);
3. fabricação e emprego de solventes, in-
seticidas, parasiticidas e herbicidas;
4. fabricação de vernizes, resinas, sais de
amoníaco, tetracloreto de carbono, têx-
teis, tubos eletrônicos a vácuo, gordu-
ras;
5. limpeza a seco; galvanização; fumiga-
ção de grãos;
6. processamento de azeite, enxofre, bro-
mo, cera, graxas e iodo.

XX – ALCATRÃO, BREU, BETUME, HU- Processos e operações industriais ou não


LHA MINERAL, PARAFINA E PRO- em que sejam utilizados alcatrão, breu,
DUTOS OU RESÍDUOS DESSAS betume, hulha mineral, parafina e produ-
SUBSTÂNCIAS CAUSADORES DE tos ou resíduos dessas substâncias.
EPITELIOMAS PRIMITIVOS DA
PELE
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 163

agentes patogênicos trabalhos que contêm o risco


químicos
XXI – RUÍDO E AFECÇÃO AUDITIVA Mineração, construção de túneis, explora-
ção de pedreiras (detonação, perfuração);
engenharia pesada (fundição de ferro,
prensa de forja); trabalho com máquinas
que funcionam com potentes motores a
combustão; utilização de máquinas têx-
teis; testes de reatores de aviões.

XXII – VIBRAÇÕES (afecções dos múscu- Indústria metalúrgica, construção naval e


los, tendões, ossos, articulações, va- automobilística; mineração; agricultura
sos sangüíneos periféricos ou dos (motosserras); instrumentos pneumáticos;
nervos periféricos) ferramentas vibratórias, elétricas e ma-
nuais; condução de caminhões e ônibus.

XXIII – AR COMPRIMIDO 1. trabalhos em caixões ou câmaras pneu-


máticas e em tubulões pneumáticos;
2. operações com uso de escafandro;
3. operações de mergulho;
4. trabalho com ar comprimido em túneis
pressurizados.

XXIV – RADIAÇÕES IONIZANTES 1. extração de minerais radioativos (tra-


tamento, purificação, isolamento e pre-
paro para distribuição), como o urâ-
nio;
2. operação com reatores nucleares ou
com fontes de nêutrons ou de outras
radiações corpusculares;
3. trabalhos executados com exposições a
raios X, rádio e substâncias radioativas
para fins industriais, terapêuticos e
diagnósticos;
4. fabricação e manipulação de produtos
químicos e farmacêuticos radioativos
(urânio, radônio, mesotório, tório X,
césio 137 e outros);
5. fabricação e aplicação de produtos lu-
minescentes radíferos;
6. pesquisas e estudos dos raios X e subs-
tâncias radioativas em laboratórios.
164 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

agentes patogênicos trabalhos que contêm o risco


biológicos
XXV – MICROORGANISMOS E PARASI-
TAS INFECCIOSOS VIVOS E SEUS
PRODUTOS TÓXICOS:
1. Mycobacterium; vírus hospeda- Agricultura; pecuária; silvicultura; caça
dos por artrópodes; coccicliói- (inclusive a caça com armadilhas); veteri-
des; fungos; histoplasma; nária; curtume.
leptospira; ricketsia; bacilo (car-
búnculo, tétano); ancilóstomo;
tripanossoma; pasteurella.
2. Ancilóstomo; histoplasma; coc- Construção; escavação de terra; esgoto;
ciclióides; leptospira; bacilo; canal de irrigação; mineração.
sepse.
3. Mycobacterium; brucellas; es- Manipulação e embalagem de carne e pes-
treptococo (erisipela); fungo; cado.
ricketsia; pasteurella.
4. Fungos; bactérias; mixovírus Manipulação de aves confinadas e pássa-
(doença de Newcastle). ros.
5. Bacilo (carbúnculo) e pasteurel- Trabalhos com pêlo, pele ou lã.
la.
6. Bactérias; mycobacterium; bru- Veterinária.
cella; fungos; leptospira; vírus;
mixovírus; ricketsia; pasteurella.
7. Mycobacterium, vírus; outros Hospital; laboratórios e outros ambientes
organismos responsáveis por envolvidos no tratamento de doenças
doenças transmissíveis. transmissíveis.
8. Fungos (micose cutânea). Trabalhos em condições de temperatura
elevada e umidade (cozinhas; ginásios;
piscinas etc.).

POEIRAS ORGÂNICAS

XXVI – ALGODÃO, LINHO, CÂNHAMO, Trabalhadores nas diversas operações com


SISAL poeiras provenientes desses produtos.

XXVII – AGENTES FÍSICOS, QUÍMICOS Trabalhadores mais expostos: agrícolas;


OU BIOLÓGICOS QUE AFETAM A da construção civil em geral; da indústria
PELE, NÃO CONSIDERADOS EM química; de eletrogalvanoplastia; de tintu-
OUTRAS RUBRICAS. raria; da indústria de plásticos reforçados
com fibra de vidro; da pintura; dos servi-
ços de engenharia (óleo de corte ou lubri-
ficante); dos serviços de saúde (medica-
mentos, anestésicos locais, desinfetantes);
do tratamento de gado; dos açougues.
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 165

LISTA A
AGENTES OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL
RELACIONADOS COM A ETIOLOGIA DE DOENÇAS PROFISSIONAIS
E DE OUTRAS DOENÇAS RELACIONADAS COM O TRABALHO

Doenças causalmente relacionadas


Agentes etiológicos ou fatores de com os respectivos agentes ou
risco de natureza ocupacional fatores de risco (denominadas e
codificadas segundo a CID-10)

I – Arsênio e seus compostos arsenicais 1. Angiossarcoma do fígado (C22.3)


2. Neoplasia maligna dos brônquios e do
pulmão (C34.-)
3. Outras neoplasias malignas da pele
(C44.-)
4. Polineuropatia devida a outros agen-
tes tóxicos (G52.2)
5. Encefalopatia Tóxica Aguda (G92.1)
6. Blefarite (H01.0)
7. Conjuntivite (H10)
8. Queratite e Queratoconjuntivite (H16)
9. Arritmias cardíacas (I49.-)
10. Rinite Crônica (J31.0)
11. Ulceração ou Necrose do Septo Nasal
(J34.0)
12. Bronquiolite Obliterante Crônica, En-
fisema Crônico Difuso ou Fibrose Pul-
monar Crônica (J68.4)
13. Estomatite Ulcerativa Crônica (K12.1)
14. Gastroenterite e Colites tóxicas (K52.-)
15. Hipertensão Portal (K76.6)
16. Dermatite de Contato por Irritantes
(L24.-)
17. Outras formas de hiperpigmentação
pela melanina: ‘‘Melanodermia’’ (L81.4)
18. Leucodermia, não classificada em ou-
tra parte (Inclui ‘‘Vitiligo Ocupacio-
nal’’) (L81.5)
19. Ceratose Palmar e Plantar Adquirida
(L85.1)
20. Efeitos Tóxicos Agudos (T57.0)
II – Asbesto ou Amianto 1. Neoplasia maligna do estômago (C16.-)
2. Neoplasia maligna da laringe (C32.-)
166 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Doenças causalmente relacionadas


Agentes etiológicos ou fatores de com os respectivos agentes ou
risco de natureza ocupacional fatores de risco (denominadas e
codificadas segundo a CID-10)

3. Neoplasia maligna dos brônquios e do


pulmão (C34.-)
4. Mesotelioma da pleura (C45.0)
5. Mesotelioma do peritônio (C45.1)
6. Mesotelioma do pericárdio (C45.2)
7. Placas epicárdicas ou perocárdicas
(I34.8)
8. Asbestose (J60.-)
9. Derrame Pleural (J90.-)
10. Placas Pleurais (J92.-)
III – Benzeno e seus homólogos tóxicos 1. Leucemias (C91-C95.-)
2. Síndromes Mielodisplásicas (D46.-)
3. Anemia Aplástica devida a outros
agentes externos (D61.2)
4. Hipoplasia Medular (D61.9)
5. Púrpura e outras manifestações he-
morrágicas (D69.-)
6. Agranulocitose (Neutropenia tóxica)
(D70)
7. Outros transtornos especificados dos
glóbulos brancos: Leucocitose, Reação
Leucemóide (D72.8)
8. Outros transtornos mentais decorren-
tes de lesão e disfunção cerebrais e de
doença física (F06.-) (Tolueno e outros
solventes aromáticos neurotóxicos)
9. Transtornos de personalidade e de
comportamento decorrentes de doen-
ça, lesão e de disfunção de personali-
dade (F07.-) (Tolueno e outros sol-
ventes aromáticos neurotóxicos)
10. Transtorno Mental Orgânico ou Sinto-
mático não especificado (F09.-) (To-
lueno e outros solventes aromáticos
neurotóxicos)
11. Episódios depressivos (F32.-) (Tolue-
no e outros solventes aromáticos neu-
rotóxicos)
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 167

Doenças causalmente relacionadas


Agentes etiológicos ou fatores de com os respectivos agentes ou
risco de natureza ocupacional fatores de risco (denominadas e
codificadas segundo a CID-10)

12. Neurastenia (Inclui ‘‘Síndrome de Fadi-


ga’’) (F48.0) (Tolueno e outros sol-
ventes aromáticos neurotóxicos)
13. Encefalopatia Tóxica Crônica (G92.2)
14. Hipoacusia Ototóxica (H91.0) (Tolue-
no e Xileno)
15. Dermatite de Contato por Irritantes
(L24.-)
16. Efeitos Tóxicos Agudos (T52.1 e
T52.2)
IV – Berílio e seus compostos tóxicos 1. Neoplasia maligna dos brônquios e do
pulmão (C34.-)
2. Conjuntivite (H10)
3. Beriliose (J63.2)
4. Bronquite e Pneumonite devidas a pro-
dutos químicos, gases, fumaças e va-
pores (‘‘Bronquite Química Aguda’’)
(J68.0)
5. Edema Pulmonar Agudo devido a pro-
dutos químicos, gases, fumaças e vapo-
res (‘‘Edema Pulmonar Químico’’)
(J68.1)
6. Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfi-
sema Crônico Difuso ou Fibrose Pul-
monar Crônica (J68.4)
7. Dermatite de Contato por Irritantes
(L24.-)
8. Efeitos Tóxicos Agudos (T56.7)
V – Bromo 1. Faringite Aguda (‘‘Angina Aguda’’,
‘‘Dor de Garganta’’) (J02.9)
2. Laringotraqueíte Aguda (J04.2)
3. Faringite Crônica (J31.2)
4. Sinusite Crônica (J32.-)
5. Laringotraqueíte Crônica (J37.1)
6. Bronquite e Pneumonite devida a pro-
dutos químicos, gases, fumaças e va-
pores (‘‘Bronquite Química Aguda’’)
(J68.0)
7. Edema Pulmonar Agudo devido a pro-
dutos químicos, gases, fumaças e va-
168 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Doenças causalmente relacionadas


Agentes etiológicos ou fatores de com os respectivos agentes ou
risco de natureza ocupacional fatores de risco (denominadas e
codificadas segundo a CID-10)

pores (‘‘Edema Pulmonar Químico’’)


(J68.1)
8. Síndrome de Disfunção Reativa das
Vias Aéreas (SDVA/RADS) (J68.3)
9. Bronquiolite Obliterante Crônica, En-
fisema Crônico Difuso ou Fibrose Pul-
monar Crônica (J68.4)
10. Estomatite Ulcerativa Crônica (K12.1)
11. Dermatite de Contato por Irritantes
(L24.-)
12. Efeitos Tóxicos Agudos (T57.8.)
VI – Cádmio ou seus compostos 1. Neoplasia maligna dos brônquios e do
pulmão (C34.-)
2. Transtornos do nervo olfatório (Inclui
‘‘Anosmia’’) (G52.0)
3. Bronquite e Pneumonite devida a pro-
dutos químicos, gases, fumaças e va-
pores (‘‘Bronquite Química Aguda’’)
(J68.0)
4. Edema Pulmonar Agudo devido a pro-
dutos químicos, gases, fumaças e va-
pores (‘‘Edema Pulmonar Químico’’)
(J68.1)
5. Síndrome de Disfunção Reativa das
Vias Aéreas (SDVA/RADS) (J68.3)
6. Bronquiolite Obliterante Crônica, En-
fisema Crônico Difuso ou Fibrose Pul-
monar Crônica (J68.4)
7. Enfisema intersticial (J98.2)
8. Alterações pós-eruptivas da cor dos
tecidos duros dos dentes (K03.7)
9. Gastroenterite e Colites tóxicas (K52.-)
10. Osteomalácia do Adulto Induzida por
Drogas (M83.5)
11. Nefropatia Túbulo-Intersticial induzi-
da por metais pesados (N14.3)
12. Efeitos Tóxicos Agudos (T56.3)
VII – Carbonetos metálicos de Tungstênio 1. Outras Rinites Alérgicas (J30.3)
sinterizados 2. Asma (J45.-)
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 169

Doenças causalmente relacionadas


Agentes etiológicos ou fatores de com os respectivos agentes ou
risco de natureza ocupacional fatores de risco (denominadas e
codificadas segundo a CID-10)

3. Pneumoconiose devida a outras poeiras


inorgânicas especificadas (J63.8)
VIII – Chumbo ou seus compostos tóxicos 1. Outras anemias devidas a transtornos
enzimáticos (D55.8)
2. Anemia Sideroblástica secundária a
toxinas (D64.2)
3. Hipotireoidismo devido a substâncias
exógenas (E03.-)
4. Outros transtornos mentais decorren-
tes de lesão e disfunção cerebrais e de
doença física (F06.-)
5. Polineuropatia devida a outros agen-
tes tóxicos (G52.2)
6. Encefalopatia Tóxica Aguda (G92.1)
7. Encefalopatia Tóxica Crônica (G92.2)
8. Hipertensão Arterial (I10.-)
9. Arritmias Cardíacas (I49.-)
10. ‘‘Cólica do Chumbo’’ (K59.8)
11. Gota Induzida pelo Chumbo (M10.1)
12. Nefropatia Túbulo-Intersticial induzi-
da por metais pesados (N14.3)
13. Insuficiência Renal Crônica (N17)
14. Infertilidade Masculina (N46)
15. Efeitos Tóxicos Agudos (T56.0)
IX – Cloro 1. Rinite Crônica (J31.0)
2. Outras Doenças Pulmonares Obstruti-
vas Crônicas (Inclui ‘‘Asma Obstruti-
va”, “Bronquite Crônica’’, ‘‘Bronquite
Obstrutiva Crônica’’) (J44.-)
3. Bronquite e Pneumonite devida a pro-
dutos químicos, gases, fumaças e va-
pores (‘‘Bronquite Química Aguda’’)
(J68.0)
4. Edema Pulmonar Agudo devido a pro-
dutos químicos, gases, fumaças e va-
pores (‘‘Edema Pulmonar Químico’’)
(J68.1)
5. Síndrome de Disfunção Reativa das
Vias Aéreas (SDVA/RADS) (J68.3)
170 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Doenças causalmente relacionadas


Agentes etiológicos ou fatores de com os respectivos agentes ou
risco de natureza ocupacional fatores de risco (denominadas e
codificadas segundo a CID-10)

6. Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfi-


sema Crônico Difuso ou Fibrose Pulmo-
nar Crônica (J68.4)
7. Efeitos Tóxicos Agudos (T59.4)
X – Cromo ou seus compostos tóxicos 1. Neoplasia maligna dos brônquios e do
pulmão (C34.-)
2. Outras Rinites Alérgicas (J30.3)
3. Rinite Crônica (J31.0)
4. Ulceração ou Necrose do Septo Nasal
(J34.0)
5. Asma (J45.-)
6. ‘‘Dermatoses Pápulo-Pustulosas e suas
complicações infecciosas’’ (L08.9)
7. Dermatite Alérgica de Contato (L23.-)
8. Dermatite de Contato por Irritantes
(L24.-)
9. Úlcera Crônica da Pele, não classifica-
da em outra parte (L98.4)
10. Efeitos Tóxicos Agudos (T56.2)
XI – Flúor ou seus compostos tóxicos 1. Conjuntivite (H10)
2. Rinite Crônica (J31.0)
3. Bronquite e Pneumonite devida a pro-
dutos químicos, gases, fumaças e va-
pores (‘‘Bronquite Química Aguda’’)
(J68.0)
4. Edema Pulmonar Agudo devido a pro-
dutos químicos, gases, fumaças e va-
pores (‘‘Edema Pulmonar Químico’’)
(J68.1)
5. Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfi-
sema Crônico Difuso ou Fibrose Pul-
monar Crônica (J68.4)
6. Erosão Dentária (K03.2)
7. Dermatite de Contato por Irritantes
(L24.-)
8. Fluorose do Esqueleto (M85.1)
9. Intoxicação Aguda (T59.5)
XII – Fósforo ou seus compostos tóxicos 1. Polineuropatia devida a outros agentes
tóxicos (G52.2)
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 171

Doenças causalmente relacionadas


Agentes etiológicos ou fatores de com os respectivos agentes ou
risco de natureza ocupacional fatores de risco (denominadas e
codificadas segundo a CID-10)

2. Arritmias cardíacas (I49.-) (Agrotóxicos


organofosforados e carbamatos)
3. Dermatite Alérgica de Contato (L23.-)
4. Dermatite de Contato por Irritantes
(L24.-)
5. Osteomalácia do Adulto Induzida por
Drogas (M83.5)
6. Osteonecrose (M87.-): Osteonecrose
Devida a Drogas (M87.1); Outras Os-
teonecroses Secundárias (M87.3)
7. Intoxicação Aguda (T57.1) (Intoxicação
Aguda por Agrotóxicos Organofosfora-
dos: T60.0)
XIII – Hidrocarbonetos alifáticos ou aro- 1. Angiossarcoma do fígado (C22.3)
máticos (seus derivados halogena- 2. Neoplasia maligna do pâncreas
dos tóxicos) (C25.-)
3. Neoplasia maligna dos brônquios e do
pulmão (C34.-)
4. Púrpura e outras manifestações he-
morrágicas (D69.-)
5. Hipotireoidismo devido a substâncias
exógenas (E03.-)
6. Outras porfirias (E80.2)
7. Delirium, não sobreposto à demência,
como descrita (F05.0) (Brometo de
Metila)
8. Outros transtornos mentais decorren-
tes de lesão e disfunção cerebrais e de
doença física (F06.-)
9. Transtornos de personalidade e de
comportamento decorrentes de doen-
ça, lesão e de disfunção de personali-
dade (F07.-)
10. Transtorno Mental Orgânico ou Sinto-
mático não especificado (F09.-)
11. Episódios Depressivos (F32.-)
12. Neurastenia (Inclui ‘‘Síndrome de Fa-
diga’’) (F48.0)
13. Outras formas especificadas de tremor
(G25.2)
172 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Doenças causalmente relacionadas


Agentes etiológicos ou fatores de com os respectivos agentes ou
risco de natureza ocupacional fatores de risco (denominadas e
codificadas segundo a CID-10)

14. Transtorno extrapiramidal do movi-


mento não especificado (G25.9)
15. Transtornos do nervo trigêmio (G50.-)
16. Polineuropatia devida a outros agen-
tes tóxicos (G52.2) (n-Hexano)
17. Encefalopatia Tóxica Aguda (G92.1)
18. Encefalopatia Tóxica Crônica (G92.2)
19. Conjuntivite (H10)
20. Neurite Óptica (H46)
21. Distúrbios visuais subjetivos (H53.-)
22. Outras vertigens periféricas (H81.3)
23. Labirintite (H83.0)
24. Hipoacusia ototóxica (H91.0)
25. Parada Cardíaca (I46.-)
26. Arritmias cardíacas (I49.-)
27. Síndrome de Raynaud (I73.0) (Clore-
to de Vinila)
28. Acrocianose e Acroparestesia (I73.8)
(Cloreto de Vinila)
29. Bronquite e Pneumonite devidas a
produtos químicos, gases, fumaças e
vapores (‘‘Bronquite Química Aguda’’)
(J68.0)
30. Edema Pulmonar Agudo devido a pro-
dutos químicos, gases, fumaças e va-
pores (‘‘Edema Pulmonar Químico’’)
(J68.1)
31. Síndrome de Disfunção Reativa das
Vias Aéreas (SDVA/RADS) (J68.3)
32. Bronquiolite Obliterante Crônica,
Enfisema Crônico Difuso ou Fibrose
Pulmonar Crônica (J68.4)
33. Doença Tóxica do Fígado (K71.-);
Doença Tóxica do Fígado, com Necro-
se Hepática (K71.1); Doença Tóxica do
Fígado, com Hepatite Aguda (K71.2);
Doença Tóxica do Fígado com Hepatite
Crônica Persistente (K71.3); Doença
Tóxica do Fígado com Outros Trans-
tornos Hepáticos (K71.8)
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 173

Doenças causalmente relacionadas


Agentes etiológicos ou fatores de com os respectivos agentes ou
risco de natureza ocupacional fatores de risco (denominadas e
codificadas segundo a CID-10)

34. Hipertensão Portal (K76.6) (Cloreto


de Vinila)
35. ‘‘Dermatoses Papulo Pustulosas e suas
complicações infecciosas’’ (L08.9)
36. Dermatite de Contato por Irritantes
(L24.-)
37. ‘‘Cloracne’’ (L70.8)
38. Outras formas de hiperpigmentação
pela melanina: ‘‘Melanodermia’’ (L81.4)
39. Outros transtornos especificados de
pigmentação: “Porfiria Cutânea Tar-
dia’’ (L81.8)
40. Geladura (Frostbite) Superficial: Erite-
ma Pérnio (T33) (Anestésicos clorados
locais)
41. Geladura (Frostbite) com Necrose de
Tecidos (T34) (Anestésicos clorados
locais)
42. Osteólise (M89.5) (de falanges distais
de quirodáctilos) (Cloreto de Vinila)
43. Síndrome Nefrítica Aguda (N00.-)
44. Insuficiência Renal Aguda (N17)
45. Efeitos Tóxicos Agudos (T53.-)
XIV – Iodo 1. Conjuntivite (H10)
2. Faringite Aguda (‘‘Angina Aguda’’,
‘‘Dor de Garganta’’) (J02.9)
3. Laringotraqueíte Aguda (J04.2)
4. Sinusite Crônica (J32.-)
5. Bronquite e Pneumonite devida a pro-
dutos químicos, gases, fumaças e va-
pores (‘‘Bronquite Química Aguda’’)
6. Edema Pulmonar Agudo devido a pro-
dutos químicos, gases, fumaças e va-
pores (‘‘Edema Pulmonar Químico’’)
(J68.1)
7. Síndrome de Disfunção Reativa das
Vias Aéreas (SDVA/RADS) (J68.3)
174 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Doenças causalmente relacionadas


Agentes etiológicos ou fatores de com os respectivos agentes ou
risco de natureza ocupacional fatores de risco (denominadas e
codificadas segundo a CID-10)

8. Bronquiolite Obliterante Crônica, En-


fisema Crônico Difuso ou Fibrose Pul-
monar Crônica (J68.4)
9. Dermatite Alérgica de Contato (L23.-)
10. Efeitos Tóxicos Agudos (T57.8)
XV – Manganês e seus compostos tóxicos 1. Demência em outras doenças específi-
cas classificadas em outros locais
(F02.8)
2. Outros transtornos mentais decorrentes
de lesão e disfunção cerebrais e de
doença física (F06.-)
3. Transtornos de personalidade e de
comportamento decorrentes de doen-
ça, lesão e de disfunção de personali-
dade (F07.-)
4. Transtorno Mental Orgânico ou Sinto-
mático não especificado (F09.-)
5. Episódios Depressivos (F32.-)
6. Neurastenia (Inclui ‘‘Síndrome de Fa-
diga’’) (F48.0)
7. Parkinsonismo Secundário (G21.2)
8. Inflamação Coriorretiniana (H30)
9. Bronquite e Pneumonite devida a pro-
dutos químicos, gases, fumaças e va-
pores (‘‘Bronquite Química Aguda’’)
(J68.0)
10. Bronquiolite Obliterante Crônica,
Enfisema Crônico Difuso ou Fibrose
Pulmonar Crônica (J68.4)
11. Efeitos Tóxicos Agudos (T57.2)
XVI – Mercúrio e seus compostos tóxicos 1. Outros transtornos mentais decorrentes
de lesão e disfunção cerebrais e de
doença física (F06.-)
2. Transtornos de personalidade e de
comportamento decorrentes de doen-
ça, lesão e de disfunção de personali-
dade (F07.-)
3. Transtorno Mental Orgânico ou Sinto-
mático não especificado (F09.-)
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 175

Doenças causalmente relacionadas


Agentes etiológicos ou fatores de com os respectivos agentes ou
risco de natureza ocupacional fatores de risco (denominadas e
codificadas segundo a CID-10)

4. Episódios Depressivos (F32.-)


5. Neurastenia (Inclui ‘‘Síndrome de Fa-
diga’’) (F48.0)
6. Ataxia Cerebelosa (G11.1)
7. Outras formas especificadas de tremor
(G25.2)
8. Transtorno extrapiramidal do movi-
mento não especificado (G25.9)
9. Encefalopatia Tóxica Aguda (G92.1)
10. Encefalopatia Tóxica Crônica (G92.2)
11. Arritmias cardíacas (I49.-)
12. Gengivite Crônica (K05.1)
13. Estomatite Ulcerativa Crônica (K12.1)
14. Dermatite Alérgica de Contato (L23.-)
15. Doença Glomerular Crônica (N03.-)
16. Nefropatia Túbulo-Intersticial induzi-
da por metais pesados (N14.3)
17. Efeitos Tóxicos Agudos (T57.1)
XVII – Substâncias asfixiantes: Monóxido 1. Demência em outras doenças específi-
de Carbono, Cianeto de Hidrogê- cas classificadas em outros locais
nio ou seus derivados tóxicos, Sul- (F02.8)
feto de Hidrogênio (Ácido Sulfídri- 2. Transtornos do nervo olfatório (Inclui
co) ‘‘Anosmia’’) (G52.0) (H2S)
3. Encefalopatia Tóxica Crônica (G92.2)
(Seqüela)
4. Conjuntivite (H10) (H2S)
5. Queratite e Queratoconjuntivite (H16)
6. Angina Pectoris (I20.-) (CO)
7. Infarto Agudo do Miocárdio (I21.-)
(CO)
8. Parada Cardíaca (I46.-) (CO)
9. Arritmias cardíacas (I49.-) (CO)
10. Bronquite e Pneumonite devidas a
produtos químicos, gases, fumaças e
vapores (‘‘Bronquite Química Aguda’’)
(HCN)
11. Edema Pulmonar Agudo devido a pro-
dutos químicos, gases, fumaças e va-
176 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Doenças causalmente relacionadas


Agentes etiológicos ou fatores de com os respectivos agentes ou
risco de natureza ocupacional fatores de risco (denominadas e
codificadas segundo a CID-10)

pores (‘‘Edema Pulmonar Químico’’)


(J68.1) (HCN)
12. Síndrome de Disfunção Reativa das
Vias Aéreas (SDVA/RADS) (J68.3)
(HCN)
13. Bronquiolite Obliterante Crônica, En-
fisema Crônico Difuso ou Fibrose Pul-
monar Crônica (J68.4) (HCN; H2S)
14. Efeitos Tóxicos Agudos (T57.3; T58;
T59.6)
XVIII – Sílica Livre 1. Neoplasia maligna dos brônquios e do
pulmão (C34.-)
2. Cor Pulmonale (I27.9)
3. Outras Doenças Pulmonares Obstruti-
vas Crônicas (Inclui ‘‘Asma Obstrutiva’’,
‘‘Bronquite Crônica’’, ‘‘Bronquite Obs-
trutiva Crônica’’) (J44.-)
4. Silicose (J62.8)
5. Pneumoconiose associada com Tuber-
culose (‘‘Silico-Tuberculose’’) (J63.8)
6. Síndrome de Caplan (J99.1; M05.3)
XIX – Sulfeto de Carbono ou Dissulfeto de 1. Demência em outras doenças específi-
Carbono cas classificadas em outros locais
(F02.8)
2. Outros transtornos mentais decorren-
tes de lesão e disfunção cerebrais e de
doença física (F06.-)
3. Transtornos de personalidade e de
comportamento decorrentes de doen-
ça, lesão e de disfunção de personali-
dade (F07.-)
4. Transtorno Mental Orgânico ou Sinto-
mático não especificado (F09.-)
5. Episódios Depressivos (F32.-)
6. Neurastenia (Inclui ‘‘Síndrome de Fa-
diga’’) (F48.0)
7. Polineuropatia devida a outros agen-
tes tóxicos (G52.2)
8. Encefalopatia Tóxica Crônica (G92.2)
9. Neurite Óptica (H46)
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 177

Doenças causalmente relacionadas


Agentes etiológicos ou fatores de com os respectivos agentes ou
risco de natureza ocupacional fatores de risco (denominadas e
codificadas segundo a CID-10)

10. Angina Pectoris (I20.-)


11. Infarto Agudo do Miocárdio (I21.-)
12. Ateroesclerose (I70.-) e Doença Ate-
roesclerótica do Coração (I25.1)
13. Efeitos Tóxicos Agudos (T52.8)
XX – Alcatrão, Breu, Betume, Hulha Mi- 1. Neoplasia maligna dos brônquios e do
neral, Parafina e produtos ou resíduos pulmão (C34.-)
dessas substâncias, causadores de 2. Outras neoplasias malignas da pele
epiteliomas primitivos da pele (C44.-)
3. Neoplasia maligna da bexiga (C67.-)
4. Dermatite Alérgica de Contato (L23.-)
5. Outras formas de hiperpigmentação
pela melanina: ‘‘Melanodermia’’ (L81.4)
XXI – Ruído e afecção auditiva 1. Perda da Audição Provocada pelo Ruí-
do (H83.3)
2. Outras percepções auditivas anormais:
Alteração Temporária do Limiar Audi-
tivo, Comprometimento da Discrimina-
ção Auditiva e Hiperacusia (H93.2)
3. Hipertensão Arterial (I10.-)
4. Ruptura Traumática do Tímpano (pelo
ruído) (S09.2)
XXII – Vibrações (afecções dos músculos, 1. Síndrome de Raynaud (I73.0)
tendões, ossos, articulações, vasos 2. Acrocianose e Acroparestesia (I73.8)
sangüíneos periféricos ou dos ner- 3. Outros transtornos articulares não clas-
vos periféricos) sificados em outra parte: Dor Articular
(M25.5)
4. Síndrome Cervicobraquial (M53.1)
5. Fibromatose da Fascia Palmar: ‘‘Con-
tratura ou Moléstia de Dupuytren’’
(M72.0)
6. Lesões do Ombro (M75.-): Capsulite
Adesiva do Ombro (Ombro Congelado,
Periartrite do Ombro) (M75.0); Sín-
drome do Manguito Rotatório ou Sín-
drome do Supraespinhoso (M75.1);
Tendinite Bicipital (M75.2); Tendinite
Calcificante do Ombro (M75.3); Bursi-
te do Ombro (M75.5); Outras Lesões
178 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Doenças causalmente relacionadas


Agentes etiológicos ou fatores de com os respectivos agentes ou
risco de natureza ocupacional fatores de risco (denominadas e
codificadas segundo a CID-10)

do Ombro (M75.8); Lesões do Ombro


não especificadas (M75.9)
7. Outras entesopatias (M77.-): Epicon-
dilite Medial (M77.0); Epicondilite la-
teral (‘‘Cotovelo de Tenista’’); Mialgia
(M79.1)
8. Outros transtornos especificados dos
tecidos moles (M79.8)
9. Osteonecrose (M87.-): Osteonecrose
Devida a Drogas (M87.1); Outras
Osteonecroses Secundárias (M87.3)
10. Doença de Kienböck do Adulto (Osteo-
condrose do Adulto do Semilunar do
Carpo) (M93.1) e outras Osteocondro-
patias especificadas (M93.8)
XXIII – Ar Comprimido 1. Otite Média não supurativa (H65.9)
2. Perfuração da Membrana do Tímpano
(H72 ou S09.2)
3. Labirintite (H83.0)
4. Otalgia e Secreção Auditiva (H92.-)
5. Outros transtornos especificados do
ouvido (H93.8)
6. Osteonecrose no ‘‘Mal dos Caixões’’
(M90.3)
7. Otite Barotraumática (T70.0)
8. Sinusite Barotraumática (T70.1)
9. ‘‘Mal dos Caixões’’ (Doença da Des-
compressão) (T70.4)
10. Síndrome devida ao deslocamento de
ar de uma explosão (T70.8)
XXIV – Radiações Ionizantes 1. Neoplasia maligna da cavidade nasal
e dos seios paranasais (C30-C31.-)
2. Neoplasia maligna dos brônquios e do
pulmão (C34.-)
3. Neoplasia maligna dos ossos e cartila-
gens articulares dos membros (Inclui
‘‘Sarcoma Ósseo’’)
4. Outras neoplasias malignas da pele
(C44.-)
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 179

Doenças causalmente relacionadas


Agentes etiológicos ou fatores de com os respectivos agentes ou
risco de natureza ocupacional fatores de risco (denominadas e
codificadas segundo a CID-10)

5. Leucemias (C91-C95.-)
6. Síndromes Mielodisplásicas (D46.-)
7. Anemia Aplástica devida a outros
agentes externos (D61.2)
8. Hipoplasia Medular (D61.9)
9. Púrpura e outras manifestações he-
morrágicas (D69.-)
10. Agranulocitose (Neutropenia tóxica)
(D70)
11. Outros transtornos especificados dos
glóbulos brancos: Leucocitose, Reação
Leucemóide (D72.8)
12. Polineuropatia induzida pela radiação
(G62.8)
13. Blefarite (H01.0)
14. Conjuntivite (H10)
15. Queratite e Queratoconjuntivite (H16)
16. Catarata (H28)
17. Pneumonite por radiação (J70.0 e
J70.1)
18. Gastroenterite e Colites tóxicas (K52.-)
19. Radiodermatite (L58.-): Radiodermati-
te Aguda (L58.0); Radiodermatite
Crônica (L58.1); Radiodermatite, não
especificada (L58.9); Afecções da pele
e do tecido conjuntivo relacionadas
com a radiação, não especificadas
(L59.9)
20. Osteonecrose (M87.-): Osteonecrose
Devida a Drogas (M87.1); Outras
Osteonecroses Secundárias (M87.3)
21. Infertilidade Masculina (N46)
22. Efeitos Agudos (não especificados) da
Radiação (T66)

XXV – Microorganismos e parasitas infec- 1. Tuberculose (A15-A19.-)


ciosos vivos e seus produtos tóxicos 2. Carbúnculo (A22.-)
(Exposição ocupacional ao agente 3. Brucelose (A23.-)
e/ou transmissor da doença, em pro- 4. Leptospirose (A27.-)
180 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Doenças causalmente relacionadas


Agentes etiológicos ou fatores de com os respectivos agentes ou
risco de natureza ocupacional fatores de risco (denominadas e
codificadas segundo a CID-10)

fissões e/ou condições de trabalho 5. Tétano (A35.-)


especificadas) 6. Psitacose, Ornitose, Doença dos Tra-
tadores de Aves (A70.-)
7. Dengue (A90.-)
8. Febre Amarela (A95.-)
9. Hepatites Virais (B15-B19.-)
10. Doença pelo Vírus da Imunodeficiên-
cia Humana (HIV) (B20-B24.-)
11. Dermatofitose (B35.-) e Outras Mico-
ses Superficiais (B36.-)
12. Paracoccidiomicose (Blastomicose Sul-
Americana, Blastomicose Brasileira,
Doença de Lutz) (B41.-)
13. Malária (B50-B54.-)
14. Leishmaniose Cutânea (B55.1) ou
Leishmaniose Cutâneo-Mucosa (B55.2)
15. Pneumonite por Hipersensibilidade a
Poeira Orgânica (J67.-): Pulmão do
Granjeiro (ou Pulmão do Fazendeiro)
(J67.0); Bagaçose (J67.1); Pulmão
dos Criadores de Pássaros (J67.2);
Suberose (J67.3); Pulmão dos Traba-
lhadores de Malte (J67.4); Pulmão
dos que Trabalham com Cogumelos
(J67.5); Doença Pulmonar Devida a
Sistemas de Ar-Condicionado e de
Umidificação do Ar (J67.7); Pneumo-
nites de Hipersensibilidade Devidas a
Outras Poeiras Orgânicas (J67.8);
Pneumonite de Hipersensibilidade De-
vida a Poeira Orgânica não especifica-
da (Alveolite Alérgica Extrínseca
SOE); Pneumonite de Hipersensibili-
dade SOE (J67.0)
16. ‘‘Dermatoses Pápulo-Pustulosas e suas
complicações infecciosas’’ (L08.9)
XXVI – Algodão, Linho, Cânhamos, Sisal 1. Outras Rinites Alérgicas (J30.3)
2. Outras Doenças Pulmonares Obstrutivas
Crônicas (Inclui ‘‘Asma Obstrutiva’’,
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 181

Doenças causalmente relacionadas


Agentes etiológicos ou fatores de com os respectivos agentes ou
risco de natureza ocupacional fatores de risco (denominadas e
codificadas segundo a CID-10)

‘‘Bronquite Crônica’’, ‘‘Bronquite Obs-


trutiva Crônica’’) (J44.-)
3. Asma (J45.-)
4. Bissinose (J66.0)
XXVII – Agentes físicos, químicos ou bioló- 1. ‘‘Dermatoses Pápulo-Pustulosas e suas
gicos, que afetam a pele, não consi- complicações infecciosas’’ (L08.9)
derados em outras rubricas 2. Dermatite Alérgica de Contato (L23.-)
3. Dermatite de Contato por Irritantes
(L24.-)
4. Urticária Alérgica (L50.0)
5. ‘‘Urticária Física’’ (devida ao calor e
ao frio) (L50.2)
6. Urticária de Contato (L50.6)
7. Queimadura Solar (L55)
8. Outras Alterações Agudas da Pele de-
vidas a Radiação Ultravioleta (L56.-):
Dermatite por Fotocontato (Dermatite
de Berloque) (L56.2); Urticária Solar
(L56.3); Outras Alterações Agudas
Especificadas da Pele devidas a Ra-
diação Ultravioleta (L56.8); Outras
Alterações Agudas da Pele devidas a
Radiação Ultravioleta, sem outra es-
pecificação (L56.9)
9. Alterações da pele devidas a Exposi-
ção Crônica a Radiação Não Ionizante
(L57.-): Ceratose Actínica (L57.0);
Outras Alterações: Dermatite Solar, ‘‘Pe-
le de Fazendeiro’’, ‘‘Pele de Marinheiro’’
(L57.8)
10. ‘‘Cloracne’’ (L70.8)
11. ‘‘Elaioconiose’’ ou ‘‘Dermatite Folicular’’
(L72.8)
12. Outras formas de hiperpigmentação
pela melanina: ‘‘Melanodermia’’ (L81.4)
13. Leucodermia, não classificada em ou-
tra parte (Inclui ‘‘Vitiligo Ocupacio-
nal’’) (L81.5)
14. Úlcera Crônica da Pele, não classifica-
da em outra parte (L98.4)
182 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Doenças causalmente relacionadas


Agentes etiológicos ou fatores de com os respectivos agentes ou
risco de natureza ocupacional fatores de risco (denominadas e
codificadas segundo a CID-10)

15. Geladura (Frostbite) Superficial: Erite-


ma Pérnio (T33) (Frio)
16. Geladura (Frostbite) com Necrose de
Tecidos (T34) (Frio)

LISTA B
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS RELACIONADAS COM O
TRABALHO (Grupo I da CID-10)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional
I – Tuberculose (A15-A19.-) Exposição ocupacional ao Mycobacterium
tuberculosis (Bacilo de Koch) ou Mycobac-
terium Bovis, em atividades em laborató-
rios de biologia, e atividades realizadas
por pessoal de saúde, que propiciam con-
tato direto com produtos contaminados
ou com doentes cujos exames bacterioló-
gicos são positivos. (Z57.8) (Quadro 25)
Hipersuscetibilidade do trabalhador ex-
posto a poeiras de sílica. (Sílico-tuberculo-
se) (J65.-)
II – Carbúnculo (A22.-) Zoonose causada pela exposição ocupacio-
nal ao Bacillus anthracis, em atividades
suscetíveis de colocar os trabalhadores em
contato direto com animais infectados ou
com cadáveres desses animais; trabalhos
artesanais ou industriais com pêlos, pele,
couro ou lã. (Z57.8) (Quadro 25)
III – Brucelose (A23.-) Zoonose causada pela exposição ocupacio-
nal a Brucella melitensis, B. abortus, B.
suis, B. canis etc., em atividades em abate-
douros, frigoríficos, manipulação de pro-
dutos de carne; ordenha e fabricação de la-
ticínios e atividades assemelhadas. (Z57.8)
(Quadro 25)
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 183

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

IV – Leptospirose (A27.-) Exposição ocupacional a Leptospira icte-


rohaemorrhagiae (e outras espécies), em
trabalhos expondo ao contato direto com
águas sujas, ou efetuado em locais suscetí-
veis de serem sujos por dejetos de animais
portadores de germes; trabalhos efetuados
dentro de minas, túneis, galerias, esgotos
em locais subterrâneos; trabalhos em cur-
sos d’água; trabalhos de drenagem; conta-
to com roedores; trabalhos com animais
domésticos, e com gado; preparação de
alimentos de origem animal, de peixes, de
laticínios etc. (Z57.8) (Quadro 25)
V – Tétano (A35.-) Exposição ao Clostridium tetani, em cir-
cunstâncias de acidentes do trabalho na
agricultura, na construção civil, na indús-
tria ou em acidentes de trajeto. (Z57.8)
(Quadro 25)
VI – Psitacose, Ornitose, Doença dos Tra- Zoonoses causadas pela exposição ocupa-
tadores de Aves (A70.-) cional a Chlamydia psittaci ou Chlamy-
dia pneumoniae, em trabalhos em criadou-
ros de aves ou pássaros, atividades de
Veterinária, em zoológicos, e em laborató-
rios biológicos etc. (Z57.8) (Quadro 25)
VII – Dengue (Dengue Clássico) (A90.-) Exposição ocupacional ao mosquito (Aedes
aegypti), transmissor do arbovírus da Den-
gue, principalmente em atividades em zo-
nas endêmicas, em trabalhos de saúde pú-
blica, e em trabalhos de laboratórios de
pesquisa, entre outros.
(Z57.8) (Quadro 25)
VIII – Febre Amarela (A95.-) Exposição ocupacional ao mosquito (Aedes
aegypti), transmissor do arbovírus da Fe-
bre Amarela, principalmente em ativida-
des em zonas endêmicas, em trabalhos de
saúde pública, e em trabalhos de laborató-
rios de pesquisa, entre outros. (Z57.8)
(Quadro 25)
IX – Hepatites Virais (B15-B19.-) Exposição ocupacional ao Vírus da Hepati-
te A (HAV); Vírus da Hepatite B (HBV);
Vírus da Hepatite C (HCV); Vírus da He-
patite D (HDV); Vírus da Hepatite E
184 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

(HEV), em trabalhos envolvendo manipu-


lação, acondicionamento ou emprego de
sangue humano ou de seus derivados; tra-
balho com ‘‘águas usadas’’ e esgotos; traba-
lhos em contato com materiais provenien-
tes de doentes ou objetos contaminados
por eles. (Z57.8) (Quadro 25)
X – Doença pelo Vírus da Imunodeficiên- Exposição ocupacional ao Vírus da Imuno-
cia Humana (HIV) (B20-B24.-) deficiência Humana (HIV), principalmen-
te em trabalhadores da saúde, em decor-
rência de acidentes pérfuro-cortantes com
agulhas ou material cirúrgico contamina-
do, e na manipulação, acondicionamento
ou emprego de sangue ou de seus deriva-
dos, e contato com materiais provenientes
de pacientes infectados. (Z57.8) (Quadro
25)
XI – Dermatofitose (B35.-) e Outras Mico- Exposição ocupacional a fungos do gênero
ses Superficiais (B36.-) Epidermophyton, Microsporum e Tricho-
phyton, em trabalhos em condições de
temperatura elevada e umidade (cozi-
nhas, ginásios, piscinas) e outras situações
específicas de exposição ocupacional.
(Z57.8) (Quadro 25)
XII – Candidíase (B37.-) Exposição ocupacional a Candida albicans,
Candida glabrata, etc., em trabalhos que
requerem longas imersões das mãos em
água e irritação mecânica das mãos, tais
como trabalhadores de limpeza, lavadei-
ras, cozinheiras, entre outros. (Z57.8)
(Quadro 25)
XIII – Paracoccidioidomicose (Blastomico- Exposição ocupacional ao Paracoccidioides
se Sul Americana, Blastomicose Bra- brasiliensis, principalmente em trabalhos
sileira, Doença de Lutz) (B41.-) agrícolas ou florestais e em zonas endêmi-
cas. (Z57.8) (Quadro 25)
XIV – Malária (B50-B54.-) Exposição ocupacional ao Plasmodium ma-
lariae; Plasmodium vivax; Plasmodium fal-
ciparum ou outros protozoários, principal-
mente em atividades de mineração,
construção de barragens ou rodovias, em
extração de petróleo e outras atividades
que obrigam a entrada dos trabalhadores
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 185

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

em zonas endêmicas. (Z57.8) (Quadro


25)
XV – Leishmaniose Cutânea (B55.1) ou Exposição ocupacional à Leishmania brazi-
Leishmaniose Cutâneo-Mucosa (B55.2) liensis, principalmente em trabalhos agríco-
las ou florestais e em zonas endêmicas, e
outras situações específicas de exposição
ocupacional. (Z57.8) (Quadro 25)

NEOPLASIAS (TUMORES) RELACIONADOS COM O TRABALHO


(GRUPO II DA CID-10)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

I – Neoplasia maligna do estômago (C16.-) Asbesto ou Amianto (X49.-; Z57.2) (Qua-


dro 2)
II – Angiossarcoma do fígado (C22.3) 1. Arsênio e seus compostos arsenicais
(X48.-; X49.-; Z57.5) (Quadro 1)
2. Cloreto de Vinila (X46.-; Z57.5) (Qua-
dro 13)
III – Neoplasia maligna do pâncreas 1. Cloreto de Vinila (X46.-; Z57.5) (Qua-
(C25.-) dro 13)
2. Epicloridrina (X49.-; Z57.5)
3. Hidrocarbonetos alifáfitos e aromáticos
na Indústria do Petróleo (X46.-; Z57.5)
IV – Neoplasia maligna da cavidade nasal 1. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1)
e dos seios paranasais (C30-C31.-) (Quadro 24)
2. Níquel e seus compostos (X49.-; Z57.5)
3. Poeiras de madeira e outras poeiras or-
gânicas da indústria do mobiliário
(X49.-; Z57.2)
4. Poeiras da indústria do couro (X49.-;
Z57.2)
5. Poeiras orgânicas (na indústria têxtil e
em padarias) (X49.-; Z57.2)
6. Indústria do petróleo (X46.-; Z57.5)
V – Neoplasia maligna da laringe (C32.-) Asbesto ou Amianto (Z57.2) (Quadro 2)
VI – Neoplasia maligna dos brônquios e
do pulmão (C34.-)
186 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

1. Arsênio e seus compostos arsenicais


(X48.-; X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Qua-
dro 1)
2. Asbesto ou Amianto (X49.-; Z57.2)
(Quadro 2)
3. Berílio (X49.-; Z57.5) (Quadro 4)
4. Cádmio ou seus compostos (X49.-;
Z57.5) (Quadro 6)
5. Cromo e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.5) (Quadro 10)
6. Cloreto de Vinila (X46.-; Z57.5) (Qua-
dro 13)
7. Clorometil éteres (X49.-; Z57.5) (Qua-
dro 13)
8. Sílica-livre (Z57.2) (Quadro 18)
9. Alcatrão, breu, betume, hulha mine-
ral, parafina e produtos de resíduos
dessas substâncias (X49.-; Z57.5)
(Quadro 20)
10. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1)
(Quadro 24)
11. Emissões de fornos de coque (X49.-;
Z57.5)
12. Níquel e seus compostos (X49.-;
Z57.5)
13. Acrilonitrila (X49.-; Z57.5)
14. Indústria do alumínio (fundições)
(X49.-; Z57.5)
15. Neblinas de óleos minerais (óleo de
corte) (X49.-; Z57.5)
16. Fundições de metais (W49.-; Z57.5)
VII – Neoplasia maligna dos ossos e car- Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1) (Tabe-
tilagens articulares dos membros (In- la 24)
clui ‘‘Sarcoma Ósseo’’) (C40.-)
VIII – Outras neoplasias malignas da pele 1. Arsênio e seus compostos arsenicais
(C44.-) (X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 1)
2. Alcatrão, breu, betume, hulha mineral,
parafina e produtos de resíduos dessas
substâncias causadores de epiteliomas
da pele (X49.-; Z57.5) (Quadro 20)
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 187

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

3. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1)


(Quadro 24)
4. Radiações ultravioletas (W89; Z57.1)
IX – Mesotelioma (C45.-): Mesotelioma Asbesto ou Amianto (X49.-; Z57.2) (Qua-
da pleura (C45.0), Mesotelioma do dro 2)
peritônio (C45.1) e Mesotelioma do
pericárdio (C45.2)
X – Neoplasia maligna da bexiga (C67.-) 1. Alcatrão, breu, betume, hulha mineral,
parafina e produtos de resíduos dessas
substâncias (X49.-; Z57.5) (Quadro 20)
2. Aminas aromáticas e seus derivados
(Betanaftilamina, 2-cloroanilina, benzi-
dina, o-toluidina, 4-cloro-orto-tolui-
dina (X49.-; Z57.5)
3. Emissões de fornos de coque (X49.-;
Z57.5)
XI – Leucemias (C91-C95.-) 1. Benzeno (X46.-; Z57.5) (Quadro 3)
2. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1)
(Quadro 24)
3. Óxido de etileno (X49.-; Z57.5)
4. Agentes antineoplásicos (X49.-; Z57.5)
5. Campos eletromagnéticos (W90.-;
Z57.5)
6. Agrotóxicos clorados (Clordane e Hep-
taclor) (X48.-; Z57.4)

DOENÇAS DO SANGUE E DOS ÓRGÃOS HEMATOPOÉTICOS


RELACIONADAS COM O TRABALHO (Grupo III da CID-10)
Agentes etiológicos ou fatores de
Doenças
risco de natureza ocupacional

I – Síndromes Mielodisplásicas (D46.-) 1. Benzeno (X46.-; Z57.5) (Quadro 3)


2. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1)
(Quadro 24)
II – Outras anemias devidas a transtornos Chumbo ou seus compostos tóxicos (X49.-;
enzimáticos (D55.8) Z57.5) (Quadro 8)
III – Anemia Hemolítica adquirida (D59.2) Derivados nitrados e aminados do Benze-
no (X46.-; Z57.5)
IV – Aplástica devida a outros agentes ex- 1. Benzeno (X46.-; Z57.5) (Quadro 3)
188 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

ternos (D61.2) 2. Radiações ionizantes (W88.-) (Quadro


24)
V – Anemia Aplástica não especificada, 1. Benzeno (X46.-; Z57.5) (Quadro 3)
Anemia Hipoplástica SOE, Hipoplasia 2. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1)
medular (D61.9) (Quadro 24)
VI – Anemia Sideroblástica secundária a Chumbo ou seus compostos tóxicos (X46.-;
toxinas (Inclui ‘‘Anemia Hipocrômi- Z57.5) (Quadro 8)
ca, Microcítica, com Reticulocitose’’)
(D64.2)
VII – Púrpura e outras manifestações he- 1. Benzeno (X46.-; Z57.5) (Quadro 3)
morrágicas (D69.-) 2. Cloreto de Vinila (X46.-) (Quadro 8)
3. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1)
(Quadro 24)
VIII – Agranulocitose (Neutropenia tóxica) 1. Benzeno (X46.-; Z57.5) (Quadro 3)
(D70) 2. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1)
(Quadro 24)
3. Derivados do Fenol, Pentaclorofenol,
Hidroxibenzonitrilo (X49.-; XZ57.5)
IX – Outros transtornos especificados dos 1. Benzeno (X46.-; Z57.5) (Quadro 3)
glóbulos brancos: leucocitose, reação 2. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1)
leucemóide (D72.8) (Quadro 24)
X – Metahemoglobinemia (D74.-) Aminas aromáticas e seus derivados
(X49.-; Z57.5)

DOENÇAS ENDÓCRINAS, NUTRICIONAIS E METABÓLICAS


RELACIONADAS COM O TRABALHO (Grupo IV da CID-10)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

I – Hipotireoidismo devido a substâncias 1. Chumbo ou seus compostos tóxicos


exógenas (E03,-) (X49.-; Z57.5) (Quadro 8)
2. Hidrocarbonetos halogenados (Cloro-
benzeno e seus derivados) (X46.-;
Z57.5) (Quadro 13)
3. Tiuracil (X49.-; Z57.5)
4. Tiocinatos (X49.-; Z57.5)
5. Tiuréia (X49.-; Z57.5)
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 189

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

II – Outras Porfirias (E80.2) Clorobenzeno e seus derivados (X46.-;


Z57.4 e Z57.5) (Quadro 13)

TRANSTORNOS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO


RELACIONADOS COM O TRABALHO (Grupo V da CID-10)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional
I – Demência em outras doenças específi- 1. Manganês (X49.-; Z57.5) (Quadro 15)
cas classificadas em outros locais 2. Substâncias asfixiantes: CO, H2 S
(F02.8) etc. (seqüela) (X47.-; Z57.5) (Quadro
17)
3. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5)
(Quadro 19)
II – Delirium, não sobreposto a demência, 1. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e
como descrita (F05.0) Z57.5) (Quadro 8)
2. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5)
(Quadro 19)
III – Outros transtornos mentais decorren- 1. Tolueno e outros solventes aromáticos
tes de lesão e disfunção cerebrais e neurotóxicos (X46.-; Z57.5) (Quadro
de doença física (F06.-): transtorno 3)
cognitivo leve (F06.7). (Nova redação 2. Chumbo ou seus compostos tóxicos
dada pelo Decreto nº 3.265, de 29-11- (X49.-; Z57.5) (Quadro 8)
99) 3. Tricloroetileno, Tetracloroetileno, Tri-
cloroetano e outros solventes orgânicos
halogenados neurotóxicos (X46.-;
Z57.5) (Quadro 13)
4. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e
Z57.5) (Quadro 13)
5. Manganês e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.5) (Quadro 15)
6. Mercúrio e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 16)
7. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5)
(Quadro 19)
8. Outros solventes orgânicos neurotóxi-
cos (X46.-; X49.-; Z57.5)
IV – Transtornos de personalidade e de 1. Tolueno e outros solventes aromáticos
comportamento decorrentes de doen- neurotóxicos (X46.-; Z57.5) (Quadro
ça, lesão e de disfunção de persona- 3)
190 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

lidade (F07.-): Transtorno Orgânico 2. Tricloroetileno, Tetracloroetileno, Tri-


de Personalidade (F07.0); Outros cloroetano e outros solventes orgânicos
transtornos de personalidade e de halogenados neurotóxicos (X46.-;
comportamento decorrentes de doen- Z57.5) (Quadro 13)
ça, lesão ou disfunção cerebral (F07.8) 3. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e
Z57.5) (Quadro 13)
4. Manganês e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.5) (Quadro 15)
5. Mercúrio e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 16)
6. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5)
(Quadro 19)
7. Outros solventes orgânicos neurotóxi-
cos (X46.-; X49.-; Z57.5)
V – Transtorno Mental Orgânico ou Sinto- 1. Tolueno e outros solventes aromáticos
mático não especificado (F09.-) neurotóxicos (X46.-; Z57.5) (Quadro
3)
2. Tricloroetileno, Tetracloroetileno, Tri-
cloroetano e outros solventes orgânicos
halogenados neurotóxicos (X46.-;
Z57.5) (Quadro 13)
3. Brometo de Metila (X46.-; Z57.5) (Qua-
dro 13)
4. Manganês e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.5) (Quadro 15)
5. Mercúrio e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 16)
6. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5)
(Quadro 19)
7. Outros solventes orgânicos neurotóxi-
cos (X46.-; X 49.-; Z57.5)
VI – Transtornos mentais e comportamen- 1. Problemas relacionados com o empre-
tais devido ao uso do álcool: Alcoolis- go e com o desemprego: Condições di-
mo Crônico (Relacionado com o Tra- fíceis de trabalho (Z56.5)
balho) (F10.2) 2. Circunstância relativa às condições de
trabalho (Y96)
VII – Episódios Depressivos (F32.-) 1. Tolueno e outros solventes aromáticos
neurotóxicos (X46.-; Z57.5) (Quadro 3)
2. Tricloroetileno, Tetracloroetileno, Tri-
cloroetano e outros solventes orgânicos
halogenados neurotóxicos (X46.-;
Z57.5) (Quadro 13)
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 191

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

3. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e


Z57.5) (Quadro 13)
4. Manganês e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.5) (Quadro 15)
5. Mercúrio e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 16)
6. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5)
(Quadro 19)
7. Outros solventes orgânicos neurotóxi-
cos (X46.-; X49.-; Z57.5)
VIII – Reações ao ‘‘Stress’’ Grave e Trans- 1. Outras dificuldades físicas e mentais
tornos de Adaptação (F43.-): Estado relacionadas com o trabalho: reação
de ‘‘Stress’’ Pós-Traumático (F43.1) após acidente do trabalho grave ou ca-
tastrófico, ou após assalto no trabalho
(Z56.6)
2. Circunstância relativa às condições de
trabalho (Y96)
IX – Neurastenia (Inclui ‘‘Síndrome de Fa- 1. Tolueno e outros solventes aromáticos
diga’’) (F48.0) neurotóxicos (X46.-; Z57.5) (Quadro
3)
2. Tricloroetileno, Tetracloroetileno, Tri-
cloroetano e outros solventes orgânicos
halogenados (X46.-; Z57.5) (Quadro
13)
3. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e
Z57.5) (Quadro 13)
4. Manganês e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.5) (Quadro 15)
5. Mercúrio e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 16)
6. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5)
(Quadro 19)
7. Outros solventes orgânicos neurotóxi-
cos (X46.-; X49.-; Z57.5)
X – Outros transtornos neuróticos especifi- Problemas relacionados com o emprego e
cados (Inclui ‘‘Neurose Profissional’’) com o desemprego (Z56.-): Desemprego
(F48.8) (Z56.0); Mudança de emprego (Z56.1);
Ameaça de perda de emprego (Z56.2);
Ritmo de trabalho penoso (Z56.3); Desa-
cordo com patrão e colegas de trabalho
(Condições difíceis de trabalho) (Z56.5);
192 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

Outras dificuldades físicas e mentais rela-


cionadas com o trabalho (Z56.6)
XI – Transtorno do Ciclo Vigília-Sono De- 1. Problemas relacionados com o empre-
vido a Fatores Não-Orgânicos (F51.2) go e com o desemprego: Má adaptação
à organização do horário de trabalho
(Trabalho em Turnos ou Trabalho No-
turno) (Z56.6)
2. Circunstância relativa às condições de
trabalho (Y96)
XII – Sensação de Estar Acabado (‘‘Síndro- 1. Ritmo de trabalho penoso (Z56.3)
me de Burn-Out’’, ‘‘Síndrome do 2. Outras dificuldades físicas e mentais
Esgotamento Profissional’’) (Z73.0) relacionadas com o trabalho (Z56.6)

DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO RELACIONADAS COM O


TRABALHO (Grupo VI da CID-10)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional
I – Ataxia Cerebelosa (G11.1) Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-;
Z57.4 e Z57.5) (Quadro 16)
II – Parkinsonismo Secundário devido a Manganês e seus compostos tóxicos
outros agentes externos (G21.2) (X49.-; Z57.5) (Quadro 15)
III – Outras formas especificadas de tre- 1. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e
mor (G25.2) Z57.5) (Quadro 13)
2. Tetracloroetano (X46.-; Z57.5) (Qua-
dro 13)
3. Mercúrio e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 16)
4. Outros solventes orgânicos neurotóxi-
cos (X46.-; X49.-; Z57.5)
IV – Transtorno extrapiramidal do movi- 1. Mercúrio e seus compostos tóxicos
mento não especificado (G25.9) (X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 16)
2. Cloreto de metileno (Diclorometano) e
outros solventes halogenados neurotó-
xicos (X46.-; Z57.5) (Quadro 13)
V – Distúrbios do Ciclo Vigília-Sono Problemas relacionados com o emprego e
(G47.2) com o desemprego: má adaptação à orga-
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 193

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

nização do horário de trabalho (trabalho


em turnos ou trabalho noturno) (Z56.6)
VI – Transtornos do nervo trigêmio (G50.-) Tricloroetileno e outros solventes haloge-
nados neurotóxicos (X46.-; Z57.5) (Qua-
dro 13)
VII – Transtornos do nervo olfatório 1. Cádmio ou seus compostos (X49.-;
(G52.0) (Inclui ‘‘Anosmia’’) Z57.5) (Quadro 6)
2. Sulfeto de hidrogênio (X49.-; Z57.5)
(Quadro 17)
VIII – Transtornos do plexo braquial (Sín- Posições forçadas e gestos repetitivos
drome da Saída do Tórax, Síndro- (Z57.8)
me do Desfiladeiro Torácico)
(G54.0)
IX – Mononeuropatias dos Membros Su- Posições forçadas e gestos repetitivos
periores (G56.-): Síndrome do Túnel (Z57.8)
do Carpo (G56.0); Outras Lesões do
Nervo Mediano: Síndrome do Prona-
dor Redondo (G56.1); Síndrome do
Canal de Guyon (G56.2); Lesão do
Nervo Cubital (ulnar): Síndrome do
Túnel Cubital (G56.2); Lesão do
Nervo Radial (G56.3); Outras Mono-
neuropatias dos Membros Superio-
res: Compressão do Nervo Supra-es-
capular (G56.8)
X – Mononeuropatias do membro inferior Posições forçadas e gestos repetitivos
(G57.-): Lesão do Nervo Poplíteo La- (Z57.8)
teral (G57.3)
XI – Polineuropatia devida a outros agen- 1. Arsênio e seus compostos arsenicais
tes tóxicos (G62.2) (X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 1)
2. Chumbo e seus compostos tóxicos (X49.-;
Z57.5) (Quadro 8)
3. Fósforo (X48.-; X49.-; Z57.4 e Z57.5)
(Quadro 12)
4. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5) (Qua-
dro 19)
5. n-Hexano (X46.-; Z57.5) (Quadro 13)
6. Metil-n-Butil Cetona (MBK) (X46.-;
Z57.5)
XII – Polineuropatia induzida pela radia- Radiações ionizantes (X88.-; Z57.1) (Qua-
ção (G62.8) dro 24)
194 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

XIII – Encefalopatia Tóxica Aguda (G92.1) 1. Arsênio e seus compostos arsenicais


(X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 1)
2. Chumbo e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.5) (Quadro 8)
3. Hidrocarbonetos alifáticos ou aromáti-
cos (seus derivados halogenados neu-
rotóxicos) (X46.-; Z57.5) (Quadro 13)
4. Mercúrio e seus derivados tóxicos
(X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 16)
XIV – Encefalopatia Tóxica Crônica (G92.2) 1. Tolueno e Xileno (X46.-; Z57.5) (Qua-
dro 3)
2. Chumbo e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.5) (Quadro 8)
3. Solventes orgânicos halogenados neu-
rotóxicos (X46.-; Z57.5) (Quadro 13)
4. Mercúrio e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.5) (Quadro 16)
5. Substâncias asfixiantes: CO, H2S etc.
(seqüela) (X47.-; Z57.5) (Quadro 17)
6. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5)
(Quadro 19)

DOENÇAS DO OLHO E ANEXOS RELACIONADAS COM O


TRABALHO (Grupo VII da CID-10)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

I – Blefarite (H01.0) 1. Arsênio e seus compostos arsenicais


(X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 1)
2. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1)
(Quadro 24)
3. Cimento (X49.-; Z57.2)
II – Conjuntivite (H10) 1. Arsênio e seus compostos arsenicais
(X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 1)
2. Berílio e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.5) (Quadro 4)
3. Flúor e seus compostos tóxicos
(X49.-) (Quadro 11)
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 195

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

4. Iodo (X49.-; Z57.5) (Quadro 14)


5. Cloreto de etila (X46.-; Z57.5) (Qua-
dro 13)
6. Tetracloreto de carbono (X46.-;
Z57.5) (Quadro 13)
7. Outros solventes halogenados tóxicos
(X46.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 13)
8. Ácido sulfídrico (Sulfeto de hidrogê-
nio) (X49.-; Z57.5) (Quadro 17)
9. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1)
(Quadro 24)
10. Radiações Ultravioletas (W89; Z57.1)
11. Acrilatos (X49.-; Z57.5)
12. Cimento (X49.-; Z57.2)
13. Enzimas de origem animal, vegetal ou
bacteriana (X44.-; Z57.2)
14. Furfural e Álcool Furfurílico (X45.-;
Z57.5)
15. Isocianatos orgânicos (X49.-; Z57.5)
16. Selênio e seus compostos (X49.-;
Z57.5)
III – Queratite e Queratoconjuntivite 1. Arsênio e seus compostos arsenicais
(H16) (X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 1)
2. Ácido sulfídrico (Sulfeto de hidrogê-
nio) (X49.-; Z57.5) (Quadro 17)
3. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1)
(Quadro 24)
4. Radiações Infravermelhas (W90.-;
Z57.1)
5. Radiações Ultravioletas (W89.-; Z57.1)
IV – Catarata (H28) 1. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1)
(Quadro 24)
2. Radiações Infravermelhas (W90.-;
Z57.1)
V – Inflamação Coriorretiniana (H30) Manganês e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.5) (Quadro XV)
VI – Neurite Óptica (H46) 1. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e
Z57.5) (Quadro 13)
2. Cloreto de metileno (Diclorometano) e
outros solventes clorados neurotóxicos
(X46.-; Z57.5) (Quadro 13)
196 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

3. Tetracloreto de carbono (X46.-; Z57.5)


(Quadro 13)
4. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5)
(Quadro 19)
5. Metanol (X45.-; Z57.5)
VII – Distúrbios visuais subjetivos (H53.-) 1. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e
Z57.5) (Quadro 13)
2. Cloreto de metileno e outros solventes
clorados neurotóxicos (X46.-; Z57.5)
(Quadro 13)

DOENÇAS DO OUVIDO RELACIONADAS COM O TRABALHO


(Grupo VIII da CID-10)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional
I – Otite Média não-supurativa (H65.9) 1. ‘‘Ar Comprimido’’ (W94.-; Z57.8) (Qua-
dro 23)
2. Pressão atmosférica inferior à pres-
são-padrão (W94.-; Z57.8)
II – Perfuração da Membrana do Tímpano 1. ‘‘Ar Comprimido’’ (W94.-; Z57.8) (Tabe-
(H72 ou S09.2) la 23)
2. Pressão atmosférica inferior à pressão
padrão (W94.-; Z57.8)
III – Outras vertigens periféricas (H81.3) Cloreto de Metileno e outros solventes ha-
logenados tóxicos (X46.-; Z57.5) (Quadro
13)
IV – Labirintite (H83.0) 1. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e
Z57.5) (Quadro 13)
2. ‘‘Ar Comprimido’’ (W94.-; Z57.8) (Qua-
dro 23)
V – Efeitos do ruído sobre o ouvido inter- Exposição ocupacional ao Ruído (Z57.0;
no/Perda da Audição Provocada pelo W42.-) (Quadro 21)
Ruído e Trauma Acústico (H83.3)
VI – Hipoacusia Ototóxica (H91.0) 1. Homólogos do Benzeno otoneurotóxi-
cos (Tolueno e Xileno) (X46.-; Z57.5)
(Quadro 3)
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 197

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

2. Solventes orgânicos otoneurotóxicos


(X46.-; Z57.8) (Quadro 13)

VII – Otalgia e Secreção Auditiva (H92.-): ‘‘Ar Comprimido’’ (W94.-; Z57.8) (Quadro
Otalgia (H92.0), Otorréia (H92.1) 23)
ou Otorragia (H92.2)

VIII – Outras percepções auditivas anor- Exposição ocupacional ao Ruído (Z57.0;


mais: Alteração Temporária do Li- X42.-) (Quadro 21)
miar Auditivo, Comprometimento
da Discriminação Auditiva e Hipe-
racusia (H93.2)

IX – Outros transtornos especificados do 1. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e


ouvido (H93.8) Z57.5) (Quadro 13)
2. ‘‘Ar Comprimido’’ (W94.-; Z57.8) (Qua-
dro 23)

X – Otite Barotraumática (T70.0) 1. ‘‘Ar Comprimido’’ (W94.-; Z57.8) (Qua-


dro 23)
2. Alterações na pressão atmosférica ou
na pressão da água no ambiente
(W94.-; Z57.8)

XI – Sinusite Barotraumática (T70.1) 1. ‘‘Ar Comprimido’’ (W94.-; Z57.8) (Qua-


dro 23)
2. Alterações na pressão atmosférica ou
na pressão da água no ambiente
(W94.-)

XII – ‘‘Mal dos Caixões’’ (Doença de Des- 1. ‘‘Ar Comprimido’’ (W94.-; Z57.8) (Qua-
compressão) (T70.4) dro 23)
2. Alterações na pressão atmosférica ou
na pressão da água no ambiente
(W94.-; Z57.8)

XIII – Síndrome devida ao deslocamento 1. ‘‘Ar Comprimido’’ (W94.-; Z57.8) (Qua-


de ar de uma explosão (T70.8) dro 23)
2. Alterações na pressão atmosférica ou
na pressão da água no ambiente
(W94.-; Z57.8)
198 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

DOENÇAS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO RELACIONADAS COM O


TRABALHO (Grupo IX da CID-10)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

I – Hipertensão Arterial (I10.-) 1. Chumbo ou seus compostos tóxicos


(X49.-; Z57.5) (Quadro 8)
2. Exposição ocupacional ao Ruído
(Z57.0; X42.-) (Quadro 21)
3. Problemas relacionados com o empre-
go e com o desemprego (Z56.-)
II – Angina Pectoris (I20.-) 1. Monóxido de Carbono (X47.-; Z57.5)
(Quadro 17)
2. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5)
(Quadro 19)
3. Nitroglicerina e outros ésteres do ácido
nítrico (X49.-; Z57.5)
4. Problemas relacionados com o empre-
go e com o desemprego (Z56.-)
III – Infarto Agudo do Miocárdio (I21.-) 1. Monóxido de Carbono (X47.-; Z57.5)
(Quadro 17)
2. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5)
(Quadro 19)
3. Nitroglicerina e outros ésteres do ácido
nítrico (X49.-; Z57.5)
4. Problemas relacionados com o empre-
go e com o desemprego (Z56.-)
IV – Cor Pulmonale SOE ou Doença Cardio- Complicação evolutiva das pneumoconio-
pulmonar Crônica (I27.9) ses graves, principalmente Silicose
(Z57.2) (Quadro 18)
V – Placas epicárdicas ou pericárdicas Asbesto ou Amianto (W83.-; Z57.2) (Qua-
(I34.8) dro 2)
VI – Parada Cardíaca (I46.-) 1. Derivados halogenados dos hidrocarbo-
netos alifáticos (X46.-) (Quadro 13)
2. Monóxido de Carbono (X47.-; Z57.5)
(Quadro 17)
3. Outros agentes potencialmente causa-
dores de arritmia cardíaca (Z57.5)
VII – Arritmias cardíacas (I49.-) 1. Arsênio e seus compostos arsenicais
(X49.-; Z57.5) (Quadro 1)
2. Chumbo ou seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.5) (Quadro 8)
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 199

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

3. Derivados halogenados dos hidrocarbo-


netos alifáticos (X46.-; Z57.5) (Quadro
13)
4. Mercúrio e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.5) (Quadro 16)
5. Monóxido de Carbono (X47.-; Z57.5)
(Quadro 17)
6. Agrotóxicos organofosforados e carba-
matos (X48; Z57.4) (Quadros 12 e 22)
7. Exposição ocupacional a Cobalto
(X49.-; Z57.5)
8. Nitroglicerina e outros ésteres do ácido
nítrico (X49.-; Z57.5)
9. Problemas relacionados com o empre-
go e com o desemprego (Z56.-)
VIII – Ateroesclerose (I70.-) e Doença Ate- Sulfeto de carbono (X49.-; Z57.5) (Qua-
roesclerótica do Coração (I25.1) dro 19)
IX – Síndrome de Raynaud (I73.0) 1. Cloreto de vinila (X46.-; Z57.5) (Qua-
dro 13)
2. Vibrações localizadas (W43.-; Z57.7)
(Quadro 22)
3. Trabalho em baixas temperaturas
(frio) (W93.-; Z57.6)
X – Acrocianose e Acroparestesia (I73.8) 1. Cloreto de vinila (X46.-; Z57.5) (Qua-
dro 13)
2. Vibrações localizadas (W43.-; Z57.7)
(Quadro 22)
3. Trabalho em baixas temperaturas
(frio) (W93.-; Z57.6)

DOENÇAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO RELACIONADAS COM O


TRABALHO (Grupo X da CID-10)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional
I – Faringite Aguda, não especificada 1. Bromo (X49.-; Z57.5) (Quadro 5)
(‘‘Angina Aguda’’, ‘‘Dor de Garganta’’) 2. Iodo (X49.-; Z57.5) (Quadro 14)
(J02.9)
200 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

II – Laringotraqueíte Aguda (J04.2) 1. Bromo (X49.-; Z57.5) (Quadro 5)


2. Iodo (X49.-; Z57.5) (Quadro 14)

III – Outras Rinites Alérgicas (J30.3) 1. Carbonetos metálicos de tungstênio


sintetizados (X49.-; Z57.2 e Z57.5)
(Quadro 7)
2. Cromo e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.5) (Quadro 10)
3. Poeiras de algodão, linho, cânhamo
ou sisal (Z57.2) (Quadro 26)
4. Acrilatos (X49.-; Z57.5)
5. Aldeído fórmico e seus polímeros
(X49.-; Z57.5)
6. Aminas aromáticas e seus derivados
(X49.-; Z57.5)
7. Anidrido ftálico (X49.-; Z57.5)
8. Azodicarbonamida (X49.-; Z57.5)
9. Carbetos de metais duros: cobalto e
titânio (Z57.2)
10. Enzimas de origem animal, vegetal ou
bacteriano (X44.-; Z57.3)
11. Furfural e Álcool Furfurílico (X45.-;
Z57.5)
12. Isocianatos orgânicos (X49.-; Z57.5)
13. Níquel e seus compostos (X49.-;
Z57.5)
14. Pentóxido de vanádio (X49.-; Z57.5)
15. Produtos da pirólise de plásticos, clo-
reto de vinila, teflon (X49.-; Z57.5)
16. Sulfitos, bissulfitos e persulfatos (X49.-;
Z57.5)
17. Medicamentos: macrólidos; ranetidi-
na; penicilina e seus sais; cefalospori-
nas (X44.-; Z57.3)
18. Proteínas animais em aerossóis (Z57.3)
19. Outras substâncias de origem vegetal
(cereais, farinhas, serragem etc.)
(Z57.2)
20. Outras substâncias químicas sensibili-
zantes da pele e das vias respiratórias
(X49.-; Z57.2) (Quadro 27)
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 201

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

IV – Rinite Crônica (J31.0) 1. Arsênico e seus compostos arsenicais


(X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 1)
2. Cloro gasoso (X47.-; Z57.5) (Quadro
9)
3. Cromo e seus compostos tóxicos
(X49.-) (Quadro 10)
4. Gás de flúor e Fluoreto de Hidrogênio
(X47.-; Z57.5) (Quadro 11)
5. Amônia (X47.-; Z57.5)
6. Anidrido sulfuroso (X49.-; Z57.5)
7. Cimento (Z57.2)
8. Fenol e homólogos (X46.-; Z57.5)
9. Névoas de ácidos minerais (X47.-;
Z57.5)
10. Níquel e seus compostos (X49.-;
Z57.5)
11. Selênio e seus compostos (X49.-;
Z57.5)

V – Faringite Crônica (J31.2) Bromo (X49.-; Z57.5) (Quadro 5)

VI – Sinusite Crônica (J32.-) 1. Bromo (X49.-; Z57.5) (Quadro 5)


2. Iodo (X49.-; Z57.5) (Quadro 14)

VII – Ulceração ou Necrose do Septo Nasal 1. Arsênio e seus compostos arsenicais


(J34.0) (X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 1)
2. Cádmio ou seus compostos (X49.-;
Z57.5) (Quadro 6)
3. Cromo e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.5) (Quadro 10)
4. Soluções e aerossóis de Ácido Cianídri-
co e seus derivados (X47.-; Z57.5)
(Quadro 17)

VIII – Perfuração do Septo Nasal (J34.8) 1. Arsênio e seus compostos arsenicais


(X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 1)
2. Cromo e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.5) (Quadro 10)

IX – Laringotraqueíte Crônica (J37.1) Bromo (X49.-; Z57.5) (Quadro 5)


X – Outras Doenças Pulmonares Obstruti- 1. Cloro gasoso (X47.-; Z57.5) (Quadro
vas Crônicas (Inclui: ‘‘Asma Obstruti- 9)
202 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

va’’, ‘‘Bronquite Crônica’’, ‘‘Bronquite 2. Exposição ocupacional à poeira de síli-


Asmática’’, ‘‘Bronquite Obstrutiva Crô- ca livre (Z57.2-) (Quadro 18)
nica’’ (J44.-) 3. Exposição ocupacional a poeiras de al-
godão, linho, cânhamo ou sisal
(Z57.2-) (Quadro 26)
4. Amônia (X49.-; Z57.5)
5. Anidrido sulfuroso (X49.-; Z57.5)
6. Névoas e aerossóis de ácidos minerais
(X47.-; Z57.5)
7. Exposição ocupacional a poeiras de
carvão mineral (Z57.2)
XI – Asma (J45.-) Mesma lista das substâncias sensibilizan-
tes produtoras de Rinite Alérgica (X49.-;
Z57.2, Z57.4 e Z57.5)
XII – Pneumoconiose dos Trabalhadores 1. Exposição ocupacional a poeiras de
do Carvão (J60.-) carvão mineral (Z57.2)
2. Exposição ocupacional a poeiras de síli-
ca-livre (Z57.2) (Quadro 18)
XIII – Pneumoconiose devida ao Asbesto Exposição ocupacional a poeiras de as-
(Asbestose) e a outras fibras mi- besto ou amianto (Z57.2) (Quadro 2)
nerais (J61.-)
XIV – Pneumoconiose devida à poeira de Exposição ocupacional a poeiras de Síli-
Sílica (Silicose) (J62.8) ca-livre (Z57.2) (Quadro 18)
XV – Beriliose (J63.2) Exposição ocupacional a poeiras de berí-
lio e seus compostos tóxicos (Z57.2) (Qua-
dro 4)
XVI – Siderose (J63.4) Exposição ocupacional a poeiras de ferro
(Z57.2)
XVII – Estanhose (J63.5) Exposição ocupacional a poeiras de esta-
nho (Z57.2)
XVIII – Pneumoconiose devida a outras 1. Exposição ocupacional a poeiras de
poeiras inorgânicas especificadas carboneto de tungstênio (Z57.2)
(J63.8) (Quadro 7)
2. Exposição ocupacional a poeiras de
carbetos de metais duros (Cobalto, Ti-
tânio etc.) (Z57.2)
3. Exposição ocupacional a rocha fosfáti-
ca (Z57.2)
4. Exposição ocupacional a poeiras de
alumina (AI2O3) (‘‘Doença de Sha-
ver’’) (Z57.2)
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 203

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

XIX – Pneumoconiose associada com Exposição ocupacional a poeiras de síli-


Tuberculose (‘‘Silico Tuberculose’’) ca-livre (Z57.2) (Quadro 18)
(J65.-)

XX – Doenças das vias aéreas devidas a Exposição ocupacional a poeiras de algo-


poeiras orgânicas (J66.-): Bissinose dão, linho, cânhamo, sisal (Z57.2) (Qua-
(J66.0), devidas a outras poeiras or- dro 26)
gânicas especificadas (J66.8)

XXI – Pneumonite por Hipersensibilidade 1. Exposição ocupacional a poeiras con-


a Poeira Orgânica (J67.-): Pulmão tendo microorganismos e parasitas in-
do Granjeiro (ou Pulmão do Fazen- fecciosos vivos e seus produtos tóxicos
deiro) (J67.0); Bagaçose (J67.1); (Z57.2) (Quadro 25)
Pulmão dos Criadores de Pássaros 2. Exposição ocupacional a outras poeiras
(J67.2); Suberose (J67.3); Pul- orgânicas (Z57.2)
mão dos Trabalhadores de Malte
(J67.4); Pulmão dos que Trabalham
com Cogumelos (J67.5); Doença
Pulmonar Devida a Sistemas de
Ar-condicionado e de Umidificação
do Ar (J67.7); Pneumonites de Hi-
persensibilidade Devidas a Outras
Poeiras Orgânicas (J67.8); Pneumo-
nite de Hipersensibilidade Devida a
Poeira Orgânica não especificada
(Alveolite Alérgica Extrínseca SOE);
Pneumonite de Hipersensibilidade
SOE (J67.0)

XXII – Bronquite e Pneumonite devida a 1. Berílio e seus compostos tóxicos


produtos químicos, gases, fumaças e (X49.-; Z57.5) (Quadro 4)
vapores (‘‘Bronquite Química Agu- 2. Bromo (X49.-; Z57.5) (Quadro 5)
da’’) (J68.0) 3. Cádmio ou seus compostos (X49.-;
Z57.5) (Quadro 6)
4. Gás Cloro (X47.-; Z57.5) (Quadro 9)
5. Flúor ou seus compostos tóxicos
(X47.-; Z57.5) (Quadro 11)
6. Solventes halogenados irritantes respi-
ratórios (X46.-; Z57.5) (Quadro 13)
7. Iodo (X49.-; Z57.5) (Quadro 14)
8. Manganês e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.5) (Quadro 15)
9. Cianeto de hidrogênio (X47.-; Z57.5)
(Quadro 17)
204 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

XXIII – Edema Pulmonar Agudo devido a 1. Berílio e seus compostos tóxicos


produtos químicos, gases, fumaças (X49.-; Z57.5) (Quadro 4)
e vapores (Edema Pulmonar Quí- 2. Bromo (X49.-; Z57.5) (Quadro 5)
mico) (J68.1) 3. Cádmio ou seus compostos (X49.-;
Z57.5) (Quadro 6)
4. Gás Cloro (X47.-; Z57.5) (Quadro 9)
5. Flúor e seus compostos (X47.-; Z57.5)
(Quadro 11)
6. Solventes halogenados irritantes respi-
ratórios (X46.-; Z57.5) (Quadro 13)
7. Iodo (X49.-; Z57.5) (Quadro 14)
8. Cianeto de hidrogênio (X47.-; Z57.5)
(Quadro 17)
XXIV – Síndrome de Disfunção Reativa das 1. Bromo (X49.-; Z57.5) (Quadro 5)
Vias Aéreas (SDVA/RADS) (J68.3) 2. Cádmio ou seus compostos (X49.-;
Z57.5) (Quadro 6)
3. Gás Cloro (X47.-; Z57.5) (Quadro 9)
4. Solventes halogenados irritantes respi-
ratórios (X46.-; Z57.5) (Quadro 13)
5. Iodo (X49.-; Z57.5) (Quadro 14)
6. Cianeto de hidrogênio (X47.-; Z57.5)
(Quadro 17)
7. Amônia (X49.-; Z57.5)

XXV – Afecções respiratórias crônicas de- 1. Arsênico e seus compostos arsenicais


vidas à inalação de gases, fumos, (X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 1)
vapores e substâncias químicas: 2. Berílio e seus compostos (X49.-;
Bronquiolite Obliterante Crônica, En- Z57.5) (Quadro 4)
fisema Crônico Difuso, Fibrose Pul- 3. Bromo (X49.-; Z57.5) (Quadro 5)
monar Crônica (J68.4) 4. Cádmio ou seus compostos (X49.-;
Z57.5) (Quadro 6)
5. Gás Cloro (X47.-; Z57.5) (Quadro 9)
6. Flúor e seus compostos (X47.-; Z57.5)
(Quadro 11)
7. Solventes halogenados irritantes res-
piratórios (X46.-; Z57.5) (Quadro 13)
8. Iodo (X49.-; Z57.5) (Quadro 14)
9. Manganês e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.5) (Quadro 15)
10. Cianeto de hidrogênio (X47.-; Z57.5)
(Quadro 17)
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 205

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

11. Ácido Sulfídrico (Sulfeto de hidrogê-


nio) (X47.-; Z57.5) (Quadro 17)
12. Carbetos de metais duros (X49.-;
Z57.5)
13. Amônia (X49.-; Z57.5)
14. Anidrido sulfuroso (X49.-; Z57.5)
15. Névoas e aerossóis de ácidos minerais
(X47.-; Z57.5)
16. Acrilatos (X49.-; Z57.5)
17. Selênio e seus compostos (X49.-;
Z57.5)
XXVI – Pneumonite por Radiação (mani- Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1) (Qua-
festação aguda) (J70.0) e Fibrose dro 24)
Pulmonar Conseqüente a Radia-
ção (manifestação crônica) (J70.1)
XXVII – Derrame pleural (J90.-) Exposição ocupacional a poeiras de Asbesto
ou Amianto (Z57.2) (Quadro 2)
XXVIII – Placas pleurais (J92.-) Exposição ocupacional a poeiras de Asbesto
ou Amianto (Z57.2) (Quadro 2)
XXIX – Enfisema intersticial (J98.2) Cádmio ou seus compostos (X49.-; Z57.5)
(Quadro 6)
XXX – Transtornos respiratórios em outras 1. Exposição ocupacional a poeiras de
doenças sistêmicas do tecido con- Carvão Mineral (Z57.2)
juntivo classificadas em outra parte 2. Exposição ocupacional a poeiras de Sí-
(M05.3): ‘‘Síndrome de Caplan’’ lica livre (Z57.2) (Quadro 18)
(J99.1)

DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTIVO RELACIONADAS COM O


TRABALHO (Grupo XI da CID-10)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional
I – Erosão Dentária (K03.2) 1. Névoas de fluoretos ou seus compostos
tóxicos (X47.-; Z57.5) (Quadro 11)
2. Exposição ocupacional a outras névoas
ácidas (X47.-; Z57.5)
206 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

II – Alterações pós-eruptivas da cor dos te- 1. Névoas de Cádmio ou seus compostos


cidos duros dos dentes (K03.7) (X47.-; Z57.5) (Quadro 6)
2. Exposição ocupacional a metais: Cobre,
Níquel, Prata (X47.-; Z57.5)

III – Gengivite Crônica (K05.1) Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-;


Z57.5) (Quadro 16)

IV – Estomatite Ulcerativa Crônica (K12.1) 1. Arsênio e seus compostos arsenicais


(X49.-; Z57.5) (Quadro 1)
2. Bromo (X49.-; Z57.5) (Quadro 12)
3. Mercúrio e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.5) (Quadro 16)

V – Gastroenterite e Colite tóxicas (K52.-) 1. Arsênio e seus compostos arsenicais


(X49.-; Z57.5) (Quadro 1)
2. Cádmio ou seus compostos (X49.-;
Z57.5) (Quadro 6)
3. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1)
(Quadro 24)

VI – Outros transtornos funcionais do in- Chumbo ou seus compostos tóxicos


testino (‘‘Síndrome dolorosa abdomi- (X49.-; Z57.5) (Quadro 8)
nal paroxística apirética, com estado
suboclusivo) (‘‘cólica do chumbo’’)
(K59.8)

VII – Doença Tóxica do Fígado (K71.-): 1. Cloreto de Vinila, Clorobenzeno, Tetra-


Doença Tóxica do Fígado, com Ne- cloreto de Carbono, Clorofórmio, e ou-
crose Hepática (K71.1); Doença Tó- tros solventes halogenados hepatotó-
xica do Fígado com Hepatite Aguda xicos (X46.-e X48.-; Z57.4 e Z57.5)
(K71.2); Doença Tóxica do Fígado (Quadro 13)
com Hepatite Crônica Persistente 2. Hexaclorobenzeno (HCB) (X48.-; Z57.4
(K71.3); Doença Tóxica do Fígado com e Z57.5)
Outros Transtornos Hepáticos (K71.8) 3. Bifenilas policloradas (PCBs) (X49.-;
Z57.4 e Z57.5)
4. Tetraclorodibenzodioxina (TCDD)
(X49.-)

VIII – Hipertensão Portal (K76.6) 1. Arsênio e seus compostos arsenicais


(X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 1)
2. Cloreto de Vinila (X46.-; Z57.5) (Qua-
dro 13)
3. Tório (X49.-; Z57.5)
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 207

DOENÇAS DA PELE E DO TECIDO SUBCUTÂNEO RELACIONADAS


COM O TRABALHO (Grupo XII da CID-10)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

I – Outras Infecções Locais da Pele e do 1. Cromo e seus compostos tóxicos


Tecido Subcutâneo: ‘‘Dermatoses Pá- (Z57.5) (Quadro 10)
pulo-pustulosas e suas complicações 2. Hidrocarbonetos alifáticos ou aromáti-
infecciosas’’ (L08.9) cos (seus derivados tóxicos) (Z57.5)
(Quadro 13)
3. Microorganismos e parasitas infeccio-
sos vivos e seus produtos tóxicos
(Z57.5) (Quadro 25)
4. Outros agentes químicos ou biológicos
que afetem a pele, não considerados
em outras rubricas (Z57.5) (Quadro
27)
II – Dermatite Alérgica de Contato devida 1. Cromo e seus compostos tóxicos
a Metais (L23.0) (Z57.5) (Quadro 10)
2. Mercúrio e seus compostos tóxicos
(Z57.5) (Quadro 16)
III – Dermatite Alérgica de Contato devida Adesivos, em exposição ocupacional
a Adesivos (L23.1) (Z57.5) (Quadro 27)
IV – Dermatite Alérgica de Contato devida Fabricação/manipulação de Cosméticos
a Cosméticos (fabricação/manipu- (Z57.5) (Quadro 27)
lação) (L23.2)
V – Dermatite Alérgica de Contato devida Drogas, em exposição ocupacional (Z57.5)
a Drogas em contato com a pele (Quadro 27)
(L23.3)
VI – Dermatite Alérgica de Contato devida Corantes, em exposição ocupacional
a Corantes (L23.4) (Z57.5) (Quadro 27)
VII – Dermatite Alérgica de Contato devida 1. Cromo e seus compostos tóxicos (Z57.5)
a outros produtos químicos (L23.5) (Quadro 10)
2. Fósforo ou seus produtos tóxicos (Z57.5)
(Quadro 12)
3. Iodo (Z57.5) (Quadro 14)
4. Alcatrão, Breu, Betume, Hulha Mine-
ral, Parafina ou resíduos dessas subs-
tâncias (Z57.8) (Quadro 20)
5. Borracha (Z57.8) (Quadro 27)
6. Inseticidas (Z57.5) (Quadro 27)
7. Plásticos (Z57.8) (Quadro 27)
208 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

VIII – Dermatite Alérgica de Contato devi- Fabricação/manipulação de Alimentos


da a Alimentos em contato com a (Z57.5) (Quadro 27)
pele (fabricação/manipulação) (L23.6)
IX – Dermatite Alérgica de Contato devida Manipulação de Plantas, em exposição
a Plantas (Não inclui plantas usadas ocupacional (Z57.8) (Quadro 27)
como alimentos) (L23.7)
X – Dermatite Alérgica de Contato devida Agentes químicos, não especificados an-
a outros agentes (Causa Externa espe- teriormente, em exposição ocupacional
cificada) (L23.8) (Z57.5) (Quadro 27)
XI – Dermatite de Contato por Irritantes Detergentes, em exposição ocupacional
devida a Detergentes (L24.0) (Z57.5) (Quadro 27)
XII – Dermatite de Contato por Irritantes Óleos e Gorduras, em exposição ocupacio-
devida a Óleos e Gorduras (L24.1) nal (Z57.5) (Quadro 27)
XIII – Dermatite de Contato por Irritantes 1. Benzeno (X46.-; Z57.5) (Quadro 3)
devida a Solventes: Cetonas, Ciclo- 2. Hidrocarbonetos aromáticos ou alifáti-
hexano, Compostos do Cloro, Éste- cos ou seus derivados halogenados tó-
res, Glicol, Hidrocarbonetos (L24.2) xicos (Z57.5) (Quadro 13)
XIV – Dermatite de Contato por Irritantes Cosméticos, em exposição ocupacional
devida a Cosméticos (L24.3) (Z57.5) (Quadro 27)
XV – Dermatite de Contato por Irritantes Drogas, em exposição ocupacional
devida a Drogas em contato com a (Z57.5) (Quadro 27)
pele (L24.4)
XVI – Dermatite de Contato por Irritan- 1. Arsênio e seus compostos arsenicais
tes devida a outros produtos quími- (Z57.5) (Quadro 1)
cos: Arsênio, Berílio, Bromo, Cromo, 2. Berílio e seus compostos tóxicos
Cimento, Flúor, Fósforo, Inseticidas (Z57.5) (Quadro 4)
(L24.5) 3. Bromo (Z57.5) (Quadro 5)
4. Cromo e seus compostos tóxicos
(Z57.5) (Quadro 10)
5. Flúor ou seus compostos tóxicos
(Z57.5) (Quadro 11)
6. Fósforo (Z57.5) (Quadro 12)
XVII – Dermatite de Contato por Irritantes Alimentos, em exposição ocupacional
devida a Alimentos em contato com (Z57.8) (Quadro 27)
a pele (L24.6)
XVIII – Dermatite de Contato por Irritan- Plantas, em exposição ocupacional
tes devida a Plantas, exceto alimen- (Z57.8) (Quadro 27)
tos (L24.7)
XIX – Dermatite de Contato por Irritantes Agentes químicos, não especificados ante-
devida a outros agentes: Corantes riormente, em exposição ocupacional
(L24.8) (Z57.5) (Quadro 27)
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 209

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

XX – Urticária Alérgica (L50.0) Agrotóxicos e outros produtos químicos


(X48.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 27)
XXI – Urticária devida ao Calor e ao Frio Exposição ocupacional a calor e frio
(L50.2) (W92.-; W93.-; Z57.6) (Quadro 27)
XXII – Urticária de Contato (L50.6) Exposição ocupacional a agentes químicos,
físicos e biológicos que afetam a pele
(X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 27)
XXIII – Queimadura Solar (L55) Exposição ocupacional a radiações actíni-
cas (X32.-; Z57.1) (Quadro 27)
XXIV – Outras Alterações Agudas da Pele Radiação Ultravioleta (W89.-; Z57.1) (Qua-
devidas a Radiação Ultravioleta dro 27)
(L56.-): Dermatite por Fotocontato
(Dermatite de Berloque) (L56.2);
Urticária Solar (L56.3); Outras
Alterações Agudas Especificadas
da Pele devidas a Radiação Ultra-
violeta (L56.8); Outras Alterações
Agudas da Pele devidas a Radiação
Ultravioleta, sem outra especifica-
ção (L56.9)
XXV – Alterações da Pele devidas a Expo- Radiações não ionizantes (W89.-; X32.-;
sição Crônica a Radiação Não Ioni- Z57.1) (Quadro 27)
zante (L57.-): Ceratose Actínica
(L57.0); Outras Alterações: Derma-
tite Solar, ‘‘Pele de Fazendeiro’’,
‘‘Pele de Marinheiro’’ (L57.8)
XXVI – Radiodermatite (L58.-): Radio- Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1) (Qua-
dermatite Aguda (L58.0); Radio- dro 24)
dermatite Crônica (L58.1); Ra-
diodermatite não especificada
(L58.9); Afecções da pele e do te-
cido conjuntivo relacionadas com
a radiação, não especificadas
(L59.9)
XXVII – Outras formas de Acne: ‘‘Clo- 1. Derivados halogenados dos hidrocarbo-
racne’’ (L70.8) netos aromáticos, Monoclorobenzeno,
Monobromobenzeno, Hexaclorobenze-
no (X46.-; Z57.5) (Quadro 13)
2. Derivados do fenol, pentaclorofenol e
do hidrobenzonitrilo (X49.-; Z57.4 e
Z57.5) (Quadro 27)
210 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

3. Policloretos de Bifenila (PCBs) (X49.-;


Z57.4 e Z57.5) (Quadro 27)
XXVIII – Outras formas de Cistos Folicula- Óleos e gorduras de origem mineral ou
res da Pele e do Tecido Subcutâ- sintéticos (X49.-; Z57.5) (Quadro 27)
neo: ‘‘Elaioconiose’’ ou ‘‘Der-
matite Folicular’’ (L72.8)
XXIX – Outras formas de hiperpigmenta- 1. Arsênio e seus compostos arsenicais
ção pela melanina: ‘‘Melanoder- (X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 1)
mia’’ (L81.4) 2. Clorobenzeno e Diclorobenzeno
(X46.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 13)
3. Alcatrão, Breu, Betume, Hulha Mine-
ral, Parafina, Creosoto, Piche, Coaltar
ou resíduos dessas substâncias
(Z57.8) (Quadro 20)
4. Antraceno e Dibenzoantraceno (Z57.5)
(Quadro 20)
5. Birmuto (X44.-; Z57.5) (Quadro 27)
6. Citostáticos (X44.-; Z57.5) (Quadro
27)
7. Compostos nitrogenados: Ácido nítri-
co, Dinitrofenol (X49.-; Z57.5) (Qua-
dro 27)
8. Naftóis adicionados a corantes (X49.-;
Z57.5) (Quadro 27)
9. Óleos de corte (Z57.5) (Quadro 27)
10. Parafenilenodiamina e seus derivados
(X49.-; Z47.5) (Quadro 27)
11. Poeira de determinadas madeiras
(Z57.3) (Quadro 27)
12. Quinino e seus derivados (Z57.5)
(Quadro 27)
13. Sais de ouro (X44.-; Z57.5) (Quadro
27)
14. Sais de prata (Seqüelas de Dermatite
Crônica de Contato) (X44.-; Z57.5)
(Quadro 27)
XXX – Leucodermia, não classificada em 1. Arsênio e seus compostos (X49.-; Z57.4
outra parte (Inclui ‘‘Vitiligo Ocupa- e Z57.5) (Quadro 1)
cional’’) (L81.5) 2. Hidroquinona e ésteres derivados
(X49.-; Z57.5) (Quadro 27)
3. Monometil éter de hidroquinona
(MBEH) (X49.-; Z57.5) (Quadro 27)
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 211

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

4. Para-Aminofenol (X49.-; Z57.5) (Qua-


dro 27)
5. Para-Butilfenol (X49.-; Z57.5) (Quadro
27)
6. Paracresol (X49.-; Z57.5) (Quadro 27)
7. Catecol e Pirocatecol (X49.-; Z57.5)
(Quadro 27)
8. Clorofenol (X46.-; Z57.4 e Z57.5) (Qua-
dro 27)

XXXI – Outros transtornos especificados Derivados halogenados dos hidrocarbone-


da pigmentação: ‘‘Porfiria Cutânea tos aromáticos: minoclorobenzeno, mono-
Tardia’’ (L81.8) bromobenzeno, hexaclorobenzeno (X46.-;
Z57.4 e Z57.5) (Quadro 13)

XXXII – Ceratose Palmar e Plantar Adqui- Arsênio e seus compostos arsenicais


rida (L85.1) (X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 1)

XXXIII – Úlcera Crônica da Pele, não clas- 1. Cromo e seus compostos tóxicos
sificada em outra parte (L98.4) (Z57.5) (Quadro 10)
2. Enzimas de origem animal, vegetal ou
bacteriana (Z57.8) (Quadro 27)

XXXIV – Geladura (Frostbite) Superficial 1. Cloreto de etila (anestésico local)


(T33): Eritema Pérnio (W93.-; Z57.6) (Quadro 13)
2. Frio (X31.-; W93.-; Z57.6) (Quadro
27)

XXXV – Geladura (Frostbite) com Necrose 1. Cloreto de etila (anestésico local)


de Tecidos (T34) (W93.-; Z57.6) (Quadro 13)
2. Frio (X31.-; W93.-; Z57.6) (Quadro
27)
212 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

DOENÇAS DO SISTEMA OSTEOMUSCULAR E DO TECIDO


CONJUNTIVO, RELACIONADAS COM O TRABALHO
(Grupo XIII da CID-10)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

I – Artrite Reumatóide associada a Pneu- 1. Exposição ocupacional a poeiras de


moconiose dos Trabalhadores do Car- carvão mineral (Z57.2)
vão (J60.-): ‘‘Síndrome de Caplan’’ 2. Exposição ocupacional a poeiras de síli-
(M05.3) ca livre (Z57.2) (Quadro 18)
II – Gota induzida pelo chumbo (M10.1) Chumbo ou seus compostos tóxicos (X49.-;
Z57.5) (Quadro 8)
III – Outras Artroses (M19.-) Posições forçadas e gestos repetitivos
(Z57.8)
IV – Outros transtornos articulares não 1. Posições forçadas e gestos repetitivos
classificados em outra parte: Dor Ar- (Z57.8)
ticular (M25.5) 2. Vibrações localizadas (W43.-; Z57.7)
(Quadro 22)
V – Síndrome Cervicobraquial (M53.1) 1. Posições forçadas e gestos repetitivos
(Z57.8)
2. Vibrações localizadas (W43.-; Z57.7)
(Quadro 22)
VI – Dorsalgia (M54.-): Cervicalgia (M54.2); 1. Posições forçadas e gestos repetitivos
Ciática (M54.3); Lumbago com Ciáti- (Z57.8)
ca (M54.4) 2. Ritmo de trabalho penoso (Z56.3)
3. Condições difíceis de trabalho (Z56.5)
VII – Sinovites e Tenossinovites (M65.-): 1. Posições forçadas e gestos repetitivos
Dedo em Gatilho (M65.3); Tenossi- (Z57.8)
novite do Estilóide Radial (De 2. Ritmo de trabalho penoso (Z56.3)
Quervain) (M65.4); Outras Sinovi- 3. Condições difíceis de trabalho (Z56.5)
tes e Tenossinovites (M65.8); Sino-
vites e Tenossinovites, não especifi-
cadas (M65.9)
VIII – Transtornos dos tecidos moles rela- 1. Posições forçadas e gestos repetitivos
cionados com o uso, o uso excessi- (Z57.8)
vo e a pressão, de origem ocupacio- 2. Ritmo de trabalho penoso (Z56.3)
nal (M70.-): Sinovite Crepitante 3. Condições difíceis de trabalho (Z56.5)
Crônica da mão e do punho
(M70.0); Bursite da Mão (M70.1);
Bursite do Olécrano (M70.2); Ou-
tras Bursites do Cotovelo (M70.3);
Outras Bursites Pré-rotulianas
(M70.4); Outras Bursites do Joelho
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 213

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

(M70.5); Outros transtornos dos te-


cidos moles relacionados com o uso,
o uso excessivo e a pressão
(M70.8); Transtorno não especifica-
do dos tecidos moles, relacionados
com o uso, o uso excessivo e a pres-
são (M70.9)
IX – Fibromatose da Fáscia Palmar: ‘‘Con- 1. Posições forçadas e gestos repetitivos
tratura ou Moléstia de Dupuytren’’ (Z57.8)
(M72.0) 2. Vibrações localizadas (W43.-; Z57.7)
(Quadro 22)
X – Lesões do Ombro (M75.-): Capsulite 1. Posições forçadas e gestos repetitivos
Adesiva do Ombro (Ombro Congela- (Z57.8)
do, Periartrite do Ombro) (M75.0); 2. Ritmo de trabalho penoso (Z56)
Síndrome do Manguito Rotatório ou 3. Vibrações localizadas (W43.-; Z57.7)
Síndrome do Supra-espinhoso (M75.1); (Quadro 22)
Tendinite Bicipital (M75.2); Tendinite
Calcificante do Ombro (M75.3); Bur-
site do Ombro (M75.5); Outras Lesões
do Ombro (M75.8); Lesões do Ombro,
não especificadas (M75.9)
XI – Outras entesopatias (M77.-): Epicon- 1. Posições forçadas e gestos repetitivos
dilite Medial (M77.0); Epicondilite (Z57.8)
lateral (‘‘Cotovelo de Tenista’’); Mial- 2. Vibrações localizadas (W43.-; Z57.7)
gia (M79.1) (Quadro 22)
XII – Outros transtornos especificados dos 1. Posições forçadas e gestos repetitivos
tecidos moles (M79.8) (Z57.8)
2. Vibrações localizadas (W43.-; Z57.7)
(Quadro 22)
XIII – Osteomalácia do Adulto induzida 1. Cádmio ou seus compostos (X49.-)
por drogas (M83.5) (Quadro 6)
2. Fósforo e seus compostos (Sesquissul-
feto de Fósforo) (X49.-; Z57.5) (Qua-
dro 12)
XIV – Fluorose do Esqueleto (M85.1) Flúor e seus compostos tóxicos (X49.-;
Z57.5) (Quadro 11)
XV – Osteonecrose (M87.-): Osteonecrose 1. Fósforo e seus compostos (Sesquissul-
devida a drogas (M87.1); Outras feto de Fósforo) (X49.-; Z57.5) (Qua-
Osteonecroses secundárias (M87.3) dro 12)
2. Vibrações localizadas (W43.-; Z57.7)
(Quadro 22)
214 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

3. Radiações ionizantes (Z57.1) (Quadro


26)
XVI – Osteólise (M89.5) (de falanges dis- Cloreto de Vinila (X49.-; Z57.5) (Quadro
tais de quirodáctilos) 13)
XVII – Osteonecrose no ‘‘Mal dos Caixões’’ ‘‘Ar Comprimido’’ (W94.-; Z57.8) (Quadro
(M90.3) 23)
XVIII – Doença de Kienböck do Adulto Vibrações localizadas (W43.-; Z57.7) (Qua-
(Osteocondrose do Adulto do Se- dro 22)
milunar do Carpo) (M93.1) e ou-
tras (Osteocondropatias especi-
ficadas) (M93.8)

DOENÇAS DO SISTEMA GÊNITO-URINÁRIO RELACIONADAS COM


O TRABALHO (Grupo XIV da CID-10)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional
I – Síndrome Nefrítica Aguda (N00.-) Hidrocarbonetos alifáticos halogenados
nefrotóxicos (X46.-; Z57.5) (Quadro 13)
II – Doença Glomerular Crônica (N03.-) Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-;
Z57.5) (Quadro 16)
III – Nefropatia túbulo-intersticial induzi- 1. Cádmio ou seus compostos (X49.-;
da por metais pesados (N14.3) Z57.5) (Quadro 6)
2. Chumbo ou seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.5) (Quadro 8)
3. Mercúrio e seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro 16)
IV – Insuficiência Renal Aguda (N17) Hidrocarbonetos alifáticos halogenados
nefrotóxicos (X46.-; Z57.5) (Quadro 13)
V – Insuficiência Renal Crônica (N18) Chumbo ou seus compostos (X49.-;
Z57.5) (Quadro 8)
VI – Cistite Aguda (N30.0) Aminas aromáticas e seus derivados
(X49.-; Z57.5)
VII – Infertilidade Masculina (N46) 1. Chumbo ou seus compostos tóxicos
(X49.-; Z57.5) (Quadro 8)
2. Radiações ionizantes (W88.-; Z57.1)
(Quadro 24)
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 215

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

3. Chlordecone (X48.-; Z57.4)


4. Dibromocloropropano (DBCP) (X48.-;
Z57.4 e Z57.5)
5. Calor (trabalho em temperaturas eleva-
das) (Z57.6)

TRAUMATISMOS, ENVENENAMENTOS E ALGUMAS OUTRAS


CONSEQÜÊNCIAS DE CAUSAS EXTERNAS, RELACIONADAS COM O
TRABALHO (Grupo XIX da CID-10)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

I – Efeitos tóxicos de Solventes Orgânicos Exposição ocupacional a agentes tóxicos


(T52.-): Álcoois (T51.8) e Cetonas em outras indústrias (Z57.5)
(T52.4); Benzeno, Tolueno e Xileno
(T52.1 e T52.2); Derivados halogena-
dos dos Hidrocarbonetos Alifáticos e
Aromáticos (T53); Tetracloreto de
Carbono (T53.0); Clorofórmio (T53.1);
Tricloroetileno (T53.2); Tetracloroeti-
leno (T53.3); Dicloroetano (T53.4);
Clorofluorcarbonos (T53.5); Outros
derivados halogenados de hidrocarbo-
netos alifáticos (T53.6); Outros deri-
vados halogenados de hidrocarbonetos
aromáticos (T53.7); Derivados haloge-
nados de hidrocarbonetos alifáticos e
aromáticos, não especificados (T53.9);
Sulfeto de Carbono (T65.4)
II – Efeito tóxico de Substâncias Corrosi- Exposição ocupacional a agentes tóxicos
vas (T54): Fenol de homólogos do fe- em outras indústrias (Z57.5)
nol (T54.0); Flúor e seus compostos
(T56.8); Outros compostos orgânicos
corrosivos (T54.1); Ácidos corrosivos
e substâncias ácidas similares (T54.2);
Álcalis cáusticos e substâncias alcali-
nas similares (T54.3); Efeito tóxico de
substância corrosiva não especificada
(T54.9)
216 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Agentes etiológicos ou fatores de


Doenças
risco de natureza ocupacional

III – Efeito tóxico de Metais (T56): Arsêni- Exposição ocupacional a agentes tóxicos
co e seus compostos (T57.0); Cádmio em outras indústrias (Z57.5)
e seus compostos (T56.3); Chumbo e
seus compostos (T56.0); Cromo e
seus compostos (T56.2); Manganês e
seus compostos (T57.2); Mercúrio e
seus compostos (T56.1); Outros me-
tais (T56.8); Metal não especificado
(T56.9)
IV – Asfixiantes Químicos (T57-59): Mo- Exposição ocupacional a agentes tóxicos
nóxido de Carbono (T58); Ácido cia- em outras indústrias (Z57.5)
nídrico e cianetos (T57.3); Sulfeto
de hidrogênio (T59.6); Aminas aro-
máticas e seus derivados (T65.3)
V – Praguicidas (Pesticidas, ‘‘Agrotóxicos’’) Exposição ocupacional a agentes tóxicos
(T60): Organofosforados e Carbama- na Agricultura (Z57.4)
tos (T60.0); Halogenados (T60.1);
Outros praguicidas (T60.2)
VI – Efeitos da Pressão do Ar e da Pressão Exposição ocupacional a pressões atmos-
da Água (T70); Barotrauma Otítico féricas anormais (W94.-; Z57.8)
(T70.0); Barotrauma Sinusal (T70.1);
Doença Descompressiva (‘‘Mal dos
Caixões’’) (T70.3); Outros efeitos da
pressão do ar e da água (T70.8)

NOTAS:

1. A doença profissional ou do trabalho será caracterizada quando, diag-


nosticada a intoxicação ou afecção, se verifica que o empregado exerce ativida-
de que o expõe ao respectivo agente patogênico, mediante nexo de causa a ser
estabelecido conforme o disposto nos Manuais de Procedimentos Médico-Peri-
ciais em Doenças Profissionais ou do Trabalho, levando-se em consideração a
correlação entre a doença e a atividade exercida pelo segurado.
2. O Instituto Nacional do Seguro Social adotará as providências necessá-
rias para edição dos Manuais de Procedimentos Médico-Periciais em Doenças
Profissionais ou do Trabalho, para aplicação a partir de 1o de setembro de
1999.
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 217

Equiparam-se também ao acidente de trabalho, para efeitos da Lei Previ-


denciária (art. 21 da Lei no 8.213/91):
· o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única,
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução
ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que
exija atenção médica para a sua recuperação;
· o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em
conseqüência de:
– ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou
companheiro de trabalho;
– ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa
relacionada com o trabalho;
– ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de
companheiro de trabalho;
– ato de pessoa privada do uso da razão;
– desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decor-
rentes de força maior;
· a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no
exercício de sua atividade;
· o acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de
trabalho:
– na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade
da empresa;
– na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evi-
tar prejuízo ou proporcionar proveito;
– em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando finan-
ciada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da
mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado,
inclusive veículo de propriedade do segurado;
– no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aque-
la, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de pro-
priedade do segurado.
Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfa-
ção de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o
empregado é considerado no exercício do trabalho.
Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a le-
são que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às
conseqüências do anterior.
218 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Prescrevem em cinco anos as ações referentes a prestações por acidente do


trabalho, resguardados os direitos dos menores dependentes, dos incapazes ou
dos ausentes, contados da data:

· do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade temporá-


ria, verificada esta em perícia médica a cargo da Previdência Social; ou
· em que for reconhecida pela Previdência Social a incapacidade perma-
nente ou agravamento das seqüelas do acidente (art. 104 da Lei no
8.213/91).

É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação


do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a
contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira presta-
ção ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão infe-
ritória definitiva no âmbito administrativo (art. 103 da Lei no 8.213/91, com
redação dada pela Lei no 10.839, de 5-2-2004).
Operacionalização da
Aposentadoria por Tempo
de Contribuição

Subseção III
Da Aposentadoria por Tempo de Contribuição

Art. 108. Considera-se tempo de contribuição o lapso transcorrido, de data


a data, desde a admissão na empresa ou o início de atividade vinculada à Previ-
dência Social Urbana e Rural, ainda que anterior à sua instituição, até a dispen-
sa ou o afastamento da atividade, descontados os períodos legalmente estabele-
cidos como de suspensão do contrato de trabalho, de interrupção de exercício e
de desligamento da atividade.
Art. 109. Os segurados inscritos no RGPS até o dia 16 de dezembro de
1998, inclusive os oriundos de outro Regime de Previdência Social, desde que
cumprida a carência exigida, atentando-se para o contido no § 2o, do art. 38
desta IN, terão direito à aposentadoria por tempo de contribuição nas seguintes
situações:
I – aposentadoria por tempo de contribuição, conforme o caso, com renda
mensal no valor de cem por cento do salário-de-benefício, desde que cumpri-
dos:
a) 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, se homem;
b) 30 (trinta) anos de contribuição, se mulher.
II – aposentadoria por tempo de contribuição com renda mensal proporcional,
desde que cumpridos os seguintes requisitos, cumulativamente:
a) idade: 53 (cinqüenta e três) anos para o homem; 48 (quarenta e oito)
anos para a mulher;
b) tempo de contribuição: 30 (trinta) anos, se homem, e 25 (vinte e cinco)
anos de contribuição, se mulher;
c) um período adicional de contribuição equivalente a quarenta por cento
do tempo que, em 16 de dezembro de 1998, faltava para atingir o tempo de
contribuição estabelecido na alínea b deste inciso.
Art. 110. Os segurados inscritos no RGPS a partir de 17 de dezembro de
1998, inclusive os oriundos de outro Regime de Previdência Social, desde que
220 OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

cumprida a carência exigida, terão direito à aposentadoria por tempo de contri-


buição desde que comprovem:
I - 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, se homem;
II - 30 (trinta) anos de contribuição, se mulher.
Art. 111. Ressalvado o direito adquirido, o segurado filiado ao RGPS até
16 de dezembro de 1998 que perdeu essa qualidade e que venha a se filiar no-
vamente ao RGPS a partir 17 de dezembro de 1998, terá direito à aposentado-
ria nos moldes estabelecidos nos incisos I ou II do art. 109 desta IN.
Art. 112. Até que lei específica discipline a matéria, são contados como
tempo de contribuição, entre outros, observado o disposto nos arts. 19 e 60 do
RPS:
I – o de serviço militar obrigatório, o voluntário e o alternativo, que serão
certificados na forma da lei, por autoridade competente, desde que não tenham
sido computados para inatividade remunerada nas Forças Armadas ou para
aposentadoria no serviço público, considerado:
a) obrigatório, é aquele prestado pelos incorporados em organizações da
ativa das Forças Armadas ou matriculados em órgãos de formação de reserva;
b) alternativo (também obrigatório), é aquele considerado como o exercí-
cio de atividade de caráter administrativo, assistencial, filantrópico ou mesmo
produtivo, em substituição às atividades de caráter essencialmente militares,
prestado em organizações militares da ativa ou em órgãos de formação de re-
serva das Forças Armadas ou em órgãos subordinados aos ministérios civis, me-
diante convênios entre tais ministérios e o Ministério da Defesa;
c) voluntário, é aquele prestado pelos incorporados voluntariamente e pelos
militares, após o período inicial, em organizações da ativa das Forças Armadas ou
matriculados em órgãos de formação de reserva ou, ainda, em academias ou esco-
las de formação militar.
II – o de exercício de mandato classista da Justiça do Trabalho e o magis-
trado da Justiça Eleitoral junto a órgão de deliberação coletiva, desde que, nes-
sa qualidade, haja contribuição, nos termos do art. 127 desta IN:
a) para a Previdência Social, decorrente de vinculação ao RGPS antes da
investidura no mandato;
b) para o RPPS, decorrente de vinculação a esse regime antes da investi-
dura no mandato.
III – o de serviço público federal exercido anteriormente à opção pelo regi-
me da CLT;
IV – o período de benefício por incapacidade percebido entre períodos de
atividade, ou seja, entre o afastamento e a volta ao trabalho, no mesmo ou em
outro emprego ou atividade, sendo que as contribuições recolhidas para manu-
tenção da qualidade de segurado, como contribuinte em dobro, até outubro de
OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 221

1991 ou como facultativo, a partir de novembro de 1991, devem suprir a volta


ao trabalho para fins de caracterização de tempo intercalado, observado o dis-
posto no art. 63 desta IN;
V – o de tempo de serviço prestado à Justiça dos Estados, às serventias ex-
trajudiciais e às escrivaninhas judiciais, desde que não tenha havido remunera-
ção pelos cofres públicos e que a atividade não estivesse, à época, vinculada a
Regime Próprio de Previdência, estando abrangidos:
a) os servidores de Justiça dos Estados, não remunerados pelos cofres pú-
blicos, que não estavam filiados a RPPS;
b) aquele contratado pelos titulares das Serventias de Justiça, sob o regi-
me da CLT, para funções de natureza técnica ou especializada, ou ainda, qual-
quer pessoa que preste serviço sob a dependência dos titulares, mediante salá-
rio e sem qualquer relação de emprego com o Estado;
c) os servidores que, na data da vigência da Lei no 3.807, de 1960 – Lei
Orgânica da Previdência Social-LOPS, já estivessem filiados ao RGPS, por força
da legislação anterior, tendo assegurado o direito de continuarem filiados à
Previdência Social Urbana;
VI – o em que o servidor ou empregado de fundação, empresa pública, so-
ciedade de economia mista e suas respectivas subsidiárias, filiado ao RGPS, te-
nha sido colocado à disposição da Presidência da República;
VII – o de atividade como ministro de confissão religiosa, membro de insti-
tuto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa, nas seguintes
situações:
a) até 8 de outubro de 1979, se indenizado como segurado facultativo;
b) a partir de 9 de outubro de 1979, como segurado equiparado a autôno-
mo, exceto os que já estavam filiados à Previdência Social ou a outro regime
previdenciário;
c) a partir de 29 de outubro de 1999, como contribuinte individual, obser-
vado o disposto no inciso V do art. 5o desta IN.
VIII – o de detentor de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou mu-
nicipal, desde que não vinculado a qualquer RPPS, por força da Lei no 9.506, de
31 de outubro de 1997, ainda que aposentado, sendo as contribuições previ-
denciárias exigíveis a partir das competências:
a) fevereiro de 1998, para o detentor de mandato eletivo estadual ou mu-
nicipal;
b) fevereiro de 1999, para o detentor de mandato eletivo federal.
IX – as contribuições recolhidas em época própria como contribuinte em
dobro ou facultativo:
a) pelo detentor de mandato eletivo estadual, municipal ou distrital até ja-
neiro de 1998, observado o disposto no § 3o deste artigo;
222 OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

b) pelo detentor de mandato eletivo federal até janeiro de 1999.


1 - na ausência de recolhimentos como contribuinte em dobro ou faculta-
tivo em épocas próprias para os períodos citados no inciso IX acima, as contri-
buições poderão ser efetuadas na forma de indenização, estabelecida no art.
122 do RPS;
X – o de atividade como pescador autônomo, inscrito na Previdência Social
Urbana até 5 de dezembro de 1972 ou inscrito, por opção, a contar de 2 de setem-
bro de 1985, com base na Lei no 7.356;
XI – o de atividade como garimpeiro autônomo, inscrito na Previdência
Social Urbana até 11 de janeiro de 1975, bem como o período posterior a essa
data em que o garimpeiro continuou a recolher nessa condição;
XII – o de atividade anterior à filiação obrigatória, desde que devidamente
comprovada e indenizado na forma do art. 122 do RPS;
XIII – o de atividade do bolsista e o do estagiário que prestem serviços à
empresa em desacordo com a Lei no 6.494, de 7 de dezembro de 1977;
XIV – o de atividade do estagiário de advocacia ou o do solicitador, desde
que inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, como tal e que com-
provem recolhimento das contribuições como facultativo em época própria;
XV – o de atividade do médico-residente, nas seguintes condições:
a) anterior a 7 de julho de 1981, se indenizado na forma do art. 122 do
RPS;
b) a partir de 7 de julho de 1981, na categoria de contribuinte individual,
ex-autônomo, desde que haja contribuição.
XVI – o das contribuições vertidas, em época própria, na condição de segu-
rado facultativo, por servidor público, no período de 24 de julho de 1991 a 5 de
março de 1997, véspera da vigência do RBPS, aprovado pelo Decreto no
2.172/97.
§ 1o A contagem de tempo de serviço dos titulares de serviços notariais e
de registros, ou seja, a dos tabeliães ou notários e oficiais de registros ou regis-
tradores sem regime próprio de Previdência, dependerá do recolhimento das
contribuições ou indenizações nas seguintes condições:
I – até 24 de julho de 1991, como segurado empregador;
II – a partir de 25 de julho de 1991, como segurado autônomo, denomina-
do contribuinte individual a partir de 29 de novembro de 1999.
§ 2o No caso dos escreventes e dos auxiliares contratados por titulares de
serviços notariais e de registros, quando não sujeitos ao RPPS, o cômputo do
tempo de serviço far-se-á, desde que comprovado o exercício da atividade, nes-
sa condição.
OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 223

§ 3o Na concessão ou revisão de aposentadoria por tempo de contribuição


ou qualquer outro benefício do RGPS, sempre que for utilizado tempo de servi-
ço/contribuição ou salário-de-contribuição decorrente de Ação Trabalhista tran-
sitada em julgado, o processo deverá ser encaminhado para análise da Chefia
de Benefícios da APS, devendo ser observado se:
I – na contagem de tempo de serviço/contribuição, ainda que tenha havi-
do recolhimento de contribuições:
a) foi apresentado início de prova material;
b) o INSS manifestou-se no processo judicial acerca do início de prova ma-
terial, atendendo-se ao princípio do contraditório;
c) constatada a inexistência de documentos contemporâneos que possibili-
tem a comprovação dos fatos alegados, o período não deverá ser computado;
d) nas situações em que a documentação juntada ao processo judicial per-
mita o reconhecimento do período pleiteado, caberá o cômputo desse período;
e) nos casos previstos na alínea c deste inciso, se constatado que o INSS
manifestou-se no processo judicial acerca da prova material, a Chefia de Benefí-
cios da APS deverá emitir um relatório fundamentado e enviar o processo para
a Procuradoria local analisar, ficando pendente a decisão em relação ao cômpu-
to do período;
f) após a concessão do benefício, se não houve recolhimento de contribui-
ções, o processo deverá ser encaminhado para o Setor da Receita Previdenciá-
ria, para as providências a seu cargo.
II – no cômputo de salário-de-contribuição:
a) o processo deverá ser encaminhado para o Setor da Receita Previden-
ciária, para verificação e parecer sobre o referido recolhimento;
b) serão considerados os valores constantes da ação trabalhista transitada
em julgado, desde que tenha havido o recolhimento das contribuições devidas à
Previdência Social, observado o limite máximo e mínimo de contribuição.
§ 4o Na concessão ou revisão dos benefícios em que houver apresentação
de processo de ação judicial de reintegração, deverá ser observado:
I – apresentação da cópia do processo de reintegração, inclusive trânsito
em julgado;
II – não será exigido início de prova material, considerando que existe an-
teriormente a prova de vinculação trabalhista;
III – a Chefia de Benefícios da APS deverá emitir relatório e encaminhar o
processo para a Procuradoria analisar, ficando pendente a decisão com relação
ao cômputo do período;
IV – após a concessão do benefício, o processo deverá ser encaminhado
para o Setor da Receita Previdenciária.
224 OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

§ 5o Para fins do disposto no inciso VIII art. 60 do RPS, entende-se como


certificado o tempo de serviço, quando a certidão tiver sido requerida:
I – até 15 de dezembro de 1962, se a admissão no novo emprego, após a
exoneração do serviço público, for anterior a 15 de dezembro de 1960;
II – até dois anos a contar da admissão no novo emprego, se esta tiver
ocorrido em data posterior a 15 de dezembro de 1960, não podendo o requeri-
mento ultrapassar a data de 30 de setembro de 1975.
Art. 113. Os períodos de aprendizado profissional realizados na condição de
menor aprendiz, somente poderão ser computados como tempo de contribuição
para os segurados que implementaram todos os requisitos necessários à concessão
de qualquer espécie de benefício até 5 de maio de 1999, dia anterior ao início da
vigência do Decreto no 3.048 de 6 de maio de 1999, observando-se que podem ser
contados, entre outros:
I – os períodos de freqüência às aulas dos aprendizes matriculados em es-
colas profissionais mantidas por empresas ferroviárias;
II – o tempo de aprendizado profissional realizado como aluno aprendiz,
em escolas técnicas, com base no Decreto-lei no 4.073, de 1942, Lei Orgânica
do Ensino Industrial a saber:
a) período de freqüência em escolas técnicas ou industriais mantidas por
empresas de iniciativa privada, desde que reconhecidas e dirigidas a seus em-
pregados aprendizes, bem como o realizado com base no Decreto no 31.546, de
6 de fevereiro de 1952, em curso do Serviço Nacional da Indústria – SENAI, ou
Serviço Nacional do Comércio – SENAC, ou instituições por eles reconhecidas,
para formação profissional metódica de ofício ou ocupação do trabalhador me-
nor;
b) período de freqüência em cursos de aprendizagem ministrados pelos
empregadores a seus empregados, em escolas próprias para essa finalidade ou
em qualquer estabelecimento de ensino industrial;
III - os períodos de freqüência em escolas industriais ou técnicas da rede
federal de ensino, bem como em escolas equiparadas (colégio ou escola agríco-
la), desde que tenha havido retribuição pecuniária à conta do Orçamento da
União, ainda que fornecida de maneira indireta ao aluno, certificados na forma
da Lei no 6.226/75, alterada pela Lei no 6.864/80, e do Decreto no 85.850/81.
§ 1o Para os segurados que implementaram todos os requisitos necessários
à concessão do benefício em data anterior ao Decreto no 611/92, aplica-se o en-
tendimento constante do Parecer MPAS/CJ no 24/82.
§ 2o Para os segurados que implementaram todos os requisitos necessários
à concessão do benefício no período de 22 de julho de 1992 a 5 de maio de
1999, vigência dos Decretos no 611/92 e Decreto no 2.172/97, utilizam-se para
comprovação os critérios estabelecidos nesses Decretos, observando que:
OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 225

a) o Decreto-lei no 4.073/42, que vigeu no período compreendido entre 30


de janeiro de 1942 a 15 de fevereiro de 1959, reconhecia o aprendiz como em-
pregado, bastando assim a comprovação do vínculo;
b) o tempo de aluno aprendiz desempenhado em qualquer época, ou seja,
mesmo fora do período de vigência do Decreto-lei no 4.073/42, somente pode-
rá ser computado como tempo de contribuição, se comprovada a remuneração
e o vínculo empregatício, conforme Parecer MPAS/CJ no 2.893/02.
§ 3o Para fins do parágrafo anterior, considerar-se-á como vínculo e remu-
neração a comprovação de freqüência e os valores recebidos a título de alimen-
tação, fardamento, material escolar e parcela de renda auferida com a execução
de encomendas para terceiros, entre outros.
Art. 114. Para os segurados que implementaram todos os requisitos neces-
sários à concessão de qualquer espécie de benefício, até 5 de maio de 1999, dia
anterior ao início da vigência do Decreto no 3.048 de 6 de maio de 1999, pode-
rá ser computado como tempo de contribuição o tempo de serviço marítimo
convertido na razão de 255 (duzentos e cinqüenta e cinco) dias de embarque
para 360 (trezentos e sessenta) dias de atividade comum, contados da data de
embarque à de desembarque, em navios mercantes nacionais, observando-se
que:
a) o tempo de serviço em terra será computado como tempo comum;
b) não se aplica a conversão para período de atividade exercida em nave-
gação de travessia, assim entendida a realizada como ligação entre dois portos
de margem de rios, lagos, baias, angras, lagoas e enseadas ou ligação entre
ilhas e essas margens;
c) o termo navio aplica-se a toda construção náutica destinada à navega-
ção de longo curso, de grande ou pequena cabotagem, apropriada ao transpor-
te marítimo ou fluvial de carga ou passageiro.
Art. 115. Para os segurados que implementaram todos os requisitos neces-
sários à concessão do benefício em período posterior ao advento do Decreto no
3.048 de 6 de maio de 1999, não se admite a contagem como tempo de serviço
do período de aluno aprendiz nem conversão de tempo de serviço marítimo.
Art. 116. A partir de 7 de maio de 1999, o anistiado que, em virtude de
motivação exclusivamente política, foi atingido por atos de exceção, institucio-
nal ou complementar ou abrangido pelo Decreto Legislativo no 18, de 15 de de-
zembro de 1961, pelo Decreto-lei no 864, de 12 de setembro de 1969 ou que,
em virtude de pressões ostensivas ou expedientes oficiais sigilosos, tenha sido
demitido ou compelido ao afastamento de atividade remunerada no período de
18 de setembro de 1946 a 4 de outubro de 1988, terá direito aos benefícios do
RGPS, sendo computado seu tempo de contribuição na forma estabelecida no
inciso VII do art. 60 do RPS, ressalvado o disposto no § 5o do mesmo artigo.
Art. 117. Não serão computados como tempo de contribuição os períodos:
226 OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

I – correspondentes ao emprego ou a atividade não vinculada ao RGPS;


II – em que o segurado era amparado por RPPS, exceto se certificado regu-
larmente por CTC, observado o disposto no § 2o do art. 60 desta IN;
III – que tenham sido considerados para a concessão de outra aposentado-
ria pelo RGPS ou qualquer outro regime de Previdência Social;
IV – em que o segurado recebeu benefício por incapacidade, ressalvadas as
hipóteses de volta à atividade ou ao recolhimento de contribuições como facul-
tativo, observado o disposto no inciso IX do art. 60 do RPS;
V – exercidos com menos de dezesseis anos, observado o disposto no art.
32 desta IN e parágrafo único deste artigo, salvo as exceções previstas em lei;
VI – de contagem em dobro das licenças prêmio não gozadas do servidor
público optante pelo regime da CLT e os de servidor de instituição federal de
ensino, na forma prevista no Decreto no 94.664, de 1987;
VII – do bolsista e do estagiário que prestam serviços à empresa, de acordo
com a Lei n° 6.494, de 1977, exceto se houve recolhimento à época na condi-
ção de facultativo;
VIII – exercidos a título de colaboração por monitores ou alfabetizadores
recrutados pelas comissões municipais da Fundação Movimento Brasileiro de
Alfabetização – MOBRAL, para desempenho de atividade de caráter não econô-
mico e eventual, por não acarretar qualquer ônus de natureza trabalhista ou
previdenciária, conforme estabelecido no Decreto no 74.562, de 16 de dezem-
bro de 1974, ainda que objeto de CTC;
IX – de aprendizado profissional prestado nas escolas técnicas, com base
no Decreto-lei no 4.073, de 1942, bem como nas escolas profissionais mantidas
por empresas ferroviárias, ressalvado o direito adquirido até 16 de dezembro
de 1998, nos termos dos incisos I e II do art. 113 desta IN;
X – como empregado de empresa pública ou sociedade de economia mista
que esteve afastado de 16 de março de 1990 a 30 de setembro de 1992, benefi-
ciado pela Lei no 8.878, de 1994, em decorrência de exoneração, dispensa ou
demissão, observado o disposto no inciso II do art. 11 desta IN.
Parágrafo único. Se comprovado na forma estabelecida nos arts. 393 a 395
desta IN, mediante documento contemporâneo em nome do próprio segurado,
o exercício de atividade com idade inferior à legalmente permitida, caberá a
contagem do tempo, devendo tal irregularidade, necessariamente, ser comuni-
cada à área da Receita Previdenciária do INSS e ao órgão local da Delegacia
Regional do Trabalho, juntando-se ao processo cópia das referidas comunica-
ções, observado o disposto no art. 32 desta IN.
Art. 118. No caso de omissão, emenda ou rasura em registro constante na
Carteira Profissional ou na CTPS, quanto ao início ou ao fim do período de tra-
balho, observado o contido nos arts. 393 a 395 desta IN, as anotações referen-
OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 227

tes a férias, alterações de salários e imposto sindical que demonstrem a seqüên-


cia do exercício da atividade, podem suprir possível falha de registro no que se
refere às datas de admissão ou dispensa, sendo consideradas para a contagem
do ano a que se referirem, observados, contudo, os registros de admissão e de
saída nos empregos anteriores ou posteriores, conforme o caso.
§ 1o Para os casos em que a data da emissão da CP ou da CTPS for anterior à
data fim do contrato de trabalho, o vínculo relativo a este período poderá ser com-
putado, sem necessidade de quaisquer providências, salvo existência de dúvida
fundada.
§ 2o Quando ocorrer contrato de trabalho, cuja data fim seja anterior à
data da emissão da CP ou da CTPS, deverá ser exigida prévia comprovação da
relação de trabalho, por ficha de registro de empregado, registros contábeis da
empresa ou quaisquer documentos que levem à convicção do fato a se compro-
var.
Art. 119. Em se tratando de segurado trabalhador avulso, a comprovação
do tempo de contribuição, observado o contido nos arts. 393 a 395, desta IN,
far-se-á por meio do certificado do sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra
competente, acompanhado de documentos contemporâneos nos quais conste a
duração do trabalho e a condição em que foi prestado, referentes ao período
certificado.
§ 1o Na impossibilidade de apresentação dos documentos contemporâneos
a que se refere o inciso I, deverá ser emitida Solicitação de Pesquisa Externa.
§ 2o Para comprovação da remuneração poderá ser aceita a relação de
salários-de-contribuição, desde que acompanhada de documentos contem-
porâneos e, na sua ausência, após a realização de Pesquisa Externa.
§ 3o Será contado apenas o período em que, efetivamente, o segurado tra-
balhador avulso tenha exercido atividade, computando-se como mês integral
àquele que constar da documentação contemporânea ou comprovado por dili-
gência prévia, excluídos aqueles em que, embora o segurado estivesse à disposi-
ção do sindicato, não tenha havido exercício de atividade.
Art. 120. A comprovação do exercício de atividade na condição de auxiliar
local far-se-á por Declaração de Tempo de Contribuição emitida pelo órgão
contratante, conforme o Anexo IX desta IN.
Parágrafo único. O campo “Início das Contribuições” da declaração somen-
te será preenchido quando a data de admissão do auxiliar local for diferente da
data do início da contribuição, em decorrência de recolhimento anterior.
Art. 121. A comprovação do tempo de serviço do servidor da União, dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, inclusive suas autarquias e fun-
dações, ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração, a partir de 16 de dezembro de 1998, dar-se-á
228 OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

pela apresentação de declaração, fornecida pelo órgão ou entidade, conforme o


Anexo VIII desta IN.
Art. 122. A comprovação do exercício de atividade do segurado contri-
buinte individual, observado o disposto nos arts. 393 a 395 desta IN, confor-
me o caso, far-se-á:
I – para os sócios nas sociedades em nome coletivo, de capital e indústria,
para os sócios-gerentes e para o sócio-cotista que recebam remuneração decor-
rente de seu trabalho na sociedade por cota de responsabilidade limitada, me-
diante apresentação de contratos sociais, alterações contratuais ou documento
equivalente emitido por órgãos oficiais, tais como: junta comercial, secretaria
municipal, estadual ou federal da Fazenda ou, na falta desses documentos, cer-
tidões de breve relato que comprovem a condição do requerente na empresa,
bem como quando for o caso, dos respectivos distratos, devidamente registra-
dos, ou certidão de baixa do cartório de registro público do comércio ou da jun-
ta comercial, na hipótese de extinção da firma, acompanhados dos respectivos
comprovantes de recolhimento das contribuições;
II – para o diretor não-empregado e o membro do conselho de administra-
ção na sociedade anônima, mediante apresentação de atas da assembléia geral
da constituição de sociedades anônimas e nomeação da diretoria e conselhos,
publicadas no Diário Oficial da União ou em Diário Oficial do Estado em que a
sociedade tiver sede, bem como da alteração ou liquidação da sociedade, acom-
panhados dos respectivos comprovantes de recolhimento das contribuições;
III – para o titular de firma individual, mediante apresentação de registro
de firma e baixa, quando for o caso, e os comprovantes de recolhimento de
contribuições;
IV – para o autônomo, mediante inscrição e comprovantes de recolhimen-
to de contribuições;
V – para o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associa-
ção ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como para o síndico
ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde
que recebam remuneração, mediante apresentação de estatuto e ata de eleição
ou nomeação no período de vigência dos cargos da diretoria, registrada em car-
tório de títulos e documentos.
Parágrafo único. Para fins de cômputo do período de atividade do contri-
buinte individual, enquanto titular de firma individual ou coletiva, devem ser
observadas as datas em que foi lavrado o contrato ou a data de início de ativi-
dade prevista em cláusulas do contrato.
Art. 123. Os períodos de contribuição em dobro e como facultativo serão
comprovados:
OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 229

I – se contribuinte em dobro até outubro de 1991, mediante prova de vín-


culo ou atividade anterior, inscrição junto à Previdência Social e comprovantes
de recolhimento de contribuição, ou
II – se facultativo, mediante inscrição junto à Previdência Social e compro-
vantes de recolhimento das contribuições.
Parágrafo único. Para o segurado facultativo, a partir de 1o de julho de
1994, a comprovação dar-se-á por meio do sistema próprio da Previdência So-
cial, por meio do CNIS.
Art. 124. A comprovação dos períodos de atividade no serviço público fe-
deral, estadual, distrital ou municipal, para fins de contagem de tempo de con-
tribuição no RGPS, será feita mediante a apresentação de certidão na forma da
Lei no 6.226, de 1975, com as alterações da Lei no 6.864, de 1980, e da Lei no
8.213, de 1991, observado o disposto no art. 130 do RPS e 335 desta IN.
Art. 125. A comprovação do período de freqüência em curso, por aluno
aprendiz, a que se referem os incisos I e II do art. 113 desta IN, será efetuada
por certidão escolar, da qual conste que o estabelecimento freqüentado era re-
conhecido e mantido por empresa de iniciativa privada ou que o curso foi efeti-
vado sob seu patrocínio ou, ainda, que o curso de aprendizagem nos estabeleci-
mentos oficiais ou em outros congêneres foi ministrado mediante
entendimentos com as entidades interessadas.
Art. 126. Para comprovação de período de atividade ou período de contri-
buição do segurado empregado doméstico, será necessária a apresentação de
registro contemporâneo com as anotações regulares em CP ou em CTPS e a
comprovação de recolhimento em época própria, pelo menos da primeira con-
tribuição, observado o disposto nos arts. 55, 56 e 393 a 395 desta IN.
§ 1o Quando o segurado empregado doméstico desejar comprovar o exer-
cício da atividade e não apresentar comprovante dos recolhimentos, mas ape-
nas a CP ou a CTPS, devidamente assinada, será verificado o efetivo exercício
da atividade.
§ 2o Na inexistência de registro na CP ou na CTPS e se os documentos
apresentados forem insuficientes para comprovar o exercício da atividade do
segurado empregado doméstico no período pretendido, porém constituírem iní-
cio de prova material, poderá ser providenciada Justificação Administrativa.
§ 3o Será tomada declaração do empregador doméstico, além de outras
medidas legais, quando ocorrer contrato de trabalho de empregado doméstico
que ensejar dúvidas em que forem verificadas uma ou mais das seguintes situa-
ções:
I – rasuras nas datas de admissão ou demissão de contrato de trabalho;
II – contrato de trabalho doméstico, entre ou após contrato de trabalho em
outras profissões, cujas funções sejam totalmente discrepantes;
230 OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

III – contrato onde se perceba que a intenção foi apenas para garantir a
qualidade de segurado, inclusive para percepção de salário-maternidade;
IV – contrato em que não se pode atestar a contemporaneidade das datas
de admissão ou demissão;
V – contrato de trabalho doméstico em que o valor correspondente ao seu
último salário-de-contribuição tenha tido alta discrepante em relação aos meses
imediatamente anteriores, de forma que se perceba que a intenção foi garantir
à segurada o recebimento de valores elevados durante a percepção do salá-
rio-maternidade.
Art. 127. Os magistrados classistas temporários da Justiça do Trabalho,
nomeados na forma do inciso II do § 1o do art. 111, na forma do inciso III do
art. 115 e na forma do parágrafo único do art. 116, da CF, com redação an-
terior à EC no 24, de 9 de dezembro de 1999, e os magistrados da Justiça
Eleitoral nomeados na forma do inciso II do art. 119 e na forma do inciso III
do art. 120, da CF, serão aposentados a partir de 14 de outubro de 1996,
data da publicação da MP no 1.523, de 13 de outubro de 1996, convertida
na Lei no 9.528, de 1997, de acordo com as normas estabelecidas pela legis-
lação do regime previdenciário a que estavam submetidos, antes da investi-
dura, mantida a referida vinculação previdenciária durante o exercício do
mandato.
§ 1o Caso o segurado possua os requisitos mínimos para concessão de uma
aposentadoria no RGPS, o mandato de juiz classista e o de magistrado da Justi-
ça Eleitoral, exercidos a partir de 14 de outubro de 1996, serão considerados,
para fins de tempo de contribuição, como segurados obrigatórios na categoria
correspondente àquela em que estavam vinculados antes da investidura na ma-
gistratura, observado que permanece o entendimento de que:
I – a partir da EC no 24, publicada em 10 de dezembro de 1999, que alte-
rou os arts. 111, 112, 113, 115 e 116 da CF, a figura do juiz classista da Justiça
do Trabalho foi extinta;
II – a partir de 10 de dezembro de 1999, não existe mais nomeação para
juiz classista junto à Justiça do Trabalho, ficando resguardado o cumprimento
dos mandatos em vigor e do tempo exercido até a extinção do mandato, mesmo
sendo posterior à data da referida emenda.
§ 2o O aposentado de qualquer regime previdenciário que exercer magis-
tratura nos termos do caput deste artigo, vincula-se, obrigatoriamente, ao
RGPS, devendo contribuir a partir de 14 de outubro de 1996, observados os in-
cisos I e II do § 1o deste artigo, na condição de contribuinte individual.
§ 3o Para a comprovação da atividade de juiz classista e de magistrado da
Justiça Eleitoral, será obrigatória a apresentação de CTC, nos termos da Lei da
contagem recíproca e, para o seu cômputo, deverá ser observado o disposto no
OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 231

inciso IV do art. 53 e art. 78 desta IN e no parágrafo único do art. 94 e art. 96,


ambos da Lei no 8.213, de 1991.
Art. 128. O professor, inclusive o universitário, que não implementou as
condições para aposentadoria por tempo de serviço de professor até 16 de de-
zembro de 1998, poderá ter contado o tempo de atividade de magistério exerci-
do até a data constante deste artigo, com acréscimo de 17% (dezessete por cen-
to), se homem, e de vinte por cento, se mulher, se optar por aposentadoria por
tempo de contribuição, independentemente de idade e do período adicional re-
ferido na alínea c do inciso II do art. 109 desta IN, desde que cumpridos 35
(trinta e cinco) anos de contribuição, se homem, e 30 (trinta) anos, se mulher,
exclusivamente em funções de magistério.
Art. 129. A partir da EC no 18, de 30 de junho de 1981, fica vedada a con-
versão do tempo de exercício de magistério para qualquer espécie de benefício,
exceto se o segurado implementou todas as condições até 29 de junho de 1981.
Art. 130. A aposentadoria por tempo de contribuição do professor será de-
vida ao segurado, sem limite de idade, após completar trinta anos de contribui-
ção, se homem, ou 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, se mulher, nas se-
guintes situações:
I – em caso de direito adquirido até 5 de março de 1997, poderão ser com-
putados os períodos:
a) de atividades exercidas pelo professor em estabelecimento de ensino de
1 e 2o grau ou de ensino superior, bem como em cursos de formação profissio-
o

nal, autorizados ou reconhecidos pelos órgãos competentes do Poder Executivo


Federal, Estadual, do Distrito Federal ou Municipal, da seguinte forma:
1 - como docentes, a qualquer título, ou
2 - em funções de administração, planejamento, orientação, supervisão ou
outras específicas dos demais especialistas em educação.
b) de atividades de professor, desenvolvidas nas universidades e nos esta-
belecimentos isolados de ensino superior, da seguinte forma:
1 - pertinentes ao sistema indissociável de ensino e pesquisa, em nível de
graduação ou mais elevado, para fins de transmissão e ampliação do saber, ou
2 - inerentes à administração.
II – em caso de direito adquirido de 6 de março de 1997 a 15 de dezembro
de 1998, poderão ser computados os períodos:
a) de atividade docente, a qualquer título, exercida pelo professor em esta-
belecimento de ensino de 1o e 2o graus ou de ensino superior, bem como em
cursos de formação profissional, autorizados ou reconhecidos pelos órgãos
competentes do Poder Executivo Federal, Estadual, do Distrito Federal ou Mu-
nicipal, ou
232 OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

b) de atividade de professor, desenvolvida nas universidades e nos estabe-


lecimentos isolados de ensino superior, pertinentes ao sistema indissociável de
ensino e pesquisa, em nível de graduação ou mais elevado, para fins de trans-
missão e ampliação do saber.
III – com direito adquirido a partir de 16 de dezembro de 1998, de ativida-
de de professor no exercício das funções de magistério na educação infantil e
no ensino fundamental e médio.
Art. 131. Considera-se, também, como tempo de serviço para concessão de
aposentadoria de professor:
I – o de serviço público Federal, Estadual, do Distrito Federal ou Munici-
pal;
II – o de benefício por incapacidade, recebido entre períodos de atividade;
III – o de benefício por incapacidade decorrente de acidente do trabalho,
intercalado ou não.
Art. 132. A comprovação da condição e do período de atividade de professor
far-se-á conjuntamente mediante a apresentação dos seguintes documentos:
I – da habilitação:
a) do respectivo diploma registrado nos Órgãos competentes Federais e
Estaduais, ou
b) qualquer outro documento emitido por Órgão competente, que compro-
ve a habilitação para o exercício do magistério, na forma de lei específica.
II – da atividade:
a) dos registros em CP ou CTPS, complementados, quando for o caso, por
declaração do estabelecimento de ensino onde foi exercida a atividade, sempre
que necessária essa informação, para efeito de sua caracterização;
b) da Certidão de Contagem Recíproca; ou
c) informações constantes do CNIS a partir de 7/1994.
Parágrafo único. O segurado que não comprovar a habilitação na forma do
inciso I acima, o período trabalhado não será reconhecido para fins de conces-
são de aposentadoria de professor.

Da comprovação de tempo rural para fins de benefício rural

Art. 133. A comprovação do exercício da atividade rural do segurado espe-


cial, conforme definido no art. 7o e caracterizado no inciso VII do mencionado
artigo desta IN, bem como de seu respectivo grupo familiar, será feita me- dian-
te a apresentação de um dos seguintes documentos:
I – contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural;
OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 233

II – comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonização e Re-


forma Agrária - INCRA;
III – bloco de notas de produtor rural ou notas fiscais de venda por produ-
tor rural;
IV – declaração de sindicato de trabalhadores rurais, de sindicato dos pes-
cadores ou de colônia de pescadores, legalmente constituídos, homologada
pelo INSS, conforme o Anexo XII desta IN;
V – comprovante de entrega de Declaração de Isento ou do pagamento do
Imposto Territorial Rural ou Certificado de Cadastro de Imóvel Rural, fornecido
pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA;
VI - Autorização de Ocupação Temporária fornecida pelo INCRA;
VII – caderneta de inscrição pessoal visada pela Capitania dos Portos ou
pela Superintendência do Desenvolvimento da Pesca ou pelo Departamento Na-
cional de Obras Contra as Secas ou a caderneta de inscrição e registro emitida
pela Capitania dos Portos do Ministério da Defesa, conforme a época ou o regis-
tro de pescador profissional artesanal expedido pela Secretaria Especial de
Aqüicultura e Pesca da Presidência da República - SEAP/PR;
VIII – certidão fornecida pela Fundação Nacional do Índio, atestando a
condição do índio como trabalhador rural, homologada pelo INSS.
§ 1o Os documentos de que tratam os incisos I, II, III, V, VI e VII deste arti-
go devem ser considerados para todos os membros do grupo familiar, para con-
cessão dos benefícios previstos no inciso I e parágrafo único do art. 39 e no art.
143 da Lei no 8.213/91, para o período que se quer comprovar, mesmo que de
forma descontínua, quando corroborados com outros que confirmem o vínculo
familiar, sendo indispensável à entrevista e, se houver dúvidas, deverá ser reali-
zada a entrevista com parceiros, confrontantes, empregados, vizinhos e outros,
conforme o caso.
§ 2o Para o requerimento de aposentadoria por idade, o segurado especial
deverá comprovar o cumprimento do período de carência determinado pelo art.
142 da Lei no 8.213/91, com a redação dada pela Lei no 9.032, de 28 de abril
de 1995, sendo que, caso haja a apresentação de um dos documentos referidos
no § 1o deste artigo, referente aos últimos doze meses a serem comprovados,
um documento referente aos primeiros doze meses do período e documentos
intercalados referentes a períodos com intervalo não superior a três anos, não
se faz necessária a apresentação de declaração do sindicato de trabalhadores
rurais, de sindicato patronal, de sindicato dos pescadores ou colônia de pesca-
dores.
§ 3o Os documentos referidos nos incisos II, V e VII, ainda que estando em
nome do esposo, e este tendo perdido a condição de segurado especial, pode-
rão ser aceitos para os demais membros do grupo familiar, desde que corrobo-
rados pela Declaração do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e confirmado o
234 OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

exercício da atividade rural e condição sob a qual foi desenvolvida, por meio de
entrevista.
§ 4o Em se tratando de contratos de arrendamento, de parceria ou de co-
modato rural, é necessário que tenham sido registradas ou reconhecidas firmas
em cartório e que se observe se foram assentadas à época do período da ativi-
dade declarada.
§ 5o Quando da apresentação do bloco de notas de produtor rural ou de
notas fiscais de compra ou venda realizada por produtor rural, objetivando
comprovar atividade rural, deverá ser conferida a data de sua confecção, a qual
se encontra no rodapé ou na lateral do documento, a fim de verificar se a data
de emissão da nota é compatível com a data de confecção do bloco, seu período
de validade e eventuais revalidações. Estando os documentos apresentados em
desacordo com as orientações acima, devem ser adotadas as medidas pertinen-
tes à confirmação da autenticidade e/ou contemporaneidade do documento, na
forma do disposto no § 4o do art. 137 desta IN.
§ 6o Para comprovação da atividade rural para fins de benefício do segura-
do condômino, parceiro e arrendatário, deverá ser efetuada análise da docu-
mentação, além de realizada entrevista com o segurado e, se persistir dúvida,
ser realizada entrevista com parceiros, condôminos, arrendatários, confrontan-
tes, empregados, vizinhos e outros, conforme o caso, para verificar se foi utili-
zada ou não, mão-de-obra assalariada e se a exploração da propriedade foi
exercida em área definida para cada proprietário ou com os demais.
I - O condômino de propriedade rural que explora a terra com cooperação
de empregados e com delimitação formal da área definida, será considerado
contribuinte individual, sendo que, não havendo delimitação de áreas, todos os
condôminos assumirão a condição de contribuinte individual.
§ 7o No caso de óbito do proprietário rural, enquanto não for realizada a
partilha, a comprovação do exercício de atividade rural para os herdeiros se
dará da mesma forma que para os condôminos.
§ 8o Caso o segurado utilize mão-de-obra assalariada, perderá a condição
de segurado especial e passará a ser considerado contribuinte individual naque-
le período.
Art. 134. A entrevista (Anexo XIII desta IN) constitui-se em elemento in-
dispensável à comprovação do exercício da atividade rural, a forma em que ela
é ou foi exercida, e para confirmação dos dados contidos em declarações emiti-
das pelos sindicatos de trabalhadores rurais ou sindicatos patronais, com vistas
ao reconhecimento ou não do direito ao benefício pleiteado, sendo obrigatória
a sua realização, independente dos documentos apresentados e sempre que a
concessão depender da homologação da declaração do sindicato.
§ 1o Para a finalidade prevista no caput, devem ser coletadas informações
pormenorizadas sobre a situação e a forma como foram prestadas, levando-se
OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 235

em consideração as peculiaridades inerentes a cada localidade, devendo o ser-


vidor formular tantas perguntas quantas julgar necessário para formar juízo so-
bre o exercício da atividade do segurado, sendo obrigatória a conclusão da en-
trevista, devendo constar as razões pelas quais se reconheceu ou não o
exercício da atividade rural, bem como o enquadramento do requerente em de-
terminada categoria de segurado.
§ 2o Caberá ao servidor, antes da entrevista, cientificar o entrevistado so-
bre as penalidades previstas no art. 299 do Código Penal.
§ 3o Havendo dificuldades para a realização de entrevista, em decorrência
da distância entre a APS e a residência dos segurados, interessados ou confron-
tantes, caberá à Gerência-Executiva analisar a situação e tornar disponível, se
necessário, um servidor para fazer a entrevista em local mais próximo dos segu-
rados, interessados ou confrontantes, tais como sindicatos ou outros locais pú-
blicos, utilizando-se, inclusive, do PREVMóvel.
§ 4o Para comprovação da condição de segurado especial, deverá ser reali-
zada entrevista específica observando as peculiaridades da atividade exercida
pelo segurado especial (pescador, extrativista, marisqueiro, agricultor etc.).
§ 5o A entrevista somente poderá ser dispensada em caso de requerimento
apresentado pelo índio mencionado no inciso IX, § 3º do art. 7º desta IN, quan-
do este não souber se expressar em língua portuguesa.
Art. 135. Quando ficar evidenciada a existência de mais de uma proprieda-
de, deverá ser anexado o comprovante de cadastro do INCRA ou equivalente,
referindo-se a cada uma, tendo em vista à caracterização do segurado.
Art. 136. Na declaração de sindicato dos trabalhadores rurais, sindicatos
patronais, no caso previsto no § 2º do art.139 desta IN, de sindicatos de pesca-
dores ou de colônias de pescadores, deverão constar os seguintes elementos, re-
ferentes a cada local e período de atividade:
I – identificação e qualificação pessoal do requerente: nome, data de nasci-
mento, filiação, documento de identificação, CPF, título de eleitor, CP, CTPS e
registro sindical, quando existentes;
II – categoria de produtor rural ou de pescador artesanal, bem como o re-
gime de trabalho;
III – o tempo de exercício de atividade rural;
IV – endereço de residência e do local de trabalho;
V – principais produtos agropecuários produzidos ou comercializados pela
unidade familiar ou principais produtos da pesca, se pescador artesanal;
VI – atividades agropecuárias ou pesqueiras desempenhadas pelo reque-
rente;
236 OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

VII – fontes documentais que foram utilizadas para emitir a declaração,


devendo ser anexadas as respectivas cópias reprográficas dos documentos apre-
sentados, observado o disposto nos §§ 1o e 2o deste artigo;
VIII – nome da entidade e número do Cadastro Geral do Contribuinte-CGC
ou Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, nome do presidente, do dire-
tor ou do representante legal emitente da declaração, com assinatura e carim-
bo, cuja legitimidade para a emissão deve ser conferida por meio da Ata de Pos-
se e do Estatuto do referido sindicato, o qual deverá constar dos arquivos da
APS, cabendo ao sindicato mantê-lo atualizado;
IX – data da emissão da declaração;
X – assinatura do requerente afirmando ter ciência e estar de acordo com
os fatos declarados.
§ 1o Para subsidiar o fornecimento da declaração por parte dos sindicatos
de que trata o inciso IV do artigo 133, poderão ser aceitos, entre outros, os se-
guintes documentos, desde que neles conste a profissão ou qualquer outro dado
que evidencie o exercício da atividade rurícola e seja contemporâneo ao fato
nele declarado, sem exigir que se refira ao período a ser comprovado, observa-
do o disposto no artigo 138 desta IN:
I – certidão de casamento civil ou religioso;
II – certidão de nascimento ou de batismo dos filhos;
III – certidão de tutela ou de curatela;
IV – procuração;
V – título de eleitor ou ficha de cadastro eleitoral;
VI – certificado de alistamento ou de quitação com o serviço militar;
VII – comprovante de matrícula ou ficha de inscrição em escola, ata ou bo-
letim escolar do trabalhador ou dos filhos;
VIII – ficha de associado em cooperativa;
IX – comprovante de participação como beneficiário, em programas gover-
namentais para a área rural nos estados, no Distrito Federal ou nos municípios;
X – comprovante de recebimento de assistência ou de acompanhamento
de empresa de assistência técnica e extensão rural;
XI – ficha de crediário de estabelecimentos comerciais;
XII – escritura pública de imóvel;
XIII – recibo de pagamento de contribuição federativa ou confederativa;
XIV – registro em processos administrativos ou judiciais, inclusive inquéri-
tos, como testemunha, autor ou réu;
XV – ficha ou registro em livros de casas de saúde, hospitais, postos de saúde
ou do programa dos agentes comunitários de saúde;
OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 237

XVI – carteira de vacinação;


XVII – título de propriedade de imóvel rural;
XVIII – recibo de compra de implementos ou de insumos agrícolas;
XIX – comprovante de empréstimo bancário para fins de atividade rural;
XX – ficha de inscrição ou registro sindical ou associativo junto ao sindica-
to de trabalhadores rurais, colônia ou associação de pescadores, produtores ou
outras entidades congêneres;
XXI – contribuição social ao sindicato de trabalhadores rurais, à colônia ou
à associação de pescadores, produtores rurais ou a outras entidades congêne-
res;
XXII – publicação na imprensa ou em informativos de circulação pública;
XXIII – registro em livros de entidades religiosas, quando da participação
em batismo, crisma, casamento ou em outros sacramentos;
XXIV – registro em documentos de associações de produtores rurais, co-
munitárias, recreativas, desportivas ou religiosas;
XXV – Declaração Anual de Produtor - DAP, firmada perante o INCRA;
XXVI – Título de aforamento;
XXVII – declaração de aptidão fornecida pelo Sindicato dos Trabalhado-
res Rurais para fins de obtenção de financiamento junto ao PRONAF;
XXVIII – cópia do DIAC/DIAT entregue à Receita Federal;
XIX – cópia de ficha de atendimento médico ou odontológico.
§ 2o O fato de o sindicato não possuir documentos que subsidiem a decla-
ração fornecida, deverá, obrigatoriamente, ficar consignado na referida decla-
ração, devendo constar, também, os critérios utilizados para o seu fornecimen-
to.
§ 3o Quando o sindicato emitir declaração com base em provas exclusiva-
mente testemunhais, deverá ser observado o disposto nos artigos 137 e 138
desta IN.
I - em se tratando de declaração emitida com base em depoimento de pes-
soas que afirmam ter uma relação de trabalho com o segurado que pleiteia o
benefício, além do depoimento ser reduzido a termo pelo sindicato e assinado
pelo declarante, deverá também ser anexado à declaração do sindicato a prova
de ser o declarante detentor da posse de imóvel rural em que se afirma haver o
segurado exercido a atividade rural.
§ 4o Qualquer declaração falsa ou diversa da que deveria ser escrita sujei-
tará o declarante à pena prevista no art. 299 do Código Penal.
§ 5o Nos casos em que ficar comprovada a existência de irregularidades na
emissão de declaração, o processo deverá ser devidamente instruído, adotan-
do-se as providências cabíveis enumeradas na Seção VIII desta IN.
238 OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

§ 6o Na hipótese acima, deverá ser comunicada oficialmente à Federação


dos Trabalhadores Rurais do respectivo Estado, bem como a Confederação Na-
cional dos Trabalhadores Rurais - CONTAG ou a Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil – CNA, sendo esta última quando se tratar dos casos previs-
tos no § 2o do art.139 desta IN, a Federação dos Pescadores do Estado ou a
FUNAI, conforme o caso, por meio da Gerência-Executiva.
Art. 137. A declaração fornecida com a finalidade de comprovar o período
de exercício de atividade rural e a qualificação do segurado, emitida por Sindi-
cato de Trabalhadores Rurais, Sindicato Patronal, Sindicato de Pescadores ou
Colônia de Pescadores, FUNAI ou por autoridades mencionadas no artigo ante-
rior, será submetida à análise, para emissão de parecer conclusivo, a fim de ho-
mologá-la ou não, conforme o Termo de Homologação (Anexo XIV) desta IN.
§ 1o Na hipótese de a declaração não ser homologada em razão de ausên-
cia de informações, o INSS devolvê-la-á ao sindicato ou ao órgão que a emitiu,
mediante recibo ou Aviso de Recebimento – AR, acompanhada da relação das
informações a serem complementadas, ficando o processo em exigência, por
período pré-fixado, para regularização.
§ 2o Em hipótese alguma, a declaração poderá deixar de ser homologada,
quando o motivo for falta de convicção quanto ao período, à qualificação ou ao
exercício da atividade rural, sem que tenham sido esgotadas todas as possibili-
dades de análise e realizadas entrevistas ou tomada de declaração com parcei-
ros ou comodatário ou arrendatário ou confrontantes ou empregados ou vizi-
nhos ou outros, conforme o caso.
§ 3o A apresentação insuficiente de documentos de prova material, para cor-
roborar a declaração fornecida por sindicato para comprovação do exercício da ati-
vidade rural, não se constituirá motivo para indeferimento liminar do benefício,
desde que acompanhada de justificativas e de esclarecimentos razoáveis fornecidos
pelo sindicato, devendo ser realizada consulta ao CNIS ou outras bases de dados
consideradas pertinentes e entrevista com o segurado, os confrontantes e o par-
ceiro outorgante, quando for o caso, para confirmação dos fatos declarados, com
vista à homologação ou não da declaração fornecida por sindicato.
§ 4o Salvo quando se tratar de confirmação de autenticidade e contempo-
raneidade de documentos, para fins de reconhecimento de atividade, a realiza-
ção de Solicitação de Pesquisa – SP, prevista na presente IN, deverá ser substi-
tuída por entrevista com parceiros, confrontantes, empregados, vizinhos ou
outros.
Art. 138. A homologação da declaração emitida pelo Sindicato dos Traba-
lhadores Rurais, Sindicato Patronal, Colônia de Pescadores, Sindicato dos Pes-
cadores está condicionada a apresentação de início de prova material em que
conste a profissão ou qualquer outro dado que evidencie o exercício da ativida-
OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 239

de rurícola e seja contemporâneo ao fato nele declarado, não se exigindo que


se refira ao período a ser comprovado.
§ 1o O documento apresentado como início de prova deve ser contemporâ-
neo ao fato nele declarado, sem exigência de que se refira ao período a ser
comprovado.
§ 2o Para fins de processamento de Justificação Administrativa, deverá ser
observado o ano de expedição, de edição, de emissão ou do assentamento dos
documentos relacionados no § 1o do art. 136 e art. 374 desta IN.
§ 3o Ficam convalidados os atos praticados em conformidade com o dis-
posto no § 3o do art. 129 da IN/INSS/DC no 084/02, nos termos do inciso XIII
do art. 2o da Lei no 9.784/99.
Art. 139. Onde não houver Sindicato de Trabalhadores Rurais, Sindicato
de Pescadores ou Colônia de Pescadores, a declaração de que trata o inciso IV
do art. 133 desta IN, poderá ser suprida mediante a apresentação de duas de-
clarações firmadas por autoridades administrativas ou judiciárias locais, desde
que conheçam o segurado especial há mais de cinco anos e estejam no efetivo
exercício de suas funções, conforme o modelo (Anexo XVI) desta IN.
§ 1o Podem emitir a declaração referida no caput deste artigo, o juiz de di-
reito, o juiz de paz, o promotor de justiça, o delegado de polícia, o comandante
de unidade militar do Exército, da Marinha, da Aeronáutica ou de forças auxi-
liares ou o representante local de empresa de assistência técnica e extensão ru-
ral.
§ 2o Poderá ser aceita a declaração fornecida pelo sindicato patronal, so-
mente quando o proprietário do imóvel rural estiver enquadrado no certificado
do INCRA como Empregador Rural II-B ou II-C, sem assalariado, desde que o
exercício da atividade rural seja individual ou em regime de economia familiar,
sem utilização de empregados, podendo esta situação ser confirmada por meio
de outros documentos, e ainda, ser corroborado por meio de verificação junto
ao CNIS.
§ 3o As declarações mencionadas no inciso IV do artigo 133 e § 2o deste
artigo, deverão ser consideradas para fins de comprovação do exercício da ati-
vidade rural, em relação ao período em que o segurado exerceu ou exerce ativi-
dade na respectiva jurisdição do sindicato, observando que:
a) se o segurado exerceu atividade rural em vários municípios, cuja base
territorial de atuação pertence a diversos sindicatos, competirá a cada um dos
sindicatos expedir a declaração referente ao período específico em que o segu-
rado trabalhou em sua respectiva base territorial;
b) se o segurado exerceu atividade rural em localidade pertencente à base
territorial de um sindicato, e esta base foi posteriormente alterada por força de
criação de um novo município, passando a pertencer agora a outro sindicato,
poderá ser aceita a declaração deste último, referente a todo período de ativi-
240 OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

dade, inclusive o anterior à modificação da jurisdição. Neste caso, a declaração


deverá vir acompanhada de cópia do estatuto social dos sindicatos envolvidos,
bem como de cópia da ficha de inscrição do segurado, se houver;
c) a base territorial de atuação do sindicato pode não se limitar à base ter-
ritorial do município em que o sindicato tem o seu domicílio sede, sendo que
em caso de dúvidas, deverão ser solicitadas informações ao sindicato, que pode-
rão ser confirmadas por meio da apresentação do estatuto social do próprio sin-
dicato.
Art. 140. A comprovação do exercício da atividade do segurado emprega-
do, inclusive os denominados safrista, volante, eventual, ou temporário, carac-
terizados como empregados, far-se-á por um dos seguintes documentos:
I – CP ou CTPS, na qual conste o registro do contrato de trabalho;
II – contrato individual de trabalho;
III – acordo coletivo de trabalho, inclusive por safra, desde que caracterize
o trabalhador como signatário e comprove seu registro na respectiva Delegacia
Regional do Trabalho - DRT;
IV – declaração do empregador, comprovada mediante apresentação dos
documentos originais, que serviram de base para sua emissão, confirmando, as-
sim, o vínculo empregatício; ou
V – recibos de pagamento contemporâneos ao fato alegado, com a neces-
sária identificação do empregador.
Parágrafo único. Os documentos referidos neste artigo deverão abranger o
período a ser comprovado e serão computados de data a data, sendo considera-
dos como prova do exercício da atividade rural.
Art. 141. O fato de ficar caracterizado o exercício da atividade rural, a par-
tir de novembro de 1991, na categoria de empregado, por declaração de em-
pregador, folhas de salário contemporâneas ou por Justificação Administrativa,
deverá ser comunicado à Divisão/Serviço da Receita Previdenciária da APS,
para as providências cabíveis, após a concessão do benefício.
Parágrafo único. Da declaração do empregador deverá constar o endereço
completo, CNPJ, CPF, RG, entre outros.
Art. 142. Os trabalhadores rurais denominados safrista, volante, eventual,
ou temporário, caracterizados como contribuinte individual, deverão apresentar
os comprovantes de inscrição nessa condição e os de recolhimento de contribui-
ção a partir de novembro de 1991, exceto quando for requerido benefício pre-
visto no art. 143 da Lei no 8.213, de 1991.
Art. 143. Na ausência dos documentos citados nos arts. 140 e 142 desta
IN, a comprovação do exercício da atividade rural dos segurados relacionados
nos artigos mencionados, para fins de concessão de aposentadoria por idade,
em conformidade com o art. 143 da Lei no 8.213, de 1991, alterada pela Lei no
OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 241

9.063, de 1995, poderá ser feita por declaração de Sindicato de Trabalhadores


Rurais, Sindicato de Pescadores, ou Colônias de Pescadores ou por duas decla-
rações de autoridades, na forma do art. 139 desta IN, desde que homologadas
pelo INSS, observando-se para sua emissão, o contido no § 3o do art. 136 e pa-
rágrafo único do art. 141 desta IN.
Art. 144. A comprovação do exercício de atividade rural do segurado
ex-empregador rural, atual contribuinte individual, será feita por um dos se-
guintes documentos:
I – antiga carteira de empregador rural, com os registros referentes à ins-
crição no ex-INPS;
II – comprovante de inscrição na Previdência Social (Ficha de Inscrição de
Empregador Rural e Dependentes - FIERD ou Cadastro Específico do INSS-CEI);
III – cédula “G” da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física-IRPF;
IV – Declaração de Produção – DP, Declaração Anual para Cadastro de
Imóvel Rural (autenticada pelo INCRA) ou qualquer outro documento que com-
prove a produção;
V – livro de registro de empregados rurais;
VI – declaração de firma individual rural;
VII – qualquer outro documento que possa levar à convicção do fato a
comprovar.
Parágrafo único. O tempo de serviço comprovado na forma deste artigo
somente será computado se forem apresentados os recolhimentos a seguir:
I – até dezembro de 1975, se indenizado na forma do art. 122 do RPS;
II – de janeiro de 1976 até outubro de 1991, por comprovante de contri-
buição anual;
III – a partir de novembro de 1991, por comprovante de contribuição men-
sal.
Art. 145. A comprovação do exercício de atividade de garimpeiro far-se-á
por:
I – Certificado de Matrícula expedido pela Receita Federal para períodos
anteriores a fevereiro de 1990;
II – Certificado de Matrícula expedido pelos órgãos estaduais competentes
para os períodos posteriores ao referido no inciso I;
III – Certificado de Permissão de Lavra Garimpeira, emitido pelo Departa-
mento Nacional da Produção Mineral – DNPM, para o período de 1o de feverei-
ro de 1990 a 7 de janeiro de 1992 ou documento equivalente.
Parágrafo único. Para períodos posteriores à data da vigência da Lei nº
8.398, de 7 de janeiro de 1992, além dos documentos relacionados nos incisos
242 OPERACIONALIZAÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

anteriores, será obrigatória a apresentação do NIT, para captura dos dados bá-
sicos e das contribuições junto ao CNIS.
Art. 146. O garimpeiro inscrito no INSS como segurado especial, no perío-
do de 7 de janeiro de 1992 a 31 de março de 1992, terá esse período computa-
do para efeito de concessão dos benefícios previstos no inciso I do art. 39 da Lei
no 8.213, de 1991, independentemente do recolhimento de contribuições.
Art. 147. O período de atividade rural do trabalhador avulso, sindicalizado
ou não, somente será reconhecido desde que preste serviço de natureza rural
sem vínculo empregatício a diversas empresas (agropecuária, pessoas físicas
etc.), com a intermediação obrigatória do sindicato da categoria.
Parágrafo único. Verificada a prestação de serviço alegado como de traba-
lhador avulso rural, sem a intermediação de sindicato de classe, deverá ser ana-
lisado o caso e enquadrado na categoria de empregado ou na de contribuinte
individual, visto que a referida intermediação é imprescindível para configura-
ção do enquadramento na categoria.
Art. 148. Para fins de comprovação do exercício da atividade do trabalha-
dor rural, caso haja comprovação do desempenho de atividade urbana entre pe-
ríodos de atividade rural, observadas as demais condições, deverão ser adota-
dos os seguintes procedimentos:
I – se o segurado trabalhador rural deixar de exercer a atividade rural, nos
períodos citados no art. 15 da Lei no 8.213/91, ainda que tenha ocorrido a per-
da da qualidade de segurado e voltar àquela atividade, poderá obter benefícios
contados, todo o período de atividade rural;
II – caso o segurado de que trata este artigo venha a exercer atividade ur-
bana, com ou sem perda da qualidade de segurado entre a atividade urbana e a
rural, poderá obter benefício como trabalhador rural, desde que cumpra o nú-
mero de meses de trabalho idêntico à carência relativa ao benefício, exclusiva-
mente em atividade rural.

Da comprovação de tempo rural para fins de benefício urbano

Art. 149. A comprovação do tempo de serviço em atividade rural, para fins


de concessão de benefícios a segurados em exercício de atividade urbana e a
Certidão de Tempo de Contribuição - CTC, serão feitas mediante apresentação
de início de prova material contemporânea do fato alegado, conforme o § 3o do
art. 55 da Lei no 8.213, de 1991, e servem para a prova prevista neste item os
seguintes documentos:
I – o contrato individual de trabalho, a CP ou a CTPS, a carteira de férias, a car-
teira sanitária, a carteira de matrícula e a caderneta de contribuições dos extintos insti-
tutos de aposentadoria e pensões, a caderneta de inscrição pessoal visada pela Capita-
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 243

nia dos Portos, pela Superintendência do Desenvolvimento da Pesca–SUDEPE, pelo


Departamento Nacional de Obras Contra Seca – DNOCS ou declaração da Receita Fe-
deral;
II – certidão de inscrição em órgão de fiscalização profissional, acompa-
nhada do documento que prove o exercício da atividade;
III – contrato social e respectivo distrato, quando for o caso, ata de assem-
bléia geral e registro de firma individual;
IV – contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural, observado o
disposto no § 5o do art. 124 desta IN;
V – certificado de sindicato ou de órgão gestor de mão-de-obra que agrupa
trabalhadores avulsos;
VI – comprovante de cadastro do INCRA;
VII – bloco de notas do produtor rural, observado o disposto no § 3o do
art. 133 desta IN; e
VIII – declaração de sindicato de trabalhadores rurais ou de colônia de
pescadores, desde que homologada pelo INSS.
Art. 150. O início de prova material de que trata o artigo anterior terá vali-
dade somente para comprovação do tempo de serviço da pessoa referida no do-
cumento, não sendo permitida sua utilização por outras pessoas, na forma do
disposto no § 6o do art. 62 do RPS, aprovado pelo Decreto no 3.048 de 6 de
maio de 1999.
Art. 151. A declaração referida no inciso VIII do art. 149 desta IN será ho-
mologada mediante a apresentação de provas materiais, contemporâneas do
fato que se quer provar, por elementos de convicção em que conste expressa-
mente a atividade exercida pelo requerente.
§ 1o Servem como prova para o fim previsto no caput os documentos rela-
cionados no § 1o do art. 136 desta IN.
§ 2o Somente poderá ser homologado todo o período constante na Decla-
ração referida no inciso VIII do art. 149 desta IN, se existir um documento para
cada ano de atividade, sendo que, em caso contrário, somente serão homologa-
dos os anos para os quais o segurado tenha apresentado documentos.
§ 3o A entrevista rural constitui elemento indispensável na confirmação e
na caracterização do exercício da atividade rural para as categorias de segurado
especial, trabalhador avulso e contribuinte individual, devendo observar as pe-
culiaridades disciplinadas nos artigos 5o, 6o e 7o desta IN.
Art. 152. Na hipótese de serem apresentados o Bloco de Notas ou a Nota
Fiscal de Venda, o Contrato de Arrendamento, Parceria ou Comodato Rural e
INCRA, a caderneta de inscrição pessoal expedida pela Capitania dos Portos ou
visada pela SUDEPE ou outros documentos considerados como prova plena do
exercício da atividade rural, em período intercalado, será computado como
244 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

tempo de serviço o período relativo ao ano de emissão, edição ou assentamento


do documento.
Art. 153. Nas situações mencionadas nos arts. 151 e 152 desta IN, em que
os documentos apresentados não contemplem todo o período pleiteado ou de-
clarado, mas se constituam como início de prova material para realização de
Justificação Administrativa, ela poderá ser processada, observado o disposto
nos arts. 142 a 151 do RPS e nas demais disposições constantes desta IN, com o
fim de comprovar o exercício de atividade rural entre os períodos constantes
desses documentos.
Art. 154. Qualquer que seja a categoria do segurado, na ausência de apre-
sentação de documentos contemporâneos pelo interessado, podem ser aceitos,
entre outros, a certidão de prefeitura municipal relativa à cobrança de imposto
territorial rural anterior à Lei no 4.504, de 30 de novembro de 1964 (Estatuto
da Terra), os atestados de cooperativas, a declaração, o certificado ou certidão
de entidade oficial, desde que deles conste a afirmação de que os dados foram
extraídos de documentos contemporâneos aos fatos a comprovar, existentes na-
quela entidade e à disposição do INSS, hipótese em que deverá ser feita pesqui-
sa prévia e, caso haja confirmação, os dados pesquisados devem ser considera-
dos como prova plena.
Das Condições para a
Concessão de Aposentadoria
Especial que Estabeleceu o
Perfil Profissiográfico
Previdenciário(PPP)

Subseção IV
Da Aposentadoria Especial Dos Conceitos Gerais
Art. 155. O trabalho exercido em condições especiais que prejudiquem a
saúde ou a integridade física, com exposição a agentes nocivos de modo perma-
nente, não ocasional nem intermitente, está tutelado pela Previdência Social
mediante concessão da aposentadoria especial, constituindo-se em fato gerador
de contribuição previdenciária para custeio deste benefício.
Art. 156. São consideradas condições especiais que prejudicam a saúde ou
a integridade física, conforme definido no Anexo IV do RPS, aprovado pelo De-
creto no 3.048, de 6 de maio de 1999, a exposição a agentes nocivos químicos,
físicos ou biológicos a exposição à associação desses agentes, em concentração
ou intensidade e tempo de exposição que ultrapasse os limites de tolerância ou
que, dependendo do agente, torne a simples exposição em condição especial
prejudicial à saúde.
§ 1o Os agentes nocivos não arrolados no Anexo IV do RPS não serão con-
siderados para fins de concessão da aposentadoria especial.
§ 2o As atividades constantes no Anexo IV do RPS são exemplificativas,
salvo para agentes biológicos.
Art. 157. O núcleo da hipótese de incidência tributária, objeto do direito à
aposentadoria especial, é composto de:
I – nocividade, que no ambiente de trabalho é entendida como situação
combinada ou não de substâncias, energias e demais fatores de riscos reconhe-
cidos, capazes de trazer ou ocasionar danos à saúde ou à integridade física do
trabalhador;
II – permanência, assim entendida como o trabalho não ocasional nem in-
termitente, durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, no qual a exposição do
empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja in-
dissociável da produção do bem ou da prestação do serviço, em decorrência da
subordinação jurídica à qual se submete.
246 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

§ 1o Para a apuração do disposto no inciso I, há que se considerar se o


agente nocivo é:
I - apenas qualitativo, sendo a nocividade presumida e independente de
mensuração, constatada pela simples presença do agente no ambiente de traba-
lho, conforme constante nos Anexos 6, 13, 13-A e 14 da Norma Regulamenta-
dora no 15 (NR-15) do Ministério do Trabalho e Emprego-MTE, e no Anexo IV
do RPS, para os agentes iodo e níquel;
II - quantitativo, sendo a nocividade considerada pela ultrapassagem dos
limites de tolerância ou doses, dispostos nos Anexos 1, 2, 3, 5, 8, 11 e 12 da
NR-15 do MTE, por meio da mensuração da intensidade ou da concentração,
consideradas no tempo efetivo da exposição no ambiente de trabalho.
§ 2o O agente constante no Anexo 9 da NR-15 do MTE, poderá ser consi-
derado nocivo, mediante laudo de inspeção do ambiente de trabalho, baseado
em investigação acurada sobre o caso concreto.
§ 3o Quanto ao disposto no inciso II, não quebra a permanência o exercício
de função de supervisão, controle ou comando em geral ou outra atividade
equivalente, desde que seja exclusivamente em ambientes de trabalho cuja no-
cividade tenha sido constatada.
Art. 158. As condições de trabalho, que dão ou não direito à aposentadoria
especial, deverão ser comprovadas pelas demonstrações ambientais, que fazem
parte das obrigações acessórias dispostas na legislação previdenciária e traba-
lhista.
Parágrafo único. As demonstrações ambientais de que trata o caput, cons-
tituem-se, entre outros, nos seguintes documentos:
I - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA;
II – Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR;
III – Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção - PCMAT;
IV – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO;
V – Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho - LTCAT;
VI – Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP;
VII – Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT.
Art. 159. As informações constantes do CNIS serão observadas para fins do
reconhecimento do direito à aposentadoria especial, nos termos do art. 19 e §
2o do art. 68, ambos do RPS.
§ 1o Fica assegurado ao INSS a contraprova das informações referidas no
caput no caso de dúvida justificada, promovendo de ofício a alteração no CNIS,
desde que comprovada mediante o devido processo administrativo.
§ 2o As demonstrações ambientais de que trata o artigo 158 deverão em-
basar o preenchimento da GFIP e do formulário para requerimento da aposen-
tadoria especial, nos termos dos §§ 2o e 7o do art. 68, do RPS.
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 247

§ 3o Presumem-se verdadeiras as informações prestadas pela empresa na


GFIP, para a concessão ou não da aposentadoria especial, constituindo crime a
prestação de informações falsas neste documento.
§ 4o A empresa deverá apresentar, sempre que solicitadas pelo INSS, as
demonstrações ambientais de que trata o art. 158, para fins de verificação das
informações.
Da Habilitação ao Benefício
Art. 160. A partir de 29 de abril de 1995, data da publicação da Lei no
9.032, de 28 de abril de 1995, o trabalhador que estiver exposto, de modo per-
manente, não ocasional nem intermitente, a condições especiais que prejudi-
quem a saúde ou a integridade física, durante quinze, vinte ou vinte e cinco
anos, terá direito à concessão de aposentadoria especial nos termos do art. 57
da Lei no 8.213, de 1991, observada a carência exigida.
Art. 161. Para instrução do requerimento da aposentadoria especial, deve-
rão ser apresentados os seguintes documentos:
I - para períodos laborados de 28 de abril de 1995, será exigido do segu-
rado o formulário para requerimento da aposentadoria especial e a CP ou a
CTPS, bem como LTCAT, obrigatoriamente para o agente físico ruído;
II - para períodos laborados entre 29 de abril de 1995 a 13 de outubro de
1996, será exigido do segurado formulário para requerimento da aposentadoria
especial, bem como LTCAT ou demais demonstrações ambientais, obrigatoria-
mente para o agente físico ruído;
III - para períodos laborados entre 14 de outubro de 1996 a 31 de dezem-
bro de 2003, será exigido do segurado formulário para requerimento da apo-
sentadoria especial, bem como LTCAT ou demais demonstrações ambientais,
qualquer que seja o agente nocivo;
IV - para períodos laborados a partir de 1o de janeiro de 2004, o único do-
cumento exigido do segurado será o formulário para requerimento deste bene-
fício. Se necessário, será exigido o LTCAT.
§ 1o Quando for apresentado o documento que trata o parágrafo 14, do ar-
tigo 178 desta IN, contemplando também os períodos laborados até 31 de de-
zembro de 2003, serão dispensados os demais documentos referidos neste arti-
go.
§ 2o Poderão ser aceitos, em substituição ao LTCAT, ou ainda de forma
complementar a este, os seguintes documentos:
I – laudos técnico-periciais emitidos por determinação da Justiça do Traba-
lho, em ações trabalhistas, acordos ou dissídios coletivos;
II – laudos emitidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança
e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO);
III – laudos emitidos pelo MTE ou, ainda, pelas DRT;
IV – laudos individuais acompanhados de:
248 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

a) autorização escrita da empresa para efetuar o levantamento, quando o


responsável técnico não for seu empregado;
b) cópia do documento de habilitação profissional do engenheiro de segu-
rança do trabalho ou médico do trabalho, indicando sua especialidade;
c) nome e identificação do acompanhante da empresa, quando o responsá-
vel técnico não for seu empregado;
d) data e local da realização da perícia.
V – os programas PPRA, PGR, PCMAT e PCMSO, de que trata o art. 161.
§ 3o Para o disposto no parágrafo anterior, não será aceito:
I - laudo elaborado por solicitação do próprio segurado;
II – laudo relativo à atividade diversa, salvo quando efetuada no mesmo
setor;
III - laudo relativo a equipamento ou setor similar;
IV – laudo realizado em localidade diversa daquela em que houve o exercí-
cio da atividade;
V - laudo de empresa diversa.
§ 4o Na impossibilidade de apresentação de algum dos documentos obriga-
tórios mencionados neste artigo, o segurado poderá protocolizar junto ao INSS
um processo de Justificação Administrativa - JA, conforme estabelecido por ca-
pítulo próprio desta IN, observado:
I – tratando-se de empresa legalmente extinta, para fins de comprovação
da atividade exercida em condições especiais, será dispensada a apresentação
do formulário para requerimento da aposentadoria especial;
II – para períodos anteriores a 28 de abril de 1995, a JA deverá ser instruí-
da com base nas informações constantes da CP ou da CTPS em que conste a
função exercida, verificada a correlação entre a atividade da empresa e a profis-
são do segurado, salvo nos casos de exposição a agentes nocivos passíveis de
avaliação quantitativa;
III – a partir de 28 de abril de 1995 e, em qualquer época, nos casos de ex-
posição a agentes nocivos passíveis de avaliação quantitativa, a JA deverá ser
instruída, obrigatoriamente, com laudo de avaliação ambiental, coletivo ou in-
dividual, nos termos dos §§ 2o e 3o.
§ 5o A empresa e o segurado deverão apresentar os originais ou cópias au-
tênticas dos documentos previstos nesta Subseção.
Art. 162. Consideram-se formulários para requerimento da aposentadoria
especial os antigos formulários SB-40, DISES-BE 5235 e DSS-8030, bem como o
atual formulário DIRBEN 8030, constante do Anexo I, segundo seus períodos
de vigência, considerando-se, para tanto, a data de emissão do documento.
§ 1o Os formulários de que trata o caput deixarão de ter eficácia para os
períodos laborados a partir de 1o de janeiro de 2004, conforme disposto no §
14 do art. 178.
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 249

§ 2o Mesmo após 1o/1/2004 serão aceitos os formulários referidos no ca-


put, referentes a períodos laborados até 31/12/2003 quando emitidos até esta
data, observando as normas de regência vigentes nas respectivas datas de emis-
são.
Art. 163. A partir de 29 de abril de 1995, a aposentadoria especial somen-
te será concedida aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e, a partir
de 13 de dezembro de 2002, data da publicação da Medida Provisória-MP no
83, de 12 de dezembro de 2002, também aos cooperados filiados à cooperativa
de trabalho ou de produção.
Parágrafo único. Os demais segurados classificados como contribuinte in-
dividual não têm direito à aposentadoria especial.
Art. 164. É considerado período de trabalho sob condições especiais, para
fins desta Subseção, os períodos de descanso determinados pela legislação tra-
balhista, inclusive férias, os de afastamento decorrentes de gozo de benefícios
de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez acidentárias, bem como os de
percepção de salário-maternidade, desde que, à data do afastamento, o segura-
do estivesse exercendo atividade considerada especial.
Art. 165. O direito à concessão de aposentadoria especial aos quinze e aos
vinte anos, constatada a nocividade e a permanência nos termos do art. 157,
aplica-se às seguintes situações:
I – quinze anos: trabalhos em mineração subterrânea, em frentes de pro-
dução, com exposição à associação de agentes físicos, químicos ou biológicos;
II – vinte anos:
a) trabalhos com exposição ao agente químico asbestos (amianto);
b) trabalhos em mineração subterrânea, afastados das frentes de produ-
ção, com exposição à associação de agentes físicos, químicos ou biológicos.
Art. 166. O direito à aposentadoria especial não fica prejudicado na hipó-
tese de exercício de atividade em mais de um vínculo, com tempo de trabalho
concomitante (comum e especial), desde que constatada a nocividade do agen-
te e a permanência em, pelo menos, um dos vínculos nos termos do art. 160.
Art. 167. A redução de jornada de trabalho por acordo, convenção coletiva
de trabalho ou sentença normativa não descaracteriza a atividade exercida em
condições especiais.
Art. 168. Qualquer que seja a data do requerimento dos benefícios previs-
tos no Regime Geral da Previdência Social-RGPS, as atividades exercidas deve-
rão ser analisadas, considerando no mínimo os elementos obrigatórios do arti-
go 161, conforme quadro abaixo:
250 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Período Trabalhado Enquadramento

Até 28/4/1995 Quadro Anexo ao Decreto no 53.831, de 1964. Anexos I e II


do RBPS, aprovado pelo Decreto no 83.080, de 1979.
Formulário; CP/CTPS; LTCAT, obrigatoriamente para o
agente físico ruído.

De 29/4/1995 a 13/10/1996 Código 1.0.0 do Quadro Anexo ao Decreto no 53.831, de


1964. Anexo I do RBPS, aprovado pelo Decreto no 83.080,
de 1979.
Formulário; LTCAT ou demais Demonstrações Ambientais,
obrigatoriamente para o agente físico ruído.

De 14/10/1996 a 5/3/1997 Código 1.0.0 do Quadro Anexo ao Decreto no 53.831, de


1964. Anexo I do RBPS, aprovado pelo Decreto no 83.080,
de 1979.
Formulário; LTCAT ou demais Demonstrações Ambientais,
para todos os agentes nocivos.

De 6/3/1997 a 31/12/1998 Anexo IV do RBPS, aprovado pelo Decreto no 2.172, de


1997.
Formulário; LTCAT ou demais Demonstrações Ambientais,
para todos os agentes nocivos.

De 1o/1/1999 a 6/5/1999 Anexo IV do RBPS, aprovado pelo Decreto no 2.172, de


1997.
Formulário; LTCAT ou demais Demonstrações Ambientais,
para todos os agentes nocivos, que deverão ser confronta-
dos com as informações relativas ao CNIS para homologa-
ção da contagem do tempo de serviço especial, nos termos
do art. 19 e § 2o do art. 68 do RPS, com redação dada pelo
Decreto no 4.079, de 2002.

De 7/5/1999 a 31/12/2003 Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto no 3.048, de


1999.
Formulário; LTCAT ou demais Demonstrações Ambientais,
para todos os agentes nocivos, que deverão ser confronta-
dos com as informações relativas ao CNIS para homologa-
ção da contagem do tempo de serviço especial, nos termos
do art. 19 e § 2o do art. 68 do RPS, com redação dada pelo
Decreto no 4.079, de 2002.

A partir de 1o/1/2004 Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto no 3.048, de


1999.
Formulário, que deverá ser confrontado com as informa-
ções relativas ao CNIS para homologação da contagem do
tempo de serviço especial, nos termos do art. 19 e § 2o do
art. 68 do RPS, com redação dada pelo Decreto no 4.079,
de 2002.
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 251

§ 1o As alterações trazidas pelo Decreto no 4.882, de 18 de novembro de


2003, não geram efeitos retroativos em relação às alterações conceituais por ele
introduzidas.
§ 2o Na hipótese de atividades concomitantes sob condições especiais, no
mesmo ou em outro vínculo empregatício, será considerada aquela que exigir
menor tempo para a aposentadoria especial.
§ 3o Quando for constatada divergência entre os registros constantes na
CTPS ou CP e no Formulário, esta deverá ser esclarecida, por diligência prévia
na empresa, a fim de verificar a evolução profissional do segurado, bem como
os setores de trabalho, por meio de documentos contemporâneos aos períodos
laborados.
§ 4o Em caso de divergência entre o formulário e o CNIS ou entre estes e
outros documentos ou evidências, o INSS deverá analisar a questão no processo
administrativo, com adoção das medidas necessárias.
§ 5o Serão consideradas evidências, de que trata o parágrafo anterior, en-
tre outros, os indicadores epidemiológicos dos benefícios previdenciários cuja
etiologia esteja relacionada com os agentes nocivos.
§ 6o Reconhecido o tempo especial sem correspondência com as informa-
ções constantes em Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço e Informações à Previdência Social - GFIP, a Unidade de Atendimento
da Receita Previdenciária será comunicada para providências a seu cargo.
Art. 169. Serão consideradas as atividades e os agentes arrolados em ou-
tros atos administrativos, decretos ou leis previdenciárias que determinem o en-
quadramento por atividade para fins de concessão de aposentadoria especial,
exceto as circulares emitidas pelas então Regionais ou Superintendências Esta-
duais do INSS, que, de acordo com o Regimento Interno do INSS, não possuíam
a competência necessária para expedi-las, ficando expressamente vedada a sua
utilização.
Art. 170. Deverão ser observados os seguintes critérios para o enquadra-
mento do tempo de serviço como especial nas categorias profissionais ou nas
atividades abaixo relacionadas:
I – telefonista em qualquer tipo de estabelecimento:
a) o tempo de atividade de telefonista poderá ser enquadrado como espe-
cial no código 2.4.5 do quadro anexo ao Decreto no 53.831, de 25 de março de
1964, até 28 de abril de 1995;
b) se completados os vinte e cinco anos, exclusivamente na atividade de
telefonista, até 13 de outubro de 1996, poderá ser concedida a aposentadoria
especial;
c) a partir de 14 de outubro de 1996, data da publicação da MP no 1.523,
de 11 de outubro de 1996, não será permitido o enquadramento em função da
denominação profissional de telefonista.
II – guarda, vigia ou vigilante até 28 de abril de 1995:
252 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

a) entende-se por guarda, vigia ou vigilante o empregado que tenha sido


contratado para garantir a segurança patrimonial, impedindo ou inibindo a
ação criminosa em patrimônio das instituições financeiras e de outros estabele-
cimentos públicos ou privados, comerciais, industriais ou entidades sem fins lu-
crativos, bem como pessoa contratada por empresa especializada em prestação
de serviços de segurança, vigilância e transporte de valores, para prestar serviço
relativo a atividade de segurança privada a pessoa e a residências;
b) a atividade do guarda, vigia ou vigilante na condição de contribuinte
individual não será considerada como especial;
c) em relação ao empregado em empresa prestadora de serviços de vigi-
lância, além das outras informações necessárias à caracterização da atividade,
deverá constar no formulário para requerimento da aposentadoria especial os
locais e empresas onde o segurado esteve desempenhando a atividade;
d) os empregados contratados por estabelecimentos financeiros ou por
empresas especializadas em prestação de serviços de vigilância ou de transporte
de valores, deverão apresentar comprovante de habilitação para o exercício da
atividade a partir de 21 de junho de 1983, data de vigência da Lei no 7.102, de
20 de junho de 1983;
e) os demais empregados deverão apresentar comprovante de habilitação
a partir de 29 de março de 1994, data da publicação da Lei no 8.863, de 28 de
março de 1994.
III – professor: a partir da Emenda Constitucional no 18, de 30 de junho de
1981, não é permitida a conversão do tempo de exercício de magistério para
qualquer espécie de benefício, exceto se o segurado implementou todas as con-
dições até 29 de junho de 1981, considerando que a Emenda Constitucional re-
tirou esta categoria profissional do quadro anexo ao Decreto no 53.831, de
1964, para incluí-la em legislação especial e específica, que passou a ser regida
por legislação própria;
IV – atividades, de modo permanente, com exposição aos agentes nocivos
eletricidade, radiações não ionizantes e umidade: o enquadramento somente
será possível até 5 de março de 1997;
V – atividades, de modo permanente, com exposição a agentes biológicos:
a) até 5 de março de 1997, o enquadramento poderá ser caracterizado,
para trabalhadores expostos ao contato com doentes ou materiais infecto-con-
tagiantes, de assistência médica, odontológica, hospitalar ou outras atividades
afins, independentemente da atividade ter sido exercida em estabelecimentos
de saúde;
b) a partir de 6 de março de 1997, tratando-se de estabelecimentos de
saúde, somente serão enquadradas as atividades exercidas em contato com
pacientes portadores de doenças infecto contagiosas ou com manuseio de
materiais contaminados, no código 3.0.1 do Anexo IV do RBPS, aprovado
pelo Decreto no 2.172, de 5 de março de 1997, ou do Anexo IV do RPS,
aprovado pelo Decreto no 3.048, de 1999;
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 253

c) as atividades de coleta, industrialização do lixo e trabalhos em galerias,


fossas e tanques de esgoto, de modo permanente, poderão ser enquadradas no
código 3.0.1 do Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 1999,
mesmo que exercidas em períodos anteriores, desde que exista exposição a mi-
croorganismos e parasitas infecto-contagiosos vivos e suas toxinas;
§ 1o Também são considerados como tempo de serviço exercido em condi-
ções especiais:
I – funções de chefe, de gerente, de supervisor ou outra atividade equiva-
lente;
II – os períodos em que o segurado exerceu as funções de servente, auxiliar
ou ajudante, de qualquer das atividades constantes dos quadros anexos ao Decreto
no 53.831, de 1964, e ao Decreto no 83.080, de 24 de janeiro de 1979, até 28 de
abril de 1995: o enquadramento será possível desde que o trabalho, nessas fun-
ções, seja exercido nas mesmas condições e no mesmo ambiente em que trabalha o
profissional abrangido por esses Decretos.
§ 2o Existindo dúvidas com relação à atividade exercida ou com relação à efe-
tiva exposição a agentes nocivos, de modo habitual e permanente, não ocasional
nem intermitente, a partir das informações contidas no formulário DIRBEN-8030
ou PPP e no LTCAT, quando esses forem exigidos, poderá o INSS solicitar esclare-
cimentos à empresa, relativos à atividade exercida pelo segurado, bem como solici-
tar a apresentação de outros registros existentes na empresa que venham a convali-
dar as informações prestadas.
Art. 171. O período em que o empregado esteve licenciado da atividade
para exercer cargo de administração ou de representação sindical, exercido até
28 de abril de 1995, será computado como tempo de serviço especial, desde
que, à data do afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade conside-
rada especial.
Da Conversão do Tempo de Serviço
Art. 172. Somente será permitida a conversão de tempo especial em co-
mum, sendo vedada a conversão de tempo comum em especial.
Art. 173. O tempo de trabalho exercido sob condições especiais prejudiciais à
saúde ou à integridade física do trabalhador, conforme a legislação vigente à época
da prestação do serviço, será somado, após a respectiva conversão, ao tempo de
trabalho exercido em atividade comum, qualquer que seja o período trabalhado,
com base no Decreto no 4.827, de 3 de setembro de 2003, aplicando-se a seguinte
tabela de conversão, para efeito de concessão de qualquer benefício:

Tempo de Atividade a ser Convertido Para 15 Para 20 Para 25 Para 30 Para 35

De 15 anos 1,00 1,33 1,67 2,00 2,33

De 20 anos 0,75 1,00 1,25 1,50 1,75

De 25 anos 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40


254 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Art. 174. Para o segurado que houver exercido sucessivamente duas ou


mais atividades sujeitas a condições especiais prejudiciais à saúde ou à integri-
dade física, sem completar em qualquer delas o prazo mínimo exigido para a
aposentadoria especial, os respectivos períodos serão somados, após a conver-
são do tempo relativo às atividades não preponderantes, cabendo, dessa forma,
a concessão da aposentadoria especial com o tempo exigido para a atividade
preponderante não convertida.

Parágrafo único. Será considerada atividade preponderante aquela que,


após a conversão para um mesmo referencial, tenha maior número de anos.
Art. 175. Serão considerados, para fins de alternância entre períodos co-
mum e especial, o tempo de serviço militar, mandato eletivo, aprendizado pro-
fissional, tempo de atividade rural, contribuinte em dobro ou facultativo, perío-
do de certidão de tempo de serviço público (contagem recíproca), benefício por
incapacidade previdenciário (intercalado).
Do Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP
Art. 176. O Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP constitui-se em um
documento histórico-laboral do trabalhador que reúne, entre outras informa-
ções, dados administrativos, registros ambientais e resultados de monitoração
biológica, durante todo o período em que este exerceu suas atividades.
Art. 177. O PPP tem como finalidade:
I - comprovar as condições para habilitação de benefícios e serviços previ-
denciários, em especial, o benefício de que trata a Subseção V desta Seção;
II - prover o trabalhador de meios de prova produzidos pelo empregador
perante a Previdência Social, a outros órgãos públicos e aos sindicatos, de for-
ma a garantir todo direito decorrente da relação de trabalho, seja ele indivi-
dual, ou difuso e coletivo;
III – prover a empresa de meios de prova produzidos em tempo real, de
modo a organizar e a individualizar as informações contidas em seus diversos
setores ao longo dos anos, possibilitando que a empresa evite ações judiciais in-
devidas relativas a seus trabalhadores;
IV - possibilitar aos administradores públicos e privados acesso a bases de
informações fidedignas, como fonte primária de informação estatística, para de-
senvolvimento de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como definição de
políticas em saúde coletiva.
Art. 178. A partir de 1o de janeiro de 2004, a empresa ou equiparada à
empresa deverá elaborar PPP, conforme Anexo XV, de forma individualizada
para seus empregados, trabalhadores avulsos e cooperados, que laborem expos-
tos a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes pre-
judiciais à saúde ou à integridade física, considerados para fins de concessão de
aposentadoria especial, ainda que não presentes os requisitos para a concessão
desse benefício, seja pela eficácia dos equipamentos de proteção, coletivos ou
individuais, seja por não se caracterizar a permanência.
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 255

§ 1o A exigência do PPP referida no caput, em relação aos agentes quími-


cos e ao agente físico ruído, fica condicionada ao alcance dos níveis de ação de
que trata o subitem 9.3.6, da Norma Regulamentadora-NR no 09, do Ministério
do Trabalho e Emprego - MTE, e aos demais agentes, à simples presença no
ambiente de trabalho.
§ 2o Após a implantação do PPP em meio magnético pela Previdência So-
cial, este documento será exigido para todos os segurados, independentemente
do ramo de atividade da empresa e da exposição a agentes nocivos, e deverá
abranger também informações relativas aos fatores de riscos ergonômicos e me-
cânicos.
§ 3o A empresa ou equiparada à empresa deve elaborar, manter atualizado
o PPP para os segurados referidos no caput, bem como fornecer a estes, quando
da rescisão do contrato de trabalho ou da desfiliação da cooperativa, sindicato
ou Órgão Gestor de Mão de Obra - OGMO, conforme o caso, cópia autêntica
desse documento.
§ 4o O PPP deverá ser emitido pela empresa empregadora, no caso de em-
pregado; pela cooperativa de trabalho ou de produção, no caso de cooperado
filiado; pelo OGMO, no caso de trabalhador avulso portuário e pelo sindicato
da categoria, no caso de trabalhador avulso não portuário.
§ 5o O sindicato de categoria ou OGMO estão autorizados a emitir o PPP,
bem como o formulário que ele substitui, nos termos do parágrafo 14, somente
para trabalhadores avulsos a eles vinculados.
§ 6o O PPP deverá ser emitido com base nas demais demonstrações am-
bientais de que trata o artigo 161.
§ 7o O PPP deverá ser atualizado sempre que houver alteração que impli-
que mudança das informações contidas nas suas seções, com a atualização feita
pelo menos uma vez ao ano, quando permanecerem inalteradas suas informa-
ções.
§ 8o O PPP será impresso nas seguintes situações:
I - por ocasião da rescisão do contrato de trabalho ou da desfiliação da
cooperativa, sindicato ou OGMO, em duas vias, com fornecimento de uma das
vias para o trabalhador, mediante recibo;
II - para fins de requerimento de reconhecimento de períodos laborados
em condições especiais;
III - para fins de análise de benefícios por incapacidade, a partir de 1o de
janeiro de 2004, quando solicitado pelo INSS;
IV - para simples conferência por parte do trabalhador, pelo menos uma
vez ao ano, quando da avaliação global anual do Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais-PPRA, até que seja implantado o PPP em meio magnético
pela Previdência Social;
V – quando solicitado pelas autoridades competentes.
§ 9o O PPP deverá ser assinado por representante legal da empresa, com
poderes específicos outorgados por procuração, contendo a indicação dos res-
256 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

ponsáveis técnicos legalmente habilitados, por período, pelos registros ambien-


tais e resultados de monitoração biológica.
§ 10. A comprovação da entrega do PPP, na rescisão de contrato de traba-
lho ou da desfiliação da cooperativa, sindicato ou OGMO, poderá ser feita no
próprio instrumento de rescisão ou de desfiliação, bem como em recibo à parte.
§ 11. O PPP e a comprovação de entrega ao trabalhador, na rescisão de
contrato de trabalho ou da desfiliação da cooperativa, sindicato ou OGMO, de-
verão ser mantidos na empresa por vinte anos.
§ 12. A prestação de informações falsas no PPP constitui crime de falsida-
de ideológica, nos termos do art. 297 do Código Penal.
§ 13. As informações constantes no PPP são de caráter privativo do traba-
lhador, constituindo crime nos termos da Lei no 9.029, de 13 de abril de 1995,
práticas discriminatórias decorrentes de sua exigibilidade por outrem, bem
como de sua divulgação para terceiros, ressalvado quando exigida pelos órgãos
públicos competentes.
§ 14. O PPP substitui o formulário para comprovação da efetiva exposição
dos segurados aos agentes nocivos para fins de requerimento da aposentadoria
especial, a partir de 1o de janeiro de 2004, conforme determinado pelo pará-
grafo 2o do art. 68 do RPS, alterado pelo Decreto no 4.032, de 2001.

Dos Procedimentos Técnicos de Levantamento Ambiental


Art. 179. Os procedimentos técnicos de levantamento ambiental, ressalva-
da disposição em contrário, deverão considerar:
I – a metodologia e os procedimentos de avaliação dos agentes nocivos es-
tabelecidos pelas Normas de Higiene Ocupacional-NHO da FUNDACENTRO;
II – os limites de tolerância estabelecidos pela NR-15 do MTE.
§ 1o Para o agente químico benzeno, também deverão ser observados a
metodologia e os procedimentos de avaliação, dispostos nas Instruções Norma-
tivas MTE/SSST nos 1 e 2, de 20 de dezembro de 1995.
§ 2o As metodologias e procedimentos de avaliação não contemplados pe-
las NHO da FUNDACENTRO deverão estar definidos por órgão nacional ou in-
ternacional competente e a empresa deverá indicar quais as metodologias e os
procedimentos adotados nas demonstrações ambientais de que trata o artigo
161.
§ 3o Para os agentes quantitativos que não possuam limites de tolerância
estabelecidos pela NR-15 do MTE, deverão ser utilizados os limites de tolerân-
cia da última edição da ACGIH ou aqueles que venham a ser estabelecidos em
negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios
técnicos-legais estabelecidos, nos termos da alínea c, item 9.3.5.1 da NR-09 do
MTE.
§ 4o Deverão ser consideradas as normas referenciadas nesta Subseção, vi-
gentes à época da avaliação ambiental.
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 257

§ 5o As metodologias e os procedimentos de avaliação que foram alterados


por esta IN somente serão exigidos para as avaliações realizadas a partir de 1o
de janeiro de 2004, sendo facultado à empresa a sua utilização antes desta
data.
Art. 180. A exposição ocupacional a ruído dará ensejo à aposentadoria es-
pecial quando os níveis de pressão sonora estiverem acima de oitenta dB (A),
noventa dB (A) ou oitenta e cinco dB (A), conforme o caso, observado o seguin-
te:
I - até 5 de março de 1997, será efetuado o enquadramento quando a ex-
posição for superior a oitenta dB(A), devendo ser anexado o histograma ou me-
mória de cálculos;
II - a partir de 6 de março de 1997 e até 18 de novembro de 2003, será
efetuado o enquadramento quando a exposição for superior a noventa dB(A),
devendo ser anexado o histograma ou memória de cálculos;
III – a partir de 19 de novembro de 2003, será efetuado o enquadramento
quando o NEN se situar acima de 85 (oitenta e cinco) dB(A) ou for ultrapassa-
da a dose unitária, aplicando:
a) os limites de tolerância definidos no Quadro Anexo I da NR-15 do MTE;
b) as metodologias e os procedimentos definidos na NHO-01 da
FUNDACENTRO, com as fórmulas ajustadas para incremento de duplicidade da
dose igual a cinco.
IV – será considerada a adoção de Equipamento de Proteção Coletiva-EPC
que elimine ou neutralize a nocividade, desde que asseguradas as condições de
funcionamento do EPC ao longo do tempo, conforme especificação técnica do
fabricante e respectivo plano de manutenção, estando essas devidamente regis-
tradas pela empresa;
V – será considerada a adoção de Equipamento de Proteção Individual-EPI
que atenue a nocividade aos limites de tolerância, desde que respeitado o dis-
posto na NR-06 do MTE e assegurada e devidamente registrada pela empresa a
observância:
a) da hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 da NR-09 do MTE (medidas
de proteção coletiva, medidas de caráter administrativo ou de organização do
trabalho e utilização de EPI, nesta ordem, admitindo-se a utilização de EPI so-
mente em situações de inviabilidade técnica, insuficiência ou interinidade à im-
plementação do EPC ou, ainda, em caráter complementar ou emergencial);
b) das condições de funcionamento e do uso ininterrupto do EPI ao longo
do tempo, conforme especificação técnica do fabricante, ajustada às condições
de campo;
c) do prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação do MTE;
d) da periodicidade de troca definida pelos programas ambientais, com-
provada mediante recibo assinado pelo usuário em época própria;
e) da higienização.
258 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Art. 181. A exposição ocupacional a temperaturas anormais, oriundas de


fontes artificiais, dará ensejo à aposentadoria especial quando:
I – para o agente físico calor, forem ultrapassados os limites de tolerância
definidos no Anexo 3 da NR-15 do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE,
sendo avaliado segundo as metodologias e os procedimentos adotados pelas
NHO-06 da FUNDACENTRO para períodos trabalhados a partir de 18/11/2003.
Parágrafo único. Considerando o disposto no item 2 do Quadro I do Anexo
3 da NR-15 do MTE e no art. 253 da CLT, os períodos de descanso são conside-
rados tempo de serviço para todos os efeitos legais.
Art. 182. A exposição ocupacional a radiações ionizantes dará ensejo à
aposentadoria especial quando forem ultrapassados os limites de tolerância es-
tabelecidos no Anexo 5 da NR-15 do MTE.
Parágrafo único. Quando se tratar de exposição ao raio X em serviços de
radiologia, deverá ser obedecida a metodologia e os procedimentos de avalia-
ção constantes na NHO-05 da FUNDACENTRO; para os demais casos, aqueles
constantes na Resolução CNEN-NE-3. 01.
Art. 183. A exposição ocupacional a vibrações localizadas ou no corpo in-
teiro dará ensejo à aposentadoria especial quando forem ultrapassados os limi-
tes de tolerância definidos pela Organização Internacional para Normalização –
ISSO, em suas Normas ISSO no 2.631 e ISSO /DIS no 5.349, respeitando-se as
metodologias e os procedimentos de avaliação que elas autorizam.
Art. 184. A exposição ocupacional a agentes químicos e a poeiras minerais
constantes do Anexo IV do RPS dará ensejo à aposentadoria especial, devendo
considerar os limites de tolerância definidos nos Anexos 11 e 12 da NR-15 do
MTE, sendo avaliada segundo as metodologias e procedimentos adotados pelas
NHO-02, NHO-03, NHO-04 e NHO-07 da FUNDACENTRO.
Art. 185. A exposição ocupacional a agentes nocivos de natureza biológica
infecto-contagiosa, constantes do Anexo IV do RPS dará ensejo à aposentadoria
especial exclusivamente nas atividades previstas nesse Anexo.
Parágrafo único. Tratando-se de estabelecimentos de saúde, a aposentado-
ria especial ficará restrita aos segurados que trabalhem de modo permanente
com pacientes portadores de doenças infecto-contagiosas, segregados em áreas
ou ambulatórios específicos, e aos que manuseiam exclusivamente materiais
contaminados provenientes dessas áreas.
Da Evidenciação Técnica das Condições Ambientais do Trabalho
Art. 186. A partir da publicação da IN INSS/DC no99, de 5 de setembro de
2003, para as empresas obrigadas ao cumprimento das Normas Regulamenta-
doras do MTE, nos termos do item 1.1 da NR-01 do MTE, o LTCAT será substi-
tuído pelos programas de prevenção PPRA, PGR e PCMAT.
§ 1o As demais empresas poderão optar pela implementação dos progra-
mas referidos no caput, em substituição ao LTCAT.
§ 2o Os documentos referidos no caput deverão ser atualizados pelo menos
uma vez ao ano, quando da avaliação global, ou sempre que ocorrer qualquer
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 259

alteração no ambiente de trabalho ou em sua organização, por força dos itens


9.2.1.1 da NR-09, 18.3.1.1 da NR-18 e da alínea g do item 22.3.7.1 e do item
22.3.7.1.3, todas do MTE.
Art. 187. As empresas desobrigadas ao cumprimento das NR do MTE, nos
termos do item 1.1 da NR-01 do MTE, que não fizeram opção pelo disposto no
parágrafo 1o do artigo anterior, deverão elaborar LTCAT, respeitada a seguinte
estrutura:
I – reconhecimento dos fatores de riscos ambientais;
II – estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
III – avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
IV – especificação e implantação de medidas de controle e avaliação de
sua eficácia;
V – monitoramento da exposição aos riscos;
VI – registro e divulgação dos dados;
VII – avaliação global do seu desenvolvimento, pelo menos uma vez ao
ano ou sempre que ocorrer qualquer alteração no ambiente de trabalho ou em
sua organização, contemplando a realização dos ajustes necessários e estabele-
cimento de novas metas e prioridades.
§ 1o Para o cumprimento do inciso I, deve-se contemplar:
a) a identificação do fator de risco;
b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;
c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos
agentes no ambiente de trabalho;
d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores
expostos;
e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição;
f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível com-
prometimento da saúde decorrente do trabalho;
g) os possíveis danos à saúde, relacionados aos riscos identificados, dispo-
níveis na literatura técnica;
h) a descrição das medidas de controle já existentes.
§ 2o Quando não forem identificados fatores de riscos do inciso I, o LTCAT
poderá resumir-se aos incisos I, VI e VII, declarando a ausência desses.
§ 3o O LTCAT deverá ser assinado por engenheiro de segurança do traba-
lho, com o respectivo número da Anotação de Responsabilidade Técnica - ART
junto ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura - CREA ou por médico
do trabalho, indicando os registros profissionais para ambos.
Art. 188. Considera-se o LTCAT atualizado aquele que corresponda às con-
dições ambientais do período a que se refere, observado o disposto no § 2o do
artigo 186 e inciso VII do artigo 187.
260 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

Art. 189. São consideradas alterações no ambiente de trabalho ou em sua


organização, entre outras, aquelas decorrentes de:
I – mudança de layout;
II – substituição de máquinas ou de equipamentos;
III – adoção ou alteração de tecnologia de proteção coletiva;
IV – alcance dos níveis de ação estabelecidos no subitem 9.3.6 da NR-09,
aprovadas pela Portaria no 3.214, de 1978, do MTE, se aplicável;
V – extinção do pagamento do adicional de insalubridade.
Art. 190. Os documentos de que tratam os artigos 186 e 187, emitidos em
data anterior ao exercício da atividade do segurado, poderão ser aceitos para
garantir direito relativo ao enquadramento de tempo especial, após avaliação
por parte do INSS.
Art. 191. Os documentos de que tratam os artigos 186 e 187, emitidos em
data posterior ao exercício da atividade do segurado, poderão ser aceitos para
garantir direito relativo ao enquadramento de tempo especial, após avaliação
por parte do INSS.
Das Ações das APS
Art. 192. Caberá às Agências da Previdência Social - APS a análise dos re-
querimentos de benefícios e dos pedidos de recurso e revisão, com inclusão de
períodos de atividades exercidas em condições especiais, para fins de conversão
de tempo de contribuição ou concessão de aposentadoria especial, com obser-
vação dos procedimentos a seguir:
I – verificar o cumprimento das exigências das normas previdenciárias vi-
gentes, no formulário para requerimento da aposentadoria especial e no
LTCAT, quando exigido;
II – preencher o formulário “Despacho e Análise Administrativa da Ativida-
de Especial” (DIRBEN-8247), com obrigatoriedade da indicação das informa-
ções do CNIS sobre a exposição do segurado a agentes nocivos, por período es-
pecial requerido;
III – encaminhar o formulário para requerimento da aposentadoria espe
cial e o LTCAT, quando exigido, ao Serviço ou à Seção de Gerenciamento de
Benefícios por Incapacidade - GBENIN, para análise técnica, somente para re-
querimento, revisão ou recurso relativo a enquadramento por exposição à agen-
te nocivo;
IV – promover o enquadramento, quando relativo à categoria profissional
ou atividade, ainda que para o período analisado conste também exposição a
agente nocivo.
Parágrafo único. Ressalta-se que, nos casos de períodos já reconhecidos
como de atividade especial, deverão ser respeitadas as orientações vigentes à
época, sendo que a análise pela Perícia Médica dar-se-á nas situações em que
houver períodos com agentes nocivos a serem enquadrados, por motivo de re-
querimento de revisão ou mesmo de recurso.
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 261

Da Inspeção Médico Pericial do INSS


Art. 193. O Médico Perito da Previdência Social-MPPS, emitirá parecer
técnico na avaliação dos benefícios por incapacidade e realizará análise médi-
co-pericial dos benefícios de aposentadoria especial, proferindo despacho con-
clusivo no processo administrativo ou judicial que instrua concessão, revisão ou
recurso dos referidos benefícios, inclusive para fins de custeio.
Art. 194. O MPPS poderá, sempre que julgar necessário, solicitar as de-
monstrações ambientais de que trata o art. 158 desta IN e outros documentos
pertinentes à empresa responsável, bem como inspecionar o ambiente de traba-
lho.
§ 1o O MPPS não poderá realizar avaliação médico-pericial nem analisar
qualquer das demonstrações ambientais de que trata o art. 158 desta IN, quan-
do essas tiverem a sua participação, nos termos do art. 120 do Código de Ética
Médica e do art. 12 da Resolução CFM no 1.488, de 11 de fevereiro de 1998.
§ 2o Em caso de embaraço, inércia ou negativa por parte da empresa quan-
to à disponibilização ao MPPS da documentação mencionada no caput, o fato
deverá ser comunicado à Unidade de Atendimento da Receita Previdenciária,
para providências.
Art. 195. Em análise médico-pericial, inclusive a relativa a benefício por
incapacidade, além das outras providências cabíveis, o MPPS emitirá:
I – Representação Administrativa-RA ao Ministério Público do Trabalho -
MPT competente e ao Serviço de Segurança e Saúde do Trabalho - SSST da De-
legacia Regional do Trabalho - DRT do MTE, sempre que, em tese, ocorrer des-
respeito às normas de segurança e saúde do trabalho que reduzem os riscos
inerentes ao trabalho ou às normas previdenciárias relativas aos documentos
LTCAT, CAT, PPP e GFIP, quando relacionadas ao gerenciamento dos riscos
ocupacionais;
II – Representação Administrativa - RA, aos Conselhos Regionais das cate-
gorias profissionais, com cópia para o MPT competente, sempre que a confron-
tação da MPPS, para fins de ajuizamento de ação regressiva contra os emprega-
dores ou subempregadores, quando identificar indícios de dolo ou culpa destes,
em relação aos acidentes ou às doenças ocupacionais, incluindo o gerenciamen-
to ineficaz dos riscos ambientais, ergonômicos e mecânicos ou outras irregulari-
dades afins.
§ 1o As representações deste artigo deverão ser remetidas por intermédio
do Serviço ou Seção de Gerenciamento de Benefícios por Incapacidade.
§ 2o O Serviço ou Seção de Gerenciamento de Benefícios por Incapacidade
deverá enviar cópia da representação de que trata este artigo à Unidade de
Atendimento da Receita Previdenciária e à Procuradoria Federal Especializada
- INSS, bem como remeter um comunicado, constante no Anexo XVIII, sobre
sua emissão para o sindicato da categoria do trabalhador.
§ 3o A Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS deverá emitir um
comunicado, constante no Anexo XVIII, para o sindicato da categoria do traba-
262 DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS)

lhador para as ações regressivas decorrentes das IMP de que trata o inciso IV
deste artigo.
§ 4o A Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS deverá auxiliar e
orientar a elaboração das representações de que trata este artigo, sempre que
solicitado.
Da Perda do Direito ao Benefício
Art. 196. A partir de 1o de janeiro de 2004, a empresa ou equiparada à em-
presa deverá elaborar PPP, conforme o Anexo XV, de forma individualizada para
seus empregados, trabalhadores avulsos e cooperados, expostos a agentes nocivos
químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à in-
tegridade física, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial.
Parágrafo único. Após a implantação do PPP em meio magnético, pela Pre-
vidência Social, esse documento será exigido para todos os segurados, indepen-
dentemente do ramo de atividade da empresa e da exposição a agentes nocivos.
Art. 197. A aposentadoria especial requerida e concedida a partir de 29 de
abril de 1995, em virtude da exposição do trabalhador a agentes nocivos, será
automaticamente cancelada pelo INSS, se o beneficiário permanecer ou retor-
nar à atividade que enseje a concessão desse benefício, na mesma ou em outra
empresa, qualquer que seja a forma de prestação de serviço ou categoria de se-
gurado.
§ 1o A cessação do benefício de que trata o caput ocorrerá da seguinte for-
ma:
I – em 14 de dezembro de 1998, data publicação da Lei no 9.732, de 11 de
dezembro de 1998, para as aposentadorias concedidas a partir de 29 de abril
de 1995 até 13 de dezembro de 1998;
II – a partir da data do efetivo retorno ou da permanência, para as aposen-
tadorias concedidas a partir de 14 de dezembro de 1998.
§ 2o Os valores indevidamente recebidos deverão ser devolvidos ao INSS,
na forma dos artigos 154 e 365 do RPS.
Das Disposições Finais Transitórias
Art. 198. Os pedidos de revisão protocolados até 7 de agosto de 2003, efe-
tuados com fundamento nas decisões proferidas na Ação Civil Pública - ACP no
2000.71.00.030435-2 (liminar, sentença e acórdão regional), pendentes de de-
cisão final, devem ser analisados de acordo com os dispositivos constantes nes-
ta IN.
§ 1o Aplica-se o disposto no caput aos processos com decisões definitivas
das Juntas de Recurso da Previdência Social - JRPS ou das Câmaras de Julga-
mento - CaJ, cujo acórdão não contemplou os critérios da referida ACP.
§ 2o Não será permitida revisão para períodos de tempo especial reconhe-
cidos e amparados pela legislação vigente à época, em benefícios já concedidos,
salvo se identificada irregularidade.
DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO (ANEXO II DO RPS) 263

§ 3o A revisão prevista no caput não será objeto de reforma do benefício,


se ocasionar prejuízo ao segurado.
§ 4o A correção das parcelas decorrentes da revisão de que trata o caput
deverá ocorrer:
I - a partir da data do pedido da revisão, se o segurado não tiver interpos-
to recurso;
II - de acordo com as normas estabelecidas para esse caso, se o benefício
estiver em fase de recurso.
§ 5o Para pedidos de revisão que tenham por objeto outro elemento diver-
so do abrangido pela ACP referida no caput, deverão ser adotados os seguintes
procedimentos:
I – promover a revisão somente no que tange ao objeto da ACP e a corre-
ção das parcelas nos termos do disciplinado no caput;
II – após concluída a revisão referida no inciso anterior, deverá ser proces-
sada nova revisão relativa ao objeto diverso, devendo a correção obedecer aos
critérios disciplinados para esse procedimento.
§ 6o Ficam convalidados os atos praticados com base nas decisões referi-
das no caput, disciplinados nas IN INSS/DC no 42, de 22 de janeiro de 2001; no
49, de 3 de maio de 2001; no 57, de 10 de outubro de 2001; no 78, de 16 de ju-
lho de 2002 e no 84, de 17 de dezembro de 2002.

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