SUMRIO: 1. INTRODUO; 2. NATUREZA JURDICA; 3. COMPETNCIA E PROCEDIMENTO; 4. LEGITIMIDADE ATIVA; 5. EXERCCIO DA CURATELA; 6. PETIO INICIAL E CITAO; 7. IMPUGNAO; 8.

EXAME MDICO-PERICIAL; 9. INSTRUO, SENTENA E RECURSO; 10. LEVANTAMENTO DA INTERDIO; 11. CURADOR; 12. NOMEAO DO CURADOR; 13. FUNO SOCIAL DO INSTITUTO; 14. CONCLUSO; 15. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.

1 INTRODUO O artigo tem por objetivo discutir a relevncia do instituto da curatela, sua eficcia, e principal funo, que nada mais do que a proteo dos direitos dos incapazes, que no tm o discernimento necessrio para praticar os atos da vida civil. Primeiramente, h de se entender o assunto, por esta razo que sero citadas as caractersticas, os procedimentos jurdicos, para que depois seja abordada a discusso sobre o tema. O Cdigo Civil no artigo 1.767 enumera aqueles que esto sujeitos curatela, ou seja, incapazes aptos interdio, quais sejam: os psicopatas, os surdos-mudos sem educao que os habilite a enunciar precisamente sua vontade, os prdigos e os toxicmanos acometidos de perturbaes mentais, pelo fato de se encontrarem, permanentemente ou de modo duradouro, sob o efeito de tais perturbaes. A curatela dos interditos, portanto, destina-se queles cuja incapacidade no resulta da idade, por isso, no pode ser requerida visando interdio de menores. esta a lio da jurisprudncia. A ao, que segue o procedimento previsto nos arts. 1.177 a 1.191 do CPC tm duplo objeto: a interdio do incapaz e a nomeao de curador. Da a nomenclatura utilizada pelo Cdigo: Da Curatela dos Interditos (v. CPC, Livro IV, Ttulo II, Captulo VIII). So legitimadas a promover a interdio s pessoas designadas nos arts. 1.768 do Cdigo Civil e 1.177 do Cdigo de Processo Civil, quais sejam: pai, me, tutor, cnjuge ou companheiro, parente prximo, ou o Ministrio Pblico.

Somente as pessoas designadas no referido art. 1.767 do CC que podero ser interditas por este mecanismo. A finalidade da curatela principalmente conceder proteo aos incapazes no tocante a seus interesses e garantir a preservao dos negcios realizados por eles com relao a terceiros. A curatela constitui um poder assistencial ao incapaz maior, completando-lhe ou substituindo-lhe vontade. O principal aspecto o patrimonial, pois o curador protege essencialmente os bens do interdito, auxiliando em manuteno e impedindo que sejam dissipados. Assim, o interesse pblico visa principalmente em no permitir que o incapaz seja levado misria, tornando-se mais um nus para a administrao. 2 NATUREZA JURDICA A lio que a doutrina traz a de que a natureza jurdica da ao de curatela dos interditos de jurisdio voluntria, porque nele o juiz no decide frente a duas partes, com interesse em conflito, mas em face de um interesse pblico, cuja tutela reclama sua interveno, sendo tal interesse do incapaz. O processo de interdio de jurisdio voluntria, porque nele no h lide. preciso, porm, que se compreenda: no h lide em abstrato, porque se trata de processo institudo por lei unicamente para fins de tutela do interesse nico do incapaz. No plano concreto, o conflito de interesses , com freqncia, uma realidade que no se pode afastar. Em particular no caso de interdio por prodigalidade, manifesto o interesse do cnjuge, ascendente ou descendente (Cdigo Civil, art. 1.768) em impedir a dilapidao do patrimnio comum ou da futura herana, pelo prdigo. Na verdade, com ou sem lide, o processo de interdio de jurisdio voluntria, porque nele no se trata de determinar direitos e deveres de uma parte em face da outra. Ainda que incapaz o interditando, no h direito subjetivo do requerente decretao da interdio. No processo de interdio, como nos processos de jurisdio voluntria em geral, no h nem vencedor nem vencido, motivo por que no cabe condenao em custas e honorrios, devendo cada parte prover as despesas dos atos que realizam ou requerem conforme dispe o art. 19 do Cdigo de Processo Civil. 3 COMPETNCIA E PROCEDIMENTO

Deve ser requerida no foro do domiclio do interditando, em Vara de Famlia, se houver, conforme dispe o art. 98 do CPC, que trata da competncia de aes em que o ru incapaz. A interdio a declarao de incapacidade absoluta ou relativa daquele que est privado, total, ou parcialmente, de seu discernimento e da capacidade de exprimir livremente sua vontade. competncia do juiz, fixar o grau de incapacidade e os limites da curatela, com base no que for apresentado e apurado, no sendo possvel a avaliao por simples convico do juiz. Tais limites devem estar baseados em avaliaes feitas por exame mdico-pericial. 4 LEGITIMIDADE ATIVA A interdio pode ser requerida pelas pessoas citadas no artigo 1.768 do Cdigo Civil[1], que, aps a devida apreciao pelo magistrado competente, sero denominados curadores. O curador, por sua vez, aquele que tem o dever de cuidar dos incapazes e dos bens ou negcios destes que, esto incapacitados de faz-lo. Os incisos I e II tratam dos parentes mais prximos do curatelado e, portanto, os que tm maiores condies para melhor gerir e administrar os bens do interditado. Evidente que os curadores devem ser pessoas maiores e plenamente capazes de exercer os atos da vida civil. A respeito do Ministrio Pblico, este se manifesta expressamente como autor da interdio nos casos de doena mental grave, no caso de no existir ou no promover a interdio alguma das pessoas designadas nos incisos I e II do artigo acima mencionado, e, se, existindo, forem incapazes, como disposto no artigo 1769 do Cdigo Civil. O Ministrio Pblico deve participar de todos os atos do processo, desde o interrogatrio do curatelado at, depois de decretada a interdio, promover a especializao da hipoteca legal, se o curador no a requerer no prazo legal, bem como, exigir que o curador apresente, bienalmente, as contas de sua administrao. 5 EXERCCIO DA CURATELA O curador deve atentar-se a obrigao do zelo pelo bem estar do curatelado. Isso envolve o patrimnio, a integridade fsica e psquica, assim como prestar alimentos necessrios, cuidar de sua educao e desenvolvimento e defender seus interesses.

O curador prestar compromisso nos autos do processo judicial de Curatela, em livro especfico, sendo que ao final de cada ano dever prestar contas perante o Juzo, mediante a entrega de relatrio contbil relativa administrao do patrimnio do curatelado. 6 PETIO INICIAL E CITAO A petio inicial deve respeitar os requisitos dos arts. 282, regra geral, e do art. 1.180, do CPC. Pela redao do art. 1.180 do CPC, a petio inicial ser necessariamente instruda com os documentos comprobatrios da legitimidade ativa do promovente (certido de casamento, termo de tutela, certido de nascimentos, carteiras de identidade etc.). Dever constar da petio inicial, igualmente, a explicao da incapacidade do interditando para os atos da vida civil, preferencialmente acompanhada de documento assinado por profissional habilitado que possa revelar, desde logo, o quanto possvel, a situao em que se encontra o interditando. Ao receber a petio inicial, e esta estando em termos, o juiz designar local, data e hora, citando e intimando o interditando, para que comparea, onde ser interrogado a respeito de sua vida, negcios, bens e o que mais for necessrio para ajuizar o seu estado mental, art. 1.181, CPC. As perguntas e as respostas sero reduzidas a termo. No podendo o interditando comparecer sede do foro, caber ao juiz tomar-lhe o interrogatrio na residncia ou hospital onde se encontre. A doutrina ensina que, somente em casos de pessoas gravemente excepcionais, no havendo nenhum sinal de risco de fraude, poder se dispensar o interrogatrio. Tal deciso ato pessoal do juiz, portanto no admite interveno dos advogados, seno mera assistncia. Humberto Theodoro Jr. ensina que: Despachada a inicial, o interditando ser citado. No cabe citao por edital ou por hora certa. S a pessoal. E o processo comear por audincia de interrogatrio do promovido. O juiz no vai agir como um psiquiatra, mas precisa ter um contato pessoal com o interditando para conhecer, pelo menos, sua aparncia e suas reaes exteriores.

Esse interrogatrio poder ser, quando necessrio, na residncia do interditando ou em hospital onde se ache internado. 7 IMPUGNAO Citado, e aps o interrogatrio, o interditando ter o prazo de 5 (cinco) dias a contar da data do interrogatrio para impugnar o pedido de interdio, art. 1.182 CPC. Enquanto isso, os autos aguardaro em cartrio at o prazo decorrer. O interditando poder constituir advogado para defender-se, assim como qualquer parente sucessvel, art. 1.182 2 e 3 CPC. Decorrido o prazo, comea a fase de produo de provas. 8 EXAME MDICO-PERICIAL O exame mdico a fase de produo de provas, portanto indispensvel, sob pena de nulidade do processo. H quem sustente que a declarao de incapacidade emitida pelo INSS ser aceita como prova pericial. H divergncia na doutrina. Vicente Greco Filho afirma que sim: Nos casos de interditandos j declarados incapazes mentalmente pela Previdncia Social, tem sido aceito o laudo da instituio previdenciria como exame pericial. (Vicente Greco Filho, Direito processual civil brasileiro, v.3, p. 282). O exame mdico essencial porque ele que determinar se o interditando ou no absolutamente incapaz, digno de interdio. Porm como ocorre com todos os tipos de provas, o juiz no precisa ficar restrito ao resultado do laudo elaborado pelo perito, podendo o magistrado formar seu convencimento com base em outros elementos provados nos autos, art. 436, CPC. Mas deve ser fundado em elementos que possam sustentar sua convico e no apenas em suposies e impresses pessoais. 9 INSTRUO, SENTENA E RECURSOS Aps a fase de produo de provas, inicia-se a instruo, se for necessrio. Quando for requerida a prova oral, o juiz designar audincia. O STJ j decidiu que: A interditanda tem direito a provar que pode gerir a sua vida e administrar seus bens, com a oitiva de testemunhas, com o que, em tal caso, no pode o magistrado dispensar a realizao da audincia do art. 1.183 do CPC (STJ, RT,

788:211) (Marcus Vincius Rios Gonalves, Novo curso de direito processual civil, v.2, p.513). Finda a instruo, o juiz proferir a sentena, sendo procedente, ser declarada a interdio que dever ser inscrita no Cartrio de Registro Civil e publicada pela imprensa local, para que se torne pblica a deciso do juiz, art. 1.184, CPC. Alm de estabelecer os limites da curatela na sentena que o juiz nomeia o curador, este ser primeiramente o cnjuge ou companheiro que no esteja separado judicialmente do interdito, na falta destes, o pai ou a me, se no houver, o descendente que se revelar mais apto, seguindo-se a ordem estabelecida no art. 1.775 do CC. Proferida a sentena, caber recurso, que s ser recebida para efeito devolutivo, pois ela produz efeitos ex nunc, art. 1.773, CC: A sentena que declara a interdio produz efeitos desde logo, embora sujeita a recurso. Segundo Humberto Theodoro Jr.: Os efeitos da sentena so imediatos, mesmo que haja interposio de apelao (art.1.184). Esses efeitos so: a) nomeao do curador e assuno da curatela; b) inscrio da sentena no Registro Civil; c) publicao de editais (um no jornal local e trs no rgo oficial). A publicao no dispensa a intimao normal dos que participaram do procedimento. A apelao recebida sem efeito suspensivo. Na sentena, ao acolher o pedido, o juiz pode decretar a interdio total ou parcial do promovido. 10 LEVANTAMENTO DA INTERDIO

H que se esclarecer que o pedido de interdio poder ser extinto, determinando-se o fim da curatela, quando se estabelecer a extino da causa que originou o pedido de interdio, ou seja, o retorno da capacidade do curatelado. o denominado Levantamento da Interdio. Cessando-se a causa que a determinou, finda est interdio. O artigo que trata do assunto 1.186 do CPC[2]. 11 CURADOR A pessoa do curador aquela que, ser nomeada pelo juiz com o intuito de administrar os bens e zelar pelo interdito, tanto fsica quanto psicologicamente. Ele tem o dever de, se houver chance de recuperao do interdito, promover o tratamento necessrio para tanto, como se pode observar no art. 1.776, CC. A funo de curador recair sobre as pessoas, elencadas no art. 1.775, CC[3]. Para a nomeao devem ser respeitadas a normas do Captulo IX do CPC, que trata das Disposies Comuns Tutela e Curatela. 12 NOMEAO DO CURADOR O CPC, nos arts. 1.187 ao 1.193 trata da nomeao do tutor ou curador, pois so disposies comuns aos dois casos. Aps a nomeao, o curador ser intimado no prazo de 5 (cinco) dias contados deste ato para prestao de compromisso, art. 1.187, CPC. Para que se possa exercer tal funo, deve-se prestar uma garantia chamada hipoteca legal, para que se acautele os bens que sero confiados administrao da pessoa do curador, porm na impossibilidade de garantir a sua gesto, a nomeao ficar sem efeito. O curador tambm pode eximir-se da funo, desde que apresente escusas ao juiz que justifique tal pedido. Artigo 1.192, CPC[4]. Pode-se tambm remover ou dispensar o curador de acordo com cada caso concreto. A legislao que trata destes mecanismos se encontra nos arts. 1.194 e SS. do Cdigo de Processo Civil. 13 FUNO SOCIAL DO INSTITUTO

A tutela e a curatela tm conexo com o direito de famlia, devido sua finalidade, embora no advenham de relaes familiares. Encontra-se neste ramo do direito, pois ele que rege os institutos complementares de direito protetivo ou assistencial. Onde o direito assistencial o que disciplina as relaes que substituem s familiares, onde entra a tutela e a curatela. Justamente a eficcia e importncia da curatela encontram-se na proteo e assistncia do interditado. De acordo com estudos e pesquisas realizados por entidades assistenciais sociais do Ministrio Pblico em algumas regies do Brasil, atravs da porcentagem de aes promovidas pelo Ministrio Pblico, chega-se a concluso de que um nmero expressivo de indivduos nesta situao no tem o apoio e suporte da famlia, visto que para o Ministrio Pblico se tornar o autor da ao, a forma prevista em lei subsidiria. Onde a maioria dos interditandos em aes que o MP o autor, so mulheres com idade superior aos 51 anos. Deve-se a isto, o fato de que esta a poca onde ocorrem mudanas nos ncleos familiares destas mulheres, onde os filhos saem de casa, formam novas famlias, h casos em que o casal se separa, ficando assim a mulher sem a assistncia familiar, alm do fato dela no ser vista na sociedade na funo de chefe de famlia. Deve-se salientar que a interdio nem sempre ocorre logo que se toma conhecimento da doena ou causa que lhe deu. Muitas das doenas capazes de legitimar a curatela surgem na adolescncia ou incio da fase adulta, e a interdio por vezes se d na 3 idade. Dado importante, j que uma boa parte deste segmento da populao vive em condies precrias, especialmente os de menor renda, a merc do baixo investimento do Estado e da falta de polticas sociais voltadas a este pblico. A interdio um importante mecanismo para garantir direitos, porm o que se v um desvirtuamento de funes. So pessoas que se encontram em situao de excluso, sendo ocultadas por seus familiares e pela sociedade, onde a condio de interdito torna o indivduo um no-cidado ou um cidado inferior aos demais, pois se torna incapaz de praticar os atos da vida civil, visto que o nosso Cdigo Civil traz em seu artigo 1 que todos so capazes de direitos e deveres na ordem civil.

Em uma palestra, a Ministra Ftima Nancy Andrighi do Superior Tribunal de Justia, afirmou que de acordo com dados estatsticos, 10% (dez por cento) da populao nacional encontram-se sob a proteo da interdio. H casos em que o que se v a inverso da funo inicial da curatela, onde indivduos que no teriam a mnima necessidade de sofrer interdio acabam sendo privados de sua liberdade individual e patrimonial em prol de um curador muitas vezes de honestidade duvidosa. Para que no se fuja do propsito do instituto, h de se unir com a interdio, e torn-los inseparveis, os direitos fundamentais garantidos em nossa Constituio Federal, quais sejam: direitos fundamentais vida, existncia, integridade fsica e moral, bemestar, liberdade e igualdade. Tais direitos falam por si s. Onde no esto inclusos os direitos e garantias fundamentais dignidade da pessoa humana, impossvel se torna o efeito de proteo. 14 CONCLUSO Com base no estudo apresentado, conclui-se que tal instituto torna-se de relevante importncia proteo dos incapazes. Indivduos estes que, no possuem um discernimento eficaz acerca dos atos da vida civil, requerendo assim uma curatela que se materializa com o procedimento jurdico denominado Curatela dos Interditos. Para que se chegue ao real objetivo buscado, necessrio que todas as fases sejam cumpridas de acordo com o que apresentado na legislao, de modo que seja escolhido um indivduo idneo para que ocupe o cargo de gestor dos bens do interdito, de outra maneira, seria prejudicar o curatelado. Da mesma forma, atravs dos exames mdicos-periciais, obter a verdade sobre a real necessidade da interdio e seus respectivos graus de intensidade. Para que haja o efetivo sucesso de aplicao das normas deste assunto to polmico necessrio o devido conhecimento e plena informao de todos os envolvidos, para que no seja uma maneira de promover a injustia e a impercia, de modo a prejudicar cidados que necessitam de cuidados e proteo. No Brasil, a legislao prev uma prestao de contas ao final de cada ano de exerccio da curatela, porm no o que observamos nos casos concretos, evidente o abismo existente entre a criao das normas e a sua efetiva concretizao.

Como tambm, no existe determinao legal que exija uma reviso peridica da decretao da incapacidade. Para casos onde a interdio tenha sido proferida equivocadamente, seria uma soluo a ser estudada, j que a suspenso da interdio se d pelo mesmo meio que foi decretada, ou seja, por meio de processo judicial, o que faz tornar lenta a medida suspensiva, no sendo assim um resultado coerente com o que se pretendido.
15 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

ANDRIGHI, Ftima Nancy. Palestra proferida no seminrio sobre Interdio no STJ. Braslia. 2005. CHIZZOTTI, Antnio. Pesquisa Sociais. So Paulo: Cortez. 2005. em Cincias Humanas e

DELGADO, Maria da Conceio de Freitas; ANDRADE, Muri Belm de; MENDES, Mayara. Um olhar ao interdito: anlise das demandas de interdio e curatela do MPPE, no ano de 2007, a partir de parecer tcnico. Fortaleza. 2008. FIGUEIREDO, Simone Diogo Carvalho. Processo Civil. So Paulo: Saraiva. 2010. GONALVES, Marcus Vincius Rios. Novo curso de direito processual civil. V.2. So Paulo: Saraiva. 2009. GRECO FILHO, Vicente. Direito V.3. So Paulo: Saraiva, 2009. processual civil brasileiro.

MONTENEGRO FILHO, Misael. Curso de direito processual civil. So Paulo: Atlas. 2010. NERY JNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Cdigo de Processo Civil Comentado e Legislao Extravagante. So Paulo: RT. 2010. NEVES, Daniel Amorim Assumpo. Manual de Direito Processual Civil. Vol. nico. So Paulo: Mtodo. 2010. THEODORO JNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. Rio de Janeiro: Forense. 2010. Notas:

[1] Art. 1.768. A interdio deve ser promovida: I - pelos pais ou tutores; II - pelo cnjuge, ou por qualquer parente; III - pelo Ministrio Pblico. [2] Art. 1.186. Levantar-se- a interdio, cessando a causa que a determinou. 1. O pedido de levantamento poder ser feito pelo interditado e ser apensado aos autos de interdio. O juiz nomear perito para proceder ao exame de sanidade no interditando e aps a apresentao do laudo designar audincia de instruo e julgamento. 2. Acolhido o pedido, o juiz decretar o levantamento da interdio e mandar publicar a sentena, aps o trnsito em julgado, pela imprensa local e rgo oficial por trs vezes, com intervalo de 10 (dez) dias, seguindo-se a averbao no Registro de Pessoas Naturais. [3] Art. 1.775. O cnjuge ou companheiro, no separado judicialmente ou de fato, , de direito, curador do outro, quando interdito. 1 Na falta do cnjuge ou companheiro, curador legtimo o pai ou a me; na falta destes, o descendente que se demonstrar mais apto. 2 Entre os descendentes, os mais prximos precedem aos mais remotos. 3 Na falta das pessoas mencionadas neste artigo, compete ao juiz a escolha do curador. [4] Art. 1.192. O tutor ou curador poder eximir-se do cargo, apresentando escusa ao juiz no prazo de 5 (cinco) dias. Contar-se- o prazo: I antes de aceitar o encargo, da intimao para prestar compromisso; II depois de entrar em exerccio, do dia em que sobrevier o motivo da escusa.