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A Última Nau

O poema descreve a partida misteriosa de D. Sebastião em sua última nau para cumprir o império português, mas sua vontade "foi-se" e a nau desapareceu. Acredita-se no mito sebastianista de que D. Sebastião um dia retornará para restaurar Portugal, guardado por Deus até o futuro.

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O poema descreve a partida misteriosa de D. Sebastião em sua última nau para cumprir o império português, mas sua vontade "foi-se" e a nau desapareceu. Acredita-se no mito sebastianista de que D. Sebastião um dia retornará para restaurar Portugal, guardado por Deus até o futuro.

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A ltima Nau

Neste poema, est explicito o mito sebastianista. Isto apoiado por alguns factos que vo ser explicados ao longo da anlise. Este poema insere-se na segunda parte da Mensagem, com a mxima possessio maris, ou seja, Posse do Mar, por parte do suposto Imprio portugus. 1 Estrofe d conta da partida de D. Sebastio com o objectivo de cumprir o Imprio, mas como o sujeito potico diz esta vontade foi-se com a ltima nau. Nesta estrofe de notar que o eu fala de uma partida j condenada ao fracasso. Isso verificvel com as expresses aziago- prenuncio de desgraa-; Erma- sinnimo de solido-; pressago- que pressagia/prev. Em relao ao mito sebastianista nesta estrofe est presente quando o sujeito potico se direcciona ao desaparecimento misterioso da ltima nau e de D. Sebastio, justificados pela ligao entre Foi-se a ltima nau (..)/ entre choros de nsia e de pressago/Mistrio.. 2 Estrofe A estrofe comea por afirmar um facto que o sujeito potico reitera- a nau foi-se e no voltou mais. A impossibilidade da realizao do imprio e a morte de D.Sebastio. O sujeito potico tambm se questiona sobre o que o futuro trar- Voltar da sorte incerta/ Que teve?. E aqui assume-se o mito como esperana do futuro: Deus guarda o corpo e forma do futuro.. Pela crena das pessoas em Deus, a f que as mesmas nele depositam leva-as a acreditar que El-Rei possa um dia regressar e mostra tambm a importncia de Deus pois este que decide o futuro. 3 E 4 Estrofe As duas ltimas estrofes referem o regresso de D. Sebastio, que o eu diz ser certo embora no saiba quando- Vejo entre a cerrao teu vulto bao/ Que torna; No sei a hora, mas sei que h a hora, E, D. Sebastio, ao regressar traz ainda com ele a determinao de construir um imprio universal (no material, mas sim espiritual, que a fundao da Mensagem)- A mesma, e trazes o pendo ainda/ Do Imprio.

Tambm Pessoa refere o estado em que o povo se encontra, na misria "Quanto mais ao povo a alma falta,/Mais a minha alma se exalta" e compara-o a si. Uma anttese entre os dois estados.

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