Qualidade de Serviço - QoS
Qualidade de Serviço - QoS
Qualidade de Serviço - QoS
Altamir Brun
Eide Marta Gonçalves Vogt
Alessandra da Silveira Mendes
Março - 2002
Qualidade de Serviço -QoS- em redes TCP/IP
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 04
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INTRODUÇÃO
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para as novas tecnologias que deverão manter a compatibilidade com as anteriores dentro
do possível.
Em resumo, o maior trunfo do TCP/IP é o fato destes protocolos apresentarem a
interoperabilidade de comunicação entre todos os tipos de hardware e todos os tipos de
sistemas operacionais. Sendo assim, o impacto positivo da comunicação computacional
aumenta com o número de tipos computadores que participam da grande rede internet.
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Cada camada se comunica com sua semelhante e outro computador. Quando a informação é
passada de uma camada para outra inferior, um cabeçalho é adicionado aos dados para
indicar de onde a informação vem e para onde vai. O bloco de cabeçalho mais dados de
uma camada é o dado da próxima camada.
A unidade de informação muda de nome ao longo das camadas de maneira que podemos
saber sobre qual camada se está referindo pelos nome destas unidades. A figura 1.2
relaciona os diversos nomes destas unidades de informação ao longo das camadas:
7 Aplicação Mensagem
4 Transporte Segmento
3 Rede Datagrama
2 Enlace Quadro / Frame
1 Física Bit
Figura 1.2 – Unidades de informação por camadas
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Transporte Transporte
IP Rede Rede
Enlace Enlace
Física
Física Física
Figura 1.3- Interpretação, esquerda e direita do modelo base ISO/OSI
Na tabela da esquerda – vemos que o TCP/IP não faz distinção entre as camadas
superiores. As três camadas superiores são estritamente equivalentes aos protocolos de
processos da Internet. Os processos possuem o nome do próprio protocolo utilizado porém
é importante não confundir o protocolo em si com a aplicação que geralmente apresenta
uma interface com usuário amigável para utilização do protocolo.
No modelo ISO/OSI, a camada de transporte (4) é responsável pela liberação dos dados
para o destino. No modelo Internet (TCP/IP) esto é feito pelos protocolos “ponto a ponto”
TCP e UPD.
Por fim, o protocolo IP é o responsável pela conexão entre os sistemas que estão se
comunicando. Basicamente este protocolo se relaciona com a camada de rede (3) do
modelo ISO/OSI. Este protocolo é o responsável principal do movimento da informação na
rede. É nesta camada/protocolo que a informação é fragmentada no sistema fonte e
reagrupada no sistema alvo. Cada um destes fragmentos podem ter caminhos diferentes
pela rede de forma que os fragmentos podem chegar fora de ordem. Se, por exemplo, o
fragmento posterior chegar antes do anterior, o protocolo IP no sistema destino reagrupa os
pacotes na seqüência correta.
Na tabela de direita consideramos o TCP/IP como sendo constituído por 4 camadas
apenas. A camada superior, camada de aplicação/processo é responsável por permitir que
aplicações possam se comunicar através de hardware e software de diferentes sistemas
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152.84.40.0 referencia a subrede 40 inteira da rede local do CBPF que pode ser
representada por 152.84.0.0.
Endereço 127: É conhecido como loopback e é utilizado em processos de diagnose. O
endereço 127.0.0.1 é o próprio loopback da estação em análise.
Endereço 255: Este endereço é muito utilizado em mensagens broadcast e serviços de
anúncio generalizados. Uma mensagem enviada para o endereço 152.84.255.255 irá atingir
todos os 255 sistemas de cada uma das 255 subredes da rede local do CBPF.
A figura 1.4 relaciona os diversos aspectos relevantes na definição do endereço Internet: o
número de sistemas possíveis, os primeiros bits do primeiro octeto e os seus possíveis
valores. Os demais octetos podem assumir livremente os valores entre 0 e 255, sempre
levando em conta aqueles de significado especial.
Os endereços Classe A são usados para redes muito grandes normalmente ligada a funções
educacionais e científicas. Os endereços Classe B são usados em redes muito grandes,
normalmente atribuídas a instituições que possuíam um perfil disseminador de tecnologia e
assim pudessem de alguma forma distribuir suas redes entre instituições e empresas
contribuindo assim para o desenvolvimento de uma grande rede mundial. Os endereços
Classe C são os mais difundidos pois permitem redes de 256 IP’s o que parece ser um
número conveniente para gerenciamento e implantação de sistemas de informação. Os
endereços Classe D são reservados para Multicast utilizado nas aplicações de
videoconferência, Multimídia, dentre outras, e por fim, os endereços Classe E são
reservados para experimentação e desenvolvimento.
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1 2 3 4 5 6 7 8 9
Bits 32 16 16 8 8 16 32 32 Xxx
D C C F T P V E E D
E A O R T R E N N A
S B M A L O R D D D
C E P G T I E E O
R Ç R M O F R R S
I A I E C I E E
Ç L M N O C Ç Ç
à H E T L A O O
O O N A O Ç
T Ç Ã F D
O Ã TCP O O E
O Ou N S
UDP DE T T
E I
ERROS N
O
O quinto campo, informa qual protocolo deverá receber o datagrama na próxima camada.
Se o valor deste campo for 6, TCP, se 7, UDP.
O sexto campo, Verificação de Erro, seleciona que o processo será utilizado na detecção de
erros: Cyclical Redundance Check – CRC ou Frame Check Sequence – FCS.
Os próximos campos, sétimo e oitavo, Endereço Fonte e Endereço Destino, 32 bits cada,
caracterizam por completo toda informação sobre endereçamento necessário ao processo de
roteamento.
O último campo contém os dados, informação na realidade, e tem tamanho livre porém
definido pelo tipo de rede sendo o MTU igual a 1500kbytes.
Todas as informações necessárias para que o IP possa se comunicar com o resto da rede
estão distribuídas nestes campos, principalmente naqueles relativos ao endereçamento. É
importante observar que a camada de rede utiliza estes endereços lógicos de 4x8bits, para
definir as redes existentes e como conseguir obter informação delas. Entretanto, para que os
dados cheguem aos hosts é necessário um outro tipo de endereço: endereço Media Access
Control – MAC ou Ethernet.
O TCP/IP define um protocolo, ARP, que caracteriza e relação entre o endereço IP e o
endereço MAC.
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serviço”. Nessa época, a empresa telefônica estava correta, mas somente para voz. Voz e
vídeo não podem resistir a nenhum retardo pequeno que seja (cerca de 150 mili segundos,
ou 0,150 segundos), mas os dados podem! Em comutação de pacotes, o percurso é
encontrado em tempo real, e toda vez o percurso deve ser igual; mas pode não ser. Além
disso, as informações vão do ponto A ao ponto B.
Existem muitas diferenças entre comutação de circuitos e de pacotes. Uma delas é que, na
comutação de circuitos, um percurso é construído antes do envio das informações, enquanto
que na comutação de pacotes não; um percurso não é definido nem se for criado antes do
envio das informações. Por exemplo, quando você faz uma chamada telefônica, a
companhia telefônica cria fisicamente um circuito para essa chamada. Você não pode falar
(transmitir informações) até que o circuito seja criado. Esse circuito é criado via hardware.
Esse percurso é um circuito físico através do sistema de rede telefônica ; no entanto, a
companhia telefônica está empregando no momento outras tecnologias para permitir a
“comutação de circuitos virtuais” através de tecnologias como ATM – Asynchronous
Transfer Mode . Para nossa comparação um percurso de voz é criado no hardware antes que
as informações sejam passadas. Nenhuma informação está contida o sinal de voz
digitalizada para indicar aos switches onde o destino está localizado. Um nó de transmissão
possui a mesma chance de obter suas informações para o receptor.
Na comutação de pacotes, as informações necessárias para atingir a estação de destino estão
contidas no cabeçalho das informações que estão sendo enviadas. As estações, conhecidas
como roteadores, liam essas informações na rede e as encaminhavam ao longo do seu
percurso. Milhares de pacotes de informações distintos podem usar o mesmo percurso para
diferentes destinos.
Atualmente, estamos provando que a comutação de pacotes, além de ser viável, pode ser
usada para voz, vídeo e dados. Foram inventadas estações mais novas e mais rápidas na
rede, junto com transportes de transmissão mais rápidas. Junto com isso, existem novos
protocolos de “qualidade de serviço” que permitem prioridades na rede. Determinados
pacotes de informações podem “saltar” sobre os outros, para serem transmitidos primeiro.
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O ICMP (Internet Control Message Protocol) é uma extensão da camada do IP. É por essa
razão que ele usa um cabeçalho IP, e não um cabeçalho UDP (User Datagram Protocol). O
objetivo do ICMP é relatar ou testar determinadas condições na rede. O IP transmite dados
e não possui outra forma de comunicação. O ICMP oferece algum mecanismo de relato de
erro para o IP. Basicamente, ele permite que dispositivos de ligação entre redes (host ou
roteadores) transmitam mensagens de erro ou de teste. Essas mensagens de erro podem ser
que um destino de rede não pode ser alcançado ou que pode ser gerado ou respondido um
pacote de solicitação de eco.
O IGMP (internet Group Management Protocol) é uma extensão do protocolo IP que
permite multicasting para o IP. O endereço de multicast já existia para o IP, mas não havia
um protocolo de controle que permitisse sua existência em uma rede. O IGMP é um
protocolo que opera em estações de trabalho e em roteadores, o qual permite que os
roteadores determinem quais endereços de multicast existem em seus segmentos. Com esse
conhecimento, os roteadores podem criar árvores de multicast, permitindo que dados de
multicast sejam recebidos e propagados para suas estações de trabalho de multicast. Os
cabeçalhos IGMP são usados como base para todos os protocolos de roteamento de
multicast para o Ipv4.
O RSVP é chamado de protocolo de reserva de recursos e permite que haja uma certa
aparência de Qualidade de Serviço (QoS) usando-se o IP. Costumava ser possível aumentar
a velocidade de uma rede para permitir mais largura de banda no encaixe de aplicativos
famintos. Com essa capacidade, a QoS era essencialmente ignorada. No entanto, a largura
de banda não pode expandir-se continuamente. A Internet não foi feita com intenções de
Qualidade de Serviço, e o RSVP é a primeira tentativa nesse sentido. Seus benefícios são
aparentes em aplicativos de multicast, mas ela também pode ser usada com aplicativos de
unicast. Ela permite que as estações na rede reservem recursos por meio dos roteadores na
rede.
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a tentativa de conexão falhou sem sequer tentar contato com o destino. O relatório da falha
especifica o que a causou.
Em outros casos, a camada de transporte sabe que não pode alcançar o objetivo desejado
(por exemplo, um throughput de 600Mbps), mas pode atingir uma taxa mais baixa, porém
aceitável (por exemplo, 150Mbps). Em seguida, a camada de transporte envia a taxa mais
baixa e a mínima aceitável para a máquina remota e solicita o estabelecimento de uma
conexão. Se a máquina remota não puder administrar o valor sugerido mas conseguir
administrar qualquer valor acima do mínimo, a camada de transporte fará uma
contraproposta. Se a máquina remota não puder trabalhar com qualquer valor acima do
mínimo, ela rejeitará a tentativa de conexão. Por fim, o usuário de transporte da máquina de
origem é informado do fato de que a conexão foi estabelecida ou rejeitada. Se a conexão
tiver sido estabelecida, o usuário será informado dos valores dos parâmetros acordados.
Esse procedimento é chamado de negociação de opção (option negotiation). Uma vez que
tenham sido negociadas, as opções serão mantidas durante toda a conexão. Muitas
concessionárias de serviços de melhor qualidade para evitar que seus clientes fiquem
obcecados por esses detalhes.
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prioridade de perda de célula, por nós visto quando estudamos o cabeçalho de uma célula
ATM, definirá os parâmetros QoS que deverão ser atendidos para a célula em questão.
Parâmetros de tráfego – descrevem as características de tráfego de uma conexão ATM.
Parâmetros de tráfego são agrupados em descritores de tráfego da fonte para a troca de
informação entre o usuário e a rede. Podemos, assim, definir mais precisamente os descritos
de tráfego como uma lista genérica de parâmetros de tráfego que podem ser utilizados para
capturar as características de uma conexão ATM. Exemplos de parâmetros de tráfego são:
taxa de pico de geração de células (cell peak rate), taxa média de transferência de células
(avarage cell rate),duração de um pico (peak duration),explosividade (burstiness) e tipo de
fonte (telefone, videofone etc.).
Se o usuário requerer dois níveis de prioridade para a conexão ATM, conforme indicado
pelo bit CLP do cabeçalho de uma célula, as características intrínsecas de tráfego do fluxo
de ambos os tipos de células devem ser especificados no descritor de tráfego da fonte. Isto é
feito por meio de um conjunto de parâmetros de tráfego associado com as células CLP=0, e
um conjunto de parâmetros de tráfego associado com todas as células (isto é CLP=0+1).
Os procedimentos de controle de admissão fazem uso dos descritos de tráfego da fonte para
a alocação de recursos e para derivar parâmetros para a operação dos mecanismos de
policiamentos da fonte. Todo parâmetro de tráfego de um descritor de tráfego da fonte deve
ser enquadrado pelos mecanismos de policiamento.
Os algoritmos de controle de tráfego e congestionamento requerem o conhecimento de
certos parâmetros para atuarem eficientemente. Eles devem levar em consideração o
descritor de tráfego da fonte, a QoS requerida e a tolerância máxima à variação de retardo
da célula – tolerância máxima CDV (cell delay variation) – para decidir se uma conexão
requerida pode ser aceita(isto é, se uma determinada QoS pode ser atendida.)
As funções de uma camada ATM (por exemplo, a multiplexação de células) pode alterar as
características de tráfego de uma conexão ATM pela introdução de uma variação do
retardo. Quando células de duas ou mais conexões ATM são multiplexadas, as células de
uma dada conexão podem ser retardadas enquanto células de outra conexão estão sendo
inseridas na saída do multiplexador. Células também podem sofrer retardos devido ao over-
head do nível físico ou a introdução de células OAM no fluxo de saída do multiplexador.
Assim, alguma aleatoriedade pode ser introduzida no intervalo de tempo entre células no
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ponto final de uma conexão ATM. Além disso, a multiplexação AAL pode também
originar a variação de retardo de células (CDV). Ora, os mecanismos de policiamento não
devem descartar, ou marcar para descartar, células geradas pela fonte em acordo com o
descritor de tráfego negociado. Contudo, se a CDV não for limitada no ponto onde o
mecanismo de controle de policiamento é executado, não é possível projetar um mecanismo
adequado (taxas de células são aumentadas e diminuídas não pela fonte, mas pela CDV, o
que pode causar a ilusão de que a taxa de pico de uma fonte de tráfego está sendo violada),
nem fazer o uso de uma alocação de recursos apropriada. Assim, é importante que um valor
máximo para a CDV seja estabelecido ente o SAP da conexão ATM e a interface TB, entre
a interface TB e a interface NNI, e entre interfaces NNI. Esses valores devem ser levados
em conta nos mecanismos de controle de tráfego e congestionamento.
O descritor de tráfego da fonte, a QoS requerida e a tolerância máxima CDV alocada a um
equipamento do usuário definem o contrato e tráfego em um ponto de referência TB. O
descritor de tráfego da fonte e a QoS requerida são declaradas pelo usuário no
estabelecimento da conexão, por meio de sinalização ou subscrição. Se a tolerância
máxima CDV é também negociada na subscrição ou por conexão é assunto ainda em
estudo.
A taxa de pico de geração de células e a tolerância máxima CDV são parâmetros
obrigatórios em um contrato de tráfego. Parâmetros adicionais podem prover uma melhora
significativa da utilização da rede.
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compensar uma quantidade razoável de perda de pacotes mas são, normalmente, muito
críticos com relação aos retardos variáveis.
Isso significa que sem algum tipo de controle de largura de banda, a qualidade desses
fluxos de dados em tempo real dependem da largura de banda disponível no momento.
Larguras de banda baixas, ou mesmo larguras de banda melhores mas instáveis, causam má
qualidade em transmissões de tempo real, com eventuais interrupções ou paradas
definitivas da transmissão. Mesmo a qualidade de uma transmissão usando o protocolo de
tempo real RTP depende da utilização do serviço de entrega IP subjacente.
Por isso, são necessários conceitos novos para garantir uma QoS específica para aplicativos
em tempo real na Internet. Uma QoS pode ser descrita como um conjunto de parâmetros
que descrevem a qualidade (por exemplo, largura de banda, utilização de buffers,
prioridades, utilização da CPU etc.) de um fluxo de dados específico. A pilha do protocolo
IP básica propicia somente uma QoS que é chamada de melhor tentativa. Os pacotes são
transmitidos de um ponto a outro sem qualquer garantia de uma largura de banda especial
ou retardo mínimo. No modelo de tráfego de melhor tentativa, as requisições na Internet
são processadas conforme a estratégia do primeiro a chegar, primeiro a ser atendido. Isso
significa que todas as requisições têm a mesma prioridade e são processadas uma após da
outra. Não há possibilidade de fazer reserva de largura de banda para conexões específicas
ou aumentar a prioridade de uma requisição especial. Assim, foram desenvolvidas novas
estratégias para oferecer serviços previsíveis na Internet.
Hoje em dia, há dois princípios básicos para conseguir QoS na Internet:
- Serviços integrados
- Serviços diferenciados
Os serviços integrados trazem melhoramentos ao modelo de rede IP para suportar
transmissões em tempo real e garantir largura de banda para seqüências de dados
específicas. Neste caso, definimos um fluxo de dados (stream) como uma seqüência
distinguível de datagramas relacionados transmitidos de um único emissor para um único
receptor que resulta de uma única atividade de usuário e requer a mesma QoS.
Por exemplo, um fluxo de dados poderia consistir de um stream de vídeo entre um par de
host determinado. Para estabelecer a conexão de vídeo nas duas direções, são necessários
dois fluxos de dados.
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Cada aplicativo que inicia um fluxo de dados pode especificar a QoS exigida para esse
fluxo. Se a ferramenta de videoconferência precisar de uma largura de banda mínima de
128 Kbps e um retardo de pacote mínimo de 100 ms para garantir exibição de vídeo
contínua, essa QoS pode ser reservada para essa conexão.
O mecanismo de Serviços Diferenciados não usa sinalização por fluxo. Níveis diferentes de
serviços podem ser reservados para grupos diferentes de usuários da Internet, o que
significa que o tráfego todo será dividido em grupos com parâmetros de QoS´s diferentes.
Isso reduz a carga extra de manutenção em comparação com os Serviços Integrados.
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No item 2.5, a seguir, serão analisados com maiores detalhes os conceitos e padrões
envolvidos em transmissão multimídia em redes de computadores.
Latência
Em redes de computadores, latência é o tempo que um pacote leva da origem ao destino.
Caso esse atraso seja muito grande, prejudica uma conversação através da rede, tornando
difícil o diálogo e a interatividade necessária para certas aplicações. Segundo /PAS 97a/,
que se baseou em muitos registros, um atraso confortável para o ser humano fica na ordem
de 100ms. Suponha duas pessoas conversando através da Internet. À medida que o atraso
aumenta, as conversas tendem a se entrelaçar, ou seja, uma pessoa não sabe se o outro a
ouviu e continua falando. Após alguns milisegundos vem a resposta do interlocutor sobre a
primeira pergunta efetuada, misturando as vozes. Num atraso muito grande, as pessoas
devem começar a conversar utilizando códigos, tipo “câmbio”, quando terminam de falar e
passam a palavra ao outro. Os principais responsáveis pela latência são o atraso de
transmissão, de codificação e de empacotamento, que podem ser definidos da seguinte
forma:
Atraso de transmissão: tempo após a placa de rede ter transmitido o pacote até ele chegar
na placa de rede do computador destino. Esse tempo envolve uma série de fatores, como o
atraso no meio físico (por exemplo fibra ótica, UTP, wireless), processamento em cada
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roteador ou switch intermediário (por exemplo, para trocar o TTL do pacote e decidir sua
rota), fila de espera em cada roteador e switch intermediário, e assim por diante;
Atraso de codificação e decodificação: sinais como voz e vídeo normalmente são
codificados em um padrão, tipo PCM (G.711 a 64Kbps) para voz, ou H.261 para vídeo.
Essa codificação gasta um tempo de processamento na máquina. Alguns protocolos gastam
menos, como o G.711, que ocupa menos de 1ms de codificação /PAS 97a/, porém, requer
64Kbps de banda. Alguns protocolos de voz, como o G.729, requerem 25ms de
codificação, mas ocupam apenas 8Kbps de banda;
Atraso de empacotamento e desempacotamento: após codificado, o dado deve ser
empacotado na pilha OSI a fim de ser transmitido na rede, e isso gera um atraso. Por
exemplo, numa transmissão de voz a 64Kbps, ou 8000 bytes por segundo, tem-se que, para
preencher um pacote de dados contendo apenas 100 bytes, vai levar 12,5ms. Mais 12,5ms
serão necessários no destino a fim de desempacotar os dados. Além da latência, a existência
do jitter é outro fator de atraso na comunicação entre duas pessoas.
Jitter
Utilizar somente a latência não é suficiente para definir a qualidade de transmissão, pois as
redes não conseguem garantir uma entrega constante de pacotes ao destino. Assim, os
pacotes chegam de forma variável, como mostra a figura 2.2, ocasionando o jitter, que nada
mais é do uma flutuação na latência, ou variação estatística do retardo.
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A conseqüência do jitter é que a aplicação no destino deve criar um buffer cujo tamanho vai
depender do jitter, gerando mais atraso na conversação. Esse buffer vai servir como uma
reserva para manter a taxa de entrega constante no interlocutor. Daí a importância de
latência e jitter baixos em determinadas aplicações sensíveis a esses fatores, como
videoconferência.
“Skew”
O skew é um parâmetro utilizado para medir a diferença entre os tempos de chegada de
diferentes mídias que deveriam estar sincronizadas, como mostra a figura 2.3. Em muitas
aplicações existe uma dependência entre duas mídias, como áudio e vídeo, ou vídeo e
dados. Assim, numa transmissão de vídeo, o áudio deve estar sincronizado com o
movimento dos lábios (ou levemente atrasado, visto que a luz viaja mais rápido que o som,
e o ser humano percebe o som levemente atrasado em relação à visão). Outro exemplo é
quando tem-se uma transmissão de áudio explicativo e uma seta percorrendo a figura
associada.
Tabela comparativa
A figura 2.4 mostra algumas aplicações típicas em rede, bem como seus fatores críticos, em
aplicações numa tendência de convergência nas redes.
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• Marcar o campo DS do cabeçalho IP de acordo com o tipo de serviço. Usado nos limites
da rede (limites de sistemas autônomos, limites administrativos internos ou hosts);
• Usar o campo DS para determinar a prioridade com que os pacotes serão encaminhados
através dos nós da rede;
• Condicionar os pacotes nos limites da rede de acordo com os requerimentos de cada
serviço, como por exemplo monitoramento, política e conformação de tráfego. Dessa
forma, cada pacote vai ter um comportamento num determinado nó, e isso é conhecido
como “per-hop behaviors”, ou PHB. Muitos padrões de PHB estão em desenvolvimento no
IETF, como por exemplo o Expedited Forwarding (EF), ou “encaminhamento agilizado”, e
Assured Forwarding (AF), ou “encaminhamento garantido” . O campo DS é mostrado na
figura 3.1. Como pode ser visto, seis bits são usados como código para determinar o PHB
que determinado pacote vai ter em cada nó da rede. Dois bits não são usados ainda.
0 1 2 3 4 5 6 7
DSCP CU
Figura 3.1 – Estrutura do campo DS
O campo DS visto acima é incompatível com a estrutura definida no campo TOS do IPv4,
podendo provocar comportamentos de encaminhamento de pacotes indesejáveis caso o
pacote seja IPv4 original. Para eliminar esse problema, está definido um método de
utilização do DS onde existe uma compatibilização ao campo TOS.
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• Fluxo de dados: RSVP é simplex, ou seja, faz reservas para fluxos unidirecionais.
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(IEEE 802.5) e a interpretação das classes de tráfego dada no protocolo IEEE 802.1p, que
será analisado a seguir.
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funcionam muito bem na Internet atual que usa o método da melhor tentativa. Os
programas de videoconferência, transmissão de vídeo e conferências usando áudio
precisam de larguras de banda garantidas a fim de obter qualidade aceitável de vídeo e de
áudio. Os serviços integrados tornam isso possível dividindo o tráfego da Internet no
tráfego da melhor tentativa padrão para uso tradicional e no tráfego de fluxos de dados de
aplicativos como QoS garantida.
Para suportar o modelo de serviços integrados, um roteador da Internet precisa ser capaz de
propiciar uma QoS apropriada para cada fluxo de dados, de acordo com o modelo do
serviço. A função do roteador que propicia qualidades diferentes de serviços é chamada de
controle de tráfego. Ela consiste dos seguintes componentes:
Programador de Pacotes
O programador de pacotes controla o direcionamento de fluxos de pacotes deferentes em
hosts e roteadores com base em suas classes de serviço, usando gerenciamento de filas e
vários algoritmos de programação. Ele precisa garantir que a entrega do pacote corresponda
ao parâmetro de QoS de cada fluxo. Um programador de pacotes também pode policiar ou
moldar o tráfego de acordo com o nível de serviços. Ele precisa ser implementado no ponto
onde os pacotes são enfileirados. Esse é normalmente o nível do driver de saída em um
sistema operacional e corresponde ao protocolo de camada de enlace.
Classificador de Pacotes
O classificador de pacotes identifica os pacotes de um fluxo IP em hosts e roteadores que
irão receber um certo nível de serviço. Para realizar um controle efetivo de tráfego, cada
pacote de entrada é mapeado pelo classificador em uma classe específica. Todos os pacotes
que são classificados na mesma classe obtêm o mesmo tratamento por parte do
programador de pacotes. A escolha de uma classe se baseia nos endereços de origem e de
destino e no número da porta no cabeçalho do pacote existente ou em um número de
classificação adicional que precisa ser adicionado a cada pacote. Uma classe pode
corresponder a uma ampla categoria de fluxos de dados. Por exemplo, todos os fluxos de
vídeo de uma videoconferência com vários participantes podem pertencer a uma classe de
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serviço. Mas também é possível que apenas um fluxo pertença a uma classe específica de
serviço.
Controle de Admissão
O controle de admissão contém o algoritmo de decisão que um roteador usa para
determinar se há recursos de roteamento suficientes a fim de aceitar a QoS solicitada para
um novo fluxo de dados. Se não houver recursos de roteamento livres suficientes, a
aceitação de um fluxo novo de dados iria prejudicar garantias anteriores e o novo fluxo
precisa ser rejeitado. Se o novo fluxo for aceito, a solicitação de reserva no roteador
designa o classificador de pacotes e o programador de pacotes para reservarem a QoS
reservada para esse fluxo. O controle de admissão é chamado em cada roteador ao longo do
caminho de reserva, para tomar uma decisão de aceitação/rejeição na hora que um host
requisitar um serviço de tempo real. O algoritmo de controle de admissão precisa ser
consistente com o modelo do serviço.
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reservas não autorizadas podem ser rejeitadas. O controle de admissão terá um papel
importante nos custos dos recursos da Internet no futuro. A figura 3.3 mostra a operação do
modelo de serviços integrados em um host e em um roteador.
Os serviços integrados usam o RSVP (Reservation Protocol – protocolo de reserva) para a
sinalização das mensagens de requisição de reservas. As instâncias IS se comunicam via
RSVP para criar e manter estados de fluxos específicos nos hosts dos pontos terminais e
nos roteadores ao longo do caminho de um fluxo de dados.
O aplicativo que quiser enviar pacotes de dados em um fluxo reservado, se comunica com a
instância de fazer reservas RSVP. O protocolo RSVP tenta fazer uma reserva de fluxo com
a QoS solicitada, a qual será aceita se o aplicativo atender às restrições do plano de ação e
os roteadores puderem lidar com a QoS requisitada. O RSVP informa ao classificador de
pacotes e ao programador de pacotes em cada nó para processar os pacotes desse fluxo
adequadamente. Se o aplicativo enviar agora os pacotes de dados para o classificador no
primeiro nó, o qual classificou esse fluxo em uma classe de serviço específica de acordo
com a QoS solicitada, o fluxo será reconhecido como o endereço IP do emissor e será
transmitido para o programador de pacotes. Este encaminha os pacotes, dependendo de suas
classes de serviço, para o roteador seguinte ou, finalmente, para o host de recepção.
Como o RSVP é um protocolo simplex, as reservas de QoS são feitas somente em uma
direção, do nó emissor para o nó receptor. Se o aplicativo de nosso exemplo quiser
cancelar a reserva do fluxo de dados, ele envia uma mensagem para a instância de reserva
que libera os recursos da QoS reservados em todos os roteadores ao longo do caminho,
podendo então esses recursos serem usados para outros fluxos de dados. As especificações
IS estão definidas na RFC 1633.
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Como o modelo IS fornece reservas por fluxo, a cada fluxo é atribuído um descritor de
fluxo. Este define as características de tráfego e QoS para um fluxo específico de pacotes
de dados. Nas especificações IS, o descritor de fluxo consiste de uma especificação de filtro
e uma especificação de fluxo.
A especificação de filtro é usada para identificar os pacotes que pertencem a um fluxo
específico com o endereço IP do emissor e a porta de origem. A informação da
especificação de filtro é usada no classificador de pacotes. A especificação de fluxo contém
um conjunto de parâmetros que são chamados de informação de chamada. È possível
ordenar a informação de chamada em dois grupos:
- Especificação de Tráfego (Tspec)
- Especificação de Requisição (Rspec)
A especificação de tráfego descreve as características de tráfego requisitado. No modelo IS
essa especificação é representada por um filtro chamado de token bucket (balde de fichas).
Esse princípio define um mecanismo de controle de fluxo de dados que adiciona fichas
(tokens) em intervalos de tempo periódicos em um buffer (o balde – bucket) e permite que
um pacote de dados deixe o emissor somente se houver pelo menos tantas fichas no balde
quanto o comprimento do pacote de dados. Essa estratégia permite um controle preciso do
intervalo entre dois pacotes de dados na rede. Esse sistema é especificado por dois
parâmetros : a taxa de fichas ® que representa a taxa na qual as fichas são colocadas no
balde e a capacidade do balde(b). Ambos, r e b têm que ser valores positivos.
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permitido pelo sistema e é medido em bytes. O valor desse parâmetro pode variar de 1
bytes a 250 gigabytes. As faixas de valores permitidas para esses parâmetros são
propositadamente grandes para que o sistema esteja preparado para as tecnologias de rede
do futuro. Não se espera que os elementos de rede suportem essa faixa tão ampla de
valores. O tráfego que passa pelo filtro do balde de fichas tem que obedecer à regra de que,
durante todos os períodos T de tempo, o montante de dados enviados não deve exceder
rT+b, onde r e b são os parâmetros do filtro. A figura 3.4 mostra um filtro “Token Bucket”.
Dois outros parâmetros do balde de fichas também fazem parte da especificação de tráfego.
A unidade policiada mínima m e o tamanho de pacote máximo M. O parâmetro m
especifica o tamanho mínimo do datagrama IP em bytes. Pacotes menores são contados
como tendo tamanho m. O parâmetro M especifica o tamanho máximo dos pacotes em
bytes que estão de acordo com as especificações de tráfego. Os elementos da rede precisam
rejeitar uma requisição de serviço se o tamanho máximo de pacote requisitado for maior
que o tamanho MTU do enlace. Resumindo, o filtro de balde de fichas é uma função de
fiscalização que isola os pacotes que estão de acordo com as especificação de tráfego
daqueles que não estão.
A especificação de requisição especifica a Qualidade de Serviço que o aplicativo quer
requisitar para um fluxo específico. Essa informação depende do tipo de serviço e das
necessidades do aplicativo que solicita a QoS. Ela pode consistir de uma largura de banda
específica, um retardo máximo de pacote ou uma taxa de perda máxima de pacotes. Na
implementação IS, a informação das especificações de tráfego e de requisição são usadas
no programador de pacotes.
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Os serviços de carga controlada são projetados para aplicativos que podem tolerar uma
quantia razoável de perda e retardo de pacotes, tal como software de aplicativos de áudio e
videoconferência.
Serviço garantido
O modelo de serviço garantido propicia funções que garantem que os datagramas cheguem
em um tempo de entrega garantido. Isso significa que cada pacote de um fluxo que está de
acordo com as especificações de tráfego vai chegar pelo menos até o tempo de retardo
máximo especificado no descritor do fluxo. O serviço garantido é usado em aplicativos que
precisam de uma garantia que o datagrama vai chegar no receptor não depois de um certo
tempo após ter sido transmitido da sua origem.
Por exemplo, os aplicativos multimídia em tempo real, como sistemas de transmissão de
vídeo e áudio que usam tecnologias de sequenciamento de dados, não podem permitir que
os datagramas cheguem depois do momento específico de sua exibição. Aplicativos que
apresentam exigências críticas em tempo real, como a distribuição em tempo real de dados
financeiros (preços compartilhados), também precisam de um serviço garantido. O modelo
de serviço garantido não minimiza a variação (a diferença entre os retardos máximo e
mínimo dos pacotes), mas ele controla o retardo máximo de enfileiramento.
O modelo de serviço garantido representa a extremidade final do controle de retardos em
redes. Outros modelos de serviços que propiciam controle de retardos apresentam
restrições muito mais tolerantes. Por isso, o modelo de serviço garantido é somente útil se
for implementado em cada roteador ao longo do caminho de reserva.
O modelo de serviço garantido fornece aos aplicativos um controle considerável sobre sus
retardos. È importante entender que o retardo em uma rede IP tem duas partes: um retardo
de transmissão fixo e um retardo de variável de enfileiramento. O retardo fixo depende do
caminho escolhido, o qual é determinado não por serviço garantido, mas pelo mecanismo
de configurações. Todos os dados de pacotes em uma rede IP têm um retardo mínimo que é
limitado pela velocidade da luz e pelo tempo de retorno dos pacotes de dados em todos os
roteadores do caminho de roteamento. O retardo de enfileiramento é determinado pelo
serviço garantido e é controlado pelos dois parâmetros já vistos: o balde de fichas (em
particular, o tamanho b do balde) e a largura de banda R solicitada pela reserva. Esses
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parâmetros são usados para construir o modelo de fluido para o comportamento ponta a
ponta de um fluxo que usa serviços garantidos.
O modelo de fluido especifica o serviço que seria propiciado por um enlace dedicado entre
emissor e receptor que tenha a largura de banda R. No modelo de fluido, o serviço de fluxo
é completamente independente do serviço de outros fluxos. A definição de serviço
garantido conta com o resultado de que o retardo do fluido de um fluxo obedecendo um
balde de fichas (r, b) e sendo servido por uma linha com largura de banda R é controlado
por b/R enquanto R não for menor que r. O modelo de serviço garantido aproxima esse
comportamento da taxa de serviço R, onde agora R é uma parte da largura de banda através
do caminho de roteamento e não largura de banda de uma linha dedicada.
No modelo de serviço garantido, as especificações de tráfego e de requisição são usadas
para preparar uma reserva de fluxo. A especificação de tráfego é representada pelos
parâmetros do balde de fichas. A especificação de requisição contém o parâmetro R que
especifica a largura de banda da reserva de fluxo. O modelo de serviço garantidos é
definido na RFC 2212.
3.2.2 - O RSVP
O modelo de Serviços Integrados usa o RSVP (Reservation Protocol – protocolo de
reserva) para preparar e controlar as reservas de QoS. O RSVP é definido na RFC-2205 e
tem o status de uma padrão proposto. Como o RSVP é um protocolo de controle da Internet
e não um protocolo de roteamento, ele requer a existência de um protocolo de roteamento
para operar. O protocolo RSVP executa baseado no IP e do UDP e precisa ser
implementado em todos os roteadores no caminho de reserva. Os conceitos-chaves do
RSVP são fluxos e reservas.
Uma reserva RSVP se aplica a um fluxo específico de pacotes de dados em um caminho
específico através dos roteadores. Um fluxo é definido como um fluxo de dados
distinguível de datagramas relacionados de um único emissor para um único receptor. Se o
receptor for um endereço de multicast, um fluxo pode alcançar múltiplos receptores. O
RSVP fornece o mesmo serviço para fluxos de unicast e de multicast. Cada fluxo é
identificado no RSVP por seu endereço IP de destino e sua porta de destino. Todos os
fluxos têm um descritor de fluxo dedicado que contém a QoS que um fluxo específico
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requer. O protocolo RSVP não entende o conteúdo do descritor de fluxo. Ele é transportado
como um objeto opaco pelo RSVP e é entregue às funções de controle de tráfego do
roteador (classificador e programador de pacotes) para processamento.
Como o RSVP é um protocolo simplex, as reservas são feitas somente em uma direção.
Nas conexões duplex, como conferências de vídeo e áudio em que cada emissor é também
um receptor, torna-se necessário montar duas sessões RSVP para cada estação.
O protocolo RSVP é iniciado pelo receptor. Usando mensagens de sinalização RSVP, o
emissor propicia uma QoS específica para o receptor que envia uma mensagem de reserva
RSVP de volta com a QoS que deveria ser reservada para o fluxo do emissor para o
receptor. Esse comportamento considera as exigências de QoS diferentes para receptor
heterogêneos em grandes grupos de multicast. O emissor não precisa saber quais são as
características de todos os possíveis receptores para estruturar as reservas.
Para estabelecer uma reserva com RSVP, os receptores enviam requisições de reservas para
os emissores dependendo das capacidades de seus sistemas. Por exemplo, uma estação de
trabalho rápida e um PC lento querem receber um vídeo MPEG de alta qualidade com 30
quadros por segundo que tem uma taxa de dados de 1,5 Mbps. A estação de trabalho tem
capacidade suficiente para decodificar o vídeo, mas o PC só consegue decodificar 10
quadros por segundo. Se o servidor de vídeo enviar as mensagens para os dois receptores
dizendo que ele pode enviar o fluxo de vídeo a 1,5 Mbps, a estação de trabalho pode
retornar uma requisição de reserva para 1,5 Mbps. Mas o PC não precisa de toda a largura
de banda para esse fluxo já que ele não conseguiria decodificar todos os quadros. Assim, o
PC poderia enviar uma requisição de reserva para um fluxo com 10 quadros por segundo e
500 Kbps.
Operação do RSVP
Uma parte básica da reserva de um recurso é o caminho. Um caminho significa o lugar por
onde vai passar um fluxo de pacotes através de roteadores diferentes a partir do emissor até
chegar no receptor. Todos os pacotes que pertencem a um fluxo específico irão usar o
mesmo caminho. Esse caminho é determinado se um emissor gerar mensagens de caminho
RSVP que viajam no mesmo sentido do fluxo. Cada host emissor envia periodicamente
uma mensagem de caminho para cada fluxo de dados que ele origina. A mensagem de
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caminho contém informações de tráfego que descrevem a QoS para um fluxo específico.
Como o RSVP não faz o roteamento sozinho, ele usa a informação das tabelas de
roteamento em cada roteador para encaminhar as mensagens RSVP.
Se a mensagem de caminho chegar no primeiro roteador RSVP, o roteador armazena o
endereço IP do campo último salto da mensagem, que é o endereço do emissor. A seguir, o
roteador insere seu próprio endereço IP no campo último salto, envia a mensagem de
caminho para o roteador seguinte e o processo se repete até que a mensagem tenha chegado
no receptor. Ao final desse processo, cada roteador saberá o endereço do roteador anterior e
o caminho poderá ser acessado no sentido contrário. A figura 3.5 mostra o processo de
definição do caminho.
Os roteadores que receberam uma mensagem de caminho estão preparados para processar
as reserva de recursos de um fluxo de dados. Todos os pacotes que pertencem a esse fluxo
irão passar pelos mesmos roteadores: o caminho definido pelas mensagens de caminho.
O estado de um sistema após enviar as mensagens de caminho é o seguinte: todos os
receptores sabem que um emissor pode fornecer uma QoS especial para um fluxo e todos
os roteadores sabem sobre a possível reserva de recursos para esse fluxo.
Agora, se um receptor quiser reservar QoS para esse fluxo, ele envia uma mensagem de
pedido de reserva. Essa mensagem de reserva contém a QoS solicitada por esse receptor
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pacotes que pertencem a esse fluxo e o programador de pacotes irá obter a QoS desejada
definida pela especificação de fluxo. A figura 3.7 mostra o processo de reserva em um
roteador.
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reserva existente e não precisa mais ser passada adiante. A figura 3.8 mostra a aglutinação
de reservas em um fluxo multicast.
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máxima, perda de pacotes etc..) para uma dada carga em um dado momento. A diferença
entre os serviços integrados e os serviços diferenciados é que estes propiciam discriminação
de serviços progressiva na Internet sem precisar de estados por fluxo e de sinalização a
cada salto. Não é necessário realizar uma reserva de QoS em cada fluxo. Com DS, o tráfego
Internet é dividido em diferentes classes com diferentes requisitos de QoS.
Um componente central do DS é o SLA (Service Level Agreement – acordo de nível de
serviço). O SLA é um contrato de serviço entre um cliente e um provedor de serviços que
especifica os detalhes da classificação de tráfego e o serviço de encaminhamento
correspondente que um cliente deve receber. Um cliente poderia ser uma organização de
usuários ou outro domínio DS. O provedor de serviços precisa garantir que o tráfego de um
cliente, com o qual ele tem um SLA, obtém a QoS contratada. Assim, a administração da
rede do provedor de serviços precisa definir os planos de ação dos serviços apropriados e
medir o desempenho da rede para garantir o desempenho de tráfego combinado.
Para distinguir os pacotes de dados de clientes diferentes em dispositivos de rede capazes
de DS, os pacotes de IP são modificados em um campo específico. Um pequeno padrão de
bits, chamado byte DS, cada pacote IP é usado para marcar os pacotes que irão receber um
tratamento de encaminhamento particular em cada nó da rede. O byte DS usa o espaço do
octeto TOS no cabeçalho IP Ipv4, “Formato de um Datagrama IP”, e o octeto da classe de
tráfego no cabeçalho de Ipv6. Todo tráfego da rede dentro de um domínio recebe um
serviço que depende da classe de tráfego especificada no byte DS.
Para oferecer os serviços em conformidade com o SLA, os mecanismos a seguir precisam
ser combinados em um rede:
. Configurar os bits do byte DS (octeto TOS) nas bordas da rede e nas fronteiras
administrativos.
. Usar esses bits para determinar como os pacotes são tratados pelos roteadores dentro da
rede.
. Condicionar os pacotes marcados nas fronteiras da rede de acordo com os requisitos de
QoS de cada serviço.
A arquitetura DS atualmente definida propicia somente a diferenciação de serviços em um
sentido e, portanto, é assimétrica. O desenvolvimento de uma arquitetura simétrica
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. A dependência do RSVP dos estados por fluxo e dos processamentos por fluxos aumenta
a preocupação com a capacidade de ampliação em redes grandes.
. Hoje em dia, um pequeno número de host gera sinalização RSVP. Embora espera-se que
esse número cresça dramaticamente, muitos aplicativos podem nunca vir a gerar a
sinalização RSVP.
. Muitos aplicativos exigem alguma forma de Qos, mas são incapazes de expressar essas
necessidades usando o modelo IS.
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Duas intranets de clientes capazes de RSVP são conectadas ao backbone Internet DS. Os
roteadores R2 e R3 são roteadores de fronteira que podem condicionar o tráfego de entrada
e de saída nas interfaces da rede DS com as redes IS. Em nosso exemplo, os roteadores de
fronteira não são necessários para executar RSVP. Espera-se que eles implementem as
funções de fiscalização do roteador DS de ingresso. Deve haver um conjunto de serviços de
ponta a ponta definidos na rede DS que permite o mapeamento das reservas de fluxo RSVP
para uma classe de serviço DS apropriada. Os roteadores na rede DS precisam fornecer um
conjunto de comportamento por salto, que propicia o serviço de uma conexão real ponto a
ponto. Deve ser possível aos aplicativos RSVP chamar níveis de serviços específicos de
ponta a ponta para seus fluxos de tráfego na rede DS. Nesse modelo, as intranets IS são
clientes da Internet DS.
Os roteadores de borda R1 e R4 são roteadores especiais que trabalham tanto na região
RSVP/IS como na região DS da rede. Esses roteadores podem ser vistos como divididos em
duas metades. Uma metade suporta RSVP padrão e faz interface com as intranets. A outra
metade suporta DS e faz interface com a Internet DS. A metade RSVP precisa ser, pelo
menos, capaz parcialmente de RSVP. O Roteador precisa ser capaz de processar mensagens
PATH e RESV mais não é preciso que suporte classificação de pacotes e armazenamento
de estados RSVP. A metade DS do roteador propicia a interface com a função de controle
de admissão na rede DS. Se o acordo de serviço entre as intranets IS e a Internet DS for
estático, o serviço de controle de admissão pode ser uma tabela simples que especifica a
QoS em cada nível de serviço. Se o acordo de serviço for dinâmico, o serviço de controle
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Controle de admissão: Determina se recursos estão disponíveis para aceitar ou rejeitar uma
solicitação.
Programador de pacote: Arquiva a QoS prometida para cada interface de saída.
O slide mostra um diagrama para RSVP. Dois módulos dentro do RSVP conhecidos como
controle de admissão e controle de diretiva são usados por uma solicitação de RSVP. O
controle de admissão determina se o nó tem os recursos disponíveis para aceitar a
solicitação. O controle de diretiva determina os direitos de permissão do solicitante. O
controle de diretiva determina os direitos de permissão do solicitante. Se uma dessas
verificações falhar, o solicitante é descartado e a mensagem é enviada de volta para o
solicitante (o aplicativo que fez a solicitação), indicando o tipo de falha. Se ambas as
verificações forem removidas, os parâmetros serão definidos no classificador de pacote e
no programador de pacote na esperança de obter os recursos exigidos pela solicitação.
Resumo do RSVP
As demandas de usuários individuais por um melhor serviço de IP estão levando à
necessidade de algum tipo de reserva de largura de banda. A maioria de nós continua
usando o telefone para fazer esse tipo de comparação. A Internet continua entregando
qualquer tipo de dados com base na seguinte fórmula: primeiro que vem, primeiro que vai.
Os roteadores ainda soltam uma extraordinária quantidade de pacotes através da Internet,
provocando retransmissões. Mais aplicativos estão sendo executados através da Internet
diariamente. Aplicativos multimídia são os que exigem QoS somente porque os usuários
assim o exigem. Esperamos isso devido às redes de TV a cabo e de telefone. O RSPV
permitirá que isso exista, mas ele permanecerá restrito aos pockets de redes e não a toda a
Internet. O RSVP colocará grandes demandas sobre os roteadores. Os roteadores atuais
ainda têm de provar que podem manipular alguma coisa a mais do que simples
encaminhamento de dados e mesmo isso não o estão fazendo bem. Roteadores mais
rápidos estão chegando ao mercado e ajudarão a diminuir o problema.
A internet está se tornando canalizada, o que significa que haverá fluxos de dados
percorrendo a Web os quais um usuário pode sintonizá-los. A questão que estou tentando
levantar é que o QoS é composto de muitos fatores, e que o RSVP é apenas um deles. Não
pensem que com a aplicação do RSVP todos os seus problemas aplicando outros fatores
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Hierarchical Weighted Fair Queuing (HWFQ): Variação de WFQ, a técnica usa como
medida de avaliação o retardo de pacotes, no pior dos casos, sob cenários de tráfego
variados. Avalia o retardo de pacote com base em tráfego dinâmico em tempo real.
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A solução
O software Cisco IOS fornece um conjunto de ferramentas repletas de recursos e soluções
de QoS para tratar das diversas necessidades de aplicações de voz, vídeo e dados. A
tecnologia de QoS do Cisco IOS permite que redes complexas controlem e atendam de
maneira previsível várias aplicações em redes e tipos de tráfego. Empresas de pequeno e
médio porte, empresas de grande porte e provedores de serviço, todos se beneficiam ao
implantar a QoS da Cisco em suas redes. Largura de banda, atraso, jitter e perda de pacote
podem ser controlados com eficiência. Garantindo os resultados desejados, os recursos de
QoS conduzem a serviços eficientes e previsíveis para aplicações vitais para os negócios.
Utilizando os sofisticados recursos de QoS disponíveis no software Cisco IOS, as empresas
podem criar redes que se ajustam ao modelo Serviços integrados (IntServ – Integrated
Services) ou ao modelo Serviços diferenciados (DiffServ – Differentiated Services) da
Internet Engineering Task Force (IETF). Os recursos de QoS dos Cisco IOS também
fornecem funcionalidade de valor agregado, como reconhecimento de aplicação de rede
(NBAR – Network-Based Application Recognition) para classificar tráfego com base em
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Aplicações
As empresas de pequeno e médio porte normalmente não podem arcar com as despesas de
atualização contínua das velocidades de enlace em suas redes. Os recursos de QoS do
software Cisco IOS fornecem uma solução alternativa para adoção das largura de banda
disponíveis e seu gerenciamento de modo eficiente, visando a atender às exigências da
aplicação. Mecanismos como fragmentação e intercalamento de enlace (LFI – Link
Fragmentation and Interleaving), Protocolo de tempo real compactado (CRTP –
Compressed Real-Time Protocol), enfileiramento moderado ponderado (WFQ – Weighted
Fair Queuing) e enfileiramento de baixa latência (LLQ – Low-Latency Queuing) permitem
a distribuição mais eficiente da largura de banda disponível entre as aplicações.
As empresas podem implantar os recursos de QoS IntServ e DiffServ do Cisco IOS de
modo rápido e fácil em uma rede inteira. Com soluções de QoS de ponta a ponta,
aplicações vitais para a empresa e de multimídia podem ser priorizadas e ter garantida a
largura de banda de rede e os limites de atraso necessários. Conexões de WAN de alto
custo também podem ser utilizadas do modo mais eficiente possível, ao mesmo tempo
garantindo pouco atraso, jitter e lagura de banda assegurada para voz sobre IP (VoIP).
RSVP, enfileiramento moderado ponderado baseado em classe (CBWFQ – Class-Based
Weighted Fair Queuing), taxa de acesso consolidada (CAR – Commited Access Rate),
modelagem genérica de tráfego (GTS – Generic Traffic Shaping) e detecção antecipada
aleatória ponderada (WRED – Weighted Random Early Detection) são apenas algumas das
principais ferramentas do Cisco QoS para empresas. Um provedor de serviços pode
oferecer redes virtuais privadas (VPNs) ativadas por QoS e serviços não-VPN para
conquistar vantagem competitiva. Os recursos intimamente integrados Cisco DiffServ e
comutação de rótulo multiprotocolo (MPLS – Multiprotocol Label Switching) permitem
maior diferenciação com serviços IP de ponta a ponta. Provedores de serviços que
fornecem a clientes serviços ATM e Frame Relay tradicionais também podem beneficiar-se
dos recursos QoS IP-para-Classe de serviço (CoS) ATM da Cisco, modelagem de tráfego
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Frame Relay (FRTS – Frame Relay Traffic Shaping), fragmentação Frame Relay (FRF.12)
e outras soluções.
Por final, o mapeamento de reservas RSVP para QoS de circuito virtual permanente (PVC)
e circuito virtual comutado (SVC) ATM também é uma ferramenta de diferenciação para
provedores de serviços que fornecem serviços QoS de ponta a ponta.
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como VoIP e comércio de ações, entre outras, podem precisar ser encaminhadas com a
menor latência e jitter. (até um limite previamente estabelecido). O enfileiramento de
baixa latência (LLQ – Low-Latency Queuing) da Cisco oferece tal solução. Para outro
tráfego não sensível a atraso (como FTP, HTTP etc.), outras técnicas de enfileiramento
como CBWFQ e rodízio de déficit modificado (MDRR – modified Deficit Round-
Robin) podem ser usadas. As técnicas de enfileiramento podem ser instanciadas usando
a estrutura de política da MQC, também
- Condicionamento de tráfego – O tráfego que entra em uma rede pode ser condicionado
com o uso de um gerador de políticas ou modelador. Um gerador de políticas
simplesmente aplica um limite de taxa, enquanto que um modelador harmoniza o fluxo
de tráfego para uma taxa especificada com o uso de buffers. Novamente, mecanismos
como taxa de acesso consolidada (CAR – Committed Access Rate), modelagem
genérica de tráfego (GTS – Generic Traffic shaping) e modelagem de tráfego Frame-
Relay (FRTS – Frame-Relay traffic Shaping) podem ser configurados fora/dentro da
estrutura MQC
- Sinalização – O Cisco IOS, além de oferecer suporte à QoS previamente estabelecida
(incluindo o modelo de serviços diferenciados (DiffSer – Differentiated Services) IETF
com integrados (IETF-Integrated Services). O protocolo de reserva de recurso é o
mecanismo principal para realização de Controle de Admissão para fluxos em uma
rede. Um exemplo perfeito é no caso de VoIP (voz sobre IP). Uma chamada é
completada somente se houver recursos disponíveis para isso, garantindo que uma
chamada que esteja entrando em uma rede não sobrecarregue nem afete a qualidade de
chamadas existentes. Uma outra técnica, de chamada de propagação de política QoS via
BGP (QPPB – QoS Policy Propagation via BGP), permite sinalizar indiretamente
(usando o atributo lista de comunidades em BGP) a prioridade de encaminhamento para
pacotes destinados a um sistema autônomo, via AS ou prefixo IP. Este é um recurso
muito útil para provedores de serviços e empresas de grande porte
- Mecanismos de eficiência de enlace – Tráfego de voz e vídeo contínuo utiliza o
protocolo de tempo real (RTP – Real-Time Protocol). Cabeçalhos dos pacotes IP, UDP
e RTP podem ser compactados de aproximadamente 40 bytes para 5 a 8 bytes. Isso
economiza uma imensa quantidade de largura de banda no caso de enlaces em baixa
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Suporte de plataforma
Os recursos de QoS do Software Cisco IOS são suportados em:
- Roteadores Cisco 8xx, 16xx, 17xx, 25xx, 36xx, 4xxx, 72xx, 75xx, 85xx e 12xxx
Switches: Catalyst 4xxx, 5xxx e 6xxx.
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Serviços diferenciados para diversos tipos de tráfego – Obtenha níveis de serviço voltados
para empresas por meio de redes corporativas utilizando o QPM-PRO 2.0 para configurar a
classificação de tráfego e permitir a execução da política QoS através de dispositivos Cisco.
Suporte QoS completo para voz sobre IP – Define e aplica políticas que garantem
prioridade estrita para tráfego de voz em redes Cisco A AVVID (Architecture for Voice,
Video and Integrated Data).
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Suporte amplo de dispositivo e Cisco IOS – Somente o QPM-PRO 2.0 pode ser utilizado
com mais de 20 diferentes roteadores e switches Cisco e também com uma ampla gama de
versões do software IOS e Catalyst OS.
Relatórios baseados na Web – Os relatórios baseados na Web são utilizados para visualizar
e analisar rapidamente o gerenciamento da política de QoS.
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Grupos de host
Você pode criar grupos de host com base em endereços IP, faixas de endereços IP, nome
DNS ou combinação de máscaras e endereços IP. Quando da definição de políticas de QoS,
o usuário pode utilizar esses grupos de host ao invés de especificar o usuário final, servidor
ou endereço de rede individual. A medida que novos hosts são incluídos ou removidos,
você somente precisa atualizar e reaplicar o grupo de host para a rede ao invés de
reconfigurar as ACLs de diversos dispositivos.
Controle de acesso
O QPM-PRO 2.0 amplia a segurança quanto a possibilidade de permitir ou negar transporte
de pacotes para dentro e para fora das interfaces . As políticas de controle de acesso podem
ser ativadas ou desativadas globalmente ou especificadas com base em dispositivos. Além
disso, o QPM-PRO 2.0 tem um mecanismo de filtro da política de QoS que fornece a opção
de excluir tráfego específico de níveis de serviços definidos.
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Execução da QoS
O QPM-PRO 2.0 suporta a execução de serviços diferenciados utilizando ACLs estendidas
para definir políticas de rede para tratamento de congestionamento e alocação de largura de
banda. O QPM-PRO 2.0 suporta gerenciamento de congestionamento utilizando CBWFQ,
rodízio ponderado (WRR – Weighted Round Robin), enfileiramento de prioridade,
enfileiramento personalizado e enfileiramento moderado ponderado (WFQ – Weighted Fair
Queuing); anulação de congestionamento utilizando o WRED; limitações de largura de
banda de entrada e saída utilizando a taxa de acesso consolidada (CAR – Commited Access
Rate) e modelagem de acesso utilizando GTS e FRTS.
QoS de campus
O QPM-PRO 2.0 amplia o controle da política de ambientes de campus e WAN suportando
os mais recentes switches Catalyst, incluindo o Catalyst 2948G-L3, 4908G-L3, 4003 e
4006 com placa de linha de camada 3 e o Catalyst 5000 e 6000 (com MSFC e o módulo
FlexWAN). Agora há uma ampla gama de recursos de QoS de campus integrados. Eles
incluem:
- Classificação de pacotes IP, que permite serviços de tráfego diferenciados em toda a
rede com base em uma porta de entrada
- Classificação por VLAN
- Política de largura de banda, que permite a limitação de taxa de tráfego com base na
porta
- Gerenciamento de perda de limiares, que dá preferência a tráfego de maior prioridade
- Programação de tráfego, que aloca tráfego para filas de transmissão de saída conforme
o valor de precedência IP ou DSCP
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No Catalyst 5000, o QPM-PRO 2.0 permite que vocêaplique rapidamente uma política de
classificação com base nos endereços de origem e destino IP (Camada 3), com o UDP ou
TCP e uma porta de origem e destino de camada 4. A classificação de QoS é configurada
no campo ToS do cabeçalho IP no pacote, que pe então transportada para além do domínio
do switch. O Catalyst 6000 oferece um valioso conjunto de capacidade de QoS, incluindo
classificação de pacotes, políticas de largura de banda por porta e microfluxo e
programação de tráfego, dando aos administradores a capacidade de direcionar o tráfego de
alta prioridade para uma fila dedicada. Na família de switches Catalyst, o tráfego pode ser
programado utilizando o WRR.
QoS de voz
O QPM-PRO 2.0 suporta diversos recursos recomendados para garantir serviço de
prioridade utilizando o mais recente software Cisco IOS e dispositivos de campus e WAN.
Os recursos de QoS suportados para voz incluem o CBWFQ com LLQ, prioridade RTP IP,
FRTS, GTS e limitação de taxa. Os recursos de QoS adicionais suportados incluem o FRTS
ampliado com FRF12 e enfileiramento moderado Frame Relay e largura de banda de voz
Frame Relay, cRTP, LFI, configuração RSVP para dispositivo de campus e WAN e
capacidade de tráfego Catalyst 6000, incluindo IP2Q2T.
Instalação da política
O QPM-PRO 2.0 tem diversos recursos avançados para garantir que a montagem de
políticas QoS seja precisa. Com o QPM-PRO 2.0, é possível:
- Definir números ACL
- Revalidar resoluções DNS
- Fazer upload de configurações de QoS de dispositivos existentes
- Detectar alterações da política baseada em dispositivo
- Detectar versões do software Cisco IOS e do Catalyst SO (Sistema Operacional)
O componente do gerenciador de distribuição do QPM-PRO 2.0 controla e audita a
distribuição de políticas de QoS para dispositivos de rede. Os recursos de controle de
distribuição do sistema permite que um administrador de rede:
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operadora. Já as de menor porte não possuem pessoal nem orçamento para essa finalidade e
têm de conviver com o mínimo possível de problemas. Nesse sentido, a QoS permitirá a
oferta de gerenciamento, banda por demanda e VPN, entre outros serviços disponíveis no
mercado internacional, que está muito mais avançado nessa área.
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[3] MURHAMMER, Martin W.; ATAKAN, Orcun; BRETZ, Stefan; PUGH, Larry R.;
SUZUKI, Kazunari; WOOD, David H.; TCP/IP Tutorial e Técnico. São Paulo: Makron
Books do Brasil Editora Ltda.
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