Palestra - A Familia Cristã

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Palestra - A Famlia Crist

O Padro Divino Para os Maridos. Se perguntarmos a qualquer homem casado: Voc ama sua esposa?, ele vai responder: claro! Claro que sim!. Com esta resposta ele estar dizendo o que sente por ela ou, talvez, o que faz por ela em termos de cuidado e considerao. Todavia, o amor de que o apstolo Paulo fala, Maridos, amai vossas mulheres, como tambm Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela (Ef 5.25), no avaliado pelo que se sente, e nem mesmo pelo que se faz. Antes, esse amor avaliado pelo sacrifcio pessoal. 1 parte Marido, ame a sua esposa. SACRIFIQUE-SE POR ELA O Novo Testamento foi escrito em grego. Nessa lngua h trs palavras que so traduzidas por uma s palavra em portugus: -amor. Eros o amor passional, amor-sentimento, amor-desejo; vem da a palavra erotismo. A palavra Eros no foi usada uma nica vez no Novo Testamento; entretanto, esse o sentido mais comum da palavra amor. -Phileo significa o amor-afeio, o cuidado humano; da vem palavra filantropia. um termo pouco usado no Novo Testamento. -gape quer dizer: amor que se avalia pelo sacrifcio. usada frequentemente no Novo Testamento para descrever o amor de Deus e o amor que ele coloca no corao do homem. deste amor que falam Joo 3.16, Romanos 5.5 e I Corntios 13. Paulo usou a mesma palavra gape quando disse: Maridos, amai vossas mulheres, e est bem claro que o sentido o de um amor que se dispe a sacrifcios, pois ele continua: ...como tambm Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela.(Ef 5.25.) 1. Alicerce espiritual do padro de Deus para a famlia. primeira vista, a posio de autoridade do esposo e pai sobre a mulher e filhos parece bem vantajosa para o homem: Sou o senhor do meu castelo, o soberano, o governador de tudo. Entretanto, preciso ir mais alm, pois a autoridade divina com que ele investido tem Cristo como modelo, e a autoridade de Cristo est fundamentada no seu sacrifcio. S depois do Calvrio foi que disse aos seus discpulos: Toda autoridade me foi dada no cu e na terra. (Mt 28.18). A autoridade de Cristo e, portanto, a de um marido e pai, no humana, nem carnal. No questo de uma pessoa poder dominar as outras. Trata-se de uma autoridade espiritual e divina, que se baseia em sacrifcio pessoal. 2. O sustento da famlia. A expresso mais evidente e bsica dessa verdade pode ser observada no fato de que cabe ao marido sustentar a famlia. Um dos sintomas do colapso moral de nossa poca a facilidade com que o marido passa essa responsabilidade para a esposa. O fato de senhoras casadas, e mesmo com filhos, trabalharem j se tornou to comum que raramente se pensa no grande desvio do padro divino que isso representa, e em como os seus efeitos so prejudiciais vida familiar. A responsabilidade de cuidar do sustento da famlia recai sobre o homem. A mulher, de bem grado, a toma para si, devido sua tendncia natural para ser precavida quanto s coisas materiais, mas o fardo pesado demais para ela. O homem foi provido de ombros mais fortes e tem, por natureza, uma estabilidade mental maior, que lhe permite suportar bem as presses causadas por essas preocupaes. A mulher fica desalentada e deprimida mais facilmente. Deus a fez assim e, por isso, tambm a poupou da responsabilidade de sustentar a famlia. 3. A mordomia cuidadosa dos bens. A mordomia fiel e cuidadosa dos bens materiais cabe bem esposa; o trabalho rduo e a

preocupao de adquiri-los cabem somente ao homem. A economia, o controle no gastar e a fidelidade so as virtudes domsticas da mulher; a atividade incansvel para manter o bem-estar econmico da famlia a tarefa do homem. O cuidado dos filhos e do lar entregue mulher, e j o bastante. Que o marido cumpra a sua responsabilidade de sustentar a famlia para que a mulher no encontre pretexto de tomar para si mais do que lhe atribudo. 4. O trabalho fora do lar. No h renda que compense o quanto famlia perde quando a me gasta suas energias fo do ra lar. Que o marido, ento, se encarregue de sustentar a famlia de modo adequado. Se ele, por vocao, abraou uma profisso pouco rendosa, aos olhos de Deus no desonra ele viver modestamente, dentro daquele limite de renda. Todavia, vergonhoso deixar que a vontade de possuir coisas materiais nos leve a rejeitar o padro que Deus estabeleceu para o prprio bem da famlia. Assim como a Igreja deve confiar somente em Cristo para a proviso de tudo o que precisa, assim tambm todas as necessidades da esposa e dos filhos devem ser supridas atravs do trabalho do marido. 5. Renunciando a comodidade. Se for necessrio que ele renuncie em parte sua comodidade e ao prestgio de que goza junto aos amigos, por ter que limitar o seu padro de vida quilo que ele pode, sozinho, prover para a famlia, estar fazendo exatamente o que Deus espera dele. Esta apenas uma ilustrao do papel do marido, que o de negar-se a si mesmo, isto , expressar seu amor negando o seu eu, deixando de lado o orgulho e renunciando o conforto pessoal para servir famlia. 6. O Plano de Deus. Um homem que leva a srio a sua posio dentro do plano de Deus para a famlia precisa, portanto, experimentar na vida prtica a realidade das palavras de Jesus: Se algum quer vir aps mim, a si mesmo se negue, tome, a sua cruz e siga-me. (Mt 16.24). Deus diz que o homem deve amar sua mulher. Porm, este deve ser o amor gape, que superior at ao amor mais sublime que um homem possa, no plano natural, sentir por uma mulher; uma flor rara e divina, que s viceja onde o eu negado, sacrificado e entregue morte. A ordem de Deus aos maridos amai a vossas esposas implica em um chamado para a comunho dos sofrimentos de Cristo, a comunho da cruz. verdade que este amor pode parecer to intangvel e espiritual que bem pouco poderia proporcionar da calidez, do conforto e da segurana de que a mulher precisa para enfrentar os embates dirios da vida e do casamento. Todavia, vejamos como ele prtico e real.

2 parte Marido, ame sua esposa. CUIDE DA VIDA ESPIRITUAL DELA

Segundo as Escrituras, o homem que ama a esposa coloca as necessidades espirituais dela em primeiro lugar. Seu primeiro interesse que ela mantenha com o Senhor uma comunho adequada. Compreende que a verdadeira felicidade e a realizao pessoal da esposa, como mulher, esposa e me devem se firmar na base slida da comunho com Cristo. Isto no significa apenas uma aquiescncia devota necessidade de ela ser religiosa, ou de ver as coisas de uma perspectiva espiritual, mas, sim, uma perfeita compreenso da importncia primordial da pessoa de Jesus Cristo e do seu absoluto senhorio. Se Deus permite que o marido ajude a firmar e a dar maior significado ao relacionamento da esposa com Jesus, no ser isso motivo para que ambos se regozijem? Haver maneira melhor de um marido demonstrar seu amor pela esposa? 7. A tarefa principal do marido. A principal tarefa do marido cristo cuidar da santificao de sua esposa. O seu modelo Cristo, que se sacrificou pela Igreja, para santific-la. O esposo no somente deve levar a mulher a ter uma vida crist normal, como tambm fazer tudo ao seu alcance para que ela possa receber, na

igreja, todas as bnos de Deus. No lar, por meio da orao e da palavra, deve ampar-la em esprito, incentivar suas aspiraes espirituais e ajud-la a crescer no conhecimento das coisas de Deus. 8. Conselheiro espiritual. Pastor algum tem o direito de ser o conselheiro espiritual de uma mulher casada, ou de exercer autoridade sobre ela contra a vontade do marido. At mesmo o pastor da igreja onde a famlia se congrega, precisa evitar tomar para si o encargo do bem-estar espiritual da mulher casada, pois essa responsabilidade do marido. Se o pastor interferir, o marido tem o direito de opor-se. Deve deixar para o homem a parte que cabe a este da responsabilidade pelo bem-estar espiritual da famlia. Que ele tome, realmente, o pesado fardo de sua responsabilidade. Assim como o lder de uma congregao tem que dar contas do progresso espiritual de cada um que est sob seus cuidados, tambm o chefe de uma famlia tem que dar contas do estado espiritual em que seu lar se encontra. Tanto Deus como os homens esperam isso dele. O louvor ou a censura que a esposa recebe suas virtudes ou suas faltas atingem-no diretamente. 9. Influencia espiritual. No possvel e nem correto que outra pessoa tenha maior influncia na vida espiritual de uma mulher do que o seu prprio marido. Ele no pode endurecer o seu corao para com a pessoa que foi totalmente confiada aos seus cuidados; antes, o marido precisa sacrificar-se a si mesmo, para poder exercer uma influencia espiritual na esposa e promover a espiritualidade dela. 10. O marido deve cuidar da santificao da esposa. A esposa foi entregue ao marido como uma pessoa sagrada. dever dele fazer todo o possvel para que ela no s se conserve assim, mas tambm seja confirmada e aperfeioada em santidade. O marido, mais que ningum, pode ser uma grande pedra de tropeo para vida espiritual de sua esposa; por outro lado, ningum, melhor que ele, pode incentiv-la a prosseguir. O homem foi designado por Deus para ser, para a esposa, um vaso de bnos celestes. 11. Ensinando o que aprendeu. Ela deve aprender dele o que ele recebeu na igreja para o bem espiritual de ambos. (Ler I Co 14.35) Talvez o conhecimento que ela tem das coisas de Deus seja menor que o dele. Pode haver ainda alguns empecilhos ao seu crescimento espiritual. O marido, tendo ele mesmo j passado por isso, no deve desanimar, nem perder a esperana e nem adotar uma atitude de desconfiana para com a sua esposa. 12. Usando de mansido. Com toda a mansido e firmeza, deve se manter firme naquilo que sabe ser bom. Atravs dele Deus esclarecer a esposa, far com que mude de parecer e a guiar pela vereda certa. O diabo provoca desacordos entre os cristos. Que o marido fique de sobreaviso para que essas divergncias no o afastem de sua esposa. preciso que ele no se julgue superior a ela em relao aos aspectos bsicos da vida espiritual. 13. Lao de unidade. Deve reconhecer no casamento um lao divino de unidade. luz deste fato, toda divergncia que possa se interpor entre eles de importncia secundria. Que o homem ao olhar para sua mulher, pense com alegria: Minha misso ser uma bno para ela, e no apenas faz-la feliz aqui na terra. Tenho que me sacrificar para o seu bem-estar eterno. Devo am-la como Cristo amou a Igreja. 14. Levando a srio o plano divino. Um homem que leva a srio o seu papel dentro do plano divino para a famlia, no fica indiferente ao relacionamento de sua esposa com Cristo e nem foge sua responsabilidade usando de desculpa dizendo: Isso entre ela e Deus. Ele reconhece que sua misso, sob a direo do Senhor, ser o cabea espiritual da esposa. Como Cristo responsvel pelo cuidado e pelo crescimento da igreja, o marido tem a responsabilidade de cuidar do crescimento espiritual da esposa e dos filhos. Esta comparao est bem clara em Efsios 5. 25-33.

3 Parte Marido, ame a sua esposa. SUBMETA-SE CRUZ PERANTE ELA

Como que o marido pode se fazer cumprir sua responsabilidade de cabea? Dominando a esposa? Fazendo com que ela obedea s ordens? Obrigando a ouvir suas consideraes sobre a -a vida espiritual e sobre os princpios que a regem? No!. Ele o faz dando-se totalmente por ela; isto , submete-se cruz diante dela. Pelo seu exemplo, ele mostra esposa o que significa morrer para o ego. Faz isso no somente para a sua prpria santificao, mas tambm em benefcio dela. Em resumo, ele no a obriga e nem mesmo a guia, no sentido convencional do termo. Antes, ele a aproxima de Cristo, ao permitir que a cruz atue na sua prpria vida. 15. A prtica do dia a dia. Como que isso funciona na prtica? Vejamos um exemplo bem comum: quando os dois se desentendem, o marido deve ser o primeiro a se humilhar e pedir perdo por aquilo que fez de errado. Isto implica em morrer para o ego. Pode ser que a culpa da mulher seja to grande, ou at mesmo maior que a dele, mas no importa. O encargo do marido amar sua esposa como Cristo tambm amou a igreja. Jesus humilhou-se a si mesmo pela culpa dos nossos pecados sendo ns ainda pecadores. (Rm 5.8) 16. Renunciando seus direitos pessoais. Nesta situao, o marido no julga o pecado da esposa e, acima de tudo, no procura prever o efeito que o seu arrependimento ter na atitude dela. Ele se submete cruz nega o seu eu e renuncia a seus direitos pessoais porque esta a vontade de Deus para ele, como esposo. A porta de entrada para a vida espiritual e para qualquer bno o arrependimento. Como chefe espiritual da famlia, o homem precisa ser o primeiro a se arrepender. 17. Segundas intenes. O pedido de desculpas do marido no o motivo para que ele seja tentado a dizer: Agora que eu confessei o meu erro, voc deve confessar o seu! Mas o marido no pode submeter-se cruz com segundas intenes. Dispe-se a isso, e o faz antes dos outros membros da famlia, porque Deus pede isso dele; porque o Esprito Santo operou nele um quebrantamento profundo e verdadeiro por seu prprio pecado, e sabe que o arrependimento e o perdo representam nica soluo. 18. Exortando a esposa. O marido que se empenha em exortar sua esposa quanto ao dever dela lhe ser submissa sua autoridade est agindo de forma errada ao que diz a Palavra de Deus.. A misso que Deus lhe confiou foi a de cumprir o seu papel na famlia e no a de ficar constantemente implicando com a esposa quanto s obrigaes dela. 19. A autoridade com sabedoria. Moiss foi um dos maiores lderes de todos os tempos. Deus o investiu de grande autoridade. Entretanto, a Bblia o aponta como sendo um varo... mui manso mais do que todos os homens que havia sobre a terra. (Nm 12.3) Quando os filhos de Israel se rebelavam contra ele, Moiss ia para o tabernculo e ali levava o caso a Deus. O Senhor, ento, se encarregava dos rebeldes. (Nm 12.10; 16.33) Porm, quando Moiss procurou resolver as coisas a seu modo, descarregando sobre o povo a sua irritao, Deus foi extremamente severo com ele, a ponto de lhe negar o privilgio de entrar com os israelitas na terra prometida. (Nm 20.2-12). A autoridade exercida pelo marido sobre a esposa e sobre os filhos no a sua prpria; vem de Deus. Deve exerc-la com firmeza a sabedoria, mas Deus quem a estabelece e mantm. 20. Recorrendo a Deus. Se a esposa e os filhos se revoltarem contra essa autoridade, o marido deve recorrer a Deus, em primeiro lugar em orao.

Senhor, por que razo no estabeleo minha autoridade nesta casa? O que h em mim, que me torna um instrumento inadequado para cumprir os teus propsitos?. Paulo afirma: Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabea de todo homem, e o homem o cabea da mulher... (I Co 11.3). 21. O exemplo de submisso. Se a mulher insubmissa ao marido, necessrio verificar se o marido no est sendo um mau exemplo para ela, agindo como um insubmisso a Cristo. Somente quem sabe obedecer est apto a exercer autoridade. Um homem que tenha uma famlia rebelde deve verificar o seu relacionamento com Cristo. E verificar se ele tem um relacionamento de aquebrantamento, arrependimento, ternura e mansido. Se isso acontece Deus o honra confirmar sua autoridade no lar. 22. Holocausto dirio. A vida e o amor do marido deve ser holocausto dirio, um sacrifcio do ego. Oferecer-se assim famlia resultar, inevitavelmente, em um sofrimento para o marido e pai; porm, esta vontade e a ordem de Deus. Uma promessa do Senhor, que rene os dois aspectos desta experincia o verso de Joo 12.24: Se o gro de trigo, caindo na terra, no morrer, fica ele s; mas se morrer, produz muito fruto. Assim, afirma a Palavra de Deus: Maridos, amai vossas mulheres isso no implica apenas em ele nutrir sentimentos de carinho e ternura para com a esposa; significa que o marido deve morrer por ela, como Cr5isto morreu pela Igreja. Como resultado dessa morte, o Esprito Santo produzir o seu fruto na vida da famlia: Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansido, domnio prprio (Gl 5.22).

4 parte Marido, ame a sua esposa. EXERA A AUTORIDADE COM HUMILDADE

A autoridade foi dada ao marido e deve permanecer com ele; entretanto, o homem no deve consider-la um direito seu, mas uma obrigao. Ele nunca deve pensar no poder que lhe foi entregue sem pensar tambm na responsabilidade que pesa nos seus ombros. Deve reconhecer que o domnio lhe um fardo e deve carreg-lo como tal. Em casa, tudo deve ser feito de acordo com a sua vontade, (baseado no bom senso), pois a responsabilidade dele. Que ele no fuja dela, nem deixe de exerc-la por falta de firmeza, j que fugir impossvel. 23. A responsabilidade O marido ter de prestar contas de tudo que, com seu consentimento acontecer em seu lar. Se tolerar o que insensato, prejudicial e ofensivo sua famlia, no haver justificativa para ele. De nada lhe valer alegar que permitiu que o leme escorregasse de suas mos por amor paz. Que ele no ouse renunciar sua responsabilidade com o pretexto de que est procurando evitar o mal de uma discrdia domstica, pois sua responsabilidade no lhe foi dada por homens, mas por Deus. O marido deve abster-se de uma irritante demonstrao de autoridade; todavia, em todos os assuntos de importncia, ele precisa, humilde e sabiamente, mas com firmeza e deciso, manter sua posio de cabea do lar. 24. Mantendo a liderana. Uma esposa escreveu certa vez o seguinte: O importante que vocs no renunciem liderana. No nos entreguem as rdeas. Ns consideraramos isso como uma abdicao que nos confundiria. Deixaria-nos alarmadas e nos faria retroceder. bem verdade que s vezes procuramos lev -los a renunciar sua posio de nmero um em nosso lar. Essa a terrvel contradio que existe em ns. Aparentemente, estamos lutando com todas as

foras para ficarmos com a responsabilidade das decises; mas no intimo, queremos que vocs venam. E vocs tm que vencer, pois no fomos feitas para a liderana. Agimos assim s para impressionar. 25. Respeitando os espaos. Embora tenha autoridade e responsabilidade sobre tudo o que acontece no lar, o marido precisa respeitar a esfera de ao da esposa no tocante ao desempenho dos encargos a ela atribudos . Nesta rea, a atuao do marido de supervisionar apenas, deixando a autoridade e responsabilidade imediata com a esposa. A autoridade do marido no ser em nada diminuda pelo fato de ele pedir a opinio da esposa ou deixar que ela decida certos assuntos. Ser apenas uma questo de bom senso, desde que tais assuntos sejam da alada dela. como se o presidente de uma grande companhia deixasse algumas decises a cargo de seus chefes de departamento. 26. Ocupando a posio errada. Todo mundo tem certa tendncia para querer se sobressair naquilo que est fora de sua alada, e para mostrar sua sabedoria em assuntos que no lhe competem. Cai nesse erro a mulher que vive ansiosa para fazer valer sua opinio nos encargos mais importantes do marido. Nele cai tambm o homem que se envolve com as pequeninas coisas da economia domstica e imagina que as compreende melhor que sua esposa. 27. Apreciando o trabalho da esposa. A mulher precisa respeitar a autoridade do marido e sua rea de ao; e o marido no deve desfazer das atividades, aparentemente corriqueiras, da esposa. Seria uma injustia da parte dele julgar que o trabalho dela sem importncia. Deve lembrar-se de que seu dever no somente sustenta-la, mas tambm trata-la com carinho e delicadeza, respeitando seus sentimentos. Se depreciar o trabalho e as responsabilidades da esposa, tambm causar a ela uma mgoa profunda, dificilmente reparvel. 28. Valorizando a esposa. Um conselho quanto atitude do marido para com sua mulher. Existe uma vitamina especial que imprescindvel ao bem-estar de toda esposa. uma coisa que falta, algumas vezes, at em lares cristos. A valorizao da esposa, ela tambm precisa sentir-se valorizada, e necessita de motivao. Muitos maridos no se do conta de como grande essa carncia. Desobrigam-se dela dizendo algo assim: Olha, meu bem, eu me casei com voc, no foi? ou, ento Agora que eu j me casei com voc, no preciso continuar namorando; no ?. 29. Jia fina. Em Provrbios 31.10 e 28, o escritor sacro descreve o valor de uma boa esposa dizendo que excede em muito o de finas jias... Seu marido a louva, dizendo: Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas. Marido considere sua esposa um tesouro que lhe foi dado por um Deus generoso. Ame-a. Conceda-lhe honras. Reconhea seus talentos. Mostre gratido pelo que ela procura fazer, e considerao por seus sentimentos. Procure demonstrar o seu amor por ela, todos os dias, com sinceridade e ternura. Essa vitamina diria tornar a vida conjugal muito mais compensadora para ela e para voc. 30. Amai a vossa esposa. Maridos, amai a vossa esposa, e no as trateis com amargura. (Cl 3.19) Nestas palavras, Paulo menciona um defeito encontrado em alguns homens que pior que todos os outros: a aspereza. Ela acaba com o mais perfeito casamento, mesmo aquele que parecia firme como a rocha. O marido deixa de tomar cuidado com seu modo de agir em relao pequenas coisas, e se permite ser desatencioso em ocasies quando devia demonstrar amor ternura e o mais elevado respeito. Age respeitosamente para com qualquer estranho, e para os de fora que veste suas melhores roupas. Entretanto, em casa, ele uma pessoa totalmente diferente. Seria prefervel que magoasse qualquer outra pessoa no mundo, menos aquela que se deu to completamente a ele. dever de o marido procurar alegrar o corao de sua esposa e, atravs de uma conduta nobre e uma ateno solcita, renovar sempre os laos que os unem. Se ele tem motivos de queixa, que fale com ela, a ss, procurando no ferir os seus sentimentos.

31. Cuidando para no magoar. Toda censura feita na presena dos filhos e toda reclamao feita diante de estranhos magoam a esposa. Alm disso, essa atitude diminui a dignidade do marido. O casamento tem como base a estima mtua, e a cortesia um dos pontos onde se apia a estima. claro que a cortesia precisa ser sincera. No pode ser apenas uma ao mecnica, superficial. Todavia, os atos que mostram boas maneiras ajudam o relacionamento, e nenhum casal deve desprezar o seu uso na vida diria. No se deve ficar indiferente ao problema; boas maneiras no so um incmodo e nem algo ridculo. O desleixo no trajar e na maneira de falar dentro do lar pode chegar a ser falta de respeito. Sabemos que existe uma estreita relao entre o asseio do corpo e a pureza da alma. Semelhantemente, a negligncia das formas aparentes de respeito leva, facilmente, a um menosprezo pela dignidade de si prprio e dos outros. 32. O que recomenda as Escrituras. Ao exigir que as esposas sejam tratadas com ternura, e respeitadas como co-herdeiras da mesma graa de vida, as Escrituras acrescentam uma admoestao para os maridos: ... para que no se interrompam as vossas oraes. (I Pe 3.7) possvel que os sentimentos e o amor-prprio da esposa tenham sido feridos pelo marido, e ela carregue no ntimo essa mgoa secreta, que no ousa revelar a ningum. Existe, porm, um Juiz que est acima de todos e que se interessa por sua tristeza e defende sua causa. Quando lhe sobrevm um problema, ou nos momentos de meditao, o marido busca a Deus em orao. ento que Deus o leva a perceber como tem agido para com a esposa. Tratou-a mal ou a magoou? Ento a sua orao no pode alcanar os cus. quando o esposo se d conta de que os cus esto fechados para ele. Suas palavras como que caem no vazio; morrem ao chegar aos seus lbios. H algo entre ele e Deus que impede o seu acesso ao trono da graa a mgoa que causou esposa. Deus endurece o corao para com o homem, assim como este endureceu o seu para com a sua mulher. Ele foi cruel para com ela e agora precisa aprender que Deus tambm pode ser severo para com ele. Talvez ele tenha entristecido o Esprito de Deus ao tratar a esposa como tratou, e agora Deus faz com que experimente grande pesar. Deus agir com ele da mesma maneira como ele agiu com aquela que foi colocada sob sua autoridade. No poder se reconciliar com Deus antes que, com mansido e custa de sacrifcio pessoal, se reconcilie com a esposa. 33. Aprendendo com Jesus. A autoridade espiritual baseada num paradoxo. Jesus disse: Quem quiser ser o primeiro entre vs, ser o ltimo e servo de todos. Ele mesmo deu uma demonstrao prtica deste princpio quando lavou os ps dos discpulos. extremamente significativo o fato de esse ato de Jesus ter sido precedido das seguintes palavras: ...sabendo este (Jesus) que o pai tudo confiara s suas mos ... tomando uma toalha, cingiu-se com ela. (Jo 13.3,4). Plenamente cnscio de sua autoridade espiritual, Jesus lavou os ps dos discpulos. Seu ato tipifica a autoridade espiritual exercida do modo certo. A fonte dessa autoridade no o orgulho, nem a fora, e nem a autoconfiana, mas a humildade. A autoridade de um marido sobre sua esposa e filhos espiritual, e lhe conferida por Deus. Concluso: O princpio bsico de sua atuao est no mesmo paradoxo ilustrado por Jesus ao lavar os ps dos discpulos e posteriormente, ao deixar-se crucificar. Quem quiser exercer autoridade espiritual deve ser o servo de todos... e estar disposto a morrer em favor daqueles por quem responsvel. Maridos, amem a sua esposa! Renunciem ao orgulho, ao ego, e aos seus direitos pessoais. Sigam o Senhor Jesus at a cruz, e o amor que vem do Calvrio o amor que transforma florescer em seu lar! Maridos, amai vossas mulheres, como tambm Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela. (Ef 5.25). Grifo do autor.

Pr. Luiz Cezar de Souza Maio 2007

Fonte: http://www.ensinamentocristao.com.br/secoes/?id=45#

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