Dir. Constitucional - Marcelo Novelino - Aula Digitada
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DIREITO CONSTITUCIONAL
MARCELO NOVELINO
DIREITOS FUNDAMENTAIS:
que podem ser suprimidos sem que com isso se afete a dignidade da pessoa
humana (XXI, XXIX), enquanto outros são ao mesmo tempo formal e
materialmente fundamentais.
Parte da doutrina considera que a cláusula pétrea do Art. 60, § 4º, IV,
deve ser entendida que os direitos materialmente fundamentais são cláusulas
pétreas, os formalmente não são, porque podem ser suprimidos sem afetar a
vida digna. Dentre os defensores dessa corrente, está o ministro Carlos Veloso.
§ 2º, Art. 5º: pode-se ter direitos fundamentais, sob o ponto de vista
material, em qualquer lugar da CF e não apenas no título II. O STF já
reconheceu a existência de direitos fundamentais fora do Art. 5º. Pode-se ter
ainda direitos fundamentais implícitos, não formalizados expressamente na CF
(ex: direito à alimentação, implícito ao próprio direito à vida), no ordenamento
jurídico infraconstitucional e nos tratados.
DIREITOS SOCIAIS
desses direitos terão que ser detalhados, alguns deles já estão no título da
ordem social da própria CF. Mas há um outro tipo de direito social que não está
detalhado na CF (ex: direito à moradia). O âmbito de discricionariedade nas
políticas públicas dos direitos detalhados na CF é muito menor do que o
daqueles não descritos na CF. Nestes a legislação infraconstitucional, a
jurisprudência e discussões de políticas públicas terão discricionariedade bem
maior. Quando há a delimitação dos direitos a serem implementados por
políticas públicas o judiciário poderá interferir, não obstante a conveniência e
oportunidade (mérito administrativo). Não significa que o judiciário poderá
interferir em todo e qualquer mérito administrativo, na verdade, o ato
administrativo que se diz discricionário, na verdade se torna vinculado, em
razão da delimitação em tema de implementação de políticas públicas (reserva
do possível e mínimo existencial).
DA ORDEM SOCIAL
A CF diz que lei federal deverá criar meios de defesa da pessoa contra
os meios de rádio, TV e propaganda. Os meios são indiscutivelmente úteis,
mas também são instrumentos que podem trazer riscos (a neo-escravatura
está na manipulação do pensamento). Há a restrição da propaganda de
determinados produtos, mas a CF foi omissa no tocante a propagandas infantis
até determinada faixa etária.
pessoa jurídica brasileira, ou seja, quem tem efetivo laço nacional. A CF não
quis que eles ficassem nas mãos de estrangeiros ou de brasileiros
naturalizados há pouco tempo. As alterações contratuais nas empresas não
devem ser comunicadas apenas à junta comercial, deverão ser comunicadas
também ao Congresso Nacional.
Matéria nuclear é da União, somente ela define regras por meio de lei
federal.
DIREITO À NACIONALIDADE
Nato:
Quando se trata de menor que vem para o Brasil: vem para o Brasil
aos 5 anos (ex: Ronald), a opção é feita perante a justiça federal e a partir dos
18 anos. Vindo morar aqui os pais podem fazer um registro e ele é considerado
nato até seus 18 anos (provisoriamente). No caso do menor, a moradia já lhe
dá o status de brasileiro nato (opção provisória, a definitiva é personalíssima e
só pode ser feita quando for maior). Aos 18 anos faz a opção, que é
personalíssima. Período entre os 18 anos e a opção a nacionalidade fica
suspensa, esperando uma condição suspensiva (homologação judicial da
opção dele) (fica apátrida por um tempo). Feita a opção, ele volta a ser
brasileiro nato e tem efeitos ex tunc. Essa opção é potestativa, o Estado não
pode negar.
Art. 12, § 2º: lei ordinária não pode dar tratamento diferenciado a
brasileiro nato e naturalizado, só a CF (Arts. 89, VII, 222, 12, § 3º e 5º LI).
para permanência. É aceito, pois não é uma manifestação de vontade livre, ela
é viciada pela coação. Também nos casos em que o Estado confere a
nacionalidade de forma exclusiva. O casamento que confere nacionalidade
automática também não exclui a originária, é vontade exclusiva do Estado. Ex:
Roberto Carlos optou pela espanhola – constitucionalmente não se encaixa em
qualquer das exceções de não perda. Deveria perder a nacionalidade
brasileira. Acúmulo não autorizado pela CF.
DIREITOS POLÍTICOS
O voto será igual: one man, one vote, ou seja, cada pessoa vota uma
vez, com o mesmo peso; ou desigual: vota mais de uma vez.
3. Contencioso eleitoral.
Contencioso eleitoral:
Capacidade eleitoral:
Inalistáveis (Art. 14, § 2º): não têm capacidade ativa nem passiva,
por conseguinte, são inelegíveis. Os estrangeiros são inalistáveis. Exceção:
português de Portugal com reciprocidade de tratamento pode se alistar e
votar. Os conscritos (são os convocados, ou melhor, os recrutados, para o
serviço militar obrigatório) também são inalistáveis. A inelegibilidade é uma
vedação à capacidade eleitoral passiva. A inalistabilidade é uma vedação à
capacidade eleitoral ativa.
18 anos: vereadores.
Há várias outras idades na CF que não são para cargos eletivos, por
exemplo, para ministro de Estado (21 anos?).
Concepções modernas:
(baixa estabilidade porque pode ser mudada por lei ordinária. O processo de
fazer lei ordinária é o mesmo de emenda). Fazer lei ordinária é o mesmo que
fazer emenda, natureza jurídica seria a mesma – e quanto à hierarquia? Daí se
deduz que só há supremacia na constituição rígida. Pelo controle de
constitucionalidade se expurga lei incompatível. Base do estado democrático é
a constituição rígida, o controle e a supremacia. Pode ser ainda classificada
como semi-rígida (metade pode ser modificada por lei ordinária).
PODER CONSTITUINTE
O titular não pode exercer por si mesmo o poder constituinte, ele tem
que entregar este poder a um agente. Os agentes/exercentes serão
representantes que poderão ser eleitos (Assembléia Nacional Constituinte)
ou ainda não eleitos: líderes revolucionários que tomam o poder e
escrevem a constituição. Pode haver ainda o ato puro e simples de outorga
imposto pelo ditador, não há representante.
A sociedade não aceita, logo, nova ruptura pode ocorrer caso esses
limites meta-jurídicos sejam ultrapassados. Juridicamente não há limites.
pode até ter sido considerada ilegítima, mas o tempo já a legitimou e nem
tudo foi ilegítimo.
Temporal: por exemplo, não pode ter EC nos próximos cinco anos.
membros de cada. Não é possível ao povo propor EC: não cabe por
iniciativa popular. Há doutrina que diz que se aplica por analogia, cabendo
iniciativa popular implicitamente (somente para prova subjetiva).
Art. 60, § 5º, CF: PEC rejeitada ou prejudicada não pode ser mais
objeto de proposta na mesma sessão legislativa. Não se confunde com o Art.
67 da CF: proposta de lei rejeitada pode ser reproposta na mesma sessão
legislativa se houve um pedido da maioria absoluta de qualquer uma das
casas. Sessão legislativa corresponde a 1 ano (de 15/02 a 15/12. Sessão
legislativa ordinária 15/02 a 31/06 e 30/07 a 15/12). Na sessão legislativa
extraordinária a PEC também não pode ser reapresentada – limitação de
natureza: temporal (minoria) não existe limitação temporal na nossa PEC;
formal (maioria) não pode a PEC rejeitada outras podem.
Art. 60, § 4º, CF: limitações materiais: cláusulas pétreas. Não serão
objeto de deliberação. O vício já se encontra na fase de tramitação legislativa –
sequer pode haver a PEC. Fase preventiva (controle preventivo judicial - MS).
Basta ser tendente a abolir matéria de cláusula pétrea e não apenas abolir.
Uma modificação qualquer não necessariamente será tendente a abolir. O STF
oscila no critério de definição de “tendente a abolir”. Não tem uma posição
predefinida ou um parâmetro.
4. Rigidez constitucional;
Uma EC para revogar a cláusula pétrea e outra para mudar a constituição. Não
ficar escravo de 1988. No Brasil não se enfrentou o problema da dupla revisão.
emenda que chama nova revisão é uma emenda que facilita o processo
constitucional de novas emendas, logo, não seria possível nova revisão
constitucional. As propostas seriam inconstitucionais. O STF terá que decidir,
mas já disse por três vezes que não pode haver nova revisão.
Art. 25, CF: o poder decorrente não é ilimitado, tem que observar os
princípios da CF. Tem autonomia no âmbito do estado respectivo.
Lei orgânica municipal: Art. 29, CF e Art. 11, parágrafo único do ADCT.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
à lei – quem está no poder deve obedecer a lei. No entanto, dizer que existe
lei não é suficiente, não impede a barbárie, até porque quem está no poder faz
a lei. Essa noção de legalidade formal é importante, mas não é suficiente.
Forma de Governo:
Sistema de governo:
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE:
NORMAS CONSTITUCIONAIS
José Afonso diz que normas são preceitos que tutelam situações
subjetivas de vantagem ou de vínculo. Essa definição conclui que norma =
texto = dispositivo. É a que predomina na doutrina. Nessa idéia, norma é o
gênero, que pode ser dividido em normas-princípio e normas-regra (divisão do
professor Jorge Miranda). Normas-princípio são motivos, abstração. Já as
normas-regra são regras, é o dever-ser. Em todo esse pensamento há uma
correspondência entre norma e texto. Essa é a visão clássica.
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL
O juiz não pode, todavia, ter liberdade plena, ele deve se prender a
certos parâmetros de hermenêutica, sob pena de ferimento à separação dos
poderes. O juiz não poderá se desviar daquilo produzido pelo legislador
presente no texto legal. Ele não pode substituir o legislador, tem parâmetros
A primeira idéia tinha o juiz como sujeito passivo link com a ciência:
o observador não interfere no objeto observado. Hoje isso, em um segundo
momento da ciência, não é mais assim, o observador interfere no objeto
observado, relacionando-se com o segundo ponto de vista de que o juiz é
ativo.
Espécies de interpretação
* Doutrinária: doutrina.
Métodos de interpretação
* Interpretação sistemática.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Espécies de inconstitucionalidade:
Tipos de controle:
CONTROLE
PREVENTIVO REPRESSIVO
DIFUSO: vários órgãos realizam o controle
CONCENTRADO: só um órgão faz o
controle
Art. 97, CF: para o controle difuso e abstrato. Maioria absoluta dos
seus membros do pleno ou do órgão especial constituído (de 11 a 25
membros), se houver, declara a inconstitucionalidade chamado de reserva
de plenário. Os órgãos fracionários não podem declarar a
inconstitucionalidade. Para declarar a constitucionalidade não há o princípio
da reserva de plenário (câmara e turma podem declarar a constitucionalidade).
Também poderão (turma ou câmara) julgar declarando a inconstitucionalidade
quando já houver posição do STF (pleno) ou dos órgãos especiais pela
Arts. 97, 102, I, “a”, “p”, 102, § 2º, 103, I, a IX, § § 1º e 3º, 125, § 2º
(estadual) da CF/88 e lei 9868/99.
O STF costuma dizer que ADI e ADC são a mesma coisa, só que com
um sinal invertido, mas na verdade ainda não são a mesma coisa. O objeto da
ADI é lei ou ato normativo federal ou estadual, enquanto que o objeto da ADC
é apenas lei ou ato normativo federal (PEC 358-A confere à ADC o mesmo
objeto da ADI – lei ou ato normativo estadual também).
Não cabe ADI em face de: lei de conteúdo concreto (ato normativo
abstrato coercitivo é lei). Há algumas que são chamadas de lei, mas se
aproximam de ato administrativo com efeitos concretos. Poderão ser objeto de
MS (não cabe MS contra lei em tese, mas caso seja de efeitos concretos será
cabível). Exceção: lei de criação de municípios. Para leis ou atos pré-
constitucionais (a recepção ou não recepção não poderá ser discutida em ADI,
PGR: antes de 88 ele era o único a poder propor ADI. Ocorria que
quando uma questão lhe era apresentada ele poderia promover a ação,
arquivá-la por ser totalmente incabível ou quando não concordava, mas a
questão era plausível, passou a promovê-la, para só após proferir o parecer
com sua opinião. Isso para não privar a questão da análise do STF. Assim,
mesmo ele sendo o autor o processo volta a ele para parecer (razão histórica).
Acreditava (em 88) que a lei era boa, mas os fundamentos eram bons, então
propunha a ADI – raiz da ADC.
Nas ADIs estaduais melhor seria que não fosse a AGU, mas é.
O controle é abstrato porque não está vinculado a uma lide, mas ele
sempre estará vinculado aos fatos/realidade – atividade política de legislar
negativamente. Não é somente o texto comparado com a CF, é a realidade
fática comparada com ela que influencia no julgamento no controle (Art.
9º, § 1º). Não retira a condição de abstrato do controle (mas ele não é tão
abstrato assim). As circunstâncias fáticas vão influenciar no julgamento da ADI.
Art. 9º, § 2º igualmente reporta-se às conseqüências fáticas dentro do controle
abstrato (requisitar informações aos tribunais superiores, TRF e TJ).
* Erga omnes;
* Repristinatório: aplicar lei anterior A à que teve MC ADI (lei B), que
fica suspensa, quando houver. Ele é a regra, mas pode ser afastado
expressamente, quando o efeito será não repristinatório (Art. 11, § 2º). Há
alguns julgados no STF dizendo que ambas as leis (A e B) sejam incluídas na
inicial, mas o que prevalece é que independentemente do pedido a abranger
(lei A) na inicial haverá o efeito repristinatório.
Decisão na ADI:
Mesmo antes da CF/88 ou da lei 9868 o STF tem várias decisões que
dizem haver efeito jurídico em lei inconstitucional. Desde o caso MMM diz-se
ALUNO: WESLEY PAULA ANDRADE 62
DIREITO CONSTITUCIONAL – MARCELO NOVELINO
Repristinatório: se procedente.
ADI originariamente não tinha efeito vinculante. Com a lei 9868 (Art.
28, parágrafo único) há o efeito vinculante. Reclamação 1880 de 7/11/02 – o
efeito vinculante pode ser usufruído por todos e não apenas aos legitimados da
ADI. A reclamação 1880 também reconheceu que a liminar da ADI teria efeito
vinculante. Antes ele só havia para a ADC, agora, na CF/88, com a EC 45 o
efeito vinculante foi previsto (Art. 102, § 2º).
ADC
ADPF
Ex: Art. 68 do CPP (MP move ação civil ex delito para o pobre). Pela CF
quem move ação para o hipossuficiente é a defensoria pública.
Abstratamente a norma é inconstitucional. Mas em concreto a realidade é
que a defensoria não tem condições de absorver essa demanda, enquanto o
MP está muito mais bem estruturado. Declarar a inconstitucionalidade
concreta produziria um prejuízo maior aos direitos fundamentais, que não
seriam efetivados. O STF admite que o Art. 68 do CPP é ainda constitucional,
enquanto a defensoria estiver desaparelhada o MP poderá mover a ação civil
ex delito. O mesmo pode se dizer que a lei que dá prazo diferenciado para a
defensoria (lei 1.060/50).
Modelos de federação:
Art. 19: liberdade religiosa, mas Estado é laico, sem religião oficial.
ALUNO: WESLEY PAULA ANDRADE 72
DIREITO CONSTITUCIONAL – MARCELO NOVELINO
Terra devoluta: terra que não tem registro, que em regra são bens
dos estados e não da União (só sendo indispensável à defesa das fronteiras).
Bens: águas, áreas nas ilhas oceânicas e costeiras. EC 46: ilhas que
tinham sede dos municípios passam a ser dos estados. Pode ter área particular
em ilha, quem já tinha até 1988.
A única diferença dos estados é que não tem poder judiciário, por isso
a maioria entende ser entidade federada. Art. 29, CF e Art. 11 ADCT:
municípios obedecem aos princípio da CE e da CF.
Art. 29, II: mais de 200 mil eleitores: 2 turnos; menos de 200 mil
eleitores: 1 turno.
Art. 29, IV: número mínimo e máximo de vereadores. STF entende que
não cabe ao município decidir como achar conveniente o número de
vereadores. Existe uma tabela em acórdãos do STF; não há liberdade de
escolha do número.
Art. 18, § 2º: criação regulada por lei complementar. Podem ser
divididos em municípios. As contas são submetidas ao Congresso Nacional,
com parecer prévio do TCU. Governador nomeado pelo presidente da república
após aprovação do Senado Federal.
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS:
Aqui essas regras não foram utilizadas de forma pura, mas de forma
mista.
* Legislativas
competência suplementar dos municípios no Art. 30, II. Caso a União não
legisle normas gerais, os estados poderão fazê-lo integralmente, no entanto,
caso venha norma superveniente da União sobre a matéria, suspenderá a
eficácia da lei estadual, no que for contrário (Art. 24, princípio 4º).
INTERVENÇÃO
única, ela varia de acordo com o motivo. Há uma forma geral (decreto
presidencial) e outra específica, dependendo do motivo.
2) Povo (nacionais);
3) Território;
4) Objetivos.
Inércia: não existe jurisdição de ofício. O juiz não pode agir de ofício
sob pena de comprometer a sua capacidade subjetiva (imparcialidade). Art.
129, I – sistema processual penal acusatório – separação entre quem acusa e
julga. Porque a jurisdição é inerte, a CF previu as funções essenciais da justiça
MP e OAB (capacidade postulatória). No entanto, após o ajuizamento da ação o
juiz possui poderes instrutórios (Arts. 129 do CPC e 209 e 156 do CPP).
3. Quinto constitucional:
Justiça Eleitoral
quem comanda os TREs são os juízes estaduais. Só pode ser presidente do TRE
um dos dois desembargadores do TJ.
Justiça Militar
Nos estados sede de TRF (DF, SP, RJ, RS, PE) o juiz federal que oficia
perante o TRE não é juiz federal de 1ª jurisdição, mas sim desembargador
federal (EC 45 deu essa denominação).
STJ: criado pela CF/88, mas em 1965 José Afonso da Silva escreveu
artigo pela criação de um tribunal nacional para unificar decisões.
absoluta dos membros do tribunal (alterado pela EC 45, era voto de 2/3),
diversamente do servidor público stricto sensu, que pode ser removido por
conveniência e oportunidade (discricionariedade). Os juízes militares podem
ser removidos porque em guerra o juiz acompanha as tropas. O CNJ também
pode por interesse público remover o magistrado (Arts. 93, VIII, 95, II e 103-B,
§ 4º, III).
MINISTÉRIO PÚBLICO
atos de natureza administrativa, o que não quer dizer que o órgão faz parte do
Executivo.
Art. 130, CF: membros do MP junto aos tribunais de contas. Art. 73, §
2º, I também faz referência. O STF entende que esse MP previsto nesses
artigos é um MP especial. Não faz parte do MPU nem dos estados. O CNMP
entendeu que o MPTCU não deve obediência ao conselho. Lei 8443/92 é a lei
orgânica do MP especial junto ao TCU. O STF disse que essa lei é
constitucional, faz parte da economia doméstica do TCU (ADIN 789/DF). Quem
faz a nomeação dos representantes do MPTC é o presidente da república (há
concurso próprio). Há um procurador geral do MP junto ao TCU, três
subprocuradores gerais e quatro procuradores do MP junto ao TCU.
Funções:
Garantias institucionais:
* Vitaliciedade;
* Inamovibilidade;
* Irredutibilidade de subsídios.
ADVOCACIA
Advogado constituído.
Estrutura
Funções
O Senado tem ainda a competência exclusiva (CF, art. 52, I e II) para
processar e julgar, nos crimes de responsabilidade (é uma infração
político-administrativa, cuja pena não é a privativa de liberdade, são crimes
impróprios. As penas são a perda do cargo e inabilitação por 8 anos), as
seguintes autoridades (as mais altas autoridades de cada poder):
Deputados e Senadores
República. Neste caso, como as matérias são veiculadas por lei, é exigida a
sanção do Presidente da República.
Mesas diretoras
Comissões parlamentares
- Classificações
a) Requisitos
b) Poderes
STF - ACO 730/RJ, rel. Min. Joaquim Barbosa “Já advertiu o eminente
ministro Sepúlveda Pertence, no julgamento da ADI 98 (...), ao tratar do
princípio da separação de poderes, que para este não há "fórmula universal
apriorística", sendo necessário extrair da atual Constituição o traço essencial
da atual ordem, para efeito de controle de constitucionalidade das normas
constitucionais estaduais, sobretudo em face do que o ministro Pertence
descreve como: "... uma terceira modalidade de limitações à autonomia
constitucional dos Estados: além dos grandes princípios e das vedações - esses
e aqueles, implícitos ou explícitos - hão de acrescentar-se as normas
constitucionais centrais que, não tendo o alcance dos princípios, nem o
conteúdo negativo das vedações, são, não obstante, de absorção
compulsória - com ou sem reprodução expressa - no ordenamento parcial dos
Estados e Municípios". Entendo que a possibilidade de criação de comissões
parlamentares de inquérito seja uma dessas normas de absorção compulsória
nos estados membros, destinada a garantir o potencial do poder legislativo em
STJ - AgRg na PET 1611 / RO, rel. Min. José Delgado (D.J.
15/05/2002) “As CPIs estaduais não têm competência para investigar
autoridades que estão submetidas a foro privilegiado federal”.
Garantias legislativas
* STF - Inq 687-SP (QO) e Inq 881-MT (QO), rel. Min. Sydney
Sanches O STF, por unanimidade, cancelou a Súmula 394 ("Cometido o crime
durante o exercício funcional, prevalece a competência especial por
prerrogativa de função, ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados
após a cessação daquele exercício.") por entender que o art. 102, I, b, da CF -
que estabelece a competência do STF para processar e julgar originariamente,
nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os
membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral
da República - não alcança aquelas pessoas que não mais exercem mandato
ou cargo. Em seguida, o Tribunal, por unanimidade, decidiu que continuam
válidos todos os atos praticados e decisões proferidas com base na Súmula
394 do STF, é dizer, a decisão tem efeito ex nunc. (Informativo 159) * O § 1º do
art. 84 do CPP, com redação dada pela Lei 10.628/2002 (“Art. 84.... § 1o A
competência especial por prerrogativa de função, relativa a atos
administrativos do agente, prevalece ainda que o inquérito ou a ação judicial
sejam iniciados após a cessação do exercício da função pública.”) foi declarado
inconstitucional pelo STF na ADI 2797.
* CF, art. 55, § 2o. “Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do
mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal,
por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa
ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla
defesa”. (g.n.)
Deputado STF CD
Senador STF SF
Deputado TJ AL
Estadual
Vereador Juiz
PROCESSO LEGISLATIVO:
1. CE.
1. LOM.
3. Decretos municipais.
1. LODF.
3. Decretos distritais.
Elas têm origem nos decretos-leis, que, por sua vez, têm origem nos
sistemas parlamentares. Em muitos parlamentarismos, quando há a dissolução
do parlamento e a convocação de novas eleições, fica-se provisoriamente sem
o órgão legislativo, e nesse período há a autorização para o chefe do Executivo
legislar provisoriamente em casos de relevância e urgência. Em alguns
parlamentarismos o primeiro-ministro pode editar ato normativo ad
referendum do parlamento. São duas hipóteses de o Executivo legislar.
Há ainda outras vedações nos Arts. 246 (o que foi objeto de emenda
entre 1995 e 11/09/2001 não pode ser regulamentado por MP) e 25, § 2º
(serviço de gás canalizado não pode ser regulamentado por MP). É possível MP
estadual se a constituição do estado prever, mas não é de repetição
obrigatória.
A MP editada vale por 60 dias e pode ser prorrogada única vez por
igual período (+ 60 dias) e não reeditada. No máximo 120 dias, mas o prazo
não corre durante o período de recesso quando ela poderá se elastecer no
ordenamento, logo, o prazo poderá ser maior que 120 dias, dependerá de
*Promulgação
*Publicação
Projeto na Câmara:
*Aprovado Senado
*Rejeitado arquivo
*Prejudicado arquivo
Projeto no Senado:
*Aprovação sanção ou veto do presidente
*Alteração do projeto por emenda volta à Câmara. Se ela rejeita a
alteração feita pelo senado vai direto à sanção presidencial. Isso significa que
o projeto não foi aprovado em ambas as casas (é possível).
*Rejeição do projeto arquivo. Há a apreciação do projeto.
*Prejudicado arquivo. O projeto não chega a ser examinado, há
outro fato que prejudica o seu andamento.
ALUNO: WESLEY PAULA ANDRADE 116
DIREITO CONSTITUCIONAL – MARCELO NOVELINO
É possível uma lei não ter sido aprovada pelo plenário da Câmara ou
do Senado quando é a aprovação puder se dar tão somente por comissões.