Transporte de Produtos Perigosos - Resolução 3665 - 2011
Transporte de Produtos Perigosos - Resolução 3665 - 2011
Transporte de Produtos Perigosos - Resolução 3665 - 2011
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 2º O transporte rodoviário, por via pública, de produtos que sejam perigosos ou
representem risco para a saúde de pessoas, para a segurança pública ou para o meio
ambiente, fica submetido às regras e aos procedimentos estabelecidos neste
Regulamento e nas suas instruções complementares, sem prejuízo do disposto nas
normas específicas de cada produto.
CAPÍTULO II
DAS CONDIÇÕES DO TRANSPORTE
Seção I
Dos Veículos e dos Equipamentos
Art. 6º O transporte de produtos perigosos somente pode ser realizado por veículos e
equipamentos de transporte cujas características técnicas e operacionais, bem como
o estado de conservação, garantam condições de segurança compatíveis com os
riscos correspondentes aos produtos transportados, conforme estabelecido pelas
autoridades competentes.
Seção II
Da Carga e seu Acondicionamento
Art. 13. As proibições de transporte previstas nos incisos II e III do art. 12 não se
aplicam quando os produtos estiverem segregados em cofres de carga que
assegurem a estanqueidade destes em relação ao restante do carregamento, e
conforme critérios estabelecidos nas instruções complementares a este Regulamento.
Seção III
Do Itinerário
Art. 15. O condutor de veículo transportando produtos perigosos deve evitar o uso de
vias em áreas densamente povoadas ou de proteção de mananciais, de reservatórios
de água ou de reservas florestais e ecológicas, ou que delas sejam próximas.
Art. 17. As autoridades com circunscrição sobre as vias podem determinar restrições
ao seu uso, ao longo de toda a sua extensão ou parte dela, sinalizando os trechos
restritos e assegurando percurso alternativo, assim como estabelecer locais e
períodos com restrição para estacionamento, parada, carga e descarga.
Art. 18. Caso a origem ou o destino dos produtos perigosos exija o uso de via restrita,
tal fato deve ser comprovado pelo transportador perante a autoridade com
circunscrição sobre a mesma, sempre que solicitado.
Art. 19. O itinerário deve ser programado de forma a evitar a presença de veículo
transportando produtos perigosos em vias de grande fluxo de trânsito, nos horários de
maior intensidade de tráfego.
Seção IV
Do Estacionamento
Seção V
Do Pessoal Envolvido na Operação do Transporte
Art. 21. O transportador, antes de mobilizar o veículo, deve assegurar-se de que este
esteja em condições adequadas ao transporte para o qual é destinado, conforme
regulamentação das autoridades competentes, e com especial atenção para o
tanque, carroceria e demais dispositivos que possam afetar a segurança da carga
transportada.
RESOLUÇÃO Nº 3.665/11, DE 4 DE MAIO DE 2011
Art. 22. O condutor de veículo utilizado no transporte de produtos perigosos, além das
qualificações e habilitações previstas na legislação de trânsito, deve ter sido aprovado
em curso específico para condutores de veículos utilizados no transporte rodoviário
de produtos perigosos e em suas atualizações periódicas, segundo programa
aprovado pelo Conselho Nacional de Trânsito – Contran.
Seção VI
Da Documentação
Seção VII
Do Serviço de Acompanhamento Técnico Especializado
CAPÍTULO III
DOS PROCEDIMENTOS EM CASO DE EMERGÊNCIA, ACIDENTE OU AVARIA
Art. 30. Em caso de acidente, avaria ou outro fato que obrigue a imobilização de
veículo transportando produtos perigosos, o condutor ou o auxiliar, deve adotar os
procedimentos indicados no Envelope para Transporte, dar ciência à autoridade de
trânsito com circunscrição sobre a via e às demais autoridades locais indicadas pelo
meio disponível mais rápido, detalhando a ocorrência, o local, o nome apropriado
para embarque ou o número ONU e a quantidade dos produtos transportados.
CAPÍTULO IV
DOS DEVERES, OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADES
Seção I
Do Fabricante, do Refabricador, do Recondicionador e do Importador
Seção II
Do Expedidor e do Destinatário
Art. 39. O expedidor deve fornecer, juntamente com as devidas instruções para sua
utilização, os conjuntos de equipamentos para situações de emergência e os EPIs de
que tratam, respectivamente, os arts. 4º e 5º, caso o transportador não os possua.
Seção III
Do Transportador
Art. 47. Quando o transporte for realizado por transportador autônomo, os deveres e
obrigações a que se referem os itens VII, VIII, e de X a XIV do art. 46, constituem
responsabilidade de quem o tiver contratado.
RESOLUÇÃO Nº 3.665/11, DE 4 DE MAIO DE 2011
CAPÍTULO V
DA FISCALIZAÇÃO
§ 1º A fiscalização compreende:
Art. 50. Observada qualquer infração ao que preceitua este Regulamento que
configure situação de grave e iminente risco à integridade física de pessoas, à
segurança pública ou ao meio ambiente, a autoridade com circunscrição sobre a via
deve reter o veículo, liberando-o depois de sanada a irregularidade, podendo, se
necessário, determinar:
CAPÍTULO VI
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 52. As infrações classificam-se, de acordo com a sua gravidade, em três grupos:
I - Primeiro Grupo: punidas com multa de valor equivalente a R$ 1.000,00 (mil reais);
a) transportar produtos perigosos mal estivados nos veículos ou presos por meios
não-apropriados, em desacordo ao art. 10;
g) o condutor não adotar, em caso de acidente, avaria ou outro fato que obrigue a
imobilização do veículo, as providências constantes no Envelope para Transporte,
conforme art. 30;
m) expedir produtos perigosos mal estivados nos veículos ou presos por meios não-
apropriados, em desacordo ao art. 10;
Art. 56. A aplicação das penalidades estabelecidas neste Regulamento não exime o
infrator do cumprimento de outras exigências previstas em legislação específica, nem
o exonera das cominações cíveis e penais cabíveis.
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇOES GERAIS
Art. 57. Compete à ANTT, nos termos da Lei nº 10.233, de 5 de Junho de 2001,
estabelecer padrões e normas técnicas complementares relativos às operações de
transporte terrestre de produtos perigosos.
BERNARDO FIGUEIREDO
Diretor-Geral