Capitulo2 Nocoes Teoricas Praticas Fotogrametria
Capitulo2 Nocoes Teoricas Praticas Fotogrametria
Capitulo2 Nocoes Teoricas Praticas Fotogrametria
Noções Teóricas e
02
Práticas de
CAPÍTULO
Fotogrametria
Neste capítulo você irá compreender alguns conceitos importantes relacionados com o
universo da FOTOGRAMETRIA. Esses conceitos serão de muito importantes para a resolução
dos exercícios práticos no final deste capítulo.
• Luz.
• Descrição;
• Medida
Ela pode ser definida como sendo a ciência ou a arte de se obter medidas dignas de confiança,
através de fotografias aéreas (aerofotos).
O primeiro trabalho prático com câmeras fotogramétricas, foi realizado pelo engenheiro AIMÉ
LAUSEDAT no ano de 1850. Este é considerado o pai da FOTOGRAMETRIA. Ele combinou o
TEODOLITO com a FOTOGRAMETRIA elaborando o FOTOTEODOLITO.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
Para que seja efetuada a estereoscopia em determinada área de um par de aerofotos, será
necessário que o paralelismo dos eixos óticos sobrecaiam nas duas aerofotos como mostrado
na Figura 2.1. Nesse caso, cada eixo ótico está incidindo diretamente em um mesmo ponto do
ápice de um pinheiro que aparece em cada uma das fotografias aéreas. Quando isso acontece,
os nervos óticos conduzirão a um só ponto do cérebro as imagens do respectivo pinheiro e,
imediatamente passa-se a sentir a sensação de profundidade de imagem, o que conduzirá à
PERCEPÇÃO TRIDIMENSIONAL do mesmo. Assim como observa-se tridimensionalmente o
citado pinheiro, terse-á também a percepção estereoscópica de toda a área de recobrimento
existente entre as duas aerofotos.
É porque apenas dentro dessa faixa de 60% que se pode alcançar a percepção
estereoscópica.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
Visando testar sua visão estereoscópica sem o uso do ESTEREOSCÓPIO, vamos fazer a
seguinte prática:
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
implica em fazer com que o eixo ótico de cada um de nossos olhos fique perpendicular à
superfície da mesa.
¾ Agora abra os olhos. Nesse momento, você deverá perceber o modelo em terceira
dimensão.
5. Conseguindo a visualização do ESTEREOMODELO, fique algum tempo observando
cuidadosamente seus detalhes. A sensação de profundidade deverá se acentuar. Se não
conseguir observar o efeito estereoscópico, peça auxílio ao professor.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
De uma maneira geral, o princípio de funcionamento dessas câmeras è mesmo das câmeras
comuns, sendo, porém, que a estas foram acrescidos vários acessórios técnicos, para atender
a diversas finalidades durante a coleta das aerofotos de uma determinada região (Figura 2.7e
2.8).
Figura 2.8. A câmara aérea RMK 21/18, cuja lente de 210 mm quase não tem distorção, e de
extraordinária resolução das imagens.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
Foram também adicionados a essas câmeras, outros mecanismo com a finalidade de tomar as
operações mais simples e rápidas, bem como produzir resultado de alta precisão. De um modo
geral, essas câmeras são constituídas das seguintes partes essências conforme se esta
demonstrando, mediante o desenho de um corte longitudinal dado à mesma (Figura 2.9).
Referido cone pode ser destacado do corpo da câmera e de inicio colocado diretamente no
dispositivo de suspensão da câmera, dispositivo esse que se encontra já acoplado na base do
avião. É o que se pode observar na Figura 2.10.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
2.4.1.1. OBTURADOR
Apresenta a função de deixar penetrar luz na câmera escura, por um determinado espaço de
tempo.
Figura 2.11. Posição em que fica o obturador de uma câmera no cone porta objetiva e os filmes
de grande poder de resolução e de alta sensibilidade.
2.4.1.2. DIAFRAGMA
Regular a quantidade de luz que vai sensibilizar o filme. O diafragma é também denominado de
ÍRIS OU PUPILA da câmera devida á sua grande semelhança com o olho humano.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
grande velocidade. Pode-se dar como exemplo, um disparo do obturador a uma velocidade de
1:800 de segundo programado para uma pequena abertura de luminosidade do diafragma em
valores de 11 ou 16 (Figura 2.12).
Um outro caso seria o exemplo de um filme dotado de grande poder de resolução, subordinado
também a um obturador dotado da mesma velocidade já anteriormente mencionado. Para este
caso o controle da abertura de luminosidade do diafragma deverá ser bem maior que o
anteriormente citado, podendo apresentar valores de 6 ou 8.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
Também chamado de câmera escura, tem à sua frente o cone porta objetiva e o chassi
magazime do material sensível (filme).
No corpo da câmera é arranjada a maior parte dos dispositivos para regular o tempo de
exposição do filme no disparo do abturador para o enrolamento do filme e para dispor o filme
perfeitamente distendido em um plano de exposição.
2.5. FILMES
O espectro visível é aquele que pode ser observado pelo ser humano, com diferenciação de
cores.
Quando um feixe de luz solar passa por um prisma, esse feixe será dispenso em cores visíveis.
E como se estivesse observando as cores de um arco-íris, que nada mais é do que a dispersão
de luz solar em gotículas d’água da chuva (Figura 2.15)
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
2. BASE: a base é o material que suporta a emulsão e é formada de uma lâmina de papel
poliéster, papel esse bastante forte, o que impossibilita dilatação ou contração com calor e
frio.
A sensibilidade da emulsão está relacionada com o fator velocidade. Ela é, pois, a capacidade
que tem o filme de captar a imagem de um objeto em maior ou menor espaço de tempo.
Essa velocidade ou sensibilidade está expressa nos filmes com as siglas ASA ou DIN, sendo
que a correspondência de sensibilidade entre ASA e DIN será (Figura 2.17):
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
A referida sensibilidade dos filmes aumenta com o tamanho dos cristais de halogenetos de
prata, significando que, quanto maior os cristais, mais sensível será o filme, o que torna
possível, usando um filme de alta sensibilidade, coletar objetos em movimento.
O poder de resolução, por sua vez, é a capacidade que o filme apresenta de mostrar grande
nitidez de imagem, sendo, porém que filme com grande poder de resolução torna-se menos
sensível aos objetos em velocidade. Entretanto, pode-se fazer grandes ampliações nas
fotografias.
Adapta-se na câmera o filme de grande poder de resolução, quando o avião estiver navegando
a uma altura muito elevada, tal como 9 km ou 18 km.
Por sua vez, usa-se o filme de alta sensibilidade quando o avião estiver navegando à baixa
altura, tal como 600 m ou 1.200 m (Figura 2.18).
Para os filmes que estejam a grande altura de vôo, o disparo do obturador da câmera será
lento, e para os filmes que estejam à baixa altura de vôo, o disparo do obturador da câmera
será rápido.
Figura 2.18. Filmes de grande poder de resolução ou de alta sensibilidade, dependendo das
alturas do vôo.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
¾ FILMES PANCROMÁTICOS
¾ FILMES INFRAVERMELHOS
¾ PAN: todas.
¾ CROMÁTICO: cores.
A diferença básica existente entre os dois é que o colorido apresenta-se com 3 emulsões
(emulsão sensível do azul, verde, e vermelho), ao passo que o pancromático preto e branco
apresenta-se apenas com, uma emulsão.
É o que se pode observar nos dois cortes transversais de filmes, abaixo desenhados (Figuras
2.19, 2.20 e 2.21).
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
Os filmes infravermelhos são sensíveis à faixa do infravermelho fotográfico, faixa essa que
encontra-se posicionada acima do visível, ultrapassando a tonalidade vermelha.
Esses filmes infravermelhos estão também divididos em dois tipos, qual sejam:
A Figura 2.22 mostra cortes transversais de filmes infravermelho preto e branco e infravermelho
colorido.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
Traduzido do site
www.yesmag.bc.ca/
projects/stereo.html
Visando construir um estereoscópio denominado STEREO-EO-EO dever-se-á utilizar o texto
abaixo como referência para este trabalho:
A) INTRODUÇÃO
B. MATERIAIS
C. INSTRUÇÕES
Primeiro, você precisará de alguns pares de fotografias aéreas. Após a construção de seu
estereoscópio caseiro, quando você olhar pelo orifício de observação de seu estereoscópio, as
duas fotografias combinarão para formar uma imagem tridimensional.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
Se você não dispuser de fotografias aéreas com sobreposição longitudinal, você poderá obter
suas fotografias de forma convencional por meio de uma câmara fotográfica doméstica,
seguindo as seguintes instruções:
¾ Seu primeiro par de fotografias de estéreo poderia mostrar algumas árvores grandes em
um parque. Olhando pelo visor da máquina fotográfica, preste atenção e tire a fotografia de
apenas uma árvore ou outra característica paisagística importante;
¾ Agora, dê um "passo gigantesco" a sua direita. Por meio do visor da câmara fotográfica,
ache e centre os mesmos detalhes anteriores (a árvore e seu final). Nota: A distância que
você movimento aumenta o exagero da percepção de profundidade. Se você quiser
fotografar uma montanha distante, dê cinco ou seis passos gigantescos entre as duas
posições de máquina fotográfica;
¾ Após a obtenção e revelação das fotografias, marque a primeira fotografia com um
pequeno "E” (para "esquerda") em seu canto. Marque a segunda impressão com um
pequeno "D" (para "direito").
1. Corte a parte superior da caixa. Não jogue fora os pedaços de papelão que sobraram;
2. Corte o topo da caixa à uma altura de 16 cm da base inferior. Novamente, não jogue fora
os pedaços de papelão que sobraram;
3. O fundo da caixa deve ser plano e liso. Se necessário, cole as pontas de papelão do fundo
da caixa e preencha os espaços (buracos) com algum papelão extra;
4. Cuidadosamente, passe fita adesiva ao redor de cada espelho para cobrir as extremidades
afiadas;
5. Faça um buraco retangular de 15 x 5 cm no centro de um dos lados da caixa;
6. Corte quatro quadrados de 15 x 15 cm de sobras de papelão;
7. Corte um dos quadrados pela metade, diagonalmente, para fazer dois triângulos;
8. Divida um outro quadrado ao meio através de um linha e posteriormente, utilize o estilete
para cortar apenas a parte mais grossa do papelão. Isto lhe permitirá dobrar facilmente
pela metade o papelão (Figura 2.24).
9. Dobre o quadrado de papelão até formar um triângulo exato e então cole a extremidade
externa do canto direito do ângulo ao pedaço de papelão triangular, formando então um
pedestal para se pendurar os espelhos pequenos;
10. Coloque pedaços de fita adesiva na parte de trás dos espelhos pequenos fixando-os ao
pedestal;
11. Trace linhas verticais de 13 cm nos cantos inferiores da caixa (parte em que se encontra o
orifício de visualização) (Figura 2.25).
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
12. Cole uma das extremidades de 15 x 15 cm de papelão em um dos lados da linha vertical
já marcada formando um ângulo de 45º.
13. Repita este último paço para o outro lado da caixa;
14. Coloque fitas adesivas na parte de trás dos espelhos grandes fixando-os aos pedaços de
papelão do canto;
15. Coloque o pedestal em frente ao orifício de visualização à aproximadamente 5 cm do
mesmo;
D. AJUSTAMENTO E USO
1. Coloque fitas adesivas na parte de trás das fotografias fixando-as no fundo da caixa.
Coloque a imagem esquerda no lado esquerdo e a imagem direita no lado direito;
2. Observe as imagens das fotografias pelo orifício de visualização até alcançar o
tridimensionalismo;
3. Quando estiver tudo alinhado, cole a borda de papelão 15 x 15 cm no fundo da caixa;
4. Para se fazer um ajuste tridimensional melhor de duas fotografias, peça a ajuda a um
colega para ir ajustando as fotografias enquanto você faz a visualização no orifício de
visualização;
5. Algum ajuste adicional dos espelhos pode ser necessário para que você possa ver suas
fotografias na forma tridimensional.
Esta definição pode ser perfeitamente ampliada com a inclusão de interpretação de fotografias,
como uma função de importância quase igual, vez que a capacidade de reconhecer e
identificar uma imagem fotográfica é, com freqüência, tão importante quanto a capacidade de
deduzir a sua posição a partir de fotografias. É que a fotogrametria passa a atender, não
apenas, ao cartógrafo, mas a uma extensa série de técnicos ou especialistas, no amplo campo
da fotointerpretação, dentro do qual, o engenheiro, o urbanista, o geólogo, o geógrafo, o
oceanógrafo, o meteorologista, o agrônomo, o militar, o economista, etc.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
Em suma, o avião procurará manter-se, durante o vôo fotográfico, na mesma altura relativa,
seguir direção reta e uma velocidade uniforme. A câmara terá que estar orientada no sentido
de que o eixo ótico permaneça vertical (no caso geral, da fotografia vertical) e que os disparos
sejam uniformes; o filme deve possuir estabilidade dimensional; o tempo deve apresentar as
melhores condições de vôo fotográfico, sobretudo no que toca a nuvens (Figura 1 e 2).
Figura 1. Detalhe de foto aérea em pb. Figura 2. Detalhe de foto aérea colorida.
A fotografia aérea recebe uma classificação decorrente de alguns critérios como: a orientação
do eixo da câmara (vertical e oblíqua), o sistema ótico (simples ou múltiplo), além de outras
particularidades (em preto e branco, colorida, infravermelha, a radar, etc.)
A fotografia vertical, isto é, a que foi tirada com o eixo ótico na posição em que se deve
aproximar o mais possível da verticalidade, é a fotografia normal. As outras são as oblíquas,
que variam, entre si, conforme o grau de inclinação usado.
Quanto à ótica, ela pode ser simples, e é o sistema mais largamente utilizado na fotografia
aérea. Há também o sistema múltiplo, que consiste de duas ou mais câmaras isoladas,
montadas no sentido de serem obtidas imagens simultâneas em decorrência de ângulos entre
os respectivos eixos óticos.
A fotografia, oriunda duma câmara moderna traz, ao ser revelada, várias informações
posteriormente indispensáveis, as quais são registradas, automaticamente, pela própria
câmara, no instante da exposição: data e hora da exposição, o código do projeto
fotogramétrico, o número do rolo, o número da imagem, a escala aproximada e o órgão
responsável pelo projeto. Além disso, verificam-se as quatro marcas que se determina, através
de duas linhas que se podem traçar, entre cruzadas, o ponto principal da fotografia.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
As dimensões de uma fotografia aérea variam, mas a que mais se usa é a que mede 23 cm X
23 cm.
As primeiras fotografias aéreas foram tiradas de balões, os quais traziam a câmara amarrada à
nacela, ou dela suspensa. Na atualidade, a concepção duma câmara aérea se torna muito
complexa, visando aperfeiçoamento no sentido de se conseguir o máximo, tecnicamente,
economizando custos. Duma câmara aérea exigem-se inúmeras especificações visando às
normas de precisão.
Figura 3. A câmara aérea RMK 21/18, cuja lente de 210 mm quase não tem distorção, e de
extraordinária resolução das imagens
Um avião fotográfico só decola para a execução duma missão de cobertura fotográfica depois
de um planejamento da operação, a qual, por sua vez, resulta dum estudo detalhado com
todas as especificações sobre o tipo de cobertura a ser executado.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
A altura a ser voada varia com a escala da fotografia, com o intervalo de curvas a ser usado e
com a distância focal da câmara. A posição do Sol é, igualmente, levada em consideração,
uma vez que o excesso de sombra irá prejudicar detalhes importantes que vão ser restituídos.
É inconveniente, também, o vôo com Sol a pino, porque não haverá suficiente contraste entre
muitos objetos do terreno.
Fator de muita relevância é o avião para cobertura fotográfica. Tem que possuir a velocidade
prevista para o projeto, o teto de vôo suficiente, uma boa estabilidade durante o vôo, assim
como o raio de ação necessário, a fim de ser evitada uma interrupção inútil de uma missão, o
que resultaria em perda de tempo e de dinheiro. Uma vez preenchidas todas as exigências,
terá que ser adequadamente equipado, inclusive quanto ao conforto da tripulação e do
operador fotogramétrico.
Devido à condição de que cada linha de vôo fotográfico tem que perseguir a mesma direção,
isto é, todas as faixas de fotografias resultantes têm que ser paralelas entre si, a determinação
da direção de um vôo é resultante:
Trata-se da representação do terreno por meio de fotografia aéreas, as quais são expostas
sucessivamente, ao longo de uma direção de vôo, formando uma faixa de vôo. Para se obter
estereoscopia, as fotos são expostas em intervalos de tempo tais que, entre duas fotos
sucessivas de uma faixa, haja uma superposição de cerca de 60%. Nas faixas expostas,
paralelamente, para compor a cobertura de uma área é mantida uma distância entre os eixos
de vôo que garanta uma superposição de cerca de 30% entre duas faixas adjacentes. Deste
modo, as faixas podem ser “amarradas” pelos pontos de ligação determinados na área comum
e devem formar um bloco. A direção das faixas de vôo e a superposição variam com a forma
do terreno (Figura 5).
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
O resultado duma missão fotográfica é constituído de imagens em negativo, a partir dos quais
são geradas cópias em positivos. Isto constitui um processo importante, uma vez que estes
positivos, para serem utilizados em fotogrametria, precisam estar de acordo com: a orientação
dos sistema ótico da câmara, bem como as propriedades especiais do original, isto é, em preto
e branco, em cores, em infravermelho, etc.
Uma etapa indispensável no processo que resulta duma cobertura fotográfica é a preparação
dos fotoíndices, os quais constituem a reunião de fotografias aéreas individuais, nas suas
posições relativas, fotografadas, em seguida, numa escala reduzida.
Suponhamos que uma fotografia aérea tenha sido exposta com o eixo ótico verdadeiramente
vertical. Nestas condições, somente o ponto central está livre de qualquer deslocamento. Fora
daí, porém, e quanto mais longe deste ponto, maiores serão os deslocamentos. Como a
fotografia aérea é uma projeção cônica, os detalhes do terreno representados numa fotografia,
salvo o ponto central, estão fora das suas posições relativas.
Outro tipo de anormalidade que pode ocorrer, sobretudo em conexão com as condições
meteorológicas, resulta de uma faixa que passa a não apresentar uma direção reta regular,
formando, em conseqüência, uma curva, a qual poderá causar, entre uma faixa e outra, uma
descontinuidade na superposição, o que é conhecido como “buraco”, tipo de anormalidade que,
muitas vezes, obriga a um novo vôo, a fim de sanar aquele defeito.
A fotografia comum tem a sua origem em época muito remota. Em 350 A.C., Aristóteles
descreveu a produção de imagens através da passagem da luz por um pequeno orifício. Entre
outros franceses como Joseph Niepce, o francês Louis Daguerre , desenvolveu em 1839 um
processo de fixação da imagem produzida pela luz (descoberta da fotografia) que foi
reconhecido pela Academia Francesa de Ciências.
O primeiro registro de uso de imagens fotográficas para auxiliar o mapeamento foi em 1842
quando Francis Arago, diretor do Observatório de paris, demonstrou a possibilidade de
utilização de fotografias para auxiliar levantamentos topográficos.
Entre eles, destaca-se uma câmara desenvolvida e patenteada por Julius Neubronner em 1903
cuja particularidade era de ser acoplada a um pombo, pois pesava apenas 70 g (Figura 7).
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
Em contrapartida, nesta mesma época, o americano G.R. Lawrence desenvolvia uma câmara
que pesava mais 450 kg com um negativo de 1,35 x 2,40 m que de tâo pesada nunca pode ser
aerotransportada (Figura 8).
O primeiro registro de fotografia aérea obtida por um avião com uso em mapeamento foi do
Capitão Tardivo, oficial britânico, que em 1913 apresentou um trabalho descrevendo o
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
A partir da década de 50, todos os progressos obtidos foram oriundos de evolução de técnicas
e equipamentos da aerofotografia. Destaca-se o uso de plataformas orbitais como a inserida na
espaçonave russa Sputnik I (1957) e na americana Mercury MA-4 que obteve centenas de
fotos orbitais de 70 mm de lado (1961).
Atualmente, com o avanço das imagens digitais, discute-se muito o futuro uso de filmes aéreos.
Apesar dos progressos desta área, alguns problemas relativos à aquisição de imagens digitais
permanecem em estudo. Entre eles, estão os sensores digitais de tamanho limitado (CCD
lineares ou em matriz), a velocidade de obtenção de imagem imposta pela tecnologia, os
sistemas de armazenamento necessários para o processo e finalmente, a resolução final das
imagens. Hoje em dia, 95% dos sistemas de obtenção de imagens aéreas ainda usam o
sistema de filmes convencional.
Com o final dos períodos de conflitos e com a descoberta de novos processos, equipamentos e
materiais, a fotografia aérea tornou-se um produtos de valor inestimável para o planejador,
pesquisador e empreendedor, além de ser a matéria prima para o trabalho do cartógrafo.
Em termos técnicos, considera-se uma fotografia aérea como aquela obtida por meio de
câmara aérea rigorosamente calibrada (com distância focal, parâmetros de distorção de lentes
e tamanho de quadro de negativo conhecidos), montada com o eixo ótico da câmara próximo
da vertical em uma aeronave devidamente preparada e homologada para receber este sistema
(Figura 11).
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
4.3. Estereoscopia
Para visualizar a imagem em 3D, aproxime-se do monitor. Faça com que os raios óticos de
seus olhos focalizem cada uma das imagens separadamente (Imagem esquerda para o olho
esquerdo e Imagem direita para o olho direito). Afaste-se lentamente sem perder o paralelismo
dos eixos óticos e aguarde a acomodação da imagem. Após algumas tentativas, a visão
tridimensional é obtida (Figura 13).
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
Alguns grandes fabricantes de filmes aéreos como a KODAK e AGFA fornecem uma grande
variedade de informações sobre as propriedades de cada filme bem como recomendações e
procedimentos em relação ao seu manuseio, transporte, armazenagem e principalmente,
revelação. Estes processos estão se aperfeiçoando constantemente em vários sentidos, tais
como rapidez, definição e permanência da imagem, tempo e facilidade de revelação.
A estrutura do filme aéreo é composta de uma base de estável de poliester intercalada entre
uma (ou mais) camada(s) finas de uma emulsão foto-sensível e outra camada de apoio para
proteção do poliester. Esta base possui espessura variável (0,06 a 0,18 mm) de acordo com as
necessidades de estabilidade e comprimento do filme (Figura 15).
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
A emulsão fotográfica é uma gelatina que serve de suporte para grãos de brometo de prata. O
brometo de prata é um elemento que reage à incidência de luz transformando-se em brometo e
prata. Dependendo do tempo e intensidade da luz, esta transformação irá acontecer em maior
ou menor intensidade criando as tonalidades em uma fotografia (Figura 16).
A estrutura dos filmes coloridos é mais complexa que a do filme P&B. Nos filmes coloridos
existem três camadas de material sensível a determinados espectros eletromagnéticos. Cada
uma delas possui seu próprio corante, formado ou acrescentado durante o processamento,
além de diversas camadas transparentes de proteção, todas aplicadas sobre uma camada
base (Figura 17).
Para a fotografia aérea, a estabilidade dimensional diz respeito à manutenção original das
dimensões do filme após variações em umidade e temperatura, e também após a própria
revelação ou envelhecimento do filme. A estabilidade dimensional de filmes aéreos é de
interesse particular para a precisão dos mapas oriundos destas imagens.
5.2. Propriedades
A velocidade de filme aéreos (ISO A ou EAFS) não deveria ser confundido com velocidades de
filme convencionais que são projetadas para aplicação em fotografia comum (Ex: 100 ASA ...
400 ASA). As características de tomada de imagens aéreas diferem notadamente da fotografia
convencional por causa do alcance menor da luminosidade, condições atmosféricas (bruma,
névoa) e outros fatores.
Assim, são usados parâmetros de velocidade de filme diferentes para relacionar características
de cena com recomendações práticas de exposição.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
A resolução de um filme aéreo é geralmente expressa por sua granulação e pelo seu poder
resolutivo. Granulação é a característica apresentada pelos grãos de prata de um filme após
revelado e ampliado. Ela é determinada por meio de medidas microdensitométricas.
Os atributos necessários para escolha de um filme são basicamente impostos pela qualidade
de imagem desejada e pela finalidade da Cobertura Aerofotogramétrica. Estes atributos
incluem a velocidade do filme, contraste, sensibilidade de espectro e resolução (grãos de prata
maiores ou menores).
O filme aéreo Preto & Branco (P&B) é mais usado nas fotografias aéreas pelo seu custo
relativamente baixo e pela sua resposta espectral ser bem próxima do espectro visível pelo
olho humano.
Desta maneira, o usuário da fotografia aérea distingue pequenas variações de tons de cinza.
Isto permite a interpretação fácil de elementos naturais ou feitos pelo homem. Sua principal
desvantagem é que mesmo com o uso de filtros apropriados (filtro amarelo ou menos azul),
continua sensível à bruma atmosférica o que reduz o contraste da imagem (Figura 19a e 19b).
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
6.2. Colorido
Os filmes coloridos ou de cores naturais são filmes que apresentam uma riqueza muito grande
detalhes devido à apresentação de elementos em sua cor real. Isto facilita a interpretação de
objetos e cenas uma vez que muitos elementos do mundo real são mais facilmente
identificados quando agrupam o atributo cor.
Um exemplo disto são as massas de água (lagos, lagoas) que apesar de serem bem
caracterizados pela sua forma, possuem uma resposta espectral variando do branco até o
preto nos filmes pancromáticos (P&B) enquanto que nos filmes coloridos a sua identificação é
muito facilitada pela sua resposta espectral na imagem. De maneira muito semelhante,
podemos exemplificar o caso de piscinas em ambientes urbanos (Figuras 20a e 20b).
6.3. Infra-vermelho
Os filmes infra-vermelho coloridos possuem três camadas de emulsão com sensibilidade aos
seguintes comprimentos de onda : verde (500 nm até 575 nm), vermelho (575 nm até 675 nm)
e próximo do infra-vermelho (675 nm até 900 nm). Como estas camadas tem sensibilidade
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
para a luz azul, o filme infra-vermelho requer o uso de filtro amarelo. Após revelado, a camada
sensível ao verde é representada como azul, a sensível ao vermelho como verde e a próximo
do infra-vermelho como vermelho (Figura 21a e 21b).
Outros fatores preponderantes para um bom resultado no uso de filme infra-vermelho são
horário de vôo (janelas pequenas de vôo entre 11 h e 13 h), inclinação e posição do sol,
altitude de vôo e ângulo de abertura da câmara (função da distância focal)
7.1. Escala
Calcular a escala de uma fotografia aérea (E) é muito simples desde que sejam conhecidos a
altura de vôo (H) no instante da tomada da foto e a distância focal da câmara (f) utilizada para
obter a foto.
Assim, a relação matemática f/H nos dará a escala da fotografia aérea (Figura 22).
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
Por exemplo, para uma fotografia aérea obtida com uma câmara com f=153 mm e uma altura
de vôo H=1.224 m, a escala da foto será :
Outra maneira de obter a escala de uma fotografia aérea é a comparação de distância entre
pontos escolhidos na foto e identificados em um mapa de escala conhecida.
Na realidade, a altura de vôo (H) não é uma constante. Ela varia em todos os pontos da área
imageada devido à própria ondulação do terreno. Assim, normalmente adota-se uma altura de
vôo média que corresponde à média aritmética da menor e maior alturas de vôo possíveis na
área a ser fotografada. Com isso, temos uma variação de escalas para os pontos mais baixos e
mais altos do terreno. Esta variação de escala admissível é da ordem de 5 a 10%.
Usando a escala calculada no exemplo anterior (1/8.000), o lado da foto no terreno (L) terá a
seguinte dimensão:
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
Para atender aos requisistos de estereoscopia e outros, uma cobertura aérea deve prever a
Superposição Longitudinal entre fotos consecutivas que geralmente é da ordem de 60%. De
maneira semelhante, entre faixas de fotos existe uma Superposição Lateral que é da ordem de
30%.
Assim, a área de cobertura única (sem superposição) de uma fotografia aérea corresponderia
ao produto da dimensão representativa de 40% do lado da foto no sentido longitudinal e 70%
do lado da foto em no sentido lateral.
Para o nosso exemplo, cujo lado da foto no terreno é 1,84 km e a área total de uma foto é de
3,4 km2, a área de cobertura única seria:
Portanto, para avaliarmos a quantidade aproximada de fotos necessárias para cobrir uma área
de 100 km2 por exemplo, basta dividir o valor da área de interesse pelo valor da área de
cobertura única da foto:
Veja a tabela abaixo para algumas escalas e para distância focal 153 mm:
ÁREA
ESCALA ALTURA LADO REC. REC. ÁREA
COBERTURA NÚMERO
FOTO VÔO FOTO LONGITUDINAL LATERAL FOTO
ÚNICA FOTOS
1/ (m) (m) (m) (m) (km²)
(km²)
4.000 612 920 552 276 0,85 0,24 485
8.000 1224 1840 1104 552 3,39 0,95 121
10.000 1530 2300 1380 690 5,29 1,48 78
15.000 2295 3450 2070 1035 11,90 3,33 35
20.000 3060 4600 2760 1380 21,16 5,92 19
25.000 3825 5750 3450 1725 33,06 9,26 12
30.000 4590 6900 4140 2070 47,61 13,33 9
33.000 5049 7590 4554 2277 57,61 16,13 7
____________________________________________________________ . 68
_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
8.0. Estereoscopia
O olho humano é a principal condição ou a principal ferramenta para a estereoscopia, pois sem
ele não é possível termos noção da terceira dimensão.
Para obtenção da visão estereoscópica, através de fotos, é necessário que tenhamos dois
olhos e com a mesma capacidade de visão.
A visão monocular permite examinar a posição e direção dos objetos, dentro do campo da
visão humana, num único plano. Permite reconhecer nos objetos, a forma, as cores e o
tamanho.
O olho humano é o órgão mais importante, na comunicação com o ambiente em nossa volta.
Através dele, conseguimos registrar e levar ao cérebro as imagens dos objetos, com todas as
suas características.
1) Uma fila de postes. Notamos que a sua altura diminui com o afastamento dos postes.
2) Olhando uma estrada, as suas margens parecem convergir para um ponto.
3) As montanhas distantes apresentam uma cor azulada, enquanto que as próximas
apresentam cor verde.
Existe visão estereoscópica direta, quando o olho recebe os raios luminosos refletidos
diretamente pelo objeto, ao invés de observar fotografias (diapositivos), processo este
chamado de visão estereoscópica indireta.
A estereoscopia depende muito da acomodação do olho, que nada mais é do que adaptar a
distância focal do olho à distância em que está o objeto, que estamos observando. Assim,
podemos ver a diferença do olho com a câmara fotográfica, pois esta tem distância focal fixa,
exceto pequenos ajustes de calibração.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
a) Anaglifo: Este processo estabelece a separação das duas imagens distintas a serem
percebidas, usando projeções ou impressão nas cores complementares vermelho e azul e
usando óculos com filtros nestas cores. Se a foto da esquerda é projetadas ou impressa
em vermelho e a direita em azul, o filtro do olho esquerdo é azul e o do direto é vermelho,
de tal forma que o olho esquerdo só perceba a foto da esquerda e o direto, a foto da direta.
Apesar da projeção colorida, a imagem tridimensional é percebida em preto e branco.
b) Cintilamento: Sabemos que as imagens formadas na retina do olho humano persistem por
cerca de 0,1 segundo, após a ocultação do objeto. Este processo explora este fato, para
estabelecer a separação dos campos visuais dos dois olhos do seguinte modo:
¾ Orientação do estereomodelo;
¾ Capacidade de visão do fotointérprete ou fotogrametrista;
¾ Iluminação do ambiente;
¾ Diferença notável de escala no estereomodelo;
¾ Tonalidade fotográfica uniforme;
¾ Mudanças de posições de objetos no intervalo de tempo decorrido, entre duas tomadas de
fotografias.
____________________________________________________________ . 70
_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
9.0. Fotointerpretação
9.2.Fotointerpretação básica
Para se obterem melhores resultados na leitura das fotografias aéreas, elas devem ser
anotadas de tal maneira que as sombras fiquem voltadas para a direção do observador; como
se tivessem uma luz iluminando a fotografia do lado esquerdo, acima do observador. Assim
todos os objetos que tiverem projetados suas sombras na fotografia são elevações e os que
não tiverem sombras são depressões. No caso de uma montanha de forma arredondada, a
tonalidade na fotografia sofrerá uma mudança gradual, mas um prédio terá uma sombra com
tonalidade igual, representando perfeitamente a forma do mesmo. As fotografias que
representam uma superfície ondulada ou montanhosa são caracterizadas pela grande
quantidade de sombras.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
gado, represas para irrigação e drenagem e pelo conjunto de construções típicas de áreas
rural. Nas áreas cultivadas as sombras aparecem com diversas tonalidades de cinza,
predominando as tonalidades claras. Assim toda vegetação baixa, como a grama, bem como o
milho no início de seu desenvolvimento aparece com tonalidade cinza claro e textura fina. o
milho quando totalmente desenvolvido aparece na fotografia com tonalidade escura e textura
grosseira.
Áreas com pastagem, áreas gramadas e campos aparecem com tonalidade clara e textura
suave. Florestas densas aparecem com tonalidade escura enquanto que uma floresta em início
de desenvolvimento aparece com tonalidade clara. O aparecimento de diferentes formas indica
a presença de uma floresta mista.
Rios, ribeirões e riachos são identificados pela sinuosidade, uniformidade de tom e pelas
características topográficas.
Lagos, reservatórios, tanques e pântanos são identificados pela sua uniformidade e tonalidade
escura das águas, exceto nos pontos onde há reflexão do sol.
As estradas de ferro aparecem como linhas finas, retas, mudando de direção através de curvas
suaves. As estradas de rodagem são facilmente distinguidas nas fotografias aéreas. O que é
difícil de se identificar é o tipo de pavimentação. Essa identificação só é possível em fotografias
de escala grande. Estradas sinuosa indicam que a região é montanhosa.
Cemitérios são identificados pela aparência esquemática das árvores, arbustos e caminhos. A
identificação de escolas depende principalmente da forma geométrica da mesma e das
características que se encontram nas vizinhanças. As igrejas são identificadas principalmente
devido a sua estrutura de construção, seu tamanho, formato e pela torre com cruz no topo.
Oliveira, Cêurio de, Dicionário Cartográfico, 4a. ed., Rio de Janeiro, IBGE, 1993;
Oliveira, Cêurio de, Curso de Cartografia Moderna, 2a. ed., Rio de Janeiro, IBGE, 1993;
Delmar, A.B. Marchetti e Gilberto, J. Garcia, Princípios de Fotogrametria e Fotointerpretação,
Editora Nobel.
Loch, Carlos e Lapolli, Édis Mafra, Elementos Básicos da Fotogrametria e sua Utilização
Prática, Editora da UFSC.
Manual of Photographic Interpretation - American Society for Photogrammetry and Remote
Sensing - Second Edition – 1997
Esteio Engenharia e Aerolevantamentos S.A., Curitiba, PR, 2000.
O filme pancromático não é sensível à luz verde e, devido a isso, pode-se fazer a revelação do
mesmo em presença de respectiva luz.
Após a retirada do liquido revelador, o filme passará a outro líquido, o líquido fixador, por um
tempo de duração de 10 minutos.
____________________________________________________________ . 72
_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
Lava-se em seguida o filme com água corrente, em prazo de 1/2 a 1 hora. Em seguida, deixa-
se o filme secar.
Os positivos são as aerofotos traspassadas do filme (negativo) para o papel sensível (positivo).
A. CÂMERA NORMAL
¾ SUPER GRANDE ANGULAR: em que o ângulo de abertura está acima de 100º, variando
até um valor de 120º.
____________________________________________________________ . 73
_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
A Figura 2.24 demonstra ângulos de abertura dos três tipos de câmeras, levando-se em
consideração que a linha de vôo em que o avião encontra-se está posicionada em uma só
altura.
Examinando a Figura 2.24, verifica-se que a medida em que a abertura angular da câmera
aumenta de valor, a ÁREA de campo abrangida pela mesma torna-se maior. É evidente que,
levando-se em consideração de que se está navegando a uma altura de vôo para com os três
tipos de câmeras, as ESCALAS das três aerofotos coletadas tornam-se diferentes para cada
uma delas. Numericamente a maior escala será a da câmera super grande angular, e a menor
escala está conjugada à câmera normal.
Considera-se como distância focal de uma câmera aerofogramétrica, o afastamento que vai do
ponto nodal do cone porta objetiva da câmera ao plano do negativo (filme). É o que se pode
observar na Figura 2.25.
Se o avião estiver navegando a uma mesma altura, com câmera dotada de três cones porta
objetiva diferentes as áreas aerofotografadas tornar-se-ão também diferentes.
Em fotogrametria existe uma relação inversa entre área de campo aerofotografada e distância
focal da câmera, que diz:
____________________________________________________________ . 74
_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
2.6.3. RELAÇÃO ENTRE DISTÂNCIA FOCAL E ALTURA DE VÔO PARA UMA MESMA
ÁREA DE CAMPO
Caso se queira aerofotografar uma mesma área de terra, com os três tipos de câmera, ter-se-á
que trabalhar com o avião em três alturas de vôo diferentes.
Quanto maior for a altura de vôo, maior deverá ser o valor da distância focal da câmera, e
quanto menor for altura do vôo, menor deverá ser o valor da distância focal da câmera.
A Figura 2.27 mostra três alturas de vôo diferentes, bem como três diferentes distâncias focais
de câmeras.
Se for-se calcular a área e a escala das aerofotos, coletadas nessas 3 alturas de vôo, ver-se-á
que as mesmas tornam-se numericamente idênticas.
Figura 2.27. Três alturas de vôo diferentes, bem como três diferentes distâncias focais de
câmeras.
ESCALA
df 1 HV ⋅1 18000000mm ⋅ 1
= ∴ E= ∴ E= ∴ E = 1 : 60.000
HV E df 300mm
____________________________________________________________ . 75
_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
ÁREA
d 1 d ⋅E 0,23m ⋅ 60000
S = l2 = ∴ D= ∴ D= ∴ D = 13.800m
D E 1 1
ESCALA
df 1 HV ⋅1 9000000mm ⋅ 1
= ∴ E= ∴ E= ∴ E = 1 : 60.000
HV E df 150mm
ÁREA
d 1 d ⋅E 0,23m ⋅ 60000
S = l2 = ∴ D= ∴ D= ∴ D = 13.800m
D E 1 1
ESCALA
df 1 HV ⋅1 6000000mm ⋅ 1
= ∴ E= ∴ E= ∴ E = 1 : 60.000
HV E df 100mm
ÁREA
d 1 d ⋅E 0,23m ⋅ 60000
S = l2 = ∴ D= ∴ D= ∴ D = 13.800m
D E 1 1
¾ ALTURA DE VÔO.
EXERCÍCIO 1:
A que ALTURA deve voar um avião, para que as aerofotos sejam produzidas em ESCALA DE
1:6.000, usando-se uma câmera aerofotogramétrica com DISTÂNCIA FOCAL DE 150 mm?
____________________________________________________________ . 76
_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
Dados:
df = 150mm
E = 1 : 60000
Pedidos:
HV = ?
α =?
S =?
CÁLCULOS:
ALTURA DE VÔO:
df 1 df ⋅ E 150 ⋅ 6000
= ∴ HV = ∴ HV = ∴ HV = 9000000mm ou HV = 900m
HV E 1 1
OP = 900m
PB = ?
0,23 m
0,23 m
d 1 d ⋅E 0,23m ⋅ 6000
= ∴ D= ∴ D= ∴ D = 1380m
D E 1 1
D 1380
PB = = = 690m
2 2
Logo,
PB 690
tgα `= = ∴ tgα `= 0,76666 ∴ α `= 37°
OP 900
Finalmente,
α = 2 ⋅ α `= 2 ⋅ 37° ∴ α = 74°
1904400m 2
S = l2 ∴ S = (1380m) 2 ∴ S = 1904400m 2 ∴ S= ∴ S = 190.44ha
10000m 2
____________________________________________________________ . 77
_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
De acordo com a posição do eixo ótico da câmera, ter-se-á dois tipos de aerofotos, que são:
¾ AEROFOTOS OBLÍQUAS: toda aerofoto coletada com o eixo ótico da câmera, dotado de
um desvio acima de 3º em relação à vertical do lugar, já poderá ser considerada como
sendo uma aerofoto oblíqua.
• BAIXO OBLÍQUA: são aquelas em que não se consegue visualizar o horizonte do terreno.
Para ambas fotografias, Alto e Baixo Oblíqua, não se pode identificar uma determinada Escala,
visto que, em virtude de o eixo ótico da câmera sofrer grande desvio da vertical do lugar,
haverá distorção na imagem aerofotografada (Figura 2.29).
Como resposta dir-se-á grande área recoberta, assim como elas permitem que se faça
determinação de objetos ocultos, daí o seu grande emprego em áreas militares.
Mesmo assim, elas não chegam a comparar-se com Aerofotos Verticais, visto que não
possibilitam que se façam medições de Alturas, Distâncias e Ângulos.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
No que diz respeito às aerofotos verticais, elas são as mais usadas, em virtude de
proporcionarem uma série de vantagens, tais como:
Se observar-se uma aerofoto, ver-se-á que ela é dotada de quatro marcas diametralmente
opostas, situadas na metade dos bordos ou nos cantos (vértices) da aerofoto. A essas marcas
dá-se o nome de MARCAS FIDUCIAIS ou de COLIMAÇÃO. O termo fiducial significa correto.
É o que se pode observar na Figura 2.29, em que pelo rebatimento da figura do negativo
existente no interior da câmera, observa-se o posicionamento das respectivas marcas fiduciais.
Toda aerofoto é dotada de um ponto central ou principal, situado no centro da mesma (Figura
2.30).
Um método rápido e simples de se marcar o ponto principal a partir das marcas fiduciais e que
tem a vantagem de evitar que se tracem linhas nas aerofotos, consiste em fazer-se uso de um
papel transparente (PAPEL ACETATO), um pouco maior que o tamanho das aerofotos.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
Sobre esse acetato, marcam-se duas finas semi-retas com lápis 4H ou 5H, exatamente
perpendiculares entre si e cruzando o meio do acetato, tal como se mostra a Figura 2.31.
Em seguida, fixa-se a aerofoto em uma prancheta, com auxílio de 4 (quatro) fitas durex, e
coloca-se o papel acetato sobre a aerofoto, de maneira que as semi-retas sobreponham
exatamente as ponteiras das marcas fiduciais da aerofoto (Figura 2.32).
As marcas fiduciais variam de acordo como tipo de câmera usada. Assim é que se tem marcas
fiduciais localizadas nas extremidades (vértices), ou nas bordaduras centrais das aerofotos.
Abaixo (Figura 2.32), está-se dando uma idéia de 3 tipos de marcas fiduciais existentes,
padronizadas em aerofotos da WILD; ZEISS e FAIRCHILD.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
Para a confecção simples de um mapa, tem-se que trabalhar com as aerofotos componentes
de um fotoíndice e um estereoscópio de espelhos dotado de uma capacidade abrangedora dos
60% de recobrimento existentes entre pares de aerofotos. É claro que, em virtude de estar-se
trabalhando (desenhando) estereospicamente, e levando-se em consideração que uma
aerofoto recobre a outra não em sua totalidade, mas sim nos 60% (sessenta por cento) do
sentido longitudinal de vôo, para que se possa confeccionar o desenho integral da área de uma
aerofoto, ter-se-á que fazer o uso de 3 aerofotos seqüentemente numeradas, visto que
somente um aaerofoto posicionada entre duas outras aerofotos será a que poderá receber em
sua totalidade a ESTEREOSCOPIA e, conseqüentemente, proporcionar o desenho
estereoscópico em toda a sua área (Figura 2.33).
Na Figura 2.34, observe-se o posicionamento esteroscópico das três aerofotos (229, 230 e
231), sendo que o papel acetato ou papel vegetal, destinados a receber o desenho, devem ser
sobrepostos na aerofoto central (aerofoto 230) e, de princípio, far-se-á o desenho dos 60%
estereoscópicos existentes entre aerofotos 229/230, para logo em seguida complementar-se os
40% da aerofoto 230, passando-se a trabalhar com mas aerofotos de números 230/231.
A percepção estereoscópica exige que as fotos sejam montadas adequadamente. Isto implica
em orientar uma foto em relação a outra, de tal maneira que se restabeleça a geometria
relativa em que tal par de fotografias foi obtido. Cada olho do observador fará o papel da
objetiva fotográfica, enquanto as fotos representarão a área de terreno registrada em cada
posição da câmara fotogramétrica.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
Para se recompor a geometria das fotos, devemos observar alguns critérios que facilitarão esta
tarefa. O primeiro deles é o de procurar a numeração da foto. Esta e outras informações
aparecerão nas fotos sempre na mesma posição relativa, isto é, se a numeração de uma foto
apareceu no canto superior direito, nas demais fotos a numeração aparecerá em posição
idêntica. Trabalhando-se com fotos de uma mesma linha de vôo, a numeração deverá ser
seqüencial. Agora, disponha as fotos sobre uma superfície plana – uma mesa, por exemplo –
de tal maneira que a numeração das mesmas – ou qualquer outra informação comum – guarde
a mesma posição relativa. Uma análise mais demorada do estereopar é primordial para a
identificação das cenas homólogas.
1. Localize as marcas fiduciais de sua fotografia. Estas marcas se encontram ou nos vértices
da foto ou no meio de cada um dos lados. Localize agora as marcas fotogramétricas. Elas
estarão dentro das marcas fiduciais, sendo pontos inequívocos. Procure, por exemplo, por
uma cruz, o dente central de um serrilhado, um alinhamento bem definido, etc. A Figura 2.
mostra tais exemplos.
2. Usando uma régua de boa qualidade, alinhe marcas fotogramétricas opostas. Trace sobre
a foto, com um lápis dermatográfico, um segmento de uns 3 cm no meio deste
alinhamento. Faça o mesmo para as outras duas marcas. Observe a Figura 3. Na
interseção destes dois segmentos perpendiculares, estará definido o ponto principal da
foto, que é a materialização do eixo ótico com o plano fotográfico. Pode-se, também,
entendê-lo como sendo a projeção ortogonal do centro de perspectiva da foto – centro ótico
– sobre o plano da fotografia.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
3. Disponha as duas fotos sobre a mesa de tal maneira que a numeração de ambas
apareça na mesma posição relativa, isto é, se na foto da esquerda a numeração ficou no
canto superior esquerdo.
6. Superponha uma foto sobre a outra de modo a coincidir, da melhor forma possível, o
detalhe selecionado. Confira, olhando alternadamente as fotos superpostas, se outras
imagens homólogas também estão superpostas ou bem próximas. Se isto não ocorrer,
verifique se a numeração das fotos guarda a mesma posição relativa, reorientando-as
para tal. Busque sempre a coincidência de toda a região de cenas homólogas.
7. Uma vez que você esteja seguro de haver superposto corretamente as duas fotos, tente
visualizar o alinhamento entre o ponto principal de cada foto. Para isto, pressionando a
foto superior na região ponto principal desta, levante a margem que se situa sobre a foto
inferior, e procure ver o ponto principal dela.
8. Mantendo a superposição das fotos, gire-as até que o alinhamento entre os pontos
principais fique paralelo à linha imaginária que une seus olhos. Posicione o conjunto
sobre a mesa, evitando que fique muito próximo da sua borda. Isto possibilitará maior
segurança ao deslocar o estereoscópio sobre a região de estereoscopia.
9. Fixar, com durex, os vértices da margem extrema de uma das fotos, isto é, a margem
esquerda da foto esquerda ou a margem direita da foto direita. Para isto, faça uma
pequena dobra no pedaço de durex, de forma a ter uma das pontas sem cola. Esta ponta
sem cola deverá ficar sobre a fotografia, e o pedaço de durex deverá ser fixado próximo
ao vértice da foto, paralelamente ao alinhamento dos pontos principais.
10. Afaste a foto, que ficou livre, na direção do alinhamento dos pontos principais, até que a
distância entre imagens homólogas seja aproximadamente igual ao valor da estereobase
adequada ao estereoscópio em uso. Para estereoscópios de lentes, o tamanho usual de
fotos (23 cm x 23 cm) fará com que uma foto ainda permaneça sobre a outra ao final do
afastamento. Veja a sequência apresentada na Figura 4.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
11. Colocar o estereoscópio de tal forma que cada lente situe-se sobre imagens homólogas.
12. Observar no estereoscópio e fazer os ajustes finais para uma visualização tridimensional
correta, atuando na foto que ficou livre. Desloque o estereoscópio para visualizar as
regiões extremas do estereomodelo. Faça os ajustes necessários a uma correta e
cômoda observação estereoscópica. É sempre conveniente observar uma cena com o
eixo ótico dos olhos perpendicular ao plano das fotografias. Deve-se evitar sempre
observações que exijam inclinação da cabeça. Para tanto, desloque o estereoscópio de
modo que o tema de interesse ocupe sempre a porção central da área de visão.
13. Afaste, cuidadosamente, o estereoscópio para longe das fotos, sem tocar nestas.
14. Fixar, com durex, os vértices da margem extrema da foto que estava livre. Para o
estereoscópio de lentes, as margens internas das fotos deverão ficar livres. Use o
mesmo procedimento de dobrar uma das pontas do pedaço de durex. Esta ponta sem
cola deverá ficar sobre a fotografia, e o pedaço de durex deverá ser fixado nos extremos
da foto, paralelamente ao alinhamento dos pontos principais. A fixação das fotos, desta
maneira, facilitará o manuseio do estereoscópio sobre elas e a retirada do durex, sem
danificá-las.
16. Agora, com o uso de uma régua, observando esteroscopiamente, trace esse limite para
cada foto, usando o lápis dermatográfico. Na foto da esquerda, este limite estará à
esquerda do ponto principal e, na foto da direita, à direita.
17. Como as fotos estarão superpostas, inverta a superposição para poder traçar a margem
sobre a foto inferior. Não é necessário deslocar as fotos. Erga a foto superior pela sua
margem livre; erga a foto inferior da mesma maneira, até passá-la sobre a anterior. Os
durex funcionarão como dobradiças. Note que há uma nova região de estereoscopia que
não podia ser observada na situação prévia. Veja a Figura 5.
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
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_________ ___Capítulo 2 – Noções Teóricas e Práticas de Fotogrametria
quando for necessário deslocá-lo sobre a mesa. Ao final do item 10, devido ao valor da
estereobase, estas estarão completamente separadas.
O correto posicionamento do estereoscópio exige que cada espelho situe-se sobre imagens
homólogas. Imagine uma reta perpendicular a cada imagem homóloga selecionada. Cada reta
deverá interceptar o respectivo espelho na sua porção mediana.
As fotos deverão, também, ter suas margens internas fixadas, uma vez que as fotos estarão
separadas. Isto garantirá maior rigidez do conjunto ao movimento do estereoscópio. A
delimitação da região de superposição, para cada foto, torna-se bem mais fácil, bastante o uso
de uma régua para fazer a transferência estereoscópica da margem esquerda da foto direita
para a foto esquerda e vice-versa.
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