Prova Das 4 Palavras e Uma Frase - Texto
Prova Das 4 Palavras e Uma Frase - Texto
Prova Das 4 Palavras e Uma Frase - Texto
Esta avaliação deve ser desenvolvida com os alunos que ainda não estão
alfabetizados.
Nesta situação de prova pede-se aos sujeito que escreva, em primeiro
lugar, o seu nome e em seguida uma série de quatro palavras e uma frase.
A seleção das palavras deve respeitar os seguintes aspectos: elas devem
pertencer a um mesmo campo semântico e não devem ser do repertório escolar usual da
cartilha utilizada pelos sujeitos. O que se pede para ser escrito: começa com uma palavra
dissílaba, uma trissílaba, uma polissílaba e uma monossílaba. É importante que esta
ordem seja mantida. Por último pede-se que escreva uma frase, na mesma deve conter a
palavra dissílaba e o nome do avaliado.
Exemplo:
- PIPA → dissílaba
- VARETA → trissílaba
- RABIOLA→ polissílaba
- SOL → monossílaba
(substituir pelo nome do sujeito)
↑
O MENINO SOLTOU A PIPA. → frase
● Aplicação da tarefa
Ao aluno dá-se lápis e uma folha branca, tamanho ofício e se lhe diz:
— Agora, tu vais escrever umas coisas. Antes, mostra com tuas mãos de que tamanho é
o gato. Ele é maior ou menor que a borboleta? Quantas letras tu pensas que são
necessárias para escrever a palavra gato?
Depois de sua resposta, pede-se:
— Então, escreve gato.
Se o aluno resiste, o experimentador anima-o, dizendo:
— Escreve como tu achas que escreve. Eu sei que ainda não te
ensinaram bastante. Mas, escreve como tu pensas que é.
Deixa-se o aluno escrever, sem pressioná-lo nem corrigi-lo, sempre
animando-o a que continue.
Pode acontecer que o aluno resista bastante e prefira desenhar. Deixa-se
que ele desenhe e depois se pede que escreva o nome do que desenhou, lembrando que
pode ser que o aluno pense que desenhar é escrever.
As palavras escolhidas se caracterizam por apresentar o seguinte
contraste: uma tem poucas sílabas, mas referente grande ( por exemplo, cavalo) e a
outra tem mais sílabas, mas um referente menor ( por exemplo, borboleta).
Pergunta-se ao aluno se ele conhece os objetos mencionados e, qual é o
maior para, em seguida, pedir-lhe uma antecipação de quantidade de letras da palavra, o
que tem como objetivo conhecer com que hipótese o aluno está regulando a quantidade
de grafias para escrever estas palavras.
Sabemos que há alunos que, guiando-se pelo referente das palavras,
consideram que o nome de um objeto grande deve se escrever com muitas grafias e o
nome de um objeto pequeno com poucas grafias.
A partir de hipótese silábica, entretanto, os alunos consideram que o
nome de um objeto deve ter tantas grafias quantas sílabas ele possui (por exemplo,
abacaxi se escreve com quatros letras).
Na hipótese alfabética, os alunos começam a considerar que se devem
escrever duas letras ou dois sinais gráficos para cada sílaba oral.
Uma vez escrita uma palavra, usa-se o mesmo procedimento para a
seguinte. Finalmente, pede-se que o aluno escreva a frase, sem nenhuma introdução
especial. A frase contém o nome do aluno e a palavra dissílaba já utilizada, exatamente
para se avaliar se, no contexto de uma oração, o aluno conserva a mesma escrita de
palavras isoladas.
Nota importante: esta é uma tarefa sobre a escrita do aluno. Com escrita e
leitura são dois processos paralelos e não simultâneos na alfabetização, não se pede ao
aluno que leia após ter escrito as palavras e a frase.
As tarefas de leitura devem ter outro suporte que não as escritas
produzidas necessariamente pelo aluno, isto é, ter o suporte de jornais, livros, revistas,
cartazes ou de escritos do professor.