Conceito Da Interpretação
Conceito Da Interpretação
Conceito Da Interpretação
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Para o poder judiciário a interpretação é feita pelos órgãos encarregados de administrar a
justiça, ou seja, pelos juízes de direito e os tribunais, isso é feito de forma de grande importância
pois trata-se de “é o interprete necessário e permanente da lei”. A interpretação da norma
compete aos juízes de inferior ou superior instancia, singular ou coletiva, na sentença ou no
acórdão, que representa o julgamento final da cousa, sem poder que os advogados entrem com
recursos. Quando acontece de não poder mais entrar com recursos pela causa, é porque a causa
já foi julgada pelas três instâncias, e as três já deram o seu parecer final.
Cada norma jurídica tem uma forma ou outra de ser interpretada, por isso o magistrado
não tem a obrigação de manter a mesma interpretação para determinas normas jurídicas, pois
tem o poder de liberdade no julgar.
A interpretação judiciária distingue-se da jurisprudência, porque o juiz pronuncia o
sentido e a norma jurídica, como por exemplo, a aplicação obrigatória de exames para os que
utilizam procedimentos escusos com o objetivo de vencer ou prolongar deliberadamente o
andamento processual, causando dano à parte contrária, como no caso do bafômetro, lei seca que
diz que não se pode beber e dirigir, se o policial ou agente de transito, pedir para fazer o teste
(exame) do bafômetro e a pessoa se recusar, ela vai ser encaminhada para a delegacia e vai ser
obrigada por um mandato do juiz a fazer esse exame, se isso acontecer vai ser por exame de
sangue e não mais pelo ar da boca.
AUTÊNTICA:
DOUTRINÁRIA:
GRAMATICAL:
HISTÓRICO:
Surgiu no século XIX, para tornar-se um movimento contra a ante-histórica, que ficou
conhecido como a ciência do direito.
A escola histórica diz que é possível um conhecimento mais amplo apenas com o
conhecimento amplo da história. Uma das criticas que se pode observar é a falta do principio
fundamental para se adaptar a norma jurídica as exigências da vida.
É preciso que o interprete investigue o desenvolvimento histórico das figuras jurídicas, a
fim de captar o fato certo, o verdadeiro significado das normas, tendo em vista os resultados que
querem e precisam atingir.
Pelo método histórico de interpretação entende-se como aquele no qual o intérprete irá
buscar entender a origem e o desenvolvimento das normas e institutos jurídicos. Para tal, irá
basear-se, portanto, nas doutrinas e parlamentares cujos trabalhos são elaborados como
preparação das leis.
O Direito Tributário não considera de grande importância o critério de interpretação
histórico, uma vez que as leis tributárias são instável e sujeitam-se permanentemente à
modificações.
TELEOLÓGICO
Este método tem como escopo analisar a finalidade e o objetivo da norma. Mas, este tipo
de interpretação acabou por promover uma insegurança jurídica e a liberdade de um juiz
tributário em poder criar; e, por isso, atualmente a doutrina pluralista vem considerando
explicitamente a interpretação teleológica não apenas como pelo foco da finalidade, e sim como
sendo o sistema (como os valores jurídicos, os princípios constitucionais tributários e a própria
Ciência do Direito, cuja organização se daria por meio de sistemas) pressuposto pelo finalismo.
Em citação de Ricardo Lobo Torres : “A finalidade econômica afirma-se a partir do
sistema de normas e valores, de conceitos e tipos jurídicos, de proposições e enunciados
científico-tributários. O critério teleológico e a consideração econômica, portanto, se orientam
pelo próprio sistema tributário.”
A teologia busca a finalidade da lei, abolindo por completo a “idolatria da logica”. Não
pode ser descartadas as exigencias sociais que deram lhe a origem.
Existe dois tipos de elementos que devemos levar em conta na interpretação da norma
juridica são o texto e o fim social. “O primeiro é um elemento fixo, constituido pela formulam
cujo sentido literal deve ser fornecido ao interprete pela linguagem do direito, com pena de se
dever declarar inoperante a obra do legislador”.
SISTEMÁTICO:
A respeito desta forma de interpretação, Ricardo Lobo Torres afirma que “os conceitos e
institutos devem ser compreendidos em consonância com o lugar que ocupam ou com o sistema
de que promanam, com vistas à unidade do Direito.” Ou seja, é preciso que os sentidos
originários do Direito Privado sejam conservados ao empregarem-se conceitos deste sistema
no Direito Tributário.
O método sistemático pode ser entendido como lógico, mas não apenas assim. A
concepção doutrinária hodierna admite haver uma dimensão valorativa neste método, tendo em
vista que ele têm como objetivo a compreensão de uma norma inserida no sistema jurídico como
um todo, sendo o mesmo aberto e adepto de valores (como a justiça e a segurança) e
historicidade.
Além disso, pode-se considerar que o método teleológico, enfim, encontrar-se-á
incorporado no método sistemático.
EXTENSIVA:
A interpretação extensiva, por sua vez, é aquela na qual o texto da lei tem sua
compreensão estendida até o limite máximo de sua expressão. Isso ocorrerá quando o intérprete
perceber que a lei, na verdade, expressa menos do que foi intencionado.
No Direito Tributário, são reconhecidas até mesmo as isenções (artigo 111 do CTN), uma
vez que seriam próximas da própria interpretação literal.
Um dos problemas mais graves da teoria da interpretação reside no fato de a zona de
distinção entre a interpretação extensiva e a analogia ser uma linha tênue, sem muita clareza.
Todavia, o autor Ricardo Lobo Torres afirma que “a diferença básica entre interpretação
extensiva e analogia consiste nisso: a interpretação extensiva opera nos limites da possibilidade
expressiva da palavra da lei; a analogia atua além daquele limite, nos casos de lacunas que
reclamam por preenchimento.”
RESTRITIVA:
Quando o legislador extrapola aquilo que se tinha a intenção de dizer, o sentido contido
no texto normativo pode ser restringido: é a chamada interpretação restritiva.
Os defensores de tal interpretação fundamentam-se em argumentos do liberalismo
individualista, como o in dubio contra fiscum e a excepcionalidade do Direito Tributário.
A interpretação restritiva vem perdendo prestígio nos últimos tempos, apesar de ser uma
forma interpretativa que favorece ao contribuinte.
DECLARATORIA:
ANALOGIA:
Estes princípios além de serem importantes para a temática da interpretação, também o são no
que se refere à integração do Direito Tributário. Para preencher as lacunas existentes, o Código
prevê a possibilidade de se recorrer aos princípios gerais do direito, tais como os da capacidade
contributiva, da boa-fé, da tipicidade, da legalidade, etc.
Além disso, o autor Luciano Amaro inclui “o princípio federativo, o princípio
republicano, o princípio da relação de administração, o princípio da lealdade do Estado, o
princípio da previsibilidade da ação estatal, o princípio da indisponibilidade do interesse
público, etc. são postulados do direito público que devem informar o trabalho exegético no
campo dos tributos”.
É notório, ainda, que o Código Tributário Nacional tenha divido em vertentes o conjunto
de princípios aos quais deve-se recorrer para promover a integração das leis tributárias, partindo
de um ramo mais específico como o direito tributário, para depois considerar um geral, o do
direito público.
Por coerência, o CTN deveria abranger posteriormente o ramo mais geral de todos: o dos
princípios gerais de direito. Contudo, é perceptível que o Código não faz menção a estes
princípios, o que para o entendimento de Ricardo Lobo Torres seria considerado uma lacuna ao
omiti-los.
Por esse mesmo motivo, o autor prefere reunir os Princípios Gerais de Direito Tributário
e os Princípios Gerais de Direito Público no tópico denominado Princípios Gerais de Direito; e
afirma ser infundada a separação hierárquica realizada pelo Código:
“A hierarquia que o CTN pretende estabelecer entre os princípios gerais de Direito Tributário
e os princípios gerais de Direito Público (art. 108, II e III) é inteiramente destituída de
fundamento”.
EQUIDADE:
www.cella.com.br
www.academico.direito-rio.fgv.br
www.dji.com.br
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www.estudaqui.com.br
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TORRES, Ricardo Lobo. “Curso de Direito Financeiro e Tributário”. 14ª edição, 2007.
Direito Tributário
Docente: Érika
4º Período de Ciências Contábeis
Porto Velho-RO
Março/2011
FACULDADE DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E DE
TECNOLOGIA – FATEC
Porto Velho-RO
Março/2011
INTRODUÇÃO