Cicatrização e Cuidados Com A Ferida Cirúrgica
Cicatrização e Cuidados Com A Ferida Cirúrgica
Cicatrização e Cuidados Com A Ferida Cirúrgica
FECHAMENTO PRIMÁRIO
FERIDAS CORTANTES, FERIDAS SEM LACERAÇÕES EXTENSAS,
SEM CONTAMINAÇÃO POR FEZES, SALIVA, PUS OU IMPUREZAS
GROSSEIRAS, TERRA E ATENDIDAS DENTRO DAS PRIMEIRAS 6
HORAS APÓS O TRAUMA
CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA
FASES DA CICATRIZAÇÃO
“O PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO É COMPOSTO DE UMA SÉRIE
DE ESTÁGIOS COMPLEXOS, INTERDEPENDENTES E
SIMULTÂNEOS, QUE SÃO DESCRITOS EM 3 FASES
CONSECUTIVAS, QUE APRESENTAM DINAMISMO E
SOBREPOSIÇÃO ENTRE ELAS.”
FASE INFLAMATÓRIA
responsável pela hemostasia e limpeza da ferida
FASE PROLIFERATIVA OU DE FIBROPLASIA
responsável pelo fechamento da lesão através da formação da
cicatriz
FASE DE MATURAÇÃO
Ocorre a remodelação da cicatriz. Aumento da força de tensão,
diminuição do tamanho da cicatriz e do eritema, tornando-se mais clara
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FASES DA CICATRIZAÇÃO
FASE INFLAMATÓRIA – duração média de 1 a 4 dias
Processos envolvidos: hemostasia, resposta inflamatória e epitelização
Ativação plaquetária e da cascata de coagulação - formação da fibrina e do
trombo. Liberação de fatores de crescimento pelas plaquetas
tecidos lesados liberam: histamina, serotonina e bradicinina
FASES DA CICATRIZAÇÃO
FASE INFLAMATÓRIA
A EPITELIZAÇÃO
FASES DA CICATRIZAÇÃO
FASE PROLIFERATIVA
INÍCIO CERCA DE 48 HORAS APÓS TRAUMA E DURA 2 OU 3 SEMANAS
CARACTERÍSTICAS Angiogênese
FASES DA CICATRIZAÇÃO
FASE DE MATURAÇÃO OU DE REMODELAÇÃO
CARACTERIZA-SE PELA EVOLUÇÃO DA CICATRIZ QUE SE TORNA
MAIS CLARA E PLANA
INÍCIO COM 3 SEMANAS APÓS O TRAUMA E DURA ATÉ 2 ANOS
DIMINUIÇÃO PROGRESSIVA DA VASCULARIZAÇÃO, DOS
FIBROBLASTOS E MACRÓFAGOS E AUMENTO DO COLÁGENO
(progressiva substituição do colágeno tipo III pelo tipo I – mais
rígido)
O CONTEÚDO FIBROSO DA CICATRIZ ESTÁ RELACIONADO
COM A TENSÃO QUE ATUA SOBRE SUAS BORDAS
“Em alguns pacientes a coloração e a consistência da cicatriz
ficam elevadas em relação a superfície cutânea, tornando-se
dolorosas e pruriginosas. São chamadas cicatrizes hipertróficas e,
quando estas características agravam, recebem o nome de
quelóides. A diferença é mais de intensidade do que de aspecto
histológico.”
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FASE INFLAMATÓRIA
CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA
FASE PROLIFERATIVA
TECIDO DE GRANULAÇÃO
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FASE DE MATURAÇÃO
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IDADE AVANÇADA
FUMO
Nicotina – ação vasoconstrictora – hipóxia tecidual. Suspender 6 meses antes
da cirurgia
DOENÇAS ASSOCIADAS: ANEMIA, HIPERTENSÃO, DIABETES, OBESIDADE
Causam prejuízos em várias fases do processo de cicatrização por diversos
mecanismos como: comprometimento da perfusão tecidual observado nos
obesos e diabéticos , hipóxia nos anêmicos, etc
GLICOCORTICÓIDES, QT E RxT
Corticóides – interfere na fase inflamatória e na síntese do colágeno
Quimioterápicos – impede proliferação de fibroblastos e macrófagos
Radioterapia – causa endarterite, com obliteração de pequenos vasos e
consequente isquemia
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ASPECTOS TÉCNICOS
TEMPO CIRÚRGICO cirurgias demoradas facilitam o ressecamento dos
tecidos e inoculação de bactérias
UTILIZAR TÉCNICA ATRAUMÁTICA, EVITANDO ESMAGAMENTO DAS
BORDAS
UTILIZAR BOA TÉCNICA ASSÉPTICA
EVITAR DESCOLAMENTOS DESNECESSÁRIOS
FAZER BOA HEMOSTASIA, EVITANDO FORMAÇÃO DE HEMATOMAS
NÃO DEIXAR ESPAÇO MORTO
EVITAR SUTURAS SOB TENSÃO
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EVOLUÇÃO E COMPLICAÇÕES
INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO
Classificação das feridas de acordo com o Colégio Americano de Cirurgiões
Feridas limpas: quando não há abordagem de vísceras ou cavidades com colonização
bacteriana: ex.: hérnias, a maior parte dos procedimentos neurocirúrgicos, cirurgia
cardíaca, etc. Chance de infecção de 2 % ou menos. Deve-se perseguir sempre uma taxa
inferior a 5 % nos serviços.
Feridas potencialmente contaminadas (ou limpa – contaminada): quando há abordagem
de vísceras ou cavidades com colonização bacteriana, mas sob circunstâncias eletivas
e controladas: ex: gastrectomia eletiva, colectomia eletiva com cólon preparado,
colecistectomia por colelitíase. Índice de infecção de 4 a 10 %
Feridas contaminadas: o procedimento ocorre na presença de contaminação óbvia mas
na ausência de infecção. Ex.: laparotomia com contaminação grosseira da cavidade por
lesão do intestino grosso. Índice de infecção > 10 %
Ferida suja ou infectada: procedimentos cirúrgicos realizado em presença de infecção
instalada: presença de pus, lesão visceral com tempo maior que 6 horas de evolução. A
chance de infecção com fechamento primário é variável na literatura, podendo chegar a
50 %
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EVOLUÇÃO E COMPLICAÇÕES
INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO
EVOLUÇÃO E COMPLICAÇÕES
INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO
ISC Incisional Profunda: infecção que ocorre até 30 dias da cirurgia ou até 1
ano se for colocado algum implante. A infecção aparenta estar relacionada com o ato
operatório envolver tecidos moles profundos (planos musculares/fáscia) da incisão e
um dos seguintes:
1. Drenagem purulenta da incisão profunda não de órgão/espaço componente
do sítio cirúrgico
2. Deiscência espontânea de incisão profunda OU esta é deliberadamente
aberta pelo cirurgião quando o paciente apresenta pelo menos 1 dos seguintes:
febre>38oC, dor localizada (ou aumento da sensibilidade), mesmo que a cultura da
incisão seja negativa
3. Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo a incisão profunda é
encontrado no exame direto, durante re-operação ou por exame radiológico ou
histopatológico;OU
4.Diagnóstico de infecção incisional profunda pelo cirurgião ou médico-
assistente.
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EVOLUÇÃO E COMPLICAÇÕES
INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO
ISC de órgão ou espaço:
Infecção ocorre dentro de 30 dias após ato operatório se não há colocação de implante
OU dentro de 1 ANO se há colocação de implante E a infecção aparenta estar
relacionada com o ato operatório; OU ...Infecção envolve qualquer parte do corpo
excluindo a incisão da pele, fáscia ou camada muscular que foi aberta OU manipulada
durante o ato operatório; E Pelo menos um dos seguintes:
1.Drenagem purulenta de um dreno que esteja colocado dentro de órgão/espaço;
2.Organismos isolados de fluidos ou tecidos obtidos de modo asséptico do
órgão/espaço;
3.Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo o órgão/espaço no exame
clínico, durante re-operação ou exame histopatológico ou radiológico;
4.Diagnóstico de uma infecção de órgão/espaço pelo cirurgião ou médico-assistente.
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EVOLUÇÃO E COMPLICAÇÕES
DEISCÊNCIA
EVENTRAÇÃO
EVISCERAÇÃO
EVOLUÇÃO E COMPLICAÇÕES
NECROSE DE BORDAS
HEMATOMAS
EVENTRAÇÃO COM
NECROSE E INFECÇÃO DE
PAREDE ABDOMINAL
CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA
EVISCERAÇÃO
CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA
IMPOSSIBILIDADE DE
FECHAMENTO PRIMÁRIO
BOLSA DE BOGOTÁ
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CICATRIZ HIPERTRÓFICA
CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA
QUELÓIDE
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