Desenvolvimento Pessoal
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1 - Correspondência Comercial
1. Como todo texto escrito, ela é irrecorrível, ou seja, não dá para harmonizar ou explicar
como na comunicação oral pelo telefone, por exemplo;
2. O volume de correspondência recebida nas empresas é grande, assim, a carta pode ser mal
lida, mal interpretada e motivar nova carta como resposta, ampliando a burocracia
empresarial. Por isso, para os grandes negócios e clientes especiais, prefere-se a conversa por
telefone.
Diante desses riscos, as cartas comerciais exigem uma boa apresentação (ordem, organização
e limpeza) e, acima de tudo, clareza, pois a obscuridade do texto impede a comunicação
imediata e dá margem a interpretações que podem levar a desentendimentos e, mesmo, a
prejuízos financeiros.
Em uma boa carta comercial, a linguagem há de ser:
Hoje em dia, cada vez mais é exigida a objetividade e a rapidez nas informações.
Por este motivo, é preciso buscar a clareza de pensamento, o entrosamento das idéias e um
vocabulário exato.
Antes de iniciar a redação de uma carta comercial, reflita sobre as seguintes necessidades
básicas:
E ainda:
O objetivo de uma correspondência comercial é transmitir uma mensagem clara, que seja
compreendida facilmente, e que leve o receptor à ação.
Entretanto, existem alguns enganos costumeiros que podem frustrar os objetivos de uma carta
comercial e devem ser evitados, como veremos nas próximas páginas.
Quanto ao estilo: evitar fazer literatura, floreando o texto com muitos adjetivos irrelevantes,
metáforas inoportunas e períodos excessivamente longos.
Deve-se ter clareza de idéias, rapidez de exposição (ir direto ao assunto).
O vocabulário deverá ser o usual, sem buscar terminologia complexa, neologismos,
estrangeirismos, frases de efeito (sobretudo latinas).
Deve-se evitar, quando possível, os verbos auxiliares: foi feito = fez-se, foi tomada = tomou-
se.
Quanto às abreviações: para maior clareza acostumar-se, sempre que possível e necessário,
a escrever por extenso, pois com isso, evita-se a perda de tempo e a ineficácia do texto.
Quanto à despedida: evitar sobretudo o "não tenho nada mais para o momento", que se
constitui um evidente pleonasmo. Diga-se, simplesmente atenciosamente.
Quanto à pontuação: coloca-se ponto final após local e data. Trata-se de frase nominal:
carta escrita em Belo Horizonte, no dia 04 de maio de 1996. Coloca-se vírgula após o nome do
assinante da carta e ponto após o cargo ou função. O cargo ou função são, neste caso, aposto.
Portanto, devem ser pontuados como manda a gramática. A saudação inicial é seguida de
dois-pontos (Sr. Fulano de Tal:; Prezado Senhor:).
Quanto à ortografia: são erros indesejáveis redigir: exceção com ss; paralisar com z;
pretensão com ç; catalisar e catalisador com z; entre outros.
Deve-se acentuar oxítonas terminadas em i e u quando precedidas de vogal, como Havaí,
Itaú, Jaú. As palavras Itu, Botucatu, Tatu, caju, preveni-lo, ali e aqui são oxítonas que não são
acentuadas, porque precedidas de consoante.
E ainda:
Deve-se procurar captar a atenção do leitor desde a primeira linha, evitando frases muito
explicativas;
Deve-se evitar empregar muitas palavras quando uma só for suficiente;
Também não serão aceitos carregamento de adjetivos, floreando a carta comercial;
É preciso preocupar-se em redigir o texto somente depois de observar o objeto a ser
descrito, encontrando nele uma característica que valha a pena ser transmitida ao leitor.
A chamada descrição objetiva é a descrição exata, sem floreios e sua principal característica é
deixar de lado o aspecto artístico da frase, preocupando-se somente com a eficácia e exatidão
da comunicação.
O vocábulo neste tipo de descrição será sempre preciso, com detalhes exatos e a linguagem
sóbria. Seu objetivo é esclarecer, informar, comunicar e mais do que isso, convencer pelos
fatos que imprime.
Senhores:
A narração envolve:
quem? Personagens;
quê? Atos, enredo;
quando? A época em que ocorreram os acontecimentos;
onde? O lugar da ocorrência;
como? O modo como se desenvolveram os acontecimentos;
por quê? A causa dos acontecimentos.
Na narração, deve-se evitar que os acontecimentos se amontoem, sem nenhum significado.
Força-se selecionar fatos relevantes, evitando-se, quando possível, detalhes planos, as séries
de adjetivos.
Recomenda-se o uso preferencialmente de substantivos.
E ainda:
Senhor Diretor:
Tendo em vista nosso longo relacionamento, achamos por bem narrar-lhe fatos que vêm
acontecendo ultimamente e que nos têm causado certa preocupação e receio quanto à
continuidade dos serviços de V.S.a
Há três meses, no dia 20-08-06, fomos surpreendidos com a troca do professor de português.
O novo professor, Sr. Roberto Gomes, não se dignou dar qualquer tipo de satisfação aos
alunos, muito menos procurou ser amigo da classe.
Ao final da primeira semana, surgiram as reclamações; algumas diziam que o professor era
grosseiro e mal-educado.
Três meses se passaram, e as coisas não se resolveram, pois o tal acordo e acerto com o
professor são impossíveis, devido a sua completa intransigência.
Assim, gostaríamos de ter um contato pessoal com V.Sa. para resolvermos este assunto.
Atenciosamente,
Fulano de Tal.
As declarações, para terem validade, exigem que sejam provadas, que se apresentem fatos
que as apóiem;
Os fatos não podem ser discutidos;
As opiniões são tantas, a verdade uma só...;
Os fatos nem sempre bastam. É necessário que a observação dos fatos seja meticulosa; que
eles sejam adequados, relevantes, característicos, suficientes, fidedignos, consistentes.
Quando, por exemplo, os dados são insuficientes, não se pode chegar a uma certeza absoluta.
Atenciosamente,
Pedro Cardoso,
Gerente de Vendas.