Matemática
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MATEMÁTICA
1 N
0 N
a. A={a,e,i,o,u}
b. N={1,2,3,4,...}
c. M={João,Maria,José}
Subconjuntos
Dados os conjuntos A e B, diz-se que A está contido em B,
denotado por A B, se todos os elementos de A também estão em
B. Algumas vezes diremos que um conjunto A está propriamente
contido em B, quando o conjunto B, além de conter os elementos de
A, contém também outros elementos. O conjunto A é denominado
subconjunto de B e o conjunto B é o superconjunto que contém A.
Reunião de conjuntos
A reunião dos conjuntos A e B é o conjunto de todos os elementos
que pertencem ao conjunto A ou ao conjunto B.
A B = { x: x A ou x B }
Exemplo: Se A={a,e,i,o} e B={3,4} então A B={a,e,i,o,3,4}.
Interseção de conjuntos
A interseção dos conjuntos A e B é o conjunto de todos os
elementos que pertencem ao conjunto A e ao conjunto B.
A B = { x: x A e x B }
A A=A e A A=A
A A B, B A B, A B A, A B B
A (B C) = (A B) C
A (B C) = (A B) C
A B=B A
A B=B A
A Ø=A
A Ø=Ø
A U=A
A (B C ) = (A B) (A C)
A (B C) = (A B) (A C)
Os gráficos abaixo mostram a distributividade.
Diferença de conjuntos
A diferença entre os conjuntos A e B é o conjunto de todos os
elementos que pertencem ao conjunto A e não pertencem ao
conjunto B.
A-B = {x: x A e x B}
Complemento de um conjunto
O complemento do conjunto B contido no conjunto A, denotado por
CAB, é a diferença entre os conjuntos A e B, ou seja, é o conjunto de
todos os elementos que pertencem ao conjunto A e não pertencem
ao conjunto B.
(A B)c = Ac Bc
(A B)c = Ac Bc
A B = { x: x A B e x A B }
Em geral, os cursos de Cálculo começam por um breve estudo dos números reais e um
curso de Análise Matemática tem início por um estudo bastante completo e rigoroso
destes números. A razão é simples. No Cálculo e na Análise, estuda-se o comportamento
de funções e o comportamento de uma função depende dos três elementos importantes
que a compõem:
Assim, é importante ter clareza sobre as propriedades dos números reais, para
compreender as funções de uma variável real. Esta compreensão dos números reais não
é tão simples como parece. O problema começa pelo método de introdução dos reais: o
método construtivo ou o método axiomático.
1. Termos indefinidos
2. Relações indefinidas
3. Axiomas relacionando termos indefinidos e relações indefinidas
4. Definições
5. Teoremas baseados em axiomas e definições
A teoria dos conjuntos tem dois axiomas fundamentais (que não são os únicos):
Axioma da Extensão: Dois conjuntos A e B são iguais se, e somente se, cada elemento
de A pertence a B e cada elemento de B pertence a A.
Com os elementos disponíveis, podemos definir novos objetos, como por exemplo, a
reunião de dois conjuntos:
A B = { x : x pertence a A ou x pertence a B }
(A B) C=A (B C)
P(x): x+4=1
O conjunto dos números reais é um conjunto não vazio, caracterizado por alguns
axiomas. Não vamos fazer aqui um estudo completo de todos, mas daqueles que
decorrem propriedades importantes e que são usadas no dia-a-dia no âmbito do Ensino
Fundamental e Médio (antigos primeiro e segundo graus).
+ :RxR R
(x,y) x+y
e multiplicação:
. :RxR R
(x,y) x.y
(x + y) + z = x + (y + z)
x+y=y+x
A3) Elemento neutro: Existe 0 em R (denominado "zero"), tal que para todo x em R:
x+0=x
x + (-x) = 0
M1) Associatividade: Quaisquer que sejam x, y e z em R, tem-se:
(x . y) . z = x . (y . z)
x.y=y.x
M3) Elemento neutro: Existe 1 em R (denominado "um"), tal que para todo x de R, vale:
1.x=x
M4) Inverso multiplicativo: Todo x diferente de zero em R, possui um inverso x-1 em R tal
que
x . x-1 = 1
Axioma da Distributividade
x . (y + z) = x . y + x . z
+ :RxR R
(x,y) x+y
÷ :RxR* R
(x,y) x÷y = x . y-1
onde R* = R-{0}.
Uma conseqüência muito importante dos axiomas dos números reais, é conhecida como
a regra dos sinais.
Regra dos Sinais
De fato:
-x + x = x + (-x) = 0
ou seja:
0 + x = -(-x)
ou ainda,
x = -(-x)
Assim:
x + x.0 = x
x.0 = 0
Realmente:
(-1).x = -x
(-1).(-1) = -(-1) = 1
(-x).y = -(x.y)
(-x).(-y) = x.y
De fato:
Por outro lado, o chamado rigor matemático, não pode ser aplicado em qualquer nível e
seria um absurdo tentar explicar a regra dos sinais para alunos do ensino Fundamental da
forma acima exposta.
Vejamos agora a sugestão do Prof. Fred Gusmão dos Santos, de Mogi das Cruzes, S.P,
comentada pelo Prof. Elon no mesmo livro acima citado e que tomamos a liberdade de
reproduzir.
"Como:
5.(2-2) = 0
5.2 + 5.(-2) = 0
ou seja
10 + 5.(-2) = 0
logo
5.(-2) = -10
Em seguida, como:
-5(2-2) = 0
-5.2 + (-5)(-2) = 0
ou seja
-10 + (-5)(-2) = 0
logo
(-5).(-2) = 10 "
Alguém poderia questionar, por que tanto esforço para fazer a demonstração algébrica, se
um exemplo numérico elucida tudo ? Que resposta você daria ?
No cotidiano, convivemos de modo bastante natural com muitos números positivos como
os números naturais mas o interessante é que somente uma caracterização formal dos
mesmos, através dos axiomas introduzidos anteriormente, é que permite extrair as suas
propriedades.
Uma propriedade bem conhecida dos números reais e de muitas conseqüências é a que
garante que o quadrado de todo número real não nulo é positivo:
Propriedade: Para todo x real, diferente de zero, tem-se que x²=x.x está em P.
x.x está em P
Se -x está em P, então:
Números Naturais
Pela propriedade acima e com o uso do axioma P1, podemos construir o conjunto dos
números naturais como um subconjunto dos números reais positivos, com algumas
características indutivas. Vejamos:
1 . 1 = 1 está em P
1 + 1 = 2 está em P
2 + 1 = 3 está em P
............
(n) + 1 = (n+1) está em P
Assim
N={1,2,3,4,...,n,...}
Observação importante: O número 0 não foi incluído no conjunto dos números naturais,
pois este número foi criado artificialmente para dar significado ao conceito de nulidade
(falta de um elemento) quando da criação do sistema posicional pelos hindús e este
conjunto dos números naturais recebe este nome exatamente porque está relacionado
com as idéias de contagem de coisas naturais como 1, 2, 3, ... Para que o interessado
possa esclarecer a maioria dos detalhes concernentes ao número zero (0) e conhecer
uma enorme gama de detalhes acerca dos algarismos e números, sugiro a leitura do livro
de Georges Ifrah: "História Universal dos Algarismos", Tomos I e II (A inteligência dos
homens contada pelos Números e pelo Cálculo!), 1997, Livraria Nova Fronteira.
Ind1: 1 pertence a R.
Ind2: Para todo x em R, x+1 está em R.
Algo não óbvio e que não será feito aqui, é que o conjunto N dos números naturais, num
certo sentido, é o "menor" subconjunto indutivo de R que possui a propriedade muito
importante conhecida como o Princípio da Indução Finita.
Princípio da Indução Finita (PIF)
1. 1 pertence ao conjunto X.
2. Se n pertence ao conjunto X, então (n+1) pertence ao conjunto X, para todo n>1
Quando introduzimos o conjunto dos números reais pelo método construtivo, é usual
iniciar pela construção axiomática dos números naturais. Neste caso, o princípio da
indução finita é conhecido como o Terceiro axioma de Peano. O que importa é que ele é
válido e de grande utilidade.
Aplicação do PIF: Provaremos que a soma dos n primeiros números naturais pode ser
escrita como o semiproduto de n por n+1, isto é, para todo n em N, vale a igualdade:
Demonstração: Seja X o subconjunto dos números naturais tal que P(n) seja válida.
1 = 1.(1+1)/2
1 + 2 + 3 + ... + n = n(n+1)/2
Mostraremos que também vale a propriedade P(n+1), o que equivalente a mostrar que
(n+1) está em X.
= n(n+1)/2 + (n+1)
= (n+1)(n/2 + 1)
= (n+1)(n+2)/2
Mostramos assim que:
(1+2+3+...+n)+(n+1) = (n+1)(n+2)/2
1. P(n): 1+3+5+7+...+(2n-1)=n²
2. P(n): 1²+2²+3²+...+n²=n(n+1)(2n+1)/6
3. P(n): 13+23+33+...+n3=n²(n+1)²/4
4. P(n): 14+24+...+n4=n(n+1)(6n3+9n²+n-1)/30
NÚMEROS INTEIROS
x + 2 = 0, 2x + 10 = 0, 4y + 4 = 0
Quando um corpo age com uma força sobre outro corpo, este reage com uma força de
mesma intensidade e sentido contrário. Mas a tarefa não ficava somente em criar um
novo número, era preciso encontrar um símbolo que permitisse operar com esse número
criado, de modo prático e eficiente.
Mas se ele resolvesse despejar no outro saco os 2 Kg que restaram, escrevia o número 2
com dois traços cruzados (semelhante ao atual sinal de mais) na frente, para se lembrar
de que no saco havia 2 Kg de feijão a mais que a quantidade inicial.
Com essa nova notação,os matemáticos poderiam, não somente indicar as quantidades,
mas também representar o ganho ou a perda dessas quantidades, através de números,
com sinal positivo ou negativo.
Definimos o conjunto dos números inteiros como a reunião do conjunto dos números
naturais, o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero. Este conjunto é denotado
pela letra Z (Zahlen=número em alemão). Este conjunto pode ser escrito por:
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4,...}
Reta Numerada
Baseando-se ainda na reta numerada podemos afirmar que todos os números inteiros
possuem um e somente um antecessor e também um e somente um sucessor.
Exemplos:
(a) 3 é sucessor de 2
(b) 2 é antecessor de 3
(c) -5 é antecessor de -4
(d) -4 é sucessor de -5
(e) 0 é antecessor de 1
(f) 1 é sucessor de 0
(g) -1 é sucessor de -2
(h) -2 é antecessor de -1
Todo número inteiro exceto o zero, possui um elemento denominado simétrico ou oposto -
z e ele é caracterizado pelo fato geométrico que tanto z como -z estão à mesma distância
da origem do conjunto Z que é 0.
Exemplos:
O módulo ou valor absoluto de um número Inteiro é definido como sendo o maior valor
(máximo) entre um número e seu elemento oposto e pode ser denotado pelo uso de duas
barras verticais | |. Assim:
|x| = max{-x,x}
Exemplos:
(a) |0| = 0
(b) |8| = 8
(c) |-6| = 6
Para melhor entendimento desta operação, associaremos aos números inteiros positivos
a idéia de ganhar e aos números inteiros negativos a idéia de perder.
Atenção: O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado, mas o sinal (-) antes
do número negativo nunca pode ser dispensado.
Exemplos:
(a) -3 + 3 = 0
(b) +6 + 3 = 9
(c) +5 - 1 = 4
Fecho: O conjunto Z é fechado para a adição, isto é, a soma de dois números inteiros
ainda é um número inteiro.
Associativa: Para todos a,b,c em Z:
a + ( b + c ) = ( a + b ) + c
2+(3+7)=(2+3)+7
a + b = b + a
3+7=7+3
z + 0 = z
7+0=7
z + (-z) = 0
9 + (-9) = 0
A multiplicação funciona como uma forma simplificada de uma adição quando os números
são repetidos. Poderiamos analisar tal situação como o fato de estarmos ganhando
repetidamente alguma quantidade, como por exemplo, ganhar 1 objeto por 30 vezes
consectivas, significa ganhar 30 objetos e esta repetição pode ser indicada por um x, isto
é:
1 + 1 + 1 + ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30
2 + 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode ser indicado por axb, a.b ou ainda ab
sem nenhum sinal entre as letras.
a x ( b x c ) = ( a x b ) x c
2x(3x7)=(2x3)x7
a x b = b x a
3x7=7x3
z x 1 = z
7x1=7
Elemento inverso: Para todo inteiro z diferente de zero, existe um inverso z-1=1/z em Z, tal
que
z x z-1 = z x (1/z) = 1
-1
9 x 9 = 9 x (1/9) = 1
an = a × a × a × a × ... × a
a é multiplicado por a n vezes
Exemplos:
a. 25 = 2 x 2 x 2 x 2 x 2 = 32
b. (-2)³ = (-2) x (-2) x (-2) = -8
c. (-5)² = (-5) x (-5) = 25
d. (+5)² = (+5) x (+5) = 25
com os exemplos acima, podemos observar que a potência de todo número inteiro
elevado a um expoente par é um número positivo e a potência de todo número inteiro
elevado a um expoente ímpar é um número que conserva o seu sinal.
Observação: Quando o expoente é n=2, a potência a² pode ser lida como: "a elevado ao
quadrado" e quando o expoente é n=3, a potência a³ pode ser lida como: "a elevado ao
cubo". Tais leituras são provenientes do fato que área do quadrado pode ser obtida por
A=a² onde a é é a medida do lado e o volume do cubo pode ser obtido por V=a³ onde a é
a medida do lado do cubo.
Observação: Por deficiência da linguagem HTML, que até hoje não implementou o sinal
de raiz n-ésima, usarei Rn[a] para indicar a raiz n-ésima de a. Quando n=2, simplesmente
indicarei a raiz de ordem 2 de um número inteiro a como R[a].
Observação: Não existe a raiz quadrada de um número inteiro negativo no conjunto dos
números inteiros. A existência de um número cujo quadrado é igual a um número negativo
só será estudada mais tarde no contexto dos números complexos.
R[9] = ±3
R[9] = +3
Observamos que não existe um número inteiro não negativo que multiplicado por ele
mesmo resulte em um número negativo.
A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro a é a operação que resulta em um outro
número inteiro que elevado ao cubo seja igual ao número a. Aqui não restringimos os
nossos cálculos somente aos números não negativos.
Exemplos:
(a) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número inteiro negativo.
(b) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz de qualquer número inteiro.
NÚMEROS RACIONAIS
onde m e n são números inteiros, sendo que n deve ser não nulo, isto é, n deve ser
diferente de zero. Freqüentemente usamos m/n para significar a divisão de m por n.
Quando não existe possibilidade de divisão, simplesmente usamos uma letra como q para
entender que este número é um número racional.
Como podemos observar, números racionais podem ser obtidos através da razão (em
Latim: ratio=razão=divisão=quociente) entre dois números inteiros, razão pela qual, o
conjunto de todos os números racionais é denotado por Q. Assim, é comum encontrarmos
na literatura a notação:
No nosso link Frações já detalhamos o estudo de frações e como todo número racional
pode ser posto na forma de uma fração, então todas as propriedades válidas para frações
são também válidas para números racionais. Para simplificar a escrita, muitas vezes
usaremos a palavra racionais para nos referirmos aos números racionais.
Dízima periódica
m,npppp...
Em alguns livros é comum o uso de uma barra sobre o período ou uma barra debaixo do
período ou o período dentro de parênteses, mas, para nossa facilidade de escrita na
montagem desta Página, usaremos o período sublinhado.
Exemplos: Dízimas periódicas
1. 0,3333333... = 0,3
2. 1,6666666... = 1,6
3. 12,121212... = 12,12
4. 0,9999999... = 0,9
5. 7,1333333... = 7,13
Uma dízima periódica é simples se a parte decimal é formada apenas pelo período.
Alguns exemplos são:
Uma dízima periódica é composta se possui uma parte que não se repete entre a parte
inteira e o período. Por exemplo:
1. 0,83333333... = 0,83
2. 0,72535353... = 0,7253
Uma dízima periódica é uma soma infinita de números decimais. Alguns exemplos:
Um fato importante que relaciona os números racionais com os números reais é que todo
número real que pode ser escrito como uma dízima periódica é um número racional. Isto
significa que podemos transformar uma dízima periódica em uma fração.
O processo para realizar esta tarefa será mostrado na sequência com alguns exemplos
numéricos. Para pessoas interessadas num estudo mais aprofundado sobre a justificativa
para o que fazemos na sequência, deve-se aprofundar o estudo de séries geométricas no
âmbito do Ensino Médio ou mesmo estudar números racionais do ponto de vista do
Cálculo Diferencial e Integral ou da Análise na Reta no âmbito do Ensino Superior.
Dada uma dízima periódica, qual será a fração que dá origem a esta dízima? Esta fração
é de fato um número racional denominado a geratriz da dízima periódica. Para obter a
geratriz de uma dízima periódica devemos trabalhar com o número dado pensado como
uma soma infinita de números decimais. Para mostrar como funciona o método,
utilizaremos diversos exemplos numéricos.
1. Seja S a dízima periódica 0,3333333..., isto é, S=0,3. Observe que o período tem
apenas 1 algarismo. Iremos escrever este número como uma soma de infinitos
números decimais da forma:
Observe que são iguais as duas últimas expressões que aparecem em cor
vermelha!
10 S - S = 3
9S=3
Simplificando, obtemos:
1
S= = 0,33333... = 0,3
3
Exercício: Usando o mesmo argumento que antes, você saberia mostrar que:
0,99999... = 0,9 = 1
2. Vamos tomar agora a dízima periódica T=0,313131..., isto é, T=0,31. Observe que
o período tem agora 2 algarismos. Iremos escrever este número como uma soma
de infinitos números decimais da forma:
Observe que são iguais as duas últimas expressões que aparecem em cor
vermelha, assim:
100 T = 31 + T
99 T = 31
31
T= = 0,31313131... = 0,31
99
Manipule a soma "infinita" como se fosse um número comum e passe a parte que
não se repete para o primeiro membro para obter:
Multiplique agora a soma "infinita" por 101=10 (o período tem 1 algarismo), para
obter:
Observe que são iguais as duas últimas expressões que aparecem em cor
vermelha!
Assim:
90 R = 647
Obtemos então:
647
T= = 7,1888... = 7,18
90
Manipule a soma "infinita" como se fosse um número comum e passe a parte que
não se repete para o primeiro membro para obter:
Observe que são iguais as duas últimas expressões que aparecem em cor
vermelha!
1000(U-7) - (U-7) = 4
Assim:
1000U - 7000 - U + 7 = 4
Obtemos então
999 U = 6997
6997
T= = 7,004004... = 7,004
999
Números irracionais
Um número real é dito um número irracional se ele não pode ser escrito na forma de uma
fração ou nem mesmo pode ser escrito na forma de uma dízima periódica.
Exemplo: O número real abaixo é um número irracional, embora pareça uma dízima
periódica:
x=0,10100100010000100000...
Observe que o número de zeros após o algarismo 1 aumenta a cada passo. Existem
infinitos números reais que não são dízimas periódicas e dois números irracionais muito
importantes, são:
e = 2,718281828459045...,
Pi = 3,141592653589793238462643...
que são utilizados nas mais diversas aplicações práticas como: cálculos de áreas,
volumes, centros de gravidade, previsão populacional, etc...
Ao observar a reta numerada notamos que a ordem que os números racionais obedecem
é crescente da esquerda para a direita, razão pela qual indicamos com uma seta para a
direita. Esta consideração é adotada por convenção, o que nos permite pensar em outras
possibilidades.
|q| = max{-q,q}
Como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na forma de uma fração,
definimos a adição entre os números racionais a/b e c/d, da mesma forma que a soma de
frações, através de:
a c ad+bc
+ =
b d bd
a+(b+c)=(a+b)+c
a+b=b+a
q+0=q
q + (-q) = 0
p - q = p + (-q)
Como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na forma de uma fração,
definimos o produto de dois números racionais a/b e c/d, da mesma forma que o produto
de frações, através de:
a c ac
× =
b d bd
O produto dos números racionais a e b também pode ser indicado por a × b, axb, a.b ou
ainda ab sem nenhum sinal entre as letras.
Podemos assim concluir que o produto de dois números com o mesmo sinal é positivo,
mas o produto de dois números com sinais diferentes é negativo.
a×(b×c)=(a×b)×c
a×b=b×a
q×1=q
Elemento inverso: Para todo q=a/b em Q, q diferente de zero, existe q-1=b/a em Q, tal que
q × q-1 = 1
a b
× =1
b a
p ÷ q = p × q-1
Provavelmente você já deve ter sido questionado: Porque a divisão de uma fração da
forma a/b por outra da forma c/d é realizada como o produto da primeira pelo inverso da
segunda?
a×(b+c)=(a×b)+(a×c)
Exemplos:
r = Rn[q] equivale a q = rn
Por deficiência da linguagem HTML, que ainda não implementou sinais matemáticos,
denotarei aqui a raiz n-ésima de q por Rn[q]. Quando n=2, simplesmente indicarei a raiz
quadrada (de ordem 2) de um número racional q por R[q].
Exemplos:
Observação: Não existe a raiz quadrada de um número racional negativo no conjunto dos
números racionais. A existência de um número cujo quadrado seja igual a um número
negativo só será estudada mais tarde no contexto dos Números Complexos.
R[9] = ±3
R[9] = +3
Não existe um número racional não negativo que multiplicado por ele mesmo resulte em
um número negativo.
Exemplos:
(a) R³[8] = 2, pois 2³ = 8.
(1) Se o índice n da raiz for par, não existe raiz de número racional negativo.
(2) Se o índice n da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz de qualquer número racional.
Média aritmética: Seja uma coleção formada por n números racionais: x1, x2, x3, ..., xn. A
média aritmética entre esses n números é a soma dos mesmos dividida por n, isto é:
x1 + x2 + x3 +...+ xn
A=
n
então a idade média do grupo pode ser calculada pela média aritmética:
12 + 54 + 67 + 15 + 84 + 24 + 38 + 25 + 33 352
A= = = 39,11
9 9
Exemplo: Um grupo de 64 pessoas, que trabalha (com salário por dia), em uma empresa
é formado por sub-grupos com as seguintes características:
12 ganham R$ 50,00
10 ganham R$ 60,00
20 ganham R$ 25,00
15 ganham R$ 90,00
7 ganham R$ 120,00
Para calcular a média salarial (por dia) de todo o grupo devemos usar a média aritmética
ponderada:
Média geométrica: Consideremos uma coleção formada por n números racionais não
negativos: x1, x2, x3, ..., xn. A média geométrica entre esses n números é a raiz n-ésima do
produto entre esses números, isto é:
Exemplo: A a média geométrica entre os números 12, 64, 126 e 345, é dada por:
Aplicação prática: Dentre todos os retângulos com a área igual a 64 cm², qual é o
retângulo cujo perímetro é o menor possível, isto é, o mais econômico? A resposta a este
tipo de questão é dada pela média geométrica entre as medidas do comprimento a e da
largura b, uma vez que a.b=64.
Interpretação gráfica: A média geométrica entre dois segmentos de reta pode ser obtida
geometricamente de uma forma bastante simples.
Dessa junção aparecerá um novo segmento AC. Obtenha o ponto médio O deste
segmento e com um compasso centrado em O e raio OA, trace uma semi-circunferencia
começando em A e terminando em C. O segmento vertical traçado para cima a partir de B
encontrará o ponto D na semi-circunferência. A medida do segmento BD corresponde à
média geométrica das medidas dos segmentos AB e BC.
Média harmônica: Seja uma coleção formada por n números racionais positivos: x1, x2, x3,
..., xn. A média harmônica H entre esses n números é a divisão de n pela soma dos
inversos desses n números, isto é:
Intervalos reais
e também os intervalos:
O módulo (valor absoluto) de um número real x, é definido como sendo o maior valor
entre x e -x, isto é:
|x|=máximo{x,-x}
ou ainda por:
1. |+x| = |-x|
2. |x-y| = |y-x|
3. |x.y| = |x|.|y|
4. -|x| < x < |x|
5. |x+y| < |x| + |y|
6. |x-y| < |x| + |y|
d(x,y) = |x-y|
Exemplo: d(-3,+7)=|(-3)-(7)|=|-10|=10.
x<x
Anti-simétrica: Se x < y e y < x, então:
x=y
x<z
x < y ou x > y
As duas últimas propriedades expressam o fato que a relação de ordem < considerada é
compatível com a estrutura de corpo de R.
0.x=0
(y-x).z está em P
y.z-x.z é um elemento de P
ou seja:
É o conjunto de todos os valores que satisfazem à proposição dada, sendo que este
conjunto depende do universo que estivermos trabalhando.
Exemplo: Consideremos
P(x): x² - 4 = 0
O conjunto solução no conjunto R dos números reais tem dois elementos e é dado por:
S = {-2, 2}
mas o conjunto solução no conjunto N dos números naturais é um conjunto unitário, dado
por:
S={2}
Dada uma desigualdade, é importante obter o conjunto solução S que satisfaz esta
desigualdade, isto é, obter o conjunto de todos os números reais que satisfazem à
desigualdade dada e indicar o resultado na forma de um intervalo real ou através da
reunião ou interseção de intervalos reais.
Exemplo 1: Para resolver a desigualdade real 5x+15>0, somamos o número -15 a ambos
os termos da desigualdade:
para obter
5x > -15
x > -3
S=(-3, ) = {x em R: -3 < x}
Simplificando, obtemos
-3 < 5x < 10
A relação de ordem total x<y se y-x>0 que existe em R e o fato de R ser completo,
permitem identificar o conjunto dos números reais com os pontos de uma reta, fato
conhecido por representação gráfica da reta real.
Esta representação é uma linha reta onde se identifica um ponto, denominado origem,
com o número zero 0 e outro ponto, tomado por unidade, com o número um 1 e a partir
daí indicam-se os outros valores numéricos, dependendo de sua grandeza em relação à
unidade.
Existe um terceiro axioma que caracteriza o conjunto dos números reais como um corpo
ordenado completo. Deste axioma é possível obter as propriedades mais importantes do
Cálculo e na verdade, se este fato não fosse verdadeiro, pouco restaria dos conhecidos
Teoremas do Cálculo Diferencial e Integral.
Infelizmente, o enunciado deste axioma exige tantos requisitos que ele só pode (e deve)
ser trabalhado com cuidado em um curso mais avançado de Cálculo Diferencial e Integral
ou Análise Matemática.
Mostraremos aqui algumas conseqüências deste axioma, como por exemplo, o conceito
de raiz quadrada.
Por R ser completo um fato importantíssimo é o seguinte: Dado um número real não
negativo a, existe um único número real não negativo x tal que
x² = a
Por definição, este número real não negativo é a raiz quadrada de a e dessa forma, dado
a>0, define-se a raiz quadrada de a, como:
Portanto:
O conceito de raiz quadrada leva-nos sem problemas às funções reais, definidas sobre o
conjunto [0, ) por:
De forma análoga podemos definir a raiz n-ésima de um número real não negativo a,
como:
se e somente se b > 0 e bn = a.
Cada ponto P=(a,b) do plano cartesiano é formado por um par ordenado de números,
indicados entre parênteses, a abscissa e a ordenada respectivamente. Este par
ordenado representa as coordenadas de um ponto.
O segundo número indica o deslocamento a partir da origem para cima (se positivo) ou
para baixo (se negativo). Observe no desenho que: (a,b) (b,a) se a b.
Os dois eixos dividem o plano em quatro regiões denominadas quadrantes sendo que
tais eixos são retas concorrentes na origem do sistema formando um ângulo reto (90
graus). Os nomes dos quadrantes são indicados no sentido anti-horário, conforme a
figura, com as cores da bandeira do Brasil.
Segundo Primeiro Quadrante sinal de x sinal de y Ponto
quadrante quadrante não tem não tem (0,0)
Primeiro + + (2,4)
Segundo - + (-4,2)
Terceiro Quarto Terceiro - - (-3,-7)
quadrante quadrante Quarto + - (7,-2)
Produto cartesiano
AxB = { (x,y): x A e y B }
Observe que AxB BxA, se A é não vazio ou B é não vazio. Se A=Ø ou B=Ø, por
definição: AxØ=Ø=ØxB.
AxB = {(a,1),(a,2),(a,3),(b,1),(b,2),(b,3),(c,1),(c,2),(c,3),(d,1),(d,2),(d,3)}
Relações no plano cartesiano
1. R1={(1,3),(1,4)}
2. R2={(1,3)}
3. R3={(2,3),(2,4)}
As relações mais importantes são aquelas definidas sobre conjuntos de números reais
e nem sempre uma relação está definida sobre todo o conjunto dos números reais.
Para evitar problemas como estes, costuma-se definir uma relação R:A B, onde A e
B são subconjuntos de R, da seguinte forma:
R1={(a,1),(a,2),(a,3),(b,1),(b,2),(b,3),(c,1),(d,1),(d,2),(d,3)}
R2={(a,1),(b,2),(c,3),(d,1)}
R3={(a,1),(b,1),(b,2),(c,3),(d,3)}
Relações inversas
R = {(a,d),(a,e),(a,f),(b,d),(b,e),(b,f),(c,d),(c.e),(c,f)}
Então:
R-1 = {(d,a),(e,a),(f,a),(d,b),(e,b),(f,b),(d,c),(e,c),(f,c)}
Propriedades de relações
R = {(a,a),(b,b),(c,c)}
Simétrica: Uma relação R é simétrica se o fato que x está relacionado com y, implicar
necessariamente que y está relacionado com x, ou seja: quaisquer que sejam x A e
y A tal que (x,y) R, segue que (y,x) R.
Exemplo: Uma relação simétrica em A={a,b,c}, é:
R = {(a,a),(b,b),(a,b),(b,a)}
R = {(a,a),(a,c),(c,b),(a,b)}
R = {(a,a),(b,b),(a,b),(a,c) }
Relação de equivalência
R = {(a,a),(b,b),(c,c),(a,c),(c,a) }
f:A B
Quatro aspectos chamam a atenção na definição apresentada:
O domínio A da relação.
O contradomínio B da relação.
Todo elemento de A deve ter correspondente em B.
Cada elemento de A só poderá ter no máximo um correspondente no
contradomínio B.
Estas características nos informam que uma função pode ser vista geometricamente
como uma linha no plano, contida em AxB, que só pode ser "cortada" uma única vez
por uma reta vertical, qualquer que seja esta reta.
é uma relação que não é uma função, pois tomando a reta vertical x=0, obtemos
ordenadas diferentes para a mesma abscissa x.
não é uma função em AxB, pois associado ao mesmo valor a existem dois valores
distintos que são 1 e 3.
Seja A={a,b,c,d} e B={1,2,3}. A relação
não é uma função em AxB, pois nem todos os elementos do primeiro conjunto A estão
associados a elementos do segundo conjunto B.
Função afim: Sejam a e b números reais, sendo a não nulo. Uma função afim é uma
função f:R R que para cada x em R, associa f(x)=ax+b.
Exemplos:
1. f(x)=-3x+1
2. f(x)=2x+7
3. f(x)=(1/2)x+4
Se b é diferente de zero, o gráfico da função afim é uma reta que não passa pela
origem (0,0).
Função linear: Seja a um número real. Uma função linear é uma função f:R R que
para cada x em R, associa f(x)=ax.
Exemplos:
1. f(x)=-3x
2. f(x)=2x
3. f(x)=x/2
O gráfico da função linear é uma reta que sempre passa pela origem (0,0).
Função identidade
É uma função f:R R que para cada x em R, associa f(x)=x. O gráfico da Identidade é
uma reta que divide o primeiro quadrante e também o terceiro quadrante em duas
partes iguais.
Funções constantes
1. f(x)=1
2. f(x)=-7
3. f(x)=0
O gráfico de uma função constante é uma reta paralela ao eixo das abscissas (eixo
horizontal).
Funções quadráticas
Sejam a, b e c números reais, com a não nulo. A função quadrática é uma função
f:R R que para cada x em R, f(x)=ax²+bx+c.
Exemplos:
1. f(x)=x²
2. f(x)=-4 x²
3. f(x)=x²-4x+3
4. f(x)=-x²+2x+7
Funções cúbicas
1. f(x)=x³
2. f(x)=-4x³
3. f(x)=2x³+x²-4x+3
4. f(x)=-7x³+x²+2x+7
Como nem toda relação é uma função, às vezes, alguns elementos poderão não ter
correspondentes associados para todos os números reais e para evitar problemas
como estes, costuma-se definir o Domínio de uma função f, denotado por Dom(f),
como o conjunto onde esta relação f tem significado.
Consideremos a função real que calcula a raiz quadrada de um número real. Deve
estar claro que a raiz quadrada de -1 não é um número real, assim como não são reais
as raízes quadradas de quaisquer números negativos, dessa forma o domínio desta
função só poderá ser o intervalo [0, ), onde a raiz quadrada tem sentido sobre os
reais.
Funções injetoras
ou de forma equivalente
Exemplos:
Exemplos:
Funções bijetoras
Exemplo: A função f:R R dada por f(x)=2x é bijetora, pois é injetora e bijetora.
Função par: Uma função real f é par se, para todo x do domínio de f, tem-se que
f(x)=f(-x). Uma função par possui o gráfico simétrico em relação ao eixo vertical OY.
Função ímpar: Uma função real f é ímpar se, para todo x do domínio de f, tem-se que
f(-x)=-f(x). Uma função ímpar possui o gráfico simétrico em relação à origem do
sistema cartesiano.
Exemplo: As funções reais f(x)=5x e g(x)=sen(x) são ímpares, pois: f(-x)=5(-x)=-5x=-
f(x) e g(-x)=sen(-x)=-sen(x)=-g(x). Veja o gráfico para observar a simetria em relação à
origem.
Exemplo: Seja a função f:R R definida por f(x)=8x+2. Para os valores: a=1 e b=2,
obtemos f(a)=10 e f(b)=18. Como o gráfico de f é uma reta, a<b e f(a)<f(b) então a
função é crescente.
Exemplo: Seja a função f:R R definida por f(x)=-8x+2. Para a=1 e b=2, obtemos
f(a)=-6 e f(b)=-14. Como o gráfico de f é uma reta, a<b e f(a)>f(b), a função é
decrescente.
Funções compostas
(f©g)(x)=f(g(x))=g(7x-4)=4(7x-4)+2=28x-14
(g©f)(u)=g(f(u))=g(4u+2)=7(4u+2)-4=28u+10
Como a variável u não é importante no contexto, ela pode ser substituída por x e
teremos:
(g©f)(x)=g(f(x))=g(4x+2)=7(4x+2)-4=28x+10
(f©g)(x)=f(g(x))=f(2x-4)=(2x-4)²+1=4x²-16x+17
(g©f)(x)=g(f(x))=g(x²+1)=2(x²+1)-4=2x²-2
Funções inversas
Dada uma função bijetora f:A B, denomina-se função inversa de f à função g:B A
tal que se f(a)=b, então g(b)=a, quaisquer que sejam a em A e b em B. Denotamos a
função inversa de f por f-1.
g©f=IA e f©g=IB
(f+g)(x) = f(x)+g(x)
(f-g)(x) = f(x)-g(x)
(f.g)(x) = f(x).g(x)
(f/g)(x) = f(x)/g(x), se g(x) 0.
Funções polinomiais
Observação: A área de um quadrado pode ser representada pela função real f(x)=x²
onde x é a medida do lado do quadrado e o volume de um cubo pode ser dado pela
função real f(x)=x³ onde x é a medida da aresta do cubo. Esta é a razão pela qual
associamos as palavras quadrado e cubo às funções com as potências 2 e 3.
Aplicação: As funções polinomiais são muito úteis na vida. Uma aplicação simples
pode ser realizada quando se pretende obter o volume de uma caixa (sem tampa) na
forma de paralelepípedo que se pode construir com uma chapa metálica quadrada
com 20 cm de lado, com a retirada de pequenos quadrados de lado igual a x nos
quatro cantos da chapa. Concluímos que V(x)=(20-2x)x² e com esta função é possível
obter valores ótimos para construir a caixa.
Função exponencial
Ln[exp(x)]=x, exp[Ln(x)]=x
1. exp(x)>0 se x é real)
2. 0<exp(x)<1 se x<0
3. exp(x)=1 se x=0
4. exp(x)>1 se x>0
Exemplos:
1. Ln[exp(5)]=5
2. exp[ln(5)]=5
3. Ln[exp(x+1)1/2]=(x+1)1/2
4. exp[Ln((x+1)1/2]=(x+1)1/2
5. exp[3.Ln(x)]=exp(Ln(x³)]=x³
6. exp[k.Ln(x)]=exp[Ln(xk)]=xk
7. exp[(7(Ln(3)-Ln(4)]=exp[7(Ln(3/4))]=exp[(Ln(3/4)]7)=(3/4)7
A constante e de Euler
e = exp(1)
Ln(e)=1
e=2,718281828459045235360287471352662497757
Se x é um número real, a função exponencial exp(.) pode ser escrita como a potência
de base e com expoente x, isto é:
ex = exp(x)
Significado geométrico de e
Tomando um ponto v do eixo OX, com v>1 tal que a área da região do primeiro
quadrante localizada sob a curva y=1/x e entre as retas x=1 e x=v seja unitária, então
o valor de v será igual a e.
Simplificações matemáticas
1. exp[Ln(3)]=3.
2. Ln[exp(20x)]=20x.
3. exp[5.Ln(2)]=exp[Ln(25)]=25=32.
4. exp[2+5.ln(2)]=exp(2)exp(5.Ln(2))=32e².
Podemos definir outras funções exponenciais como g(x)=ax, onde a é um número real
positivo diferente de 1 e de x. Primeiro, consideremos o caso onde o expoente é um
número racional r.
ar=exp[Ln(ar)]
ar = exp[r.Ln(a)]
Esta última expressão, juntamente com a informação que todo número real pode ser
escrito como limite de uma sequência de números racionais, justifica a definição para
g(x)=ax, onde x é um número real:
ax=exp[x.Ln(a)]
1. axay=ax+y
2. ax/ay=ax-y
3. (ax) y=ax.y
4. (a b)x=axbx
5. (a/b)x=ax/bx
6. a-x=1/ax
Relação de Euler
Algumas aplicações
Lei do resfriamento dos corpos: Um indivíduo foi encontrado morto em uma sala com
temperatura ambiente constante. O legista tomou a temperatura do corpo às 21:00 h e
constatou que a mesma era de 32 graus Celsius. Uma hora depois voltou ao local e
tomou novamente a temperatura do corpo e constatou que a mesma estava a 30
graus Celsius. Aproximadamente a que horas morreu o indivíduo, sabendo-se que a
temperatura média de um corpo humano normal é de 37 graus Celsius?
f(t) = C eA t
A = Ln(30)-Ln(32)
C = 32/ (30/32)21
A função exponencial que rege este fenômeno de resfriamento deste corpo é dada
por:
f(x) = c - a e-k.x
A função:
f(x) = c - a e-k.x
N(t)=No ert
onde No é a população presente no instante inicial t=0 e r é uma constante que varia
com a espécie de população.
O gráfico correto desta função depende dos valores de No e de r. Mas sendo uma
função exponencial, a forma do gráfico será semelhante ao da função y=Kex.
Este modelo supõe que o meio ambiente tenha pouca ou nenhuma influência sobre a
população.
No instante inicial havia 200 bactérias, então No=200, após 12 horas havia 600
bactérias, então
N(12)=600=200 er12
logo
e12r=600/200=3
assim
ln(e12r)=ln(3)
Como Ln e exp são funções inversas uma da outra, segue que 12r=ln(3), assim:
r=ln(3)/12=0,0915510
Finalmente:
N(t) = No e-k.t
No/2 = No e-k.T
assim
T=Ln(2)/k
Substância Meia-vida T
Xenônio 133 5 dias
Bário 140 13 dias
Chumbo 210 22 anos
Estrôncio 90 25 anos
Carbono 14 5.568 anos
Plutônio 23.103 anos
Urânio 238 4.500.000.000 anos
Seja a função real f(x)=1/x definida para todo x diferente de zero. O gráfico desta
função é a curva plana denominada hipérbole equilátera, sendo que um ramo da
hipérbole está no primeiro quadrante e o outro está localizado no terceiro quadrante.
Definição de logaritmo
O logaritmo natural (ou neperiano) de u, muitas vezes, denotado por Ln(u), pode ser
definido do ponto de vista geométrico, como a área da região plana localizada sob o
gráfico da curva y=1/x, acima do eixo y=0, entre as retas x=1 e x=u, que está no
desenho colorido de vermelho.
Ln(u)=área(1,u)
Se u>1, a região possuirá uma área bem definida, mas tomando u=1, a região se
reduzirá a uma linha vertical (que não posssui área ou seja, possui área nula) e neste
caso tomaremos Ln(1)=área(1,1). Assim:
Ln(1)=0
1. Ln(1)=0
2. Ln(x.y)=Ln(x)+Ln(y)
3. Ln(xk)=k.Ln(x)
4. Ln(x/y)=Ln(x)-Ln(y)
Exemplos:
1. Ln(5)+4.Ln(3)=Ln(5)+Ln(34=Ln(5.34)=Ln(405)
2. (1/2)Ln(4t²)-Ln(t)=Ln[(4t²)½]-Ln(t)=Ln(2), se t>0
3. Ln(a)+L(b)-Ln(c)+Ln(10)=Ln(10a.b/c)
Ln(e) = 1
A partir da observação anterior, o número e representa a base para os logaritmos
naturais e poderemos escrever:
Ln(u) = Loge(u)
Exercício: Você saberia a razão pela qual não é possível definir logaritmo de um
número na base 1?
Logaritmo decimal
No âmbito do Ensino Médio, usa-se bastante a base 10, uma vez que neste ambiente
a base decimal recebe as preferências para o trabalho com o nosso sistema de
numeração, mas devemos observar que em contextos mais avançados, a base
decimal tem pouca utilidade. Quando escrevermos Log a partir daqui neste trabalho,
entenderemos o Logaritmo na base decimal e escrevemos:
y = Log(x)
para entender que y é o Logaritmo de x na base 10 e nesta base 10, temos algumas
características interessantes com os logaritmos das potências de 10
1. Log(1)=0
2. Log(0) não tem sentido
3. Log(10)=Log(101)=1
4. Log(1/10)=Log(10-1)=-1
5. Log(100)=Log(10²)=2
6. Log(1/100)=Log(10-2)=-2
7. Log(1000)=Log(10³)=3
8. Log(1/1000)=Log(10-3)=-3
9. Log(10n)=n
10. Log(10-n)=-n
A partir da propriedade
Log 10n=n
temos que o Logaritmo de 10n na base 10 é o expoente n, o que nos faz pensar que
para todo x real positivo vale a relação:
Log(10x) = x
Definição estranha de logaritmo
A última expressão mostrada acima é correta e existe uma outra relação muito mais
geral do que esta, pois o Logaritmo de um número real positivo x na base b é igual ao
número e se, e somente se, x pode ser escrito como a potência b elevada ao expoente
e, isto é:
0<Log(2)<1
É interessante obter dois números que sejam potências de 2 e que estejam muito
próximos de potências de 10.
Por exemplo:
1000<1024=210
8192=213<10000,
então
0,300=3/10<Log(2)<4/13=0,308
e a média aritmética entre 0,300 e 0,308 é 0,304, que é uma boa estimativa para
Log(2), isto é:
Log(2)=0,304
Uma outra série mais eficiente, permite obter o valor de Ln(y) para qualquer y real
desde que se saiba o valor de x para o qual y=(1+x)/(1-x).
Por exemplo, para obter Ln(3), tomamos y=3 e deveremos ter x=1/2 para satisfazer à
relação y=(1+x)/(1-x).
1. Log(4)=Log(2²)=2Log(2)=0,60206
2. Log(8)=Log(2³)=3Log(2)=0,90309
3. Log(16)=Log(24)=4Log(2)=1,20412
4. Log(32)=Log(25)=5Log(2)=1,50515
5. Log(2n)=n.Log(2)
6. Log(1/2)=Log(2-1)=(-1)Log(2)=-0,30103
7. Log(1/4)=Log(2-2)=(-2)Log(2)=-0,60206
8. Log(1/8)=Log(2-3)=(-3)Log(2)=-0,90309
9. Log(1/16)=Log(2-4)=(-4)Log(2)=-1,20412
10. Log(1/32)=Log(2-5)=(-5)Log(2)=-1,50515
11. Log(2-n)=(-n).Log(2)
Temos também que Log(3)=0,47712, o que nos permite realizar uma grande
quantidade de cálculos com logaritmos.
Com Log(2) e Log3, não é possível calcular os logaritmos dos números primos
maiores do que 5, mas é possível obter uma grande quantidade de logaritmos de
números naturais.
1. Log(5)=Log(10/2)=Log(10)-Log(2)=1-0,301=0,699
2. Log(6)=Log(2.3)=Log(2)+Log(3)=0,301+0,477=0,778
3. Log(8)=Log(2³)=3 Log(2)=0,903
4. Log(9)=Log(3²)=2 Log(3)=0,954
Uma estimativa razoável para Log(7)=0,8451 pode ser obtida com a média aritmética
entre Log(6) e Log(8), isto é:
Log(7)=0,840
Observação: Na tabela abaixo aparece o sinal negativo para o logaritmo apenas para
o número que está antes da vírgula.
Esta notação simplifica operações com logaritmos, visando mostrar que, se a divisão
de dois números é um múltiplo de 10, basta mudar a característica e preservar a
mantissa do logaritmo.
Polinômios e equações
A função polinomial
onde ao, a1, a2, ..., an são números reais, denominados coeficientes do polinômio. O
coeficiente ao é o termo constante.
f(x) = a x² + b x + c
O gráfico desta função é a curva plana denominada parábola, que tem algumas
características utilizadas em estudos de Cinemática, radares, antenas parabólicas e
faróis de carros. Ver o link A função quadrática nesta mesma página para entender a
importância da função polinomial quadrática.
Grau de um polinômio
Em um polinômio, o termo de mais alto grau que possui um coeficiente não nulo é
chamado termo dominante e o coeficiente deste termo é o coeficiente do termo
dominante. O grau de um polinômio p=p(x) não nulo, é o expoente de seu termo
dominante, que aqui será denotado por gr(p).
1. Um polinômio nulo não tem grau uma vez que não possui termo
dominante. Em estudos mais avançados, define-se o grau de um polinômio
nulo mas não o faremos aqui.
2. Se o coeficiente do termo dominante de um polinômio for igual a 1, o
polinômio será chamado mônico.
3. Um polinômio pode ser ordenado segundo as suas potências em ordem
crescente ou decrescente.
4. Quando existir um ou mais coeficientes nulos, o polinômio será dito
incompleto.
5. Se o grau de um polinômio incompleto for n, o número de termos deste
polinômio será menor do que n+1.
6. Um polinômio será completo quando possuir todas as potências
consecutivas desde o grau mais alto até o termo constante.
7. Se o grau de um polinômio completo for n, o número de termos deste
polinômio será exatamente n+1.
É comum usar apenas uma letra p para representar a função polinomial p=p(x) e P[x]
o conjunto de todos os polinômios reais em x.
Igualdade de polinômios
ak=bk
Teorema: Uma condição necessária e suficiente para que um polinômio inteiro seja
identicamente nulo é que todos os seus coeficientes sejam nulos.
Assim, um polinômio:
ak= 0
(p+q)(x) = (ao+bo)+(a1+b1)x+(a2+b2)x²+...+(an+bn)xn
(p + q) + r = p + (q + r)
p+q=q+p
po + p = p
Elemento oposto: Para cada p em P[x], existe outro polinômio q=-p em P[x] tal que
p+q=0
Produto de polinômios
tal que:
(p · q) · r = p · (q · r)
p·q=q·p
po · p = po
p1 · p = p
qualquer que seja p em P[x]. A unidade polinomial é simplesmente denotada por p1=1.
p · (q + r) = p · q + p · r
Embora uma sequência não seja um conjunto mas sim uma função cujo domínio é o
conjunto dos números naturais, usaremos neste momento uma notação para
sequência no formato de um conjunto.
O conjunto P[x] de todos os polinômios pode ser identificado com o conjunto S das
sequências quase-nulas de números reais , isto é, as sequências da forma:
p = (ao,a1,a2,a3,a4,...,an,0,0,0,...)
Isto significa que após um certo número natural n, todos os termos da sequência são
nulos.
p = (ao,a1,a2,a3,a4,...,an,0,0,0,...)
funciona bem quando trabalhamos com espaços vetoriais, que são estruturas
matemáticas onde a soma dos elementos e a multiplicação dos elementos por escalar
têm várias propriedades.
p = (ao,a1,a2,a3,a4,...,am,0,0,0,...)
q = (bo,b1,b2,b3,b4,...,bn,0,0,0,...)
p+q = (ao+bo,a1+b1,a2+b2,...,an+bn,0,0,0,...)
k.p = (kao,ka1,ka2,ka3,ka4,...,kam,0,0,...)
e o produto de p e q em S como:
p·q = (co,c1,c2,c3,c4,...,cn,0,0,0,...)
sendo que
então para
temos que
p(x)=(x-c) q(x)+p(c)
e é claro que r(x)=p(c) é um polinômio de grau 0.
Zeros de um polinômio
o que é equivalente a:
Uma equação algébrica real na variável x é uma relação matemática que envolve
apenas um número finito de operações de soma, subtração, produto, divisão e
radiciação de termos envolvendo a variável x.
Exemplos
1. 2x²+3x+7=0
2. 3x²+7x½=2x+3
A função exponencial exp(x)=ex pode ser escrita como um somatório com infinitos
termos contendo potências de x:
assim, a equação
x²+7x=ex
não é uma equação algébrica, o que equivale a dizer que esta equação é
transcendente.
p(x) = 0
Quando uma equação possui a variável sob um sinal de radiciação ela é chamada
equação irracional.
Exemplo: 2x²+3x+7 =0 e 3x²+7x½=2x+3 são equações algébricas. A primeira é
polinomial, mas a segunda não é polinomial. Esta segunda é uma equação irracional.
Observação: Uma equação algébrica irracional sempre poderá ser colocada na forma
de uma equação polinomial. Quando uma equação algébrica irracional é transformada
em uma equação polinomial, as raízes da nova equação poderão não coincidir com as
raízes da equação original e as raízes obtidas desta nova equação que não servem
para a equação original são denominadas raízes estranhas.
Equação do 1o. grau: A equação ax+b=0 com a diferente de zero, admite uma única
raíz dada por:
x = -b/a
x1=(-b+R[b²-4ac] / 2a
x2=(-b- R[b²-4ac]/ 2a
Nesta página há dois links que tratam sobre o assunto: Equações do Segundo grau
que dá um tratamento mais detalhado sobre o assunto e Cálculo de raízes de uma
Equação do 2o.grau que é um formulário onde você entra com os coeficientes e obtém
as raízes sem muito esforço.
Equação cúbica: A equação ax³+bx²+cx+d=0 com a não nulo, admite exatamente três
raízes no conjunto dos números complexos que podem ser obtidas pela fórmula de
Tartaglia (Cardano).
Veja o nosso link O método de Tartaglia (Eq. do 3o.grau) onde você poderá encontrar
material mais aprofundado sobre o assunto.
Para obter apenas o cálculo das três raízes de uma equação do 3o. grau, vá ao nosso
link Raízes de uma Equação do 3o. grau.
Equação quíntica: Para equações de grau maior ou igual a 5, não existem métodos
algébricos para obter todas as raízes, mas existem muitos métodos numéricos que
proporcionam as raízes de tais equações com grande precisão.
Existe uma versão da planilha Kyplot disponível gratuitamente na Internet, que dispõe
de um mecanismo capaz de calcular com grande precisão raízes de equações
polinomiais de grau n.
Ver o link Produtos Notáveis nesta mesma página onde existem 33 identidades
polinomiais, sendo algumas não triviais.
Algumas desigualdades bastante comuns que podem ser obtidas a partir das
identidades polinomiais:
A função polinomial
onde ao, a1, a2, ..., an são números reais, denominados coeficientes do polinômio. O
coeficiente ao é o termo constante.
f(x) = a x² + b x + c
O gráfico desta função é a curva plana denominada parábola, que tem algumas
características utilizadas em estudos de Cinemática, radares, antenas parabólicas e
faróis de carros. Ver o link A função quadrática nesta mesma página para entender a
importância da função polinomial quadrática.
Grau de um polinômio
Em um polinômio, o termo de mais alto grau que possui um coeficiente não nulo é
chamado termo dominante e o coeficiente deste termo é o coeficiente do termo
dominante. O grau de um polinômio p=p(x) não nulo, é o expoente de seu termo
dominante, que aqui será denotado por gr(p).
1. Um polinômio nulo não tem grau uma vez que não possui termo
dominante. Em estudos mais avançados, define-se o grau de um polinômio
nulo mas não o faremos aqui.
2. Se o coeficiente do termo dominante de um polinômio for igual a 1, o
polinômio será chamado mônico.
3. Um polinômio pode ser ordenado segundo as suas potências em ordem
crescente ou decrescente.
4. Quando existir um ou mais coeficientes nulos, o polinômio será dito
incompleto.
5. Se o grau de um polinômio incompleto for n, o número de termos deste
polinômio será menor do que n+1.
6. Um polinômio será completo quando possuir todas as potências
consecutivas desde o grau mais alto até o termo constante.
7. Se o grau de um polinômio completo for n, o número de termos deste
polinômio será exatamente n+1.
É comum usar apenas uma letra p para representar a função polinomial p=p(x) e P[x]
o conjunto de todos os polinômios reais em x.
Igualdade de polinômios
ak=bk
Teorema: Uma condição necessária e suficiente para que um polinômio inteiro seja
identicamente nulo é que todos os seus coeficientes sejam nulos.
Assim, um polinômio:
ak= 0
(p+q)(x) = (ao+bo)+(a1+b1)x+(a2+b2)x²+...+(an+bn)xn
(p + q) + r = p + (q + r)
p+q=q+p
po + p = p
Elemento oposto: Para cada p em P[x], existe outro polinômio q=-p em P[x] tal que
p+q=0
Produto de polinômios
tal que:
(p · q) · r = p · (q · r)
p·q=q·p
po · p = po
p1 · p = p
qualquer que seja p em P[x]. A unidade polinomial é simplesmente denotada por p1=1.
p · (q + r) = p · q + p · r
Embora uma sequência não seja um conjunto mas sim uma função cujo domínio é o
conjunto dos números naturais, usaremos neste momento uma notação para
sequência no formato de um conjunto.
O conjunto P[x] de todos os polinômios pode ser identificado com o conjunto S das
sequências quase-nulas de números reais , isto é, as sequências da forma:
p = (ao,a1,a2,a3,a4,...,an,0,0,0,...)
Isto significa que após um certo número natural n, todos os termos da sequência são
nulos.
p = (ao,a1,a2,a3,a4,...,an,0,0,0,...)
funciona bem quando trabalhamos com espaços vetoriais, que são estruturas
matemáticas onde a soma dos elementos e a multiplicação dos elementos por escalar
têm várias propriedades.
p = (ao,a1,a2,a3,a4,...,am,0,0,0,...)
q = (bo,b1,b2,b3,b4,...,bn,0,0,0,...)
p+q = (ao+bo,a1+b1,a2+b2,...,an+bn,0,0,0,...)
k.p = (kao,ka1,ka2,ka3,ka4,...,kam,0,0,...)
e o produto de p e q em S como:
p·q = (co,c1,c2,c3,c4,...,cn,0,0,0,...)
sendo que
então para
temos que
p(x)=(x-c) q(x)+p(c)
e é claro que r(x)=p(c) é um polinômio de grau 0.
Zeros de um polinômio
o que é equivalente a:
Uma equação algébrica real na variável x é uma relação matemática que envolve
apenas um número finito de operações de soma, subtração, produto, divisão e
radiciação de termos envolvendo a variável x.
Exemplos
1. 2x²+3x+7=0
2. 3x²+7x½=2x+3
A função exponencial exp(x)=ex pode ser escrita como um somatório com infinitos
termos contendo potências de x:
assim, a equação
x²+7x=ex
não é uma equação algébrica, o que equivale a dizer que esta equação é
transcendente.
p(x) = 0
Quando uma equação possui a variável sob um sinal de radiciação ela é chamada
equação irracional.
Exemplo: 2x²+3x+7 =0 e 3x²+7x½=2x+3 são equações algébricas. A primeira é
polinomial, mas a segunda não é polinomial. Esta segunda é uma equação irracional.
Observação: Uma equação algébrica irracional sempre poderá ser colocada na forma
de uma equação polinomial. Quando uma equação algébrica irracional é transformada
em uma equação polinomial, as raízes da nova equação poderão não coincidir com as
raízes da equação original e as raízes obtidas desta nova equação que não servem
para a equação original são denominadas raízes estranhas.
Equação do 1o. grau: A equação ax+b=0 com a diferente de zero, admite uma única
raíz dada por:
x = -b/a
x1=(-b+R[b²-4ac] / 2a
x2=(-b- R[b²-4ac]/ 2a
Nesta página há dois links que tratam sobre o assunto: Equações do Segundo grau
que dá um tratamento mais detalhado sobre o assunto e Cálculo de raízes de uma
Equação do 2o.grau que é um formulário onde você entra com os coeficientes e obtém
as raízes sem muito esforço.
Equação cúbica: A equação ax³+bx²+cx+d=0 com a não nulo, admite exatamente três
raízes no conjunto dos números complexos que podem ser obtidas pela fórmula de
Tartaglia (Cardano).
Veja o nosso link O método de Tartaglia (Eq. do 3o.grau) onde você poderá encontrar
material mais aprofundado sobre o assunto.
Para obter apenas o cálculo das três raízes de uma equação do 3o. grau, vá ao nosso
link Raízes de uma Equação do 3o. grau.
Equação quíntica: Para equações de grau maior ou igual a 5, não existem métodos
algébricos para obter todas as raízes, mas existem muitos métodos numéricos que
proporcionam as raízes de tais equações com grande precisão.
Existe uma versão da planilha Kyplot disponível gratuitamente na Internet, que dispõe
de um mecanismo capaz de calcular com grande precisão raízes de equações
polinomiais de grau n.
Ver o link Produtos Notáveis nesta mesma página onde existem 33 identidades
polinomiais, sendo algumas não triviais.
Algumas desigualdades bastante comuns que podem ser obtidas a partir das
identidades polinomiais:
PROPRIEDADES
c) P( ) = 0
Como ilustração é considerado a cor dos olhos na espécie humana, em que a condição A-
determina olhos castanhos e aa determina olhos azuis. Do casamento entre genitores
heterozigotos(Aa x Aa), formam-se:
LEIS DE PROBABILIDADE
Exemplo: Em uma família será estimada a probabilidade do ser menino e ter olhos azuis.
Será considerado agora o gene que deteramina o daltonismo na espécie humana. Trata-
se de um gene ligado ao sexo, em que:
Mulheres normais : XD XD ou XD Xd
Mulheres daltônicas : Xd Xd
Gametas XD Y
XD XD XD XD Y
Xd XD Xd Xd Y
Conclui-se que:
P(menino) = P(menina) = ½
P(Normal) = ¾
P(Daltonismo) = ¼
Ao contrário, tem-se:
Utilização
Conceito
Entende-se por distribuição binomial como sendo aquela em que os termos da expansão
do binômio (ou multinômio) correspondem às probabilidades de todos os eventos
possíveis do espaço amostral. O binômio (ou multinômio) é formado pelas probabilidades
de cada acontecimento elevado ao número total de ocorrências.
Ilustração
C³ + 3C²S + 3CS² + S³ = 1
DISTRIBUIÇÃO MULTINOMIAL
em que,
a. 9
b. 6
c. 5
d. 8
e. 3
a. 5
b. 3
c. 8
d. 9
e. 6
a. 8
b. 5
c. 6
d. 3
e. 9
4. Lançando-se uma moeda usual 5 vezes, seus resultados formam uma seqüência. O
número de seqüências possíveis é:
a. 2
b. 5
c. 10
d. 25
e. 32
5. Considere o seguinte experimento aleatório: "lançar dois dados e observar os números
obtidos nas faces superiores". O número de elementos do espaço amostral desse
experimento é:
a. 6
b. 12
c. 2
d. 64
e. 36
a. n(E)=6en(A)=3
b. n(E)=6en(A)=4
c. n(E)=8en(A)=4
d. n(E)=8en(A)=6
e. n(E)=8en(A)=3
a. 4
b. 5
c. 6
d. 7
e. 3
8. Uma urna tem 20 bolas numeradas com 1, 2, 3...20. Sorteia-se uma bola dessa urna.
Considere os seguintes eventos:
a. 16
b. 15
c. 13
d. 14
e. 12
9. Dois jogadores disputam um jogo onde é lançado, uma única vez um par de dados. O
jogador A ganha se a soma dos resultados for 6 e B, se a soma for 10. Nessas condições,
pode-se afirmar corretamente que:
10. Denomina-se espaço amostral ao conjunto formado por todos os resultados possíveis
de um experimento aleatório. Se um experimento consistem em se escolherem duas
pessoas, ao acaso, de uma sala contendo dez pessoas, então o número de elementos do
espaço amostral é:
a. 20
b. 19
c. 90
d. 45
e. 32
11. Num jogo, cada jogador lança um dado uma única vez. O jogador A ganha se tirar, no
seu lança, um número de pontos maior ou igual ao lance do jogador B. O número de
resultados favoráveis a A é:
a. 36
b. 18
c. 15
d. 20
e. 21
a. 120
b. 220
c. 150
d. 290
e. 160
13. O número da chapa do carro é par. A probabilidade de o algarismo das unidades ser
zero é:
a. 5
b. 1/2
c. 4/9
d. 5/9
e. 1/5
14. Qual a probabilidade de se obter um número divisível por 5, na escolha ao acaso de
uma das permutações dos algarismos 1; 2; 3; 4 e 5 ?
a. 5
b. 1/5
c. 1
d. 4
e. 1/4
15. Uma urna tem 10 bolas idênticas, numeradas de 1 a 10. Se retirarmos uma bola da
urna, a probabilidade de não obter a bola número 7 é igual a:
a. 2/9
b. 1/10
c. 1/5
d. 9/10
e. 9/11
a. 1/48
b. 1/36
c. 1/24
d. 1/12
e. 1/6
17. A probabilidade de uma bola branca aparecer, ao se retirar uma única bola de uma
urna contendo 4 bolas brancas, 3 vermelhas e 5 azuis, é:
a. 1/3
b. 1/2
c. 1/4
d. 1/12
e. 1/6
18. Um jogado recebeu uma cartela com 15 números distintos entre os números 0 e 89,
De uma urna contendo 90 bolas numeradas de 0 a 89, é sorteada uma bola. A
probabilidade do número dessa bola estar na cartela do jogador é:
a. 1/90
b. 1/89
c. 1/6
d. 15/89
e. 89/90
19. Jogando-se uma moeda 3 vezes, a probabilidade de se obter cara, pelo menos uma
vez é:
a. 1/8
b. 3/8
c. 7/8
d. 5/8
e. 1/3
a. 1/6
b. 5/36
c. 1/12
d. 1/18
e. 1/36
21. O senhor O . Timista enviou 150 cartas para um concurso, no qual seria sorteada uma
só carta de um total de 5500 cartas. A probabilidade dele uma das cartas do senhor O
.Timista ser sorteada é:
a. 3/55
b. 3/110
c. 1/5350
d. 1/5499
e. 1/5500
22. Se um certo casal tem 3 filhos, então a probabilidade de os 3 filhos serem do mesmo
sexo, dado que o primeiro filho é homem, vale:
a. 1/3
b. 1/2
c. 1/5
d. 1/4
e. 1/6
a. 1/2
b. 1/3
c. 1/4
d. 1/5
e. 1/6
24. Com os dígitos 1, 4, 7, 8 e9, são formados números de 3 algarismos distintos. Um
deles é escolhido ao acaso. Qual a probabilidade de ser ímpar ?
a. 2/5
b. 1/2
c. 10.6
d. 3/5
e. 4/5
a. 1/9
b. 1/3
c. 4/9
d. 5/9
e. 2/3
26. Escolhem-se ao acaso dois números distintos, de 1 a 20. Qual a probabilidade de que
o produto dos números escolhidos seja ímpar ?
a. 9/38
b. 1/2
c. 9/20
d. 1/4
e. 8/25
27. Uma urna tem 100 cartões numerados de 101 a 200. A probabilidade de se sortear
um cartão dessa urna e o número nele marcado ter os três algarismos distintos entre si é:
a. 17/25
b. 71/100
c. 14/25
d. 73/100
e. 37/50
28. Retirando-se uma carta de um baralho comum e sabendo-se que saiu uma dama,
qual a probabilidade de que a carta seja de ouros ?
a. 1/3
b. 1/4
c. 4/13
d. 1/13
e. 1/52
29. Num grupo de 60 pessoas, 10 são torcedores do São Paulo, 5 são torcedores do
Palmeiras e as demais do Coríntians. Escolhido ao acaso um elemento do grupo, a
probabilidade de ele ser torcedor do São Paulo ou do Palmeiras é:
a. 0,40
b. 0,25
c. 0,50
d. 0,30
e. 0,33
30. Uma urna contem 2 bolas brancas, 3 verdes e 4 azuis. Retirando-se uma bola da
urna, qual a probabilidade de que seja branca ou verde ?
a. 4/7
b. 3/8
c. 5/9
d. 2/15
e. 3/7
31. Uma urna contem 4 bolas brancas e 6 pretas. Retirando-se, sucessivamente e sem
reposição, 2 bolas, a probabilidade de sair bola preta e bola branca, nesta ordem, é de:
a. 6/25
b. 1/5
c. 1/50
d. 4/15
e. 7/30
a. 1/5
b. 2/25
c. 4/25
d. 2/5
e. 3/5
33. Sorteando um número de 1 a 30, a probabilidade de que ele seja par ou múltiplo de 3
é:
a. 3/4
b. 2/3
c. 1/6
d. 5/33
e. 1/3
34. Um juiz possui três cartões no bolso. Um é todo amarelo, outro é todo vermelho e o
terceiro é vermelho de um lado e amarelo de outro. Num determinado lance, o juiz retira,
ao acaso, um cartão do bolso e mostra a um jogador. A probabilidade de que a face que o
juiz vê ser vermelha a de a outra face, mostrada ao jogador, ser amarela é:
a. 1/2
b. 2/5
c. 1/5
d. 2/3
e. 1/6
35. Uma roleta esta dividida em 8 partes iguais numeradas de 1 a 8. Ela é girada 3 vezes.
Qual é a probabilidade de, nos três giros, ela parar em números iguais?
a. 1/512
b. 1/8
c. 1/3
d. 1/64
e. 1/72
a. 125%
b. 75%
c. 50%
d. 25%
e. 90%
37. Numa urna foram, colocadas 30 bolas: 10 bolas azuis numeradas de 1 a 10, 15 bolas
brancas numeradas de 1 a 15 e 5 bolas cinzas numeradas de 1 a 5. Ao retirar-se
aleatoriamente uma bola, a probabilidade de obter-se uma bola par ou branca é:
a. 29/30
b. 7/15
c. 1/2
d. 11/15
e. 13/15
38. Um par de dados honestos é lançado. Se os dois números que aparecem são
diferentes, a probabilidade de que ocorram, os números 2 ou 3 é:
a. 1/2
b. 2/3
c. 3/5
d. 5/9
e. 11/18
39. Dois dados não viciados distintos são lançados , e o números observados . Pode-se
afirmar que:
40. Uma urna contem apenas cartões marcados com números distintos escolhidos de 1 a
9. Se, nessa urna, não há cartões com números repetidos, a probabilidade de ser
sorteado um cartão com um número menor que 500 é:
a. 3/4
b. 1/2
c. 8/21
d. 4/9
e. 1/3
41. Uma doença congênita afeta 1 em cada 700 homens. Numa população de um milhão
de homens, a probabilidade de que um homem, tomado ao acaso, não seja afetado é:
a. Superior a 0,99
b. Igual a 0,99
c. Menor que 0,98
d. Igual a 1/700
e. 1/2 ou 50%
a. 1/2
b. 1/3
c. 1/8
d. 1/16
e. 1/32
43. Você faz parte de um grupo de 10 pessoas, para três das quais serão distribuídos
prêmios iguais. A probabilidade de que você seja um dos premiados é:
a. 1/10
b. 1/5
c. 3/10
d. 1/3
e. 2/5
Análise combinatória
Arranjos
São agrupamentos formados com p elementos, (p<m) de forma que os p elementos sejam
distintos entre sí pela ordem ou pela espécie. Os arranjos podem ser simples ou com
repetição.
As={AB,AC,AD,BA,BC,BD,CA,CB,CD,DA,DB,DC}
Arranjo com repetição: Todos os elementos podem aparecer repetidos em cada grupo de
p elementos.
Exemplo: Seja C={A,B,C,D}, m=4 e p=2. Os arranjos com repetição desses 4 elementos
tomados 2 a 2 são 16 grupos que onde aparecem elementos repetidos em cada grupo.
Todos os agrupamentos estão no conjunto:
Ar={AA,AB,AC,AD,BA,BB,BC,BD,CA,CB,CC,CD,DA,DB,DC,DD}
Fórmula: N=A(m1,p1).A(m-m1,p-p1)
Cálculo para o exemplo: N=A(3,2).A(7-3,4-2)=A(3,2).A(4,2)=6×12=72.
Aqui temos um total de m=7 letras, a taxa é p=4, o subconjunto escolhido tem m1=3
elementos e a taxa que este subconjunto será formado é p1=2. Com as letras A,B e C,
tomadas 2 a 2, temos 6 grupos que estão no conjunto:
PABC = {AB,BA,AC,CA,BC,CB}
PDEFG = {DE,DF,DG,ED,EF,EG,FD,FE,FG,GD,GE,GF}
Permutações
Ps={ABC,ACB,BAC,BCA,CAB,CBA}
Cálculo para o exemplo: m1=4, m2=2, m3=1, m4=1 e m=6, logo: Pr(6)=C(6,4).C(6-4,2).C(6-
4-1,1)=C(6,4).C(2,2).C(1,1)=15.
Pr={AAARRT,AAATRR,AAARTR,AARRTA,AARTTA,
AATRRA,AARRTA,ARAART,ARARAT,ARARTA,
ARAATR,ARAART,ARAATR,ATAARA,ATARAR}
Permutação circular: Situação que ocorre quando temos grupos com m elementos
distintos formando uma circunferência de círculo.
Fórmula: Pc(m)=(m-1)!
Cálculo para o exemplo: P(4)=3!=6
Pc={ABCD,ABDC,ACBD,ACDB,ADBC,ADCB,BACD,BADC,
BCAD,BCDA,BDAC,BDCA,CABD,CADB,CBAD,CBDA,
CDAB,CDBA, DABC,DACB,DBAC,DBCA,DCAB,DCBA}
ABCD=BCDA=CDAB=DABC
ABDC=BDCA=DCAB=CABD
ACBD=CBDA=BDAC=DACB
ACDB=CDBA=DBAC=BACD
ADBC=DBCA=BCAD=CADB
ADCB=DCBA=CBAD=BADC
Combinações
Cs={AB,AC,AD,BC,BD,CD}
Fórmula: Cr(m,p)=C(m+p-1,p)
Cálculo para o exemplo: Cr(4,2)=C(4+2-1,2)=C(5,2)=5!/[2!3!]=10
Cr={AA,AB,AC,AD,BA,BB,BC,BD,CA,CB,CC,CD,DA,DB,DC,DD}
mas para obter as combinações com repetição, deveremos excluir deste conjunto os 6
grupos que já apareceram antes, pois AB=BA, AC=CA, AD=DA, BC=CB, BD=DB e
CD=DC, assim as combinações com repetição dos elementos de C tomados 2 a 2, são:
Cr={AA,AB,AC,AD,BB,BC,BD,CC,CD,DD}
Problemas de Análise Combinatória normalmente são muito difíceis mas eles podem ser
resolvidos através de duas regras básicas: a regra da soma e a regra do produto.
Regra da soma: A regra da soma nos diz que se um elemento pode ser escolhido de m
formas e um outro elemento pode ser escolhido de n formas, então a escolha de um ou
outro elemento se realizará de m+n formas, desde que tais escolhas sejam
independentes, isto é, nenhuma das escolhas de um elemento pode coincidir com uma
escolha do outro.
Regra do Produto: A regra do produto diz que se um elemento H pode ser escolhido de m
formas diferentes e se depois de cada uma dessas escolhas, um outro elemento M pode
ser escolhido de n formas diferentes, a escolha do par (H,M) nesta ordem poderá ser
realizada de m.n formas.
Exemplo: Consideremos duas retas paralelas ou concorrentes sem que os pontos sob
análise estejam em ambas, sendo que a primeira r contem m pontos distintos marcados
por r1, r2, r3, ..., rm e a segunda s contem n outros pontos distintos marcados por s1, s2, s3,
..., sn. De quantas maneiras podemos traçar segmentos de retas com uma extremidade
numa reta e a outra extremidade na outra reta?
É fácil ver isto ligando r1 a todos os pontos de s e assim teremos n segmentos, depois
ligando r2 a todos os pontos de s e assim teremos n segmentos, e continuamos até o
último ponto para obter também n segmentos. Como existem m pontos em r e n pontos
em s, teremos m.n segmentos possíveis.
Cada vez que um elemento for retirado, indicaremos esta operação com a mudança da
cor do elemento para a cor vermelha.
Após a segunda retirada, sobraram m-2 possibilidades para a próxima retirada. Do que
sobrou, se retirarmos o terceiro elemento como sendo o de ordem (m-2), teremos algo
que pode ser visualizado como:
A(m,p) = m(m-1)(m-2)...(m-p+1)
{AE,AI,AO,AU,EA,EI,EO,EU,IA,IE,
IO,IU,OA,OE,OI,OU,UA,UE,UI,UO}
O conjunto solução é:
{AA,AE,AI,AO,AU,EA,EE,EI,EO,EU,IA,IE,II,
IO,IU,OA,OE,OI,OO,OU,UA,UE,UI,UO,UU}
Exemplo: Quantas placas de carros podem existir no atual sistema brasileiro de trânsito
que permite 3 letras iniciais e 4 algarismos no final?
XYZ-1234
Sugestão: Considere que existem 26 letras em nosso alfabeto que podem ser dispostas 3
a 3 e 10 algarismos que podem ser dispostos 4 a 4 e em seguida utilize a regra do
produto.
Este é um caso particular de arranjo em que p=m. Para obter o número de permutações
com m elementos distintos de um conjunto C, basta escolher os m elementos em uma
determinada ordem. A tabela de arranjos com todas as linhas até a ordem p=m, permitirá
obter o número de permutações de m elementos:
A(m,m) = P(m)
Este símbolo de exclamação posto junto ao número m é lido como: fatorial de m, onde m
é um número natural.
Embora zero não seja um número natural no sentido que tenha tido origem nas coisas da
natureza, procura-se dar sentido para a definição de fatorial de m de uma forma mais
ampla, incluindo m=0 e para isto podemos escrever:
0!=1
Em contextos mais avançados, existe a função gama que generaliza o conceito de fatorial
de um número real, excluindo os inteiros negativos e com estas informações pode-se
demonstrar que 0!=1.
O fatorial de um número inteiro não negativo pode ser definido de uma forma recursiva
através da função P=P(m) ou com o uso do sinal de exclamação:
(m+1)! = (m+1).m!, 0! = 1
P={ABC,ACB,BAC,BCA,CAB,CBA}
Exemplo: Quantos anagramas são possíveis com as letras da palavra AMOR? O número
de arranjos é P(4)=24 e o conjunto solução é:
P={AMOR,AMRO,AROM,ARMO,AORM,AOMR,MARO,MAOR,
MROA,MRAO,MORA,MOAR,OAMR,OARM,ORMA,ORAM,
OMAR,OMRA,RAMO,RAOM,RMOA,RMAO,ROAM,ROMA}
Seja C um conjunto com m elementos distintos. No estudo de arranjos, já vimos antes que
é possível escolher p elementos de A, mas quando realizamos tais escolhas pode
acontecer que duas coleções com p elementos tenham os mesmos elementos em ordens
trocadas. Uma situação típica é a escolha de um casal (H,M). Quando se fala casal, não
tem importância a ordem da posição (H,M) ou (M,H), assim não há a necessidade de
escolher duas vezes as mesmas pessoas para formar o referido casal. Para evitar a
repetição de elementos em grupos com a mesma quantidade p de elementos,
introduziremos o conceito de combinação.
Isto significa que dentre todos os A(m,p) arranjos com p elementos, existem p! desses
arranjos com os mesmos elementos, assim, para obter a combinação de m elementos
tomados p a p, deveremos dividir o número A(m,p) por m! para obter apenas o número de
arranjos que contem conjuntos distintos, ou seja:
C(m,p) = A(m,p) / p!
Como
A(m,p) = m.(m-1).(m-2)...(m-p+1)
então:
C(m,p)=[m.(m-1).(m-2)...(m-p+1)]/[(1.2.3.4....(p-1)p]
(m-p)(m-p-1)(m-p-2)...3.2.1
m.(m-1).(m-2).....(m-p+1)(m-p)(m-p-1)...3.2.1 = m!
e o denominador ficará:
p! (m-p)!
Arep(m,p) = mp
Consideremos 3 bolas vermelhas, 2 bolas azuis e 5 bolas amarelas. Coloque estas bolas
em uma ordem determinada. Iremos obter o número de permutações com repetição
dessas bolas. Tomemos 10 compartimentos numerados onde serão colocadas as bolas.
Primeiro coloque as 3 bolas vermelhas em 3 compartimentos, o que dá C(10,3)
possibilidades. Agora coloque as 2 bolas azuis nos compartimentos restantes para obter
C(10-3,2) possibilidades e finalmente coloque as 5 bolas amarelas. As possibilidades são
C(10-3-2,5).
Podemos representar tais combinações por meio de símbolos # e vazios Ø onde cada
ponto # é repetido (e colocado junto) tantas vezes quantas vezes aparece uma escolha do
mesmo tipo, enquanto o vazio Ø serve para separar os objetos em função das suas
diferenças:
(a,a,b,d,d,d) equivale a ##Ø#ØØ###Ø
Cada símbolo possui 10 lugares com exatamente 6# e 4Ø. Para cada combinação existe
uma correspondência biunívoca com um símbolo e reciprocamente. Podemos construir
um símbolo pondo exatamente 6 pontos em 10 lugares. Após isto, os espaços vazios são
prenchidos com barras. Isto pode ser feito de C(10,6) modos. Assim:
Crep(5,6) = C(5+6-1,6)
Crep(m,p) = C(m+p-1,p)
O segundo número, indicado logo acima por p é conhecido como a taxa que define a
quantidade de elementos de cada escolha.
Taxas complementares
C(m,p)=C(m,m-p)
C(m,p)=C(m-1,p)+C(m-1,p-1)
Exemplo: C(12,10)=C(11,10)+C(11,9)=605
Número Binomial
Exemplo: C(8,2)=28.
A função envolvida com este contexto é a função gama. Tais cálculos são úteis em
Probabilidade e Estatística.
Teorema Binomial
(a+b)m = am+m1am-1b+m2am-2b2+m3am-3b3+...+mmbm
(a+b)2 = a2 + 2ab + b2
(a+b)3 = a3 + 3 a2b + 3 ab2 + b3
(a+b)4 = a4 + 4 a3b + 6 a2b2 + 4 ab3 + b4
(a+b)5 = a5 + 5 a4b + 10 a3b2 + 10 a2b3 + 5 ab4 + b5
P(m): (a+b)m=am+m1am-1b+m2am-2b2+m3am-3b3+...+mmbm
P(1) é verdadeira pois (a+b)1 = a + b
P(k): (a+b)k=ak+k1ak-1b+k2ak-2b2+k3ak-3b3+...+kkbk
Para que a proposição P(k+1) seja verdadeira, deveremos chegar à conclusão que:
(a+b)k+1=ak+1+(k+1)1akb+(k+1)2ak-1b2+...+(k+1)(k+1)bk+1
(a+b)k+1= (a+b).(a+b)k
= (a+b).[ak+k1ak-1b+k2ak-2b2+k3ak-3b3+...+kkbk]
a.[ak+k1ak-1b+k2ak-2 b2+k3ak-3b3+...+kkbk]
=
+b.[a +k1a b+k2a b +k3a b +...+kk bk]
k k-1 k-2 2 k-3 3
ak+1+k1akb+k2ak-1b2+k3ak-2b3+...+kkabk
=
+akb+k1ak-1b2+k2ak-2 b3+k3ak-3b4+...+kkbk+1
ak+1+[k1+1]akb+[k2+k1]ak-1b2+[k3+k2]ak-2b3
=
+[k4+k3] ak-3b4+...+[kk-1+kk-2]a2bk-1+[kk+kk-1]abk+kkbk+1
ak+1+[k1+k0] akb+[k2+k1]ak-1b2+[k3+k2]ak-2b3
=
+[k4+k3]a b +...+[kk-1+kk-2]a2bk-1+[kk+kk-1]abk+kkbk+1
k-3 4
k1+k0=C(k,1)+C(k,0)=C(k+1,1)=(k+1)1
k2+k1=C(k,2)+C(k,1)=C(k+1,2)=(k+1)2
k3+k2=C(k,3)+C(k,2)=C(k+1,3)=(k+1)3
k4+k3=C(k,4)+C(k,3)=C(k+1,4)=(k+1)4
kk-1+kk-2=C(k,k-1)+C(k,k-2)=C(k+1,k-1)=(k+1)k-1
kk+kk-1=C(k,k)+C(k,k-1)=C(k+1,k)=(k+1)k
Resposta: N=1×2×3=6
Resposta: N=1×2×3×4×5=120
Resposta: N=1×2×3×4=24
Auxílio:
Resposta: P(5)=120.
Auxílio: Cada conjunto com os algarismos 13 e 31 forma um grupo que junto com
os outros, fornece 4 grupos.
Resposta: N=2×P(4)=2×24=48
Resposta: N=P(n-1)=(n-1)!
Resposta: P(9)=9!
9. Quantos são os anagramas possíveis com as letras: ABCDEFGHI, começando por
A?
Resposta: P(8)=8!
10. Quantos são os anagramas possíveis com as letras: ABCDEFGHI, começando por
AB?
Resposta: P(7)=7!
11. Quantos são os anagramas possíveis com as letras: ABCDEFGHI, começando por
ABC?
Resposta: P(6)=6!
12. Quantos são os anagramas possíveis com as letras: ABCDEFGHI, começando por
uma das letras A, B ou C?
Resposta: N=3×P(8)=3×8!
Resposta: N=P(3)×P(6)=6×120=720
14. Quantos são os anagramas possíveis com as letras: ABCDEFGHI, começando por
uma vogal e terminando por uma consoante?
Resposta: N=P(4)×P(3)×P(3)×P(2)×P(2)=3456
Exercícios de permutações com repetição
Resposta: Pr(5;3+2)=5!/(3!2!)=10
Pr(p;p1+p2)=(p1+p2)!/(p1!p2!)
Resposta:N=3!/(2!1!)=3
22. Qual é o número possível de anagramas que se pode montar com as letras da
palavra AMAR?
Auxílio: N=(p1+p2+p3)!/(p1!p2!p3!),A=2,M=1,R=1
Resposta: N=4!/(2!1!1!)=12
23. Qual é o número possível de anagramas que se pode montar com as letras da
palavra ARARUNA?
Resposta: N=7!/(3!2!1!1!)=420
Resposta: Pr(10,2+1+2+1+2+1+1)=10!/8=453600
26. De quantos modos distintos 5 pessoas podem sentar-se em volta de uma mesa
circular?
Resposta: N=1×2×3×4=24
27. De quantos modos distintos 5 pessoas podem sentar-se em volta de uma mesa
retangular?
Resposta: N=1×2×3×4=24
28. Um indivíduo possui 25 livros diferentes. De quantas formas distintas ele poderá
empacotar tais livros em grupos de 6 livros?
29. Quantos grupos de 3 pessoas podem ser montados com 8 pessoas?
Resposta: C=8!/(3!5!)=(8×7×6)/(1×2×3)=56
30. Quantos grupos de 2 pessoas podem ser montados com 1000 pessoas?
Resposta: C=1000!/(2!998!)=1000×999=999000
31. Quantas combinações com 4 elementos podem ser montadas com as 10 primeiras
letras do alfabeto?
Conceito: Combinação
Resposta: C=10!/(4!6!)=(10×9×8×7)/(1×2×3×4)=210
32. Quantas combinações com 4 elementos podem ser montadas com as 10 primeiras
letras do alfabeto, de tal forma que sempre comecem pela letra A?
Resposta: C=C(1,1).C(9,3)=(1×9×8×7)/6=84
33. Quantas combinações com 4 elementos podem ser montadas com as 10 primeiras
letras do alfabeto, de tal forma que sempre estejam juntas as letras A e B?
Resposta: C=C(2,2).C(8,2)=(1×8×7)/2=28
34. Quantas combinações com 4 elementos podem ser montadas com as 10 primeiras
letras do alfabeto, de tal forma que não contenham nem as letras A e B?
Resposta: C=C(2,0).C(8,4)=(1×8×7×6×5)/24=70
35. Quantas combinações com 4 elementos podem ser montadas com as 10 primeiras
letras do alfabeto, de tal forma que somente uma das letras A ou B esteja
presente, mas não as duas?
Resposta: C=C(2,1).C(8,3)=(2×8×7×6)/6=112
36. Quantas combinações com 4 elementos podem ser montadas com as 10 primeiras
letras do alfabeto, de tal forma que contêm 2 dentre as 3 letras A,B e C?
Resposta: C=C(3,2).C(7,2)=(3×7×6)/2=63
Resposta: N=C(6,3)×C(4,2)=30×6=180
44. Desejamos formar comissões de 6 pessoas entre cinco pais de alunos e quatro
professores. Quantas comissões terão somente 1 professor?
45. Desejamos formar comissões de 6 pessoas entre cinco pais de alunos e quatro
professores. Quantas comissões terão somente 2 professores?
46. Desejamos formar comissões de 6 pessoas entre cinco pais de alunos e quatro
professores. Quantas comissões terão no mínimo 2 professores?
47. Desejamos formar comissões de 6 pessoas entre cinco pais de alunos e quatro
professores. Quantas comissões terão no mínimo 3 professores?
48. Num plano existem 4 pontos, sendo que 3 deles são não colineares. Qual é o
número possível de retas que passam por esses pontos?
Resposta: C(4,2)=6
49. Num plano colocamos n pontos, sendo que 3 deles são não colineares. Qual é o
número possível de retas que passam por esses pontos?
Resposta: C(n,2)=n(n-1)/2
50. Quatro pontos são postos num plano, sendo que 3 deles são não colineares. Qual
é o número possível de triângulos construídos com esses pontos?
Resposta: N=C(n,2)-n=n(n-1)/2-n=n(n-3)/2
Resposta: N=P(5)=120.
Resposta: N=12×9/2=54
Resposta: N=0
Resposta: N=0
Resposta: Cr=Cr(7,4)=C(7+4-1,4)=C(10,4)=210
Resposta: Cr=Cr(4,2)=C(4+2-1,2)=C(5,2)=10
Resposta: N1=A(9,1)=9
64. Quantos números distintos com 2 algarismos diferentes, podemos formar com os
dígitos: 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9.
65. Quantos números distintos com 3 algarismos diferentes, podemos formar com os
dígitos: 0,1,2,3,4,5,6,7,8 e 9.
Resposta: N3=A(10,3)-A(9,2)=720-720=648
66. Quantos números distintos com 4 algarismos diferentes, podemos formar com:
0,1,2,3,4,5,6,7,8 e 9.
Resposta: N4=A(10,4)-A(9,3)=5040-504=4536
67. Quantos números distintos menores que 10000 podem ser formados com
algarismos diferentes da coleção: {0,1,2,3,4,5,6,7,8,9}.
Resposta: N=N1+N2+N3+N4=9+81+648+4536=5274
Resposta: N=9000-4536=4464
69. Com as 5 vogais: A,E,I,O,U, obter o conjunto solução que contém todos os
arranjos tomados 2 a 2.
70. Usando-se apenas os algarismos 1,3,5,7,9 quantos números com 3 algarismos
podem ser montados?
Resposta: A=5!/2!=60
Resposta: A=10!/6!=5040
Resposta: A=26!/23!=26.25.24=15600
Resposta: A=(26!/23!).(10!/6!)=78624000
Resposta: Ar(10,4)=104=10000
76. Quantas palavras com 3 letras podemos formar com as 26 letras de nosso
alfabeto?
Resposta: Ar(26,3)=263=17576
77. Quantas placas são possíveis em nosso sistema de trânsito, se em todas devem
aparecer 3 letras seguidas por 4 números?
Resposta: N=Ar(26,3).Ar(10,4)=175760000
Resposta: N1=Ar(10,1)-Ar(10,0)=10-1=9
Resposta: N2=Ar(10,2)-Ar(10,1)=102-101=100-10=90
Resposta: N4=Ar(10,4)-Ar(10,3)=104-103=9000
Resposta: N4=Ar(10,n)-Ar(10,n-1)=10n-10n-1=9×10n-1
83. Num sistema de numeração com a base tendo b algarismos, quantos números
existem com n algarismos (repetidos ou não)?
Resposta: N4=Ar(b,n)-Ar(b,n-1)=bn-bn-1=(b-1)×bn-1
Resposta: N=5.A(8,3)=1.680
Resposta: Ar=53=125
Auxílio: N=A(m1,p1).A(m-m1,p-p1)
Resposta: N=(3-1+1).A(1,1).A(4,2)=36
Resposta: N=(4-2+1).A(2,2).A(3,1)=18
Resposta: N=(4-2+1).A(3,2).A(3,2)=108
Resposta: N=(3-1+1).A(1,1).A(3,2)=18
Resposta: N=A(2,2).A(2,1)=4
Resposta: N=(3-2+1).A(2,2).A(2,1)=8
Resposta: n=8.
C(n,0)+C(n,1)+C(n,2)+...+C(n,n)=2n
(p+1)·C(n,p+1)=(n-p)·C(n,p).
n·C(n-1,p)=(n-p)·C(n,p).
106. Se A(n,2)=42, qual é o valor de n?
Resposta: n=7.
2·4·6·8·10·...2n=(2n)n!
A(n,k)=A(n,p)/A(n-k,p-k) se k<p.
Pr(n;k+(n-k))=C(n,k) se k<n.
1·(1!)+2·(2!)+3·(3!)+...+n·(n!)=(n+1)!-1.
1/2!+2/3!+3/4!+...+n/(n+1)!=1/(n+1)!
Auxílio: Como esta é uma série telescópica, segue que cada termo pode ser
escrito como a diferença de dois outros que se anulam em sequência, assim basta
usar o fato que para todo k<n, vale a relação:
k/(k+1)!=1/k! - 1/(k+1)!
116. Demonstrar que
A(n,p) = p [A(n-1,p-1)+A(n-2,p-1)+...+A(p-1,p-1)]
Resposta: N=3×5=15
Resposta: N=4×3=12
119. Uma sala possui 3 portas. Quantas possibilidades existem para que uma
pessoa possa entrar e sair desta sala?
Resposta: N=3×3=9
Matrizes, determinantes e sistemas lineares
N={1,2,3,4,5,6,7,...}
Definição de matriz
Uma matriz real (ou complexa) é uma função que a cada par ordenado (i,j) no conjunto
Smn associa um número real (ou complexo).
Uma forma comum e prática para representar uma matriz definida na forma acima é
através de uma tabela contendo m×n números reais (ou complexos). Identificaremos a
matriz abaixo com a letra A.
Exemplos de matrizes
12 -6 7 18
-23 -24 0 0
0 0 5 0
0 0 0 9
12 -6+i 7 i
-i -24 0 0
0 0 5+i 5-i
0 0 0 9
0 0
0 0
0 0
0 0
0 0
1 0 0
0 1 0
0 0 1
Matriz diagonal com quatro linhas e quatro colunas:
23 0 0 0
0 -56 0 0
0 0 0 0
0 0 0 100
Matrizes iguais
Duas matrizes A=[a(i,j)] e B=[b(i,j)], de mesma ordem m×n, são iguais se todos os
seus correspondentes elementos são iguais, isto é:
a(i,j) = b(i,j)
1 2 x-1 y-1
=
3 4 x+y x2
A soma (adição) de duas matrizes A=[a(i,j)] e B=[b(i,j)] de mesma ordem m×n, é uma
outra matriz C=[c(i,j)], definida por:
-23 10 10 5 -13 15
+ =
7 9 8 9 15 18
(A + B) + C = A + (B + C)
A2: Comutativa: Para quaisquer matrizes A e B, de mesma ordem m×n, vale a
igualdade:
A+B=B+A
A3: Elemento neutro: Existe uma matriz nula 0 que somada com qualquer outra matriz
A de mesma ordem, fornecerá a própria matriz A, isto é:
0+A=A
A4: Elemento oposto: Para cada matriz A, existe uma matriz -A, denominada a oposta
de A, cuja soma entre ambas fornecerá a matriz nula de mesma ordem, isto é:
A + (-A) = 0
c(i,j) = k. a(i,j)
-2 10 -8 -40
-4 =
7 9 28 36
1.A = A
E2: Multiplicação pelo escalar zero: A multiplicação do escalar 0 por qualquer matriz A,
fornecerá a matriz nula, isto é:
0.A = 0
k (A+B) = k A + k B
E4: Distributividade dos escalares: Para qualquer matriz A e para quaisquer escalares
p e q, tem-se:
(p + q) A = p A + q A
Multiplicação de matrizes
Seja a matriz A=[a(i,j)] de ordem m×n e a matriz B=(b(k,l)) de ordem nxr. Definimos o
produto das matrizes A e B como uma outra matriz C=A.B, definida por:
Para obter o elemento da 2a. linha e 3a. coluna da matriz produto C=A.B, isto é, o
elemento c(2,3), devemos:
Assim:
Podemos visualizar esta operação através das matrizes seguintes. Basta observar a
linha em azul na primeira matriz, a coluna em azul na segunda matriz e o elemento em
azul na terceira matriz.
a11 a12 a13 a14 b11 b12 b13 b14 c11 c12 c13 c14
a21 a22 a23 a24 b21 b22 b23 b24 c21 c22 c23 c24
× =
a31 a32 a33 a34 b31 b32 b33 b34 c31 c32 c33 c34
a41 a42 a43 a44 b41 b42 b43 b44 c41 c42 c43 c44
M1: Nem sempre vale a comutatividade: Em geral, A×B é diferente de B×A, como é o
caso do produto que segue, onde A está cor vermelha e B em cor preta:
1 2 3 1 2
2 4 6 × 3 5
3 6 9 7 9
A (B+C) = A B + A C
(A + B) C = A C + B C
M4: Associatividade
A (B C) = (A B) C
M5: Nulidade do produto: Pode acontecer que o produto de duas matrizes seja a
matriz nula, isto é: AB=0, embora nem A nem B sejam matrizes nulas, como é o caso
do produto:
0 1 0 2 0 0
× =
0 0 0 0 0 0
M6: Nem sempre vale o cancelamento: Se ocorrer a igualdade AC=BC, então nem
sempre será verdadeiro que A=B, pois existem exemplos de matrizes como as
apresentadas abaixo, tal que:
0 1 0 5 0 2 0 5
× = ×
0 0 0 0 0 0 0 0
Ak = 0
Ak+1= A
A2 = A
AB=BA
AB=-BA
Id A = A
A B = Id e B A = Id
Dada uma matriz A=[a(i,j)] de ordem m×n, definimos a transposta da matriz A como a
matriz
At = [a(j,i)]
(At)t = A
(A + B)t = At + Bt
T4: A transposta do produto de duas matrizes é igual ao produto das transpostas das
matrizes na ordem trocada.
(A B)t = Bt At
At = A
At = -A
S1: Se A é uma matriz simétrica de ordem n, então para todo escalar k, a matriz k.A é
simétrica.
S4: Se A é uma matriz quadrada de ordem n, então A sempre pode ser decomposta
como a soma de uma matriz simétrica S com uma matriz anti-simétrica T, isto é,
A=S+T, e neste caso:
a11 a12
A=
a21 a22
Repetimos as duas primeiras colunas após a terceira coluna, de forma a montar uma
matriz com 3 linhas mas com 5 colunas.
Observamos que esta regra não funciona para matrizes de ordem diferente que 3.
det(In) = 1
det(N) = 0
det(A) = 0
det(At) = det(A)
det(B) = k det(A)
det(B) = kn det(A)
det(B) = - det(A)
8. Se A tem duas linhas (ou colunas) iguais, então:
det(A) = 0
det(A) = 0
10. Se uma linha (ou coluna) de A for múltipla de uma outra linha (ou coluna)
de A, então:
det(A) = 0
11. Ao fixar todas as linhas (ou colunas) de uma matriz exceto uma delas, o
determinante de A será uma função linear da linha (ou coluna) não fixada
da matriz.
12. Ao multiplicar (ou dividir) uma linha (ou coluna) de uma matriz por um
número real k, o determinante da matriz será multiplicado (ou dividido) por
k.
Esta página trata sobre equações lineares e inicia mostrando uma aplicação de
matrizes e sistemas lineares. As equações lineares assim como os sistemas de
equações são muito utilizados no cotidiano das pessoas.
4 x1 + 5 x2 + 2 x3 = 42
3 x1 + 3 x2 + 2 x3 = 27
2 x1 + 2 x2 + 2 x3 = 33
Equação linear
onde
1. 4x+3y-2z=0
2. 2 x - 3 y + 0 z - w = -3
3. x1 - 2 x2 + 5 x3 = 1
4. 4i x + 3 y - 2 z = 2-5i
1. 3 x + 3y R[x] = -4
2. x2 + y2 = 9
3. x+2y-3zw=0
4. x2 + y2 = -9
se trocarmos cada xi por ri na equação e este fato implicar que o membro da esquerda
é identicamente igual ao membro da direita, isto é:
onde
2x + y = 4
x + 3y = 2
x + 5y = 2
Sistema com uma única solução: As equações lineares abaixo representam duas retas
no plano cartesiano que têm o ponto (3,-2) como interseção.
x + 2y = -1
2x - y = 8
4x + 2y = 100
8x + 4y = 200
Sistema que não tem solução: As equações lineares representam retas paralelas no
plano cartesiano, logo, não existem pontos que pertençam às duas retas.
x + 3y = 4
x + 3y = 5
Sistemas equivalentes
3x + 6y = 42 1x + 2y = 14
S1 S2
2x - 4y = 12 1x - 2y = 6
Existem três tipos de operações elementares que podem ser realizadas sobre um
sistema linear de equações de forma a transformá-lo em um outro sistema equivalente
mais simples que o anterior. Na sequência trabalharemos com um exemplo para
mostrar como funcionam essas operações elementares sobre linhas. O segundo
sistema (o que aparece à direita) já mostra o resultado da ação da operação
elementar. Nas linhas iniciais de cada tabela, você encontra a operação que foi
realizada.
1. Troca de posição de duas equações do sistema
Com o auxílio das três Operações Elementares sobre linhas, podemos resolver
sistemas lineares. Vamos mostrar como funciona este processo através de um
exemplo.
3x + y + z = 20
2x - y - z = -15
-4x + y -5z = -41
Observação: Usamos Li+Lj->Lj para indicar a soma da linha i com a linha j com o
resultado na linha j. Usamos k Li->Li, para indicar que multiplicamos a linha i pela
constante k e o resultado ficou na linha i.
Passo 1: L1-L2->L1
3x + 1y + 1z = 20 1x + 2y + 2z = 35
2x - 1y - 1z = -15 ~ 2x-1y-1z=-15
-4x+1y-5z=-41 -4x+1y-5z=-41
Passo 2: L2-2.L1->L2
1x + 2y + 2z = 35 1x+2y+2z=35
2x - 1y - 1z = -15 ~ 0x - 5y - 5z = -85
-4x+1y-5z=-41 -4x+1y-5z=-41
Passo 3: L3+4.L1->L3
1x + 2y + 2z = 35 1x+2y+2z=35
0x-5y-5z=-85 ~ 0x-5y-5z=-85
-4x + 1y - 5z = -41 0x + 9y + 3z = 99
Passo 4:(-1/5)L2->L2,(1/3)L3->L3
1x+2y+2z=35 1x+2y+2z=35
0x - 5y - 5z = -85 ~ 0x + 1y + 1z = 17
0x + 9y + 3z = 99 0x + 3y + 1z = 33
Passo 5: L3-3.L2->L3
1x+2y+2z=35 1x+2y+2z=35
0x + 1y + 1z = 17 ~ 0x+1y+1z=17
0x + 3y + 1z = 33 0x + 0y - 2z = -18
Passo 6: (-1/2)L3->L3
1x+2y+2z=35 1x+2y+2z=35
0x+1y+1z=17 ~ 0x+1y+1z=17
0x + 0y - 2z = -18 0x + 0y + 1z = 9
Passo 7: L2-L3->L2
1x+2y+2z=35 1x+2y+2z=35
0x + 1y + 1z = 17 ~ 0x + 1y + 0z = 8
0x + 0y + 1z = 9 0x+0y+1z=9
Passo 8: L1-2.L2-2.L3->L1
1x + 2y + 2z = 35 1x + 0y + 0z = 1
0x + 1y + 0z = 8 ~ 0x+1y+0z=8
0x + 0y + 1z = 9 0x+0y+1z=9
2x - y + 3z = 0
4x + 2y - z = 0
x - y + 2z = 0
Regra de Cramer
Matriz Aumentada
a11 a12 ... a1j ... a1n b1
a21 a22 ... a2j ... a2n b2
... ... ... ... ... ...
an1 an2 ... anj ... ann bn
Matriz da incógnita xj
a11 a12 ... b1 ... a1n
a21 a22 ... b2 ... a2n
... ... ... ... ... ...
an1 an2 ... bn ... ann
Quando as posições j=1,2,3 estão relacionadas com x1, x2 e x3 e substituídas pelas
incógnitas x, y e z, é comum escrever Ax, Ay e Az.
xj = det(Aj) / det(A)
2x + 3y + 4z = 27
1x - 2y + 3z = 15
3x + 1y + 7z = 40
2 3 4 2 3 4 27
1 -2 3 1 -2 3 15
3 1 7 3 1 7 40
2 3 27
1 -2 15
3 1 40
2x + 3y + 4z = 27
1x - 2y + 3z = 15
3x + 1y + 7z = 42
2 3 4 2 3 4 27
1 -2 3 1 -2 3 15
3 1 7 3 1 7 42
Aqui, tanto det(A)=0 como todos os determinantes das sub-matrizes 3×3 da matriz
aumentada são nulos, então o sistema é possível e indeterminado. Neste caso,
observamos que a última linha é a soma das duas primeiras e como estas duas
primeiras dependem de x, y e z, você poderá encontrar as soluções, por exemplo, de x
e y em função de z.
2x + 3y + 4z = 27
1x - 2y + 3z = 15
3x + 1y + 6z = 40
2 3 4 27
1 -2 3 15
3 1 6 40
Como det(A)=7, o sistema admite uma única solução que depende dos determinantes
das matrizes Ax, Ay e Az, e tais matrizes são obtidas pela substituição 1a., 2a. e 3a.
colunas da matriz A pelos termos independentes das três equações, temos:
27 3 4 2 27 4 2 3 27
Ax= 15 -2 3 Ay= 1 15 3 Az= 1 -2 15
40 1 6 3 40 6 3 1 40
x = det(Ax)/det(A) = 65/7
y = det(Ay)/det(A) = 1/7
z = det(Az)/det(A) = 14/7
Geometria plana
A Geometria permite que façamos uso dos conceitos elementares para construir
outros objetos mais complexos como: pontos especiais, retas especiais, planos dos
mais variados tipos, ângulos, médias, centros de gravidade de objetos, etc.
Algumas definições
Polígono: É uma figura plana formada por três ou mais segmentos de reta que se
intersectam dois a dois. Os segmentos de reta são denominados lados do polígono.Os
pontos de intersecção são denominados vértices do polígono. A região interior ao
polígono é muitas vezes tratada como se fosse o próprio polígono
Polígono não convexo: Um polígono é dito não convexo se dados dois pontos do
polígono, o segmento que tem estes pontos como extremidades, contiver pontos que
estão fora do polígono.
Segmentos congruentes: Dois segmentos ou ângulos são congruentes quando têm as
mesmas medidas.
Trapézio: Quadrilátero que só possui dois lados opostos paralelos com comprimentos
distintos, denominados base menor e base maior. Pode-se mostrar que o segmento
que liga os pontos médios dos lados não paralelos de um trapézio é paralelo às bases
e o seu comprimento é a média aritmética das somas das medidas das bases maior e
menor do trapézio.
Trapézio isósceles: Trapézio cujos lados não paralelos são congruentes. Neste caso,
existem dois ângulos congruentes e dois lados congruentes. Este quadrilátero é obtido
pela retirada de um triângulo isósceles menor superior (amarelo) do triângulo isósceles
maior.
Neste caso, pode-se mostrar que as diagonais são perpendiculares e que os ângulos
opostos ligados pela diagonal menor são congruentes.
(Eq1) v² + w² = 49
(Eq2) (v-u)² + w² = 36
v = (u + 13/u)/2
w' = R[170-169/u²-u²]/2
w" = -R[170-169/u²-u²]/2
u4 -149 u² + 589 = 0
x² -149 x + 589 = 0
u1=12.0389427, u2=-12.0389427,
u3 = 2.01590146, u4=-2.01590146
Em princípio, eu esperava obter apenas uma solução com u positivo!
Para cada resposta obtida para u, obtemos valores correspondentes para v e para w,
assim temos quatro respostas:
[u2,v2,w2]=[-12.03894270,-6.559385873,2.444270230]
[u4,v4,w4]=[ -2.01590146,-4.232314683,5.575617670]
Usando um pouco a imaginação, é possível observar que existem também dois outros
triângulos simétricos em relação ao eixo horizontal com as mesmas propriedades. A
única diferença é que as coordenadas de w devem mudar de sinal.
A(maior) = 62.75919017
A(menor) = 1,759702435.
Procedimento:
AD AC P
= =
sen(20) sen(140) sen(140)
b sen(50)
CE =
sen(70)
p p
AD = =
2 cos(20) 2 sen(70)
AB p
=
sen(30) sen(130)
p
AB =
2 sen(50)
CE BC
=
sen(50) sen(110)
8. Como os ângulos CBF e CFB têm medidas iguais a 50, o triângulo BCF é
isósceles, assim m(BC)=b.
9. Como sen(110)=sen(70), segue que:
CE b
=
sen(50) sen(70)
b sen(50)
CE =
sen(70)
p p
AD = e AB =
2 sen(70) 2 sen(50)
AD CE CE
= =
AB b BC
13. A última proporção garante que os segmentos
AD e AB são proporcionais aos segmentos CE e
BC, pois formam o ângulo de BAD de 20 graus
no triângulo BAD e o ângulo BCE de 20 no
triângulo BCE, garantindo que os triângulos ABD
e CBE são semelhantes. Como m(CBE)=50 e
m(ABD)=y e como os ângulos CBE e ABD são
congruentes, segue que y=50 graus. Logo, o
ângulo ADB mede 110 e o ângulo BDC mede 30,
o que garante que o ângulo BDF mede 70 graus.
A importância da circunferência
Circunferência e círculo
Pontos interiores: Os pontos interiores de um círculo são os pontos do círculo que não
estão na circunferência.
Raio: Raio de uma circunferência (ou de um círculo) é um segmento de reta com uma
extremidade no centro da circunferência e a outra extremidade num ponto qualquer da
circunferência. Na figura, os segmentos de reta OA, OB e OC são raios.
Diâmetro: Diâmetro de uma circunferência (ou de um círculo) é uma corda que passa
pelo centro da circunferência. Observamos que o diâmetro é a maior corda da
circunferência. Na figura, o segmento de reta AC é um diâmetro.
Posições relativas de uma reta e uma circunferência
Reta secante: Uma reta é secante a uma circunferência se essa reta intercepta a
circunferência em dois pontos quaisquer, podemos dizer também que é a reta que
contém uma corda.
Reta tangente: Uma reta tangente a uma circunferência é uma reta que intercepta a
circunferência em um único ponto P. Este ponto é conhecido como ponto de tangência
ou ponto de contato. Na figura ao lado, o ponto P é o ponto de tangência e a reta que
passa pelos pontos E e F é uma reta tangente à circunferência.
Observações:
2. Tangentes e secantes são nomes de retas, mas também são usados para
denotar segmentos de retas ou semi-retas. Por exemplo, "A tangente PQ"
pode significar a reta tangente à circunferência que passa pelos pontos P e
Q mas também pode ser o segmento de reta tangente à circunferência que
liga os pontos P e Q. Do mesmo modo, a "secante AC" pode significar a reta
que contém a corda BC e também pode ser o segmento de reta ligando o
ponto A ao ponto C.
Reta tangente comum: Uma reta que é tangente a duas circunferências ao mesmo
tempo é denominada uma tangente comum. Há duas possíveis retas tangentes
comuns: a interna e a externa.
Ao traçar uma reta ligando os centros de duas circunferências no plano, esta reta
separa o plano em dois semi-planos. Se os pontos de tangência, um em cada
circunferência, estão no mesmo semi-plano, temos uma reta tangente comum externa.
Se os pontos de tangência, um em cada circunferência, estão em semi-planos
diferentes, temos uma reta tangente comum interna.
Circunferências secantes: são aquelas que possuem somente dois pontos distintos em
comum.
Polígonos circunscritos
Ângulo central: Em uma circunferência, o ângulo central é aquele cujo vértice coincide
com o centro da circunferência. Na figura, o ângulo a é um ângulo central. Se numa
circunferência de centro O, um ângulo central determina um arco AB, dizemos que AB
é o arco correspondente ao ângulo AÔB.
Arco menor: É um arco que reúne dois pontos da circunferência que não são extremos
de um diâmetro e todos os pontos da circunferência que estão dentro do ângulo
central cujos lados contém os dois pontos. Na figura, a linha vermelha indica o arco
menor AB ou arco menor ACB.
Arco maior: É um arco que liga dois pontos da circunferência que não são extremos de
um diâmetro e todos os pontos da circunferência que estão fora do ângulo central
cujos lados contém os dois pontos. Na figura a parte azul é o arco maior, o ponto D
está no arco maior ADB enquanto o ponto C não está no arco maior mas está no arco
menor AB, assim é frequentemente usado três letras para representar o arco maior.
Apenas esta última relação faz sentido para as duas últimas figuras
apresentadas.
Uma corda de uma circunferência é um segmento de reta que une dois pontos da
circunferência. Se os extremos de uma corda não são extremos de um diâmetro eles
são extremos de dois arcos de circunferência sendo um deles um arco menor e o
outro um arco maior. Quando não for especificada, a expressão arco de uma corda se
referirá ao arco menor e quanto ao arco maior sempre teremos que especificar.
Observações
 + Π= 180 graus
Ê + Ô = 180 graus
 + Ê + Î + Ô = 360 graus
Ângulos inscritos
Observação: Todo ângulo inscrito no arco capaz AB, com lados passando pelos
pontos A e B são congruentes e isto significa que, o segmento de reta AB é sempre
visto sob o mesmo ângulo de visão se o vértice deste ângulo está localizado no arco
capaz. Na figura abaixo à esquerda, os ângulos que passam por A e B e têm vértices
em V1, V2, V3, ..., são todos congruentes (a mesma medida).
(AP).(PB) = (CP).(PD)
Potência de ponto (1): A partir de um ponto fixo P dentro de uma circunferência, tem-
se que (PA).(PB) é constante qualquer que seja a corda AB passando por este ponto
P. Este produto (PA).(PB) é denominado a potência do ponto P em relação a esta
circunferência.
(PA).(PB)=(PC).(PD)
No desenho abaixo, o triângulo ABC é a reunião dos segmentos de reta AB, BC e AC.
A reunião de todos os pontos localizados no triângulo e também dentro do triângulo é
chamada uma região triangular. A região triangular ABC é limitada pelo triângulo ABC.
Os pontos dos lados do triângulo ABC bem como os pontos do interior do triângulo
ABC são pontos da região triangular.
Uma região poligonal pode ser decomposta em várias regiões triangulares e isto pode
ser feito de várias maneiras
Exemplo: A área da figura poligonal ABCDEFX pode ser obtida pela decomposição da
região poligonal em regiões triangulares.
Após isto, realizamos as somas dessas áreas triangulares.
Área(ABCDEFX)=área(XAB)+área(XBC)+...+área(XEF)
Unidade de área
Para a unidade de medida de área, traçamos um quadrado cujo lado tem uma unidade
de comprimento.
Área do retângulo
A área do retângulo ABCD é a soma das áreas destes seis quadrados. O número de
unidades de área do retângulo coincide com o obtido pelo produto do número de
unidades do comprimento da base AB pelo número de unidades da altura BC.
O lado do retângulo pode ser visto como a base e o lado adjacente como a altura,
assim, a área A do retângulo é o produto da medida da base b pela medida da altura
h.
A=b×h
Área do quadrado
Esta é a razão pela qual a segunda potência do número x, indicada por x², tem o nome
de quadrado de x e a área A do quadrado é obtida pelo quadrado da medida do lado x.
A = x²
A = b×h
A = (8u)x(5u) = 40u²
A = b×h
A = (1,20m)×(2m) = 2,40m²
A = b×h
A = (120cm)×(200cm) = 24000cm²
Área do paralelogramo
Qualquer lado do paralelogramo pode ser tomado como sua base e a altura
correspondente é o segmento perpendicular à reta que contém a base até o ponto
onde esta reta intercepta o lado oposto do paralelogramo.
Área do triângulo
Exemplo: Mostraremos que a área do triângulo equilátero cujo lado mede s é dada por
A=s²R[3]/2, onde R[z] denota a raiz quadrada de z>0. Realmente, com o Teorema de
Pitágoras, escrevemos h²=s²-(s/2)² para obter h²=(3/4)s² garantindo que h=R[3]s/2.
Como a área de um triângulo é dada por A=b.h/2, então segue que:
Área de ABC a² b² c²
= = =
Área de RST r² s² t²
Área do losango
Área do trapézio
Em um trapézio existe uma base menor de medida b1, uma base maior de medida b2
e uma altura com medida h.
A área A do trapézio é o produto da média aritmética entre as medidas das bases pela
medida da altura, isto é, A=(b1+b2).h/2.
Polígonos regulares
Assim, a fórmula para o cálculo da área da região poligonal regular será dada pela
metade do produto da medida do apótema a pelo perímetro P, isto é:
A = a × Perímetro / 2
Área de ABCDE... s² t²
= =
Área de A'B'C'D'E'... (s')² (t')²
Nas figuras abaixo, temos três regiões poligonais regulares inscritas em círculos
congruentes.
Neste trabalho não é possível apresentar uma definição precisa de limite e sem ela
não podemos construir uma expressão matemática para o cálculo do perímetro ou da
área de uma região poligonal regular inscrita num círculo.
Área do círculo é o valor limite da sequência das áreas das regiões poligonais
regulares inscritas no círculo quando o número n de lados das poligonais aumenta
arbitrariamente.
A1 D1 r1
= =
A2 D2 r2
= 3,1415926536....
Área do círculo
Área de um círculo de raio r é o limite das áreas das regiões poligonais regulares
inscritas no mesmo. Nesse caso, o diâmetro D=2r. As fórmulas para a área do círculo
são:
Área = r² = ¼ D²
Proporção com áreas: Sejam dois círculos de raios, respectivamente, iguais a r1 e r2,
áreas A1 e A2 e diâmetros D1 e D2. A razão entre as áreas desses dois círculos é a
mesma que a razão entre os quadrados de seus raios ou os quadrados de seus
diâmetros.
A1 (D1)² (r1)²
= =
A2 (D2)² (r2)²
Arcos
A idéia aqui é tomar um número n bastante grande para que cada segmento seja
pequeno e as medidas dos arcos sejam aproximadamente iguais às medidas dos
segmentos.
Perímetro da circunferência = 2 r
Tais fórmulas podem ser justificadas pelas seguintes regras de três simples e diretas.
Se o ângulo relativo ao arco AB mede m graus, obtemos:
logo
2 Pi rad ……… 2 Pi r
assim
Setor circular
Setor circular é uma região limitada por dois raios e um arco do círculo.
Basta usar regras de três simples e diretas. Se o ângulo relativo ao arco AB mede m
graus, obtemos:
assim
Segmento circular
Segmento circular é uma região limitada por uma corda e um arco do círculo. Na figura
abaixo, existem dois segmentos circulares: o segmento ACB e o segmento ADB.
A área do segmento ACB pode ser obtida subtraindo a área do triângulo AOB da área
do setor OACB.
A área do segmento ADB pode ser obtida subtraindo a área do segmento ACB da área
do círculo ou somando a área do triângulo AOB à área do setor OADB.
Detalhes sobre o cálculo de Pi: De modo análogo ao resultado obtido através do limite
de polígonos regulares inscritos também podemos aproximar o perímetro e a área do
círculo de raio r, pelo valor limite de polígonos regulares circunscritos no círculo
quando o número de lados desse cresce arbitrariamente.
Tais relações estão na tabela com dados sobre o polígono regular dado:
Observe na tabela que quanto maior o número de lados de cada polígono mais dígitos
decimais coincidem para obter o valor do número Pi, tanto para os polígonos inscritos
como para os circunscritos. Com um polígono de 1024 lados, praticamente temos 4
algarismos exatos.
Outra forma (lenta) para obter o número Pi, é:
Eixos coordenados
Como:
então
O ponto médio é obtido com o uso da média aritmética, uma vez para as abscissas e
outra vez para as ordenadas.
G=((x1+x2+x3)/3, (y1+y2+y3)/3 )
Coeficiente angular de uma reta: Dados os pontos P1=(x1,y1) e P2=(x2,y2), com x1 x2,
o coeficiente angular k da reta que passa por estes pontos é o número real
Significado geométrico do coeficiente angular: O coeficiente angular de uma reta é o
valor da tangente do ângulo alfa que a reta faz com o eixo das abscissas.
Declividade de uma reta: A declividade indica o grau de inclinação de uma reta. O fato
do coeficiente angular ser maior que outro indica que a reta associada a este
coeficiente cresce mais rapidamente que a outra reta. Se um coeficiente angular é
negativo e o módulo deste é maior que o módulo de outro coeficiente, temos que a
reta associada ao mesmo decresce mais rapidamente que a outra.
Coeficiente linear de uma reta: é a ordenada (altura) w do ponto (0,w) onde a reta
cortou o eixo das ordenadas.
Retas horizontais e verticais: Se uma reta é vertical ela não possui coeficiente linear e
coeficiente angular. Assim, a reta é indicada apenas por x=a, a abscissa do ponto
onde a reta cortou o eixo OX.
Se uma reta é horizontal, o seu coeficiente angular é nulo e a equação desta reta é
dada por y=b, ordenada do ponto onde está reta corta o eixo OY.
y=kx+w
Exemplos
Reta que passa por um ponto e tem coeficiente angular dado: Uma reta que passa por
um ponto P=(xo,yo) e tem coeficiente angular k, é dada por:
y - yo = k (x - xo)
Exemplos
1. Se P=(1,5) pertence a uma reta que tem coeficiente angular k=8, então a
equação da reta é y=8(x-1)+5.
2. Se uma reta passa pela origem e tem coeficiente angular k= -1, então a sua
equação é dada por: y=-x.
Reta que passa por dois pontos: Se dois pontos (x1,y1) e (x2,y2) não estão alinhados
verticalmente, podemos obter a equação da reta que passa por estes pontos com:
Retas paralelas e perpendiculares
Retas paralelas: Duas retas no plano são paralelas se ambas são verticais ou se têm
os mesmos coeficientes angulares.
Exemplos
Exemplos
Toda reta no plano cartesiano pode ser escrita pela sua equação geral:
ax+by+c=0
Exemplos
A distância d=d(P,r) do ponto P à reta r pode ser obtida pela fórmula abaixo:
Dado um ponto (x1,y1) localizado fora de uma reta que passa pelos pontos (x2,y2) e
(x3,y3), pode-se calcular a área do triângulo cujos vértices são estes três pontos,
bastando para isto determinar a medida da base do triângulo que é a distância entre
(x2,y2) e (x3,y3) e a altura do triângulo que é a distância de (x1,y1) à reta que contém os
outros dois pontos.
Colinearidade de 3 pontos no plano: Três pontos no plano, (x1,y1), (x2,y2) e (x3,y3) são
colineares se pertencem à mesma reta.
Um processo simples sugere que estes três pontos formem um triângulo de área nula,
assim basta verificar que o determinante da matriz abaixo deve ser nulo.
Circunferência no plano
(x - a)2 + (y - b)2 = r2
(x - 2)2 + (y - 3)2 = 82
x2 + y2 = r2
x2 + y2 + A x + B y + C = 0
x2 + y2 - 4x - 6y - 51 = 0
Exemplo: A circunferência centrada em (3,5) que passa em (8,16) tem raio tal que:
Equação da circunferência que passa por 3 pontos: Quando conhecemos três pontos
da circunferência, podemos utilizar a equação geral da circunferência para obter os
coeficientes A, B e C através de um sistema linear com 3 equações e 3 incógnitas.
Exemplo: Seja uma circunferência que passa pelos pontos (2,1), (1,4) e (-3,2). Dessa
forma, utilizando a equação geral da circunferência:
x2 + y2 + A x + B y + C = 0
-2 A + 1 B + 1 C = -5
1A+4B+1C= 5
-3 A + 2 B + 1 C = 13
A= ,B= ,C=
x2 + y2 + ( )x + ( )y + ( ) = 0
Muitos confundem os nomes das linhas que envolvem regiões planas com as próprias
regiões. Iremos colorir algumas regiões fechadas para dar mais destaque às curvas
que as contém, que são as relações matemáticas.
Circunferência e Elipse
Parábola e Hipérbole
Seções cônicas
Se o plano for :
Nome Equação
-------------- -------------
Ponto x²+y²=0
Reta y=kx+w
Parábola y=ax²+bx+c
Circunferência x²+y²=r²
Elipse x²/a²+y²/b²=1
Hipérbole x²/a²-y²/b²=1
A = R[p(p-a)(p-b)(p-c)]
Tomando h como a medida da altura do triângulo, relativa ao lado a, segue que a área
da região triangular será dada por A=a.h/2. Temos a formação de mais dois pequenos
triângulos retângulos e com eles, podemos extrair as três relações:
assim
m+n=a
m - n = (b²-c²)/a
m = (a²+b²-c²)/2a
n = (a²+c²-b²)/2a
4a²h² = 4a²(b²-m²)
= 4a²(b+m)(b-m)
= 4a²[b+(a²+b²-c²)/2ab)][b-(a²+b²-c²)/2ab)]
= (2ab+a²+b²-c²)(2ab-a²-b²+c²)
= [(a+b)²-c²][c²-(a-b)²]
= (a+b+c)(a+b-c)(a+c-b)(b+c-a)
= 2p.2(p-a).2(p-b).2(p-c)
= 16p(p-a)(p-b)(p-c)
A² = (1/4)a² h² = p(p-a)(p-b)(p-c)
A = R[p(p-a)(p-b)(p-c)]
Exemplo: Para obter a área da região triangular cujos lados medem 35cm, 45cm e
50cm, basta tomar a=35, b=45, c=50, para obter 2p=35+45+50 e desse modo segue
que p=65. Assim:
Definição de vetor
Exemplo: Se um vetor v tem origem em (1,2) e extremidade em (7,12), ele é dado por
v=(6,10), pois:
v = (7,12)-(1,2) = (6,10)
v = (a,b)
v + w = (a+c,b+d)
v+w=w+v
u + (v + w) = (u + v) + w
4. Elemento neutro: Existe um vetor Ø=(0,0) em R² tal que para todo vetor u de
R², se tem:
Ø+u=u
5. Elemento oposto: Para cada vetor v de R², existe um vetor -v em R² tal que:
v + (-v) = Ø
Aplicações geométricas
Diferença de vetores
v-w = (a-c,b-d)
k.v = (ka,kb)
1. 1v=v
2. (ab) v = a (b v) = b (a v)
3. Se a v = b v e v é um vetor não nulo, então a = b.
4. a (v + w) = a v + a w
5. (a + b) v = a v + b v
Observações
1. Existem dois vetores unitários, que formam a base canônica para o espaço
R², dados por:
i=(1,0) e j=(0,1)
v=ai+bj
Exercício: Qual é a projeção vertical do vetor v=(3,4)? Qual é o módulo deste vetor?
Esboce um gráfico desta situação no plano R².
Produto escalar
Exercício: Faça um gráfico em R², com muito cuidado nas medidas e mostre as
posições dos vetores v e w do último exemplo.
1. v.w = w.v
2. v.v = |v| |v| = |v|²
3. u.(v+w) = u.v + u.w
4. (kv).w = v.(kw) = k(v.w)
5. |kv| = |k||v|
6. |u.v|<|u||v| (desigualdade de Schwarz)
7. |u+v|<|u|+|v| (desigualdade triangular)
Com ela, podemos obter o ângulo q entre dois vetores quaisquer v e w, pois:
desde que nenhum dos vetores seja nulo. Neste caso 0<q<pi=3,1416...
Exercício: Faça uma análise quando q=0, q=pi/2 e q=pi. Determine o ângulo entre os
vetores v=(1,0) e w=(1,1). Nunca se esqueça de construir gráficos com esses objetos
vetoriais.
Vetores ortogonais
v.w = 0
Exercício: Dado o vetor v=(3,7), obtenha pelo menos dois vetores do plano que sejam
ortogonais a v. Construa geometricamente estes vetores.
Vetores paralelos
Dois vetores v e w são paralelos se existe uma constante real k diferente de zero, tal
que:
v=kw
Exercício: Obter pelo menos dois vetores do plano que sejam paralelos ao vetor
v=(3,7). Construa geometricamente estes vetores.
Geometria espacial
Planos e retas
Retas paralelas: Duas retas são paralelas se elas não possuem interseção e estão em
um mesmo plano.
Retas concorrentes: Duas retas são concorrentes se elas têm um ponto em comum.
As retas perpendiculares são retas concorrentes que formam entre si um ângulo reto.
Retas reversas: Duas retas são ditas reversas quando uma não tem interseção com a
outra e elas não são paralelas. Isto significa que elas estão em planos diferentes.
Pode-se pensar de uma reta r desenhada no chão de uma casa e uma reta s, não
paralela a r, desenhada no teto dessa mesma casa.
Posições de pontos, retas e planos
Um plano no espaço R3 pode ser determinado por qualquer uma das situações:
Reta paralela a um plano: Uma reta r é paralela a um plano no espaço R3, se existe
uma reta s inteiramente contida no plano que é paralela à reta dada.
4. Ângulo diedral: É ângulo formado por dois planos concorrentes. Para obter
o ângulo diedral, basta tomar o ângulo formado por quaisquer duas retas
perpendiculares aos planos concorrentes.
5. Planos normais são aqueles cujo ângulo diedral é um ângulo reto (90
graus).
O que é espaço?
"Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou
preparar-vos lugar."
João 14:2, A Bíblia Sagrada
Uma primeira tentativa para explicar isto, é dizer que é tudo o que nos envolve e é o
local onde podemos nos mover para a frente, para o lado e para cima.
Quando afirmamos que vamos andar para a frente, para o lado e para cima, devemos
quantificar e identificar o quanto iremos nos deslocar nestas direções, logo
necessitamos conhecer uma origem para o sistema e identificar este ponto como
(0,0,0) pois esperamos que ele esteja localizado a uma distância num ponto de
referência para todos os outros pontos.
P=(x,y,z)
Vamos considerar agora um mundo plano onde os pontos são indicados por P=(x,y).
No sistema bidimensional a medida x recebe o nome de abscissa e a medida y recebe
o nome de ordenada.
Existe um sistema que considera uma linha básica horizontal de referência, por
exemplo, o Eixo OX indicado positivamente e outra forma de indicar um ponto P=(x,y).
Consideremos que a distância da origem O=(0,0) ao ponto P=(x,y) seja indicada por r
e que o ângulo formado entre o segmento OP e o Eixo OX indicado positivamente seja
indicado por t. Neste caso o ângulo deverá ser um parâmetro tal que 0<t<2Pi. Assim,
um ponto será indicado por
P=(r,t)
onde
r = (x2+y2)½, e t = arctan(y/x)
P=(5, 36.87)
Este sistema considera duas linhas básicas que passam pela origem O=(0,0,0), uma
linha de referência no plano do chão como o Eixo OX indicado positivamente, uma
outra linha de referência como o Eixo OZ e o ângulo indicado por t e formado pela
projeção no plano do chão do segmento OP e o Eixo OX indicado positivamente. O
ângulo deverá ser um parâmetro tal que 0<t<2Pi. Assim, um ponto P=(x,y,z) será
indicado por
P=(r,t,z)
Observamos que este sistema é uma mera ampliação das coordenadas polares,
mantendo a mesma coordenada z, conhecida na literatura como a cota z.
A idéia básica para indicar um ponto neste
sistema é construir um cilindro circular reto
com o centro na origem 0=(0,0,0) e que
passe exatamente pelo ponto P=(x,y,z). A
projeção deste ponto no plano do chão
que é indicada pelo plano z=0 é o ponto
Po=(x,y,0) e determinamos as
coordenadas polares do par ordenado
(x,y) considerado como um ponto de um
plano e não do espaço.
Este sistema considera o plano do chão (z=0) que passa pela origem O=(0,0,0)
contendo o Eixo OX orientado positivamente e o Eixo OZ orientado positivamente, que
é uma linha reta perpendicular ao plano do chão.
Neste sistema, o ponto P=(x,y,z) é indicado por três medidas: r a distância entre
O=(0,0,0) e o ponto P=(x,y,z), u o ângulo formado entre projeção no plano do chão do
segmento OP e o Eixo OX indicado positivamente e v o ângulo formado entre o
segmento OP e o Eixo OZ indicado positivamente.
Enquanto o ângulo u pode ser tal que 0<u<2Pi pois a projeção de OP sobre o plano do
chão pode dar uma volta completa, o ângulo v pertence ao intervalo 0<v<Pi, pois este
ângulo chega a ser no máximo um ângulo raso.
P=(r,u,v)
onde
P=(M,P,z)
O sistema cartesiano R4
Você já pensou que ao invés de estar num sistema tridimensional como dissemos
antes, talvez você esteja num sistema tetradimensional? Na verdade, vivemos num
sistema R4, pois são necessárias 4 coordenadas para indicar a posição relativa de um
objeto.
Para entender melhor, exija um sacrifício de uma pessoa e a coloque parada (se
possível, estática) às 12:00 h em um local de sua casa, que tomaremos como o ponto
(3,4,12). Você espera que esta pessoa seja a mesma pessoa às 13:00 h? É óbvio que
aconteceram modificações no comportamento da mesma, mesmo que você não tenha
observado.
Você acha que uma árvore plantada em um local por mais de 20 anos é a mesma a
cada instante? O corpo humano também é composto de átomos que se movem a uma
velocidade que não pode ser visualizada, assim, um corpo está em constante
movimento e dependendo dos estímulos recebidos das mais diversas fontes, terá
alteração, logo não será o mesmo de antes, nem mesmo 1 segundo depois!
inf = f(X,A,Co,Ca,E,I,D,E)
e é logico que esta função é bem construída e é consistente, no entanto você não
consegue desenhar o gráfico da mesma nesse ambiente tridimensional que você vive.
Isto indica que você está trabalhando em um sistema com as 8 coordenadas
(X,A,Co,Ca,E,I,D,E), logo o gráfico desta função deve estar em R9. Para obter
seriamente a inflação você precisa medir o comportamento de n (ou centenas de)
variáveis e não somente de poucas.
Isto não quer dizer que a inflação é uma função construída para enganar o povo. Na
verdade, o que deveria ser feito para obter a inflação é a consideração das principais
variáveis que causam esta alteração no Sistema Financeiro Nacional, mas uma coisa
é óbvia: O governo não leva em consideração os fatores que realmente distorcem o
processo inflacionário pois não considera nesses cálculos os fatores que geram tal
inflação mas somente alguns elementos da cesta básica que nada tem a ver com a
realidade nacional.
Com este exemplo, eu espero ter dado uma idéia sobre o significado do espaço Rn,
que é uma mera extensão dos espaços bidimensional e tridimensional, nossos velhos
conhecidos.
Observemos a passagem bíblica citada no início deste trabalho, que nos diz que
existem outros ambientes (espaços) que o senso de um homem comum é incapaz de
conceber.
Ha uma necessidade do ser humano alterar o seu comportamento para ver algo além
das coisas comuns desse mundo. Há muitas pessoas que olham para uma parede de
uma casa e não conseguem ver nada além dela. Você já se imaginou num quarto de
uma casa, pensando exatamente que estivesse no quarto vizinho com todas as coisas
boas ou ruins que o mesmo possui? Será que você é daqueles que percorre o trajeto
de sua casa até o seu serviço sempre usando o mesmo caminho? Você já pensou que
na outra rua existem (coisas ruins e) coisas belas que você nunca percebeu porque
nunca passou por lá?
Exercícios de criatividade
Exercício para o governo: Tome a conta do Condomínio do local onde você mora, faça
uma medida mês a mês dos custos de cada ítem e monte uma função com várias
variáveis para determinar o custo mensal condomínio. Analise a variação entre dois
meses consecutivos e observe que a inflação de seu condomínio não tem
absolutamente nada a ver com a inflação do governo.
Existem outras formas cilíndricas diferentes das comuns, como por exemplo o cilindro
sinuzoidal obtido pela translação da função seno.
A construção de cilindros
A reta que contém o segmento AB é denominada geratriz e a curva que fica no plano
do "chão" é a diretriz.
1. Base: É a região plana contendo a curva diretriz e todo o seu interior. Num
cilindro existem duas bases.
2. Eixo: É o segmento de reta que liga os centros das bases do "cilindro".
3. Altura: A altura de um cilindro é a distância entre os dois planos paralelos
que contêm as bases do "cilindro".
4. Superfície Lateral: É o conjunto de todos os pontos do espaço, que não
estejam nas bases, obtidos pelo deslocamento paralelo da geratriz sempre
apoiada sobre a curva diretriz.
5. Superfície Total: É o conjunto de todos os pontos da superfície lateral
reunido com os pontos das bases do cilindro.
6. Área lateral: É a medida da superfície lateral do cilindro.
7. Área total: É a medida da superfície total do cilindro.
8. Seção meridiana de um cilindro: É uma região poligonal obtida pela
interseção de um plano vertical que passa pelo centro do cilindro com o
cilindro.
Mesmo que a diretriz não seja uma curva conhecida, ainda assim existem cilindros
obtidos quando a curva diretriz é formada por uma reunião de curvas simples. Por
exemplo, se a diretriz é uma curva retangular, temos uma situação patológica e o
cilindro recebe o nome especial de prisma.
V = A(base) h
V = pi r² h
Em um cilindro circular reto, a área lateral é dada por A(lateral)=2pi.r.h, onde r é o raio
da base e h é a altura do cilindro. A área total corresponde à soma da área lateral com
o dobro da área da base.
A(lateral) = 4 pi r²
A(base) = pi r²
A(total) = A(lateral) + 2 A(base) = 6 pi r²
Volume = A(base).h = pi r².2r = 2 pi r³
Exercício: Seja um cilindro circular reto de raio igual a 2cm e altura 3cm. Calcular a
área lateral, área total e o seu volume.
A(base) = pi.r² = pi.2² = 4 pi cm²
A(lateral) = 2.pi.r.h = 2.pi.2.3 = 12 pi cm²
A(total) = A(lateral) + 2 A(base) = 12pi + 8pi = 20 pi cm²
Volume = A(base).h = pi.r²h = pi.4.3 = 12 pi cm³
O conceito de cone
Considere uma região plana limitada por uma curva suave (sem quinas), fechada e um
ponto P fora desse plano.
Observação: Para efeito de aplicações, os cones mais importantes são os cones retos.
Em função das bases, os cones recebem nomes especiais. Por exemplo, um cone é
dito circular se a base é um círculo e é dito elíptico se a base é uma região elíptica.
Um cone circular reto é denominado cone de revolução por ser obtido pela rotação
(revolução) de um triângulo retângulo em torno de um de seus catetos
A seção meridiana do cone circular reto é a interseção do cone com um plano que
contem o eixo do cone. Na figura ao lado, a seção meridiana é a região triangular
limitada pelo triângulo isósceles VAB.
Em um cone circular reto, todas as geratrizes são congruentes entre si. Se g é a
medida da geratriz então, pelo Teorema de Pitágoras, temos uma relação notável no
cone: g²=h²+r², que pode ser "vista" na figura abaixo:
A Área Lateral de um cone circular reto pode ser obtida em função de g (medida da
geratriz) e r (raio da base do cone):
A(lateral) = pi.r.g
A Área total de um cone circular reto pode ser obtida em função de g (medida da
geratriz) e r (raio da base do cone):
Cones equiláteros
Um cone circular reto é um cone equilátero se a sua seção meridiana é uma região
triangular equilátera e neste caso a medida da geratriz é igual à medida do diâmetro
da base.
A(base) = pi r²
h=r
Como o volume do cone é obtido por 1/3 do produto da área da base pela altura,
então:
V = (1/3) pi r3
A(total) = 3 pi r²
Exercícios resolvidos
h = 10 R[3] cm
V = (1/3) pi.r²h
4. r = R[3] cm
h = 1cm
= (1/3).pi.3 = pi cm³
7. c = 12 m
Se
h(prisma) = 12
V(prisma) = 2×V(cone)
assim:
A 12 = (2/3)A h
h = 18 cm
Conceito de esfera
Embora não seja correto, muitas vezes necessitamos falar palavras que sejam
entendidas pela coletividade. De um ponto de vista mais cuidadoso, a esfera no
espaço R³ é um objeto matemático parametrizado por duas dimensões, o que significa
que podemos obter medidas de área e de comprimento mas o volume tem medida
nula. Há outras esferas, cada uma definida no seu respectivo espaço n-dimensional.
Um caso interessante é a esfera na reta unidimensional:
So = {x em R: x²=1} = {+1,-1}
S1 = { (x,y) em R²: x² + y² = 1 }
é conhecida por nós como uma circunferência de raio unitário centrada na origem do
plano cartesiano.
Aplicação: volumes de líquidos
A superfície esférica
S² = { (x,y,z) em R³: x² + y² + z² = 1 }
S³ = { (w,x,y,z) em R4: w² + x² + y² + z² = 1 }
Do ponto de vista prático, a esfera pode ser pensada como a película fina que envolve
um sólido esférico. Em uma melancia esférica, a esfera poderia ser considerada a
película verde (casca) que envolve a fruta.
Quando indicamos o raio da esfera pela letra R e o centro da esfera pelo ponto (0,0,0),
a equação da esfera é dada por:
x² + y² + z² = R²
e a relação matemática que define o disco esférico é o conjunto que contém a casca
reunido com o interior, isto é:
x² + y² + z² < R²
Quando indicamos o raio da esfera pela letra R e o centro da esfera pelo ponto
(xo,yo,zo), a equação da esfera é dada por:
e a relação matemática que define o disco esférico é o conjunto que contém a casca
reunido com o interior, isto é, o conjunto de todos os pontos (x,y,z) em R³ tal que:
Da forma como está definida, a esfera centrada na origem pode ser construída no
espaço euclidiano R³ de modo que o centro da mesma venha a coincidir com a origem
do sistema cartesiano R³, logo podemos fazer passar os eixos OX, OY e OZ, pelo
ponto (0,0,0).
Seccionando a esfera x²+y²+z²=R² com o plano z=0, obteremos duas superfícies
semelhantes: o hemisfério Norte ("boca para baixo") que é o conjunto de todos os
pontos da esfera onde a cota z é não negativa e o hemisfério Sul ("boca para cima")
que é o conjunto de todos os pontos da esfera onde a cota z não é positiva.
Se seccionarmos a esfera x²+y²+z²=R² por um plano vertical que passa em (0,0,0), por
exemplo, o plano x=0, teremos uma circunferência maximal C da esfera que é uma
circunferência contida na esfera cuja medida do raio coincide com a medida do raio da
esfera, construída no plano YZ e a equação desta circunferência será:
x=0, y² + z² = R2
sendo que esta circunferência intersecta o eixo OZ nos pontos de coordenadas (0,0,R)
e (0,0,-R). Existem infinitas circunferências maximais em uma esfera.
Consideremos uma "calota esférica" com altura h1 e raio da base r1 e retiremos desta
calota uma outra "calota esférica" com altura h2 e raio da base r2, de tal modo que os
planos das bases de ambas sejam paralelos. A região sólida determinada pela calota
maior menos a calota menor recebe o nome de segmento esférico com bases
paralelas.
No que segue, usaremos esfera tanto para o sólido como para a superfície, "calota
esférica" para o sólido envolvido pela calota esférica, a letra maiúscula R para
entender o raio da esfera sobre a qual estamos realizando os cálculos, V será o
volume, A(lateral) será a área lateral e e A(total) será a área total.
Estas fórmulas podem ser obtidas como aplicações do Cálculo Diferencial e Integral,
mas nós nos limitaremos a apresentar um processo matemático para a obtenção da
fórmula do cálculo do volume da "calota esférica" em função da altura da mesma.
Volume de uma calota no hemisfério sul
x² + y² + (z-R)² = R²
A altura da calota será indicada pela letra h e o plano que coincide com o nível do
líquido (cota) será indicado por z=h. A interseção entre a esfera e este plano é dado
pela circunferência
x² + y² = R² - (h-R)²
r² = R² - (h-R)² = h(2R-h)
0<m<R, 0<t<2Pi
A integral dupla que representa o volume da calota em função da altura h é dada por:
ou seja
Escrita em Coordenadas Polares, esta integral fica na forma:
ou seja:
e assim temos a fórmula para o cálculo do volume da calota esférica no hemisfério Sul
com a altura h no intervalo [0,R], dada por:
VC(h) = Pi h²(3R-h)/3
VC(d) = Pi d²(3R-d)/3
VC(h) = Pi (2R-h)²(R+h)/3
Para obter o volume ocupado pelo líquido, em função da altura, basta tomar o volume
total da região esférica e retirar o volume da calota vazia, para obter:
V(h) = Pi h²(3R-h)/3
V(h) = Pi h²(3R-h)/3
O conceito de pirâmide
Pirâmide regular reta é aquela que tem uma base poligonal regular e a projeção
ortogonal do vértice V sobre o plano da base coincide com o centro da base.
al aresta lateral
Às vezes podemos construir fórmulas para obter as áreas das superfícies que
envolvem um determinado sólido. Tal processo é conhecido como a planificação
desse sólido. Isto pode ser realizado se tomarmos o sólido de forma que a sua
superfície externa seja feita de papelão ou algum outro material.
No caso da pirâmide, a idéia é tomar uma tesoura e cortar (o papelão d)a pirâmide
exatamente sobre as arestas, depois reunimos as regiões obtidas num plano que pode
ser o plano de uma mesa.
As regiões planas obtidas são congruentes às faces laterais e também à base da
pirâmide.
Se considerarmos uma pirâmide regular cuja base tem n lados e indicarmos por
A(face) a área de uma face lateral da pirâmide, então a soma das áreas das faces
laterais recebe o nome de área lateral da pirâmide e pode ser obtida por:
A(lateral) = n A(face)
Exemplo: Seja a pirâmide quadrangular regular que está planificada na figura acima,
cuja aresta da base mede 6cm e cujo apótema mede 4cm.
A área total de uma pirâmide é a soma da área da base com a área lateral, isto é:
Concluímos que:
Exemplo: Um grupo de escoteiros quer obter a área total de suas barracas, as quais
têm forma piramidal quadrangular. Para isso, eles usam medidas escoteiras. Cada
dois passos de um escoteiro mede 1 metro. A barraca tem 4 passos escoteiros de lado
da base e 2 passos de apótema. Calcular a área da base, área lateral e a área total.
A(base) = 2.2 = 4 m²
A(lateral) = 4.2.1 = 8 m³
O volume de uma pirâmide pode ser obtido como um terço do produto da área da base
pela altura da pirâmide, isto é:
Assim:
V(seção) A(seção) h
= ·
V(base) A(piram) H
A(seção) h²
=
A(base) H²
Então:
V(seção) h³
=
V(base) H³
Exemplo: Uma pirâmide tem a altura medindo 9cm e volume igual a 108cm³. Qual é o
volume do tronco desta pirâmide, obtido pelo corte desta pirâmide por um plano
paralelo à base da mesma, sabendo-se que a altura do tronco da pirâmide é 3cm?
Como
V(pirMenor)/V(pirâmide) = h³/H³
V(pirMenor)/108 = 6³/9³
V(pirMenor) = 32
então
V(tronco)=V(pirâmide)-V(pirMenor)= 108cm³-2cm³ = 76 cm³
Poliedro
Poliedros convexos são aqueles cujos ângulos diedrais formados por planos
adjacentes têm medidas menores do que 180 graus. Outra definição: Dados quaisquer
dois pontos de um poliedro convexo, o segmento que tem esses pontos como
extremidades, deverá estar inteiramente contido no poliedro.
Poliedros regulares
Um poliedro é regular se todas as suas faces são regiões poligonais regulares com n
lados, o que significa que o mesmo número de arestas se encontram em cada vértice.
Ângulo diedral
F + V = A + 2, m=2A
Na tabela abaixo, você pode observar o cumprimento de tais relações para os cinco
(5) poliedros regulares convexos.
Áreas e volumes
Poliedro regular Área Volume
2
Tetraedro a R[3] (1/12) a³ R[2]
2
Hexaedro 6a a³
Octaedro 2 a2 R[3] (1/3) a³ R[2]
Dodecaedro 3a2 R{25+10·R[5]} (1/4) a³ (15+7·R[5])
Icosaedro 5a2 R[3] (5/12) a³ (3+R[5])
Nesta tabela, a notação R[z] significa a raiz quadrada de z>0.
Prisma
Seção reta (seção normal): É uma seção determinada por um plano perpendicular às
arestas laterais.
Planificação do prisma
Um prisma é um sólido formado por todos os pontos do espaço localizados dentro dos
planos que contêm as faces laterais e os planos das bases.
As faces laterais e as bases formam a envoltória deste sólido. Esta envoltória é uma
"superfície" que pode ser planificada no plano cartesiano. Tal planificação se realiza
como se cortássemos com uma tesoura esta envoltória exatamente sobre as arestas
para obter uma região plana formada por áreas congruentes às faces laterais e às
bases. A planificação é útil para facilitar os cálculos das áreas lateral e total.
Volume de um prisma
V(prisma) = A(base).h
A área lateral de um prisma reto que tem por base uma região poligonal regular de n
lados é dada pela soma das áreas das faces laterais. Como neste caso todas as áreas
das faces laterais são iguais, basta tomar a área lateral como:
Uma forma alternativa para obter a área lateral de um prisma reto tendo como base
um polígono regular de n lados é tomar P como o perímetro desse polígono e h como
a altura do prisma.
A(lateral) = P.h
Tronco de prisma
Quando seccionamos um prisma por um plano não paralelo aos planos das bases, a
região espacial localizada dentro do prisma, acima da base inferior e abaixo do plano
seccionante é denominado tronco de prisma. Para calcular o volume do tronco de
prisma, multiplicamos a média aritmética das arestas laterais do tronco de prisma pela
área da base.
Vetores no espaço R³
Existe uma estreita relação entre vetores no espaço R2 e no espaço R³. Na verdade, o
conceito de vetor geométrico nos espaços euclidianos é sempre realizado da mesma
forma, o que diferencia são as aplicações mais ricas que existem em R³.
Soma de vetores
Aplicações geométricas
v - w = (v1-w1,v2-w2,v3-w3)
Exercício: Dados v=(1,3,4) e w=(1,8,12), construir os vetores v, w, -v, -w, v+w e v-w.
k.v = (ka,kb,kc)
(E1) 1 v = v
(E2) (a b)v = a (b v) = b (a v)
(E4) k (v + w) = k v + k w
(E5) (a + b)v = a v + b v
v = (a,b,c) = a i + b j + c k
Para obter um versor de v, isto é, um vetor unitário com a mesma direção e sentido
que um vetor v, basta dividir o vetor v pelo seu módulo, isto é:
u = v / |v|
w=kv
As três projeções ortogonais do vetor v=(a,b,c) sobre os planos X=0, Y=0 e Z=0, são
respectivamente, dadas por:
Produto escalar
Exercício: Faça um gráfico, com muito cuidado nas medidas e mostre as posições dos
vetores v e w do último exemplo.
Propriedades do produto escalar
onde t é o ângulo formado pelos vetores v e w. Observamos que este ângulo pode ser
maior ou igual a zero, mas deve ser menor do que 180 graus (pi radianos). Com esta
última definição, podemos obter o ângulo t, através do cosseno deste argumento t.
Exercício: Realizar uma análise acerca do produto escalar de dois vetores, quando o
ângulo t é nulo, quando é reto e quando é raso.
Dois vetores v e w são ortogonais se o produto escalar entre ambos é nulo, isto é,
v.w=0.
Produto vetorial
u×v=
u×v= = (-3,6,-3)
Tomando i=(1,0,0) e j=(0,1,0), que estão no plano do z=0, o produto vetorial destes
dois vetores será v×w=(0,0,1) que é um vetor que está fora deste plano, daí a razão
deste produto ser denominado exterior.
(PV1) v × w = - w × v
(PV2) u × (v + w) = u × v + u × w
(PV3) k (v × w) = (k v) × w = v × (k w)
(PV4) i × i = j ×j = k × k = 0
(PV5) i × j = k, j × k = i, k × i = j
e isto significa que, com esta última definição de produto vetorial, podemos obter o
ângulo T entre dois vetores v e w, através de:
sen(t) = (v × w) / (|v|.|w|)
A(paralelogramo) = | v × w |
A(triângulo) = ½ | v × w |
Produto misto
[u,v,w] = u·(v×w) =