Apostila Armamento Tiro
Apostila Armamento Tiro
Apostila Armamento Tiro
CURSO DE FORMAÇÃO DE
AGENTE E ESCRIVÃO DE POLÍCIA
2008
ARMAMENTO E TIRO
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REGRAS DE SEGURANÇA
A maioria dos acidentes envolvendo armas de fogo ocorrem, normalmente, com pessoas
não credenciadas e não habilitadas para o manuseio das mesmas. Para assegurar a correta e segura
utilização de uma arma, deve-se compreender e seguir, cuidadosamente, algumas regras básicas de
segurança.
Tenha em mente o fato que acidentes envolvendo armas de fogo não acontecem por causa
delas.
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lisa
Quanto à alma do
destrógira
cano raiada
sinistrógira
extrínseca
pino lateral
Quanto à percussão
central
intrínseca
direta
radial
indireta
simples
tiro unitário
múltipla
Quanto ao
não automática
funcionamento
repetição semi-automática
automática
Armas de alma lisa - são aquelas cuja superfície interna do cano é totalmente lisa. Ex.:
espingardas
Armas de alma raiada - são aquelas cujo cano possui 'estriamento que se constitui de um número
equivalentes de sulcos (raias) e de cristas (cheios) de forma' helicoidal, alternada e paralelamente
dispostos com regularidade. Ex.: revólveres, pistolas: carabinas, metralhadoras, fuzis etc.
Destrógira é quando o sentido do raiamento é para a direita e Sinistrógira é quando o sentido do
raiamento é para esquerda.
Armas de retrocarga - são aquelas nas quais a munição é colocada na câmara de combustão.
Armas de antecarga - são aquelas cujo carregamento se faz pela extremidade anterior (boca do
cano).
Sistema de percussão extrínseca ocorre pelo fato da cápsula que contem a carga de ignição ser
uma peça isolada que se adapta a um pequeno tubo saliente, em comunicação com o interior da
câmara por um conduto (ouvido), sendo deflagrada por um percutor cuja extremidade é
conformada de sorte a cobrir perfeitamente a dita cápsula e comprimi-Ia contra as bordas do tubo.
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Sistema de percussão intrínseca - neste sistema a espoleta que é parte integrante do cartucho, é
detonada no interior do mesmo, após ser percutida por uma peça de ponta rombuda (percutor).
Percussão central - acontece nas armas nas quais o percutor atinge o centro da base dos cartuchos.
Percussão radial - acontece nas armas nas quais o percutor atinge a borda da base do cartucho
(culote).
Percussão direta - acontece nas armas nas quais o percutor ou percussor é preso diretamente ao
cão.
Percussão indireta - acontece nas armas as quais o percutor é embutido na arma e separado do
cão.
Armas de tiro unitário - são aquelas que comportam carga para um único tiro, devendo assim, ser
substituída esta carga, isto é, renovada para cada novo disparo, pelo atirador, manualmente.
Armas de repetição - são aquelas cujo carregamento se faz mecanicamente e que comportam
carga para vários tiros, podendo efetuar outros tantos disparos antes de ser necessário alimentá-las
novamente.
Semi-automática - são armas que aproveitam a força expansiva dos gases apenas para a auto-
alimentação, dependendo cada tiro de acionamento particular, pelo atirador, da tecla do gatilho.
Automática - são armas que também aproveitam a força dos gases para a auto-alimentação, mas
acionada pelo primeiro tiro, continuarão a atirar, consumindo a carga do carregador, enquanto não
for relaxada a pressão do dedo do atirador sobre a tecla do gatilho.
Controle a munição a fim de verificar se corresponde ao calibre nominal de sua arma. Cartuchos
com data de fabricação muito antigos ou recarregados, usados em revólveres, podem se tornar
perigosos, vindo a ocasionar, inclusive, a obstrução do cano ou um tiro ineficaz.
Com relação ao funcionamento, os revólveres Taurus possuem tambor com cinco, seis, sete, oito e
nove câmaras, girando para a esquerda em torno de um eixo central, o que permite a obtenção de
cinco, seis, sete, oito ou nove tiros, antes de um novo carregamento.
Quando o tambor está fechado, o revólver encontra-se pronto para atirar, desde que devidamente
municiado. Os tiros podem ser feitos em ação simples (engatilhamento prévio seguido do
acionamento do gatilho), ou em ação dupla (acionando diretamente o gatilho).
O engatilhamento do revólver tanto na ação simples quanto na dupla, faz o tambor girar alinhando
sucessivamente cada uma das câmaras com o cano. A cadência do tiro é limitada pela destreza do
atirador em recarregar o tambor e pela sua habilidade em apertar e acionar o gatilho.
Para carregar o tambor empurra-se o botão serrilhado com o polegar da mão direita e, ao mesmo
tempo, pressiona-se lateralmente o tambor, rebatendo-o à esquerda. Com o cano apontado para
baixo e mantendo o tambor aberto, introduzir os cartuchos nas câmaras. Uma vez efetuado o
carregamento deve-se fechar o tambor até que encaixe novamente na armação, verificando se esse
encaixe foi perfeito.
Para descarregar o tambor agir da mesma forma que para carregá-lo, mas após abri-lo, inclinar a
arma de modo que o cano fique para cima. Pressionando-se, a seguir, a vareta do extrator, os
estojos ou cartuchos serão desalojados das câmaras, deixando o tambor novamente em condições
de ser carregado.
FUNCIONAMENTO DA PISTOLA
As armas Taurus são projetadas e fabricadas para proporcionar o máximo de segurança, quando
corretamente usadas. Entretanto, podem se tornar perigosas quando não forem observadas as
recomendações básicas de segurança.
Para maior segurança no manejo, o usuário deve conhecer corretamente o funcionamento, tanto
nas pistolas, como nas submetralhadoras. Nas pistolas, para se proceder ao seu carregamento,
deve-se apertar o botão liberador do carregador e extrair o carregador. Introduzir, a seguir, os
cartuchos no carregador, comprimindo o fundo do cartucho, sobre o centro do carregador. O
transportador do mesmo vai se abaixando à medida que recebe a carga. A seguir, recolocar
novamente o carregador em seu alojamento, no punho, comprimindo-o até o travamento definitivo.
Com a introdução do carregador no punho contendo os cartuchos, a arma está alimentada. Puxar
para trás o ferrolho agarrando-o pelas suas superfícies serrilhadas, soltando-o bruscamente. O
ferrolho, ao voltar a posição inicial, apanha um cartucho no carregador e o introduz na câmara,
deixando o cão armado, em posição de tiro. A arma, nestas condições está carregada. Para
produzir o primeiro tiro é suficiente puxar o gatilho.
Diz-se que uma arma está alimentada quando, no seu carregador, foi colocada toda munição que
ela comporta; e estará carregada quando contiver, na câmara de combustão, o projétil e a carga de
projeção diretamente alinhados com o cano, em condições de serem imediatamente ativados pelo
disparo.
VISTA DESMONTADA
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Modelo: 940B
Calibre: .40 S&W
Capacidade: 10 +1
Comprimento: 3-5/8 "
Aportando: Não
Ação: DA/SA
Apertos: Borracha
Peso: 28.2 oz
Construção: Steel/Alloy
Viso dianteira: Fixo - 1 Ponto
Viso traseira: Fixo - 2 Pontos
Tipo de gatilho: Liso
Comprimento: 7 ''
Largura: 1.626 "
Altura: 5.200 "
Taxa de Torque: 1:16 "
Encaixes: 6
PT 24/7 .40
Calibre: .40
Nº de tiros: 15 + 1
Cano: 106,9 mm
Comprimento: 182,2 mm
Peso: 780g (descarregada)
Acabamento: Oxidado teneferizado
Corpo: Polímero
Calibre: .40
Cadência Aproximada:
1200 tiros/min
Vel. Inicial: 300 m/s
Cano: 200 mm
n° de raias: 06 à direita
Peso: 2.995 g (sem carregador) 3.705 g
(c/ carregador completo)
Coronha: dobrável para o lado direito ou
fixa (opcional
Cap. dos Carregadores:
30 cartuchos
PISTOLA X REVOLVER
Vantagens da Pistola
Vantagens do Revólver
1. Fácil manejo;
2. Fácil manutenção;
3. Fácil de verificar se está carregado;
4. Fácil identificação de defeitos;
5. Mais opções de projéteis e cartuchos;
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Aviso: se o cartucho não for corretamente introduzido no tubo, ele poderá deslizar para
dentro do mecanismo e por cima do transportador, bloqueando o mecanismo. Se isto ocorrer,
proceda da seguinte maneira:
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4. Para dispará-la, será necessário acionar o botão da trava da direita para a esquerda. A faixa
vermelha do botão da trava estará visível. A arma está pronta para ser disparada.
5. Pressione o gatilho e dispare a arma.
6. Recue a telha para ejetar o cartucho vazio.
7. Empurre a telha para frente para colocar novo cartucho na câmara.
8. Repita as operações descritas nos itens 5, 6 e 7 até que todos os cartuchos tenham sido
disparados.
9. Trave a arma quando interromper ou terminar a série de disparos.
Aviso: o tubo do depósito da arma somente poderá ser carregado com o ferrolho fechado e
trancado. O remuniciamento do depósito poderá ser completado independentemente do número de
cartuchos remanescentes.
III) Para descarregar a arma sem efetuar disparas e sem o auxílio do localizador esquerdo
longo, há dois procedimentos para efetuar o descarregamento:
Aviso: a operação descrita neste procedimento ejeta os cartuchos à longa distância, sendo
necessário direcionar a janela de ejeção para local onde possam ser recolhidos com facilidade.
A Pump CBC é a arma ideal para o uso de forças policiais, é insuperável em situações em que o
poder de intimidação, confiabilidade e qualidade são fundamentais.
Proporciona alto poder de fogo, rapidez de tiro, maior capacidade de cartuchos e facilidade de
acionamento, graças ao sistema por ação deslizante.
A Pump CBC é ainda uma arma bastante versátil, pois pode operar com os mais variados tipos de
cartuchos: os Cartuchos Magnum, os Cartuchos Anti-Distúrbio “Less Lethal” e os Cartuchos
Operacionais carregados com esferas de chumbo ou com Balote (projétil único).
Esse tipo de arma vem sendo adotado com pleno êxito pelas forças policiais de vários países.
MODELOS & INFORMAÇÕES TÉCNICAS
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CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
A Pump CBC não possui peças em plástico ou liga leve. Seus componentes principais –
receptáculo (que recebe os componentes do mecanismo) e o guarda-mato (que recebe os
componentes do mecanismo de disparo e travamento) são constituídos em aço, tornando-os mais
resistentes e duráveis quando comparados com armas de outros fabricantes.
A dupla corrediça proporciona ação deslizante de alimentação suave e confiabilidade de
acionamento, prevenindo o movimento de torção da telha na ejeção ou alimentação do cartucho.
A câmara é de 3” (76mm), podendo-se utilizar cartuchos de 2 ¾” (70mm) ou 3” (76mm)
alternadamente, o que a torna a Pump CBC uma arma bastante versátil.
• A coronha e telha são fabricadas com madeira de lei, tratada e seca em estufas especiais. A
coronha é equipada com soleira de borracha para amortecer o recuo. A telha possui ranhuras
transversais que dificultam o escorregamento da mão durante o disparo.
• O cano é fabricado pelo processo de martelamento a quente, a partir de aço especial.
• O comprimento do cano de 19” (que torna a arma exclusiva para venda às Forças Policiais) é
indicado para o uso em viaturas policiais e em outros locais de dimensões restritas,
principalmente na versão de coronha curta Pistol Grip, que permite maior agilidade de
manuseio em operações rápidas.
• O Choke da Pump CBC é cilíndrico, que propicia maior dispersão dos bagos de chumbo e
reduz seu alcance, ampliando as possibilidades de acerto. Essa característica diminui os riscos
para transeuntes que possam estar presentes durante a ação policial.
• A trava de segurança é do tipo botão transversal, localizado na parte traseira do guarda-mato.
Além de bloquear o gatilho, previne disparos acidentais caso a arma sofra uma queda.
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• A Espingarda Pump CBC é equipada com disjuntor que propicia maior segurança ao atirador.
O gatilho deve ser liberado após cada disparo, antes que o próximo tiro possa ser liberado. Essa
peça previne o disparo duplo.
• Esta arma possui também um localizador esquerdo longo, peça que permite o descarregamento
do depósito, sem a necessidade de acionar a telha sucessivamente. Em outras armas do mesmo
tipo, é necessário introduzir o cartucho na câmara depois de ejetá-lo, manobra que deve ser
repetida até o esvaziamento do depósito.
• Um completo manual de instrução operacional de segurança acompanha cada arma.
• Para garantia do atirador, mantemos uma rede de Assistências Técnicas Autorizadas CBC com
suprimento de peças originais de reposição.
A curta e média distâncias, mesmo quando usada em momentos de tensão, ela apresenta
vantagens em relação ao revólver e à pistola, que exigem maior habilidade por parte do atirador
para obter boa precisão. Usando a PUMP CBC 12, pode-se acertar, um alvo a 10 metros de
distância, com um único disparo, atingindo-o com centenas de esferas de chumbo.
Com revolver ou pistola, você só dá 1 tiro cada vez que E com a Pump CBC 12, o alvo fica inteiramente
aperta o gatilho. saturado com centenas de bagos.
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NOMENCLATURA – ARMAS
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Espingardas são armas de canos longos não raiados e destinadas a utilizar munições carregadas
com múltiplos bagos esféricos de chumbo de diâmetro adequado para o fim a que se destinam.
Para fins específicos, os cartuchos para espingarda podem ser carregados com projétil singular
(balote).
A CBC fabrica espingardas de repetição por ação de corrediça Pump Action - de acionamento
rápido, fácil e confiável, com câmara, para acomodar cartuchos de 3", 23/4" ou menores.
Mais que uma linha de armas, a Pump Action CBC representa um novo conceito que inclui não
somente uma arma poderosa, mas também a preocupação com suas diversas aplicações - desde o
uso por forças policiais até a defesa residencial, sem deixar de lado a prática esportiva e o lazer.
CARACTERÍSTICAS BENEFÍCIOS
Calibre 12 Grande Potência
Sistema Pump Action Acionamento fácil, suave e seguro e rápido
Duela corrediça de ação deslizante Alimentação suave e confiabilidade de acionamento
Capacidade 7+1 (cartuchos de 2 3/4") ou 8+1 Grande capacidade de fogo, ideal para uso Policial ou defesa
(cartuchos de 2") residencial
Capacidade 4+1 Menor peso, destinado ao tiro aos pratos
Cadeado / Trava Maior segurança. Evita o uso indevido
Comprimento da câmara de 3" Calça qualquer cartucho no calibre
Coronha tipo "Monte Carlo" Facilita a visada e consequentemente sua utilização para o esporte
Telha tipo "Rabo de Castor" Design atual, facilita a utilização por pessoas com braços curtos
Disjuntor Previne o tiro duplo
Localizador esquerdo longo Permite o rápido descarregamento
Banda Ventilada Dissipa a reverberação do calor do cano
Choke pleno Aumenta a concentração da chumbada
Choke cilíndrico Possibilita utilizar balotes com maior precisão
Chokes Intercambiáveis Versatilidade e melhor condição de tiro
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O Choke
O "Choke" é uma ligeira constrição do diâmetro do cano de uma espingarda próximo à sua boca.
A finalidade do "choke" é melhorar o agrupamento (rosada) do chumbo e/ou aumentar seu alcance
útil. Assim, um disparo em um alvo com 30" (762 mm) de diâmetro colocado a 40 jardas (36,6 m)
de distância da boca da arma, deverá conter cerca de 65/75% do número de bagos do cartucho
original se o "choke" for pleno, 45/55% se modificado, e 25/ 35% se cilíndrico. O gráfico desta
folha mostra os melhores intervalos de utilização para cada tipo de "choke".
O impacto das cargas de chumbo sobre o alvo utilizam “Choke” tipo cilíndrico, Modificado e Full
(Pleno).
Definindo, porém, o “Choke” é uma ligeira contrição no diâmetro interno do cano, junto a sua
boca, cuja finalidade é concentrar a chumbada. A sua correta utilização faz que a chumbada seja
melhor aproveitada, fazendo-a agrupar mais ou menos conforme a necessidade do atirador e a
distância dos alvos. Algumas espingardas têm “choke” intercambiáveis, outras não. O tipo de
choke utilizado na espingarda CBC modelo 586.2 é Cilíndrico, ou seja, pode ser aproveitado com
qualquer tipo de munição, até mesmo o balote slug.
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O PARAFAL, é uma versão do fuzil FAL M964 com coronha rebatível e atende a todos os
requisitos técnicos e operacionais estabelecidos pelo Exército Brasileiro. Por ser de dimensões e
pesos reduzidos, este armamento é ideal para emprego por tropas especiais e policiais.
O Fuzil Automático Leve - FAL é uma arma de aceitação internacional devido suas excepcionais
características, já comprovadas nas mais diversas condições de emprego. Foi projetada e fabricada
com objetivo de equipar o soldado com uma arma que tenha maneabilidade, segurança e
simplicidade de manutenção e operação.
M964 M964 MD1
Munição (mm) 7,62 x 51 7,62 x 51
Carregador 20 cartuchos 20 cartuchos
Comprimento (m) 1,10 0,99
Passo (pol) 12 12
Peso (g) 4500 4400
Coronha Rígida Rígida
Cano (m) 0,53 0,45
Semi-automático Semi-automático
Regime de tiro
Automático Automático
MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO
A arma permanecerá confiável por muitos anos desde que se tenha o cuidado necessário no que se
refere à limpeza e ao armazenamento, pois a manutenção preventiva conserva a arma em boas
condições de uso, sempre.
Para as condições normais de manutenção. os revólveres, por suas características de construção,
podem ser limpos e lubrificados sem a necessidade de qualquer desmontagem, ao contrário das
pistolas, espingardas e metralhadoras, nas quais a desmontagem parcial terá que acontecer para se
obter uma manutenção adequada.
Para a limpeza normal da arma não usada na prática do tiro ou guardada há algum tempo é
necessário esfregá-la com um pano (malha de algodão) ligeiramente embebido em óleo. Da mesma
forma, deve-se proceder com a parte interna do cano (alma). O excesso de óleo deve ser removido,
porém deve permanecer uma fina camada protetora. Também devem ser retiradas sujidades de
todas as fendas com urna escova pequena e limpa. Como sugestão, após a limpeza, a arma poderá
ser guardada dentro de um saco plástico limpo e seco.
Para a limpeza após o tiro é muito importante que se remova, com o uso de uma escova e um
solvente apropriado, todos os resíduos de pólvora do cano e demais áreas adjacentes que estejam
sujeitas àqueles resíduos. Caso se observe partículas de chumbo no cano, será necessário que se
escove o mesmo com uma escova de latão ou inox. Uma vez limpo, deve-se proceder à lubrificação
conforme referido anteriormente. Por ser o querosene um solvente muito ativo, seu uso não é
recomendado; este produto pode atacar o material da arma caso não seja perfeitamente neutralizado
com um óleo lubrificante.
Não devem ser usados óleos ou solventes em spray diretamente nas armas. Os jatos de óleo
poderão levar sujeiras para lugares de difícil acesso, dificultando a limpeza. Também é bom
ressaltar que algumas marcas de óleos em spray utilizam na sua composição alguns solventes muito
fortes e até água, podendo causar transformações no acabamento das armas.
Em relação ao armazenamento, deve ser ressaltado que para uma melhor conservação da arma e
para que a mesma se mantenha em perfeitas condições de uso é necessário que seja conservada
limpa e coberta por uma fina camada de óleo inibido r de corrosão, de boa procedência. Isto se faz
especialmente necessário em climas tropicais, bem como no caso de contato com mãos suadas ou
uso inadequado na cintura, sem coldre. Este deve ser preferencialmente de couro de boa qualidade
ou nylon.
A arma não deve ser guardada em contato com materiais que atraiam umidade ou que possuam um
certo grau de acidez. ou ainda em ambientes com grande variação de temperatura ou umidade.
Verifique a arma periodicamente para ter certeza que está em boas condições de uso. Caso encontre
alguma irregularidade, procure uma assistência técnica.
a) visitar casas especializadas, bem como freqüentar torneios de tiro para certificar-se de suas
preferências pessoais e necessidades;
c) determinar se a arma será de uso múltiplo (caça, tiro ao alvo e defesa) ou específico. Seguir a
orientação de um especialista e adquirir a arma em uma loja credenciada e de boa reputação;
h) comprar uma arma de marca conhecida e séria que ofereça assistência técnica em caso de
necessidade;
.22 - 6,35 - 7,65 - .32 - .380 - 9mm - .357 - .38 - .40 - .44 - .45
(.25auto) (.32auto)
40 - 36 - 32 - 28 - 24 - 20 - 16 – 12
Espingarda 40 - 36 - 32 - 28 - 24 - 20 - 1 6 - 12
VALIDADE DA MUNIÇÃO
• Toda munição adquirida deve ser utilizada num período de seis meses. Assim, você estará
constantemente testando sua arma e reciclando sua munição. Só desta forma você garante sua
segurança e adquire o autocontrole necessário.
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• Guarde sua munição somente em locais onde ela não seja afetada pela temperatura, umidade ou
pelo contato com óleos solventes ou lubrificantes. Estes fatores podem alterar a performance da
munição e até mesmo fazer com que ela não funcione.
• É importante também que deixe sua arma sempre limpa após o treinamento, tomando muito
cuidado para nunca lubrificar o tambor (no caso de revólveres) ou o carregador (no caso de
pistolas) quando estes estiverem municiados.
• Quando for comprar sua munição, exija sempre os blísters da CBC, a sua garantia de qualidade.
A vida útil de qualquer cartucho dependerá do sistema de fechamento, vedação e da qualidade dos
seus componentes. Como esses fatores são diferentes para cada tipo de cartucho, não se pode
estabelecer, em termos genéricos, a vida útil dos cartuchos sem levar em conta sua marca e sua
indústria fabricante.
Em alguns países, é obrigação funcional do policial, a substituição mensal dos cartuchos que usa
em sua arma de serviço. Ao fim de cada mês, o policial vai a uma linha de tiro, descarrega a arma,
atirando com os cartuchos que municiavam a mesma. Em outros países, essa operação obrigatória é
trimestral.
Para uma garantia de perfeito funcionamento, aconselha-se a substituição semestral dos cartuchos
que municiam diariamente a arma do policial.
Segundo informação que acompanhou o ofício número N/Ref.nº. 03/85, de 12.04.85, da CBC -
Companhia Brasileira de Cartuchos, a vida útil dos cartuchos marca CBC, armazenados em sua
embalagem original, é cerca de 5(cinco) anos. Isso se a munição for estocada em condições
adequadas, isto é, em local bem ventilado, protegido de raios diretos do sol, e à temperatura
ambiente normal (20-25ºC). Se a temperatura for mantida uniforme, ao redor de 20ºC, a vida útil
normal do cartucho pode ser prolongada de 3 a 4 vezes. A umidade relativa do ar ideal para a
conservação do cartucho é de 40 a 60%. Após cinco anos, inicia-se um processo lento de
decomposição da pólvora, resultando numa deterioração também lenta, mas progressiva, e
mudanças das características balísticas da munição.
3. ARMAZENAMENTO
Dentro de casa, um dos melhores lugares para guardar a munição é na prateleira de um guarda-
roupa, com os cartuchos fora da arma e fora do coldre, ou no mesmo local, dentro de uma caixa de
isopor. O cômodo a ser escolhido deverá ser seco e ventilado.
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NOMENCLATURA - MUNIÇÃO
ALCANCE DO TIRO
Muitos atiradores não se preocupam com o alcance do tiro produzido por sua arma. Outros, apesar
de se preocuparem, desconhecem totalmente as distâncias que os projéteis podem atingir.
O alcance do tiro depende do ângulo de tiro (ângulo que a linha de tiro faz com a horizontal), bem
como da arma e da munição empregada, tendo em vista a variedade de projéteis e cargas de
pólvora para cartuchos de um mesmo calibre.
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No estudo do alcance de um tiro podemos considerar o alcance útil, alcance máximo e alcance com
precisão.
1. ALCANCE ÚTIL
Nas armas de alma raiada, o alcance útil é definido como “a distância máxima em que o projétil
causará ferimentos de certa gravidade a um homem”. Define-se também como sendo a distância da
boca do cano da arma até aquela em que o projétil tem uma energia (normalmente considerada de
13,6 kgm) suficiente para deter um homem.
2. ALCANCE MÁXIMO
O alcance máximo ou alcance real é a distância compreendida entre a boca do cano da arma e o
ponto de chegada do projétil. Algumas indústrias fabricantes de cartuchos colocam impresso na
embalagem dos cartuchos o alcance máximo no qual o projétil ainda apresentaria perigo.
Alcance com precisão é o alcance em que um atirador é capaz de atingir, com razoável
grau de certeza, o alvo com maior concentração possível dos disparos efetuados. Isto depende não
só da destreza do atirador como também do tipo e características da arma e qualidade da munição.
O alcance com precisão é calculado em função da distribuição de impactos sobre o alvo à distância
desejada.
Bem, antes de qualquer explicação, vamos dar ao leitor uma noção básica sobre balística. Em uma
arma de fogo a balística possui três fases. A primeira é a balística interna, que estuda o
comportamento do projétil ao longo do cano da arma. A segunda fase á a balística externa, que
estuda a trajetória do projétil da saída da boca do cano até atingir o alvo. A terceira é a que estuda o
efeito do projétil ao atingir o alvo, ou seja, a interação projétil-alvo, sendo que o alvo pode ser de
papel, um bloco de argila, concreto, ou outro material qualquer.
Nos interessa aqui, no momento, a segunda fase: a balística externa. Quando um rifle é disparado
na horizontal, o projétil, ao sair da boca do cano, começa a ser desacelerado pela resistência do ar e
cair sob a ação da gravidade. Imaginemos que o rifle esteja a uma altura de 40 metros acima do
plano (figura 1). Dois projéteis, um caindo livremente na vertical e outro disparado na horizontal,
atingem o plano no mesmo instante, pois ambos estão sujeitos à mesma ação da gravidade. A
resistência do ar influi na velocidade do projétil. Um projétil de pequeno diâmetro e mais comprido
sofre menos a ação do ar do que outro com a mesma massa, porém com diâmetro maior. O projétil
mais fino tem melhor “coeficiente balístico”.
Desprezando de início a resistência do ar, vejamos o que acontece com o projétil disparado
horizontalmente. Se a velocidade na boca do cano for Vo=314m/s (1030fps), então h = ½ gt2,
donde t=2,85seg e 314x2,85=895m, sendo g a aceleração da gravidade igual a 9,81m/seg2.
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Consideramos agora que um revolver calibre 38 é disparado para cima (figura 2),
com velocidade inicial de 314m/s. Ao atingir o ponto mais alto da trajetória, sua
velocidade será nula Vt=314-9,81x t=0 donde t=32seg.
Portanto, conclui-se que atirar para o alto é uma ação temerária e irresponsável,
pois a velocidade de retomo do projétil é muito mais alta que muitos podem
imaginar. É tão alta que poderá causar estragos às propriedades atingidas, ferimentos graves e até a
morte de pessoas. Não se justifica essa prática, mesmo quando se atira para o alto em cerimônia
fúnebre, em homenagem a alguém que faleceu em combate pelo bem público. Para isso,
justamente, é que existe a munição de festim.
1. POSIÇÃO
Há diversas posições para efetuarmos tiros com armas de fogo, principalmente quando se fala do
tiro policial. Dentre elas temos as posições de pé, de joelho, deitado, sentado, com barricada e sem
barricada, etc. Uma das mais rápidas e simples é a posição de pé, que apresenta características, tais
como: a) separar os pés mais ou menos na largura dos ombros, com o peso do corpo distribuído
igualmente em ambas as pernas; b) manter os braços estendidos completamente à frente do corpo,
na altura dos olhos; c) segurar a arma com as mãos, alinhando-a com o olho de tiro.
2. EMPUNHADURA
Manter o dedo fora da tecla do gatilho, segurar a arma com a mão forte, ernpurrando-a contra a
palma da mão, envolvendo os três dedos ao redor do cabo da arma, indo de encontro ao polegar.
Envolver os dedos da mão fraca firmemente nos dedos que já estão empunhando a arma. Procure
dar a mesma pressão em ambas as mãos. A empunhadura deve ser firme sem fazer a arma tremer.
3. GATILHO
A tecla do gatilho deverá ser tocada pelo centro da primeira falange do dedo indicador, tendo a
preocupação de não encostar o dedo na armação e no guarda mato. Para começar, a puxada do
gatilho deverá ser lenta e contínua, porém com a preocupação de manter a visada correta.
4. VISADA
A visada é o enquadramento dos aparelhos de pontaria alinhados com os olhos do atirador e o alvo.
O controle da visada deve ser mantido, principalmente, durante a puxada do gatilho até que o tiro
seja disparado.
5. RESPIRAÇÃO
Para efetuar tiros rápidos e com deslocamentos, procure respirar normalmente sem interrupção.
Para efetuar tiros precisos é necessário esvaziar os pulmões 60% a 70% e paralisar a respiração
durante alguns segundos. Não se deve ultrapassar o tempo de 12 segundos para efetuar o tiro. Caso
isso ocorra, não atire e repita todos os procedimentos anteriores.
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O quarto tipo de mecanismo de segurança foi introduzido a partir de 1977. A trava, nesse
mecanismo, possui três reentrâncias em sua região inferior, nas quais se encaixam os três dentes da
cremalheira da trava. Essa peça não se articula mais com o impulsor do gatilho, mas diretamente
com o gatilho, através do impulsor do tambor. O fato de a cremalheira apresentar três dentes dá
mais segurança ao correto funcionamento, pois mesmo que ocorra a quebra de um dos dentes, o
mecanismo de segurança continua funcionando. Em novembro de 1988 foi fabricado o último
revólver com este tipo de mecanismo, tendo recebido o número 2159326.
O quinto tipo de mecanismo de segurança foi introduzido em 1981 e é utilizado nos revólveres de
modelo .38-5 tiros e todos os seus derivados de calibre .22 e .32 com 6 tiros. Este sistema de
travamento é automático e diferente do introduzido em 1977, sendo ainda mais aperfeiçoado e
eficiente. Utilizou-se, nesses modelos, o sistema de barra de transferência ou de percussão,
acionada diretamente pelo gatilho. Neste sistema, quando a arma está em repouso o cão está em
permanente contato com a armação e devidamente distanciado do percutor. Somente através do
acionamento do gatilho é que a barra de transferência se interpõe entre o cão e o percutor,
possibilitando a detonação e a deflagração do cartucho. A partir do início de 1989, todos os
modelos de revólveres Taurus possuem esse tipo de mecanismo de segurança. Os revólveres de 6
tiros, com barra de percussão, possuem, com raras exceções, o número de série alfanumérica e os
de 5 tiros, todos tem o número alfanumérico.
Vale salientar a presença da trava manual externa, um sistema de segurança muito utilizado, que
impede que arma dispare acidentalmente.
Os revólveres e pistolas Taurus são construídos para que você não precise
desmontá-los na hora de limpar e lubrificar. Isso em condições normais de
manutenção. Se for necessário um desmonte, principalmente para reparos, é
aconselhável procurar a Assistência Técnica mais próxima ou entrar em
contato com a fábrica.
Para uma arma que não costuma ser usada na prática do tiro ou está guardada há algum tempo,
basta fazer uma limpeza normal. Neste caso, esfregue a arma com um pano ligeiramente embebido
em óleo. Proceda da mesma forma com a alma do cano. Tire o pó de todas as fendas com uma
escova pequena e limpa. Remova o excesso de óleo, mas cuide para deixar uma fina camada
protetora que inibe a corrosão. Isso se faz muito necessário em climas tropicais, como o nosso.
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Já para uma limpeza após o tiro, use uma escova e um solvente apropriado para remover todos os
resíduos de pólvora do cano e de outras áreas da arma.
Se você notar a existência de partículas de chumbo no cano, use uma escova de latão embebida em
solvente. Depois de limpo, faça uma lubrificação como na limpeza normal.
Não use querosene como solvente. Ele é muito ativo e pode atacar o material da arma, se não for
perfeitamente neutralizado com um óleo lubrificante.
Procure não usar a arma na cintura. O melhor é mantê-la dentro de um coldre feito em couro de boa
qualidade.
A arma não deve ser guardada em ambientes com grande variação de temperatura e nem ficar em
contato com materiais que atraiam umidade ou que possuam um certo grau de acidez.
Se você for guardar a arma por longos períodos, tome um cuidado especial com as superfícies
metálicas. Para protegê-las da corrosão, use um óleo lubrificante que tenha maior durabilidade e
deixe uma camada protetora mais espessa que a usada na limpeza normal.
Veja abaixo uma série de dicas que a Taurus recomenda para você
7- Guarde sua arma e sua munição em local seguro, evitando que outras pessoas possam ter acesso.
8- Nunca puxe o gatilho, para testar sua arma, antes de verificar se a mesma está descarregada e o
faça em lugar seguro.
10- Carregue e descarregue sua arma com o cano apontado para um lugar
seguro.
11- Caso falhe o tiro, mantenha o cano da arma apontado para um lugar seguro,
durante 30 segundo, pois pode ocorrer um retardo de ignição da espoleta.
Proceda da mesma forma caso você sinta um recuo diferente do normal.
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12- Evite atirar em superfícies rígidas ou líquidas pois, conforme o ângulo de incidência, pode
haver um ricochete.
13- Ao alcançar uma arma para alguém ou recebê-la, faça-o com ela aberta: tambor ou ferrolho
abertos.
14- Use somente a munição indicada para a sua arma, evitando munições recarregadas; velhas;
com alteração no estojo ou no projétil.
17- Carregue sempre sua arma de maneira segura, ou seja, no coldre apropriado. NUNCA
desloque-se com a arma engatilhada, pois a pressão necessária para o disparo é muito menor que
quando a arma está com o cão na posição normal de repouso.
18- Evite consertos caseiros. Sempre que necessário, dirija-se à Assistência Técnica Autorizada.
19- Use sempre óculos de proteção e protetores auriculares, mesmo em ambiente aberto.
21- Em caso de queda da arma, verifique se o cano não está obstruído e se não houve dano ao
mecanismo, antes de voltar a atirar.
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REGISTRO DE ARMA
O Certificado de Registro de arma de fogo, de uso permitido, legitima o seu proprietário a mantê-
la, exclusivamente, no interior de sua casa ou no local de trabalho, desde que seja ele, neste caso, o
titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa e constitui pressuposto
indispensável para obtenção de autorização de porte.
AVISOS IMPORTANTES:
PORTE DE ARMA
O Porte de Arma de fogo, de uso permitido em todo Território Nacional, é disciplinado pelo
Decreto nQ92.795 de 18/06/86 e pela Portaria MJ nQ600 de 12/12/86.
A autorização para portar armas de fogo, de uso permitido, será pessoal e intransferível e sujeitar-
se-á ao juízo exclusivo e discricionário da Administração Federal.
O ato autorizativo é unilateral, precário e essencialmente revogável.
A satisfação a todas as exigências regulamentares, bem como o atendimento aos requisitos
constantes no Decreto e na Portaria não confere ao interessado o direito à obtenção do porte.
Portaria MJ nQ600 de 12/12/86, Art. 10Q - Ao titular de autorização de porte de arma de fogo de
uso permitido, é vedado conduzi-Ia ostensivamente e com ela transitar ou permanecer em clubes,
casas de diversões, estabelecimentos educacionais e locais onde se realizem competições
esportivas, reunião ou aglomerado de pessoas.
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O Presidente da República:
CAPÍTULO I
Artigo 1º - Fica instituído o Sistema Nacional de Armas - SINARM no Ministério da Justiça, no âmbito da
Polícia Federal, com circunscrição em todo o território nacional.
III - cadastrar as transferências de propriedade, o extravio, o furto, o roubo e outras ocorrências suscetíveis
de alterar os dados cadastrais;
Parágrafo único - As disposições deste artigo não alcançam as armas de fogo das Forças Armadas e
Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus registros próprios.
CAPÍTULO II
DO REGISTRO
Parágrafo único - Os proprietários de armas de fogo de uso restrito ou proibido deverão fazer seu cadastro
como atiradores, colecionadores ou caçadores no Ministério do Exército.
Artigo 4º - O Certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza
o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou dependência
desta, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal do
estabelecimento ou empresa.
Parágrafo único - A expedição do certificado de registro de arma de fogo será precedida de autorização do
SINARM.
Artigo 5º - O proprietário, possuidor ou detentor de arma de fogo tem o prazo de seis meses, prorrogável
por igual período, a critério do Poder Executivo, a partir da data da promulgação desta Lei, para promover o
registro da arma ainda não registrada ou que teve a propriedade transferida, ficando dispensado de
comprovar a sua origem, mediante requerimento, na conformidade do regulamento.
Parágrafo único - Presume-se de boa fé a pessoa que promover o registro de arma de fogo que tenha em
sua posse.
CAPÍTULO III
DO PORTE
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Artigo 6º - O porte de arma de fogo fica condicionado à autorização da autoridade competente, ressalvados
os casos expressamente previstos na legislação em vigor.
Artigo 7º - A autorização para portar arma de fogo terá eficácia temporal limitada, nos termos de atos
regulamentares e dependerá de o requerente comprovar idoneidade, comportamento social produtivo,
efetiva necessidade, capacidade técnica e aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo.
I - omitir as cautelas necessárias para impedir que menor de dezoito anos ou deficiente mental se apodere
de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade, exceto para a prática do
desporto quando o menor estiver acompanhado do responsável ou instrutor;
II - utilizar arma de brinquedo, simulacro de arma capaz de atemorizar outrem, para o fim de cometer
crimes;
III - disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública
ou em direção a ela, desde que o fato não constitua crime mais grave.
§ 2º - A pena é de reclusão de dois anos a quatro anos e multa na hipótese deste artigo, sem prejuízo da
pena por eventual crime de contrabando ou descaminho se a arma de fogo ou acessórios forem de uso
proibido ou restrito.
I - suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato;
II - modificar as características da arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso
proibido ou restrito;
III - possuir, deter, fabricar ou empregar artefato explosivo e/ou incendiário sem autorização;
IV - possuir condenação anterior por crime contra a pessoa, contra o patrimônio e por tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins.
§ 1º - O Porte estadual de arma de fogo registrada restringir-se-á aos limites da unidade da federação na
qual esteja domiciliado o requerente, exceto se houver convênio entre Estados limítrofes para recíproca
validade nos respectivos territórios.
§ 2º - Vetado.
§ 3º - Vetado.
Artigo 8º - A autorização federal para o porte de arma de fogo, com validade em todo o território nacional,
somente será expedida em condições especiais, a serem estabelecidas em regulamento.
Artigo 9º - Fica instituída a cobrança de taxa pela prestação de serviços relativos à expedição de Porte
Federal de Arma de Fogo, nos valores constantes do Anexo a esta Lei.
CAPÍTULO IV
Artigo 10 - Possuir, deter, portar, fabricar, adquirir, vender, alugar, expor à venda ou fornecer, receber, ter
em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob
guarda e ocultar arma de fogo, de uso permitido, sem a autorização e em desacordo com determinação
legal ou regulamentar.
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CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 11 - A definição de armas, acessórios e artefatos de uso proibido ou restrito será disciplinada em ato
do Chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta do Ministério do Exército.
Artigo 12 - Armas, acessórios e artefatos de uso restrito e de uso permitido são os definidos na legislação
pertinente.
Artigo 13 - Excetuadas as atribuições a que se refere o artigo 2º desta Lei, compete ao Ministério do
Exército autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de armas de fogo e demais produtos controlados,
inclusive o registro e o porte de tráfego de arma de fogo de colecionadores, atiradores e caçadores.
Artigo 14 - As armas de fogo encontradas sem registro e/ou sem autorização serão apreendidas e, após
elaboração do laudo pericial, recolhidas ao Ministério do Exército, que se encarregará de sua destinação.
Parágrafo único - O disposto no caput não se aplica às aquisições dos Ministérios Militares.
Artigo 17 - A classificação legal, técnica e geral das armas de fogo e demais produtos controlados, bem
como a definição de armas de uso proibido ou restrito são de competência do Ministério do Exército.
Artigo 19 - O regulamento desta Lei será expedido pelo Poder Executivo no prazo de sessenta dias.
Artigo 20 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, exceto o artigo 10, que entra em vigor após o
transcurso do prazo de que trata o artigo 5º.
Regulamenta a Lei nº. 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre registro, posse e comercialização de
armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas - SINARM e define crimes.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e
tendo em vista o disposto na Lei nº. 10.826, de 22 de dezembro de 2003,
DECRETA:
CAPÍTULO I
Art. 1º O Sistema Nacional de Armas - SINARM, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia
Federal, com circunscrição em todo o território nacional e competência estabelecida pelo caput e incisos do art. 2º da
Lei nº. 10.826, de 22 de dezembro de 2003, tem por finalidade manter cadastro geral, integrado e permanente das
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armas de fogo importadas, produzidas e vendidas no país, de competência do SINARM, e o controle dos registros
dessas armas.
a) da Polícia Federal;
d) dos órgãos policiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, referidos nos arts. 51, inciso IV, e 52,
inciso XIII da Constituição;
e) dos integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, dos integrantes das escoltas de presos e das
Guardas Portuárias;
g) dos órgãos públicos não mencionados nas alíneas anteriores, cujos servidores tenham autorização legal para
portar arma de fogo em serviço, em razão das atividades que desempenhem, nos termos do caput do art. 6º da Lei nº.
10.826, de 2003.
II - as armas de fogo apreendidas, que não constem dos cadastros do SINARM ou Sistema de Gerenciamento
Militar de Armas - SIGMA, inclusive as vinculadas a procedimentos policiais e judiciais, mediante comunicação das
autoridades competentes à Polícia Federal;
III - as armas de fogo de uso restrito dos integrantes dos órgãos, instituições e corporações mencionados no inciso
II do art. 6º da Lei nº. 10.826, de 2003; e
IV - as armas de fogo de uso restrito, salvo aquelas mencionadas no inciso II, do §1º, do art. 2º deste Decreto.
I - as armas de fogo adquiridas pelo cidadão com atendimento aos requisitos do art. 4º da Lei nº. 10.826, de 2003;
III - as armas de fogo de uso permitido dos integrantes dos órgãos, instituições e corporações mencionados no
inciso II do art. 6º da Lei nº. 10.826, de 2003.
§ 3º A apreensão das armas de fogo a que se refere o inciso II do §1º deste artigo deverá ser imediatamente
comunicada à Policia Federal, pela autoridade competente, podendo ser recolhidas aos depósitos do Comando do
Exército, para guarda, a critério da mesma autoridade.
Art. 2º O SIGMA, instituído no Ministério da Defesa, no âmbito do Comando do Exército, com circunscrição em
todo o território nacional, tem por finalidade manter cadastro geral, permanente e integrado das armas de fogo
importadas, produzidas e vendidas no país, de competência do SIGMA, e das armas de fogo que constem dos registros
próprios.
II - as armas de fogo dos integrantes das Forças Armadas, da Agência Brasileira de Inteligência e do Gabinete de
Segurança Institucional da Presidência da República, constantes de registros próprios;
III - as informações relativas às exportações de armas de fogo, munições e demais produtos controlados, devendo
o Comando do Exército manter sua atualização;
IV - as armas de fogo importadas ou adquiridas no país para fins de testes e avaliação técnica; e
Art. 3º Entende-se por registros próprios, para os fins deste Decreto, os feitos pelas instituições, órgãos e
corporações em documentos oficiais de caráter permanente.
Art. 4º A aquisição de armas de fogo, diretamente da fábrica, será precedida de autorização do Comando do
Exército.
Art. 5º Os dados necessários ao cadastro mediante registro, a que se refere o inciso IX do art. 2º da Lei nº. 10.826,
de 2003, serão fornecidos ao SINARM pelo Comando do Exército.
Art. 6º Os dados necessários ao cadastro da identificação do cano da arma, das características das impressões de
raiamento e microestriamento de projétil disparado, a marca do percutor e extrator no estojo do cartucho deflagrado
pela arma de que trata o inciso X do art. 2º da Lei nº. 10.826, de 2003, serão disciplinados em norma específica da
Polícia Federal, ouvido o Comando do Exército, cabendo às fábricas de armas de fogo o envio das informações
necessárias ao órgão responsável da Polícia Federal.
Parágrafo único. A norma específica de que trata este artigo será expedida no prazo de cento e oitenta dias.
Art. 7º As fábricas de armas de fogo fornecerão à Polícia Federal, para fins de cadastro, quando da saída do
estoque, relação das armas produzidas, que devam constar do SINARM, na conformidade do art. 2º da Lei nº. 10.826,
de 2003, com suas características e os dados dos adquirentes.
Art. 8º As empresas autorizadas a comercializar armas de fogo encaminharão à Polícia Federal, quarenta e oito
horas após a efetivação da venda, os dados que identifiquem a arma e o comprador.
Art. 9º Os dados do SINARM e do SIGMA serão interligados e compartilhados no prazo máximo de um ano.
Parágrafo único. Os Ministros da Justiça e da Defesa estabelecerão no prazo máximo de um ano os níveis de
acesso aos cadastros mencionados no caput.
CAPÍTULO II
DA ARMA DE FOGO
Seção I
Das Definições
Art. 10. Arma de fogo de uso permitido é aquela cuja utilização é autorizada a pessoas físicas, bem como a
pessoas jurídicas, de acordo com as normas do Comando do Exército e nas condições previstas na Lei nº. 10.826, de
2003.
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Art. 11. Arma de fogo de uso restrito é aquela de uso exclusivo das Forças Armadas, de instituições de segurança
pública e de pessoas físicas e jurídicas habilitadas, devidamente autorizadas pelo Comando do Exército, de acordo com
legislação específica.
Seção II
Art. 12. Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá:
VI - comprovar, em seu pedido de aquisição e em cada renovação de registro, a capacidade técnica para o
manuseio de arma de fogo atestada por empresa de instrução de tiro registrada no Comando do Exército por instrutor
de armamento e tiro das Forças Armadas, das Forças Auxiliares ou do quadro da Polícia Federal, ou por esta
habilitado; e
VII - comprovar aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestada em laudo conclusivo fornecido
por psicólogo do quadro da Polícia Federal ou por esta credenciado.
§ 1º A declaração de que trata o inciso I do caput deverá explicitar, no pedido de aquisição e em cada renovação
do registro, os fatos e circunstâncias justificadoras do pedido, que serão examinados pelo órgão competente segundo as
orientações a serem expedidas em ato próprio.
§ 3º O comprovante de capacitação técnica mencionado no inciso VI do caput deverá ser expedido por empresa de
instrução de tiro registrada no Comando do Exército, por instrutor de armamento e tiro das Forças Armadas, das Forças
Auxiliares, ou do quadro da Polícia Federal ou por esta credenciado e deverá atestar, necessariamente:
III - habilidade do uso da arma de fogo demonstrada, pelo interessado, em estande de tiro credenciado pelo
Comando do Exército.
§ 4º Após a apresentação dos documentos referidos nos incisos III a VII do caput, havendo manifestação
favorável do órgão competente mencionada no §1º, será expedida, pelo SINARM, no prazo máximo de trinta dias, em
nome do interessado, a autorização para a aquisição da arma de fogo indicada.
§ 5º É intransferível a autorização para a aquisição da arma de fogo, de que trata o 4º deste artigo.
Art. 13. A transferência de propriedade da arma de fogo, por qualquer das formas em direito admitidas, entre
particulares, sejam pessoas físicas ou jurídicas, estará sujeita à prévia autorização da Polícia Federal, aplicando-se ao
interessado na aquisição as disposições do art. 12 deste Decreto.
Parágrafo único. A transferência de arma de fogo registrada no Comando do Exército será autorizada pela
instituição e cadastrada no SIGMA.
Art. 14. É obrigatório o registro da arma de fogo, no SINARM ou no SIGMA, excetuadas as obsoletas.
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Art. 15. O registro da arma de fogo de uso permitido deverá conter, no mínimo, os seguintes dados:
I - do interessado:
b) endereço residencial;
d) profissão;
f) número do Cadastro de Pessoa Física - CPF ou Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ;
II - da arma:
f) tipo de funcionamento;
Art. 16. O Certificado de Registro de Arma de Fogo expedido pela Polícia Federal, após autorização do
SINARM, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo
exclusivamente no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja
ele o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa.
§ 1º Para os efeitos do disposto no caput deste artigo considerar-se-á titular do estabelecimento ou empresa todo
aquele assim definido em contrato social, e responsável legal o designado em contrato individual de trabalho, com
poderes de gerência.
§ 2º Os requisitos de que tratam os incisos IV, V, VI e VII do art. 12 deste Decreto deverão ser comprovados,
periodicamente, a cada três anos, junto à Polícia Federal, para fins de renovação do Certificado de Registro.
Art. 17. O proprietário de arma de fogo é obrigado a comunicar, imediatamente, à Unidade Policial local, o
extravio, furto ou roubo de arma de fogo ou do seu documento de registro, bem como a sua recuperação.
§ 1º A Unidade Policial deverá, em quarenta e oito horas, remeter as informações coletadas à Polícia Federal, para
fins de registro no SINARM.
§ 2º No caso de arma de fogo de uso restrito, a Polícia Federal deverá repassar as informações ao Comando do
Exército, para registro no SIGMA.
§ 3º Nos casos previstos no caput, o proprietário deverá, também, comunicar o ocorrido à Polícia Federal ou ao
Comando do Exército, encaminhando, se for o caso, cópia do Boletim de Ocorrência.
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Seção III
Art. 18. Compete ao Comando do Exército autorizar a aquisição e registrar as armas de fogo de uso restrito.
§ 1º As armas de que trata o caput serão cadastradas no SIGMA e no SINARM, conforme o caso.
§ 2º O registro de arma de fogo de uso restrito, de que trata o caput deste artigo, deverá conter as seguintes
informações:
I - do interessado:
b) endereço residencial;
d) profissão;
f) número do Cadastro de Pessoa Física - CPF ou Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ;
II - da arma:
f) tipo de funcionamento;
§ 3º Os requisitos de que tratam os incisos IV, V, VI e VII do art. 12 deste Decreto deverão ser comprovados
periodicamente, a cada três anos, junto ao Comando do Exército, para fins de renovação do Certificado de Registro.
§ 4º Não se aplica aos integrantes dos órgãos, instituições e corporações mencionados nos incisos I e II do art. 6º
da Lei nº. 10.826, de 2003, o disposto no § 3º deste artigo.
Seção IV
Art. 19. É proibida a venda de armas de fogo, munições e demais produtos controlados, de uso restrito, no
comércio.
Art. 20. O estabelecimento que comercializar arma de fogo de uso permitido em território nacional é obrigado a
comunicar ao SINARM, mensalmente, as vendas que efetuar e a quantidade de armas em estoque, respondendo
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legalmente por essas mercadorias, que ficarão registradas como de sua propriedade, de forma precária, enquanto não
forem vendidas, sujeitos seus responsáveis às penas prevista na lei.
Art. 21. A comercialização de acessórios de armas de fogo e de munições, incluídos estojos, espoletas, pólvora e
projéteis, só poderá ser efetuada em estabelecimento credenciado pela Polícia Federal e pelo comando do Exército que
manterão um cadastro dos comerciantes.
§ 1º Quando se tratar de munição industrializada, a venda ficará condicionada à apresentação pelo adquirente, do
Certificado de Registro de Arma de Fogo válido, e ficará restrita ao calibre correspondente à arma registrada.
§ 2º Os acessórios e a quantidade de munição que cada proprietário de arma de fogo poderá adquirir serão fixados
em Portaria do Ministério da Defesa, ouvido o Ministério da Justiça.
§ 3º O estabelecimento mencionado no caput deste artigo deverá manter à disposição da Polícia Federal e do
Comando do Exército os estoques e a relação das vendas efetuadas mensalmente, pelo prazo de cinco anos.
CAPÍTULO III
Seção I
Do Porte
Art. 22. O Porte de Arma de Fogo de uso permitido, vinculado ao prévio cadastro e registro da arma pelo
SINARM, será expedido pela Polícia Federal, em todo o território nacional, em caráter excepcional, desde que
atendidos os requisitos previstos nos incisos I, II e III do §1º do art. 10 da Lei nº. 10.826, de 2003.
Parágrafo único. A taxa estipulada para o Porte de Arma de Fogo somente será recolhida após a análise e a
aprovação dos documentos apresentados.
Art. 23. O Porte de Arma de Fogo é documento obrigatório para a condução da arma e deverá conter os seguintes
dados:
I - abrangência territorial;
II - eficácia temporal;
Art. 24. O Porte de Arma de Fogo é pessoal, intransferível e revogável a qualquer tempo, sendo válido apenas
com a apresentação do documento de identidade do portador.
II - o extravio, furto ou roubo da arma de fogo, à Unidade Policial mais próxima e, posteriormente, à Polícia
Federal.
Parágrafo único. A inobservância do disposto neste artigo implicará na suspensão do Porte de Arma de Fogo, por
prazo a ser estipulado pela autoridade concedente.
Art. 26. O titular de Porte de Arma de Fogo não poderá conduzi-la ostensivamente ou com ela adentrar ou
permanecer em locais públicos, tais como igrejas, escolas, estádios desportivos, clubes ou outros locais onde haja
aglomeração de pessoas, em virtude de eventos de qualquer natureza.
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1º A inobservância do disposto neste artigo implicará na cassação do Porte de Arma de Fogo e na apreensão da
arma, pela autoridade competente, que adotará as medidas legais pertinentes.
2º Aplica-se o disposto no §1º deste artigo, quando o titular do Porte de Arma de Fogo esteja portando o
armamento em estado de embriaguez ou sob o efeito de drogas ou medicamentos que provoquem alteração do
desempenho intelectual ou motor.
Art. 27. Será concedido pela Polícia Federal, nos termos do § 5º do art. 6º da Lei nº. 10.826, de 2003, o Porte de
Arma de Fogo, na categoria "caçador de subsistência", de uma arma portátil, de uso permitido, de tiro simples, com um
ou dois canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16, desde que o interessado comprove a efetiva necessidade
em requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes documentos:
I - certidão comprobatória de residência em área rural, a ser expedida por órgão municipal;
Parágrafo único. Aplicam-se ao portador do Porte de Arma de Fogo mencionado neste artigo as demais
obrigações estabelecidas neste Decreto.
Art. 28. O proprietário de arma de fogo de uso permitido registrada, em caso de mudança de domicílio, ou outra
situação que implique no transporte da arma, deverá solicitar à Polícia Federal a expedição de Porte de Trânsito, nos
termos estabelecidos em norma própria.
Art. 29. Observado o princípio da reciprocidade previsto em convenções internacionais, poderá ser autorizado o
Porte de Arma de Fogo pela Polícia Federal, a diplomatas de missões diplomáticas e consulares acreditadas junto ao
Governo Brasileiro, e a agentes de segurança de dignitários estrangeiros durante a permanência no país,
independentemente dos requisitos estabelecidos neste Decreto.
Seção II
Subseção I
Art. 30. As agremiações esportivas e as empresas de instrução de tiro, os colecionadores, atiradores e caçadores
serão registrados no Comando do Exército, ao qual caberá estabelecer normas e verificar o cumprimento das condições
de segurança dos depósitos das armas de fogo, munições e equipamentos de recarga.
§ 1º As armas pertencentes às entidades mencionadas no caput e seus integrantes terão autorização para porte de
trânsito (guia de tráfego) a ser expedida pelo Comando do Exército.
§ 2º A prática de tiro desportivo por menores de dezoito anos deverá ser autorizada judicialmente e deve
restringir-se aos locais autorizados pelo Comando do Exército, utilizando arma da agremiação ou do responsável
quando por este acompanhado.
§ 3º A prática de tiro desportivo por maiores de dezoito anos e menores de vinte e cinco anos pode ser feita
utilizando arma de sua propriedade, registrada com amparo na Lei nº. 9.437, de 20 de fevereiro de 1997, de agremiação
ou arma registrada e cedida por outro desportista.
Art. 31. A entrada de arma de fogo e munição no país, como bagagem de atletas, para competições internacionais
será autorizada pelo Comando do Exército.
1º O Porte de Trânsito das armas a serem utilizadas por delegações estrangeiras em competição oficial de tiro no
país será expedido pelo Comando do Exército.
Subseção II
Art. 32. O Porte de Trânsito das armas de fogo de colecionadores e caçadores será expedido pelo Comando do
Exército.
Subseção III
Dos Integrantes e das Instituições Mencionadas no Art. 6º da Lei nº. 10.826, de 2003
Art. 33. O Porte de Arma de Fogo é deferido aos militares das Forças Armadas, aos policiais federais e estaduais
e do Distrito Federal, civis e militares, aos Corpos de Bombeiros Militares, bem como aos policiais da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal em razão do desempenho de suas funções institucionais.
§ 1º O Porte de Arma de Fogo das praças das Forças Armadas e dos Policiais e Corpos de Bombeiros Militares é
regulado em norma específica, por atos dos Comandantes das Forças Singulares e dos Comandantes-Gerais das
Corporações.
§ 2º Os integrantes das polícias civis estaduais e das Forças Auxiliares, quando no exercício de suas funções
institucionais ou em trânsito, poderão portar arma de fogo fora da respectiva unidade federativa, desde que
expressamente autorizados pela instituição a que pertençam, por prazo determinado, conforme estabelecido em normas
próprias.
Art. 34. Os órgãos, instituições e corporações mencionados nos incisos I, II, III, V e VI do art. 6º da Lei nº.
10.826, de 2003, estabelecerão, em normas próprias, os procedimentos relativos às condições para a utilização das
armas de fogo de sua propriedade, ainda que fora do serviço.
§ 1º As instituições mencionadas no inciso IV do art. 6º da Lei nº. 10.826, de 2003, estabelecerão em normas
próprias os procedimentos relativos às condições para a utilização, em serviço, das armas de fogo de sua propriedade.
§ 2º As instituições, órgãos e corporações nos procedimentos descritos no caput, disciplinarão as normas gerais de
uso de arma de fogo de sua propriedade, fora do serviço, quando se tratar de locais onde haja aglomeração de pessoas,
em virtude de evento de qualquer natureza, tais como no interior de igrejas, escolas, estádios desportivos, clubes,
públicos e privados.
Art. 35. Poderá ser autorizado, em casos excepcionais, pelo órgão competente, o uso, em serviço, de arma de
fogo, de propriedade particular do integrante dos órgãos, instituições ou corporações mencionadas no inciso II do art.
6º da Lei nº. 10.826, de 2003.
§ 2º A arma de fogo de que trata este artigo deverá ser conduzida com o seu respectivo Certificado de Registro.
Art. 36. A capacidade técnica e a aptidão psicológica para o manuseio de armas de fogo, para os integrantes das
instituições descritas nos incisos III, IV, V, VI e VII do art. 6º da Lei nº. 10.826, de 2003, serão atestadas pela própria
instituição, depois de cumpridos os requisitos técnicos e psicológicos estabelecidos pela Polícia Federal.
Parágrafo único. Caberá a Polícia Federal avaliar a capacidade técnica e a aptidão psicológica, bem como expedir
o Porte de Arma de Fogo para os guardas portuários.
Art. 37. Os integrantes das Forças Armadas e os servidores dos órgãos, instituições e corporações mencionados
no inciso II do art. 6º da Lei nº. 10.826, de 2003, transferidos para a reserva remunerada ou aposentados, para
conservarem a autorização de Porte de Arma de Fogo de sua propriedade deverão submeter-se, a cada três anos, aos
testes de avaliação da aptidão psicológica a que faz menção o inciso III do art. 4º da Lei nº. 10.826, de 2003.
1º O cumprimento destes requisitos será atestado pelas instituições, órgãos e corporações de vinculação.
2º Não se aplicam aos integrantes da reserva não remunerada das Forças Armadas e Auxiliares, as prerrogativas
mencionadas no caput.
52
Subseção IV
Art. 38. A autorização para o uso de arma de fogo expedida pela Polícia Federal, em nome das empresas de
segurança privada e de transporte de valores, será precedida, necessariamente, da comprovação do preenchimento de
todos os requisitos constantes do art. 4º da Lei nº. 10.826, de 2003, pelos empregados autorizados a portar arma de
fogo.
§ 1º A autorização de que trata o caput é válida apenas para a utilização da arma de fogo em serviço.
§ 2º Será encaminhada trimestralmente à Polícia Federal, para registro no SINARM, a relação nominal dos
empregados autorizados a portar arma de fogo.
§ 3º A transferência de armas de fogo, por qualquer motivo, entre estabelecimentos da mesma empresa ou para
empresa diversa, deverão ser previamente autorizados pela Polícia Federal.
Art. 39. É de responsabilidade das empresas de segurança privada e de transportes de valores a guarda e
armazenagem das armas, munições e acessórios de sua propriedade, nos termos da legislação específica.
Parágrafo único. A perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório e munições que
estejam sob a guarda das empresas de segurança privada e de transporte de valores deverá ser comunicada à Polícia
Federal, no prazo máximo de vinte e quatro horas, após a ocorrência do fato, sob pena de responsabilização do
proprietário ou diretor responsável.
Subseção V
Art. 40. Cabe ao Ministério da Justiça, diretamente ou mediante convênio com as Secretarias de Segurança
Pública dos Estados ou Prefeituras, nos termos do §3º do art. 6º da Lei nº. 10.826, de 2003:
Parágrafo único. As competências previstas nos incisos I e II deste artigo não serão objeto de convênio.
Art. 41. Compete ao Comando do Exército autorizar a aquisição de armas de fogo e de munições para as Guardas
Municipais.
Art. 42. O Porte de Arma de Fogo aos profissionais citados nos incisos III e IV, do art. 6º, da Lei nº. 10.826, de
2003, será concedido desde que comprovada a realização de treinamento técnico de, no mínimo, sessenta horas para
armas de repetição e cem horas para arma semi-automática.
§ 1º O treinamento de que trata o caput desse artigo deverá ter, no mínimo, sessenta e cinco por cento de conteúdo
prático.
§ 2º O curso de formação dos profissionais das Guardas Municipais deverá conter técnicas de tiro defensivo e
defesa pessoal.
§ 3º Os profissionais da Guarda Municipal deverão ser submetidos a estágio de qualificação profissional por, no
mínimo, oitenta horas ao ano.
§ 4º Não será concedido aos profissionais das Guardas Municipais Porte de Arma de Fogo de calibre restrito,
privativos das forças policiais e forças armadas.
53
Art. 43. O profissional da Guarda Municipal com Porte de Arma de Fogo deverá ser submetido, a cada dois anos,
a teste de capacidade psicológica e, sempre que estiver envolvido em evento de disparo de arma de fogo em via
pública, com ou sem vítimas, deverá apresentar relatório circunstanciado, ao Comando da Guarda Civil e ao Órgão
Corregedor para justificar o motivo da utilização da arma.
Art. 44. A Polícia Federal poderá conceder Porte de Arma de Fogo, nos termos no §3º do art. 6º, da Lei nº.
10.826, de 2003, às Guardas Municipais dos municípios que tenham criado corregedoria própria e autônoma, para a
apuração de infrações disciplinares atribuídas aos servidores integrantes do Quadro da Guarda Municipal.
Parágrafo único. A concessão a que se refere o caput dependerá, também, da existência de Ouvidoria, como
órgão permanente, autônomo e independente, com competência para fiscalizar, investigar, auditorar e propor políticas
de qualificação das atividades desenvolvidas pelos integrantes das Guardas Municipais.
Art. 45. A autorização de Porte de Arma de Fogo pertencente às Guardas Municipais terá validade somente nos
limites territoriais do respectivo município.
Parágrafo único. Poderá ser autorizado o Porte de Arma de Fogo para os integrantes das Guardas Municipais
previstos no inciso III do art. 6º da Lei nº. 10.826, de 2003, nos deslocamentos para sua residência, quando esta estiver
localizada em outro município.
CAPÍTULO IV
Seção I
Art. 46. O Ministro da Justiça designará as autoridades policiais competentes, no âmbito da Polícia Federal, para
autorizar a aquisição e conceder o Porte de Arma de Fogo, que terá validade máxima de cinco anos.
Art. 47. O Ministério da Justiça poderá celebrar convênios com os Estados e o Distrito Federal para possibilitar a
integração, ao SINARM, dos acervos policiais de armas de fogo já existentes, em cumprimento ao disposto no inciso
VI do art. 2º da Lei nº. 10.826, de 2003.
Art. 48. Compete ao Ministério da Defesa e ao Ministério da Justiça:
I - estabelecer as normas de segurança a serem observadas pelos prestadores de serviços de transporte aéreo de
passageiros, para controlar o embarque de passageiros armados e fiscalizar o seu cumprimento;
II - regulamentar as situações excepcionais do interesse da ordem pública, que exijam de policiais federais, civis e
militares, integrantes das Forças Armadas e agentes do Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança
Institucional da Presidência da República, o Porte de Arma de Fogo a bordo de aeronaves; e
III - estabelecer, nas ações preventivas com vistas à segurança da aviação civil, os procedimentos de restrição e
condução de armas por pessoas com a prerrogativa de Porte de Arma de Fogo em áreas restritas aeroportuárias,
ressalvada a competência da Polícia Federal, prevista no inciso III do §1º do art. 144 da Constituição.
Parágrafo único. As áreas restritas aeroportuárias são aquelas destinadas à operação de um aeroporto, cujos
acessos são controlados, para os fins de segurança e proteção da aviação civil.
Art. 49. A classificação legal, técnica e geral e a definição das armas de fogo e demais produtos controlados, de
uso restrito ou permitido são as constantes do Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados e sua
legislação complementar.
Parágrafo único. Compete ao Comando do Exército promover a alteração do Regulamento mencionado no caput,
com o fim de adequá-lo aos termos deste Decreto.
I - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de armas, munições e demais produtos controlados, em todo o
território nacional;
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II - estabelecer as dotações em armamento e munição das corporações e órgãos previstos nos incisos II, III, IV, V,
VI e VII do art. 6º da Lei nº. 10.826, de 2003; e
a) para que todas as munições estejam acondicionadas em embalagens com sistema de código de barras, gravado
na caixa, visando possibilitar a identificação do fabricante e do adquirente;
b) para que as munições comercializadas para os órgãos referidos no art. 6º da Lei nº. 10.826, de 2003, contenham
gravação na base dos estojos que permita identificar o fabricante, o lote de venda e o adquirente;
c) para definir os dispositivos de segurança e identificação previstos no 3º do art. 23 da Lei nº. 10.826, de 2003; e
IV - expedir regulamentação específica para o controle da fabricação, importação, comércio, trânsito e utilização
de simulacros de armas de fogo, conforme o art. 26 da Lei nº. 10.826, de 2003.
Art. 51. A importação de armas de fogo, munições e acessórios de uso restrito está sujeita ao regime de
licenciamento não-automático prévio ao embarque da mercadoria no exterior e dependerá da anuência do Comando do
Exército.
§ 2º A importação desses produtos somente será autorizada para os órgãos de segurança pública e para
colecionadores, atiradores e caçadores nas condições estabelecidas em normas específicas.
Art. 52. Os interessados pela importação de armas de fogo, munições e acessórios, de uso restrito, ao
preencherem a Licença de Importação no Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX, deverão informar as
características específicas dos produtos importados, ficando o desembaraço aduaneiro sujeito à satisfação desse
requisito.
Art. 53. As importações realizadas pelas Forças Armadas dependem de autorização prévia do Ministério da
Defesa e serão por este controladas.
Art. 54. A importação de armas de fogo, munições e acessórios de uso permitido e demais produtos controlados
está sujeita, no que couber, às condições estabelecidas nos arts. 51 e 52 deste Decreto.
Art. 55. A Secretaria da Receita Federal e o Comando do Exército fornecerão à Polícia Federal, as informações
relativas às importações de que trata o art. 54 e que devam constar do cadastro de armas do SINARM.
Art. 56. O Comando do Exército poderá autorizar a entrada temporária no país, por prazo definido, de armas de
fogo, munições e acessórios para fins de demonstração, exposição, conserto, mostruário ou testes, mediante
requerimento do interessado ou de seus representantes legais ou, ainda, das representações diplomáticas do país de
origem.
§ 1º A importação sob o regime de admissão temporária deverá ser autorizada por meio do Certificado
Internacional de Importação.
§ 2º Terminado o evento que motivou a importação, o material deverá retornar ao seu país de origem, não
podendo ser doado ou vendido no território nacional, exceto a doação para os museus das Forças Armadas e das
instituições policiais.
§ 4º O desembaraço alfandegário das armas e munições trazidas por agentes de segurança de dignitários
estrangeiros, em visita ao país, será feito pela Receita Federal, com posterior comunicação ao Comando do Exército.
Art. 57. Fica vedada a importação de armas de fogo, seus acessórios e peças, de munições e seus componentes,
por meio do serviço postal e similares.
Parágrafo único. Fica autorizada, em caráter excepcional, a importação de peças de armas de fogo, com exceção
de armações, canos e ferrolho, por meio do serviço postal e similares.
55
Art. 58. O Comando do Exército autorizará a exportação de armas, munições e demais produtos controlados.
§ 1º A autorização das exportações enquadradas nas diretrizes de exportação de produtos de defesa rege-se por
legislação específica, a cargo do Ministério da Defesa.
Art. 59. O exportador de armas de fogo, munições ou demais produtos controlados deverá apresentar como prova
da venda ou transferência do produto, um dos seguintes documentos:
II - Certificado de Usuário Final (End User), expedido por autoridade competente do país de destino, quando for o
caso.
Art. 60. As exportações de armas de fogo, munições ou demais produtos controlados considerados de valor
histórico somente serão autorizadas pelo Comando do Exército após consulta aos órgãos competentes.
Parágrafo único. O Comando do Exército estabelecerá, em normas específicas, os critérios para definição do
termo "valor histórico".
Art. 61. O Comando do Exército cadastrará no SIGMA os dados relativos às exportações de armas, munições e
demais produtos controlados, mantendo-os devidamente atualizados.
Art. 62. Fica vedada a exportação de armas de fogo, de seus acessórios e peças, de munição e seus componentes,
por meio do serviço postal e similares.
Art. 63. O desembaraço alfandegário de armas e munições, peças e demais produtos controlados será autorizado
pelo Comando do Exército.
VII - as armas de fogo, munições, suas partes e peças, trazidos como bagagem acompanhada ou desacompanhada.
Art. 64. O desembaraço alfandegário de armas de fogo e munição somente será autorizado após o cumprimento
de normas específicas sobre marcação, a cargo do Comando do Exército.
Art. 65. As armas de fogo, acessórios ou munições mencionados no art. 25 da Lei nº. 10.826, de 2003, serão
encaminhados, no prazo máximo de quarenta e oito horas, ao Comando do Exército, para destruição, após a elaboração
do laudo pericial e desde que não mais interessem ao processo judicial.
§ 1º É vedada a doação, acautelamento ou qualquer outra forma de cessão para órgão, corporação ou instituição,
exceto as doações de arma de fogo de valor histórico ou obsoletas para museus das Forças Armadas ou das instituições
policiais.
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§ 2º As armas brasonadas ou quaisquer outras de uso restrito poderão ser recolhidas ao Comando do Exército pela
autoridade competente, para sua guarda até ordem judicial para destruição.
§ 3º As armas apreendidas poderão ser devolvidas pela autoridade competente aos seus legítimos proprietários se
presentes os requisitos do art. 4º da Lei nº. 10.826, de 2003.
§ 4º O Comando do Exército designará as Organizações Militares que ficarão incumbidas de destruir as armas que
lhe forem encaminhadas para esse fim, bem como incluir este dado no respectivo Sistema no qual foi cadastrada a
arma.
Art. 66. A solicitação de informações sobre a origem de armas de fogo, munições e explosivos deverá ser
encaminhada diretamente ao órgão controlador da Polícia Federal ou do Comando do Exército.
Art. 67. Nos casos de falecimento ou interdição do proprietário de arma de fogo, o administrador da herança ou
curador, conforme o caso, deverá providenciar a transferência da propriedade da arma, mediante alvará judicial,
aplicando-se ao herdeiro ou interessado na aquisição, as disposições do art. 12 deste Decreto.< /p>
§ 2º Nos casos previstos no caput deste artigo, a arma deverá permanecer sob a guarda e responsabilidade do
administrador da herança ou curador, depositada em local seguro, até a expedição do Certificado de Registro e entrega
ao novo proprietário.
§ 3º A inobservância do disposto no §2º deste artigo implicará na apreensão da arma pela autoridade competente
aplicando-se ao administrador da herança ou ao curador, as disposições do art. 13 da Lei nº. 10.826, de 2003.
Seção II
Art. 68. O valor da indenização de que tratam os arts. 31 e 32 da Lei nº. 10.826, de 2003, bem como o
procedimento para pagamento, será fixado pelo Ministério da Justiça.
Parágrafo único. Os recursos financeiros necessários para o cumprimento do disposto nos arts. 31 e 32 da Lei nº.
10.826, de 2003, serão custeados por dotação específica constante do orçamento do Departamento de Polícia Federal.
Art. 69. Presumir-se-á a boa-fé dos possuidores e proprietários de armas de fogo que se enquadrem na hipótese
do art. 32 da Lei nº. 10.826, de 2003, se não constar do SINARM qualquer registro que aponte a origem ilícita da arma.
Art. 70. A entrega da arma de fogo, acessório ou munição, de que tratam os arts. 31 e 32 da Lei nº. 10.826, de
2003, deverá ser feita na Polícia Federal ou em órgãos por ela credenciados.
Art. 71. Será aplicada pelo órgão competente pela fiscalização multa no valor de:
a) à empresa de transporte aéreo, rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial ou lacustre que permita o transporte de
arma de fogo, munição ou acessórios, sem a devida autorização, ou com inobservância das normas de segurança; e
b) à empresa de produção ou comércio de armamentos que realize publicidade estimulando a venda e o uso
indiscriminado de armas de fogo, acessórios e munição, exceto nas publicações especializadas;
II - R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), sem prejuízo das sanções penais cabíveis:
a) à empresa de transporte aéreo, rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial ou lacustre que deliberadamente, por
qualquer meio, faça, promova ou facilite o transporte de arma ou munição sem a devida autorização ou com
inobservância das normas de segurança; e
III - R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), sem prejuízo das sanções penais cabíveis, na hipótese de reincidência da
conduta prevista na alínea "a", do inciso I, e nas alíneas "a" e "b", do inciso II.
Art. 72. A empresa de segurança e de transporte de valores ficará sujeita às penalidades de que trata o art. 23 da
Lei nº. 7.102, de 20 de junho de 1983, quando deixar de apresentar, nos termos do art. 7º, §§ 2º e 3º, da Lei nº. 10.826,
de 2003:
I - a documentação comprobatória do preenchimento dos requisitos constantes do art. 4º da Lei nº. 10.826, de
2003, quanto aos empregados que portarão arma de fogo; ou
Art. 73. Não serão cobradas as taxas previstas no art. 11 da Lei nº. 10.826, de 2003, dos integrantes dos órgãos
mencionados nos incisos I, II, III, IV, V, VI e VII do art. 6º.
§ 1º Será isento do pagamento das taxas mencionadas no caput, o "caçador de subsistência" assim reconhecido
nos termos do art. 27 deste Decreto.
§ 2º A isenção das taxas para os integrantes dos órgãos mencionados no caput, quando se tratar de arma de fogo
de propriedade particular, restringir-se-á a duas armas.
Art. 74. Os recursos arrecadados em razão das taxas e das sanções pecuniárias de caráter administrativo previstas
neste Decreto serão aplicados na forma prevista no § 1º do art. 11 da Lei nº. 10.826, de 2003.
Parágrafo único. As receitas destinadas ao SINARM serão recolhidas ao Banco do Brasil S.A., na conta "Fundo
para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal".
Art. 75. Serão concluídos em sessenta dias, a partir da publicação deste Decreto, os processos de doação, em
andamento no Comando do Exército, das armas de fogo apreendidas e recolhidas na vigência da Lei nº. 9.437, de 20 de
fevereiro de 1997.
Art. 77. Ficam revogados os Decretos nos 2.222, de 8 de maio de 1997, 2.532, de 30 de março de 1998, e 3.305,
de 23 de dezembro de 1999.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
Lei:
Art. 1o Os arts. 4o, 5o, 6o, 11, 23, 25, 28, 30 e 32 da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, passam a vigorar
com a seguinte redação:
“Art. 4o ........................................................................................................................
I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela
Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que
poderão ser fornecidas por meios eletrônicos;
.............................................................................................................................................
§ 2o A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à arma registrada e na quantidade
estabelecida no regulamento desta Lei.
.............................................................................................................................................
§ 8o Estará dispensado das exigências constantes do inciso III do caput deste artigo, na forma do regulamento, o
interessado em adquirir arma de fogo de uso permitido que comprove estar autorizado a portar arma com as mesmas
características daquela a ser adquirida.” (NR)
“Art. 5o .......................................................................................................................
.............................................................................................................................................
§ 3o O proprietário de arma de fogo com certificados de registro de propriedade expedido por órgão estadual ou do
Distrito Federal até a data da publicação desta Lei que não optar pela entrega espontânea prevista no art. 32 desta Lei
deverá renová-lo mediante o pertinente registro federal, até o dia 31 de dezembro de 2008, ante a apresentação de
documento de identificação pessoal e comprovante de residência fixa, ficando dispensado do pagamento de taxas e do
cumprimento das demais exigências constantes dos incisos I a III do caput do art. 4o desta Lei.
§ 4o Para fins do cumprimento do disposto no § 3o deste artigo, o proprietário de arma de fogo poderá obter, no
Departamento de Polícia Federal, certificado de registro provisório, expedido na rede mundial de computadores -
internet, na forma do regulamento e obedecidos os procedimentos a seguir:
I - emissão de certificado de registro provisório pela internet, com validade inicial de 90 (noventa) dias; e
II - revalidação pela unidade do Departamento de Polícia Federal do certificado de registro provisório pelo prazo que
estimar como necessário para a emissão definitiva do certificado de registro de propriedade.” (NR)
“Art. 6o ........................................................................................................................
§ 1o As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do caput deste artigo terão direito de portar arma de fogo de
propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, nos termos do
regulamento desta Lei, com validade em âmbito nacional para aquelas constantes dos incisos I, II, V e VI.
§ 1o-A. (Revogado)
§ 2o A autorização para o porte de arma de fogo aos integrantes das instituições descritas nos incisos V, VI, VII e X do
caput deste artigo está condicionada à comprovação do requisito a que se refere o inciso III do caput do art. 4o desta
Lei nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei.
...............................................................................................................................................
§ 5o Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem depender do emprego de arma
de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na
59
categoria caçador para subsistência, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de
alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva necessidade em
requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes documentos:
§ 6o O caçador para subsistência que der outro uso à sua arma de fogo, independentemente de outras tipificações
penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma de fogo de uso permitido.
§ 7o Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios que integram regiões metropolitanas será autorizado porte
de arma de fogo, quando em serviço.” (NR)
...........................................................................................................................................
§ 2o São isentas do pagamento das taxas previstas neste artigo as pessoas e as instituições a que se referem os incisos I
a VII e X e o § 5o do art. 6o desta Lei.” (NR)
“Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a definição das armas de fogo e demais produtos
controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histórico serão disciplinadas em ato do
chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta do Comando do Exército.
..............................................................................................................................................
§ 4o As instituições de ensino policial e as guardas municipais referidas nos incisos III e IV do caput do art. 6o desta
Lei e no seu § 7o poderão adquirir insumos e máquinas de recarga de munição para o fim exclusivo de suprimento de
suas atividades, mediante autorização concedida nos termos definidos em regulamento.” (NR)
“Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais
interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do Exército, no prazo máximo
de 48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na
forma do regulamento desta Lei.
§ 1o As armas de fogo encaminhadas ao Comando do Exército que receberem parecer favorável à doação, obedecidos
o padrão e a dotação de cada Força Armada ou órgão de segurança pública, atendidos os critérios de prioridade
estabelecidos pelo Ministério da Justiça e ouvido o Comando do Exército, serão arroladas em relatório reservado
trimestral a ser encaminhado àquelas instituições, abrindo-se-lhes prazo para manifestação de interesse.
§ 2o O Comando do Exército encaminhará a relação das armas a serem doadas ao juiz competente, que determinará o
seu perdimento em favor da instituição beneficiada.
§ 3o O transporte das armas de fogo doadas será de responsabilidade da instituição beneficiada, que procederá ao seu
cadastramento no Sinarm ou no Sigma.
§ 4o (VETADO)
§ 5o O Poder Judiciário instituirá instrumentos para o encaminhamento ao Sinarm ou ao Sigma, conforme se trate de
arma de uso permitido ou de uso restrito, semestralmente, da relação de armas acauteladas em juízo, mencionando suas
características e o local onde se encontram.” (NR)
“Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades
constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6o desta Lei.” (NR)
“Art. 30. Os possuidores e proprietários de arma de fogo de uso permitido ainda não registrada deverão solicitar seu
registro até o dia 31 de dezembro de 2008, mediante apresentação de documento de identificação pessoal e
comprovante de residência fixa, acompanhados de nota fiscal de compra ou comprovação da origem lícita da posse,
pelos meios de prova admitidos em direito, ou declaração firmada na qual constem as características da arma e a sua
condição de proprietário, ficando este dispensado do pagamento de taxas e do cumprimento das demais exigências
constantes dos incisos I a III do caput do art. 4o desta Lei.
60
Parágrafo único. Para fins do cumprimento do disposto no caput deste artigo, o proprietário de arma de fogo poderá
obter, no Departamento de Polícia Federal, certificado de registro provisório, expedido na forma do § 4o do art. 5o desta
Lei.” (NR)
“Art. 32. Os possuidores e proprietários de arma de fogo poderão entregá-la, espontaneamente, mediante recibo, e,
presumindo-se de boa-fé, serão indenizados, na forma do regulamento, ficando extinta a punibilidade de eventual posse
irregular da referida arma.
§ 1o Na comprovação da aptidão psicológica, o valor cobrado pelo psicólogo não poderá exceder ao valor médio dos
honorários profissionais para realização de avaliação psicológica constante do item 1.16 da tabela do Conselho Federal
de Psicologia.
§ 2o Na comprovação da capacidade técnica, o valor cobrado pelo instrutor de armamento e tiro não poderá exceder
R$ 80,00 (oitenta reais), acrescido do custo da munição.
§ 3o A cobrança de valores superiores aos previstos nos §§ 1o e 2o deste artigo implicará o descredenciamento do
profissional pela Polícia Federal.”
Art. 3o O Anexo da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, passa a vigorar na forma do Anexo desta Lei.
Tarso Genro
61
ANEXO
TABELA DE TAXAS
ATO ADMINISTRATIVO R$
III - Registro de arma de fogo para empresa de segurança privada e de transporte de valores 60,00