Uranálise
Uranálise
Índice
1 Formação da urina
2 Análise Clínica
o 2.1 Exame de Rotina da Urina
o 2.2 Urocultura
o 2.3 Urina de primeiro jato
o 2.4 Urina de 24 Horas
3 Referências
Formação da urina
A unidade funcional do rim é o néfron, formado pelo glomérulo, pela alça descendente e
ascendente de Henle e pelos túbulos contorcidos distal e proximal, os quais terminam nos
ductos coletores. Cada porção do néfron tem uma função na formação da urina. A cada minuto,
o rim normal é perfundido por cerca de 1.200 mL de sangue, a partir dos quais são produzidos
de 1 a 2ml de urina. O sangue é inicialmente filtrado na cápsula de Bowman (componente do
glomérulo), gerando um ultrafiltrado (volume aproximado: 180 L a cada 24 horas) que passará
pelos túbulos contorcidos e pela alça de Henle, terminando nos túbulos coletores.
O sangue penetra nos rins através da artéria renal, entrando no glomérulo através da arteríola
aferente e subsequentemente deixando o néfron pela artéríola eferente. Através de alterações
no seu diâmetro, estas arteríolas regulam a quantidade de sangue que é filtrada a cada
momento (aumentando ou diminuindo a pressão hidrostática nos capilares glomerulares). Na
cápsula de Bowman dos glomérulos (que consistem basicamente em capilares espiralados e
um espaço virtual, que recebe o ultrafiltrado), são filtradas para a urina as substâncias
dissolvidas no plasma com peso molecular inferior a 70.000 D. A cada minuto, cerca de 120 mL
de água contendo substâncias de baixo peso molecular são filtradas através deste sistema. Aí
o filtrado deve passar por três camadas filtrantes: a membrana das paredes capilares (cujas
células contém poros especiais, sendo denominadas fenestradas), a membrana basal, e o
epitélio visceral da cápsula de Bowmann.
O Fluxo de sangue através dos rins sofre influência do siatema renina-angiotensina-
aldosterona[1]. Quando os níveis de pressão sanguínea declinam, a renina (enzima produzida
nos rins) provoca a produção de aldosterona, a qual aumenta a reabsorção de sódio e água. O
oposto ocorre com a elevação da pressão. Esse sistema é um importante determinante da
pressão arterial. Distúrbios neste sistema podem estar relacionados com a gênese da
Hipertensão arterial.
É este transporte ativo de íons efetuado pelas células da Alça de Henle o responsável pela
concentração da urina, pois à medida que o ultrafiltrado progride, forma-se --- por um
mecanismo de contra-corrente --- um gradiente de concentração de sal, com concentração
máxima no fundo da alça de Henle. A concentração do filtrado, dependente deste gradiente
formado, começa no fim do túbulo contorcido distal e termina no ducto coletor. A
permeabilidade de ambos à água é controlada pelo hormônio aldosterona, que, quando
presente, torna as suas paredes permeáveis à água. Prosseguindo através do túbulo
contorcido distal, e antes de atingir o tubo coletor, o filtrado sofre reabsorção adicional de sódio
(sob o controle da aldosterona) antes que o fluido seja entregue aos túbulos coletores para a
concentração final.
Outro fenômeno que ocorre no néfron é a secreção tubular. Esta permite a eliminação de
resíduos não filtrados pelo glomérulo e a regulação do equilíbrio ácido-básico do organismo,
através da secreção de íons H+ (Hidrogênio). Muitas substâncias ligadas às proteínas (como
medicamentos) não podem ser filtradas pelos glomérulos, mas apresentam afinidade pelas
células dos capilares tubulares, e são aí transportadas para o filtrado através destas.
Os íons bicarbonato (HCO³) são fundamentais à manutenção do pH sanguíneo. Estes íons são
livremente filtrados, e devem ser reabsorvidos, o que ocorre principalmente no túbulo
contornado proximal.
Íons H+ (Hidrogênio) em excesso devem ser excretados. Sua excreção se dá quando ligados a
íons fosfato filtrados e não reabsorvidos e também ligados dos à Amônia (NH 3), formando o íon
amônio (NH4+), o qual é excretado.
Esses quatro últimos processos ocorrem simultaneamente, sendo sua velocidade determinada
pelo equilíbrio ácido-básico do organismo.
Dos tubos coletores a urina já formada prossegue até o ureter, chegando à Bexiga, de onde é
eliminada pela micção.
Análise Clínica
A urina pode ser coletada também por sondagem uretral ou punção suprapúbica, em casos
especiais. Colhida desta maneira, a urina do paciente normal é um líquido estéril.
Urocultura
A coleta de urina para a urocultura é ainda mais exigente do que a coleta para o EAS. Deve ser
utilizado coletor próprio estéril, tomando-se todo o cuidado para não contaminar a urina com
bactérias provenientes de fora do sistema urinário. A coleta segue os mesmos procedimentos
da coleta do EAS, com a diferença de que se deve adotar técnica estéril. Deve ser feita de
preferência no próprio laboratório, sob supervisão de um profissional treinado. O ideal é colher
a primeira urina da manhã, mas se não for possível deve-se colher urina que permaneceu na
bexiga pelo menos por um período de duas a quatro horas. Dentro do laboratório, a urina
colhida no mesmo frasco pode ser separada e destinada à execução do EAS.
Urina de 24 Horas
Para a coleta de urina de 24 horas, deve-se seguir com critério o procedimento descrito abaixo:
1. Em alguns casos, pode ser necessária uma dieta específica no período que antecede
e/ou durante o período de coleta.
2. Normalmente, deve ser utilizado coletor (garrafa) fornecido pelo laboratório de análise.
1. Deve-se ter atenção ao fato de que algumas análises requerem o uso de
coletor contendo substâncias conservantes. Estes coletores deverão ser
utilizados conforme orientações feitas pelo pessoal especializado do
laboratório.
2. No caso da determinação do Ácido Vanil-mandélico, o conservante utilizado é
o Ácido Clorídrico, o qual deve ser manuseado com cuidado, por ser uma
substância de poder corrosivo; assim, deve ser evitado o contacto direto com a
pele e a mucosas.
3. Marcar o horário para o início da coleta; este horário deve ser o mesmo, no dia
seguinte, marcado para o final da coleta;
4. Esvaziar a bexiga neste horário, desprezando-se integralmente a primeira micção;
5. Colher com cuidado o conteúdo integral de todas as micções realizadas a partir deste
horário, inclusive a primeira micção efetuada no horário marcado como final.
6. Entre as coletas, a urina deve ser armazenada em geladeira, de maneira a se evitar o
crescimento bacteriano em seu interior, com metabolismo das substâncias que se
deseja dosar;
7. Não se deve ingerir bebidas alcoólicas durante o período de coleta;
8. A urina deve ser encaminhada prontamente ao laboratório, e mantida refrigerada até o
momento de entrega.
9. Ao chegar ao laboratório, o volume total da urina será determinado, e após completa
homogeneização, uma amostra adequada será reservada para as análises.
Urina - Tipo I
Avaliação da Amostra
Como na maioria dos exames laboratoriais, a qualidade dos resultados depende da coleta.
A urina deverá ter sido colhida recentemente, com um volume mínimo de 20 mL, sem adição
de preservativos, refrigerada e nunca congelada, para garantir sua melhor preservação. Deve
estar claramente identificada e colhida em recipiente adequado.
A coleta deverá ser realizada após assepsia da área genital, desprezando-se o primeiro jato e
colhendo-se o jato intermediário. O recomendável é a coleta da primeira micção da manhã ou
uma amostra com pelo menos quatro horas de intervalo da última micção, em recipiente
plástico esterilizado. Se necessário, a amostra poderá ser colhida a qualquer tempo,
lembrando-se da existência, durante o dia, de variações em relação à dieta, exercício físico,
concentração da urina e uso de medicamentos.
1- O sangue é filtrado quando atravessa os capilares do glomérulo, passando o filtrado para
o túbulo através da membrana glomerular. Este processo chama-se filtração glomerular. O
filtrado glomerular contém a maior parte dos constituintes do sangue com exceção da
proteínas, que não podem através da membrana glomerular normal em quantidades
significativas.
2- A medida que o filtrado glomerular passa ao longo do túbulo, juntam-se mais substâncias,
provenientes da secreção através das paredes do túbulo a partir dos vasos sangüíneos
adjacentes. Esse processo chama-se secreção tubular.
3- Passam também substâncias e água através das paredes do túbulo para o sangue pelo
processo da reabsorção tubular.
O produto final destes três processos passa através de túbulos coletores mais largos para os
ureteres, que o transportam para a bexiga, da qual é excretado através da uretra sob a forma
de urina. Os constituintes da urina são os produtos da filtração glomerular mais os produtos da
secreção tubular menos as constituintes que voltam ao sangue através da reabsorção tubular.
COMPOSIÇÃO DA URINA
A urina é uma solução aquosa complexa, constituída de sais inorgânicos e produtos
orgânicos da eliminação, provenientes do metabolismo.
O principal componente inorgânico dissolvido na urina é o cloreto, seguido pelo sódio e
o potássio. Outros compostos inorgânicos também estão presentes em menores quantidades.
A concentração destes é muito influenciadas pela ingestão alimentar, o que dificulta o
estabelecimento de níveis normais.
Embora não fazendo parte do filtrado plasmático original, a urina também pode conter
elementos como células, cristais, muco e bactérias. Quantidades aumentadas destes
elementos muitas vezes é início de doença.
Se for necessário verificar se determinado fluido é mesmo urina, a amostra deverá ser
avaliada quanto ao teor da uréia e creatinina, pois estes estão presentes em concentração
muito maiores na urina que em outros fluidos orgânicos.
VOLUME DA URINA
O volume da urina depende da quantidade de água excretada pelos rins. A água é o
principal constituintes do organismo e, portanto a quantidade excretada em geral é determinada
pelo estado de hidratação do corpo. Os fatores que influenciam o volume de urina são:
ingestão de fluidos, perda de fluidos por fontes não renais, variação na secreção do hormônio
antidiurético e necessidade de excretar grandes quantidades de solutos, como glicose e sais.
Levando em consideração esses fatores, pode-se observar que embora o débito
urinário diário médio seja de 1.200 a 1.500 ml, podem ser consideradas normais os limites de
600 a 2.000 ml.
Durante o dia a excreção da urina é 2 a 3 vezes maior que durante a noite. O aumento
na excreção noturna da urina é chamado Nictúria.
Poliúria é o aumento no volume urinário diário. Está muitas vezes associado ao
diabetes mellitus e ao diabete insípido, contudo, também poder ser induzida artificialmente pelo
uso de diurético, cafeína ou álcool, que reduzem a secreção de hormônio antidiurético. O
diabetes mellitus e insípido produzem poliúria por razões diferentes e a uroanálise é um passo
importante no diagnóstico diferencial.
A perda de fluido em outras doenças é compensada pelo aumento da ingestão de água
o que produz um volume ainda maior de urina. A poliúria acompanhada por aumento de
ingestão de fluido muitas vezes é o primeiro sintoma dessas doenças.
UROANÁLISE
EXAME DE URINA
COLETA DE AMOSTRAS
O fato de a amostra de urina ser de fácil e rápida obtenção, muitas vezes, induz certos
descuidos no tratamento da amostra após sua coleta. Alteração na composição de urina
ocorrem não só in vivo mas também in vitro, havendo portanto necessidade de técnicas
corretas no manuseio de amostra após a sua coleta.
Há 3 regras importantes quanto aos cuidados com a amostra de urina que na realidade
se aplicam a todas as amostras recebidas no laboratório:
1- A amostra deve ser colhida em recipiente limpo e seco. Os recipientes devem estar
isentos de medicamentos, perfumes, poeira ou poluição com fezes, que prejudicam
radicalmente o exame. Os recipientes descartáveis são os mais populares e econômicos.
Esses recipientes existem de vários tamanhos e formas, inclusive bolsas plásticas com
adesivo para colheita de amostra pediátrica e recipiente grandes para amostra 24 hs.
2- O recipiente da amostra deve ser devidamente etiquetado com o nome do paciente, data
e hora da colheita e se conveniente informações adicionais tais como: a identificação do
hospital e nome do médico. Amostra sem identificação colocadas sobre as requisições
podem ser removidas e trocadas.
3- A amostra deve ser entregue imediatamente ao laboratório e analisada dentro de 1 hora.
A amostra que não puder ser entregue ou analisada em 1 hora deve ser refrigerada ou
receber conservante químico apropriado.
CONSERVAÇÃO
Quando a refrigeração não for possível, deve-se acrescentar conservantes químicos. O
conservante ideal deve ser bactericida, inibi a urease e conserva os elementos figurados do
sedimento, entretanto não deve interferir nos testes bioquímicos. O conservante ideal ainda
não foi identificado.
As amostras mantidas à temperatura ambiente por mais de uma hora, sem
conservantes, podem apresentar as alterações abaixo:
Para colher uma amostra que seja realmente representativo do estado metabólico do
paciente, muitas vezes é necessário controlar certos aspectos da coleta, como hora, duração,
dieta e medicamentos ingeridos e métodos da coleta. É importante dar instruções ao paciente
quando eles tiverem de seguir procedimentos especiais da colheita.
AMOSTRA ALEATÓRIA
Tipo mais comum e útil nos exames para detectar anormalidades bem evidentes.
Podem produzir resultados errados devido a ingestão de alimentos ou à atividade física
realizada pouco antes da colheita da amostra. Se necessário informar para colher amostras em
condição mais controladas. Aleatório – tipo de amostra que se presta para fazer urina tipo I ou
de rotina.
Amostra ideal para exame de rotina ou tipo I. de preferência deve ser colhido no
laboratório caso contrário deve ser levado ao laboratório dentro de 1 hora. Este tipo de amostra
é essencial para evitar resultados falsos negativos no teste de gravidez e para avaliar a
protenúria ortostática (deitado). É uma amostra mais concentrada o que garante a detecção de
substâncias que podem estar presentes nas amostras aleatórias mais diluídas.
AMOSTRA EM JEJUM
Difere da primeira amostra da manhã por ser resultado da segunda micção após um
período de jejum. Essa amostra não contém nenhum metabólito proveniente do metabolismo
dos alimentos ingeridos antes do início do período de jejum e é recomendado para a
monitorização de glicosúria.
1º dia – 7 da manhã: o paciente urina e descarta a amostra. O paciente então colhe toda urina
nas próximas 24 horas.(Manter refrigerada)
2º dia – 7 da manhã: o paciente urina e junta toda esta urina com aquela previamente colhida.
Ao chegar ao laboratório, a amostra de 24 horas deve ser homogenizada e seu volume
medido e registrado precisamente. Usar pequena quantidade para os testes necessários e não
desprezar o resto pois pode haver necessidade de repetição do teste ou a realização de outros.
A conservação a amostra deve ser feita com um conservante não tóxico para o
paciente e não deve interferir nas análises a serem feitas.
Antes de iniciar a colheita deve-se dar ao paciente todas as informações necessárias
para o modo correto da colheita e os testes a serem realizados.
Para garantir a precisão desse tipo de amostra pode-se dar ao paciente uma
quantidade conhecida de marcador químico atóxico como ácido – 4 – aminobenzoico, no inicio
do período de colheita.
A amostra é colhida em condição estéreis passando-se um tubo através da uretra até a
bexiga. Usado para urocultura. A urocultura também pode ser feita na urina colhida para
exames tipo I ou de rotina, entretanto deve-se primeiro fazer a assepsia para evitar
contaminação.
Outra indicação menos usada é quando se deseja avaliar separadamente a função de
cada rim. As amostras provenientes do rim direito e esquerdo são colhidos separadamente,
passando um cateter através do ureter de cada rim.
É um método seguro e menos traumático de se obter amostra para a cultura bacteriana.
É mais representativa e menos contaminada para a análise microscópica. Deve-se fazer no
paciente, ou instruí-lo, da limpeza apropriada e um recipiente estéril. Instruí-lo também para
colher apenas o jato médio da urina.
ASPIRAÇÃO SUPRAPÚBICA
A amostra é colhida pela punção da bexiga. Este método propicia amostra para cultura
de bactérias completamente livre de contaminação externa. Este tipo de amostra também pode
ser usado para exame citológico.
AMOSTRA PEDIÁTRICA
Usar coletores de plástico transparente com adesivo para prender a área genital de meninos
e meninas. Amostras estéreis pode ser obtida por cateterização ou aspiração suprapúbica.
As análises bioquímicas quantitativas podem ser feitas na urina de lactentes, extraídas de
fraldas descartáveis durante um período de tempo determinado.
O exame físico de urina fornece informações preliminares no que diz respeito à
distúrbios como hemorragia glomerular, hepatopatias, erros inatos do metabolismo e infecções
do trato urinário.
A medida da densidade ajuda na avaliação da função dos túbulos renais. Os resultados
da parte física da uroanálise também podem ser usados para confirmar ou explicar achados
nas áreas da bioquímica e microscópia.
Os caracteres gerais avaliados, são: Volume, Aspecto, Cor, Densidade, Odor
MEDIÇÃO DE VOLUME:
A medida do volume urinário apresenta interesse, somente quando tomada do volume
total emitido nas 24 horas, em função da dosagem, ou na verificação de nictúrias, poliúrias e
oligúrias. Mede-se o volume urinário em cálices ou provetas graduadas de boa procedência,
tomando-se o cuidado de utilizar vidrarias rigorosamente limpa, quando há necessidade de
realização de outros exames.
Recém-nascido 30 – 60 ml/24horas
O aspecto de urina normal e recentemente emitida é límpido. Decorridas algumas horas após
a emissão, a turvação da urina perde seu significado diagnóstico, ocorrendo precipitação dos
colóides protetores, pela perda de CO 2 e conseqüentemente, a facilitação para a precipitação
de sais, fosfatos, carboidratos e uratos, que poderão surgir com a mudança de pH, formando
grandes depósitos.
A urina ácida normal também pode mostrar-se turva devida à precipitação de uratos
amorfos, cristais de oxalato de cálcio ou ácido úrico. Além dos cristais amorfos, outras
substâncias causam turvação na urina leucócitos, hemácias células epiteliais e bactérias.
Também fazem o mesmo efeito os lipídeos, soro muco, linfa e contaminação externa com talco
e material de contraste radiográfico.
Quando uma amostra de urina recentemente emitida apresenta turvação é motivo de
preocupação.
COR:
- Outras cores
DENSIDADE:
A densidade urinária fornece informações importantes e pode ser facilmente obtida com
o uso do urodensímentro, refratômetro ou tiras reativas.
A principal desvantagem do uso de urodensímetro, é que ele exige grande volume de
amostra (15 a 20 ml). O recipiente no qual o urodensímetro flutua deve ser grande para permitir
a flutuação sem tocar nas laterais e o volume da urina deve ser suficiente para evitar que o
urodensímetro encoste no fundo. A leitura da régua é feita no menisco inferior da urina.
Densidade
Recém-nascido 1,012
Lactente 1,002 – 1,006
Adulto 1,002 – 1,035 (1,015 a 1,025)
CORREÇÃO DA TEMPERATURA:
Para cada grama de proteína presente deve-se subtrair 0,003 da leitura da densidade e
para grama de glicose deve-se subtrair 0,004.
A densidade pode ser ainda verificada através de tiras reativas e pelo método de gota
pendente – instrumento automático (tempo que a gota cai a uma distância determinada através
de um fluido insolúvel, esse tempo é convertido em densidade) A densidade do filtrado
plasmático no glomérulo é de 1,010. Urina com densidade de 1,010 recebe o termo de
isoestenuria; abaixo deste valor é hipoestenuria, e acima é hipertenúria. As amostras colhidas
ao acaso podem apresentar valores de 1,001 a 1,035, dependendo do grau de hidratação do
paciente.
Uma densidade alta, acima de 1,035 podem ser observado em paciente submetido há pouco
tempo a pielografia intravenosa, pois o material de contraste radiográfico é excretado pela
urina. Paciente dextranos ou outros fluidos intravenosas de alto peso molecular também
produzirão urina com uma densidade elevada.
Urina previamente diluídas; a porção decimal de densidade é multiplicada pelo fator de
diluição.
ODOR:
O cheiro característico da urina recentemente emitida (cheiro sui generis) tem sido
atribuído a ácidos orgânicos voláteis que ela contém. Com o envelhecimento, o cheiro se torna
amoniacal (devido ao desdobramento da uréia). Sob a influência de alguns medicamentos, a
urina adquira odor particular.
A análise bioquímica realizada com mais freqüência é o teste da glicosúria, devido a
sua utilização na detecção e controle do diabetes mellitus.
Significado Clínico
Normalmente quase toda glicose filtrada pelos glomérulos é reabsorvida no túbulo
contornando proximal e por isto a urina contém quantidades mínimas de glicose. A reabsorção
tubular é feita por transporte ativo em resposta as necessidades do organismo para manter
uma concentração adequada de glicose. Se os níveis sangüíneos de glicose ficaram elevados,
o transporte tubular desta substância cessa e ela aparece na urina. O nível sangüíneo no qual
a reabsorção tubular cessa é chamado “limiar renal” e é de 160 a 180 mg/dl.
A primeira urina da manhã nem sempre representa uma amostra em jejum, pois o jantar
anterior pode ter alimentos que fornecem glicose que se acumula na bexiga durante a noite, de
modo que o paciente deve ser instruído a esvaziar a bexiga e colher a segunda amostra. No
teste de tolerância a glicose, amostras de urina devem também ser colhida em conjunto com as
amostras de sangue.
A glicosúria que não vem acompanhada por hiperglicemia é observada nas doenças
que a afetam a reabsorção tubular. Também é encontrada em casos de hiperglicemia não
diabética, como os que ocorrem nas lesões de S.N.C e nos distúrbios da tiróide.
Mulheres grávidas, que podem ter diabetes latentes, tem glicosúria durante o terceiro
trimestre da gestação e precisam monitorização cuidadosa para se determinar com certeza a
existência de diabetes.
Tiras Reativas:
Emprega-se o método de glicose oxidase, impregnando a área a área do teste com
uma mistura de glicose oxidase, preroxidase, cromógeno e tampão para produzir uma reação
enzimática seqüencial dupla.
Glicose + O2 glicose ácido glicônico + H2O2
oxidase
H2O2 + cromógeno Peroxidase cromógeno (colorido oxidado) + H2O
Os fabricantes empregam diversos cromogênio, incluindo complexos de iodeto de
potássio e tetrametilbenzidina. A glicosúria pode ser registrada como traços, 1+, 2+, 3+, 4+;
mas as tabelas de cores, fornecem medidas quantitativas que vão desde 100 mg/dl até 2 g/dl
ou 0,1% a 2%. O registro quantitativo é recomendado pela American Diabetic Association.
A sensibilidade de fita reativo ficou estabelecida na faixa de 50 à 100 mg/dl; abaixo de
qual ele não detecta as pequenas quantidades de glicose na urina.
Substância Interferentes:
A glicose oxidase é específica para a glicose, não ocorrerão reação falsa positiva
mesmo se a urina contiver outras substâncias (açucares) reações falso positivas ocorrerão se
os recipientes da coleta estiverem contaminadas com peróxidos ou por detergentes, oxidantes
fortes.
A presença de níveis elevados de cetonas afeta os testes com glicose oxidase, quando
a concentração de glicose é baixa. Contudo como as cetonas geralmente vem acompanhadas
por intensa glicosúria, isso raramente representa problema. As densidades acima de 1020 e pH
elevado podem reduzir a sensibilidade do teste quando as concentrações são baixas.
Maior fonte de resultado falso negativo são erros técnicos de permitir que as amostras
fiquem a T ambiente muito tempo sem conservantes; pois ocorre rápida glicólise.
A glicose e outras substâncias redutores são capazes de reduzir o sulfato cúprico em
cuproso em meio alcalino e calor.
A presença de açúcar é visualizado pela coloração que vai do azul (negativo) passando
pelo verde, amarelo, laranja até o vermelho-tijolo.
CuSO4 + Subst. Redutoras meio alcalino CuO2 + Subst.
Oxidade
Δ
A Reação de Benedict usa sulfato de cobre, carbonato de sódio, tampão de citrato de
sódio, coloca-se a urina e aplica-se calor.
Os tabletes Clinitest contém ainda o hidróxido de sódio que ao adicionar urina e água
produz calor pela hidrólise do hidróxido de Na e pela sua reação com o citrato há liberação de
CO2 à partir de carbonato de Na, para evitar que o ar ambiente interfira na reação de redução.
No fim da reação efervescente pode-se fazer a comparação entre a cor.
Fenômeno “Travessia” (pass through) a cor produzida atravessa o estágio laranja e
volta ao azul ou azul-esverdeado e uma glicosúria intensa pode ser registrado com negativo.
Obs: Outros açucares podem ser encontrados na urina como a galactose, frutose, pentose e
lactose.
CETONAS
O termo cetona engloba três produtos intermediários do metabolismo das gorduras, que
são: acetona, ácido acetoacético, ácido beta-hidroxibutirico.
As razões clínicas para este aumento do metabolismo das gorduras são: incapacidade
de metabolizar carboidratos (diabetes mellito) – aumento de perda de carboidratos por vômito –
ingestão insuficiente de carboidratos associado a carência alimentar e redução de peso.
Significado Clínico
Os testes de cetonúria são os mais úteis para acompanhar e monitorizar o diabete
millitus. A cetonúria demonstra uma deficiência no tratamento com a insulina indicando a
necessidade de regular a sua dosagem.
O aumento de cetonas no sangue provoca um desequilíbrio eletrolítico, a desidratação
e se não for corrigida, a acidose e finalmente com o diabético.
Pacientes hospitalizados, muitas vezes produzem resultados positivos de cetonúria que
não tem relação com o diabetes, isto porque a doença do paciente impede a ingestão suficiente
de carboidratos ou está produzindo uma perda acelerada, como no caso dos vômitos.
Resumo do Significado Clínico da Cetonúria
- acidose diabética
- controle na dosagem de insulina
- carência alimentar
Tiras Reativas
Os três compostos de cetona não se apresentam em quantidades iguais na urina:
78% de ácido beta-hidroxibutílico
20% de ácido acetoacético
2% de acetona
Uma vez que estes compostos são derivados de ácido acetoacético, sua presença
pode ser pressuposta não sendo necessário realizar testes específicos.
Substâncias Interferentes
GLICOSE
A análise bioquímica realizada com mais freqüência é o teste da glicosúria, devido a
sua utilização na detecção e controle do diabetes mellitus.
Significado Clínico
Normalmente quase toda glicose filtrada pelos glomérulos é reabsorvida no túbulo
contornando proximal e por isto a urina contém quantidades mínimas de glicose. A reabsorção
tubular é feita por transporte ativo em resposta as necessidades do organismo para manter
uma concentração adequada de glicose. Se os níveis sangüíneos de glicose ficaram elevados,
o transporte tubular desta substância cessa e ela aparece na urina. O nível sangüíneo no qual
a reabsorção tubular cessa é chamado “limiar renal” e é de 160 a 180 mg/dl.
A primeira urina da manhã nem sempre representa uma amostra em jejum, pois o jantar
anterior pode ter alimentos que fornecem glicose que se acumula na bexiga durante a noite, de
modo que o paciente deve ser instruído a esvaziar a bexiga e colher a segunda amostra. No
teste de tolerância a glicose, amostras de urina devem também ser colhida em conjunto com as
amostras de sangue.
A glicosúria que não vem acompanhada por hiperglicemia é observada nas doenças
que a afetam a reabsorção tubular. Também é encontrada em casos de hiperglicemia não
diabética, como os que ocorrem nas lesões de S.N.C e nos distúrbios da tiróide.
Mulheres grávidas, que podem ter diabetes latentes, tem glicosúria durante o terceiro
trimestre da gestação e precisam monitorização cuidadosa para se determinar com certeza a
existência de diabetes.
Emprega-se o método de glicose oxidase, impregnando a área a área do teste com
uma mistura de glicose oxidase, preroxidase, cromógeno e tampão para produzir uma reação
enzimática seqüencial dupla.
A Reação de Benedict usa sulfato de cobre, carbonato de sódio, tampão de citrato de
sódio, coloca-se a urina e aplica-se calor.
Os tabletes Clinitest contém ainda o hidróxido de sódio que ao adicionar urina e água
produz calor pela hidrólise do hidróxido de Na e pela sua reação com o citrato há liberação de
CO2 à partir de carbonato de Na, para evitar que o ar ambiente interfira na reação de redução.
No fim da reação efervescente pode-se fazer a comparação entre a cor.
Fenômeno “Travessia” (pass through) a cor produzida atravessa o estágio laranja e
volta ao azul ou azul-esverdeado e uma glicosúria intensa pode ser registrado com negativo.
Obs: Outros açucares podem ser encontrados na urina como a galactose, frutose, pentose e
lactose.
CETONAS
O termo cetona engloba três produtos intermediários do metabolismo das gorduras, que
são: acetona, ácido acetoacético, ácido beta-hidroxibutirico.
As razões clínicas para este aumento do metabolismo das gorduras são: incapacidade
de metabolizar carboidratos (diabetes mellito) – aumento de perda de carboidratos por vômito –
ingestão insuficiente de carboidratos associado a carência alimentar e redução de peso.
Significado Clínico
Os testes de cetonúria são os mais úteis para acompanhar e monitorizar o diabete
millitus. A cetonúria demonstra uma deficiência no tratamento com a insulina indicando a
necessidade de regular a sua dosagem.
Pacientes hospitalizados, muitas vezes produzem resultados positivos de cetonúria que
não tem relação com o diabetes, isto porque a doença do paciente impede a ingestão suficiente
de carboidratos ou está produzindo uma perda acelerada, como no caso dos vômitos.
Tiras Reativas
Uma vez que estes compostos são derivados de ácido acetoacético, sua presença
pode ser pressuposta não sendo necessário realizar testes específicos.
TIRAS REATIVAS
O exame da urina tipo I ou de rotina mudou muito desde as tiras reativas começaram a
ser empregadas para sua análise bioquímica. Atualmente essas tiras são meios simples e
rápido de realizar 10 ou mais análises bioquímica clinicamente importantes: pH, proteínas,
glicose, cetonas, sangue, bilirrubina, urobilirogenio, nitrito, densidade e leucócitos.
As tonalidades das cores podem inferir um valor semi quantitativo (traços; +;++;+++;+++
+). Há também uma estimativa em mg/dl para algumas áreas.
CONTROLE DE QUALIDADE
- testar os frascos abertos de tiras reativas com controles positivos e negativo conhecidos
a cada turno de pessoal.
- Avaliar os resultados dos controles que estejam fora dos padrões fazendo novas provas
- Analisar os reagente usados nos teste comprobatórios com controles positivos e
negativos.
- Fazer controles positivos e negativos com novos reagentes e frascos recém-abertos de
tiras reativas.
- Registrar todos o procedimentos de controle e os números dos lotes das tiras reativas.
TÉCNICA:
pH
Juntamente com os pulmões, os rins são os mais importantes reguladores do equilíbrio
ácido-básico do organismo. Essa regulação se dá pela secreção do hidrogênio na forma de
íons amônio, do fosfato de hidrogênio, de ácidos orgânico fracos e pela reabsorção de
bicarbonatos do filtrado dos túbulos contornados.
Embora um indivíduo sadio geralmente produza a primeira urina da manhã com pH
ligeiramente ácida, entre 5 e 6, o pH normal das outras amostras do dia pode variar de 4, 5 à 8,
0. Conseqüentemente, não existem valores normais para o pH urinario e esse fator deve ser
considerado, em conjunto com outras informações do paciente, tais como: valor do equilíbrio
ácido-básico do sangue, função renal, presença de infecção no trato urinário, ingestão de
alimentos e tempo de coleta de amostra.
Significado Clínico
O pH urinário é importante por ajudar na determinação da existência de distúrbios
eletrolíticos sistêmicos de origem metabólica ou respiratória e no tratamento de problemas
urinários que exija que a urina se mantenha num determinado pH.
Na acidose respiratória ou metabólica não relacionada com distúrbios na função renal,
haverá produção de urina ácida, ao contrário se estiver presente alcalose respiratória ou
metabólica, a urina será alcalina.
Assim pode usar um pH urinário que não esteja de acordo com esse padrão para
excluir ou confirmar determinado estado patológico ou pode indicar algum distúrbio resultante
da incapacidade renal de secretar ou reabsorver ácidos ou bases.
Há formação de cristais urinários e cálculos renais pela precipitação de substâncias
químicas de natureza inorgânica dissolvida na urina. Essa precipitação depende do pH urinário
e pode ser controlada pela manutenção da urina em um pH incompatível com a precipitação
daquelas substâncias que formam os cálculos.
O conhecimento do pH urinário é importante na identificação de cristais presentes no
sedimento.
A manutenção de acidez urinária é útil no tratamento das infecções do trato urinário
causadas por microorganismos que não multiplicam com facilidade em meio ácido.
O pH urinário pode ser controlado através de dieta e com medicamentos.
Alimentos, ricos em proteínas (ex: carnes) produz urina ácida. Frutas e vegetais pela
formação de bicarbonatos produzem urina alcalina.
Fira Reativa
Após mergulhar a fita, comparar a cor desenvolvida com a cor da escala de referência.
Margem de erro 0,2.
Este sistema usa um indicador duplo de vermelho de metila e o azul de bromotimol. O
primeiro é ativo na faixa de 4,4 à 6,2 e muda do vermelho para amarelo; e o segundo passa do
amarelo para azul e a faixa de ação é entre 6,0 à 7,6.
Assim, na faixa de 5 à 9 medida pelas tiras podem ser vistas nas cores que vão desde
o laranja pH= 5 passando pelo amarelo e o verde, até o azul escuro final com pH= 9.
Não se conhece substâncias que interfira na medida de pH com as tiras retivas.
O cuidado que se deve tomar é para que se evite a passagem de reagente de um
quadriculado para outro.
Urina recém-nascido não atinge pH= 9 nas condições normais ou anormais esse valor
está associado à conservação incorreta.
PROTEÍNAS
Das análises químicas de rotina a mais indicativa de doença renal é a determinação de
proteínas. A protenúria está muitas vezes associada a doenças renais incipientes.
A urina contém quantidade muita pequena de proteínas, menor de 10 mg/dl ou 150 mg
por 24 horas. Esta excreção consiste principalmente de proteína séricas de baixo peso
molecular, filtrada seletivamente pelos glomérulos e proteínas produzidas no trato urogenital.
A albumina, devido ao seu baixo peso molecular é a proteína sérica encontrada na
urina normal.
Nem mesmo quando ela se encontra em altas concentrações no plasma, a
concentração dela na urina é grande, porque nem toda albumina que vai para os glomérulos é
filtrada e grande parte da filtrada é reabsorvida pelos túbulos.
Também estão presentes pequenas quantidades de microglobulinas sérica e tubulares,
a proteína de Tamm-Horsfall produzida pelos túbulos e a proteínas proveniente de secreção
prostáticas, seminais e vaginais.
Significado Clínico
A presença de proteína na urina tipo I nem sempre significa doença renal. Contudo a
sua presença exige que sejam feitas outras análises para determinar se essa proteína
representa uma condição normal ou patológica.
As principais causa de protenúria são: lesão da membrana glomerular, distúrbios que
afetam a reabsorção tubular das proteínas filtradas e aumento de níveis sérico de proteínas de
baixo peso molecular.
Quando a membrana glomerular está lesada (apresentam substâncias como matéria
amilóide, agentes tóxicos e complexos imunes encontrados no lúpus eritrematoso, na
glomerulonofrite estreptocócica) a filtração glomerular fica prejudicada, e grandes quantidades
de albumina sérica e globulina passam através dessa membrana e são excretadas na urina.
Maior quantidade de albumina também está presente em distúrbios que afetam a
reabsorção tubular. Nestas condições também se encontram outras proteínas de baixo PM de
origem sérica e tubular.
Quando suspeita-se da presença da proteína de B. J., pode-se fazer um teste seletivo
que utilize as propriedades de solubilidade característica dessa proteína. Normalmente as
outras proteínas coagulam ao calor e assim permanecem. A proteína de B. J. coagula a uma
temperatura entre 40 – 60ºC e se dissolve quando a T atinge 100ºC. Suspeitar de proteína de
B. J. presente em urina que precipitou (turva) a T 40º e 60ºC e se torna transparente a 100ºC.
Nem todas as pessoas com mieloma múltiplo apresenta quantidades detectáveis de proteína
de B. J na urina; os casos suspeitos deve-se fazer o teste para proteinúria e imunoeletroforese
no soro e urina.
Porteinúria em amostras ao acaso, nem sempre tem significado patológico, já que há
várias causas não renais ou benignas para isto. Proteinúria benigna é transitória e pode ser
produzida por exposição ao frio, exercícios vigorosos, febre alta, desidratação e na fase aguda
de várias doenças.
Proteinúria nos últimos meses de gravidez pode indicar estado de pré- clâmpsia e deve
ser considerada em conjunto com outros sintomas clínicos.
A proteinúria ortostática ocorre depois que a pessoa fica muito tempo em pé e
desaparece quando à pessoa se deita. Acredita-se que isto seja devido ao aumento da pressão
sobre a veia renal de quando está de pé. O procedimento neste caso é pedir a pessoa que
colha amostra imediatamente após se levantar pela manhã e outro após o período em que ficar
de pé e compara-se os dois resultados.
Tiras Reativas
Utiliza o princípio de “erro dos indicadores pelas proteínas” para produzir uma reação
colorimétrica visível. Certos indicadores mudam de cor na presença ou ausência de proteínas e
o pH permanece constante.
Na tira, a área para determinação de proteína contém azul de tetrabromofenol ou 3,3,
5,5 tetraclorofenol 3,4, 5,6 tetrabromossulfenolftaleina e um tampão de ácidos para manter o
pH em nível constante. Quando o pH= 3 ambos os indicadores ficam amarelo na ausência de
proteína. A medida que a concentração de proteína aumenta a cor vai passado por várias
tonalidades de verde ficando finalmente azul. Leitura: negativo e traços, +,++,+++,++++ em
valores semi-quantitativo em mg/dl.
A leitura é difícil, principalmente “traços” e toda vez que tem leitura positiva deve-se
confirmar com método térmicos os de precipitação de ácidos.
As tiras medem albumina, não proteínas tubulares e a Bence Jones.
Proteinúria, freqüentemente positiva também a tira destinada ao sangue e com achado
de cilíndricos, hemácias, leucócitos ou bactérias no exame microscópico positivo. Contúdo é
possível ter resultado negativo na presença de pequeno número de cilíndricos ou hemácias.
Teste de Precipitação
Hoje substitui-se o teste do calor e ácido pelo ácido sulfossalícilico em várias
concentrações. Pode ser feito uma curva padrão usando concentração conhecidas de
proteínas, chegando assim a um processo quantitativo. A quantidade de precipitação produzida
pode ser medida visualmente em comparação com um conjunto de parâmetros ou por
espectrofotometria.
Substâncias Interferntes
Há várias substâncias ou estados clínicos que produzem interferência na tira reativa ou
no método de precipitação.
Nas tiras: urina extremamente alcalina, anula o sistema de tamponamento, produzindo
elevação do pH e uma mudança na cor que não tem relação com a concentração de proteína.
Tira reativa permanece em contato com a urina por muito tempo pode remover o
tampão produzindo uma reação falso – positivo.
Recipiente contaminado com compostos de amônio quantinário e detergente podem
produzir reação falso – positivo.
Concentração de sais reduzem a sensibilidade das tiras reativas.
Qualquer substâncias precipitada pelo ácido produzirá, falsa turvação no teste com
ácido sulfossalicílico. Substâncias mais encontradas: corantes radiográficos, os metabólicos de
talbutamida as cefalosporina as penicilinas e as sulfonamidas. Os corantes radiográficos
produzem urina com densidade muito alta (acima de 1035) e aumento de precipitação em urina
em repouso que todavia se dissolve em ácido acético.
Histórico do paciente informa sobre a ingestão de talbutamida e antibióticos.
Urina alcalina nos testes de precipitação produzirá resultados falso – negativos.
Os testes de precipitação devem ser realizados com amostras centrifugadas para
remover qualquer turvação.