OFERTA TURÍSTICA Final
OFERTA TURÍSTICA Final
OFERTA TURÍSTICA Final
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associe à sua natureza e uso (monumentos históricos, restos arqueológicos, museus,
arquitectura antiga, arquitectura e engenharia actual,..).
– Antropomo – recurso cujo elemento se baseia essencialmente no homem enquanto
curiosidade, associado a costumes, hábitos, tradições, folclore, artesanato, actividades
culturais ...
– Mnemono – tal como o nome diz, refere-se à memória, isto é, constituem
elementos intangíveis que podem motivar a deslocação turística por recordações ou
memórias decorrentes de acontecimentos históricos.
Deste modo, a oferta turística é composta por um conjunto de elementos que podem ser
agrupados em:
a)Atractivos Turísticos – o seu conceito é complexo dado que a atractividade de
certos elementos varia de forma abismal de um turista para o outro. Dessa
forma, os atractivos estão relacionados com as motivações de viagens dos
turistas e a avaliação que os mesmos fazem desses elementos. Porque o turista
procura sempre conhecer aquilo que é diferente de seu dia-a-dia e aquele que é
único, sem outros semelhantes, possui maior valor para o turista. Eles podem ser
naturais (montanhas, hidrografia, costa ou litoral, etc.) e culturais (monumentos,
sítios, manifestações, usos e tradições populares).
b) Serviços turísticos – para poder usufruir dos atractivos, o turista necessita de
consumir uma serie de serviços, alguns dos quais podem exclusiva ou
preferencialmente estar directamente voltados para atender as necessidades dos
turistas. Estão entre estes serviços os de hospedagem, alimentação,
agenciamento, transportes turísticos, aluguer de veículos, etc.
c)Serviços públicos – são serviços de grande relevância tanto para a população local
assim como para os visitantes, eles viabilizam de certa forma os fluxos turísticos
e condicionam em grande medida o acto de consumo turístico. Está-se aqui a
falar de transportes públicos, serviços bancários e de câmbio, serviços de saúde,
de segurança, informação, de comunicações, etc.
d) Infra-estrutura básica – a infra-estrutura básica de uma destinação turística
também é elemento fundamental para a viabilização da actividade, visto que não
basta existirem recursos e atractivos turísticos para o turismo se desenvolver.
Para implantar e instalar bens, equipamentos e estabelecimentos turísticos numa
localidade, há necessidade de certas facilidades como vias de acesso,
saneamento, energia, comunicações, vias urbanas, capacitação de recursos
humanos entre outras sem as quais o funcionamento de todo um conjunto de
equipamentos e serviços seria bastante limitado ou mesmo impossível.
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não pode ser transferido para outro local associado a melhores condições de
venda;
– O produto turístico é compósito, na medida em que qualquer deslocação turística
envolve um conjunto de bens e serviços que concorrem entre si em
complementaridade (alojamento, alimentação,...);
– A intangibilidade do produto turístico, tornando-o imaterial, uma vez que os produtos
só poderão ser testados consumindo.
Conclusão
Apesar da oferta turística de qualquer destino ser variável, podemos dizer que a procura
só poderá ser satisfeita com base num conjunto mínimo de componentes oferecidos:
recursos turísticos, infra-estruturas, super-estruturas (equipamentos que respondem
directamente às necessidades da procura turística), acessibilidades e transportes,
hospitalidade e acolhimento (as condições com que se recebe os visitantes podem
constituir um factor de diferenciação e atractividade no turismo).
Num contexto em que o turismo assume cada vez um peso mais significativo na base
económica nacional, com especial incidência em países em vias de desenvolvimento
como Moçambique, os recursos inerentes a um determinado território constituem o seu
potencial, apesar de, por si só, não serem suficientes ao funcionamento da actividade
turística, devendo ser equacionados e potenciados enquanto factores de atracção e
diferenciação.
Neste sentido, os recursos turísticos, quer sejam de âmbito natural, quer sejam criados
pelo homem, constituem-se como principal componente da oferta turística. Os recursos
constituem assim a base do desenvolvimento turístico, na medida em que promovem a
deslocação de pessoas enquanto atracção sem o objectivo de realizarem uma actividade
remunerada ou satisfazerem uma necessidade decorrente da deslocação.