OLIGOPOLIO

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O MERCADO OLIGOPOLISTA

Trabalho preparado para a disciplina


Economia da Empresa, leccionada pela
Professora Elvira Vieira

RESUMO: este documento pretende prospector como se estrutura um mercado na vertente da


economia, no entanto o oligopólio será uma estrutura do mercado mais desenvolvida.

IPAM MATOSINHOS – MAIO 2007

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Ana Magalhães nº 4421, Frederico Ferreira nº3689, Joana Guimarães nº4348, Nuno Amaro nº4338, Vítor Gonçalves nº4500
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Índice

INTRODUÇÃO ..................................................................................................................3

1. O MERCADO ...........................................................................................................4

1.1. CONCORRÊNCIA PERFFEITA ......................................................................... 5

1.2. MONOPÓLIO ..................................................................................................... 6

1.3. CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA................................................................ 7

1.4. OLIGOPÓLIO ..................................................................................................... 8

2. UNICER VS CENTRAL DE CERVEJAS ................................................................11

2.1. CENTRAL DE CERVEJAS ............................................................................... 11

3. CONCLUSÃO ........................................................................................................12

4. BIBLIOGRAFIA......................................................................................................13

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INTRODUÇÃO

Este trabalho, proposto no âmbito da disciplina de Economia da empresa aborda um


tema que dá continuidade a matéria já dada na aula, que são as estruturas do
mercado.

A realização deste trabalho tem como objectivos a possibilidade de uma revisão


bibliográfica a nível do que é o Mercado, e as suas estruturas, como a Concorrência
Perfeita, o Monopólio, a Concorrência Monopolística e por fim o Oligopólio, este último,
foi dado uma maior relevância, já que será o nosso mercado em estudo com empresas
portuguesas (Unicer e a Central de Cervejas). A metodologia utilizada foi baseada em
documentos científicos estudados e livros apropriados e capazes de responder a todos
estes pontos.

De salientar que, já foi iniciado o processo de estudo da duas empresas em cima


referidas, deixamos no documento, já um pouco daquilo que irá ser realizado até a
entrega final deste trabalho.

O trabalho apresenta – se organizado de maneira a que se atinjam os objectivos


pretendidos e a que, de uma forma sucinta se fique a conhecer melhor o tema em
questão.

” Quando se instrui alguém numa ciência, começa-se por lhe dar uma introdução geral.”
S. Tomás de Aquino

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1. O MERCADO

Para LEE (1980), a regulação do mercado é discutida no contexto de uma escolha


colectiva para transcender o mercado para realizar lucros de eficiência. Isto é
realizado pela socialização da execução do “cartel” e a instituição da avaliação social
na determinação de preço. A suposição habitual, consiste em que, algum grupo de
interesse necessariamente perde ou ganha na regulação é muitas das vezes, evitada.
Tanto o grupo de consumidor como o grupo de produtor adiantam-se num modelo
Além disso, o acordo não confia na transferência de “movimentação aberta” dos
consumidores ao produtor. O plano implica uma transferência no carácter do público
ao produtor (execução de cartel) e uma transferência de movimentação do produtor ao
público (preço mais baixo). O conflito que realmente surge no modelo implica como o
lucro da regulação deve ser compartilhado. A “formosura” fica como assunto primordial
no processo. Sugere-se que a solução Nash para a avaliação, segure bem a realidade
social que o que é justo, depende das vantagens de ameaça dos grupos no conflito. A
solução Nash contém que os próprios grupos assegurarão que o resultado
medianamente reflecte as vantagens de ameaça relativas num contexto específico.
Por essa razão, as tácticas de pressão que são aplicadas a empresas reguladoras do
mercado, podem ser simplesmente informativas.

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1.1. CONCORRÊNCIA PERFFEITA

Segundo NORDHAUS, Samuelson (2005), todos sabemos que existe o mundo dos
“aceitantes preço” (price – takers), a que chamamos Concorrência Perfeita.

Assim, uma empresa é considerada perfeitamente concorrencial se a própria vender


um produto homogéneo (um produto muito, muito semelhante ao das outras marcas).

Este tipo de concorrência não consegue alterar o preço de mercado, ou seja, não
possui o factor do poder de influência, apenas o pode aceitar como um dado.
Podemos observar assim, o exemplo, de um empresário, o Dr. Pedro, que trabalha
com o petróleo, sendo este tipo de produto considerado homogéneo, pois este vendo
– o a uma parcela enorme de compradores ao preço de mercado 20 euros o barril, por
exemplo. Pois da mesma forma que os consumidores têm que aceitar os preços que
são cobrados nas chamadas telefónicas, ou numa visita a um museu, numa ida ao
teatro, da mesma forma as empresas consideradas concorrenciais são obrigadas a
aceitar os preços do mercado do petróleo que produzem. É necessário assim, não
esquecer que a concorrência perfeita existe em todas as empresas de pequena
dimensão que produzem produtos idênticos e onde cada uma destas empresas é vista
como demasiadamente pequena para conseguir modificar sozinha o preço de
mercado.

Segundo RUTHERFORD, Donald (1998), Concorrência Perfeita, é um mercado onde


encontramos um número elevado de vendedores e compradores que produzem a
actividade de comercializar um bem homogéneo, com a liberdade de entrada e saída
para as firmas sem intervenção do estado, os custos dos transportes e uma oferta
perfeitamente elástica dos factores de produção.

Apesar de existir um baixo número de mercados, excepto alguns de títulos e


mercadorias que nem sequer se avizinham dessa mesma condição. Assim, a
Concorrência Perfeita é conceptualmente importante como um caso extremo na
classificação dos mercados. Por em, muitas teorias económicas não vão além da
hipótese da Concorrência Perfeita.

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1.2. MONOPÓLIO

Segundo NEVES (1997), o mercado monopolista caracteriza-se pela existência de


apenas um produtor, que como a opinião comum refere pode fazer o que bem entende
do mercado. Mas segundo o autor, não funciona assim, já que o monopolista domina
apenas um dos lados do mercado: a oferta. Em particular, se o monopolista quiser
marcar um preço muito alto, a procura reduz-se e pode mesmo perder dinheiro. Ou
seja, o monopolista está restringido a escolher um dos pontos da curva da procura dos
consumidores. Pode escolher o que quiser, mas não pode escolher um ponto fora
dessa curva.

Assim, partindo de um certo ponto (tem que estar, como vimos sobre a curva da
procura), se o produtor decidir aumentar a produção de uma unidade, pagará a mais o
custo marginal e recebe um valor que é inferior ao preço de mercado que se
verificava, pois o preço desce ao longo da curva da procura.

O facto de os monopólios serem maus sistemas de produção leva à existência de


políticas de intervenção por parte do Estado. Estes utilizam instrumentos (como a
nacionalização da empresa, a fixação de preços, o lançamento de impostos sobre o
monopolista) para sugar o lucro. Esta intervenção do Estado tem gerado muita
polémica.

SCHUMPETER cit in NEVES (1997), refere que a ineficiência do monopolista verifica-


se sobretudo a curto prazo, há que ter em conta que a estabilidade da situação do
monopolista e os lucros que resultam podem ser muito mais favoráveis à criação de
um ambiente próprio para a descoberta e implantação de inovações técnicas, do que a
situação feroz e incerta da concorrência.

Outra ideia recente, relativa à politica sobre o monopólio, que tem sublinhando os
maus resultados da intervenção do Estado, supostamente dirigida para resolver a
ineficiência dos monopólios. Não só tem burocratizado o funcionamento da empresa,
sobretudo no caso das empresas nacionalizadas, as regulações trazem consigo outras
ineficiências, sendo por vezes causadoras de monopólios. Por isso, nalgumas
economias mais avançadas, tem-se assistido a um esforço de privatização e
desregulação desses sectores.

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1.3. CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA

A concorrência monopolística trata-se de uma situação muito especial e curiosa


segundo alguns autores, CHAMBERLIN e DOYLE (1928).

Estes autores afirmam, que neste tipo de mercado, existem muitos produtores, tal
como na concorrência perfeita, mas cada um deles produz e vende um produto
ligeiramente diferente do produzido por qualquer um dos seus concorrentes. Assim, no
produto particular, cada empresa é um monopólio, mas como os produtos satisfazem
as necessidades quase iguais dos consumidores, existe então uma intensa
concorrência entre eles.

Exemplificando, temos os mercados dos vinhos e das bombas de gasolinas (onde a


diferença está não no produto, mas sim na localização, um vinho produzido no Douro
tem características diferente de um vinho produzido no Alentejo).

As diferentes marcas ou gamas de um produto captam também algo deste caso. Claro
que cada tipo de vinho tem diferenças face aos seus congéneres, mas se o vinho for
muito distante do praticado pelos concorrentes, os consumidores iriam mudar de
escolha.

Como no bem que produz, a empresa é um monopólio, vai-se comportar como tal.
Mas, ao contrário do caso monopolista e tal como na concorrência perfeita, se a
empresa tem lucro, outras empresas irão entrar no mercado e produzirão produtos
parecidos.

Este facto, irá reduzir a procura do bem da empresa, o que lhe causará o esgotamento
do lucro. Na situação de lucro nulo, pára a entrada de novas empresas e o mercado
está em equilíbrio a longo-prazo.

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1.4. OLIGOPÓLIO

Na economia, oligopólio (do grego oligos, poucos + polens, vender) é uma forma
evoluída de monopólio, no qual um grupo de empresas promove o domínio de
determinada oferta de produtos e/ou serviços, como empresas de mineração,
alumínio, aço, montadoras de veículos, cimentos, laboratórios farmacêuticos,
aviação, comunicação e bancos.

Existem três denominações que caracterizam oligopólio:


 Cartel;
 Truste;
 Holding;

Cartel, é uma forma de oligopólio em que as empresas são legalmente independentes.


Normalmente as empresas concorrentes actuantes nesse mesmo sector, impulsionam
acordos entre si, para promover o domínio de determinada oferta de produtos e/ou
serviços.

Uma forma muito conhecida de cartel é a combinação de preços realizado pelas


empresas praticantes, onde o preço é manipulado, minimizando assim as
oportunidades da concorrência leal, frequentemente este tipo de acordos não têm uma
grande duração temporal, já que dará a conflitos de interesses.

Um exemplo real, onde possamos claramente identificar este tipo de oligopólio, é o


mercado do combustível, temos em Portugal, a Galp, a BP e a Repsol, como
empresas detentoras da maior quota de mercado, no nosso dia-a-dia, verificamos a
subida em todos os postos o preço da gasolina, com diferenças de preço mínimas,
assim o consumidor raramente pode escolher a fim de poupar.

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Truste, é uma expressão utilizada para designar as empresas ou grupos sob a mesma
orientação, mas sem perder a autonomia, aglomera-se com um fim de dominar o
mercado e suprimir a concorrência.

É uma forma de oligopólio, na qual as empresas envolvidas, cedem o seu poder de


independência, para constituir uma única organização, com um intuito de juntas as
sinergias e dominar a determinada oferta de produtos e/ou serviços. Pode-se definir
truste, também por uma organização empresarial de grande poder que faz pressão no
mercado inserido.

Existem dois tipos de truste:

 Trustes Verticais;

 Trustes Horizontais;

Os trustes verticais, são aqueles que visam a controlar de uma forma sequencial da
produção de determinado tipo de mercado, sendo que as empresas podem actuar em
diferentes ramos. Exemplo: Petrogal (desde a obtenção do petróleo, até a venda do
combustível).

Os trustes horizontais, são aqueles que visam a controlar a variedade dos produtos no
mercado inserido. Exemplo: Coca-Cola (Actua no mercado das colas, das águas, dos
sumos com gás,etc.).

Holding, em português significa, sociedade gestora de acções. É uma forma de


sociedade, criada com o objectivo de superintender um grupo delas (conglomerado).
Este tipo de empresa, possui a maioria das acções das empresas componentes de um
determinado grupo de empresas. Esta forma é muito utilizada por médias e grandes
empresas, que visa a melhorar a sua estrutura do capital da mesma, ou como parte
alguma parceria com outras empresas. Exemplo: Adidas (Comprou a concorrente
Reebok e optou por manter a mesma marca, já que o target da Reebok é diferente ao
da Adidas, também têm uma notoriedade dissemelhante na mente do consumidor,
assim a quota de mercado da Adidas poderá fazer frente ao seu principal concorrente,
Ñike).

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Existem dois tipos de holding:

 Holding pura, isto é, quando o objectivo passa somente pela participação na


“presença” de capital noutras sociedades empresariais;

 Holding mista, aquando é mais que a participação do capital, também consiste


na exploração de alguma actvidade empresarial;

NUSDEO (2006), refere que holding é uma sociedade cuja a totalidade do seu capital
é aplicada em acções de outra sociedade, gerindo assim o controlo sobre a
administração das mesmas. Por esta forma, assegura-se uma concentração de poder
decisivo nas mãos da “empresa mãe”, mas no entanto este tipo de oligopólio, nem
sempre é utilizado com esta finalidade.

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2. UNICER VS CENTRAL DE CERVEJAS

2.1. CENTRAL DE CERVEJAS

Lançada em 2005, a Sagres Bohemia é uma cerveja ruiva, com um carácter intenso,
aroma frutado, espuma cremosa e uma cor âmbar
avermelhada. Ideal para acompanhar refeições, tem um teor de
álcool de 6,2%. Em 2006 foi lançada a Sagres Bohemia 1835,
com um teor de álcool de 6,6%, numa edição limitada para
comemorar os 170 anos da Cervejaria da Trindade. Em Março
a Central lançou a Sagres Bohemia Mini, um formato histórico
de 20 cl da cerveja Sagres que vem alargar o leque das
opções de consumo de uma referência de sucesso como é a
Sagres Bohemia. Também no mesmo mês foi lançada a
Bohemia 0,75 cl, o formato ideal para quem não dispensa a companhia de amigos e
família na partilha de refeições. Este formato realça o aroma frutado e intenso da
cerveja ruiva.

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3. CONCLUSÃO

Após a realização deste trabalho referente à análise do mercado e as suas estruturas,


pode-se referir que inicialmente apreendemos o conceito de cada estrutura com o fim
de compreender a metodologia.
Deve-se referir também que a relação do nosso mercado, o Oligopólio com os
restantes, foi um bom “esquema” para traçarmos e descobrir quais as componentes do
mercado e as suas movimentações.
Foi-nos pedido as revisões bibliográficas sobre conceitos, uma análise que nesta parte
foi teórica, mas espera-se na segunda parte deste trabalho, podemos aplicar alguns
conceitos e desenvolve-los.
Em suma, este parâmetro foi uma preparação, uma captação de conhecimentos, para
daqui adiante tornar-se um documento prático, onde possamos tirar conclusões deste
trabalho.

” O tempo é o número do sucessivo.”


S. Tomás de Aquino

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4. BIBLIOGRAFIA

 DOYLE, Sir Arthur Conan (1928), The Complete Sherlock Holmes Short Stories, Vol.
140, Iss. 23, pg.45;

 LEE, Li Way (1980), The American Economic Review, Vol. 70, Iss. 4, pg.848;

 NASH (1980), The American Economic Review, Vol. 70, Iss. 4, pg.848;

 NEVES, João Luís César (1997), Introdução à Economia, Verbo: Lisboa;

 SAMUELSON and NORDHAUS (1944), cit in Introdução à Economia, Verbo: Lisboa;

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