Cap 9 Resumo Abbas Imunología Básica
Cap 9 Resumo Abbas Imunología Básica
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Auto-imunidade: Princípios e Patogênese
Auto-imunidade é a resposta imune a antígenos autólogos (próprios). Os principais fatores no
desenvolvimento da auto-imunidade são herança de genes suscetíveis, que contribuem para a quebra da
autotolerância e estímulos do meio, como as infecções que podem ativar os linfócitos T auto-reativos.
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Desconhece-se a etiologia de qualquer doença humana auto-imune, sobretudo, pois estas são
heterogêneas e multifatoriais, e os antígenos próprios, que são os indutores e os alvos das reações
autoimunes, frequentemente são desconhecidos.
Anergia
Para serem ativados (proliferação e diferenciação) os linfócitos T precisam de, no mínimo, 2 sinais:
1) Reconhecimento do antígeno apresentado pela APC, através de um receptor linfocitáro.
2) Co-estimulação: ligação de um co-estimulador presente na APC (B7) a um receptor presente no
linfócito (CD28)
Os linfócitos T com receptores para antígenos próprios não são co-estimulados porque ou as APCs que
apresentam o antígeno não possuem co-estimuladores suficientes para ativar os linfócitos, ou os linfócitos
T auto-reativos passam a responder com receptores CTLA-4 (CD152) que se ligam as poucas moléculas
B7 co-estimulatórias presentes nas APCs que ao contrário da resposta da ligação B7-CD28, causa uma
resposta inibitória.
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Ambas situações levam a anergia (inativação funcional) dessas células T.
Não se sabe como a célula T escolhe usar o receptor CD28 ou o CTLA-4 para as moléculas de B7, uma
possibilidade é que as APCs em repouso podem expressar quantidade suficiente de B7 para se ligar ao
receptor inibidor, mas não suficiente para ativar as células T.
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1) A ativação repetida de células T CD4+ faz com que esta expresse o receptor de morte Fas (CD95), e o
seu ligante FasL e a ligação entre eles, na mesma células ou entre células vizinhas leva a ativação de
caspases que induzem a apoptose. Essa situação de ativação repetida, normalmente, só ocorre para
antígenos próprios já que antígenos microbianos dificilmente são persistentes por tempo suficiente para
fazê-lo.
A IL-2 pode funcionar tanto para estimular quanto para terminar a resposta imune pois é um fator de
crescimento de células T mas também pode agir potencializando a apoptose mediada pela Fas.
2) O reconhecimento de antígenos tanto próprios quanto não-próprios induz a produção de proteínas pró-
apoptóticas nas células T. A diferença é que na resposta a antígenos não-próprios também há o estimulo
da produção de proteínas anti-apoptóticas devido a co-estimulação por segundos siani gerados na resposta
imune inata. Como isso não ocorre durante o reconhecimento de um antígeno próprio a célula T morre.
Esta via não usa receptores de morte como o Fas.
Mutações no gene Fas leva ao desenvolvimento de uma doença auto-imune grave com acúmulo de
linfócitos chamada síndrome proliferativa auto-imune.
Supressão Imune
Alguns linfócitos auto-reativos ao reconhecer antígenos próprios podem se desenvolver em células
regulatórias cuja função é prevenir ou suprimir a ativação de outros linfócitos auto-reativos. Isso pode
ocorrer tanto no timo quanto nos órgãos linfóides periféricos mas não se sabe sob quais condições.
As células T regulatórias são na maioria CD4+ e expressam altos níveis de CD25 (cadeia alfa da IL2),
algumas produzem citocinas como TGF beta e IL-10 que bloqueiam a ativação dos linfócitos e
macrófagos ou também podem interagir diretamente com outros linfócitos e APCs e suprimi-los por
mecanismos indefinidos.
As células T reguladoras, que são controladas pala população celualr que expressa CD25+, normalmente
controlam os linfócitos auto-reativo e, na ausência destes reguladores, os linfócitos auto-reativos são
liberados do seu controle e atacam os próprios tecidos.
A geração e a função das células T reguladoras depende do fator de transcrição FoxP3 e mutações neste
causam uma doença auto-imune sistêmica que acomete múltiplos órgãos.
Os antígenos próprios e os antígenos estranhos diferem de diversas maneiras que contribuem para a
escolha entre a indução de autotolerância ou de ativação. (Ver quadro)
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imunidade chamado editoramento do receptor. Neste último as células reativama maquinaria de
recombinação do gene da imunoglobulina e passam a expressar uma nova cadeia leve de Ig que ao se
juntar com a cadeia pesada previamente expressa gera um receptor antigênico com uma especificidade
diferente.
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Indivíduos que herdaram um alelo particular do HLA tem maior risco de desenvolvimento de uma doença
auto-imune particular, porém o alelo do HLA por si só não é a causa da doença = “risco relativo”.
Alelos particulares do MHC podem contribuir para o desenvolvimento de auto-imunidade, pois eles são
ineficientes na apresentação de antígenos próprios, levando à seleção negativa defeituosa das células T,
ou porque os peptídeos antigênicos apresentados por estes alelos do MHC podem falhar em estimular as
células T reguladoras.
Várias doenças auto-imunes estão relacionadas a genes não relacionados ao HLA.
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