1 Simulado ENEM 2015 Dia 1
1 Simulado ENEM 2015 Dia 1
1 Simulado ENEM 2015 Dia 1
1o
Simulado
2015
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUES SEGUINTES:
1 Verifique, no CARTO-RESPOSTA, se os seus dados
esto registrados corretamente. Caso haja divergncia,
comunique-a imediatamente ao aplicador da sala.
2 ATENO: aps a conferncia, escreva e assine seu nome
nos espaos prprios do CARTO-RESPOSTA com caneta
esferogrfica de tinta preta.
3 ATENO: transcreva no espao apropriado do
seu CARTO-RESPOSTA, com sua caligrafia usual,
considerando as letras maisculas e minsculas, a
seguinte frase:
Talento no pede passagem, impe-se ao mundo.
4 Este CADERNO DE QUESTES contm 90 questes
numeradas de 1 a 90, dispostas da seguinte maneira:
a. as questes de nmero 1 a 45 so relativas rea de
Cincias Humanas e suas Tecnologias;
b. as questes de nmero 46 a 90 so relativas rea de
Cincias da Natureza e suas Tecnologias.
5 Confira se o seu CADERNO DE QUESTES contm a
quantidade de questes e se essas questes esto na
ordem mencionada na instruo anterior. Caso o caderno
esteja incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente
divergncia, comunique ao aplicador da sala para que ele
tome as providncias cabveis.
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QUESTO 02
O levante dos escravos na moral comea quando o
ressentimento mesmo se torna criador e pare valores.
[...] a moral de escravos precisa sempre, para surgir, de
um mundo oposto e exterior [...] sua ao , desde o
fundamento, por reao. [...] o homem do ressentimento
no franco nem ingnuo, nem mesmo honesto e direto
consigo mesmo. Sua alma se enviesa: [...] tudo o que
escondido lhe apraz como seu mundo, sua segurana,
seu refrigrio; ele entende de calar, de no esquecer, de
esperar, de provisoriamente apequenar-se, humilhar-se.
[...]
O inverso o caso da maneira nobre de valorao:
ela age e cresce espontnea, procura por seu oposto
somente para, ainda com mais gratido, ainda com
mais jbilo dizer sim a si prpria. [...] como homens
plenos, sobrecarregados de fora e, em consequncia,
necessariamente ativos, no sabiam separar da
felicidade o agir o estar em atividade por eles includo
e computado, com necessidade, na felicidade.
QUESTO 03
Trecho do testamento da paulista
Maria do Prado (1663)
Declaro que no possuo escravo algum cativo mas
somente possuo como uso noventa almas do gentio
da terra as quais tratei sempre como filhos e na mesma
formalidade as deixo a meus herdeiros.
FIGUEIREDO, Luciano. Histria do Brasil para os ocupados.
1. ed. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013. (fragmento)
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QUESTO 04
Preguia e covardia so as causas que explicam por
que uma grande parte dos seres humanos, mesmo muito
aps a natureza t-los declarado livres da orientao
alheia, ainda permanecem, com gosto, e por toda a vida,
na condio de menoridade. to confortvel ser menor!
Tenho disposio um livro que entende por mim, um pastor
que tem conscincia por mim, um mdico que prescreve
uma dieta etc., ento no preciso me esforar. A maioria
da humanidade v como muito perigoso, alm de bastante
difcil, o passo a ser dado rumo maioridade, uma vez que
tutores j tomaram para si de bom grado a sua superviso.
Aps terem previamente embrutecido e cuidadosamente
protegido seu gado, para que estas pacatas criaturas no
ousem dar qualquer passo fora dos trilhos nos quais devem
andar, os tutores lhes mostram o perigo que as ameaa caso
queiram andar por conta prpria. Tal perigo, porm, no
assim to grande, pois, aps algumas quedas, aprenderiam
finalmente a andar; basta, entretanto, o perigo de um tombo
para intimid-las e aterroriz-las por completo para que no
faam novas tentativas.
Immanuel Kant
QUESTO 05
L
E
PORQUE...
V
O
L
T
A
R
QUESTO 06
Paraguai exige do Brasil a volta do Cristo,
trazido como trofu de guerra
A Guerra do Paraguai ainda no acabou no imaginrio
dos paraguaios.
A ltima batalha entre as tropas locais e a Trplice
Aliana (Brasil, Argentina e Uruguai) ocorreu em 1870,
mas os rancores provocados pela derrota, que levou
o pas vizinho a uma runa cujos efeitos ainda esto
presentes, continuam vivos para a maioria da populao.
O governo paraguaio exige que o Brasil devolva
um combalido sobrevivente: o canho El Cristiano
(O Cristo), considerado um heri paraguaio, mas que
talvez nunca tenha feito um disparo. [...]
O presidente Federico Franco voltou ao tema em
1o de maro, data em que o pas homenageia os soldados
cados na maior guerra da histria da Amrica do Sul
(1864-1870). [...]
No haver paz nem entre os soldados nem entre
a sociedade paraguaia enquanto no for recuperado o
canho Cristo, disse Franco na ocasio. [...]
FLECK, Isabel. Paraguai exige do Brasil a volta do Cristo, trazido como trofu de guerra.
Folha de S.Paulo, 18 abr. 2013. Disponvel em: <http://www1.folha.uol.com.br/>.
Acesso em: 21 jan. 2015. (adaptado)
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QUESTO 07
QUESTO 08
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QUESTO 10
Haitianos j so imigrantes mais contratados no
Brasil
Dados do Ministrio do Trabalho obtidos pela Folha
mostram que o nmero de pessoas dessa nacionalidade
no pas cresceu 18 vezes entre 2011 e 2013, chegando a
14,6 mil registrados, ante 12,6 mil portugueses, segundo
grupo mais representativo.
Com outros estrangeiros, com destaque para cidados
de pases africanos, formam uma nova gerao de
imigrantes no Brasil para a qual o pas volta a ser uma
terra da oportunidade.
QUESTO 09
Formao e ocupao
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QUESTO 12
QUESTO 13
Lederly Mendona
QUESTO 11
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QUESTO 14
Representando apenas 19,6% das exportaes
brasileiras em 1822 (com a mdia de 18,4% nos anos
1820), o caf passou a liderar as exportaes brasileiras
na dcada de 1830 (com 28,6%), assumindo, assim, o
lugar tradicionalmente ocupado pelo acar desde o
perodo colonial. Nos meados do sculo XIX, passava a
representar quase a metade do valor das exportaes e, no
ltimo decnio do perodo monrquico, alcanava 61,5%.
J a participao do acar no quadro dos valores das
exportaes brasileiras passou de 30,1%, na dcada de
1820, a apenas 9,9%, nos anos 1880. O algodo alcanava
20,6%, na dcada de 1820, cifra jamais alcanada depois,
em todo o perodo monrquico. Com exceo dos anos
da guerra civil americana, que se refletiram na elevada
participao do produto no conjunto das exportaes dos
anos 1870 (18,3%), verifica-se o declnio das exportaes
que, nos anos 1880, tm uma participao de apenas
4,2%. O comportamento das exportaes de fumo revela
que essas oscilaram em torno de baixas percentagens,
durante todo o perodo monrquico. Alcanando 2,5% do
valor global das exportaes na dcada de 1820, decaiu,
nas duas dcadas seguintes (1,9% para os anos 1830 e
1,8% para os anos 1840). Na segunda metade do sculo,
melhorou a posio do fumo no conjunto das exportaes,
tendo alcanado, nos anos 1860 e 1870, as maiores
percentagens do perodo, com 3% e 3,4%. A participao
do cacau no conjunto das exportaes nacionais cresceu
de 0,5% na dcada de 1820 para 1,6% na ltima dcada
da monarquia, a mais alta porcentagem do perodo.
FAUSTO, Boris; HOLANDA, Srgio Buarque de. Brasil monrquico: declnio e queda do
imprio. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, [entre 1996 e 2014]. 400 p.
(Coleo Histria Geral da Civilizao Brasileira).
QUESTO 15
Nos prximos 20 anos, os pases emergentes
ganharo cada vez mais visibilidade no cenrio
internacional. Um fator que fortalece politicamente as
naes em desenvolvimento o fato de contriburem
com mais da metade do crescimento do produto interno
bruto (PIB) mundial a cada ano. Um estudo recente
da Organizao para Cooperao e Desenvolvimento
Econmico (OCDE) sobre o fenmeno do deslocamento
da riqueza aponta 2030 como o ano em que o fluxo
econmico ter sido completamente reorientado, e os
pases em desenvolvimento sero donos de 57% do PIB
mundial.
QUESTO 16
s vsperas da abertura do Campeonato Mundial
de Futebol, o governo federal fez um acordo com o
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), [...] e
vai construir moradias no terreno prximo ao Itaquero,
conhecido como Copa do Povo.
Disponvel em: <http://goo.gl/EmQJE4>. Acesso em: 10 jun. 2014. (adaptado)
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Wikimedia Commons
QUESTO 17
QUESTO 19
Apesar de ter sido lanada em 1938, a histria do homem de ao tem origens prximas
Crise de 1929, poca conhecida historicamente como a Grande Depresso.
QUESTO 18
Acostumados total submisso dos escravos e
mesmo dos trabalhadores brasileiros refugiados de
regies mais pobres os fazendeiros paulistas custaram
a compreender e a aceitar que os imigrantes estrangeiros
tivessem direitos e exigissem um tratamento mais
digno, afirmando-se como pessoas, no como coisas.
A atitude dos novos trabalhadores parece-lhes uma
petulncia que deveria ser corrigida. E com esse objetivo,
valendo-se do seu prestgio de senhores da terra,
passaram a utilizar as foras policiais como se fossem
guardas de seus interesses particulares, cometendo toda
sorte de violncia contra os imigrantes e suas famlias.
DALLARI, Dalmo de Abreu. O pequeno exrcito paulista. So Paulo: Perspectiva, 1977. p. 33.
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QUESTO 20
No intervalo de apenas um ano, os brasileiros
ganharam, em mdia, quase quatro meses a mais de
expectativa de vida. Segundo informes do IBGE divulgados
ontem, a esperana de vida ao nascer da populao do
Brasil atingiu 74,9 anos em 2013, trs meses e 15 dias
a mais do que em 2012. [...] As informaes esto nas
Tbuas Completas de Mortalidade do Brasil de 2013, que
apresentam as expectativas de vida s idades exatas at
os 80 anos.
Disponvel em: <http://goo.gl/QqpzSX>. Acesso em: 2 dez. 2014. (adaptado)
QUESTO 21
Texto 1
Do mesmo modo que o poder, assim tambm a honra
do soberano deve ser maior do que a de qualquer um,
ou a de todos os seus sditos. Tal como na presena
do senhor os servos so iguais, assim tambm o so
os sditos na presena do soberano. E, embora alguns
tenham mais brilho, e outros, menos, quando no esto
em sua presena, perante ele no brilham mais do que as
estrelas na presena do Sol.
HOBBES, Thomas. Leviat. So Paulo: Abril Cultural, 1979.
(Coleo Os Pensadores). (adaptado)
Texto 2
O ato que institui o governo no , de modo algum, um
contrato, mas uma lei; os depositrios do Poder Executivo
no so absolutamente os senhores do povo, mas seus
funcionrios; e o povo pode nome-los ou destitu-los
quando lhe aprouver. Fazem seno desempenhar seu
dever de cidados, sem ter, de modo algum, o direito de
discutir as condies.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. So Paulo: Nova Cultural, 1991.
(Coleo Os Pensadores). (adaptado)
QUESTO 22
Texto 1
Franois Nol adotou o nome de Graco Babeuf. [...]
A Revoluo Francesa havia sido apenas o prenncio
de outra revoluo. [...] Para os Iguais, a terra no
pertenceria a ningum: seria de todos. [...] Todos os
cidados seriam obrigados a dar a sua quota de trabalho
manual. O povo elegeria os magistrados que deveriam
dirigir o Estado em seu nome [...]. O Manifesto dos
Iguais declarava: Se preciso, morram todas as artes,
desde que nos reste a igualdade efetiva.
KONDER, Leandro. Histria das ideias socialistas no Brasil. So Paulo:
Expresso Popular, 2003. p. 12. (adaptado)
Texto 2
O socialista utpico Saint-Simon se apresentava como
um revolucionrio construtivo. [...] Para Saint-Simon,
as mquinas e os progressos tcnicos da Revoluo
Industrial estavam dando incio a uma nova era de
avano e de bem-estar para a humanidade. Era preciso
promover uma reorganizao da sociedade, entregando
o poder do Estado aos industriais (tanto empresrios
quanto operrios) e retirando-o das mos dos burgueses
(homens que viviam de renda, nobres, altos funcionrios
do clero e das Foras Armadas).
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QUESTO 23
A Segunda Guerra Fria
diferena do conflito original do sculo XX, desta vez
a briga no se alimenta da ideologia, mas de interesses
estratgicos dos EUA e da Rssia
[...]
A crise na Ucrnia, aguada com a queda do
presidente pr-Rssia Viktor Yanukovych, tem muitos
dos ingredientes da disputa capitalistas comunistas
que rachou o globo aps a Segunda Guerra Mundial.
Em um lugar de nome esquisito e bem longe do Brasil,
Estados Unidos e Rssia travam uma batalha diplomtica
que corre o risco de descambar para as armas. Aliados a
foras locais distintas de um pas em ebulio, Moscou e
Washington lutam para que o poder caia nas mos de um
governo alinhado. E parece no haver meio termo: ou se
est afinado com um lado ou com o outro. A Guerra Fria
ressuscitou?
[...]
Disponvel em: <http://goo.gl/BFnCne>. Acesso em: 2 nov. 2014. (adaptado)
QUESTO 24
So as questes de identidade e de poltica que
forneceram as pistas fundamentais para compreender
o papel do pan-africanismo na frica de colonizao
francesa. As preocupaes referem-se a dois desafios.
O primeiro, o de constituir uma identidade de destino de
um conjunto de povos sobre os quais se abateram as
violncias institucional e simblica em diferentes graus de
intensidade, exercidas pela burocracia colonial.
Assim, na maior parte das vezes, essas ideias integram
um exerccio intelectual e poltico necessrio para futuras
aes eficazes na busca da emancipao poltica (o
segundo grande desafio dos africanos), ainda que pensada
mais como sonho sem prazo determinado do que realidade
possvel de ser construda. [...]
HERNANDEZ, Leila Leite. A frica na sala de aula: visita histria contempornea. 4. ed.
So Paulo: Selo Negro, 2008. p. 147.
QUESTO 25
H pases com mais de 60% da populao constituda
por ndios, como Bolvia e Guatemala. E h o Mxico, em
que a porcentagem est ao redor de 12%. Dependendo
das condies, no h sentido pleitear essa autonomia
(de estados indgenas na Amrica), especialmente se ela
ficar submetida a governos que no esto interessados
em repassar recursos para o desenvolvimento dessas
populaes. H setores do zapatismo e do movimento
indgena boliviano que de fato pleiteiam a autonomia,
mas ao mesmo tempo esto buscando integrar-se.
importante diferenciar movimentos que buscam maior
insero dos indgenas no mundo globalizado de
movimentos extremados, fundamentalistas, que querem
a autonomia a qualquer preo, mesmo que ela venha
isolar ainda mais os indgenas.
Nestor Garca Canclini, em entrevista ao O Estado de S. Paulo, 2 jul. 2007. (adaptado)
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QUESTO 26
QUESTO 27
Texto 1
O Brasil tem a quarta maior populao carcerria do
mundo. Dos mais de 500 mil presos, 180 mil esto no
estado de So Paulo, o que representa 36% de todo o
pas. Os dados so do Sistema Integrado de Informaes
Penitencirias (Infopen), do Ministrio da Justia,
referentes a 2011.
Ainda de acordo com a pesquisa, em apenas um ano
entre dezembro de 2010 e dezembro de 2011 reduziu
em 132 mil o nmero de habitantes em So Paulo de
41,384 milhes para 41,252 milhes. J o nmero de
presidirios, no mesmo perodo, aumentou em 9 mil
passou de 171 para 180 mil.
H, portanto, um aumento relativo entre 6% e 7% ao
ano no nmero de presidirios no estado, levando em
considerao que em 2009 eram 164 mil detentos e em
2008 pouco mais de 154 mil.
Texto 2
A cidade de So Paulo registrou um aumento de 14,1%
no nmero de homicdios dolosos aqueles com inteno
de matar em fevereiro deste ano. Foram 89 crimes
desse tipo contra 78 ocorrncias no mesmo perodo do
ano passado.
Esse o stimo ms seguido em que mostrado um
aumento no nmero de homicdios dolosos na capital
paulista. Aps uma queda de 13,2% em julho do ano
passado, a capital teve apenas aumento na taxa nos
meses seguintes.
QUESTO 28
Andr Farias
FRANCISCO NETO, Jos. So Paulo perde 132 mil habitantes, mas populao carcerria cresce.
Brasil de Fato, So Paulo. 27 ago. 2012.
Disponvel em: <http://www.brasildefato.com.br/node/10435>. Acesso em: 22 abr. 2013. (adaptado)
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QUESTO 29
Gs de xisto
O gs de xisto, tambm chamado de gs no
convencional, um gs natural encontrado em uma rocha
porosa de mesmo nome. O gs basicamente o mesmo
que o derivado do petrleo, mas a forma de produo e o
seu envlucro so diferentes. Ele se encontra comprimido
em pequenos espaos dentro da rocha.
Disponvel em: <http://goo.gl/StnnzZ>. Acesso em: 2 nov. 2014.
QUESTO 30
A Revoluo Verde, modelo baseado no uso intensivo
de agrotxicos e fertilizantes sintticos na agricultura,
hoje um fato corrente no campo e est presente na vida
de muitos produtores em diversas reas do mundo.
No Brasil, ao longo da dcada de 1960, esse processo
foi executado com o aval do governo federal. Assim, a
expanso da fronteira agrcola em direo ao Centro-Oeste
e Amaznia teve sua organizao realizada pela unio
entre indstria e agricultura, transformando a estrutura
agrria nacional.
A Revoluo Verde no Brasil ocasionou, entre outras
consequncias,
AA a reduo da fome devido ao processo de insero
cientfica na agricultura, elevando a produtividade.
BB a ampliao da empregabilidade no setor agrrio
brasileiro, reduzindo a concentrao de camponeses
marginalizados.
CC o desenvolvimento elevado do ndice de produtividade
em pequenas e mdias propriedades do Centro-Oeste,
acabando com os latifndios especulativos.
DD a modernizao do setor, liberando mo de obra, e
ampliando a concentrao de terras no Centro-Sul,
agravando a questo fundiria brasileira.
EE o auxlio agricultura familiar mediante o sistema de cultivo
mecanizado voltado para o abastecimento do mercado
interno, com o objetivo de ampliar a produtividade, e,
consequentemente, a competitividade.
QUESTO 31
O pesadelo dos xeques rabes
Descobertas nos anos 1930, as reservas de petrleo
na Pennsula Arbica passaram a ser cobiadas a partir
da Segunda Guerra. Nos anos 1970, parecia que a
economia mundial se equilibrava sobre um gigantesco
oleoduto imaginrio que levava o ouro negro do Oriente
Mdio para os Estados Unidos.
Na crise de 1973, quando os maiores produtores,
mancomunados no cartel da Opep, passaram a controlar
os preos e boicotar clientes, a falta de gasolina nos
postos no deixou dvida de que toda a populao
americana tinha se tornado refm de xeques milionrios
e de culos escuros.
Quase todas as guerras que se seguiram na regio
pareciam ser justificadas pelo anseio de garantir
esse suprimento vital. Nos ltimos anos, esse quadro
comeou a ser alterado com o crescimento de pases
emergentes, principalmente a China, entre os principais
consumidores.
No ano que vem, a mudana j em curso ganhar
velocidade com a conquista, pelos Estados Unidos, do
posto de maior produtor mundial. Em 2015, a produo
americana vai ultrapassar a da Arbia Saudita e a da
Rssia. Os americanos j falam at em exportar petrleo.
[...]
Disponvel em: <http://goo.gl/8od1dl>. Acesso em: 27 dez. 2014. (adaptado)
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QUESTO 32
QUESTO 33
[...]
As francesas no mostram medo de traumatizar os
filhos por dizer um simples no. Tambm no ocupam
as crianas com cursos extracurriculares de piano,
expresso artstica e computao, na esperana de criar
futuros Mozarts, Picassos ou Steves Jobs. O estmulo
precoce d lugar a um mtodo que tem como princpio
bsico deixar que a criana brinque sozinha em casa [...].
QUESTO 34
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QUESTO 37
Lquido e incerto
O futuro dos recursos hdricos no Brasil
Lus Moura
Amarildo
QUESTO 35
QUESTO 36
O presidente Luiz Incio Lula da Silva sancionou
em Braslia, nesta tera-feira 20 de julho, o Estatuto
da Igualdade Racial. No texto, que foi aprovado pelo
Congresso Nacional, no h a previso de cotas para
negros em universidades, empresas e candidaturas
polticas. O estatuto tem como objetivo promover polticas
pblicas de combate discriminao e igualdade de
oportunidades.
Entre outros pontos, o estatuto obriga as escolas
pblicas e privadas de Ensino Mdio e Fundamental a
ensinar Histria Geral da frica e da populao negra no
Brasil. O texto tambm reconhece a capoeira como esporte.
O presidente tambm sancionou na cerimnia o projeto
de lei que cria a Universidade da Integrao Internacional
da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), que ser sediada
na cidade de Redeno, no Cear. O foco da instituio
ser a integrao do Brasil com os pases da frica,
especialmente com os membros da Comunidade dos
Pases de Lngua Portuguesa (CPLP).
Disponvel em: <http://www.noticias.terra.com.br/brasil/noticias>.
Acesso em: 10 ago. 2010. (adaptado)
Represa de Bragana Paulista, no interior de So Paulo, que faz parte do Sistema Cantareira,
responsvel por abastecer o interior e a capital do estado.
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QUESTO 38
QUESTO 39
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QUESTO 40
Texto 1
Reproduo
QUESTO 41
QUESTO 42
Texto 2
Quase um trilho de litros de gua foram desperdiados
pelas redes de distribuio de So Paulo em 2012,
de acordo com os dados mais recentes da Agncia
Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de So
Paulo (Arsesp), que fiscaliza a atuao da Sabesp [...].
S, Clarice. So Paulo desperdia quase um trilho de litros de gua por ano. IG, So Paulo, 6 mar. 2014.
Disponvel em: <http://ultimosegundo.ig.com.br/>. Acesso em: 26 dez. 2014.
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QUESTO 43
Alimentos mutantes
No h como negar que eles j esto em nossa mesa,
mas ser que realmente sabemos o que eles so e
como eles vieram parar nela?
A sociedade de consumo, que tem como principais
caractersticas o consumismo e o fortalecimento da
ideologia capitalista de acumulao, inevitavelmente leva
o planeta a uma crise ambiental nunca vista na Histria.
Nesse contexto, inovaes tecnolgicas que, a primeira
vista, parecem ser a soluo para grandes problemas,
acabam acelerando ainda mais o colapso planetrio.
Os transgnicos, vezes chamados de organismos
geneticamente modificados (OGM), so seres vivos cujo
DNA alterado, recebendo genes de outros organismos
de forma absolutamente estranha natureza. Com essa
engenharia gentica, possvel obter uma planta com um
gene de rato, bactria, vrus ou qualquer outro ser. [...]
SIQUEIRA, Flvio. Alimentos mutantes qual o x da questo?. Glocal, [s.l.], ano 4. 1. ed.
p. 32-33, 2014. (adaptado)
QUESTO 44
Daia Oliver
QUESTO 45
Embora repleto de rios, mares e oceanos, o planeta
Terra tem apenas 3% de gua doce disponvel para o
consumo de cerca de 7 bilhes de pessoas. Abundante
em alguns pases, escasso em outros, esse recurso
natural essencial para a sobrevivncia humana usado
intensamente pela agricultura, indstria e em atividades
domsticas s que de forma cada vez mais insustentvel.
o que alerta um novo relatrio da consultoria
britnica de risco Maplecroft, que avaliou a presso
sobre a demanda de gua em mais de 160 pases. O
resultado preocupa. Economias em crescimento como
China e ndia e, at mesmo a maior do mundo, Estados
Unidos, so identificadas pela empresa de anlise tendo
grandes regies geogrficas e setores da economia onde
a demanda de gua est superando a oferta.
Segundo a Maplecroft, a situao tem o potencial de
limitar o crescimento econmico, restringindo atividades
empresariais e agrcolas. E medida que aumenta a
insegurana hdrica, cresce tambm o medo em relao
capacidade de produzir alimentos suficientes para
abastecer o mundo.
Disponvel em: <http://goo.gl/Ol3m3U>. Acesso em: 27 dez. 2014. (adaptado)
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Reproduo
A harmnica de vidro
O
estadunidense
Benjamin
Franklin, criador do para-raios e das
lentes bifocais, mais conhecido por
seus experimentos com a eletricidade,
mas sua inveno favorita foi, na
verdade, um instrumento musical.
Inspirado pelos sons produzidos ao
friccionar dedos molhados nas bordas
de taas de vidros (conhecido como copofone), Benjamin
criou, em 1761, a harmnica de vidro. O princpio o mesmo:
a harmnica possui uma srie de vidros semiesfricos em
um eixo de rotao, afinados de acordo com o tamanho
de cada taa. Para tocar, basta molhar os dedos e
desliz-los pela superfcie. O instrumento fez sucesso:
Mozart, Beethoven, Tchaikovsky e vrios outros msicos
assinaram composies para a harmnica de vidro.
Fernando Gonsalez
QUESTO 48
QUESTO 47
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QUESTO 49
QUESTO 50
QUESTO 51
Sobre o que foi exposto no texto da questo 50, correto
afirmar que
AA o equipamento desenvolvido pelo engenheiro uma
alternativa economicamente vivel para solucionar o
grande problema com a escassez da gua.
BB a gua que condensada j prpria para o consumo,
pois, no processo de condensao, apenas a gua
passa do estado gasoso para o estado lquido.
CC a gua do processo uma gua potvel, sendo
utilizada em qualquer condio, e, dessa forma, pode
ser usada em qualquer momento.
DD como a demanda ainda pequena, o projeto tem o
custo como maior adversrio; apenas a produo em
larga escala trar preos mais acessveis.
EE o projeto gera grandes impactos ambientais, pois pode
aumentar o nmero de queimadas em uma regio
muito seca, o que contribui para o aquecimento global.
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QUESTO 52
Voc jovem, enxerga bem e acha que deve deixar para procurar um oftalmologista apenas quando for mais
velho, estiver com a vista cansada e tiver dificuldades para enxergar, certo? Errado. Diferente do que muitos pensam,
o mdico oftalmologista no trata apenas dos erros refrativos como miopia, hipermetropia e astigmatismo. Entre as
diversas especialidades que a rea atinge, o oftalmologista previne as doenas dos olhos e promove a sade ocular.
Disponvel em: <http://goo.gl/lK4E9r>. Acesso em: 12 fev. 2015.
Com relao vista cansada (ou presbiopia), um oftalmologista verificou que a distncia mnima de viso distinta de
seu paciente passou a ser de 2,0 m. Qual a vergncia, em dioptrias, das lentes dos culos que o profissional dever
indicar para que essa distncia volte a ser de 25 cm?
AA +1,0
BB 1,5
CC 2,5
DD +3,5
EE +4,0
QUESTO 53
Alimento, no ponto de vista clnico, qualquer substncia que o corpo capaz de ingerir e assimilar e que o manter
vivo e em crescimento, satisfazendo suas necessidades de trabalho e restaurao dos tecidos. Entretanto, durante
os perodos crticos de desenvolvimento dos organismos, a insuficincia ou falta de alguns nutrientes na dieta produz
significativas alteraes morfolgicas, neurofisiolgicas e neuroqumicas no crebro. Os bitos por falta de alimentos
esto claramente definidos nos versos de Joo Cabral de Melo Neto, em Morte e vida Severina:
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida
morremos de morte igual,
mesma morte Severina:
que a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes do vinte,
de fome um pouco por dia.
(de fraqueza e de doena
que a morte Severina
ataca a qualquer idade,
e at gente no nascida).
Tendo em vista a mistansia (eutansia social) e as questes levantadas pelo texto, correto afirmar que
AA o poeta relaciona o problema da mistansia aos infortnios humanos decorrentes da velhice.
BB as consequncias morfolgicas, neurofisiolgicas e neuroqumicas em crianas so revertidas com alimentao
adequada na vida adulta.
CC a fome no uma realidade no planeta, devido existncia de grandes florestas tropicais e grande quantidade
de terras agricultveis.
DD a distribuio humanitria de alimentos constitui a soluo para a mistansia e para as desigualdades entre os
pases.
EE A desnutrio resulta em prejuzo do crescimento e desenvolvimento, com aumento de morbidade e mortalidade.
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QUESTO 54
QUESTO 55
ELETRICIDADE
Como vai funcionar a
gerao de energia
atravs do lixo
1 Os condutores levam o
gs a uma estao de
suco
2 O gs enviado para a
estao de gerao de
energia, onde sofrer
combusto para
movimentar os
geradores
SUA CASA
O GS QUEIMADO
COMPOSTO
BASICAMENTE DE
METANO E CO2.
COM A COMBUSTO,
O METANO GERA
GUA E MAIS GS
CARBNICO, QUE
21 VEZES MENOS
CAUSADOR DO
EFEITO ESTUFA DO
QUE O METANO.
TORRE DE
SUPORTE
DE LINHA
DE ENERGIA
TRANSFORMADOR
uma subestao da
Cemig e vendida
para os consumidores
LINHA DE
ENERGIA
GERADOR
2
GS
LOCAL DE
COMBUSTO
1
ATERRO
SANITRIO
LIXO
TURBINAS
170
tubos de plstico
resistente captam
o gs gerado pelo
lixo depositado no
aterro
12 anos
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QUESTO 56
Reproduo
QUESTO 57
Com a sua pior crise nos ltimos 70 anos, o colapso de
abastecimento de gua no Sistema Cantareira se deve a
uma srie de fatores integrados. A falta de investimentos
em planejamento, aliada falta de governana do sistema
nacional de gerenciamento de recursos hdricos e ao
desrespeito legislao ambiental, como a ocupao
irregular e o desmatamento de reas como nascentes
e matas ciliares, so as principais razes do problema.
Outro agravante o aumento da demanda devido ao uso
irracional do recurso e ao crescimento populacional. O
WWF-Brasil tambm aponta o risco para a biodiversidade
aqutica com a deciso do governo do estado de So
Paulo em utilizar o volume morto do Sistema Cantareira,
com impacto direto na economia pesqueira e turstica da
regio. A utilizao do volume morto tambm traz riscos
sade humana e aumenta o custo de tratamento da gua,
j que a parte funda do reservatrio acumula sedimentos,
matria orgnica e metais pesados que ali se decantam.
QUESTO 58
RESO EM TRS ATOS
Principais etapas do processo capaz de transformar esgoto em gua potvel
FILTRAO
1 Armazenado em um tanque, o
Esgoto
TRATAMENTO FSICO-QUMICO
2 Impurezas menores so
DESINFECO
1
2
3
gua filtrada
Reservatrio final
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QUESTO 59
A malria uma doena infecciosa febril aguda.
O quadro clnico tpico caracterizado por febre alta,
acompanhada de calafrios, sudorese profusa e cefaleia,
que ocorrem em padres cclicos, dependendo da espcie
de plasmdio infectante. A malria uma das doenas
que causam mais mortes em todo o mundo, em especial
na frica.
O mosquito Anopheles darlingi o principal agente
transmissor da malria nas Amricas. Embora essa
doena esteja atualmente sob controle na maior parte do
continente, ainda h extensas reas onde endmica
e, a cada ano, so registrados cerca de 1 milho de
novos casos. A metade dos diagnsticos ocorre no Brasil,
principalmente na Regio Amaznica.
A rede Genoma Brasileiro, iniciativa do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnolgico
(CNPq), decodificou o genoma do mosquito. A montagem
do genoma resultou em sequncias que totalizam 174
milhes de pares de bases (174 Mb). Entre os 10481
genes identificados, encontram-se 18 genes de receptores
de odor, 17 genes de receptores gustativos e 14 genes
para receptores de canais inicos.
Em relao a esse projeto e formas de controle e
preveno de doenas, correto afirmar que
AA os genes que codificam as protenas expressas nas
glndulas salivares do mosquito so os nicos que
despertam interesse na busca de formas de preveno
e controle da doena, pois uma fase do ciclo vital do
agente etiolgico ocorre nessas glndulas.
BB a melhor maneira de controle do mosquito a aplicao
contnua de inseticidas, o que promove forte reduo
no nmero de indivduos, principalmente quando
novas aplicaes so processadas.
CC o sequenciamento do genoma do mosquito leva os
pesquisadores de diversos pases a buscarem formas
de preveno e controle da malria, uma doena grave
que pode ser fatal se no tratada.
DD o sequenciamento do genoma desse mosquito e de
outras espcies garante a cura de todas as patologias
humanas, pois determina a posio exata e a funo
de cada gene, possibilitando a melhor compreenso
dos diferentes fentipos.
EE os hbitos dirios dos mosquitos, como o perodo do
dia em que sugam sangue, voam e pem ovos no
tm base gentica, pois so caractersticas adquiridas.
QUESTO 60
Texto 1
Quando uma pessoa diagnosticada com virose, h
poucas opes de tratamento quando se compara com as
doenas de origem bacteriana, que podem ser tratadas
com o uso de antibiticos, sem necessariamente atacar
as clulas do hospedeiro. Os vrus, por outro lado, usam
as clulas do organismo infectado para se reproduzir, o
Texto 2
HIV a sigla em ingls do vrus da imunodeficincia
humana. Causador da aids, ataca o sistema imunolgico,
responsvel por defender o organismo de doenas. As
clulas mais atingidas so os linfcitos TCD4+. alterando
o DNA dessa clula que o HIV faz cpias de si mesmo.
Depois de se multiplicar, rompe os linfcitos em busca
de outros para continuar a infeco. Ter o HIV no a
mesma coisa que ter a aids. H muitos soropositivos que
vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver
a doena. Mas, podem transmitir o vrus a outros pelas
relaes sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento
de seringas contaminadas ou de me para filho durante a
gravidez e a amamentao. Por isso, sempre importante
fazer o teste e se proteger em todas as situaes. HIV
um retrovrus, classificado na subfamlia dos Lentiviridae.
Esses vrus compartilham algumas propriedades comuns:
perodo de incubao prolongado antes do surgimento
dos sintomas da doena, infeco das clulas do sangue
e do sistema nervoso e supresso do sistema imune.
Disponvel em: <http://goo.gl/ZiyFh>. Acesso em: 15 out. 2014. (adaptado)
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QUESTO 61
A classe Aves compreende uma linhagem de amniotas
endotrmicos que evoluram o voo no Perodo Jurssico
da Era Mesozoica. A famlia Cathartidae e ordem
Ciconiiformes inclui os urubus, aves vadeadoras que se
assemelham fenotipicamente aos abutres do velho mundo,
embora estes pertenam famlia Accipitridae. Os urubus
cercam ninhos de tartarugas, alimentando-se dos filhotes
assim que emergem da areia e utilizam, como outras
fontes de alimento, animais mortos em decomposio ou,
ocasionalmente, vivos, indefesos ou jovens. Alimentam-se
de animais que morrem por qualquer tipo de infeco, da
tuberculose ao botulismo. No Brasil, comum ouvir-se
falar que essas aves conseguem ingerir esses alimentos
sem causar-lhes danos orgnicos ou fisiolgicos, pois
voam at a camada de oznio da atmosfera, a cerca de
10000 km de altitude, onde abrem o bico, permitindo
que o gs em questo destrua os micro-organismos
patognicos que povoam os alimentos.
Relativo ao nicho ecolgico dos urubus, correto
afirmar que
AA nunca adoecem ao ingerir alimentos com produtos
qumicos ou contaminados por micro-organismos
patognicos.
BB o organismo dessas aves resistente a certos
micro-organismos, devido ao neutralizadora do seu
suco gstrico e ao seu eficiente sistema imunolgico.
CC as semelhanas fenotpicas com os abutres
representam um caso de irradiao adaptativa,
moldada pelas diversas condies ambientais que
selecionam caractersticas diferentes.
DD apresentam desenvolvimento indireto, e quando
nascem os filhotes, regurgitam-lhes o alimento
liquefeito; so restritos a algumas regies tropicais.
EE nos voos planados, sustentam-se com grandes
transformaes de energia, pois so endotrmicos.
QUESTO 62
QUESTO 63
Dengue no alvo
Bactrias, vacinas e insetos geneticamente
modificados so estratgias que esto sendo utilizadas
ou estudadas para combater a dengue no Brasil e no
mundo. A bactria Wolbachia retirada da Drosophila
melanogaster, a mosca da fruta, e introduzida em ovos
do Aedes aegypti, bloqueando a transmisso do vrus
da dengue pelo mosquito. Os machos transgnicos de
Aedes aegypti transportam um gene letal. Quando cruzam
com fmeas selvagens, so gerados descendentes que
morrem nos primeiros estgios de desenvolvimento.
J as vacinas constituem um mtodo futuro eficaz de
combate ao arbovrus do gnero Flavivrus, com quatro
sorotipos: DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4.
A pesquisa encomendada pelo Ministrio da Sade,
prevista para terminar no final do ano, tem como objetivo
estabelecer uma eficaz estratgia de combate dengue.
ERENO, Dinorah. Dengue no alvo. Pesquisa FAPESP, So Paulo, ed. 220, p. 59-63.
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QUESTO 65
A evidncias paleontolgicas sugerem que os fsseis
do Australopithecus garhi, ancestrais da linhagem dos
homindeos, andavam eretos, efetuando o bipedalismo
e eram encontrados juntos com instrumentos de pedra.
O Homo habilis e o Homo erectus, aprenderam com
esses instrumentos a destrinchar animais. Na opinio da
maioria dos paleoantroplogos, os antropoides fsseis
mais prximos do gnero Homo so os do gnero
Australopithecus. Entretanto, os restos fsseis de uma
nova espcie, o Australopithecus sediba, so capazes de
revolucionar a compreenso cientfica sobre as razes do
gnero Homo.
Reproduo
QUESTO 64
Paranthropus boisei
Paranthropus robustus
Australopithecus afarensis
Australopithecus africanus
Australopithecus gorhi
Homo habilis
Homo erectus
Australopithecus sediba
H. neanderthalensis
Homo ergaster
Homo sapiens
Hoje
Modelo simplificado de rvore filogentica para o gnero Homo e possveis ancestrais mais
prximos. As barras grossas indicam a abundncia de restos fsseis, e a seta e o crculo
indicam a regio da rvore onde a espcie Australopithecus sediba melhor se encaixaria.
Disponvel em: <http://cienciahoje.uol.com.br/>.
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QUESTO 66
A classe Cephalopoda inclui os polvos, que so animais marinhos e predadores ativos. Os hbitos ativos
refletem-se em sua anatomia interna, particularmente em seus sistemas respiratrio, circulatrio e nervoso. Os polvos
habitam as zonas entremars. Movem-se furtivamente entre rochas e poas de mars, ao longo das costas marinhas,
mas podem nadar expelindo gua por meio de um sifo ventral, podendo alcanar 40 km/h, mesmo ao percorrer uma
distncia de pequeno comprimento.
Os polvos revelam um elaborado sistema de mudanas de cores e padres, ficando com a mesma tonalidade da
areia ou de uma rocha, incluindo variaes para tons de rosa, amarelo ou tons muito vivos, e a formao de barras,
listras, pontos ou manchas irregulares. A capacidade de expanso ou de contrao dos cromatforos permite s
diferentes populaes de polvos se assemelharem ao substrato da regio em que se encontram. Por isso, esses
cefalpodes so considerados hbeis artistas do reino Animalia, em termos de cores.
O mecanismo evolucionrio envolvido na associao entre os diferentes padres de cores e de substrato, considerando
emigraes e imigraes,
AA a relao com a lei da herana dos caracteres adquiridos, ou seja, a capacidade de esses moluscos se adaptarem
a diferentes hbitats e transmitirem suas caractersticas genticas aos descendentes.
BB devido ao uso dos cromatforos, clulas da epiderme que contm grnulos de pigmentos, as quais, medida que
se expandem, dispersam os pigmentos, mudando os padres de cores do animal.
CC a ocorrncia do fluxo gnico entre as diversas populaes de polvos, o que garante a constncia da grande
diversidade interpopulacional.
DD o ambiente, que, atuando como fator de seleo natural, pode ser compreendido como a sobrevivncia diferenciada
de polvos com caractersticas distintas.
EE a combinao de seleo artificial e natural, que parece produzir polvos que medram em hbitats alterados ou
perturbados por aes antrpicas.
QUESTO 67
Um professor, em uma aula sobre Evoluo, sugeriu aos alunos que realizassem um trabalho durante o qual
deveriam aplicar os fundamentos do mtodo cientfico: realizar observaes, formular uma hiptese, realizar coleta e
analisar os dados. Os alunos foram divididos em dois grupos.
Aps coletarem os dados, cada grupo construiu uma tabela para facilitar a compreenso.
Grupo 1
Variedade de
alimentos
Ave de
espcie 1
Ave de
espcie 2
Ave de
espcie 3
Ave de
espcie 4
Frutas carnosas
0%
88%
87,5%
0%
Frutas secas
0%
12%
12,5%
0%
Larvas de insetos
10%
0%
0%
10,5%
Insetos adultos
90%
0%
0%
89,5%
Grupo 2
Variedade de
alimentos
Mamfero de
espcie 1
Mamfero de Mamfero de
espcie 2
espcie 3
Mamfero de
espcie 4
Gramneas
70%
0%
0%
69,8%
Peixes
0%
15%
90%
0%
Pequenos
roedores
0%
85%
10%
0%
Frutos
30%
0%
0%
30,2 %
Com base nos dados coletados e fornecidos nas tabelas, pode-se afirmar que
AA o grupo 2 concluiu que todas as espcies envolvidas no seu estudo no realizam competio entre si, pois a
alimentao bem variada entre as espcies.
BB ambos os grupos chegaram concluso de que os organismos estudados esto isolados geograficamente, por
isso, so comprovadamente de espcies diferentes.
CC o grupo 1 concluiu que as espcies de aves 1 e 4, bem como 2 e 3, esto em competio, sendo um dos motivos
pelos quais no podem estar em especiao simptrica.
DD o grupo 2, aps analisar os dados, concluiu que as espcies de mamferos 1 e 4 esto passando pelo processo de
especiao simptrica, enquanto as espcies 2 e 3 competem entre si.
EE o grupo 1, mediante sua pesquisa, conseguiu provar que as espcies 1 e 2, bem como 3 e 4 disputam o mesmo
nicho ecolgico.
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QUESTO 68
Nenhuma outra doena teve tanto impacto na vida das populaes humanas quanto a peste. Responsvel pela
morte de mais de 200 milhes de pessoas, ao longo dos ltimos milnios, alterou tragicamente em diferentes pocas
a ordem social e econmica e o prprio curso da histria. Considerada por muitos um castigo divino, ela atingiu
indiscriminadamente campos, cidades, pobres, ricos, homens, mulheres, adultos e crianas, deixando marcas no
imaginrio humano que se refletem em vrios aspectos das artes, como na pintura, literatura, poesia, teatro e cinema.
Originria do planalto central da sia, a enfermidade causou pandemias. Uma delas, denominada peste de
Justiniano, afligiu o norte da frica, a Europa e o centro-sul da sia entre os anos 542 e 602, causando elevada
mortalidade e contribuindo para o declnio do Imprio Romano. Outra, conhecida como peste negra, surgiu na forma
pneumnica (a mais letal) e estendeu-se do sculo XIV ao XVI, exterminando um tero da populao europeia apenas
entre os anos 1347 a 1353.
FRANA, Camila T. et al. Peste: uma doena do passado? Cincia Hoje, Rio de Janeiro, 21 jun. 2012. Disponvel em: <http://cienciahoje.uol.com.br/>. Acesso em: 30 dez. 2014.(adaptado)
A doena ainda oferece perigo nos dias atuais. A anlise das ocorrncias mais recentes dessa enfermidade mostra
que pode reaparecer aps longos perodos sem novos casos e que a incidncia vem crescendo em vrios pases.
Figura 1
Figura 2
CICLO EPIDEMIOLGICO DA PESTE
Ingesto ou contato com tecidos infectados
Picada de pulga
Mordeduras e aerossis
As aves no se infectam,
mas carregam roedores
e pulgas ampliando a
disperso da bactria
Outros
mamferos
(inclusive os
humanos) se
infectam pela
picada de
pulgas
Hoje, os avies
possibilitam a rpida
disperso das doenas
Deslocamento
A doena se
mantm entre
roedores
silvestres e
suas pulgas
ou contato
com tecidos
infectados
Navios com
humanos e
ratos infectados
disseminam a
doena
Camelos
infectados a
dispersam nas
caravanas
Considerando as informaes sobre peste bubnica contidas no texto e nas figuras, correto afirmar que
AA a peste foi praticamente eliminada nos ltimos anos, embora ainda apresente um foco considervel na Amrica,
onde uma grande quantidade da populao de ratos se mostra infectada.
BB a peste bubnica uma bacteriose que no tem tratamento, pois as formas graves tm incio abrupto e letal.
CC a peste uma doena emergente causada por um protista, encontrado em vrios mamferos. transmitida aos
seres humanos por meio da picada de pulgas infectadas.
DD atualmente, h focos de peste em vrias partes do mundo e para evitar a contaminao fundamental ter condies
de higiene e saneamento adequadas, alm do controle da populao de pulgas e ratos.
EE a peste no tem potencial epidmico, pois sua cadeia envolve apenas ces, gatos, pulgas, ratos e o homem.
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QUESTO 69
Um dos aspectos fundamentais para a manuteno da sade humana e, consequentemente, da disposio de nimo
a ingesto regular e equilibrada de alimentos adequados s necessidades metablicas. Por meio dos nutrientes, as
clulas sintetizam os mais diversos compostos necessrios ao organismo humano, como os hormnios, as protenas
estruturais e enzimticas, os cidos nucleicos, os neurotransmissores etc. Nesse aspecto, vrios tipos de peixes so
fontes de mega-3, cuja falta est relacionada s doenas cardacas, a alguns tipos de cncer e a alteraes no humor.
Para se obter benefcios orgnicos e psicolgicos, necessrio consumir de 1 a 2 g de mega-3 por dia.
A tabela a seguir revela a composio qumica de alguns tipos de peixes.
Substncia alimentar (100 gramas)
Atum cru
Sardinha em conserva (molho de tomate)
Arenque defumado
Salmo cru
Tainha cozida
Truta assada
Bacalhau prensado e salgado
Calorias
146,0
173,0
290,0
211,0
204,0
189,0
169,0
Glicdios (g) Protenas (g) Lipdios (g) Clcio (mg) Fsforo (mg) Ferro (mg)
0
24,80
5,20
19
195
0,90
1,60
20,50
8,80
390
419
4,30
0
36,90
15,80
40
240
2,00
0
22,50
13,40
29
302
0,80
0
24,00
12,00
26
124
2,10
0
20,00
13,33
23
230
1,00
0
18,80
1,10
14
188
1,50
Com base na tabela e em seus conhecimentos sobre qualidade de vida e a importncia de uma nutrio adequada,
correto afirmar que
AA consumir peixes previne e controla a obesidade, pois seu teor de lipdios baixo e, tambm, uma boa opo de
protenas.
BB vrios tipos de pescado so fontes de mega-3, que aumenta as taxas de colesterol que tende a se acumular nas
artrias e contribuir para a aterosclerose.
CC o bacalhau prensado e salgado a melhor opo para auxiliar na formao de ossos e dentes, no mecanismo de
contrao e relaxamento muscular e na coagulao sangunea.
DD o salmo cru tem de 3 a 4 vezes mais lipdios do que o bacalhau prensado e salgado.
EE o peixe que mais auxilia na formao da hemoglobina o atum cru e o que mais participa na formao do ATP e
dos cidos nucleicos a tainha.
QUESTO 70
Ondas de rdio
Radiao
infravermelha
Luz
visvel
Radiao
ultravioleta (UV)
Raios
X
Radiao
gama ()
Reproduo
A atmosfera da Terra permite que diferentes tipos de radiaes eletromagnticas penetrem em quantidades variadas. Luz
visvel, ondas de rdio, infravermelho e ultravioleta atingem todo o tempo a superfcie terrestre. Os outros tipos de radiao
so absorvidos ou espelhados pelos gases do ar em diferentes altitudes caractersticas (indicadas pelas alturas das janelas).
Embora a atmosfera no tenha janelas reais, os astrnomos usam o termo para caracterizar a passagem da radiao
atravs dela.
COMINS, Neil F.; KAUFMANN III, William J. Descobrindo o universo. 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.
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QUESTO 71
Reproduo
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QUESTO 72
QUESTO 73
O nitrato de amnio (NH4NO3) um produto slido,
perolado ou granulado, muito usado na agricultura por
possuir menor volatilizao e acidificao do solo. Pode
ser encontrado em fertilizantes, herbicidas, inseticidas,
em absorvente para xido de nitrognio, na fabricao
QUESTO 74
Acredita-se que as caractersticas do cobre ( um
excelente condutor de calor e pode ser facilmente
moldado para construir um equipamento relativamente
complexo, como um alambique) fizeram desse material
o preferido dos produtores artesanais de cachaa. Ao se
destilar a cachaa em alambiques de cobre, o produto
obtido possui propriedades organolpticas superiores.
A cana-de-acar uma cultura anual, e mesmo com
o plantio de variedades precoces e tardias para ampliar
o perodo de safra, ainda h interrupo de produo.
Assim, seja na safra durante a destilao da cachaa,
mas, principalmente, no perodo de entressafra, o
cobre e suas ligas, utilizadas na construo dos
alambiques, podem sofrer oxidao, formando o
di-hidroxicarbonato de cobre (II) ou simplesmente
azinhavre, como mostrado na reao a seguir.
2 Cu(s) + O2(g) + H2O(v) + CO2(g) Cu2(OH)2CO3(s)
O azinhavre se dissolve nos vapores hidroalcolicos
cidos e contamina o produto destilado com ons cobre.
A legislao brasileira impe um limite mximo de 5 mg/L
de cobre que pode estar presente na cachaa, enquanto
a europeia estabelece o limite de 2 mg/L.
Uma amostra de bebida apresentou uma concentrao de
6,3 105 mol/L.
Dados: massa molar do Cu = 63,5 g/mol.
Pelo resultado da anlise, tem-se que
AA obedece s legislaes brasileira e europeia.
BB no obedece a nenhuma das legislaes.
CC obedece apenas legislao europeia.
DD obedece apenas legislao brasileira.
EE corresponde a 6 mg/L de cobre.
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QUESTO 75
gua dura
Muitas amostras de gua contm os ctions clcio (Ca(a2+q)),
magnsio (Mg(a2+q)) e ferro (II) (Fe(a2+q)), que vm acompanhados
dos nions carbonato, bicarbonato, cloreto e/ou sulfato.
a quantidade dos ctions citados, principalmente o clcio
e o magnsio, que determina a dureza da gua. Se a gua
estiver apresentando teores desses ctions superiores a
150 mg/L, ento a gua dura; se estiverem abaixo de
75 mg/L, a gua mole; e se caso estiverem entre 75 e
150 mg/L, a gua moderada. A presena desses ctions
dificulta a ao dos sabes na remoo da sujeira e da
gordura. Os sabes so sais de cidos graxos com uma
longa cadeia apolar (hidrofbica) formada por tomos de
carbono e hidrognio e uma extremidade hidroflica. A longa
cadeia polar solvel nas gorduras e a extremidade polar
solvel em gua.
Disponvel em: <http://goo.gl/ttiiib>. Acesso em: 30 dez. 2014. (adaptado)
QUESTO 76
O otoscpio um instrumento
Tmpano
de diagnstico mdico utilizado Otoscpio
para analisar o interior do ouvido
e o tmpano. Ele feito por uma
fonte de luz e por uma lente de
ampliao ligadas a um cabo.
Os mdicos geralmente usam o
otoscpio para verificar doenas
no ouvido. As patologias que so
diagnosticadas por meio desse aparelho incluem infeces
externas e do ouvido mdio, tambm conhecidas como otite
externa e otite mdia, respectivamente.
QUESTO 77
O biodiesel descrito, de acordo com a definio
da Agncia Nacional do Petrleo, Gs Natural e
Biocombustveis (ANP), como um combustvel composto
de steres alqulicos de cidos carboxlicos de cadeia
longa (entre 12 e 22 carbonos) provenientes da reao de
transesterificao ou esterificao de gorduras vegetais
ou gorduras animais. O leo diesel um combustvel
derivado do petrleo constitudo principalmente de
hidrocarbonetos saturados e aromticos. O uso de
combustveis derivados de petrleo e de biocombustveis
em mquinas e equipamentos implica seu contato com os
diversos materiais metlicos constituintes dos sistemas
veiculares, de transporte e armazenamento. Essa
interao pode ocasionar a corroso metlica.
Com base na composio dos combustveis e no processo
de corroso, correto afirmar que
AA o baixo poder corrosivo do diesel, comparado ao
biodiesel, deve-se presena de enxofre, que atua
como nodo de sacrifcio, protegendo a estrutura
metlica.
BB em virtude de o biodiesel ser relativamente inerte e
miscvel em gua, a sua corrosividade poderia ser
considerada baixa se comparado ao diesel.
CC o biodiesel possui alta estabilidade oxidativa e
hidroltica, o que permite pouca alterao em seu
padro de qualidade e reduz a sua ao corrosiva.
DD o biodiesel oxida quando exposto ao ar e s
altas temperaturas, formando cidos orgnicos e
hidroperxidos, que ajudam a promover processos
corrosivos.
EE o diesel apresenta maior poder corrosivo, em relao
ao biodiesel, pelo fato de ser mais higroscpico, j que
a gua potencializa a corroso eletroqumica.
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QUESTO 78
Reproduo
QUESTO 79
A Resoluo 1
978 da Secretaria Municipal de
Transportes Urbanos (SMTU), do Rio de Janeiro, que
autorizou, desde o ltimo dia 3, os txis a usarem a Tarifa
2, mais conhecida como bandeira 2, quando trafegarem
por ladeiras ngremes, tem causado polmicas e
constrangimentos, tanto a taxistas quanto a passageiros.
A questo est na subjetividade do termo, que no define
quais vias so ngremes ou no, cabendo ao taxista
decidir quando deve acionar a bandeira 2.
QUESTO 80
Passageiro j pode ver trajeto de mala nas esteiras pela TV
Em meio onda de furtos de malas em aeroportos do
pas, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroporturia
(Infraero) quer mostrar ao passageiro o que passa por
trs das esteiras. Enquanto espera a bagagem, ele
acompanha em uma tela imagens de cmeras de
segurana que mostram funcionrios manuseando e
colocando as malas dos carrinhos nas esteiras. [...]
Disponvel em: <http://goo.gl/PVnMtV>. Acesso em: 29 dez. 2014.
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QUESTO 82
Laurentiu Garofeanu
QUESTO 81
o pH do meio
AA no sofrer variaes.
BB ficar mais cido.
CC ficar mais bsico.
DD sofrer grandes variaes.
EE diminuir e depois aumentar.
QUESTO 83
A Primeira Guerra Mundial (19141918) marcou a
entrada da qumica nos campos de batalha. Em 1915, o
cientista alemo Fritz Haber teve uma ideia para obrigar
as tropas inimigas a sair da proteo das trincheiras e
aceitar o combate a cu aberto: espalhou gs cloro
em um front perto da cidade belga de Ypres. Foi uma
devastao: 5 mil desprevenidos soldados franceses
foram mortos e outros 10 mil ficaram feridos. O cloro
pertence ao grupo dos gases sufocantes, que irritam e
ressecam as vias respiratrias. Para aliviar a irritao, o
organismo segrega lquido nos pulmes, provocando um
edema. A vtima morre literalmente afogada.
Disponvel em: <http://goo.gl/Ia3ukf>. Acesso em: 29 dez. 2014.
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QUESTO 84
O amido um polissacardio pertencente classe dos
carboidratos, formado por meio da unio de vrias unidades
de D-glicose. Sendo a principal fonte de armazenamento
de energia nas plantas, est presente em razes, frutos,
tubrculos e sementes. Constitui-se de duas molculas
de polissacardios ligeiramente diferentes, amilose e
amilopectina, que somente podem ser evidenciados aps
solubilizao e separao dos grnulos. Vale mencionar
que o amido o maior constituinte de batatas, ervilhas,
feijes, arroz, milho e farinha. O amido composto
de amilose (20 a 30%), uma cadeia no ramificada de
unidades de D-glicose unidas por meio de uma ligao
-1,4-glicosdica.
CC
DD
EE
AA
BB
QUESTO 86
Primeira Guerra Mundial: o incio dos
massacres por armas qumicas
Tudo comeou na Primeira Guerra Mundial
(1914-1918). A primeira tentativa do exrcito germnico
foi o brometo de xilila (bromoacetato de metila agente
lacrimejante). Realizaram um teste preliminar em janeiro
de 1915, contra os russos na Polnia, e no obtiveram
xito devido a baixa volatilidade: o enorme frio que fazia no
front tornou o produto ineficiente. Em abril deste mesmo
ano, obtiveram xito no ataque a Yprs na Blgica, com o
uso de 160 toneladas de gs cloro C2 6 cilindros, foram
colocados em posies favorveis, formando uma nuvem
esverdeada que se estendeu por uma frente de 6 km
nas trincheiras inimigas, provocando a baixa de 15000
soldados das quais 5000 foram mortais.
CC
DD
EE
QUESTO 85
Da prxima vez que voc comer uma guloseima em
um prato de plstico, pode culpar o recipiente e no o
seu contedo pelos quilinhos a mais. Brincadeira
parte, um estudo brasileiro mostra que essa situao
aparentemente absurda pode ter um fundo de verdade. O
culpado o bisfenol A, composto usado na fabricao de
plsticos associado a uma longa lista de doenas que no
para de crescer e inclui a obesidade.
Disponvel em: <http://goo.gl/wW4TRI>. Acesso em: 30 dez. 2014.
DD 5,325.
EE 6,214.
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QUESTO 87
A sntese de Haber-Bosch (processo de formao da amnia a partir dos gases nitrognio e hidrognio) teve
um papel histrico importante, pois proporcionou aos alemes a possibilidade de resistir ao bloqueio dos aliados
durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). De fato, devido ao embargo inimigo, a Alemanha no conseguia mais
importar o salitre necessrio para a fabricao de explosivos. Com a sntese de NH3, os alemes produziam HNO3 e
deste chegavam aos explosivos de que necessitavam. Esses fatos mostraram humanidade a grande importncia da
Qumica cujo desenvolvimento teve, a partir daquela ocasio, um impulso bastante acentuado.
O grfico a seguir mostra a influncia conjunta da presso e da temperatura no rendimento da produo de NH3.
NH3 no equilbrio (%)
200 C
100
300 C
400 C
500 C
50
600 C
500
1000
Presso (atm)
QUESTO 88
O emprego atual de polmeros na vida diria cada vez mais significativo. Polmeros so macromolculas de
alta massa molar, formadas por unidades de molculas menores, chamados monmeros. Estes reagem por adio
ou condensao, produzindo polmeros com diferentes propriedades fsico-qumicas e mecnicas. [...] Os polmeros
superabsorventes constituem uma classe de materiais que possui grande afinidade pela gua. Os mais utilizados em
nosso cotidiano (figura) so a poliacrilamida (PA), que absorve gua, e o poliacrilato de sdio (PAS), no qual o mecanismo
de absoro , primariamente, por osmose. A presso osmtica faz que o poliacrilato de sdio absorva gua para
equilibrar a concentrao de ons sdio dentro e fora do polmero. [...] A poliacrilamida foi testada como componente
de absorventes e fraldas descartveis, mas foi abandonada devido ao excessivo aumento de massa e volume dos
materiais. O poliacrilato de sdio foi introduzido em fraldas descartveis no incio da dcada de 1980, tendo revolucionado
esse mercado, pois, alm de permitir uma reduo na massa mdia das fraldas em torno de 50%, aumentou muito sua
qualidade absorvente. Esses materiais superabsorventes so durveis e resistentes ao ataque de micro-organismos,
o que tem levado os pesquisadores a buscar novos materiais absorventes que tenham menor durabilidade ao serem
descartados no meio ambiente [...].
CH2 CH CH2 CH CH2 CH CH2 CH
C=O
H
C=O
H
Poliacrilamida
C=O
H
CH2 CH
C=O
C=O
O Na+
Poliacrilato de sdio
FRANCHETTI, Sandra Mara; MARCONATO, Jos Carlos. Polmeros superabsorventes e as fraldas descartveis: um material alternativo para o ensino de polmeros. Qumica Nova na Escola, n. 15, maio 2002.
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QUESTO 89
Os moluscos da classe Gastropoda incluem as lesmas do mar, com a subclasse Opisthobranchia e ordem Nudibranchia,
que compreende organismos sem conchas ou brnquias verdadeiras no adulto. A lesma do mar, Elysia chlorotica, capaz
de realizar fotossntese como processo autotrfico devido ao consumo de Vaucheria litorea, organismos algais com talo
filamentoso simples ou ramificado. A E. chlorotica alimenta-se dessas algas, digerindo-as completamente, mas conservando
seus plastdios, de modo que se apossa dos cloroplastos, os quais participam de uma endossimbiose por um perodo de at
9 meses.
De acordo com o texto, correto afirmar que o comportamento do organismo triblstico, celomado e protostmio
AA est includo no reino Plantae, pois o molusco capta a luz visvel e utiliza a energia para sintetizar glicose e acumular
ATP.
BB no est includo no reino Plantae, pois os organismos dos cincos reinos, levando em conta o atual status de
classificao dos seres vivos, utilizam como reagentes gua e gs carbnico e geram produtos glicdios e gs
oxignio.
CC no est includo no reino Plantae, pois os moluscos apresentam caractersticas tpicas que determinam que a
lesma do mar tenha maior parentesco filogentico com espcies animais do que com espcies vegetais.
DD est includo no reino Plantae, pois os moluscos so cosmopolitas e a autotrofia comum em animais com
cromatforos.
EE est includo no reino Plantae, pois algas e lemas esto classificadas no mesmo reino, que inclui eucariontes
pluricelulares com tecidos verdadeiros.
QUESTO 90
A reportagem anterior relata uma descoberta de grande importncia mdica, principalmente para os atletas. possvel
concluir, da situao abordada no texto, que
AA com o rompimento do ligamento anteroposterior, a movimentao dos ossos que formam a perna (tbia e fmur) fica
totalmente comprometida, impossibilitando que o atleta retorne s suas atividades normais.
BB o rompimento do ligamento cruzado anterior ocorre quando o atleta no realiza alongamento e exerccios adequados
que promovam um bom aquecimento da musculatura ao redor desse ligamento.
CC a dor, o inchao e a reduo dos movimentos no joelho so causados pelo rompimento do ligamento anterolateral
(ALL), independentemente do ligamento cruzado.
DD com a descoberta do ligamento anterolateral, sua localizao e caractersticas, possvel aperfeioar o tratamento
e a recuperao dos atletas que rompem o ligamento cruzado anterior.
EE as leses no ligamento cruzado dos atletas tornaram-se comuns aps a descoberta do ligamento anterolateral,
permitindo que os mdicos e fisioterapeutas consigam melhorar o tratamento.
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