Livro Ogun o Meu Orisa
Livro Ogun o Meu Orisa
Livro Ogun o Meu Orisa
O Meu Orisa
Por su Bambalatiri
Salvador 2008
s Bambalatiri o grande
mensageiro dos Orisa do Ile Ase
Orisanla JOmi - Terreiro So
Bento. Digno Esu de palavra
nica e indiscutvel, possui
profunda sabedoria. Seus atos
conferem f aos maiores
incrdulos. Ele norteia nossas
vidas nos conduzindo aos
melhores caminhos trilhados por
gn. Misterioso e encantador,
surpreendeu ao entregar-me a
misso de transcrever gn, o
meu Oris.
Celeste d Alcntara Arruda
O Meu Oris
Por su Bambalatiri
Ficha Catalogrfica
su Mju B
su dradra
Bambalatiri awa
Ko B lro e Bara Orsa
Olorun Bo Ko Fum.
O Dp1
Meus Agradecimentos
a su2 Bambalatiri!
1
2
Exu divindade responsvel pela comunicao entre o Orisa e os mortais, guardio e protetor.
Saudao a Esu, em Yorub feita pela Ialorix Alda Funmilayo.
In memoriam
Dr. Donaciano d Alcntara Filho (1919 - 1974)
Meu av me deixou de herana muitos livros, dignidade e a sede insacivel
de conhecimento.
Dedicatria
Iyalorisa Me Zulmira, minha av no Ax, que assentou o su
Bambalatiri.
Ao Professor Julio Braga, por sua contribuio literria sobre o povo de
santo.
Ao meu grande amigo Walter Rui Pinheiro para quem no possuo palavras
suficientes para agradecer sua f em mim.
Agradecimentos
Um dia Osun Alaki3 perguntou se eu gostaria de cuidar das vasilhas dela. Eu
tinha 12 anos, e como sou fascinada pelo mistrio dos Orisa4 desde criana,
aceitei prontamente. Agradeo a ela por este dia. Aos meus pais, Dlson
Funrile e Alda Funmilayo atuais zeladores do Terreiro So Bento, pela
companhia. A minha av Celeste - Iyabase, a sabedoria. Aos meus mestres
Julio Braga e Felix AyohOmidire, a inspirao!
A todos que, mesmo com uma simples palavra, tornou possvel esse
trabalho, minha gratido.
Aos Meus Guias espirituais, Olorun Mo Du P!
Ao Caboclo Pedra Preta, meus respeitos!
gn, meus caminhos.
A Cacique Jiquiria da Pedra Branca, a f!
3 Nome do Orix responsvel por minha iniciao religiosa como Ialax (Iyalase) no Terreiro So Bento.
4 Orisa Orix em Yorub divindades africanas.
Apresentao
Como descrever a magia do dilogo entre o povo de ax e as divindades
africanas? De que jeito? Podemos pensar em psicografia, em sonho, ou
mesmo naqueles momentos de transe em que as divindades incorporam e
utilizam todas as funes do corpo de alguns de seus filhos. Num espao
quase inexplicvel desta comunicao, surge gn, o meu Oris
Oris. Um livro
idealizado por su Bambalatiri e escrito por uma pessoa amparada e
sintonizada com esse Esu.
Bambalatiri o grande mensageiro dos Orisa do Ile Ase Orisanla JOmi Terreiro So Bento. Digno Esu de palavra nica e indiscutvel, possui
profunda sabedoria, seus atos conferem f aos mais incrdulos.
A Iyalosrisa5 Alda Funmilayo do Terreiro So Bento recebeu de Esu
Bambalatiri um esboo deste livro, incumbindo-a de passar para a Iyalase6
Celeste a responsabilidade de transcrev-lo, transmitindo a sua mensagem
sobre gn.
Celeste dAlcntra Arruda filha da Iyalorisa e administradora do Terreiro.
Confirmada Ekeji de Osalufa7, foi iniciada como sacerdotisa aos 13 anos de
idade. E desde ento teve sua vida dedicada s divindades do Candombl. O
fato de no incorporar uma divindade no a impediu de receber de Esu
Bambalatiri a inspirao e as palavras ditas nesta obra a respeito de gn. O
culto aos Orisa repleto de mistrios, e apesar de muito se falar, o segredo
sempre ser segredo.
SUMRIO
Introduo
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Lados Opostos
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Oriki Fragmentos
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gn
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Uma Lenda
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Em toda Parte
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Folhas
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O Dendezeiro
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Oferendas
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Inkossi na TV Um depoimento
depoimento
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Ao Guerreiro
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O Terreiro So Bento
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Referncias Bibliogrficas
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Introduo
Existem muitos livros falando de Oris, principalmente de gn8. Contamse muitas lendas, que freqentemente so mal interpretadas e produzem
imagens negativas das divindades africanas. Falar de gn no fcil,
escrever sobre gn, o mitolgico deus blico, muito mais complexo.
Quando pensamos na crueldade das guerras, na selvageria da natureza de
homens covardes que propem como estratgia de conquista, armar jovens,
induzindo-os a executarem aes sem nenhuma conscincia da importncia
da vida, lanando-os aos deplorveis campos de batalha. Quando vemos na
televiso tantas mortes por motivos que no justificam perdas de vidas. E
quando presenciamos a violncia nossa de cada dia. No podemos aceitar
como, divino, santo, sagrado, gn.
A natureza da energia gn que alimenta em ns, desde a primeira forma
de vida humana na terra, o conflito e o desejo de vencer, o estmulo
instintivo de ataque e defesa sempre que pretendemos conquistar algo,
explicaria o fato de nascermos prontos para o combate. Iniciando se no
momento em que rompe - se o ventre da me na inocente necessidade de
chegar vida, de vencer as bactrias, os germes e se manter respirando com
a possibilidade de nos depararmos com as devastadoras guerras pelo
mundo.
No candombl se cultua o Oris gn atravs da imagem de um homem
guerreiro simbolizado em um soldado. E ao mesmo tempo se afirma que, os
Orisa so anjos da cabea, guardies e representantes das foras da natureza,
divinos e sagrados. Entender essa estrutura no culto das divindades
africanas, com seres sobrenaturais, que tomam corpos e mentes, que
danam, cantam, doam energia aos seus filhos e tm suas simbologias nos
elementos da natureza, como: folhas, cachoeiras, fogo, metal, animais pode
parecer confuso e contraditrio. fora da natureza ou Deus disso e
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daquilo? Como ser Deus se Deus divino e o que se entende por divino
no tem a ver com a guerra.
Estudando e vivenciando a religiosidade da descendncia africana a respeito
de gn, pode-se adentrar o cu e o inferno da f. O Deus guerreiro,
violento e sanguinrio, tambm aquele que considerado o bom comeo,
por ser justamente ele quem, com sua espada, abre os caminhos e garante a
vitria.
H muitos anos o candombl cultua gn assim. Seja esse culto uma forma
equivocada de interpretar a divindade em que se cr, e que por tanto tempo
tenha sido assim cultuada ao ponto de ter o arqutipo de um soldado. E se
for divino o Orisa que to mal compreendido pelos humanos tornou-se
violento guerreiro, pode ser mistrio. Mas no se pode negar que existe em
nossa natureza algo que nos torna guerreiros em potencial, e nem afirmar
que essa energia, boa ou m, que nos impulsiona a luta, ao desbravar das
questes nos vrios nveis, no seja mesmo gn.
Procuramos em gn, o meu Oris
Oris, falar da f em um Deus guerreiro, mas
que consideramos vital e encantador. Reconhecendo sua complexidade no
fantstico mundo das divindades africanas, su Bambalatiri nos convida a
enxergar gn de forma potica e reflexiva.
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Lados Opostos
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Oriki (fragmentos)
Oh! homem que tendo gua em
casa lavou-se com sangue!
Ele mata o ladro e o
proprietrio da coisa roubada.
Ele mata o proprietrio da coisa
roubada e aquele que critica a
ao.
Ele mata o que vende o saco de
palha e aquele que compra10.
Pa t kori11
gn e!
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gn
Guerra: conflito armado entre naes, povos, etnias, as batalhas desde o
incio da vida no universo, a necessidade de vencer, de conquistar.
Metal: elemento qumico eletro positivo, slido, condutor de energia, til
transformador de vidas, de seres...
Caminho: faixa de terreno mais comprida que larga, destinada ao trnsito de
pessoas, animais ou veculos. Todos os caminhos, desde o filosfico
estrada de barro, o mais longo e curto a percorrermos na vida, repleto de
acidentes, cheio de curvas e encruzilhadas.
O homem, o guerreiro, o conquistador. O ser que mesmo em seu estgio
mais primitivo no se privou compreenso da natureza e, apesar da
ausncia de civilidade, foi capaz de absorver a energia das coisas ao seu
redor, dar-lhes culto, criar rituais e atravs deles transformar a vida na terra.
gn e mi Orisa!
gn e, p t kori o, Js, Js!16
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Uma lenda
Awa tit lo ni
E gn Alakoro o Nire
Mju b gn
E gn Alakoro o Nire22
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Em toda parte
gn costuma exercer especial fascnio em muitas pessoas, comum ouvir
de quem ainda no identificou seu Oris por meios seguros (jogo de bzios,
por exemplo) afirmar com orgulho ser filho de gn. Certamente por este
representar a firmeza e a coragem que se necessita para enfrentar s batalhas
do dia-dia. nobre ser corajoso. A vida repleta de conflitos, ser filho de
um grande guerreiro soa como garantia de vitria. O curioso que as
pessoas ocupam-se de fervorosos e utpicos discursos contra as guerras no
mundo. Todos clamam por paz, mas as guerras acontecem no dia a dia.
No vaivm das informaes contraditrias em torno dos Orisa, o candombl
se torna uma difcil revelao das divindades africanas. Cada casa de Ax em
suas diversas naes cultua o Orisa da forma que acha correto, do jeito que
seus mais velhos ensinaram ou apenas por reproduo do que viu e ouviu
em algumas oportunidades. necessrio que se entenda que a essncia do
Oris no est baseada em concepes materialistas.
Folhas
Orisa de inmeras folhas que formam um crculo energtico protetor
infinito, gn alcana com seu Ase23 todas as criaturas que nele acreditam.
O dendezeiro, a espada de ogum, a abre caminho, a nativo, a caj so
algumas destas folhas.
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O Dendezeiro
O dendezeiro tem os seguintes nomes yoruba: Ygi Ope Mrw, Op segi
segi, Ope Ikim, Op Yal yal - Elaeis Guineensis Jacq Palmae
(Verger,1995,p.669). Planta de origem africana, esta rvore desgalha em
forma de leque deixando aparecer ao centro uma palma nova que aps ser
retirada e desfiada d-se o nome de Mrw que se torna parte das vestes de
gn, simbolizando poder e galhardia. Conta-nos os antigos que Omolu
usava esta palha, mas, vendo gn voltando despido de uma de suas
batalhas, tirou imediatamente a palha e o cobriu. A partir da ele o
Mrw.
O dendezeiro pertence a Osal. Seu tronco representa a dinastia, a criao
dos seres humanos, o poder da ancestralidade. O Ygi Ope Mrw
tambm as de Osala, Nana, Omolu, Yf e Sango27.
Um velho Nigeriano sacerdote do Deus Yf, em visita ao Brasil, contou uma
lenda a Alda Funmilayo na qual diz que, as Yiamin Osorong28, tentando
prejudicar o reino de Osala, apossaram-se dessa rvore transformando seus
frutos em nctar vermelho (dend) e os bagos escuros em pssaros de
destruio. Ento, Osal, considerando a importncia da rvore confiou-a ao
grande Akoro gn a misso de reav-la e preserv-la. Mas, apesar da
vitria e do empenho a rvore continuou dando seus frutos vermelhos. E
assim, como em toda a histria da humanidade, aquilo que se transforma
no perde a serventia, ento, os frutos vermelhos so colhidos. Os bagos,
que so o dend maduro, so pilados em recipiente de madeira (pilo
artesanal) e apurados no fogo at chegar ao Ep pupa (azeite de dend). A
maioria das comidas oferecidas s divindades Africanas so preparadas neste
leo.
Bela em sua aparncia, o Dendezeiro uma rvore encantada, carrega em si
muitos mistrios. Nos terreiros de candombl da Bahia costuma- se fazer os
assentamentos do Orisa gn junto ao seu tronco. No Terreiro So Bento
existem vrios dendezeiros e um em especial, onde fica os assentos de gn
Onir desse Ile Ase29, e que j produziu azeite suficiente para vrias iguarias.
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O ELMO
Defesa e segurana, na mitologia africana ele a coroa do Oris gn, o
Ade.
PEITORAL ou COURAA
A proteo do guerreiro, a defesa, o abrigo seguro para que nosso esprito
esteja firme e nosso corpo sobreviva.
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Oferendas
No Brasil, gn cultuado de diversas formas. Solicitado quase sempre
pelos seus fiis nos momentos de dificuldade, esta divindade recebe nas
estradas, oferendas de inhame com azeite de dend e mel, xinxim de carne
de boi com camaro, dend e cebola ralada, aca branco e aca vermelho,
tudo acompanhado de vinho tinto e velas.
As oferendas ao Oris gn no espao fsico dos terreiros de candombl
so: Bode, Galos, Conquens (Galinha dangola), pombo e a famosa feijoada
com carne de boi e porco salgadas, lingia, toucinho, calabresa etc. e outros
segredos da Iyabase32 que prepara com sabedoria a oferenda. Primeiro
colocada num argida e oferecida a s em uma encruzilhada prxima do
Terreiro, e em seguida num taxo de barro no Peji33 de gn, depois ser
servido no naj hierarquicamente com os sacerdotes, filhos e adeptos.
O Orisa gn est em todas as partes do mundo como a energia que rege a
fora de um guerreiro, com vrios nomes em diversas naes, diferenciando
apenas na forma de cultuar. No Candombl de culto Oloris Nag ele
gn Akoro , Nkossi Mukumbi no candombl de Angola e Gun para o
povo jji. Na nao de caboclo ele o caboclo Sete Espadas, na astrologia
ele o Ariano e em toda parte que houver um guerreiro, porque gn
divindade de muitos mistrios. Ele era 1 que virou 3, que virou 7 e que se
multiplicou cada 7 por 7 e transformou-se num exercito, conta-nos os mais
velhos dizendo sempre: - Isso fundamento!
Me da cozinha, mulher idosa designada a cozinhar e conhecer os preceitos para o preparo das comidas de todos os Orisa.
Assentamentos do Orisa.
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Ajoile
O guerreiro desta Casa
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Tantasile
A criana que brotou do Inhame
Desde beb Filipe toca os atabaques. Claro que naquela poca ele s dava
umas palmadinhas no couro. Quando aprendeu a falar determinou logo
cedo seu espao. Sua av Alda perguntava: - O que Pinho vai ser quando
crescer? A resposta sempre foi uma s: - Tocador de atabaque de vov. Aos
trs anos de idade ele j balbuciava ser mino do xanto (menino do santo).
Aos nove ele responde orgulhoso pergunta: quem gn pra voc?
- gn o guardio, o defensor. Sem ele as pessoas no existiriam.
Algumas crianas possuem noo de si mesmas. Estas so especiais. Elas
carregam consigo a compreenso de que so, de fato, a continuidade, o
essencial sobrevivncia de todas as culturas.
Filipe Tantasile, a criana que brotou do inhame, Osi Alabe do Terreiro
So Bento. Atravs das palavras dele eu acredito que o As no cessar de
brotar.
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Nkossi na TV
Um depoimento
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Ao Guerreiro
Vai meu Guerreiro Bendito!
Galopa! Galopa! E teu grito ecoa
Nos coraes, nas mentes que sofridas
Ouvi-te como a um brado
Do infinito! E ensinando,
Transforma-te em bela guia,
Que bate azas, e voa, voa.
Levando o Negro
Que ao sol cintila,
Como o dia que chegar,
Abrindo os olhos vida,
Que toda hora vem e vai,
Eterna! Como a fora
Que tentar evoluir-nos
Decifrar-nos.
Alda Funmilayo
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O Terreiro So Bento
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Referncias Bibliogrficas
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