Teologia Básica

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TE O LO G IA

LIÇÃO INTRODUTÓRIA

Importante:
O aluno precisa estudar esta lição introdutória e realizar as tarefas para o bom desempenho neste
curso.

Temos prazer em ajudá-lo no estudo da Bíblia, o livro mais importante e vendido em todo
o mundo. Suas verdades resistiram ao teste do tempo e sua influência benéfica se faz sentir em toda
parte. Você está então de parabéns Por ter tomado a sábia decisão de estudar “O que a Bíblia.Diz”.
Por meio deste curso bíblico você pode estudar acerca de vários assuntos importantes. As
lições abrangem todo o desenrolar da história da humanidade, focalizando os propósitos de Deus
para o homem moderno.

TÍTULOS DAS LIÇÕES


1. A Origem da Bíblia.
2. Os Assuntos Gerais Tratados pela Bíblia.
3. A Autoridade Religiosa.
4. A Dádiva de Deus – A Salvação.
5. Como o Homem Aceita a Salvação.
6. A Importância da Igreja.
7. A Organização da Igreja.
8. A Unidade da Igreja.
9. A Restauração da Igreja.
10. A Segunda Vinda de Cristo.
11. A Vontade de Deus para o Homem (Recapitulação).
Além desta lição introdutória existem mais onze lições com os seguintes títulos:

Se o aluno seguir as sugestões dadas abaixo ganhará muito tempo e aproveitará melhor as
lições.
1. Leia com atenção a lição, do começo ao fim, sem procurar qualquer passagem na
bíblia. Você poderá saber assim o assunto da lição em linhas gerais. Marque qualquer
parte do texto que lhe pareça pouco claro ou duvidoso.
2. Leia a seguir uma segunda vez o texto, estudando todas as passagens mencionadas.
3. À medida que estuda a lição e as passagens bíblicas, vá respondendo às perguntas.
As perguntas foram formuladas com o propósito de incentivar você a procurar na bíblia
as passagens mais importantes. Leia sempre com a máxima atenção às instruções
referente a cada grupo de perguntas.
4. Se dispuser de tempo, leia o contexto de cada uma das passagens mencionadas.
(versículos que vêm antes e depois da passagem estudada e por que foi escrito).

COMO
PARA ESTUDAR
ENTENDER CADA LIÇÃO
AS REFERÊNCIAS

O sistema usado neste curso para associar as referências às Escrituras é explicado pelos
seguintes exemplos. Se você estudar com atenção os exemplos vai evitar confusões e perda de
tempo mais tarde.
Mateus 5. Essa referência indica que a passagem bíblica pode ser encontrada num dos
sessenta e seis livros da Bíblia, sob o nome de Mateus, no capítulo quinto. Visto que n|ao se
menciona qualquer versículo, todos os versículos constantes do capítulo estão incluídos nesta
referência.
Mateus 5,8. Indica que a passagem abrange todos os versículos desses dois capítulos de
Mateus, capítulo 5 e capítulo 8.
Mateus 5-8. Indica que a passagem inclui todos os versículos do capítulo 5 ao capítulo 8,
inclusive.
Mateus 5.1. Indica que está sendo feita menção ao Livro de Mateus, Capítulo 5. Observe
que um ponto separa o número do capítulo do número do versículo.
Mateus 5.1,4. Esta referência tem o mesmo significado da precedente, com o seguinte
acréscimo: o versículo 4 do capítulo 5 acha-se incluído juntamente com o versículo 1. Observe que
vírgulas depois do ponto separam os números dos versículos do mesmo capítulo.
Mateus 5.1-4. Todos os versículos de 1 a 4 do capítulo 5 estão aqui incluídos.
Mateus 5.1,4;6.1;;8.5-10. A primeira parte é igual à da referência anterior (Mateus 5.1-4).
6.1 indica o primeiro versículo do capítulo sexto de Mateus; 8.5-10 quer dizer que inclui o
capítulo oitavo do mesmo livro (Mateus) e os versículos de 5 até 10 do capítulo oitavo.
Mateus 5.1,4;6.1;;8.5-10; Romanos 6.1-3:9,11. Observe que todas as referências a Mateus
são as mesmas dadas acima (Mateus 5.1-4; 6.1; 8.5-10). Entretanto, o último ponto-e-vírgula
(depois de 8.5-10) separa as referências de Romanos, que abrangem o capítulo 6, do versículo 1 ao
3, inclusive, e os versículos 9 e 11.

COMO PROCURAR AS REFERÊNCIAS

O melhor método para achar rapidamente as referências das Escrituras é decorar primeiro
os nomes dos livros da Bíblia na ordem certa, especialmente os do Novo Testamento, a segunda
divisão principal da Bíblia. Se o aluno não tiver tempo para fazer esta memorização, o segundo
melhor método é usar o índice dos livros no início da Bíblia. Nele se encontram relacionados os
livros do Velho Testamento na ordem em que aparecem na Bíblia, com os números das páginas
correspondentes a cada livro.

QUE VERSÃO DA BÍBLIA DEVE SER USADA

O Curso foi preparado de forma que o aluno possa usar qualquer versão da Bíblia. A versão
utilizada neste curso é a da Edição Revista e Atualizada no Brasil, publicada pela Sociedade
Bíblica do Brasil. O aluno tem plena liberdade para usar qualquer das versões à venda nas diversas
livrarias. A última versão da Igreja Católica Romana, A Bíblia de Jerusalém, publicada pelas
Edições Paulinas, também é recomendada.
No caso da versão católica, a única diferença a ser observada é no livro de Salmos. O
conteúdo é o mesmo, mas a numeração dos capítulos e versículos é diferente.

BENEFÍCIOS OBTIDOS

Se o aluno fizer o curso inteiro (onze lições), será beneficiado com o que segue:
1. Melhor conhecimento do livro mais importante e de maior vendagem no mundo.
2. Ficará mais apto para aperfeiçoar sua vida atual e preparar-se para a vida eterna.
3. O aluno terá feito um estudo equivalente a alguns cursos bíblicos de nível universitário.
4. O aluno receberá um certificado de conclusão pelo término do curso.

CONCLUSÃO
Ao iniciarmos este estudo sobre O QUE A BÍBLIA DIZ, oramos para que este curso lhe
traga inspiração para uma vida melhor e para a convivência mais íntima com Deus. A sua idéia e
vontade em participar deste curso é motivo de grande alegria para nós.

O QUE A BÍBLIA DIZ – LIÇÃO 1

Você está começando a estudar o livro mais importante do mundo, a Bíblia. Este curso se
baseia principalmente nos ricos depósitos de informações da própria Bíblia. Um dos aspectos mais
maravilhosos deste livro invulgar é como ele chegou às nossas mãos. Nesta primeira lição
estudaremos a autoria, ou a inspiração da Bíblia e como ela foi conservada através dos séculos.

I. A AUTORIA DIVINA DA BÍBLIA

À medida que folheamos e lemos a Bíblia, nós podemos observar que do começo ao fim ela
se apresenta como se tivesse realmente sua origem em Deus, fazendo esta afirmação ousada mais de
3.800 vezes em sua primeira divisão principal, o Velho Testamento (Levítico 19.1; Isaías 1.10 e
Ezequiel 1.1,3, etc.). A segunda divisão principal, o Novo Testamento, confirma a autoria divina do
Velho Testamento (Mateus 5.18; 2 Timóteo 3.16 e 1Tessalonicenses 2.13), e também alega que os
escritos nele contidos foram orientados pelo Espírito Santo de Deus (1 Coríntios 2.13; 2 Pedro
1.21).

Ao fazer estas afirmações, a Bíblia afirma ser a história dos tratos de Deus com o homem e o
registro da vontade divina para o ser humano. Um de seus principais propósitos é ensinar,
repreender, corrigir e educar na justiça a fim de que "o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente
habilitado para toda boa obra" (2 Timóteo 3.16-17).

A Bíblia não foi escrita por Deus no sentido dele ter redigido cada palavra da mesma, mas
por ter sido unicamente Ele que orientou os escritores a fim de que seu conteúdo fosse verídico.
Isto leva o aluno interessado a perguntar: "Quais são as evidências que essas tão faladas
afirmações da Bíblia são verdadeiras?" Damos a seguir algumas delas.

Ao estudar estas evidências é preciso


entender que ninguém pode provar a autoria
divina da Bíblia como se prova que 2 + 2 = 4. Em
sua sabedoria, Deus providenciou para que o
homem O aceite e à sua palavra mediante a fé
(Hebreus 11.6). "Andamos por fé e não pelo que
vemos" (2 Coríntios 5.7). Os ateus e não-cristãos
podem ridicularizar esse tipo de fé, mas eles
também vivem pela fé. A sua fé que Deus não
existe, ou que a Bíblia não é a Palavra de Deus. a
questão é a seguinte: "Qual é a fé mais razoável?
Que fé baseia no peso da evidência: a dos cristãos
ou a dos não-cristãos?" Verifiquemos algumas
provas da autoria divina da Bíblia.

A. O VERDADEIRO RETRATO DE DEUS NA BÍBLIA

Como Criador. Existem muitas teorias estranhas sobre como surgiu o universo físico, a
terra, o sol, as estrelas, os planetas e todas as formas de vida. A Bíblia dá, entretanto a explicação
mais razoável. Ela afirma que Deus criou o nosso universo (Gênesis 1.1-31; Atos 14.15-17 e
Romanos 1.20).

Muitas outras correntes de pensamento nem sequer tentam dar uma explicação para a origem
do universo, mostrando assim a extrema fragilidade de seus argumentos ao ignorar, ou confessar a
ignorância sobre toda esta questão básica da vida. Trata-se, todavia, de uma questão que não pode
ser posta de lado. O começo do universo fica patenteado pelo fato de que ele terá um fim. os
cientistas dizem que a terra está se desintegrando e suas riquezas estão se esgotando, que o sol está
se queimando e que as estrelas estão desaparecendo dos céus. Alguma força, ou Alguém deve
existir que tenha dado o impulso inicial a esses corpos celestes.

Se você entrasse subitamente num quarto vazio e visse um pião girando rápido no chão, que
aos poucos fosse diminuindo a sua velocidade e depois parasse o que concluiria? Que ele estivera
sempre girando até você entrar? Não, a explicação mais razoável seria que alguém tivesse entrado
no aposento antes de você chegar e feito girar o pião. Esta seria a sua conclusão lógica mesmo que
nada soubesse sobre esse alguém, ou quem iniciou sua vida. A única conclusão racional que
podemos tirar com respeito à origem do universo é também esta. A Bíblia concorda com as teorias
humanas no sentido de que o universo teve de originar-se de uma Grande Força, e a sinceridade e
desejo da Bíblia de falar sobre este assunto testemunham o fato de que ela é a Palavra de Deus.

Como Arquiteto. A Bíblia também concorda com as mais aperfeiçoadas teorias humanas e
com a melhor evidência possível. que a estrutura complexa do universo só pode ter sido projetada
por um cérebro superior com um propósito definido, um Arquiteto Divino. (Ler de novo Gênesis
1.1-31 e Romanos 1.20.) A ciência afirma que a terra e sol estão justamente na relação adequada

para manter a vida. Se a terra estivesse um pouco mais próxima do sol ficaria completamente
queimada, e um pouco mais longe iria congelar-se. Por outro lado, se a terra não girasse com exata
precisão, um lado queimaria com o calor do sol e o outro iria gelar.

Estas coisas acontecem por acaso? Foi o acaso que estabeleceu todas as leis naturais?
Apenas o acaso fez surgir as formas complexas de vida sobre a terra e a poderosa mente do homem?
Seria da mesma forma "razoável" alguém dizer que (1) por simples acaso as matérias-primas se
reuniram e formaram um relógio, e (2) por acaso, algum dia, o relógio irá reproduzir-se e pensar
como um homem. Não é muito mais sensato concordar com a Bíblia que foi Deus e não o acaso
que criou o nosso universo e deu-lhe essa tão extraordinária estrutura, de conformidade com os
seus propósitos? As claras e belas verdades ensinadas na Bíblia a respeito de Deus como Criador e
Arquiteto de nosso universo confirmam a sua inspiração.

B. OS ENSINAMENTOS VERDADEIROS DA BÍBLIA

A Bíblia já foi analisada por moralistas, psicólogos, educadores, sociólogos, teólogos,


historiadores e cientistas, e em cada um destes campos de estudo foi considerada exata e de acordo
com os melhores princípios neles contidos. Ela é com toda justiça o mais aperfeiçoado guia
moral do mundo moderno. Só em época recente a Psicologia, uma ciência moderna, "descobriu"
princípios de saúde mental que a Bíblia vem ensinando há séculos. Uma quantidade enorme de
livros se dedica à análise dos métodos de ensino usados por Jesus, o Mestre dos Mestres. Muitas
outras religiões adotaram os conceitos bíblicos a respeito da natureza básica de Deus, do homem, do
mundo, do bem e do mal, e da salvação. De acordo com as melhores fontes da antigüidade, os
pergaminhos antigos e as descobertas arqueológicas, a Bíblia é historicamente exata. Ela também
concorda muito mais com os fatos da ciência moderna do que os mitos das civilizações do passado.
Por exemplo, os cientistas modernos acham que a ordem da criação descrita em Gênesis 1 é
exatamente a mesma revelada nas camadas da terra.

Como poderiam homens simples e sem cultura, que viveram de 1900 a 3400 anos atrás,
escrever um tão maravilhoso trabalho, extraordinário e verdadeiro no que diz respeito à moral,
psicologia, educação, sociologia, religião, história e ciência? O fato deste livro proclamar de ponta a
ponta ser a palavra inspirada de Deus é também extremamente significativo. Se for verdadeiro
em tantos aspectos, poderia ser falso quanto à sua própria natureza? Poderia o maior guia moral do
mundo ser também o maior mistificador da humanidade? Se fosse esse o caso, a Bíblia não seria
uma bênção, mas uma maldição para todos os que nela crêem, e que sacrificam pátria, família,
fortuna e vida para seguir os seus preceitos. A própria verdade dos ensinamentos da Bíblia é com
certeza uma forte evidência da sua inspiração.

C. UNIDADE E CONSISTÊNCIA DA BÍBLIA

Deus não se contradiz nem é inconsistente. O mesmo se aplica à Bíblia. Embora escrita
por cerca de 40 homens, num período de aproximadamente 1500 anos, a Bíblia é um livro
consistente. Reis, profetas, pastores, fazendeiros, pescadores, coletores de impostos, médicos,
generais, homens ricos, pobres, com e sem cultura, escreveram 66 livros da Bíblia sobre os
magníficos temas de Deus, do homem, da natureza, do nosso mundo futuro, do propósito da
história, da moralidade e da salvação. Ainda assim, seus escritos são completamente
harmoniosos, o seu conteúdo se desenvolve de maneira homogênea, o que seria uma
impossibilidade sem a orientação unificadora de Deus.

D. A INDESTRUTIBILIDADE DA BÍBLIA

Jesus disse: "Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão" (Marcos
13.31; ver também 1 Pedro1.23-25). A Bíblia tem sido mais atacada do que qualquer outra obra que
o mundo conhece. O imperador Deocleciano (301-304 d.C.), pensou que tinha destruído a Bíblia
por meio de uma terrível perseguição. Entretanto, sua grandiosa tumba vem sendo ironicamente
usada como igreja há mais de mil anos! Voltaire, conhecido agnóstico francês, afirmou no século
XVIII que no decorrer de cem anos a Bíblia seria um livro esquecido. A Sociedade Bíblica de
Genebra ocupa hoje a casa que foi dele e a Bíblia é o livro mais vendido do mundo. Em 1981, a
Academia Francesa de Ciência apresentou 51 "fatos" que supostamente refutavam a Bíblia, mas
hoje não se considera verdadeiro nenhum desses fatos.

Essas foram algumas das tentativas para destruir a Bíblia. Ela já foi examinada, criticada e
atacada severamente de todas as direções; mas o tempo continua a provar que a cada golpe é
injusto, falso, e vão. Como disse Pedro: "a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente"
(1Pedro 1.25)

E. PROFECIAS EXATAS DA BÍBLIA

As profecias da Bíblia referem-se principalmente a vinda de Cristo. Damos a seguir


algumas delas. Note o significado dessas profecias. Quase todos os aspectos da vinda de Cristo
foram preditos muito antes de sua vinda.
Por exemplo, a profecia de Isaías 53 prediz no verso 2 a humanidade de Jesus, no verso 3 a sua
rejeição, nos versos 4 a 6 o seu sacrifício pelos pecados da humanidade, nos versos 7 e 8 o seu julgamento,
nos versos 8 e 9 a sua morte com os maus (os dois ladrões) e o seu enterro com os ricos (no túmulo do
homem rico, José de Arimatéia) e nos versos restantes do capítulo, a profecia é ainda ampliada. Como pôde
Isaías pintar tão belo e tão completo quadro de Jesus no ano 700 antes de Cristo?

Este é apenas um exemplo da lista. Todas as profecias a respeito de Cristo são evidências fortes quanto à
inspiração da Bíblia, mesmo sem considerar o fato de que muitas outras profecias também fazem parte dela.

PROFECIAS SOBRE CRISTO

Todas as profecias mencionadas abaixo foram feitas de 1.400a.C. a 420a.C., tendo sido
cumpridas durante o século I d.C.

Onde Escritas As Profecias Onde Cumpridas

SUA ASCENDÊNCIA

Gênesis 49.10 Da tribo de Judá Mateus 1.2-3


Jeremias 23.5 Da linhagem de Davi
Mateus 1.1,6

SEU NASCIMENTO

Miquéias 5.2 Em Belém Mateus 2.1


Isaías 7.14 De uma virgem Mateus 1.18-23

SEU PRECURSOR

Isaías 40.3 Voz no deserto Mateus 3.1-3


Malaquias 4.5-6 Como Elias Mateus 17.10-13

SUA HUMILDADE

Zacarias 9.9 Montará num jumento Mateus 21.1-9


Isaías 53.2 Sem aparência Mateus 26.67-68
Isaías 53.3 Sua rejeição João 8.48; 9.34

SUA MORTE

João 19.16-19
Salmos 22.16 Crucificação Mateus 27.38
Isaías 53.9-12 Com os maus Mateus 27.57-60
Isaías 53.9 Sepultado com os ricos João 19.23-24
Salmos 22.18 Deitam sorte sobre sua Mateus 27.39-40
Salmos 22.6-8 roupa 1 Pedro 2.24-25
Isaías 53.4-6,10-12 Desprezado 2 Coríntios 5.21
Sacrifício pelo pecado

Salmos 16.10 SUA RESSURREIÇÃO Atos 2.24-32

SEU REINO

Daniel 2.31-44 Nos dias do quarto reino


Marcos 1.15
(Romano) Colossenses 1.13
Isaías 2.3 Lucas 24.46-47
A começar em Jerusalém Marcos 9.1
Atos 1.8
Isaías 9.6-7 Atos 2.30-36
Isaías 2.2-3 Sobre o trono de Davi Atos 10.35
Para todas as nações

Estudamos apenas algumas das evidências da autoria divina da Bíblia, mas existem muitas
outras, tais como a atração universal exercida pela Bíblia, a sua singularidade, sua descrição
perfeita do caráter e obra de Jesus, e o fato de sua mensagem a respeito do Pai de Cristo ser a
única solução adequada para o problema do pecado. O peso cumulativo de toda a evidência da
autoria divina da Bíblia é assombroso.

II. A CONSERVAÇÃO DA BÍBLIA


A segunda parte do estudo desta primeira lição refere-se ao modo como a Bíblia chegou até
nós, conservada cuidadosamente através dos séculos. O Velho Testamento, a primeira parte da
Bíblia, começou a ser escrito cerca de 1400 a.C. em hebreu antigo. A última parte, o Novo
Testamento, foi escrita no primeiro século d.C., em grego antigo.
Entretanto, séculos depois, você tem nas mãos uma cópia exata da Bíblia em sua própria língua,
traduzida por especialistas em idiomas da Antigüidade. Como podemos ter certeza de que a Bíblia
de hoje contém a mesma mensagem de Deus que os escritores inspirados escreveram há mais de
1900 anos?

A. MANUSCRITOS ANTIGOS

Sabemos que a Bíblia que existe hoje foi conservada com toda exatidão porque temos cópias
manuscritas da mesma nas línguas originais com mais de mil anos. Três dos mais famosos dentre
esses documentos são: O Manuscrito Sinaítico, escrito em cerca de 340 d.C., hoje em Londres; o
Manuscrito Vaticano, escrito em cerca de 350 d.C., que se encontra em Roma; e o Manuscrito
Alexandrino, do século V, também atualmente em Londres. Existem, outrossim, três outros
documentos datados do século V: Os Manuscritos de Efraemi, Beza e Washington.

Além disso, , milhares de outros manuscritos antigos e pergaminhos bíblicos nos idiomas hebreu e
grego dão testemunho quanto à exatidão da Bíblia

B. TRADUÇÕES ANTIGAS

São muitas as traduções antigas da Bíblia que confirmam a exatidão dos manuscritos e do
texto bíblico atual. Incluídas entre elas estão a Vulgata, uma tradução para o latim, feita por
Jerônimo em 405 d.C. e outras traduções em siríaco, egípcio, etíope e armênio, todas feitas entre
o III e o VI séculos. Há ainda outras traduções e centenas de cópias antigas. A Bíblia poderia ser
reproduzida hoje através dessas traduções que remontam quase ao tempo dos apóstolos.
C. CITAÇÕES ANTIGAS

Os escritos de ministros da igreja do I, II e III séculos podem ser lidos ainda hoje. Eles citam
livremente a Bíblia e alguns, possivelmente, os escritos originais do Novo Testamento. Fontes
acreditadas declaram que se o Novo Testamento fosse completamente destruído ou se perdesse,
poderia ser reproduzido em sua totalidade através das citações feitas por esses primeiros escritores.

O fato dos manuscritos antigos, traduções e citações da Bíblia terem sido transmitidos de
geração em geração através dos séculos, permitiu que ela chegasse até nós inalterada em sua
essência. Como prova disso, foi recentemente encontrada uma cópia do livro de Isaías, perto do
Mar Morto, na Palestina, datando de 100 a.e.; entretanto, quando comparada com o texto do livro
de Isaías contido na Bíblia atual, ela é virtualmente idêntica ao mesmo. Assim, pela providência de
Deus "a palavra do Senhor permanece eternamente" (1 Pedro 1.25).

CONCLUSÃO

O estudo da origem da Bíblia é uma experiência emocionante. Vemos Deus como seu
divino autor, conforme evidenciado pelo retrato fiel do próprio Deus. Estudamos também os seus
ensinos verdadeiros, sua unidade e indestrutibilidade, e as profecias. Ela é a mensagem inspirada de
Deus transmitida à alma do homem, cuidadosamente conservada para todas as gerações em
milhares de manuscritos antigos, traduções e citações.

A Bíblia está agora em suas mãos e você começou a estudá-la. Vai ver que o seu conteúdo é
ainda mais interessante e proveitoso do que o estudo da sua origem.

TODA ESCRITURA
É INSPIRADA POR DEUS

LIÇÃO 2 – OS ASSUNTOS GERAIS DA BÍBLIA

A lição anterior nos mostrou que é a Bíblia palavra inspirada de Deus. Esta lição apresenta
ao leitor os assuntos gerais tratados na Bíblia: (1) suas divisões literárias e (2) suas divisões em
épocas.

AS DIVISOES LITERÁRIAS DA BÍBLIA

A Bíblia é muitos livros em um só. O livro que chamamos de Bíblia é na verdade uma coleção
de sessenta e seis livros escritos por cerca de quarenta homens. Entretanto, verdadeiramente, estes
sessenta e seis livros são apenas um. Por que? Porque uma única pessoa, Deus, inspirou o
conteúdo da Bíblia, a qual tem um tema central: “A Salvação Para o Pecador”.

A Bíblia tem duas divisões literárias Principais: (1) o


Velho Testamento e (2) o Novo Testamento. A palavra testamento
Significa trato, aliança, pacto ou vontade Cada testamento servi a
um propósito definido na explicação da História dos tratos de Deus
com o homem.

A. O VELHO TESTAMENTO
O Velho Testamento contém trinta e nove livros, assim como a aliança ou os propósitos de
Deus em relação à nação judaica (Deuteronômio 5.3). Estes livros estão divididos em cinco divisões
maiores.

AS DIVISÕES E OS LIVROS
DO VELHO TESTAMENTO
LEI (5) HISTÓRIA (12) POESIA (5)
GÊNESIS JOSUÉ – 1, 2 CRÔNICAS JÓ
ÊXODO JUÍZES – ESDRAS SALMOS
LEVÍTICO RUTE – NEEMIAS PROVÉRBIOS
NÚMERO 1, 2 SAMUEL – ESTER ECLESIASTES
DEUTERONÔMIO 1, 2 REIS CANTARES DE SALOMÃO

PROFECIAS (17)
MAIORES (5) MENORES (17)
ÍSAIAS OSÉIAS JONAS SOFONIAS
JEREMIAS JOEL MIQUÉIAS AGEU
LAMENTAÇÕES AMÓS NAUM ZACARIAS
EZEQUIEL OBADIA HABACUQUE MALAQUIAS
DANIEL

LEI

Os cinco primeiros livros chamam-se “LEI” porque contêm a lei de Deus para os judeus, dada
através de Moisés (Deuteronômio 5.3). São também chamados: “a lei do Senhor” ou “a lei de
Moisés” (Josué 23.6-8 e 2 Crônicas 31.3). Gênesis, que significa “começo”, faz o registro da
criação do mundo e do começo da nação judaica da qual Jesus descenderia. Êxodo registra o
“Êxodo” (saída) dos israelitas da escravidão do Egito, contando como eles receberam a lei de Deus
por meio do seu líder, Moisés. Levítico contém a lei de Deus para os “levitas”, a tribo de Israel
dentre cujos membros eram escolhidos os sacerdotes. Números registra a história de Israel durante
os quarenta anos em que os judeus vagaram pelo deserto e fala da “contagem” (recenseamento) do
povo. Deuteronômio, que significa “a Segunda lei”; é a oração final de Moisés ao povo, na qual
ele repete a lei e aconselha os israelitas a obedecerem.

HISTÓRIA

Estes doze livros relatam os 900 anos da história judaica. O livro de Josué conta como depois
da morte de Moisés, Josué liderou os israelitas na conquista dos povos de Canaã (Palestina) e na
posse da terra, Juízes e Rute mostram como Deus governou os judeus através de juízes. Os livros
de 1 e 2 Reis e 1 e 2 Crônicas, contêm o registro da história dos judeus desde quando formaram um
reino até que este se dividiu e finalmente caiu sob o poder do assírios e babilônicos. Os livros de
Esdras, Neemias e Ester contam a vida dos judeus durante o período de escravidão na Babilônia e
como mais tarde voltaram à Palestina e reconstruíram Jerusalém.

POESIA

Os cincos livros de poesias são livros de devoção e de sabedoria, contendo também muitas
profecias sobre Cristo. O livro de Jó descreve um homem fiel a Deus que viveu nos dias de Abraão.
Salmos é o livro de hinos e devoções dos judeus. Provérbios, Eclesiastes e os Cantares de
Salomão contêm as experiências e as frases de sabedoria de Salomão.
PROFECIA

Desde cerca de 900 até 350 aC., os profetas advertiram os judeus para que se
arrependessem do pecado e predisseram importantes acontecimentos, especialmente a vinda
de Cristo e o seu reino. Os termos “Maiores” que aparecem no quadro da paginas anterior são
se referem à importância dos livros mas aos seus respectivos tamanhos.

B. O NOVO TESTAMENTO

O Novo Testamento é o nome de Segunda divisão principal da Bíblia. Seus vinte e sete livros
contêm a nova aliança ou testamento que Deus fez com todos os homens através de Cristo
(Mateus 28.18-20). O seu conteúdo trata principalmente da salvação e da igreja de Jesus com
relação ao homem moderno. Os vinte e sete livros também estão divididos em cinco partes
principais.

DIVISÕES E LIVROS DO NOVO TESTAMENTO


A vida de Cristo (4) A história da Igreja (1)
Mateus Lucas
Atos dos Apóstolos
Marcos João
Cartas de Paulo (14) Outras Cartas (7)
Romanos 1 e 2 Timóteo Tiago
1 e 2 Coríntios Tito 1 e 2 Pedro
Gálatas Filemom 1, 2 e 3 João
Efésios Hebreus Judas
Filipenses Profecias (1)
Colossenses Apocalipse
1 e 2 Tessalonicenses

A VIDA DE CRISTO

Os quatro evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) são o registro da vida de Jesus: seu
nascimento, ensinamento, trabalho, crucificação, sepultamento e ressurreição dentre os mortos.
Registram também suas instruções aos apóstolos sobre os trabalhos que fariam no futuro. Estes
livros foram escritos principalmente “para que, creais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus; e para
que, crendo, tenhais vida em seu nome” (João 20.31).

HISTÓRIA DO INÍCIO DA IGREJA

Os Atos dos Apóstolos fazem o registro do estabelecimento, da organização e divulgação da


igreja que Jesus prometeu edificar (Mateus 16.18). Os Atos mostram especialmente o que os
apóstolos pregaram e como pessoas foram salvas e integradas na igreja.

AS CARTAS DE PAULO

Estas quatorze cartas foram escritas por Paulo a várias pessoas e igrejas. Elas contêm instruções
sobre a organização, o culto, a missão, e a da igreja.

OUTRAS CARTAS

Tiago, Pedro, João e Judas escreveram outras sete cartas a congregações em geral, contendo o
mesmo tipo de instruções que se encontram nas epístolas de Paulo.
PROFECIA

O apóstolo João escreveu o livro de Apocalipse, registrando visões das coisas futuras. Estes
livros grandemente simbólicos contêm muitas figuras de linguagem que exigem um estudo
cuidadoso.

II. AS DIVISÕES DA BÍBLIA EM ÉPOCAS

Depois de estudar as divisões literárias da Bíblia, tomem nota das três épocas principais em que
ela se divide: (1) Era Patriarcal, (2) Era Judaica (ou Era de Moisés), (3) Era Cristã. Cada época
recebe seu nome segundo as pessoas a quem Deus revelou os seus propósitos.

A. ERA PATRIARCAL

Nesta primeira época, que começa a partir da criação, Deus revelou-se aos chefes das famílias,
chamados patriarcas, de onde vem o nome “Era Patriarcal”.

O primeiro livro, Gênesis, abrange esta era. (Para uma rápida recapitulação desta e da Era
Judaica, leia o sétimo capitulo de Atos).
A Era Patriarcal cobre acontecimentos importantes como a criação do homem (Gênesis 1), o
pecado de Adão e o seu castigo (Gênesis 3), a destruição do mundo pelo dilúvio (Gênesis 6), etc.
esta era também permite um vislumbre do plano de Deus para salvar o pecador. Depois de Adão
ter pecado, Deus prometeu que no futuro viria alguém que dominaria Satanás e o pecado (Gênesis
3.15).

Mais

tarde, Deus fez uma tríplice promessa a Abraão, homem temente a Deus. Os descendentes de
Abraão iriam (1) se tornar uma grande nação, (2) receber terras, e (3) abençoar todas as nações da
terra (Gênesis 12.1-3). O filho de Abraão, Isaque, teve um filho chamado Jacó, que mais tarde
recebeu o nome de Israel. Israel, por sua vez, teve doze filhos cujos descendentes se tornaram as
doze tribos de Israel. Tempos depois, a fome forçou os israelitas a se mudarem para o Egito
(Gênesis 45-46) e os egípcios acabaram por escravizá-los (Êxodo 1.7-11). Deus finalmente escolheu
Moisés para libertar os judeus e guiá-los até a terra de Canaã. (Êxodo 3.1-10). A nação de Israel e a
posse da terra de Canaã cumpriram as duas primeiras partes da promessa feita a Abraão (Josué
21.43-45).
A terceira parte da promessa de que as nações seriam abençoadas foi finalmente cumprida em
Jesus Cristo, um dos descendentes de Abraão (Gálatas 3.13-14, 16, 19, 24-29). O sacrifício de
Cristo pelo pecado e seus maravilhosos ensinos são verdadeiramente uma benção para todas as
nações.

B. ERA JUDAICA

A Era judaica abrange aproximadamente 1.500 anos, indo desde os dias de Moisés até a morte
de Jesus na cruz. Com exceção do livro de Gênesis, esse período inclui todo o Velho Testamento e
também a vida de Cristo no Novo testamento.

O Velho Testamento é especialmente dirigido à nação judaica (Deuteronômio 5.3), de onde


surgiu o nome “Era judaica”.

A LEI DOS JUDEUS

Depois de Moisés ter libertado o povo do cativeiro egípcio,


Deus deu a Moisés a sua lei no Monte Sinai (Êxodo 29.31), para
governar a nação tanto no aspecto religioso como político. As
regras básicas desta lei foram gravadas em pedra e chamadas de
Os dez mandamentos (Deuteronômio 5.1-21). Os Dez
Mandamentos e as outras leis morais, religiosas e civis foram
uma única aliança ou lei (Levítico 24.22). Os Judeus eram
severamente castigados quando desobedeciam a qualquer parte
dessa lei (Deuteronômio 28.58-61). A lei teve como propósito
preparar o povo judeu para a vinda de Cristo (Gálatas 4.24-
25).

A HISTÓRIA DOS JUDEUS


Após serem governados por juizes durante 450 anos, os judeus pediram que Deus lhes desse
um rei e ele finalmente concordou. Durante o reinado de Saul, Davi e Salomão, Israel progrediu
em poder, riqueza e gloria. A nação prosperou tanto porque seu povo foi fiel a Deus (1 Reis 3-4)
Salomão e o povo caíram, porém mais tarde em idolatria e Deus puniu os judeus, dividindo o
reino e empobrecendo a nação (1 Reis 11.1-13). as dez tribos do norte foram chamadas “Israel” e
as duas do sul “Judá”. Deus permitiu que Judá e Israel fossem conquistadas e o povo levado para o
cativeiro varias vezes (2 Reis 17; 24.10-17 e 2 Crônicas 36.20). As dez tribos de Israel acabaram de
tal forma dispersas no mundo que perderam completamente sua identidade. Mas, Judá permaneceu
e manteve sua identidade. Por que? Porque assim o quis a providencia de Deus. Cristo, o Messias,
veio através da linhagem da tribo de Judá e especialmente do rei Davi (Atos 13.22-23).

OS PROFETAS JUDEUS

A obra dos profetas tornou-se mais destacada com a aproximação da vinda do Salvador. Isaías,
Jeremias, Ezequiel, Daniel e os outros profetas advertiram o povo para que se mantivesse fiel a
Deus ao mesmo tempo em que profetizavam a vinda de Cristo. Muitas destas profecias sobre
Cristo foram mencionadas na lição 1.

Antes do fim da era judaica, Jeremias profetizou que nos últimos dias Deus substituiria a antiga
aliança por outra nova e diferente (Jeremias 31.31-34). A Era Moisés e a nova aliança são os
temas principais de todos os profetas. De fato, a Era judaica consistiu num preparo constante para
uma era nova e melhor que se seguiria.

C. A ERA CRISTÃ

“Vindo, porém, a plenitude do tempo” Deus iniciou esta nova era nas pessoas de Seu filho,
Jesus Cristo (Gálatas 4.4-5 e Efésios 1.9-10). Vamos estudar mais a respeito da obra de Cristo na
realização do plano de Deus nas lições que se seguem. É bastante dizermos agora que os
ensinamentos de Cristo, sua vida, morte e ressurreição o capacitaram para tornar-se “Mediador da
nova aliança” e para dar início à nova era profetizada por Jeremias (Hebreus 8.6-13; 9.15).

O FIM DA VELHA ALIANÇA


A Era judaica e a Cristã se unem verdadeiramente em Cristo. Ele representa o fim de uma e o
começo da outra. Jesus nasceu judeu e viveu sob a lei do Velho Testamento (Gálatas 4.4-5), mas
Ele veio para dar inicio a um novo trato ou aliança (Hebreus 9.15).

Não foi intenção de Deus fazer do Velho Testamento uma aliança


permanente, pois se assim fosse, Jeremias não teria profetizado uma nova
aliança (Hebreus 8. 6-8). A primeira aliança foi apenas uma “sombra dos
bens vindouros” (Hebreus 10. 1), “um aio para nos conduzir a Cristo”
(Gálatas 3. 24). “Mas, tendo vindo à fé, já não permanecemos subordinados
ao aio” (Gálatas 3. 25) e, portanto, não estamos mais sujeitos à lei do
Velho Testamento.

Cristo teve de morrer para instituir sua nova aliança ou testamento, da mesma forma que hoje a
pessoa tem de morrer antes que o seu testamento possa vigorar legalmente (Hebreus 9.15-17). A
morte de Cristo não estabeleceu apenas a aliança do Novo Testamento, mas invalidou também o
trato do Velho Testamento. Quando Cristo morreu, ele cancelou “o escrito das ordenanças” (lei do
Velho testamento) e “removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz” (Colossenses 2.14). O cristão
não é portanto obrigado a guardar o sábado, as luas novas, etc., que faziam parte da lei antiga
(Colossenses 2.16-17). Paulo diz que quem ensina a necessidade de cumprir parte da lei antiga é
obrigado a observar toda a lei e fazendo isso “a graça decai” (Gálatas 5.3-4). Dessa forma, quem
observa o sábado deveria observar também a circuncisão, os sacrifícios de animais, etc. mas a
morte de Cristo cancelou toda a lei. A cruz é a linha divisória entre a Era judaica e a cristã.

AS LEIS DA NOVA ALIANÇA

Isto não significa porém que na era Cristã o homem tenha permissão para roubar, matar, praticar
imoralidade, etc. Estes princípios morais são ensinados com maior ênfase ainda na nova aliança
(Gálatas 5.19-25). Na verdade, todos os dez mandamentos, exceto a lei do sábado, se encontram na
nova aliança. Nos seus primeiros tempos, a igreja realizava cultos no primeiro dia da semana e não
no sábado que é o sétimo dia da semana (Atos 20.7 e 1Coríntios 16.20).

Assim, nós que vivemos na Era Cristã precisamos ser leais a Cristo e à nova aliança contida no
Novo Testamento (Tiago 1.22-25 e 2 Timóteo 3.16-17). O escritor de hebreus adverte que a
desobediência consciente da nova aliança de Cristo será punida com maior severidade ainda do que
a dispensada aos que transgrediram as leis do Velho Testamento (Hebreus 10.26-31). Cristo é o
“Autor da salvação eterna para todos os que Lhe obedecem” (Hebreus 5.9). “A lei foi dada por
intermédio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (João 1.17).

CONCLUSÃO

Cristo revelou sua nova aliança por intermédio dos ensinamentos de seus apóstolos,
prometendo dar a eles o Espírito Santo para lembrá-los de suas palavras e para guiá-los a toda
verdade (João 16.13). Cerca de 50 dias depois da morte e ressurreição de Cristo, o Espírito Santo
desceu sobre os apóstolos e eles continuaram pregando a vontade do Senhor (Mateus 28.18-20 e
Atos 2.1-47). Todos daquela geração tiveram oportunidade de ouvir e obedecer ao evangelho
(Colossenses 1.6,23). Conforme as pessoas iam obedecendo ao evangelho de Cristo, Deus as
integrava à igreja e assim esta se espalhou por toda parte (Atos 2.47).

A igreja irá existir durante toda a Era cristã (Efésios 3.21 e Mateus 16.18). Esta era já durou
1900 anos e vai continuar até a volta de Cristo (Hebreus 1.8 e Apocalipse 11.15).
TODA ESCRITURA
É INSPIRADA POR DEUS

LIÇÃO 3 – A AUTORIDADE RELIGIOSA

A lição 1 mostrou-nos que a Bíblia vem de Deus, que a sua mensagem é a Palavra de Deus
e que seu conteúdo foi cuidadosamente protegido contra erros através dos séculos. Na lição 2
analisamos o maravilhoso livro de Deus, a Bíblia, em seu aspecto geral. Traçamos o plano de
Deus para a salvação dos pecadores por intermédio de Jesus Cristo, através das épocas. Esta lição
apresentará o que a Bíblia, a palavra de Deus, diz sobre a autoridade religiosa.

I. A NECESSIDADE DE, UMA AUTORIDADE RELIGIOSA


A palavra autoridade, como usada nesta lição, significa uma regra ou modelo que governa os
homens e determina o que é certo ou errado. Por exemplo, todos reconhecem o
metro como autoridade máxima para a determinação de medidas de comprimento.
Quanto mede este retângulo? José diz que tem dois centímetros, João diz que
ele tem um só. Mas quando o metro mostrar um centímetro e meio, tanto José quanto João vão
verificar seu erro. Se não fosse o metro, problemas relativos a medidas de comprimento jamais
poderiam ser resolvidos. Todos concordam que esta autoridade é essencial neste setor.

No campo religioso é mais importante ainda possuir uma autoridade que ajude o homem a
determinar o que é certo ou errado espiritualmente. Muitas igrejas, anunciando que seguem a fé
cristã, ensinam doutrinas contraditórias. O resultado é o caos religioso e a divisão. Ao sentir que
uma autoridade suprema em assuntos religiosos é absolutamente necessária, o homem exclama:
"Qual a autoridade credenciada que devo obedecer nos assuntos de religião?"

II. JESUS É NOSSA AUTORIDADE RELIGIOSA

O único que possui autoridade para guiar o homem em matéria de religião é Jesus: Ele
disse: "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra" (Mateus 28.18). O próprio Deus
testemunhou quanto à autoridade de Jesus Cristo quando falou do céu: "Este é o meu Filho
amado, em quem me comprazo: a ele ouvi" (Mateus 17.5). Quando Jesus fala, suas palavras devem
ser respeitadas como as palavras de Deus (João 3.34; 6.68). Em assuntos religiosos, a autoridade
para o homem deve ser Jesus Cristo, pois Ele e só Ele tem toda a autoridade no céu e na terra.

Resta ainda uma pergunta: Como pode o homem saber qual é a vontade de Cristo? Após
a ressurreição e ascensão de Cristo ao Céu, como os homens aprenderam a respeito dos assuntos de
ordem religiosa e moral da época?

III. JESUS REVELOU SUA VONTADE ATRAVÉS DOS APÓSTOLOS

Depois de receber toda a autoridade, Jesus mandou que seus apóstolos ensinassem ao mundo
inteiro "todas as coisas que vos tenho ordenado" (Mateus 28.20). Os povos do mundo ouviriam os
mandamentos de Jesus através de seus apóstolos. A fim de garantir que os apóstolos e outros
homens inspirados ensinassem a verdade, Jesus prometeu-lhes orientação e ensinamentos especiais
por meio do Espírito Santo (João 16.13). Os apóstolos, por sua vez, transmitiam aos homens o que
o Espírito ensinava (1 Coríntios 2.13). A igreja aceitou assim os ensinamentos dos apóstolos "não
como palavra de homens, e, sim, como em verdade é, a palavra de Deus" (1 Tessalonicenses 2.13).
Portanto, Jesus falava através do Espírito aos apóstolos, e estes transmitiam a vontade de Cristo
aos homens.

Os apóstolos ensinaram ainda toda a mensagem de Jesus Cristo. Ele prometeu que o
Espírito Santo os guiaria a "toda a verdade" (João 16.13). Paulo declarou mais tarde: "porque
jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio (mensagem) de Deus" (Atos 20.27). Os homens - e
até mesmo os anjos - ¸que rejeitaram os ensinamentos dos apóstolos como suprema autoridade
religiosa, foram rejeitados por Deus (Gálatas 1.6-8).

O homem do século vinte pode ter acesso aos ensinamentos dos apóstolos e, através deles, a
toda vontade expressa de Jesus Cristo que possui toda autoridade. Mas, como esses ensinamentos
chegam até ele?

IV. OS APÓSTOLOS REGISTRARAM SEUS ENSINAMENTOS NA BÍBLIA

Felizmente, os apóstolos e outros homens inspirados registraram seus ensinamentos para as


futuras gerações. Por exemplo, Pedro escreveu a fim de que, apos sua morte, a igreja pudesse ter
um registro permanente de suas palavras (2 Pedro 1.12-15). Lucas escreveu para que seus leitores
pudessem confirmar as instruções que já tinham recebido verbalmente (Lucas 1.3-4). João
escreveu para que os homens pudessem crer em Cristo e ter a vida eterna (João 20.30-31).

A igreja referia-se às mensagens escritas desses homens inspirados como a autoridade


máxima, porque eles escreveram "os mandamentos do Senhor" (1 Coríntios 14.37). A igreja não
devia ir além do que "está escrito" (1 Coríntios 4.6). Paulo avisou: "caso alguém não preste
obediência à nossa palavra dada por esta epistola" perderá a comunhão da igreja (2 Tessalonicenses
3.14). Aqueles que acrescentassem ou subtraíssem alguma coisa da mensagem dos apóstolos
perderiam as bênçãos da salvação e sofreriam o castigo eterno (Apocalipse 22.18-19).

Portanto, as Escrituras contêm evidentemente os ensinamentos dos apóstolos e devem ser


obedecidas como a vontade de Deus. As recomendações no sentido de não irem além do que estava
escrito, indicam a perfeição das Escrituras. Mas, como saber, se as Escrituras contêm realmente
toda a vontade de Cristo?
V. A BÍBLIA CONTÉM TODA A VONTADE DE CRISTO

Os apóstolos sabiam que estavam escrevendo Escrituras autorizadas (2 Pedro 3.15-16).


Paulo, ao escrever no período em que estas Escrituras estavam sendo preparadas, afirmou: "Toda
Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a
educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para
toda boa obra" (2 Timóteo 3.16-17). Notem! A Bíblia contém tudo que é necessário para que o
indivíduo "seja habilitado para toda boa obra" e para que "seja perfeito".

Uma vez que as Escrituras equipam o homem para toda boa obra, nenhuma outra fonte de
autoridade pode produzir uma boa obra diferente. Qualquer coisa que não tenha como fonte as
Escrituras, não é uma boa obra, pois as Escrituras equipam para "toda boa obra".

As Escrituras contêm sabedoria suficiente para tornar o homem perfeito, é o que afirma 2
Timóteo 3.16-17. Paulo diz em outra passagem que o indivíduo torna-se perfeito "em toda a
vontade de Deus" (Colossenses 4.12); portanto, devemos concluir que as Escrituras contêm "toda a
vontade de Deus". Uma vez que o homem pode ser aperfeiçoado através dos ensinamentos
bíblicos, ele não precisa de conhecimento religioso de qualquer outra fonte.

Assim sendo, as Escrituras contêm um registro completo dos


ensinos dos apóstolos e, como resultado, de toda a vontade de Cristo.
Observem a seqüência. A perfeição das Escrituras faz delas a
suprema autoridade em religião. Se o homem puder compreende-Ias,
ele poderá conhecer toda a vontade de Cristo. Todos são capazes de
compreender a Bíblia?

VI. A BÍBLIA É UMA AUTORIDADE COMPREENSÍVEL.

Algumas pessoas tentam provar que a Bíblia não pode ser compreendida. Elas citam às vezes 2
Pedro 3.15-16, onde Pedro diz que os escritos de Paulo contêm "certas coisas difíceis de entender"
como prova disso. Entretanto, a passagem não diz que todas as coisas são difíceis de entender, mas
apenas "certas coisas", concluindo-se então que a maioria das Escrituras é fácil de ser entendida.
O versículo também não diz que estas "algumas coisas" não podem ser compreendidas, mas apenas
que são difíceis para a nossa compreensão, deduzindo-se assim que elas podem ser entendidas. O
versículo diz: "Os ignorantes e instáveis" não entendem, e deturpam as Escrituras.

A própria finalidade das Escrituras prova que elas podem ser compreendidas uma vez que
foram escritas (1) para serem lidas e obedecidas por todos e (2) para esclarecerem a todos.
(1) As Escrituras foram preparadas para serem lidas e obedecidas por todos. João escreveu
para que os incrédulos as lessem (João 20.31-31). Paulo dirigiu suas epístolas a todos os membros
da igreja (Romanos 1.7; 2 Coríntios 1.1-2 e Filipenses 1.1). Ele deu ordem para que estas epístolas
fossem lidas para toda a igreja (1 Tessalonicenses 5.27 e Colossenses 4.16). Obediência completa
foi pedida a todos os leitores e ouvintes das Escrituras (Deuteronômio 31.12 e 2 Tessalonicenses
3.14).

As Escrituras foram então escritas para serem lidas e seguidas por todos. Por que escrever
para quem não pode compreender? Por que pedir obediência para aquilo que não pode ser
entendido? Deus com certeza não pede o impossível; portanto todos podem entender as Escrituras.
(2) As Escrituras foram escritas para esclarecerem a todos e não para confundir. João
escreveu a respeito de coisas nas quais seus leitores pudessem crer e não sobre o que pudesse
provocar incredulidade (João 20.30-31). Paulo disse especificamente a todos os membros da igreja
em Éfeso: "pelo qual quando lerdes, podeis compreender o meu discernimento no mistério de
Cristo" (Efésios 3.4).

Como é natural, a Bíblia foi escrita para esclarecer os ensinamentos verbais. Por
exemplo, Lucas escreveu seu evangelho para que o leitor tivesse certeza das coisas que lhe fossem
ensinadas verbalmente (Lucas 1.3-4).

Os habitantes da cidade de Beréia leram o que estava escrito para ver se a palavra de Paulo
era verdadeira (Atos 17.11). Paulo escreveu
para explicar o que havia ensinado
verbalmente sobre a apostasia da igreja (2
Tessalonicenses 2.2-5). Como se vê, a
palavra escrita era muito mais fácil de
entender do que o ensino oral.

As Escrituras afirmam então,


vigorosamente, que elas esclarecem em lugar
de confundir e podem ser entendidas por
todos. Uma vez que são compreensíveis,
todos têm a oportunidade de aprender toda a
vontade de Cristo. A Bíblia é de fato uma
autoridade completa e suficiente. Mas, por
que muitos não entendem a Bíblia?

VII. POR QUE A BÍBLIA NÃO É BEM COMPREENDIDA?

(1) Em primeiro lugar, muita gente não entende a Bíblia por causa de atitudes impróprias.
Alguns não amam a verdade (2 Tessalonicenses 2.10-12); outros resistem deliberadamente às
verdades nela contidas (2 Timóteo 3.8 e João 7.17); outros ainda, manipulam as passagens difíceis,
fazendo com que ensinem coisas que passagens mais fáceis mostram não ser a verdade (2 Pedro
3.16).

(2) Algumas pessoas não entendem a Bíblia por não saberem a diferença que existe entre os
dois testamentos. A lição 2 mostrou que os cristãos não se encontram sob as leis do Velho
Testamento, mas sob as do Novo Testamento (Jeremias 31.31; Hebreus 8.6-13; Hebreus 9.15-17 e
Colossenses 2.14-16).

(3) Algumas pessoas não reúnem todas as evidências de um determinado assunto antes de
chegar a uma conclusão. Isto inclui o estudo da passagem no seu contexto e na colocação histórica,
além das passagens paralelas referentes ao assunto. Por exemplo, a Grande Comissão de Jesus
Cristo aos seus discípulos é encontrada em três lugares diferentes: Mateus 28.18-20; Marcos 16.15-
16 e Lucas 24.46-48. Se a narração de Lucas for tomada isoladamente, alguém poderá concluir que
a fé não é necessária para a salvação, uma vez que a passagem não fala de fé. Se Marcos 16.15-16
for tomado isoladamente, é possível concluir que o arrependimento não é necessário, já que o
mesmo não é citado nessa passagem. O fato é que a fé, o arrependimento e o batismo são todos
necessários para a salvação. A fim de obter esta verdade completa, devemos estudar as três
passagens e não só uma delas.
(4) Em quarto lugar, alguns não entendem a Bíblia porque não estudam nem lêem a mesma
como fariam com outros livros. Eles consideram a Bíblia misteriosa quando, na realidade, ela
ensina e transmite informações como qualquer outro livro. A Bíblia ensina ou autoriza de três
maneiras:

(a) A Bíblia transmite a vontade de Deus aos homens através de uma ordem ou
declaração direta. Se você recebesse uma carta de seu patrão dizendo que viajasse para a Europa,
saberia que tinha de ir para lá. Por que? Porque você recebeu uma ordem ou declaração direta.
Deus transmite da mesma forma ao homem o seu desejo de que ele ame ao seu próximo, através de
uma ordem ou declaração direta (Mateus 7.12).

(b) A Bíblia transmite a vontade de Deus ao homem mediante uma inferência natural
ou conclusão lógica. Se você recebesse uma carta de um amigo dizendo que ele estaria no Rio de
Janeiro num determinado dia e hora, por inferência natural chegaria à conclusão de que ele não se
acharia em Buenos Aires àquela mesma hora. Você tiraria essa conclusão ainda que ele não dissesse
expressamente que não iria estar em Buenos Aires. A Bíblia utiliza este método em seus
ensinamentos. Assim também desde que Jesus disse aos seus apóstolos para batizar os crentes,
aprendemos por conclusão lógica que os que ainda não tiverem capacidade mental para crer em
Cristo (as crianças pequenas, por exemplo) não devem ser batizadas (Marcos 16.16).

(c) A Bíblia dá instruções por meio de exemplos aprovados. Se uma dona-de-casa lesse
numa revista que alguém fez um bolo muito gostoso seguindo uma certa receita, ela poderia
concluir que obteria o mesmo resultado usando a mesma receita. A Bíblia nos diz igualmente o que
devemos fazer para contentar a Deus, mostrando-nos certos exemplos aprovados de coisas que O
agradaram no passado. Por um exemplo aprovado ficou confirmado que é certo participar da Ceia
do Senhor no primeiro dia da semana (isto é, no domingo - Atos 20.7). Se seguirmos o exemplo
apostólico aprovado em Atos 20.7, também agradaremos a Deus.

À medida que estudamos a Bíblia, nosso princípio de orientação deve ser o seguinte: falar
quando a Bíblia fala e silenciar quando ela silencia. Nós só podemos ensinar como doutrina
aquilo que a Bíblia autoriza por meio de ordens ou declarações diretas, exemplos apostólicos
aprovados ou conclusões lógicas (1 Pedro 4.11). Até o momento não tratamos daquela que é
provavelmente a razão principal dos erros no estudo bíblico: confiar em outras autoridades além da
Bíblia.

VIII. O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE OUTRAS AUTORIDADES

Apesar dos firmes ensinamentos das Escrituras quanto à completa autoridade da Bíblia,
existem hoje muitas outras "autoridades" entre pessoas que se dizem cristãs. isso provoca confusão
com respeito ao que a Bíblia ensina e resulta em divisão religiosa.
A. CONSCIÊNCIA OU SENTIMENTOS

Muitas pessoas religiosas declaram obedecer à vontade de Deus na Bíblia, mas na realidade
obedecem aos seus sentimentos ou consciência. Alguns identificam estes sentimentos como sendo
um "testemunho interior do Espírito Santo". Ao seguir esse "testemunho interior", que é na verdade
a sua própria consciência, seus atos e ensinamentos são com freqüência contrários à Bíblia.

A Bíblia no entanto diz: "Provai os espíritos se procedem de Deus" (I João 4.1). Aquilo que
parece certo ao homem muitas vezes leva à morte (Provérbios 14.12). O homem não deve confiar
em "seu próprio coração" (Provérbios 28.26) nem "dirigir seus próprios passos" (Jeremias 10.23). A
boa consciência de Paulo levou-o a perseguir os cristãos (Atos 23.1; 26.9). Esse testemunho interior
da consciência certamente não é um guia seguro.

B. TRADIÇÃO DA IGREJA

Um grande número de tradições desenvolveu-se desde que Cristo estabeleceu sua igreja há
mais de 1.900 anos atrás. Muitas pessoas depositaram mais confiança na "autoridade" desta tradição
do que na Bíblia. Jesus condenou o tradicionalismo judeu como uma rejeição da Palavra de Deus:
"Jeitosamente rejeitais o preceito de Deus para guardardes a vossa própria tradição" (Marcos 7.9).

Os que confiam em qualquer pseudo-líder ou instituição infalível devem perceber que esta
"viva voz da igreja" (como é chamada às vezes) pode perfeitamente não passar da voz de uma
igreja apóstata, desviada. Paulo previu que a igreja se desviaria (2 Tessalonicenses 2.1-12 e 1
Timóteo 4.1-4). Ele preveniu mais tarde contra qualquer homem que viesse a falar na igreja no
lugar de Deus ( 2 Tessalonicenses 2.3-4).

Estas palavras de Jesus e seus apóstolos ficam como uma clara advertência a todos os que
aceitam a tradição e não as Escrituras como autoridade.

C. REVELAÇÃO DOS ÚLTIMOS DIAS


Certos indivíduos religiosos confiam em pseudo-revelações dos últimos dias ou nos
ensinamentos de algum "profeta moderno". Isso, no entanto, é o mesmo que desacreditar as
Escrituras que contêm toda a verdade. As novas revelações fazem acréscimos à vontade completa
de Cristo encontrada na Bíblia e resultam na pregação de um outro evangelho, o que é condenado
por Deus (Gálatas 1.6-8).

CONCLUSÃO

Deus deu a Cristo toda a autoridade no céu e na terra. Cristo, por sua vez, através do
Espírito Santo, revelou toda a sua vontade aos apóstolos. Por inspiração, estes homens registraram
a vontade de Cristo para que todos lessem, entendessem e alcançassem a vida eterna. Não existe
qualquer outra autoridade religiosa para os cristãos além daquela escrita pelos apóstolos no Novo
Testamento. Isto torna ainda mais importante o estudo contínuo da Bíblia.

TODA ESCRITURA
É INSPIRADA POR DEUS

LIÇÃO 4 – O PRESENTE DE DEUS: A SALVAÇÃO

As três primeiras lições mostraram a Bíblia como a palavra inspirada de Deus e como
nossa autoridade suprema em assuntos religiosos. Aprendemos também como o tema da Bíblia gira
em torno do plano de Deus para salvar o pecador. Estudaremos agora o que a Bíblia diz sobre a
parte de Deus ao nos dar a salvação.

I. A NECESSIDADE DA SALVAÇÃO DO HOMEM

A necessidade da salvação do homem pode ser expressa numa só palavra: PECADO. Esta
necessidade é melhor compreendida quando se percebe (1) o significado do pecado (2) os sérios
resultados do pecado (3) a existência universal do pecado.

A. O SIGNIFICADO DO PECADO

Pecar, transgredir a lei de Deus (1 João 3.4), significa realmente "errar o alvo". O
"alvo" é a perfeita vontade de Deus. Quem deixa de viver de acordo com a vontade de Deus, erra o
"alvo" e peca. "Errar o alvo" resulta em dois tipos principais de pecados: (1) pecados ativos e (2)
pecados passivos.

(1) Pecado ativo: pecamos ativamente quando fazemos aquilo que Deus proíbe. Por
exemplo, quando Adão e Eva comeram o fruto que Deus ordenou não comessem (Gênesis 3), eles
pecaram ativamente. A lei de Deus no Novo Testamento, através de Cristo, proíbe coisas tais como:
adultério, idolatria, ódio, discórdia, inveja, assassinato, bebedice, mentira, roubo, etc. (Veja Gálatas
5.19-21; Romanos 1.29-32 e 1 Coríntios 6.9-10). A pessoa que praticar estas coisas peca então de
modo ativo.
(2) Pecado passivo: pecamos passivamente quando nos descuidamos de fazer aquilo que
Deus manda. Por exemplo, um homem de boa moral que não obedece ao evangelho, peca
passivamente porque deixa de obedecer à vontade de Deus (Hebreus 2.3 e 2 Tessalonicenses 1.7-8).
Deus manda criarmos nossos filhos na disciplina e na admoestação do Senhor (Efésios 6.4), que
obedeçamos às leis civis do governo (Romanos 13.1-7), que acrescentemos às seguintes
qualidades à nossa vida: fé, virtude, conhecimento, domínio próprio, perseverança, piedade,
fraternidade, amor, etc. (2 Pedra 1.5-10). A falta de obediência a estas coisas é pecado, pois Tiago
diz: "Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, nisso está pecando" (Tiago 4.17).

O pecado não se manifesta somente em atos e palavras, mas também em pensamentos.


Por exemplo, Jesus ensina que quem olhar para uma mulher com intenção impura, no coração já
cometeu adultério (Mateus 5.28). As palavras más também têm origem no coração pecador
"porque a boca fala do que está cheio o coração" (Mateus 12.34).

A origem do pecado é o egoísmo do homem. O indivíduo sempre peca quando se sente


levado a satisfazer seus próprios desejos em lugar da vontade de Deus (Tiago 1.14-15). O ser
humano peca ao dirigir seus próprios passos em vez de cumprir a vontade de seu Criador (Jeremias
10.23).

O pecado é então qualquer desobediência à lei de Deus que se manifeste de maneira ativa
ou passiva, através de pensamentos, palavras ou atos. Depois de aprender o que significa pecado,
perguntamos: "Quem cometeu pecado?"

B. A UNIVERSALIDADE DO PECADO

Quem pode dizer que jamais cometeu atos errados, nunca deixou de fazer o bem, nunca
teve um pensamento mau e nunca serviu os seus próprios interesses egoístas, desobedecendo à
vontade de Deus? As Escrituras respondem em tom fulminante: "Não há justo, nem sequer um...
não há quem faça o bem, não há nem um sequer... pois todos pecaram e carecem da glória de Deus"
(Romanos 3.10,12-23). "Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos
enganamos, e a verdade não está em nós" (1 João 1.8).

De fato, nenhuma pessoa com capacidade de raciocínio escapou da trágica influência do


pecado. O pecado manchou a vida de todos os seres humanos.
Mas, será que Deus considera como pecadores os homens de boa moral, caso tenham
cometido apenas alguns pecados? A Bíblia responde: "Pois, qualquer que guarda toda a lei, mas
tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos" (Tiago 2.10). Se obedecermos todas as leis de
Deus, menos a uma delas, já teremos desobedecido a Ele. Somos culpados de toda a lei. Se
cobiçamos uma só vez, mentimos uma só vez ou tivemos um único pensamento mau, somos
pecadores perante Deus. A Bíblia não classifica certos pecados como mortais e outros como sendo
veniais ou menos importantes. Não existem pecados "inocentes". O pecado nos torna culpados
diante de Deus.

UM PECADO É UM ELO QUEBRADO NA LEI DE DEUS.

"Mas, e o ignorante?" pergunta alguém. Deus durante certo tempo não levou em conta a
ignorância dizem as Escrituras, "agora, porém, notifica aos homens que todos em toda parte se
arrependam" (Atos 17.30). Aqueles que ignoram a vontade de Deus têm a responsabilidade de
"buscarem a Deus" (Atos 17.27). Os que permanecerem passivamente na ignorância, serão
julgados de acordo com a sua atitude (Lucas 12.47-48).

Assim, nem o ignorante, nem o homem de boa moral, permanecem impunes diante de
Deus. Ninguém conseguiu obedecer completamente às leis de Deus; em algum ponto de sua vida a
pessoa peca e o pecado mancha a sua alma. Não importa quantas boas ações ela possa ter
praticado depois disso, nenhuma delas pode salvá-lo do seu pecado (Efésios 2.8-9 e Tito 3.5).

Portanto, somos todos pecadores. Mas, isso é mau? Qual a importância de todos
havermos pecado?

C. OS SÉRIOS RESULTADOS DO PECADO

O fato de todos os homens terem pecado é de extrema importância, em virtude das sérias
conseqüências do pecado. O pecado exige castigo. Por ser justo, Deus deve
castigar os desobedientes. A justiça de qualquer país exige castigo para os
transgressores da lei. O juiz que não condenar um criminoso não será
considerado justo. Da mesma maneira, o princípio da justiça faz com que Deus
castigue os que desobedecem à lei divina. No dia do "justo juízo de Deus", Ele
"retribuirá a cada um segundo o seu procedimento" (Romanos 2.5-8).

Os Resultados do Pecado de Adão. A morte física, incluindo muitas das adversidades


desta vida, é o resultado do pecado de Adão. Deus puniu este primeiro pecado, fazendo a mulher
sofrer ao dar à luz e exigindo trabalho pesado por parte do homem. Ele expulsou os dois do lindo
jardim e condenou-os à morte, bem como as futuras gerações (Gênesis 3). "Portanto, assim como
por um só homem (Adão) entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte
passou a todos os homens, porque todos pecaram" (Romanos 5.12). Paulo diz que "em Adão todos
morrem" (1 Coríntios 15.21-22). Assim, todos os homens sofrem, não a culpa, mas as
conseqüências do pecado de Adão: morte física e adversidade. Algumas crianças sofrem do mesmo
modo os resultados e não a culpa de um pai alcoólatra.

Os Resultados do Pecado Pessoal. Todo homem morre fisicamente por causa do pecado
de Adão e espiritualmente, por causa do seu próprio pecado. A Bíblia diz: "A alma que pecar, essa
morrerá: o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai a iniqüidade do filho" (Ezequiel 18.20).
Observe que esta morte espiritual não vem do pecado de Adão ou dos pais, mas do próprio pecado
da pessoa. As crianças, portanto, não estão sujeitas à morte espiritual, porque elas não têm
capacidade para pecar. Jesus disse que as crianças estão salvas, sendo delas o reino dos Céus
(Mateus 18.2-5,10 e Lucas 18.16).
A morte física ocorre quando o corpo se separa do espírito (Tiago 2.26). A morte
espiritual ocorre quando alguém se separa espiritualmente de Deus, a fonte da vida espiritual.
Assim, Isaías diz: "Mas as vossas iniqüidades (pecados) fazem separação entre vós e o vosso Deus;
e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós… " (Isaías 59.2).

(1) Nesta vida, o pecado pessoal faz com que nos tornemos "mortos nos delitos e
pecados" (Efésios 2.1), "alheios à vida de Deus" (Efésios 4.18), e finalmente separados das
bênçãos espirituais de Deus. Neste estado de morte espiritual, o pecado dificulta a compreensão
(Efésios 4.13), mancha o coração (Mateus 15.19-20), insensibiliza a consciência (Efésios 4.19),
neutraliza a vontade (Romanos 7.14-25) e escraviza o corpo (João 8.34 e 2 Pedro 2.19).

Os frutos do pecado pessoal e a morte que eles produzem resultam nas adversidades desta
vida. O pecado pessoal provoca guerras, opressão, corrupção nos negócios e governos, preconceito
racial, injustiça social, salários de fome pagos pelos empregadores e logro, mentira e produção
insuficiente por parte dos empregados. O pecado pessoal resulta em crianças sem pai, lares
destruídos, infelicidade, filhos que abandonam os pais, pobreza e ignorância. Estes frutos do mal
não têm origem apenas num determinado sistema político, mas sim no pecado pessoal. Se o homem
obedecesse perfeitamente a vontade de Deus, tais misérias desapareceriam, mas como ele não
deixa de pecar, as terríveis conseqüências do pecado continuam flagelando a humanidade.

(2) Na vida futura, o pecado pessoal tem resultados ainda mais sérios: ele provoca a
separação eterna de Deus. Paulo disse que os maus "sofrerão penalidade de eterna destruição,
banidos da face do Senhor" (2 Tessalonicenses 1.7-9). Este estado de separação resulta portanto
num castigo eterno (Mateus 25.46) por vezes chamado de "a segunda morte": "Quanto, porém, aos
covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras
e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a
segunda morte" (Apocalipse 21.8).

Vemos assim os sérios resultados do pecado. Por causa do pecado de Adão sofremos a
morte física e muitos dos males desta vida. Devido aos pecados pessoais, sofremos a morte
espiritual e muitas tribulações no presente; na vida futura sofreremos o castigo eterno, ficando
separados de Deus. Uma vez que todos pecamos, todos nos encontramos sob as terríveis
conseqüências do pecado.

Um imenso golfo separa os pecadores de Deus. Quase afogado nas profundezas do


pecado, o homem não pode salvar-se sozinho. Ele só pode pedir a Deus um Salvador. Qual será a
resposta?

III. DEUS DÁ A SALVAÇÃO POR MEIO DE CRISTO

Por ser justo, Deus não tem obrigação de salvar os pecadores. Eles estão condenados
justamente por terem desobedecido a lei. Só os inocentes que obedecerem perfeitamente à lei de
Deus merecem as bênçãos da salvação. Com base neste ponto de vista, o mundo inteiro está
condenado, pois todos pecaram. Deus, entretanto, não é só justo, mas também cheio de amor e
misericórdia (Romanos 11.22 e 1 João 4.8). Deus não está então querendo que ninguém pereça (2
Pedro 3.9); mas, sim, que todos os homens sejam salvos (1 Timóteo 2.4).

Como pode Deus ser justo, exigir perfeita obediência e castigo do pecado, sendo ao
mesmo tempo misericordioso ao oferecer salvação ao pecador?

Deus dá a resposta em Jesus Cristo. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que
Deus o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João
3.16).

Somente Cristo está habilitado para ser o mediador do homem para as bênçãos da
salvação (1 Timóteo 2.4-6). Só através de Cristo o homem pode aproximar-se de Deus e ser aceito
por Ele (João 14.6; Colossenses 317). Mas como Deus dá salvação através de Cristo? Seu único
sacrifício foi suficiente para salvar o homem de todos os seus pecados (Hebreus 7.27).

A. DEUS CONCEDE PERDÃO POR MEIO DE CRISTO

Deus pode perdoar o pecador porque Jesus cumpriu a exigência da lei em ambos os
aspectos, perfeita obediência e castigo para o pecado. Todos os pecadores merecem castigo, mas
Jesus Cristo viveu a vida perfeita que o homem não conseguiu viver (1 Pedro 2.22) e tornou-se
assim o primeiro homem que não mereceu o castigo do pecado. Mais ainda, Cristo morreu na cruz
como um criminoso comum e sofreu realmente o castigo do pecado. Por que?

A vida perfeita de Cristo e sua morte imerecida fizeram com que Deus aceitasse a morte
de seu Filho como castigo exigido pela justiça por causa dos pecados de outros (1 Timóteo 2.5-6).
Cristo não sofreu por seus próprios pecados, mas pelos nossos. Cristo, "carregando ele mesmo em
seu corpo .. os nossos pecados" (1 Pedro 2.24), "morreu uma única vez pelos pecados, o justo pelos
injustos" para conduzir-nos a Deus (1 Pedro 3.18). Deus, daquele "que não conheceu pecado, ele o
fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Coríntios 5.21). Portanto, em
Cristo "temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados" (Efésios 1.7). Que presente
maravilhoso' Deus ofereceu ao pecador a justiça alcançada por Cristo. Jesus sofreu nesta vida para
que pudéssemos escapar do sofrimento na vida futura.

Jesus cumpre assim a justiça e misericórdia de Deus. Deus é "justo e justificador"


(Romanos 3.26). Ele é "justo" porque Cristo satisfez às exigências da justiça por meio de uma vida
perfeita e sendo castigado pelo pecado. Ele é misericordioso como "justificador" quando aceita a
morte de Cristo a favor de nossos pecados, a fim de perdoar-nos e tornar-nos justos (Romanos 2.23-
26).

B. DEUS DÁ FORÇAS PARA DOMINAR O PECADO POR MEIO DE CRISTO

Deus também dá ao homem o desejo e a força para dominar o pecado nesta vida. A morte
voluntária de Jesus na cruz demonstra o grande amor de Deus ao permitir que seu Filho único
sofresse e morresse pelos pecadores (Romanos 5.8).

O amor demonstrado no sacrifício de Cristo aproxima o homem de Deus (João 12.32),


fazendo com que deseje amar a Deus: "Nós amamos porque ele nos amou primeiro" (1 João 4.19).

Além de dar ao homem o desejo de viver sem pecar, Deus também lhe mostra a maneira
como deve viver. A vida sem pecados de Cristo dá um vivo e perfeito exemplo, inspirando um estilo
de vida piedoso (1 Pedro 2.21-22). Deus deu a Bíblia ao homem para revelar este estilo perfeito (2
Timóteo 3.16). Deus também envia seu Espírito para fortalecer e ajudar os cristãos a viverem
retamente (Romanos 8.26-27; Efésios 3.16), e Ele promete fornecer os meios deles fugirem de cada
tentação (1 Coríntios 10.13).

C. DEUS DÁ BÊNÇÃOS NESTA VIDA POR MEIO DE CRISTO

Seguindo o caminho da verdade, conforme revelado na Bíblia, o homem verá que a


"piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser" (1
Timóteo 4.8). A salvação tem duplo valor: terreno e celestial. Nesta vida, Deus dá aos salvos não
só as bênçãos espirituais (Efésios 1.3), mas também bênçãos materiais. Os salvos experimentam
uma verdadeira felicidade (Mateus 5.3-11). Eles têm promessa de alimentação, roupa e abrigo
(Mateus 6.25-33). Deus garante que suas obras farão do mundo um lugar melhor (Gálatas 5.22-23),
produzindo aquelas qualidades que apagarão da face da terra o ódio, violência e opressão. Ele
promete então que os justos serão uma bênção para os povos de todo o mundo (Provérbios 14.34).

D. DEUS DÁ A VIDA ETERNA POR MEIO DE CRISTO

As bênçãos da salvação serão ainda maiores na vida futura. Através da ressurreição de


Cristo, os salvos desfrutam da abençoada segurança de uma vida eterna no céu (1 Pedro 1.3-5 e
João 5.28-29). Se Jesus tivesse permanecido no túmulo, tivesse sucumbido ao último inimigo, a
morte, a esperança dos cristãos teria morrido com Ele (1 Coríntios 15.17-19).

Mas como Cristo ressuscitou, os cristãos também ressuscitarão para a glória imortal (1
Coríntios 15.51154). Paulo nos assegura que "os sofrimentos do tempo presente não são para
comparar com a glória" da vida por vir (Romanos 8.18).

A salvação por meio de Cristo é completa. Nele, Deus dá perdão, forças para dominar o
pecado, inúmeras bênçãos nesta vida e vida eterna no mundo vindouro. Que bênçãos maravilhosas
A salvação é verdadeiramente mais preciosa do que todas as riquezas do mundo (Mateus 16.26 e
Hebreus 11.25526)'

CONCLUSÃO

Todos os homens precisam de salvação, porque todos pecaram e, sem um Salvador,


sofrerão as terríveis conseqüências do pecado. Por amar os pecadores desamparados, Deus concede
salvação através de Jesus Cristo. Jesus viveu a vida perfeita que nós não podemos viver, morreu
para pagar o castigo que não podemos pagar e foi ressuscitado para nos dar uma esperança que não
podemos merecer. Em Cristo o homem encontra salvação total e completa: perdão dos pecados,
forças para dominar o pecado e as maravilhosas bênçãos na terra e no céu, agora e para sempre. A
salvação é verdadeiramente o presente de Deus por meio de Cristo, Nosso Senhor (Efésios 2.8-9).
O valor dessa salvação é imenso.

As sagradas Escrituras falam do convite de Cristo a todos os homens para aceitarem a


salvação (Mateus 11.28-30 e Apocalipse 22.17). A lição seguinte mostra como o homem pode
aceitar esse esplêndido presente de Deus.

TODA ESCRITURA
É INSPIRADA POR DEUS

LIÇÃO 5 – COMO O HOMEM ACEITA A SALVAÇÃO

Já aprendemos em lições anteriores que o homem se encontra perdido no pecado, mas pode
ainda assim receber o presente de Deus, de valor incalculável, a salvação através de Jesus Cristo.

A Bíblia diz que Cristo morreu por nós (1 João 2.2) e que Deus quer que todos sejam salvos
(1 Timóteo 2.4). Então, todos os homens estão salvos? Jesus responde: "Nem todo o que me diz,
Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai ..." (Mateus
7.21). Embora Deus ofereça salvação a todos, o homem deve fazer a sua parte para poder aceitar o
presente de Deus. A preocupação principal do indivíduo deve ser: “O que preciso fazer para
alcançar salvação?”

I. A ACEITAÇÃO POR PARTE DO HOMEM ENVOLVE UMA

A Bíblia ensina que a salvação exige do homem uma rendição incondicional: "Se alguém quer vir
após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me" (Lucas 9.23). Sendo incapaz
de salvar-se a si mesmo, o homem precisa entregar-se ao Salvador. A rendição ou entrega exige que
ele coloque Cristo acima de sua família, amizades, lucros financeiros, tudo enfim (Lucas 14.26).
Paulo considerou "tudo como perda" para "ganhar a Cristo" (Filipenses 3.8). A rendição do homem
de hoje a Jesus também deve ser total. Jesus aconselha ao homem que calcule o preço da salvação
(Lucas 14.25-33). Entretanto, quem considerar o grande valor da salvação verá que a parte
desempenhada pelo indivíduo é muito pequena (Romanos 8.18). A pergunta então é a seguinte: "De
que modo podemos entregar nossa vida ao Mestre?"

II. COMO O HOMEM SE RENDE A CRISTO!

O Novo Testamento contém muitos exemplos de pessoas que formularam esta pergunta e
receberam uma resposta divina. O quadro a seguir mostra essa resposta.
EXEMPLOS BÍBLICOS DE CONVERSÃO

ARREPEN-
EXEMPLO FÉ CONFISSÃO BATISMO SALVAÇÃO
DIMENTO
Atos Atos Atos Atos
OS JUDEUS •
2.37 2.38 2.38-41 2.38,47
OS Atos Atos
• • •
SAMARITANOS 8.12 8.12
Atos Atos Atos
O EUNUCO • •
8.35-36 8.36-39 8.39
PAULO Atos Atos Atos
22.7-16 • • 22.16 2216
(SAULO)
Atos Atos Atos Atos
CORNÉLIO 10.43 11.18 • 10.48 10.48

O Atos Atos Atos


16.31 • • 16.33 16.31,33
CARCEREIRO
OS Atos Atos
18.8 • • 18.8 •
CORÍNTIOS
Romanos Romanos Romanos Romanos
OS ROMANOS •
10.9-10 10.9-10 6.3-4 10.9-10

OBS.· Nenhum exemplo isolado acima mostra todas as condições da salvação, mas todos
os exemplos reunidos aqui forma um quadro completo de tudo o que o homem precisa para
ser salvo.

A. O HOMEM SE RENDE POR MEIO DA FÉ

Note que no quadro das conversões, o homem se rende primeiro pela fé. Deus preferiu
levar o homem a entregar-se por meio de um apelo de amor e graça, e não pela força, de forma que
ele pudesse render-se em estado de fé (João 3.16). Incapaz de salvar-se pelas suas próprias obras, o
homem precisa confiar em Jesus, o Salvador (Efésios 2.8-9 e Tito 3.5-7).

A Fonte da Fé - Com o propósito de inspirar fé no homem, Deus se revelou na pessoa de


seu Filho, Jesus, cheio de graça e verdade (João 1.14). Como homem, Jesus viveu entre os homens
(Filipenses 2.6-8), sentindo todas as nossas tentações e dificuldades (Hebreus 4.15). Homens O
viram, ouviram sua voz, tocaram nele (1 João 1.1-3). Por meio de Escrituras inspiradas,
testemunhas registraram a vida de Jesus, seus milagres e ensinamentos, para que pudéssemos
conhecê-lO e crer nEle (João 20.31 e 2 Timóteo 3.16-17). A palavra de Deus na Bíblia representa
então hoje uma fonte de fé (Romanos 10.17).

A Fé que Salva - A Bíblia fala de vários tipos de fé: fraca (Romanos 14.1), pequena
(Mateus 6.30), e mesmo morta (Tiago 2.17). Até os demônios têm fé (Tiago 2.19). Qual é então a
fé que salva?

Os dicionários da língua grega afirmam que a palavra fé significa basicamente crença ou


convicção de que alguma coisa seja verdade. Neste sentido a fé que salva deve envolver crença ou
convicção na existência de Deus (Hebreus 11.6) e em Jesus como o Filho unigênito de Deus (João
3.16) que morreu na cruz e ressuscitou (1 Coríntios 15.3-4). Sem a certeza destas verdades,
ninguém pode render-se ao Senhor. Jesus disse: "Se não crerdes que Eu sou morrereis nos vossos
pecados" (João 8.24).

A fé que salva, entretanto, vai além da simples crença na verdade. Ela precisa da confiança
em Cristo, sem qualquer dúvida ou temor (Tiago 1.6 e Marcos 4.40). Esta fé precisa também
manifestar-se pela obediência à vontade de Deus. De fato, "a fé se não tiver obras, por si só está
morta" (Tiago 2.17). Somente a fé "que atua pelo amor" pode salvar (Gálatas 5.6 e Tiago 2.24). A fé
que salva, a fé salvadora, envolve então crença na verdade, confiança completa e obediência a todas
as exigências de Cristo para obter a salvação (Mateus 7.21). Quais são as outras condições para a
salvação?

B. O HOMEM SE RENDE ATRAVÉS DO ARREPENDIMENTO

O quadro de conversões também mostra que a rendição do homem inclui arrependimento.

Necessidade do Arrependimento. Jesus incumbiu seus apóstolos de pregarem o


"arrependimento para remissão de pecados" (Lucas 13.3 e Mateus 11.20024). Deus não quer porém
que "nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2 Pedro 3.9). Ele ordena então
"que todos em toda parte se arrependam" (Atos 17.30). Mas, o que é arrependimento?

O Significado do Arrependimento. Os dicionários gregos definem arrependimento como


uma "mudança de opinião". A mudança de opinião não envolve apenas fé, pois muitos judeus que
criam em Cristo precisavam ainda arrepender-se (Atos 2.36-38). Entretanto, a fé no amor de Deus
e na sua bondade pode conduzir o indivíduo ao arrependimento (Romanos 2.4).

O arrependimento também não é um simples sentimento de tristeza por ter pecado. Judas
sentiu tristeza por ter traído Jesus, mas depois se enforcou, em vez de se arrepender (Mateus 27.3-
5). Todavia, "a tristeza segundo Deus produz arrependimento" (2 Coríntios 7.9-10). Qual é então a
mudança envolvida no arrependimento?

O arrependimento é
aquele ato de fé pelo qual o
homem muda de opinião a respeito
de seu passado, de sua vida
pecadora, decidindo viver para
Cristo a partir desse momento
(Atos 26.18-20). Nós nos
arrependemos de maneira
negativa, tomando a decisão de
não mais pecar, como fizeram os
ninivitas "na pregação de Jonas"
(Mateus 12.41; Jonas 3.8-10). A pessoa que estiver roubando do patrão, se arrepende resolvendo
não roubar mais (Apocalipse 9.21). Quem pratica a prostituição resolve mudar de vida (2 Coríntios
12.21). De maneira positiva, a pessoa se arrepende, decidindo fazer a vontade de Deus, aceitando
as responsabilidades do cristão quaisquer sejam elas (Mateus 21.28-32). O arrependimento é
assim uma decisão de abandonar o pecado e seguir a Cristo para onde quer que Ele nos leve.

Os Efeitos do Arrependimento. O arrependimento produz "obras dignas de


arrependimento" (Atos 26.20 e Mateus 3.8), tornando-nos uma pessoa melhor: melhor empregador,
empregado, marido, esposa, filho ou filha, vizinho ou cidadão. O arrependimento é uma mudança
de ponto de vista, de opinião, resultando numa vida transformada.

C. O HOMEM SE RENDE POR MEIO DA CONFISSÃO

Depois de tomar a decisão de entregar-se a Cristo pela fé e arrependimento, o homem


confirma sua rendição em dois atos de fé. Como o quadro indica, o primeiro destes atos é a
confissão da fé em Jesus Cristo. Paulo disse: "Se com a tua boca confessares a Jesus como
Senhor... serás salvo" (Romanos 10.9). Assim, a confissão vem antes da salvação, quando
repetimos a "boa confissão" que Timóteo fez "perante muitas testemunhas" (1 Timóteo 6.12-13).

Confessar a fé cristã durante o primeiro século era coisa muito difícil. Alguns dos que criam
em Jesus naquele tempo não admitiam publicamente a fé cristã por causa do medo de serem
perseguidos (João 7.13; 9.22). Em alguns países, na atualidade, os que confessam fé em Jesus ainda
sofrem prejuízos sociais e financeiros e até mesmo injúrias físicas. Mas, não estaremos nos
entregando a Cristo enquanto permanecermos como discípulos secretos. No Dia do Juízo, Jesus
negará aqueles que se recusaram a confessar sua fé nele (Mateus 10.32,33).

Na confissão declaramos publicamente nossa fé e lealdade a Cristo. Depois da confissão o


indivíduo precisa fazer ainda outra coisa para completar sua entrega inicial e receber a salvação.

D. O HOMEM SE RENDE POR MEIO DO BATISMO

No quadro de conversões (pág. 1), muitas pessoas foram batizadas no mesmo dia em que
passaram a crer. Uma família foi batizada "naquela mesma hora da noite" (Atos 16.33). Um
homem, ao ouvir Jesus pregar pela primeira vez, quis imediatamente ser batizado (Atos 8.35-38).
Estes exemplos mostram que as pessoas creram e sentiram uma necessidade urgente de serem
batizadas. Por quê?

A Importância do Batismo. A Bíblia mostra claramente a relação do batismo com a


salvação.

(1) Para recebermos o perdão dos nossos pecados precisamos ser batizados. Pedro ensinou:
"Arrependei-vos e cada um ... seja batizado ... para remissão dos pecados" (Atos 2.38). Saulo (o
apóstolo Paulo) recebeu esta ordem: "Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados" (Atos
22.16).

(2) Para não sermos castigados por causa dos pecados cometidos no passado, Jesus diz:
"Quem crer e for batizado será salvo" (Marcos 16.16). Pedro ensina que "o batismo agora também
vos salva" da mesma forma que o dilúvio salvou Noé (1 Pedro 3.20-21). Como o dilúvio afastou
Noé da destruição do mundo pecador, o batismo nos separa do pecado e da destruição que o
acompanha. Isto não quer dizer que a água salva. A graça de Deus é o poder salvador. Pedro diz: "O
batismo agora também vos salva... por meio da ressurreição de Jesus Cristo" (1 Pedro 3.21). O
batismo salva por meio do que ele simboliza: a morte de Cristo, seu sepultamento e sua
ressurreição (Romanos 6.3-4). O batismo exprime a fé que o homem tem na obra de Deus, pois no
batismo somos levantados com Cristo "mediante a fé no poder de Deus" (Colossenses 2.12). O
batismo salva os pecadores do mesmo modo que a água curou o cego (João 9.1-7). Jesus mandou
que o cego se lavasse na água para poder enxergar. Ao lavar-se, ele mostrou fé em Jesus, e foi então
Deus e não a água que lhe restituiu a visão. Ao ser batizado, o homem prova a sua fé. É Deus,
portanto, que salva, e não a água.

(3) Para entrar em Cristo é preciso ser batizado. A salvação está "em Cristo Jesus" (2
Timóteo 2.10). O homem deve entrar (permanecer) em Cristo para obter a salvação, pois somos
batizados "em Cristo Jesus" (Romanos 6.3) e "em seu corpo", a igreja (1 Coríntios 12.13),
revestindo-nos assim de Cristo (Gálatas 3.27).

(4) Para nos tornarmos filhos de Deus é preciso receber o batismo. Paulo diz que nos
tornamos filhos de Deus através da fé e do batismo (Gálatas 3.26-27). Os filhos de Deus precisam
ter o Espírito dele (Romanos 8.9-11,15-16). Recebemos o Espírito de Deus no batismo (Atos 2.38;
5.32), o qual completa o novo nascimento "da água e do Espírito" (João 3.5).

(5) Para começar a nova vida é preciso ser batizado. O cristão não deve viver em pecado
porque no batismo ele se une com a morte de Cristo, morrendo para o pecado e crucificando o seu
velho "eu" pecador (Romanos 6.1-6). No batismo recebemos também a nova vida à semelhança da
ressurreição de Cristo (Romanos 6.4-5). O batismo separa então o passado pecador do homem da
sua nova vida em Cristo.

Uma vez que a salvação é descrita como, perdão dos pecados, salvação do castigo dos
pecados, entrar em Cristo, tornar-se filho de Deus, ou ainda como o começo de uma nova vida,
podemos concluir, que o batismo é, portanto essencial.

Modo de Batismo. Os dicionários de grego definem o verbo "batizar" como "mergulhar",


imergir, submergir". O modo do batismo é, portanto, imersão. A Bíblia também ensina que o
batismo requer um sepultamento e uma ressurreição (Colossenses 2.12), simbolizando o
sepultamento e a ressurreição de Jesus (Romanos 6.3-4). Visto que nem a aspersão nem o derramar
da água sobre a cabeça da pessoa representam um sepultamento e uma ressurreição, o batismo deve
ser por imersão. Os exemplos da Bíblia confirmam isto. O batismo de João exigiu "muitas águas"
(João 3.23). No batismo de Jesus, Ele "saiu logo da água" (Mateus 3.16). Quando Filipe batizou o
eunuco, "ambos desceram à água" e depois "saíram da água" (Atos 8.38-39). Só a imersão
corresponde à idéia de batismo nestes exemplos.

Quem deve ser batizado. Para receber o batismo é preciso antes satisfazer a certas
condições. (1) A fé precisa preceder o batismo (Marcos 16.16 e Gálatas 3.26-27). O batismo é um
ato de fé (Colossenses 2.12), que surge de uma boa consciência (1 Pedro 3.21). Dessa forma, as
crianças. por serem incapazes de ter fé, e os incrédulos, não estão em condições de receber o
batismo. (2) O arrependimento precisa vir antes do batismo (Atos 2.38). Os que não estiverem
dispostos a abandonar o pecado ou que são incapazes de se arrependerem não devem ser batizados.
As crianças pequenas não têm nenhum pecado (Ezequiel 18.20), não perecerão (Mateus 18.14),
não podem compreender o arrependimento e, portanto não têm qualquer necessidade de batismo.
(3) Precisamos compreender primeiro a finalidade e o modo pelo qual se faz o batismo. Ele é uma
imersão na água com o propósito de
salvação

(Marcos 16.16 e Atos 2.38). Quem


não compreende esta finalidade e
este modo teve um batismo errado e
deve ser batizado de novo (Atos 19.1-5). (4) A entrega voluntária a Cristo precisa preceder o
batismo. Visto que a salvação é para "quem quiser" (Apocalipse 22.17) é preciso que a pessoa se
submeta espontaneamente ao batismo. Ninguém pode ser batizado em lugar de outro, nem forçar
alguém ao batismo. Essa é uma decisão que cada um deve tomar por conta própria.

Aprendemos assim como o homem se entrega a Cristo: pela fé, pelo arrependimento, pela
confissão e pelo batismo, satisfazendo desse modo as condições necessárias para a salvação.

III. COMO RENDER-SE DEPOIS DE RECEBER A SALVAÇÃO

Mediante a rendição inicial a Cristo no ato do batismo, Deus acrescenta o indivíduo à


igreja (Atos 2.47 e 1 Coríntios 12.13) e ele se levanta para uma nova vida (Romanos 6.4). Dessa
forma, como nova criatura (2 Coríntios 5.17), o cristão tem um novo Senhor - Cristo - e novos
parentes (irmãos na fé), a igreja. Ele começa a nova vida, tomando "dia a dia a sua cruz" e seguindo
Jesus (Lucas 9.23).

Os membros da igreja se entregam diariamente a Cristo, aprendendo mais a respeito dele (2


Pedro 1.5-10), adorando a Deus "em espírito e em verdade" (João 4.24), e fazendo boas obras
(João 15.2; Romanos 12.1-2). Se o cristão não continuar a desenvolver-se espiritualmente, a sua fé
morrerá (Hebreus 3.12), e ele perderá sua salvação (1 Coríntios 10.12; Gálatas 5.4 e Hebreus 6.4-6;
10.26-31).

Estas advertências contra a possibilidade de afastamento não indicam que Cristo exija
perfeição absoluta para que possamos permanecer salvos, pois ninguém pode afirmar que não tem
pecado algum (1 João 1.8). Os membros da igreja
precisam, porém, estar prontos para uma luta contínua
contra o pecado (Efésios 6.10-18). Quando os cristãos
cometem pecado, precisam livrar-se dele (Romanos 6.1-
2), indo ao seu mediador, Cristo (1 João 2.1-2), que lhes
concede perdão integral depois da confissão dos
pecados (1 João 1.9), do arrependimento (Atos 8.22) e
das orações a Deus (Atos 8.22).

A pessoa salva passa então a considerar Cristo e


a igreja como as coisas mais importantes em sua vida
(Efésios 3.21; 5.25-32). Com a alegria proporcionada
pela salvação concedida por Deus, ela continuará a
render-se a Cristo na igreja, aguardando a volta gloriosa
do Senhor e a recompensa da vida eterna (Apocalipse
2.10).

CONCLUSÃO

Para aceitar o presente da salvação concedida por Deus, o homem precisa entregar-se a
Cristo da forma ensinada por Jesus. Ele precisa ter fé em Jesus como Filho de Deus, arrepender-se
de todos os seus pecados, confessar sua fé em Cristo e ser imerso em água para a remissão de
pecados. Depois de tornar-se cristão, precisa continuar fiel na igreja de Cristo até a morte.

TODA ESCRITURA
É INSPIRADA POR DEUS
LIÇÃO 6 - A IMPORTÂNCIA DA IGREJA

Na última lição estudamos que o homem começa uma nova vida na igreja de Cristo, quando
ele recebe o presente divino da salvação. Esta lição apresenta o que a Bíblia diz sobre a
importância da igreja. A igreja é importante, porque (1) cumpre o propósito eterno de Deus e (2)
tem uma elevada missão a desempenhar.

I. A IGREJA CUMPRE O ETERNO PROPÓSITO DE DEUS

A Bíblia ensina que a igreja cumpre o eterno propósito de Deus (Efésios 3.9-11). Deus criou
o homem com o propósito de servi-lo, glorificá-lo e beneficiar-se com suas bênçãos (Efésios 1.4-
6 e Gênesis 1.26-28). Depois que Adão pecou e perdeu estas bênçãos, Deus começou a preparar um
plano para que o homem pudesse voltar à sua antiga posição com serviços e bênçãos renovados.
Para consumar o seu "eterno propósito, desde os séculos oculto em Deus" (Efésios 3.9-11) é que
foi feito esse plano.

O tempo e o esforço gastos no planejamento de qualquer coisa mostram sua importância. A


pessoa que quer formar-se em medicina, por exemplo, precisa estudar durante mais de cinco anos
devido à importância dessa profissão. Deus considerou a igreja tão importante que Ele a planejou
desde o começo dos tempos. O esforço de Deus para consumar este "eterno propósito" mostra a
importância da igreja. Depois de ter sido planejada desde o início, a igreja foi prometida na era
patriarcal, profetizada na era judaica, preparada nos dias de Cristo, e se tornou presente na era
cristã.

A. A IGREJA PROMETIDA NA ERA PATRIARCAL.

Durante a era patriarcal, o primeiro período da história da humanidade, Deus começou a


desdobrar gradualmente o seu "eterno propósito" em relação à igreja. Por exemplo, ele prometeu
fazer dos descendentes de Abraão uma grande nação, por intermédio da qual Cristo viria e
abençoaria todos os povos da terra (Gênesis 12.1-3). Mais tarde, o apóstolo Paulo ensinou que
todas as nações receberiam a bênção prometida, como membros da igreja do Senhor (Gálatas 3.7-
9,14,26-29).

B. A IGREJA PROFETIZADA NA ERA JUDAICA

Já estudamos como Deus escolheu a nação judaica (os descendentes de Abraão) para trazer
Cristo ao mundo. Para Israel poder cumprir este propósito, Deus separou os judeus das outras
nações, dando-lhes uma lei que proibia que se misturassem com outras raças (Deuteronômio 5.1-3 e
Atos 10.28). Os profetas judaicos, porém, anunciaram que um dia o Senhor estabeleceria uma nova
aliança (Jeremias 31.3-1-34) e um novo reino no qual os homens de todas as nações se uniriam
para servi-lO (Salmos 22.27-31 ; 110.1-7). Cristo e a igreja cumpriram estas profecias. Cristo
estabelece a nova aliança (Hebreus 8.6-13) e começou a reinar em seu reino, a igreja (Atos 2.30-
36; Efésios 1.19-23; 1 Coríntios 15.23-26). A igreja é freqüentemente descrita como um reino
(Mateus 13.11,18-19; Colossenses 1.13 e Apocalipse 1.6,9, etc.).

Os profetas também anunciaram o tempo e o lugar do estabelecimento da igreja. Isaías, por


exemplo, profetizou que "a casa do Senhor" seria estabelecida durante "os últimos dias" em
"Jerusalém" (Isaías 2.1-3). A igreja é sempre descrita como "a casa de Deus" (1 Timóteo 3.15 e
Hebreus 3.6).
Deus falou mais especificamente sobre quando a igreja seria estabelecida em Daniel 2.1-
45. Leia este capítulo cuidadosamente antes de examinar a ilustração e os comentários que se
seguem.

A imagem descrita por Daniel representa quatro


reinos do mundo (Daniel 2.36-40). Nos dias do quarto
reino, Deus estabeleceria o seu reino ou igreja (Daniel
identificou os três primeiros reinos). O primeiro
reino, de ouro, é o de Nabucodonosor da Babilônia
(Daniel 2.36-38; 1.1). O segundo reino, de prata
(Daniel 2.32,39), é chamado em Daniel 5.25-31 de
Império Medo-Persa. O terceiro, de bronze (Daniel
2.32;39), é previsto em Daniel 8.1-21 (veja
especialmente os versículos 20-21) como sendo o
Império Grego. A história universal confirma a
sucessão histórica destes reinos como ensinado aqui.

Mas, e quanto ao quarto reino? A sua descrição em


Daniel 2.40-43 se ajusta perfeitamente ao chamado
Império Romano tanto na história como na Bíblia
(Lucas 2.1-2; 3.1). "Nos dias destes reis" Deus iria
estabelecer seu reino (Daniel 2.44). Diversos fatos se
destacam nestas profecias: a igreja teria início em
Jerusalém durante os últimos dias e,
especificamente, nos dias do Império Romano.

Estas profecias mostram que Deus considerou a igreja tão importante que ele a anunciou
com séculos de antecedência.

C. A IGREJA PREPARADA NOS DIAS DE CRISTO

Deus terminou de preparar a igreja enviando Cristo para estabelecê-la. Jesus viveu durante
os dias do Império Romano (Lucas 3.1). Será que Jesus confirmou as predições dos profetas
segundo as quais a igreja ou reino seria estabelecido na sua época?

Observe primeiro que João Batista, o precursor de Cristo, veio pregando que o reino
estava "próximo" (Mateus 3.2). Jesus pregou a mesma coisa mais tarde, acrescentando: "O tempo
está cumprido" (Marcos 1.15). Jesus também mandou seus apóstolos pregarem que reino estava
"próximo" (Mateus 10.7), prometendo a eles que construiria sua igreja ou reino (Mateus 16.18-
19). João e Jesus acreditavam então que havia chegado a hora de estabelecer o reino.

Paulo explica tempos depois que Cristo amava a igreja e morreu para comprá-la (Atos 20.28
e Efésios 5.25-26). Sua morte também cancelou a lei do Velho Testamento que separava os judeus
dos gentios (Efésios 2.14-15 e Colossenses 2.14-17). Ele uniu então, judeus e gentios em um só
corpo, a igreja (Efésios 2.16; 1.22-23), sob uma nova aliança (Hebreus 9.15-17). Assim sendo, na
igreja, homens de todas as nações podem servir ao Senhor e receber suas bênçãos sem qualquer
distinção (Efésios 3.4-6, 21), realizando o "eterno propósito" de Deus (Efésios 3.9-11). A igreja é
tão importante que Deus enviou seu único filho para estabelecê-la. Cristo pagou com seu sangue
para comprá-la, e nela o homem cumpre o propósito de sua existência.

Entretanto, mesmo depois da morte de Jesus, o povo ainda continuava esperando pelo reino
(Lucas 23.51). Mas, vejamos agora como foi estabelecida a igreja ou o reino. Jesus tinha ensinado
anteriormente que o reino viria "com poder" antes de alguns dos seus apóstolos "passarem pela
morte" (Marcos 9.1). Jesus disse também aos apóstolos que ficassem em Jerusalém até receberem
este poder, o qual viria com o Espírito Santo (Lucas 24.47-49 e Atos 1.8).

Recapitulando, vemos então que o Antigo Testamento e Jesus anunciaram que o reino ou
igreja seria estabelecido (1) em Jerusalém (2) nos últimos dias (3) durante os dias dos reis
romanos, (4) enquanto alguns dos apóstolos ainda vivessem (5) com poder e (6) com o Espírito
Santo. Estas profecias foram cumpridas?

D. A IGREJA, PRESENTE NA ERA CRISTÃ

Os apóstolos esperaram em Jerusalém pelo estabelecimento do reino prometido (Atos


1.4,12). No dia de Pentecostes, uma festa judaica celebrada cerca de cinqüenta dias depois da
ressurreição de Cristo, Deus realizou milagrosamente todas as profecias sobre o estabelecimento
da igreja.

Naquele dia, Deus encheu os apóstolos com o Espírito Santo (Atos 2.4) e manifestou poder
milagroso (Atos 2.1-11). A palavra do Senhor saiu de Jerusalém enquanto anunciava que os últimos
dias tinham chegado (Atos 2.16-17). Ele também declarou que a ressurreição de Jesus e sua
ascensão ao trono de Deus cumpriram as profecias que ensinavam que Cristo reinaria no trono de
Davi (Atos 2.29-36). Muitos judeus passaram a crer e depois do arrependimento e do batismo, cerca
de 3.000 foram acrescentados à igreja (Atos 2.37-47).

Nesse dia a igreja tomou-se uma realidade. O quadro e os fatos acima mostram que tudo
que era necessário para o estabelecimento da igreja esteve presente no Dia de Pentecostes:
Jerusalém, últimos dias, dias dos reis romanos, vida dos apóstolos, poder, e o Espírito Santo. O
tempo e o lugar em que a igreja começou destacam-se claramente. Tempo: Dia de Pentecostes,
cerca de 30 d.C; lugar: Jerusalém.

E. O ESTABELECIMENTO DA IGREJA

NO DIA DE PENTECOSTES, 30 d.C.-ATOS 2.1-47


Profecia Evento Cumprimento
Lucas 24.47;
Isaías 2.3 Jerusalém
Atos 1.9,12; 2.1-47
Isaías 2.3 Últimos Dias Atos 2.16,17
Dias dos Marcos 1.15;
Daniel 2.44
Reis Romanos Lucas 3.1
Atos 1.12; 2.14
Marcos 9.1 Vida dos Apóstolos
Marcos 9.1 Atos 1.8; 2.1-47
Com Poder
Lucas 24.49
Atos 1.8 Com o Espírito Santo Atos 2.1-5
Depois daquele dia a igreja (ou reino) foi tida como presente. Todas as referências à igreja
antes de Pentecostes eram futuras. O Dia de Pentecostes foi chamado de "o começo" (Atos 11.15)
e a igreja ou reino foi considerado como estabelecido (Atos 5.11; 8.1). Os apóstolos identificaram a
igreja (os cristãos) como "transportados para o reino" (Colossenses 1.13), "chamados" para o reino
(1 Tessalonicenses 2.12), "no reino" (Apocalipse 1.6.9), e sentando-se com Cristo em lugares
celestiais (Efésios 2.6; Apocalipse 5.9-10). Também disseram que Jesus estava reinando à destra de
Deus (Hebreus 1.3, 13 e 1 Coríntios 15.25-26) sobre a igreja (Efésios 1.19-23). Homens e
mulheres de todas as nacionalidades podiam ingressar na igreja como membros e glorificar a Deus
na realização de seu eterno propósito (Efésios 3.9-11,21).

Deus fez o máximo para estabelecer a igreja. Ele desde o princípio a planejou, prometeu,
profetizou e preparou, estabelecendo-a finalmente no presente. A igreja também inclui prática,
pois ela pratica a vontade de Deus e algum dia existirá em estado de perfeição no reino celestial
(Efésios 5.25-27 e 2 Pedra 1.11). A igreja realiza de fato o eterno propósito de Deus. Se Ele
considerou a igreja suficientemente importante para fazer tanto por ela, nós também devemos dar-
lhe valor. Mas, de que forma a igreja realiza o propósito de Deus nos dias de hoje? Para responder
esta pergunta vamos estudar a elevada missão que a igreja tem a cumprir.

II. A MISSÃO DA IGREJA É ELEVADA

A palavra "igreja" tem origem no termo grego "ekklesia" que significa "os chamados". A
expressão "os chamados" descreve bem a igreja, porque Deus a chamou de um mundo pecaminoso
para cumprir o seu propósito (2 Timóteo 1.9 e Romanos 8.28). Esse chamado é feito para a
realização de uma missão "soberana" ou "elevada" (Filipenses 3.14) e "celestial" (Hebreus 3.1),
sendo assim muito importante. Deus chama ou convoca todos os homens para a igreja através do
evangelho (2 Tessalonicenses 2.14). Os que aceitam as condições do evangelho (fé,
arrependimento, confissão e batismo) são "escolhidos" ou "eleitos" e acrescentados à lista dos
discípulos, ou à igreja, por Deus e não por homens (2 Tessalonicenses 2.13 e Atos 2.41,47). Mas, o
que envolve este chamado para uma missão superior ou elevada?

A. A IGREJA FOI CHAMADA PARA A SALVAÇÃO

A missão da igreja é a salvação porque ela é composta de pessoas salvas. Todas as pessoas
salvas foram compradas ou remidas pelo sangue de Jesus (Colossenses 1.18-20). Todavia, Jesus
também comprou a igreja com o seu
sangue (Atos 20.28) e Ele é o
"Salvador" da igreja (Efésios 5.23 ),
ficando entendido que a igreja e os
salvos são a mesma coisa. Além
disso, Deus acrescenta cada pessoa à
igreja quando essa pessoa é salva
(Atos 2.47), indicando que todos os
indivíduos salvos são membros da
sua igreja. As condições para a
salvação e para se tornar membro da igreja por meio da fé e do batismo (Atos 2.41; João 3.5; 1
Coríntios 12.13 e Gálatas 3.26-27), são também exigências que devem ser obedecidas (Marcos
16.16 e Atos 2.38). A igreja se compõe, portanto, de todos os salvos.

B. A IGREJA FOI CHAMADA PARA PRESTAR SERVIÇO


Deus chama todos os homens para prestarem serviço no reino de Cristo (1 Tessalonicenses
2.12). Em comparação com os reinos mundanos, o reino de Cristo é espiritual (João 18.36 e Lucas
17.21). Ele é também universal: formado pelos salvos de toda "tribo, língua, povo e nação"
(Apocalipse 5.9-10). Jesus é real em seu reino (Apocalipse 1.5; 16.14 e 1 Timóteo 6.15), que cresce
com a pregação da sua palavra (Mateus 13.18-23; 28.18-20). Entramos no reino, ou na igreja, ao
nascer da "água e do Espírito" (João 3.5).

Como servos no reino, os cristãos devem dar a Cristo o primeiro lugar em sua vida (Lucas
9.23; Mateus 6.33). Todavia, cada cristão deve ser também um bom cidadão de seu país,
obedecendo às autoridades constituídas (Romanos 13.1-6). Para servir a Deus precisamos servir
também aos nossos semelhantes, ajudando os necessitados e fazendo o bem a todos (Mateus 25.35-
40 e Gálatas 6.10). Ao servir a Cristo, a igreja se transforma em uma luz e bênção para o mundo
em que vive (Mateus 5.14-16).

C. A IGREJA FOI CHAMADA PARA ADORAR

A igreja adora a Deus como seu templo ou santuário


espiritual (Efésios 2.1122). O templo é o lugar onde o Espírito
de Deus habita com aqueles que O adoram. O templo de
Salomão servia para este fim nos dias do Antigo Testamento (1
Reis 8.13). Entretanto, o templo ou a igreja de Cristo não é um
edifício de tijolos onde o povo adora a Deus, mas uma "casa
espiritual", formada por pessoas (1 Pedro 2.5; Atos 5.11; 14.27).
O Espírito de Deus mora nesse templo, Ele habita nos cristãos (1
Coríntios 3.16). Na igreja, todos os cristãos são sacerdotes
(Apocalipse 1.4,6) e oferecem "sacrifícios espirituais" de
adoração a Deus (1 Pedro 2.5,9). A adoração precisa ser oferecida "em espírito e em verdade"
(João 4.24). Cada cristão tem acesso direto à presença de Deus, através de Cristo, o único sumo
sacerdote da igreja (Hebreus 4.15,16; 1 Timóteo 2.5). A igreja desfruta de um privilégio sagrado por
ser chamada para adorar.

D. A IGREJA FOI CHAMADA PARA SER PURA

A igreja foi chamada para a santidade e pureza de vida (1 Tessalonicenses 4.7). Desde que
Deus é santo, seus filhos também precisam ser santos (1 Pedro 1.15), e a igreja foi então descrita
como uma nação santa (1 Pedro 2.9). Todo membro da igreja é chamado de santo (sagrado e puro)
e precisa evitar os pecados da carne e atitudes irreverentes para com Deus (1 Coríntios 1.2; 6.9-10).
Os que vivem pecando não permanecem em Cristo. Jesus quer que sua igreja seja "santa" e "sem
mácula" (Efésios 5.27). A igreja deve ser uma luz brilhante de verdade, honestidade e pureza em
meio à maldade do mundo (Filipenses 2.15).

E. A IGREJA FOI CHAMADA PARA A COMUNHÃO DE SEUS MEMBROS

A igreja foi chamada à comunhão de Cristo (1 Coríntios 1.9). Como a família de Deus, a
igreja tem o privilégio da comunhão, da fraternidade entre seus membros, Deus é o Pai (Mateus
23.9); Cristo é o Filho "primogênito" (Romanos 8.29); e todos os membros da igreja são filhos de
Deus (Romanos 8.14-16). Como em uma família, os cristãos oram livremente a Deus como Pai
(Mateus 6.8-13) e amam uns aos outros como irmãos de sangue (1 João 4.20-5.2).

Ao se reunirem, os membros da igreja sentem prazer na companhia mútua e satisfazem as


necessidades de cada um (Atos 2.44-47). A igreja também é descrita como o corpo de Cristo.
Como um corpo, cada membro da igreja coopera com os demais na realização da vontade de Deus,
da mesma forma que os membros de nosso corpo físico (mãos, pés, olhos, etc.) colaboram uns com
os outros (1 Coríntios 12.12-27). A igreja recebe uma bênção maravilhosa ao ser chamada para a
comunhão de seus membros.

A missão elevada ou superior da igreja para a salvação, prestação de serviços, adoração,


pureza e comunhão entre os membros faz com que ela seja da máxima importância para todos.

CONCLUSÃO

Verificamos nesta lição a grande importância da igreja. O trabalho de Deus para o


estabelecimento da igreja foi extraordinário. Ele desde o princípio a planejou, prometeu, profetizou
e enviou seu Filho, Jesus, que morreu para comprá-la. Enviou também o Espírito Santo para ajudar
os apóstolos a plantarem igrejas em toda a terra. Ela é a única instituição humana em que todos os
homens podem unir-se para cumprir o propósito de Deus em relação à humanidade: servir ao
Senhor Deus e ter o privilégio de suas bênçãos.

A nobre e elevada missão da igreja faz com que seja digna da mais alta consideração. A
missão de salvação, serviço, adoração, pureza, comunhão, constitui para o homem o maior desafio
sobre a terra. A igreja tem então importância suficiente para que todo homem a considere com
seriedade e a procure com diligência. As próximas lições tratarão de outros aspectos do plano de
Deus para esta importante instituição: a igreja de Cristo. "A Ele seja a glória, na igreja e em Cristo
Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém" (Efésios 3.21).

TODA ESCRITURA
É INSPIRADA POR DEUS

LIÇÃO 7 - ORGANIZAÇÃO DA IGREJA

Ficamos sabendo pela Lição 6 que a igreja de Cristo é importante. Ela cumpre o eterno
propósito de Deus e tem uma elevada missão a realizar. Vamos estudar nesta lição a organização
da igreja tanto em seu papel de entidade universal como local.

I. A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA COMO INSTITUIÇÃO UNIVERSAL

A Bíblia geralmente se refere à igreja num sentido universal, abrangendo o mundo inteiro
(Mateus 16.18; Efésios 3.10; 5.23 e Colossenses 1.18). A Lição 6 nos mostrou que a igreja como
instituição universal se compõe de todas as pessoas salvas, as quais servem, adoram a Deus e vivem
de acordo com a lei divina apresentada no Novo Testamento.

A. CRISTO É O ÚNICO CABEÇA DA IGREJA

Toda instituição precisa de uma autoridade central para imprimir direção, unidade e
propósito ao conjunto. A igreja possui uma autoridade ou chefe?
Deus decidiu fazer de Jesus Cristo "o cabeça sobre todas as coisas, e o deu à igreja, a qual é
o seu corpo" (Efésios ' 1.22-23). Da mesma forma que a função do corpo físico é obedecer às
ordens da cabeça, também a igreja, como entidade universal, como o corpo de Cristo, precisa
obedecer fielmente ao seu cabeça, que é o próprio Jesus.

A Bíblia diz: "Há somente um corpo... e um só Senhor" (Efésios 4.4-5). Mais de uma cabeça
ou Senhor no corpo de Cristo causaria tanta confusão quanto um corpo humano com mais de uma
cabeça.

Além disso, a igreja precisa de apenas uma cabeça. Cristo supre sua igreja, ou corpo, com
todas as coisas necessárias (2 Pedro 1.3). Ele conhece as alegrias e tristezas de sua igreja
(Apocalipse 2.1,2,9), ouve as suas orações (Hebreus 4.14-16; 7-25), aperfeiçoa e amadurece
espiritualmente os seus membros (Efésios 4.13-16). Cristo, o cabeça, deu à igreja um guia religioso
infalível e completo, não personificado em outra cabeça ou chefe, mas representado pelas Escrituras
(2 Timóteo 3.16-17). Desde que Cristo foi dado à igreja "para ser o cabeça sobre todas as coisas"
(Efésios 1.22), não há propósito em ter outra pessoa como chefe ou cabeça sobre qualquer coisa
dentro da igreja.

Embora a Bíblia declare claramente que Jesus é único cabeça, há quem afirme que Cristo
fundou sua igreja sobre o apóstolo Pedro e que este apóstolo transmitiu a seus sucessores a sua
autoridade. Portanto, de acordo com essa opinião, o sucessor de Pedro continua sendo o cabeça da
igreja no mundo de hoje. A declaração de Jesus a Pedro, em Mateus 16.18-19, é repetidamente
citada a fim de apoiar esta doutrina: "Sobre esta pedra edificarei a minha igreja... Dar-te-ei as
chaves do reino dos céus" para "ligar" e "desligar". Um exame mais demorado dos textos bíblicos e
documentos históricos não confirma tal conclusão.

Os Textos Bíblicos. A "pedra" sobre a qual Cristo edificou a sua igreja não é a palavra grega
"petros" da qual deriva o nome do apóstolo, mas petra. Petros está no masculino e significa uma
"pedra solta, pequena ou grande"; pedra está no feminino e significa "rocha sólida". A referência
de Cristo não foi então a Pedro (Petros), mas a petra, uma coisa muito mais substancial. No
contexto da passagem de Mateus 16.13-18, o assunto principal em discussão é a identidade de
Cristo como o Filho de Deus. A pedra não é, portanto Pedra, mas a rocha sólida da fé em Jesus
como o "Cristo, o Filho do Deus vivo". O próprio Pedra confirma mais tarde esta conclusão,
declarando que Cristo é a "pedra ... que se tornou a pedra angular" (Atos 4.11) e a "principal pedra,
angular" (1 Pedro 2.6-8). Paulo concorda: "Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do
que foi posto, o qual é Jesus Cristo" (1 Coríntios 3.11).

Embora nenhuma passagem das Escrituras se refira a Pedro como a pedra sobre a qual foi
edificada a igreja; mediante a sua fé, Pedro, juntamente com todos os cristãos, se tornou uma das
muitas "pedras que vivem" da casa espiritual de Deus (1 Pedro 2.5). Como um dos apóstolos,
Pedro ajudou a fundar a igreja e neste sentido compartilha da fundação da igreja em igualdade de
condições com todos os outros "apóstolos e profetas" (Efésios 2.19-20).

A promessa de Cristo de dar a Pedro (Mateus 16.19) as chaves para ligar e desligar o
que já tivesse sido ligado ou desligado nos céus, também foi feita aos demais apóstolos (Mateus
18.1,18). Ao pregarem o evangelho, os apóstolos ligaram ou desligaram a vontade de Cristo,
abrindo assim as portas do reino para o mundo (Atos 2.4-6, 14-47). O fato de Pedro não ter mais
autoridade do que qualquer apóstolo fica confirmado pela enfática afirmação de que Paulo não era
inferior a qualquer dos outros apóstolos (1 Coríntios 9.1-5 e 2 Coríntios 11.5). O ministério de
Pedro, conforme ordenado por Jesus, não se dirigiu então a toda a igreja, limitando-se aos judeus
ou os "circuncisos" (Gálatas 2.7-8). Assim sendo, a Bíblia, em vez de afirmar, nega que Pedro fosse
o cabeça da igreja; e quanto aos sucessores dele, ela guarda um silêncio significativo.

Os Documentos Históricos. Embora os textos bíblicos permitam chegar a uma conclusão


definitiva, é interessante verificar também os documentos históricos. Se Pedra fosse realmente a
"pedra" de Mateus 16.18 , a igreja do primeiro século teria ensinado isso. Entretanto, muitos líderes
famosos da igreja dos primeiros séculos ensinaram exatamente o oposto. Por exemplo, no Oriente,
Orígenes de Alexandria (182 a 251 d.C.), conhecido estudioso de religião, declarou em seu
comentário sobre Mateus: "Mas, se supõem que unicamente sobre aquele Pedro tenha sido
edificada por Deus toda a igreja, o que então diriam a respeito de João, o filho do trovão, ou de cada
um dos apóstolos?" O famoso Crisóstomo de Constantinopla (cerca de 370-430 d.C.) disse em
seu sermão sobre Mateus 16.13-19 que a pedra é "a fé demonstrada pela sua confissão".

No Ocidente, Hilário de Poitiers (França), falecido em cerca de 367 d.C., escreveu em sua
obra De Trinitate (Livro VI): "Esta é a pedra da confissão sobre a qual a igreja foi fundada... Esta
fé representa o alicerce da igreja". Agostinho (354-430 d.C.), considerado como uma das grandes
inteligências do catolicismo declara em seu sermão sobre Mateus 16 que Cristo disse: "Tu és Pedra,
e sobre esta pedra, a qual tu confessaste, esta pedra que tu reconheceste, "Tu és o Cristo, o Filho do
Deus vivo', edificarei a minha igreja. Sobre mim eu te edificarei, e não a mim sobre ti." Pois os
homens que queriam ser edificados sobre homens diziam, "Sou de Paulo; e eu de Apoio; e eu de
Cefas", que é Pedro. Mas outros que não queriam ser edificados sobre Pedro, mas sobre a pedra,
diziam; 'Mas eu sou de Cristo'. E quando o apóstolo Paulo descobriu que ele tinha sido escolhido e
Cristo desprezado, disse: "Está Cristo dividido? Paulo foi crucificado por vocês? ou foram
batizados no nome de Paulo? E, se não foram em nome de Paulo, não o foram também em nome de
Pedro; mas em nome de Cristo, para que Pedro pudesse ser edificado sobre a pedra e não a pedra
sobre Pedro"'.

Os textos bíblicos bem como os documentos históricos sustentam portanto que Cristo é o
único cabeça da igreja. Mas, de que maneira Cristo exerce sua autoridade?

B. OS APÓSTOLOS E PROFETAS DA IGREJA

Cristo exerce sua autoridade na igreja, através de seus apóstolos e profetas, dotados de
poder divino. Entre os que exerciam funções na igreja do Novo Testamento, os apóstolos e
profetas ocupam posição de destaque (1 Coríntios 12.28 e Efésios 4.11). De fato, a "família de
Deus", ou igreja, foi edificada "sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo,
Cristo Jesus, a pedra angular" (Efésios 2.19-20)

A fim de revelar a vontade de Cristo e serem colaboradores na fundação da igreja de Cristo


(Efésios 4.8-15), os apóstolos e profetas receberam inspiração e outros poderes milagrosos através
do Espírito Santo. Seus milagres confirmavam ou ofereciam evidência divina de que a pregação
deles vinha de Deus, (Marcos 16.20; Atos 1.8; Hebreus 2.4). Os profetas podiam revelar a vontade
de Deus por inspiração (2 Pedro 1.20-21), mas os apóstolos eram os únicos que podiam transmitir
a outros homens os poderes divinos (Atos 8.18; 2 Timóteo 1.6; Romanos 1.11). Filipe realizou
grandes milagres em Samaria; mas, para que os dons milagrosos fossem transmitidos aos que se
convertiam, foi necessária a presença dos apóstolos (Atos 8.5-18), pois só eles podiam fazer isso.

Assim sendo, depois da morte dos apóstolos, os homens deixaram


de receber os dons milagrosos. O fato de não serem mais operados milagres
na igreja está de acordo com as palavras da Bíblia: "havendo profecias,
desaparecerão; havendo línguas, cessarão" (1 Coríntios 13.8-10). Por outro
lado, os milagres não são mais necessários nos tempos modernos, pois os
apóstolos e profetas do primeiro século, com poderes concedidos por Deus,
revelaram, registraram e confirmaram o pleno conhecimento da palavra
de fé uma vez por todas (Judas 3, Hebreus 2.4 e 2 Timóteo 3.16-17). Os
primeiros apóstolos bem como os profetas e os operadores de milagres
cumpriram a missão que lhes coube; não havendo, pois, qualquer necessidade de novos apóstolos,
novos profetas ou novos operadores de milagres.

Vemos então que os apóstolos não fizeram qualquer esforço no sentido de indicar
sucessores, exceto para Judas, e apenas porque foram especialmente autorizados pelas Escrituras
nesse caso particular (Atos 1.20 e Salmo 69.25). Depois daqueles dias, ninguém mais tinha
condições para cumprir a exigência de ser uma testemunha ocular da ressurreição de Cristo (Atos
1.21-22), condição essa exigida de um apóstolo. E ao perceberem que a morte se aproximava, os
apóstolos recomendaram aos cristãos que obedecessem à autoridade da palavra escrita (Atos
20.32; 2 Timóteo 3.16-17 e 2 Pedro 1.12-21) e não a sucessores apostólicos.

Da mesma forma que Cristo é o Chefe da igreja universal, embora estando presente apenas
em espírito (Efésios 1.22-23), Mateus, Pedro, Paulo, João e os outros continuam também ocupando
a posição de apóstolos e profetas, embora tenham morrido há muito tempo. Por meio da palavra
viva de Deus, as Escrituras, eles mantêm essa posição na própria base da igreja, do mesmo modo
que Cristo conserva o seu lugar de pedra principal, angular (Apocalipse 21.10, 14; Ef. 2.20). Os
apóstolos ainda se encontram sentados nos doze tronos, julgando as doze tribos da "Israel"
espiritual (Mateus 19.28). A igreja universal de hoje tem os mesmos profetas, os mesmos apóstolos
e o mesmo cabeça que a do primeiro século. A Bíblia não fala de nenhum outro cargo ou cargos na
igreja numa escala universal ou mesmo regional.

II. A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA COMO INSTITUiÇÃO LOCAL

A igreja universal subdividiu-se em várias igrejas ou congregações estabelecidas em


diversas localidades. Por exemplo, foi num sentido local, limitado, congregacional, que Paulo
disse: "as igrejas de Cristo vos saúdam" (Romanos 16.16), englobando nessa frase as diferentes
congregações de várias localidades situadas numa determinada região. Paulo dirigiu-se ao grupo de
cristãos em Corinto, chamando-o de "a igreja de Deus" (2 Coríntios 1.1).
Cada igreja, como instituição local, tem autonomia e governo próprios e está sujeita
apenas à autoridade de Cristo através de seus apóstolos e profetas divinamente inspirados,
seguindo um único guia infalível, as Escrituras (2 Timóteo 3.16-17). Não existe qualquer outra
organização que ligue as igrejas entre si, nenhuma sede ou quartel-general neste mundo ou outra
forma de super-organização que dirija as igrejas locais, ou que exerça qualquer autoridade sobre
elas.

Todas as igrejas locais que compõem a igreja universal estão, entretanto ligadas pela fé,
amor e cooperação (Efésios 4.1-6; 2 Coríntios 8.24 e Romanos 15.26). Elas são idênticas no nome,
na doutrina e na prática, sendo qualquer divisão nesse sentido considerada como pecado (1
Coríntios 1.10-15; 3.3). Esta perfeita unidade e colaboração são possíveis sem uma sede terrena
pelo fato de cada igreja local seguir o mesmo cabeça, Cristo (Colossenses 1.16), apoiar-se no
mesmo fundamento, Cristo (1 Coríntios 3.11 ), e seguir o mesmo padrão de autoridade, a vontade
de Cristo, conforme revelada no Novo Testamento (2 Timóteo 3.16-17).

A sabedoria de Deus pode ser vista em tal organização. Por exemplo, se uma igreja se
torna corrupta na doutrina ou na prática, as outras não serão afetadas. Quando uma janela é feita de
uma única lâmina de vidro, quando esta se quebra, toda a janela se quebra. Mas se for feita de
diversas lâminas partindo-se uma delas, não se perde a janela inteira. Dessa forma, cada igreja local
fica protegida por não depender do governo das outras igrejas locais.

Organização Divina. Dentro da igreja local existe uma organização autorizada por Deus,
incluindo presbíteros ou bispos, diáconos, evangelistas, professores e membros. Vamos estudar
agora cada um destes cargos, analisando as funções, os nomes e as exigências de cada um deles.

(1) Presbíteros. Nos tempos do Novo Testamento, cada congregação local escolhia
seus próprios líderes, que eram chamados presbíteros (Atos 14.23) ou bispos
(Filipenses 1.1) ou pastores (Efésios 4.11). Todos estes nomes se referiam ao
mesmo cargo. Por exemplo, Paulo dirigia-se aos líderes da igreja em Éfeso
chamando-os de presbíteros (Atos 20.17), de bispos (Atos 20.28), e de pastores da
igreja (Atos 20.28). Veja também Tito 1.5-7 e 1 Pedro 5.1-4. A palavra presbítero
significa "homem idoso", destacando a maturidade exigida desses líderes (1
Timóteo 3.6). Bispo significa "supervisor", indicando o trabalho dos líderes que
consistia em governar e cuidar da igreja, não como "senhores", mas como
exemplos (1 Timóteo 3.5 e 1 Pedro 5.2-3). O termo pastor significa "aquele que
pastoreia ou guarda o rebanho" e descreve o trabalho de nutrir a igreja
espiritualmente e protegê-la contra possíveis erros de doutrina (Atos 20.28-31 e 1
Pedro 5.1-2). Como um homem pode ser chamado de pai, marido ou filho para
indicar as diversas fases de suas responsabilidades, os nomes de presbítero, bispo
e pastor se referem ao mesmo cargo da igreja, mas mostram diferentes fases do
trabalho executado.
Os presbíteros precisam preencher certas exigências antes de poderem assumir seu cargo.
(Leia cuidadosamente 1 Timóteo 3.2-7 e Tito 1.5-9.) Cada um deve ser homem espiritualmente
maduro, de conduta irrepreensível, professor capaz, e marido de uma só esposa (1 Timóteo 3.1-3).
Para provar que tem capacidade para governar a igreja local, o presbítero necessita primeiro
demonstrar que sabe governar sua própria casa, sua família (1 Timóteo 3.4-5).
A Bíblia mostra que em cada igreja local havia mais de um presbítero ou bispo (Atos
14.23; 20.17; Tito 1.5 e Filipenses 1.1), não mencionando em lugar algum a existência de um bispo
sobre várias igrejas, mas sempre a de muitos bispos sobre uma única igreja. Os bispos só tinham
autoridade sobre a congregação em que exerciam o cargo (1 Pedro 5.2).

A Bíblia também não fala de uma "hierarquia ou escala" para os bispos, tal como o cargo de
"arcebispo". A única referência a um bispo mais categorizado é a Cristo, o "Supremo Pastor" (1
Pedro 5.4).

(2) Diáconos. Trabalhando sob as ordens dos presbíteros estão os "diáconos", que
precisam satisfazer certas exigências antes de exercer esse cargo (1 Timóteo 3.8-13). A palavra
"diácono" significa "servidor" e estes homens fazem alguns serviços especiais para a igreja, como
vemos em Atos 6.1-6. Fica evidenciado pela saudação de Paulo a "todos os santos em Cristo Jesus,
inclusive bispos e diáconos, que vivem em Filipos" (Filipenses 1.1), que a igreja do primeiro século
possuía uma pluralidade de diáconos em cada congregação.

(3) Evangelistas. O nome evangelista significa "proclamador de boas novas". Estes


homens pregam o evangelho de Cristo tanto em público como em aulas particulares (2 Timóteo 4.2-
5). O evangelista é às vezes chamado erradamente de "pastor", mas já aprendemos que o termo
"pastor" se refere apenas aos presbíteros. As qualidades exigidas de um evangelista são
mencionadas em 1 Timóteo 5.22 e 2 Timóteo 2.15-16; 2.22-26; 3.14-17.

(4) Professores. O último cargo mencionado por Paulo em Efésios 4.11 é o de professor ou
mestre. Embora as exigências não sejam claramente indicadas em nenhuma passagem do Novo
Testamento, fica subentendido que o professor precisa ser capaz em método, conhecimento e caráter
(Romanos 2.20; Hebreus 5.12).

(5) Membros. Todos os cristãos se tornam membros de uma igreja local e fazem parte de
sua organização ao obedecerem ao evangelho (Atos 2.38, 47; 1 Coríntios 12.12-22). Cada membro
deve obedecer aos presbíteros (Hebreus 13.17), desenvolver-se espiritualmente, trabalhar com
diligência na igreja local (Efésios 4.15-16) e permanecer fiel a Cristo para sempre (Apocalipse
2.10).
CONCLUSÃO

Acabamos de estudar a organização da igreja de Cristo como existia no primeiro século e


como deveria existir hoje. O conjunto dos cristãos nas igrejas locais de todo o mundo representa a
igreja universal. Os apóstolos e os profetas exerceram cargos terrenos antes de morrerem, mas
através de seus escritos inspirados e milagrosamente confirmados, eles ainda proclamam Cristo e
orientam os fiéis. Nenhuma outra organização é autorizada pelo Novo Testamento para a igreja
universal. Cada congregação local, organizada com presbíteros, diáconos, evangelistas,
professores e membros, porém, trabalha independentemente, sem sair dos limites de sua
organização autorizada.

Na próxima lição, sob o título "A Unidade da Igreja", vamos estudar detalhadamente como
as congregações independentes formam um corpo unido, sem uma estrutura hierárquica ou sede
principal.

TODA ESCRITURA
É INSPIRADA POR DEUS

LIÇÃO 8 – UNIDADE DA IGREJA

Depois de estudar a organização da igreja na lição 7, vamos dedicar-nos agora ao estudo da


unidade da Igreja do primeiro século. A unidade religiosa é hoje assunto comum tanto entre
católicos como protestantes. Este desejo de unidade é nobre, sendo na verdade essencial. Em sua
sabedoria divina, Deus planejou uma igreja unida em "um corpo... um Espírito... uma esperança…
um Senhor, uma fé, um batismo" (Efésios 4.3-5; 1.22-23). Jesus desejava essa unidade tão
intensamente que implorou a Deus por isso (João 17.20-21), Sua oração mostra o profundo
desagrado que a divisão religiosa Lhe causa.

Na verdade, a divisão em si e por si mesma constitui pecado (1 Coríntios 3.3-4). O coração


do Senhor se entristece ao ver a cristandade dividida.

Entretanto, a simples união não basta. Jesus não pediu uma unidade baseada em opiniões
humanas, mas na vontade de Deus como revelada na palavra da verdade (João 3.31-32; 17.17-20 e
Efésios 4.3). Depois de alertar os presbíteros quanto ao perigo da divisão, Paulo disse então:
"Agora, pois, encomendo-vos ao Senhor e à palavra da sua graça, que tem poder para vos edificar"
(Atos 20.32). Visto que a palavra de Deus é a base da unidade, pelo estudo da Bíblia, podemos
observar que, através dela, a igreja de Cristo no primeiro século era unida. Assim sendo,
esforçando-nos para obter aquela unidade mantida pela igreja do primeiro século, podemos hoje
agradar a Deus do mesmo modo que os cristãos daquela época O agradavam.

Se nos dias do Novo Testamento alguém saísse de Jerusalém e visitasse todas as igrejas que
ficavam no trajeto entre Jerusalém e Roma, observaria as mesmas características em todas elas,
porque as várias igrejas não eram denominações diferentes, mas sim, congregações locais da
mesma igreja universal de Cristo. O Novo Testamento nos revela que a igreja original era unida
em pontos como: doutrina, amor, nomes, exigências para ingresso, organização e adoração.

I. DOUTRINA

A mensagem de Cristo às primeiras igrejas era sempre a mesma. Quer falasse a judeus ou
gentios, Paulo pregava sempre um único evangelho para todos (Romanos 1.16). Ele disse à igreja
de Corinto: "Timóteo... vos lembrará os meus caminhos em Cristo Jesus, como por toda parte
ensino em cada igreja" (1 Coríntios 4.17), e ordenou também a todas as igrejas determinadas
regras para o casamento (1 Coríntios 7.17). Paulo mandou que as igrejas de Colossos e da Laodicéia
trocassem entre si as cartas que escrevera a cada uma delas (Colossenses 4.16). Se tivesse contado
uma história diferente a cada igreja, não desejaria que a carta dirigida a uma caísse nas mãos de
outra.

O fato da doutrina da igreja ser uma só, fica também evidenciado pela declaração de Pedro
em 2 Pedro 3.15-16, afirmando que ele e Paulo tinham ensinado a mesma mensagem. Paulo
declarou em Gálatas 1.6-9 que qualquer homem, apóstolo, ou anjo que alterasse a mensagem
original de Deus às igrejas seria amaldiçoado. A fé em uma doutrina comum a todas as igrejas, ou
seja, a fé na palavra de Deus, era a base essencial para a unidade.

II. AMOR

A doutrina, separada do amor, se torna desprezível; mas uma doutrina forte, alicerçada no
amor, é divina. Por exemplo, as igrejas do primeiro século, imitando Cristo, praticavam a
doutrina quando socorriam os irmãos necessitados. A igreja em Jerusalém estava passando fome.
Tão grande era o amor que ligava os primeiros cristãos que igrejas a mil quilômetros de distância
atenderam ao pedido de auxílio feito por Jerusalém. A igreja em Antioquia enviou uma oferta (Atos
11.29). Igrejas distantes, situadas na Macedônia, se reuniram para ajudar Jerusalém e fizeram isso
apesar de serem elas mesmas muito pobres (2 Coríntios 8). As igrejas da Acaia enviaram uma
contribuição (Romanos 15.25-27), como também fizeram as igrejas da Galácia ao que tudo indica
(1 Coríntios 16.1-2).

O amor era realmente uma força unificadora na primeira igreja. Uma igreja com grandes
propriedades e dinheiro em caixa, onde existam membros doentes, analfabetos e sem recursos, não
pode ser a igreja edificada por Jesus. João diz em 1 João 3.17 "aquele que possuir recursos deste
mundo e vir a seu irmão padecer necessidade e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer
nele o amor de Deus?"

III. NOMES

Os nomes humanos têm sido sempre uma fonte de divisão. Até na igreja de Corinto os
membros se dividiram sob os nomes de Pedro, Paulo e Apoio. O apóstolo Paulo repreendeu-os
severamente com as palavras: "Acaso Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vós,
ou fostes porventura batizados em nome de Paulo?" (1 Coríntios 1.13). Paulo então se opunha a tal
divisão.
Os nomes pelos quais era conhecida a igreja do primeiro século não foram dados por
homens. Visto haver apenas uma igreja naqueles tempos (Efésios 4.4), eles se referiam com
freqüência ao corpo do Senhor usando simplesmente a palavra igreja. Ela era a igreja em Jerusalém
(Atos 11.22), na Ásia Menor (Atos 14.23), e em Roma (Romanos 16.5).

A igreja foi também chamada de igreja de Cristo (Romanos 16.16) e igreja de Deus. O
nome "igreja de Deus" foi empregado em diversas localidades e não numa só: em Corinto (1
Coríntios 1.2), em Tessalônica (1 Tessalonicenses 2.14), na região da Galácia (Gálatas 1.13), e em
Éfeso (1 Timóteo 3.5). A igreja do primeiro século era somente conhecida por nomes que
glorificavam a Deus e a Cristo.

Cada membro da igreja era chamado de cristão na Ásia Menor (Atos 11.26) e entre os
judeus da Dispersão nas várias partes do mundo (1 Pedro 4.16). Deram-lhes o nome de discípulos
em toda a Ásia Menor (Atos 11.26) e também de filhos de Deus (1 João 3.1 e Gálatas 3.26).
Tratava-se de termos religiosos que glorificavam a Deus.

Os líderes religiosos daquele tempo não recebiam tantas atenções nem títulos pomposos
como hoje. Jesus condenou claramente tais práticas em Mateus 23.9-10. "A ninguém sobre a terra
chameis vosso pai; porque um só é vosso Pai, aquele que está no céu. Não sereis chamados guias,
porque um só é vosso Cuia, o Cristo". O apóstolo Pedra recusou deixar que Cornélio se curvasse
diante dele para honrá-lo e chegou a dizer: "Ergue-te, que eu também sou homem" (Atos 10.26).
Podemos estar certos de que nomes como pai, reverendo, santo padre, não eram usados por
cristãos do primeiro século.

IIV. CONDIÇÕES PARA INGRESSAR NA IGREJA

Na Grande Comissão, Jesus apresentou as exigências para ingresso em sua igreja, como
sendo: fé (Mateus 28.19-20), arrependimento (Lucas 24.47), e batismo (Marcos 16.15-16).

As condições para entrar nas diversas congregações dessa igreja em todo o mundo eram
então as mesmas. Um estudo da igreja em Jerusalém, Éfeso, Filipos, Galácia e Roma confirmará
esta verdade. Sem telefones, telégrafos ou cartas aéreas, estas congregações mesmo muito distantes
umas das outras obedeciam ao mesmo regulamento para a entrada de novos membros na igreja. O
quadro abaixo mostra, em forma de esquema, o que os indivíduos das diversas congregações faziam
para se salvarem e se tornarem membros da igreja de Cristo.

AS CONDIÇÕES PARA SER MEMBRO DA IGREJA


Congregação Fé Arrependimento Confissão Batismo
JERUSALÉM • Atos 2.38 • Atos 2.38
EFESO Efésios 2.8 At.9.1,4 • Atos 19.5
FILIPOS Atos 16.31 • • Atos 16.3
ROMA Rom 10.9 • Rom 10.9 Rom.6.3-6

As pessoas que desejarem nos dias de hoje ser apenas ou unicamente cristãs, poderão
tornar-se membros da igreja de Cristo da mesma forma que aquelas que viveram no primeiro
século. As condições para ingresso na igreja de Cristo sempre foram e sempre serão as mesmas.

V. ORGANIZAÇÃO DA IGREJA
Desde que a última lição mostrou a organização da Igreja do Novo Testamento, esta lição
terá por objetivo explicar que essa organização serviu para unificar a igreja em todo o mundo.
Havia presbíteros (bispos, pastores, supervisares) em Jerusalém (Atos 15.2), em Éfeso (Atos
20.17), em Creta (Tito 1.5), em Filipos (Filipenses 1.1), entre os judeus que foram espalhados pelas
nações (Tiago 5.14), e nas igrejas da Ásia Menor (Atos 14.1.9-23).

Um dos aspectos da função de presbítero em todas as igrejas era que houvesse vários deles
liderando e servindo em cada congregação. Isto acontecia nas igrejas da Ásia Menor (Atos 14.23),
em Creta (Tito 1.5), em Jerusalém (Atos 15.2), em Éfeso (Atos 20.17) e em Filipos (Filipenses 1.1).

O fato das qualificações exigidas dos presbíteros serem as mesmas nos diversos lugares, fica
provado pela comparação das qualificações especificadas por Paulo quando escreveu a Timóteo em
Éfeso (1 Timóteo 3,1-7) e a Tito em Creta (Tito 1,5-9),

Os diáconos também faziam parte da organização da igreja do primeiro século, havendo


então diáconos em Éfeso (1 Timóteo 3,8-10, 12-13), e em Filipos (Filipenses 1,1), Embora os sete
discípulos mencionados em Atos 6 não sejam especificamente chamados de diáconos, muitos
estudiosos da Bíblia acreditam que esta passagem se refira aos primeiros diáconos da igreja em
Jerusalém.

A organização que estudamos não ultrapassava os limites da congregação local, não sendo
também hierárquica nem autoritária, O próprio Pedro, que também era presbítero, declarou:
"Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós... pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós... não
como dominadores dos que vos forem confiados, antes tornando-vos modelos do rebanho" (1 Pedro
5,1-3),

VI. O CULTO
O culto desempenhava um papel importante na vida dos primeiros cristãos, Se alguém,
viajando de Jerusalém para Roma, tivesse parado para visitar cada congregação situada no trajeto de
mais de 1.500 quilômetros, teria encontrado um sistema de culto comum a todas elas,

A. DIA DA REUNIÃO

As igrejas do Novo Testamento observavam todas as semanas o mesmo dia de reunião e,


ao que parece, este recebeu o nome de "o dia do Senhor" (Apocalipse 1,10), O autor de Hebreus
ordenou a seus leitores, judeus crentes em várias partes do mundo, que observassem este dia de
assembléia ou de congregação (Hebreus 10,25), Deixar de reunir-se com os santos era considerado
pecado. Outras passagens explicam Hebreus 10,25 e mostram qual era o dia da assembléia, Dessa
forma, a caminho de Roma, qualquer viajante teria verificado que as igrejas em toda a região da
Galácia e em Corinto, se reuniam sempre no primeiro dia da semana (1 Coríntios 16,1-2), A
igreja de Trôade, embora a muitas léguas de distância, também fazia sua reunião no mesmo dia
(Atos 20.7).
B. A CEIA DO SENHOR

Um dos principais objetivos da reunião realizada no primeiro dia da semana era "partir o
pão" ou tomar parte na Ceia do Senhor (Atos 20.7 e 1 Coríntios 11,17-34), A ceia consistia de pão
e suco da videira, conforme instituída por Cristo (Mateus 26, 26-29), Na igreja do primeiro século
todos os cristãos se serviam de ambos os elementos de maneira reverente (1 Coríntios 11,17-30),
Ao tomarem a Ceia do Senhor os discípulos do primeiro século não criam estar crucificando Cristo
de novo, pois acreditavam que Ele tinha sido oferecido "uma vez por todas", em contraste com os
sacrifícios diários dos judeus, "porque com uma única oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão
sendo santificados" (Hebreus 10.10-12,14).

Desse modo, a Ceia do Senhor não representava a morte real de


CULTO DA
Cristo cada semana, sendo apenas uma lembrança da morte única de
IGREJA DO
Cristo (1 Coríntios 11.24-26). A igreja do primeiro século não pensava que o
NOVO
pão e o suco da videira se transformavam realmente na carne e sangue de
TESTAMENTO
Jesus, mas que estes elementos representavam ou simbolizavam a carne e o
1. Assembléia no
sangue de Jesus. Paulo instruiu os cristãos a comerem o pão (não a carne) e a
primeiro dia da
beberem o suco da videira (não o sangue), assim como a "discernirem" ou
semana
meditarem e concentrarem seus pensamentos no corpo e no sangue de
2. Ceia do Senhor
Cristo enquanto bebiam e comiam (1 Coríntios 11.26-29 e Mateus 26.29).
3. Oração
4. Canto
A igreja deve anunciar a morte de Jesus até que Ele volte, observando
5. Contribuições
a Ceia do Senhor (1 Coríntios 11.26).
6. Pregação Pública
C. MÚSICA NA IGREJA

A igreja de Cristo em todo o mundo empregava música vocal em seus cultos. A música
instrumental não é mencionada uma vez sequer no Novo Testamento como fazendo parte do culto
e, portanto, não é autorizada por Cristo. Tiago exortou seus leitores de várias nações a cantarem
(Tiago 5.13). Paulo aconselhou os efésios a cantarem (Efésios 5.19), assim como a igreja de
Colossos (Colossenses 3.16). Ele afirma claramente em 1 Coríntios 14.15 que a música da igreja, o
canto, deve ser praticado com o espírito e procurando compreender o texto.

D. ORAÇÃO

As orações fervorosas foram uma característica da igreja do primeiro século. Jesus tinha
prometido: "tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome ele vô-lo concederá" (João 15.16). Paulo,
chamando atenção para o fato de que "há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens,
Cristo Jesus", aconselhou os homens "em todo lugar" a orarem (1 Timóteo 2.5,8). Como resultado,
em Jerusalém (Atos 12.5), em Roma (Romanos 8.26), na Macedônia (1 Tessalonicenses 5.17) e "em
todo lugar", os cristãos fizeram orações a Deus em nome de Cristo.

E. CONTRIBUIÇÃO

Os cristãos do primeiro século eram generosos em suas contribuições em dinheiro. A igreja


de Jerusalém era tão generosa que seus membros foram muito além do dizimo que a religião judaica
exigia e deram tudo o que tinham à igreja para ajudar numa ocasião especial (Atos 4.32-35). Como
já mencionado, as igrejas na Macedônia fizeram donativos apesar da pobreza em que viviam, a fim
de socorrer os santos de Jerusalém que passavam necessidade (2 Coríntios 8.1-5). Paulo
recomendou às igrejas da Galácia e à igreja de Corinto que fizessem contribuições em cada
primeiro dia da semana, conforme a prosperidade dada por Deus, a cada um (1 Coríntios 16.1-2).

F. A PREGAÇÃO PÚBLICA

A pregação e o ensino faziam parte da prática universal na adoração da igreja do primeiro


século, conforme se verifica pelas atividades de Paulo na Ásia Menor (Atos 14.21-22), em Roma
(Romanos 1.15, 12.8) e em Trôade (Atos 20.7). O objetivo da pregação era dar instrução
espiritual ao povo para que pudesse ser salvo (2 Timóteo 4.1-4).

As pregações e o ensino público deviam ser feitos pelos homens e não por mulheres. Paulo
disse: "Como em todas as igrejas dos santos, conservem-se as mulheres caladas nas igrejas... " (1
Coríntios 14.33-34), acrescentando em 1 Timóteo 2.11-12; "A mulher aprenda em silêncio, com
toda a submissão. E não permito que a mulher ensine, nem que exerça autoridade sobre o marido;
esteja, porém, em silêncio". As mulheres desempenharam um papel importante no
desenvolvimento da igreja naqueles dias, mas não tomavam parte ativa nas assembléias públicas, e
era assim em todas as igrejas.

CONCLUSÃO

Vimos nesta lição que Jesus queria que seus seguidores se unissem numa única igreja. As
várias congregações espalhadas por todo o Império Romano criam em uma só doutrina,
praticavam o amor recíproco, tinham as mesmas exigências para o ingresso na igreja, seus
membros recebiam nomes aprovados por Deus, estabeleceram um sistema de organização comum
a todas e o seu culto ao Senhor tinha as mesmas características em cada uma delas. Qualquer pessoa
que visitasse Jerusalém, Roma, Creta, Trôade, Antioquia ou Macedônia, teria verificado que todas
as congregações possuíam características idênticas.

Se os que se chamaram de discípulos de Cristo tivessem conservado a unidade baseada na


palavra de Deus, as denominações não teriam surgido.

A próxima lição irá mostrar como falsos mestres provocaram a divisão na igreja de Cristo e
levaram muitos fiéis a erros doutrinários, dando assim origem à divisão religiosa, que parece
aumentar dia a dia.

TODA ESCRITURA
É INSPIRADA POR DEUS

LIÇÃO 9 – A RESTAURAÇÃO DA IGREJA DO NOVO TESTAMENTO


Nas lições precedentes, aprendemos que a Bíblia deve ser a nossa única autoridade em
religião e que a igreja de Cristo nos tempos do Novo Testamento seguia a palavra de Deus como
sua única autoridade. A última lição nos apresentou um quadro da igreja como uma realidade já
estabelecida e organizada. As igrejas fiéis seguiam cuidadosamente os ensinamentos de Cristo. Mas,
infelizmente, não podemos terminar aqui a história. Mesmo antes de encerrar-se o período do Novo
Testamento (33 d.C. - 100 d.C.), foi profetizado um afastamento ou desvio da verdade (apostasia).

I. PROFETIZADA A APOSTASIA DA IGREJA

Em seu ministério pessoal, Jesus previu a apostasia: "Levantar-se-ão muitos falsos profetas
e enganarão a muitos" (Mateus 24.11). O Espírito Santo fez Paulo profetizar o desvio: "Eu sei
que, depois de minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes que não pouparão o rebanho. E
que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos
atrás deles" (Atos 20.29-30). Paulo também disse: "Ninguém de nenhum modo vos engane, porque
isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia, e seja revelado o homem da iniqüidade, o
filho da perdição" (2 Tessalonicenses 2.3 ), e acrescentou: "Ora, o Espírito afirma expressamente
que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé" (1 Timóteo 4.1). Outras Escrituras contêm
afirmações semelhantes sobre o afastamento ou desvio. As poucas passagens citadas acima
permitirão ao leitor verificar que a igreja iria entrar em luta aberta com os falsos professores.
Ao fechar-se a cortina no fim do primeiro século, as forças do mal já se achavam operando
para fazer surgir falsos mestres e uma igreja apóstata (2 Tessalonicenses 2.7 e 2 João 7). A fim de
dar ao leitor uma idéia do que aconteceu quando os homens se desviaram da verdade,
apresentamos a seguir alguns elementos da apostasia.

II. CUMPRIDAS AS PROFECIAS SOBRE A IGREJA APÓSTATA

Uma das primeiras inovações introduzidas na igreja foi a modificação gradual da sua
organização. Lembre-se de que as igrejas no livro de Atos tinham cada uma vários presbíteros e
todos eles ocupavam posições iguais (Atos 14.23). Estes presbíteros eram chamados também de
bispos (Tito 1.5-7) e só exerciam autoridade sobre a igreja onde prestavam serviço. Cristo era o
único bispo-chefe ou supremo pastor sobre todas as igrejas (1 Pedro 5.4). Os presbíteros faziam
parte das várias igrejas de acordo com o gráfico abaixo:

No segundo e terceiro séculos foi-se desenvolvendo a idéia de um cargo isolado e


superior para o presbítero em cada congregação. Foi dado o nome de bispo ao ocupante desse
cargo mais elevado, num sentido diferente daquele usado em Tito 1.5-7 para indicar todos os
presbíteros. Depois desta inovação, a organização da igreja passou a apresentar-se conforme
ilustrado no diagrama seguinte. Enquanto no começo vários bispos dirigiam cada igreja local; agora
só havia um bispo em cada congregação.

Outra adaptação foi feita mais tarde na organização da igreja e o bispo passou a chefiar
diversas igrejas compreendidas numa determinada zona. Por exemplo, o bispo da igreja de
Antioquia não representava apenas a autoridade superior dentro daquela igreja, mas também
exercia autoridade sobre outras igrejas situadas nas vizinhanças de Antioquia.

O PODER DOS BISPOS

O poder dos bispos, entretanto, ainda continuava equivalente. Isto é, o poder do bispo de
Roma, por exemplo, não era maior do que o de Antioquia. Mas, algum tempo depois eles
começaram a ter posições que variavam de acordo com a importância das áreas sobre as quais
exerciam autoridade.

Os bispos da cidade ou metropolitanos prestavam serviço nas


capitais de certas províncias. Os bispos das igrejas em Alexandria,
Jerusalém, Roma, Antioquia e Constantinopla tornaram-se mais
poderosos e se transformaram em patriarcas da mesma categoria. Em uma carta a Eulógio, bispo de
Alexandria, Gregório I, bispo de Roma, afirmou que a Sé de Pedro "em três lugares é a Sé de um",
frisando que estes três locais onde existia a Sé de Pedro eram Alexandria, Antioquia e Roma.
Acrescentando ainda: "Desde então é a Sé de um, e uma Sé sobre a qual três bispos atualmente
presidem por autoridade divina". Fica evidente que Gregório, mais tarde declarado Papa e Santo
pela Igreja Católica, não considerava o patriarca de Roma como sendo mais poderoso que os
outros patriarcas. Surgiu, entretanto uma grande rivalidade entre os bispos de Roma e
Constantinopla; e quando o patriarca de Constantinopla, João "o Jejuador", começou a chamar-se
de "bispo universal", Gregório I, o patriarca de Roma, acusou-o de usar um título profano, arrogante
e perverso. Bonifácio III, o sucessor de Gregório, não levantou aparentemente as mesmas objeções
e conta-se que assumiu publicamente esse título em 606 d.C. Nos séculos que se seguiram, a
autoridade papal foi aumentando até que nos tempos modernos (1870 d.C.) o papa veio a ser
considerado infalível pelo Concílio Vaticano.

A organização da igreja do primeiro século não incluía este cargo. A hierarquia e o


papado do catolicismo romano são, portanto o resultado de séculos de afastamentos graduais do
plano de organização da igreja descrito no Novo Testamento.

Vamos agora voltar nossa atenção para algumas modificações na doutrina da igreja. Na
realidade, a apostasia já se iniciara antes do término da Era do Novo Testamento (2 Tessalonicenses
2.7).

O SACERDÓCIO

Segundo o Novo Testamento, todos os cristãos são sacerdotes (1 Pedro 2.5,9 e Apocalipse
1.6). Um estudo cuidadoso do livro de 1 Pedro mostrará que o apóstolo escreveu a todos os cristãos
(esposas, servos, bispos), reconhecendo todas estas pessoas como sacerdotes. Elas constituíam um
"sacerdócio real".

Os chefes ou oficiais da igreja passaram mais tarde a fazer-se chamar de sacerdotes


especiais. Formaram-se então duas classes: o clero (os sacerdotes) e os leigos (os outros membros),
acentuando-se progressivamente o afastamento da organização original, bíblica.

MARIA, A MÃE DE JESUS

A posição de Maria é exclusiva porque foi por seu intermédio que o Filho de Deus, Jesus,
entrou no mundo e recebeu sua condição humana. A posição de Maria como mãe de Jesus deu
lugar a muitas discussões nos séculos que se seguiram. Existem hoje inúmeras doutrinas que se
desenvolveram em torno dela, como, por exemplo, as da Imaculada Conceição, Virgindade Perpétua
e Ascensão Corpórea aos Céus. Estamos dando abaixo todas as referências a Maria contidas no
Novo Testamento. Estes versículos revelam que as doutrinas exaltando Maria não têm base nas
Escrituras. Por exemplo, a Bíblia dá o nome dos irmãos de Jesus e também menciona suas irmãs,
ficando assim subentendido que Maria não permaneceu virgem perpétua. Pedimos estudar as
seguintes passagens: Mateus 1.16, 18-25; 2.11, 13-15, 20-21; 12.46-50; 13.55-56; Marcos 3.31-35;
6.3; Lucas 1.27-56; 2.5-7, 16, 19, 22, 27, 33, 39, 41-51; 8.19-21; 11.27-28; João 2.1-10,12; 6.42;
19.25-27 e Atos 1.14.

Essas escrituras que acabamos de citar fazem qualquer referência à imaculada conceição de
Maria, à sua virgindade perpétua, ou à sua ascensão corpórea ao Céu? O silêncio da Bíblia no que
diz respeito a essas doutrinas mostra que elas não vieram de Deus. De fato, a exaltação de Maria
acima dos outros cristãos foi expressamente negada por Jesus. Quando uma certa mulher disse a
Ele: "Bem-aventurada aquela que te concebeu e os seios que te amamentaram!" A resposta inspirada
de Jesus foi: "Antes bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam" (Lucas
11.27-28). Pelas declarações de Jesus aprendemos então, sem qualquer sombra de dúvida, que
Maria não é mais abençoada ou mais bem-aventurada que o mais humilde dos cristãos obedientes.
Visto que as doutrinas sobre Maria não vieram de Deus, é evidente que têm origem humana e,
portanto são condenadas por Jesus (Mateus 15.9).

O CASAMENTO

O casamento era opcional no Novo Testamento. Paulo declarou que por causa da
perseguição seria melhor que alguns cristãos permanecessem solteiros (1 Coríntios 7),
acrescentando porém que toda pessoa, inclusive os apóstolos, tinham o direito de casar-se (1
Coríntios 7.2; 9.5). Paulo considerava tanto o casamento que o comparou à relação que existe entre
Cristo e a igreja (Efésios 5.22-25). Em Hebreus 13.4 lemos: "Digno de honra entre todos seja o
matrimônio, bem como o leito sem mácula... "

O CELIBATO

O celibato (o estado civil de solteiro) foi recomendado depois do primeiro século, mas
continuava ainda opcional. Com o passar do tempo uma pressão cada vez maior foi exercida para
forçar o clero a uma vida celibatária. O casamento dos sacerdotes foi finalmente proibido,
afirmando-se ser esta uma ordem revestida de autoridade eclesiástica universal, pelo menos no
ocidente. De fato, enquanto Paulo dissera em 1 Timóteo 3.2 que o bispo deve ser marido de uma
só esposa, a igreja apóstata chegou ao ponto de afirmar que ele não pode ter esposa alguma.
Dessa forma, a profecia de Paulo em 1 Timóteo 4.1-3 cumpriu-se: "Ora, o Espírito afirma
expressamente que nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé... proíbem o casamento "

Por volta do ano 606 d.C., a igreja apóstata se afastara por completo da doutrina original,
deixando de ser a igreja de Cristo.

ESFORÇOS PARA REFORMAR A IGREJA APÓSTATA

A história mostra que diferentes grupos tentaram reformar a igreja apóstata através dos anos.
Em 1.500 d.C. aproximadamente, o mundo estava exigindo uma reforma religiosa. Homens como
Martinho Lutero, João Knox, Ulrich Zwínglio e João Calvino, quase simultaneamente em várias
partes da Europa, se projetaram no cenário do pensamento religioso, tentando reformar a igreja
apóstata, desviada.

Depois da morte destes grandes reformadores, seus seguidores deixaram de continuar


procurando a verdade da palavra de Deus, tendo aceitado como definitivas as conclusões de seus
mestres. Assim sendo, em lugar de alcançarem a unidade da igreja do Novo Testamento, eles
acabaram fundando igrejas diferentes entre si. O quadro retangular abaixo dá as datas aproximadas
em que tiveram início algumas das igrejas mais conhecidas.

Os seguidores de Lutero se tornaram luteranos; os de Calvino, presbiterianos; em 1738,


os discípulos de João Wesley se fizeram chamar de metodistas, formando a Igreja Metodista. A
Igreja Batista começou cerca do ano 1550... E assim tem sido a história da cristandade a partir do
século I. Todos os anos aparecem mais e mais igrejas, provocando ainda maior confusão para os
que desejam sinceramente saber qual a igreja realmente certa.
PODEMOS RESTAURAR A IGREJA DO NOVO TESTAMENTO

Seria ótimo se houvesse apenas uma igreja, e se esta seguisse a Bíblia como seu único guia
religioso. Possuídos desta nobre idéia, homens de todas as partes do mundo estão abandonando as
doutrinas humanas e examinando a Bíblia a fim de aprender qual a vontade de Deus. Estes
homens abandonaram a idéia de reformar a religião corrupta e dedicam-se agora à restauração da
igreja original exatamente como foi edificada por Jesus (2 Coríntios 6.17 e 2 João 10-11).
Mas, como será isso possível? Em Lucas 8.4-15, Jesus conta a parábola do semeador que

semeava sementes em vários tipos de solo. Uns eram produtivos e outros improdutivos. Jesus
explicou a parábola dizendo: "A semente é a palavra de Deus". Isto mesmo, a palavra de Deus é a
semente (1 Pedro 1.23). Quando plantada num coração perverso, o resultado é pouco ou nenhum;
mas quando plantada num coração bom e sincero, a colheita é farta.

Observe algumas das características da semente.


A semente de maçã sempre produz maçãs. A de melancia dá melancias. Os seres vivos
reproduzem-se segundo suas próprias espécies. A semente de um ser humano faz surgir outro ser
humano. Não há exceções. Trata-se de uma lei da natureza.

Outra qualidade da semente é continuar reproduzindo-se de acordo com a sua própria


espécie por mais que o tempo passe. Alguém contou que sementes de trigo retiradas de uma
pirâmide egípcia de milhares de anos de idade foram plantadas na terra. Naturalmente, essas
sementes produziram na idade moderna a mesma planta que tinham produzido há muito tempo: o
trigo.

No primeiro século, a palavra de Deus produziu cristãos (Atos 11.26). A palavra de Deus
é uma semente viva (1 Pedro 1.23-26) e visto que ela produziu cristãos no primeiro século, a
mesma semente produzirá o mesmo fruto no século XXI. A palavra de Deus jamais produziu frutos
com um nome dado pelo homem. Os cristãos reunidos em congregação eram chamados "igrejas de
Cristo" (Romanos 16.16). A palavra de Deus produziu então um corpo não-sectário, uma igreja
sem seitas diferentes. A aceitação de qualquer outra autoridade além da Bíblia (manuais religiosos,
credos, concílios, etc.) produz igrejas e nomes sectários.

Ao obedecerem a mesma Palavra seguida pela igreja do primeiro século, as pessoas


religiosas de hoje podem conseguir a mesma unidade que existia naquela igreja: a mesma doutrina,
o mesmo amor, o mesmo nome, as mesmas exigências para ingresso, a mesma organização e o
mesmo tipo de culto.

CONCLUSÃO

Do nosso ponto privilegiado na história, podemos ver de relance todo o passado e também o
presente, verificando que as previsões de uma apostasia eram verdadeiras e foram confirmadas.

O movimento da Reforma, embora tenha contribuído para a volta à Bíblia, não conseguiu
restaurar a simplicidade e a unidade da igreja do Novo Testamento. Na verdade, algumas das
igrejas que surgiram do Movimento da Reforma estão atualmente seguindo um curso que, ao que
tudo indica, as levará de volta à igreja apóstata que tentaram reformar.

Devemos alegrar-nos, porque podemos escolher uma igreja que não é nem a reformada nem
a desviada (apóstata). Podemos ser cristãos e cristãos somente, membros da igreja de Cristo. A
igreja pode ser restaurada exatamente como Cristo a edificou, participando de um cristianismo
sem seitas ou denominações religiosas. Podemos ser membros de uma igreja que não é nem
católica, nem protestantes, nem judia. Não é uma denominação, não usando o nome de homem
algum. Seu único livro de princípios e de orientação é a Bíblia. As exigências de ingresso são
aquelas que Deus estabeleceu no Novo Testamento.

O objetivo de todo seguidor fiel de Jesus Cristo deve ser a restauração da igreja edificada
por Jesus. Homens e mulheres de bom coração estão diariamente abandonando denominações
religiosas para se dedicarem à restauração da igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Estudiosos da
Bíblia em todo o mundo, estão restaurando a igreja do Senhor à medida que vão aprendendo e
obedecendo a mensagem de Deus revelada no Novo Testamento. Há muitas pessoas em várias
partes do mundo que, sem a ajuda de um pregador, já começaram o movimento de restauração nas
cidades em que moram. Você também pode participar do movimento de volta à Bíblia, se aceitar a
partir de hoje a mesma como seu único guia em assuntos religiosos. Nas questões em que os
ensinamentos de sua igreja forem diferentes da Bíblia, deixe de lado as doutrinas humanas e se
apegue à palavra de Deus. Lembre-se que Pedro e João disseram: "Antes importa obedecer a Deus
do que aos homens" (Atos 5.29).

Este tipo de obediência é extremamente importante porque Jesus voltará de novo para
recompensar os bons e os justos e castigar os perversos. Estudaremos melhor este ponto em nossa
próxima lição.

TODA ESCRITURA
É INSPIRADA POR DEUS

LIÇÃO 10 – A VOLTA DE CRISTO

Cristo já veio uma vez para trazer salvação, estabelecer sua igreja e revelar a sua vontade
por meio das Escrituras. A Bíblia também ensina que Cristo "aparecerá segunda vez" (Hebreus
9.27-28). Mas, quando Cristo virá? De que modo virá? Por que virá? Esta lição apresenta as
respostas da Bíblia a estas perguntas importantes.

I. QUANDO CRISTO VAI VOLTAR?

A Bíblia ensina que a volta de Cristo é iminente. Um acontecimento iminente não tem de
ser forçosamente imediato, mas está prestes a acontecer, está pronto a realizar-se ou ameaça ocorrer
a qualquer momento. Como exemplo de iminência podemos pensar em alguém que, sofrendo de um
mal incurável, ficou sujeito a morrer de repente durante muitos anos Cada hora poderia ter sido a
última. O segundo advento de Cristo é iminente sob dois aspectos: (1) a incerteza quanto à hora
em que Ele virá e (2) a certeza de que Cristo pode vir a qualquer momento.

A. A INCERTEZA QUANTO À HORA EM QUE ELE VIRÁ

O mistério que envolve a volta de Cristo tem levado muitos a fazerem previsões
precipitadas sobre a data exata desse acontecimento. Willam Milller, um dos precursores dos
Adventistas do Sétimo Dia, anunciou por exemplo que Cristo voltaria em 1844. Como Ele não veio
em 1844, mudou a data para 1845 e finalmente, humilhado, teve de admitir seu erro. Mais tarde,
Charles T. Russel, um dos fundadores das Testemunhas de Jeová, predisse que Cristo viria em
1914. Como isso não aconteceu nesse ano, mudou a data para 1918, também sem resultado. No
seu livro "Milhões de Pessoas Que Vivem Hoje Não Morrerão Nunca", J. F.
Rutherford sucessor de Russell, anunciou que o Senhor voltaria ainda antes da
morte dele, o autor. Rutherford já morreu, mas seu livro ficou para testemunhar a
loucura de querer determinar uma data para a volta do Senhor.

Ninguém deve tentar fazer isso. Jesus declarou enfaticamente: "Mas a


respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho,
senão somente o Pai"(Mateus 24.36). Jesus disse a seus discípulos mais íntimos:
"Por isso ficai também vós apercebidos; porque, á hora em que não cuidais, o
Ninguém sabe!
Filho do homem virá" (Mateus 24.44).
Mateus 24.36
B. A CERTEZA DE QUE CRISTO PODE VIR A QUALQUER MOMENTO

Embora ninguém saiba quando Cristo virá, a Bíblia, ensina claramente que Ele pode chegar
a qualquer momento. Assim, a igreja do primeiro século referiu-se sempre à volta de Jesus como
"próxima". "A vinda do Senhor está próxima" (Tiago 5.8). "Perto está. o Senhor" (Filipenses 4.5).
Jesus disse a João: "E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir
a cada um segundo as suas obras" (Apocalipse 22.12). Jesus voltará como um "ladrão de noite",
repentina e inesperadamente (1 Tessalonicenses 5.1-3). Visto que Cristo era esperado a qualquer
momento durante o primeiro século, Ele deveria com muito mais razão ser aguardado a qualquer
instante em séculos posteriores.

Esta constante "proximidade" da vinda do Senhor faz com que a igreja de todos os séculos
fique sempre em estado de contínua alerta e vigilância. Jesus frisou repetidamente a ordem de
"vigilância" ao falar sobre a sua volta (Mateus 24.42-44). Este tipo de cautela não exige que
passemos o tempo examinando os céus, mas fazendo a vontade de Deus (Mateus 24.44-5-1; 25.1-
46). Não cabe aos cristãos descobrir "os tempos e as épocas" (o possível número de dias, meses e
anos até a vinda do Senhor), mas viverem, paciente e diligentemente uma vida digna em preparação
para a volta de Jesus (1 Tessalonicenses 5.1-8 e 2 Pedro 3.10-14).
Certos professores de religião dizem que os sinais da vinda de Cristo
em Mateus 24.1-36 se aplicam somente aos dias de hoje. Jesus porém
prometeu que "estas coisas" (sinais) se realizariam na geração do primeiro
século (Mateus 24.34). Jesus não afirmou que Ele viria naquela geração, mas
que "estas coisas" (sinais) ocorreriam na mesma (Mateus 24.33). Estes sinais
referem-se principalmente à destruição de Jerusalém em 70 d.C. (veja
especialmente Mateus 241-2, 16, 20 e a passagem paralela em Lucas 21.20-
21). Cristo disse que "logo em seguida" à tribulação daqueles dias Ele voltaria
(Mateus 24.39930). A frase "logo em seguida" é explicada no versículo 33
como significando "próximo, às portas". Conforme já vimos, a volta do
Senhor sempre foi considerada como próxima, "às portas" (Tiago 5. 9).
Depois da destruição de Jerusalém (que já se realizou) a volta de Cristo será o
grande acontecimento que virá a seguir.

A "proximidade" da volta do Senhor durante os últimos dezenove séculos não constitui um


problema sério. Desde o primeiro século os incrédulos já estavam duvidando por causa da demora
do Senhor em voltar (2 Pedro 3.3-4). Pedro respondeu a esses: "Para com o Senhor, um dia é como
mil anos, e mil anos como um dia" (2 Pedro 3.8). Para Deus não existe tempo. Os dois mil anos
desde a promessa de que Cristo voltaria são como dois dias no calendário divino. A demora na
volta de Cristo é a manifestação da bondade de Deus, dando aos pecadores oportunidade de se
arrependerem e de serem salvos (2 Pedro 3.9).

A segunda vinda de Cristo estará então sempre iminente. Da mesma forma que uma
montanha parece estar muito próxima de nós quando o céu está claro, assim na esfera da fé, o
grande acontecimento que dominará todo o horizonte do tempo, a volta do Senhor, tornará
pequeno tudo o mais, e permanecerá sempre muito próximo, acima de nós. Quer seja no primeiro
século ou no vigésimo, a vinda de Cristo é tão patente e real ao seu Espírito quanto a certeza dessa
importantíssima revelação: "O Senhor está próximo! "

II. COMO CRISTO VOLTARÁ?

Certos homens ensinam que a vinda de Cristo será secreta. Por exemplo, as Testemunhas de
Jeová marcaram o ano de 1914 e mais tarde o de 1918 como a data da volta de Cristo e
posteriormente resolveram afirmar que Ele tinha vindo mesmo em 1914, mas aparecera
secretamente apenas a algumas pessoas. A Bíblia porém diz para não acreditarmos em vindas
secretas (Mateus 24.36). Jesus explicou ainda mais que "assim como o relâmpago sai do oriente e
se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do homem" (Mateus 24.27). Todos
podem observar quando surgem relâmpagos no céu em qualquer ponto da terra em que se
encontrem; da mesma forma, todos verão quando Cristo voltar.

Alguns grupos religiosos ensinam que na sua volta, o Senhor receberá primeiro os bons e os
justos num "arrebatamento secreto", oculto aos olhos dos maus e injustos. Mas, a Bíblia diz que
"todos os povos", todas as tribos, todas as nações, tanto boas quanto más, verão o Senhor quando
Ele vier para reunir seus eleitos (Mateus 24.30-31). João exclamou com ênfase: "Eis que vem com
as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram" (Apocalipse 1.7)

Quando Cristo voltar, depois de "ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, o
Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Tessalonicenses 4.16).
As estrelas do céu cairão; as forças do universo serão abaladas. Cercado de seus anjos poderosos
Ele virá "sobre as nuvens do céu com poder e muita glória" (Mateus 24.29-31). Todas as nações
serão reunidas para presenciar sua gloriosa volta (Mateus 24.31-32). Mas, por que Cristo vai
voltar?

III. POR QUE CRISTO VAI VOLTAR?

A Bíblia diz que Cristo vai voltar para (1) entregar seu reino a Deus, (2) ressuscitar todos os
mortos, e (3) executar o juízo final.

A. CRISTO VIRÁ PARA ENTREGAR O REINO A DEUS

A respeito da volta de Cristo, Paulo explicou: "E então virá o fim, quando ele entregar o
reino ao Deus e Pai, quando houver destruí do todo principado, bem como toda potestade e poder"
(1 Coríntios 15.24). Cristo não virá portanto para estabelecer seu reino, como afirmam alguns, mas
para entregar o reino a Deus. Existem muitas passagens que ensinam que Cristo já está reinando
no seu reino, a igreja.

Conforme observamos na Lição 6, a igreja e o reino são a mesma coisa. Cristo estabeleceu
seu reino no primeiro século (Marcos 1.15; 9.1; Colossenses 1.13 e Apocalipse 1.6-9). Ele começou
então a reinar no Dia de Pentecostes, quando foi estabelecida sua igreja ou reino (Atos 2.30-47).

Em segundo lugar, Paulo ensinou que Cristo reinaria antes da morte ser destruída (1
Coríntios 15.25-26). Paulo também disse que a morte será destruída quando Cristo vier, para
ressuscitar os bons e os justos (1 Coríntios 15.52-57). Portanto, Cristo já está reinando antes de
sua volta, contrariando os grupos religiosos que afirmam que isso só acontecerá depois dEle voltar.

Após a ressurreição de Cristo, Deus deu-Lhe o lugar "à sua direita nos lugares celestiais,
acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir"
(Efésios 1.20-21). Ele permanecerá ali até que seus inimigos sejam destruídos e então deixará de
reinar (Hebreus 1.13). Cristo domina portanto hoje "entre os seus inimigos" (Salmo 110.2) como
"soberano dos reis da terra" (Apocalipse 1.5). Ele é o "Rei dos reis e Senhor dos senhores" (1
Timóteo 6.15). Ele fez os cidadãos de seu reino (os membros da igreja) serem "reino, sacerdotes
para o seu Deus" (Apocalipse 1.6 e 1 Pedra 2.9). Paulo disse: "E juntamente com ele nos ressuscitou
e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus" (Efésios 2.6). Neste sentido, os cristãos
estão sentados e reinando espiritualmente com Ele agora durante um determinado período de
tempo (representado em Apocalipse 20.4 por "mil anos"). Jesus disse que o seu reino não era deste
mundo (João 18.36), mas um reino espiritual que habita nos homens (Lucas 17.21). Quando Ele
entregar o reino a Deus por ocasião de sua volta, os fiéis reinarão com Ele em glória "pelos séculos
dos séculos" e não apenas durante "mil anos" (Apocalipse 11.15; 22.5 e 2 Timóteo 2.12.)

B. CRISTO VIRÁ RESSUSCITAR TODOS OS MORTOS

Lembre-se de que todos, inclusive os perversos que já morreram,


presenciarão a gloriosa volta de Jesus (Apocalipse 1.7). Isto será possível
porque "vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua
voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que
tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo" (João 5.28-29).

Note que todos os mortos, tanto os que tiverem feito o bem como os
que tiverem praticado o mal, serão ressuscitados na mesma "hora". Até os
homens maus que foram punidos enquanto estavam vivos, estarão presentes
nesse dia (Mateus 11.21-24). Aqueles que se arrependeram na era do Velho Testamento serão
ressuscitados juntamente com os judeus perversos que rejeitaram Cristo (Lucas 11.32). O
apóstolo Paulo declarou: "Haverá ressurreição, tanto de justos, como de injustos" (Atos 24.15).
Observe a palavra "ressurreição" no singular. As doutrinas religiosas que usam passagens com
sentido figurado para ensinar que haverá duas ressurreições (a dos bons e a dos maus, com um
intervalo de mil anos entre as duas), não estão de acordo com as passagens claras e explícitas
mencionadas acima.

A ressurreição dos maus é descrita detalhadamente em Apocalipse 20.12-15. A respeito dos


bons, a Bíblia ensina que os cristãos mortos se levantarão primeiro e, a seguir, os cristãos que
ainda estiverem vivos serão "arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do
Senhor nos ares" (1 Tessalonicenses 4.15-17). Em outro trecho, Paulo explica que os corpos dos
justos ressuscitados não serão corpos naturais, físicos, mas corpos espirituais, celestes (1 Coríntios
15.42-49). Paulo declara com firmeza que os corpos não serão feitos de "carne e sangue" (1
Coríntios 15.50). Devemos dizer com o apóstolo João: "Ainda não se manifestou o que havemos de
ser. Sabemos que quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque havemos de vê-lo
como ele é" (1 João 3.2).

Mas, por que Cristo virá para ressuscitar os mortos?

C. CRISTO VIRÁ, NO FINAL, PARA JULGAR TODOS OS HOMENS

Cristo virá para ressuscitar os mortos a fim de proceder ao juízo final de todos os homens.
"Todos compareceremos perante o tribunal de Deus... se dobrará todo joelho... cada um de nós dará
contas de si mesmo a Deus" (Romanos 14.9-12).

O julgamento irá basear-se nas ações do homem nesta vida. "Porque importa que todos nós
compareçamos perante o tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o bem o mal que
tiver feito, por meio do corpo" (2 Coríntios 5.10). O homem será julgado pelos atos cometidos
em seu próprio corpo, não fora dele ou depois de morrer. O homem também será julgado pelo que
fez pessoalmente. Apocalipse 20.13 descreve o julgamento da seguinte maneira: "Os mortos ...
foram julgados, um por um, segundo as suas obras". A Bíblia não faz qualquer menção a
recompensas concedidas a alguém através do julgamento das obras de outra pessoa.

Visto o homem ser julgado pelos seus próprios atos nesta vida, ninguém que esteja vivo
poderá fazer nada que possa alterar o destino dos mortos.Os mortos também não podem passar
por um período de tormento temporário (purgatório) e depois mudar de destino. Em Lucas 16.19-
31, Jesus descreveu o Além, o lugar onde se encontram os espíritos dos que já partiram e aguardam
a ressurreição, como uma condição fixa e permanente, que não pode ser modificada. Lázaro
morreu e foi para o Além, para o lugar chamado de "seio de Abraão" ou paraíso, onde o próprio
Cristo esteve depois da sua morte (Lucas 23.43,46 e Atos 2.31). O homem rico também morreu e
foi para outra parte do Além, o "inferno" ou lugar de tormento (2 Pedro 2.4,9). Este lugar de
tormento ficava separado do seio de Abraão por um grande abismo destinado a impedir a
passagem de um lado para outro (Lucas 16.26). Após a morte, o espírito do homem continua
vivendo (Mateus 10.28), mas o seu destino fica selado para todo o sempre. "E assim como aos
homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo" (Hebreus 9.27).

No juízo final, Cristo vai separar os bons dos maus "como o pastor separa os cabritos das
ovelhas" (Mateus 25.31-32). Para os maus, Cristo dirá: "Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo
eterno" (Mateus 25.41). Este inferno final (Mateus 5.22; 10.28) será um lugar de castigos
comparáveis às mais dolorosas aflições desta vida. "Ali haverá choro e ranger de dentes" (Mateus
25.30).
O inferno dos maus será eterno como o Céu concedido aos bons. Os maus serão castigados
com "destruição eterna" (2 Tessalonicenses 1.9), "castigo eterno" (Mateus 25.46), com "fogo
inextinguível" (Marcos 9.43-44). Aqueles que forem destinados ao lago de fogo e enxofre (inferno)
"serão atormentados de dia e de noite pelos séculos dos séculos" (Apocalipse 20.10).

Cristo convidará seus seguidores para que entrem no Céu e recebam a recompensa eterna.
Alguns dizem que apenas uns poucos dentre os bons têm esperança de merecer este Céu e que todos
os outros só podem esperar uma nova existência nesta terra material, renovada, onde continuarão a
casar-se e a viver como fazemos atualmente, apenas com maiores bênçãos. Entretanto, a Bíblia diz
que este universo material será destruído: "Todas essas coisas hão de ser assim desfeitas" (2
Pedro 3.10-11). O próprio Céu é descrito como "novos céus e nova terra, uma nova habitação (2
Pedro 3.13 e Apocalipse 21.1), mas não indica que se trate de dois lugares separados, diferentes. A
Bíblia diz que este universo material será destruído e não menciona absolutamente o fato da
recompensa dos justos ser dupla: primeiro durante um milênio aqui na terra e depois no Céu. Paulo
diz,” fostes chamados numa só esperança da vossa vocação“ (Efésios 4.4). Cristo nem sequer porá
os pés nesta terra, e muito menos estabelecerá aqui o seu reino. Todos os justos serão
arrebatados "para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor"
(1 Tessalonicenses 4.16-17). A esperança de Abraão e dos grandes patriarcas não era de um lar na
terra. Eles desejavam "uma pátria superior, isto é, celestial" (Hebreus 11.13,16). Além disso, Cristo
negou com convicção que haveria casamentos depois da ressurreição (Mateus 22.30 e Lucas 20.34-
36). Não existe senão um lar e uma única
esperança para todos os que fazem o bem: o Céu
(1 Pedro 1.3-4).
Cristo dirá aos bons: "Vinde, benditos de
meu Pai! entrai na posse do reino que vos está
preparado desde a fundação do mundo" (Mateus
25.34). Nesse mesmo momento os salvos
entrarão no Céu. Deus limpará toda lágrima, não
haverá mais morte, tristeza nem dor (Apocalipse
21.4). A Bíblia descreve este novo lar como
contendo as riquezas mais preciosas da vida
(Apocalipse 21.16-21). Sua beleza, glória, pureza
e eternidade na presença de Deus e de Jesus são a
bênção pela qual o povo de Deus aguarda
pacientemente (Apocalipse 21.23).

CONCLUSÃO

Embora ninguém possa marcar uma data, a volta de Cristo é mais certa do que o fato do
sol levantar-se pela manhã. Esse grande acontecimento pode ocorrer amanhã ou dentro dos
próximos cinco minutos. Qualquer seja o momento, precisamos de vidas preparadas e vigilantes.

Deus oferece hoje a salvação a todos. Mais tarde, quando Cristo voltar, Ele oferecerá o
Céu somente aos salvos. Hoje todos podem obedecer ao evangelho de Cristo. Amanhã, quando as
portas do Céu se abrirem para os obedientes, aqueles que não aceitaram o evangelho verão fechar-
se essas mesmas portas à sua frente! (2 Tessalonicenses 1.8 e Mateus 25.10.) Você está preparado
para a volta de Cristo?

TODA A ESCRITURA
É INSPIRADA POR DEUS
A VONTADE DE DEUS PARA O HOMEM

Você já terminou dez lições sobre "O Que a Bíblia Diz". Vamos fazer agora uma
recapitulação de todo o curso, e esta última lição irá ajudar o aluno a aplicar as verdades da Bíblia
em sua própria vida.

I. DEUS DÁ A VOCÊ A PALAVRA ESCRITA

Lição 1 - DEUS INSPIROU E CONSERVOU A BÍBLIA PARA VOCÊ

Por intermédio de homens inspirados, Deus registrou sua palavra na Bíblia (2 Timóteo
3.16-17). A Bíblia é na verdade o próprio Deus falando a você. O Criador que se manifesta na
glória da natureza é também o Deus que governa o mundo com as revelações das Escrituras. Como
prova da autoria divina da Bíblia você verificou que ela é verdadeira, indestrutível e
maravilhosamente unida e consistente, embora tenha sido escrita por cerca de quarenta autores
durante um período de 1.500 anos. As profecias bíblicas, escritas centenas de anos antes de serem
cumpridas, demonstram que Deus é o seu autor.

Você conta com a promessa do próprio Deus no sentido de que sua palavra foi conservada
integralmente (1 Pedro 1.23-25). Entretanto, até mesmo sem essa promessa, você pode ter certeza
de que a Bíblia foi conservada através dos séculos. Especialistas no assunto afirmam que as provas
da sua exatidão, representadas por manuscritos antigos, traduções e citações, são melhores do que
as de qualquer outra obra do passado. Você é mais abençoado do que pode imaginar por ter a
mensagem exata de Deus em sua própria língua.

Lição 2 - DEUS REGISTROU SUAS OBRAS ATRAVÉS DOS TEMPOS PARA VOCÊ

Os trinta e nove livros do Velho Testamento contêm a aliança ou acordo de Deus com os
judeus (Deuteronômio 5.3). Os vinte e sete livros do Novo Testamento contêm a aliança de Deus
com os cristãos (Mateus 28.18-20). A história da Bíblia divide-se em três períodos. A Era
Patriarcal registra a queda de Adão, a natureza pecaminosa do homem e o começo dos planos de
Deus para salvar o homem (Gênesis 12.1-3). Na Era judaica, Deus deu aos descendentes de
Abraão (a nação Israelita) a lei de Moisés, com a finalidade de preparar o povo para a vinda de
Cristo (Gálatas 3.24-25). O profeta jeremias, entretanto, anunciou que Deus faria uma nova aliança
ou lei (Jeremias 3 1.31). Cristo veio finalmente para encerrar a Era Judaica e iniciar a Era
Cristã. Cumprindo a promessa feita por Deus a Abraão (Gálatas 3.29), Jesus trouxe ao mundo a
salvação e tornou-se mediador de uma aliança mais aperfeiçoada (Hebreus 8.6-13) Ele pregou na
cruz a velha aliança, revogando-a (Colossenses 2.14-17). O Velho Testamento continua porém,
tendo valor como a palavra de Deus para servir de exemplo e advertência (Romanos 15.4; 1
Coríntios 10.11). Na Era Cristã, o último período, Deus fala a todos os homens através do Novo
Testamento de Cristo (Hebreus 11-2; 9.15).

Lição 3 – DEUS DEU A BÍBLIA PARA SER SUA AUTORIDADE RELIGIOSA


SUPREMA

Cristo é o único que pode afirmar: "Toda autoridade me foi dada no céu e na terra" (Mateus
28.18). Ele mandou que seus apóstolos transmitissem os seus ensinamentos ao mundo (Mateus
28.19-20). Para garantir a exatidão dos ensinamentos transmitidos por eles, Deus enviou o Espírito
Santo que os guiou a toda a verdade (João 16.13). Depois que toda a verdade de Deus foi revelada
(Judas 3 e Atos 20.27), qualquer homem, apóstolo, ou anjo que ousasse mudar a menor coisa na
mensagem original receberia a condenação divina (Gálatas 1.6-9).

A fim de conservar a mensagem celestial para as gerações futuras, toda a vontade de Deus
foi registrada por escrito (2 Timóteo 3.16-16; 2 Pedro 1.12-15 e João 20.30-31). Os escritores
inspirados escreveram o Novo Testamento a fim de que todos pudessem compreende-lo e
obedecê-lo (Efésios 3.4; Colossenses 4.16 e 2 Tessalonicenses 3.14). Só as escrituras podem
aperfeiçoar o homem e capacitá-lo para toda boa obra (2 Timóteo 3.16-17). Dessa forma, outras
autoridades além do Novo Testamento não são necessárias. O Novo Testamento, e só ele, contém a
mensagem completa de Cristo; sendo, portanto, a autoridade suprema e final em assuntos de
religião.

II. DEUS DÁ A VOCÊ O PRESENTE DA SALVAÇÃO

Lição 4 - DEUS CUMPRIU A PARTE DIVINA DANDO A SALVAÇÃO PARA VOCÊ

Deus sabe que você é um pecador (Romanos 3.23). Todo homem realmente pecou por
transgredir pessoalmente a lei de Deus quer por palavras, atos ou pensamentos (1 João 3.4). Como
transgressor da lei de Deus você está perdido, condenado justamente por um Deus de justiça
(Romanos 6.23; 11.22). Mas, Deus é mais do que justo! Ele é também misericordioso e não deseja
que ninguém pereça (2 Pedro 3.9). De que maneiras podem ser então satisfeitas as condições tanto
da justiça quanto da misericórdia divina? A resposta é Jesus Cristo, em quem se encontram a
justiça e a misericórdia (Romanos 3.25-26). Embora Jesus tenha satisfeito a exigência da justiça
de uma vida perfeita (1 Pedro 2.22), Ele morreu na cruz, cumprindo a sentença como um
criminoso comum. Deus aceitará portanto a vida perfeita de Cristo e sua morte imerecida como a
penalidade que a justiça exige pelos pecados cometidos por você e por toda a humanidade (1 Pedro
2.24 e 1 João 2.2). Deus oferece a você, caro aluno, o bem e a justiça merecida por Cristo (2
Coríntios 5.21). Por intermédio de Cristo, você pode ganhar o esplêndido presente da salvação.

Lição 5 - VOCÊ PRECISA CUMPRIR A SUA PARTE ACEITANDO A SALVAÇÃO


Deus lhe oferece gratuitamente a salvação. Mas, para aceitá-la, você precisa render-se tão
completamente a Cristo que ele se torne mais importante para você do que a fama, a riqueza, a
família ou as amizades (Lucas 14.25-33 e Filipenses 3.8).

Para render-se a Cristo, você deve primeiro crer em Jesus como sendo o Filho de Deus
(João 3.16). Confiando assim em Jesus, você precisa arrepender-se de seus pecados (Atos 17.30-
31). O arrependimento consiste em uma decisão de abandonar o pecado e seguir a Cristo para
onde quer que Ele o guie. Depois disso, como um crente arrependido, você deverá confessar em
público sua fé em Jesus (Romanos 10.9-10), jurando lealdade ao Rei e Senhor de sua vida. Você
completa sua entrega inicial a Cristo sendo batizado na água (Atos 2.38 e 1 Pedro 3.21). No
batismo você recebe de Deus o perdão pelos seus pecados (Atos 2.38; 22.16), é salvo do castigo
pelos pecados cometidos no passado (Marcos 16.16), reveste-se de Cristo (Gálatas 3.27), e começa
uma nova vida (Romanos 6.1-6).

O fato de o batismo verdadeiro ser por imersão fica provado pelo significado do termo
original e por exemplos e declarações bíblicas no sentido de que o batismo é um sepultamento e
uma ressurreição (Atos 8.36-39 e Colossenses 2.12). Aqueles que não foram devidamente
batizados devem receber novo batismo (Atos 19.1-5). Portanto, se você não foi imerso com o
propósito certo (remissão de pecados), ou se atos de fé, arrependimento e confissão não precederam
ao seu batismo (como no caso das crianças pequenas), você também deve ser novamente batizado.

Após o batismo você precisa entregar-se diariamente a Cristo (Lucas 9.23),


desenvolvendo-se sempre mais em conhecimento e em seu caráter cristão (2 Pedro 1.5-12). Se
depois de tiver sido salvo, você deixar de servir fielmente a Cristo, cairá da graça e perderá a
salvação (Gálatas 5.4 e Hebreus 10.26-31). Mas, se você perseverar até o fim de sua vida, a coroa
da justiça e do bem será sua para todo o sempre (2 Timóteo 4.7-8).

III. DEUS PLANEJOU A IGREJA DE CRISTO PARA VOCÊ

Lição 6 - A IGREJA DEVE TER A MÁXIMA IMPORTÂNCIA EM SUA VIDA


Quando você se entrega completamente a Cristo, por meio da fé, do arrependimento, da
confissão e do batismo, Deus o acrescenta à sua igreja (Atos 2.41-47). As exigências para o
ingresso na igreja são idênticas às condições da salvação (Marcos 16.16; 1 Coríntios 12.13 e
Gálatas 3.26-27). Desse modo, todas as pessoas salvas estão na igreja (Efésios 5.23). Você deve
considerar a igreja de suma importância porque ela cumpre o eterno propósito de Deus com
relação a você (Efésios 3.10-11,21). Depois de ter planejado a igreja no começo dos tempos, Deus
prometeu-a na Era Patriarcal (Gênesis 12.1-3 e Gálatas 3.7-9,14,26-29), profetizou-a na Era
Judaica (Daniel 2.1-45 e Isaías 2.1-3), preparou-a nos dias de Jesus (Marcos 1.15 e Mateus 10.7) e
apresentou-a como um fato estabelecido na Era Cristã (Atos 2.1-47 e Colossenses 1.13). O
símbolo máximo do seu valor é que Jesus comprou-a com o seu próprio e precioso sangue (Atos
20.28).

A elevada missão da igreja também a torna muito importante. Ela é chamada de um


mundo de pecado para a salvação (Efésios 5.23), para servir (Romanos 6.22), para adorar (1
Pedro 2.5,9), para a santidade (1 Pedro 1.15) e para a comunhão (1 Coríntios 1.9). Não existe
outra entidade cuja missão seja tão nobre e tão elevada. Como membro da igreja de Cristo você será
então membro da instituição mais importante do mundo.

Lição 7 - DEUS REVELA A VOCÊ O PLANO DE ORGANIZAÇÃO DA IGREJA

A igreja é algumas vezes considerada num sentido universal (Mateus 16.18) e outras num
sentido local (1 Coríntios 1.2). A organização da igreja universal tem três componentes básicos: o
cabeça, os porta-vozes, e um corpo. Jesus Cristo é a única cabeça; e, portanto, o único com direito
de dar ordens à igreja (Efésios 1.22-23). Os apóstolos e os profetas são os porta-vozes de Cristo. O
Espírito Santos os inspirou de maneira milagrosa para revelarem e confirmarem a mensagem de
Cristo (João 16.13 e Hebreus 2.3-4). Depois de ter revelado e confirmado completamente a palavra,
os poderes milagrosos cessaram. Mas, os mesmos apóstolos e profetas do primeiro século
continuam a guiar a igreja através dos seus escritos registrados na Bíblia (2 Timóteo 3.16,17). O
corpo é composto de todos os seus membros espalhados por todo o mundo (Romanos 12.4-5). Da
mesma forma que o corpo físico obedece à cabeça, a igreja também deve obedecer a Cristo.

A igreja universal divide-se em congregações ou igrejas locais. Cada congregação é


autônoma (independente das outras). Um grupo de homens chamados presbíteros (bispos ou
pastores), que satisfaz determinadas exigências (1 Timóteo 3.1-7 e Tito 1.5-9), supervisiona os
trabalhos e o bem-estar espiritual dos membros de sua respectiva congregação (Atos 14.23; 20.28).
A Bíblia não menciona em lugar algum a existência de um bispo exercendo autoridade sobre várias
igrejas, mas sempre muitos bispos em uma só igreja. Servindo sob os presbíteros em cada igreja
local encontramos os diáconos, os evangelistas, os professores, e os membros (Filipenses 1.1 e
Efésios 4.11). Sendo membro da igreja, você fará parte da igreja universal e fará parte de uma
congregação local onde encontrará diversas oportunidades de servir a Deus.

Lição 8 - DEUS DÁ A VOCÊ O MODELO PARA A UNIDADE DA IGREJA

Embora os crentes em Cristo estejam divididos em denominações e exista muita confusão


religiosa, Jesus rogou e planejou para que sua igreja fosse unida (João 17.17-22; 1 Coríntios 1.10-
15 e Efésios 4.1-7). As igrejas espalhadas por todo o mundo do primeiro século, longe de se
acharem divididas entre si, tinham todas as mesmas características, pois seguiam a mesma
doutrina que ainda hoje encontramos revelada no Novo Testamento (Gálatas 1.6-8). Unidas em
amor, igrejas distantes milhares de quilômetros umas das outras, socorreram os santos necessitados
de outra congregação (2 Coríntios 8). Elas usavam somente nomes que davam glória a Deus e a
Cristo e não ao homem: a igreja de Deus, as igrejas de Cristo, cristão, etc. (1 Coríntios 1.2;
Romanos 16.16 e Atos 11.26). As igrejas de todas as cidades tinham as mesmas exigências para
ingresso, aquelas que vimos na Lição 4. Ninguém recebia primeiro a salvação e mais tarde
ingressava na igreja; o indivíduo recebia a salvação e Deus o colocava imediatamente em sua
igreja (Atos 2.41,47 e 1 Coríntios 12.13). Cada congregação local tinha a mesma organização que
estudamos na Lição 7. Os serviços de culto religioso se caracterizavam em todas as igrejas pelos
cânticos, sem o acompanhamento de instrumentos (Efésios 5.19), pela oração (1 Timóteo 2.8), por
contribuições generosas (1 Coríntios 16.1-2), pelo estudo da palavra de Deus, e pela Ceia do Senhor
realizada todo primeiro dia de cada semana (Atos 20.7).
Pela sua obediência ao modelo ou padrão de unidade que Deus deu à igreja, as várias
congregações locais que formavam a igreja universal, agradavam ao Senhor sem ter necessidade de
serem nem católicas nem protestantes. Que belo quadro de unidade!

lição 9 - DEUS QUER QUE VOCÊ RESTAURE A IGREJA DO NOVO


TESTAMENTO EM SUA CIDADE

Talvez você esteja pensando agora: "Mas, não existe uma igreja assim em minha cidade!"
Isto não nos surpreende quando lembramos que Jesus e os apóstolos anunciaram um afastamento da
verdade (Mateus 24.11; 1 Timóteo 4.1-5 e 2 Tessalonicenses 2.3). Essa apostasia afastou muitos,
dos eleitos de Deus e resultou na corrupção de muitas igrejas. O plano de organização de Deus foi
sendo abandonado aos poucos, até que foi posto completamente de lado. Enquanto 1 Timóteo 3.2
exigia que o bispo fosse marido de uma única esposa, algumas igrejas proíbem agora que os bispos
se casem. Maria, a mãe de Jesus, foi sendo gradualmente exaltada acima de todos os demais
discípulos, embora Cristo tenha ensinado claramente que ela não tinha uma posição mais elevada
que qualquer outro discípulo (Lucas 11.27-28). Outras igrejas, tentando reformar a igreja apóstata,
afastaram-se também da verdade em organização, doutrina, adoração e práticas, e o resultado foi
uma cristandade dividida.

De que modo você pode então, caro aluno, restaurar a igreja verdadeira, como existia
nos dias dos apóstolos? lembre-se de que a palavra de Deus é a semente do reino (1 Pedro 1.23).
Quando a palavra de Deus foi plantada em corações sinceros no primeiro século, ela produziu uma
igreja de Cristo não-sectária, não-denominacional, composta de cristãos, e de cristãos apenas.

Visto que toda semente sempre produz segundo a sua espécie, você também pode
estabelecer uma igreja em sua própria cidade. Você terá então de: (1) tornar-se membro da igreja
de Cristo, obedecendo às exigências para o ingresso (veja a lição 5); (2) reservar tempo todo
primeiro dia de cada semana para render culto a Deus, incluindo nesse culto os elementos
mencionados na lição 8: cânticos, Ceia do Senhor, oração, estudo da palavra de Deus, e
contribuições que serão empregadas para o desenvolvimento da igreja na sua cidade; (3) procurar
outras pessoas em sua cidade e plantar a palavra de Deus em seus corações; (4) ser um exemplo
vivo para todos, constantemente dedicado ao estudo da Bíblia e à obediência de seus
ensinamentos; (5) à medida que você, e outros cristãos como você, forem crescendo segundo o
plano de Deus (veja lição 7); (6) você precisa conservar-se fiel até o fim de sua vida para receber a
bênção da eternidade (Apocalipse 2.10).

IV. JESUS VOLTARÁ POR SUA CAUSA

lição 10 - VOCÊ PRECISA PREPARAR-SE PARA A VOLTA DE CRISTO

Embora a data da volta de Cristo seja incerta, é certo que Ele virá a qualquer momento
(Mateus 24.36 ,44). A igreja do primeiro século sabia com certeza que sua vinda estava "próxima"
naquela mesma geração (Tiago 5.8-9) e esta fé os inspirou, da mesma forma que deve também
inspirar-nos a viver sempre preparados e vigilantes. Quando todos virem o Senhor vindo com seus
anjos poderosos em chamas de fogo, será um dia glorioso (Mateus 24.29-31; 25.31). Tanto os maus
como os bons serão ressuscitados nesse dia (João 5.28-29) e serão recompensados de acordo com
os atos praticados no corpo (2 Coríntios 5.10). Ninguém terá uma segunda oportunidade depois de
morrer; o destino de cada um fica selado eternamente na morte (Lucas 16.19-31). Você talvez nunca
tenha pensado que irá prestar pessoalmente contas a Deus dos atos que praticou nesta vida. Jesus
voltará por sua causa. Será que você vai estar preparado?

CONCLUSÃO

Seu estudo dedicado destes assuntos profundos tratados na Bíblia é digno do mais alto
louvor. Entretanto, conhecer apenas a palavra de Deus não basta (Tiago 1.22-25). Você precisa
fazer também a vontade de Deus como revelada na Bíblia. Jesus avisou: "Nem todo o que me diz:
Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos
céus" (Mateus 7.21). A prova decisiva do que acaba de aprender será dada pela aplicação desses
conhecimentos na sua vida prática. Que Deus o abençoe nos planos que está fazendo agora. Aceitar
Jesus Cristo e seguí-lo será o passo mais nobre que poderá dar. Será uma certeza de alegria perene,
tanto aqui como no além. Jesus deixou a glória dos céus para tornar a salvação possível. Ele
morreu para que você pudesse viver. Renda-se a Ele, obedecendo ao seu evangelho, e Ele o
acrescentará à sua igreja. Mantenha-se fiel até o fim e Ele lhe dará um lar no Céu. Que pensamento
glorioso! Você, um pecador, salvo pela graça, receberá a glória do Céu e viverá para todo o sempre.
Pois é isto O QUE A BÍBLIA DIZ.

Publicado pelo:

CENTRO DE ESTUDOS TEOLÓGICOS

CAIXA POSTAL 30.543 - 01051 SAO PAULO, SP

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