Tabernáculo
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Tabernáculo
Autor: Pr. Jorge Luiz
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A CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO
OS CONSTRUTORES DO TABERNÁCULO
O TEMPO DE CONSTRUÇÃO DO
TABERNÁCULO (Nove meses)
Deus é o Soberano Senhor do Universo, quando diz que
“estas coisas lhes sobrevieram como exemplos”, quis dizer
todas as coisas. Deus é um Deus de detalhes. Todo detalhe
no tabernáculo fala de uma verdade para a “plenitude dos
tempos”. Portanto, descobrimos que o período de construção
do Tabernáculo foi de nove meses. O fator tempo simbolizava
o que haveria de acontecer 1.500 anos mais tarde, pois
corresponde o mesmo tempo de gestação e nascimento de
Jesus no ventre de Maria.. (Gálatas 4: 4). Comparando
(Êxodo 19: 1 e Números 9: 1) descobrimos que levou
aproximadamente nove meses para a construção do
Tabernáculo. Após os nove meses, tornou-se a habitação de
Deus.
Prata (Redenção)
Marcos 10:45 “Porque o Filho do homem também não veio para ser
servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos. "
Bronze (Juízo)
Num 21:9 " E Moisés fez uma serpente de bronze, e colocou sobre uma
haste; e sucedia que, picando alguma serpente a alguém, quando esse
olhava para a serpente de bronze, vivia. "
Azul (Céu)
Púrpura (Realeza)
Juízes 8:26 “E foi o peso dos pendentes de ouro, que pediu, mil e
setecentos siclos de ouro, afora os ornamentos, e as cadeias, e as
vestes de púrpura que traziam os reis dos Midianitas, e afora as coleiras
que os camelos traziam ao pescoço”.
Atos 16: 13-14 - No novo testamento
encontramos”(...)Certa mulher, chamada Lídia, vendedora de
púrpura(...)”
Hebreus 11:37 “
2 Coríntios 5:21
João 1:29 “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para
ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo”.Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para
que nele fôssemos feitos justiça de Deus.
Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada;
andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados,
aflitos e maltratados”
Lucas 9:58 E disse-lhe Jesus: “As raposas têm covis, e as aves do céu,
ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça”.
a) Beleza
b) Fertilidade
Salmo 52:8 " Mas eu sou como a oliveira verde na casa de Deus;
confio na misericórdia de Deus para sempre, eternamente."
c) Riqueza
a) Estoraque
É um pó das gotas de uma resina endurecida e fragrante
encontrada na cortiça do arbusto de Mirra. A palavra significa
" uma gota ".
b) Onicha
É um pó da cobertura córnea da concha de um molusco
idêntico a um marisco encontrado no Mar Vermelho. Quando
queimado este pó libera um aroma penetrante. O Mar
Vermelho é um bolsão de água morna isolada do Oceano
Índico, é conhecido por suas subespécies peculiares de
moluscos.
c) Gálbano
É uma resina castanha que aparece na parte mais baixa do
talo de uma planta de Ferula. Esta erva encontrada no Mar
Mediterrâneo com talos espessos, flores amarelas e verde
como folhas de samambaia. Tem um cheiro almiscarado,
agudo e valioso porque preserva o odor de um perfume
misturado por um longo tempo.
A importância dos capítulos de Êxodo que tratam do Tabernáculo é bem expressa por Witsius:
"Deus criou o mundo inteiro em seis dias, mas Ele usou 40 dias para instruir Moisés sobre o
Tabernáculo. Pouco mais de um capítulo foi necessário para descrever a estrutura do mundo, mas
seis foram usados para o Tabernáculo."
Já no período helênico... eram feitas tentativas para entender a função do tabernáculo do Velho
Testamento como algo basicamente simbólico. Pela linguagem bíblica fica evidente a razão pela
qual esta interpretação parecia algo tão natural. Primeiro, a dimensão do tabernáculo e todas as
suas partes refletem um projeto cuidadosamente planejado e um conjunto harmonioso. Os
números 3, 4 e 10 predominam com cubos e retângulos proporcionais. As diversas partes o santo
lugar separado, a tenda, o átrio todos têm numa relação numérica exata. O uso dos metais ouro,
prata e cobre é cuidadosamente selecionado de acordo com sua proximidade do Santo dos
Santos. Da mesma forma, cores específicas mostram ter uma relação íntima com sua finalidade,
quer branco, azul ou carmesim. Há igualmente uma gradação na qualidade dos tecidos usados.
Finalmente, muita ênfase é colocada na posição e na orientação adequadas, com o lado oriental
recebendo o lugar de honra.
Os primeiros intérpretes não tinham dúvida de que a importância do tabernáculo repousava em seu
simbolismo oculto, e a questão em jogo era justamente decifrar seu significado. ... Para Philo o
tabernáculo era uma representação do universo, a tenda significando o mundo espiritual, e o átrio o
material. Além disso, as quatro cores significavam os quatro elementos, o candelabro com suas
sete lâmpadas, os sete planetas, e os doze pães da proposição os doze signos do Zodíaco e os
doze meses do ano.
Orígenes, em sua nona Homilia de Êxodo, faz referência à abordagem de Philo, mas depois toma
outro rumo. Ele viu o tabernáculo como indicação do mistério de Cristo e sua igreja. Suas
analogias morais em termos das virtudes da vida cristã - a fé comparada ao ouro, a pregação da
palavra à prata, a paciência ao bronze (9:3) foram estudadas e aperfeiçoadas ao longo dos anos
da Idade Média...
Em meu estudo inicial do tabernáculo, era minha intenção interpretar e aplicar os textos referentes
a ele de forma um tanto direta. Uma vez que ambos, o edifício do tabernáculo e o edifício da igreja,
possam ser pensados como lugares de reunião dos santos, acho que poderíamos aprender muito
sobre os edifícios das igrejas do Novo Testamento pelo estudo do edifício do tabernáculo do Velho
Testamento. Creio que o tabernáculo poderia nos dar alguns princípios que poderiam nortear
nosso entendimento do projeto e da finalidade do edifício das igrejas. Vi que esta abordagem
também tem sérios problemas.
Isto quer dizer que todo este material no livro de Êxodo, tratando do tabernáculo, não tem
nenhuma aplicação clara para nós? Acho que não. Deus sempre teve um lugar de morada em
meio a Seu povo. Primeiro foi no tabernáculo, e mais tarde, ainda no período de Velho Testamento,
no templo. Nos evangelhos, Deus habitava (literalmente "tabernaculava") entre Seu povo na
pessoa de Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo. Agora, na era da igreja, Deus habita na igreja.
É meu entendimento que existem certos elementos comuns em todas essas maneiras pelas quais
Deus habitou (ou habita) entre os homens. Assim, a descrição do tabernáculo nos dá a primeira
revelação bíblica de como Deus habita entre os homens, e o que isto requer ou sugere à igreja
hoje, na qual Deus habita.
Características do Tabernáculo
(1) O tabernáculo era um aparato muito funcional. O tabernáculo servia como lugar de
encontro entre Deus e os homens, e desta forma ficou conhecido como a "tenda da
congregação"133 (cf. 35:21). Esta não era uma tarefa fácil, pois ter Deus tão próximo era uma
coisa muito perigosa. Quando Moisés suplicou a Deus para habitar em meio a Seu povo,
Deus o avisou que isto poderia ser fatal para um povo tão pecaminoso: "Porquanto o
Senhor tinha dito a Moisés: Dize aos filhos de Israel: És povo de dura cerviz; se por um
momento eu subir no meio de ti, te consumirei." (Ex. 33:5a)
. O tabernáculo servia como lugar de encontro entre Deus e os homens, e desta forma ficou
conhecido como a "tenda da congregação"133 (cf. 35:21). Esta não era uma tarefa fácil, pois ter
Deus tão próximo era uma coisa muito perigosa. Quando Moisés suplicou a Deus para habitar em
meio a Seu povo, Deus o avisou que isto poderia ser fatal para um povo tão pecaminoso:
"Porquanto o Senhor tinha dito a Moisés: Dize aos filhos de Israel: És povo de dura cerviz; se por
um momento eu subir no meio de ti, te consumirei." (Ex. 33:5a)
O tabernáculo resolveu um dos problemas por ser portátil. Deus tinha Se revelado a Seu
povo de cima do Monte Sinai. Quando o povo deixasse o Sinai em direção à terra prometida
de Canaã, precisariam de algum lugar portátil para a presença de Deus ser manifestada.
Como o tabernáculo era um tenda, o problema foi solucionado.
. Deus tinha Se revelado a Seu povo de cima do Monte Sinai. Quando o povo deixasse o Sinai em
direção à terra prometida de Canaã, precisariam de algum lugar portátil para a presença de Deus
ser manifestada. Como o tabernáculo era um tenda, o problema foi solucionado.
. As cortinas da tenda, e especialmente o espesso véu do Santo dos Santos, serviam como
separadores, uma barreira divisória, entre Deus e o povo. Além disso, o tabernáculo era santificado
e separado como um lugar santo. Isto poupava o povo de uma explosão de Deus que os teria
destruído. O tabernáculo também era um lugar de sacrifício, para que os pecados dos israelitas
pudessem ser expiados. Ainda que a solução não fosse permanente, realmente facilitava a
comunhão entre Deus e Seu povo.
(2) O tabernáculo foi um aparato que revelava fabulosa riqueza e beleza. Não é preciso mais
que uma leitura casual do texto para aprender que o tabernáculo foi um projeto muito caro.
. Não é preciso mais que uma leitura casual do texto para aprender que o tabernáculo foi um
projeto muito caro.
Os estudos mais recentes das medidas hebraicas feitos por R. B. Y. Scott (Peake4s Commentary
on the Bible, Londres e Nova Iorque 1962, sec. 35) calculam o talento em torno de 64 libras (29 kg)
e o siclo do santuário em 1/3 de uma onça, ou 9,7 gr. De acordo com estes cálculos haveria algo
em torno de 1.900 libras de ouro (862 kg), 6.437 libras de prata (2.923 kg), e 4.522 libras de bronze
(2.053 kg).
O projeto envolvia não apenas materiais muito caros, mas estes materiais foram trabalhados de tal
forma a criar grandes obras de arte: "... Deus... ordenou a Moisés que construísse um tabernáculo
de uma forma que envolveria quase todas as formas de arte representativa que os homens
conheciam." O tabernáculo e seus utensílios foram concedidos aos israelitas tanto para "glória"
quanto para "beleza" (cf. 28:2, 40).
. Todo o povo se beneficiaria do tabernáculo, e assim a todos foi permitido participar de sua
construção, ou pela doação dos materiais, ou pela habilidade no trabalho, ou por ambos.
A excelência do tabernáculo, tanto em seus materiais como em sua mão de obra, era um reflexo
da excelência de Deus. O tabernáculo também foi um lugar santo, porque habitando nele estava
um Deus santo (cf. 30:37, 38).
O tabernáculo testifica em sua estrutura e finalidade a santidade de Deus. Arão usava gravado no
diadema "Santidade ao Senhor" (28:36). Os sacerdotes são alertados na própria administração de
seu ofício "para que não morram" (30:21), e a morte de Nadabe e Abiú (Lv. 10:1) deixou clara a
seriedade de uma ofensa que foi considerada ultrajante por Deus.
(5) O tabernáculo era composto de vários elementos, mas em tudo foi ressaltada a unidade,
no projeto, na função e no propósito. "Fizeram cinqüenta colchetes de ouro, com os quais
prenderam as cortinas uma à outra; e o tabernáculo passou a ser um todo." (Ex. 36:13).
"Fizeram também cinqüenta colchetes de bronze para ajuntar a tenda, para que viesse a ser
um todo." (Ex. 36:18).
. "Fizeram cinqüenta colchetes de ouro, com os quais prenderam as cortinas uma à outra; e o
tabernáculo passou a ser um todo." (Ex. 36:13). "Fizeram também cinqüenta colchetes de bronze
para ajuntar a tenda, para que viesse a ser um todo." (Ex. 36:18).
O que Schaeffer escreveu acerca to templo também pode ser dito a respeito do tabernáculo:
"Devemos reparar que, com relação ao templo, toda a arte foi trabalhada para formar uma unidade.
O templo inteiro foi um trabalho singular de arquitetura, um todo unificado com colunas livres,
estátuas, baixo relevo, música e poesia, pedras gigantescas e belas madeiras trazidas de muito
longe. Tudo está lá. Um trabalho de arte completamente unificado para o louvor de Deus."
Não havia apenas unidade na arquitetura e na estrutura, mas havia também unidade na finalidade
do tabernáculo. O propósito do tabernáculo foi prover um lugar onde Deus pudesse habitar em
meio aos homens. Todos os seus utensílios facilitavam as ministrações e cerimônias que
contribuíam para que este lugar único fosse a "tenda da congregação".
De onde veio o modelo? Veio de Deus... Deus foi o arquiteto, não o homem. No relato de como o
tabernáculo foi feito repetidamente aparece esta frase: "E farás..." Isto é, Deus disse a Moisés o
que fazer, em detalhes. Estas foram ordens, ordens do mesmo Deus que deu os 10 Mandamentos.
O tabernáculo foi feito depois do modelo divino ser mostrado a Moisés (25:9). As... instruções
enfatizavam que cada detalhe do projeto foi feito de acordo com a explícita ordem de Deus (35:1,
4, 10, etc). Bezalel e Aoliabe foram dotados com o espírito de Deus e com o conhecimento da
habilidade para executar a tarefa (21:2 e ss). Para o escritor do Velho Testamento a forma
concreta do tabernáculo é inseparável de seu significado espiritual. Cada detalhe da estrutura
reflete a vontade divina e nada fica para decisões "ad hoc" dos construtores humanos. ... Além do
mais, o tabernáculo não foi concebido como medida temporária para um tempo limitado, mas algo
no qual o sacerdócio permanente de Arão servisse ao longo de todas as gerações. (27:20 s).
Uma vez que Israel tomou posse da terra de Canaã, não havia necessidade de um aparato portátil
para guardar a arca da aliança e os outros utensílios do tabernáculo. A arca, você se recordará,
tinha sido usada pelos israelitas como uma espécie de "pé de coelho" gigante, que eles levaram
consigo quando lutaram contra os filisteus, sob a liderança do rei Saul, e seu filho Jônatas. Os
israelitas perderam esta batalha e a arca foi capturada pelos filisteus. Depois de repetidas
dificuldades diretamente relacionadas com a arca, os filisteus a mandaram de volta à Israel. O
retorno da arca e o fato de Davi residir numa casa suntuosa parecem ter propiciado a ele o
propósito para a construção de um lugar diferente para guardar a arca: "Sucedeu que, habitando
Davi em sua própria casa, disse ao profeta Natã: Eis que moro em casa de cedro, mas a arca da
aliança do Senhor se acha numa tenda." (I Cr. 17:1)
Natã rapidamente (e aparentemente sem consultar a Deus) encorajou Davi a construir um templo (I
Cr. 17:2). No entanto, Deus tinha planos diferentes, pois Davi era um homem de guerra e
derramara muito sangue. Deus de fato permitiria a construção de um templo, mas seria construído
por Salomão, filho de Davi, um homem de paz. Enquanto Davi queria construir uma casa para
Deus, Deus prometeu dar a Davi uma casa; portanto, é neste contexto do pedido de Davi para a
construção do templo que Deus proclama o que se tornou conhecido como a Aliança Davídica, a
promessa de que o descendente de Davi governará para sempre, e assim se tornou conhecido que
o Messias de Israel seria o "Filho de Davi" (I Cr. 17:4-15).
Da mesma forma que a vitória de Deus sobre os egípcios, as vitórias militares de Davi contra as
nações (hostis) em derredor forneceram muitos dos materiais necessários à construção do templo
(cf. I Crônicas 18-21). Apesar de não ser permitido a Davi construir o templo, ele fez extensos
preparativos para isso. No capítulo 22 de I Crônicas Davi começou a reunir os materiais
necessários para o templo. As instruções referentes à construção do templo foram dadas a
Salomão. O povo foi encorajado a ajudar neste projeto. Também foram designados aqueles que
ministrariam no templo (capítulos 24-26). Os planos que Davi deu a Salomão foram inspirados por
Deus (I Cr. 28:11-12, 19), e desta forma divinamente providenciados, como o foram os planos para
o tabernáculo.
Davi generosamente cedeu os materiais necessários à construção do templo, como o povo o fez
quando foi solicitado (I Cr. 29:1-9). Para celebrar, foram oferecidos sacrifícios e todo o povo comeu
e bebeu na presença de Deus (I Cr. 29:21-22) de modo a recordar a ratificação da aliança Mosaica
(Ex. 24:5-11). Salomão reinou sobre Israel (II Cr. 1) após a morte de Davi (I Cr. 29:28) e construiu o
templo (II Cr. 2-4). Era elegante em material e mão-de-obra, exatamente como o foi o tabernáculo
(II Cr. 2:7; 3:8-17, etc). Quando ficou pronto a nação foi congregada e a arca trazida para dentro do
templo (II Cr. 5:2-10). Como no tabernáculo (Ex. 40:34 e ss), uma nuvem desceu sobre o templo e
a glória de Deus encheu o lugar (II Cr. 5:11-14). O templo foi dedicado, e Israel foi instruído sobre o
propósito do lugar, superior entre todos aqueles que deviam ser um lugar de oração (II Cr. 6).
Depois que Salomão terminara de falar, Deus falou ao povo, prometendo bênçãos e maldições,
dependendo da fidelidade de Israel à aliança que Deus fizera com eles (II Cr. 7). Se Israel não
fosse fiel à aliança, o templo seria destruído, e o povo disperso. No entanto, se o povo se
arrependesse e orasse (em direção ao templo), Deus os ouviria e os restauraria.
A história de Israel confirma a veracidade das palavras de Deus. O povo não foi fiel a Deus e eles
foram levados da terra e o templo deixado em ruínas. Os livros de Esdras e Neemias descrevem o
retorno do cativeiro do remanescente fiel à terra de Canaã, onde reconstruíram o templo e a cidade
de Jerusalém, guiados e encorajados pelos profetas menores Ageu, Zacarias e Malaquias. Quando
o templo foi reconstruído, ele não tinha o esplendor do primeiro templo, e assim alguns "veteranos"
choraram à sua vista (Ed. 3:12). O profeta Ageu, no entanto, fala uma palavra de encorajamento,
assegurando ao povo que o templo é glorioso porque Deus está com eles, que Seu Espírito está
habitando em seu meio (Ag. 2:4-5), e que no futuro Deus encherá Sua casa com muito maior glória
e esplendor (Ag. 2:7-9).
O profeta Ezequiel também falou do templo no tempo futuro (capítulo 40 e ss). A promessa do
futuro retorno da nação de Israel à terra de Canaã e sua restauração espiritual são assegurados
com a descrição de um templo milenar que é considerado e descrito em detalhes por Ezequiel.
No Evangelho de João o Senhor Jesus Cristo é apresentado como o Filho de Deus que habitou
entre os homens (Jo. 1:14). O Senhor Jesus foi desta forma o lugar da morada de Deus entre os
homens durante Sua jornada na terra. Assim Ele pôde dizer à mulher samaritana que estava
chegando a época em que o lugar de adoração não é a preocupação principal (Jo. 4:20-21). Da
época da vinda de Cristo até o presente o lugar da morada de Deus entre os homens não é
concebido em termos de edifícios.
Num ligeiro aparte: o edifício físico (o templo) tornara-se uma espécie de ídolo para muitos
legalistas, judeus descrentes da época de Jesus. Para eles a presença do templo era prova de que
Deus estava com eles e de que eles eram agradáveis à Sua vista. Mesmo os discípulos ficaram
impressionados com a beleza da estrutura do templo, ainda que Jesus os prevenisse sobre tal
entusiasmo, sabendo que o templo seria brevemente destruído (Mt. 24:1-2). Você pode muito bem
imaginar como os escribas e fariseus ficaram transtornados quando Nosso Senhor falou sobre a
destruição do templo (não sabendo, é claro, que Ele era esse templo). A destruição do templo em
70 d.C. foi o cumprimento dos avisos das Escrituras do Velho Testamento, prova da desobediência
de Israel e do peso da mão de Deus sobre a nação, mais uma vez.
As epístolas do Novo Testamento continuam a nos ensinar que o lugar da morada de Deus agora é
na igreja, não o edifício igreja, mas o povo que compõe o corpo de Cristo:
"Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de
Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a
pedra angular; no qual todo edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no
qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito." (Ef.
2:19-22)
"Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita
e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para
serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por
intermédio de Jesus Cristo. ... Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de
propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das
trevas para sua maravilhosa luz." (I Pe. 2:4-5, 9).
Conclusão
Há uma porção de maneiras pelas quais a construção do tabernáculo é aplicável às nossas vidas,
mesmo que estejamos separados dos israelitas da época de Moisés por muitos séculos e pelo
menos uma dispensação.
Primeiro, creio que podemos legitimamente aprender o valor da arte pelas tremendas
contribuições artísticas desta estrutura. São muitos aqueles que apontam para as diversas
formas de arte que podem ser encontradas em relação direta com o tabernáculo. É bem
verdade que nos tornamos utilitários demais, vendo apenas tais coisas como importantes
se tiverem uma grande utilidade. A arte tem um valor claro em nossa adoração e na
expressão de nossa devoção a Deus. Este tema tem sido bem desenvolvido por vários
artistas cristãos e é digno de nossas sérias considerações. No entanto, não acho que este
seja o objetivo principal de nosso texto.
. São muitos aqueles que apontam para as diversas formas de arte que podem ser encontradas em
relação direta com o tabernáculo. É bem verdade que nos tornamos utilitários demais, vendo
apenas tais coisas como importantes se tiverem uma grande utilidade. A arte tem um valor claro
em nossa adoração e na expressão de nossa devoção a Deus. Este tema tem sido bem
desenvolvido por vários artistas cristãos e é digno de nossas sérias considerações. No entanto,
não acho que este seja o objetivo principal de nosso texto.
Segundo, devemos aprender que não devemos pensar em Deus como habitando em
edifícios feitos por mãos humanas, mas sim habitando dentro da igreja, dentro do corpo
daqueles que verdadeiramente crêem em Jesus Cristo. Estamos errados ao dizer a nossos
filhos "silêncio" quando entram na igreja porque é "a casa de Deus", o que sugere a eles
que Deus mora num edifício, e que O visitamos uma vez por semana.
Estamos errados ao dizer a nossos filhos "silêncio" quando entram na igreja porque é "a casa de
Deus", o que sugere a eles que Deus mora num edifício, e que O visitamos uma vez por semana.
Se Deus ocupa a igreja como corpo, como as Escrituras ensinam, então a maneira como nos
conduzimos como membros da igreja é extremamente importante. Se Deus é santo, então Sua
igreja também deve ser santa (cf. I Pe. 1:16). Isto nos dá razões muito fortes para exercer a
disciplina na igreja (cf. Mt. 18, I Co. 5, 11), pois a igreja deve ser santa se Deus habita nela.
Mais ainda, se Deus habita na igreja como corpo e Se manifesta dentro e através da igreja, então a
maneira pela qual conduzimos a igreja é extremamente importante para uma representação
adequada de Deus. É por essa razão que o apóstolo Paulo escreveu: "Escrevo-te estas coisas,
esperando ir ver-te em breve; para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na
casa de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade." (I Tm. 3:14-15).
É nesta primeira epístola a Timóteo que Paulo fala sobre a pureza doutrinária na igreja (capítulo 1),
sobre o ministério público (capítulo 2), sobre os líderes da igreja (capítulo 3), sobre a falsa e a
verdadeira santidade (capítulo 4), sobre a responsabilidade da igreja pelas viúvas e outros
(capítulo 5), e sobre a busca pela prosperidade à guisa de procurar maior piedade (capítulo 6).
Como nos conduzimos na igreja é extremamente importante, meu amigo, pois o próprio Deus
habita na igreja hoje.
Sejamos tão cautelosos na maneira de edificar a igreja como o foram os antigos israelitas na
construção do tabernáculo, para que a glória de Deus possa ser manifesta aos homens.
O tabernáculo de
Moisés
Fonte: A Bíblia em Bytes online - Revista
Eletrônica
Isto nos fala de nossa primeira experiência com o Eterno: a Salvação! Quando
passamos pela porta (Jesus), saímos do mundo e entramos numa nova vida.
Nossa vida recomeça então a partir do zero, pois iniciamos uma nova
caminhada, só que agora com Deus. Nosso objetivo e alvo é crescermos até a
estatura de varão perfeito em Cristo.
O altar: o altar é o local de morte. É ali que nossa vida é colocada como um
sacrifício para Deus. No altar nós morremos para as nossas próprias
convicções, vontades, desejos, expectativas, etc... No altar morremos para a
nossa vida a fim de podermos viver uma nova vida para com Deus. No altar
tem fim o velho homem. O desejo do coração do Eterno é que, após termos
um verdadeiro encontro com Ele, possamos verdadeiramente morrer. Quando
o sacrifício queimava, subia um cheiro que se desprendia da vítima! E é isso
que o Eterno espera, que quando nossa vida for a ele oferecida, possamos
liberar um cheiro suave a fim de agradarmos ao Senhor! Assim queimarás
todo o carneiro sobre o altar; é um holocausto para o Senhor, cheiro suave;
uma oferta queimada ao Senhor (Êx 29:18).
A pia: A pia nos fala sobre mais um aspecto da vida cristã: o batismo. Após a
nossa morte, agora temos de consolidar nossa vida cristã testemunhando de
forma plena a experiência da conversão. Por isso a pia nos fala de limpeza,
onde os pecados são lavados publicamente e somos integrados a uma nova
realidade. Tipifica nossa morte e ressurreição a fim de vivermos uma nova
vida com Cristo.
De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que,
como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim
andemos nós também em novidade de vida (Rm 6:4).
· B) - O lugar Santo
O Lugar Santo é uma fase mais interior do Tabernáculo e ele representa a
alma. É ali que adentramos na presença do Eterno, pois todos os mobiliários
do Lugar Santo são de ouro. E o ouro nos fala da divindade, nos fala da
realeza e da eternidade!
A Mesa dos Pães: A mesa dos pães nos fala do alimento que provém do Eterno
a fim de saciar nossa fome. Mas o que é o pão? Em primeiro lugar, o pão é a
Palavra do Deus Eterno, que nos foi dada a fim de saciar a fome de nossos
espírito por Deus. Em segundo lugar, o pão é o próprio (Yeshua) Jesus, que
disse: E Jesus lhes disse: eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não
terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede (Jo 6:35). Um detalhe
interessante é que os pães eram colocados em duas fileiras de seis,
perfazendo um total de doze pães. Já isso nos fala das doze tribos de Israel. O
Eterno nos ensina que o pão que alimenta (o verdadeira) viria das doze tribos
de Israel (a palavra e o próprio Jesus).
O Altar de Incenso: O Altar de Incenso nos fala sobre nossas orações. Aqui é
que acontecem as verdadeiras orações do crente! Aqui ele não ora mais
segundo seus desejos carnais. É no Lugar Santo que suas orações são feitas
no Espírito! Fazendo sempre com alegria oração por vós em todas as minhas
súplicas... (Fp 1:4). Aqui as orações não são um peso, elas se transformam
em prazer! Elas são acompanhadas da verdadeira adoração e louvor! Há uma
diferença muito grande deste tipo de oração para a oração que é feita no
pátio! Enquanto que no pátio oramos sem entendimento, no Lugar Santo
nossas orações são dirigidas pelo Espírito Santo. Enquanto no pátio oramos
para satisfazermos a nós mesmos, no Lugar Santo desejamos satisfazer os
desejos do coração do Deus Eterno! Aqui há realmente uma nova dimensão da
oração do crente!
O véu: O véu é a única coisa que separa o Lugar Santo do Santo dos Santos! E
como fazer para entrarmos no Santo dos Santos? O véu nos mostra que a
barreira é muito fina, mas que somente poderemos entrar ali pela oração! A
oração é a chave para penetrarmos na doce presença do Altíssimo! Com a
morte de Jesus, algo aconteceu: E o véu do templo se rasgou em dois, de alto
a baixo (Mc 15:38). Agora temos livre acesso à presença do Eterno!
As Tábuas da Torah: Isto nos fala da Palavra do Eterno Deus que nos foi dada
como uma dádiva a fim de que o conheçamos. Esta não é uma Palavra comum.
Aqui estão as tábuas que Ele mesmo havia escrito e dado ao povo! Isso
tipifica a pureza da Palavra, escritas em tábuas lavradas por Moisés, porém
com o conteúdo divino!
O maná: O maná nos fala do alimento diário que foi dado por Deus ao seu
povo enquanto caminhavam no deserto durante quarenta anos! O alimento
era diário, mostrando-nos que a cada dia nos dá o Senhor a sua porção! Outra
coisa interessante é que este alimento originava-se do céu. Era o pão dos
anjos que fora dado ao povo a fim de se alimentarem! Novamente
aprendemos que o Eterno nos dá o alimento diário e se preciso for seremos
socorridos pelo alimento celestial, trazido pelos próprios anjos a fim de não
perecermos! Durante todo o período de provação no deserto seremos
alimentados e cuidados pelo Senhor!