Fluidos de Completação
Fluidos de Completação
Fluidos de Completação
SUMRIO
1. INTRODUO ......................................................................................................................... 2
2. OBJETIVO ................................................................................................................................ 2
3. FLUIDOS DE COMPLETAO ........................................................................................... 2
3.1. Definio .............................................................................................................................. 2
3.2. Tipos de Fluido de Completao ....................................................................................... 3
3.2.1. FLUIDOS DE PERFURAO UTILIZADOS COMO DE COMPLETAO ......... 4
3.2.2. SALMOURAS .............................................................................................................. 5
3.2.3. BASE LEO ................................................................................................................. 6
3.2.4. BAIXO TEOR DE SLIDOS ....................................................................................... 7
3.3. Fluidos de Perfurao de Reservatrio (Drill-in) ............................................................ 8
3.4. Fluidos Obturadores (Packer Fluids) ............................................................................... 9
4. CONCLUSO ......................................................................................................................... 10
5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .................................................................................. 10
1. INTRODUO
A partir do momento que a broca de perfurao atinge o reservatrio, d-se incio ao
processo de completao do poo. A escolha do fluido de completao e de perfurao de
reservatrio mais adequado para a realizao dos procedimentos de completao crucial para o
sucesso de tais operaes, uma vez que os fluidos supracitados no devem danificar o reservatrio
e o poo (MEDEIROS,2014).
Como os fluidos de perfurao possuem caractersticas que poderiam danificar o
reservatrio, um tipo especial de fluido utilizado para perfur-lo, o drill-in fluid, que formulado
para maximizar o ndice de produtividade de um reservatrio sem danific-lo. De forma anloga,
h tambm um fluido mais adequado para ser utilizado durante a completao, o fluido de
completao, que geralmente uma soluo salina isenta de slidos, cuja composio deve ser
compatvel com o reservatrio e com os fluidos nele contidos, para evitar a ocorrncia de dano
formao (FERREIRA,2009).
Hoje em dia, diversos estudos sobre fluidos de completao so realizados, haja vista que
este pode ter influncia direta no ndice de produtividade do poo, seja positivamente (atuando
como um estimulante) ou negativamente (causando danos ao reservatrio e equipamentos). Desta
forma, se faz necessrio conhecer detalhadamente as propriedades dos diversos fluidos de
completao e seus efeitos em diferentes condies de reservatrio, uma vez que este, caso no
seja projetado adequadamente, se torna um potencial agente de danificao do reservatrio. Assim,
o conhecimento mais aprofundado acerca do assunto se faz indispensvel ao engenheiro de
petrleo, pois as especificidades do tema abordado podem definir uma completao bem ou mal
sucedida.
2. OBJETIVO
O presente trabalho objetiva a realizao de um estudo acerca de fluidos de completao e
de perfurao de reservatrios, por meio de estudos da bibliografia do assunto.
3. FLUIDOS DE COMPLETAO
3.1. Definio
Fluido de completao , por definio, uma soluo salina isenta de slidos. Esta a
grande diferena entre o fluido de completao e o fluido de perfurao, que uma suspenso de
slidos em lquidos. A ausncia de slidos se deve ao fato de que estes causam dano formao.
Assim, durante a perfurao do poo, a rocha nas imediaes do poo fica danificada, e sua
permeabilidade bastante reduzida.
Nos referidos fluidos utilizado um sal inorgnico com a finalidade de evitar a hidratao
das argilas da formao, o que causaria o inchamento da formao com posterior dano mesma.
2
Geralmente, os referidos fluidos utilizam como sal inorgnico o cloreto de sdio (NaCl), cloreto
de potssio (KCl), etc, sendo a escolha feita em funo do peso especfico do fluido a ser utilizado.
Este peso deve garantir um overbalance de 200 psi para um poo de leo e de 400 psi quando poo
de gs (FERREIRA,2009).
Os fluidos de completao permanecem estticos no interior do poo at que seja
necessrio a realizao de um workover, sendo substitudos pelo fluido de controle (fluido
utilizado durante um procedimento de workover) temporariamente. Os espaos de tempo em que
os fluidos de completao permanecem sem nenhuma ao externa, podem ser relativamente
grandes, desta forma, segundo Caenn et al (2011), eles devem ser:
Mecanicamente estveis, para que no sejam depositados slidos sobre o packer ou no
fundo do poo;
Quimicamente estvel s condies de reservatrio (presso e temperatura);
Prover um isolamento trmico do interior da coluna de produo para o meio externo,
evitando uma demasiada perda de calor do fluido produzido;
No deve causar corroses aos equipamentos, alm de proteger os equipamentos de
subsuperfcie contra eventuais vazamentos que ocorram de fluidos da formao para o
espao anular.
Deve ser inerte a qualquer composto da formao produtora (desde os fluidos at as
rochas), para que no ocorram danos, e por consequncia, diminuio da produo, quando
o fluido entrar em contato com as paredes do reservatrio.
A figura 1, abaixo, ilustra a importncia de uma das funes dos fluidos de completao, a
inibio de corroses aos equipamentos:
Figura 1 Impacto da Corroso no Poo
Obturadores
De Perfurao
Drill-In
Workover
Salmouras
Base leo
Baixo Teor de
Slidos
Desvantagens
Disponibilidade (j
se encontram no
poo e tanques).
Possibilidade de dano
formao devido
presena de slidos
insolveis.
Necessitam de
pequenos ou
nenhum ajuste das
suas propriedades.
Altamente
corrosivo.
So os mais
econmicos.
3.2.2. SALMOURAS
As salmouras so fluidos compostos basicamente de gua e um sal previamente
determinado em projeto, que pode variar desde gua do mar at formiato de csio. A escolha do
sal est diretamente ligada densidade desejada para o fluido, e a densidade necessria depende
de vrios fatores, tais como presso da formao e propriedades de corroso. No geral as salmouras
apresentam baixas taxas de corroso, com exceo do brometo de zinco a densidades maiores que
18,0 lb/gal (JACKSON, 1964).
Existe ainda um tipo especial de salmoura chamada de salmoura de formiato, que um
fluido de base gua adicionado de um sal composto de um sal alcalino de cido frmico. Caenn et
al (2011) cita que por esses sais serem altamente solveis em gua, estes formam salmouras de
baixo ponto de cristalizao.
Figura 4 - Estrutura qumica do formiato de sdio
Desvantagens
Provocam corroso na
coluna, revestimento e
outros equipamentos.
Esta corroso pode ser
reduzida com o uso de
um inibidor adequado.
So de fcil
preparo e simples
de alterar sua
densidade.
Possuem baixa
viscosidade, o que
dificulta o controle
do filtrado.
So fceis de
serem
recondicionadas
para posterior
utilizao.
elevada estabilidade trmica, bem como apresentam uma baixa taxa de corroso s tubulaes.
Entretanto, apesar de sua base lhe conferir suas principais vantagens, tambm lhe confere suas
principais desvantagens: custo e grau de poluio. Os leos derivados de petrleo, em uma maneira
geral so extremamente poluentes, sendo necessrio a autorizao de diversos rgos de legislao
ambiental para que se possa ser liberada a sua utilizao. Alm disso, possuem um alto valor
agregado, fazendo com quem o fluido de completao base leo se torne relativamente caro, e
muitas vezes, inviabilizando a sua utilizao.
Ferreira (2009) ainda cita as principais vantagens e desvantagens no uso desse tipo de
fluido de completao, como podemos observar abaixo.
Figura 7 Vantagens e Desvantagens do Uso dos Fluidos Base de leo
Vantagens
Desvantagens
No
corrosivo.
Custo elevado.
Apresenta
elevada
estabilidade
trmica.
Problemas
Ambientais
Apresenta
baixo teor de
slidos.
parte da formao perfurada a zona produtora, ou seja, poos horizontais, faz mais sentido
econmico focalizar a eficcia em vez do custo total.
De acordo com Chiriac (2014), um bom exemplo de como um RDF deve desempenhar
pode ser visto na Figura 9; o RDF sela o gravel permevel atravs da construo de um fino e
impermevel reboco, minimizando a perda de filtrado para a formao.
Figura 9 Invaso de Fluido no Reservatrio
Fluidos
Obturadores
Aquosos
Base leo
CHIRIAC, A., Reservoir Drill-in Fluids, Completion and Workover Fluids, Aalborg University,
Dinamarca, 2014.
FERREIRA, M.V.D., Apostila da disciplina EEW-412 Completao de Poos, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, 2009.
HOWARD, S., The formate technical manual section A1, Cabot Specialty Fluids Company,
2011.
MEDEIROS, B.E.A., Efeito de viscosificantes na filtrao de fluidos de perfurao base gua,
Monografia de graduao, UFRN, Natal, Rio Grande do Norte, 2010.
THOMAS J. E. Fundamentos de engenharia de petrleo, Editora Intercincia, Rio de Janeiro,
2001.
11