Software para Cálculo de Muros de Arrimo
Software para Cálculo de Muros de Arrimo
Software para Cálculo de Muros de Arrimo
DEDICATRIA
ii
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela serenidade nos momentos de difcil deciso, pela renovao constante da f e
pela presena sempre manifestada.
Aos meus pais, irm e a toda minha famlia que, com muito carinho e apoio, no mediram
esforos para que eu chegasse at esta etapa de minha vida.
iii
iv
RESUMO
Na construo civil comum depararmos com problemas relacionados a desnveis de
cota no terreno, dentre as principais solues mais viveis esto os muros de arrimo. O
presente trabalho teve como objetivo a elaborao de um software que calcule de maneira
eficiente o dimensionamento de muros de arrimo em concreto armado. Buscou-se fazer uma
reviso bibliogrfica sobre os diferentes tipos de muros de arrimo mais utilizados nos dias de
hoje, bem como uma anlise das aes que atuam diretamente nas contenes. Chegando ao
dimensionamento, teve-se a necessidade de explanar e propor pr-dimensionamentos para se
dar incio as verificaes de estabilidade. Com resultados satisfatrios, o software pretende
auxiliar o dimensionamento de contenes aos profissionais da rea e alunos de graduao de
Engenharia Civil na elaborao de projetos de muros de arrimo em concreto armado.
ABSTRACT
In construction it is common to come across problems related to gaps quota on the
ground, among the main solutions are the most viable retaining walls. The present study
aimed at the development of a software that computes efficiently the design of retaining walls
in reinforced concrete. We attempted to do a literature review on the different types of
retaining walls over used these days, as well as an analysis of the actions that work directly in
contention. Arriving at scaling the walls, there was the need to explain and propose pre-sizing
to initiate the stability checks. With satisfactory results, the software is intended to assist and
optimize the design of containments to professionals and graduate students of Civil
Engineering in drafting of retaining walls in reinforced concrete.
vi
Lista de Ilustraes
Figura 30 - Tela do programa para o clculo de muro de arrimo em perfil clssico ................ 41
Figura 31 - Tela do programa mostrando a rea de armao para muros de arrimo em perfil
clssico ..................................................................................................................................... 42
Figura 32 - Representao das dimenses do muro de arrimo em perfil clssico .................... 43
Figura 33 - Tela do programa para o clculo de muro de arrimo em perfil com contraforte ... 65
Figura 34 - Representao das dimenses do muro em perfil com contraforte ....................... 66
Figura 35 - Representao dos momentos atuantes no muro em sua parte central .................. 72
Figura 36 - Representao dos momentos atuantes no muro em sua parte lateral ................... 75
Figura 37 Tabela 1 de Czrny para o clculo de esforos em lajes retangulares (CUNHA,
1998) ....................................................................................................................................... 101
Figura 38 - Tabela 2 de Czrny para o clculo de esforos em lajes retangulares (CUNHA,
1998) ....................................................................................................................................... 102
Figura 39 - Tabela 3 de Czrny para o clculo de esforos em lajes retangulares (CUNHA,
1998) ....................................................................................................................................... 103
Figura 40 - Tabela 4 de Czrny para o clculo de esforos em lajes retangulares (CUNHA,
1998) ....................................................................................................................................... 104
Figura 41 - Tabela 5 de Czrny para o clculo de esforos em lajes retangulares (CUNHA,
1998) ....................................................................................................................................... 105
Figura 42 - Tabela 6 de Czrny para o clculo de esforos em lajes retangulares (CUNHA,
1998) ....................................................................................................................................... 106
Figura 43 - Tabela 7 de Czrny para o clculo de esforos em lajes retangulares (CUNHA,
1998) ....................................................................................................................................... 107
viii
Lista de Tabelas
ix
Lista de Smbolos
E: empuxo.
Eh: empuxo horizontal.
Ep: empuxo passivo.
Fat: fora de atrito.
: coeficiente de atrito
h: altura do muro.
h0: altura de terra equivalente sobrecarga.
: ngulo de atrito interno do solo.
1: ngulo de atrito entre a terra e o muro ou ngulo de rugosidade do muro
t: peso especfico aparente.
y: ponto de aplicao do empuxo.
K0: coeficiente de empuxo em repouso.
1: ngulo de rugosidade do muro.
: ngulo de inclinao do terreno adjacente.
: ngulo de inclinao do paramento interno do muro com a vertical.
Ea: empuxo ativo.
do: espessura da parede do muro de arrimo.
hs: espessura da sapata do muro de arrimo.
e: excentricidade
C: coeso entre os gros.
Pm: carga referente ao peso do muro.
Ps: carga referente ao peso da sapata.
Pt: carga referente ao peso de terra sobre o talo da sapata.
P0: carga referente sobrecarga no muro.
Gm: brao de alavanca referente ao peso do muro.
Gs: brao de alavanca referente ao peso da sapata.
Gt: brao de alavanca referente ao peso de terra sobre o talo da sapata.
G0: brao de alavanca referente sobrecarga no muro.
Mm: momento referente ao peso da sapata.
Ms: momento referente ao peso da sapata.
Mt: momento referente ao peso de terra sobre o talo da sapata.
x
xi
SUMRIO
1.
INTRODUO .................................................................................................. 1
1.1.
Objetivo ............................................................................................................ 2
PARMETROS DO SOLO............................................................................... 2
2.1.
Empuxo ............................................................................................................. 2
DEFINIO ..................................................................................................... 17
3.1.
Pr-dimensionamento ..................................................................................... 27
4.2.
5.2.
5.3.
6.
DRENAGEM .................................................................................................... 34
7.
7.2.
8.
CONSIDERAES PARA O DIMENSIONAMENTO DA REA DE AO
..................... ............................................................................................................................ 36
8.1.
CONCLUSO................................................................................................... 99
11.
12.
xiii
1. Introduo
Em obras civis comum depararmos com problemas relacionados a reas limitadas,
como obras urbanas em geral. Para se possibilitar um melhor aproveitamento do terreno
foram necessrias obras de contenes, tornando estes locais suficientemente planos,
garantindo por sua vez, sua utilizao ampla da rea.
Quando o espao disponvel apresenta diferentes cotas entre o terreno natural e o
espao que deseja utilizar, tem-se a necessidade do estudo de diferentes mtodos a fim de
estabilizar essa diferena de cota. Em geral, o uso de taludes so os mais viveis
economicamente, porm sua construo requerem grandes espaos e solos mais favorveis,
tem-se ento a necessidade de obras de conteno. Isso est ilustrado na Figura 1, onde (a)
observamos uma escavao em talude, onde a estabilidade garantida pela inclinao de sua
superfcie e (b) uma conteno em murro de arrimo de concreto armado.
1.1. Objetivo
1.1.1. Objetivo Geral
Pretende-se explorar as bibliografias atuais diferenciando os diferentes tipos de
muros de arrimo, bem como os parmetros dos solos necessrios para a elaborao do
dimensionamento dos mesmos.
2. Parmetros do Solo
2.1. Empuxo
Define-se empuxo de terra como sendo o esforo exercido pela terra e/ou gua contra
o muro. O empuxo pode ser dividido em dois, passivo e ativo. Passivo a fora que o muro
de conteno exerce sobre a terra, ativo a resultante da presso do solo contra o muro.
Os primeiros estudos experimentais sobre empuxo de terra tiveram seu incio j no
sculo XVIII. Atualmente temos as Teorias Antigas que ainda apresentam resultados
satisfatrios, so elas teoria de Coulomb (1773), Poncelet (1840) e Rankine (1856).
Baseado nas teorias matemticas da elasticidade foram criadas as chamadas Teorias
Modernas. A teoria mais aceita nos ltimos 30 anos a teoria de Terzaghi, porm tivemos
estudos por parte de Resal, Caquot, Boussinesque, Muller e Breslau. (MOLITERNO, 1994).
As Teorias Modernas mesmo apresentando resultados satisfatrios para muros
elsticos, construdos de concreto armado, tem como base inicial dos clculos uma grande
diversidade de grandezas a considerar, os quais muitas vezes no so disponveis, tornando-se
difcil utilizao prtica (MOLITERNO, 1994; DOMINGUES, 1997). Utilizaremos como
base de clculos modelos antiga que possuem ampla aceitao prtica.
Figura 2 - Presso de terra em repouso (DAS, 2006; GUERRIN & LAVAUR, 2003)
Observando a Figura 2 que mostra o muro AB contendo a massa de solo seco com
peso especfico , a uma profundidade z temos:
Onde:
= peso especfico do solo.
Ko = coeficiente de empuxo em repouso.
Portanto,
Onde:
Ko = coeficiente de empuxo em repouso.
'h = presso efetiva horizontal.
'v = presso efetiva vertical.
Para solos normalmente adensados, Jaky (1944) props de maneira emprica uma
simplificao no clculo do coeficiente de empuxo em repouso (K0):
Onde:
K0 = coeficiente de empuxo em repouso.
' = ngulo de atrito drenado.
Onde:
d = peso especfico seco compactado real da areia atrs do muro.
d (mn) = peso especfico seco da areia no estado mais fofo.
Aps analisar 171 solos, Mayne e Kulhawy (1982) recomendam algumas
modificaes para a equao do K0 para solos que varia de argila a pedregulho (DAS, 2006).
4
Onde:
OCR = razo de sobreadensamento.
'c = presso de pr-adensamento.
'0 = presso presente de sobrecarga efetiva.
Onde:
E0 = empuxo em repouso.
K0 = coeficiente do empuxo em repouso.
= peso especfico do solo.
H = altura do muro.
Teoria de Rankie
Onde:
= inclinao do macio de terra atrs do muro.
Onde:
= ngulo de atrito do solo.
Sabendo que zc a altura do terrapleno at o local onde o empuxo nulo (Figura 4),
Rankine estabeleceu as seguintes expresses para o empuxo ativo e passivo, respectivamente
(DAS, 2006):
Onde:
Ea = empuxo ativo.
Ep = empuxo passivo.
Ka = coeficiente do empuxo ativo.
Kp = coeficiente do empuxo passivo.
= peso especfico do solo.
H = altura do muro.
7
Onde:
C = coeso do solo.
2.1.2.2.
Teoria de Coulomb
Dando inicio aos clculos, Coulomb considerou as seguintes foras atuando no muro:
Para um projeto de muro de arrimo, o empuxo E a principal fora que nos interessa
saber. Coulomb admitiu o empuxo com uma direo conhecida e o ngulo formado entre o
vetor E junto com a normal ao parmetro do muro um ngulo 1, na qual foi chamado de
ngulo de rugosidade do muro. Partindo dessa constatao o coeficiente de atrito da terra
contra o muro a tangente do ngulo 1.
O vetor Q forma com a normal ao plano de ruptura um ngulo , cuja tangente
igual ao ngulo de atrito do terreno.
Portanto temos:
Para dar inicio aos clculos, Coulomb (1776) considerou a presso do solo sobre o
muro como sendo uma distribuio linear de cargas, na qual sua rea resulta no empuxo E.
Sendo necessrio fazer consideraes para o solo, como atrito entre as partculas, a
rugosidade do muro e a inclinao do terreno em relao horizontal, foi introduzido um
coeficiente K na formula do empuxo E.
Onde:
= ngulo de inclinao do terreno adjacente.
= ngulo de inclinao do paramento interno do muro com a vertical.
= 90 -
1 = ngulo de atrito entre a terra e o muro ou ngulo de rugosidade do muro.
= ngulo de repouso da terra, ngulo de talude natural ou ngulo de atrito
interno.
I.
1 = 0; = 0; = 90
II.
1 = 0; = 0
III.
= ; 1 = 0
IV.
= ; 1 = 0; = 0
10
11
empuxo passivo durante toda a vida til do muro. Logo, para as formulaes seguintes
chamaremos o empuxo ativo de somente empuxo ou empuxo atuante.
Para a determinao eficiente do valor do empuxo atuante em muros trs situaes de
clculos so consideradas: terreno posterior ao muro sem sobrecarga, terreno posterior ao
muro sob ao de sobrecarga e nvel fretico superior ao da base.
2.1.3.1.
Para este tipo de situao, o empuxo atuante ocorre devido somente s presses do
solo. A Figura 6 representa as aes do solo sob o muro.
Empuxo
Onde:
K = coeficiente do empuxo.
t = peso especfico do solo.
h = altura do muro.
II.
Direo do empuxo
Onde:
12
Ponto de aplicao
Onde:
h = altura do muro.
IV.
Presso na base
2.1.3.2.
Onde:
h0 = altura de terra equivalente sobrecarga.
t = peso especfico do solo.
q = carga aplicada sobre o muro.
13
I.
Altura total
Onde:
h = altura do muro.
h0 = altura de terra equivalente sobrecarga.
II.
Empuxo
Onde:
K = coeficiente do empuxo.
t = peso especfico do solo.
III.
Direo do empuxo
Onde:
= ngulo de inclinao do paramento interno do muro com a vertical.
1 = ngulo de atrito entre a terra e o muro ou ngulo de rugosidade do muro.
IV.
Presses atuantes
-No topo
14
-Na base
Onde:
H = altura total.
h0 = altura de terra equivalente sobrecarga.
V.
2.1.3.3.
15
I.
Altura total
Onde:
h = altura do muro.
h0 = altura de terra equivalente sobrecarga.
II.
Empuxo
Onde:
K = coeficiente do empuxo.
t = peso especfico do solo.
III.
Direo do empuxo
Onde:
= ngulo de inclinao do paramento interno do muro com a vertical.
1 = ngulo de atrito entre a terra e o muro ou ngulo de rugosidade do muro.
IV.
Presses atuantes
-No topo
-Na base
Onde:
H = altura total.
h0 = altura de terra equivalente sobrecarga.
V.
16
I.
Onde:
2 = massa especfica do solo seco.
= ndice de vazios = 0,3 a 0,4.
a = massa especfica da gua = 1 t/m.
II.
Presses atuantes
-No nvel dgua
Onde:
h0 = altura de terra equivalente sobrecarga.
h1 = altura correspondente ao trecho seco.
h2 = altura do N.A.
III.
Empuxo
IV.
V.
Empuxo total
3. Definio
3.1. Muros de arrimo por gravidade
So obras de conteno que tem como finalidade suportar o empuxo dos macios das
encostas atravs do seu peso prprio. Por causa de seu grande volume sua aplicao limitada
pela capacidade de suporte do solo, geralmente sendo necessrios uma capacidade mais
17
elevada que os demais muros. Sua indicao normalmente empregada para locais com baixa
solicitao j que, para suportar elevadas solicitaes passam a exigir maior espao e volume
para o muro.
Dentre os materiais mais usados destacam-se alvenaria de pedra, blocos prfabricados ou concretos ciclpico, existindo outros modelos novos com a utilizao de
geotxtis e pneus como elementos estruturais.
18
19
Segundo Marchetti (2007), o pr-dimensionamento este tipo de perfil pode ser feito
da seguinte forma:
20
21
Moliterno (1994) ressalta que este tipo de estrutura economicamente vantajosa para
alturas at 4,00 m, porm aspectos tcnicos contrrios ao seu emprego em alturas maiores no
foram encontrados nas bibliografias atuais.
Neste tipo de estrutura a nica dimenso conhecida a altura, sendo que o clculo
elaborado considerando a extenso de 1,00 m de muro.
Para muros de comprimentos superiores a 25 m, a fim de minimizar os esforos
causados pela variao de temperatura recomenda-se prever juntas de dilatao a cada 25 m.
Em termos executivos, a utilizao de drenos na parte posterior do muro de suma
importncia na conservao do terreno enxuto, a fim de no provocar aumento do empuxo
(MOLITERNO, 1994; GUERRION e LAVAUR, 2003). Recomenda-se o uso de tubos com
derivaes atravessando a parede do muro em certos intervalos.
3.1.6. Perfil L
Este perfil somente empregado em alturas baixas (< 2m). Usualmente o dente de
ancoragem empregado, ele aumente a resistncia contra escorregamento, porm sua
utilizao no uma regra, podem ser retirado.
22
23
3.1.7.1.
Figura 14 - Muro de concreto armado em perfil clssico sem dente de ancoragem (MARCHETTI
2007).
Observamos que suas estimativas ainda so muito vagas, por no prev um dente de
ancoragem na sapata. Este dente tem como finalidade evitar o escorregamento do conjunto.
3.1.7.2.
{
24
25
Este tipo de soluo mais comum utilizao de fundao tipo rasa e direta, onde a
sapata transmite as cargas o conjunto direto para o solo. Para a utilizao desse modelo exige
uma capacidade de resistncia do solo mnima de 2kgf/cm, caso contrrio perde a economia
para solues como cortinas atirantadas e fundaes sobre estacas.
Em geral, os contrafortes (ou nervuras) so posicionados voltados para o reaterro
sendo devidamente armados para resistir aos esforos de trao. Porm, em casos raros,
quando temos os contrafortes posicionados de forma contrria, voltados para a diferena de
nvel, eles devem ser calculados como compresso.
Como visualizao do conjunto se tem as lajes verticais engastadas nos contrafortes,
engastadas nas sapatas e livre na borda superior.
Marchetti (2007) prope seu pr-dimensionamento da seguinte forma:
26
4.1. Pr-dimensionamento
Nessa primeira fase so fixadas dimenso ao muro para que possa ser feita
verificaes iniciais com relao ao tombamento e ao deslizamento.
Sabendo somente a altura de terra a ser contida, podemos estimar dimenses ao muro
baseados em bibliogrficas j discutidas no item (2.1.7) que posteriormente podero ser
confirmadas a partir de verificaes de fatores de segurana.
Onde:
Mres = momento solicitante.
Msolic = momento resistente.
28
Onde:
= coeficiente de atrito.
FN = foras normais atuantes na sapata.
Sendo o coeficiente de atrito entre o conjunto sapata-solo, seu valor pode ser
encontrado:
I.
Onde:
= coeficiente de atrito.
1 = ngulo de atrito solo-muro.
= ngulo de atrito interno do solo.
29
II.
Segundo Moliterno (1994), com colocao de um dente na sapata uma nova fora
estar presente no conjunto, o empuxo passivo estar a favor da segurana. Ento para
estabelecer essa fora teremos:
(
Onde:
K0 = Coeficiente do empuxo passivo.
Onde:
E0 = empuxo passivo.
t = peso especfico do solo.
Z0 = altura da sapara + altura do dente.
Onde:
E = empuxo ativo.
E0 = empuxo passivo.
30
A Figura 21, mostra uma sapata cuja distribuio de tenses no solo de forma
trapezoidal, para este tipo de situao, Gerscovich (2010) prope as seguintes equaes de
equilbrio:
I.
Logo temos:
Onde:
1 = tenso mxima.
2 = tenso mnima.
e = excentricidade.
b = largura da base do muro.
V = somatrio das foras verticais.
II.
Clculo da excentricidade:
31
Onde:
e = excentricidade.
e' = distncia da carga vertical at o ponto A.
b = largura da base do muro.
Para evitar presses de trao na base do muro, deve-se garantir que a base esteja
submetida de tenses mnimas de compresso (min>=0). Caso no ocorra, a Figura 22
apresenta os novos esforos que devem ser considerados.
Para este caso Gerscovich (2010) prope que a nova tenso mxima dever seguir
esta formulao:
Onde:
32
5. Principais patologias
5.1. Fissuras devido a variao de temperatura
Este tipo de patologia ocorre devido a oscilaes de temperatura durante o dia, os
materiais presentes no muro sofrem dilatao ou contrao provocando tenses que podero
levar ao surgimento de fissuras.
O surgimento dessa patologia ocorre principalmente pela negligencia construtiva da
falta da junta de dilatao.
Moliterno (1994) sugere para muros com grandes extenses deve-se utilizar juntas de
movimentao a cada 25m com o objetivo de minimizar os efeitos da temperatura. As juntas
devem ser ser preenchidas com massa a base de silicone e mastique, sua expessura deve
possuir no mnimo 2,5cm.
33
6. Drenagem
Estrutura de drenagem em muros de arrimo tem como objetivo prevenir os efeitos da
gua incidindo diretamento no muro, sua apario tende a provocar o aumento do empuxo
hidrosttico.
Em geral, o sistema de dremagem mais usual a composta por uma camada drenante
disposta na vertical nas proximidades da face interna do muro, Figura 23. Sua estrutura
composta por uma camada drenante composta por areia ou brita, e a incluso de barbacs com
o objetivo de extravasar a gua atuante no muro.
Autilizao de areia ou brita deve ter espessura compreendida entre 15cm 20cm,
dependendo das condies do solo. Os barbacs geralmente so constitudos por tubos de pvc,
com dimetros que variam de 50mm 100mm, espaados de 1m a 2m tanto na direo
vertical e horizontal.
Na parte superior e inferior do muro importante a utilizao de canaletas afim de
evitar eveitos superficiais da guas.
34
7. Metodologia e procedimento
7.1. Consideraes metodolgicas
O objetivo principal do presente trabalho criar um software que auxilie no
dimensionamento de muros de arrimo de concreto armado. Com o intuito de se obter
resultados aplicveis prtica algumas simplificaes de clculos foram adotadas. O solo com
presena de gua com influncia no muro foi considerado apenas como saturado, sendo assim,
o nvel do lenol fretico no foi abordado em sua parcialidade.
Em considerao ao processo executivo in loco, as sapatas foram consideradas
planas para o clculo, sua justificativa confere-se pela dificuldade executiva no canteiro de
obra. Para se obter um bom resultado, recomenda-se ento a utilizao uma viga na parte
inferior da sapata, chamada de dente.
Para criao de um software que represente as caractersticos da regio do Distrito
Federal foi utilizao parmetros do solo fornecidos pela prof. Neuza Motta.
AutoCad. A linguagem Visual Basic possui ramificao para a programao for application,
possibilitando uma integrao futura aos programas j comentados.
8.1.2. Sapata
Por ser um elemento de transmisso de cargas que atuam sobre o muro ao terreno, a
sapata deve resistir s reaes do mesmo. Para aplicao no software sapata foi
considerada uma laje em balano armada em uma direo, sendo a carga atuante a soma
grfica dos diagramas de carregamento.
36
37
8.2.2. Contraforte
Para o dimensionamento dos contrafortes, as consideraes se assemelham as do
item 6.1.1, visto que as influncias das cargas sobre ele prescrevem uma distribuio
trapezoidal.
8.2.3. Talo da Sapata
Chama-se talo da sapata a parte onde a mesma encontra-se enterrada. Considera-se
para seu dimensionamento como sendo uma laje engastada em trs dimenses, partindo desse
pressuposto utilizaram-se as tabelas de Czerny (anexo A) para prosseguir no clculo da rea
de armao.
38
39
Sobrecarga (q);
Sobrecarga (qp);
Taxa do terreno (
Inclinao ();
Rugosidade;
Saturao;
Dados do solo (t e ).
adm);
Aps a insero desses dados iniciais o software j lhe oferece a opo de um prdimensionamento baseado nos parmetros mnimos adotados por Moliterno (1997), podendo
ser utilizados ou no (Figura 30).
40
Tendo inserido todos os dados necessrio para seu dimensionamento, pode-se ento
fazer as devidas verificaes. Clicando em Calcular o software mostra as condies de
verificaes para Escorregamento (Item 4.2.1), Tombamento (Item 4.2.2) e Capacidade de
carga (Item 4.2.3).
A Figura 31 mostra a interface com usurio indicando as verificaes de estabilidade e
o dimensionamento da rea de armao referente ao muro. Este dimensionamento pode ser
visualizado clicando em Armao.
41
Figura 31 - Tela do programa mostrando a rea de armao para muros de arrimo em perfil clssico
Dados do Projeto
h= 4,00
Sobrecarga(q) = 0,32
Sobrecarga pontual (qp) = 0,21
Taxa do terreno de fundao ( adm) = 15
Inclinao do terreno adjacente () = 0,00
No Saturado
Tipo de solo = Argila silto-arenosa
t = 1,6
= 30
42
Dimenses do Muro
di = 0,3 m
d0 = 0,1 m
bs = 2 m
f = 0,2 m
r = 0,7 m
t=1m
ds = 0,3 m
hs = 0,3 m
Clculo do Empuxo
1 = 0
h0 = q / t
h0 = 0,2 m
H = h0 + h
H = 4,2 m
K=Sen((90+))^2/((Sen(90)^2*Sen((90+1)))*(1+Raiz((Sen((-))*Sen((1)))/(Sen((90-1))*Sen((90-)))))^2)
43
K = 0,33
= 1
= 0,00
Ps = K*t*h0
Ps = 0,11tf/m
PI = K*t*H
PI = 2,22tf/m
y = h/3*(2*PS+PI)/(PS+PI)
y = 1,4 m
Empuxo = 1/2*K*t*H^2-1/2*K*t*h0^2
E = 4,65 t/m
Ps = ds*c*bs
Ps = 1,5 tf/m
Pt = (h/2)*t*((2*t+di)-d0)
Pt = 7,04 tf/m
P0 = qp
P0 = 0,21 m
Gm = ((d0^2+d0*di+di^2)/(3*(d0+di)))+r
Gm = 0,81 m
44
Gs = bs/2
Gs = 1 m
Gt = bs-((a^2+a*t+t^2)/(3*(a+t)))
Gt = 1,45 m
G0 = r+d0/2
G0 = 0,75 m
Mm = Pm*Gm
Mm = 1,62 tfm
Ms = Ps*Gs
Ms = 1,5 tfm
Mt = Pt*Gt
Mt = 10,21 tfm
M0 = P0*G0
M0 = 0,16 tfm
Mr = Mm+Ms+Mt+M0
Mr = 13,49 tfm
Ma = E*(y+ds)
Ma = 7,9 tfm
M = Mr-Ma
M = 5,59 tfm
N = Pm+Ps+Pt+P0
N = 10,75 tf/m
45
u = M/N
u = 0,52 m
e = bs/2-u
e = 0,48 m
Verificao da Estabilidade
Verificao contra Escorregamento do conjunto
Z0 = hs+ds
Z0 = 0,6 m
= TAN()
= 0,58
K0 = Tan(45+/2)^2
K0 = 3
E0 = 0,5*K0*t*Z0^2
E0 = 0,86 tf/m
T = E-E0
T = 1 tf/m
1 = *Fr/E
1 = 1,64
46
Mep = E0*(z0-Y0-ds)+Ma
Mep = 7,99 tfm
Mp = Mr-Mep
Mp = 5,5 tfm
U = Mp/N
U = 0,51 m
e = bs/2-u
e = 0,48 m
m = N/bs
m = 5,38 tf/m
e*6/bs = e*6/bs
e*6/bs = 1,44
i = m*(1+e*6/bs)
i = 13,12 tf/m
2 = m*(1-e*6/bs)
2 = -2,36 tf/m
max = 2*N/(3*u)
max = 14 tf/m
47
Clculo da rea de ao
Clculo da armao do Muro
Armao de 4,00 m at 2 m
q1 = K*h0*t
q1 = 0,11 tf
qep = K*t*h1
qep = 1,06 tf
Mk = (q1*h1^2)/2+(qep1*h1^2)/6
Mk = 0,93 tfm
Msd = Mk*f*100000
Msd = 130200 Kgfm
Kmd = Msd/(100*((100*d0)^2-4)*fcd*10)
Kmd = 0,05 tf/m
Kx = 1,25-1,917*RAIZ(0,425-Kmd_1)
Kx = 0,08
Kz = 1-0,4*Kx_1
Kz = 0,97
As = Msd/(I86*(d0*100-4)*fyd)
As = 5,15 cm
Armao de 2 m at 0,00 m
q1 = K*h0*t
q1 = 0,11 tf
qep = K*t*h2
qep = 2,11 tf
48
Mk = (q1*h2^2)/2+(qep1*h1^2)/6
Mk = 6,51 tfm
Msd = Mk*f*100000
Msd = 911680 Kgfm
Kmd = Msd/(100*(((di*100)-4)^2)*fcd*10)
Kmd = 0,05
Kx = 1,25-1,917*RAIZ(0,425-Kmd_2)
Kx = 0,08
Kz = 1-0,4*Kx_2
Kz = 0,97
As = Msd/(kz*(di*100-4)*fyd)
As = 8,31 cm
Armao da Sapata
ASmin = (/100)*ds*100
ASmin = 4,5 cm
Clculo do Momento
1= m
1 = 14 tf/m
2 = 0 tf/m
3 = 1*(3*u-r)/(3*u)
3 = 7,72 tf/m
4 = 1*(3*u-(r+di))/(3*u)
4 = 5,03 tf/m
p = ds*c
p = 0,75 tf/m
t = ds*c+H*t
t = - 7,47 tf/m
49
I = 1- p
I = 13,25 tf/m
II = 2- t
II = -7,47 tf/m
III = 3- p
III = 6,97 tf/m
IV = 4- t
IV = -2,44 tf/m
Qp = ( I+ III)*r/2
Qp = 7,08 tf/m
Qt1 = (bs-3*u)* II
Qt1 = -3,29 tf/m
Qt2 = (( II+ IV)*(3*u-(r+di))/2)
Qt2 = -2,78 tf/m
zp = (r/3)*((2* I+ III)/( I+ III))
zp = 0,39 m
zt1 = ((3*u-(r+di))/3)*((2* II+ IV)/( II+ IV))
zt1 = 0,33 m
zt2 = (3*u-(r+di))+(bs-3*u)/2
zt2 = 0,78 m
Mp = zp*Qp
Mp = 2,73 tfm
Mt = Qt1*zt1+Qt2*zt2
Mt = -3,24 tfm
Na ponta
Mk = Mp
Mk = 2,73 tfm
Msd = Mk*f*100000
Msd = 382603,93 Kgfm
Kmd = Msd/(100*((100*ds)-4)^2*fcd*10)
Kmd = 0,02
Kx = 1,25-1,917*RAIZ(0,425-Kmd)
50
Kx = 0,02
Kz = 1-0,4*Kx
Kz = 0,99
As = Msd/(Kz*(ds*100-4)*fyd)
As = 3,42 cm
No talo
Mk = Mt
Mk = -3,24 tfm
Msd = Mk*f*100000
Msd = 453768,02 Kgfm
Kmd = Msd/(100*((100*ds)^2-4)*fcd*10)
Kmd = 0,02
Kx = 1,25-1,917*RAIZ(0,425-Kmd)
Kx = 0,03
Kz = 1-0,4*Kx
Kz = 0,99
As = Msd/(Kz*(ds*100-4)*fyd)
As = 4,06 cm
51
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
Local
Muro de 4,00 m at 2,00 m
Muro de 2,00 m at 0,00 m
Ponta da Sapata
Talo da Sapata
Software
5,15
8,31
4,5
4,5
Moliterno (1997)
5,2
10
4,5
4,5
64
Figura 33 - Tela do programa para o clculo de muro de arrimo em perfil com contraforte
65
Dimenses do Muro
di = 0,4 m
d0 = 0,2 m
bs = 4,9 m
f = 0,4 m
r = 0,5 m
t=4m
Ci = 3,5 m
dc = 0,2 m
hs = 0,3 m
Clculo do Empuxo
1 = 0
h0 = q / t
h0 = 0 m
66
H = h0 + h
H=7m
K=Sen((90+))^2/((Sen(90)^2*Sen((90+1)))*(1+Raiz((Sen((-))*Sen((1)))/(Sen((90-1))*Sen((90-)))))^2)
K = 0,33
= 1
= 0
Ps = K*t*h0
Ps = 0tf/m
PI = K*t*H
PI = 4,16tf/m
y = h/3*(2*PS+PI)/(PS+PI)
y = 2,33 m
Empuxo = 1/2*K*t*H^2-1/2*K*t*h0^2
E = 14,55 t/m
El = (Ci+dc)*E
El = 53,84 t/m
Pm2 = (((di-d0)*(h-f))/2)*c
Pm2 = 1,65 tf/m
Ps = f*c*bs
67
Ps = 4,9 tf/m
Pt = t*(h-f)/2*dc*c
Pt = 6,6 tf/m
P0 = t*(h-f)*t*(Ci+dc)
P0 = 175,82 m
Gm1 = r+d0/2
Gm1 = 0,6 m
Gm2 = (d0+r)+(di-d0)/3
Gm2 = 0,77 m
Gs = bs/2
Gs = 2,45 m
Gt = r+di+(t/3)
Gt = 2,23 m
G0 = r+di+t/2
G0 = 2,9 m
Mm1 = Pm1*Gm1*(Ci+dc)
Mm1 = 7,33 tfm
Mm2 = Pm2*Gm2*(Ci+dc)
Mm2 = 4,7 tfm
Ms = Ps*Gs*(Ci+dc)
Ms = 44,42 tfm
Mt = Pt*Gt
68
Mt = 14,72 tfm
M0 = P0*G0
M0 = 509,88 tfm
Mr = Mm1+Mm2+Ms+Mt+M0
Mr = 581,05 tfm
Ma = El*(y+hs)
Ma = 141,6 tfm
M = Mr-Ma
M = 439,45 tfm
N = Pm1+Pm2+Ps+Pt+P0
N = 192,27 tf/m
u = M/N
u = 2,29 m
e = bs/2-u
e = 0,16 m
Verificao da Estabilidade
Verificao contra Escorregamento do conjunto
Z0 = hs+f
Z0 = 0,7 m
= TAN()
= 0,58
K0 = Tan(45+/2)^2
K0 = 3
69
E0 = 0,5*K0*t*Z0^2
E0 = 1,32 tf/m
T = (El/(Ci+dc))-E0
T = 13,23 tf/m
1 = *((N/(Ci+dc))/T_)
1 = 2,27
Mep = E0*(z0-Y0-ss)+Ma
Mep = 141,82 tfm
Mp = Mr-Mep
Mp = 439,23 tfm
U = Mp/N
U = 2,28 m
e = bs/2-u
e = 0,16 m
70
m = (N/(dc+Ci))/bs
m = 10,61 tf/m
e*6/bs = 0,2
i = m*(1+e*6/bs)
i = 12,68 tf/m
2 = m*(1-e*6/bs)
2 = 8,53 tf/m
max = 2*N/(3*u)
max = 15,16 tf/m
Clculo da rea de ao
Comprimento = Ci + dc
Comprimento = 3,7 m
Largura = h - f
Largura = 6,6 m
lx = 3,7 m
ly = 6,6 m
= ly/lx
= 1,8
71
q1 = K*h0*t
q1 = 0 tf
qep = K*t*h1
qep = 4,16 tf
mx1 - = 12,1
mx1 = 25,3
my1 - = 17,5
my1 = 84,6
My1 = q1*lx^2/my1
My1 = 0 tfm
mx2 - = 20,2
mx2 = 49,5
my2 - = 21,9
my2 = 104,2
Mx2- = q2*lx^2/mx2Mx2- = 2,82
Mx2 = q2*lx^2/mx2
Mx2 = 1,15 tfm
My2- = q2*lx^2/my2My2- = 2,6 tfm
My2 = q2*lx^2/my2
My2 = 0,55 tfm
73
Kx = 0,02
Kz = 1-0,4*Kx
Kz = 0,99
As (My+) = Msd/(Kz*(d0+di)/2)-4)*fyd)
As (My+) = 0,68 cm
mx3 - = 8,8
mx3 = 19,5
my3 - = 12,2
75
my3 = 57
mx4 - = 15,4
mx4 = 33
my4 - = 16,2
my4 = 81,3
Mx4- = q4*lx^4/mx4Mx4- = 3,7
Mx4 = q4*lx^4/mx4
Mx4 = 1,73 tfm
My4- = q4*lx^4/my4My4- = 3,52 tfm
My4 = q4*lx^4/my4
My4 = 0,7 tfm
Armao da Sapata
Clculo do Momento
1= i
1 = 12,68 tf/m
2= 2
2 = 8,53 tf/m
3 = 1*(di+t)/bs
3 = 11,39 tf/m
4 = 1*t/bs
4 = 10,35 tf/m
p = ds*
p = 1 tf/m
t = ds*c+H_total*t
t = 13,6 tf/m
I = 1- p
I = 11,68 tf/m
II = 2- t
78
II = 5,07 tf/m
III = 3- p
III = 10,39 tf/m
IV = 4- t
IV = 3,25 tf/m
Qp = ( I+ III)*r/2
Qp = 5,52 tf/m
zp = (r/3)*((2* I+ III)/( I+ III))
zp = 0,25 m
Mp = zp*Qp
Mp = 1,41 tfm
Comprimento = Ci + dc
Comprimento = 3,7 m
Largura = t - di
Largura = 4,2 m
lx = 3,7 m
ly = 4,2 m
= ly/lx
= 1,15
q1 = IV
q1 = 3,25 tf
qep = II- IV
qep = 1,83 tf
79
mx5 - = 15,3
mx5 = 40,5
my5 - = 17,9
my5 = 57,5
mx6 - = 31,1
mx6 = 81,3
my6 - = 26,9
my6 = 104,2
Mx6- = q6*lx^2/mx6Mx6- = 0,8
Mx6 = q6*lx^2/mx6
Mx6 = 0,31 tfm
My6- = q6*lx^2/my6My6- = 0,93 tfm
My6 = q6*lx^2/my6
My6 = 0,24 tfm
Kz = 0,98
As (My-) = Msd/(Kz*(d0+di)/2)-4)*fyd)
As (My-) = 3,12 cm
Mk = Mp
Mk = 1,41 tfm
Msd = Mk*f*100000
Msd = 196899,77 Kgfm
Kmd = Msd/(Comprimento*100*((100*f)-4)^2*fcd)
Kmd = 0
Kx = 1,25-1,917*RAIZ(0,425-Kmd)
Kx = 0,01
Kz = 1-0,4*Kx
Kz = 1
As = Msd/(Kz*(t*100-4)*fyd)
As = 1,26 cm
82
Comprimento = Ci + dc
Comprimento = 3,7 m
Largura = h - f
Largura = 6,6 m
q1 = K*h0*t
q1 = 0 tf
qep = K*t*h1
qep = 4,16 tf
Armao de 7 m at 3,3 m
q1_CP = q1*Largura
q1_CP = 0 tf
qep_CP = qep*Largura/2
qep_CP = 7,7 tf
Mk = (qep_CP*(Largura / 2)^2)/2 + (q1_CP * (Largura / 2) ^ 2 )/ 2
Mk = 13,97 tfm
Msd = Mk*f*100000
Msd = 1955553,6 Kgfm
Kmd = Msd/(dc * 100 * ((t / 2) * 100 - 4)^2*fcd)
Kmd = 0,09
Kx = 1,25-1,917*RAIZ(0,425-Kmd)
Kx = 0,14
Kz = 1-0,4*Kx
Kz = 0,94
As1 = Msd/(Kz*((100*t/2)-4)*fyd)
As1 = 2,43 cm
83
q1_CP2 = q1*Largura
q1_CP2 = 0 tf
qep_CP2 = qep*Largura
qep_CP2 = 15,39 tf
Mk = (qep_CP2*(Largura)^2)/6 + (q1_CP2*(Largura)^2)/2
Mk = 111,75 tfm
Msd = Mk*f*100000
Msd = 15644428,8 Kgfm
Kmd = Msd/(dc * 100 * (t * 100 - 4)^2*fcd)
Kmd = 0,18
Kx = 1,25-1,917*RAIZ(0,425-Kmd)
Kx = 0,3
Kz = 1-0,4*Kx
Kz = 0,88
As2 = Msd/(Kz*((100*t)-4)*fyd)
As2 = 10,31 cm
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
Local
Armao do Contraforte de 7,00 m at 3,30 m
Armao do Contraforte de 3,30 m at 0,00 m
Empuxo
Verificao da Estabilidade
Software
2,43 cm
10,31 cm
14,55 t/m
OK
Marchetti (2007)
9,02 cm
14,55 t/m
OK
10. Concluso
Com a resoluo de exemplos comparativos com bibliografias j consagradas, que
puderam ser observados no ltimo captulo deste trabalho, o software desenvolvido a partir
da problemtica do tempo para elaborao de projetos de muros de arrimo de concreto
armado demonstrou-se satisfatrio com os resultados obtidos.
Pretende-se auxiliar o dimensionamento de contenes dando apoio terico e por meio
de software aos profissionais da rea e alunos de graduao de Engenharia Civil na
elaborao de projetos de muros de arrimo em concreto armado.
99
12. Bibliografia
BESSA, M. A. S. (2010). Estruturas de concreto armado II. Nota de Aula. Faculdade de
Engenharia, Centro Universitrio de Braslia, UniCeub. Braslia/DF.
CLMACO, J. C. T. de S. (2008). Estruturas de concreto armado: fundamentos de projeto,
dimensionamento e verificao. 2. ed. Braslia: Editora Universidade de Braslia: Finatec.
CUNHA, A. J. P. da & SOUZA, V. C. M. de. (1998). Lajes em concreto armado e
protendido. 2. ed. Niteri/RJ: EDUFF. 580 p.
DAS, B. M. (2006). Fundamentos de engenharia Geotcnica. Sacramento: Cengage Learning
Edies Ltda.
DOMINGUES, P. C. (1997). Indicaes para projeto de muros de arrimo em concreto
armado. Dissertao (Mestrado) Escola de Engenharia de So Carlos Universidade de So
Paulo, USP, So Carlos, SP.
GERSCOVICH, D. M. S. (2010). Estruturas de conteno muros de arrimo. Nota de aula.
Faculdade de Engenharia, Departamento de Estruturas e Fundaes, Universidade do Estado
do Rio de Janeiro, UERJ, Rio de Janeiro/ RJ.
GUERRIN, R. C., & LAVAUR, R. C. (2003). Tratado de concreto armado: Muros de
arrimo, muros de conteno. Hemus.v. 6.
LOBO A.S.; FERREIRA C.V.; RENOFIO A. (2003); Muros de arrimo em solos colapsveis
provenientes do arenito Bauru: problemas executivos e influncia em edificaes vizinhas em
reas urbanas. Maring: UNESP/Departamento de Engenharia Civil. P 169-177 Trabalho de
Concluso de Curso
HALVORSON, M. (2011). Microsoft Visual Basic 2010: passo a passo. Porto Alegre:
Bookman. 572 p.
MARCHETTI, O. (2007). Muros de arrimo. So Paulo: Edgard Blucher Ltda.
MOLITERNO, A. (1994). Caderno de Muros de arrimo. So Paulo: Edgard Blugher Ltda.
PINTO, S. R. B. (2009). VBA 2007 na prtica. So Paulo: Digerati Books. 128 p.
TSCHEBOTARIOFF, G. P. (1978). Fundaes, estruturas de arrimo e outras obras de terra:
a arte de projetar e construir e suas bases na mecnica dos solos. So Paulo: McGraw-Hill
do Brasil.
WALKENBACH, J. (2013). Programando Excel VBA para leigos. 1. ed. Rio de Janeiro: Alta
Books. 408 p.
100
Anexo A
Figura 37 Tabela 1 de Czrny para o clculo de esforos em lajes retangulares (CUNHA, 1998)
101
Figura 38 - Tabela 2 de Czrny para o clculo de esforos em lajes retangulares (CUNHA, 1998)
102
Figura 39 - Tabela 3 de Czrny para o clculo de esforos em lajes retangulares (CUNHA, 1998)
103
Figura 40 - Tabela 4 de Czrny para o clculo de esforos em lajes retangulares (CUNHA, 1998)
104
Figura 41 - Tabela 5 de Czrny para o clculo de esforos em lajes retangulares (CUNHA, 1998)
105
Figura 42 - Tabela 6 de Czrny para o clculo de esforos em lajes retangulares (CUNHA, 1998)
106
Figura 43 - Tabela 7 de Czrny para o clculo de esforos em lajes retangulares (CUNHA, 1998)
107