Engenharia de Confiabilidade
Engenharia de Confiabilidade
Engenharia de Confiabilidade
ESCOLA POLITCNICA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELTRICA
MESTRADO EM ENGENHARIA ELTRICA
DISSERTAO DE MESTRADO
AUTOR:
ORIENTADOR:
________________________________________
Prof. Amauri Oliveira, Dr.
Coordenador do Programa
BANCA EXAMINADORA:
__________________________________________
Prof. Niraldo Roberto Ferreira, Dr.
Orientador -Universidade Federal da Bahia (UFBA)
__________________________________________
Prof. Edgardo Guillermo Camacho Palomino, Dr.
Examinador Interno - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
__________________________________________
Prof. Paulo Fernando Ferreira Frutuoso e Melo, Dr.
Examinador Externo - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
iii
Ficha catalogrfica elaborada pela Biblioteca Bernadete Sinay Neves, Escola Politcnica
da Universidade Federal da Bahia
R219m
iv
AGRADECIMENTOS
O autor deseja registrar os agradecimentos queles que contribuiram para tornar
realidade este projeto.
Ao Prof. Dr. Niraldo Roberto Ferreira, por sua orientao e incentivo durante o curso
de mestrado do Departamento de Engenharia Eltrica.
Ao Eng. M.Sc. Jaime Eduardo Pinto Lima da DET NORSKE VERITAS, pelos
comentrios e colaborao durante a realizao do trabalho.
Ao Eng. M.Sc. Salomo David de Arajo Alves Ferreira, pela sua colaborao e
incentivo com o fornecimento de material didtico.
Aos demais componentes da equipe de trabalho do MCC do TG-8301: Rogria Q. de
Oliveira, Andrei G. Fraga, Ana Cleude R. da Silva, Adalberto S. Magalhes, Antnio Cardoso
Pereira, Flvio Rony Ribeiro, Joo Rosa e Flvio L. B. Diniz.
PETROBRAS, uma prova da capacitao tcnica da engenharia brasileira, pelo
reconhecimento e oportunidade para realizar este trabalho.
vi
RESUMO
Manuteno Centrada em Confiabilidade (MCC) , em ingls Reliability Centered
Maintenance (RCM), um enfoque sistemtico para o planejamento da manuteno,
considerando aspectos de confiabilidade. Inmeros benefcios so apresentados na literatura
decorrentes da aplicao da MCC em programas de manuteno. H diversos casos de
sucesso na sua aplicao, inclusive em programas de manuteno de sistemas e equipamentos
eltricos. Entre os principais benefcios proporcionados pelo uso da Manuteno Centrada na
Confiabilidade tem-se: reduo das atividades de manuteno preventiva, reduo dos custos
dos programas de manuteno, aumento da disponibilidade dos sistemas, aumento da vida til
dos equipamentos, reduo do nmero de itens de sobressalentes, especializao de pessoas e
motivao para o trabalho em equipe.
Apesar de reconhecidamente vantajosa quanto a sua aplicao, estudos realizados
indicaram a possibilidade de acrescentar melhorias na sistemtica da MCC. As melhorias
citadas na bibliografia consultada mostram, por exemplo: a necessidade da MCC ser apoiada
atravs de modelos probabilsticos na definio das estratgias de manuteno, alguns pontos
falhos da MCC no tratamento dos riscos de segurana envolvidos em atividades de
manuteno, a existncia de um vazio entre a MCC e a anlise de riscos, a falta de uma
lgica detalhada na determinao do intervalo apropriado para realizar cada tarefa de
manuteno escolhida, ficando o mesmo dependente da experincia do analista, incertezas
envolvidas durante o seu uso, a necessidade de comparar a eficincia relativa de cada ttica de
manuteno possvel, a falta de desenvolvimento de conhecimento dos especialistas
envolvidos na sistemtica e a possibilidade de erros decorrentes da adoo de premissas falsas
no incio do trabalho de MCC.
Este trabalho de dissertao mostra uma aplicao da Manuteno Centrada em
Confiabilidade no sistema eltrico de uma unidade industrial de grande porte com introduo
de melhorias na sua metodologia. A contribuio ao mtodo resultou da identificao e
implementao de uma ferramenta que pudesse agregar melhorias na sistemtica tradicional
da MCC, de modo a reduzir sua dependncia de julgamentos subjetivos do especialista na
etapa de classificao dos modos de falha no diagrama de deciso, criando mecanismos que
auxiliem a definio da existncia de impacto na segurana industrial, sade ou meio
ambiente. Lista de verificao e Anlise Preliminar de Riscos foram
sistemtica estabelecendo um elo com o diagrama de deciso da metodologia.
vii
introduzidas na
ABSTRACT
Reliability Centered Maintenance (RCM) is a sistematic approach to maintenance
planning, regarding reliability aspects. Several benefits are presented in the bibliography in
consequence of RCM aplications on maintenance programs. Many successful cases have
been found including electrical equipments and systems maintenance programs. The decrease
of preventive maintenance activities and maintenance programs cost, increase of system
availability and equipment life time, besides the decrease of spare parts quantity, technicians
specialization and teams work motivation are some of the main benefits caused by the RCM
use.
In spite of being known as an advantageous technique , recent studies pointed the
possibility of adding improvements on RCM methodology. Improvements mentioned in the
searched literature shows the necessity of RCM to be supported by probabilistic models in
the definition of maintenance strategies, some RCM weak spots in safety risks treatment
involved in maintenance activities, the existence of a gap between RCM and hazard
assessment, the lack of a detailed logic to define an appropriated interval to execute each
selected maintenance task becoming dependent on the analyst experience, involved
uncertainties during the use, the necessity to compare the relative efficiency of each possible
maintenance tactics, the lack of knowledge development of specialists involved in the
systematic and possibility of mistakes caused by false premises in the beginning of RCM
tasks.
This work shows an application of Reliability-Centered Maintenance on an electrical
system of a large size industry with introduction of improvements on its methodology. The
contribution to RCM came from identification and implementation of a tool that could add
improvements on its traditional methods to reduce its dependence on a specialist subjetive
judgment in the failure modes classification stage, creating helpful mechanisms to define the
impact suffered by the environment, health or safety. Checklist and Preliminary Hazard
Analysis were introduced and connected with the RCM logic tree.
viii
SUMRIO
Pgina
1 - INTRODUO .................................................................................................................1
1.1 - Objetivos............................................................................................................................3
1.2 - Resultados esperados.........................................................................................................3
2 - CONCEITOS BSICOS.................................................................................................. 4
2.1 - Engenharia da confiabilidade............................................................................................4
2.2 - Conceitos e expresses bsicas..........................................................................................6
2.3 - Distribuies de probabilidade.........................................................................................12
2.4 - Otimizao da manuteno preventiva.............................................................................22
3 - MANUTENO CENTRADA EM CONFIABILIDADE............................................25
3.1 - Histrico e consideraes iniciais.....................................................................................25
3.2 - Manuteno: conceitos e tipos..........................................................................................27
3.3 - As etapas da MCC............................................................................................................32
3.4 - Estratgias de manuteno na MCC ............................................................................... 33
3.5 - Diagramas da MCC......................................................................................................... 36
4 - TCNICAS PARA ANLISE DE RISCO E CONFIABILIDADE..............................41
4.1 - Conceitos e consideraes iniciais................................................................................... 41
4.2 - Viso geral das principais tcnicas de anlise de risco.....................................................45
4.3 - Confiabilidade e segurana...............................................................................................60
5- PROPOSTA DE MELHORIA NA METODOLOGIA DA MCC............................... 62
5.1 - Consideraes iniciais..................................................................................................... 62
5.2 - Anlise de risco na manuteno centrada em confiabilidade.......................................... 63
6 - APLICAO DA MCC NO SISTEMA ELTRICO INDUSTRIAL
DE UMA REFINARIA DE PETRLEO............................................................................ 73
6.1 - Breve histrico do uso da MCC em sistemas eltricos....................................................73
6.2 - Sistema eltrico da Refinaria Landulpho Alves (BA) ....................................................74
6.3 - Caso prtico: programa de manuteno do turbogerador TG-8301.................................75
7 - CONCLUSES E RECOMENDAES.....................................................................126
REFERNCIAS....................................................................................................................128
APNDICES.........................................................................................................................132
ix
LISTA DE FIGURAS
Pgina
Fig. 2.1: Varivel aleatria continua. (a) Funo F(x) (b) Funo f(x)
13
14
Fig. 2.5 - Taxa de falha tpica para componentes eletrnicos em funo da idade
15
Fig. 2.6 - Taxa de falha tpica para componentes mecnicos em funo da idade
16
Fig. 2.7 - Taxa de falha tpica para programas de computador em funo da idade
16
19
20
24
26
31
34
34
37
38
39
44
47
49
51
51
53
53
55
56
57
75
77
101
102
LISTA DE TABELAS
Pgina
Tab. 5.1 - Designao para o tipo de consequncia
65
66
67
68
69
70
71
72
78
79
80 90
91 97
Tab. 6.5 - Maior grau de risco avaliado para cada modo de falha - sub-sistema Gerador
99
105
106
107 109
110 111
Tab. 6.10 - Maior grau de risco avaliado para cada modo de falha - sub-sistema CA.
112
113
114
115 117
118 119
Tab. 6.15 - Maior grau de risco avaliado para cada modo de falha - sub-sistema CC
120
121
121
121
Tab. 6.19 - Quantidade por tipo de falhas em cada MCC (Grau de risco II e III)
122
xi
124 125
xii
xiii
LISTA DE SMBOLOS
Cp - Custo anual de produo;
CM - Custo anual de manuteno preventiva;
Cp - Amostra do custo anual de produo;
CM - Amostra do custo anual de manuteno preventiva;
d(t) - Tempo de manuteno (Down time or mean forced outage time);
D - Disponibilidade;
f (x) ou fdp - funo densidade de probabilidade de uma varivel x;
f(t) - funo densidade de falha, densidade de falha ou funo densidade no tempo t;
fi - frequncia de um tipo de acidente em acidente em potencial;
F (x) ou fda - funo distribuio acumulada de uma varivel x;
F(t) - funo distribuio de probabilidade de falhas ou funo distribuio acumulada de
falhas no tempo t;
g(t) - funo densidade de probabilidade de tempo de reparo.
h(t) - taxa de falha ou taxa de falha instantnea. Mesmo que z(t).
H(t) - funo de falha acumulada;
k - nmero inteiro;
M(t) - funo manutenibilidade ou probabilidade de execuo do reparo no tempo t;
n - nmero inteiro;
N - nmero total de pessoas sob o risco;
ns(t) - nmero de equipamentos sobreviventes;
nf(t) - nmero de equipamentos em falha;
r - taxa de risco calculado;
R(t) - Confiabilidade, funo confiabilidade ou probabilidade de sobrevivncia no tempo t;
Q(t) - no confiabilidade de sobrevivncia, probabilidade de falha no tempo t ou funo
distribuio de falha;
t - varivel tempo;
to - perodo timo de manuteno preventiva;
te - tempo esperado para realizar manuteno de emergncia;
ts - tempo esperado para realizar manuteno programada;
u(t) - Tempo de disponibilidade (Up Time);
xi - nmero de mortes em um tipo de acidente em potencial;
xiv
! - fatorial;
-mdia;
- desvio padro;
, , b, c, , n, 1, 2, 1, 2, , k, p, q - parmetros diversos usados em funes distribuio.
xv
1
1 - INTRODUO
Manuteno Centrada em Confiabilidade (MCC) , traduzido da expresso em ingls
Reliability Centered Maintenance (RCM), um enfoque sistemtico para o planejamento da
manuteno, considerando aspectos de confiabilidade. O objetivo desta ferramenta
assegurar que um sistema ou item continue a preencher as suas funes requeridas. A nfase
determinar a manuteno preventiva necessria para manter o sistema funcionando, ao invs
de restaurar o equipamento a uma condio ideal. As tarefas de manuteno so otimizadas
atravs da anlise das conseqncias de suas falhas funcionais (operacionais), sob o ponto de
vista de segurana, meio ambiente, qualidade e custos (LAFRAIA, 2001), (MOUBRAY,
1992).
A MCC comeou a ser desenhada na dcada de 60 com a necessidade de revisar por
que e como aplicar programas de manuteno na indstria aeronutica. Grupos de trabalho
denominados MSG-1, MSG-2 e MSG-3 desenvolveram novas tcnicas para a estruturao de
programas de manuteno preventiva a fim de preservar funes crticas de aeronaves
comerciais. Em 1972, o Departamento de Defesa do Estados Unidos iniciou a utilizao
destas novas tcnicas para aeronaves militares e em 1975 passou a denominar o conceito do
MSG de "Reliability-Centered Maintenance". Em 1978, F. Stanley Nowlan e Howard F. Heap
escrevem um relatrio para o Departamento de Defesa americano intitulado "ReliabilityCentered Maintenance". A partir do incio dos anos 80, a MCC comeou a ser utilizada em
estudos pilotos em plantas de gerao de energia nuclear.
Inmeros benefcios so apresentados na literatura decorrentes da aplicao da MCC
em programas de manuteno, por exemplo: reduo das atividades de manuteno
preventiva, reduo dos custos dos programas de manuteno, aumento da disponibilidade
dos sistemas,
2
especialmente no tratamento dos riscos de segurana envolvidos em atividades de
manuteno. Os autores apontam a existncia de um vazio entre a MCC e a anlise de riscos.
Tambm identificam a falta de uma lgica detalhada para determinao do intervalo
apropriado para realizar cada tarefa de manuteno escolhida, ficando o mesmo dependente
da experincia do analista. Johnston (2001, 2002a e 2002b), menciona as incertezas
envolvidas durante o uso da MCC, a necessidade de comparar a eficincia relativa de cada
ttica de manuteno possvel, a falta de desenvolvimento do conhecimento dos especialistas
envolvidos na sistemtica e possibilidade de erros decorrentes da adoo de premissas falsas
no incio de trabalho da MCC. Desta forma justificam-se estudos para a introduo de
melhorias na metodologia da MCC.
Esta dissertao prope-se ao estudo da aplicao da metodologia da Manuteno
Centrada em Confiabilidade sobre um caso escolhido: turbo-gerador de uma unidade
industrial de grande porte. So introduzidas melhorias na metodologia de forma a reduzir a
subjetividade no julgamento do especialista na etapa de classificao dos modos de falha no
Diagrama de Deciso, criando-se mecanismos que auxiliem a definio da existncia de
impacto na segurana industrial ou meio ambiente. A proposta introduzir uma contribuio
ao mtodo atravs da implementao de listas de verificao e da Anlise Preliminar de
Riscos, estabelecendo um elo com o diagrama de deciso da metodologia. Os dados obtidos
com a metodologia tradicional da MCC sero comparados com os resultados provenientes da
MCC com as melhorias propostas.
O texto da dissertao est estruturado em mais 6 captulos distribudos da seguinte
maneira: no Captulo 2 so apresentados conceitos e expresses bsicos da engenharia da
confiabilidade; no Captulo 3 so apresentados os conceitos e a metodologia da Manuteno
Centrada em Confiabilidade, dentro do contexto de evoluo da manuteno; o Captulo 4
contm uma viso geral das principais tcnicas de Anlise de Risco; o Captulo 5 mostra a
proposta de melhoria na metodologia da MCC no que se refere identificao das falhas que
afetam o meio ambiente, a sade ocupacional e a segurana industrial; no Captulo 6 so
apresentados os resultados da aplicao da sistemtica proposta sobre um caso escolhido,
comparando-se com os resultados da MCC original; no Captulo 7 so apresentadas as
principais concluses e sugestes para futuros trabalhos.
3
1.1 - OBJETIVOS
O objetivo geral deste trabalho apresentar uma contribuio para a melhoria da
metodologia da Manuteno Centrada em Confiabilidade (MCC), visando reduzir a
subjetividade no julgamento do especialista na etapa de classificao dos modos de falha com
impacto no meio ambiente, sade ocupacional ou segurana industrial no Diagrama de
Deciso.
Como objetivos especficos, pretende-se:
- Mostrar a afinidade entre os objetivos da MCC e da Anlise de Risco e estabelecer um elo
entre as duas metodologias.
- Criar uma sistemtica de anlise de risco dentro da metodologia da MCC;
- Identificar e classificar os modos de falhas da etapa da FMEA da MCC conforme o grau de
risco envolvido;
- Identificar os componentes do equipamento que apresentam maior grau de risco em caso de
falha sob o ponto de vista de MASSI (meio ambiente, sade ocupacional e segurana
industrial).
4
2 - CONCEITOS BSICOS
2.1.1 - Conceito
A engenharia de confiabilidade a disciplina que est relacionada com o tratamento
probabilstico de falhas em sistemas (LEES, 1991, v.1, p.77). Vrios fatores influenciam no
risco existente no desenvolvimento de um produto ou sistema. Entre eles pode-se relacionar :
competio, presso dos prazos e cronogramas, rpida evoluo dos materiais, complexidade
dos mtodos e sistemas, necessidade de reduo de custos, consideraes de segurana e
legislao. A engenharia de confiabilidade vem se desenvolvendo em resposta ao desafio da
necessidade de controlar estes riscos (O'CONNOR; NEWTON; BROMBLEY, 1998, p.2).
Hoje muitas indstrias, agncias governamentais e outras entidades possuem
especialistas, engenheiros, lderes de grupos e gerentes de confiabilidade. O campo da
confiabilidade tem evoluido em muitos ramos, como por exemplo: confiabilidade de software,
confiabilidade mecnica, confiabilidade humana, confiabilidade de sistemas de potncia,
engenharia de manuteno, custo do ciclo de vida, otimizao da confiabilidde, etc. reas
como engenharia de manuteno e engenharia de segurana esto diretamente relacionadas
com a engenharia de confiabilidade. Conhecimento destes assuntos so essenciais para
engenheiros quando envolvidos em projeto e operao de sistemas (DHILLON, 1982, p.2).
5
na criao de um comit de confiabilidade pelo Departamento de Defesa americano em 1950.
Em 1952 este comit foi transformado em um grupo permanente e conhecido como Advisory
Group on the Reliability of Electronic Equipment (AGREE). No incio dos anos 50, surgiram
o IEEE Transactions on Reliability e o Proceedings of the National Symposium on Reliability
and Quality Control resultados da preocupao crescente com a confiabilidade. Em 1957, o
AGREE publicou um relatrio
6
racionalizao e otimizao de recursos (SEIXAS DE OLIVEIRA, 1995, p. 2-8). Em 2004, a
PETROBRAS prossegue com o incentivo
(2.1)
7
2.2.3 - Funo distribuio acumulada
A funo distribuio acumulada, fda, uma funo F(x) de uma varivel aleatria X ,
definida para um nmero real x por:
x
F ( x) = P ( X x) =
f ( x).dx
(2.2)
R (t ) = 1
n f (t )
n
(2.3)
n f (t )
n f (t ) + ns (t )
(2.4)
Q(t ) + R(t ) = 1
(2.5)
tempo
9
2.2.5 - Taxa de falha ou taxa de falha instantnea
1
z (t ) =
n n f
dn f (t ) 1 dR (t )
=
.
.
dt
R(t ) dt
(2.6)
H (t ) = z (t ).dt
0
(2.7)
R(t ) = e
( z ( t ).dt )
0
= e H (t )
(2.8)
(2.9)
As seguintes relaes podem ser derivadas das equaes 2.6 2.9 acima e so bastante
utilizadas:
10
z (t ) =
z (t ) =
f (t )
R(t )
(2.10)
f (t )
f (t )
=
1 Q(t ) 1 F (t )
(2.11)
R (t ) = f (t ).dt
t
(2.12)
Q(t ) = F (t ) = f (t ).dt
0
(2.13)
Tempo de vida mdio - Mean Time to Failure (MTTF) definida como o primeiro
momento da funo densidade de falha. Fornece a medida do tempo mdio at a falha para
componentes no reparveis.
m = t. f (t ).dt
0
(2.14)
Tempo mdio entre falhas - Mean Time Between Failures (MTBF) uma medida do
intervalo de tempo mdio em que um sistema ou item tem um desempenho como especificado
antes que uma falha ocorra. aplicvel a componentes reparveis.
MTBF = t. f (t ).dt
0
(2.15)
11
k
t j . j
j =1
MTTR = k
j =1
(2.16)
Tempo de manuteno (Down time or mean forced outage time) d(t) o tempo total
durante o qual o item, componente ou sistema est em um modo operacional no satisfatrio.
Representa o somatrio do MTTR com os demais tempos envolvidos na manuteno do
equipamento: localizao do defeito, diagnstico, acesso, espera de sobressalentes, ajustes e
testes, etc.
Tempo de disponibilidade (Up Time) u(t) o intervalo de tempo que o sistema ou
equipamento est operando ou em um estado de alerta ou retorno operao.
Disponibilidade (D) a probabilidade de encontrar o componente, item ou sistema em
estado operacional em um intervalo de tempo. A disponibilidade tambm pode representar a
relao entre o tempo que o sistema ou item ficou disponvel para produzir e o tempo total.
D=
D=
u (t )
u (t ) + d (t )
(2.17)
MTBF
MTBF + MTTR
(2.18)
12
M (t ) = g (t ).dt = 1 e
t
( t ).dt
(2.19)
onde :
M(t) a funo manutenibilidade (probabilidade de execuo do reparo no tempo t).
g(t) funo densidade de probabilidade de tempo de reparo.
(t) taxa de reparos ou nmeros de reparos efetuados em relao ao total de horas de
reparo do equipamento.
t o tempo previsto de reparo.
Uma relao fundamental :
g (t ) = (t ).e
( t ).dt
0
(2.20)
(2.21)
f (t ) =
dF (t )
dt
(2.22)
t2
F (t 2 ) F (t1 ) = f (t ).dt
t1
(2.23)
13
R (t ) = f (t ).dt = 1
t
f (t ).dt = 1 F (t )
(2.24)
(t ) =
f (t )
f (t )
=
R(t ) 1 F (t )
(2.25)
A figura 2.3 mostra a relao grfica entre os parmetros R(t), (t) e f(t) :
R (t)
R (t)
> 0, t 0
(2.26)
14
A funo distribuio de probabilidade pode ser obtida aplicando-se a equao 2.26 na
equao 2.25:
F (t ) = 1 e t
(2.27)
f (t ) = b. .( .t ) .e
b 1
t
e ( t ) ( t )b1 1
para , b >0 e t 0
(2.28)
F (t ) = 1 e
b
e ( t ) 1
(2.29)
15
Casos especiais desta distribuio so a distribuio do valor extremo ( para b = 1) e a
curva da banheira (para b = 0,5).
A curva obtida para b = 0.5, mostrada na figura 2.4 no item 2.3.2 a curva de taxa de
falha, conhecida como curva da banheira pelo seu formato caracterstico. Dhillon (1982, p.24)
menciona que esta curva usada para representar padres de taxa de falha de componentes.
Diferentes tipos de componentes podem exibir variaes significativas na forma da
curva. A figura 2.5 mostra uma curva tpica de componentes eletrnicos, onde pode-se
observar uma extensa vida til (regio II) em comparao com aquela mostrada na figura 2.6,
tpica para componentes mecnicos. A regio I em que a taxa de falha decrescente com o
tempo, conhecida como regio de mortalidade infantil, fase de de-bugging, burn-in period
ou brek-in period, devido aos erros de fabricao ou de projeto. A regio II caracterizada com
uma taxa de falha constante, conhecida como fase de operao normal ou perodo de vida
til. Nesta fase as falhas ocorrem de modo aleatrio e a distribuio exponencial vlida. A
regio III caracterizada por um rpido crescimento da taxa de falha com o tempo,
representando o final da vida til ou fase de fadiga do material, conhecida como wear-out
region. A figura 2.7 mostra a curva tpica para programas de computador, onde a taxa de
falhas decrescente em qualquer regio do grfico.
16
Segundo Dhillon (1982, p.24) a curva de taxa de falha no formato tpico da banheira,
pode ser obtida a partir da equao abaixo:
(t ) = b. .(t )b 1.e ( t )
para , b >0 e t 0
(2.30)
17
f (t ) = .e [e
( t ) 1
(2.31)
f (t ) =
1
( )
<t<
(2.32)
2 2
1
f (t ) =
.e
( 2 )
(2.33)
f (t ) =
onde
tempo.
.(t ) .e
b 1
(t )b
(2.34)
18
Pode-se observar que as distribuies de Rayleigh e exponencial so casos especiais
da distribuio de Weibull para b = 2, = 0 e b = 1, = 0 respectivamente.
f (t ) =
.e
(t ) 2
(log (t ) )2
2 2
(2.35)
onde uma constante, o desvio padro do tempo (log) para falha, a mdia do tempo
(log) para a falha e t o tempo.
f (t ) =
( + + 1)! t (1 t )
! !
(2.36)
Esta uma distribuio de dois parmetros que tem taxas de falha crescente e
decrescente, como representado na figura 2.8. A taxa de falha, h(t) definida como:
(b + 1)[ln(t + )]b
h(t ) =
(t + )
para b 0, > 0, 1, t 0
(2.37)
19
b+1
(2.38)
h(t ) =
n..t n 1
.t n + 1
para n 1, > 0, t 0
(2.39)
(2.40)
20
Esta distribuio foi aplicada por Kao (DHILLON, 1982, p. 15), para avaliar a
confiabilidade de tubos de eltrons. A densidade de probabilidade, f(t), e a funo de
distribuio acumulada, F(t), so escritas como:
1 1
c
f (t ) = 1 t e
1 1
(1 c )
+
2
(t )
2
2 1
(t ) 2 1
(2.41)
0 c 1, onde 1, 2, 1, 2, e c so
1
2
F (t ) = c.1 e
(1 c ).1 e
(2.42)
Esta distribuio foi criada por Birnbaum e Saunders (DHILLON, 1982, p. 16) e
usada para caracterizar falhas causadas por fadiga. A funo densidade de probabilidade
dada por:
21
f (t ) =
(t
12
2 2 2 t 2 t
12
2
e [ (1 2 ).( t + t 2 ) ]
(2.43)
uma funo estatstica com aplicao nas reas de confiabilidade e teoria de som.
um caso especial da distribuio de Weibull quando = 0 e b = 2. A funo densidade de
probabilidade de Rayleigh definida por:
f (t ) =
t e
para t 0 e > 0
(2.44)
f (t ) =
.(t ) 1 ( t )
.e
( )
para , > 0, t 0
(2.45)
22
2.3.15 - Distribuio de Poisson
f (k ) =
(t )k e (t )
k!
para
k = 0, 1, 2, 3,....
(2.46)
f ( x) =
k!
p x q xk
x!(k x)!
para x = 0, 1, 2, 3,.... k
(2.47)
23
- Uma manuteno realizada imediatamente, se o equipamento funciona mal ou falha
horas de operao. Aps o reparo, a manuteno preventiva
antes de to
reprogramada.
f (t )
f (t )
=
R (t ) 1 F (t )
(2.48)
, se te > ts
(2.49)
y = R(t ).dt
0
24
25
3 - MANUTENO CENTRADA EM CONFIABILIDADE
A partir da segunda guerra mundial, por volta dos anos 50, houve uma grande
mudana nas indstrias com o aumento da mecanizao. As mquinas cada vez mais
numerosas e complexas, passaram a exigir maiores cuidados para mant-las em
funcionamento. Comea a aflorar a idia de preveno das falhas de equipamentos em
detrimento da espera da ocorrncia da falha para repar-los, culminando nos anos 60 com a
prtica de executar revises gerais nos equipamentos em intervalos fixos.
Como resultado da mecanizao da indstria, os custos de manuteno passaram a ter
valor significativo em relao aos demais custos operacionais. Este crescimento dos custos
levou a necessidade de maior controle e planejamento na manuteno de equipamentos. Maior
disponibilidade, maior vida til e menores custos de equipamentos passaram a ser valorizados
com o aumento do custo do capital empregado nos ativos. Os computadores passam a ser
usados no controle e planejamento da manuteno.
A partir da metade da dcada de 70, inicia-se um novo processo de mudana na
indstria que Moubray (1992, p.3) sintetiza em trs aspectos diferentes: (1) novas
expectativas, (2) novas pesquisas e (3) novas tcnicas.
A manuteno centrada em confiabilidade surge com evoluo da 3a. gerao da
manuteno (Moubray,1992, p.5) com a proposta de uma ferramenta que possibilite aos
usurios a resposta para os seguintes desafios: seleo das tcnicas mais apropriadas, tratar
cada tipo de processo de falha, atender as expectativas de donos, usurios dos ativos e a
sociedade em geral, buscar o melhor
participao ativa de todo pessoal envolvido. Conforme citado por Smith (1993, p.48),
Nunes (2001, p.17), Hauge e Johnston (2001, p. 36) e Adjaye (1994, p.165), Nowlan e Heap
(1978) desenvolveram a partir dos anos 60 um estudo detalhado para o Departamento de
Defesa dos Estados Unidos, para a determinao de normas e otimizao de procedimentos de
manuteno na indstria aeronutica, com base em ampla anlise estatstica. O documento
final conhecido como MSG-3 foi a base do que Nowlan e Heap (1978) denominaram de
Reliability Centered Maintenance (RCM), traduzido como Manuteno Centrada em
Confiabilidade (MCC).
O quadro mostrado na figura 3.1 mostra a evoluo da manuteno a partir dos anos
30.
26
ANOS
GERAO
EXPECTATIVAS
1940
1a.
Reparar quando
quebrar
VISO DE
TCNICAS DE
FALHA
MANUTENO
Corretiva
1950
1950
nejameno de con-
-Curva da banheira
1970
-Computadores
grandes e lentos
1980
3a.
-Maior disponibilidade
-Monitoramento de
e confiabilidade
condio
-Maior segurana
-Melhor qualidade de
fiabilidade e man-
produto
tenabilidade
-Preocupao com o
-Seis padres de
Anlise de Risco
meio ambiente
falha
-Computadores r-
pidos e pequenos.
do equipamento
-Anlise de modos
-Maior efetividade de
pre falsa.
de falhas e efeitos
custo
-Sistemas
especia-
listas.
2000
-Equipes
multidis-
ciplinares
27
em: (1) enfoque sistemtico, (2) planejamento de manuteno, (3) confiabilidade e (4)
contexto operacional.
Entre os objetivos da MCC, segundo Moss (1985) citado por Holmberg e Folkeson
(1991, p.254), est a reduo da quantidade de manuteno no planejada para casos onde isto
influencia a disponibilidade. Hauge e Johnston (2001, p.36) acrescentam que a MCC visa a
otimizao da manuteno para alcanar o nvel desejado de confiabilidade do equipamento a
custo mnimo. Johnston (2001, p.235) completa relatando que os grupos de anlises usam a
MCC para determinar as tarefas de manuteno mais efetivas para alcanar a confiabilidade
inerente de um sistema ou parte de um equipamento. Lafraia (2001, p.238) aponta a MCC
como uma ferramenta til para assegurar que um sistema ou item continue a preencher as suas
funes requeridas.
concordam com este cenrio, quando apresentam o que eles chamam de Misso da
Manuteno: "Garantir a disponibilidade da funo dos equipamentos e instalaes de modo a
28
atender a um processo de produo ou de servio, com confiabilidade, segurana, preservao
do meio ambiente e custo adequados".
Na literatura encontra-se uma diversidade de terminologias usadas para os diferentes
tipos de manuteno de equipamentos. O primeiro e mais antigo modo de intervir em um
equipamento a manuteno corretiva. A manuteno corretiva realizada aps a ocorrncia
da falha ou defeito, envolvendo na interveno reparos, substituio de peas ou substituio
do prprio equipamento. Dhillon (1982, p.240) define-a como o conjunto de aes que devem
ocorrer a fim de reparar um equipamento que tenha falhado, para uma condio operacional
satisfatria. Nunes (2001, p.12) subdivide a manuteno corretiva em duas modalidades: (1)
paliativa, quando as intervenes so realizadas de forma provisria para colocar o
equipamento em funcionamento e (2) curativa, quando as intervenes para reparo so
realizadas de modo definitivo para restabelecer a funo requerida do equipamento. Hamaoka
e Lopes da Silva (2000, p.2) citam como vantagem deste tipo de manuteno a no exigncia
de acompanhamentos e inspees nas mquinas. Como desvantagens, tem-se a necessidade de
se trabalhar com estoques, a possiblidade das mquinas falharem durante os horrios de
produo e necessidade de manter mquinas de reserva.
A manuteno preventiva aquela realizada antes da falha ou no estgio inicial da
falha. So as intervenes realizadas para conservar um equipamento em condio
operacional satisfatria. Envolve os servios repetitivos e programados, tais como inspeo,
deteco e correo em estgio incial de falha como observa Dhillon (1982, p.240). Segundo
Pinto e Xavier, (2001, p.39) manuteno preventiva a atuao realizada de forma a reduzir
ou evitar a falha ou queda no desempenho, obedecendo a um plano previamente elaborado,
baseado em intervalos definidos de tempo. Para Monchy (1989) citado por Hamaoka e Lopes
da Silva (2000, p.4) uma interveno de manuteno prevista, preparada e programada antes
da data provvel do aparecimento de uma falha. Para Nunes (2001, p.13), a atividade de
manuteno preventiva sistemtica aplicada quando a lei de degradao (evoluo do
desgaste do equipamento) conhecida. Para Pinto e Xavier (2001, p.41) as vantagens deste
tipo de manuteno so: maior continuidade operacional e intervenes programadas, maior
facilidade de gerenciamento das atividades e nivelamento de recursos e previsibilidade de
consumo de materiais e sobressalentes. J as desvantagens apontadas so: necessidade
de acompanhamento do plano de manuteno montado, necessidade de uma equipe de
executantes eficazes e treinados e a possibilidade de introduzir defeitos no existentes no
29
equipamento durante as intervenes. A manuteno preventiva inclui o que Moubray (2000,
p.13) chama de tarefas de restaurao programadas e tarefas de substituio programadas.
A manuteno preditiva, segundo Nunes (2001, p.13) o tipo de manuteno em que
os parmetros de controle do equipamento so submetidos a uma superviso continua durante
o funcionamento normal. Por exemplo: a presena de determinados gases no leo isolante de
transformadores pode ser um parmetro de controle para o estado interno do equipamento.
Neste caso, constatada a alterao do parmetro possvel programar uma interveno para
correo do problema no estgio inicial da falha. Conceito semelhante apresentam Pinto e
Xavier (2001, p.41), quando descrevem que a manuteno preditiva a atuao realizada com
base em modificao de parmetro de condio ou desempenho, cujo acompanhamento
obedece a uma sistemtica. A sistemtica de acompanhamento pode envolver inspees
peridicas, medies, leituras, sondagem, rondas, etc.
Quanto a manuteno preditiva, h dois enfoques diferentes na literatura. O primeiro
onde manuteno preditiva considerada uma subdiviso da manuteno preventiva. Nesta
linha, Monchy (1989, p.35) citado por Nunes (2001, p.14) descreve a preditiva como sendo
uma forma de manuteno preventiva em que a lei de degradao (evoluo do desgaste do
equipamento) desconhecida e a superviso dos parmetros de controle realizada de forma
contnua. Nunes e Monchy consideram que sendo a superviso peridica, atravs de rondas e
inspees, fica caracterizada a manuteno preventiva por acompanhamento. O segundo
enfoque adotado por Pinto e Xavier (2001, p.41) que a manuteno preditiva, tambm
conhecida por manuteno sob condio ou com base no estado do equipamento, pode ser
realizada com superviso de modo contnuo ou de forma peridica. Nesta ltima abordagem,
a manuteno preditiva considerada uma evoluo ou quebra de paradigma em relao a
manuteno preventiva sistemtica baseada no tempo. Moubray (2000, p.14) diz que
manuteno preditiva, manuteno baseda na condio e monitoramento de condio esto
incluidos nas chamadas tarefas pr-ativas sob condio.
Nunes (2001, p.13) menciona que o termo tcnicas preditivas usado na literatura
tcnica, em vez de manuteno preditiva "por se entender que esta forma de atuao estaria
englobada pela manuteno preventiva". Cita como exemplo alguns manuais de manuteno
usados por empresas brasileiras do setor eltrico. De forma diferente, Pinto e Xavier (2001,
p.219) empregam o termo tcnicas preditivas para designar as diversas formas como pode ser
feita a avaliao do estado de um equipamento, atravs de medio, acompanhamento ou
monitorao de parmetros, sendo a manuteno preditiva considerada como um avano em
relao a manuteno preventiva.
30
Segundo Wyrebski (1997) citado por Hamaoka e Lopes da Silva (2000, p.4), a
vantagem da manuteno preditiva que se aproveita ao mximo a vida til dos elementos da
mquina, podendo-se programar a reforma e substituio somente das peas comprometidas.
A interveno na planta a mnima possvel. Por outro lado, as desvantagens desse tipo de
manuteno so a necessidade de acompanhamentos e inspees peridicas, por meio de
instrumentos especficos de monitorao, o que acarreta aumento de custos e a necessidade
de profissionais especializados para esse servio, conforme observam Hamaoka e Lopes da
Silva (2000, p.5).
Outro tipo de manuteno mencionada por Pinto e Xavier (2001, p. 44), Nunes (2001,
p.15), Moubray (1992, p.80) e Hauge (2002, p.17) a manuteno detectiva, surgida na
dcada de 90. A manuteno detectiva visa a busca das chamadas falhas ocultas, aquelas
falhas no evidentes para o pessoal de operao e manuteno em situao normal. Estas
falhas ocorrem em dispositivos que Moubray (1992, p.72) define como no sendo "fail-safe'',
podendo ocorrer a falha mltipla: a funo protegida falha enquanto o dispositivo de proteo
est em estado de falha. Falhas ocultas ocorrem em sistemas de proteo de gerao,
transmisso e distribuio de energia eltrica, nos dispositivos de segurana de processos e
nos sistemas de desligamento de emergncia. A manuteno detectiva contempla as chamadas
tarefas de busca de falhas, atravs de manuteno preventiva ou testes peridicos na funo
oculta. Nunes (2001, p.15) considera que estas atividades poderiam ser classificadas como
manuteno preventiva, sendo portanto a manuteno detectiva uma sub-diviso da
preventiva. Hauge (2002, p. 17) chama a ateno que um teste peridico somente assegura
que a falha oculta no ocorreu, no havendo garantia que o dispositivo no venha a falhar
durante o prximo perodo de funcionamento. Pinto e Xavier (2001, p.46) observam a
possibilidade da manuteno detectiva ser realizada com o sistema em operao, o que seria
de grande valia para a sua maior disponibilidade e uma mudana nos padres atuais,
permitindo ao pessoal de manuteno um domnio sobre a situao de falha oculta. A
desvantagem desta forma de interveno a necessidade de profissionais treinados e com
habilitao para execuo do servio.
Uma forma de atuao mencionada por Pinto e Xavier (2001, p.46), Dhillon (1982,
p.239) e Hamaoka e Lopes da Silva (2000, p.5) a prtica da Engenharia de Manuteno. Em
vez de valorizar o reparo contnuo dos equipamentos, h uma atuao forte no sentido de
identificar causas bsicas, buscando a melhor performance do equipamento e evitando
repetio de problemas. A Engenharia de Manuteno foca sua atuao na introduo de
melhorias e modificaes no projeto do equipamento ou componente que evitem a falha. A
31
freqncia com que ocorrem as falhas so acompanhadas, as possveis causas so avaliadas e
executam-se servios que resultem em uma modificao do componente e eliminao daquela
falha. Pinto e Xavier (2001, p.47) consideram que a adoo da engenharia de manuteno traz
um salto significativo de resultados em relao a manuteno preventiva.
Conforme ser mostrado no item 3.4, Moubray (1992, p.106) faz uma abordagem
diferente, dividindo as aes de manuteno em dois grupos: a manuteno preventiva e
preditiva, constituem o que ele denomina de tarefas preventivas ou pr-ativas (preventive
tasks). As tarefas preventivas incluem as restauraes programadas, as substituies
programadas e as tarefas programadas sob condio. O segundo grupo formado pelas
chamadas aes default (default actions) ou aes sob estado de falha, que so as tarefas de
busca de falha, as manutenes no programadas (run-to-failure) e o reprojeto (redesign).
A Manuteno Centrada em Confiabilidade uma ferramenta que atravs de uma
sistemtica conhecida permite a aplicao dos tipos de manuteno citados acima de acordo
com as caractersticas do modo de falha, segundo observam Pinto e Xavier (2001, p.36).
Gerenciamento de ativos
Suprimento
Especificao
de fornecedores
Manuteno
Substituio
Alienao
Manuteno
programada
Manuteno
preditiva
Monitoramento
de condio
-por idade ,
-em massa
Anlises de
necessidades e
prioridades
MCC
Modelos
Matemticos
Abordagens
Empricas
32
A figura 3.2 reproduz de Endrenyi et al. (2001, p.639) uma classificao das vrias
abordagens de manuteno, mostrando como se situa a MCC neste contexto.
33
possveis de ocorrer no contexto operacional real. Modo de falha a descrio da maneira
pela qual um item falha em cumprir com a sua funo (LAFRAIA, 2001). A lista dos modos
de falha deve incluir falhas causadas por erros humanos. A partir desta etapa utiliza-se a
Failure Modes and Effect Analysis (FMEA), traduzida como Anlise de Modos de Falhas e
Efeitos segundo Lafraia (2001, p.101) ou Anlise do Modo e Efeito de Falha como em Pinto;
Xavier (2001, p.113), ferramenta muito utilizada em anlise de falhas e risco, que ser
apresentada no captulo 4.
O quarto passo a ser realizado listar os efeitos provocados por cada modo de falha.
So informaes fundamentais para a avaliao das conseqncias da falha: evidncias da
ocorrncia da falha, o que afetado pela ocorrncia (segurana, meio ambiente, produo,
operao, lucratividade) e tipo de reparo necessrio. Aps a descrio dos efeitos de cada
modo de falha, ser necessrio avaliar suas conseqncias. Trata-se de um ponto chave da
MCC, as conseqncias das falhas so muito mais importantes que suas caractersticas
tcnicas. Deve-se conhecer como o modo de falha afeta a organizao ou quais tipos de
conseqncias resultam de cada modo de falha. So quatro grupos de conseqncias: (1)
Falhas ocultas, no evidentes para pessoal de operao com possibilidade de falhas mltiplas.
(2) Conseqncias para segurana e meio ambiente. (3) Conseqncias operacionais. Afetam
entrega, qualidade, clientes, prazos,etc. (4) Sem conseqncias operacionais: envolve somente
o custo de reparo.
Aps a identificao das falhas funcionais, dos modos de falha, dos efeitos e dos tipos
de conseqncias feita uma avaliao sobre a estratgia de manuteno a ser adotada para
cada modo de falha, a fim de elimin-lo ou reduzir suas conseqncias. a etapa que trata do
que deve ser feito, compondo um plano de manuteno. Deve-se afastar a idia que todas as
falhas devem ser evitadas, ou seja, busca-se o gerenciamento das falhas e no apenas a
preveno indiscriminada de todas elas. A figura 3.3, apresenta um diagrama das etapas que
compem o processo da MCC.
34
equipamentos nos ltimos vinte anos. As curvas mostram a variao da probabilidade
condicional da falha em funo da idade do equipamento ou componente.
SE NO HOUVER TAREFA MP REPROJETO OU ACEITAR
RISCO
DADOS
(1)
COLETA
DE INFORMAES
identificao da
equipe de anlise
identificao das
fontes de
informaes
coleta/ compilao
(2)
IDENTIFICAO
&
PARTIO
descrio dos
sistemas
identificao dos
elementos
constituintes do
sistema
definir zonas de
localiza-o (se
neces-srio)
defnir limites e
interfaces do sistema
(3)
REQUISITOS
(4)
SELEO DE
TAREFAS DE MP
identificar
funcionalmente os
itens significativos
aplicaar lgica de
deciso
definir funoes
definir falhas
funcionais
identificar modos de
falhas dominantes
das falhas funcionais
estabelecer dados de
causa-efeito
identificar
potenciais tarefas
MP
selecionar tarefas
aplicveis e efetivas
estabelecer
intervalos das tarefas
estabelecer
modificaes de
projeto
PLANO DE
MANUTENO
(5)
FORMULAO
&
IMPLANTAO
comparar com
tarefas existentes
detalhar instrues
de tarefas
revisar o cronograma
de tarefas
instalar o plano
revisado
auditar
buscar opes para
reprojeto
Segundo Moubray (1992) e Smith (1993), estudos feitos em aeronaves civis mostram
que 4% dos itens seguem o padro A, 2% o padro B, 5% o padro C, 7% o padro D, 14% o
padro E e 68% seguem o padro F, sendo que esta distribuio no necessariamente a
mesma para outros ramos da indstria. A evoluo do conhecimento dos padres de falhas,
mostrou ser falsa a crena de que sempre existe uma relao entre confiabilidade e idade
operacional, consequentemente a idia
tornam menos provvel sua falha. Moubray (1992, p.13) comenta sobre esta falsa crena e
acrescenta que isto s verdade se existir um modo de falha dominante relacionado idade.
35
Diz o autor, "Limites de idade influenciam pouco ou nada para aumentar a confiabilidade de
itens complexos. De fato, revises peridicas podem realmente aumentar a taxa de falha total ,
introduzindo mortalidade infantil em sistemas at ento estveis". Smith (1993, p.46)
acrescenta que nos estudos realizados, somente 11% (padres A, B e C) dos componentes
experimentaram uma caracterstica com alguma influncia da idade e os outros 89% (padres
D, E e F) dos componentes no desenvolveram nenhum mecanismo de envelhecimento ou
aumento da taxa de falha durante sua vida til.
Aps a avaliao das conseqncias das falhas necessrio estabelecer quais as aes
sero tomadas a fim de elimin-las ou reduzir suas conseqncias. o que Moubray (2000,
p.11) denomina de gerenciamento das falhas e no apenas a preveno indiscriminada de
todas elas. A MCC divide as tcnicas de gerenciamento de falhas em: (1) Tarefas pr-ativas e
(2) Aes ou tarefas default.
As tarefas pr-ativas so divididas em trs categorias: (1) tarefas programadas sob
condio, (2) tarefas de restaurao programada e (3) tarefas de substituio programada.
As tarefas de restaurao ou substituio programada esto relacionadas com uma
idade limite ou com base no tempo. Embora de pouca influencia na confiabilidade de
equipamentos complexos, pode ser vlida para itens mais simples. So tarefas daquilo que
tradicionalmente conhecido como manuteno preventiva baseada no tempo.
As tarefas sob condio baseiam-se no fato que a maioria dos tipos de falhas
apresentam alguma indicao que ela est para ocorrer, ou seja apresentam algumas condies
fsicas que indicam que a falha funcional est na eminncia de ocorrer ou um processo de
falha potencial. O objetivo deste tipo de tarefa evitar que a falha potencial possa se
transformar em uma falha funcional.
Moubray (2000, p.170) define aes ou tarefas default como aquelas que podem ser
tomadas caso nenhuma tarefa pr-ativa seja considerada tecnicamente vivel e que devem ser
feitas para qualquer modo de falha. Isto significa que ao final do processo da MCC, um
determinado modo de falha ser objeto de pelo menos uma ao default. Uma ao default
pode ser entendida como uma ao padro que desempenhada sob estado de falha. As
tarefas default so divididas em outras trs categorias: (1) tarefas de busca de falhas, (2)
reprojeto (redesign) do item ou sistema e (3) manuteno no programada (run-to-failure).
A busca de falhas consiste em verificar periodicamente a existncia de falhas ocultas
nos sistemas de intertravamento, proteo ou emergncia. Devem ser realizados testes para
detectar falhas no evidentes ao pessoal de operao e manuteno. Existem alguns sistemas
36
de teste que podem ser realizados sem a parada do equipamento, mas a maioria dos testes so
realizados com a parada programada do equipamento.
As manutenes no programadas significam a ausncia de qualquer forma de
manuteno preventiva ou preditiva. No h ao em prevenir ou antecipar aos modos de
falha. Aps a ocorrncia da falha, so realizados os reparos necessrios. Este tipo de ao
adequada para as falhas que no possuem conseqncias significativas para o sistema.
O reprojeto de um item ou sistema o conjunto de modificaes que podem ser
efetuadas para restabelecer ou melhorar a confiabilidade e reduzir riscos em um sistema.
Incluem modificaes de ordem fsica ou relativas a procedimentos.
37
justificvel economicamente, uma deciso deve ser tomada entre manuteno no programada
(corretiva ) se a conseqncia operacional aceitvel ou reprojetar o sistema ou processo, se a
conseqncia no aceitvel. Se a falha tem conseqncias no operacionais, uma tarefa prativa vale a pena ser realizada se o custo total de realiz-la em um perodo de tempo menor
que o custo do reparo do equipamento envolvido na falha no mesmo perodo. A tarefa tem
que ser justificada economicamente, caso contrrio a opo fica entre manuteno no
programada (corretiva ) se o custo de reparo no for alto ou reprojetar o sistema ou processo,
se o custo de reparo aceitvel. Moubray (1992, p.15) observa que esta abordagem da MCC
para as estratgias de manuteno escolhidas, leva a uma reduo substancial nos trabalhos de
rotina (tarefas pr-ativas) que sero mais bem executadas. Tambm ocorre eliminao de
tarefas no produtivas, resultando em uma manuteno mais efetiva.
Existem variaes nos diagramas de deciso da MCC apresentados pelos diversos
autores conforme apresentado nas figuras 3.5 e 3.6.
Fig. 3.5 - rvore Lgica de Deciso (E) e o Diagrama de Seleo de Tarefas (D).
Fonte: Smith (1992, p. 90; 95)
38
39
Segundo Nichols e Matusheski (2000, p.1), Smith (1992) pertence a outra escola de
pensamento que sugere que a unidade de produo seja dividida em sistemas e que somente as
tarefas da MCC que mitiguem falhas de sistema so consideradas, o que traz vantagens e
desvantagens em relao a abordagem baseada em componentes.
Alguns autores apresentam variaes no diagrama de deciso, como Johnston (2002,
p.367), Hauge e Johnston (2001, p.38) e Hauge et al. (2000, p.311). Tais variaes so
algumas vezes chamadas de Streamlined RCM Process, traduzido para Processo da MCC
Simplificada. O objetivo deste tipo de abordagem a simplificao da sistemtica da MCC
atravs do uso de padres pr-definidos de tarefas de acordo com o tipo de equipamento,
visando maior rapidez e eficincia no uso para equipamentos simples e no crticos, ainda que
completo e rigoroso para equipamentos complexos, caros e crticos. Moubray (2000b, p. 6 )
ressalta, entre outros comentrios, que esta abordagem no considera os mesmos princpios
da MCC tradicional na qual a anlise feita sobre o equipamento dentro do seu contexto
operacional. A figura 3.7 abaixo mostra um diagrama de deciso de um processo simplificado
da MCC, segundo Hauge et al. (2000, p.314).
Nichols e Matusheski (2000, p.1) observam que o Electric Power Research Institute
(EPRI) tem experimentado esta abordagem em algumas concessionrias de energia
americanas com variados nveis de sucesso. Hauge e Johnston (2001, p.36;38) relatam que o
40
processo da MCC simplificada uma ferramenta bastante utilizada nas atividades de
manuteno das bases de lanamento e aterrizagem do programa espacial americano,
mostrando que a diferena para a MCC tradicional est no uso de uma abordagem baseada em
procedimentos para identificao dos modos de falhas, onde os analistas examinam
procedimentos de manuteno para determinar
prevenidos.
41
4 - TCNICAS DE ANLISE DE RISCO E CONFIABILIDADE
Conforme observam Billinton e Allan (1992, p. 2 ), " a sociedade tem uma grande
dificuldade em distinguir entre um perigo, que pode ser priorizado em termos de sua
severidade, mas no leva em conta sua probabilidade, e risco, que considera no somente o
evento perigoso, mas tambm a sua probabilidade de ocorrncia".
Segundo o CCPS-AIChE (Center for Chemical Process Safety of the American
Institute of Chemical Engineers, 1992, p.11), perigo uma caracterstica fsica ou qumica
inerente de um material, sistema, processo ou planta que tem o potencial de causar dano. O
risco funo da freqncia de ocorrncia e da conseqncia de determinado perigo (DNV,
2003, p.11). Os termos perigo, risco, anlise e avaliao
42
O mesmo autor define que matematicamente o risco pode ser expresso pela relao:
Risco = (Probabilidade de ocorrncia).( Deteco).( Severidade das conseqncias)
r=
1 n
xi f i
N i =1
(4.1)
43
Muitas tcnicas podem auxiliar no alcance de necessidades da planta sejam operacionais,
econmicas ou ambientais.
Apesar da anlise de risco tipicamente usar mtodos qualitativos para anlise de falhas
potenciais de equipamentos e erros humanos que podem resultar em acidentes, elas podem
tambm identificar falhas nos sistemas de gerenciamento de um programa de segurana de
processo (PSP) de uma organizao, como por exemplo, falhas no gerenciamento de
mudanas ou deficincia nas suas prticas de manuteno (CCPS-AIChE, 1992, p.11). As
tcnicas individuais de Anlise de Risco podem ser usadas, por exemplo, para (1) investigar
as provveis causas de um incidente j ocorrido, (2) como parte de um programa de
gerenciameno de mudanas na planta, e (3) para identificar equipamentos crticos sob aspecto
de segurana para manuteno especial , testes, ou inspeo como parte de um programa de
integridade mecnica (CCPS-AIChE, 1992, p.7).
Para Dhillon (1982, p.164) os trs elementos bsicos chaves da anlise de risco que
devem estar presentes em qualquer abordagem so: (1) identificao de perigos potenciais, (2)
avaliao dos eventos, sua importncia, probabilidade de ocorrncia e efeitos e (3)
comunicao dos resultados finais para a organizao com a definio das medidas corretivas,
prazos, responsabilidades e recursos.
Todas as tcnicas de anlise de risco so mais completas e efetivas quando conduzidas
atravs de um grupo de pessoas com experincia nas diversas atividades envolvidas:
segurana , instrumentao, mecnica, eltrica, operao, etc (CCPS-AIChE, 1992, p.12). As
avaliaes podem ser conduzidas para auxiliar o gerenciamento de risco de um processo
desde os estgios iniciais da Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), em detalhamento de
projetos, montagem e com a unidade em operao, podendo ser extendidas por todo o tempo
de vida operacional at a desativao e desmontagem do processo ou sistema. Atravs do uso
desta abordagem de "Ciclo de vida" combinada com outras atividades de um programa de
segurana de processo, as avaliaes de perigo podem de maneira eficiente revelar
deficincias no projeto e operao antes da unidade industrial ter seu local definido, ser
construda, ou iniciar operao.
So vrios os benefcios de um programa de avaliao de riscos, embora no
facilmente mensurveis: reduo de acidentes no processo, reduo de conseqncias de
acidentes que ocorram, melhoria na resposta em emergncias, melhorias em treinamento e
entendimento do processo, prticas operacionais mais produtivas e eficientes e a melhoria no
relacionamento com a comunidade e agentes reguladores (CCPS-AIChE, 1992, p.8). Nos dias
44
atuais, a avaliao de riscos uma atividade cada vez mais requerida como obrigatria pela
legislao dos orgos reguladores de segurana do trabalho e ambientais.
Um acidente deve ser visto como uma seqncia de eventos e cada um destes eventos
propagadores representa uma oportunidade para interromper a seqncia do acidente ou
agravamento da severidade do seus efeitos. O entendimento destas seqncias de eventos para
potenciais acidentes em uma atividade, permite a tomada de aes para reduzir a freqncia e
as conseqncias de suas ocorrncias. (CCPS-AICh, 1992, p.20)
Aps a identificao dos perigos, pode-se adotar medidas mitigadoras ou eliminadoras
dos seus efeitos, permitindo que projeto, construo, operao e manuteno das instalaes
de uma planta sejam executadas de forma segura e as conseqncias de potenciais acidentes
sejam minimizadas. Melo et al. (2002, p.8) descrevem como exemplos de medidas
mitigadoras aquelas que (1) reduzem freqncia: treinamento de operadores, mudanas nas
condies de trabalho, colocao de proteo nas mquinas, etc, ou (2) reduzem a intensidade
de suas conseqncias: implementar o uso de EPI (Equipamento de Proteo Individual),
instalar sistemas fixos de combate a incndios, estabelecer plano de ao para acidentes. Melo
et al. ressaltam ainda que a adoo de tais medidas produzem um efeito preventivo na curva
de riscos, o que representado na figura 4.1.
Lafraia (2001, p.114) acrescenta como medidas para reduzir a severidade do risco:
adio de dispositivos de segurana, limite de capacidade, uso de tecnologia diferente. Para
45
preveno do risco: uso de fatores de segurana maiores, uso de sistemas em paralelo ou
stand-by, anlise de tenses. Para deteco do risco: realizao de testes e inspees.
A identificao de riscos envolve duas tarefas chaves: (1) identificao de
conseqncias no desejadas especficas e (2) identificao de material, sistema, processo, e
caractersticas da planta que poderiam produzir essas conseqncias. As conseqncias
indesejveis podem ser classificadas em impactos humanos, impactos ambientais ou impactos
economicos. So impactos humanos: danos ao consumidor, danos comunidade, danos ao
pessoal interno da planta, danos ao pessoal de uma unidade, perda de empregos e efeitos
psicolgicos. Os impactos ambientais podem ser externos ou internos planta, podendo haver
contaminao do ar, gua ou solo. Impactos econmicos envolvem: danos a propriedade,
perda de inventrio, perda de produo, reduo da qualidade de produtos, perda de mercado,
despesas legais ou imagem negativa da empresa. (CCPS-AIChE ,1992, p.35)
46
- Anlise What-If / LV (What-If / Checklist Analysis)
- Anlise de Perigos e Operabilidade (Hazard and Operability Analysis)
- Anlise de Modos e Efeitos de Falhas (Failure Modes and Effects Analysis)
- Anlise por rvore de Eventos (Event Tree Analysis)
- Anlise por rvore de Falhas (Fault Tree Analysis)
- Anlise de Causa e Conseqncia (Cause-Consequence Analysis)
- Anlise da Confiabilidade Humana (Human Reliability Analysis)
- Anlise Histrica
- Anlise de Vulnerabilidade (Vulnerability Models)
- Anlise de Custo-Benefcio
- Anlise das Causas-Raiz de falhas (Root Cause Failure Analysis)
- Anlise Quantitativa de Riscos
- Tcnicas Especiais
Melo et al. (2002, p.3) citam ainda a Tcnica de incidentes crticos (TIC) e a Srie de
riscos (SR).
A seleo das tcnicas que sero usadas em uma determinada aplicao uma etapa
importante para assegurar resultados que estejam de acordo com os objetivos do estudo de
avaliao. Dhillon (1982, p.165), por exemplo, divide as tcnicas de anlise de risco, quanto a
finalidade dos estudos, em trs classes: (1) Anlise conceitual (ex: APR), (2) Anlise de
projetos e desenvolvimentos de sistemas (ex: rvore de eventos e rvore de falhas) e (3)
Anlise de segurana funcional (ex: HAZOP). Arajo e Lima (199-, p.1-2) classifica as
tcnicas de anlise de risco em quatro grupos: (1) Tcnicas destinadas identificao de
riscos ( LV, AH, APR, HAZOP e FMEA ), (2) Tcnicas destinadas avaliao de freqncias
de ocorrncias de cenrios de acidentes ( AF e AE ), (3) Tcnicas a serem usadas na avaliao
das conseqncias de acidentes ( AV e ACC) e (4) Tcnicas a serem usadas em situaes
especficas ( AQR, ACB e TE). Entretanto, as classificaes no so rgidas e frequentemente
mais de uma tcnica necessita ser utilizada para os objetivos de uma anlise de risco.
Apresenta-se a seguir uma viso geral sobre as tcnicas de anlise de risco.
47
industrial. Envolve entrevistas com operadores, engenheiros, gerentes, pessoal de manuteno
e segurana dependendo da organizao da planta. As inspees costumam ser realizadas com
apoio de formulrios. Um exemplo destes formulrios mostrado na figura 4.2:
48
possam ter introduzido novos perigos, avalia as bases do projeto dos sistemas de controle e
segurana, verifica a aplicao de novas tecnologias para perigos existentes e a adequacidade
da manuteno. Existem diferentes tipos de inspeo de segurana. King e Magid (1979, p.92)
mencionam dois tipos de inspeo: (1) Inspees para verificar a segurana do ambiente de
trabalho, maquinrio, ferramentas e rea industrial. (2) Inspees para verificar a segurana
das prticas dos empregados durante o trabalho. O primeiro tipo visam descobrir condies
inseguras no ambiente de trabalho e o segundo visa decobrir atos inseguros praticados por
pessoas. Carneiro Filho (1985, p.9) classifica as inspees de segurana em: (1) Inspees
Informais , feitas diariamente pelo prprio supervisor da rea. (2) Inspees Programadas,
realizadas periodicamente ou de modo contnuo. (3) Inspees especiais e (4) Inspees
Ocasionais ou Intermitentes. O termo " auditoria de segurana" tambm utilizado em
algumas publicaes, conforme podemos observar em Lees (1991, v.1, p.169).
Uma Lista de Verificao (LV) ou Checklist tem por objetivo identificar os perigos de
um empreendimento ou atividade em andamento atravs de uma avaliao padro (ARAJO
E LIMA, 199-, p.2-1). A figura 4.3 mostra um formulrio tpico segundo Zocchio (1992,
p.10).
A Lista de Verificao utiliza uma lista de itens escrita ou passos segundo um
procedimento para verificar o estado de um sistema ( CCPS-AIChE ,1992, p.54).
As Listas de Verificao so usadas para confrontar se um processo, sistema ou
equipamento est de acordo com normas e procedimentos, sendo til para identificar a
necessidade de informaes mais detalhadas ou situaes de risco que devam ser melhor
avaliadas. So formadas por perguntas sobre o equipamento, sistema ou rea de processo
visando detectar anormalidades existentes, no cumprimentos de tarefas ou riscos potenciais
para a planta, pessoas ou meio ambiente. Podem ser aplicadas facilmente em qualquer fase ou
estgio da vida til do processo, sistema ou equipamento e na etapa de projeto pode apontar
deficincias.
49
50
alternativa de projeto, processo ou sistema. Estes indicadores podem ser calculados de
diversas maneiras e nveis de complexidades, o que resultar para o mtodo da priorizao
maior ou menor grau de sofisticao dependendo da necessidade da aplicao.
Exemplos de ndices citados por CCPS-AIChE (1992, p.57) e Lees (1991, v.1 , p.151)
so: " Dow Fire and Explosion Index (F&EI)", "ICI Mond Index" e o " Substance Hazard
Index (SHI)". Alm dos ndices mais conhecidos, as empresas costumam criar seus prprios
indicadores para priorizar ou aferir os riscos envolvidos nos seus processos.
51
de risco identificada, as causas, os efeitos e as medidas mitigadoras corretivas e/ou
preventivas so listadas no formulrio.
Causa
Mdulo de Anlise:
Modo de
Deteco
Efeito
Freq.
Sev.
Referncia:
Cat.
Risco
Sugestes/
Observaes
Cenrio
Anlise What-if (What-if Analysis) uma tcnica no estruturada que baseia-se nas
respostas obtidas para uma seqncia de perguntas do tipo
52
Sua aplicao tem como resultado uma lista de situaes perigosas, suas
conseqncias e medidas mitigadoras.
4.2.6 - ANLISE What-if / LV
foi
53
Embora na FMEA possam ser identificados quais os modos de falha que resultam ou
contribuem para ocorrncia de acidentes, "a tcnica no eficiente para identificar uma lista
extensa de combinaes de falhas de equipamentos que resultem em acidentes". (CCPSAIChE, 1992, p.66).
PALAVRA-GUIA
PARMETRO
DESVIO
Nenhum
Fluxo
Nenhum fluxo
Menos
Fluxo
Menos fluxo
Mais
Fluxo
Mais fluxo
Reverso
Fluxo
Fluxo reverso
Tambm
Fluxo
Contaminao
Menos
Presso
Presso baixa
Mais
Presso
Presso alta
Menos
Temperatura
Temperatura baixa
Mais
Temperatura
Temperatura alta
Menos
Nvel
Nvel baixo
Mais
Nvel
Nvel alto
Menos
Viscosidade
Viscosidade baixa
Mais
Viscosidade
Viscosidade alta
Nenhum
Reao
Nenhuma reao
Menos
Reao
Menos reao
Mais
Reao
Mais reao
Reverso
Reao
Reao reversa
Tambm
Reao
Reao secundria
FMEA
Sub-sistema:
Componentes
Referncia:
Modo de
Falha
Preparado por:
Efeitos sobre
Efeitos sobre
outros
o sistema
componentes
Categoria
de Freq.
Data:
Categoria
de Sev.
Mtodos
de
Deteco
Recomendaes
54
Segundo Arajo e Lima (199-, p.6-2) , apesar de ser uma tcnica essencialmente
qualitativa, uma extenso da FMEA, denominada Anlise de Modo, Efeito e Criticalidade das
Falhas (Failure Modes Effects and Criticality Analysis - FMECA ), pode fornecer tambm
estimativas para as freqncias de ocorrncia dos modos de falhas e para o grau de severidade
dos seus efeitos. Esta ressalva tambm mencionada pelo CCPS- AIChE (1992, p.151).
Algumas vezes chamada de rvore de causas (MELO et al., 2002, p.3). A Event Tree
Analysis um mtodo lgico indutivo para identificao grfica de possveis conseqncias
de um acidente a partir de "evento inicializador" que pode ser a falha de um equipamento ou
um erro humano.
A ocorrncia do evento inicial, poder ou no evoluir para um acidente, dependendo
da resposta (falha ou sucesso) e existncia de sistemas de segurana, aes dos operadores e
dos procedimentos de emergncia. Estes so considerados elementos que visam evitar a
propagao do acidente. As possibilidades de sucesso ou falha de cada evento so
representadas em forma de ramos que em seqncia formaro a rvore de eventos.
Como resultado (qualitativo ou quantitativo) o mtodo mostra seqncias de acidentes
possveis de ocorrer para o evento inicializador estudado, o que mais adequado para
processos complexos, de acordo com o CCPS-AIChE (1992, p.69). A figura 4.8 mostra um
diagrama de rvore de eventos para um caso de "perda de conexo com a rede eltrica".
55
resultados quantitativos atravs das probabilidades e freqncias de ocorrncia do evento topo
e de cada um dos cortes mnimos da rvore.
Evento Iniciador
Geradores diesel
Geradores Diesel
Falha do sistema de
Falha no
Perda da conexo
falham
falham aps um
baterias
suprimento de
-2
com a rede
na partida
perodo operando
1x10
eltrica
2x10-2
1x10-3
falhas/demanda
1x10-1
falha/demanda
falhas/demanda
emergncia
2.1x10-5 falhas/ano
ocorrncia/ano
1x10-4 ocorrncia/ano
Sucesso
1x10-1 ocorrncia/ano
1x10-6 ocorrncia/ano
Falha
2x10-3 ocorrncia/ano
2x10-5 ocorrncia/ano
A figura 4.9 mostra um diagrama de uma rvore de falhas para o evento topo "Incndio em
casa sem alarme ".
56
Segundo o CCPS-AIChE (1992, p. 70), "Anlise de Causa e Conseqncia (CauseConsequence Analysis) uma combinao das anlises por rvore de falhas e rvore de
eventos".
Os resultados alcanados so qualitativos, relacionando acidentes em potencial.
Entretanto, considerado uma boa ferramenta de comunicao pela forma como o diagrama
de causa e conseqncia apresenta informaes.
Pelas limitaes do mtodo, sua indicao para uso em sistemas ou processos onde a
lgica de falhas nos acidentes simples. A figura 4.10 mostra um exemplo de anlise de
causa e conseqncia para o evento "perda de gua de refrigerao para um reator de
oxidao", cuja rvore de falha tambm est representada.
57
58
obtidos em relao a arranjos de ambientes, posies ergonmicas, procedimentos e
inadequao de tarefas.
A anlise da confiabilidade humana uma tcnica complementar geralmente usada em
conjunto com outras tcnicas, com possibilidade de fornecer resultados quantitativos.
A Anlise de Vulnerabilidade visa estimar e modelar a regio que pode ser atingida
pelos efeitos danosos causados por liberaes acidentais de substncias perigosas. um
mtodo que apresenta resultados quantitativos, podendo ser utilizado aps uma primeira
identificao e priorizao de riscos e cenrios por uma tcnica qualitativa. A anlise de
vulnerabilidade envolve quatro etapas: (1) caracterizao do cenrio do acidente, (2)
determinao do termo fonte, (3) avaliao dos efeitos fsicos e (4) clculo das reas
vulnerveis.
Lees (1991, v.1, p.205) define um "modelo de vulnerabilidade" como sendo um
sistema de modelos matemticos que podem ser usados para investigar diferentes cenrios
para aqueles perigos maiores.
Alguns modelos de vulnerabilidade conhecidos so: o modelo de Eisenberg et al.
(1975) citado por Lees (1991, v.1, p. 206) e Arajo e Lima(199-, p.9-9) e modelos de Raj e
Kalelkar (1974) citados por Lees (1991, v.1, p. 206)
59
4.2.15 - Anlise de custo-benefcio - ACB
avaliaes podem ser realizadas: (1) uma avaliao econmica ou financeira dos custos
totais envolvidos nos acidentes, leses e doenas ocupacionais e, (2) uma anlise da relao
custo/benefcio das actividades preventivas para evit-los. A primeira envolve avaliaes dos
custos de um dado acidente ou da totalidade dos acidentes ocorridos num determinado
perodo de tempo. Normalmente, trata-se, neste caso, de uma avaliao posterior ao evento. A
segunda uma avaliao dos efeitos econmicos de medidas preventivas ou da preveno de
acidentes, normalmente, usada para avaliar a viabilidade de um investimento ou selecionar
entre vrias alternativas.
Traduzido de Root Cause Failure Analysis (RCFA). Segundo Pinto e Xavier (2001, p.
118) trata-se de um mtodo de anlise de falhas costumeiramente usado para equipamentos
crticos ou mais importantes, mas que vem sendo cada vez mais adotado para aqueles
problemas repetitivos ou crnicos. O mtodo de anlise pode ser usado para falhas j
ocorridas e para investigao de acidentes, sendo baseada no sucessivo questionamento (Por
que ?) a cada etapa de anlise. A anlise inicia com a pergunta "Por que o equipamento
falhou ?" e a cada resposta nova pergunta dirigida para a causa apresentada, seguindo este
procedimento at que a questo no faa mais sentido. As causas razes encontradas muitas
vezes so relacionadas a treinamento de pessoal, falha de superviso ou gerenciamento,
fatores externos a atividade humana, falta de coordenao de tarefas, etc.
60
4.2.17 - Anlise quantitativa de riscos - AQR
Confiabilidade, segundo King e Magid (1979, p.197), " a probabilidade de que parte
de um equipamento ou componente desempenhe uma funo como pretendido por um dado
perodo de tempo em um determinado ambiente", definio que tambm citada por Lees
(1991, v.1, p.80) com pequena diferena : " a probabilidade que um item desempenhe uma
funo requerida sob certas condies por um determinado perodo de tempo".
Segurana, Safety em ingls, definida como a ausncia das condies que podem
causar danos ou perdas de equipamentos, ou danos ou morte de seres humanos. Apesar da
questo da agresso ao meio ambiente no estar explcita nesta definio, ela contm os
elementos necessrios ao propsito de evidenciarmos um elo entre segurana e confiabilidade.
A definio de confiabilidade contm uma estreita relao com a segurana de uma
instalao, na medida em que o mau ou no desempenho da funo requerida resulte em
conseqncias que possam causar danos ou morte de pessoas,
ou violao de alguma
61
legislao ambiental, seja ela corporativa, regional, nacional ou internacional. Isto fica bem
claro nos comentrios de Billington e Allan (1992, p.2) sobre diversos acidentes histricos
" ...em que falhas resultaram em severas conseqncias sociais e ambientais e muitas mortes".
E continuam, se referindo aos riscos envolvidos: " tcnicas de anlise de confiabilidade
podem atender no objetivo de avaliao destes riscos probabilsticos e ajudar em contabilizlos, no somente pela severidade, mas tambm pela freqncia.". Moubray (1992, p.64)
tambm observa que a avaliao destas conseqncias no deve se referir apenas aos
funcionrios da empresa, mas tambm abranger aos clientes e comunidade como um todo.
De modo mais abrangente, Dhillon (1982, p.160) mostra a relao que deve existir
entre as disciplinas que contribuem para a efetividade de um sistema. So elas: confiabilidade,
sistema de segurana, engenharia do valor, fatores humanos, manutenibilidade, logstica e
garantia da qualidade.
Algumas das tcnicas apresentadas na seo 4.2 so utilizadas para estudos de
confiabilidade de sistemas e equipamentos.
humana so abordadas por O' Connor; Newton e Brombley (1998, p.157-169). Billinton e
Allan (1992, p.120-154), descrevem sobre o uso de rvore de falhas e rvore de eventos na
avaliao da confiabilidade de sistemas complexos, o que tambm mostrado por Dhillon
(1982, p.81-89) quando se refere rvore de falhas.
Tratando-se do processo da manuteno centrada em confiabilidade, a tcnica da
FMEA utilizada para relacionar os modos de falhas e efeitos dos componentes do sistema
selecionados, o que mais uma evidncia do elo existente entre a confiabilidade e a segurana
de um processo ou sistema. Moubray (1992, p. 18) cita que um dos benefcios do uso da MCC
pelas organizaes a maior proteo da segurana e meio ambiente. Segundo Moubray, " a
MCC considera as implicaes de segurana e meio ambiente de todos os modos de falha
antes de considerar os seus efeitos sobre a operao". A incluso deste procedimento na
metodologia da MCC procura minimizar todos os perigos para a segurana e meio ambiente
relacionados aos equipamentos. Um interessante aspecto mostrado por Hauge e Johnston
(2001, p.39) que as estratgias de manuteno (preditiva, preventiva e busca de falhas) tm
como objetivo reduzir a probabilidade de ocorrncia de um risco. Estas estratgias de
manuteno no afetam a severidade do modo de falha. Apenas o reprojeto do equipamento
ou sistema pode reduzir a severidade de um modo de falha. Estas observaes mostram no s
a importncia da escolha da estratgia de manuteno correta para a confiabilidade, como
tambm sua relao com o resultado desejado na ao mitigadora da anlise de risco.
62
5- PROPOSTA DE MELHORIA NA METODOLOGIA DA MCC
5.1 - CONSIDERAES INICIAIS
63
Desta forma justificam-se estudos para introduo de melhorias na metodologia da
MCC, sendo que a proposta apresentada neste trabalho uma contribuio ao mtodo atravs
da implementao de Lista de Verificao e Anlise Preliminar de Riscos, estabelecendo um
elo com o diagrama de deciso da metodologia. Este captulo, mostra a formatao de uma
ferramenta que ser incluida na sistemtica tradicional da MCC, de modo a reduzir sua
dependncia de julgamentos subjetivos do especialista na etapa de classificao dos modos de
falha no Diagrama de Deciso, criando mecanismos que auxiliem a definio da existncia de
impacto na segurana industrial ou meio ambiente.
64
Apesar da importncia atribuda para os modos de falhas que afetam a segurana e
meio ambiente, fica evidente nos diagramas apresentados no captulo 3 que a questo
colocada como "sim ou no". Hauge e Johnston (2001, p.36) ressaltam:
" Na prtica, existem reas cinzentas entre os extremos
"sim" e "no". Tambm, cada analista da MCC pode responder esta
questo diferentemente para a mesma situao, j que no
oferecido um padro para quantificar o risco de segurana. A
simples e bem intencionada questo de segurana tem o significativo
potencial para erro. A inteno da questo evitar anlises
desnecessrias em situaes onde no existe risco de segurana.
Encorajando os analistas a responder a questo conservativamente,
evitaria-se a rea cinzenta mencionada anteriormente, mas tambm
levaria para anlises desnecessrias. Quanto mais precisa a resposta
para esta questo, mais otimizada e eficiente ser a anlise e os
resultados."
Hauge e Johnston (2001, p. 37) lembram que risco o produto entre a severidade da
falha e a probabilidade de ocorrncia desta falha, o que foi explorado no captulo 4. O
objetivo da anlise de risco nesta abordagem avaliar como os modos de falha de cada
componente da planilha (FMEA) da Manuteno Centrada em Confiabilidade afetam a
segurana e o meio ambiente. Para isto, no diagrama de deciso da MCC necessrio
responder a seguinte pergunta para cada efeito de um determinado modo de falha:
" O efeito do modo de falha tem alguma influncia no Meio Ambiente, Sade
Ocupacional ou Segurana Industrial ? "
Para responder esta pergunta com menor grau de subjetividade prope-se uma anlise
qualitativa do risco envolvido, considerando a severidade da conseqncia da falha e a sua
probabilidade (freqncia) de ocorrncia. Deve-se seguir os passos abaixo:
Passo 1: Aplicar a Lista de Verificao Preliminar sobre o efeito provocado pelo modo de
falha como mostrado na figura 6.3. A aplicao desta LV no ser conclusiva, mas se uma das
65
respostas dos quesitos for "SIM" significa que para o mesmo dever ser atribuido ateno
diferenciada nos prximos passos. Trata-se de um primeiro levantamento sobre o efeito da
falha que est sendo analisado.
Passo 2 : Consultar o Guia de Avaliao de Risco, mostrado no Apndice A, identificando
no mesmo (campo SEL) o(s) perigo(s) envolvido(s) com o efeito do modo de falha de acordo
com a resposta obtida na aplicao da LV. A figura 6.4 mostra um exemplo do Guia de
Avaliao de Risco preenchido.
Passo 3 : Verificar em todos os itens e sub-itens do Guia de Avaliao se no h mais perigos
envolvidos com o efeito do modo de falha em anlise. Caso seja identificado mais algum
perigo provocado pelo efeito do modo de falha, deve ser assinalado no Guia (campo SEL).
Passo 4 : Para cada perigo assinalado em SEL, aplicar um estudo de avaliao do risco
LETRA
66
Sobre a conseqncia do tipo A, consideram-se aquelas decorrentes de falhas ou
incidentes envolvendo equipamentos, sistemas ou processos que, alm de prejuzos
econmicos e operacionais, impliquem em possibilidade de dano ou morte de pessoas.
Sobre a conseqncia do tipo B, consideram-se aquelas relacionadas s doenas
profissionais, doenas do trabalho ou doenas provenientes de contaminao acidental no
trabalho definidas, por exemplo na Lei n 8.213, de 25 de julho de 1991, Artigos 20 e 21
(ZOCCHIO, 1992, p.38).
Sobre a conseqncia do tipo C, consideram-se aquelas decorrentes de falhas ou
incidentes envolvendo equipamentos, sistemas ou processos que, alm de prejuzos
econmicos e operacionais, impliquem em possibilidade de dano ao meio ambiente,
transgresso da legislao, regulao ou padres ambientais.
Para avaliao da extenso das conseqncias do modo de falha, escolhe-se na tabela
5.2 o segundo grupo de letras correspondente:
CONSEQNCIA
LETRA
67
com necessidade de ajuda externa para combate. Liberao de gs txico ou GLP (Gs
Liquefeito de Petrleo). Exploso de grandes propores.
Tomando-se como exemplo a Lei Estadual no. 7.799/2001 - Bahia - Art. 220 e 221,
tem-se a definio do que vem a ser uma infrao legislao ambiental : "Toda ao ou
omisso, voluntria ou involutria de que resulte risco de poluio ou degradao do meio
ambiente, efetiva poluio ou degradao ambiental, emisso, lanamento ou liberao de
efluentes lquidos, gasosos ou resduos slidos, em desacordo com os padres estabelecidos,
e/ou que tornem ou possam tornar ultrapassados os padres de qualidade."
Y Severidade
0
Nenhuma
Baixa
de pessoas
meio ambiente
meio ambiente
Moderada
leves
ao
meio
de reparo)
dores vizinhos.
ambiente
Doenas ocupacionais no
graves
Crtica
ma.
dores vizinhos.
orgo ambiental
Probabilidade
remota
de
poucas mortes
Danos irreparveis a equipa- Morte, leses ou doenas Danos
mentos.
irreparveis
nidade vizinha
Na tabela 5.4 tem-se exemplos de valores para o algarismo (Y) do ndice IP:
ao
68
IMPACTOS A SEGURANA/SADE DE PESSOAS
2, 3 ou 4
2, 3 ou 4
Carcinogeniticidade
Mutageniticidade
Teratogenicidade
Efeitos psicolgicos
3 ou 4
Ergonomia e L.E.R.
2 ou 3
3 ou 4
Odores desagradveis
Queimaduras
2, 3 ou 4
Choque mecnico
2, 3 ou 4
Choque eltrico
2, 3 ou 4
3 ou 4
3 ou 4
Danos a animais
2, 3 ou 4
Danos a vegetao
2, 3 ou 4
69
falha, a mesma pode ser classificada como IP = ABCE3. A indicao do grau de severidade
(3) que ser utilizado para avaliao do risco envolvido.
FAIXA DE
FREQNCIA
( / ANO)
CATEGORIA
DENOMINAO
Extremamente
remota
f < 10
Remota
Possvel
Provvel
Muito provvel
f >10-1
-4
DESCRIO
Conceitualmente
possvel,
mas extremamente remota de
ocorrer durante a vida til da
instalao
70
(1) f < 10-4
(5) f >10-1
Na matriz de risco ser possvel obter uma indicao do grau de risco envolvido no
efeito provocado pelo modo de falha da metodologia da MCC. Modelos de matrizes de risco
so apresentadas, por exemplo, no CCPS-AIChE (1992, p.209), em Arajo e Lima (199-, p.410), em DNV (2003, p. 13), em Barreiro (1999, p.44), Hauge e Johnston (2001, p.37) e Melo
et al. (2002, p.5). Os modelos encontrados nas referncias citadas possuem variaes no
nmero de colunas ou linhas e tambm nas denominaes atribudas para cada nvel de
probabilidade e de severidade, mas todos resultam em uma graduao de risco que permite
adotar as medidas mitigadoras necessrias para sua eliminao ou reduo.
Prope-se a utilizao da matriz de risco com 5 linhas e 4 colunas, resultando em 5
graus de risco diferentes, conforme mostrado na tabela 5.6.
F
r
e
q
u
n
c
i
a
F
III
II
IV
III
II
IV
III
II
IV
III
IV
Severidade - IP (Y)
Tab. 5.6 - Matriz para avaliao do grau de risco
71
Observa-se que na matriz de risco, no eixo horizontal (severidade) somente o
algarismo representado por Y considerado, pois aqui no h sentido em diferenciar se o
efeito do modo de falha sobre a segurana, sade ou o meio ambiente, mas apenas aferir a
severidade do risco envolvido. A matriz dividida em quatro regies para indicar o grau do
risco envolvido e o tipo de ao requerida para sua reduo ou eliminao. Na tabela 5.7 esto
resumidas os resultados que podem ser obtidos na matriz, condio e ao recomendada.
Grau
de
Risco
Condio
Categoria
CRTICO
No aceitvel
II
SRIO
Indesejvel
III
MODERADO
Aceitvel c/
controles
IV
MENOR
DESPREZVEL
Aceitvel c/
avisos
Aceitvel
Aes
Verificar se existe alguma estratgia ou tarefa de
manuteno para evitar a falha ou reduzir o risco
para grau III. Caso contrrio, deve ser mitigado
com projetos e/ou controles administrativos para
um risco III ou menos dentro de um horizonte de
6 meses.
Verificar se existe alguma estratgia ou tarefa de
manuteno para evitar a falha ou reduzir o risco
para grau III. Caso contrrio, deve ser mitigado
com projetos e/ou controles administrativos para
um risco III ou menos dentro de um horizonte de
12 meses.
Verificar se existe alguma estratgia ou tarefa de
manuteno para evitar a falha. Caso contrrio,
deve ser verificado que procedimentos ou
controles so possveis no local
Sinalizao e avisos so medidas necessrias.
Verificar se alguma estratgia ou tarefa de
manuteno
para
evitar
a
falha
economicamente vivel.
Nenhuma mitigao requerida
72
Se adotado o diagrama apresentado por Moubray (2000, p.200), j mostrado no
captulo 3, as estratgias de manuteno (aes mitigadoras do risco) indicadas podem ser
obtidas como na seqncia mostrada na tabela 5.8, a qual sintetiza o que foi mostrado na 2a.
coluna da figura 3.6:
- Uma tarefa para detectar se a falha est ocorrendo ou para ocorrer tecnicamente vivel e vale a
pena ser feita?
- Sim , ento programar a tarefa sob condio.
- No.
- Uma tarefa de restaurao programada para evitar falhas tecnicamente vivel e vale a pena ser feita?
- Sim, ento programar a tarefa de restaurao
- No,
- Uma tarefa de descarte programado para evitar falhas tecnicamente vivel e vale a pena ser feita?
- Sim, ento programar tarefa de descarte
- No,
- Uma combinao de tarefas para evitar falhas tecnicamente vivel e vale a pena ser feita?
- Sim, ento programar as tarefas combinadas.
- No,
- Reprojetar o sistema. Ao compulsria tratando-se de uma falha que afeta a segurana, meio
ambiente ou sade.
73
6 - APLICAO DA MCC NO SISTEMA ELTRICO INDUSTRIAL DE UMA
REFINARIA DE PETRLEO
74
Taquipe (Bahia), sistema de gerao eltrica da unidade de explorao e produo de petrleo
do Amazonas, sistema de gerao da turbina gas da Refinaria Landulpho Alves (Bahia) e
moto-compressores da unidade de explorao e produo do Rio Grande do Norte/Cear.
75
de utilizao das cargas consumidoras das unidades de processo. As subestaes de rea das
unidades de processo mais importantes tm arranjos em secundrio seletivo com dois
transformadores em cada nvel de tenso e dupla entrada nos painis de 2.400 V e 480 V.
76
um engenheiro de instrumentao, um tcnico de operao da rea de utilidades, um tcnico
de manuteno eltrica e um tcnico de manuteno da instrumentao. Os participantes no
tiveram dedicao exclusiva para o trabalho da MCC, reunindo-se em mdia durante 03 dias
por ms e concluindo o relatrio final em nove meses.
O TG-8301A consiste de uma turbina General Eletric, modelo LM2500, que utiliza o
gs natural como combustvel, para acionar um gerador eltrico Brush, potncia nominal de
23,75MVA, 13.800V, fornecendo energia eltrica para a refinaria atravs do painel PN-5101E
e gases de exausto para a caldeira recuperadora GV-8301. Na MCC, o sistema foi dividido
em 14 mdulos ou sub-sistemas: Partida, Exausto de Gases, Proteo de Incndio,
Lubrificao da Turbina, Lubrificao do Gerador, Sistema de Proteo Mecnica, Gs
Combustvel, Controle, Ventilao, Turbina, Gerador, Corrente Contnua, Corrente Alternada
e Lavagem.
Para todos os mdulos foi aplicada a metodologia da MCC representada na figura 6.3.
Os sub-sistemas do gerador, de corrente contnua e de corrente alternada esto
diretamente relacionados aos propsitos deste trabalho, razo pela qual estes sistemas foram
escolhidos para serem submetidos metodologia proposta no captulo 5. Os modos de falha
destes trs sub-sistemas foram reavaliados quanto ao impacto na segurana, sade e meio
ambiente, submetendo-se cada um deles aos passos descritos no captulo 5.
Etapa 1
Escolha do sistema
Fronteiras
Interfaces
Modularizao
Etapa 2
Etapa 3
Funes e
Falhas funcionais
Anlise de Modos
e Efeitos das Falhas
Funcionais
(FMEA)
Etapa 4
Seleo de Tarefas
Formulao e
Implementao do
Plano de Manuteno
Baseado na MCC
Etapa 5
77
6.3.1 - Sub-sistema Gerador
A tabela 6.1 mostra a anlise funcional do sub-sistema Gerador realizada pelo grupo
que elaborou a MCC do TG-8301. A anlise funcional relaciona todas as funes
desempenhadas pelo sistema e as possveis falhas funcionais.
A tabela 6.2 mostra a matriz componente por falha funcional, onde cada componente
est relacionado com as falhas funcionais identificadas para o sub-sistema Gerador.
No subsistema Gerador, os componentes que tiveram algum modo de falha
relacionados com segurana, com base no estudo da MCC original, foram: sistema de
excitao, sistema digital de proteo, disjuntor geral 52-A15, vlvulas de segurana (PSV1490/1491/1488/1489) e resistor de aterramento RT-8301.
A tabela 6.3 mostra a planilha da Anlise de Modo de Falha e Efeito (FMEA) e a
tabela 6.4, o diagrama de deciso para seleo de tarefas. Observa-se que as planilhas foram
baseadas na rvore lgica e diagrama de seleo de tarefas de Smith (1992, p. 90; 95)
mostrados na figura 3.5 do captulo 3. Os modos de falha que foram apontados como tendo
implicao na segurana (meio ambiente / pessoas) esto assinalados com "S"(Sim) na coluna
S (Segurana). As colunas "E" (Evidente), "O" (Oculta) e "C" (Classificao) referem-se s
informaes adicionais sobre as falhas e seus efeitos. As colunas de 1 7 das planilhas
"Seleo de Tarefas" indicam as respostas das seguintes perguntas: (1) A relao entre idade e
confiabilidade para esta falha conhecida ? (2) Existe alguma tarefa BT (baseada no tempo)
que seja aplicvel ? (3) Existe alguma tarefa BC (baseada na condio) que seja aplicvel ?
(4) A categoria desta falha oculta ? (5) Existe alguma tarefa TDF (Teste de Deteco de
Falha) que seja aplicvel ? (6) Caso tenha sido especificada alguma tarefa anteriormente, a
mesma custo-eficiente ? (7) O reprojeto pode resolver o problema ?.
78
Subsistema: Gerador
Reviso: 0
Data: 16/07/2002
Funo
1/20
Falhas Funcionais
1.1
1.2
2.1
3.1
Proteo do gerador
4.1
5.1
79
Subsistema: Gerador
Reviso: 0
Data:
Componentes
1.1
1.2
2.1
2/20
3.1
4.1
5.1
Componentes Mecnicos
Rotor
Estator
Ventilador
Trocador de calor
Mancais
Bomba de leo
Componentes Eltricos
Sistema de excitao (AVR, PMG)
Disjuntor 52-A15
X
X
Componentes de Instrumentao
Sensor de temperatura (TE-1497/1498)
80
Subsistema: Gerador
Funo: 5
Reviso: 0
Data: 16/07/2002
3/20
Componente
Modo de Falha
Causa da Falha
Efeitos da Falha
D.D.
Rotor
Pra de funcionar
- Vibrao excessiva
- Falha terra (enrolamento)
- Quebra do eixo
- Falha do mancal
- Problemas na turbina
- Quebra do acoplamento
- Aquecimento
- Curto-circuito entre espiras
(enrolamento)
Estator
Pra de funcionar
Funciona
inadequadamente
- Aquecimento
- Mau contato
- Atuao dos RTDs dos enrolamentos
81
Subsistema: Gerador
Funo: 5
Reviso: 0
Data: 16/07/2002
4/20
Componente
Modo de Falha
Ventilador
Pra de funcionar
- Problema na turbina
- Quebra do acoplamento
- Vibrao excessiva
- Quebra do eixo
- Falha no mancal
- Aquecimento do gerador
Trocador de calor
Funciona
inadequadamente
(perda de eficincia)
Vazamento de gua
No funciona
- Parada da mquina
Funciona
inadequadamente
- Desgastes naturais
- Passagem indevida de corrente
- Contaminao do leo
Mancais
Causa da Falha
Efeitos da Falha
D.D
.
82
Subsistema: Gerador
Reviso: 0
Funo: 5
Componente
Sistema de excitao
(AVR, PMG)
Data: 16/07/2002
5/20
Modo de Falha
Causa da Falha
Efeitos da Falha
D.D.
No funciona
Funciona
inadequadamente
Fuga de corrente
- Mau contato
- Baixa isolao
- Desencapamento da fiao
- Choque eltrico
- Atuao do DGP, levando a parada da gerao de energia
83
Subsistema: Gerador
Reviso: 0
Funo: 5
Componente
Bomba de leo principal
do gerador
Data: 16/07/2002
6/20
Modo de Falha
Causa da Falha
Efeitos da Falha
D.D.
No funciona
Funcionamento
inadequado
- Desgastes naturais
- Empeno do rotor/eixo
- Ar na linha de suco
- Filtro sujo
Vazamento externo
- Desarme do TG-8301A
- Contaminao da rea
Vazamento de leo -
Sistema digital de
proteo (DGP)
No funciona
84
Subsistema: Gerador
Funo: 5
Componente
Sistema de proteo
de falta a terra no rotor
Reviso: 0
Data: 16/07/2002
7/20
Modo de Falha
Causa da Falha
Efeitos da Falha
D.D.
Funcionamento
inadequado (atuao
indevida)
Fuga de corrente
- Choque eltrico
- Possibilidade de atuao indevida, desligando o gerador,
turbina ou sistema de excitao
No funciona
85
Subsistema: Gerador
Funo: 5
Componente
Reviso: 0
Data: 16/07/2002
8/20
Modo de Falha
Causa da Falha
Efeitos da Falha
D.D.
Funcionamento
inadequado (atuao
indevida)
Fuga de corrente
- Choque eltrico
- Possibilidade de desarme indevido/devido do gerador
Cabos de potncia
(TG-CAFOR)
Pra de funcionar
- Curto-circuito
- Mau contato
- Rompimento
- Falha no aterramento
- Baixa isolao
Cabos de sinais
(SCMD e NetCon)
Pra de funcionar
- Curto-circuito
- Mau contato
- Rompimento
- Falha no aterramento
- Baixa isolao
86
Subsistema: Gerador
Funo: 5
Componente
Sistema de
monitorao digital
multifuno (DMMS)
Reviso: 0
Data: 16/07/2002
9/20
Modo de Falha
Causa da Falha
Efeitos da Falha
D.D.
Pra de funcionar
Funciona
inadequadamente
Fuga de corrente
- Choque eltrico
- Possibilidade de queima do DMMS
- Perda de informao local (corrente, freqncia, RPM,
potncia, etc.)
87
Subsistema: Gerador
Funo: 5
Componente
Disjuntor 52-A15
Reviso: 0
Data: 16/07/2002
10/20
Modo de Falha
Causa da Falha
Efeitos da Falha
D.D.
No funciona
Funciona
inadequadamente
(atuao indevida)
Fuga de corrente
- Choque eltrico
- Possibilidade de no fornecer tenso para a barra E
88
Subsistema: Gerador
Funo: 5
Componente
Resistncias de
aquecimento do estator do
gerador
Vlvula de segurana
(PSV1490/1491/1488/1489)
Reviso: 0
Data: 16/07/2002
11/20
Modo de Falha
Causa da Falha
Efeitos da Falha
D.D.
No funciona
- Falha na fiao
- Falta de alimentao (120Vca)
- Curto-circuito
- Mau contato
- Rompimento (abertura) da resistncia
- Falha nas conexes
Funciona
inadequadamente
- Mau contato
- Falha nas conexes
- Queima de algumas resistncias
Fuga de corrente
- Mau contato
- Falha nas conexes
- Baixa isolao
- Choque eltrico
- Possibilidade de baixa isolao no gerador, levando a atuao
do sistema de proteo
No funciona
Funciona
inadequadamente (atuao
indevida)
Vazamento de gua
- Corroso
- Choques mecnicos
- Falha nas juntas, conexes
89
Subsistema: Gerador
Funo: 5
Componente
Ressistores de
aterramento RT-8301
Sensor de temperatura
(TE-1497/1498)
Reviso: 0
Data: 16/07/2002
12/20
Modo de Falha
Causa da Falha
Efeitos da Falha
D.D.
No funciona
- Falha da proteo
- Danos materiais ou pessoais
- Atuao de outras protees, desarmando o gerador
Funciona
inadequadamente
- Falha da proteo
- Danos materiais ou pessoais
- Atuao de outras protees, desarmando o gerador
- Atuao indevida da atuao
Fuga de corrente
- Baixa isolao
- Desencapamento da fiao
- Quebra de isoladores
- Choque eltrico
No funciona
- Mau contato
- Descalibrado
- Falha intrnseca
- Falha no linknet
- Falha nas conexes
Funciona
inadequadamente
- Mau contato
- Descalibrado
- Falha intrnseca
- Falha no linknet
- Falha nas conexes
Fuga de corrente
- Baixa isolao
- Desencapamento da fiao
- Choque eltrico
90
Subsistema: Gerador
Reviso: 0
Funo: 5
Componente
Chave de nvel (LSH1831/1832)
Data: 16/07/2002
13/20
Modo de Falha
Causa da Falha
Efeitos da Falha
D.D.
No funciona
- Mau contato
- Descalibrado
- Falha intrnseca
- Falha nas conexes
Funciona inadequadamente
- Mau contato
- Descalibrado
- Falha intrnseca
- Falha nas conexes
Fuga de corrente
- Baixa isolao
- Desencapamento da fiao
- Choque eltrico
91
Subsistema: Gerador
Reviso: 0
Funo: 5
Componente
Rotor
Estator do gerador
Data: 17/07/2002
14/20
Modo de Falha
Pra de funcionar
Pra de funcionar
Tarefas Candidatas
- Vibrao excessiva
- Falha terra (enrolamento)
- Quebra do eixo
- Falha do mancal
- Problemas na turbina
- Quebra do acoplamento
- Aquecimento
- Curto-circuito entre espiras
(enrolamento)
Causas
Sel.
Freq. Est.
1 - Acompanhamento de
vibrao
2 - Teste de isolamento
3 - Medio da resistncia
das bobinas
1-Semanal M
2
3
2-Anual E
3-Anual E
1 - Teste de isolamento
2 - Inspecionar e remover
sujeira
3 - Inspeo geral, conforme
fabricante
1
2
1-Anual E
2-Trianual E
3-12 anos E
92
Subsistema: Gerador
Reviso: 0
Funo: 5
Componente
Trocador de calor do
gerador
Mancais do gerador
Data: 17/07/2002
15/20
Modo de Falha
Funciona
inadequadamente
(perda de eficincia)
No funciona
Causas
- Furo nos tubos
- Sujeira
- Falha nos flanges
- Corroso
- Incrustao (depsito)
- Travamento (falta de
lubrificao, problema de
material, vibrao
excessiva, falha de
montagem)
Tarefas Candidatas
Sel.
Freq. Est.
1 - Anlise de perfomance
(TE-1497 e TE-1498)medio das temparaturas de
entrada e sada do trocador
2 - Inspecionar
3 - Inspeo geral, conforme
fabricante
1-Semanal M
2-Trianual M
3 - 12 anos M
1 - Inspecionar mancais e
selos
2 - Anlise do leo e trocar se
necessrio
3 - Medir resitncia de
isolamento
1
2
3
1-Quadrianual
M
2-Semestral M
3-Anual E
93
Subsistema: Gerador
Reviso: 0
Funo: 5
Componente
Sistema de
excitao (AVR,
PMG)
Data: 17/07/2002
16/20
Modo de Falha
No funciona
Causas
Tarefas Candidatas
Sel.
Freq. Est.
1-Anual E
2-Anual E
3-Trianual E
4-Trianual E
94
Subsistema: Gerador
Reviso: 0
Funo: 5
Componente
Data: 17/07/2002
17/20
Modo de Falha
Causas
Tarefas Candidatas
Sel.
Freq. Est.
Bomba de leo
principal do gerador
No funciona
1 - Lubrificao do
acoplamento
1-Semestral M
Sistema digital de
proteo (DGP)
No funciona
D/A
1-Anual E
2-Anual E
95
Subsistema: Gerador
Reviso: 0
Funo: 5
Componente
Sistema de proteo
de falta a terra no rotor
Data: 17/07/2002
18/20
Modo de Falha
No funciona
Causas
Tarefas Candidatas
Sel.
D/B
Cabos de potncia
(TG-CAFOR)
Pra de funcionar
- Curto-circuito
- Mau contato
- Rompimento
- Falha no aterramento
- Baixa isolao
Cabos de sinais
(SCMD e NetCon)
Pra de funcionar
- Curto-circuito
- Mau contato
- Rompimento
- Falha no aterramento
- Baixa isolao
Manuteno corretiva
Freq. Est.
1-Anual E
2-Anual E
3-Anual E
4-Anual E
5-Trimestral E
1-Anual E
96
Subsistema: Gerador
Reviso: 0
Funo: 5
Componente
Disjuntor 52-A15
Resistncias de
aquecimento do
estator do gerador
Data: 17/07/2002
19/20
Modo de Falha
No funciona
No funciona
Causas
Tarefas Candidatas
Sel.
D/A
1 - Teste funcional
2 - Teste de isolamento da
fiao de comando
3 - Reviso geral
4 - Termografia (incluindo o
painel)
1
2
1-Anual E
2-Anua E
3
4
3-Trianual E
4-Semestral E
- Falha na fiao
- Falta de alimentao (120Vca)
- Curto-circuito
- Mau contato
- Rompimento (abertura) da
resistncia
- Falha nas conexes
1 - Megagem
2- Reaperto das conexes
3 - Verificao da fiao e
cabos
1
2
3
1-Anual E
2-Anual E
3-Anua E
D/B
Freq. Est.
97
Subsistema: Gerador
Reviso: 0
Funo: 5
Componente
Data: 17/07/2002
20/20
Modo de Falha
Causas
Tarefas Candidatas
Sel.
Freq. Est.
1-Trianual M
Vlvula de segurana
(PSV1490/1491/1488/1489)
No funciona
D/A
1 - Calibrao
Resistores de
aterramento RT-8301
No funciona
D/A
1 - Medio da resistncia
hmica
2 - Medio da isolao
3 - Reaperto das conexes
4 - Limpeza das
resistncias e isoladores
5 - Medio de
continuidade para a malha
de terra
1
2
3
4
5
No funciona
- Mau contato
- Descalibrado
- Falha intrnseca
- Falha nas conexes
1 - Teste de
funcionamento
D/B
1 -Trianual
2- Trianual
3- Trianual
4- Trianual
5- Trianual
1 - Anual I
E
E
E
E
E
98
Todos os modos de falha de cada componente foram reavaliados com relao ao
impacto na segurana, sade e meio ambiente, utilizando-se a metodologia proposta no
captulo 5. A tabela 6.5 mostra o grau de risco avaliado, considerando-se o maior grau obtido
entre todos decorrentes dos diversos efeitos de cada modo de falha:
COMPONENTE
MODO DE FALHA
GRAU DE
TIPO DE
RISCO
FALHA
AFETA MASSI
Rotor
Para de funcionar
III
A/I
Sim
Estator
Para de funcionar
III
A/I
Sim
Funciona inadequadamente
A/I
No
Ventilador
Para de funcionar
IV
A/I
No
Trocador de Calor
Funciona inadequadamente
III
A/I
Sim
Vazamento de gua
II
A/I
Sim
No funciona
III
A/I
Sim
Funciona inadequadamente
III
A/I
Sim
No funciona
III
A/I
Sim
Funciona inadequadamente
III
A/I
Sim
Fuga de corrente
III
A/I
Sim
No funciona
IV
A/I
No
Funciona inadequadamente
IV
A/I
No
Vazamento externo
III
BC/I
Sim
Vazamento de leo
III
A/I
Sim
Sistema de proteo
No funciona
II
AB/I
Sim
digital
Funciona inadequadamente
III
A/I
Sim
Fuga de corrente
III
A/I
Sim
Sistema de proteo
No funciona
II
A/I
Sim
Funciona inadequadamente
III
A/I
Sim
Fuga de corrente
III
A/I
Sim
Cabos de potncia
Para de funcionar
III
A/I
Sim
Cabos de sinais
Para de funcionar
III
A/I
Sim
Sistema de
Para de funcionar
IV
A/I
No
monitorao digital
Funciona inadequadamente
IV
A/I
No
Fuga de corrente
IV
A/I
No
No funciona
III
AB/I
Sim
Funciona inadequadamente
III
A/I
Sim
Fuga de corrente
III
AB/I
Sim
Mancais
Sistema de excitao
Bomba de leo
Disjuntor 52-A15
99
COMPONENTE
MODO DE FALHA
GRAU DE
TIPO DE
RISCO
FALHA
AFETA MASSI
Resistncias de
No funciona
III
A/I
Sim
aquecimento
Funciona inadequadamente
III
A/I
Sim
Fuga de corrente
III
AB/I
Sim
Vlvulas de
No funciona
III
A/I
Sim
segurana
Funciona inadequadamente
III
A/I
Sim
Vazamento de gua
III
A/I
Sim
Resistor de
No funciona
II
AB/I
Sim
aterramento
Funciona inadequadamente
II
AB/I
Sim
Fuga de corrente
II
AB/I
Sim
Sensores de
No funciona
III
A/I
Sim
temperatura
Funciona inadequadamente
III
A/I
Sim
Fuga de corrente
III
AB/I
Sim
No funciona
III
A/ I
Sim
Funciona inadequadamente
III
A/I
Sim
Fuga de corrente
III
AB/I
Sim
Chaves de nvel
Tab. 6.5 - Maior grau de risco avaliado para cada modo de falha
- sub-sistema Gerador -
Para um entendimento de como se chegou aos valores da tabela 6.5 acima, descrevese a seguir os passos descritos no captulo 5, item 5.2.2, para o exemplo de um dos
componentes. Para o componente Sistema de proteo digital do sub-sistema "Gerador",
modo de falha No funciona, aplicou-se a "Lista de Verificao" obtendo-se as informaes
iniciais apresentadas na figura 6.3.
Em seguida, aplicou-se o "Guia de Avaliao de Risco" no s para os quesitos
indicados inicialmente na LV, mas tambm para os demais. O "Guia de Avaliao de Risco"
preenchido apresentado na figura 6.4, mostrando-se somente os campos do modo de falha
"No funciona" do componente "Sistema de proteo digital" do sub-sistema Gerador e
contm as informaes detalhadas a seguir:
- O no funcionamento do sistema de proteo digital poder resultar nos efeitos
(perigos) de: elevao de corrente ou tenso no componente, sobrecorrente ou sobretenso no
sistema eltrico, fuga de corrente, funcionamento inadequado de disjuntores e sistemas de
proteo, deteco e isolao eltrica, perda de energia eltrica e vapor no processo, outras
falhas em cadeia, trincas (falha estrutural) no gerador, descarga/arco eltrico no sistema,
100
sobreaquecimento de outros componentes, possibilidade de exploso, falha do equipamento
rotativo (turbogerador) e possibilidade de ejeo de partes ou fragmentos.
- Cada um destes efeitos foi classificado quanto a extenso (I/E), tipo (A/B/C)
severidade (1 a 4), freqncia (1 a 5) e consequentemente o grau de risco (I V).
- Para cada efeito, dependendo do grau de risco envolvido, foram relacionadas as
aes mitigadoras: tarefas de manuteno, procedimentos operacionais, uso de EPIs,
sinalizao, etc.
Na tabela 6.5 registrou-se o maior grau de risco (II), a classificao da falha (AB / I) e
o diagnstico quanto ao impacto no meio ambiente, sade e segurana industrial (Sim).
Adotou-se o procedimento acima para todos os modos de falha de cada componente,
obtendo-se os demais valores mostrados na tabela 6.5.
101
ITEM
VERIFICAES
SIM NO
13
14
15
16
102
SEVERIDADE (Y)
FREQUENCIA (F)
GRAU DE RISCO
Afeta MASSI ?
EXTENSO
X A
II
Sub/Sobrecorrente eltrica
X A
II
Sub/Sobretenso eltrica
X A
II
X AB I
II
TIPO
GRUPO DE EFEITOS
SELEO
SUBSISTEMA
: Gerador
COMPONENTE
: Sistema de proteo digital
MODO DE FALHA : No
funciona
AO RECOMENDADA
CONDIES FSICAS
EXTREMAS
TRANSTORNOS
OPERACIONAIS
103
FUNCIONAMENTO
3.4 INADEQUADO DE
EQUIPAMENTOS/SISTEMAS
Chaves e disjuntores eltricos
X AB I
II
Sistemas de
proteo/segurana/deteco/alvio
X AB I
II
X AB I
II
Energia eltrica
Vapor
X A
X A
4 EFEITO DOMIN
Outras falhas em cadeia
X A
Trincas
X AB I
II
5 ESTRUTURAS
FENMENOS
QUMICOS/FSICOS
104
10
14
Descarga/arco eltrico
X AB I
II
X A
Sobreaquecimento
X A
DESACELERAO
DESCONTROLADA
FALHA EM COMPONENTES
ELTRICOS
X AB I
II
X A
FALHA EM EQUIP.
MECNICOS
X AB I
II
Fig. 6.4 - Exemplo: Guia de Avaliao de Risco preenchido (Sistema de proteo do gerador)
105
6.3.2 - Subsistema Corrente alternada
Reviso:0
Data:04/07/02
1/7
Funo
1.1
1.2
2.1
No manter a integridade
Manter a integridade
Falhas Funcionais
106
Subsistema:
Reviso:
Data:
Componentes
2/7
1.1
1.2
2.1
Condutores eltricos
Componentes Eltricos
Tab. 6.7 - Matriz componente por falha funcional - sub-sistema Corrente alternada.
Fonte: Diniz (2002)
107
Funo: 2
Data:04/07/2002
3/7
Componente
Modo de Falha
No abre na ocorrncia
de defeito no sistema
eltrico
Transformador 30 KVA,
480/208-120V
Reviso:0
Causa da Falha
Efeitos da Falha
D.D.
- Contatos colados
- Falha do sensor de corrente
- Problema no mecanismo de abertura
- Falha no dimensionamento
Abre indevidamente
Fuga de corrente
- Baixa isolao;
- Desemcapamento dos cabos
- Choque eltrico
- Danos pessoais
No funciona
108
Funo: 2
Componente
Reviso:0
Data:04/07/2002
4/7
Modo de Falha
Causa da Falha
Efeitos da Falha
D.D.
Aquecimento
- Sobrecarga
- Atuao da proteo.
- Reduo da vida til do transformador
Fuga de corrente
- Baixa isolao;
- Desencapamento dos cabos
- Danos pessoais;
- Possibilidade de choque eltrico
No abre na ocorrncia de
defeito no sistema eltrico
- Contatos colados
- Falha do sensor de corrente
- Problema no mecanismo de abertura
- Erro no dimensionamento
Abre indevidamente
- Erro no dimensionamento
- Falha de isolao
- Falha de operao
Barramentos do
quadro de
distribuio
Fuga de corrente
- Baixa isolao;
- Desemcapamento dos cabos
- Danos pessoais;
- Possibilidade de choque eltrico;
- Alarme do sistema de aterramento de alta impedncia.
Interrupo de conduo
de corrente
- Falha de conexo
- Abertura do disjuntor
- Erro de operao
- Quebra do barramento
109
Funo: 2
Componente
Disjuntores de circuitos de
sada
Reviso:0
Data:04/07/2002
5/7
Modo de Falha
Causa da Falha
Efeitos da Falha
D.D.
Fuga de corrente
- Baixa isolao;
- Desemcapamento dos cabos
- Danos pessoais;
- Possibilidade de choque eltrico;
- Alarme do sistema de aterramento de alta impedncia.
No abre na ocorrncia de
defeito no circuito
- Contatos colados
- Falha do sensor de corrente
- Problema no mecanismo de abertura
- Erro no dimensionamento
Abre indevidamente
- Danos pessoais;
- Possibilidade de choque eltrico;
- Alarme do sistema de aterramento de alta impedncia.
- Erro no dimensionamento
- Falha de isolao
- Falha de operao
Fuga de corrente
- Baixa isolao;
- Desemcapamento dos cabos
110
Funo:2
Reviso:0
Data:04/07/2002
6/7
Falha Funcional:2.1
Componente
Modo de Falha
Causas
Sel.
Freq.
Est.
No abre na ocorrncia
de defeito no sistema
eltrico
- Contatos colados
- Falha do sensor de
corrente
- Problema no mecanismo
de abertura
- Falha no dimensionamento
1-Termografia
1- Semestral
E
Transformador 30 KVA,
480/208-120V
No funciona
1-Termografia
1- Semestral
E
No abre na ocorrncia
de defeito no sistema
eltrico
- Contatos colados
- Falha do sensor de
corrente
- Problema no mecanismo
de abertura
- Erro no dimensionamento
1-Termografia
1- Semestral
E
Tarefas Candidatas
111
Funo:2
Reviso:0
Data:04/07/2002
7/7
Falha Funcional:2.1
Componente
Modo de Falha
Barramentos do quadro
de distribuio
Interrupo de corrente
Disjuntores de circuitos
de sada
No abre na ocorrncia
de defeito no circuito
Tarefas
Candidatas
- Falha de conexo
- Abertura do disjuntor
- Erro de operao
- Quebra do barramento
1-Termografia
1- Semestral
E
- Contatos colados
- Falha do sensor de corrente
- Problema no mecanismo de
abertura
- Erro no dimensionamento
1-Termografia
1- Semestral
E
Causas
Tab. 6.9 - Diagram de deciso para seleo de tarefas - Sub-sistema corrente alternada.
Fonte: Diniz (2002)
Sel.
Freq. Est.
112
Seguindo-se os mesmos passos descritos no item 6.3.1. todos os modos de falha de cada
componente foram reavaliados com relao ao impacto na segurana, sade e meio ambiente.
A tabela 6.10 mostra o grau de risco avaliado, considerando-se o maior grau obtido entre
todos aqueles decorrentes dos diversos efeitos de cada modo de falha.
COMPONENTE
MODO DE FALHA
GRAU DE
TIPO DE
RISCO
FALHA
AFETA MASSI
Disjuntor geral
II
AB/I
Sim
(480 V)
Abre indevidamente
II
A/I
Sim
Fuga de corrente
III
AB/I
Sim
Transformador
No funciona
II
A/I
Sim
30 KVA
Aquecimento
III
AB/I
Sim
480 / 208-120 V
Fuga de corrente
III
AB/I
Sim
Disjuntor geral
II
AB/I
Sim
(208 V)
Abre indevidamente
II
A/I
Sim
Fuga de corrente
III
AB/I
Sim
II
B/I
Sim
Fuga de corrente
AB/I
No
II
AB/I
Sim
Abre indevidamente
II
A/I
Sim
Fuga de corrente
III
AB/I
Sim
Bomba de esgota-
No funciona
III
A/I
Sim
mento da sala de
Funciona inadequadamente
III
A/I
Sim
cabos
Fuga de corrente
III
AB/I
Sim
Disjuntores de sada
Tab. 6.10 - Maior grau de risco avaliado para cada modo de falha.
Sub-sistema Corrente alternada.
Com base no estudo da MCC original, no sub-sistema Corrente Contnua, nenhum dos
componentes tiveram algum modo de falha relacionado com segurana.
A tabela 6.11 mostra a anlise funcional do sub-sistema Corrente Contnua realizada
pelo grupo que elaborou a MCC do TG-8301. A anlise funcional relaciona todas as funes
desempenhadas pelo sistema e as possveis falhas funcionais.
A tabela 6.12 mostra a matriz componente por falha funcional, onde cada componente
est relacionado com as falhas funcionais identificadas para o sub-sistema Corrente Contnua.
113
O tabela 6.13 mostra a planilha da Anlise de Modo de Falha e Efeito (FMEA) e a
tabela 6.14, o diagrama de deciso para seleo de tarefas. Observa-se que nenhum modo de
falha foi assinalado com "S"(Sim) na coluna S (Segurana).
Reviso: 0
#
1
Data: 27/06/2002
Funo
Fornecer corrente contnua 24 Vcc
1/7
Falhas Funcionais
1.1
1.2
2.1
2.2
3.1
Carregar as baterias
4.1
No carregar as baterias
Manter integridade
5.1
No manter integridade
114
Subsistema:Corrente Contnua
Reviso: 0
Data:27/06/2002
Componentes
2.1
2.2
2/7
1.1
1.2
3.1
4.1
5.1
Componentes Eltricos
Retificadores
X
X
Tab. 6.12 - Matriz componente por falha funcional do sub-sistema Corrente contnua.
Fonte: Diniz (2002)
115
Funo: 5
Componente
Banco de baterias 24 Vcc
para Sistema de Incndio
Reviso: 0
Data: 27/06/2002
3/7
Modo de Falha
Causa da Falha
Efeitos da Falha
D.D.
No fornece energia
- Bateria descarregada;
- Falha no retificador;
- Falha no elemento da bateria
- Mau contato
- Desarme do TG-8301A
- Perda do sistema de incndio
Fuga de corrente
- Falta de isolao;
- Problemas no vaso da bateria
No fornece energia
- Bateria descarregada;
- Falha no retificador;
- Falha no elemento da bateria;
- Mau contato.
- Desarme do TG-8301A
- Perda do NETCOM
116
Funo: 5
Componente
Reviso: 0
Data: 27/06/2002
4/7
Modo de Falha
Causa da Falha
Efeitos da Falha
D.D.
Fuga de corrente
- Falta de isolao;
- Problemas no vaso da bateria
No fornece energia
- Bateria descarregada;
- Falha no retificador;
- Falha no elemento da bateria
- Mau contato.
Fuga de corrente
- Falta de isolao;
- Problemas no vaso da bateria
117
Funo: 5
Componente
Retificadores
Reviso: 0
Data: 27/06/2002
5/7
Modo de Falha
Causa da Falha
Efeitos da Falha
D.D.
No fornece energia
Fuga de corrente
- Falta de isolao;
- Curto-circuito.
118
Reviso: 0
Funo: 5
Componente
Data: 27/06/2002
6/7
Modo de Falha
Causas
Tarefas Candidatas
Sel.
Freq.
Est.
No fornece energia
- Bateria descarregada;
- Falha no retificador;
- Falha no elemento da
bateria
- Mau contato
1- Medir tenso
2- Verificar conexo
3- Verificar vazamento
4- Completar nvel do
eletrlito
5- Inspecionar retificador
1
2
3
4
5
1 -Quadrimestral E
2- Quadrimestral E
3- Quadrimestral E
4- Quadrimestral E
5- Diria O
No fornece energia
- Bateria descarregada;
- Falha no retificador;
- Falha no elemento da
bateria;
- Mau contato.
1- Medir tenso
2- Verificar conexo
3- Verificar vazamento
4- Completar nvel do
eletrlito
5- Inspecionar retificador;
1
2
3
4
5
1- Quadrimestral E
2- Quadrimestral E
3- Quadrimestral E
4- Quadrimestral E
5- Diria O
119
Reviso: 0
Funo: 5
Componente
Data: 27/06/2002
7/7
Modo de Falha
Causas
Tarefas Candidatas
Sel.
Freq. Est.
No fornece energia
- Bateria descarregada;
- Falha no retificador;
- Falha no elemento da
bateria
- Mau contato.
1- Medir tenso
2- Verificar conexo
3- Verificar vazamento
4- Completar nvel do
eletrlito
5- Inspecionar retificador
1
2
3
4
5
1Quadrimestral E
2- Quadrimestral E
3- Quadrimestral E
4- Quadrimestral E
5- Diria O
Retificadores
No fornece energia
1- Verificar tenso/corrente
2- Teste de lmpada
3- Inspecionar condies da
bateria/sinalizaes
4- Inspeo do retificador;
5- Preventiva do retificador
1
2
3
4
5
1- Quadrimestral E
2- Quadrimestral E
3- Quadrimestral E
4- Diria O
5- Anual E
Tab. 6.14 - Diagrama de deciso para seleo de tarefas - sub-sistema Corrente Contnua.
Fonte: Diniz (2002)
120
Seguindo-se os mesmos passos descritos no item 6.3.1, todos os modos de falha de
cada componente foram reavaliados com relao ao impacto na segurana, sade e meio
ambiente. A tabela 6.15 mostra o grau de risco avaliado, considerando-se o maior grau obtido
entre todos decorrentes dos diversos efeitos de cada modo de falha.
COMPONENTE
MODO DE FALHA
GRAU DE
TIPO DE
RISCO
FALHA
AFETA MASSI
Banco de baterias do
No fornece energia
II
A/I
Sim
Sistema de Incndio
II
A/I
Sim
(24 Vcc)
especificidado
Fuga de corrente
III
AB/I
Sim
Banco de baterias do
No fornece energia
III
A/I
Sim
Sistema de Controle
III
A/I
Sim
especificidado
Fuga de corrente
III
AB /I
Sim
Banco de baterias do
No fornece energia
III
A/I
Sim
NETCOM e bomba
III
A/I
Sim
auxiliar de leo do
especificidado
Fuga de corrente
III
ABC/I
Sim
No fornece energia
II
A/I
Sim
II
A/I
Sim
III
ABC/I
Sim
Retificadores
especificidado
Fuga de corrente
Tab. 6.15 - Maior grau de risco avaliado para cada modo de falha
Sub-sistema Corrente contnua.
121
Dos 65 modos de falha que impactam na segurana, 41 resultaram em falhas tipo A, 1
em falha tipo B, 1 em falha tipo BC, 20 em falhas tipo AB e 2 em falhas tipo ABC, o que est
resumido na tabela a seguir.
TIPO DE FALHA
TOTAL
ABC
AB
BC
AC
73
48
21
100%
66%
1.4%
0%
2.7%
29%
1.4%
0%
RISCO
II
III
IV
Qte. Falhas
18
47
GRAU
TIPOS DE FALHAS
DE RISCO
A
AB
AC
BC
ABC
II
10
III
31
13
IV
122
classificadas em grau de risco II ou III, so aquelas que Hauge e Johnston (2001, p.38) citam
como pertencentes "Zona Amarela" e que necessitam da anlise de risco, referindo-se a
situaes em que os riscos envolvidos no so claros para aqueles que participam do grupo da
MCC.
No relatrio da MCC original as falhas com impacto na segurana foram:
- Sub-sistema Gerador: sistema de excitao, sistema digital de proteo, disjuntor 52A15, vlvulas de segurana e resistor de aterramento.
- Sub-sistema Corrente Alternada: nenhum dos modos de falha.
- Sub-sistema Corrente Contnua: nenhum dos modos de falha.
Considerando-se que cada componente citado tem 3 modos de falha, um total de 15
(21%) modos de falha afetam a segurana pelo relatrio original da MCC, sem qualquer
discriminao se a falha impacta no meio ambiente, sade ocupacional ou segurana
industrial. Tambm no h referncia ao grau de risco envolvido nas falhas avaliadas,
portanto sendo atribuida a mesma importncia a todas.
As falhas que no estudo original da MCC foram consideradas como tendo impacto na
segurana, foram classificadas como de grau de risco II ou III atravs da metodologia
proposta. A tabela 6.19 mostra os dados de falhas com grau de risco II e III obtidos em cada
estudo da MCC.
MCC COM
ANLISE DE
RISCO
41
01
no h informao
00
no h informao
AC
00
no h informao
BC
01
no h informao
AB
20
no h informao
ABC
02
no h informao
TOTAL
65
15
TIPOS DE FALHA
Grau de risco II e III
MCC ORIGINAL
no h informao
123
(ACEITVEL com controles) as aes de mitigao referem-se a execuo das tarefas de
manuteno propostas e adio de medidas de controle, acompanhamento ou sinalizao
julgadas importantes na reavaliao feita durante este trabalho. Na tabela 6.20 observa-se que
medidas operacionais como "Operar em paralelo com as demais fontes" tambm reduzem a
intensidade de um risco associado a determinado modo de falha.
124
COMPONENTE
MODO DE FALHA
GRAU DE
TIPO DE
RISCO
FALHA
AO OU REPROJETO
Trocador de Calor
Vazamento de gua
II
A/I
No funciona
II
AB/I
No funciona
II
A/I
No funciona
II
AB/I
Funciona inadequadamente
II
AB/I
Fuga de corrente
II
AB/I
II
AB/I
Abre indevidamente
II
A/I
No funciona
II
A/I
II
AB/I
Abre indevidamente
II
A/I
Resistor de aterramento
Transformador 30 KVA
480/208-120 V
125
COMPONENTE
MODO DE FALHA
GRAU DE
TIPO DE
RISCO
FALHA
Interrupo da corrente
II
B/I
II
AB/I
Abre indevidamente
II
A/I
No fornece energia
II
A/I
II
A/I
Vcc)
especificidado
No fornece energia
II
A/I
II
A/I
Barramentos do Q.D.
Disjuntores de sada
AO OU REPROJETO
Executar as tarefas de BT recomendadas
Uso obrigatrio de EPIs adequados
Executar as tarefas de BT recomendadas
Uso obrigatrio de EPIs adequados
Executar as tarefas de BT recomendadas
Prever disjuntores sobressalentes para o quadro de 208 Vca
Executar as tarefas BT recomendadas
Analisar: redundncia do conjunto retificador/baterias ou
alimentao de outra fonte alternativa
Banco de baterias
Retificadores
especificidado
Deve ser revisto projeto para reduzir grau de risco de II para III.
Analisar: redundncia do conjunto retificador/baterias ou
alimentao de outra fonte alternativa
Executar as tarefas de BT recomendadas
Avaliar viabilidade de instalar sistema redundante 24 Vcc para
alimentao dos equipamentos de combate incndio
Executar as tarefas de BT recomendadas
Avaliar viabilidade de instalar sistema redundante 24 Vcc para
alimentao dos equipamentos de combate incndio
Tab. 6.20 - Componentes e modos de falha dos trs subsistemas com grau de risco II
126
7 - CONCLUSES E RECOMENDAES
metodologia da MCC-
127
transformador de 480/208-120 V, disjuntores e barramentos do quadro de distribuio de
corrente alternada, banco de baterias 24 Vcc do sistema de incndio e os retificadores. Estes
sistemas apresentaram grau de risco II (SRIO), requerendo medidas mitigadoras que
reduzam este grau.
As medidas mitigadoras indicadas para reduo do grau de risco foram definidas de
forma a manter aquelas que foram recomendadas no estudo original da MCC, basicamente
tarefas de manuteno preventivas ou preditivas, e acrescentando-se outras julgadas
relevantes para reduo de severidade de conseqncias ou de probabilidade de ocorrncia
dos modos de falha que no estavam previstas no relatrio original. Entre as medidas
acrescentadas, algumas so de execuo simples, mas de grande impacto no grau de risco: uso
de equipamentos de proteo individual, colocao de sinalizao e avisos nos locais
perigosos, demarcao de rea de risco e alterao no modo de operao do equipamento. Em
alguns casos, principalmente relacionados a componentes dos sistemas auxiliares, medidas
como redundncia de alimentao eltrica ou componentes e previso de sobressalentes so
eficazes na reduo de riscos de segurana.
Como recomendao para trabalhos futuros a serem desenvolvidos, sugere-se:
- anlise para introduo de mtodos quantitativos de anlise de risco, sobretudo para os
modos de falha cujas conseqncias apresentem grau de risco I ou II;
- desenvolvimento de uma ferramenta computacional que gerencie a base de dados de modos
de falha de equipamentos submetidos anlise de risco na MCC;
- aplicao da sistemtica proposta de anlise de risco na MCC de um equipamento que no
possua um plano de manuteno definido atravs desta metodologia;
- introduo de mtodos para determinao da periodicidade tima de execuo de tarefas de
manuteno em componentes cujos modos de falha tenham impacto em MASSI.
128
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MOUBRAY, J. Manuteno centrada em confiabilidade. 3a. ed. aum. Lutterworth :
Aladon, 2000.
MOUBRAY, J. The case against streamlined RCM. 2000. Disponvel em:
http://www.aladon.co.uk/08ap.html >. Acesso em: 11/mai/2003.
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131
132
APNDICE A - Formulrio do Guia de Avaliaao de Risco
CONDIES FSICAS
EXTREMAS
Elevao de temperatura
Reduo
para
temperaturas
criognicas
Elevao de presso
Formao de vcuo
presses
Vibraes / golpes de ariete
Liberao de radiao ionizante
Elevao de tenso ou corrente
Corroso
Eroso
Acmulo de eletricidade esttica
Aquecimento de superfcies
3
3.1
TRANSTORNOS
OPERACIONAIS
VARIVEIS DE PROCESSO
Desvio na presso
Desvio na temperatura
Desvio na vazo
Desvio na concentrao
Alterao na mudana de fase/estado
Aumento de impurezas
Desvio na taxa de reao /reao de
calor
Sub/Sobrecorrente eltrica
Sub/Sobretenso eltrica
Afeta MASSI ?
GRAU DE RISCO
FREQUENCIA (F)
SEVERIDADE (Y)
TIPO
EXTENSO
GRUPO DE EFEITOS
SELEO
SUBSISTEMA
:
COMPONENTE
:
MODO DE FALHA :
AO RECOMENDADA
133
Sistemas de
Sistemas de isolao eltrica ou
trmica
Sistemas
de
alarmes/sinalizao/avisos
Sistemas de back-up/emergncia
Sistemas de abrigo, evacuao, fuga
Sistemas/Equipamentos eltricos para
atmosfera potencialmente explosiva
3.5 PERDA DE UTILIDADES
Energia eltrica
Nitrognio
gua
Refrigerao
Ar
Fludos de transferncia de calor
Vapor
Ventilao
leo combustvel
Gs
4 EFEITO DOMIN
Outras falhas em cadeia
5 ESTRUTURAS
Desabamento
Trincas
FENMENOS QUMICOS /
6 FSICOS
Descarga/arco eltrico
Flash e evaporao
Concentrao/mistura (gases)
Fogo/Incndio
Exploses
Formao de projteis.
Detonaes
Condensao
ACELERAO
7 DESCONTROLADA
Movimento inadvertido
Ejeo de jatos de lquidos
Translao de objetos soltos
DESACELERAO
8 DESCONTROLADA
Impactos (parada brusca)
Falha de freio, volantes, pneus, etc.
Queda de objetos
Fragmentos ou projteis.
9 REAO QUMICA
Desassociao
Combinao
Corroso
FALHA EM COMPONENTES
10 ELTRICOS
Choque
Queimaduras
Sobreaquecimento
Ignio de combustveis
Ativao inadvertida
Exploso (causa eltrica)
11 EXPLOSES
Exploso de produtos comerciais
Exploso de gs
Exploso de lquido
Exploso de poeira
12 FOGO E INFLAMABILIDADE
Formao de combustveis - slidos,
lquidos, gasosos
Formao de oxidante forte - oxignio,
perxido, etc,
Formao de fonte de ignio acendedores, aquecedores
13 CALOR E TEMPERATURA
Fonte de calor (no eltrica)
Queimadura devido superfcies
quentes
134
Queimadura devido superfcies muito
frias
Aumento de presso de gs
Aumento de inflamabilidade de gs
Aumento de volatibilidade de gs
Aumento de atividade de gs
14 FALHA EM EQUIP. MECNICOS
Formao de pontas ou bordas
ponteagudas
Falha em equipamentos rotativos
Falha em equipamentos alternativos
apertados
Falha durante elevao de cargas
Instabilidade/tendncia de queda
Ejeo de partes ou fragmentos
Lubrificao excessiva
15 SOBREPRESSO
Em gs comprimido
Em ferramentas de ar comprimido
Ativa o sistema de exausto
Alvio acidental
Impulso de objetos
Em tubulaes
Movimento brusco de mangueiras
flexveis
FALHAS EM EQUIPAMENTOS
16 ESTTICOS
Ruptura de carcaa, paredes ou abrigo
Sobrepresso
Efeitos sob presso negativa
VAZAMENTOS DE
17 SUBSTNCIAS PERIGOSAS
Formao de misturas inflamveis
Liberao de substncias txicas
Liberao de substncias corrosivas
Formao de mistura escorregadia
Contaminao de produtos
Contaminao da gua
Contaminao do ar
Contaminao do solo
18 EMISSES RADIATIVAS
Ionizantes
Ultravioleta
Luz de alta intensidade
Infravermelho
Laser
Eletromagnticas
19 EMISSES TXICAS
Gases ou lquidos asfixiantes
Gases ou lquidos irritantes
Gases ou lquidos venenosos
Gases ou lquidos carcinognicos
Gases ou lquidos mutagnicos
Produto de combinao
Produto de combusto
20 AUMENTO DE VIBRAO
Vibrao em ferramentas
Aumento do nvel de rudo
Fadiga Mental
Jato ou fluxo de fludos
Alterao na frequncia sonora