Principios Dos Direitos Reais
Principios Dos Direitos Reais
Principios Dos Direitos Reais
1.
PRINCPIOS
DE
DIREITOS
REAIS
defesa
do
titular
(ex:
1311
e
1315
CC)
. O titular do direito real de gozo pode demandar o 3 que, sem qualquer direito, esteja na
posse ou deteno da coisa: ao faze-lo, no tem que invocar e demosntrar a invalidade do titulo
constitutivo do demandado, basta-lhe provar o seu direito de exigir a entrega da coisa do possuidor
ou
detentor
que
tem
a
coisa
em
seu
poder;
. 1315 CC: no se trata da defesa de todo o direito real, mas apenas dos direitos reais de
gozo;
V. PRINCPIO DA CONSENSUALIDADE: o direito real constitui-se ou transfire-se no
momento da celebrao do contrato, instantnea e automticamente, sem necessidade de entrega de
coisa ou do registo, e sem dependncia do cumprimento das obrigaes estabelecidas;
. 408/2 CC: hipteses em que o momento da aquisio do direito real fica diferido para
uma altura posterior celebrao do contrato;
EXCEPES:
.Hipotca: sujeita a registo constitutivo (4/2 Reg. predial; 687 CC);
.Penhor:
constitui-se
com
a
tradio
da
coisa
(669/1
CC);
.Doao de Coisa Mvel: necessria forma escrita para a eficcia real, quando
desacompanhada
de
tradio
(947/2
CC);
.Transmisso de coisa futura, indeterminada, fruto natural ou parte componente:
408/2 CC;
VI. PRINCPIO DA CAUSALIDADE: significa que a aquisio do direito real supe a eficcia
do negcio jurdico que lhe est na base; Se este for nulo, ou vier a ser anulado, a aquisio do
direito
real
no
tem
lugar;
Ela
supe
uma
causa
vlida;
. Causalidade DIFERENTE de Abstraco
VII. PRINCPIO DA UNIDADE: o negcio jurdico real no aparece separado do negcio
jurdico obrigacional, havendo apenas um nico negcio, que produz simultaneamente os efeitos
obrigacionais e reais;
VIII. PRINCPIO DA BOA F: a importncia da boa f nos direitos reais surge em 2 domiclios:
. Na posse, incluindo o usocapio - o possuidor de boa f (1258 CC);
. Na Acesso Industrial (1333 a 1343 CC)
IX. PRINCPIO DA TERRITORIALIDADE: a ordem jurdica portuguesa a nica a determinar
o regme jurdico real das coisas situadas em territrio portugus e que esse regme jurdico o
direito material portugus;
X. PRINCPIO DA PUBLICIDADE: qualquer interessado pode, consultando o registo, saber a
situao
jurdica
da
coisa;
.PUBLICIDADE ESPONTNEA: a partir do controlo material (a posse) da coisa pode a lei aferir
a titularidade ou pelo desencadear da transmisso do direito real (1268/1 CC);
.PUBLICIDADE ORGANIZADA: surge atravs do registo; Existe um registo predial (que
publicita a situao jurdica dos prdios), um registo automvel, um registo de navios e um registo e
aeronaves;
publicidade dos actos registados, que no carecem dela; os que constam do 5/2 CRP e no registo da
posse (a publicidade exercida pela posse);
XI.
PRINCPIOS
DO
REGISTO
PREDIAL:
.PRINCPIO DA OBRIGATORIEDADE: at 2008 no havia um dever de registar (OA - havia
uma obrigatoriedade indirecta); Em 2008, o legislador estabeleceu uma obrigatoriedade directa de
registar - um dever de registar (8- A) que cabe aos titulares (8- B);
.Prazos
para
remover
o
registo
(8C);
.Sano para quem no promove o registo dentro do prazo: o pagamento do emolumento
em dobro (8- D);
.PRINCPIO DA LEGALIDADE: o conservador controla a conformidade do facto sujeito a
registo: a validade e o contedo (68 CRP);
.PRINCPIO DA INSTNCIA: (41 CRP) so os interessados que tomam a iniciativa do registo,
e no o conservador, salvo nos casos de oficiosidade previstos na lei;
.Legitimidade
para
o
registo
(36
CRP);
.O pedido de registo deve ser apresentado no modelo oficial aprovado e deve ser entregue
com os documentos que titulam o facto a registar (43/1 CRP);
.PRINCPIO DO TRATO SUCESSIVO: (34 CRP) o registo predial, tendo por finalidade dar a
conhecer aos interessados a situao jurdica dos prdios, deve patentear toda a sequncia dos factos
jurdicos que respeitam a cada prdio descrito; Procura-se que a histria jurdica do prdio seja
retratada pelo Registo Predial e que a consulta deste, pelos interessados, revele os factos jurdicos
relativos
a
este;
.O
registo
com
violao
deste
princpio
nulo
(16/e)
CRP);
.Tem o conservador como destinatrio e no os particulares: a violao da responsabilidade
do conservador (34/1 CRP);
.PRINCPIO DA PRIORIDADE: (6 CRP) o direito inscrito em 1 lugar prevalece sobre os que
se lhe seguirem, relativamente aos mesmos bens, por ordem da data dos registos, e dentro da mesma
data, pelo nmero de ordem das apresentaes correspondentes (so factos e no direitos) - 824 CC