Transtornos de Ansiedade 2
Transtornos de Ansiedade 2
Transtornos de Ansiedade 2
Atualizao
Resumo
Descritores
Abstract
Keywords
O presente artigo apresenta uma viso atualizada e ampla do tratamento farmacolgico do transtorno de ansiedade
generalizada (TAG). So revistos os medicamentos com eficcia comprovada em estudos controlados e atualmente
disponveis na clnica (benzodiazepnicos, buspirona, antidepressivos, betabloqueadores, antipsicticos e extrato
de kava-kava). A seguir, baseados nesses dados, prope-se um algoritmo de tratamento do TAG. So apresentadas
as principais linhas de pesquisa de novos frmacos ansiolticos, descrevendo os principais achados clnicos e
pr-clnicos.
Transtornos da ansiedade. Farmacoterapia. Modelos animais.
This article presents an updated and broad perspective of the pharmacological treatment of generalized anxiety
disorder (GAD). Medications proven to be efficacious in controlled studies and available in the clinic setting
were reviewed (benzodiazepines, buspirone, antidepressives, beta-blocking agents, antipsychotics and kavakava extract). From this data, an algorithm for GAD treatment is proposed. In addition, the main research lines on
new anxiolytic drugs and their stage of clinical or pre-clinical development are presented.
Anxiety disorders. Pharmacotherapy. Animal models.
Introduo
O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) est entre os
transtornos da ansiedade e, conseqentemente, transtornos
mentais, mais freqentemente encontrados na clnica. Embora
visto inicialmente como um transtorno leve, atualmente se avalia
que o TAG uma doena crnica, associado a uma morbidade
relativamente alta e a altos custos individuais e sociais.1 Por
exemplo, cerca de 24% dos pacientes classificados como
grandes usurios de servios mdicos ambulatoriais apresentam
diagnstico de TAG.1
Nos ltimos anos, tem-se assistido a um grande avano no
tratamento farmacolgico dos transtornos da ansiedade.
Particularmente em relao ao transtorno de ansiedade
generalizada (TAG), at h poucos anos, a nica alternativa
eram os benzodiazepnicos (BZD). Entretanto, desde a
introduo da buspirona, nica azapirona (azaspirona, azaperona
ou azaspirodecanodiona) disponvel no Brasil, o leque de
medicamentos eficazes no TAG tem-se ampliado.
O presente artigo faz uma reviso (no-sistemtica) sobre o
tratamento farmacolgico atual do TAG e apresenta as principais
233
Tratamento farmacolgico
Andreatini R et al.
Tratamentos atuais
Benzodiazepnicos
A ao ansioltica dos BZD decorrente de sua ligao com
receptores prprios (receptores BZD ou omega) localizados no
complexo receptor BZD/receptor GABAA/canal de cloro,
facilitando a ao do GABA e, conseqentemente, a hiperpolarizao celular pelo aumento do influxo de Cl-.
Em todos os modelos animais (Tabela), os benzodiazepnicos
tm apresentado um perfil ansioltico. Entretanto, preciso
lembrar que esses modelos animais foram validados por meio
dos efeitos comportamentais dos benzodiazepnicos, isto , uma
Tabela - Efeitos de ansiolticos clssicos e de novos compostos com potencial efeito ansioltico em modelos animais de ansiedade (modificado de
Martin, 1998).
Modelo animal
Modelos que envolvem condicionamento
Geller-Seifter
Vogel
Supresso condicionada de beber
Resposta de sobressalto potencializada
Enterrar condicionado
Modelos que no envolvem condicionamento
Enterrar no condicionado
Labirinto em T elevado
Labirinto em cruz elevado
Explorao claro/escuro
Interao social
Vocalizao ultra-snica
Agonista do receptor
BZD
Agonista
5HT1A
Antidepressivo
Antagonista
5HT2A/2C
Antagonista
CCK-B
Antagonistas
5-HT3
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0
+
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+
+
+
++
++
++
+
0
0
++
+
+
0
+
+ + efeito ansioltico; + efeito ansioltico ou sem efeito; - efeito ansiognico; 0 sem efeito.
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0
+
+
++
+
++
+
0
Tratamento farmacolgico
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nam os sintomas psquicos, como preocupaes, tenso e irritabilidade.13 Os efeitos adversos mais comumente associados
ao uso da buspirona so nusea, vertigem, cefalia e, ocasionalmente, nervosismo e excitao.
Apesar desse perfil favorvel, o uso clnico da buspirona no
conseguiu superar os BZD, 19 havendo uma srie de
questionamentos sobre sua eficcia ou potncia ansioltica.10
Mais ainda, parece haver uma menor resposta buspirona em
pacientes com uso prvio de BZD.12
Antidepressivos
Tricclicos (ADT)
Em modelos animais, os ADT, quando administrados
cronicamente, tm apresentado efeito ansioltico em alguns
modelos como o labirinto em T elevado,27 a bateria de testes de
defesa de camundongos28 e em algumas verses de testes de
conflito operante (Tabela).5 A ao ansioltica dos ADT seria
decorrente de uma subsensibilizao dos receptores 5-HT2 no
crtex frontal aps a administrao repetida.7
Vrios estudos tm evidenciado um efeito ansioltico dos
ADT,15,26,29-33 geralmente com eficcia comparvel aos BZD, embora
seja questionado se realmente ocorre uma reduo da ansiedade
ou se ocorre apenas uma reduo dos sintomas depressivos
freqentemente associados ao TAG. Entretanto, estudos que
procuraram controlar (ou avaliar a influncia) dos sintomas
depressivos ou sedativos no efeito dos ADT no TAG31,32 sugerem
que haveria mesmo um efeito ansioltico. Por exemplo, Rickels et
al31 compararam a eficcia da imipramina, trazodona e diazepam
em 230 pacientes com TAG e concluram que imipramina e
trazodona eram to eficientes quanto o diazepam. Os sintomas
mais sensveis ao tratamento com ADT seriam os sintomas
psquicos (tenso, apreenso e preocupao).15
Ao se iniciar o tratamento com ADT, importante levar em
considerao que o incio da ao ansioltica gradual,
apresentando boa eficcia aps duas a quatro semanas de
tratamento, e que pacientes com TAG so particularmente
sensveis aos efeitos colaterais dos ADT.15,23,26
Cabe ressaltar que a maioria dos estudos adequadamente
controlados foi realizada com a imipramina, com doses mdias
de 75-150 mg (variao: 25-200).14,31-33 Ainda em relao
imipramina, estudo recente encontrou que seu emprego aumenta
significativamente a taxa de sucesso da tentativa de retirada
gradual de BZD.34
Inibidores seletivos da recaptao de serotonina (ISRS)
Em estudo controlado com pacientes com TAG, foram
avaliados os efeitos da paroxetina, imipramina e da
clorodesmetildiazepam.33 Apesar de uma menor eficcia inicial
nas primeiras duas semanas, a paroxetina e a imipramina
mostraram-se mais eficazes que a clorodesmetildiazepam aps
quatro semanas de tratamento, no diferindo entre si, com ambas
atuando principalmente nos sintomas psquicos da ansiedade.33
Embora no tenha havido um grupo-placebo no estudo, a
superioridade da paroxetina e da imipramina sobre a
clorodesmetildiazepam aps quatro ou oito semanas uma boa
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Tratamento farmacolgico
Andreatini R et al.
indicao do efeito ansioltico desses AD. No houve diferena significante na taxa de abandono entre os grupos
(imipramina 31%, paroxetina 17% e clorodesmetildiazepam
20%). Os efeitos colaterais mais freqentes com a paroxetina
foram nusea e nervosismo.33
Segundo Layton & Dager, 35 os ISRS tambm podem
apresentar benefcios no tratamento do TAG, em funo da
significativa comorbidade com depresso e fobia social. A
nefazodona pode tornar-se uma alternativa teraputica til no
tratamento do TAG, especialmente no caso da coexistncia de
sintomas depressivos e devido a seu baixo risco de causar
disfuno sexual.
Inibidores seletivos da recaptao de serotonina e
noradrenalina (ISRSNA)
Recentes estudos controlados que procuraram excluir a
influncia dos sintomas depressivos na melhora do quadro de
TAG evidenciaram o efeito ansioltico da venlafaxina em
comparao ao placebo.36,37 A eficcia da venlafaxina seria similar
da buspirona.38 De um modo geral, a dose diria de 150 mg foi
associada a uma melhora em vrios critrios, embora uma dose
menor (75 mg/ dia) tenha apresentado algum efeito, e a dose de
225 mg/dia tenha mostrado resultados mais consistentes. O
efeito ansioltico pode ser observado a partir da primeira ou
segunda semanas, dependendo do critrio empregado. A taxa
de resposta de 42% aps duas semanas de tratamento,
aumentando para ndices acima de 69% entre seis e 28 semanas
(placebo: 21% e 42-46%, respectivamente).37 Uma fonte de
preocupao que necessita de maiores estudos a alta taxa de
abandono: 33% aps oito semanas de tratamento36 e 52% aps
seis meses,37 que poderia ser causada pela rpida escalada da
dose empregada nesses estudos.37 Os efeitos colaterais mais
freqentemente relatados foram nuseas, insnia, boca seca,
sonolncia, vertigem e astenia. Os autores referem que os
sintomas seriam de intensidade leve a moderada, diminuindo
com a continuidade do tratamento.36,37 Alteraes sexuais
(anormalidades da ejaculao e anorgasmia) mais freqentes
em homens so outros efeitos colaterais que merecem ateno.36
Pode-se concluir que a venlafaxina apresenta-se como uma
alternativa importante no TAG, embora alguns pontos
necessitem de maiores estudos, particularmente a comparao
com outros ansiolticos.
-bloqueadores
Embora geralmente de menor eficcia frente aos frmacos
descritos anteriormente, os -bloqueadores podem ser teis
em pacientes com intensos sintomas somticos,12,39,40 embora
os vrios estudos apresentem restries metodolgicas.17 O
efeito ansioltico parece ser mediado pela ao -bloqueadora,
uma vez que dextroismeros, que no possuem atividade bloqueadora, no apresentam efeito ansioltico.40 Mais ainda,
os dados sugerem que seu efeito ansioltico seria por uma ao
perifrica, j que -bloqueadores que no apresentam boa
penetrao no SNC tambm so eficazes.40 A ao teraputica
dos -bloqueadores seria por um mecanismo de retroalimentao, inicialmente quebrando (reduzindo) a influncia
236
da percepo dos sintomas somticos perifricos (p.ex.: tremor e taquicardia) nos sintomas cognitivos da ansiedade e,
posteriormente, a prpria retroalimentao dos sintomas psquicos pelos sintomas psquicos.40 Os pacientes que mais se
beneficiariam do emprego dos -bloqueadores seriam aqueles
que apresentassem preocupao excessiva com os sintomas
autonmicos, embora estes no precisem ser necessariamente
intensos.40
As doses dos -bloqueadores no TAG so relativamente
baixas: propranolol 40 mg, oxprenolol 80 mg e nadolol 40
mg.39 Uma vantagem dos -bloqueadores em relao aos BZD
seria a menor incidncia de prejuzos cognitivos.40
Alm do emprego no TAG, os -bloqueadores tambm tm
sido empregados na ansiedade situacional, particularmente na
ansiedade de desempenho em pblico.40
Anti-histamnicos
Existem vrios relatos sobre o emprego de drogas antihistamnicas no tratamento de sintomas ansiosos. Entre estas, a hidroxizina, um antagonista H 1, parece ser a droga
melhor avaliada. Estudos mais antigos, com vrios problemas metodolgicos (particularmente quanto ao emprego de
um critrio diagnstico padronizado), j sugeriam um efeito ansioltico da hidroxizina.41 Mais recentemente, estudo
controlado com pacientes com TAG (DSM-III-R) indicou
um efeito ansioltico da hidroxazina, em comparao com
o placebo, j na primeira semana de tratamento, mantendose durante as quatros semanas de tratamento, no sendo
observados sintomas de retirada at uma semana aps
descontinuidade abrupta. 41 Os sintomas mais sensveis
hidroxazina so do grupo da ansiedade psquica
(irritabilidade, apreenso, dificuldades de concentrao e
de contatos sociais). Houve uma boa tolerabilidade, sendo
o efeito colateral mais comum a sonolncia (28% dos pacientes), que diminui com a manuteno do tratamento.41
Antipsicticos
O uso de baixas doses de antipsicticos tem sido avaliado em
poucos estudos controlados,17,42 sendo, entretanto, uma prtica
encontrada no ambulatrio. Os resultados apontam para um
efeito ansioltico, embora os potenciais efeitos adversos,
particularmente no tratamento em longo prazo (p.ex.: discinesia
tardia), restrinjam seu emprego a determinadas situaes (p.ex.:
como alternativa para o uso de BZD em pacientes dependentes
de outras drogas). Entretanto, esses estudos apresentam
limitaes metodolgicas importantes, sendo que no h
avaliao cuidadosa da relao risco/benefcio.42 Em recentes
revises sobre o tratamento do TAG, encontraram-se poucas
referncias desse uso dos antipsicticos. No entanto, com a
disponibilidade dos novos frmacos com menor risco de
sintomas extrapiramidais ou discinesia tardia (p.ex.: olanzapina),
talvez essa abordagem receba um novo impulso.
Fitoterpicos
O kava-kava (Piper methysticum) o nico fitoterpico com
estudos clnicos controlados que corroboram sua eficcia no
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Tratamento farmacolgico
Andreatini R et al.
Tratamento farmacolgico
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Tratamento farmacolgico
Andreatini R et al.
Concluso
No Brasil, os transtornos de ansiedade (DSM III) apresentam
uma alta prevalncia (9,5% a 17,5%), estando associados a uma
elevada (5,5% a 12%) demanda potencial estimada (prevalncia
de casos potencialmente necessitados de assistncia).78 Esses
dados, juntamente com a morbidade e os custos associados a
essas patologias, indicam que os transtornos de ansiedade
constituem um grupo de transtornos de grande importncia
para a sade individual e pblica. Apesar dos avanos observados no tratamento do TAG nos ltimos anos, estima-se que
menos de 50% dos pacientes apresentem uma remisso total
da sintomatologia, indicando a necessidade de continuidade
da pesquisa pr-clnica e clnica nesse campo.
Tratamento farmacolgico
Andreatini R et al.
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Correspondncia
Roberto Andreatini
Departamento de Farmacologia
Universidade Federal do Paran
Caixa Postal 19031
81540-970 Curitiba, PR, Brasil
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