Demografia - Preparação para E-Fólio

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Demografia

A construo da cincia demogrfica


Atividade formativa 1

1. Identificar as principais fases da constituio da Demografia como cincia;


Durante sculos a demografia no foi vista como a cincia que conhecemos hoje, e ao longo dos tempos foi
evoluindo. Sugiram vrios tericos que opinaram sobre uma cincia desconhecida. Plato defendia que para
uma populao ser estacionria o nmero de fogos, por razes polticas e sociais, seria 5040. Plato acredita
que com a interveno humana possvel concretizar a ideal da sua teoria. E para que tal se sucedesse,
dever-se-ia fixar uma idade mnima para o casamento e procriao. E no caso a populao diminusse
radicalmente os casais que no pretendesse ter filhos, os celibatrios ou at mesmo casais estreis seriam
punidos. Aristteles cedo percebeu que a estabilidade de uma populao era influncia pela natalidade e
mortalidade.
Na idade mdia Santo Agostinho e So Gregrio defendiam uma perspetiva teolgica e moral, em que o
casamento unia o homem e a mulher para estes procriar.
Portanto, numa primeira fase a demografia foi analisada atravs de uma perspetiva poltica social, numa
segunda fase a perspetiva seguida era teolgica e moral. Portanto arrisco a afirmar que a revoluo industrial
foi responsvel pela evoluo da cincia demogrfica, pois com o incio dos tempos modernos, as ideias
respeitantes populao alteram-se, as questes morais passam progressivamente a depender das
preocupaes polticas e econmicas, o culto pelos ideais mercantilistas que so considerados populacionistas,
o que permite acelerar o processo que ir promover o aparecimento da demografia como cincia.
Apontamento
Mercantilismo italiano:
1.

Maquiavel (1467-1527) no defende todas as ideias mercantilistas, nomeadamente o princpio que o

Estado s e forte quando favorece o enriquecimento dos seus cidados. Mas ao defender que uma populao
numerosa refora o poder do Prncipe, portanto esta medida populacionista.
2.

Botero (1540-1617) para este terico, uma populao deve ser a primeira preocupao do Estado.

No Mercantilismo francs existem duas correntes diferentes:


1.

Bodim e Montchrestien defendem a teoria do populacionismo intransigente

Bodin afirma que a populao numerosa permite a valorizao do pas.


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Montchrestien defende o ponto de vista de que a grande riqueza da Frana a inesgotvel dos seus homens.
2.

Vabban defende a teoria do populacionismo mais racional. Vabban populacionista ao defender que a

falta de populao maior desgraa que pode acontecer num reino. Foi responsvel pelo pensamento
demogrfico pelas estimativas e chamou ateno para utilidade do recenseamento das populaes
Mercantilismo ingls foi evoluindo ao longo dos tempos e desta evoluo surgiram duas correntes de
pensamento distinto.
1.

No princpio a populao considerada uma varivel entre tantas outras do sistema social.

2.

Depois, a populao aparece como interessante em si mesma.

Nota: so os primrdios da demografia cientfica

2. Conhecer o pensamento dos primeiros demgrafos;

Achille Guillard inventou o nome de demografia comparada. Define a demografia Em sentido amplo,

abrange a histria natural e social da espcie es, dos seus movimentos gerais, do seu estado fsico,
intelectual e moral. humana; em sentido restrito, abrange o conhecimento matemtico das popula

Henry Demografia a cincia que tem por objecto o estudo cientfico das populaes humanas no

que diz respeito sua dimenso, estrutura, evoluo e caractersticas gerais analisadas principalmente do
ponto de vista quantitativo.

W.Petersen A Demografia pode ser definida em sentido restrito e em sentido lato. A Demografia

formal consiste na colheita da anlise estatstica e na apresentao tcnica dos dados da populao; baseia-se
no ponto de vista de um crescimentos da populao um processo autoestruturado, com uma ligao mais ou
menos fixa entre fecundidade, mortalidade e estrutura por idades

Ross A demografia o estudo quantitativo das populaes humanas e das mudanas nelas ocorridas

devido existncia de nascimentos, bitos e migraes. Quando se consideram as determinantes biolgicas,


sociais, econmicas ou legais, esta disciplina toma o nome de estudos de populao.

Landry dos primeiros a tomar conscincia da questo de necessidade de um rigor quantitativo, o que

tenha feito com que a demografia rapidamente se afirmasse como cincia.


Nota: demografia quantitativa o objecto essencial o estudo dos movimentos que produzem numa
populao.

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Demografia qualitativa se ocupa das qualidades dos seres humanos e que diz respeito aos aspectos
qualitativos do fenmeno social das populaes e ainda gentica demogrfica ou biologia das populaes,
biometria (estatstica aplicada investigao biolgica.)

G. Wunsch e M Termote A Demografia o estudo da populao do seu aumento atravs de

nascimentos e emigrantes, da sua diminuio atravs de bitos e dos emigrantes.

Sheryock e J. Siegel Como na maior parte das cincias, a Demografia pode ser definida em sentido

restrito e em sentido lato; o sentido restrito a Demografia Formal (questes como dimenso, distribuio
etcmudanas de populao), em sentido mais amplo inclui outras caratersticas tais como: tnicas, sociais e
econmicas

Sauvy define a Demografia em duas vertentes, a primeira a Demografia pura ou anlise demogrfica,

que contabilidade de homens a segunda demografia alargada, que estuda os homens nas suas atitudes;
comportamentos preocupando-se com as causas e as consequncias dos fenmenos. Define a Demografia
como a cincia da populao estuda coletividades humanas tal; no considera apenas o aspecto esttico e
mensurvel (demografia quantitativa) mas tambm o aspecto causal e relacional (Demografia qualitativa) .

3. Identificar os aspectos fundamentais do objecto de estudo


da Demografia;
A demografia tem por objecto o estudo cientfico da populao e os aspectos fundamentais so:
1.

Anlise de conjunto de pessoas num determinado espao e certo significado social. O trabalho

realizado observando, medindo e descrevendo a dimenso, a estrutura e a distribuio do conjunto de


pessoas determinadas. A dimenso (volume de populao); a estrutura (repartio por subconjuntos
especficos. Exemplo: solteiros ou casados etc..); a distribuio (repartio do espao). O conjunto destes 3
elementos chama-se o estado da populao.
2.

Em descrever o estado da populao num determinado momento no tempo (tempo esttico), bem

como quais as mudanas ocorridas e qual ser a intensidade e a direco dessas mudanas.
3.

Analisa os factores, ou variveis demogrficas que so responsveis pelas variaes ocorridas em

determinada populao: natalidade; mortalidade e migraes. As migraes (varivel microdemogrfica)


abrangem 3 situaes distintas emigrao; imigrao e migraes internas. J a nupcialidade no de todo
uma varivel microdemogrfica pois no afecta diretamente o estado de uma populao, mas influencia atravs

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da natalidade. Portanto, o estado de uma populao tem determinada dimenso; estrutura e distribuio
espacial porque nesse conjunto de pessoas acontecem nascimentos, bitos e migraes.
4.

A demografia tambm estuda os efeitos que cada uma das variveis microdemogrficas tem nos

aspectos globais das estruturas da populao, bem como o inverso (at que ponto a natalidade modifica a
estrutura ou como esta alterao afecta a populao)
5.

Por ltimo a Demografia tambm se preocupa com questes relacionadas com determinados

comportamentos demogrficos e quais as suas consequncias.

4. Compreender a razo pela qual a Demografia actual


simultaneamente una e diversa;
A razo pela qual a demografia atual simultaneamente una e diversa prende-se ao facto desta cincia possuir
como objecto de trabalho o estudo quantitativo da populao humana. Foi evoluindo nos seus mtodos de
trabalho e de anlise aos longos dos tempos. Como podemos evidenciar existe a demografia formal ou
anlise demogrfica, onde se analisam apenas as variveis demogrficas dependentes (macro demogrficas)
e independentes (microdemogrficas). A anlise demogrfica estuda os fenmenos demogrficos observados
em determinada populao. A Demografia histrica teve grande importncia aps a segunda guerra e realiza
estudos das populaes em determinada poca do passado utilizando os dados que no foram produzidos com
fins demogrficos como pro exemplo: registos paroquiais etc.. esta vertente da demografia desenvolveu
mtodos e tcnicas muito prprias. Mas o marco mais importante foi o aparecimento do mtodo cientfico
baseado na reconstituio das famlias (por P.Goubert e L. Hery). Quando se considera as relaes entre as
variveis demogrficas e as outras variveis econmicas, sociais, culturas, biolgicas num determinado tempo
surge a Demografia social.
Nesta cincia, a Demografia, existe uma diversidade de ramos demogrficos, mas o seu objecto de estudo
comum em todos, portanto est cincia diversa e una simultaneamente.

5. Saber definir a(s) demografia(s) e a relao com as outras


cincias sociais.
A demografia evoluiu de uma fase inicial onde a sua problemtica era formulada em termos simples para uma
crescente diversidade e complexidade, utiliza mtodos e tcnicas de tratamento de dados com o objectivo de
descrever e analisar de forma rigorosa o estado das populaes. Mas a sua problemtica foi alargada devido a
sua ligao com outras cincias Apesar de a Demografia ser uma cincia social, uma cincia exacta que
possu a caracterstica de conseguir ligar as suas teorias a outras cincias tais como biologia, economia etc..
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Modernidade e teorias da populao


Atividade formativa 2
1. Conhecer as principais caractersticas do pensamento malthusiano;
Thomas Malthus desenvolveu estudos demogrficos e resultou da a teoria malthusiana. Nesta teoria
Malthus segue uma perspectiva anti populacionista e liberalista. Defende que existe uma relao direta
entre a populao e a sua subsistncia. Que o poder do crescimento da populao infinitamente maior
do que o poder da terra para produzir as subsistncias do homem. E se o crescimento da populao no
for travada aumenta segundo a progresso geomtrica e as subsistncias aumentam segundo uma
progresso aritmtica, argumentava que os produtos anuais da agricultura, excepto em anos de
excepcional escassez, excedem as precises reais da totalidade dos habitantes.
No seu contnuo trabalho, Thomas Malthus, elabora uma nova introduo na sua teoria definindo dois
postulados:
1.

relao entre o homem os alimentos;

2.

a paixo entre sexos.

E deste dois postulados decorriam 3 teses.


1.

Tese: o aumento da populao necessariamente limitado pelos meios de subsistncia;

2.

Tese: a populao aumentara inevitavelmente sempre que aumentaram as subsistncias

3.

Tese: o dinamismo inerente expanso da populao reprimido e aquela mantida em equilbrio

com as subsistncias atravs do duplo constrangimento de misria e vicio. Acrescentou a esta tese um
terceiro travo, a obrigao moral.
Obrigao moral opo pelo celibato e pelo casamento tardio qualquer homem em que pretenda
constituir uma famlia s dever faz-lo quando reunir condies para assegurar o sustento da famlia.
Portanto Malthus defendia a necessidade do esforo individual pelo trabalho pela abstinncia, caso
contrrio no poderia haver acumulao de capital.
Malthus foi defensor de uma educao para todos, de a extenso do direito de voto; a assistncia
mdica gratuita para os pobres; ajuda emigrao e a justa distribuio de terras e rendimentos. Ao
contrrio do pessimismo implcito ao seu princpio de populao, no considera o vcio e a misria que
engendra uma populao excessiva como males inevitveis.

2. Identificar as principais fases e a importncia da teoria da transio demogrfica;


O primeiro esboo da teoria da transio demogrfica foi formulado por Thompson em 1929, e o seu
mote o equilbrio entre crescimento demogrfico e as subsistncias. Portanto, na elaborao da sua

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teoria, Thompnson, sistematizou 3 grandes grupos de populao, tendo em conta a dinmica


demogrfica, o qual condicionado pela disponibilidade das terras.
As duas novidades apresentadas por Thompson so:
1.
2.

O reconhecimento da existncia de diferentes estdios e no estdios da populao;


A utilizao das tendncias da mortalidade e da natalidade como critrios diferenciadores

desses estados.
Em 1945, Notestein apresenta ao mundo a teoria de transio, teoria dos estados de desenvolvimento
das populaes, a moderna teoria da transio.
Os trs estdios so:
1.

High growth potential a transio demogrfica constitui um processo de ruptura como

antigo regime. Ruptura atravs da qual o crescimento natural duplamente controlado: controle da
mortalidade, o qual origina uma fase de crescimento demogrfico e controle da fecundidade, o qual
representa uma forma avanada ..atravs da qual o crescimento pode ser controlado do que pela
morte
2.

Transcional growth o estdio do crescimento transicional aquele em que o declnio da

fecundidade e da mortalidade est bem estabelecido mas no qual o declnio da mortalidade precede o da
fecundidade e produz um rpido crescimento.
3.

Incipiente decline progressivo envelhecimento e cada vez mais lento crescimento da

populao so claros.
Foi nesta ltima que Notestein se distanciou das teorias de Thompson, pois este terico preocupou-se
com o problema da adequao entre o crescimento das populaes e desconsiderou as potencialidades
dos mecanismos de auto regulao das populaes.
Noistein considera que o primeiro estdio caracteriza mais de metade da populao mundial, as quais
ainda no tinha iniciado o estdio de crescimento transicional. no terceiro estdios que adensam as
duvidas de Notestein pois com o aparecimento de pases industrializados vo promover o progressivo
envelhecimento e cada vez mais lento crescimento da populao., no sendo possvel prever quais as
futuras mudanas, mas no entanto claro que necessrio a fecundidade aumenta para que o declnio
no ocorra. Para Notestein a transio demogrfica conduz inevitavelmente a um regime estacionrio
com baixas taxas de natalidade e de mortalidade.

3. Compreender a modernidade e revoluo das mentalidades;


Em pleno sculo XVIII inicia-se a revoluo industrial e as sociedades sofrem profundas alteraes nas
suas estruturas, a organizao das famlias tradicionais altera-se. Muitas as alteraes decorridas sero
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alvo de discusso entre tericos, cada um defendeu as suas teorias. O historiador Airs em 1948,
publicou o seu trabalho, no qual fundamentava que a sociedade moderna no decurso dos dois ltimos
sculos, decorre devido a uma dupla revoluo a revoluo da vida e da morte na origem da qual
estava a mudana da atitude tradicional diante da vida.
Apesar da revoluo industrial ter promovido progressos materiais, Airs, no os considerava
importantes para que decorre-se as alteraes da populao. A interpretao que faz destas alteraes,
que o recuo da mortalidade s foi possvel porque se tinha gerado uma procura social de gosto pela
vida, resultante de uma mudana revolucionria de atitude face vida e face morte, a qual, entre
outros efeitos, incentivou o desenvolvimento da medicina. Portanto, foi vencida a inrcia da aceitao da
proscrio da velhice, a sociedade deu em seguida um passo mais ousado a ideia. Fazer recuar a
morte.
A aplicao de tcnicas de vida que podiam ser utilizadas e deferir o momento da morte inseparvel da
revoluo da vida, e da qual se afirmou a legitimidade do controlo da procriao atravs de tcnicas
adequadas. Uma nova mentalidade aparece aceitao dos progressos no estado dos conhecimentos
mdicos e na eficcia tcnica. Passou-se de um regime de fecundidade livre para um regime de
fecundidade controlada por prticas especficas, o aparecimento no seio da conscincia do corpo como
objecto de conhecimento positivo e de interveno racional surge devido descristianizao dos
costumes . Outra alterao de mentalidade o estado de conscincia: a ideia que se faz a famlia e da
criana na famlia. Sobre esta nova viso de famlia Airs explica que no houve decadncia da famlia,
mas apenas mudana de estrutura, passagem de um tipo antigo fundado sobre o patrimnio e a
autoridade a um tipo moderno, centrado sobre a criana. A grande revoluo demogrfica decorreu
devido ao processo de emergncia da famlia moderna.
Na anlise da questo da modernidade demogrfica, a teoria de Aris prope uma dupla alternativa, uma
baseia-se, tal como os autores da teoria da transcrio demogrfica, na anlise dos movimentos de
populao, chega no entanto chega a concluses opostas. As variaes da mortalidade e da natalidade
marcam no concreto os instantes de uma mesma evoluo. Quanto formao da famlia moderna
defende que esta resultou em primeiro lugar de uma opo estratgica da burguesia a favor da
afirmao da sua prpria identidade social, alicerada na autonomia privada e no intimismo do grupo
familiar conjugal.
No entanto, Notestein associa a queda da mortalidade e da fecundidade s fases da modernizao da
sociedade industrial. Enquanto para Parsons a famlia moderna nasceu da famlia extensa tradicional,
nuclearizando-a e redefinindo as suas funes.

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4. Identificar as singularidades da transio portuguesa.


A transio portuguesa possui 4 singularidades que a caracterizam:
1.

Portugal manteve-se fiel a valores tradicionais, prprios de um modo de vida rural at meados de

1960, apesar de na sua histria terrem passado pela revoluo liberal e Republicana. A partir dos anos
60 o pas comeou a sentir as influncias de ideais de outros pases. Estes chegam aos portugueses
muito por causa dos movimentos migratrios, fenmeno controlado pelo governo ditatorial, nesta poca
muitos eram aqueles que emigravam ilegalmente em busca de melhores condies de vida ou at
mesmo fugir da guerra. Mas foi a revoluo de 1974 que veio consagrar a rutura com a tradio, abrindo
portas a todas as transformaes.
2.

Na poca pr-moderna ou chamado perodo pr-transicional -, em virtude do elevado celibato

feminino, a natalidade portuguesa era mais baixa do que a generalidade dos pases europeus.
3.

A populao portuguesa, tal como noutros pases europeus, coexistiam, no entanto, realidades

regionais diversas, e existem indcios de que as prticas demogrficas, familiares e matrimoniais


revestiam, na poca pr-moderna,, consoante as regies, diferentes formas.
4.

No tendo conhecido, o fenmeno do baby boom (1945-1965) a mortalidade e a natalidade

portuguesas alinharam num curto de espao de tempo pelos indicadores dominantes na Europa e nos
pases industrializados. A fecundidade Portuguesa alis, atualmente um das mais baixas do mundo.

Anlise Demogrfica: Princpios e metodologias


Atividade formativa 3
1- Identificar os tipos de observao em demografia e os respectivos instrumentos
de colecta.
A.

Tipos de observao:

1.

Observao contnua recolha de factos da vida individual de interesse para a demografia

exemplo: natalidade e mortalidade, casamentos; divrcios etc so registados, medida que ocorrem,
pelos servios oficiais (registo civil)
2.

Observao retrospectiva tem em geral um carcter biogrfico, procura reconstruir

acontecimentos vividos pelos indivduos ou por grupos, interrogando-os, numa determinada data, acerca
do seu passado. Este modelo de observao apenas uma das possibilidades criadas a partir da ideia
de investigao biogrfica.

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3.

Observao seguida pode ser simultaneamente contnua e retrospetiva, contnua quando

realiza uma observao personalizada, seguida e contnua dos acontecimentos, medida que eles
ocorrem.
4.

Observao instantnea obtida atravs dos recenseamentos, incide sobre acontecimentos

que ocorrem em continuum no tempo, os dados recolhidos atravs de um recenseamento referem um


instante parado no tempo em que determina a composio dos efetivos de uma populao nesse
momento.
A.

Instrumentos de colecta:

1.

Registos de populao;

2. Recenseamentos;
3. Inquritos

2. Compreender as principais representaes demogrficas. O funcionamento do


diagrama de Lxis;
Os demgrafos procuraram representar o estado da populao, WalKer baseou-se em duas
componentes essenciais: sexo e a idade, enquanto Lxis resolvia a questo da representao dos
fenmenos demogrficos no tempo a trs dimenses: tempo-idade; tempo-anos de observao e tempo
gerao.
Jonh Priestley, tinha a ideia de representar a vida de 2000 personagens e que viveram num determinado
tempo, atravs das linhas horizontais, em funo de escala de tempo. Mais tarde, os demgrafos
representaram os dados demogrficos em trs dimenses, idade; tempo; nvel do fenmeno e pondo em
evidncia trs componentes demogrficas fundamentais: idade, perodo e gerao. Outra forma de
representao demogrfica leitura da evoluo por idade e no tempo das geraes consideradas.
Outros investigadores tal com Lexis retomam a ideia de representar as linhas de vida das geraes e
passam da representao dos fenmenos com duas coordenadas representao 3. proposto uma
representao sobre trs eixos em conformidade com as regras da geometria no espao. Vai permitir

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2. Identificar as vantagens e os inconvenientes de cada um dos sistemas de colecta demogrfica ;


Sist. de colecta

Registo Civil

Vantagens

Desvantagens

Princpio da obrigatoriedade do registo da populao (natalidade, mortalidade);


Conceo dos registos simples;
Os registos podem funcionar localmente ou a nvel nacional.
Os registos so fiveis
Combinam vantagens: obser. Continua, instncia, e seguida;
Permite a observao das migraes.

Recenseamentos

Diversidade de informao
A entrega e preenchimento dos boletins podem ser feitos atravs de entrevista
As definies de conceitos utilizados no esto padronizados

Inquritos

Observao quantificada alternativa


Podem ser extensos e detalhados;
Obteno de informaes complementares
Procedimento de coleta por sondagem
Pode ser ao mesmo tempo quantitativo e explicativo
Os objetos do inqurito esto naturalmente definidos e delimitados
Privilegiam o indivduo
Compreender a ao humana, em que os fenmenos esto em interao

Erros de contagem
Informaes incompletas
A periocidade demasiado longa, assim como a divulgao dos resultados
Custos demasiados elevados
Limitaes de contudo, no devem ser demasiado extensos;
Fraca qualidade em muitos recenseamentos;
Em causa o direito ao respeito pela vida privada
Interroga apenas uma parte da populao
Pode ser dispendioso

4. Compreender a anlise longitudinal;


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MARINA PACHECO

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5. Identificar e aplicar as medidas dos fenmenos demogrficos;


6. Saber caraterizar as tbuas;

7. Compreender a anlise transversal.


Leia o captulo do livro recomendado. Captulo IV, pginas 165-188

Objetivos:
1. Conhecer as diversas formas de calcular o ritmo de crescimento de uma populao;
2. Identificar as diversas tcnicas de anlise do estado da populao;
3. Saber caraterizar e calcular o envelhecimento demogrfico;
4. Saber distinguir os modelos de evoluo duma populao.
Contedo e objetivos do tpico:
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MARINA PACHECO

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Leia o captulo do livro recomendado. Captulo V, pginas 189 (at inicio do ponto 5.1.1.); 195-204; 215-237.
Objetivos:
1. Conhecer a lgica e o processo de clculo das taxas Brutas de Mortalidade enquanto medida elementar da mortalidade geral
e compreender as razes das suas limitaes enquanto instrumento de anlise;
2. Conhecer e saber calcular as medidas de mortalidade infantil;
3. Compreender o conceito de esperana de vida;
4. Apreender a mortalidade diferencial e as causas de mortalidade;
5. Aplicar os conhecimentos adquiridos a situaes concretas.
Contedo e objetivos do tpico:
Leia o captulo do livro recomendado. Captulo VI, pginas 239- 252; 265.

Objetivos:
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1. Compreender a nupcialidade enquanto fenmeno demogrfico;


2. Identificar as medidas da nupcialidade;
3. Identificar o interesse da divorcialidade em demografia;
4. Aplicar os conhecimentos adquiridos a situaes concre
Contedo e objetivos do tpico:
Leia o captulo do livro recomendado. Captulo VII, pginas 273-283 (at inicio do ponto 7.3.1.); 287-297; 307-310.
Objetivos:

1. Conhecer a lgica do clculo das taxas Brutas de Natalidade, enquanto medidas elementares de anlise;
2. Compreender a fecundidade enquanto fenmeno demogrfico;
3. Identificar e distinguir os indicadores da fecundidade;

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4. Compreender a diferena entre fecundidade entre populaes no-malthusianas e malthusianas e a fecundidade legtima;
5. Compreender as taxas de reproduo;
6. Aplicar os conhecimentos adquiridos a situaes concretas.

1. Compreender a migrao enquanto fenmeno demogrfico;


O ato de migrar significa em sentido lato, o movimento de algum que se desloca de um stio para o outro. A demografia considera

2. Identificar a metodologia de observao das migraes;


3. Conhecer e aplicar as medidas de anlise das migraes;
4. Aplicar os conhecimentos adquiridos a situaes concretas.

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MARINA PACHECO

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