014 Avaliacao Clinica Do Idoso
014 Avaliacao Clinica Do Idoso
014 Avaliacao Clinica Do Idoso
Responsveis / Unidade
Celso Campos Mdico | CSSI
Leda Maria Lisboa Mdica | CCPC - DIRASS
Ricardo Felipe Ferraz Westin Mdico | CSSF
Colaboradores
Tiago Svio Moreira Possas Fisioterapeuta | DIRASS
Validadores
Unidades do Complexo de Reabilitao e Cuidado ao Idoso
Disponvel em www.fhemig.mg.gov.br
e intranet
INTRODUO / RACIONAL
Este documento uma complementao do Protocolo Clnico 024 do Caderno de Protocolos
Clnicos da FHEMIG volume I. Nessa primeira parte, a nfase foi dada ao processo de
reabilitao dos pacientes internados nestas instituies de longa permanncia, a maioria deles
provenientes das colnias de hansenianos, onde as morbidades funcionais mesmo quando no
acarretam risco de vida, afetam profundamente a autonomia e qualidade de vida daqueles
idosos.
Nesta segunda parte, a nfase dada aos problemas clnicos. De competncia dos profissionais
mdicos e de enfermagem, este protocolo visa normatizar, ponderar e orientar as condutas
clnicas a serem tomadas. Este grupo de pacientes caracterizado pela incidncia frequente de
duas ou mais doenas concomitantes, o que pode alterar a ordem cronolgica da propedutica
e inicio da teraputica. Os tratamentos podem ento resultar diferente daqueles estabelecidos
quando as patologias so avaliadas de maneira isolada.
Embora as evidncias de como fundamentar as decises nos pacientes com comorbidades
sejam limitadas, uma reviso sistemtica de dez estudos mostrou tendncias de melhora na
aderncia medicao e melhora nas prescries quando leva em considerao todas as
patologias e problemas existentes.
Certificar-se que o paciente tem conhecimentos suficientes dos seus problemas e doenas
fator primordial para definir metas e diferenas do seu ponto de vista. Esta postura ajuda o
profissional a encarar os desafios de estabelecer prioridades nas recomendaes conflitantes,
nas demandas competitivas que acontecem ao longo da propedutica e teraputica orientadas
pelos vrios especialistas que assistem estes pacientes. O envolvimento do prprio paciente
ajuda at mesmo suprir parcialmente a falta de evidncias cientficas destas questes. Portanto,
incluir efetivamente o paciente nesta conduta da maior importncia, j que representa o seu
desejo e sua avaliao de como a doena/problema interfere com a sua qualidade de vida e
qual deve ser o alvo inicial (2). Lembrar sempre que esta hierarquia no estvel, ao contrrio,
muda ao sabor da estabilizao ou agudizao das morbidades presentes em determinado
indivduo, e sempre considerar Os Gigantes da Geriatria, pois eles so marcadores de
dependncia ou auto suficincia. Enfim, da qualidade de vida do idoso.
Como citado pelo corpo clnico de uma das unidades das FHEMIG, A realidade da Casa de
Sade (...) uma verdadeira interface com o envelhecimento, j que nosso pblico
iminentemente geritrico e, assim, nosso foco desloca-se da interveno aguda e doenaespecfico para o cuidado de longo prazo, que deve ser contnuo e multidisciplinar. E como o
envelhecimento um constructo de vulnerabilidade + variabilidade + irreversibilidade, a
avaliao do nosso idoso deve ser individualizada e dentro de um modelo multidimensional,
resultando em um plano teraputico individual.
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OBJETIVOS
SIGLAS
DPOC: Doena Pulmonar Obstrutiva Crnica
HBV: Vrus da Hepatite B
USPSTF: United State Preventive Service Task Force (Fora tarefa em Servios de Sade dos
Estados Unidos)
IECA: Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina
PSA: Antgeno Especifico da Prstata
AVDB: Atividades da Vida Diria Bsicas
AVDI: Atividades da Vida Diria Instrumentais
ATIVIDADES ESSENCIAIS
Os pacientes devem ser avaliados pelo mdico clnico ou geriatra e enfermeiro, segundo o
protocolo;
Aplicar as diversas escalas e tabelas anexadas quando aplicveis ao caso;
Definir diagnsticos;
Definir propedutica;
Definir teraputica;
Esclarecer prioridade teraputica e propedutica de acordo com metas e percepes do
mdico, incluindo tambm a avaliao do prprio paciente.
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IDENTIFICAO
Data:
N Carto SUS:
___/___/______
Nome completo:
DN:
Cor:
Estado Civil:
Sexo:
Profisso:
Parentesco:
Cuidador:
Parentesco:
ANAMNESE
Histria pregressa:
Doenas anteriores:
Cirurgias:
Internaes:
Doenas ou acidentes do trabalho:
Presena de alergias e/ou intolerncias:
Uso de rteses/prteses:
Consultas de rotina ltimos 6 meses
N Diagnsticos:
Diagnsticos:
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Vacinao
Vacina(s) em dia
Vacina(s) atrasada(s)
Atividade fsica:
Tabagismo: tipo, quantidade, frequncia e durao:
Uso de lcool: tipo, quantidade, frequncia e durao:
Uso de medicamentos psicoativos sem indicao mdica: nome, quantidade e frequncia:
Uso de substncias ilcitas - Sim ( ) No ( ) Citar:
Tempo de uso:
Quantidade:
Frequncia:
Motivo:
Medicamentos em uso
NOME
DOSE
TEMPO DE USO
INDICAO MDICA/DOENA
Hipersensibilidade ou intolerncia:
Dados vitais e antropomtricos
Peso:
Kg PA
g (de p)
mmHg
IMC:
Altura:
mmHg
FC:
PA (deitado)
Tax:
bpm FR:
bpm
C
irpm
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Observaes do enfermeiro:
EXAME MDICO
Geral, tireide, linfadenomegalias:
Aparelho cardiovascular:
Aparelho respiratrio:
Aparelho digestivo:
Aparelho genito-urinrio:
Sistema nervoso:
Otoscopia:
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CONDUTA
Cinco princpios guiam a conduta na multimorbidade:
A. Incluir as preferncias e metas dos pacientes na sua deciso clnica;
B. Reconhecer a limitao da medicina baseada em evidncias na interpretao e aplicao
aos pacientes idosos com comorbidades, j que eles geralmente so excludos dos grandes
trials exatamente pela presena de comorbidades;
C. Norteie o seu gerenciamento destes casos, levando em considerao: riscos e benefcios
possveis dos exames e das inter-consultas, o prognstico do paciente, incluindo
expectativa de vida, estado funcional e sua qualidade de vida;
D. Considere a complexidade e dificuldade operacional dos seus pedidos;
E. Escolha terapias que otimize os benefcios, minimize a agresso e promova melhorias na
qualidade de vida (3).
OBS.: Ver Anexo III do protocolo para informaes e recomendaes j definidas ou bem
encaminhadas, dirigidas a esta populao de idosos com comorbidades, que podem
auxiliar na sua tomada de deciso.
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Exames Solicitados
DATA
EXAME
JUSTIFICATIVA
DATA
MARCAO
DATA
REALIZAO
DATA
MARCAO
DATA
REALIZAO
Interconsultas Solicitadas
DATA
ESPECIALIDADE
JUSTIFICATIVA
Interveno Proposta
Referir ao protocolo 024.
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Neurologia/fonoaudiologia/psicologia.
Avaliao oftalmolgica.
Avaliao otorrinolaringolgica / fonoaudiolgica / protetizao.
7. Emagrecimento
recente
8. Alterao na sade
bucal
9. Polipatologia /
Polifarmcia
10. Ausncia de
suporte social e/ou
familiar
e/ou
Data:
___________________________________
Assinatura / CRM
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ITENS DE CONTROLE
Nmero total de pacientes nos quais foram aplicados o protocolo / nmero total de
pacientes asilares x 100;
Nmero de pacientes indicados para exame especializados / Nmero de pacientes nos
quais foram aplicados o protocolo x 100;
Nmero de pacientes com exames realizados / Nmero de pacientes indicados para exame
especializados x 100.
REFERNCIAS
United
States
Preventive
Services
Task
Force.
http://www.uspreventiveservicestaskforce.org/adultrec.htm.
6. PROTOCOLO DE AVALIAO MULTIDIMENSIONAL DE IDOSO ( Hospital das Clinicas
da UFMG-Nucleo de Geriatria e Gerontologia).
7. Uijen AA, van de Linsdonk EH.Multimorbidity in primary care: prevalence and trend
over the last 20 years.Eur J Gen Pract 2008; 14 Suppl 1:28.
8. Brown AF.Mangione CM,saliba D et al.Guidelines for improving the care of the older
person with diabetes mellitus.J Am Geriatr Society 2003; 51:S265.
9. Whitson HE,Steinhauser K, Ammarell N,et al.Categorizing the effect of comorbidity: a
quality study of individualsexperiences in a low-vision rehabilitation program.J Am
Geriatr Soc 2011; 59: 1802.
10. Stewart m.Brown JB,Donner A, et al.The impact of paciente-centered care on outcomes.J
Am Pract 2000;49: 796.
11. Walter LC, LEWIS cl,Barton M.Screening for clorectal,breast and cervical cancer in the
elderly: a review of the evidence.Am J Med 2005;118:1078.
12. UpToDate: Managing multiple comorbidities. Heather E Whitson,MD,MHS and Cynthia
M. Boyd. MD, MPH in www.uptodate.com 2013.
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ANEXO I
Teste n 1 - CAGE
Indicao: Idoso com histria positiva de alcoolismo.
Perguntas
a) Voc j sentiu a necessidade de reduzir ou suspender o lcool (Cut dow)?
b) Algum j o criticou pelo ato de beber (Any)?
c) Sente-se culpado (Guilty) por beber?
d) Costuma beber logo pela manh (Eye-opener)?
Escore: teste positivo para dependncia de lcool com 2 respostas afirmativas.
ANEXO II
Teste n. 2 - Deficincia Auditiva Teste do sussurro
Deficincia auditiva: ( ) Sim
Teste do sussurro (60 cm de cada ouvido) ( ) Positivo
Dificul dade para conversao com 3 ou mais pessoas ( ) Sim
( ) No
( ) Negativo
( ) No
Otoscopia:
ANEXO III
Condutas Clnicas modificadas pela concomitncia de duas ou mais patologias
A. Pacientes com infarto do miocrdio e com DPOC: deve ser tentado a introduo de beta
bloqueadores, POIS EMBORA COM RISCOS DE PIORA DO DPOC, VRIOS DESTES
PACIENTES TOLERAM bem os betabloqueadores e eles tem benefcio bem definido no psIAM;
B. No grupo de diabticos muito idosos a meta de hemoglobina A1c de 8%, pois a
expectativa de vida baixa e diminuem os benefcios de um controle rgido. Tambm neste
grupo est a maioria dos pacientes com risco de hipoglicemia (baixa ingesto por baixa
oferta, por distrbios digestivos por presena mais frequente de nuseas e hiporexia), cuja
ocorrnccia pode ser mais grave do que a hiperglicemia;
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A USPSTF no recomenda
a) Ensinar o auto exame das mamas (as paciente muitas vezes tendem a no realizar a
mamografia quando no detectam alteraes no auto exame);
b) Rastreamento de cncer colorretal em adultos de 75 a 85 anos (a no ser em casos
individuais) ou em maiores de 85 anos;
c) Rastreamento de cncer de ovrio em mulheres;
d) Rastreamento de cncer de pncreas em adultos assintomticos;
e) Rastreamento de casos de cncer baseado em PSA;
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ANEXO IV
Sugerimos que ao solicitar um exame ou prescrever um tratamento agressivo ou restritivo,
avalie os seguintes itens:
Voc tem uma avaliao aproximada do tempo provvel de sobrevida do seu paciente?
Acha que tem dados para fazer uma razovel avaliao da relao custo (incluindo
principalmente o sacrifcio para o paciente) X benefcio do exame ou tratamento
prescrito?
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ANEXO V
Resultados de exames
Rastreamento de cncer
Mamografia
Citologia crvix uterino
US plvico
Sangue oculto fecal
Doenas endcrino-metablicas
T.S.H.
T4 livre
Glicemia de jejum
Glicemia ps-prandial
Glicohemoglobina
Colesterol total
HDL-C
LDL-C
VLDL-C
Triglicrides
Magnsio
Sdio
Potssio
Cloro
Clcio
Fsforo
Retossigmoidoscopia
Colonoscopia
PSA total
PSA livre
Fosfatase alcalina
TGO-TGP
cido rico
Vitamina B12
cido flico
Albumina
Globulinas
25-OH-D
Uria
Creatinina
Clearance creatinina
Urina rotina
Rel. alb/creat. urinria
Microalbuminria
Radiologia/ Outros
RX trax
Densitometria ssea
Fmur
Score T
Vrtebra
Hemograma
Hemoglobina
Hemcias
Hematcrito
VCM
CHCM
RDW
Leuccitos
Global
Neutrfilos
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ECG
Score Z
Fmur
Vrtebra
Linfcitos
Eosinfilos
Moncitos
Basfilos
Plaquetas
PTT
RNI
Outras:
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