13 - Sobre o Pecado Nos Crentes
13 - Sobre o Pecado Nos Crentes
13 - Sobre o Pecado Nos Crentes
John Wesley
'Assim que, se algum est em Cristo, nova criatura ; as coisas velhas j passaram;
eis que tudo se fez novo'. (II Corintios 5:17)
I. O pecado permanece em algum que cr em Cristo?
II. Qual as diferenas entre o pecado interior e o pecado exterior?
III. A carne - a natureza m ope-se ao !sp"rito# at mesmo nos crentes$
IV. %m &omem n'o pode ser limpo# consagrado# santo# ao mesmo tempo em
que impuro# n'o consagrado e n'o santo$
V. !xiste em cada pessoa dois princ"pios contraries( natureza e graa$
I
1. !xiste# ent'o# pecado naquele que est em Cristo? O pecado permanece
naqueles que crem )ele? !xiste algum pecado naqueles que s'o nascidos de *eus#
ou eles est'o totalmente li+res dele? Que ningum imagine que esta se,a uma quest'o
de mera curiosidade- ou que se,a de pequena import.ncia# se for determinado um
camin&o ou o outro$ Antes# um ponto de extrema rele+.ncia para todos os crist'os
srios- decidirem o que mais proximamente concerne / sua felicidade presente e
eterna$
2. !# ainda assim# eu n'o sei se isto foi# alguma +ez# discutido na igre,a
primiti+a$ *ecerto# n'o existiu espao para disputas concernentes a ela# , que todos
os crist'os esta+am de acordo$ !# at onde eu ten&o o0ser+ado# todo o corpo de
crist'os do passado# que nos deixaram algo escrito# declararam a uma s1 +oz# que#
mesmo os crentes em Cristo# at que eles este,am 'fortalecidos no Senhor, e no poder
de sua fora', tm necessidade de 'lutar com a carne e sangue'# com uma natureza
pecaminosa# assim como# 'com principados e potestades'.
3. ! neste contexto# nossa 2gre,a 3como realmente na maioria dos termos4
copia exatamente segundo a igre,a primiti+a- declarando em seu )ono Artigo( '!
pecado original a corrup"o da natureza de todo homem, de forma que ele est
inclinado ao mal, pela sua pr#pria natureza; assim sendo, a carne co$ia,
contrariamente ao %sp&rito. % esta influ'ncia da natureza permanece; sim, naqueles
que est"o regenerados; de maneira que, a lu()ria da carne n"o o$jeto da lei de
*eus. %, em$ora n"o e(ista condena"o para aqueles que cr'em, ainda assim, esta
lu()ria tem em si mesma a natureza do pecado'.
4. O mesmo testemun&o dado# atra+s de todas as outras igre,as- n'o apenas#
atra+s da igre,a grega e romana# mas atra+s de toda igre,a reformada na !uropa# de
qualquer que se,a a denomina'o$ *e fato# alguns desses parecem le+ar a coisa muito
longe- descre+endo a corrup'o do cora'o do crente# como que dificilmente
admitindo que ele tem dom"nio so0re ela# mas que# antes# seu escra+o- e# por esses
meios# eles fazem uma pequena distin'o entre um crente e um descrente$
5. 5ara e+itarem este extremo# os muitos &omens 0em intencionados#
particularmente esses# de0aixo da dire'o do recente Conde 6inzendorf 7l"der 8or+io
3denomina'o 5rotestante# surgida no sculo 9:222# pela reno+a'o do antigo mo+imento dos
2rm'os ;omios# que d nfase / +ida crist' pura e simples e / fraternidade dos &omens$ 8ais
comumente con&ecida como 2rm'os 8or+ios4<# foram para o outro lado# afirmando que
'todos os crentes verdadeiros n"o s"o apenas salvos do dom&nio do pecado, mas da
e(ist'ncia do pecado interior, assim como e(terior; de maneira que ele n"o mais
permanece neles'+! desses# por +olta de +inte anos atrs# muitos de nossos
compatriotas a0sor+eram a mesma opini'o de que# at mesmo a corrup'o da
natureza# n'o est mais# naqueles que crem em Cristo$
6. = +erdade que# quando os alem'es foram pressionados# eles logo admitiram
3muitos deles# pelo menos4 que 'o pecado ainda permanece na carne, mas n"o no
cora"o de um crente'; e# depois de um tempo# quando o a0surdo disto foi mostrado#
eles razoa+elmente desistiram do ponto- admitindo que o pecado ainda permanecia#
em0ora n'o reinasse# naquele que nascido de *eus$
7. 8as o ingls que rece0eu isto deles 3alguns diretamente# alguns de segunda
e terceira m'o4 n'o foi t'o facilmente con+encido a se desfazer de uma opini'o
fa+orita$ !# at mesmo quando a generalidade deles se con+enceu de que ela era
extremamente indefens+el# alguns poucos n'o puderam ser persuadidos a desistir#
mas manti+eram-na at &o,e$
II
1. 5or causa desses que realmente temem a *eus# e dese,am con&ecer 'a
verdade que est em ,esus'; n'o pode ser impr1prio considerar o ponto com calma e
imparcialidade$ Ao fazer isto# eu uso indiferentemente as pala+ras# regenerado#
,ustificado# ou crentes- desde que# em0ora eles n'o ten&am precisamente o mesmo
significado 3o 5rimeiro# implicando uma mudana interior# +erdadeira- o >egundo#
uma mudana relati+a- e o ?erceiro# os meios pelos quais# tanto uma quanto a outra
for,ada4- ainda assim# elas con+ergem para a mesma coisa- , que todos os que crem
s'o am0os# ,ustificados e nascidos de *eus$
2. 5or pecado# eu entendo aqui pecado interior- qualquer temperamento
pecaminoso# paix'o ou afei'o# como orgul&o# +ontade pr1pria# amor ao mundo# de
algum tipo# ou em algum grau- tal como co0ia# ira# impertinncia- qualquer
disposi'o contrria / mente que esta+a em Cristo$
3. A quest'o n'o concernente ao pecado exterior- quer um fil&o de *eus
cometa pecado ou n'o$ )1s todos concordamos e sinceramente mantemos 'que ele
que comete pecado do dia$o'. )1s concordamos# 'que quem nascido de *eus n"o
comete pecado'. )em agora inquirimos# se o pecado interior ir permanecer sempre
nos fil&os de *eus- se ele ir continuar na alma# por quanto tempo ela continue no
corpo( )em# ainda assim# inquirimos# se uma pessoa ,ustificada possa reincidir em um
pecado interior ou exterior- mas# simplesmente isto( um &omem ,ustificado ou
regenerado est li0erto de todo pecado# t'o logo ele se,a ,ustificado? )'o existe#
ent'o# pecado algum em seu cora'o? nem mesmo depois# a n'o ser# se ele cair da
graa?
4. )1s admitimos que o estado de uma pessoa ,ustificada inexprimi+elmente
grande e glorioso$ !le nascido no+amente# 'n"o do sangue; nem da carne; nem da
vontade do homem, mas de *eus'. !le fil&o de *eus# um mem0ro de Cristo# um
&erdeiro do trono dos cus$ 'A paz de *eus, que ultrapassa todo entendimento,
mantm seu cora"o e mente em ,esus Cristo'. 8esmo seu corpo um 'templo do
%sp&rito Santo', e uma 'morada de *eus, atravs do %sp&rito'. !le 'feito novo em
,esus Cristo'+ !le la+ado- ele santificado$ >eu cora'o purificado pela f- ele
limpo 'de toda corrup"o que est no mundo'; 'o amor de *eus espalha-se em seu
cora"o, pelo %sp&rito Santo que dado a ele'. !# por quanto tempo ele 'caminha no
amor' 3o que ele pode sempre fazer4# ele adora a *eus em esp"rito e em +erdade$ !le
mantm >eus mandamentos# e faz todos as coisas que s'o agrad+eis aos ol&os de
*eus- assim# exercitando a si mesmo# como para 'ter a consci'ncia que evita a ofensa,
em dire"o a *eus, e em dire"o ao homem'+ ! ele tem poder# tanto so0re o pecado
exterior quanto interior# at mesmo# do momento em que ele ,ustificado$
III
1. '.as ele n"o est, ent"o, li$erto de todo pecado, de modo que n"o e(ista
pecado em seu cora"o/'.!u n'o posso dizer isto- eu n'o posso acreditar nisso-
porque 5aulo diz o contrrio$ !le est falando para crentes e descre+endo o estados
dos crentes em geral# quando ele diz( (Glatas 5:17) '0orque a carne co$ia contra o
%sp&rito, e o %sp&rito contra a carne; e estes se op1em um ao outro, para que n"o
faais o que quereis'. )ada pode ser mais expl"cito$ O Ap1stolo afirma aqui
diretamente que a carne - a natureza pecaminosa# se ope ao !sp"rito# mesmos nos
crentes- que# mesmo no regenerado# existem dois princ"pios# 'contrrios um ao outro'.
2. )o+amente( Quando ele escre+e para os crentes em Corinto- para aqueles
que foram santificados em @esus Cristo# (I Corintios 1:2) '2 igreja de *eus que est
em Corinto, aos santificados em Cristo ,esus, chamados santos, com todos os que em
todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor ,esus Cristo, Senhor deles e nosso', ele
diz( (I Corintios 3:1) '% eu, irm"os, n"o vos pude falar como a espirituais, mas como
a carnais, como a meninos em Cristo. Com leite vos criei, e n"o com carne, porque
ainda n"o pod&eis, nem tampouco ainda agora podeis, 0orque ainda sois carnais;
pois, havendo entre v#s inveja, contendas e dissens1es, n"o sois porventura carnais, e
n"o andais segundo os homens/'$ Agora aqui o Ap1stolo fala ,unto /queles que eram
inquestiona+elmente crentes- a quem# no mesmo fAlego# ele denominou seus irm'os
em Cristo# -- como sendo ainda# em uma medida - carnais$ !le afirma que existia
in+e,a 3um temperamento pecaminoso4# ocasionando contenda entre eles# e ainda
assim# ele n'o fez a menor insinua'o de que eles ti+essem perdido sua f$ 8ais do
que isto# ele manifestadamente declara que eles n'o &a+iam perdido- porque# ent'o#
eles n'o seriam 0e0s em Cristo$ ! 3o que mais not+el de tudo4# ele fala de serem
carnais# e 0e0s em Cristo# como uma e a mesma coisa- mostrando plenamente que
todo crente que todo crente 3em um grau4 carnal# enquanto ele apenas um 0e0 em
Cristo$
3. *e fato# este grande ponto# o de que existem dois princ"pios contrrios nos
crentes# -- natureza e graa- a carne e o !sp"rito# mencionados# atra+s de todas as
!pistolas de 5aulo- sim# atra+s de todas as !scrituras- quase todas as direes e
exortaes# neste contexto# est'o aliceradas nesta suposi'o- apontando para os
temperamentos e prticas errAneos naqueles que eram# n'o o0stante# recon&ecidos
pelos escritores inspirados# serem crentes$ ! eles eram continuamente exortados a
com0ater e conquistar estes# pelo poder da f que esta+a neles$
4. ! quem pode du+idar# a n'o ser que existia f no an,o da igre,a de !fsios#
quando nosso >en&or disse a ele( (Ao!alise 2:2"4) 'Conheo as tuas o$ras, e o teu
tra$alho, e a tua paci'ncia, e que n"o podes sofrer os maus; e puseste 3 prova os que
dizem ser ap#stolos, e eles n"o s"o, e tu os achaste mentirosos. % sofreste, e tens
paci'ncia; e tra$alhaste pelo meu nome, e n"o te cansaste'. 8as existia# nesse meio
tempo# nen&um pecado em seu cora'o? !xistia# ou Cristo n'o teria acrescentado(
'4"o o$stante, tenho contra ti que dei(aste o teu primeiro amor'. !ste foi um pecado
real que *eus +iu em seu cora'o- do qual# adequadamente# ele exortado a se
arrepender$ ! ainda assim# n1s n'o temos autoridade para dizer# que# mesmo ent'o# ele
n'o tem f$
5. 8ais do que isso# o an,o da igre,a de 5rgamo# tam0m exortado a se
arrepender# o que sugere pecado# em0ora nosso >en&or expressamente diga(
(Ao!alise 2:13# 16) 'Conheo as tuas o$ras, e onde ha$itas, que onde est o
trono de Satans; e retns o meu nome, e n"o negaste a minha f, ainda nos dias de
Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre v#s, onde Satans ha$ita. 3$$$4
Arrepende-te, pois, quando n"o em $reve virei a ti, e contra eles $atalharei com a
espada da minha $oca'. ! ao an,o na igre,a de >ardes# ele diz( (Ao!alise 3:2) 'S'
vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque eu n"o achei
tuas o$ras perfeitas diante de *eus'. O 0em que ainda resta+a esta+a pronto para
morrer- mas esta+a +erdadeiramente morto$ *e modo que ainda &a+ia uma fa"sca de
f# mesmo nele- o que est de acordo ordenando para segurar firme( (Ao!alise 3:3)
'5em$ra-te, pois, do que tens rece$ido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. %, se n"o
vigiares, virei so$re ti como um ladr"o, e n"o sa$ers a que hora so$re ti virei'.
6. %ma +ez mais( Quando o Ap1stolo exorta os crentes em (2 Cor$ntios 7:1)
'!ra, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imund&cia
da carne e do esp&rito; aperfeioando a santifica"o no temor de *eus', ele
plenamente ensina que esses crentes n'o esta+am ainda limpos disso$
:oc ir perguntar( '.as ele que se a$st'm de toda a apar'ncia do mal, ipso
facto, limpa a si mesmo de toda imund&cia/'. )'o# de maneira alguma$ 5or exemplo(
um &omem me insulta( eu sinto ressentimento# o que imund"cia do esp"rito- ainda
assim# eu n'o digo uma pala+ra$ Aqui# eu 'me a$stenho de toda a apar'ncia do mal';
mas isto n'o me limpa da imund"cia do esp"rito# como eu experimento para min&a
tristeza$
7. !# como esta posi'o( '4"o e(iste pecado em um crente; nenhuma mente
carnal; nenhuma inclina"o 3 apostasia', # ent'o# contrria / pala+ra de *eus# assim#
para a experincia de seus fil&os$ !sses continuamente sentem um cora'o inclinado
/ apostasia- uma tendncia natural para o mal- uma predisposi'o a separar-se de
*eus# e se aderirem /s coisas da terra$ !les est'o diariamente conscientes do pecado
permanecendo em seus coraes# -- orgul&o# +ontade pr1pria# descrena- e do pecado#
aderindo a tudo o que eles falam ou fazem# at mesmo# /s suas mel&ores aes# e as
mais santas o0rigaes$ Ainda assim# ao mesmo tempo em que eles 'sa$em que s"o de
*eus'; eles n'o du+idam disto# por um momento$ !les sentem seu !sp"rito#
claramente# 'testemunhando com o esp&rito deles, que eles s"o filhos de *eus'. !les 'se
regozijam em *eus, atravs de ,esus Cristo, por meio de quem, eles t'm agora
rece$ido a reden"o'. *e modo que eles igualmente garantiram que o pecado est
neles# e que 'Cristo neles, a esperana da gl#ria'.
%. '.as Cristo pode estar no mesmo cora"o, em que o pecado est/'. >em
dB+ida que pode- do contrrio ele nunca poderia ser sal+o disto$ Onde est a doena#
l est o mdico# exercendo seu tra0al&o- lutando# at que lance fora o pecado$
*ecerto que Cristo n'o pode reinar# onde o pecado reina- nem !le ir &a0itar onde
algum pecado permitido$ 8as @esus est e &a0ita no cora'o de todo crente que
este,a lutando contra todo o pecado- em0ora n'o se,a ainda purificado# de acordo com
a purifica'o do santurio$
&. Coi o0ser+ado antes# que a doutrina oposta# -- a de que n'o existe pecado
nos crentes# -- completamente no+a na igre,a de Cristo- , que nunca foi ou+ida#
durante cento e dezessete anos- nunca# at que foi desco0erta pelo conde 6inzendorf$
!u n'o me lem0ro de ter +isto a menor insinua'o dela# tanto nos escritores antigos#
quanto modernos- exceto# tal+ez# em alguns dos sel+agens e entusiastas antinomianos
7os que acredita+am que# pela f e a graa de *eus anunciadas no !+angel&o# os crist'os s'o li0ertados#
n'o s1 da lei de 8oiss# mas de todo o legalismo e padres morais de qualquer cultura<$ ! esses#
igualmente# dizem e desdizem# admitindo que existe pecado na sua carne# em0ora
nen&um pecado em seus coraes$ 8as# apesar da doutrina ser no+a# ela est errada-
porque a religi'o antiga a Bnica +erdadeira- e nen&uma doutrina pode ser correta# a
menos que se,a exatamente a mesma 'que fora desde o in&cio'.
1'. %m argumento a mais contra essa doutrina no+a e n'o 0"0lica# pode ser
es0oada das conseqDncias terr"+eis dela$ >e algum diz( '%u sinto ira hoje'. !u de+o
replicar( '%nt"o, voc' n"o tem f/'. %m outro diz( '%u sei que o que voc' aconselha
$om, mas minha vontade completamente contrria a isto'. !u de+o dizer a ele(
'%nt"o, voc' um descrente, de$ai(o da ira e maldi"o de *eus/'. Qual ser a
conseqDncia natural disto? 5orque# se ele acredita no que eu digo# sua alma n'o
apenas ser afligida e magoada# mas# tal+ez# se,a totalmente destru"da# +isto que#
como ele 'ir lanar fora' aquela 'confiana que tem na grande recompensa de
galard"o'+ !# tendo lanado fora sua prote'o# como ele ir 'e(tinguir os dados
certeiros do in&quo/'$ Como ele ir superar o mundo? +endo que 'essa a vit#ria
que domina o mundo, at mesmo nossa f/'.
!le se encontra desarmado# em meio aos seus inimigos- exposto a todos os
assaltos deles$ Qual a surpresa ent'o# se ele for totalmente dominado- se eles o
tornarem escra+os da +ontade deles- sim# se ele cair# de uma maldade para outra# e
nunca mais +er o 0em? 5or conseguinte# eu n'o posso# por nen&um meio# rece0er essa
afirma'o# de que n'o existe pecado no crente# do momento em que ele ,ustificado$
!m 5rimeiro Eugar# porque contrrio a todo o teor das !scrituras- -- !m
>egundo Eugar# porque contrrio / experincia dos fil&os de *eus# -- !m terceiro
lugar# porque a0solutamente no+o# nunca ou+ido no mundo# at ontem- -- e# em
Fltimo Eugar# porque naturalmente atendido com as mais fatais conseqDncias- n'o
apenas afligindo aqueles a quem *eus n'o tem afligido# mas# tal+ez# arrastando-os
para a perdi'o eterna$
IV
1. Contudo# permita-nos ou+ir atentamente aos principais argumentos desses
que se esforam para sustentar isto$ 5rimeiro# das !scrituras que eles tentam pro+ar
que n'o existe pecado no crente$ !les argumentam assim( 'As %scrituras dizem que
todo crente nascido de *eus, limpo, santo e consagrado; puro no cora"o; tem
um novo cora"o; e um templo do %sp&rito Santo. Agora# como 'aquele que
nascido da carne, carne', completamente mal# assim# 'aquele que nascido do
%sp&rito espiritual', e completamente 0om$ )o+amente( %m &omem n'o pode ser
limpo# consagrado# santo# e# ao mesmo tempo# impuro# n'o consagrado# n'o santo$ !le
n'o pode ser puro e impuro- ou ter um cora'o no+o e +el&o# ,untos$ )em pode sua
alma ser n'o santa# enquanto ele o templo do !sp"rito >anto$
!u ten&o colocado essa o0,e'o# t'o fortemente quanto poss"+el# para que todo
seu peso possa aparecer$ 5ermita-nos examin-la# parte por parte$
(1) '6ue aquele que nascido do %sp&rito espiritual, completamente $om'.
!u admito o texto# mas n'o a o0ser+a'o$ 5orque o texto afirma isto# e n'o mais# --
que todo &omem que ' nascido do %sp&rito', um &omem espiritual$ !le o ( 8as
em0ora ele se,a# ainda assim# n'o ser completamente espiritual$ Os crist'os de
Corinto eram &omens espirituais- ou eles n'o teriam sido crist'os# afinal- e# ainda
assim# eles n'o eram completamente espirituais( eles eram# em parte# ainda carnais$ --
'.as eles eram ca&dos da graa'. 5aulo diz que n'o$ !les eram at mesmo# 0e0s em
Cristo$
(2) '.as um homem n"o pode ser limpo, consagrado, santo, e ao mesmo
tempo, impuro, n"o consagrado, n"o santo'. *ecerto que ele pode$ Assim eram os
Cor"ntios( '7oc's est"o lavados', diz o Ap1stolo# 'voc's est"o consagrados'; ou se,a#
limpos da 'fornica"o, idolatria, $e$edeira', e todos os outros pecados exteriores$
(I Corintios 6:&) G4"o sa$eis que os injustos n"o h"o de herdar o reino de
*eus/ 4"o erreis+ nem os devassos, nem os id#latras, nem os ad)lteros, nem os
efeminados, nem os sodomitas, nem os ladr1es, nem os avarentos, nem os $'$ados,
nem os maldizentes, nem os rou$adores herdar"o o reino de *eus. % o que alguns
t'm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido consagrados, mas haveis sido
justificados em nome do Senhor ,esus, e pelo %sp&rito do nosso *eus'; e# ainda assim#
ao mesmo tempo# em outro sentido da pala+ra# eles eram n'o consagrados- eles n'o
esta+am la+ados- n'o interiormente limpos de toda in+e,a# con,ecturas dia01licas#
parcialidade# -- '.as certo, eles n"o tinham um novo cora"o e um velho cora"o,
juntos'. )a +erdade# eles tin&am# porque# naquele mesmo momento# seus coraes
eram +erdadeiramente# em0ora que n'o inteiramente# reno+ados$ A mente carnal deles
foi pregada na cruz- ainda assim# n'o esta+a totalmente destru"da$ -- (I Corintios
6:1&) '!u n"o sa$eis que o vosso corpo o templo do %sp&rito Santo, que ha$ita em
v#s, proveniente de *eus, e que n"o sois de v#s mesmos/'; e igualmente certo# que
eles eram# em algum grau# carnais# ou se,a# n'o santos$
2. '%ntretanto, e(iste uma %scritura a mais que ir colocar esse assunto fora
de quest"o'+ (II Corintios 5:17) 'Assim que, se algum est em Cristo, nova criatura
; as coisas velhas j passaram; eis que tudo se fez novo'. 'Agora certamente um
homem n"o pode ser uma nova criatura, e uma velha criatura de uma s# vez'$ >im#
ele pode( !le pode ser parcialmente reno+ado# o que foi o mesmo caso com aqueles
em Corinto$ !les foram# inega+elmente# 'renovados no esp&rito de suas mentes', ou
eles n'o poderiam ter sido '$e$'s em Cristo'. Ainda assim# eles n'o tin&am a mente
total que esta+a em Cristo# porque eles in+e,a+am um ao outro$ 8.as dito
e(pressamente+ 'as velhas coisas se passaram+ todas as coisas se fizeram novas'8.
8as n1s n'o de+emos interpretar as pala+ras do Ap1stolo# de maneira a que ele
contradiga a si mesmo$ ! se n1s o tornarmos consistente consigo mesmo# o
significado claro das pala+ras este( >eu +el&o ,ulgamento# concernente /
,ustifica'o# santidade# felicidade# de fato# concernentes a todas as coisas de *eus# em
geral# s'o agora passadas- assim como seus +el&os dese,os# o0,eti+os# afeies#
temperamentos e con+ersa$ ?odos esses se tornaram inega+elmente no+os-
grandemente mudados do que eles eram- e# ainda assim# em0ora eles se,am no+os#
eles n'o est'o totalmente no+os$ Ainda# ele sente# para sua tristeza e +ergon&a# restos
do +el&o &omem# tam0m a decadncia manifesta de seus temperamentos e afeies#
anteriores# posto que eles n'o podem o0ter +antagem alguma so0re ele# por quanto
tempo ele +igia ,unto / ora'o$
3. ?odo este argumento( 'Se ele est limpo, ele limpo'; 'Se ele est, ele
santo'; 3e +inte expresses mais desse mesmo tipo podem ser facilmente empil&adas4$
= realmente nada mel&or# do que 0rincar com pala+ras$ = uma falcia argumentar do
particular para o geral- inferir uma conclus'o geral# de premissas particulares$
5ropon&a a sentena inteira# e ela ficar assim( 'Se ele santo, afinal, ele santo
completamente'. 2sto n'o procede( todo 0e0 em Cristo santo# e ainda assim# n'o
completamente$ !le est sal+o do pecado- ainda assim# n'o inteiramente( O pecado
permanece# em0ora n'o reine$ >e +oc pensar que ele n'o reina 3nos 0e0s# pelo
menos# quer se,a este o caso com &omens ,o+ens ou adultos4# +oc certamente n'o
tem considerado a altura# a profundidade# a largura# e comprimento da lei de *eus-
3mesmo a lei do amor# escrita por 5aulo# no dcimo-terceiro cap"tulo de Corintios4- e
que toda anomia# desconformidade# ou des+io# para com esta lei# pecado$ Agora# n'o
existe desconformidade a ela# no cora'o ou +ida de um crente? O que pode ser em
um crist'o adulto# outra quest'o- mas que estran&o de+e ser para a natureza &umana#
aquele que pode possi+elmente imaginar que este o caso com todo 0e0 em CristoH
4. '0ortanto agora nenhuma condena"o h para os que est"o em Cristo
,esus, que n"o andam segundo a carne, mas segundo o %sp&rito'$ ((o)anos %:1).
7O que se segue# por algumas pginas# uma resposta a um documento# pu0licado na
Cristian .agazine, p$ IJJ-IKL$ !u estou surpreso que o >r$ *odd ten&a dado a tal documento
um lugar em sua re+ista# o que diretamente contrrio ao )ono Artigo !ditor<
7!sta a carta escrita por @o&n MesleN ao >r$ *odd acrscimo da tradutora<
-------
9: de .aro, ;<=<
Ao %ditor de 5lo>d?s %vening 0ost
8Senhor8,
8.uitas vezes, o redator da Christian .agazine tem me atacado sem medo ou finura;
e, por este meio, ele tem convencido seus leitores imparciais de uma coisa, pelo menos @ que
Acomo, vulgarmente, se dizB seus dedos comicham, para estar diante de mim; que ele tem o
desejo passional de medir espadas comigo. .as eu tenho um outro tra$alho em minhas
m"os+ eu posso aplicar o pouco que resta da minha vida em prop#sitos melhoresC8
8!s fatos de seu )ltimo ataque s"o esses+ Drinta e cinco, ou, trinta e seis anos atrs,
eu admirava muito o carter do crist"o perfeito desenhado por Clemens Ale(andrinus. E
vinte e cinco, ou, vinte e seis anos, um pensamento me veio 3 mente+ es$oar tal carter, por
mim mesmo; apenas, que de uma maneira mais $&$lica e, principalmente, nas pr#prias
palavras da %scrituras+ isto eu intitulei+ O Carter de um .etodista, acreditando que,
curiosamente, poderia incitar mais pessoas a ler isso, e, tam$m, que alguns preconceitos
pudessem, desse modo, ser removidos do homem sincero8.
8.as, para que ningum imaginasse que eu pretendia um elogio a mim, ou aos meus
amigos, eu me resguardei contra isso, no pr#prio t&tulo da pgina, dizendo tanto em meu
nome como no deles+'4"o como se eu j tivesse atingindo, tampouco como se j fosse
perfeito'8.
F0ara o mesmo efeito, eu falo na conclus"o+ G%sses s"o os mesmos princ&pios e
prticas de nossa religi"o; s"os as marcas de um verdadeiro .etodistaH; que , um
verdadeiro crist"o; como eu, imediatamente, depois, e(pliquei+ Gpor esses princ&pios apenas
fazer com que aqueles que est"o no rid&culo, assim chamados, desejem ser distinguidos de
outros homensH. G0or essas marcas fazer com que n#s tra$alhemos, para distinguir a n#s
mesmos daqueles, cujas mente e vida, n"o est"o de acordo com o %vangelho de CristoHI.
F%ste inferior, ou *r. *odd, diz, GJm metodista , de acordo com o Sr. Kesle>, um
que perfeito, e n"o peca em pensamento, palavra, ou a"oH. Senhor, queira me desculparC
Lsso n"o Gde acordo com o Sr. Kesle>H. %u tenho dito com todas as palavras que eu n"o sou
perfeito; e, ainda voc' me permite ser um .etodistaC %u disse a voc', categoricamente, que
eu n"o consegui o carter que eu es$ocei. 7oc' ir fi(ar isso em mim, apesar dos meus
dentes/ G.as o Sr. Kesle> diz que outros .etodistas t'mH, %u n"o digo tal coisaC ! que eu
digo, depois de ter dado um relato $&$lico de um perfeito crist"o, isso+ G0or essas marcas o
.etodista deseja ser distinguido de outros homens; por essas marcas n#s tra$alhamos para
distinguir a n#s mesmosH. % voc' n"o deseja e tra$alha para o mesmo prop#sito/I.
8.as voc' insiste+ '! Sr. Kesle> afirma que o .etodista Aisto , todos os .etodistasB
, perfeitamente, santo e &ntegro'. !nde eu afirmei isso/ 4"o, em alguma propaganda
religiosaC *iante disso, eu afirmo justo o contrrio; e que eu afirmo isso, seja l onde for,
mais do que eu sei. Mique 3 vontade, senhor, de assinalar o local+ at que isso seja feito, tudo
o que voc' acrescentou Aamargo, o suficienteB mera 'trovoada'; e os .etodistas Aassim
chamadosB podem ainda declarar Asem qualquer puni"o de sua sinceridadeB que eles n"o
v'm 3 mesa santa 'confiando em sua pr#pria retid"o, mas nas m)ltiplas e grandiosas
miseric#rdias de *eus'8.
%u sou, senhor,
Seu,
@o&n MesleN
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!sses s'o reunidos# como se eles fossem a mesma coisa$ 8as eles
n'o o s'o$ A culpa uma coisa# o poder outra# e a existncia outra#
ainda$ Que os crentes est'o li+res da culpa e poder do pecado n1s
admitimos- que eles est'o li+res da existncia dele# n1s negamos$
)em isto# de alguma maneira# se conclui desses textos$ %m
&omem pode ter o !sp"rito de *eus &a0itando nele# e pode
'caminhar, segundo o %sp&rito', em0ora ele sinta ainda 'a carne
entregando-se 3 lu()ria, contra o %sp&rito'.
5. 8.as a 'igreja o corpo de Cristo' - (Colossenses 1:24) 'Negozijo-me agora
no que padeo por v#s, e na minha carne cumpro o resto das afli1es de Cristo, pelo
seu corpo, que a igreja'- isto implica que seus mem0ros s'o la+ados de todas as suas
su,idades- do contrrio ir se seguir que Cristo e ;elial est'o incorporados um com o
outroO$
)'o$ 5elo fato de 'aqueles que s"o o corpo m&stico de Cristo, ainda
sentirem a carne co$iando contra o %sp&rito'# isto n'o quer dizer que
Cristo tem alguma camaradagem com o dia0o- ou com aquele pecado que
ele os capacita a resistir e dominarH
6. ".as os crist"os 'chegaram ao monte >i'o# e / cidade do *eus +i+o# /
@erusalm celestialG# onde 'nada corrompido entra/8.G (*e+re,s 12:22)( Ou se,a# cu e
terra# todos concordam# todos s'o uma grande fam"lia$
! s'o igualmente santos e corrompidos# enquanto eles 'caminham
segundo o %sp&rito'; em0ora conscientes que existe um outro princ"pio
neles# e que 'estes s"o contrrios um ao outro'.
7. '.as os crist"os est"o reconciliados para *eus. Agora isto n"o poderia ser,
se alguma mente carnal restasse; porque esta inimiga contra *eus+
ConseqOentemente, nenhuma reconcilia"o pode ser efetiva, a n"o ser atravs de sua
total destrui"o'.
)1s estamos 'reconciliados para *eus, atravs do sangue na cruz'+ !#
naquele momento# a corrup'o da natureza# que inimiga de *eus# foi
colocada de0aixo de nossos ps- a carne n'o te+e mais dom"nio so0re n1s$
8as ela ainda existe- e ela ainda # em sua natureza# inimiga com *eus#
co0iando contra seu !sp"rito$
%. O8as em (Glatas 5:24) '% os que s"o de Cristo crucificaram a carne com
as suas pai(1es e concupisc'ncias'8. O8ais do que istoG# (Colossenses 3:&) 'eles j
despiram o velho homem com seus feitos'8.
!les o fizeram- e# no sentido acima descrito# 'as coisas velhas s"o
passadas, e todas as coisas se tornaram novas'. !xiste ema centena de
textos# e eles podem ser citados# para o mesmo efeito- e todos ir'o admitir
a mesma resposta - 8.as, para dizer tudo em uma s# palavra'+ (./0sios
5:25) 'Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, 0ara a
santificar, purificando-a com a lavagem da gua, pela palavra; para a
apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mcula, nem ruga, nem coisa
semelhante, mas santa e irrepreens&vel'8. !# assim# ser no final( 8as n'o
foi# ainda# desde o comeo$
&. '.as que a e(peri'ncia fala+ Dodos os que s"o justificados encontram,
naquele momento, uma li$erdade a$soluta de todos os pecados'.
2sto eu du+ido- mas se eles encontram# isto acontece# mesmo
depois? Caso n'o alcancem coisa alguma$ 'Se eles n"o
encontram, culpa deles'. 2sto necessita ser pro+ado$
1'. '.as, na pr#pria natureza das coisas, um homem pode ter orgulho nele, e
n"o ser orgulhoso; ter ira, e ainda assim, n"o estar irado/'
%m &omem pode ter orgul&o nele- pode pensar# em algumas
particularidades# acima do que de+eria pensar# 3e# assim# ser
orgul&oso# naquele particular4# mas# no entanto# n'o ser um &omem
orgul&oso# em seu carter geral$ !le pode ter rai+a nele- sim# e uma
forte inclina'o para uma rai+a furiosa# sem dar oportunidade a
ela$ '.as a ira e o orgulho podem estar naquele cora"o, onde
apenas a mansid"o e humildade s"o sentidos/'. )'o$ 8as algum
orgul&o e ira podem estar no cora'o# onde existe &umildade e
mansid'o$
'P n"o proveitoso dizer que esses temperamentos est"o l, mas que eles n"o
reinam+porque o pecado n"o pode, em alguma espcie ou grau, e(istir onde ele n"o
reina; porque a culpa e o poder s"o propriedades essenciais do pecado. 0ortanto,
onde um deles est, todos dever"o estar'.
*e fato# estran&oH '! pecado n"o pode, em alguma espcie ou
grau, e(istir, onde ele n"o reina/'$ A0solutamente contrrio# a toda
experincia# a todas as !scrituras# a todo 0om-senso$
Pessentimento de uma afronta pecado- anomia#
desconformidade para com a lei do amor$ 2sto tem existido em
mim mil&ares de +ezes$ Ainda assim# ele n'o reinou# e n'o reina$ --
'.as a culpa e poder s"o propriedades essenciais do pecado; portanto, onde
um est, todos dever"o estar'.
)'o$ )o exemplo# diante de n1s# se o ressentimento que eu sinto
n'o prolifera# mesmo por um momento# n'o existe culpa# afinal-
nen&uma condena'o de *eus so0re esse assunto$ !# neste caso#
ele n'o tem poder( em0ora ele 'co$ice contra o %sp&rito', ele n'o
pode pre+alecer$ Aqui# portanto# como# em mil&ares de exemplos#
existe pecado# sem tanto culpa ou poder$
11. '.as a suposi"o de haver pecado em um crente, significativo com todas
as ciosas assustadoras e desanimadoras. Lsto sugere a contenda com o poder que tem
a possess"o de nossa fora; mant'm usurpa"o dele de nossos cora1es; e l
promove a guerra contra nosso Nedentor'.
)'o assim( A supondo-se que o pecado este,a em n1s# isto n'o
implica que ele tem a possess'o de nossas foras- n'o mais do que
um &omem crucificado tem a posse daqueles que o crucificaram$
Como implica pouco que 'o pecado mantenha sua usurpa"o de
nossos cora1es'. O usurpador destronado$ !le permanece# de
fato# onde ele uma +ez reinou- mas permanece algemado$ *e
maneira que se# em algum sentido# ele 'efetua a guerra', ainda
assim# ele +ai se tornando mais e mais fraco# enquanto o crente
segue de fora e fora# em +it1ria# em +it1ria$
12$ '%u ainda n"o estou satisfeito+ %le que tem pecado nele, um escravo do
pecado. 0ortanto, voc' sup1e que um homem seja santificado, enquanto ele escravo
do pecado. Agora, se voc' admite que os homens possam ser justificados, enquanto
eles t'm orgulho, ira, ou descrena neles; mais ainda, se voc' afirma que esses est"o
Apelo menos por um tempoB, em todo aquele que justificado; qual a surpresa de
termos tantos crentes orgulhosos, irados, descrentes/C
!u n'o supon&o que algum &omem que se,a ,ustificado# se,a um
escra+o do pecado$ Ainda assim# eu supon&o que o pecado
permanea 3pelo menos por um tempo4# em todo aquele que est
,ustificado$
'.as, se o pecado permanece em um crente, ele um homem pecador+ Se o
orgulho, por e(emplo, ele orgulhoso; se o$stina"o, ent"o, ele o$stinado; se
descrena, ent"o, ele um descrente; conseqOentemente, n"o um crente, afinal.
Como, ent"o, ele se difere dos descrentes, dos homens degenerados/'.
2sto ainda 0rincar com as pala+ras$ >ignifica n'o mais do que# se
existe pecado# orgul&o# o0stina'o nele# ent'o existe pecado#
orgul&o# o0stina'o$ ! isto# ningum pode negar$ )este sentido#
ent'o# ele orgul&o# ou o0stinado$ 8as ele n'o orgul&oso ou
o0stinado# no mesmo sentido que os descrentes s'o- ou se,a#
go+ernados pelo orgul&o e +ontade pr1pria$ )este contexto# ele
difere dos &omens degenerados$ !stes o0edecem ao pecado$ !le
n'o$ A carne est em am0os$ 8as eles camin&am 'segundo a
carne'; e ele 'caminha segundo o %sp&rito'.
'.as como um descrente pode ser um crente/'.
!stas Qpala+ras tm dois significados$ !las significam tanto
nen&uma f# quanto pouca f- tanto a ausncia da f# ou a fraqueza
dela$ )o primeiro sentido# o descrente n'o um crente- no
segundo# eles s'o todos 0e0s$ A f deles est comumente
misturada com dB+ida e temor- ou se,a# no segundo sentido# com
descrena$ '0or que temeis', diz o >en&or# '# homens de pouca f/'
(1ate,s %:26)$ )o+amente( 'Q tu, homem de pouca f, porque
motivo duvidais/'. :ocs +em aqui# que &a+ia descrena nos
crentes- pouca f e muita f$
13. '.as esta doutrina de que o pecado permanece no crente; de que um
homem pode estar no favor de *eus, enquanto ele tem pecado em seu cora"o;
certamente, tende a encorajar os homens ao pecado'.
!ntenda a proposi'o corretamente# e tal conseqDncia n'o ir se
seguir$ %m &omem pode estar no fa+or de *eus# em0ora ele sinta
pecado- mas n'o se ele se entrega a ele$ ?er pecado n'o significa
perder o fa+or de *eus- mas dar oportunidade a ele# sim$ !m0ora a
carne em +ocs 'co$icem contra o %sp&rito', +ocs podem ainda ser
fil&os de *eus- mas# se +ocs 'caminham segundo a carne', +ocs
s'o fil&os do dia0o$ Agora# esta doutrina n'o encora,a a o0edecer
ao pecado# mas a resistir a ele# com todas as nossas foras$
V
1. A somat1ria de tudo esta( !xistem# em cada pessoa# mesmo depois que ela
,ustificada# dois princ"pios contrrios( natureza e graa# denominada por 5aulo# de
carne e !sp"rito$ 5or isso# em0ora os 0e0s em Cristo este,am santificados# ainda
assim# ser apenas em parte$ !m um grau# de acordo com a medida da sua f# eles s'o
espirituais- mas# em outro# s'o carnais$ *esta forma# os crentes s'o continuamente
exortados a +igiar contra a carne# tanto quanto contra o mundo e o dia0o$ ! isto
concorda com a experincia constante dos fil&os de *eus$ !nquanto eles sentem esse
testemun&o# em si mesmos# eles sentem sua +ontade# n'o totalmente resignada /
+ontade de *eus$ !les sa0em que eles est'o )ele- mas ainda# encontram um cora'o
pronto para se separar de *ele- uma propens'o para o mal# em muitas inst.ncias# e
uma relut.ncia para o que 0om$ A doutrina contrria totalmente no+a- nunca
ou+ida na 2gre,a de Cristo# desde o tempo de sua +inda para o mundo# at o tempo do
Conde 6inzendorf- e ela atendida com as mais fatais conseqDncias$ !la remo+e a
+igil.ncia contra nossa natureza pecaminosa- contra a *alila que nos disseram que
tin&a ido# em0ora ela ainda este,a em nosso seio$ !la faz em pedaos a prote'o dos
crentes fracos# despo,ados de sua f# e# assim# deixando-os expostos a todos os
assaltos do mundo# da carne e do dia0o$
2. Que possamos# portanto# segurar firme a doutrina perfeita# 'uma vez
entregue para os santos', e concedida aos orculos de *eus na terra# para todas as
geraes que se seguiram( A de que# em0ora este,amos reno+ados# limpos#
purificados# santificados# e +erdadeiramente crermos em Cristo# no momento- ainda
assim# n1s n'o estamos reno+ados# limpos# purificados# completamente- , que a
carne- a natureza pecaminosa# ainda permanece 3em0ora dominada4# e guerreia contra
o !sp"rito$ Quanto mais usamos de toda diligncia para 'lutar a $oa luta da f'.
Quanto mais sinceramente 'vigiamos e oramosG contra o inimigo nela$ Quanto mais
cuidadosamente permitimos nos 'colocar no amor total de *eus'; em0ora#
'contendamos com a carne, e sangue e principados, e com poderes, e esp&ritos
pecaminosos, nos altos lugares', mais seremos capazes de resistir# no dia de tenta'o-
e# tendo feito tudo# permanecermos$
7!ditado por Angel 8iller# estudante da )ort&Rest )azarene College 3)ampa# 2*4# com correes por
Seorge ENons para a MesleN Center for Applied ?&eologN$<